Setembro - Gazeta Valeparaibana

Transcrição

Setembro - Gazeta Valeparaibana
Ano I
Edição 09
Educação, Cultura e Meio Ambiente
SETEMBRO 2008
1985
2008
João Ramalho
01 - Aniversário da Cidade de Mogi das Cruzes, nossa
irmã, no Cone Leste Paulista, da Região Alto do Tietê;
- Inicio da SEMANA DA PÁTRIA;
05 - Dia Nacional da Amazônia;
06 - Dia da oficialização do Hino Nacional Brasileiro,
pela Lei nº. 15.671, no ano de 1922;
- Nascimento de Di Cavalcanti ( Emiliano Augusto
Cavalcanti de Albuquerque e Melo), no Rio de Janeiro RJ, no ano de 1897;
07 - INDEPENDÊNCIA DO BRASIL;
08 - Aniversário da Cidade de Itaquaquecetuba, nossa
co-irmã, no Cone Leste Paulista, na Região Alto do Tietê;
- Dia Internacional da Alfabetização “Vamos alfabetizar nosso Povo. Mas para valer, não de mentirinha...
considerando alfabetizado e digno de diploma aquele
que somente sabe desenhar o nome mas, não sabe sequer ler e muito menos escrever.”;
12 - Nascimento de Juscelino Kubitschek de Oliveira,
em Diamantina (MG) no ano de 1902, 29º. Presidente do
Brasil.;
13 - Dia do 1º. Vôo de Santos Dumont, efetuado com
sucesso, no 14 Bis, em Paris (França), no ano de 1906;
- Acidente Radioativo, em Goiânia, com Césio 137,
no ano de 1987;
15 - Anúncio da descoberta da Penicilina pro Alexandre
Fleming, em Londres (Inglaterra), no ano de 1928;
17 - Dia da Compreensão Mundial;
18 - Dia dos SIMBOLOS NACIONAIS. Você sabe quais
são?
- Inicio da semana da Comunidade;
- Denunciado o ESCÂNDALO DO MENSALÃO, pela
Revista Veja, no ano de 2004. “A Compra do PTB pelo
PT. Saiu por 10 milhões de Reais);
20 - Inicio da Revolução Farropilha;
- Nascimento de Castelo Branco (Humberto de Alencar Castelo Branco), 35º. Presidente do Brasil, em Messejana (Ceará);
21 - Dia da Árvore;
- Dia Internacional da Paz ou “Dia Mundial da Paz”;
22 - Dia da Juventude;
23 - Inicio da Primavera “Equinócio da Primavera” no
Hemisfério Sul;
- Nascimento de Bento Gonçalves (Bento Gonçalves
da Silva), líder da Revolução Farroupilha, em Triunfo
(RS) no ano de 1788;
24 - Criação do “Parque Nacional do Jaú”, no ano de
1980;
- Morte do “Imperador D. Pedro I do Brasil” (Pedro
IV, em Portugal), aos 36 anos, em Lisboa - Portugal, no
ano de 1834;
26 - Dia Internacional das Relações Públicas
(Asssessor de Imprensa);
- Nascimento de Luis Fernando Veríssimo, em Porto Alegre—RS, no ano de 1936;
27 - Dia de Cosme e Damião;
28 - Dia da Mãe Preta e Dia do ventre Livre;
29 - Morte de Machado de Assis, no Rio de Janeiro RJ,
no ano de 1908, escritor e 1º.Pres. Acad.Bras. Letras;
30 - Dia da Secretária.
Educação - Cultura - Cidadania - Meio-Ambiente - Comportamento - 3ª Idade - Saúde
SETEMBRO
2008
www.gazetavaleparaibana.com
Editor Responsável:
João Filipe Frade de Sousa
[email protected]
Dept°.Jurídico
[email protected]
Redação e Edição
[email protected]
Dept°.Social e de Educação
[email protected]
Marketing e Merchandising
[email protected]
Para anunciar
[email protected]
SAC.: 0xx12 - 3902.4434 - 9114.3431
Diagramação e Artes Gráficas:
[email protected]
Web Designer
www.redevalecomunicacoes.com
Impressão
Artes Gráficas Guaru, Ltda.
contatos: [email protected]
Fone: (11) 6431.6658 ou 9326.7922
As matérias e artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, não expressando necessariamente a opinião deste Jornal, que tem por lema informar, educar e transmitir opiniões; Bem como os anúncios e patrocínios, em seus conteúdos e fins, são de
inteira responsabilidade das Empresas Anunciantes.
Gazeta Valeparaibana
O RIDÍCULO QUE VIROU MODA
Aprendemos muito sendo observadores atentos em todas
as situações, mesmo as corriqueiras, como uma viagem de
ônibus urbano. E esse hábito me levou ao fato que passo a
contar:
Sempre achei uma besteira colocar faixas e dizeres como
estes que sempre lemos nos ônibus: “Banco preferencial para
idosos, gestantes e deficientes”. Os mesmos dizeres também
são comuns em Bancos ou qualquer departamento que presta
serviço.
Hoje, infelizmente, essas ditas “besteiras” são necessárias, do contrário, ninguém é respeitado. Na sociedade em que
vivemos, temos que escrever, colocar leis para que até o bom
senso funcione. A gentileza, a cordialidade, a cada dia mais
parecem coisas de outro mundo. Mas não são!
Hoje, um desses fatos me chamou a atenção.
No centro de Porto Alegre (RS), no ônibus que embarquei
para ir para casa, como sempre lotado, tinha uma senhora
com seu filho pequeno nos braços. Ninguém dos que estavam
sentados se levantou ou ofereceu o seu lugar para esta senhora, a não ser uma senhora de idade avançada. Ela gentilmente
se levantou, chamou a mãe que estava com o filho nos braços,
e ofereceu seu lugar. Que gesto lindo !”
Soube depois, na conversa que tive com ela, pois estava
próximo, que esta senhora tem 75 anos. É no mínimo estranho. Ela também faz parte da lista das pessoas que têm preferência para ficarem sentadas. Mas, como todos estavam muito
cansados, alguns até cochilando, não lembraram de dar lugar
para aquela mãe e nem sequer para aquela senhora.
Fico triste que mesmo com os dizeres e placas lembrando,
as pessoas se esquecem de ser gentis. Espero que um dia,
quando essas pessoas forem idosas ou tiverem um filho no
colo, alguém tenha a bondade de se levantar e dizer:
“Sente-se aqui meu senhor (a)”
Ir.Hermes José Novakoski
Telemensagens-Videomensagens
CONFIRA
www.redefonetelemensagens.com
www.redevalecomunicacoes.com
Internacional Raio de Sol
O site da melhor idade.
www.internacionalraiodesol.com
A ORIGEM DOS BEBÉS.
Zezinho vai com sua irmãzinha visitar a Vovó:
·
·
Vovó, como é que as crianças nascem?
Bem, as cegonhas trazem as criancinhas no bico,
meus netinhos...
Zezinho, bem mais que depressa, cochicha com sua irmãzinha:
- E aí, o que você acha? - Contamos a verdade para ela?
Pois é. Hoje eu passei aqui para baixo.
Passei aqui para baixo para dar lugar a esta crônica
de nosso irmão Ir. Hermes José, educador e colaborador do Abrigo
João Paulo II, de nossa querida cidade de Porto Alegre. Um projeto
social que prima pela educação ministrada a quase uma centena de
crianças e cujo sucesso se deve aquilo que eles denominam de
“Pais Sociais” (ver artigo página 12). Aqui não só se pratica a gentileza, aqui se pratica muito mais que isso. O “se doar”; se pratica a
caridade, se pratica o respeito e o amor. Uma entidade social sem
fins lucrativos e que depende unicamente da sua comunidade.
Neste mês se inicia no dia 18 o inicio da semana da Comunidade,
espero que este dia seja o inicio da “Era da Comunidade”, na União,
na Solidariedade, na Responsabilidade, na Educação, no Respeito.
Um dia antes, dia 17, como um alerta, também é lembrado o “Dia da
Compreensão Mundial”, como que nos alertando para o dia seguinte, o dia inicial da Semana da Comunidade.
No Brasil se tem a mania de em tudo responsabilizar os Governos e
seus Governantes; se estou pedindo dinheiro no semáforo, a culpa
é do governo; se estou assaltando a culpa é do governo que não me
deu oportunidade; se roubo e sou menor, o governo tem por obrigação me proteger... porque meus pais não me souberam educar.
Educação vem do Berço e se algum erro se comete hoje na sociedade a culpa não é do Governo nem dos Governantes, a culpa é da
sociedade, a que eles também pertencem, e que não soube educar
seus filhos.
Dia 23 começa o Equinócio da Primavera, e mais uma vez espero
que também comece o desabrochar de uma nova sociedade, consciente dos seus direitos sim mas, que tenha bem presentes em suas
atitudes e condutas os seus deveres, para com a família e para com
a sociedade.Com uma boa educação teremos bons políticos e bons
cidadãos e assim uma sociedade mais justa e um Brasil melhor.
Quanto mais antiga a
árvore , melhor a sua
sombra e maior a sua
proteção
Dia 21 de Setembro
Dia
Mundial da Árvore
Maria de Lurdes Micaloas
Página 2
Novo site do nosso Jornal
Muito mais conteúdo !
Desenhos para colorir...
Jogos on-line grátis..
Muito mais para você consultar !
www.gazetavaleparaibana.com
Brasil! - Como vamos e para onde vamos.
Tribuna Popular
Tire suas dúvidas, conheça seus
direitos, denuncie, use nosso
serviço gratuito.
“Tribuna Popular”
[email protected]
QUERO A
NA MINHA CASA!
A campanha de assinaturas
se torna necessária para
que este projeto chegue aos
mais necessitados. Adote
uma Escola Pública, fazendo a sua assinatura.
Apenas
R$.: 48,00
Assinatura Anual
LIGUE JÁ !!!
0xx12 - 3902.7629 ou
9114.3431
Também pode enviar sua
solicitação pelo site e
pelo E-mail:
[email protected]
informando seu nome completo,
endereço e telefone.
Uma Escola a mais
terá acesso a este jornal
Amigo Leitor,
Divulgue para seus
amigos e colegas.
CONSEGUINDO
dez assinaturas
anuais da “Gazeta
Vale Paraibana”,
você leitor recebe o
jornal gratuitamente em sua casa durante
1 (hum) ano
D’Ávila & Boechat
Advogados
0xx12 - 3942.1201
Rua 1º de Maio, nº. 31
CEP.: 12215-230
São José dos Campos -SP
Cultura - Conhecimento - Educação - Cidadania // Fale conosco: [email protected]
Gazeta Valeparaibana
SETEMBRO 2008
Página 3
Grandes Nomes - Grandes Obras
CONTINUAÇÃO
Churchill viu-se nomeado membro do
Gabinete Ministerial. O seu cargo de
sub-secretário das colônias era relativamente modesto, mas ocupá-lo aos
trinta e um anos de idade foi o fato que
mais alimentou a fama do jovem prodígio de que desfrutava.
Durante os anos que precederam a
Primeira guerra Mundial, Churchill chegou a ser - como escreveu um de seus
biógrafos - “O político mais odiado do
país”. Como sub-secretário das Colônias, como Presidente da Câmara do
Comércio e, mais tarde, como Ministro
do Interior, é indiscutível que Churchill
lutou pela implantação de numerosas
medidas liberais. E, à luz da História, é
incontroverso que foi ele quem, quase
por si só, salvou o País, nos terríveis
anos da Primeira Guerra Mundial.
Churchill soube prever, com extraordinária exatidão, o curso da guerra na
sua primeira fase. Em 1911, os principais chefes militares ingleses acreditavam que, na eventualidade de um ataque das tropas alemãs, o Exército
Francês bastaria para, no prazo máximo de duas semanas, as fazer retroceder. A análise de Churchill, documento
histórico considerado exemplo universal da profecia, era concludente: os
franceses ao vigésimo dia, estariam a
bater em retirada e sem condições para
contra-atacar, pelo menos até quarenta
dias depois do inicio da invasão alemã.
Um triênio mais tarde, de fato, os franceses recuavam perante o ímpeto dos
soldados germânicos - vint4e e um
dias depois da acometida destes.
Quanto á Batalha de Marne, geralmente
considerada de influência decisiva no
curso da Guerra... teve lugar quarenta
e um dias depois.
Os Generais Britânicos desprezaram o
vaticínio de Churchill, considerando-o
de “disparatado”, “Obra de um Amador”, assim, resumindo o catalogaram.
Todavia, o primeiro-ministro Asquit,
consciente do perigo que corria a In-
glaterra, não tardou a desconcertá-los,
perguntando a Churchill se queria assumir o Comando do Almirantado.
“Só nos resta a marinha” disse Asquit.
“Reside nela a nossa última esperança”.
Churchill aceitou o cargo com entusiasmo. Fez vista grossa aos méritos da
antiguidade e empenhou-se imediatamente numa profunda reorganização
que valeu despromoções a muitos altos dignitários. Com o intuito de fazer
da Armada Britânica a mais poderosa
do Mundo, procedeu a numerosas inovações, entre as quais figura, como
combustível dos navios, o emprego do
petróleo em vez do carvão. As vantagens de tal medida foram apaixonadamente debatidas; porém, como normalmente acontecia, veio a provar-se que
Churchill tinha razão. Outra das inovações que introduziu foi a instalação,
nos Couraçados de construção mais
recente, de canhões de 37,5 centímetros, em vez dos de 33, então muito
usados. O pessoal da Marinha protestou, mas Churchill não se deixou perturbar. E, quando estalou a Guerra, os
navios Ingleses dispunham de uma
potência de fogo que deixava a perder
de vista a dos navios Alemães.
Depois, nos princípios do Verão de
1914, Churchill suspendeu as habituais
manobras de frota, desobedecendo a
uma determinação do Gabinete, e, sem
consultar sequer o Rei, ordenou que se
efetuassem “exercícios de mobilização”; para participarem neles convocou todas as forças navais da reserva.
Esta audaz decisão demonstrou, uma
vez mais, a sobrenatural capacidade
divinatória de Churchill. A criticada
mobilização estava em fase adiantada
quando o assassinato do Arquiduque
Fernando de Áustria, mergulhou toda a
Europa num sangrento conflito. E a
mobilização terminou, justamente, três
dias antes de a Inglaterra se declarar,
oficialmente, integrada nele. Foi uma
das raras ocasiões da História em que
uma súbita Declaração de Guerra, surpreendeu uma Armada defensiva a
postos para lhe fazer frente.
É possível que, até então, nunca um tal
torvelinho de energia humana houvesse desabado sobre um governo de
guerra. Churchill determinou a criação
de uma Força Aérea e, feito isto, promoveu uma porção de arrojado ataques aéreos aos hangares e às bases
alemãs de submarinos. Destinou avultada importância à construção de dezoito couraçados terrestres - pelo que
pode, portanto, ser designado o pai do
tanque. Quando em 1916, quarenta e
oito daquelas máquinas foram enviadas para a frente de combate, os alemães lançaram fora as armas e fugiram. E, assim, logrou a arte militar um
dos seus mais importantes e duráveis
progressos.
Para pôr, rapidamente, termo à Guerra,
Churchill, em 1915, concebeu o seguinte plano: enviar a frota inglesa através
dos Dardanelos, com o fito de separar
a Turquia das potências centrais, derrotar os países balcânicos e preparar o
terreno para uma vitoriosa investida
russa no Oriente. Queria aniquilar o
inimigo, atacando-o pela retaguarda. E
pôs o plano em prática, ignorando os
protestos que ele suscitava.
O resultado foi uma catástrofe. Uma
catástrofe que teve inicio em 18 de
Março de 1915 e tardou pouco a consumar-se.
Quando penetrava no estreito de Dardanelos, o grupo de assalto embrenhou-se numa área minada e, num repente, perdeu três couraçados, o que
levou o almirante-chefe a suspendê-lo.
Em Londres, Churchill reuniu o Almirantado e leu-lhe um telegrama, no
qual ordenava que se levasse avante o
ataque. A suspensão, porém, permitira
ao inimigo preparar-se e a manobra
inglesa redundou num dos mais sangrentos fracassos da história da Guerra. O total de baixas inglesas atingiu o
número de duzentas e cinco mil, e
quando os sobreviventes, feridos e em
farrapos, regressaram à Pátria, a ira
popular estalou, em irresistível tempestade. Conseqüência: Churchill foi deposto.
Em princípios de 1917, uma comissão
de inquérito sobre o desastre dos Dardanelos chegou à conclusão de que o
plano fundamental de Churchill não
fora mal concebido e isso valeu-lhe
ser, novamente, chamado a participar
do Governo.
Houveram épocas em que ser culto, mestre ou mesmo nobre, não era, na verdade objetivos com os quais os homens de negócios se relacionavam ou mantinham afinidades. Hoje, por interesse ou necessidade de atender aos clamores da sociedade para o assunto, sociedade essa que são seus clientes, cada vez um maior numero de Empresários está
associando à sua marca ou ao seu negócio, slogans dirigidos aos temas mais divulgados pela mídia escrita e falada.
Assim, associando a sua marca a Educação, Ecologia, Cidadania e ás Artes, o consumidor, lhes traz a resposta
imediata ás suas necessidades mercadológicas. Atualmente é positivo e comprovado o efeito positivo da divulgação de
atos e eventos, do patrocínio de ações culturais, conquistando com isso a simpatia e a admiração de seus clientes.
Não estamos mais no século XIX ou mesmo no século XX.
Estamos numa época em que a necessidade de preservar o meio ambiente e as tradições são um clamor da sociedade mundial ao qual a brasileira não é exceção e cientes do compromisso, no qual toda a sociedade se deve engajar.
Por isso adicione cultura, educação e meio ambiente á sua marca patrocine e incentive estas iniciativas.
[email protected] ou então www.redevalecomunicacoes.com
A “Gazeta Valeparaibana” coloca as suas páginas a disposição de todos os interessados na divulgação de trabalhos
sobre todas as formas de cultura e arte do nosso Vale do
Paraíba, Litoral Norte e Região Serrana.
Conheça...
www.gazetavaleparaibana.com
Quer editar seu livro, seu jornal, sua revista?
FALE CONOSCO
www.redevalecomunicacoes.com
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Polícia Militar
190
Polícia Federal
(12) 3931.0999
Disk-Denúncia
181
Direitos Humanos
100
Corpo de Bombeiros
193
Sabesp
195
Procon
151
Bandeirantes Energia
0800 55 08 00
Poupa Tempo SJC
080077 23633
IPEM
0800 13 05 22
SOS Samaritanos
080077 00641
Contur s.j.c (Turismo)
(12) 3921-7543
Prefeitura S.J.C.
(12) 3947.8000
Fundação Cultural s.j.c
(12) 3924.7300
Hospital Municipal
(12) 3901.3400
CTA
(12) 3947.5700
IMPE
(12) 3945.6034
Conselho tutelar
(12) 3921.8705
Delegacia da Inf. e Juv.
(12) 3921.2693
Vigilância Sanitária
(12) 3913.4898
Delegacia da Mulher
(12) 3921.2372
Câmara Municipal
(12) 3625.6566
CVV (Centro Valoriz.Vida)
(12) 3921.4111
AA (Alcoólicos Anônimos)
(12) 3921.3611
NA (Narcóticos Anônimos)
(12) 9775.6779
POLICIA
RODOVIÁRIA
FEDERAL
São José dos Campos
(12) 3931-7088
Cachoeira Paulista
(12) 3101.1966
Roseira
(12) 3646.1200
Taubaté
(12) 3921.5011
POLICIA RODOVIÁRIA ESTADUAL
São José dos Campos
(12) 3944.4442
Taubaté
(12) 3633.3888
Caraguatatuba
(12) 3883.1044
POLICIA CIVIL (Plantões)
São José dos Campos
(12) 3921.2693
Jacareí
(12) 3953.2277
Taubaté
(12) 3633.4544
Guaratinguetá
(12) 3132.6247
Caraguatatuba
(12) 3883-5277
DEFESA CIVIL
São José dos Campos
(12) 3945.9600
Jacareí
(12) 3953.3871
Taubaté
(12) 3625.5000
Guaratinguetá
(12) 3122.2728
Caraguatatuba
(12) 3882-6841
AEROPORTOS
São José dos Campos
(12) 3946.3000
Taubaté
(12) 3621.2277
Guaratinguetá
(12) 3122.2500
Guarulhos
(11) 5095.9195
Vira Copos (Campinas)
(19) 3725.5000
RODOVIÁRIAS
São José dos Campos
(12) 3921.9122
Jacareí
(12) 3961.6640
Taubaté
(12) 3655.2818
Guaratinguetá
(12) 3132.1380
Caraguatatuba
(12) 3882.1669
Tietê (São Paulo)
(11) 3135.0322
PRONTO-SOCORRO
São José dos Campos
(12) 3901.3400
Jacareí
(12) 3953.2322
Taubaté
(12) 3921.6036
Guaratinguetá
(12) 3125.3131
Caraguatatuba
(12) 3882.1362
DIVERSOS
Balsa (S.Sebastião)
0800 704 55 10
DPDC
(61) 3429.3636
IDEC
(12) 3874.2150
PROTESTE
(12) 3906.3800
SITES DE CONSULTA E ACESSO
Procon
www.procon.gov.br
Ministério da Justiça
www.mj.gov.br/dpde
Tribunal Justiça
www.tj.sp.gov.br
Justiça Federal
www.trf3.gov.br
Minist. da Fazenda
www.fazenda.gov.br
Previd. Social
www.previdencia.gov.br
Narcóticos Anônimos
www.na.org.br
MASTERCARD (CEF)
0800 78 44 38
CREDICARD
0800 78 44 11
DINER’S
0800 78 44 44
UNIBANCO (Visa)
0800 11 84 22
BRADESCO (Visa)
0800 56 65 66
OUROCARD
0800 16 11 11
CREDIREAL
0800 12 21 20
AMERICAN EXPRESS
0800 78 50 75
B.F.R.B. (Pers)
0800 11 80 40
FININVEST
0800727 3003
Mais que um esforço, mais que teimosia, o que nos leva a continuar é a necessidade absoluta de ajudar a conscientizar e a disseminar cultura ,tradições e cidadania
Gazeta Valeparaibana
SETEMBRO 2008
O Livro das Pedras
É difícil fazer uma indagação sobre o uso
da gema no contexto espiritual, da cura e
do oculto, sem a colaboração do mundo
espiritual, em se mantendo estritamente
nos parâmetros científicos, pois a Ciência ainda não apóia, com as suas descobertas, muitos desses aspetos que ainda
lhe são desconhecidos, mas que ligam o
homem ao que o circunda.
Matérias como o ocultismo, a magia, o
espiritismo, nos contextos da parapsicologia, nos dão uma idéia da vastidão das
áreas ainda a serem esclarecidas, e certamente seria bem pouco científico simplesmente esquecer que tais contextos
existem e, todos eles, com uma grande
percentagem de fenômenos que ainda
não foram cientificamente quantificados.
Esta é a razão que nos impede hoje de
dar respostas precisas e científicas do
fato, mas a terapia da gema ponteia a
história do homem na sua atuação, desde a idade da pedra, e não pode ser negada. Foi praticada pelos antigos egípcios, pelos incas, gregos, romanos, e
hoje é praticada no mundo por milhões
de orientais e acidentais.
Mas, não é só a terapia que preenche a
necessidade de acreditar em alguma coisa que tenha o poder de socorrer o homem nos momentos de dificuldade, como o amuleto, a pedra da sorte ou talismã, ou é uma coisa mais profunda? Talvez, antigamente, podia-se pensar num
contexto de superstição, mas não hoje.
Pode-se dizer que este campo ainda não
é bem conhecido, porém não se pode
negar a influência que os minerais podem ter sobre o ser humano.
Já na Índia, os hindus, quando estavam
com problemas físicos ou mentais, iam
ao encontro das pedras, onde estas exercitavam grandes benefícios no campo da
saúde.
Dizem os espíritos evoluídos, hoje, que a
pedra é o fulcro dos objetivos dos seres
humanos que atravessam sérios problemas no mundo, onde é importante é a
cura ou a solução do problema existente.
O conceito nasce das condições, pois se
continua a teimar em não se reconhecer
aquilo que Sócrates, há 2.500 anos atrás,
tinha percebido e a propósito dizia: “Se
os médicos são malsucedidos tratando
da maioria das moléstias dos homens, é
que querem tratar do corpo sem tratar do
espírito, e não se achando o todo em
bom estado, impossível é que só uma
parte passe bem”. Já sabia que não se
pode isolar o físico do metafísico e do
espírito, pois é só o primeiro que pode
Página 4
“Mitologia - Lendas - Pedras Preciosas”
ser excluído do contexto.
Na atualidade, entretanto, a medicina
dispõe de excelentes médicos e hospitais bem aparelhados. Para a matéria há
remédios, terapias, cirurgias; mas, e para
o espírito? Acha-se que é suficiente ignorá-lo: mas este reage e o resultado é
que muitos não encontram a cura na medicina convencional; muitos padecem
sem esperanças, e muitos ficam reclusos
nos hospitais psiquiátricos, sanatórios,
asilos, etc. Mas por que isso?
Por questões atávicas de superstição,
que os homens ainda não encontraram a
coragem de esclarecer e enfrentar, pois
o contexto tem um nome: chama-se evolução. Este contexto está justamente nas
matérias ainda não esclarecidas e sobre
as influências das pedras, cristais e minerais e logicamente o espiritual, mais
especificamente ligado à pedra gema.
Tudo se liga ao fato de que o homem
vive solto espiritualmente em muitos
estados de consciência, e por esta razão
percebe a realidade em formas diferentes, com a passagem entre o sono e a
vigília, sendo que a dimensão do sono
ainda lhe é misteriosa e sobre o qual só
faz suposições.Sobre estes estados de
consciência, se assistem cenas de violência que perseguem os mais fracos,
mulheres e crianças, e variam em suas
multiplicidades, e que a ciência ainda
considera casuais. Considera estes fatos
provocados por fortes emoções que podem alterar a percepção da realidade ao
ponto de condicionar as valorações racionais dos acontecimentos que se verificam neste processo. Porém, se é justo
considerar o fator emocional, é entretanto justo considerar que este altera as
condições de estabilidade, introduzindo
o “fator imponderado” que toma conta
da situação, impondo a sua vontade, que
não é sempre a mesma daquele que realiza a ação física.
Neste contexto, existem ainda estágios
de consciência bem mais refinados e nos
quais uma particular lucidez perceptiva
permite enfrentar as dimensões que levam ao crime, à evasão do cotidiano e a
situações que levam pessoas até então
consideradas ponderadas e pacatas, a
situações emocionalmente instáveis e
perigosas.
Estes estágios de consciência nem sempre afloram espontaneamente, conduzindo a consciência a uma particular dimensão mágica, da qual muitas vezes não se
sabe dar uma particular explicação, mas
que permite perceber uma distorção da
realidade, de horizontes maiores e sem
confins precisos; onde, em muitos casos, nesses momentos, surgem vocações artísticas, pois o mundo da arte, da
literatura, da música é cheio destes testemunhos.
Mas,.
nem
sempre
estes
“desconfinamentos” implicam o lado
artístico ou criminoso, porém aquele
mediúnico, pois todo este contexto é
ligado estritamente ao mundo espiritual
e das atuações, onde á anos se pesquisa
à procura da comunicação com o Além,
pois o homem usa muitos meios para
facilitar estas relações, mas o interessante é que isso é recíproco, e por esta
razão este “salto” dimensional pode a-
contecer quando menos ele espera.
Além dos rituais mágicos e das evocações, das técnicas de meditação, muitas
são as condições e as situações que
oferecem o “transe” que permite ter acesso a manifestações de outras dimensões; a dança e a musica representam
meios antigos, e até as artes marciais,
exercitadas em determinados níveis,
quase sempre se associam a determinadas condições espirituais.
Em muitos casos, o conseguimento de
estados perceptivos necessita somente
de condições ambientais e um elemento
que faça de ponte, como determinadas
litanias, batucadas ou ritmos que se associem ao contexto astral. Muitas vezes
as facilidades são casuais, de simples
dependência emotiva, ou no uso de determinados elementos na alimentação,
como o café, o álcool ou o fumo, e vários
tipos de drogas conhecidas como alucinógenos, como o ópio, por exemplo, conhecido como meio específico para provocar certas “evasões” da realidade conhecida e quantificável.
Entretanto, quando a situação é desejada
e conduzida, são realizadas determinadas condições de acompanhamento espiritual, de forma que a “Entidade Espiritual” vem e volta depois pela sua dimensão, mas, como já vimos, inúmeras são
as condições em que pode vir sem nenhum específico acompanhamento ou
leis que depois a obriguem a ir embora.
Daí é que começa a situação espiritual
que nasce das situações sempre emotivas, às vezes casuais ou mediúnicas,
mas que sempre alterará a percepção da
realidade e do momento, quando então
podem decorrer fatos.
Existem forças contempladas e conhecidas da física, como os efeitos do calor,
da luz, do som, da eletricidade, do magnetismo, etc... que são perigosas mas
que o homem controla; e outras que fogem ao seu conhecimento no plano metafísico, pelas conhecidas limitações
sensoriais, ainda assim influenciadas,
pois os conhecimentos científicos do
mundo moderno não passam além do
que lhes é permitido, dado o condicionamento do sistema capitalista diretamente
influenciado pelo poder eclesiástico
constituído, porém é todo um mundo que
se relaciona com estes fenômenos, ignorados, mas que fazem parte do natural,
onde acautelar-se no conhecimento é
apenas bom senso.
Este é inclusive o contexto das pedras,
que se liga também com o primitivismo e
a evolução espiritual de cada um, mas
onde também é necessário o conheci-
mento real e verdadeiro, pois o fanatismo não dá proteção neste tipo de atuações.
Todos os fenômenos de atuação espiritual, incluindo a telepatia, a psicometria,
a levitação, a tele transportação, a energia quântica e os fenômenos de materialização, se acham no grupo das influências das gemas e cristais, bem como a
proteção dos fenômenos metafísicos que
vão se refletir no físico, que existem,
apesar de não serem tão bem conhecidos como os físicos. Os fenômenos metafísicos são inúmeros e resistem a todo
o tipo de tratamento conhecido, e se refletem inclusive nas vidas do homem,
implicando-o na sua estabilidade emocional e física.
Estes problemas nascem onde o mundo
é imaterial, mas que existe, e tem suas
origens nas vibrações físicas das partículas atômicas e antiatômicas conhecidas e em outras ainda desconhecidas da
ciência chamada moderna; deste mundo
espiritual que o homem, em estado de
vigília, não percebe, mas que pode perceber ao primeiro cochilo.
As pessoas, em poucas palavras, sofrem
estes tipos de agressões espirituais,
principalmente porque não sabem se
defender e esta é a característica da terapêutica das pedras, uma das curas esotéricas e naturais que no passado antigo
eram sustentadas pela Ciência Oficial, e
que hoje se está tentando redescobrir,
apesar disto chocar-se com a velha guarda supersticiosa.
Cada pedra tem propriedades específicas, podendo ser usada separadamente
ou em conjunto e combinada com outras
do mesmo tipo ou diferentes. por principio, pelo uso mágico das pedras, é necessário um profundo conhecimento do
significado simbólico da gema, pois no
contexto espiritual a gema representa o
conhecimento, a elevação ou aspiração a
esta, sem o que a coisa toda sai de determinados contextos para entrar em outros, e por isto, se torna indispensável
considerar que as propriedades das pedras são múltiplas e cada uma de interpretação diferente.
Nos contextos de 22 tipos, cada pedra
tem uma figura e uma composição, e
este conjunto é depositário de um ensino
esotérico que se refere a uma simbologia
mágica e arcaica, se referindo a um plano de existência global espiritual. Além
disto, contém propriedades mágicas que
se aplicam, a diferentes situações: das
problemáticas psicológicas às sociais;
dos problemas sociais ao cotidiano. Por
isto, de cada pedra pode-se trazer uma
inspiração para guiar e gerenciar a própria vida.
Apesar
do
cristal lapidado e da pedra
bruta
terem
b a s ic am e n te
as
mesmas
características
esotéricas,
não
têm a
mesma capacidade de radiação e captação de energias da gema,
porque esta é facetada e polida
(lapidada) e desenvolve uma capacidade
de ação em 360º; por este motivo, a pedra bruta não seria prática, pois, para
desenvolver carga idêntica à que desenvolve uma gema de , digamos, 1 quilate,
deveria ter pelo menos 1/2 quilo; e, como
seria portada?
O Projeto Educar destina-se a desenvolver no aluno o gosto pela pesquisa e a interação com a cidade www.gazetavaleparaibana.com
Gazeta Valeparaibana
SETEMBRO 2008
Página 5
Comportamento
É de pequenino que se aprende
a poupar.
Casar de papel passado já não é mais a
única opção há muitos anos, mas, mesmo assim muitas pessoas têm dúvidas
sobre a “União Estável” e até mesmo
sobre a velha e boa “União Civil”.
Por isso, passamos a apresentar alguns
dados sobre cada uma das situações.
Jack Welch foi considerado o executivo
do século.
Graças à sua visão e determinação, a GE
(General Electric) antecipou-se às mudanças que estavam por vir e tornou-se
uma empresa mais competitiva e poderosa, enquanto muitas outras sucumbiram,
em virtude do processo de globalização
da economia.
Em um texto denominado “Lições para o
Sucesso”, parte integrante do livro
“Gênios dos Negócios” de Peter Krass, o
legendário executivo nos á algumas boas sugestões.
Eis aqui algumas delas, que selecionamos e que podem ajudar o leitor a se
posicionar:
- Você precisa de uma mensagem envolvente, alguma coisa grandiosa, mas simples e possível (...) Cada idéia que você
apresenta precisa ser algo que você consiga transmitir facilmente numa reunião
entre estranhos. Se apenas os envolvidos no seu meio ou os seus amigos,
conseguem entender o que você está
expondo ou o seu projeto, suas chances
de sucesso, são muito remotas ou talvez
nenhumas.
- As três coisas mais importantes que
você precisa medir em seu projeto são:
A satisfação do publico alvo; A satisfação de seus colaboradores e a disponibilidade dos valores monetários para para
a execução do projeto.
- Outra coisa que tem que aprender é a
exigir cada dia mais de seus colaboradores, colocando o objetivo cada vez mais
alto, do que os colaboradores pensem
que possam subir, (...) A menos que coloque os objetivos tão alto quanto o possível, você não saberá até onde os seus
colaboradores poderão chegar.
- Todos temos o direito de cometer erros
mas, a nossa parcela é limitada. No entanto, o maior erro que pode ser cometido é ser lento (...) a timidez gera erros.
- Confiança é uma arma incrivelmente
poderosa. As pessoas não se empenharão ao máximo se não confiarem que são
tratadas com eqüidade, que não existirá
favoritismo e que todo o mundo terá as
mesmas oportunidades. A única maneira
de criar esse tipo de confiança é expor
seus valores ou seu projeto e depois
colocar em prática as palavras. Você
precisa ser coerente e depois colocar em
prática aquilo que fala.
- Acreditamos profundamente que as
pessoas são a chave de tudo e que mudanças não devem ser temidas - devem
ser apreciadas.
Filipe de Sousa
Enquanto a União Estável é uma relação
que se estabelece naturalmente, sem
formalidade; enquanto que a União Civil
é um negócio jurídico, um contrato de
casamento, um ato formal.
Segundo a Lei, as diferenças entre uma e
a outra forma de situações, são basicamente quanto ao regime de bens, ao direito das sucessões e herança.
A escolha pela “União Civil” ou “União
Estável”, depende muito de cada situação e dos interesses patrimoniais, além
das vinculações com o meio social e seu
conservadorismo ou não.
Na prática, no que diz respeito á herança,
por exemplo, as pessoas que optam pela
“União Estável” têm direito a uma parte
menor do patrimônio da pessoa que faleceu em comparação com uma pessoa da
mesma situação que tenha optado pela
“União Civil”. Nesse caso “União Estável”, a diferença é brutal, podendo o
companheiro ou companheira “perder”
mais da metade da herança a que teria
direito pela “União Civil”, dependendo
do número de filhos que o companheiro
ou companheira tinha>
No Brasil, dificilmente um casal opte pela
“União Estável”, até pela própria natureza dessa forma de União. Quando isso
ocorre, as duas pessoas que passam a
morar juntas podem estabelecer um
“Contrato de Convivência”, que define o
regime de bens e as regras de convivência. Mas quase ninguém faz essa opção.
Por isso, automaticamente o casal passa
a viver sobre as regras da “comunhão
parcial de bens”. Neste caso, as duas
partes tem direito sobre todos os bens e
patrimônios conquistados após a união.
Já na “União Civil” o casal é obrigado a
escolher no momento da pacto antenupcial um dos regimes, mas a sua concretização ainda deve levar tempo. No entanto, este aspecto parece não preocupar
quem faz essa opção.
Quanto ao aspecto religioso, vale lembrar, que independentemente da religião
do casal, judicialmente todos podem
optar pela “União Civil ou Estável”. As
relações conjugais independem da religião; do ponto de vista legal a religião é
irrelevante, esta ou aquela religião podem ou não aceitar a “União Estável”,
por exemplo, mas esta é uma questão
apenas da religião.
Filipe de Sousa
Na época de nossos avós, não era
comum falar de dinheiros com crianças.
No entanto, nos dias de hoje, na sociedade consumista em que vivemos, o contato das crianças com o dinheiro é inevitável, seja no lanche da escola, seja no
contato estreito com o conhecimento
que as novas tecnologias lhes proporcionam.
Assim, a educação financeira para
crianças, se torna indispensável e fundamental.
É lógico que uma criança de três anos
não vai saber o valor de uma nota de R$.:
50, por exemplo. Porém, ela já precisa ter
contato com as noções básicas de organização e de responsabilidade, para poder, mais tarde, observar conceitos financeiros. Perto dos dois anos de idade,
a criança já entende que dinheiro existe
e que se troca dinheiro por algumas coisas. No entanto, o conceito do valor ainda não lhe é perceptível.
Algumas escolas já incluíram em sua
grade de aulas a matéria “Educação Financeira”. Mas, como ensinar para uma
criança, um ser tão imediatista, a importância de poupar?
Segundo alguns pedagogos, só se deve
estimular o hábito de poupar a partir dos
10 anos de idade. Apesar disso, a criança não vai conseguir se programar para
gastos futuros. Mas, ela pode aprender o
conceito básico da poupança em hábitos
cotidianos; como por exemplo, como se
guarda o sorvete para o final de semana,
com isto ela irá aprender como esperando, irá ter um benefício mais tarde.
Os pedagogos também alertam que se
toda a vez que a família sair, o programa
for fazer compras, isso irá fazer com que
a criança associe prazer a gastos. O melhor exemplo vem mesmo é de casa.
Outra lição básica que a criança precisa
entender é a diferença entre o desejo e a
necessidade. O papel da escola, neste
ponto, é fundamental também, assim
como o dos pais. Isso é feito com os alunos, dentro e fora da sala de aula. Nós os
levamos para conhecer instituições onde
as crianças não têm dinheiro e vivem
com o mínimo de recursos.
Damos exemplos como pesquisa de preços, levando os alunos a supermercados
e farmácias, para que vejam a diferença
nos preços dos produtos, aprendam a
diferenciação de marcas, no sentido de:
- Você compra a marca ou o produto?
O importante é que a criança desenvolva
a consciência da escolha, entenda a diferença entre o ser necessário e o ser desejado. Claramente tudo isso é introdutório, apenas... a criança ainda não consegue abstrair a coisa dessa maneira, só
vai aprender de fato quando tiver seu
próprio dinheiro. O processo é lento,
mas se nós virmos a criança mudando
aos poucos, e tem que ser um trabalho
sempre aliado ao poder de persuasão
das mídeas.
A mesada ou semanada é um assunto á
parte... e bem polêmico. Alguns educadores crêem que dar um certo valor regularmente ao seu filho (semanada para
os mais novos, mesada para os mais
velhos) pode ser um bom instrumento
para educá-lo financeiramente... nunca
como uma “premiação”, que fique bem
claro. Mas só vai valer a pena se houver
muita firmeza pela parte dos pais na hora
do acordo; acabou o dinheiro, a criança
fica sem... até á próxima remessa - nada
de “negociar”. No entanto, entre alguns
educadores a idéia da mesada não é bem
vista.
Segundo alguns pais e educadores consultados, algumas opiniões são coincidentes, na negação da mesada.
1 - Não sou adepta da mesada, pelo menos para crianças menores;
2 - Pagando para o que o filho desempenhe sua função de filho.
No entanto, muitas pessoas se mostraram a favor do bom e velho “cofrinho”:
1 - É um bom instrumento, para que a
criança aprenda desde cedo a importância de se guardar sempre um dinheirinho. E, com esta atitude, mostrar para a
criança, que o dinheiro que foi guardado
no cofre, poderá satisfazer um desejo
seu, seja um brinquedo, uma roupa nova,
a festa de aniversário, mas, sempre com
objetivo de uma satisfação de desejo
para a criança.
Some, analise estas sugestões, reflita e
divide-as com a sua família. O resultado
final será com certeza de grande valia
para todos.
“Aquele que, por tanto tempo,
figurou no mundo científico e religioso sob o pseudônimo de Allan Kardec, chamava-se Rivail e
morreu aos 65 anos.
Esta morte, que o vulgo deixará
passar indiferente, é um grande
fato na História da Humanidade.
Este não é apenas o sepulcro de
um homem; é a pedra tumular
enchendo o vazio imenso que o
Materialismo havia cavado sob
os nossos pés, e sobre o qual o
Espiritismo espalha as flores da
esperança.”
Pagês de Noyez
( Le Journal Paris - em 03 de Abril de 1869 )
A felicidade depende de cada um de nós.
Depende dos limites que assumimos, de
nosso posicionamento para com a sociedade e sobretudo de nossa paz interior.
Amando-nos seremos amados, doandonos seremos felizes.
Filipe de Sousa
Senhores Empresários patrocinar cultura é patrocinar desenvolvimento e cidadania. Este País e o seu futuro agradecem 0xx12 - 3902.7629
SETEMBRO 2008
Gazeta Valeparaibana
Página 6
O berço de nossa história, está aqui...
na ausência de impedimento, envidaria
esforços para voltar à mulher. No entanto, segundo alguns historiadores ramalho, ter-se-ia adaptado imediatamente a
esta sua nova vida. Fez boa amizade com
os indígenas locais , acabando por desposar uma das filhas Bartira ou Potira
que significa “flor”.do “principal da terra”, o Cacique Tibiriçá. Bartira teria sido
batizada com o nome de Izabel mas, jamais se casaram na Igreja e aparece no
testamento de João Ramalho, datado de
3 de Maio de 1580, como sua criada. Talvez a esposa portuguesa, cujo nome se
tem como Catarina Fernandes das Vacas,
natural da aldeia de Valgode ou Balgode
(Balbode no testamento), ainda estivesse
Quem foi este homem na história de São viva.
Paulo e porque não dizer na História do
Brasil.
João Ramalho é um dos
personagens mais polêmicos da época
dos primeiros tempos da colonização do
Brasil, no século XVI. Sua descendência
deu origem aos primeiros paulistas. Segundo alguns historiadores, quando Martim Afonso aportou na Vila de São Vicente, ali já achou João Ramalho, cacique
respeitado e poderoso, que tornando-se
amigo do Cacique Tibiriçá que morava
nos Campos de Piratininga, desposou
sua filha, a Índia Bartira (Potira).
João Ramalho foi aventureiro e povoador
português do século XVI e uma das mais
curiosas personagens dos primeiros
tempos da colonização portuguesa no
Brasil. A vida de João Ramalho ainda, até
aos dias de hoje, se apresenta obscura e
controversa, sob muitos aspectos. Nem
mesmo a razão de sua presença no Brasil ainda está esclarecida. Já foi mencionado que veio com a expedição de Martim Afonso de Sousa (1531/1532). Mas
existem testemunhos em contrário de
seus contemporâneos, como o governador-geral Tomé de Sousa “João Ramalho... que Martim Afonso já achou nesta
terra...”, o padre Luis Gonçalves da Câmara “...Nesta Terra está um João Ramalho. É muito antigo nela...” ou o padre
Manuel da Nóbrega “Quando veio da terra, que havia quarenta anos e mais, deixou mulher lá, viva, e nunca mais soube
dela, mas lhe parece que deve ser morta,
pois já vão tantos anos...”. Admitidas
estes testemunhos, crê-se que teria precedido a Cabral.
Mas, na generalidade acredita-se que
tenha vindo antes de Martim Afonso,
mas, após o descobrimento, tendo aportado à região da hoje São Vicente (SP)
por volta dos anos de 1508/1512. Naufrago, como Caramuru, fugitivo de alguma
caravela de passagem ou, mais provávelmente, degredado, pois era costume e
certo na época que todo o jovem casado,
do Livro: Aconteceu no Velho São Paulo
de: Raimundo de Menezes (Coleção Saraiva 1854)
Quando Martim Afonso de Sousa aportou
a São Vicente, pelas alturas de 1532, foi
recebido, para sua surpresa, por dois
patrícios que aqui já se encontravam,
havia longo tempo: António Rodrigues e
João Ramalho. De António Rodrigues,
muito pouco se conhece. Apenas que se
casara com uma filha de Piquerobi, o
cacique de São Miguel de Ururaí, com
quem teve muitos filhos. E sobre João
Ramalho? “Judeu degredado, para uns;
simples náufrago para outros; precursor
de Colombo na América segundo frei
Gaspar da Madre de Deus; filho da Casa
Real di-lo Pedro Taques; uma e única
pessoa com o bacharel de Cananéia, na
opinião de Cândido Mendes; boçal e rude
analfabeto; personagem pelo menos iniciado nos rudimentos da Cabala, para
Horácio de Carvalho. “Na verdade, João
Ramalho foi uma autêntica figura de novela. Deixara crescer a barba que mantinha descuidada. Vivendo no mato, no
meio da indiada, pouco ligava para o que
vestia. Era truculento, despótico, dominando pelos modos desabridos. Em conseqüência não havia quem não o temesse.”.
Um dia, nas suas rotineiras caminhadas,
galgou a serra de Paranapiacaba (Subida
de Santos ao Planalto Paulista) e veio
bater nas margens de Guapituba onde
conheceu o cacique Tibiriçá, com quem
fez boa amizade. O aventureiro apreciou
o lugar e por ali resolveu ficar. Aquilo ali
estava cheio de “Índias mansas, daquelas índias passivas e ofertantes, que andavam nuas e não sabiam se negar a
ninguém”. Uma delas, no meio de tantas,
lhe mexeu com o coração. Chamava-se
Bartira,que, além de bonita, vinha a ser a
filha do cacique Tibiriçá. Para Ramalho,
era um bom partido e ele não vacilou.
Abandonou as demais e ficou com ela.
Tornou-a predileta. O chefe da tribo gostou. Ter um branco como genro era uma
grande honraria...
O núcleo de Santo André, assim chamado, em memória ao Padroeiro da Vila, foi
atraindo outros forasteiros. Tendo brotado na beira do sertão, ficou conhecido
como Santo André da Borda do Campo.
Como seria, naqueles tempos primitivos,
Santo André da Borda do Campo?
“Naturalmente, tinha um aspecto selvagem. A terra era selvagem, os casebres
de taipa-de-mão, cobertos de sapé selvagens; as mulheres, mal enrodilhadas em
panos de algodão, de fisionomias endurecidas pelos trabalhos incessantes, seriam, também, selvagens; e os homens, na
sua rudeza incomparável, barbudos e
desataviados, possivelmente vestidos de
pele, por toda a parte alçando o perfil de
lince, serviam, entre todos os seres, entre as próprias feras, os mais temerosos
e os mais selvagens. Mas não tardou que
o pequeno arraial viesse a receber o titulo honroso de Vila, passando o seu fundador a ser apontado com o título mais
honroso de “Alcaide Mor e Guarda Mor
do Campo”.
Foi nesse tempo que, por ali, apareceu o
tomar um desforço. Lá apareceram, armados de trabuco, dispostos a matar o
jesuíta corajoso. E foram entrando... Na
frente, André, o mais velho, seguido de
Vitório, António, Marcos, João e mais um
montão. Em casa ficaram apenas as meninas: Joana, Margarida e Antônia...
Quando Bartira soube do que planejavam
os filhos, foi atrás, interferindo e desarmando, fazendo com que eles retrocedessem... Foi como uma água na fervura;
desistiram do seu intento e só assim,
graças à intervenção de Bartira, o padre
jesuíta Leonardo Nunes, escapou co vida. As coisas funcionavam deste jeito,
naqueles primitivos tempos da colonização, na primitiva Santo André da Borda
do Campo. Tudo era resolvido no Trabuco. No inicio, João Ramalho deu aos padres muita dor de cabeça, e por um triz
não quebrou a dita cuja do padre Leonardo Nunes, segundo ele, o padre intrujão.
viajante
alemão
Ulrico
Schmidel,
que andava correndo o novo mundo.
Tinha uma aparência esquisita, sofria
de delírio ambulatório. Teria vindo
de Assunção e aportado em São
Vicente de onde
teria se deslocado
e caminhado serra acima, quando de repente, se viu rodeado de gente branca.
Era ali Santo André da Borda do Campo.
São dele as palavras “Afinal, chegamos a
uma aldeia habitada por cristãos, cujo
chefe se chama João Reinvelle (sic). Felizmente, para nós, andava ausente, pois
o arraial tinha-me cara de ser um covil de
bandidos. Partira Reinvelle (Ramalho)
para ir com outros cristãos que habitavam uma povoação chamada Vicenda
(São Vicente), afim de com eles, concluir
um tratado. Apenas lhe vimos o filho, que
nos recebeu bem, embora nos inspirasse
muito mais desconfiança do que os próprios índios. Deixando este lugar, rendemos graças ao céu por dele havermos
podido sair sãos e salvos. “Apesar de
tudo João Ramalho era o homem mais
poderoso da região, mais do que o próprio soberano; havia guerreado e pacificado a província, reunindo cinco mil índios, enquanto que o rei de Portugal só
reuniria dois mil”.
No ano de 1553, Santo André da Borda
do Campo viveu o ponto mais alto de sua
vida florescente. Então, surgiram os primeiros jesuítas: Manuel da Nóbrega e
Leonardo Nunes. O segundo ficou horrorizado com o que presenciava; a mancebia dos portugueses com as Índias e o
cativeiro dos índios. Aquilo lhe pareceu
pior que Sodoma e Gomorra. E não teve
dúvidas em excomungar João Ramalho.
João Ramalho não gostou, achou ruim...
Começou a luta, uma luta de vida ou morte. Uma manhã, a coisa tomou aspecto
muito sério. O padre, tendo ido dizer missa na igrejinha do povoado, viu entre os
presentes João Ramalho e mandou expulsá-lo do templo. Foi a conta. Saiu um
reboliço danado. Os filhos de João Ramalho, que não eram poucos, resolveram
O complicado e violento João Ramalho já
não era o mesmo do inicio de sua chegada ao povoado. Foi perdendo aquela arrogância, aquele jeito distorcido, aquela
agressividade que lhe era característica.
Os filhos, os mamelucos de sua numerosa descendência, aqueles primeiros e
desenvoltos paulistas, tornaram-se o
terror das cercanias. E deram muito trabalho... Foi uma época de muita confusão
e luta.
Já nessa época, São Paulo de Piratininga, hoje a capital do Estado, mostrava
um progresso ascendente, absorvendo
por completo a Vila de Santo André da
Borda do Campo, e por ordem de Mem de
Sá, todos deveriam se mudar para lá. O
próprio João Ramalho acabou concordando e para que ficasse em paz, nomearam-no capitão-mor de São Paulo. Esta
era uma maneira boa de atraí-lo. Mas ele,
a tempo, descobriu o golpe. Desiludido,
resolveu não ficar por ali, abandonou o
Planalto e ir morar numa rústica cabana,
no VALE DO PARAÍBA. Hospedou-se em
casa de um tal de Luiz Martins. Se sentia
velho e cansado. Apesar de seus quase
70 anos, não tinha um só fio de cabelo ou
de barba, branco e, tinha como hábito
praticar uma caminhada de 9 léguas o
que no Brasil de hoje equivaleria a 54
quilômetros, antes do jantar...
No dia 15 de fevereiro de 1564, um grupo
pacífico de homens foi procurá-lo na sua
casinhola. João Ramalho recebeu-os
com certo embaraço, mandando-os entrar. Não havia banco para tanta gente...
Ficaram de pé, e de pé falaram. Era uma
comissão do Conselho paulista. Vieram
comunicar-lhe que a gente do Piratininga
o havia eleito para vereador de sua Câmara. Ramalho, ouviu tudo, com muita
atenção, com um olhar vago e longínquo.
Lembrando-se talvez, das ingratidões de
que fora vítima, das humilhações sofridas e, no mesmo instante, com um tom
superior, levantou a cabeça e achou chegado o momento azado para a desafronta. Sole, pousado, com uma tom superior,
retorquiu altivo: “- Não aceito... Vivo bem
no meu exílio. Para quê voltar? Sou um
velho, com 70 anos. Digam ao Conselho
que João Ramalho declina da honraria,
preferindo continuar no Vale do Paraíba.
CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO
Rede Vale Comunicações
Publicidade/Marketing
Editora/Diagramadora/Edição Gráfica
Web designer e Desenho Gráfico
Conheça: www.redevalecomunicacoes.com
“Gazeta Valeparaibana” presente em mais de 80 cidades do CONE LESTE PAULISTA , sendo 3.000 exemplares gratuitamente
SETEMBRO 2008
Gazeta Valeparaibana
História que faz parte da nossa história
um bom escritor.
As missões também geralmente possuíam uma boa biblioteca. A de Loreto contava com mais de 300 livros, a de Corpus
Cristi cerca de 400, Santiago mais de 180
e Candelária a cifra, assombrosa para a
época, de 4.724 volumes.
ARTES
(CONTINUAÇÃO)
EDUCAÇÃO e CULTURA
Para a fixação dos povos indígenas e
construção dos povoados foram introduzidas técnicas de agricultura e pecuária,
e elementos de arquitetura, cantaria e
fundição., além da educação laica e religiosa básica e indispensável para a futura absorção de outros conhecimentos.
Gradativamente foi sendo dado ensino
adicional em artes diversas, que incluíam
escultura, pintura, gravura, poesia, música, teatro, oratória e ciências.
Relatos da época informam que os reduzidos nunca chegaram a desenvolver
grande compreensão das sutilezas da
doutrina Cristã, sendo considerados extremamente inábeis em assuntos espirituais e tudo o que envolvia elaboração
mental abstrata e originalidade segundo
os critérios europeus. Em certa época
chegou-se a duvidar que fossem mentalmente aptos para entender e receber os
Sacramentos. Entretanto, sua facilidade
para as diversas artes era notória e sua
capacidade de imitação de modelos formais causava espanto nos próprios missionários. Dizia o Padre Sepp:
“O que viram uma só vez, pode-se estar
convencidíssimo que o imitarão. Não
precisam absolutamente de mestre nenhum, nem de dirigentes que lhes indiquem e os esclareçam sobre as regras
das proporções, nem mesmo de professor que lhes explique o pé geométrico.
Se lhes puseres nas mãos alguma figura
humana ou desenho, verás dai a pouco
executada uma obra de arte, como na
Europa não pode haver igual”.
ALFABETIZAÇÃO E LITERATURA
Os JESUITAS sistematizaram a língua
guarani dando-lhe grafia com caracteres
latinos e produzindo boa qualidade de
obras literárias, a maior parte ligada à
catequização. Com isto, parte dos índios
nas Américas foi alfabetizada em Guarani, Espanhol e Latim, embora isto fosse
reservado aos pertencentes à elite indígena. Os restantes eram educados através do ensino oral e da arte.
Em 1700 foi fundada a primeira gráfica
missioneira na Missão de Loreto, na Argentina, e ali foi produzido, pelo indígena
Juan Yapai em 1705, o primeiro livro impresso nesse país, um Martirológio Romano. Outras produções incluíam livros
diversos, calendários, tabelas astronômicas e partituras.
Alguns índios chegaram a dominar a
língua e a escrita de modo admirável,
como foi o caso do cacique Nicolás Yapuguay, da Redução de Santa Maria, que
escrevia em Guarani com grande clareza
e elegância, e tendo dois de seus livros
impressos. O índio Melchor escreveu a
história de sua aldeia Corpus Cristi, e o
índio Vásquez, de Loreto, era também
Testemunhos se multiplicam sobre a
grande inclinação natural dos Índios para a música. O padre Noel Berthold afirmava que o irmão Verger podia fascinálos de tal modo quando tocava ao órgão
que eles permaneciam imóveis, como
que em êxtase, por até quatro horas.
Muitos índios chegaram a se tornar instrumentistas exímios ou proficientes
construtores de instrumentos, como Ignacio Paica e Gabriel Quiri, e o caso de
um menino de onze anos que executava
com perfeição sonatas e danças cortesãs de insignes mestres europeus. Diversos entre os próprios Jesuítas eram
músicos consumados, como os ditos
padres Verger e Sepp, este o autor do
primeiro órgão construído nas Américas,
e o padre Juan Vaseo, que foi músico da
Corte Espanhola.
Formaram ainda grandes orquestras e
coros, que rivalizavam com grupos de
formação européia e eram convidados a
se apresentar em Buenos Aires
(Argentina) por ocasião dos festejos de
Inácio de Loyola. Na Missão de San Ignacio funcionou um dos primeiros conservatórios de música da América.
Parte do trabalho catequético dos Jesuítas se valia do teatro como forma de ilustração de verdades religiosas. Encenavam-se dramas sacros, que versavam
sobre a vida de Santos e passagens das
Escrituras, e também havia ocasiões que
eram montadas obras clássicas. Certas
peças, vindas da Europa, eram traduzidas para o Guarani, outras eram escritas
nas próprias Reduções.
Na pintura também se registraram indivíduos com grandes dotes, como Kabiyú,
artista excelente, produzindo entre outras coisas uma notável “Virgem das
Dores”, hoje em Buenos Aires.
A escultura merece uma atenção especial. tanto pelo papel de relevo que desempenhava no sistema educacional e catequético jesuíta, como pela quantidade de
exemplares remanescentes. Nesta campo encontramos características peculiares na visível mescla de traços de várias
escolas e épocas artísticas européias,
desde o romântico até o barroco, e elementos nitidamente indígenas, aqui e ali
visíveis nas feições de algumas imagens,
em certas posturas hieráticas e adornos
típicos, e mesmo na rusticidade de execução, sendo talvez a arte em que o elemento autóctone encontrou mais oportunidade de expressar sua individualidade
atravessando o rígido arcabouço de preceitos estilísticos importados.
Entretanto, se tais desvios são tomados
por parte da crítica como autênticos sinais de originalidade, por outro diversos
autores os interpretam como mera inépcia no mister.
De qualquer forma, parece provável que
as peças hoje consideradas de maior
qualidade tenham saído das mãos dos
próprios jesuítas, alguns dos quais mostravam domínio superior do ofício, como
os padres José Brasanelli, Anselmo de
La Matta e novamente Antônio Sepp. Aos
índios cabia a participação como meros
auxiliares, ou eram incumbidos, quando
trabalhando sem intervenção direta dos
padres, apenas da produção de obras
Página 7
“Missões”
menores. Mas, há exceções registradas,
como a do Índio José. que em 1780 produziu uma estátua do Senhor da humildade e da paciência, hoje exposto na
Igreja de São Francisco de Buenos Aires,
considerada um dos marcos iniciais da
arte nacional argentina.
Outro aspecto a considerar é o hábito do
trabalho coletivo para a produção de
cada peça., o que muitas vezes torna
difícil a obtenção de uma homogeneidade formal em cada exemplar específico e
mais ainda a identificação dos estilos
individuais.
Também a arquitetura é digna de destaque. Os Jesuítas introduziram uma notável organização urbana em seus povoados, com benfeitorias que não se encontravam em muitas cidades européias de
população comparável, com pontes, canalizações para irrigação, fontes para
água e moinhos. As moradias, distribuídas em séries regulares, eram inicialmente de barro, mas logo passaram a ser
feitas de pedra, possuindo vários aposentos, chaminés e cobertura de telhas.
Porém, as Igrejas, constituíram a sua
glória neste campo. O modelo empregado foi o típico barroco jesuíta, ou da
Contra-Reforma, de linhas majestosas e
sóbrias externamente, mas com profusa
ornamentação interna nos altares entalhados e dourados, nos objetos do culto
feitos de metais de metais preciosos e
pedrarias, e na estatuária, de impressionante vivacidade e beleza plástica. Dos
arquitetos são importantes o padre Juan
Primoli, construtor da Igreja de São Miguel, e Andrés Blanqui.
causa das constantes investidas paulistanas, ocasionando um êxodo de cerca
de 12 mil pessoas para o sul.
A Batalha de M’Bororé, travada em 1641
por bandeirantes, auxiliados por índios
tupis, contra os guaranis reduzidos
(evangelizados) e soldados paraguaios,
terminou com a vitória destes, o que
conteve o ímpeto expansionista dos brasileiros por um período considerável, e
permitiu que as Missões continuassem a
florescer por mais de um século.
A FUNDAÇÃO DOS SETE POVOS.
Um pouco antes, em 1626 o padre Roque
Gonzáles havia penetrado no Rio Grande
do Sul, criando a Província do tape e
fundando a Missão de São Nicolau de
Piratini. Dezessete outras reduções foram fundadas até 1634, sendo a última a
de São Cristóvão, distando apenas 200
quilômetros de Porto Alegre.
Quase todas as reduções de TAPE foram
destruídas por bandeirantes paulistas
nos anos seguintes, e os índios sobreviventes migraram em massa de volta para
território argentino, onde poderiam contar com a maior proteção dada pela Coroa Espanhola. Somente após 1687 os
jesuítas voltaram a penetrar no território
rio-grandense, seja atraídos pelos enormes rebanhos de gado que procriavam
livremente nos campos sulinos, seja como instrumento da Coroa Espanhola
para conter os avanços da Coroa Portuguesa na região, a razão desta volta não
é clara. Seja como for, é nesse ano que
são fundadas as Reduções de São Francisco do Borja, São Nicolau, São Luiz
DIFICULDADES
Gonzaga e São Miguel. Logo em seguida
foram fundadas São João Baptista, São
A vida nas Missões não encontrou sem- Lourenço Mártir e Santo Ângelo Custópre este cenário que se aproximava de dio, constituindo-se assim os chamados
uma utopia. Muitas vezes os Índios não Sete Povos das Missões.
se habituavam aos rigores e complexidades da disciplina Inaciana, e revertiam
para as selvas. Outras vezes grupos tinham de ser levados à força para as Reduções, como no caso dos Guaiaquis, ou Em 1750 a pendência entre Portugal e
foram simplesmente dizimados, como os Espanha sobre os limites de seus domíGuenoas em 1708, por resistirem ao al- nios foi resolvida pelo “Tratado de Madeamento compulsório. Também há noti- dri”, segundo o qual aquela região pascias de epidemias, tempos de fome e sou a pertencer a Portugal em troca da
ataques de povos indígenas não reduzi- Colônia de Sacramento e das Filipinas.
dos.
Foi então determinado que os índios abandonariam as Missões e o Governo
português daria 4.000 pesos a cada vila.
Ruínas da Redução
Apesar disto, nem os religiosos nem os
São Miguel Arcanjo
guaranis aceitaram o tratado. Os jesuítas
no Brasil
se mobilizaram e chegaram a oferecer
A Ameaça Bandeirante
aos Reis da Espanha grande quantidade
de tributos e riquezas para manter intacta aquela colonização, baseada exclusivamente em valores religiosos e culturais. Em Portugal pouco puderam fazer,
pois estavam deterioradas as relações
entre aquela Ordem (Ordem Jesuítica) e
o Estado.
Durante os primeiros confrontos eclodiu
a
chamada
Guerra
Guaranítica
(1750/1756). Os índios enfrentaram completamente desorganizados os Exércitos
português e Espanhol, não conseguindo
resistir por muito tempo. Seu principal
líder foi Sepé Tiarajú, mas logo sucumbiram, na Batalha de Caiboaté face à superioridade das forças ibéricas, havendo
grande mortandade.
Mas de todas as ameaças de longe a Com isto, seguiu-se a ocupação dos pomais séria foi a impiedosa e constante voados e aldeamentos, que os índios, ao
rapina empreendida pelos Bandeirantes abandoná-los, iam incendiando.
brasileiros na primeira metade do século
XVI, que escravizaram ou massacraram A Expulsão dos Jesuítas e o fim
centenas de milhares de indígenas. Treze
das Reduções
Reduções fundadas no oeste do Paraná
CONTINUA
NA PRÓXIMA EDIÇÃO
tiveram de ser abandonadas em 1631 por
3.000 Exemplares distribuídos gratuitamente para 2.490 Escolas do Cone Leste Paulista acesse:
O Fim
www.gazetavaleparaibana.com
SETEMBRO 2008
Gazeta Valeparaibana
Página 8
Utilidade Pública “Você e a Previdência Social...”
O QUE É PERÍCIA MÈDICA?
Por vezes os impulsos, a realização de
um velho sonho, e os desesperos do
momento, nos podem levar no futuro a
situações constrangedoras e até desesperadoras.
Outras vezes temos que recorrer a ele
para saldar um outro empréstimo mais
oneroso.
E por ultimo, recorremos ao
“Empréstimo Consignado”, por problemas vários, sejam eles de saúde, familiares ou judiciais.
Na realidade, o empréstimo consignado,
foi uma solução encontrada para o alto
nível de endividamento de uns e para
mais endividamento de outros.
Certo que é o dinheiro mais barato do
mercado e que na realidade ainda assim
seu custo (juros) ainda é um roubo pois
a taxa de juros não deveria ultrapassar
o 1% ao mês, segundo diz nossa Constituição Federal. Até porque é uma transação financeira com zero de risco, já
que é descontada diretamente do benefício do aposentado.
Assim, esta facilidade deve ser pensada
e refletida, pois, caso não haja por parte
do tomador um bom motivo para tomar
este empréstimo, terá que ser bem refletido o fato do comprometimento de parte de sua renda.
Se o motivo não for o de quitar outra
dívida de custo maior, o melhor mesmo
é se segurar. Uma viagem pode ser parcelada sem custos pelas agências; um
procedimento cirúrgico deve ser muito
bem negociado e parcelado, igualmente
sem custo; o concerto de um carro
idem e por ai a diante.
Uma das vantagens do parcelamento
direto é que a renda mensal fica comprometida por um prazo menor de tempo e um sacrifício de 6 meses não se
pode comparar com outro de 36 meses.
Afinal 36 meses são três anos e três
anos é muito tempo.
A pericia médica é a avaliação necessária para a Previdência Social conceder
ou não o auxílio-doença (previdenciário
ou acidentado), o auxilio-acidente e a
aposentadoria por invalidez.
A avaliação médico-pericial é realizada
pelo perito médico que pode basear-se,
também, em exames complementares e
pareceres especializados que o segurado possuir.
Por isso o INSS recomenda que o segurado sempre que comparecer à perícia
médica, leve seus exames e documentos
médicos.
No dia da realização da perícia o segurado pode levar informações detalhadas
sobre as causas de sua incapacidade
para o trabalho e o tratamento indicado.
As informações serão analisadas pelo
perito médico, mas não determinarão,
por si só, o resultado da perícia. Ou seja,
quem resolve mesmo é o perito do
INSS... Os outros médicos e especialistas somente dão o seu parecer... O rei é
ele.
O perito médico avalia caso a caso. Muitas vezes, o problema de saúde que incapacita uma pessoa para o trabalho não
incapacita outra, segundo o INSS. Também é informado que o perito fará a avaliação, caso a caso, levando em consideração a doença e o tipo de atividade exercida pelo segurado.
A conclusão da perícia médica do benefício solicitado será feita com base na
Lei, na análise dos exames apresentados
e no resultado da avaliação médicopericial, e levará a um destes três caminhos:
ria por invalidez, nos casos mais gra- Quando o segurado estiver recebendo o
ves, se atendidos os demais requisitos auxílio-doença, o Salário-Família será
para a concessão do benefício;
pago diretamente pela Previdência Social.
2 - O segurado está apto para realizar
outro tipo de trabalho que não o seu e QUEM TEM DIREITO?
será encaminhado para a reabilitação
profissional;
Tem direito ao Salário Família o segurado, seja empregado fixo, ou trabalhador
3 - O segurado está capaz para realizar avulso, que receba um salário mensal
o seu trabalho e o parecer será contrário até ao teto estipulado a cada ano pela
à concessão do benefício, ou seja, terá o Previdência Social.
pedido negado.
Não é exigido tempo mínimo de contriCaso o segurado não concorde com a buição para ter direito ao benefício, nem
conclusão da perícia médica, pode soli- qualquer outro tipo de carência.
citar um Pedido de Reconsideração - PR.
Um novo exame será marcado e realiza- DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA:
do, por outro perito médico do INSS.
1 - Certidão de Nascimento de cada filho,
No caso da concessão de auxílio- podendo ser cópia e original ou então
doença, a perícia determina a duração cópia autenticada.
do benefício.
O segurado que não se achar em condições de retornar ao trabalho, ao final da
data determinada para tal, poderá requerer um Pedido de Prorrogação “PP”.
Isto deve ser feito no prazo fixado pela
Previdência Social.
Assim, neste caso, o segurado será submetido a nova perícia-médica.
Segundo o INSS, o requerimento do auxílio-doença e o agendamento da perícia
médica podem ser feitos pelo telefone
135 (ligação gratuita de telefones fixos)
ou pela página da Previdência Social na
2 - Comprovação de invalidez, a ser forinternet (www.previdencia.gov.br).
necido em perícia médica do INSS, para
dependentes maiores de 14 anos.
O QUE É SALÁRIO FAMÍLIA?
O salário-família é o benefício que o segurado(a) da Previdência Social recebem, como ajuda, para cada um de seus
filhos, enteados ou tutelados, com até 14
anos de idade ou inválidos. Caso a mãe
e o pai sejam segurados, ambos poderão
receber o benefício.
Para ter direito aos benefícios da Previdência Social, o contribuinte individual,
o facultativo e o empregado (a)
doméstico (a) precisam de estar em dia
com as suas contribuições mensais.
1 - O segurado está incapaz para o trabalho e teve decisão pericial favorável para
receber o auxilio doença ou aposentado-
O Livro Didático distribuído pelo Governo, tem seu custo e esse custo é pago,
através dos Imposto por toda a sociedade. Assim, deixa de ser um valor indivi- alunos, pais e professores, a conscientidual para passar a ser um valor coletivo. zação de seus filhos e alunos para a necessidade do praticar o ato cívico de
A forma como foram elaborados os Li- conservação desse bem que é comum a
vros Didáticos para distribuição nas Re- outras crianças, no ano seguinte.
des de Ensino, a seus alunos, levou em
consideração que deveriam ter qualida- No inicio das aulas, os alunos da rede
de, afim de que a sua durabilidade, no pública do ensino fundamental recebem
mínimo seja de três anos.
livros didáticos de português, ciências,
geografia, história e matemática, com a
Assim, é de responsabilidade de todos,
responsabilidade de os devolverem no
O pagamento do salário-família está condicionado à apresentação, no mês de
novembro, da caderneta de vacinação ou
outro documento que mostre que a criança está com as vacinas em dia, quando menor de sete anos de idade.
Para crianças a partir de sete anos de
idade, deve ser apresentado, nos meses
de maio e novembro, comprovante de
freqüência escolar, documento que irá
comprovar sua assiduidade escolar.
O desemprego mantém o direito aos benefícios por um prazo de 12, 24 ou 36
meses, de acordo com o seu tempo de
contribuição.
Todo brasileiro, a partir dos 16 anos de
idade, pode filiar-se à Previdência Social
O salário família é pago pela empresa e pagar mensalmente a contribuição paempregadora, que deduz o valor da con- ra ter direito aos benefícios previdenciátribuição paga por ele sobre a folha sala- rios.
rial. Os trabalhadores avulsos recebem o
benefício do Sindicato ou Órgão contra- FONTE: Previdência Social
tante de mão-de-obra, mediante convê- IMAGENS: Internet
nio com a Previdência Social.
ciência sobre o uso do Livro Didático.
final do ano letivo.
Levantamento
feito
pelo
FNDE
(Fundação nacional de Desenvolvimento
da Educação), aponta que aproximadamente 40% dos livros não são devolvidos, sendo 46,5% no Nordeste, 41% no
Centro-Oeste e Norte, 32,2% no Sudeste
e 27,2% no Sul.
Para o Diretor da Ações Educacionais do
FNDE, Rafael Torino, é importante que
alunos, pais e professores tenham cons-
É necessário conscientizar os alunos e
pais de alunos que o livro não é de graça , para que se sintam responsáveis.
Essa conscientização do aluno deve ir
além, deve ser levado em conta que esse
livro deverá ser utilizado com cuidado e
zelo e conservado, para que possa voltar
a ser usado no ano seguinte por outro
seu colega e no subseqüente novamente
servirá para outro aluno.
CULTURA, INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO, HISTÓRIA - NÃO SÃO PATRIMÔNIO DE NINGUÉM
Filipe de Sousa
Gazeta Valeparaibana
SETEMBRO 2008
3ª Idade
Página 9
- Envelhecer, recordar e reclamar... é preciso.
“ Quanto mais velha é
a árvore,
melhor a sua sombra
e maior a sua proteção “
dia
21 de Setembro
DIA DA ÁRVORE
Sim estou ficando idoso mas não
velho, somente um pouco mais pesado
pelo fardo das experiências positivas e
negativas. Imigrante no Brasil, desde
1969, órfão de família mas, rico em raízes
e forte em sentimentos, gostaria de ocupar este nosso espaço para relembrar
um pouco da história de minha Pátria.
Dia 21 é o dia da Árvore. Dia 21 é o dia
daquela que nos garante nossa subsistência terráquea. Que transforma o lixo
que jogamos no ar em oxigênio que dá
vida a toda a espécie animal do planeta.
Mas não é da árvore que aqui falarei é de
sua raiz. Que lhe dá suporte, que a alimenta e, eu imigrante me alimento das
raízes de minha infância e da força moral
que recebi da sociedade, de meu País e
de meus Pais.
Hoje vou começar um artigo sobre a minha Terra Natal, e creiam não é poesia é
a mais pura e real fotografia que tenho
guardada em minha mente, daq2uilo que
aprendi sobre História de Portugal.
isboa, sete horas da manhã.
Está um destes raros dias de Inverno de
atmosfera límpida, de rara transparência.
É domingo e o terreiro do Paço está deserto, silencioso. O Sol acaba de nascer
e os seus raios, quase horizontais, inundam a Outra Banda, destacam a colina
de Almada, rebrilham sobre o Mar da
Palha, recortam as chaminés do Barreiro.
Um Cacilheiro cruza o Rio Tejo, ao longe
afasta-se o vulto azul de um barco do
Barreiro. Há cargueiros fundeados na
enseada, adormecidos.
O ambiente é de serenidade. O grande
rio desperta lentamente ao ritmo que se
animam as povoações que bordejam o
mar interior. Há gente procurando minhocas e lambejinhas, espécies que resistem nas lamas escuras e oleosas. Pequenos botes e bateiras dirigem-se para
o largo a deitar suas linhas carregadas
de anzóis, buscando pescar enguias ou
barbos. Por baixo da ponte passa um
pequeno rapa que arrasta a rede própria
para a pesca do camarão.
É pouco o proveito. As águas vêm barrentas, poluídas, e as espécies rareiam.
São também cada vez menos os pescadores e os avieiros, essa gente que veio
de Vieira de Leiria em busca de melhores
safras. O rio continua ameno, acolhedor,
mas pouco resta das riquezas que tanta
gente atraíram à suas margens desde
tempos muito recuados.
Recuemos na História. A ocupação humana da zona vestibular do rio Tejo, autêntico mar interior, é muito antiga, tanto
mais que o estuário sempre forneceu
alimentos em abundância. Em Muge,
numa região hoje bastante distante do
rio, foram descobertas grandes acumulações de conchas - os concheiros - que
resultaram dos restos da alimentação de
comunidades humanas que viveram, que
ali viveram entre 3.000 e 5.000 anos antes de Cristo.
Depois, mesmo quando a agricultura já
tinha começado a ser praticada em larga
escala, nunca se deixou de recorrer aos
recursos dos estuários. Um exemplo: foi
escavada na tapada da Ajuda o que se
julga ser os restos de uma granja agrícola do final da idade do Bronze (há cerca
de 3.000 anos) onde também foram descobertos restos de cochas, sobretudo de
ostras e de lapas, mas igualmente de
amêijoas, vieiras e mexilhões.
O grande refolgo do Tejo era igualmente
rico em peixe, sendo toda a região considerada de uma extrema fertilidade. Virgilio escreveu mesmo que, aqui, as águas
eram “fertilizadas pelo vento”, imagem
que tanto pode ser associada à sua lendária rapidez, como à fama desta terra
úbera. Não nos esqueçamos que, logo
formando solos de grande qualidade, os
nateiros fluviais, enriquecidos com os
aluviões depositados pelo rio, ainda hoje
são os melhores terrenos para a agricultura do País.
A esta riqueza associava o estuário condições ótimas para a mareação. O navegadores fenícios, os mais arrojados do
Mediterrâneo, por aqui passaram e, na
colina do castelo, estabeleceram uma
colônia a que chamaram “Alis Ubbo”, o
que quer dizer “enseada amena”.
Séculos mais tarde, no tempo dois Romanos, a povoação, então conhecida por
Olissipo, tomaria o nome de Felicitas
Julia e seria elevada à invejável condição
de município romano o que revela bem a
sua importância. Fortificada em acrópole, Felicitas Julia defendia um porto de
alguma projeção e os seus habitantes
gozavam do privilégio da cidadania romana, direito que não foi concedido a
mais nenhuma cidade lusitana.
Durante os quatro séculos e meio que os
Romanos permaneceram entre nós Lisboa sempre foi um porto importante e a
descoberta, recente, de salgadeiras, em
Cacilhas revelou a existência de uma
fábrica de sal romana que, sem ter a importância das de Setúbal e Tróia, é única
do estuário do Tejo e a mais setentrional
unidade deste tipo até agora descoberta.
Mas o Rio Tejo ainda oferecia outra riqueza: ouro. São numerosos os autores
latinos que se referem às “areias de ouro
do Tejo”. A origem do topônimo Almada
é mesmo referenciada, agora por um
geógrafo árabe. Abu-Abd-Alla Edrisi,
como estando relacionada com “o mar
que vem lançar nas suas praias palhetas
de ouro”. Mais tarde o cruzado Osberno,
na sua crônica da conquista de Lisboa,
também se refere a “este rio que desce
das regiões de Toledo e em cujas margens se encontra ouro, quando no princípio da Primavera as águas se recolhem
ao leito”.
A riqueza das areias auríferas não era
muito grande, mas a preciosidade do
metal fez com que muitos explorassem
as margens do estuário, recolhendo as
pequenas palhetas que, segundo Pinho
Leal, haveriam de servir para fazer o ceptro e a coroa de D. Dinis e o ceptro de D.
João III.
Após a reconquista de Lisboa e Almada
por D. Afonso Henriques - significativamente conseguida com a ajuda de uma
frota de cruzados que veio por mar e
fundeou no remanso do estuário - , o
complexo portuário da região vai desenvolver-se rapidamente.
A pesca continuava a abundar, vindo
citada logo no primeiro floral de Almada.
O rio oferecia então uma grande variedade de peixes: pescada, sardinha, congros, sáveis, salmonetes, ruivos, pargos,
besugos, e gorazes, além de uma quantidade enorme e variada de mariscos como a amêijoa, o berbigão, os caranguejos e as lagostas. No Seixal, na Arrentela
e no Barreiro desenvolveram-se Vilas
piscatórias bem individualizadas, não se
limitando os pescadores a lançar as redes no estuário: faziam-no igualmente
“entre os dois cabos”, isto é, na baía
enquadrada pelo Cabo da Roca e o Cabo
Espichel.
Lisboa também se transformou rapidamente no mais importante complexo portuário do país, desenvolvimento que foi
devido à sua posição única “não só em
Portugal mas em toda a fachada Atlântica da Península Ibérica”, como sublinhou Raquel Soeiro de Brito.
“Lisboa, no estuário do Rio Tejo, ocupa
no litoral português a sua chanfradura
mais profunda, adjacente a terras baixas
e planas por onde correm faixas naturais
de trânsito para o norte e para o Sul do
País. O próprio Rio era uma via acessível além da fronteira utilizada, até que a
malha ferroviária, lhe absorveu o tráfego.
Ainda na segunda metade do século XIX,
as minas de ferro, espanholas, de Alcântara, escoavam a produção, transportada
em barcaças que navegavam até ao porto de Lisboa“.
Orlando Ribeiro traça-nos igualmente o
quadro de um rio animado e movimentado. A cidade de Coina e a Aldeia Galega,
hoje Cidade do Montijo, designação adotada no ano de 1930, chegavam os produtos vindos do Alentejo e de Setúbal,
de onde eram embarcados para Lisboa.
O sinos de Mafra, fundidos no Arsenal,
viajaram depois pelo Rio Tejo até à cidade de Santo Antão do Tojal. Mulheres de
Frielas e Frieleiras, ainda no século XX
vendiam peixe fresco em Lisboa. O Rio
Tejo unia as comunidades das duas margens, constituindo uma bolsa que homens e mercadorias cruzaram em todos
os sentidos.
Antes da Estrada de Ferro as viagens
para o Norte de Portugal faziam-se pelo
Rio Tejo até às cidades de Santarém ou
Vila Franca, somente depois, ai se seguindo por via terrestre.
O Tejo tornava Lisboa mais próxima de
Abrantes do que de Torres Vedras, por
exemplo.
Os fornos da capital eram alimentados
pelo tojo e pela lenha que era embarcada
no Seixal e era nos moinhos da margem
sul que se moía a farinha necessária à
população.
Finalmente, quando se inicia a expansão
ultramarina, será do Rio tejo que partirão, as armadas com destino às Índias e
ao Brasil.
As praias do Seixal, de Coina e do barreiro, encher-se-ão de estaleiros navais.
Durante o Inverno os braços do Rio Tejo,
proporcionam bons abrigos naturais e
como tal, são procurados pelas naus
(Caravelas)
CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO
Renascer, amar; se sentir
acolhido,
querido, ouvido, acompanhado.
Eu consegui !!! Hoje sou feliz.
Comer Bem “Caldeirada à Portuguesa”
INGREDIENTES
1 kilo de bacalhau
1 kilo de batatas
1/2 kilo de cenouras
1/2 kilo de cebola de cabeça
1/2 kilo de vargem
3 nabos médios
1 repolho médio
1 maço de brócolis
1 maço de couve portuguesa
1/2 kilo de tomates meio verdes
1 dúzia de ovos cozidos
GAZETA ONLINE -
100 grs de azeitonas pretas grandes
1 xícara de vinagre
1 xícara de azeite de oliva virgem
1 maço de salsinha
1 maço de coentro
1 maço de cebolinha
Pimenta do reino a gosto
4 dentes de alho
MODO DO PREPARO
Corte o bacalhau, já de molho em postas
grandes. Leve ao fogo uma panela grande o
suficiente para cozinhar os legumes conjunta-
mente com o bacalhau de forma que fiquem
folgados.
Á medida que os legumes vão ficando cozidos,
vá retirando-os e colocando-os em uma travessa grande, colocada sobre uma panela com
água fervendo para que não esfriem.
Quando tudo estiver cozido, faça uma bonita
arrumação, por exemplo:
Coloque as postas de bacalhau no centro, e ao
redor vá colocando os legumes separados por
tipo. Enfeite o prato com tomates, abertos em
flor, os ovos cozidos e cortado ao meio na
diagonal e as azeitonas.
Regue tudo com o seguinte molho que já deve
estar preparado e na geladeira:
vinagre, azeite, pimenta do reino, salsa, coentro, cebola verde, alho, tudo muito bem picadinho e muito bem misturado em vasilha funda e suficiente.
BOM APETITE
Não esqueça um bom vinho verde gelado
Edições disponíveis para DOWNLOAD- Tribuna Popular - Projeto Educar - Correio Escola < www.gazetavaleparaibana.com
Gazeta Valeparaibana
SETEMBRO 2008
Datas Especiais
·
·
·
·
Aniversário da cidade de MOGI
DAS CRUZES;
Inicio da SEMANA DA PÁTRIA;
·
Dia Nacional da AMAZÔNIA;
·
·
Dia da oficialização do Hino
Nacional Brasileiro, decreto Lei
15.671, no ano de 1922;
Nascimento de DI CAVALCAN- ·
TI (Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo) no
Rio de Janeiro, no ano de 1897;
·
Independência do Brasil;
·
·
·
·
·
·
·
Nascimento de JUSCELINO
KUBITCSHEK DE OLIVEIRA,
29º Presidente do Brasil, em
Diamantina (MG), no ano de ·
1902);
·
1º. vôo bem sucedido com o 14
Bis, de Santos Dumont, em
Paris (França), no ano de 1906; ·
Anúncio da descoberta da PENINCILINA por por Alexandre
Fleming, em Londres
(Inglaterra), no ano de 1928;
·
·
·
Dia da Compreensão Mundial.
Que neste dia os homens ou
mais importante as Nações
reconheçam acima do valor
econômico, o valor ambiental e
social de cada Nação e, de que
todos somos responsáveis por
·
todos e não somente por nós.
·
·
“AGOSTO 2008”
Inicio da SEMANA DA COMUNIDADE;
Denunciado o escândalo do
MENSALÃO, pela Revista Veja, ·
no ano de 2004. “A compra do
PTB, pelo PT, saiu por 10 milhões de Reais).
·
·
Inicio da REVOLUÇÂO FARROPILHA (1835/1845), contra o
Governo Imperial, que se motivou pela Declaração da Independência da Província de São
Pedro, no Rio Grande do Sul;
Nascimento de CASTELO
BRANCO (Humberto de Alen- ·
car castelo Branco), 35º Presidente do Brasil, em Messedana
(CE), no ano de 1900.
DIA DA ÁRVORE;
·
Aniversário da cidade de ITAQUAQUECETUBA.
Dia Internacional da Alfabetização. “Vamos alfabetizar nosso
Povo. Mas para valer, não de
mentirinha...”;
·
Dia dos Símbolos Nacionais;
Você sabe quais são?
Página 10
Dia Internacional da Paz ou DIA ·
MUNDIAL DA PAZ;
SÃO COSME E DAMIÃO - Dia
da Festa Popular São Cosme e
Damião, protetores das crianças, dos médicos e dos farmacêuticos;
DIA DA CARIDADE;
Confirmação da fundação da
COMPANHIA DE JESUS de
Santo António de Loyola BranFUNDAÇÃO:
08 Setembro 1560
dão, pelo Papa Paulo III, no ano
ALTITUDE:
790 METROS
de 1540;
POPULAÇÃO:
334.914 (IBGE2007)
DENS. demográfica: 4.095,5 km2
ÁREA TERRITORIAL: 81.777 km2
PIB per capita: 5.090,00(IBGE2005)
Dia da Mãe Preta e dia da LEI
do VENTRE LIVRE, sancionada
EDUCAÇÃO:
pela PRINCESA ISABEL, no
ano de 1871;
Atualmente Itaquaquecetuba, conta
com 45 Escolas Estaduais e algumas
Municipais.
Morte de MACHADO DE ASSIS
(Joaquim Maria Machado de
Assis), escritor, fundador e
primeiro Presidente da ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS,
no Rio de Janeiro (RJ), no ano
de 1908;
Dia da SECRETÁRIA.
ECONOMIA:
O Município de Itaquaquecetuba, tem
forte vocação industrial, contando
com mais de 450 indústrias de todos
os setores e envida esforços para
atrair para seu território mais industriais, para o que está construindo
um grande Terminal de Cargas para
agilizar o transporte de mercadorias.
HIDROGRAFIA:
Rio Tietê e Rio Tipóia
DIA DA JUVENTUDE;
Inicio da PRIMAVERA
“Equinócio da Primavera”, no
Hemisfério Sul;
Nascimento de BENTO GANÇALVES (Bento Gonçalves da
Silva), Líder da Revolução Farroupilha, em Triunfo (RS), no
ano de 1788;
Criação do PARQUE NACIONAL DO JAÚ, no ano de 1980;
Morte do Imperador D. Pedro I
do Brasil (D. Pedro IV de Portugal), aos 36 anos, em Lisboa
Portugal, no ano de 1834;
Dia Internacional das Relações
Públicas (Assessor de Imprensa);
Nascimento de Luís Fernando
Veríssimo, em Porto Alegre, no
ano de 1936;
FUNDAÇÃO:
01 Setembro 1560
HABITANTES: 362.991(IBGE/2OO7)
ALTITUDE:
780 Metros
PIB per capita: 12.092,00
DENS. demográfica: 500,7 Hab./Km2
ECONOMIA:
Faz parte do Cinturão Verde, abastecendo toda a região Metropolitana da
Grande São Paulo e a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com sua
produção de hortifrutigranjeiros.
Se PARQUE INDUSTRIAL é variado,
com industrias de todos os portes,
com destaque para as áreas siderúrgicas e automobilística (Valtra e General Motors).
·
EDUCAÇÃO:
·
Mogi das Cruzes conta com duas ·
Universidades de grande porte, duas ·
faculdades e uma de Educação à distância. Também está-se implantando
um novo campus da FATEC.
Estão tirando o Verde
de nossa terra...
LIVRE PARA SEU ANUNCIO
Parabéns pelo seu dia, “PAIS”.
BANDEIRA
SELO
BRASÃO
Hino Nacional Brasileiro
Hino da Independência
Hino à Bandeira
Hino à Proclamação da República.
SETEMBRO 2008
Gazeta Valeparaibana
Página 11
CERRADO BRASILEIRO
cendo em nosso país nada menos que
cinco Províncias Fitogeográficas, por ele
denominadas Nayades (Província das
Florestas
Amazônicas),
Dr yades
(Província das Florestas Costeiras ou
Atlânticas), Hamadryades (Província da
Caatingas do Nordeste), Oreades
(Província dos Cerrados) e Napaeae
(Província das Florestas de Araucária e
dos Campos do Sul).
Tais endemismos refletem, sem dúvida, a
existência daquela grande diversidade de
condições ambientais, as quais criaram
isolamentos geográficos e/ou geológicos
e possibilitaram, assim, o surgimento de
taxa distintos ao longo da evolução.
Se bem que
ainda não totalmente conhecida, a flora do Cerrado é riquíssima.
Partindo de uma afirmação conservadora, poderíamos afirmar que a flora
do bioma do cerrado é constituída por
3.000 espécies, sendo 1.000 delas do Estrato Arbóreo-Positivo e 2.000 do Herbáceo-Subarbustivo.
Como famílias de maior expressão destacamos as Leguminosas (Proaceae) e
Compostas (Asteraceae), entre as Herbáceas.
Em termos de riqueza de espécies, esta
flora deve ser superada apenas pelas
florestas amazônicas e pelas florestas
atlânticas. Outra característica sua é a
heterogeneidade de sua distribuição, havendo espécies mas típicas dos Cerrados
da região norte, outras da região centrooeste, outras da região sudeste, etc. Por
esta razão, unidades de conservação,
com áreas significativas, deveriam ser
criadas e mantidas nas mais diversas
regiões do Domínio do Cerrado, a fim de
garantir a preservação do maior número
de espécies da flora deste bioma, bem
como da fauna a ela associada.
Quem já viajou pelo interior do Brasil,
através dos Estados de Minas Gerais,
Goiás, Tocantins, Bahia, Mato Grosso ou
Mato Grosso do Sul, certamente atravessou extensos chapadões, cobertos por
uma vegetação de pequenas árvores retorcidas, dispersas em meio de um tapete
de gramíneas, este é o Cerrado.
Durante os meses de verão, quando as
chuvas são mais intensas e periódicas e
os dias são mais longos, tudo ali é muito
verde.
No Inverno, ao contrário, o capim amarelece e seca, quase todas as árvores e
arbustos, por sua vez, trocam a folhagem
senescente por outra totalmente nova.
Mas não o fazem todos os indivíduos a
um só tempo, como nas caatingas nordestinas.
Enquanto alguns ainda mantém suas folhas verdes, outros já as apresentam amarelas ou pardacentas, e outros já se
despiram totalmente delas. Assim, o Cerrado não se comporta como uma vegetação caducifólia, embora cada um dos
indivíduos arbóreos e arbustivos o sejam,
porém independentemente uns dos outros. Mesmo no auge da seca, o Cerrado
apresenta algum verde no seu estrato
arbóreo-arbustivo. Suas espécies lenhosas são caducifólias, mas a vegetação
como um todo não. Esta é semicaducifólia.
A fauna do Bioma do Cerrado é pouco
conhecida, particularmente a dos invertebrados. Seguramente ela é muito rica,
destacando-se naturalmente o grupo dos
insetos.
Quanto aos vertebrados, o que se conhece são, em geral, listas das espécies mais
freqüentemente encontradas em áreas do
Cerrado, pouco se sabendo da História
Natural desses animais, do tamanho das
suas populações, de sua dinâmica, etc.
Só muito recentemente estão surgindo
alguns trabalhos científicos, dissertações
e teses sobre estes assuntos.
Com uma extensão de mais de 8,5 milhões de km2, distribuídos por latitudes
que vão desde aproximadamente 5° N até
quase 34° S, o espaço geográfico brasileiro apresenta uma grande diversidade de
clima, de fisiografia, de solo, de vegetação e de fauna.
Do ponto de vista florístico, já no século
passado C. F. Ph. Martius descreveu
Entre os Vertebrados de maior porte en- “grandes espaços contendo endemismos
contrados em áreas de Cerrado, citamos a nível de gêneros e espécies”, reconhea Jibóia, a cascavel, várias espécies de
Jararaca, o lagarto teiú, a ema, a seriema,
a curicaca, o urubu comum, o urubu caçador, o urubu-rei, araras, tucanos, papagaios, gaviões, o tatu-peba, o tatugalinha, o tatu-canastra, o tatu-de-rabomole, o tamanduá-bandeira e o tamanduá-mirim, o viado campeiro, o cateto, a
anta, o cachorro-do-mato, o cachorrovinagre, o lobo-guará, a jaritataca, e muito raramente a onça-parda e a onçapintada.
O Clubeca é um projeto social que
nasceu em cima da proposta da formação de um grupo musical de flauta
doce de fundo de quintal, nos finais de
semana, em um bairro carente e da
periferia da cidade de São José dos
Campos, o Bairro Campos de São José.
Este “Projeto Social”, é idealização de
um homem sonhador, sofrido e que
acredita que a música é um universo
de transformação em todos os fatores
da evolução cidadã, desde a estruturação do caráter até à transformação em
projeto de vida, como alternativa de
classes menos favorecidas
“CLUBECA”
·
Com pequenas modificações, estes grandes espaços geográficos brasileiros são
hoje também conhecidos como Domínios
Morfoclimáticos e Fitogeográficos, sendo
eles: o Domínio Amazônico, o Domínio
Mata Atlântica, o Domínio das caatingas,
o Domínio dos Cerrados, o Domínio da
Araucária e o Domínio das Pradarias do
Sul, segundo a acepção de Aziz N.
Ab’Saber. Como tais espaços não têm
limites lineares na natureza, faixas de
transição, mais ou menos amplas, existem entre eles. A palavra Domínio deve
ser entendida como uma área de espaço
geográfico, com extensões subcontinentais, de milhões até centenas de milhares
de km2, onde predominam certas características Morfoclimáticos e fitogeográficas,
distintas daquelas predominantes nas
demais áreas.
Isto significa dizer que outras feições
morfológicas ou condições ecológicas
podem ocorrer em um mesmo Domínio,
além daquelas predominantes. Assim, o
espaço do Domínio do Cerrado, nem tudo
o que ali se encontra é bioma do Cerrado.
Veredas, Matas Galeria, Matas Mesófilas
de interflúvio, são alguns exemplos de
representantes de outros tipo de bioma,
distintos do Cerrado, que ocorrem em
meio aquele mesmo espaço. Não se deve,
pois, confundir o Domínio com o Bioma.
No Domínio do Cerrado, predomina o
Bioma do Cerrado.
Todavia outros tipos de Biomas também
estão ali representados, seja como tipos
“dominados” ou “não predominantes” (caso das Matas Mesófilas de Interflúvio), seja como encraves.....
CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO
www.gazetavaleparaibana.com
·
O Clubeca é uma entidade de
cunho social, sem fins lucrativos, fundada oficialmente em
11/11/2000 registrada no Cartório de Registro Civil de Pessoas
Jurídicas de São José dos Campos, sob o nº. 2774 Livro A.
Atende cerca de 60 crianças e
adolescentes diariamente, orientando-os através de atividades
socio-educativas, de prevenção
e, promovendo a inclusão social, além de lhes oferecer suporte para o seu desenvolvimento
profissional.
PRINCIPAIS ATIVIDADES:
·
·
·
·
·
·
·
·
Reforço Escolar
Musicalização
Formação instrumental
Informática
Artesanato
Meio Ambiente
Recreação
Educação preventiva.
Este sonho se tornou possível graças
à fé e determinação de um cidadão
sofrido, que perdeu seu pai em acidente trabalhista, quando tinha apenas
três anos de idade e com dezasseis
anos e meio, perdeu sua mãe, a qual
encontrou morta, ao chamá-la de manhã, para se despedir.
Paulo Roberto da Silva e sua esposa, sofrido mas com a força suficiente para se reerguer, estudar e se
tornar um cidadão de bem, capaz de
uma forma quase clausural, juntamente com sua esposa e alguns amigos de
igual índole, abdicar dos prazeres e do
conforto de uma vida normal, para se
dedicar a nossa
crianças e adolescentes,
precisamente em um
Bairro dos mais
carentes de sua
cidade, o Campos
de São José.
SETEMBRO 2008
Educação
Gazeta Valeparaibana
“ Estado, Escola x Criança & Família”
caso, as crianças e adolescentes da Casa Lar Pérolas Calabrianas têm uma
“dieta emocional” com muito doce. Pois
seus Pais Sociais são o casal Regina
Sueli Sanches e Dinarte Armando Ferrari
Sanches, de 52 e 54 anos, respectivamente, pais de três filhos e orgulhosos
avós da animada Cecília, de três anos.
Educar é sim uma função da Escola, mas, sua maior responsabilidade é
ensinar. A Educação deve vir da família,
o comportamental e a sociabilidade devem ter sim sua base na família e dela
serem um reflexo.
Além da função do Estado, de prover Educação de qualidade para todos,
existem entidades que fazendo o voluntariado e com a sociedade comunitária,
parceiras, tem nos dado exemplos claros de como a iniciativa privada, consegue e isto na maioria dos casos ser muito mais eficiente nos serviços que presta
à sociedade, com custos muito mais
baratos, que o que os Estados e os Governos praticam.
e alegrias. A criança que aprende uma
nova tarefa, o preparo dos alimentos, a
organização da casa: tudo é compartilhado. Com isso, as dificuldades se dividem, e as alegrias se multiplicam. “O
melhor de tudo é receber o carinho deles”, comenta Dinarte, emocionado, com
Vitória agarrada em seu colo e Stéfani
segurando a sua perna e chamando sua
Os domingos, nessa casa, são cheios de atenção para brincar com ela.
açúcar e afeto. A cada quinze dias, Cecília vem visitar os avós na Casa Lar, e Ambos concordam que é um trabalho
encontra sua “amiga”, Stéfani, também que exige muito. Ambos sabem que os
de 3 anos, a mais nova oradora. Ela veio resultados aparecerão em longo prazo.
com a pequena Vitória, sua irmã de 9 Mas sabem, também, que o que estão
meses.
oferecendo a essas crianças é o bem
Enquanto Cecília e Stéfani brincam de mais precioso que pode haver: um futuboneca, Vitória toma sua mamadeira ro. É por isso que não se arrependem de
sentada no colo de Dinarte, Regina pre- ter largado outros caminhos profissiopara o almoço para os outros meninos e nais para abraçar a tarefa de construir
sua filha Aline, que ainda mora com os amanhãs de alegria para quem tem paspais (os maiores moram sozinhos).
sados de muitas tristezas.
Na hora de almoçar, a mesa é ocupada
por todos, e a conversa pula de tema em
A FAMÍLIA
tema, ponteada pelas recomendações
como: “olha a cenoura que está ficando O casal Dinarte e Regina é pai de Carolino prato”, “suco é só depois de comer”, na (29 anos), Guilherme (27 anos) e Aline
que fazem parte do cotidiano de todas (18 anos), avó de Cecília (3 anos) e Pai
as famílias.
Social de Ezequiel (15 anos), Samuel (14
A diferença está em que Dinarte e RegiPasso a copiar uma matéria que me foi na não são avós da grande maioria desenviada e cedida pelo ABRIGO JOÃO sas crianças. Sete delas são crianças
abrigadas. Apenas os filhos Carol, GuiPASULO II de curitiba (PR).
lherme e Aline e a neta Cecília é que têm
laços diretos com eles. No entanto, o
carinho é o mesmo para todos.
A história que transformou Regina e o
Sr. Dinarte em Pais Sociais começou no
ano 2000, quando Regina começou a
trabalhar como voluntária no Abrigo.
Naquela época, tanto ela como o marido
trabalhavam em uma loja própria de autopeças, depois de ter feito, ambos, carreira no campo da administração.
CASA LAR PÉROLAS CALABRIANAS
Sempre que você visita o site do Abrigo, vê, aqui e ali, referência aos pais
sociais, casais que vivem nas Casas
Lares e que desempenham o papel de
responsáveis pelas nossas crianças e
adolescentes, orientando e educando
para a vida. Esses casais são a base
essencial do trabalho do Abrigo, que
adota a filosofia de que as crianças e
adolescentes precisam tanto de uma
figura materna como paterna para reconstruírem a sua afetividade, já tão prejudicada pela vida que enfrentaram antes de chegar ao Abrigo.
E você já deve ter-se perguntado o que
faz alguém levar uma vida totalmente
voltada para crianças que não são seus
filhos, e às quais dedicam praticamente
todo o seu tempo, afeto e atenção.
Para que você conheça um pouco mais
essas pessoas, e entenda como se tornaram Pais Sociais, estamos realizando
uma série de reportagens em que apresentamos cada um dos casais, falando
de sua vida e de como vêem a sua função de Pais Sociais.
Página 12
anos), Josué (12 anos), Jorge (11 anos),
João (10 anos), Stéfani (3 anos) e Vitória
(1 ano).
Samuel e Josué são irmãos de sangue,
Jorge e João são irmãos de sangue. Stéfani e Vitória são irmãs de sangue.
Todos são irmãos sob o olhar protetor
de Dina e Regina.
Ela havia conhecido a ordem dos Pobres
Servos (ordem que administra o Abrigo)
através do Instituto Calábria.
De lá, onde a filha cantava no coral, chegou ao Abrigo, que na época ainda funcionava em um modelo de acolher crianças de rua. Aos domingos, ela e outra
voluntária faziam o jantar para os meninos acolhidos.
No final desse ano, foi convidada para
atuar mais diretamente, agora como Mãe
Social: naquela época, não se adotava
ainda o modelo de casal social. Até hoje
Regina se recorda de quando recebeu o
convite. “Soube na hora que era aquilo
que eu queria fazer”, lembra.
A partir dai sua vida se repartiu entre
passar o dia com as crianças do Abrigo
em uma casa em Belém Velho, (Bairro de
Porto Alegre) e à noite com os próprios
filhos e marido. No meio do caminho,
houve a mudança de estrutura com a
reunião dos abrigados por faixa de idade. Regina se tornou monitora das crianças menores. Em todos esses momentos, seu marido era “o suporte”, como
ele próprio diz, brincando. Ajudava, apoiava, intervinha quando necessário.
Mas não exercia nenhuma função direta.
Em 2004, uma nova mudança no Abrigo
Os casais serão apresentados por orfez com que se adotasse o modelo de
dem de antiguidade, mostrando, primeiPais Sociais, pois ficou claro que a preramente, os que já se encontram a mais
sença de um casal dava às crianças,
tempo conosco.
uma base afetiva e moral muito mais
sólida. E foi então que Dinarte entrou em
CASAL
cena totalmente, saindo do papel de
LAR PÉROLAS CALABRIANAS “suporte” para o de Pai Social.
Dizem que avô é pai com açúcar. Neste Desde então, ambos dividem obrigações
Estes exemplos, estas iniciativas,
me leva a acreditar que sob todas as
nuvens negras que pairam sobre nossa
sociedade, sobre nossos princípios, sobre nossos Governantes, sobre nossas
instituições, ainda existe algo que não
está perdido.
Parabéns irmãos do Abrigo João Paulo
II, parabéns meus irmãos Dinarte e Regina, dê um beijo muito grande e afetivo
em todos os seus filhos, em toda a sua
família e creia que além das recompensas que virão aqui na Terra, na outra
vida, desta vocês terão muito de que se
orgulhar.
No pouco que possa fazer, contém sempre comigo.
Abraços Ir.Hermes José e obrigado por
este exemplo.
Filipe de Sousa
Carta Aberta a
RENATO ARAGÃO
Quinta, 28 de Julho de 2008
Querido Didi,
Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras.
Eu não respondi aos seus apelos (apesar
de ter gostado do lápis e das etiquetas
com meu nome para colar nas correspondências).
Achei que as cartas não deveriam serem
endereçadas a mim. Agora, novamente,
você me escreve preocupado por eu não
ter atendido as suas solicitações. Diante
de sua insistência, me senti na obrigação
de parar tudo e te escrever uma resposta.
Não foi por “algum” motivo que não fiz a
doação em dinheiro solicitada por você.
São vários os motivos que me levam a
não participar de sua campanha altruísta
(se eu quisesse poderia escrever umas
dez páginas sobre esses motivos). Você
diz, em sua última carta, que enquanto eu
a estivesse lendo, uma criança estaria
perdendo a chance de se desenvolver e
aprender pela falta de investimento em
sua formação.
Didi, não tente me fazer sentir culpada.
Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode
funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o
filho do vizinho a freqüentar as salas de
aula. A minha parte eu já venho fazendo
desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no
sustento da minha família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não mata ninguém. Muito pelo contrário, faz bem!
Estudei na Escola da Zona Rural, fiz supletivo, estudei à distância e muito antes
de ser jornalista e publicitária eu já era
uma micro empresária.
Didi, talvez você não tenha noção do
quanto o Governo Federal tira do nosso
suor para manter a saúde, a educação, a
segurança e tudo o mais que o Povo brasileiro precisa. Os impostos são muito
altos ! Sem falar dos Impostos embutidos
em cada alimento, em cada produto ou
serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família.
Eu já pago pela educação duas vezes:
pago pela educação na escola pública,
através dos Impostos e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública
não atende com o ensino de qualidade
que, acredito, meus dois filhos merecem.
Não acho louvável recorrer à sociedade
para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume arrecadado em
nome da educação e de tantos outros
problemas sociais.
O que está acontecendo, meu caro Didi, é
que os administradores, dessa dinheirama toda, não têm a educação como prioridade. Pois a educação tira a subserviência e esse fato, por si só não interessa
aos políticos no poder. Por isso, o dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando
fora, ou aplicando muito mal.
Para você ter uma idéia, na minha cidade,
cada alimentação de um presidiário custa
para os cofres públicos R$.: 3,82 (três
reais e oitenta e dois centavos) enquanto
que a merenda de uma criança na escola
pública custa R$.: 0,20 (vinte centavos).
O Governo precisa rever suas prioridades, você não concorda? Você pode ajudar a mudar isso ! Não acha?
Você diz em sua Carta que não dá para
CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE
Gazeta Valeparaibana
SETEMBRO 2008
Educar Para quê
Para ser uma cidade educadora, é preciso ter um governo eleito democraticamente e o compromisso do prefeito e
da Câmara Municipal de incentivar novos projetos em educação. Os experimentos mais bem-sucedidos são apresentados anualmente no Congresso
Internacional de Cidades Educadoras,
que, neste ano acontecerá de 17 a 20 de
Novembro, em Gênova (Itália).
“Cidade Educadora”
crianças são incentivadas a discutir o
que têm em comum com as de outros
países e o que é diferente. Crianças de
escolas públicas, que nunca tiveram
contato co o exterior, discutem costumes e tradições. E, muitas vezes, alunos e professores se visitam. Já fizemos esse intercâmbio entre Turim
(Itália) e Buenos Aires (Argentina).
GAZETA: Que é o responsável por coA diretora da Rede Latino-Americana de ordenar o trabalho em cada cidade edu-Incluem a instrução como uma das Cidades Educadoras, a argentina Alicia cadora?
Cabezudo, 54, explicou para a Gazeta
espinhas dorsais de suas políticas.
Alicia - Primeiro, o prefeito; depois a
-Impulsionam a educação ao longo da um pouco mais sobre essa iniciativa.
Câmara Municipal. O prefeito nomeia
vida.
-Desenvolvem aspetos educacionais de GAZETA: O que é uma cidade Educado- um responsável, que geralmente é o
ra?
Secretário da Educação. Mas não precidiferentes políticas locais.
sa ser. Na cidade educadora, todos os
-Impulsionam formas de governo transAlicia - É aquela que converte o seu secretários são secretários da educaversal e inovador.
-Promovem a associação, a participa- espaço urbano em uma escola. Imagi- ção. O secretário de Planejamento deve
ção cidadã, e a coordenação entre ad- nem uma Escola sem paredes e sem planejar a cidade com espaços verdes,
teto. Nesse espaço, todos os lugares com espaços públicos para pessoas de
ministração e sociedade civil.
-Fomentam a consciência do público são salas de aula: rua, parque, praça, todas as idades e com acesso para decomo um bem comum e uma responsa- praia, rio, favela, shopping e também as ficientes. Todos eles, sejam da Saúde,
escolas e as universidades. Há espaços do Desenvolvimento Social, devem se
bilidade compartilhada.
-Garantem a igualdade de oportunida- para a educação formal, em que se apli- preocupar com a educação. E o secrecam conhecimentos sistematizados, e a tário da Educação não se preocupa só
des, a coesão e a justiça social.
-Promovem a educação em valores de- informar em que cabe todo o tipo de com as escolas. Deve olhar também
mocráticos, a paz e a cooperação inter- conhecimento. Ela integra esses tipos para parques, praças e praias.
de educação, ensinando todos os cidanacional.
GAZETA: Qual é sua avaliação das Ci-Facilitam uma informação suficiente e dãos, do bebê ao avô, por toda a vida.
dades Educadoras Brasileiras?
compreensível e a abertura de canais
GAZETA: Como isso funciona na prátide comunicação.
Alicia - No Brasil, já existem vários
-Usam sistemas indicadores de avalia- ca?
programas de educação cidadã e oução de suas próprias propostas e iniciAlicia - Com projetos do Governo local tros de preservação do patrimônio arativas.
junto com ONGs, universidades, igrejas quitetônico, que também é uma preocuQuem pode se associar?
ou quem queira se unir. Alguns exem- pação das cidades educadoras. Agora,
Qualquer governo local que deseja se
plos: a educação ambiental, onde a queremos que São Paulo se torne a
comprometer com os princípios da Carcidade educadora ensina os cidadãos a coordenadora das cidades educadoras
ta das Cidades Educadoras, indepennão jogar lixo na rua, a cuidar do ambi- no país e convide mais participantes.
dentemente de suas competências adente. O orçamento participativo tamministrativas. ( Informação detalhada
bém é uma estratégia da cidade educano Portal da AICE: www.edcities.org ).
dora, onde a população participa ativamente das decisões do governo.
As Cidades Educadoras:
A cidade que educa
Adriana Küchler
Na cidade de Rosário (Argentina), um
grupo de escoteiros decidiu fazer uma
campanha para que, no Natal de 1999,
os pais não dessem brinquedos violentos para os filhos. Os escoteiros conversaram com os professores nas escolas. Depois, vários grupos começaram a colar cartazes nas portas das
lojas de brinquedos e a fazer plantão no
comércio para estimular os pais a comprar presentes mais educativos. A campanha “Jogar pela Paz” se espalhou
para o rádio, para os bilhetes de ônibus
e para mais de 20 cidades da América
Latina e da Europa.
As cidades que foram atingidas pela
campanha iniciada em Rosário participam da “Associação Internacional de
Cidades Educadoras”, reunião de municípios que se comprometeram a transformar locais públicos em espaços educativos para a população, sem excluir
faixa etária ou classe social. A iniciativa
foi lançada na Espanha, em 1990, durante o 1º. Congresso Internacional de
Cidades Educadoras.
No começo de Abril, a Capital paulista
foi a 281ª. cidade a assinar o termo de
compromisso da associação, a chamada Carta de Barcelona. Além de São
Paulo, já são oito os Municípios brasileiros que podem trocar experiências
com esse enfoque: Alvorada (RS), Belo
Horizonte (MG), Campo Novo de Parecis (MT), Caxias do Sul (RS), Cuiabá
(MS), Pilar (PB), Piracicaba (SP) e Porto
Alegre (RS).
Página 13
GAZETA: Como transformar shoppings
e favelas em espaços educadores?
Alicia - Todos os lugares podem ser
educadores. No shopping, dá para fazer
apresentações de teatro, de música, de
dança. As pessoas param de comprar
por um instante e aprendem algo. A
favela é vista como um espaço feio,
mas, nela podem ser trabalhados valores positivos, como a amizade e também a solidariedade.
Já faz dois anos que a Gazeta
GAZETA: Qual é então a diferença entre Valeparaibana, bate na tecla, de que em
uma cidade educadora e uma cidade algo os conceitos sobre educação púque investe em educação?
blica no Brasil, mais especificamente
no Cone Leste Paulista, por ser a região
A diferença é que, participando da as- que desejamos poder atender, de imesociação, o município entra em contato diato, devem mudar.
com outras cidades educadoras. Pode
Do ponto de vista de educação
participar de Projetos Comuns, visitar escolar de qualidade, os resultados do
uma cidade para estudar os seus pro- INEM estão aí para mostrar para todo o
gramas ou convidar outro membro para Mundo que queira ver, que algo está
explicar seus projetos. É uma rede soli- muito ruim.
dária.
Do ponto de vista social, no que
Gazeta: Além do mais, acreditamos, na diz respeito a segurança e paz, os notisala de aula convencional, se adiciona ciários todos os dias nos bombardeicultura, educação, enquanto que no am, com notícias sobre corrupção nas
convívio com a realidade da cidade, repartições mais elevadas desde o Gocom o seu dia a dia, se formam perso- verno Federal até ao Municipal e, em
nalidades e caracteres, além de fazer nossa cidades é pai matando filho é
com que vivencie a própria história.
bala perdida é assalto é tráfico. Bem
não vai bem de jeito nenhum, também.
GAZETA: Como são desenvolvidos os
No meio desta barbárie todos
Projetos Comuns entre vários países?
estamos de acordo que algo tem que
mudar e rápido.
Alicia - Um exemplo é o “Minha Cidade
Por isso nós da Gazeta estamos
e o Mundo”, um programa em que cri- montando um projeto parecido com o
anças e professores de escolas de dife- que atrás citamos. Cidades Educadoras
rentes países trocam correspondência. do Cone Leste Paulista; o Projeto EduNós fazemos o contato entre eles. As car.
[email protected]
CARTA ABERTA
A RENATO ARAGÃO
Continuação
aceitar que um brasileiro se torne adulto
sem compreender um texto simples ou
conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que
sua carta não deveria ser endereçada à
minha pessoa. Deveria ser endereçada
ao Presidente da República.
Ele é o “cara”. Ele tem a chave do cofre
e a vontade política para aplicar os recursos. Eu e mais milhares de pessoas
só colocamos o dinheiro lá para que ele
faça o que for necessário para melhorar
a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. Mas, infelizmente, não é o
que acontece...
No último parágrafo da sua Carta, mais
uma vez, você joga a responsabilidade
para cima de mim dizendo que as crianças precisam da “minha” doação, que a
minha “doação” faz toda a diferença.
Lamento discordar de você Didi. Com o
valor da doação mínia de R$.: 15,00, eu
posso comprar 12 quilos de arroz para
alimentar minha família por um mês ou
posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.
Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$.: 15,00
eu não vou doar. Minha doação mensal
já é muito grande. Se você não sabe, eu
faço doações mensais de 27,5% de tudo
o que ganho. Isso significa que o Governo leva mais de um terço de tudo o que
eu recebo e posso te garantir que essa
grana, se ficasse comigo, seria muito
melhor aplicada na qualidade de vida da
minha família.
Você sabia que para pagar os Impostos
eu tenho que dizer não para quase tudo
que meus filhos querem ou precisam?
Meu filho de 12 anos quer praticar tênis
e eu não posso pagar as aulas que são
caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que
não. Você é um homem de bom senso e
saberá entender os meus motivos para
não colaborar com sua campanha pela
educação brasileira.
Outra coisa Didi, mande uma carta para
o Presidente da República pedindo para
ele selecionar melhor os ministros e professores das escolas públicas. Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser
ministro e para o ensino. Melhorar os
salários, desses profissionais, também
funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa
da educação. Peça para ele, também,
fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de
ler, escrever e fazer contas possam desenvolver dons artísticos, esportivos e
habilidades profissionais. Dinheiro para
isso tem sim ! Diga para ele priorizar a
educação e utilizar melhor os recursos.
Bem, você assina suas cartas com o
pomposo titulo de Embaixador Especial
do UNICEF para Crianças Brasileiras e
eu vou me despedindo assinando..
Eliane Sinhasique
Mantenedora Principal dos Dois Filhos
que p... (dei à Luz)
SETEMBRO 2008
Gazeta Valeparaibana
Página 14
Mundo Aquático Tartarugas Marinhas e Terrestres”
se encontram e quem são essa relativa facilidade., ao longo de todo o Brasil para designar os répteis que posLitoral Brasileiro. Para desovar prefere suem o corpo protegido por um casco
tartarugas.
As “tartarugas marinhas” existem há mais de 150 milhões de Anos e
conseguiram sobreviver a todas as mudanças climáticas e estruturais do planeta. Sua origem foi em terra firme e, na
sua necessidade de sobrevivência se
tornaram animais aquáticos. Na sua aventura para o mar, evoluíram, diferenciando-se de outros répteis. Assim, o número de vértebras diminuiu e as que restaram se fundiram às costelas, formando
assim, uma carcaça resistente, embora
leve. Perderam os dentes, ganharam uma
espécie de bico e suas patas se transformaram em nadadeiras. Todas estas
transformações se deram, afim de que
sua vida e sobrevivência no mar fosse a
melhor possível. Uma adaptação do corpo a uma novo sistema.
Existem sete espécies de “tartarugas
marinhas” no Mundo, agrupadas em duas famílias: as Dermocheiydae e as Cheionidae.
Dessas , cinco são encontradas no Brasil: Cabeçuda, de Pente, Verde, Oliva e
Couro.
As “tartarugas marinhas”
são répteis e, como tal, possuem pele
seca, coberta de placas, respiram por
pulmões e a temperatura do corpo é regulada pela temperatura ambiente.
Pertencem à mesma ordem das tartarugas de água doce e de terra, como o cágado e o jaboti, mas, são muito maiores,
podendo atingir até 900 (novecentos)
quilos. Mas, ao invés das patas, têm nadadeiras e vivem todo o tempo no mar.
Somente as fêmeas saem da água, por
um curto período de tempo, para a desova. Na terra são lentas e se tornam vulneráveis, mas no mar se deslocam com
rapidez e agilidade.
O corpo das tartarugas marinhas é recoberto por um casco, formado por placas
córneas e ósseas, cuja função é protegêlas dos predadores e aumentar a hidrodinâmica, facilitando seu deslocamento na
água. Embora tenham pulmão, podem
permanecer algumas horas embaixo
d’água, prendendo a respiração. Para
isso, o organismo funciona lentamente, o
coração bate devagar, num fenômeno
chamado “bradicardia”, em que o fornecimento de oxigênio é auxiliado por um
tipo de respiração acessória, feita pela
faringe e cloaca, que retira oxigênio da
água.
São:
·
·
·
·
·
Tartaruga Cabeçuda
Tartaruga de Pente
Tartaruga Verde
Tartaruga Oliva
Tartaruga de Couro
A seguir vamos conhecer onde
as ilhas oceânicas, como Fernando de
Noronha, em Pernambuco, o Alto das
Rocas, no Rio Grande do Norte e, Trindade, no Espírito Santo.
TARTARUGA CABEÇUDA
Tem a cabeça proporcionalmente maior
que a das outras espécies, chegando a
medir 25 centímetros. É a que faz maior
numero de desovas no litoral e é também
chamada de tartaruga mestiça. Tem o
dorso marrom e o ventre amarelo. Seu
casco mede aproximadamente um metro
e pesa cerca de 150 quilos, embora algumas cheguem a 250 quilos.
Sua dieta se baseia em peixes, camarões, caramujos, esponjas e algas.
Suas mandíbulas, poderosas, lhe permitem triturar as conchas e carapaças de
moluscos e crustáceos.
Encontrada em praticamente todo o Litoral do Brasil, mas, para desovar procura
preferencialmente as praias do norte ao
norte do Rio de Janeiro, especialmente
as do Espírito Santo, Bahia e Sergipe.
ósseo coberto por escudos córneos. O
casco é tão típico desses animais que os
torna inconfundíveis. Embora muitas
pessoas utilizem o termo tartaruga para
designar todos esses répteis, alguns
comentários merecem ser feitos.
Jabuti é uma palavra de origem tupi utilizada para designar as espécies terrestres. No Brasil, existem duas espécies: O
Jabuti - Piranha, menor, e com escamas
geralmente avermelhadas e, o Jabuti Tinga, maior e com as escamas amareladas.
TARTARUGA OLIVA
É a menor de todas as tartarugas marinhas, medindo cerca de 60 centímetros e
pesando em torno de 65 quilos. Sua carapaça é de cor cinza esverdeada, daí o
seu nome.
Sua alimentação baseia-se em peixes,
moluscos. crustáceos, principalmente
camarões e plantas aquáticas.
No Litoral do Estado do Sergipe existe
hoje a maior concentração de indivíduos
dessa espécie, no Brasil, desovando.
Cágado, palavra de origem incerta, é utilizada para designar espécies de água
doce que possuem o casco achatado e
um longo pescoço, por vezes tão longo,
quanto o próprio casco. É característico
o fato do pescoço ser dobrado para o
lado quando buscam proteger a cabeça
sob a carapuça. os Cágados representam, cerca de 50% das espécies brasileiras, ocorrendo desde a Amazônia, na
Região Norte, até o Banhado de Taim, na
região sul. Por vezes, recebem nomes
específicos como “matamatá”.
Tartaruga, palavra de origem Italiana, é
utilizada, com freqüência, para designar
as espécies aquáticas que quando tentam esconder a cabeça sob a carapaça,
dobram o pescoço formando um “S” na
vertical. Podem ser marinhas, como as
tartarugas atrás descritas, ou de águadoce, como a “aperema”.
Como os nomes populares são estabelecidos para uso popular, não seguem uma
lógica e, muitas vezes, podem criar conÉ a maior espécie de tartaruga marinha e fusões na mente de quem não conhece o
também a mais forte. É chamada também assunto.
de tartaruga gigante, por chegar a medir
até 2 metros de comprimento de casco e
a pesar 700 quilos, embora já tenha sido
encontrado um exemplar com 900 quilos.
De cor preta, com pontos brancos, tem o
casco menos rígido que as outras, parecendo quase um couro, tendo, por isso
ganho esse nome.
Possui grandes nadadeiras frontais, que
lhe permitem nadar longas distâncias.
JABOTI-MACHADO
Vive sempre em alto-mar, aproximando- O Jaboti-machado, por exemplo é um
se do Litoral apenas para desova e se cágado e nada tem a ver com os jabutis;
alimenta preferencialmente de águas- a tartaruga-da-amazônia, por sua vez,
vivas.
está mais aparentada com os cágados
Pouquíssimas fêmeas têm sido vistas no do que as tartarugas. Num país do tamaLitoral Brasileiro e, somente desovam no nho do Brasil, é de se esperar muitas
Litoral do Espírito Santo.
variações regionais nas nomenclaturas.
Pelo menos em algumas localidades da
Bahia, cágado é chamado de jabuti e
vice-versa. Além disso, uma espécie pode ter mais de um nome, como o muçuã
(jabuti) e o tigre-d’água (tartarugaimperial ou tartaruga japonesa).
Outro termo popular é “quelônia”, palavra de origem grega pouco utilizada pelos leigos. Refere-se tanto às tartarugas,
como aos jabutis e cágados.
TARTARUGA DE COURO
TARTARUGA PENTE
Também chamada de tartaruga verdadeira ou legítima, é considerada a mais
bonita de todas as tartarugas marinhas.
Tem a carapaça formada por escamas
marrom e amarelas, sobrepostas, como
as telhas de um telhado. A boca lembra o
formato de um bico de gavião e o casco
pode medir até um metro de comprimento e pesar 150 quilos. Tem este nome
porque era caçada para que seu casco
fosse usado na fabricação de pentes e
armações de óculos. Por isso é uma das
mais ameaçadas de extinção.
Alimenta-se de esponjas, peixes, caramujos e siris.
Na forma juvenil ou semi-adulta é encontrada em todo o Litoral do Nordeste, mas
para desovar busca principalmente o
litoral norte da Bahia e o de Sergipe.
TARTARUGA VERDE
Alimenta-se exclusivamente de algas.
Também chamada de aruanã, esta tartaruga tem o casco castanho esverdeado
ou acinzentado medindo cerca de 1,20
TIGRE D’ÁGUA
metros.
Pesa em média 250 quilos, podendo atinTartarugas, cágados e jabutis são os
gir até 350 quilos.
Na sua juventude pode ser vista, com principais nomes populares utilizados no
Livre para anunciar
[email protected]
Flávio de Barros Molina
http://www.zologico.sp.gov.br
Gazeta Valeparaibana
SETEMBRO 2008
Página 15
Filosofias e religiões “Império Inca - Uma Civilização”
Continuação
Os quipus
gráficos, etc. Cabia-lhes igualmente instruir os seus filhos, para que estes, mais Os INCAS usavam o arco e flechas e zatarde, lhes sucedessem.
rabatanas para caçar animais, como cervos, aves e peixes que lhes forneciam a
Para melhor fixar as narrativas, o quipu- carne, couro e penas e, plumas que usacamayuc cantava-as, como uma melo- vam em seus tecidos.
péia.
A CAÇA era uma atividade coletiva e o
Os quipus serviam ainda para o registro método mais usual era de formar um
de fatos históricos e ritos mágicos. No grande círculo que ia se fechando sobre
entanto, ao contrário dos estatísticos, um centro para onde eram reunidos os
estes quipus ainda não foram decifrados. animais.
Na Administração
Se bem que o Império Inca fosse
muito centralizado e extremamente estruturado - e até, pode dizer-se, burocrático - , não havia um sistema de escrita.
Para gerir o Império eram utilizados os
quipus, cordões de lã ou outro material
onde eram codificadas mensagens.
Destinavam-se os quipus a manterem
estatísticas permanentemente atualizadas. Regularmente procedia-se a recenseamentos da população extremamente
completos, como por exemplo: número
de habitantes por idade e sexo. Registrava-se ainda, o numero de cabeças de
gado, os tributos pagos ou devidos aos
diversos povos, o conjunto de entradas e
saídas dois armazéns estatais, etc. Mediante os registros procurava-se equilibrar
a oferta e a procura, numa tentativa de
planificação da economia.
Mai concretamente, o quipu era constituído por um cordão ao qual se união cordões menores de diferentes cores, tanto
paralelamente como partindo de um ponto comum. Os números eram dados pelos nós e as significações pelas cores.
Os nós das extremidades inferiores representavam as unidades. Acima ficariam as dezenas, mais acima as centenas
e, por último, os milhares e as dezenas
de milhar. Salienta-se que, para além de
utilizarem o sistema decimal, os Incas
conceberam o equivalente a zero: um
intervalo maior entre os nós, ou seja, um
sítio vazio.
Ignora-se o significado dos nós complexos, porventura reservados aos múltiplos.
Quanto ás cores, indicavam os significados ou qualidades. Mas como número de
cores e seus matizes é limitado, muito
inferior ao numero de objetos a recensear, o significado das cores variava de
acordo com a significação geral do quipu. Era pois necessário conhecer a significação geral do quipu para se poder interpretá-lo. Por exemplo: o amarelo referia-se a ouro nas estatísticas referentes
aos despojos de guerra e ao milho nas
referentes à produção.
A fim de facilitar a leitura, as pessoas e
coisas eram dispostas de acordo com
uma hierarquia imutável. Assim, os quipus demográficos, os homens ocupavam
o primeiro lugar, seguidos das mulheres
e, por fim, das crianças. Nos recenseamentos de armas a ordem era a seguinte:
lanças, flechas, arcos, zagaias, clavas,
achas e fundas.
A ausência de cordão secundário ao longo do principal, assim como a falta de
uma cor, possuía determinado significado, exatamente como acontecia com a
ausência de nó no cordão (zero).
Os intérpretes dos quipus, os quipucamayucs, ou seja, “guardiãs dos quipus”,
possuíam uma excelente memória, cuja
fidelidade era assegurada por um processo radical: qualquer erro ou omissão
era punido com a pena de morte. Cada
quipucamayuc especializava-se na leitura de determinada categoria de cordões:
religiosos, militares, econômicos, demo-
Música
Os INCAS tocavam música
em tambores e instrumentos de sopro
onde se incluíam as flautas, flauta de
pan, quena e trombetas feitas de conchas marinhas ou de cerâmica.
Arte
e Artesanato
Os INCAS produziam artefatos
destinados ao uso diário, ornados com
imagens e detalhes de seus deuses.
Era comum na cultura INCA o uso de
formas geométricas abstratas e representação de animais altamente estilizados, em esculturas cerâmicas, de madeira; apostos em tecidos e gravados em
objetos de metal.
Eles produziam belos objetos de ouro e
as mulheres produziam tecidos finos
com desenhos surpreendentes.
Caça
Agricultura
Culinária
Moeda
Vestuário
Medicina
CAÇA
AGRICULTURA
No apogeu da civilização INCA, por volta
do ano 1400, a agricultura organizada
espalhou-se por todo o Império, desde a
Colômbia até ao Chile; como o cultivo de
grãos comestíveis da planície litorânea
do pacífico, passando pelos altiplanos
andinos e adentrando na planície amazônica oriental.
Calcula-se que os INCAS cultivavam cerca de setecentas espécies vegetais. A
chave do sucesso da agricultura INCA
era a existência de estradas e trilhas que
possibilitavam uma boa distribuição das
colheitas numa vasta região.
As principais culturas vegetais eram as
batatas (semilha), batata doce (batatas),
milho, pimentas, algodão, tomates, amendoim, mandioca, e um grão conhecido como quinua.
O plantio era feito em terraços e já usavam a adiantada técnica das curvas de
nível e foram o primeiro povo a usar o
sistema de irrigação.
Os INCAS usavam varas afiadas e arados
para revolver o solo, e também a Ihama
para transportar as colheitas, embora
tais animais também fornecessem lã para a fiação de tecidos, mantas e cordas,
couro e carne para sua alimentação.
Os INCAS também plantavam ervas aromáticas e medicinais e as folhas de COCA, que eram reservadas para a elite.
Toda a produção agrícola era fiscalizada
pelos funcionários do Império.
CULINÁRIA
A culinária INCA consistia principalmente de vegetais, pães, bolos e mingaus de
cereais (notadamente de milho e aveia);
carnes (assados ou guisados), comumente de caititus (porcos selvagens) e
da Ihama.
Apesar da dieta dos INCAS ser muito
variada, havia muitas diferenças entre os
alimentos consumidos pelas diversas
classes sociais.
A gente do povo só comia duas refeições
por dia. O prato comum dos Andes era o
“Chuño”, ou farinha de batata desidratada. Adicionava-se água, pimentão ou
pimenta e sal, para então servir.
Eles também preparavam o “locro”, com
carne seca ou cozida, com muito pimentão, pimenta, batatas e feijão.
Faziam parte também da sua dieta, as
frutas, as quais ingeriam em grande
quantidade, entre elas pode-se citar a
pêra picada ou o “tarwi”.
Também o milho era muito consumido,
tanto assado como cozido.
Os NOBRES e a Família Real tinham uma
alimentação mais diferenciada. Na mesa
dos NOBRES não podia faltar carne, que
para o povo era escassa. Para os nobre
sempre eram oferecidas carnes variadas,
tais como: de Ihama, vicunha, patos selvagens, perdizes da puna, rãs, caracóis e
peixes variados.
A refeição começava com frutas. Depois
vinham as iguarias, apresentadas sobre
Informação, Cultura , Preservação
uma esteira de juncos trançados, aposta
para tal no solo.
O INCA se acomodava em seu assento
de madeira, coberto com uma tela fina de
lã e indicava o que lhe agradava. Ai, uma
das mulheres de seu séqüito o servia em
um prato de barro ou de metal precioso,
o qual era segurado em suas mãos, enquanto o Nobre comia.
As sobras e tudo que o INCA (Nobre)
havia tocado, devia ser guardado em um
cofre e queimado logo depois, dispersando as cinzas.
MOEDA
Os Incas não usavam dinheiro propriamente dito e na forma como hoje o conhecemos.
Eles faziam trocas ou escambos nos
quais mercadorias eram trocadas por
outras e mesmo o trabalho era remunerado com mercadorias e comida.
Serviam como moeda, sementes de ca-
cau e também conchas coloridas, que
eram consideradas de grande valor.
VESTUÁRIO
O homem INCA usava uma túnica sem
mangas que descia à altura do joelho e
às vezes uma pequena capa.
A mulher INCA tinha diversas roupas que
a cobriam integralmente e freqüentemente usavam sandálias de couro.
Nas estações mais frias, todos usavam
longos mantos de lã sobre os ombros,
presos por alfinetes na frente.
Os INCAS gostavam de se adornar.
Quanto mais ricos e elaborados os tecidos mais dispendiosos e caros se tornavam, que, desta forma, acabavam por
demonstrar o nível social de quem os
usava.
O INCAS também usavam gorros com
cores berrantes e cada uma significativa
de sua tribo e de sua origem.
Os homens INCAS usavam muito mais
jóias que as mulheres. Os mais ricos
usavam pulseiras de ouro e brincos
enormes e, quanto maior fosse o brinco,
mais alto era o nível social do usuário.
Os guerreiros, usavam colares feitos
com os dentes de suas vítimas.
MEDICINA
Os INCAS fizeram muitas descobertas
farmacológicas.
Usavam o quinino no tratamento da malária com grande sucesso.
As folhas de Coca eram usadas de um
modo geral como analgésico, e para minorar a fome, embora os mensageiros
Chasquis as usassem para obter energia
extra.
Outra terapia comum e eficiente era o
banho dos ferimentos com uma cocção
de casca de pimenteiras, ainda morna.
Gazeta Valeparaibana
SETEMBRO 2008
Página 16
Meio Ambiente “Tufão ? Tornado ? Tempestade ?”
Nas grandes e médias cidades, em
todo o mundo já se podem sentir os efeitos da excessiva queima de combustíveis fósseis. Em Tókio, quem assistiu às
Olimpíadas do mês passado, pode verificar, mesmo através da tela da TV, o
quanto eram presentes os gases tóxicos
a uma altitude tão baixa que era respirável pelo homem.
Diversos atletas tiveram que usar máscaras respiratórias e outros foram verdadeiramente afetados em seu desempenho.
Também pudemos visualizar, cidadãos
comuns de máscara...
Ora isto não é vida e de certo não será a
vida que queremos para nosso filhos e
netos.
Até quando as mentes humanas, beneficiadas por processos industriais, hoje
confirmadamente muito mais prejudiciais
ao homem do que favoráveis à vida, vão
fazendo olhos grossos para esta situação que já se apresenta como uma catástrofe.
Doenças novas vão sendo conhecidas e
velhas vêm ressurgindo. Nem mesmo as
árvores frutíferas estão entendendo mais
o tempo. Antes elas tinham tempo para
descansar, refolhar, reflorir e dar seus
frutos. Hoje, meus caros leitores, o café
de minha chácara que não fica em lugar
poluído e se situa a 10 km da cidade, o
café que costumava florir em Junho agora está florindo em Setembro e a jabuticabeira está tão zonza que dá jabuticaba
de três em três meses.
Em Outubro temos eleições e eu caros
leitores acredito que o rumo só pode ser
revertido, começando, primeiro por nós
mesmos, na nossa casa, na nossa família, mudando nosso hábitos e costumes
consumistas, depois mudando os políticos e a política do Brasil, começa na
nossa cidade, com bons vereadores,
teremos, bons prefeitos, bons deputados
estaduais, depois federais, depois senadores e por aí em diante.
Chega de mesmice. Boas falas, falar bonito, os picaretas têm dinheiro para aprender. Nem sempre aquele que aparece mais é o melhor e mais qualificado.
Preste atenção no candidato de seu bairro, analise o que tem feito, a sua família,
o seu convívio. Bom filho, será bom pai,
bom esposo e bom cidadão e isto também serve para Bom cidadão, será Bom
Vereador. Quanto ao prefeito... Analise
seus projetos levados a feito e a quem
beneficiou; se foi tendencioso, se foi
descuidado com a periferia, se priorizou
o centro e os bairros nobre. Analise e
decida mas, não esqueça, o que você
decidir, terá que agüentar 4 anos e depois não adianta reclamar, porque quem
escolheu foi você.
Mas voltemos a falar de meio ambiente.
mais eficientes, menos agressivos sob o
ponto de vista de poluição e mais baratos. Os bondes movidos a eletricidade e
os trens metropolitanos são uma alternativa bastante válida para o atual sistema
de energias. Ciclovias seguras e confortáveis também deveriam merecer a atenção dos nosso administradores e implantadas, especialmente em cidades cujo
relevo não seja tão intenso.
Outra alternativa de transportes a ser
repensada é a ferrovia.
O Brasil detém ou detinha (porque na
sua grande maioria foi depredada ou
roubada) uma rede ferroviária invejável.
Este é o melhor sistema de transporte de
mercadorias terrestre de curta e média
distância que homem já conheceu até
aos dias de hoje.
Já reparou quanto é queimado de óleo
diesel por carretas, caminhos e minicaminhões na distribuição de alimentos
e mercadorias por este país; sem contar
que em 90% dos acidentes fatais sempre
nos deparamos com um ônibus ou um
caminhão envolvido.
Na nossa opinião falta vontade e sobretudo coragem para enfrentar velhos conceitos que até aos dias de hoje continuam beneficiando poucos em prejuízo de
todos.
de doenças infecciosas, assim como a
redistribuição geográfica de doenças
como a malária e a dengue. Estiagens
prolongadas causarão também problemas de nutrição e até de más condições
de higiene devido à falta de água, tanto
no campo, como nas cidades, por exemplo São Paulo (A Grande Metrópole) que
já enfrenta sérios problemas nesta área.
O Governo Brasileiro precisa ainda lutar
nos fóruns internacionais para fortalecer
o regime global sobre mudanças climáticas, o Protocolo de Kyoto, para garantir
que o aumento médio da temperatura
permaneça o máximo possível abaixo de
2° centígrados, o que poderá ser obtido
se as concentrações de gás carbônico
não ultrapassarem os 400 PPM (partes
por milhão). Para que isso ocorra, os
países industrializados terão que reduzir
os seus níveis de emissões em curto
prazo. E os países em desenvolvimento
não devem reproduzir o modelo dos países desenvolvidos, baseado em utilização intensiva de combustíveis fósseis.
Suas necessidades de desenvolvimento
devem ser atendidas utilizando energias
renováveis modernas e já bem conhecidas. O Brasil pode e deve dar exemplo
ao mundo de como se cresce usando
novas energias e assim mostrar o camiPráticas agrícolas sustentáveis precisam nho para o mundo, no que tange a novas
ser disseminadas entre os agricultores energias.
que já estão sofrendo com as anomalias
climáticas, principalmente na Região Sul.
PROTOCOLO DE KYOTO
Novos estudos precisam ser feitos para
possíveis adaptações a um novo zonea- A preocupação com o aquecimento glomento agrícola e redução de riscos no bal levou à criação, em 1988, do painel
campo. A expansão da agricultura deve Intergovernamental de Mudanças Climáocorrer através de recuperação de áreas ticas o IPCC, com os principais cientisjá desmatadas e não avançando sobre o tas do clima e representantes de Goverque resta de nossos biomas, tão já de- nos de todo o Mundo.
vastados.
Quatro anos depois... em 1992, a ONU
Uma Política Nacional de Mudanças Climáticas, que já vem tarde, deveria ser
iniciada imediatamente, para integrar
ações isoladas que hoje são implementadas por instituições de pesquisa, universidades e sociedade civil. Estudos devem ser feitos sobre as conseqüências
do aquecimento (global) no País. O assunto não pode virar prioridade apenas
durante e quando ocorrem os desastres
e os conseqüentes prejuízos.
É urgente que o Governo Federal coordene a elaboração de um Mapa de Vulnerabilidade e Riscos às Mudanças Climáticas, além de um Plano Nacional de Adaptação para reduzir as vulnerabilidades e
um Plano nacional de Mitigação para
combater as causas do aquecimento
(Global) que já são sentidas no Brasil.
No semi-árido, as ações do Plano Nacional de Combate à Desertificação devem
ser implementadas e integradas a uma
Política Nacional de Mudanças Climáticas. A recuperação de áreas degradadas,
de matas ciliares; a implementação de
barragens subterrâneas e expansão do
número de cisternas é fundamental para
a população da região e para a preservação dessas áreas.
aprovou no Rio de Janeiro, a Convenção
Sobre Mudanças Climáticas, cujo ato
levou à assinatura do Protocolo de Kyoto, o mais ambicioso Tratado Ambiental
até hoje concebido pelo homem.
A primeira meta do Protocolo (2008-2012)
é uma redução média de 5,2% em relação
às emissões de gases de feito estufa em
1990, para países desenvolvidos. Mas
isso é pouco. Cientistas consideram que
a redução tem que ser de 50% das emissões globais até 2050, para que o aumento da temperatura da Terra não ultrapasse o limite de 2°, considerado o ponto de
colapso do clima.
No entanto, países como Os Estados
Unidos da América do Norte, a China e a
Índia, os maiores emitentes mundiais de
gases de efeito estufa, não têm vindo a
demonstrar muito interesse na implementação de medidas para enfrentar essa determinação.
Por isso caros leitores, volto a tocar numa tecla da qual eu não gosto muito mas
que tenho que admitir ser a única solução. O home tem que rever seus conceitos de vida, neste planeta. Em 20 anos de
progresso industrial e tecnológico, o
meio ambiente foi mais devastado do
que em todos os milênios anteriores.
Nas grandes cidades brasileiras, a queima de combustíveis fósseis provoca sérios danos à saúde e contribui para o
aquecimento global. Combustíveis de
transição, como o álcool e o biodiesel,
devem ser amplamente utilizados pelos
veículos particulares e coletivos. Nas
metrópoles deve haver prioridade para o
transporte coletivo de qualidade, com Os sistemas públicos de saúde precisam Filipe de Sousa
investimentos significativos em sistemas considerar a tendência de um aumento
O QUE È UM TORNADO?
A Palavra Tornado deriva da palavra espanhola “tornada” que quer dizer tempestade.
O Tornado é uma coluna giratória que se
desloca a uma velocidade de 30 a 60 km/
hora em volta de um centro de baixa tensão. Apesar de pequeno, é um intenso
redemoinho de vento que ocorre quando
uma nuvem em movimento alcança a
terra.
Quando o tornado se forma no mar, o
tornado é denominado “tromba d’água”.
No entanto, esse tornado (redemoinho)
pode provocar ventos de até 300 km/
hora, provocados pela deslocação de ar
que se forma em torno dele. E aí é que
está o perigo e os prejuízos por isso causados sempre são elevados, ao atingirem, áreas urbanizadas.
O tornado é o fenômeno mais destrutivo
de todas as perturbações atmosféricas,
apesar de a área ser mais limitada que a
dos furacões, com diâmetro geralmente
menor que dois quilômetros. Para se ter
uma idéia, os furacões podem atingir um
diâmetro de centenas de quilômetros e
serem formados por diversos tornados.
Já os chamados ciclones, tufões e furacões são nomes diferentes para o mesmo fenômeno climático básico e, que em
conjunto, recebem o nome de ciclones
tropicais. O nome individual depende da
região do planeta onde esses fenômenos
se forma. O furacão é o nome dado a um
ciclone tropical de núcleo quente, com
ventos contínuos de 118 km/hora ou
mais, que ocorrem no Oceano Atlântico
Norte, mar do Caribe, Golfo do México e
no norte oriental do Oceano Pacífico.
Este mesmo tufão é conhecido como
tufão no Pacífico Ocidental e como ciclone no Oceano Índico.
Os ciclones são ventos que sopram ao
redor de um centro de baixa pressão
atmosférica, ocorrendo uma circulação
fechada. Por uma série de questões que
envolvem características do Globo Terrestre, como rotação, pólos e outros, os
ciclones giram no sentido horário no
hemisfério sul e anti-horário no hemisfério Norte, da mesma maneira que ocorre
com a água, com por exemplo: da mesma maneira que se enche uma banheira
e depois se lhe tira o ralo.
Filipe de Sousa
Todos pela Educação no “Cone Leste Paulista”
Ajude: Fazendo uma assinatura ou patrocinando esta iniciativa de cunho absolutamente
Educacional e Cultural, na divulgação da História, Cultura, Turismo e Artesanato de nossa região.
acesse: www.gazetavaleparaibana.com /// http://www.redevalecomunicacoes.com
Escreva: Gazeta Valeparaibana “Eu quero ASSINAR” Rua Jurubeba, 56 - Cep.: 12226-734 - São José dos Campos - SP
Projeto EDUCAR - Participe, divulgue, colabore, as nossas crianças agradecem “ www.gazetavaleparaibana.com “

Documentos relacionados