Lilith é conhecida como um demônio feminino da noite, que se
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Lilith é conhecida como um demônio feminino da noite, que se
Lilith é conhecida como um demônio feminino da noite, que se originou na antiga Mesopotâmia. Lilith era associada ao vento e, pensava-se, por isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e, mesmo, da morte. Porém, algumas vezes, ela se utilizaria da água como uma espécie de portal para o seu mundo. A imagem de Lilith, sob o nome de Lilitu, apareceu primeiramente representando uma categoria de demônios ou espíritos de ventos e tormentas na Suméria, por volta de 3000 a.C. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilith, por volta de 700 a.C. Talvez, dada à sua longa associação à noite, surge sem quaisquer precedentes, a denominação screch owl, ou seja, como coruja, na famosa tradução inglesa da bíblia King James Version. Alí está escrito, em Isaías 34:14 “… the screech owl also shall rest there“. É preciso salientar, comparativamente, que na famosa versão em língua portuguesa da bíblia, isto é, na tradução de João Ferreira de Almeida, esta passagem relata que “os animais noturnos ali pousarão“, não havendo menção da coruja, como é freqüentemente, muito embora erroneamente, citado no Brasil. Lilith figura como um demônio da noite nas escrituras hebraicas (Talmud e Midrash). Lilith é, também, referida na Cabala como a primeira mulher de Adão, sendo que em uma passagem (Patai 81:455f), ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer do fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partido do Jardim do Éden por causa de uma disputa, vindo a tornar-se mãe dos demônios. De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Velho Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusou-se a “ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais“. Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal. Na Suméria e na Babilônia, ela, ao mesmo tempo que era cultuada, era identificada com os demônios e espíritos malignos. Seu símbolo era a lua, pois assim como a lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos assimilam ela à várias deusas da fertilidade, assim como deusas cruéis, devido ao sincretismo com outras culturas. Também no fictício Livro de Nod, é também conhecida como Deusa da Lua, aquela que ensina Caim habilidade vampíricas, a que é tão antiga quanto o próprio Deus, criador do céu e da terra. A imagem mais conhecida que temos dela, é a imagem que nos foi dada pela cultura hebraica, uma vez que esse povo foi aprisionado e reduzido à servidão na Babilônia, onde Lilith era cultuada, é bem provável que viam Lilith como um símbolo negativo. Vê-se, assim, a transformação de Lilith no modelo hebraico de demônio. Assim surgiu as lendas vampíricas, Lilith tinha 100 filhos por dia, súcubus quando mulheres e íncubus quando homens, ou simplesmente lilims. Eles se alimentavam da energia desprendida no ato sexual e de sangue humano. Também podiam manipular os sonhos humanos, seriam os geradores das populações noturnas. Mas uma vez possuído por um súcubus, dificilmente, um homem saía com vida. Há certas particularidades interessantes nos ataques de Lilith, como o aperto esmagador sobre o peito, uma vingança por ter sido obrigada a ficar por baixo de Adão, e sua habilidade de cortar o pênis com a vagina segundo os relatos católicas medievais. Ao mesmo tempo, que ela representa a liberdade sexual feminina, também representa a castração masculina. Assim dizia Lilith: “Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.” Quando reclamaou de sua condição a Deus, ele retrucou que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher, dessa forma abandonou o Éden. Três anjos foram enviados ao seu encalço, porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael, que tentou Eva, ao passo que Lilith tentou à Adão, os fazendo cometer adultério. Desde então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo abandonando seu marido, ela não aceitava sua segunda mulher. Ela então perseguiria os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recem casados, para se vingar. Após os hebreus terem deixado a Babilônia, Lilith perdeu aos poucos sua representatividade e foi tirada do Velho Testamento. Eva é criada no sexto dia e depois da solidão de Adão, é criada novamente, sendo a primeira criação referente, na verdade, a Lilith (no Gênesis). No período medieval, ela era ainda muito citada entre as superstições de camponeses, como deixar um amuleto com o nome dos três anjos que a perseguiram para fora do Éden, Sanvi, Sansavi e Samangelaf para que ela não o matasse, assim como acordar o marido que sorrisse durante o sono, pois ele estaria sendo seduzido por Lilith. Lilith, representa, na cultura grega, a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o homem. Nos dois últimos séculos, a imagem de Lilith começou a passar por uma remarcável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus, por exemplo, na literatura e nas artes, quando os românticos passaram a se ater mais à imagem sensual e sedutora de Lilith ( por exemplo, gravura de John Collier, 1892), e aos seus atributos considerados impossíveis de serem obtidos, em um contraste radical à sua tradicional imagem demoníaca, noturna, devoradora de crianças, causadora de pragas, depravação, homossexualidade e vampirismo. Lilith também é considerada um dos Arquidemônios símbolo da vaidade.
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