SEQUENCIAMENTO DE ÚLTIMA GERAÇÃO (NGS

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SEQUENCIAMENTO DE ÚLTIMA GERAÇÃO (NGS
SEQUENCIAMENTO DE ÚLTIMA GERAÇÃO (NGS) NO ESTUDO DAS OSTEOCONDRODISPLASIAS –
RESULTADOS PRELIMINARES
1
Autores
Instituição
2
7
Karina da Costa Silveira , Ana Belinda Campos Fernandes Xavier , Daniel Rocha de Carvalho , Cecilia
4
5
6
1
Mellado , Gabriela Ferraz Leal , Raquel Tavares Boy da Silva , Denise Pontes Cavalcanti
1
UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas (Rua Tessália Vieira de Camargo,126. CEP: 130832
4
887. Campinas, SP, Brasil), Unil - Universidade de Lausanne (1015 Lausanne, Suíça), UC - Pontifícia
5
Universidade Católica do Chile (Santiago, Chile), IMIP - Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Rua
6
dos Coelhos, 300 - Boa Vista, Recife - PE, 50070-550, Brasil), UERJ - Universidade do Estado do Rio de
7
Janeiro (R. São Francisco Xavier,524 - Maracanã-Rio de Janeiro/RJ-CEP20550-900 - Brasil), SARAH Hospital Sarah Kubistchek (Brasília - DF / Brasil)
Resumo
OBJETIVOS
Displasia esqueléticas ou osteocondrodisplasias (OCD) são doenças genéticas que comprometem o sistema
esquelético produzindo sobretudo alterações no crescimento. Dada a grande heterogeneidade genética da maioria
das OCD, muitas delas associadas a mutações “privadas” e a difícil execução do estudo molecular para alguns
genes como, por exemplo, os genes do colágeno, a utilização de novos métodos diagnósticos como o
sequenciamento - next-generation sequencing (NGS), vem se tornando cada vez mais necessário para o diagnóstico
diferencial das OCD. O objetivo desse trabalho é avaliar essa nova técnica (NGS) utilizando diferentes plataformas
de modo a introduzi-la de forma eficaz na rotina de investigação das OCD.
MÉTODOS
Até o momento, foram estudados 12 pacientes com os seguintes diagnósticos: pseudoacondroplasia (1),
fibrocondrogênese (1), síndrome de Stickler/Marshall (3), síndrome de Larsen (1), osteogênese imperfeita tipos [OI-II,
OI-III, OI-IV] (4), displasia espondiloepifisária com alterações metafisárias (1) e displasia esquelética com luxações
Larsen-like (1). Utilizou-se até momento apenas a plataforma Ion Torrent para o NGS. O sequenciamento Sanger foi
utilizado seja para a validação das mutações encontradas seja para avaliar as regiões mal cobertas pelos NGS (bad
coverage) em caso de resultado negativo. As áreas cobertas foram os éxons e as regiões íntron-éxon de cada um
dos genes relacionados aos fenótipos acima relacionados.
RESULTADOS
Até o momento foi possível identificar 9 (75%) mutações pelo NGS, todas validadas, nos genes COMP (1), COL11A1
(3), COL1A1(3), COL2A1 (1) e FLNB (1), em heterozigose. Dessas, quatro são mutações novas - COL11A1
(c.3567_3584delACCTCCTGG; p.Pro1194_Pro1196del / c.3978+1G>A), FLNB (c.1088G>T; p.Gly363Val), COL1A1
(c.4130T>C; p.Met1377Thr) e (c.1192G>A, p.Gly398Ser). Dos três casos negativos, dois casos com fenótipo de S.
Stickler estão sob estudo das áreas de bad coverage, e o último caso – Larsen-like, está sob investigação de um
painel de genes usados para OCD com luxações.
CONCLUSÃO
Apesar de serem resultados ainda preliminares, pode-se concluir que o NGS, quando precedido de uma boa
definição clínico-radiológica, tem se mostrado eficiente e rápido para o diagnóstico das OCD. Entretanto, vale
ressaltar a importância do sequenciamento tipo Sanger para validação e sobretudo para a avaliação das áreas de
bad coverage do gene e esclarecimento de alterações/artefatos do NGS. Financiamento: CNPq (402008/2010-3;
590148/2011; 7200145/2014-2) e CAPES (33003017023p6).
Palavras-chaves: osteocondrodisplasia, sequenciamento de última geração, col11a1, col1a1, flnb
Agência de Fomento: Capes e CNPq