Setembro - Gazeta Valeparaibana
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Setembro - Gazeta Valeparaibana
Ano I Edição 09 Educação, Cultura e Meio Ambiente SETEMBRO 2008 1985 2008 João Ramalho 01 - Aniversário da Cidade de Mogi das Cruzes, nossa irmã, no Cone Leste Paulista, da Região Alto do Tietê; - Inicio da SEMANA DA PÁTRIA; 05 - Dia Nacional da Amazônia; 06 - Dia da oficialização do Hino Nacional Brasileiro, pela Lei nº. 15.671, no ano de 1922; - Nascimento de Di Cavalcanti ( Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo), no Rio de Janeiro RJ, no ano de 1897; 07 - INDEPENDÊNCIA DO BRASIL; 08 - Aniversário da Cidade de Itaquaquecetuba, nossa co-irmã, no Cone Leste Paulista, na Região Alto do Tietê; - Dia Internacional da Alfabetização “Vamos alfabetizar nosso Povo. Mas para valer, não de mentirinha... considerando alfabetizado e digno de diploma aquele que somente sabe desenhar o nome mas, não sabe sequer ler e muito menos escrever.”; 12 - Nascimento de Juscelino Kubitschek de Oliveira, em Diamantina (MG) no ano de 1902, 29º. Presidente do Brasil.; 13 - Dia do 1º. Vôo de Santos Dumont, efetuado com sucesso, no 14 Bis, em Paris (França), no ano de 1906; - Acidente Radioativo, em Goiânia, com Césio 137, no ano de 1987; 15 - Anúncio da descoberta da Penicilina pro Alexandre Fleming, em Londres (Inglaterra), no ano de 1928; 17 - Dia da Compreensão Mundial; 18 - Dia dos SIMBOLOS NACIONAIS. Você sabe quais são? - Inicio da semana da Comunidade; - Denunciado o ESCÂNDALO DO MENSALÃO, pela Revista Veja, no ano de 2004. “A Compra do PTB pelo PT. Saiu por 10 milhões de Reais); 20 - Inicio da Revolução Farropilha; - Nascimento de Castelo Branco (Humberto de Alencar Castelo Branco), 35º. Presidente do Brasil, em Messejana (Ceará); 21 - Dia da Árvore; - Dia Internacional da Paz ou “Dia Mundial da Paz”; 22 - Dia da Juventude; 23 - Inicio da Primavera “Equinócio da Primavera” no Hemisfério Sul; - Nascimento de Bento Gonçalves (Bento Gonçalves da Silva), líder da Revolução Farroupilha, em Triunfo (RS) no ano de 1788; 24 - Criação do “Parque Nacional do Jaú”, no ano de 1980; - Morte do “Imperador D. Pedro I do Brasil” (Pedro IV, em Portugal), aos 36 anos, em Lisboa - Portugal, no ano de 1834; 26 - Dia Internacional das Relações Públicas (Asssessor de Imprensa); - Nascimento de Luis Fernando Veríssimo, em Porto Alegre—RS, no ano de 1936; 27 - Dia de Cosme e Damião; 28 - Dia da Mãe Preta e Dia do ventre Livre; 29 - Morte de Machado de Assis, no Rio de Janeiro RJ, no ano de 1908, escritor e 1º.Pres. Acad.Bras. Letras; 30 - Dia da Secretária. Educação - Cultura - Cidadania - Meio-Ambiente - Comportamento - 3ª Idade - Saúde SETEMBRO 2008 www.gazetavaleparaibana.com Editor Responsável: João Filipe Frade de Sousa [email protected] Dept°.Jurídico [email protected] Redação e Edição [email protected] Dept°.Social e de Educação [email protected] Marketing e Merchandising [email protected] Para anunciar [email protected] SAC.: 0xx12 - 3902.4434 - 9114.3431 Diagramação e Artes Gráficas: [email protected] Web Designer www.redevalecomunicacoes.com Impressão Artes Gráficas Guaru, Ltda. contatos: [email protected] Fone: (11) 6431.6658 ou 9326.7922 As matérias e artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, não expressando necessariamente a opinião deste Jornal, que tem por lema informar, educar e transmitir opiniões; Bem como os anúncios e patrocínios, em seus conteúdos e fins, são de inteira responsabilidade das Empresas Anunciantes. Gazeta Valeparaibana O RIDÍCULO QUE VIROU MODA Aprendemos muito sendo observadores atentos em todas as situações, mesmo as corriqueiras, como uma viagem de ônibus urbano. E esse hábito me levou ao fato que passo a contar: Sempre achei uma besteira colocar faixas e dizeres como estes que sempre lemos nos ônibus: “Banco preferencial para idosos, gestantes e deficientes”. Os mesmos dizeres também são comuns em Bancos ou qualquer departamento que presta serviço. Hoje, infelizmente, essas ditas “besteiras” são necessárias, do contrário, ninguém é respeitado. Na sociedade em que vivemos, temos que escrever, colocar leis para que até o bom senso funcione. A gentileza, a cordialidade, a cada dia mais parecem coisas de outro mundo. Mas não são! Hoje, um desses fatos me chamou a atenção. No centro de Porto Alegre (RS), no ônibus que embarquei para ir para casa, como sempre lotado, tinha uma senhora com seu filho pequeno nos braços. Ninguém dos que estavam sentados se levantou ou ofereceu o seu lugar para esta senhora, a não ser uma senhora de idade avançada. Ela gentilmente se levantou, chamou a mãe que estava com o filho nos braços, e ofereceu seu lugar. Que gesto lindo !” Soube depois, na conversa que tive com ela, pois estava próximo, que esta senhora tem 75 anos. É no mínimo estranho. Ela também faz parte da lista das pessoas que têm preferência para ficarem sentadas. Mas, como todos estavam muito cansados, alguns até cochilando, não lembraram de dar lugar para aquela mãe e nem sequer para aquela senhora. Fico triste que mesmo com os dizeres e placas lembrando, as pessoas se esquecem de ser gentis. Espero que um dia, quando essas pessoas forem idosas ou tiverem um filho no colo, alguém tenha a bondade de se levantar e dizer: “Sente-se aqui meu senhor (a)” Ir.Hermes José Novakoski Telemensagens-Videomensagens CONFIRA www.redefonetelemensagens.com www.redevalecomunicacoes.com Internacional Raio de Sol O site da melhor idade. www.internacionalraiodesol.com A ORIGEM DOS BEBÉS. Zezinho vai com sua irmãzinha visitar a Vovó: · · Vovó, como é que as crianças nascem? Bem, as cegonhas trazem as criancinhas no bico, meus netinhos... Zezinho, bem mais que depressa, cochicha com sua irmãzinha: - E aí, o que você acha? - Contamos a verdade para ela? Pois é. Hoje eu passei aqui para baixo. Passei aqui para baixo para dar lugar a esta crônica de nosso irmão Ir. Hermes José, educador e colaborador do Abrigo João Paulo II, de nossa querida cidade de Porto Alegre. Um projeto social que prima pela educação ministrada a quase uma centena de crianças e cujo sucesso se deve aquilo que eles denominam de “Pais Sociais” (ver artigo página 12). Aqui não só se pratica a gentileza, aqui se pratica muito mais que isso. O “se doar”; se pratica a caridade, se pratica o respeito e o amor. Uma entidade social sem fins lucrativos e que depende unicamente da sua comunidade. Neste mês se inicia no dia 18 o inicio da semana da Comunidade, espero que este dia seja o inicio da “Era da Comunidade”, na União, na Solidariedade, na Responsabilidade, na Educação, no Respeito. Um dia antes, dia 17, como um alerta, também é lembrado o “Dia da Compreensão Mundial”, como que nos alertando para o dia seguinte, o dia inicial da Semana da Comunidade. No Brasil se tem a mania de em tudo responsabilizar os Governos e seus Governantes; se estou pedindo dinheiro no semáforo, a culpa é do governo; se estou assaltando a culpa é do governo que não me deu oportunidade; se roubo e sou menor, o governo tem por obrigação me proteger... porque meus pais não me souberam educar. Educação vem do Berço e se algum erro se comete hoje na sociedade a culpa não é do Governo nem dos Governantes, a culpa é da sociedade, a que eles também pertencem, e que não soube educar seus filhos. Dia 23 começa o Equinócio da Primavera, e mais uma vez espero que também comece o desabrochar de uma nova sociedade, consciente dos seus direitos sim mas, que tenha bem presentes em suas atitudes e condutas os seus deveres, para com a família e para com a sociedade.Com uma boa educação teremos bons políticos e bons cidadãos e assim uma sociedade mais justa e um Brasil melhor. Quanto mais antiga a árvore , melhor a sua sombra e maior a sua proteção Dia 21 de Setembro Dia Mundial da Árvore Maria de Lurdes Micaloas Página 2 Novo site do nosso Jornal Muito mais conteúdo ! Desenhos para colorir... Jogos on-line grátis.. Muito mais para você consultar ! www.gazetavaleparaibana.com Brasil! - Como vamos e para onde vamos. Tribuna Popular Tire suas dúvidas, conheça seus direitos, denuncie, use nosso serviço gratuito. “Tribuna Popular” [email protected] QUERO A NA MINHA CASA! A campanha de assinaturas se torna necessária para que este projeto chegue aos mais necessitados. Adote uma Escola Pública, fazendo a sua assinatura. Apenas R$.: 48,00 Assinatura Anual LIGUE JÁ !!! 0xx12 - 3902.7629 ou 9114.3431 Também pode enviar sua solicitação pelo site e pelo E-mail: [email protected] informando seu nome completo, endereço e telefone. Uma Escola a mais terá acesso a este jornal Amigo Leitor, Divulgue para seus amigos e colegas. CONSEGUINDO dez assinaturas anuais da “Gazeta Vale Paraibana”, você leitor recebe o jornal gratuitamente em sua casa durante 1 (hum) ano D’Ávila & Boechat Advogados 0xx12 - 3942.1201 Rua 1º de Maio, nº. 31 CEP.: 12215-230 São José dos Campos -SP Cultura - Conhecimento - Educação - Cidadania // Fale conosco: [email protected] Gazeta Valeparaibana SETEMBRO 2008 Página 3 Grandes Nomes - Grandes Obras CONTINUAÇÃO Churchill viu-se nomeado membro do Gabinete Ministerial. O seu cargo de sub-secretário das colônias era relativamente modesto, mas ocupá-lo aos trinta e um anos de idade foi o fato que mais alimentou a fama do jovem prodígio de que desfrutava. Durante os anos que precederam a Primeira guerra Mundial, Churchill chegou a ser - como escreveu um de seus biógrafos - “O político mais odiado do país”. Como sub-secretário das Colônias, como Presidente da Câmara do Comércio e, mais tarde, como Ministro do Interior, é indiscutível que Churchill lutou pela implantação de numerosas medidas liberais. E, à luz da História, é incontroverso que foi ele quem, quase por si só, salvou o País, nos terríveis anos da Primeira Guerra Mundial. Churchill soube prever, com extraordinária exatidão, o curso da guerra na sua primeira fase. Em 1911, os principais chefes militares ingleses acreditavam que, na eventualidade de um ataque das tropas alemãs, o Exército Francês bastaria para, no prazo máximo de duas semanas, as fazer retroceder. A análise de Churchill, documento histórico considerado exemplo universal da profecia, era concludente: os franceses ao vigésimo dia, estariam a bater em retirada e sem condições para contra-atacar, pelo menos até quarenta dias depois do inicio da invasão alemã. Um triênio mais tarde, de fato, os franceses recuavam perante o ímpeto dos soldados germânicos - vint4e e um dias depois da acometida destes. Quanto á Batalha de Marne, geralmente considerada de influência decisiva no curso da Guerra... teve lugar quarenta e um dias depois. Os Generais Britânicos desprezaram o vaticínio de Churchill, considerando-o de “disparatado”, “Obra de um Amador”, assim, resumindo o catalogaram. Todavia, o primeiro-ministro Asquit, consciente do perigo que corria a In- glaterra, não tardou a desconcertá-los, perguntando a Churchill se queria assumir o Comando do Almirantado. “Só nos resta a marinha” disse Asquit. “Reside nela a nossa última esperança”. Churchill aceitou o cargo com entusiasmo. Fez vista grossa aos méritos da antiguidade e empenhou-se imediatamente numa profunda reorganização que valeu despromoções a muitos altos dignitários. Com o intuito de fazer da Armada Britânica a mais poderosa do Mundo, procedeu a numerosas inovações, entre as quais figura, como combustível dos navios, o emprego do petróleo em vez do carvão. As vantagens de tal medida foram apaixonadamente debatidas; porém, como normalmente acontecia, veio a provar-se que Churchill tinha razão. Outra das inovações que introduziu foi a instalação, nos Couraçados de construção mais recente, de canhões de 37,5 centímetros, em vez dos de 33, então muito usados. O pessoal da Marinha protestou, mas Churchill não se deixou perturbar. E, quando estalou a Guerra, os navios Ingleses dispunham de uma potência de fogo que deixava a perder de vista a dos navios Alemães. Depois, nos princípios do Verão de 1914, Churchill suspendeu as habituais manobras de frota, desobedecendo a uma determinação do Gabinete, e, sem consultar sequer o Rei, ordenou que se efetuassem “exercícios de mobilização”; para participarem neles convocou todas as forças navais da reserva. Esta audaz decisão demonstrou, uma vez mais, a sobrenatural capacidade divinatória de Churchill. A criticada mobilização estava em fase adiantada quando o assassinato do Arquiduque Fernando de Áustria, mergulhou toda a Europa num sangrento conflito. E a mobilização terminou, justamente, três dias antes de a Inglaterra se declarar, oficialmente, integrada nele. Foi uma das raras ocasiões da História em que uma súbita Declaração de Guerra, surpreendeu uma Armada defensiva a postos para lhe fazer frente. É possível que, até então, nunca um tal torvelinho de energia humana houvesse desabado sobre um governo de guerra. Churchill determinou a criação de uma Força Aérea e, feito isto, promoveu uma porção de arrojado ataques aéreos aos hangares e às bases alemãs de submarinos. Destinou avultada importância à construção de dezoito couraçados terrestres - pelo que pode, portanto, ser designado o pai do tanque. Quando em 1916, quarenta e oito daquelas máquinas foram enviadas para a frente de combate, os alemães lançaram fora as armas e fugiram. E, assim, logrou a arte militar um dos seus mais importantes e duráveis progressos. Para pôr, rapidamente, termo à Guerra, Churchill, em 1915, concebeu o seguinte plano: enviar a frota inglesa através dos Dardanelos, com o fito de separar a Turquia das potências centrais, derrotar os países balcânicos e preparar o terreno para uma vitoriosa investida russa no Oriente. Queria aniquilar o inimigo, atacando-o pela retaguarda. E pôs o plano em prática, ignorando os protestos que ele suscitava. O resultado foi uma catástrofe. Uma catástrofe que teve inicio em 18 de Março de 1915 e tardou pouco a consumar-se. Quando penetrava no estreito de Dardanelos, o grupo de assalto embrenhou-se numa área minada e, num repente, perdeu três couraçados, o que levou o almirante-chefe a suspendê-lo. Em Londres, Churchill reuniu o Almirantado e leu-lhe um telegrama, no qual ordenava que se levasse avante o ataque. A suspensão, porém, permitira ao inimigo preparar-se e a manobra inglesa redundou num dos mais sangrentos fracassos da história da Guerra. O total de baixas inglesas atingiu o número de duzentas e cinco mil, e quando os sobreviventes, feridos e em farrapos, regressaram à Pátria, a ira popular estalou, em irresistível tempestade. Conseqüência: Churchill foi deposto. Em princípios de 1917, uma comissão de inquérito sobre o desastre dos Dardanelos chegou à conclusão de que o plano fundamental de Churchill não fora mal concebido e isso valeu-lhe ser, novamente, chamado a participar do Governo. Houveram épocas em que ser culto, mestre ou mesmo nobre, não era, na verdade objetivos com os quais os homens de negócios se relacionavam ou mantinham afinidades. Hoje, por interesse ou necessidade de atender aos clamores da sociedade para o assunto, sociedade essa que são seus clientes, cada vez um maior numero de Empresários está associando à sua marca ou ao seu negócio, slogans dirigidos aos temas mais divulgados pela mídia escrita e falada. Assim, associando a sua marca a Educação, Ecologia, Cidadania e ás Artes, o consumidor, lhes traz a resposta imediata ás suas necessidades mercadológicas. Atualmente é positivo e comprovado o efeito positivo da divulgação de atos e eventos, do patrocínio de ações culturais, conquistando com isso a simpatia e a admiração de seus clientes. Não estamos mais no século XIX ou mesmo no século XX. Estamos numa época em que a necessidade de preservar o meio ambiente e as tradições são um clamor da sociedade mundial ao qual a brasileira não é exceção e cientes do compromisso, no qual toda a sociedade se deve engajar. Por isso adicione cultura, educação e meio ambiente á sua marca patrocine e incentive estas iniciativas. [email protected] ou então www.redevalecomunicacoes.com A “Gazeta Valeparaibana” coloca as suas páginas a disposição de todos os interessados na divulgação de trabalhos sobre todas as formas de cultura e arte do nosso Vale do Paraíba, Litoral Norte e Região Serrana. Conheça... www.gazetavaleparaibana.com Quer editar seu livro, seu jornal, sua revista? FALE CONOSCO www.redevalecomunicacoes.com SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Polícia Militar 190 Polícia Federal (12) 3931.0999 Disk-Denúncia 181 Direitos Humanos 100 Corpo de Bombeiros 193 Sabesp 195 Procon 151 Bandeirantes Energia 0800 55 08 00 Poupa Tempo SJC 080077 23633 IPEM 0800 13 05 22 SOS Samaritanos 080077 00641 Contur s.j.c (Turismo) (12) 3921-7543 Prefeitura S.J.C. (12) 3947.8000 Fundação Cultural s.j.c (12) 3924.7300 Hospital Municipal (12) 3901.3400 CTA (12) 3947.5700 IMPE (12) 3945.6034 Conselho tutelar (12) 3921.8705 Delegacia da Inf. e Juv. (12) 3921.2693 Vigilância Sanitária (12) 3913.4898 Delegacia da Mulher (12) 3921.2372 Câmara Municipal (12) 3625.6566 CVV (Centro Valoriz.Vida) (12) 3921.4111 AA (Alcoólicos Anônimos) (12) 3921.3611 NA (Narcóticos Anônimos) (12) 9775.6779 POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL São José dos Campos (12) 3931-7088 Cachoeira Paulista (12) 3101.1966 Roseira (12) 3646.1200 Taubaté (12) 3921.5011 POLICIA RODOVIÁRIA ESTADUAL São José dos Campos (12) 3944.4442 Taubaté (12) 3633.3888 Caraguatatuba (12) 3883.1044 POLICIA CIVIL (Plantões) São José dos Campos (12) 3921.2693 Jacareí (12) 3953.2277 Taubaté (12) 3633.4544 Guaratinguetá (12) 3132.6247 Caraguatatuba (12) 3883-5277 DEFESA CIVIL São José dos Campos (12) 3945.9600 Jacareí (12) 3953.3871 Taubaté (12) 3625.5000 Guaratinguetá (12) 3122.2728 Caraguatatuba (12) 3882-6841 AEROPORTOS São José dos Campos (12) 3946.3000 Taubaté (12) 3621.2277 Guaratinguetá (12) 3122.2500 Guarulhos (11) 5095.9195 Vira Copos (Campinas) (19) 3725.5000 RODOVIÁRIAS São José dos Campos (12) 3921.9122 Jacareí (12) 3961.6640 Taubaté (12) 3655.2818 Guaratinguetá (12) 3132.1380 Caraguatatuba (12) 3882.1669 Tietê (São Paulo) (11) 3135.0322 PRONTO-SOCORRO São José dos Campos (12) 3901.3400 Jacareí (12) 3953.2322 Taubaté (12) 3921.6036 Guaratinguetá (12) 3125.3131 Caraguatatuba (12) 3882.1362 DIVERSOS Balsa (S.Sebastião) 0800 704 55 10 DPDC (61) 3429.3636 IDEC (12) 3874.2150 PROTESTE (12) 3906.3800 SITES DE CONSULTA E ACESSO Procon www.procon.gov.br Ministério da Justiça www.mj.gov.br/dpde Tribunal Justiça www.tj.sp.gov.br Justiça Federal www.trf3.gov.br Minist. da Fazenda www.fazenda.gov.br Previd. Social www.previdencia.gov.br Narcóticos Anônimos www.na.org.br MASTERCARD (CEF) 0800 78 44 38 CREDICARD 0800 78 44 11 DINER’S 0800 78 44 44 UNIBANCO (Visa) 0800 11 84 22 BRADESCO (Visa) 0800 56 65 66 OUROCARD 0800 16 11 11 CREDIREAL 0800 12 21 20 AMERICAN EXPRESS 0800 78 50 75 B.F.R.B. (Pers) 0800 11 80 40 FININVEST 0800727 3003 Mais que um esforço, mais que teimosia, o que nos leva a continuar é a necessidade absoluta de ajudar a conscientizar e a disseminar cultura ,tradições e cidadania Gazeta Valeparaibana SETEMBRO 2008 O Livro das Pedras É difícil fazer uma indagação sobre o uso da gema no contexto espiritual, da cura e do oculto, sem a colaboração do mundo espiritual, em se mantendo estritamente nos parâmetros científicos, pois a Ciência ainda não apóia, com as suas descobertas, muitos desses aspetos que ainda lhe são desconhecidos, mas que ligam o homem ao que o circunda. Matérias como o ocultismo, a magia, o espiritismo, nos contextos da parapsicologia, nos dão uma idéia da vastidão das áreas ainda a serem esclarecidas, e certamente seria bem pouco científico simplesmente esquecer que tais contextos existem e, todos eles, com uma grande percentagem de fenômenos que ainda não foram cientificamente quantificados. Esta é a razão que nos impede hoje de dar respostas precisas e científicas do fato, mas a terapia da gema ponteia a história do homem na sua atuação, desde a idade da pedra, e não pode ser negada. Foi praticada pelos antigos egípcios, pelos incas, gregos, romanos, e hoje é praticada no mundo por milhões de orientais e acidentais. Mas, não é só a terapia que preenche a necessidade de acreditar em alguma coisa que tenha o poder de socorrer o homem nos momentos de dificuldade, como o amuleto, a pedra da sorte ou talismã, ou é uma coisa mais profunda? Talvez, antigamente, podia-se pensar num contexto de superstição, mas não hoje. Pode-se dizer que este campo ainda não é bem conhecido, porém não se pode negar a influência que os minerais podem ter sobre o ser humano. Já na Índia, os hindus, quando estavam com problemas físicos ou mentais, iam ao encontro das pedras, onde estas exercitavam grandes benefícios no campo da saúde. Dizem os espíritos evoluídos, hoje, que a pedra é o fulcro dos objetivos dos seres humanos que atravessam sérios problemas no mundo, onde é importante é a cura ou a solução do problema existente. O conceito nasce das condições, pois se continua a teimar em não se reconhecer aquilo que Sócrates, há 2.500 anos atrás, tinha percebido e a propósito dizia: “Se os médicos são malsucedidos tratando da maioria das moléstias dos homens, é que querem tratar do corpo sem tratar do espírito, e não se achando o todo em bom estado, impossível é que só uma parte passe bem”. Já sabia que não se pode isolar o físico do metafísico e do espírito, pois é só o primeiro que pode Página 4 “Mitologia - Lendas - Pedras Preciosas” ser excluído do contexto. Na atualidade, entretanto, a medicina dispõe de excelentes médicos e hospitais bem aparelhados. Para a matéria há remédios, terapias, cirurgias; mas, e para o espírito? Acha-se que é suficiente ignorá-lo: mas este reage e o resultado é que muitos não encontram a cura na medicina convencional; muitos padecem sem esperanças, e muitos ficam reclusos nos hospitais psiquiátricos, sanatórios, asilos, etc. Mas por que isso? Por questões atávicas de superstição, que os homens ainda não encontraram a coragem de esclarecer e enfrentar, pois o contexto tem um nome: chama-se evolução. Este contexto está justamente nas matérias ainda não esclarecidas e sobre as influências das pedras, cristais e minerais e logicamente o espiritual, mais especificamente ligado à pedra gema. Tudo se liga ao fato de que o homem vive solto espiritualmente em muitos estados de consciência, e por esta razão percebe a realidade em formas diferentes, com a passagem entre o sono e a vigília, sendo que a dimensão do sono ainda lhe é misteriosa e sobre o qual só faz suposições.Sobre estes estados de consciência, se assistem cenas de violência que perseguem os mais fracos, mulheres e crianças, e variam em suas multiplicidades, e que a ciência ainda considera casuais. Considera estes fatos provocados por fortes emoções que podem alterar a percepção da realidade ao ponto de condicionar as valorações racionais dos acontecimentos que se verificam neste processo. Porém, se é justo considerar o fator emocional, é entretanto justo considerar que este altera as condições de estabilidade, introduzindo o “fator imponderado” que toma conta da situação, impondo a sua vontade, que não é sempre a mesma daquele que realiza a ação física. Neste contexto, existem ainda estágios de consciência bem mais refinados e nos quais uma particular lucidez perceptiva permite enfrentar as dimensões que levam ao crime, à evasão do cotidiano e a situações que levam pessoas até então consideradas ponderadas e pacatas, a situações emocionalmente instáveis e perigosas. Estes estágios de consciência nem sempre afloram espontaneamente, conduzindo a consciência a uma particular dimensão mágica, da qual muitas vezes não se sabe dar uma particular explicação, mas que permite perceber uma distorção da realidade, de horizontes maiores e sem confins precisos; onde, em muitos casos, nesses momentos, surgem vocações artísticas, pois o mundo da arte, da literatura, da música é cheio destes testemunhos. Mas,. nem sempre estes “desconfinamentos” implicam o lado artístico ou criminoso, porém aquele mediúnico, pois todo este contexto é ligado estritamente ao mundo espiritual e das atuações, onde á anos se pesquisa à procura da comunicação com o Além, pois o homem usa muitos meios para facilitar estas relações, mas o interessante é que isso é recíproco, e por esta razão este “salto” dimensional pode a- contecer quando menos ele espera. Além dos rituais mágicos e das evocações, das técnicas de meditação, muitas são as condições e as situações que oferecem o “transe” que permite ter acesso a manifestações de outras dimensões; a dança e a musica representam meios antigos, e até as artes marciais, exercitadas em determinados níveis, quase sempre se associam a determinadas condições espirituais. Em muitos casos, o conseguimento de estados perceptivos necessita somente de condições ambientais e um elemento que faça de ponte, como determinadas litanias, batucadas ou ritmos que se associem ao contexto astral. Muitas vezes as facilidades são casuais, de simples dependência emotiva, ou no uso de determinados elementos na alimentação, como o café, o álcool ou o fumo, e vários tipos de drogas conhecidas como alucinógenos, como o ópio, por exemplo, conhecido como meio específico para provocar certas “evasões” da realidade conhecida e quantificável. Entretanto, quando a situação é desejada e conduzida, são realizadas determinadas condições de acompanhamento espiritual, de forma que a “Entidade Espiritual” vem e volta depois pela sua dimensão, mas, como já vimos, inúmeras são as condições em que pode vir sem nenhum específico acompanhamento ou leis que depois a obriguem a ir embora. Daí é que começa a situação espiritual que nasce das situações sempre emotivas, às vezes casuais ou mediúnicas, mas que sempre alterará a percepção da realidade e do momento, quando então podem decorrer fatos. Existem forças contempladas e conhecidas da física, como os efeitos do calor, da luz, do som, da eletricidade, do magnetismo, etc... que são perigosas mas que o homem controla; e outras que fogem ao seu conhecimento no plano metafísico, pelas conhecidas limitações sensoriais, ainda assim influenciadas, pois os conhecimentos científicos do mundo moderno não passam além do que lhes é permitido, dado o condicionamento do sistema capitalista diretamente influenciado pelo poder eclesiástico constituído, porém é todo um mundo que se relaciona com estes fenômenos, ignorados, mas que fazem parte do natural, onde acautelar-se no conhecimento é apenas bom senso. Este é inclusive o contexto das pedras, que se liga também com o primitivismo e a evolução espiritual de cada um, mas onde também é necessário o conheci- mento real e verdadeiro, pois o fanatismo não dá proteção neste tipo de atuações. Todos os fenômenos de atuação espiritual, incluindo a telepatia, a psicometria, a levitação, a tele transportação, a energia quântica e os fenômenos de materialização, se acham no grupo das influências das gemas e cristais, bem como a proteção dos fenômenos metafísicos que vão se refletir no físico, que existem, apesar de não serem tão bem conhecidos como os físicos. Os fenômenos metafísicos são inúmeros e resistem a todo o tipo de tratamento conhecido, e se refletem inclusive nas vidas do homem, implicando-o na sua estabilidade emocional e física. Estes problemas nascem onde o mundo é imaterial, mas que existe, e tem suas origens nas vibrações físicas das partículas atômicas e antiatômicas conhecidas e em outras ainda desconhecidas da ciência chamada moderna; deste mundo espiritual que o homem, em estado de vigília, não percebe, mas que pode perceber ao primeiro cochilo. As pessoas, em poucas palavras, sofrem estes tipos de agressões espirituais, principalmente porque não sabem se defender e esta é a característica da terapêutica das pedras, uma das curas esotéricas e naturais que no passado antigo eram sustentadas pela Ciência Oficial, e que hoje se está tentando redescobrir, apesar disto chocar-se com a velha guarda supersticiosa. Cada pedra tem propriedades específicas, podendo ser usada separadamente ou em conjunto e combinada com outras do mesmo tipo ou diferentes. por principio, pelo uso mágico das pedras, é necessário um profundo conhecimento do significado simbólico da gema, pois no contexto espiritual a gema representa o conhecimento, a elevação ou aspiração a esta, sem o que a coisa toda sai de determinados contextos para entrar em outros, e por isto, se torna indispensável considerar que as propriedades das pedras são múltiplas e cada uma de interpretação diferente. Nos contextos de 22 tipos, cada pedra tem uma figura e uma composição, e este conjunto é depositário de um ensino esotérico que se refere a uma simbologia mágica e arcaica, se referindo a um plano de existência global espiritual. Além disto, contém propriedades mágicas que se aplicam, a diferentes situações: das problemáticas psicológicas às sociais; dos problemas sociais ao cotidiano. Por isto, de cada pedra pode-se trazer uma inspiração para guiar e gerenciar a própria vida. Apesar do cristal lapidado e da pedra bruta terem b a s ic am e n te as mesmas características esotéricas, não têm a mesma capacidade de radiação e captação de energias da gema, porque esta é facetada e polida (lapidada) e desenvolve uma capacidade de ação em 360º; por este motivo, a pedra bruta não seria prática, pois, para desenvolver carga idêntica à que desenvolve uma gema de , digamos, 1 quilate, deveria ter pelo menos 1/2 quilo; e, como seria portada? O Projeto Educar destina-se a desenvolver no aluno o gosto pela pesquisa e a interação com a cidade www.gazetavaleparaibana.com Gazeta Valeparaibana SETEMBRO 2008 Página 5 Comportamento É de pequenino que se aprende a poupar. Casar de papel passado já não é mais a única opção há muitos anos, mas, mesmo assim muitas pessoas têm dúvidas sobre a “União Estável” e até mesmo sobre a velha e boa “União Civil”. Por isso, passamos a apresentar alguns dados sobre cada uma das situações. Jack Welch foi considerado o executivo do século. Graças à sua visão e determinação, a GE (General Electric) antecipou-se às mudanças que estavam por vir e tornou-se uma empresa mais competitiva e poderosa, enquanto muitas outras sucumbiram, em virtude do processo de globalização da economia. Em um texto denominado “Lições para o Sucesso”, parte integrante do livro “Gênios dos Negócios” de Peter Krass, o legendário executivo nos á algumas boas sugestões. Eis aqui algumas delas, que selecionamos e que podem ajudar o leitor a se posicionar: - Você precisa de uma mensagem envolvente, alguma coisa grandiosa, mas simples e possível (...) Cada idéia que você apresenta precisa ser algo que você consiga transmitir facilmente numa reunião entre estranhos. Se apenas os envolvidos no seu meio ou os seus amigos, conseguem entender o que você está expondo ou o seu projeto, suas chances de sucesso, são muito remotas ou talvez nenhumas. - As três coisas mais importantes que você precisa medir em seu projeto são: A satisfação do publico alvo; A satisfação de seus colaboradores e a disponibilidade dos valores monetários para para a execução do projeto. - Outra coisa que tem que aprender é a exigir cada dia mais de seus colaboradores, colocando o objetivo cada vez mais alto, do que os colaboradores pensem que possam subir, (...) A menos que coloque os objetivos tão alto quanto o possível, você não saberá até onde os seus colaboradores poderão chegar. - Todos temos o direito de cometer erros mas, a nossa parcela é limitada. No entanto, o maior erro que pode ser cometido é ser lento (...) a timidez gera erros. - Confiança é uma arma incrivelmente poderosa. As pessoas não se empenharão ao máximo se não confiarem que são tratadas com eqüidade, que não existirá favoritismo e que todo o mundo terá as mesmas oportunidades. A única maneira de criar esse tipo de confiança é expor seus valores ou seu projeto e depois colocar em prática as palavras. Você precisa ser coerente e depois colocar em prática aquilo que fala. - Acreditamos profundamente que as pessoas são a chave de tudo e que mudanças não devem ser temidas - devem ser apreciadas. Filipe de Sousa Enquanto a União Estável é uma relação que se estabelece naturalmente, sem formalidade; enquanto que a União Civil é um negócio jurídico, um contrato de casamento, um ato formal. Segundo a Lei, as diferenças entre uma e a outra forma de situações, são basicamente quanto ao regime de bens, ao direito das sucessões e herança. A escolha pela “União Civil” ou “União Estável”, depende muito de cada situação e dos interesses patrimoniais, além das vinculações com o meio social e seu conservadorismo ou não. Na prática, no que diz respeito á herança, por exemplo, as pessoas que optam pela “União Estável” têm direito a uma parte menor do patrimônio da pessoa que faleceu em comparação com uma pessoa da mesma situação que tenha optado pela “União Civil”. Nesse caso “União Estável”, a diferença é brutal, podendo o companheiro ou companheira “perder” mais da metade da herança a que teria direito pela “União Civil”, dependendo do número de filhos que o companheiro ou companheira tinha> No Brasil, dificilmente um casal opte pela “União Estável”, até pela própria natureza dessa forma de União. Quando isso ocorre, as duas pessoas que passam a morar juntas podem estabelecer um “Contrato de Convivência”, que define o regime de bens e as regras de convivência. Mas quase ninguém faz essa opção. Por isso, automaticamente o casal passa a viver sobre as regras da “comunhão parcial de bens”. Neste caso, as duas partes tem direito sobre todos os bens e patrimônios conquistados após a união. Já na “União Civil” o casal é obrigado a escolher no momento da pacto antenupcial um dos regimes, mas a sua concretização ainda deve levar tempo. No entanto, este aspecto parece não preocupar quem faz essa opção. Quanto ao aspecto religioso, vale lembrar, que independentemente da religião do casal, judicialmente todos podem optar pela “União Civil ou Estável”. As relações conjugais independem da religião; do ponto de vista legal a religião é irrelevante, esta ou aquela religião podem ou não aceitar a “União Estável”, por exemplo, mas esta é uma questão apenas da religião. Filipe de Sousa Na época de nossos avós, não era comum falar de dinheiros com crianças. No entanto, nos dias de hoje, na sociedade consumista em que vivemos, o contato das crianças com o dinheiro é inevitável, seja no lanche da escola, seja no contato estreito com o conhecimento que as novas tecnologias lhes proporcionam. Assim, a educação financeira para crianças, se torna indispensável e fundamental. É lógico que uma criança de três anos não vai saber o valor de uma nota de R$.: 50, por exemplo. Porém, ela já precisa ter contato com as noções básicas de organização e de responsabilidade, para poder, mais tarde, observar conceitos financeiros. Perto dos dois anos de idade, a criança já entende que dinheiro existe e que se troca dinheiro por algumas coisas. No entanto, o conceito do valor ainda não lhe é perceptível. Algumas escolas já incluíram em sua grade de aulas a matéria “Educação Financeira”. Mas, como ensinar para uma criança, um ser tão imediatista, a importância de poupar? Segundo alguns pedagogos, só se deve estimular o hábito de poupar a partir dos 10 anos de idade. Apesar disso, a criança não vai conseguir se programar para gastos futuros. Mas, ela pode aprender o conceito básico da poupança em hábitos cotidianos; como por exemplo, como se guarda o sorvete para o final de semana, com isto ela irá aprender como esperando, irá ter um benefício mais tarde. Os pedagogos também alertam que se toda a vez que a família sair, o programa for fazer compras, isso irá fazer com que a criança associe prazer a gastos. O melhor exemplo vem mesmo é de casa. Outra lição básica que a criança precisa entender é a diferença entre o desejo e a necessidade. O papel da escola, neste ponto, é fundamental também, assim como o dos pais. Isso é feito com os alunos, dentro e fora da sala de aula. Nós os levamos para conhecer instituições onde as crianças não têm dinheiro e vivem com o mínimo de recursos. Damos exemplos como pesquisa de preços, levando os alunos a supermercados e farmácias, para que vejam a diferença nos preços dos produtos, aprendam a diferenciação de marcas, no sentido de: - Você compra a marca ou o produto? O importante é que a criança desenvolva a consciência da escolha, entenda a diferença entre o ser necessário e o ser desejado. Claramente tudo isso é introdutório, apenas... a criança ainda não consegue abstrair a coisa dessa maneira, só vai aprender de fato quando tiver seu próprio dinheiro. O processo é lento, mas se nós virmos a criança mudando aos poucos, e tem que ser um trabalho sempre aliado ao poder de persuasão das mídeas. A mesada ou semanada é um assunto á parte... e bem polêmico. Alguns educadores crêem que dar um certo valor regularmente ao seu filho (semanada para os mais novos, mesada para os mais velhos) pode ser um bom instrumento para educá-lo financeiramente... nunca como uma “premiação”, que fique bem claro. Mas só vai valer a pena se houver muita firmeza pela parte dos pais na hora do acordo; acabou o dinheiro, a criança fica sem... até á próxima remessa - nada de “negociar”. No entanto, entre alguns educadores a idéia da mesada não é bem vista. Segundo alguns pais e educadores consultados, algumas opiniões são coincidentes, na negação da mesada. 1 - Não sou adepta da mesada, pelo menos para crianças menores; 2 - Pagando para o que o filho desempenhe sua função de filho. No entanto, muitas pessoas se mostraram a favor do bom e velho “cofrinho”: 1 - É um bom instrumento, para que a criança aprenda desde cedo a importância de se guardar sempre um dinheirinho. E, com esta atitude, mostrar para a criança, que o dinheiro que foi guardado no cofre, poderá satisfazer um desejo seu, seja um brinquedo, uma roupa nova, a festa de aniversário, mas, sempre com objetivo de uma satisfação de desejo para a criança. Some, analise estas sugestões, reflita e divide-as com a sua família. O resultado final será com certeza de grande valia para todos. “Aquele que, por tanto tempo, figurou no mundo científico e religioso sob o pseudônimo de Allan Kardec, chamava-se Rivail e morreu aos 65 anos. Esta morte, que o vulgo deixará passar indiferente, é um grande fato na História da Humanidade. Este não é apenas o sepulcro de um homem; é a pedra tumular enchendo o vazio imenso que o Materialismo havia cavado sob os nossos pés, e sobre o qual o Espiritismo espalha as flores da esperança.” Pagês de Noyez ( Le Journal Paris - em 03 de Abril de 1869 ) A felicidade depende de cada um de nós. Depende dos limites que assumimos, de nosso posicionamento para com a sociedade e sobretudo de nossa paz interior. Amando-nos seremos amados, doandonos seremos felizes. Filipe de Sousa Senhores Empresários patrocinar cultura é patrocinar desenvolvimento e cidadania. Este País e o seu futuro agradecem 0xx12 - 3902.7629 SETEMBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 6 O berço de nossa história, está aqui... na ausência de impedimento, envidaria esforços para voltar à mulher. No entanto, segundo alguns historiadores ramalho, ter-se-ia adaptado imediatamente a esta sua nova vida. Fez boa amizade com os indígenas locais , acabando por desposar uma das filhas Bartira ou Potira que significa “flor”.do “principal da terra”, o Cacique Tibiriçá. Bartira teria sido batizada com o nome de Izabel mas, jamais se casaram na Igreja e aparece no testamento de João Ramalho, datado de 3 de Maio de 1580, como sua criada. Talvez a esposa portuguesa, cujo nome se tem como Catarina Fernandes das Vacas, natural da aldeia de Valgode ou Balgode (Balbode no testamento), ainda estivesse Quem foi este homem na história de São viva. Paulo e porque não dizer na História do Brasil. João Ramalho é um dos personagens mais polêmicos da época dos primeiros tempos da colonização do Brasil, no século XVI. Sua descendência deu origem aos primeiros paulistas. Segundo alguns historiadores, quando Martim Afonso aportou na Vila de São Vicente, ali já achou João Ramalho, cacique respeitado e poderoso, que tornando-se amigo do Cacique Tibiriçá que morava nos Campos de Piratininga, desposou sua filha, a Índia Bartira (Potira). João Ramalho foi aventureiro e povoador português do século XVI e uma das mais curiosas personagens dos primeiros tempos da colonização portuguesa no Brasil. A vida de João Ramalho ainda, até aos dias de hoje, se apresenta obscura e controversa, sob muitos aspectos. Nem mesmo a razão de sua presença no Brasil ainda está esclarecida. Já foi mencionado que veio com a expedição de Martim Afonso de Sousa (1531/1532). Mas existem testemunhos em contrário de seus contemporâneos, como o governador-geral Tomé de Sousa “João Ramalho... que Martim Afonso já achou nesta terra...”, o padre Luis Gonçalves da Câmara “...Nesta Terra está um João Ramalho. É muito antigo nela...” ou o padre Manuel da Nóbrega “Quando veio da terra, que havia quarenta anos e mais, deixou mulher lá, viva, e nunca mais soube dela, mas lhe parece que deve ser morta, pois já vão tantos anos...”. Admitidas estes testemunhos, crê-se que teria precedido a Cabral. Mas, na generalidade acredita-se que tenha vindo antes de Martim Afonso, mas, após o descobrimento, tendo aportado à região da hoje São Vicente (SP) por volta dos anos de 1508/1512. Naufrago, como Caramuru, fugitivo de alguma caravela de passagem ou, mais provávelmente, degredado, pois era costume e certo na época que todo o jovem casado, do Livro: Aconteceu no Velho São Paulo de: Raimundo de Menezes (Coleção Saraiva 1854) Quando Martim Afonso de Sousa aportou a São Vicente, pelas alturas de 1532, foi recebido, para sua surpresa, por dois patrícios que aqui já se encontravam, havia longo tempo: António Rodrigues e João Ramalho. De António Rodrigues, muito pouco se conhece. Apenas que se casara com uma filha de Piquerobi, o cacique de São Miguel de Ururaí, com quem teve muitos filhos. E sobre João Ramalho? “Judeu degredado, para uns; simples náufrago para outros; precursor de Colombo na América segundo frei Gaspar da Madre de Deus; filho da Casa Real di-lo Pedro Taques; uma e única pessoa com o bacharel de Cananéia, na opinião de Cândido Mendes; boçal e rude analfabeto; personagem pelo menos iniciado nos rudimentos da Cabala, para Horácio de Carvalho. “Na verdade, João Ramalho foi uma autêntica figura de novela. Deixara crescer a barba que mantinha descuidada. Vivendo no mato, no meio da indiada, pouco ligava para o que vestia. Era truculento, despótico, dominando pelos modos desabridos. Em conseqüência não havia quem não o temesse.”. Um dia, nas suas rotineiras caminhadas, galgou a serra de Paranapiacaba (Subida de Santos ao Planalto Paulista) e veio bater nas margens de Guapituba onde conheceu o cacique Tibiriçá, com quem fez boa amizade. O aventureiro apreciou o lugar e por ali resolveu ficar. Aquilo ali estava cheio de “Índias mansas, daquelas índias passivas e ofertantes, que andavam nuas e não sabiam se negar a ninguém”. Uma delas, no meio de tantas, lhe mexeu com o coração. Chamava-se Bartira,que, além de bonita, vinha a ser a filha do cacique Tibiriçá. Para Ramalho, era um bom partido e ele não vacilou. Abandonou as demais e ficou com ela. Tornou-a predileta. O chefe da tribo gostou. Ter um branco como genro era uma grande honraria... O núcleo de Santo André, assim chamado, em memória ao Padroeiro da Vila, foi atraindo outros forasteiros. Tendo brotado na beira do sertão, ficou conhecido como Santo André da Borda do Campo. Como seria, naqueles tempos primitivos, Santo André da Borda do Campo? “Naturalmente, tinha um aspecto selvagem. A terra era selvagem, os casebres de taipa-de-mão, cobertos de sapé selvagens; as mulheres, mal enrodilhadas em panos de algodão, de fisionomias endurecidas pelos trabalhos incessantes, seriam, também, selvagens; e os homens, na sua rudeza incomparável, barbudos e desataviados, possivelmente vestidos de pele, por toda a parte alçando o perfil de lince, serviam, entre todos os seres, entre as próprias feras, os mais temerosos e os mais selvagens. Mas não tardou que o pequeno arraial viesse a receber o titulo honroso de Vila, passando o seu fundador a ser apontado com o título mais honroso de “Alcaide Mor e Guarda Mor do Campo”. Foi nesse tempo que, por ali, apareceu o tomar um desforço. Lá apareceram, armados de trabuco, dispostos a matar o jesuíta corajoso. E foram entrando... Na frente, André, o mais velho, seguido de Vitório, António, Marcos, João e mais um montão. Em casa ficaram apenas as meninas: Joana, Margarida e Antônia... Quando Bartira soube do que planejavam os filhos, foi atrás, interferindo e desarmando, fazendo com que eles retrocedessem... Foi como uma água na fervura; desistiram do seu intento e só assim, graças à intervenção de Bartira, o padre jesuíta Leonardo Nunes, escapou co vida. As coisas funcionavam deste jeito, naqueles primitivos tempos da colonização, na primitiva Santo André da Borda do Campo. Tudo era resolvido no Trabuco. No inicio, João Ramalho deu aos padres muita dor de cabeça, e por um triz não quebrou a dita cuja do padre Leonardo Nunes, segundo ele, o padre intrujão. viajante alemão Ulrico Schmidel, que andava correndo o novo mundo. Tinha uma aparência esquisita, sofria de delírio ambulatório. Teria vindo de Assunção e aportado em São Vicente de onde teria se deslocado e caminhado serra acima, quando de repente, se viu rodeado de gente branca. Era ali Santo André da Borda do Campo. São dele as palavras “Afinal, chegamos a uma aldeia habitada por cristãos, cujo chefe se chama João Reinvelle (sic). Felizmente, para nós, andava ausente, pois o arraial tinha-me cara de ser um covil de bandidos. Partira Reinvelle (Ramalho) para ir com outros cristãos que habitavam uma povoação chamada Vicenda (São Vicente), afim de com eles, concluir um tratado. Apenas lhe vimos o filho, que nos recebeu bem, embora nos inspirasse muito mais desconfiança do que os próprios índios. Deixando este lugar, rendemos graças ao céu por dele havermos podido sair sãos e salvos. “Apesar de tudo João Ramalho era o homem mais poderoso da região, mais do que o próprio soberano; havia guerreado e pacificado a província, reunindo cinco mil índios, enquanto que o rei de Portugal só reuniria dois mil”. No ano de 1553, Santo André da Borda do Campo viveu o ponto mais alto de sua vida florescente. Então, surgiram os primeiros jesuítas: Manuel da Nóbrega e Leonardo Nunes. O segundo ficou horrorizado com o que presenciava; a mancebia dos portugueses com as Índias e o cativeiro dos índios. Aquilo lhe pareceu pior que Sodoma e Gomorra. E não teve dúvidas em excomungar João Ramalho. João Ramalho não gostou, achou ruim... Começou a luta, uma luta de vida ou morte. Uma manhã, a coisa tomou aspecto muito sério. O padre, tendo ido dizer missa na igrejinha do povoado, viu entre os presentes João Ramalho e mandou expulsá-lo do templo. Foi a conta. Saiu um reboliço danado. Os filhos de João Ramalho, que não eram poucos, resolveram O complicado e violento João Ramalho já não era o mesmo do inicio de sua chegada ao povoado. Foi perdendo aquela arrogância, aquele jeito distorcido, aquela agressividade que lhe era característica. Os filhos, os mamelucos de sua numerosa descendência, aqueles primeiros e desenvoltos paulistas, tornaram-se o terror das cercanias. E deram muito trabalho... Foi uma época de muita confusão e luta. Já nessa época, São Paulo de Piratininga, hoje a capital do Estado, mostrava um progresso ascendente, absorvendo por completo a Vila de Santo André da Borda do Campo, e por ordem de Mem de Sá, todos deveriam se mudar para lá. O próprio João Ramalho acabou concordando e para que ficasse em paz, nomearam-no capitão-mor de São Paulo. Esta era uma maneira boa de atraí-lo. Mas ele, a tempo, descobriu o golpe. Desiludido, resolveu não ficar por ali, abandonou o Planalto e ir morar numa rústica cabana, no VALE DO PARAÍBA. Hospedou-se em casa de um tal de Luiz Martins. Se sentia velho e cansado. Apesar de seus quase 70 anos, não tinha um só fio de cabelo ou de barba, branco e, tinha como hábito praticar uma caminhada de 9 léguas o que no Brasil de hoje equivaleria a 54 quilômetros, antes do jantar... No dia 15 de fevereiro de 1564, um grupo pacífico de homens foi procurá-lo na sua casinhola. João Ramalho recebeu-os com certo embaraço, mandando-os entrar. Não havia banco para tanta gente... Ficaram de pé, e de pé falaram. Era uma comissão do Conselho paulista. Vieram comunicar-lhe que a gente do Piratininga o havia eleito para vereador de sua Câmara. Ramalho, ouviu tudo, com muita atenção, com um olhar vago e longínquo. Lembrando-se talvez, das ingratidões de que fora vítima, das humilhações sofridas e, no mesmo instante, com um tom superior, levantou a cabeça e achou chegado o momento azado para a desafronta. Sole, pousado, com uma tom superior, retorquiu altivo: “- Não aceito... Vivo bem no meu exílio. Para quê voltar? Sou um velho, com 70 anos. Digam ao Conselho que João Ramalho declina da honraria, preferindo continuar no Vale do Paraíba. CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO Rede Vale Comunicações Publicidade/Marketing Editora/Diagramadora/Edição Gráfica Web designer e Desenho Gráfico Conheça: www.redevalecomunicacoes.com “Gazeta Valeparaibana” presente em mais de 80 cidades do CONE LESTE PAULISTA , sendo 3.000 exemplares gratuitamente SETEMBRO 2008 Gazeta Valeparaibana História que faz parte da nossa história um bom escritor. As missões também geralmente possuíam uma boa biblioteca. A de Loreto contava com mais de 300 livros, a de Corpus Cristi cerca de 400, Santiago mais de 180 e Candelária a cifra, assombrosa para a época, de 4.724 volumes. ARTES (CONTINUAÇÃO) EDUCAÇÃO e CULTURA Para a fixação dos povos indígenas e construção dos povoados foram introduzidas técnicas de agricultura e pecuária, e elementos de arquitetura, cantaria e fundição., além da educação laica e religiosa básica e indispensável para a futura absorção de outros conhecimentos. Gradativamente foi sendo dado ensino adicional em artes diversas, que incluíam escultura, pintura, gravura, poesia, música, teatro, oratória e ciências. Relatos da época informam que os reduzidos nunca chegaram a desenvolver grande compreensão das sutilezas da doutrina Cristã, sendo considerados extremamente inábeis em assuntos espirituais e tudo o que envolvia elaboração mental abstrata e originalidade segundo os critérios europeus. Em certa época chegou-se a duvidar que fossem mentalmente aptos para entender e receber os Sacramentos. Entretanto, sua facilidade para as diversas artes era notória e sua capacidade de imitação de modelos formais causava espanto nos próprios missionários. Dizia o Padre Sepp: “O que viram uma só vez, pode-se estar convencidíssimo que o imitarão. Não precisam absolutamente de mestre nenhum, nem de dirigentes que lhes indiquem e os esclareçam sobre as regras das proporções, nem mesmo de professor que lhes explique o pé geométrico. Se lhes puseres nas mãos alguma figura humana ou desenho, verás dai a pouco executada uma obra de arte, como na Europa não pode haver igual”. ALFABETIZAÇÃO E LITERATURA Os JESUITAS sistematizaram a língua guarani dando-lhe grafia com caracteres latinos e produzindo boa qualidade de obras literárias, a maior parte ligada à catequização. Com isto, parte dos índios nas Américas foi alfabetizada em Guarani, Espanhol e Latim, embora isto fosse reservado aos pertencentes à elite indígena. Os restantes eram educados através do ensino oral e da arte. Em 1700 foi fundada a primeira gráfica missioneira na Missão de Loreto, na Argentina, e ali foi produzido, pelo indígena Juan Yapai em 1705, o primeiro livro impresso nesse país, um Martirológio Romano. Outras produções incluíam livros diversos, calendários, tabelas astronômicas e partituras. Alguns índios chegaram a dominar a língua e a escrita de modo admirável, como foi o caso do cacique Nicolás Yapuguay, da Redução de Santa Maria, que escrevia em Guarani com grande clareza e elegância, e tendo dois de seus livros impressos. O índio Melchor escreveu a história de sua aldeia Corpus Cristi, e o índio Vásquez, de Loreto, era também Testemunhos se multiplicam sobre a grande inclinação natural dos Índios para a música. O padre Noel Berthold afirmava que o irmão Verger podia fascinálos de tal modo quando tocava ao órgão que eles permaneciam imóveis, como que em êxtase, por até quatro horas. Muitos índios chegaram a se tornar instrumentistas exímios ou proficientes construtores de instrumentos, como Ignacio Paica e Gabriel Quiri, e o caso de um menino de onze anos que executava com perfeição sonatas e danças cortesãs de insignes mestres europeus. Diversos entre os próprios Jesuítas eram músicos consumados, como os ditos padres Verger e Sepp, este o autor do primeiro órgão construído nas Américas, e o padre Juan Vaseo, que foi músico da Corte Espanhola. Formaram ainda grandes orquestras e coros, que rivalizavam com grupos de formação européia e eram convidados a se apresentar em Buenos Aires (Argentina) por ocasião dos festejos de Inácio de Loyola. Na Missão de San Ignacio funcionou um dos primeiros conservatórios de música da América. Parte do trabalho catequético dos Jesuítas se valia do teatro como forma de ilustração de verdades religiosas. Encenavam-se dramas sacros, que versavam sobre a vida de Santos e passagens das Escrituras, e também havia ocasiões que eram montadas obras clássicas. Certas peças, vindas da Europa, eram traduzidas para o Guarani, outras eram escritas nas próprias Reduções. Na pintura também se registraram indivíduos com grandes dotes, como Kabiyú, artista excelente, produzindo entre outras coisas uma notável “Virgem das Dores”, hoje em Buenos Aires. A escultura merece uma atenção especial. tanto pelo papel de relevo que desempenhava no sistema educacional e catequético jesuíta, como pela quantidade de exemplares remanescentes. Nesta campo encontramos características peculiares na visível mescla de traços de várias escolas e épocas artísticas européias, desde o romântico até o barroco, e elementos nitidamente indígenas, aqui e ali visíveis nas feições de algumas imagens, em certas posturas hieráticas e adornos típicos, e mesmo na rusticidade de execução, sendo talvez a arte em que o elemento autóctone encontrou mais oportunidade de expressar sua individualidade atravessando o rígido arcabouço de preceitos estilísticos importados. Entretanto, se tais desvios são tomados por parte da crítica como autênticos sinais de originalidade, por outro diversos autores os interpretam como mera inépcia no mister. De qualquer forma, parece provável que as peças hoje consideradas de maior qualidade tenham saído das mãos dos próprios jesuítas, alguns dos quais mostravam domínio superior do ofício, como os padres José Brasanelli, Anselmo de La Matta e novamente Antônio Sepp. Aos índios cabia a participação como meros auxiliares, ou eram incumbidos, quando trabalhando sem intervenção direta dos padres, apenas da produção de obras Página 7 “Missões” menores. Mas, há exceções registradas, como a do Índio José. que em 1780 produziu uma estátua do Senhor da humildade e da paciência, hoje exposto na Igreja de São Francisco de Buenos Aires, considerada um dos marcos iniciais da arte nacional argentina. Outro aspecto a considerar é o hábito do trabalho coletivo para a produção de cada peça., o que muitas vezes torna difícil a obtenção de uma homogeneidade formal em cada exemplar específico e mais ainda a identificação dos estilos individuais. Também a arquitetura é digna de destaque. Os Jesuítas introduziram uma notável organização urbana em seus povoados, com benfeitorias que não se encontravam em muitas cidades européias de população comparável, com pontes, canalizações para irrigação, fontes para água e moinhos. As moradias, distribuídas em séries regulares, eram inicialmente de barro, mas logo passaram a ser feitas de pedra, possuindo vários aposentos, chaminés e cobertura de telhas. Porém, as Igrejas, constituíram a sua glória neste campo. O modelo empregado foi o típico barroco jesuíta, ou da Contra-Reforma, de linhas majestosas e sóbrias externamente, mas com profusa ornamentação interna nos altares entalhados e dourados, nos objetos do culto feitos de metais de metais preciosos e pedrarias, e na estatuária, de impressionante vivacidade e beleza plástica. Dos arquitetos são importantes o padre Juan Primoli, construtor da Igreja de São Miguel, e Andrés Blanqui. causa das constantes investidas paulistanas, ocasionando um êxodo de cerca de 12 mil pessoas para o sul. A Batalha de M’Bororé, travada em 1641 por bandeirantes, auxiliados por índios tupis, contra os guaranis reduzidos (evangelizados) e soldados paraguaios, terminou com a vitória destes, o que conteve o ímpeto expansionista dos brasileiros por um período considerável, e permitiu que as Missões continuassem a florescer por mais de um século. A FUNDAÇÃO DOS SETE POVOS. Um pouco antes, em 1626 o padre Roque Gonzáles havia penetrado no Rio Grande do Sul, criando a Província do tape e fundando a Missão de São Nicolau de Piratini. Dezessete outras reduções foram fundadas até 1634, sendo a última a de São Cristóvão, distando apenas 200 quilômetros de Porto Alegre. Quase todas as reduções de TAPE foram destruídas por bandeirantes paulistas nos anos seguintes, e os índios sobreviventes migraram em massa de volta para território argentino, onde poderiam contar com a maior proteção dada pela Coroa Espanhola. Somente após 1687 os jesuítas voltaram a penetrar no território rio-grandense, seja atraídos pelos enormes rebanhos de gado que procriavam livremente nos campos sulinos, seja como instrumento da Coroa Espanhola para conter os avanços da Coroa Portuguesa na região, a razão desta volta não é clara. Seja como for, é nesse ano que são fundadas as Reduções de São Francisco do Borja, São Nicolau, São Luiz DIFICULDADES Gonzaga e São Miguel. Logo em seguida foram fundadas São João Baptista, São A vida nas Missões não encontrou sem- Lourenço Mártir e Santo Ângelo Custópre este cenário que se aproximava de dio, constituindo-se assim os chamados uma utopia. Muitas vezes os Índios não Sete Povos das Missões. se habituavam aos rigores e complexidades da disciplina Inaciana, e revertiam para as selvas. Outras vezes grupos tinham de ser levados à força para as Reduções, como no caso dos Guaiaquis, ou Em 1750 a pendência entre Portugal e foram simplesmente dizimados, como os Espanha sobre os limites de seus domíGuenoas em 1708, por resistirem ao al- nios foi resolvida pelo “Tratado de Madeamento compulsório. Também há noti- dri”, segundo o qual aquela região pascias de epidemias, tempos de fome e sou a pertencer a Portugal em troca da ataques de povos indígenas não reduzi- Colônia de Sacramento e das Filipinas. dos. Foi então determinado que os índios abandonariam as Missões e o Governo português daria 4.000 pesos a cada vila. Ruínas da Redução Apesar disto, nem os religiosos nem os São Miguel Arcanjo guaranis aceitaram o tratado. Os jesuítas no Brasil se mobilizaram e chegaram a oferecer A Ameaça Bandeirante aos Reis da Espanha grande quantidade de tributos e riquezas para manter intacta aquela colonização, baseada exclusivamente em valores religiosos e culturais. Em Portugal pouco puderam fazer, pois estavam deterioradas as relações entre aquela Ordem (Ordem Jesuítica) e o Estado. Durante os primeiros confrontos eclodiu a chamada Guerra Guaranítica (1750/1756). Os índios enfrentaram completamente desorganizados os Exércitos português e Espanhol, não conseguindo resistir por muito tempo. Seu principal líder foi Sepé Tiarajú, mas logo sucumbiram, na Batalha de Caiboaté face à superioridade das forças ibéricas, havendo grande mortandade. Mas de todas as ameaças de longe a Com isto, seguiu-se a ocupação dos pomais séria foi a impiedosa e constante voados e aldeamentos, que os índios, ao rapina empreendida pelos Bandeirantes abandoná-los, iam incendiando. brasileiros na primeira metade do século XVI, que escravizaram ou massacraram A Expulsão dos Jesuítas e o fim centenas de milhares de indígenas. Treze das Reduções Reduções fundadas no oeste do Paraná CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO tiveram de ser abandonadas em 1631 por 3.000 Exemplares distribuídos gratuitamente para 2.490 Escolas do Cone Leste Paulista acesse: O Fim www.gazetavaleparaibana.com SETEMBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 8 Utilidade Pública “Você e a Previdência Social...” O QUE É PERÍCIA MÈDICA? Por vezes os impulsos, a realização de um velho sonho, e os desesperos do momento, nos podem levar no futuro a situações constrangedoras e até desesperadoras. Outras vezes temos que recorrer a ele para saldar um outro empréstimo mais oneroso. E por ultimo, recorremos ao “Empréstimo Consignado”, por problemas vários, sejam eles de saúde, familiares ou judiciais. Na realidade, o empréstimo consignado, foi uma solução encontrada para o alto nível de endividamento de uns e para mais endividamento de outros. Certo que é o dinheiro mais barato do mercado e que na realidade ainda assim seu custo (juros) ainda é um roubo pois a taxa de juros não deveria ultrapassar o 1% ao mês, segundo diz nossa Constituição Federal. Até porque é uma transação financeira com zero de risco, já que é descontada diretamente do benefício do aposentado. Assim, esta facilidade deve ser pensada e refletida, pois, caso não haja por parte do tomador um bom motivo para tomar este empréstimo, terá que ser bem refletido o fato do comprometimento de parte de sua renda. Se o motivo não for o de quitar outra dívida de custo maior, o melhor mesmo é se segurar. Uma viagem pode ser parcelada sem custos pelas agências; um procedimento cirúrgico deve ser muito bem negociado e parcelado, igualmente sem custo; o concerto de um carro idem e por ai a diante. Uma das vantagens do parcelamento direto é que a renda mensal fica comprometida por um prazo menor de tempo e um sacrifício de 6 meses não se pode comparar com outro de 36 meses. Afinal 36 meses são três anos e três anos é muito tempo. A pericia médica é a avaliação necessária para a Previdência Social conceder ou não o auxílio-doença (previdenciário ou acidentado), o auxilio-acidente e a aposentadoria por invalidez. A avaliação médico-pericial é realizada pelo perito médico que pode basear-se, também, em exames complementares e pareceres especializados que o segurado possuir. Por isso o INSS recomenda que o segurado sempre que comparecer à perícia médica, leve seus exames e documentos médicos. No dia da realização da perícia o segurado pode levar informações detalhadas sobre as causas de sua incapacidade para o trabalho e o tratamento indicado. As informações serão analisadas pelo perito médico, mas não determinarão, por si só, o resultado da perícia. Ou seja, quem resolve mesmo é o perito do INSS... Os outros médicos e especialistas somente dão o seu parecer... O rei é ele. O perito médico avalia caso a caso. Muitas vezes, o problema de saúde que incapacita uma pessoa para o trabalho não incapacita outra, segundo o INSS. Também é informado que o perito fará a avaliação, caso a caso, levando em consideração a doença e o tipo de atividade exercida pelo segurado. A conclusão da perícia médica do benefício solicitado será feita com base na Lei, na análise dos exames apresentados e no resultado da avaliação médicopericial, e levará a um destes três caminhos: ria por invalidez, nos casos mais gra- Quando o segurado estiver recebendo o ves, se atendidos os demais requisitos auxílio-doença, o Salário-Família será para a concessão do benefício; pago diretamente pela Previdência Social. 2 - O segurado está apto para realizar outro tipo de trabalho que não o seu e QUEM TEM DIREITO? será encaminhado para a reabilitação profissional; Tem direito ao Salário Família o segurado, seja empregado fixo, ou trabalhador 3 - O segurado está capaz para realizar avulso, que receba um salário mensal o seu trabalho e o parecer será contrário até ao teto estipulado a cada ano pela à concessão do benefício, ou seja, terá o Previdência Social. pedido negado. Não é exigido tempo mínimo de contriCaso o segurado não concorde com a buição para ter direito ao benefício, nem conclusão da perícia médica, pode soli- qualquer outro tipo de carência. citar um Pedido de Reconsideração - PR. Um novo exame será marcado e realiza- DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA: do, por outro perito médico do INSS. 1 - Certidão de Nascimento de cada filho, No caso da concessão de auxílio- podendo ser cópia e original ou então doença, a perícia determina a duração cópia autenticada. do benefício. O segurado que não se achar em condições de retornar ao trabalho, ao final da data determinada para tal, poderá requerer um Pedido de Prorrogação “PP”. Isto deve ser feito no prazo fixado pela Previdência Social. Assim, neste caso, o segurado será submetido a nova perícia-médica. Segundo o INSS, o requerimento do auxílio-doença e o agendamento da perícia médica podem ser feitos pelo telefone 135 (ligação gratuita de telefones fixos) ou pela página da Previdência Social na 2 - Comprovação de invalidez, a ser forinternet (www.previdencia.gov.br). necido em perícia médica do INSS, para dependentes maiores de 14 anos. O QUE É SALÁRIO FAMÍLIA? O salário-família é o benefício que o segurado(a) da Previdência Social recebem, como ajuda, para cada um de seus filhos, enteados ou tutelados, com até 14 anos de idade ou inválidos. Caso a mãe e o pai sejam segurados, ambos poderão receber o benefício. Para ter direito aos benefícios da Previdência Social, o contribuinte individual, o facultativo e o empregado (a) doméstico (a) precisam de estar em dia com as suas contribuições mensais. 1 - O segurado está incapaz para o trabalho e teve decisão pericial favorável para receber o auxilio doença ou aposentado- O Livro Didático distribuído pelo Governo, tem seu custo e esse custo é pago, através dos Imposto por toda a sociedade. Assim, deixa de ser um valor indivi- alunos, pais e professores, a conscientidual para passar a ser um valor coletivo. zação de seus filhos e alunos para a necessidade do praticar o ato cívico de A forma como foram elaborados os Li- conservação desse bem que é comum a vros Didáticos para distribuição nas Re- outras crianças, no ano seguinte. des de Ensino, a seus alunos, levou em consideração que deveriam ter qualida- No inicio das aulas, os alunos da rede de, afim de que a sua durabilidade, no pública do ensino fundamental recebem mínimo seja de três anos. livros didáticos de português, ciências, geografia, história e matemática, com a Assim, é de responsabilidade de todos, responsabilidade de os devolverem no O pagamento do salário-família está condicionado à apresentação, no mês de novembro, da caderneta de vacinação ou outro documento que mostre que a criança está com as vacinas em dia, quando menor de sete anos de idade. Para crianças a partir de sete anos de idade, deve ser apresentado, nos meses de maio e novembro, comprovante de freqüência escolar, documento que irá comprovar sua assiduidade escolar. O desemprego mantém o direito aos benefícios por um prazo de 12, 24 ou 36 meses, de acordo com o seu tempo de contribuição. Todo brasileiro, a partir dos 16 anos de idade, pode filiar-se à Previdência Social O salário família é pago pela empresa e pagar mensalmente a contribuição paempregadora, que deduz o valor da con- ra ter direito aos benefícios previdenciátribuição paga por ele sobre a folha sala- rios. rial. Os trabalhadores avulsos recebem o benefício do Sindicato ou Órgão contra- FONTE: Previdência Social tante de mão-de-obra, mediante convê- IMAGENS: Internet nio com a Previdência Social. ciência sobre o uso do Livro Didático. final do ano letivo. Levantamento feito pelo FNDE (Fundação nacional de Desenvolvimento da Educação), aponta que aproximadamente 40% dos livros não são devolvidos, sendo 46,5% no Nordeste, 41% no Centro-Oeste e Norte, 32,2% no Sudeste e 27,2% no Sul. Para o Diretor da Ações Educacionais do FNDE, Rafael Torino, é importante que alunos, pais e professores tenham cons- É necessário conscientizar os alunos e pais de alunos que o livro não é de graça , para que se sintam responsáveis. Essa conscientização do aluno deve ir além, deve ser levado em conta que esse livro deverá ser utilizado com cuidado e zelo e conservado, para que possa voltar a ser usado no ano seguinte por outro seu colega e no subseqüente novamente servirá para outro aluno. CULTURA, INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO, HISTÓRIA - NÃO SÃO PATRIMÔNIO DE NINGUÉM Filipe de Sousa Gazeta Valeparaibana SETEMBRO 2008 3ª Idade Página 9 - Envelhecer, recordar e reclamar... é preciso. “ Quanto mais velha é a árvore, melhor a sua sombra e maior a sua proteção “ dia 21 de Setembro DIA DA ÁRVORE Sim estou ficando idoso mas não velho, somente um pouco mais pesado pelo fardo das experiências positivas e negativas. Imigrante no Brasil, desde 1969, órfão de família mas, rico em raízes e forte em sentimentos, gostaria de ocupar este nosso espaço para relembrar um pouco da história de minha Pátria. Dia 21 é o dia da Árvore. Dia 21 é o dia daquela que nos garante nossa subsistência terráquea. Que transforma o lixo que jogamos no ar em oxigênio que dá vida a toda a espécie animal do planeta. Mas não é da árvore que aqui falarei é de sua raiz. Que lhe dá suporte, que a alimenta e, eu imigrante me alimento das raízes de minha infância e da força moral que recebi da sociedade, de meu País e de meus Pais. Hoje vou começar um artigo sobre a minha Terra Natal, e creiam não é poesia é a mais pura e real fotografia que tenho guardada em minha mente, daq2uilo que aprendi sobre História de Portugal. isboa, sete horas da manhã. Está um destes raros dias de Inverno de atmosfera límpida, de rara transparência. É domingo e o terreiro do Paço está deserto, silencioso. O Sol acaba de nascer e os seus raios, quase horizontais, inundam a Outra Banda, destacam a colina de Almada, rebrilham sobre o Mar da Palha, recortam as chaminés do Barreiro. Um Cacilheiro cruza o Rio Tejo, ao longe afasta-se o vulto azul de um barco do Barreiro. Há cargueiros fundeados na enseada, adormecidos. O ambiente é de serenidade. O grande rio desperta lentamente ao ritmo que se animam as povoações que bordejam o mar interior. Há gente procurando minhocas e lambejinhas, espécies que resistem nas lamas escuras e oleosas. Pequenos botes e bateiras dirigem-se para o largo a deitar suas linhas carregadas de anzóis, buscando pescar enguias ou barbos. Por baixo da ponte passa um pequeno rapa que arrasta a rede própria para a pesca do camarão. É pouco o proveito. As águas vêm barrentas, poluídas, e as espécies rareiam. São também cada vez menos os pescadores e os avieiros, essa gente que veio de Vieira de Leiria em busca de melhores safras. O rio continua ameno, acolhedor, mas pouco resta das riquezas que tanta gente atraíram à suas margens desde tempos muito recuados. Recuemos na História. A ocupação humana da zona vestibular do rio Tejo, autêntico mar interior, é muito antiga, tanto mais que o estuário sempre forneceu alimentos em abundância. Em Muge, numa região hoje bastante distante do rio, foram descobertas grandes acumulações de conchas - os concheiros - que resultaram dos restos da alimentação de comunidades humanas que viveram, que ali viveram entre 3.000 e 5.000 anos antes de Cristo. Depois, mesmo quando a agricultura já tinha começado a ser praticada em larga escala, nunca se deixou de recorrer aos recursos dos estuários. Um exemplo: foi escavada na tapada da Ajuda o que se julga ser os restos de uma granja agrícola do final da idade do Bronze (há cerca de 3.000 anos) onde também foram descobertos restos de cochas, sobretudo de ostras e de lapas, mas igualmente de amêijoas, vieiras e mexilhões. O grande refolgo do Tejo era igualmente rico em peixe, sendo toda a região considerada de uma extrema fertilidade. Virgilio escreveu mesmo que, aqui, as águas eram “fertilizadas pelo vento”, imagem que tanto pode ser associada à sua lendária rapidez, como à fama desta terra úbera. Não nos esqueçamos que, logo formando solos de grande qualidade, os nateiros fluviais, enriquecidos com os aluviões depositados pelo rio, ainda hoje são os melhores terrenos para a agricultura do País. A esta riqueza associava o estuário condições ótimas para a mareação. O navegadores fenícios, os mais arrojados do Mediterrâneo, por aqui passaram e, na colina do castelo, estabeleceram uma colônia a que chamaram “Alis Ubbo”, o que quer dizer “enseada amena”. Séculos mais tarde, no tempo dois Romanos, a povoação, então conhecida por Olissipo, tomaria o nome de Felicitas Julia e seria elevada à invejável condição de município romano o que revela bem a sua importância. Fortificada em acrópole, Felicitas Julia defendia um porto de alguma projeção e os seus habitantes gozavam do privilégio da cidadania romana, direito que não foi concedido a mais nenhuma cidade lusitana. Durante os quatro séculos e meio que os Romanos permaneceram entre nós Lisboa sempre foi um porto importante e a descoberta, recente, de salgadeiras, em Cacilhas revelou a existência de uma fábrica de sal romana que, sem ter a importância das de Setúbal e Tróia, é única do estuário do Tejo e a mais setentrional unidade deste tipo até agora descoberta. Mas o Rio Tejo ainda oferecia outra riqueza: ouro. São numerosos os autores latinos que se referem às “areias de ouro do Tejo”. A origem do topônimo Almada é mesmo referenciada, agora por um geógrafo árabe. Abu-Abd-Alla Edrisi, como estando relacionada com “o mar que vem lançar nas suas praias palhetas de ouro”. Mais tarde o cruzado Osberno, na sua crônica da conquista de Lisboa, também se refere a “este rio que desce das regiões de Toledo e em cujas margens se encontra ouro, quando no princípio da Primavera as águas se recolhem ao leito”. A riqueza das areias auríferas não era muito grande, mas a preciosidade do metal fez com que muitos explorassem as margens do estuário, recolhendo as pequenas palhetas que, segundo Pinho Leal, haveriam de servir para fazer o ceptro e a coroa de D. Dinis e o ceptro de D. João III. Após a reconquista de Lisboa e Almada por D. Afonso Henriques - significativamente conseguida com a ajuda de uma frota de cruzados que veio por mar e fundeou no remanso do estuário - , o complexo portuário da região vai desenvolver-se rapidamente. A pesca continuava a abundar, vindo citada logo no primeiro floral de Almada. O rio oferecia então uma grande variedade de peixes: pescada, sardinha, congros, sáveis, salmonetes, ruivos, pargos, besugos, e gorazes, além de uma quantidade enorme e variada de mariscos como a amêijoa, o berbigão, os caranguejos e as lagostas. No Seixal, na Arrentela e no Barreiro desenvolveram-se Vilas piscatórias bem individualizadas, não se limitando os pescadores a lançar as redes no estuário: faziam-no igualmente “entre os dois cabos”, isto é, na baía enquadrada pelo Cabo da Roca e o Cabo Espichel. Lisboa também se transformou rapidamente no mais importante complexo portuário do país, desenvolvimento que foi devido à sua posição única “não só em Portugal mas em toda a fachada Atlântica da Península Ibérica”, como sublinhou Raquel Soeiro de Brito. “Lisboa, no estuário do Rio Tejo, ocupa no litoral português a sua chanfradura mais profunda, adjacente a terras baixas e planas por onde correm faixas naturais de trânsito para o norte e para o Sul do País. O próprio Rio era uma via acessível além da fronteira utilizada, até que a malha ferroviária, lhe absorveu o tráfego. Ainda na segunda metade do século XIX, as minas de ferro, espanholas, de Alcântara, escoavam a produção, transportada em barcaças que navegavam até ao porto de Lisboa“. Orlando Ribeiro traça-nos igualmente o quadro de um rio animado e movimentado. A cidade de Coina e a Aldeia Galega, hoje Cidade do Montijo, designação adotada no ano de 1930, chegavam os produtos vindos do Alentejo e de Setúbal, de onde eram embarcados para Lisboa. O sinos de Mafra, fundidos no Arsenal, viajaram depois pelo Rio Tejo até à cidade de Santo Antão do Tojal. Mulheres de Frielas e Frieleiras, ainda no século XX vendiam peixe fresco em Lisboa. O Rio Tejo unia as comunidades das duas margens, constituindo uma bolsa que homens e mercadorias cruzaram em todos os sentidos. Antes da Estrada de Ferro as viagens para o Norte de Portugal faziam-se pelo Rio Tejo até às cidades de Santarém ou Vila Franca, somente depois, ai se seguindo por via terrestre. O Tejo tornava Lisboa mais próxima de Abrantes do que de Torres Vedras, por exemplo. Os fornos da capital eram alimentados pelo tojo e pela lenha que era embarcada no Seixal e era nos moinhos da margem sul que se moía a farinha necessária à população. Finalmente, quando se inicia a expansão ultramarina, será do Rio tejo que partirão, as armadas com destino às Índias e ao Brasil. As praias do Seixal, de Coina e do barreiro, encher-se-ão de estaleiros navais. Durante o Inverno os braços do Rio Tejo, proporcionam bons abrigos naturais e como tal, são procurados pelas naus (Caravelas) CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO Renascer, amar; se sentir acolhido, querido, ouvido, acompanhado. Eu consegui !!! Hoje sou feliz. Comer Bem “Caldeirada à Portuguesa” INGREDIENTES 1 kilo de bacalhau 1 kilo de batatas 1/2 kilo de cenouras 1/2 kilo de cebola de cabeça 1/2 kilo de vargem 3 nabos médios 1 repolho médio 1 maço de brócolis 1 maço de couve portuguesa 1/2 kilo de tomates meio verdes 1 dúzia de ovos cozidos GAZETA ONLINE - 100 grs de azeitonas pretas grandes 1 xícara de vinagre 1 xícara de azeite de oliva virgem 1 maço de salsinha 1 maço de coentro 1 maço de cebolinha Pimenta do reino a gosto 4 dentes de alho MODO DO PREPARO Corte o bacalhau, já de molho em postas grandes. Leve ao fogo uma panela grande o suficiente para cozinhar os legumes conjunta- mente com o bacalhau de forma que fiquem folgados. Á medida que os legumes vão ficando cozidos, vá retirando-os e colocando-os em uma travessa grande, colocada sobre uma panela com água fervendo para que não esfriem. Quando tudo estiver cozido, faça uma bonita arrumação, por exemplo: Coloque as postas de bacalhau no centro, e ao redor vá colocando os legumes separados por tipo. Enfeite o prato com tomates, abertos em flor, os ovos cozidos e cortado ao meio na diagonal e as azeitonas. Regue tudo com o seguinte molho que já deve estar preparado e na geladeira: vinagre, azeite, pimenta do reino, salsa, coentro, cebola verde, alho, tudo muito bem picadinho e muito bem misturado em vasilha funda e suficiente. BOM APETITE Não esqueça um bom vinho verde gelado Edições disponíveis para DOWNLOAD- Tribuna Popular - Projeto Educar - Correio Escola < www.gazetavaleparaibana.com Gazeta Valeparaibana SETEMBRO 2008 Datas Especiais · · · · Aniversário da cidade de MOGI DAS CRUZES; Inicio da SEMANA DA PÁTRIA; · Dia Nacional da AMAZÔNIA; · · Dia da oficialização do Hino Nacional Brasileiro, decreto Lei 15.671, no ano de 1922; Nascimento de DI CAVALCAN- · TI (Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo) no Rio de Janeiro, no ano de 1897; · Independência do Brasil; · · · · · · · Nascimento de JUSCELINO KUBITCSHEK DE OLIVEIRA, 29º Presidente do Brasil, em Diamantina (MG), no ano de · 1902); · 1º. vôo bem sucedido com o 14 Bis, de Santos Dumont, em Paris (França), no ano de 1906; · Anúncio da descoberta da PENINCILINA por por Alexandre Fleming, em Londres (Inglaterra), no ano de 1928; · · · Dia da Compreensão Mundial. Que neste dia os homens ou mais importante as Nações reconheçam acima do valor econômico, o valor ambiental e social de cada Nação e, de que todos somos responsáveis por · todos e não somente por nós. · · “AGOSTO 2008” Inicio da SEMANA DA COMUNIDADE; Denunciado o escândalo do MENSALÃO, pela Revista Veja, · no ano de 2004. “A compra do PTB, pelo PT, saiu por 10 milhões de Reais). · · Inicio da REVOLUÇÂO FARROPILHA (1835/1845), contra o Governo Imperial, que se motivou pela Declaração da Independência da Província de São Pedro, no Rio Grande do Sul; Nascimento de CASTELO BRANCO (Humberto de Alen- · car castelo Branco), 35º Presidente do Brasil, em Messedana (CE), no ano de 1900. DIA DA ÁRVORE; · Aniversário da cidade de ITAQUAQUECETUBA. Dia Internacional da Alfabetização. “Vamos alfabetizar nosso Povo. Mas para valer, não de mentirinha...”; · Dia dos Símbolos Nacionais; Você sabe quais são? Página 10 Dia Internacional da Paz ou DIA · MUNDIAL DA PAZ; SÃO COSME E DAMIÃO - Dia da Festa Popular São Cosme e Damião, protetores das crianças, dos médicos e dos farmacêuticos; DIA DA CARIDADE; Confirmação da fundação da COMPANHIA DE JESUS de Santo António de Loyola BranFUNDAÇÃO: 08 Setembro 1560 dão, pelo Papa Paulo III, no ano ALTITUDE: 790 METROS de 1540; POPULAÇÃO: 334.914 (IBGE2007) DENS. demográfica: 4.095,5 km2 ÁREA TERRITORIAL: 81.777 km2 PIB per capita: 5.090,00(IBGE2005) Dia da Mãe Preta e dia da LEI do VENTRE LIVRE, sancionada EDUCAÇÃO: pela PRINCESA ISABEL, no ano de 1871; Atualmente Itaquaquecetuba, conta com 45 Escolas Estaduais e algumas Municipais. Morte de MACHADO DE ASSIS (Joaquim Maria Machado de Assis), escritor, fundador e primeiro Presidente da ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, no Rio de Janeiro (RJ), no ano de 1908; Dia da SECRETÁRIA. ECONOMIA: O Município de Itaquaquecetuba, tem forte vocação industrial, contando com mais de 450 indústrias de todos os setores e envida esforços para atrair para seu território mais industriais, para o que está construindo um grande Terminal de Cargas para agilizar o transporte de mercadorias. HIDROGRAFIA: Rio Tietê e Rio Tipóia DIA DA JUVENTUDE; Inicio da PRIMAVERA “Equinócio da Primavera”, no Hemisfério Sul; Nascimento de BENTO GANÇALVES (Bento Gonçalves da Silva), Líder da Revolução Farroupilha, em Triunfo (RS), no ano de 1788; Criação do PARQUE NACIONAL DO JAÚ, no ano de 1980; Morte do Imperador D. Pedro I do Brasil (D. Pedro IV de Portugal), aos 36 anos, em Lisboa Portugal, no ano de 1834; Dia Internacional das Relações Públicas (Assessor de Imprensa); Nascimento de Luís Fernando Veríssimo, em Porto Alegre, no ano de 1936; FUNDAÇÃO: 01 Setembro 1560 HABITANTES: 362.991(IBGE/2OO7) ALTITUDE: 780 Metros PIB per capita: 12.092,00 DENS. demográfica: 500,7 Hab./Km2 ECONOMIA: Faz parte do Cinturão Verde, abastecendo toda a região Metropolitana da Grande São Paulo e a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com sua produção de hortifrutigranjeiros. Se PARQUE INDUSTRIAL é variado, com industrias de todos os portes, com destaque para as áreas siderúrgicas e automobilística (Valtra e General Motors). · EDUCAÇÃO: · Mogi das Cruzes conta com duas · Universidades de grande porte, duas · faculdades e uma de Educação à distância. Também está-se implantando um novo campus da FATEC. Estão tirando o Verde de nossa terra... LIVRE PARA SEU ANUNCIO Parabéns pelo seu dia, “PAIS”. BANDEIRA SELO BRASÃO Hino Nacional Brasileiro Hino da Independência Hino à Bandeira Hino à Proclamação da República. SETEMBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 11 CERRADO BRASILEIRO cendo em nosso país nada menos que cinco Províncias Fitogeográficas, por ele denominadas Nayades (Província das Florestas Amazônicas), Dr yades (Província das Florestas Costeiras ou Atlânticas), Hamadryades (Província da Caatingas do Nordeste), Oreades (Província dos Cerrados) e Napaeae (Província das Florestas de Araucária e dos Campos do Sul). Tais endemismos refletem, sem dúvida, a existência daquela grande diversidade de condições ambientais, as quais criaram isolamentos geográficos e/ou geológicos e possibilitaram, assim, o surgimento de taxa distintos ao longo da evolução. Se bem que ainda não totalmente conhecida, a flora do Cerrado é riquíssima. Partindo de uma afirmação conservadora, poderíamos afirmar que a flora do bioma do cerrado é constituída por 3.000 espécies, sendo 1.000 delas do Estrato Arbóreo-Positivo e 2.000 do Herbáceo-Subarbustivo. Como famílias de maior expressão destacamos as Leguminosas (Proaceae) e Compostas (Asteraceae), entre as Herbáceas. Em termos de riqueza de espécies, esta flora deve ser superada apenas pelas florestas amazônicas e pelas florestas atlânticas. Outra característica sua é a heterogeneidade de sua distribuição, havendo espécies mas típicas dos Cerrados da região norte, outras da região centrooeste, outras da região sudeste, etc. Por esta razão, unidades de conservação, com áreas significativas, deveriam ser criadas e mantidas nas mais diversas regiões do Domínio do Cerrado, a fim de garantir a preservação do maior número de espécies da flora deste bioma, bem como da fauna a ela associada. Quem já viajou pelo interior do Brasil, através dos Estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul, certamente atravessou extensos chapadões, cobertos por uma vegetação de pequenas árvores retorcidas, dispersas em meio de um tapete de gramíneas, este é o Cerrado. Durante os meses de verão, quando as chuvas são mais intensas e periódicas e os dias são mais longos, tudo ali é muito verde. No Inverno, ao contrário, o capim amarelece e seca, quase todas as árvores e arbustos, por sua vez, trocam a folhagem senescente por outra totalmente nova. Mas não o fazem todos os indivíduos a um só tempo, como nas caatingas nordestinas. Enquanto alguns ainda mantém suas folhas verdes, outros já as apresentam amarelas ou pardacentas, e outros já se despiram totalmente delas. Assim, o Cerrado não se comporta como uma vegetação caducifólia, embora cada um dos indivíduos arbóreos e arbustivos o sejam, porém independentemente uns dos outros. Mesmo no auge da seca, o Cerrado apresenta algum verde no seu estrato arbóreo-arbustivo. Suas espécies lenhosas são caducifólias, mas a vegetação como um todo não. Esta é semicaducifólia. A fauna do Bioma do Cerrado é pouco conhecida, particularmente a dos invertebrados. Seguramente ela é muito rica, destacando-se naturalmente o grupo dos insetos. Quanto aos vertebrados, o que se conhece são, em geral, listas das espécies mais freqüentemente encontradas em áreas do Cerrado, pouco se sabendo da História Natural desses animais, do tamanho das suas populações, de sua dinâmica, etc. Só muito recentemente estão surgindo alguns trabalhos científicos, dissertações e teses sobre estes assuntos. Com uma extensão de mais de 8,5 milhões de km2, distribuídos por latitudes que vão desde aproximadamente 5° N até quase 34° S, o espaço geográfico brasileiro apresenta uma grande diversidade de clima, de fisiografia, de solo, de vegetação e de fauna. Do ponto de vista florístico, já no século passado C. F. Ph. Martius descreveu Entre os Vertebrados de maior porte en- “grandes espaços contendo endemismos contrados em áreas de Cerrado, citamos a nível de gêneros e espécies”, reconhea Jibóia, a cascavel, várias espécies de Jararaca, o lagarto teiú, a ema, a seriema, a curicaca, o urubu comum, o urubu caçador, o urubu-rei, araras, tucanos, papagaios, gaviões, o tatu-peba, o tatugalinha, o tatu-canastra, o tatu-de-rabomole, o tamanduá-bandeira e o tamanduá-mirim, o viado campeiro, o cateto, a anta, o cachorro-do-mato, o cachorrovinagre, o lobo-guará, a jaritataca, e muito raramente a onça-parda e a onçapintada. O Clubeca é um projeto social que nasceu em cima da proposta da formação de um grupo musical de flauta doce de fundo de quintal, nos finais de semana, em um bairro carente e da periferia da cidade de São José dos Campos, o Bairro Campos de São José. Este “Projeto Social”, é idealização de um homem sonhador, sofrido e que acredita que a música é um universo de transformação em todos os fatores da evolução cidadã, desde a estruturação do caráter até à transformação em projeto de vida, como alternativa de classes menos favorecidas “CLUBECA” · Com pequenas modificações, estes grandes espaços geográficos brasileiros são hoje também conhecidos como Domínios Morfoclimáticos e Fitogeográficos, sendo eles: o Domínio Amazônico, o Domínio Mata Atlântica, o Domínio das caatingas, o Domínio dos Cerrados, o Domínio da Araucária e o Domínio das Pradarias do Sul, segundo a acepção de Aziz N. Ab’Saber. Como tais espaços não têm limites lineares na natureza, faixas de transição, mais ou menos amplas, existem entre eles. A palavra Domínio deve ser entendida como uma área de espaço geográfico, com extensões subcontinentais, de milhões até centenas de milhares de km2, onde predominam certas características Morfoclimáticos e fitogeográficas, distintas daquelas predominantes nas demais áreas. Isto significa dizer que outras feições morfológicas ou condições ecológicas podem ocorrer em um mesmo Domínio, além daquelas predominantes. Assim, o espaço do Domínio do Cerrado, nem tudo o que ali se encontra é bioma do Cerrado. Veredas, Matas Galeria, Matas Mesófilas de interflúvio, são alguns exemplos de representantes de outros tipo de bioma, distintos do Cerrado, que ocorrem em meio aquele mesmo espaço. Não se deve, pois, confundir o Domínio com o Bioma. No Domínio do Cerrado, predomina o Bioma do Cerrado. Todavia outros tipos de Biomas também estão ali representados, seja como tipos “dominados” ou “não predominantes” (caso das Matas Mesófilas de Interflúvio), seja como encraves..... CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO www.gazetavaleparaibana.com · O Clubeca é uma entidade de cunho social, sem fins lucrativos, fundada oficialmente em 11/11/2000 registrada no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas de São José dos Campos, sob o nº. 2774 Livro A. Atende cerca de 60 crianças e adolescentes diariamente, orientando-os através de atividades socio-educativas, de prevenção e, promovendo a inclusão social, além de lhes oferecer suporte para o seu desenvolvimento profissional. PRINCIPAIS ATIVIDADES: · · · · · · · · Reforço Escolar Musicalização Formação instrumental Informática Artesanato Meio Ambiente Recreação Educação preventiva. Este sonho se tornou possível graças à fé e determinação de um cidadão sofrido, que perdeu seu pai em acidente trabalhista, quando tinha apenas três anos de idade e com dezasseis anos e meio, perdeu sua mãe, a qual encontrou morta, ao chamá-la de manhã, para se despedir. Paulo Roberto da Silva e sua esposa, sofrido mas com a força suficiente para se reerguer, estudar e se tornar um cidadão de bem, capaz de uma forma quase clausural, juntamente com sua esposa e alguns amigos de igual índole, abdicar dos prazeres e do conforto de uma vida normal, para se dedicar a nossa crianças e adolescentes, precisamente em um Bairro dos mais carentes de sua cidade, o Campos de São José. SETEMBRO 2008 Educação Gazeta Valeparaibana “ Estado, Escola x Criança & Família” caso, as crianças e adolescentes da Casa Lar Pérolas Calabrianas têm uma “dieta emocional” com muito doce. Pois seus Pais Sociais são o casal Regina Sueli Sanches e Dinarte Armando Ferrari Sanches, de 52 e 54 anos, respectivamente, pais de três filhos e orgulhosos avós da animada Cecília, de três anos. Educar é sim uma função da Escola, mas, sua maior responsabilidade é ensinar. A Educação deve vir da família, o comportamental e a sociabilidade devem ter sim sua base na família e dela serem um reflexo. Além da função do Estado, de prover Educação de qualidade para todos, existem entidades que fazendo o voluntariado e com a sociedade comunitária, parceiras, tem nos dado exemplos claros de como a iniciativa privada, consegue e isto na maioria dos casos ser muito mais eficiente nos serviços que presta à sociedade, com custos muito mais baratos, que o que os Estados e os Governos praticam. e alegrias. A criança que aprende uma nova tarefa, o preparo dos alimentos, a organização da casa: tudo é compartilhado. Com isso, as dificuldades se dividem, e as alegrias se multiplicam. “O melhor de tudo é receber o carinho deles”, comenta Dinarte, emocionado, com Vitória agarrada em seu colo e Stéfani segurando a sua perna e chamando sua Os domingos, nessa casa, são cheios de atenção para brincar com ela. açúcar e afeto. A cada quinze dias, Cecília vem visitar os avós na Casa Lar, e Ambos concordam que é um trabalho encontra sua “amiga”, Stéfani, também que exige muito. Ambos sabem que os de 3 anos, a mais nova oradora. Ela veio resultados aparecerão em longo prazo. com a pequena Vitória, sua irmã de 9 Mas sabem, também, que o que estão meses. oferecendo a essas crianças é o bem Enquanto Cecília e Stéfani brincam de mais precioso que pode haver: um futuboneca, Vitória toma sua mamadeira ro. É por isso que não se arrependem de sentada no colo de Dinarte, Regina pre- ter largado outros caminhos profissiopara o almoço para os outros meninos e nais para abraçar a tarefa de construir sua filha Aline, que ainda mora com os amanhãs de alegria para quem tem paspais (os maiores moram sozinhos). sados de muitas tristezas. Na hora de almoçar, a mesa é ocupada por todos, e a conversa pula de tema em A FAMÍLIA tema, ponteada pelas recomendações como: “olha a cenoura que está ficando O casal Dinarte e Regina é pai de Carolino prato”, “suco é só depois de comer”, na (29 anos), Guilherme (27 anos) e Aline que fazem parte do cotidiano de todas (18 anos), avó de Cecília (3 anos) e Pai as famílias. Social de Ezequiel (15 anos), Samuel (14 A diferença está em que Dinarte e RegiPasso a copiar uma matéria que me foi na não são avós da grande maioria desenviada e cedida pelo ABRIGO JOÃO sas crianças. Sete delas são crianças abrigadas. Apenas os filhos Carol, GuiPASULO II de curitiba (PR). lherme e Aline e a neta Cecília é que têm laços diretos com eles. No entanto, o carinho é o mesmo para todos. A história que transformou Regina e o Sr. Dinarte em Pais Sociais começou no ano 2000, quando Regina começou a trabalhar como voluntária no Abrigo. Naquela época, tanto ela como o marido trabalhavam em uma loja própria de autopeças, depois de ter feito, ambos, carreira no campo da administração. CASA LAR PÉROLAS CALABRIANAS Sempre que você visita o site do Abrigo, vê, aqui e ali, referência aos pais sociais, casais que vivem nas Casas Lares e que desempenham o papel de responsáveis pelas nossas crianças e adolescentes, orientando e educando para a vida. Esses casais são a base essencial do trabalho do Abrigo, que adota a filosofia de que as crianças e adolescentes precisam tanto de uma figura materna como paterna para reconstruírem a sua afetividade, já tão prejudicada pela vida que enfrentaram antes de chegar ao Abrigo. E você já deve ter-se perguntado o que faz alguém levar uma vida totalmente voltada para crianças que não são seus filhos, e às quais dedicam praticamente todo o seu tempo, afeto e atenção. Para que você conheça um pouco mais essas pessoas, e entenda como se tornaram Pais Sociais, estamos realizando uma série de reportagens em que apresentamos cada um dos casais, falando de sua vida e de como vêem a sua função de Pais Sociais. Página 12 anos), Josué (12 anos), Jorge (11 anos), João (10 anos), Stéfani (3 anos) e Vitória (1 ano). Samuel e Josué são irmãos de sangue, Jorge e João são irmãos de sangue. Stéfani e Vitória são irmãs de sangue. Todos são irmãos sob o olhar protetor de Dina e Regina. Ela havia conhecido a ordem dos Pobres Servos (ordem que administra o Abrigo) através do Instituto Calábria. De lá, onde a filha cantava no coral, chegou ao Abrigo, que na época ainda funcionava em um modelo de acolher crianças de rua. Aos domingos, ela e outra voluntária faziam o jantar para os meninos acolhidos. No final desse ano, foi convidada para atuar mais diretamente, agora como Mãe Social: naquela época, não se adotava ainda o modelo de casal social. Até hoje Regina se recorda de quando recebeu o convite. “Soube na hora que era aquilo que eu queria fazer”, lembra. A partir dai sua vida se repartiu entre passar o dia com as crianças do Abrigo em uma casa em Belém Velho, (Bairro de Porto Alegre) e à noite com os próprios filhos e marido. No meio do caminho, houve a mudança de estrutura com a reunião dos abrigados por faixa de idade. Regina se tornou monitora das crianças menores. Em todos esses momentos, seu marido era “o suporte”, como ele próprio diz, brincando. Ajudava, apoiava, intervinha quando necessário. Mas não exercia nenhuma função direta. Em 2004, uma nova mudança no Abrigo Os casais serão apresentados por orfez com que se adotasse o modelo de dem de antiguidade, mostrando, primeiPais Sociais, pois ficou claro que a preramente, os que já se encontram a mais sença de um casal dava às crianças, tempo conosco. uma base afetiva e moral muito mais sólida. E foi então que Dinarte entrou em CASAL cena totalmente, saindo do papel de LAR PÉROLAS CALABRIANAS “suporte” para o de Pai Social. Dizem que avô é pai com açúcar. Neste Desde então, ambos dividem obrigações Estes exemplos, estas iniciativas, me leva a acreditar que sob todas as nuvens negras que pairam sobre nossa sociedade, sobre nossos princípios, sobre nossos Governantes, sobre nossas instituições, ainda existe algo que não está perdido. Parabéns irmãos do Abrigo João Paulo II, parabéns meus irmãos Dinarte e Regina, dê um beijo muito grande e afetivo em todos os seus filhos, em toda a sua família e creia que além das recompensas que virão aqui na Terra, na outra vida, desta vocês terão muito de que se orgulhar. No pouco que possa fazer, contém sempre comigo. Abraços Ir.Hermes José e obrigado por este exemplo. Filipe de Sousa Carta Aberta a RENATO ARAGÃO Quinta, 28 de Julho de 2008 Querido Didi, Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências). Achei que as cartas não deveriam serem endereçadas a mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta. Não foi por “algum” motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos). Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimento em sua formação. Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da minha família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não mata ninguém. Muito pelo contrário, faz bem! Estudei na Escola da Zona Rural, fiz supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro empresária. Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o Povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos ! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento, em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família. Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos Impostos e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais. O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não têm a educação como prioridade. Pois a educação tira a subserviência e esse fato, por si só não interessa aos políticos no poder. Por isso, o dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal. Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$.: 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$.: 0,20 (vinte centavos). O Governo precisa rever suas prioridades, você não concorda? Você pode ajudar a mudar isso ! Não acha? Você diz em sua Carta que não dá para CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE Gazeta Valeparaibana SETEMBRO 2008 Educar Para quê Para ser uma cidade educadora, é preciso ter um governo eleito democraticamente e o compromisso do prefeito e da Câmara Municipal de incentivar novos projetos em educação. Os experimentos mais bem-sucedidos são apresentados anualmente no Congresso Internacional de Cidades Educadoras, que, neste ano acontecerá de 17 a 20 de Novembro, em Gênova (Itália). “Cidade Educadora” crianças são incentivadas a discutir o que têm em comum com as de outros países e o que é diferente. Crianças de escolas públicas, que nunca tiveram contato co o exterior, discutem costumes e tradições. E, muitas vezes, alunos e professores se visitam. Já fizemos esse intercâmbio entre Turim (Itália) e Buenos Aires (Argentina). GAZETA: Que é o responsável por coA diretora da Rede Latino-Americana de ordenar o trabalho em cada cidade edu-Incluem a instrução como uma das Cidades Educadoras, a argentina Alicia cadora? Cabezudo, 54, explicou para a Gazeta espinhas dorsais de suas políticas. Alicia - Primeiro, o prefeito; depois a -Impulsionam a educação ao longo da um pouco mais sobre essa iniciativa. Câmara Municipal. O prefeito nomeia vida. -Desenvolvem aspetos educacionais de GAZETA: O que é uma cidade Educado- um responsável, que geralmente é o ra? Secretário da Educação. Mas não precidiferentes políticas locais. sa ser. Na cidade educadora, todos os -Impulsionam formas de governo transAlicia - É aquela que converte o seu secretários são secretários da educaversal e inovador. -Promovem a associação, a participa- espaço urbano em uma escola. Imagi- ção. O secretário de Planejamento deve ção cidadã, e a coordenação entre ad- nem uma Escola sem paredes e sem planejar a cidade com espaços verdes, teto. Nesse espaço, todos os lugares com espaços públicos para pessoas de ministração e sociedade civil. -Fomentam a consciência do público são salas de aula: rua, parque, praça, todas as idades e com acesso para decomo um bem comum e uma responsa- praia, rio, favela, shopping e também as ficientes. Todos eles, sejam da Saúde, escolas e as universidades. Há espaços do Desenvolvimento Social, devem se bilidade compartilhada. -Garantem a igualdade de oportunida- para a educação formal, em que se apli- preocupar com a educação. E o secrecam conhecimentos sistematizados, e a tário da Educação não se preocupa só des, a coesão e a justiça social. -Promovem a educação em valores de- informar em que cabe todo o tipo de com as escolas. Deve olhar também mocráticos, a paz e a cooperação inter- conhecimento. Ela integra esses tipos para parques, praças e praias. de educação, ensinando todos os cidanacional. GAZETA: Qual é sua avaliação das Ci-Facilitam uma informação suficiente e dãos, do bebê ao avô, por toda a vida. dades Educadoras Brasileiras? compreensível e a abertura de canais GAZETA: Como isso funciona na prátide comunicação. Alicia - No Brasil, já existem vários -Usam sistemas indicadores de avalia- ca? programas de educação cidadã e oução de suas próprias propostas e iniciAlicia - Com projetos do Governo local tros de preservação do patrimônio arativas. junto com ONGs, universidades, igrejas quitetônico, que também é uma preocuQuem pode se associar? ou quem queira se unir. Alguns exem- pação das cidades educadoras. Agora, Qualquer governo local que deseja se plos: a educação ambiental, onde a queremos que São Paulo se torne a comprometer com os princípios da Carcidade educadora ensina os cidadãos a coordenadora das cidades educadoras ta das Cidades Educadoras, indepennão jogar lixo na rua, a cuidar do ambi- no país e convide mais participantes. dentemente de suas competências adente. O orçamento participativo tamministrativas. ( Informação detalhada bém é uma estratégia da cidade educano Portal da AICE: www.edcities.org ). dora, onde a população participa ativamente das decisões do governo. As Cidades Educadoras: A cidade que educa Adriana Küchler Na cidade de Rosário (Argentina), um grupo de escoteiros decidiu fazer uma campanha para que, no Natal de 1999, os pais não dessem brinquedos violentos para os filhos. Os escoteiros conversaram com os professores nas escolas. Depois, vários grupos começaram a colar cartazes nas portas das lojas de brinquedos e a fazer plantão no comércio para estimular os pais a comprar presentes mais educativos. A campanha “Jogar pela Paz” se espalhou para o rádio, para os bilhetes de ônibus e para mais de 20 cidades da América Latina e da Europa. As cidades que foram atingidas pela campanha iniciada em Rosário participam da “Associação Internacional de Cidades Educadoras”, reunião de municípios que se comprometeram a transformar locais públicos em espaços educativos para a população, sem excluir faixa etária ou classe social. A iniciativa foi lançada na Espanha, em 1990, durante o 1º. Congresso Internacional de Cidades Educadoras. No começo de Abril, a Capital paulista foi a 281ª. cidade a assinar o termo de compromisso da associação, a chamada Carta de Barcelona. Além de São Paulo, já são oito os Municípios brasileiros que podem trocar experiências com esse enfoque: Alvorada (RS), Belo Horizonte (MG), Campo Novo de Parecis (MT), Caxias do Sul (RS), Cuiabá (MS), Pilar (PB), Piracicaba (SP) e Porto Alegre (RS). Página 13 GAZETA: Como transformar shoppings e favelas em espaços educadores? Alicia - Todos os lugares podem ser educadores. No shopping, dá para fazer apresentações de teatro, de música, de dança. As pessoas param de comprar por um instante e aprendem algo. A favela é vista como um espaço feio, mas, nela podem ser trabalhados valores positivos, como a amizade e também a solidariedade. Já faz dois anos que a Gazeta GAZETA: Qual é então a diferença entre Valeparaibana, bate na tecla, de que em uma cidade educadora e uma cidade algo os conceitos sobre educação púque investe em educação? blica no Brasil, mais especificamente no Cone Leste Paulista, por ser a região A diferença é que, participando da as- que desejamos poder atender, de imesociação, o município entra em contato diato, devem mudar. com outras cidades educadoras. Pode Do ponto de vista de educação participar de Projetos Comuns, visitar escolar de qualidade, os resultados do uma cidade para estudar os seus pro- INEM estão aí para mostrar para todo o gramas ou convidar outro membro para Mundo que queira ver, que algo está explicar seus projetos. É uma rede soli- muito ruim. dária. Do ponto de vista social, no que Gazeta: Além do mais, acreditamos, na diz respeito a segurança e paz, os notisala de aula convencional, se adiciona ciários todos os dias nos bombardeicultura, educação, enquanto que no am, com notícias sobre corrupção nas convívio com a realidade da cidade, repartições mais elevadas desde o Gocom o seu dia a dia, se formam perso- verno Federal até ao Municipal e, em nalidades e caracteres, além de fazer nossa cidades é pai matando filho é com que vivencie a própria história. bala perdida é assalto é tráfico. Bem não vai bem de jeito nenhum, também. GAZETA: Como são desenvolvidos os No meio desta barbárie todos Projetos Comuns entre vários países? estamos de acordo que algo tem que mudar e rápido. Alicia - Um exemplo é o “Minha Cidade Por isso nós da Gazeta estamos e o Mundo”, um programa em que cri- montando um projeto parecido com o anças e professores de escolas de dife- que atrás citamos. Cidades Educadoras rentes países trocam correspondência. do Cone Leste Paulista; o Projeto EduNós fazemos o contato entre eles. As car. [email protected] CARTA ABERTA A RENATO ARAGÃO Continuação aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria ser endereçada ao Presidente da República. Ele é o “cara”. Ele tem a chave do cofre e a vontade política para aplicar os recursos. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. Mas, infelizmente, não é o que acontece... No último parágrafo da sua Carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da “minha” doação, que a minha “doação” faz toda a diferença. Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínia de R$.: 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias. Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$.: 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho. Isso significa que o Governo leva mais de um terço de tudo o que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família. Você sabia que para pagar os Impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira. Outra coisa Didi, mande uma carta para o Presidente da República pedindo para ele selecionar melhor os ministros e professores das escolas públicas. Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas possam desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim ! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos. Bem, você assina suas cartas com o pomposo titulo de Embaixador Especial do UNICEF para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando.. Eliane Sinhasique Mantenedora Principal dos Dois Filhos que p... (dei à Luz) SETEMBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 14 Mundo Aquático Tartarugas Marinhas e Terrestres” se encontram e quem são essa relativa facilidade., ao longo de todo o Brasil para designar os répteis que posLitoral Brasileiro. Para desovar prefere suem o corpo protegido por um casco tartarugas. As “tartarugas marinhas” existem há mais de 150 milhões de Anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças climáticas e estruturais do planeta. Sua origem foi em terra firme e, na sua necessidade de sobrevivência se tornaram animais aquáticos. Na sua aventura para o mar, evoluíram, diferenciando-se de outros répteis. Assim, o número de vértebras diminuiu e as que restaram se fundiram às costelas, formando assim, uma carcaça resistente, embora leve. Perderam os dentes, ganharam uma espécie de bico e suas patas se transformaram em nadadeiras. Todas estas transformações se deram, afim de que sua vida e sobrevivência no mar fosse a melhor possível. Uma adaptação do corpo a uma novo sistema. Existem sete espécies de “tartarugas marinhas” no Mundo, agrupadas em duas famílias: as Dermocheiydae e as Cheionidae. Dessas , cinco são encontradas no Brasil: Cabeçuda, de Pente, Verde, Oliva e Couro. As “tartarugas marinhas” são répteis e, como tal, possuem pele seca, coberta de placas, respiram por pulmões e a temperatura do corpo é regulada pela temperatura ambiente. Pertencem à mesma ordem das tartarugas de água doce e de terra, como o cágado e o jaboti, mas, são muito maiores, podendo atingir até 900 (novecentos) quilos. Mas, ao invés das patas, têm nadadeiras e vivem todo o tempo no mar. Somente as fêmeas saem da água, por um curto período de tempo, para a desova. Na terra são lentas e se tornam vulneráveis, mas no mar se deslocam com rapidez e agilidade. O corpo das tartarugas marinhas é recoberto por um casco, formado por placas córneas e ósseas, cuja função é protegêlas dos predadores e aumentar a hidrodinâmica, facilitando seu deslocamento na água. Embora tenham pulmão, podem permanecer algumas horas embaixo d’água, prendendo a respiração. Para isso, o organismo funciona lentamente, o coração bate devagar, num fenômeno chamado “bradicardia”, em que o fornecimento de oxigênio é auxiliado por um tipo de respiração acessória, feita pela faringe e cloaca, que retira oxigênio da água. São: · · · · · Tartaruga Cabeçuda Tartaruga de Pente Tartaruga Verde Tartaruga Oliva Tartaruga de Couro A seguir vamos conhecer onde as ilhas oceânicas, como Fernando de Noronha, em Pernambuco, o Alto das Rocas, no Rio Grande do Norte e, Trindade, no Espírito Santo. TARTARUGA CABEÇUDA Tem a cabeça proporcionalmente maior que a das outras espécies, chegando a medir 25 centímetros. É a que faz maior numero de desovas no litoral e é também chamada de tartaruga mestiça. Tem o dorso marrom e o ventre amarelo. Seu casco mede aproximadamente um metro e pesa cerca de 150 quilos, embora algumas cheguem a 250 quilos. Sua dieta se baseia em peixes, camarões, caramujos, esponjas e algas. Suas mandíbulas, poderosas, lhe permitem triturar as conchas e carapaças de moluscos e crustáceos. Encontrada em praticamente todo o Litoral do Brasil, mas, para desovar procura preferencialmente as praias do norte ao norte do Rio de Janeiro, especialmente as do Espírito Santo, Bahia e Sergipe. ósseo coberto por escudos córneos. O casco é tão típico desses animais que os torna inconfundíveis. Embora muitas pessoas utilizem o termo tartaruga para designar todos esses répteis, alguns comentários merecem ser feitos. Jabuti é uma palavra de origem tupi utilizada para designar as espécies terrestres. No Brasil, existem duas espécies: O Jabuti - Piranha, menor, e com escamas geralmente avermelhadas e, o Jabuti Tinga, maior e com as escamas amareladas. TARTARUGA OLIVA É a menor de todas as tartarugas marinhas, medindo cerca de 60 centímetros e pesando em torno de 65 quilos. Sua carapaça é de cor cinza esverdeada, daí o seu nome. Sua alimentação baseia-se em peixes, moluscos. crustáceos, principalmente camarões e plantas aquáticas. No Litoral do Estado do Sergipe existe hoje a maior concentração de indivíduos dessa espécie, no Brasil, desovando. Cágado, palavra de origem incerta, é utilizada para designar espécies de água doce que possuem o casco achatado e um longo pescoço, por vezes tão longo, quanto o próprio casco. É característico o fato do pescoço ser dobrado para o lado quando buscam proteger a cabeça sob a carapuça. os Cágados representam, cerca de 50% das espécies brasileiras, ocorrendo desde a Amazônia, na Região Norte, até o Banhado de Taim, na região sul. Por vezes, recebem nomes específicos como “matamatá”. Tartaruga, palavra de origem Italiana, é utilizada, com freqüência, para designar as espécies aquáticas que quando tentam esconder a cabeça sob a carapaça, dobram o pescoço formando um “S” na vertical. Podem ser marinhas, como as tartarugas atrás descritas, ou de águadoce, como a “aperema”. Como os nomes populares são estabelecidos para uso popular, não seguem uma lógica e, muitas vezes, podem criar conÉ a maior espécie de tartaruga marinha e fusões na mente de quem não conhece o também a mais forte. É chamada também assunto. de tartaruga gigante, por chegar a medir até 2 metros de comprimento de casco e a pesar 700 quilos, embora já tenha sido encontrado um exemplar com 900 quilos. De cor preta, com pontos brancos, tem o casco menos rígido que as outras, parecendo quase um couro, tendo, por isso ganho esse nome. Possui grandes nadadeiras frontais, que lhe permitem nadar longas distâncias. JABOTI-MACHADO Vive sempre em alto-mar, aproximando- O Jaboti-machado, por exemplo é um se do Litoral apenas para desova e se cágado e nada tem a ver com os jabutis; alimenta preferencialmente de águas- a tartaruga-da-amazônia, por sua vez, vivas. está mais aparentada com os cágados Pouquíssimas fêmeas têm sido vistas no do que as tartarugas. Num país do tamaLitoral Brasileiro e, somente desovam no nho do Brasil, é de se esperar muitas Litoral do Espírito Santo. variações regionais nas nomenclaturas. Pelo menos em algumas localidades da Bahia, cágado é chamado de jabuti e vice-versa. Além disso, uma espécie pode ter mais de um nome, como o muçuã (jabuti) e o tigre-d’água (tartarugaimperial ou tartaruga japonesa). Outro termo popular é “quelônia”, palavra de origem grega pouco utilizada pelos leigos. Refere-se tanto às tartarugas, como aos jabutis e cágados. TARTARUGA DE COURO TARTARUGA PENTE Também chamada de tartaruga verdadeira ou legítima, é considerada a mais bonita de todas as tartarugas marinhas. Tem a carapaça formada por escamas marrom e amarelas, sobrepostas, como as telhas de um telhado. A boca lembra o formato de um bico de gavião e o casco pode medir até um metro de comprimento e pesar 150 quilos. Tem este nome porque era caçada para que seu casco fosse usado na fabricação de pentes e armações de óculos. Por isso é uma das mais ameaçadas de extinção. Alimenta-se de esponjas, peixes, caramujos e siris. Na forma juvenil ou semi-adulta é encontrada em todo o Litoral do Nordeste, mas para desovar busca principalmente o litoral norte da Bahia e o de Sergipe. TARTARUGA VERDE Alimenta-se exclusivamente de algas. Também chamada de aruanã, esta tartaruga tem o casco castanho esverdeado ou acinzentado medindo cerca de 1,20 TIGRE D’ÁGUA metros. Pesa em média 250 quilos, podendo atinTartarugas, cágados e jabutis são os gir até 350 quilos. Na sua juventude pode ser vista, com principais nomes populares utilizados no Livre para anunciar [email protected] Flávio de Barros Molina http://www.zologico.sp.gov.br Gazeta Valeparaibana SETEMBRO 2008 Página 15 Filosofias e religiões “Império Inca - Uma Civilização” Continuação Os quipus gráficos, etc. Cabia-lhes igualmente instruir os seus filhos, para que estes, mais Os INCAS usavam o arco e flechas e zatarde, lhes sucedessem. rabatanas para caçar animais, como cervos, aves e peixes que lhes forneciam a Para melhor fixar as narrativas, o quipu- carne, couro e penas e, plumas que usacamayuc cantava-as, como uma melo- vam em seus tecidos. péia. A CAÇA era uma atividade coletiva e o Os quipus serviam ainda para o registro método mais usual era de formar um de fatos históricos e ritos mágicos. No grande círculo que ia se fechando sobre entanto, ao contrário dos estatísticos, um centro para onde eram reunidos os estes quipus ainda não foram decifrados. animais. Na Administração Se bem que o Império Inca fosse muito centralizado e extremamente estruturado - e até, pode dizer-se, burocrático - , não havia um sistema de escrita. Para gerir o Império eram utilizados os quipus, cordões de lã ou outro material onde eram codificadas mensagens. Destinavam-se os quipus a manterem estatísticas permanentemente atualizadas. Regularmente procedia-se a recenseamentos da população extremamente completos, como por exemplo: número de habitantes por idade e sexo. Registrava-se ainda, o numero de cabeças de gado, os tributos pagos ou devidos aos diversos povos, o conjunto de entradas e saídas dois armazéns estatais, etc. Mediante os registros procurava-se equilibrar a oferta e a procura, numa tentativa de planificação da economia. Mai concretamente, o quipu era constituído por um cordão ao qual se união cordões menores de diferentes cores, tanto paralelamente como partindo de um ponto comum. Os números eram dados pelos nós e as significações pelas cores. Os nós das extremidades inferiores representavam as unidades. Acima ficariam as dezenas, mais acima as centenas e, por último, os milhares e as dezenas de milhar. Salienta-se que, para além de utilizarem o sistema decimal, os Incas conceberam o equivalente a zero: um intervalo maior entre os nós, ou seja, um sítio vazio. Ignora-se o significado dos nós complexos, porventura reservados aos múltiplos. Quanto ás cores, indicavam os significados ou qualidades. Mas como número de cores e seus matizes é limitado, muito inferior ao numero de objetos a recensear, o significado das cores variava de acordo com a significação geral do quipu. Era pois necessário conhecer a significação geral do quipu para se poder interpretá-lo. Por exemplo: o amarelo referia-se a ouro nas estatísticas referentes aos despojos de guerra e ao milho nas referentes à produção. A fim de facilitar a leitura, as pessoas e coisas eram dispostas de acordo com uma hierarquia imutável. Assim, os quipus demográficos, os homens ocupavam o primeiro lugar, seguidos das mulheres e, por fim, das crianças. Nos recenseamentos de armas a ordem era a seguinte: lanças, flechas, arcos, zagaias, clavas, achas e fundas. A ausência de cordão secundário ao longo do principal, assim como a falta de uma cor, possuía determinado significado, exatamente como acontecia com a ausência de nó no cordão (zero). Os intérpretes dos quipus, os quipucamayucs, ou seja, “guardiãs dos quipus”, possuíam uma excelente memória, cuja fidelidade era assegurada por um processo radical: qualquer erro ou omissão era punido com a pena de morte. Cada quipucamayuc especializava-se na leitura de determinada categoria de cordões: religiosos, militares, econômicos, demo- Música Os INCAS tocavam música em tambores e instrumentos de sopro onde se incluíam as flautas, flauta de pan, quena e trombetas feitas de conchas marinhas ou de cerâmica. Arte e Artesanato Os INCAS produziam artefatos destinados ao uso diário, ornados com imagens e detalhes de seus deuses. Era comum na cultura INCA o uso de formas geométricas abstratas e representação de animais altamente estilizados, em esculturas cerâmicas, de madeira; apostos em tecidos e gravados em objetos de metal. Eles produziam belos objetos de ouro e as mulheres produziam tecidos finos com desenhos surpreendentes. Caça Agricultura Culinária Moeda Vestuário Medicina CAÇA AGRICULTURA No apogeu da civilização INCA, por volta do ano 1400, a agricultura organizada espalhou-se por todo o Império, desde a Colômbia até ao Chile; como o cultivo de grãos comestíveis da planície litorânea do pacífico, passando pelos altiplanos andinos e adentrando na planície amazônica oriental. Calcula-se que os INCAS cultivavam cerca de setecentas espécies vegetais. A chave do sucesso da agricultura INCA era a existência de estradas e trilhas que possibilitavam uma boa distribuição das colheitas numa vasta região. As principais culturas vegetais eram as batatas (semilha), batata doce (batatas), milho, pimentas, algodão, tomates, amendoim, mandioca, e um grão conhecido como quinua. O plantio era feito em terraços e já usavam a adiantada técnica das curvas de nível e foram o primeiro povo a usar o sistema de irrigação. Os INCAS usavam varas afiadas e arados para revolver o solo, e também a Ihama para transportar as colheitas, embora tais animais também fornecessem lã para a fiação de tecidos, mantas e cordas, couro e carne para sua alimentação. Os INCAS também plantavam ervas aromáticas e medicinais e as folhas de COCA, que eram reservadas para a elite. Toda a produção agrícola era fiscalizada pelos funcionários do Império. CULINÁRIA A culinária INCA consistia principalmente de vegetais, pães, bolos e mingaus de cereais (notadamente de milho e aveia); carnes (assados ou guisados), comumente de caititus (porcos selvagens) e da Ihama. Apesar da dieta dos INCAS ser muito variada, havia muitas diferenças entre os alimentos consumidos pelas diversas classes sociais. A gente do povo só comia duas refeições por dia. O prato comum dos Andes era o “Chuño”, ou farinha de batata desidratada. Adicionava-se água, pimentão ou pimenta e sal, para então servir. Eles também preparavam o “locro”, com carne seca ou cozida, com muito pimentão, pimenta, batatas e feijão. Faziam parte também da sua dieta, as frutas, as quais ingeriam em grande quantidade, entre elas pode-se citar a pêra picada ou o “tarwi”. Também o milho era muito consumido, tanto assado como cozido. Os NOBRES e a Família Real tinham uma alimentação mais diferenciada. Na mesa dos NOBRES não podia faltar carne, que para o povo era escassa. Para os nobre sempre eram oferecidas carnes variadas, tais como: de Ihama, vicunha, patos selvagens, perdizes da puna, rãs, caracóis e peixes variados. A refeição começava com frutas. Depois vinham as iguarias, apresentadas sobre Informação, Cultura , Preservação uma esteira de juncos trançados, aposta para tal no solo. O INCA se acomodava em seu assento de madeira, coberto com uma tela fina de lã e indicava o que lhe agradava. Ai, uma das mulheres de seu séqüito o servia em um prato de barro ou de metal precioso, o qual era segurado em suas mãos, enquanto o Nobre comia. As sobras e tudo que o INCA (Nobre) havia tocado, devia ser guardado em um cofre e queimado logo depois, dispersando as cinzas. MOEDA Os Incas não usavam dinheiro propriamente dito e na forma como hoje o conhecemos. Eles faziam trocas ou escambos nos quais mercadorias eram trocadas por outras e mesmo o trabalho era remunerado com mercadorias e comida. Serviam como moeda, sementes de ca- cau e também conchas coloridas, que eram consideradas de grande valor. VESTUÁRIO O homem INCA usava uma túnica sem mangas que descia à altura do joelho e às vezes uma pequena capa. A mulher INCA tinha diversas roupas que a cobriam integralmente e freqüentemente usavam sandálias de couro. Nas estações mais frias, todos usavam longos mantos de lã sobre os ombros, presos por alfinetes na frente. Os INCAS gostavam de se adornar. Quanto mais ricos e elaborados os tecidos mais dispendiosos e caros se tornavam, que, desta forma, acabavam por demonstrar o nível social de quem os usava. O INCAS também usavam gorros com cores berrantes e cada uma significativa de sua tribo e de sua origem. Os homens INCAS usavam muito mais jóias que as mulheres. Os mais ricos usavam pulseiras de ouro e brincos enormes e, quanto maior fosse o brinco, mais alto era o nível social do usuário. Os guerreiros, usavam colares feitos com os dentes de suas vítimas. MEDICINA Os INCAS fizeram muitas descobertas farmacológicas. Usavam o quinino no tratamento da malária com grande sucesso. As folhas de Coca eram usadas de um modo geral como analgésico, e para minorar a fome, embora os mensageiros Chasquis as usassem para obter energia extra. Outra terapia comum e eficiente era o banho dos ferimentos com uma cocção de casca de pimenteiras, ainda morna. Gazeta Valeparaibana SETEMBRO 2008 Página 16 Meio Ambiente “Tufão ? Tornado ? Tempestade ?” Nas grandes e médias cidades, em todo o mundo já se podem sentir os efeitos da excessiva queima de combustíveis fósseis. Em Tókio, quem assistiu às Olimpíadas do mês passado, pode verificar, mesmo através da tela da TV, o quanto eram presentes os gases tóxicos a uma altitude tão baixa que era respirável pelo homem. Diversos atletas tiveram que usar máscaras respiratórias e outros foram verdadeiramente afetados em seu desempenho. Também pudemos visualizar, cidadãos comuns de máscara... Ora isto não é vida e de certo não será a vida que queremos para nosso filhos e netos. Até quando as mentes humanas, beneficiadas por processos industriais, hoje confirmadamente muito mais prejudiciais ao homem do que favoráveis à vida, vão fazendo olhos grossos para esta situação que já se apresenta como uma catástrofe. Doenças novas vão sendo conhecidas e velhas vêm ressurgindo. Nem mesmo as árvores frutíferas estão entendendo mais o tempo. Antes elas tinham tempo para descansar, refolhar, reflorir e dar seus frutos. Hoje, meus caros leitores, o café de minha chácara que não fica em lugar poluído e se situa a 10 km da cidade, o café que costumava florir em Junho agora está florindo em Setembro e a jabuticabeira está tão zonza que dá jabuticaba de três em três meses. Em Outubro temos eleições e eu caros leitores acredito que o rumo só pode ser revertido, começando, primeiro por nós mesmos, na nossa casa, na nossa família, mudando nosso hábitos e costumes consumistas, depois mudando os políticos e a política do Brasil, começa na nossa cidade, com bons vereadores, teremos, bons prefeitos, bons deputados estaduais, depois federais, depois senadores e por aí em diante. Chega de mesmice. Boas falas, falar bonito, os picaretas têm dinheiro para aprender. Nem sempre aquele que aparece mais é o melhor e mais qualificado. Preste atenção no candidato de seu bairro, analise o que tem feito, a sua família, o seu convívio. Bom filho, será bom pai, bom esposo e bom cidadão e isto também serve para Bom cidadão, será Bom Vereador. Quanto ao prefeito... Analise seus projetos levados a feito e a quem beneficiou; se foi tendencioso, se foi descuidado com a periferia, se priorizou o centro e os bairros nobre. Analise e decida mas, não esqueça, o que você decidir, terá que agüentar 4 anos e depois não adianta reclamar, porque quem escolheu foi você. Mas voltemos a falar de meio ambiente. mais eficientes, menos agressivos sob o ponto de vista de poluição e mais baratos. Os bondes movidos a eletricidade e os trens metropolitanos são uma alternativa bastante válida para o atual sistema de energias. Ciclovias seguras e confortáveis também deveriam merecer a atenção dos nosso administradores e implantadas, especialmente em cidades cujo relevo não seja tão intenso. Outra alternativa de transportes a ser repensada é a ferrovia. O Brasil detém ou detinha (porque na sua grande maioria foi depredada ou roubada) uma rede ferroviária invejável. Este é o melhor sistema de transporte de mercadorias terrestre de curta e média distância que homem já conheceu até aos dias de hoje. Já reparou quanto é queimado de óleo diesel por carretas, caminhos e minicaminhões na distribuição de alimentos e mercadorias por este país; sem contar que em 90% dos acidentes fatais sempre nos deparamos com um ônibus ou um caminhão envolvido. Na nossa opinião falta vontade e sobretudo coragem para enfrentar velhos conceitos que até aos dias de hoje continuam beneficiando poucos em prejuízo de todos. de doenças infecciosas, assim como a redistribuição geográfica de doenças como a malária e a dengue. Estiagens prolongadas causarão também problemas de nutrição e até de más condições de higiene devido à falta de água, tanto no campo, como nas cidades, por exemplo São Paulo (A Grande Metrópole) que já enfrenta sérios problemas nesta área. O Governo Brasileiro precisa ainda lutar nos fóruns internacionais para fortalecer o regime global sobre mudanças climáticas, o Protocolo de Kyoto, para garantir que o aumento médio da temperatura permaneça o máximo possível abaixo de 2° centígrados, o que poderá ser obtido se as concentrações de gás carbônico não ultrapassarem os 400 PPM (partes por milhão). Para que isso ocorra, os países industrializados terão que reduzir os seus níveis de emissões em curto prazo. E os países em desenvolvimento não devem reproduzir o modelo dos países desenvolvidos, baseado em utilização intensiva de combustíveis fósseis. Suas necessidades de desenvolvimento devem ser atendidas utilizando energias renováveis modernas e já bem conhecidas. O Brasil pode e deve dar exemplo ao mundo de como se cresce usando novas energias e assim mostrar o camiPráticas agrícolas sustentáveis precisam nho para o mundo, no que tange a novas ser disseminadas entre os agricultores energias. que já estão sofrendo com as anomalias climáticas, principalmente na Região Sul. PROTOCOLO DE KYOTO Novos estudos precisam ser feitos para possíveis adaptações a um novo zonea- A preocupação com o aquecimento glomento agrícola e redução de riscos no bal levou à criação, em 1988, do painel campo. A expansão da agricultura deve Intergovernamental de Mudanças Climáocorrer através de recuperação de áreas ticas o IPCC, com os principais cientisjá desmatadas e não avançando sobre o tas do clima e representantes de Goverque resta de nossos biomas, tão já de- nos de todo o Mundo. vastados. Quatro anos depois... em 1992, a ONU Uma Política Nacional de Mudanças Climáticas, que já vem tarde, deveria ser iniciada imediatamente, para integrar ações isoladas que hoje são implementadas por instituições de pesquisa, universidades e sociedade civil. Estudos devem ser feitos sobre as conseqüências do aquecimento (global) no País. O assunto não pode virar prioridade apenas durante e quando ocorrem os desastres e os conseqüentes prejuízos. É urgente que o Governo Federal coordene a elaboração de um Mapa de Vulnerabilidade e Riscos às Mudanças Climáticas, além de um Plano Nacional de Adaptação para reduzir as vulnerabilidades e um Plano nacional de Mitigação para combater as causas do aquecimento (Global) que já são sentidas no Brasil. No semi-árido, as ações do Plano Nacional de Combate à Desertificação devem ser implementadas e integradas a uma Política Nacional de Mudanças Climáticas. A recuperação de áreas degradadas, de matas ciliares; a implementação de barragens subterrâneas e expansão do número de cisternas é fundamental para a população da região e para a preservação dessas áreas. aprovou no Rio de Janeiro, a Convenção Sobre Mudanças Climáticas, cujo ato levou à assinatura do Protocolo de Kyoto, o mais ambicioso Tratado Ambiental até hoje concebido pelo homem. A primeira meta do Protocolo (2008-2012) é uma redução média de 5,2% em relação às emissões de gases de feito estufa em 1990, para países desenvolvidos. Mas isso é pouco. Cientistas consideram que a redução tem que ser de 50% das emissões globais até 2050, para que o aumento da temperatura da Terra não ultrapasse o limite de 2°, considerado o ponto de colapso do clima. No entanto, países como Os Estados Unidos da América do Norte, a China e a Índia, os maiores emitentes mundiais de gases de efeito estufa, não têm vindo a demonstrar muito interesse na implementação de medidas para enfrentar essa determinação. Por isso caros leitores, volto a tocar numa tecla da qual eu não gosto muito mas que tenho que admitir ser a única solução. O home tem que rever seus conceitos de vida, neste planeta. Em 20 anos de progresso industrial e tecnológico, o meio ambiente foi mais devastado do que em todos os milênios anteriores. Nas grandes cidades brasileiras, a queima de combustíveis fósseis provoca sérios danos à saúde e contribui para o aquecimento global. Combustíveis de transição, como o álcool e o biodiesel, devem ser amplamente utilizados pelos veículos particulares e coletivos. Nas metrópoles deve haver prioridade para o transporte coletivo de qualidade, com Os sistemas públicos de saúde precisam Filipe de Sousa investimentos significativos em sistemas considerar a tendência de um aumento O QUE È UM TORNADO? A Palavra Tornado deriva da palavra espanhola “tornada” que quer dizer tempestade. O Tornado é uma coluna giratória que se desloca a uma velocidade de 30 a 60 km/ hora em volta de um centro de baixa tensão. Apesar de pequeno, é um intenso redemoinho de vento que ocorre quando uma nuvem em movimento alcança a terra. Quando o tornado se forma no mar, o tornado é denominado “tromba d’água”. No entanto, esse tornado (redemoinho) pode provocar ventos de até 300 km/ hora, provocados pela deslocação de ar que se forma em torno dele. E aí é que está o perigo e os prejuízos por isso causados sempre são elevados, ao atingirem, áreas urbanizadas. O tornado é o fenômeno mais destrutivo de todas as perturbações atmosféricas, apesar de a área ser mais limitada que a dos furacões, com diâmetro geralmente menor que dois quilômetros. Para se ter uma idéia, os furacões podem atingir um diâmetro de centenas de quilômetros e serem formados por diversos tornados. Já os chamados ciclones, tufões e furacões são nomes diferentes para o mesmo fenômeno climático básico e, que em conjunto, recebem o nome de ciclones tropicais. O nome individual depende da região do planeta onde esses fenômenos se forma. O furacão é o nome dado a um ciclone tropical de núcleo quente, com ventos contínuos de 118 km/hora ou mais, que ocorrem no Oceano Atlântico Norte, mar do Caribe, Golfo do México e no norte oriental do Oceano Pacífico. Este mesmo tufão é conhecido como tufão no Pacífico Ocidental e como ciclone no Oceano Índico. Os ciclones são ventos que sopram ao redor de um centro de baixa pressão atmosférica, ocorrendo uma circulação fechada. Por uma série de questões que envolvem características do Globo Terrestre, como rotação, pólos e outros, os ciclones giram no sentido horário no hemisfério sul e anti-horário no hemisfério Norte, da mesma maneira que ocorre com a água, com por exemplo: da mesma maneira que se enche uma banheira e depois se lhe tira o ralo. Filipe de Sousa Todos pela Educação no “Cone Leste Paulista” Ajude: Fazendo uma assinatura ou patrocinando esta iniciativa de cunho absolutamente Educacional e Cultural, na divulgação da História, Cultura, Turismo e Artesanato de nossa região. acesse: www.gazetavaleparaibana.com /// http://www.redevalecomunicacoes.com Escreva: Gazeta Valeparaibana “Eu quero ASSINAR” Rua Jurubeba, 56 - Cep.: 12226-734 - São José dos Campos - SP Projeto EDUCAR - Participe, divulgue, colabore, as nossas crianças agradecem “ www.gazetavaleparaibana.com “