flâneur hermès panamá kalaf epalanga
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flâneur hermès panamá kalaf epalanga
A EXCELÊNCIA DO UNIVERSO MASCULINO DOZE XII Nº 14 Verão 2015 5€ • FLÂNEUR O caminhante da cidade HERMÈS Pierre-Alexis Dumas Em entrevista KALAF EPALANGA Ser e parecer PANAMÁ Herança equatorial • seleção do editor MB&F hMx 98 DOZE Carlos Torres, editor de relojoaria da DOZE, dá destaque a quatro modelos que contam com ingredientes e argumentos que os colocam ao nível do que de melhor se faz na alta relojoaria, seja no domínio técnico ou estético. Condição sine qua non para constarem aqui, nas páginas relojoeiras da DOZE O primeiro modelo desta seleção parece querer abrir um debate sobre se o próprio terá mais relevância estética do que mecânica, ou vice versa. O novo HMX da MB&F marca o décimo aniversário da casa fundada por Maximilian Busser e recupera a ideia lançada no final de 2012, com o HM5, de um relógio de pulso de indicação digital vertical e uma caixa claramente inspirada num design associado ao automóvel desportivo. E se ambos partilham a génese, o novo HMX assume-se como uma evolução que vai para além do normal facelift, com a marca a afirmar ter sido um dos mais difíceis de desenvolver, tendo testado e rejeitado uma pletora de combinações de formas, acabamentos e detalhes antes de a equipa de criativos se considerar satisfeita com o resultado final. Assim, temos uma indicação digital de minutos e horas saltante bidirecional, cuja posição vertical é uma ilusão assegurada por um prisma de safira que reflete a imagem horizontal dos discos. A luz necessária para os iluminar flui pelo topo transparente que revela as duas pontes do movimento na forma de cabeças de motor. No verso deste relógio, a massa oscilante misteriosa, responsável por carregar o tambor de corda, tem inscrita a frase que resume a inspiração que anima, ano após ano, a equipa da MBF: “Um adulto criativo é uma criança que sobreviveu”. Mecanismo ou design? O argumento que define a presença do HMX nesta escolha requer ambos em igual medida, o que nos leva diretamente à próxima escolha. Duvido que o Urwerk 105 TA, da dupla criativa Felix Baumgartner (relojoeiro) e Martin Frei (designer), deixe alguém indiferente. Ou se adora, ou não se gosta. Detestar? Não me parece possível. Batizado com o cognome Knights, que reflete a imagem de armadura dada urwerk knights ur105ta DOZE 99 AlTA RElOjOARiA Numa perspetiva mais tradicional, mas não menos inovadora, é imprescindível dar destaque a um jovem relojoeiro que dá pelo nome de Rexhep Rexhepi. De origem albanesa, este jovem virtuoso da relojoaria mecânica, de apenas 27 anos, iniciou-se na Patek Philippe, passando depois pela defunta BNB Concept, Concord, François Paul Journe e MHC SA, antes de se estabelecer por conta própria e fundar, em 2012, a AkriviA. Desde então, Rexhepi não para de surpreender com criações de um nível qualitativo pouco habitual para a sua idade. Ao cronógrafo monobotão com escape de turbilhão inaugural, sucedeu-se um turbilhão voador, baseado num movimento base, criado por amigos de Rexhepi, em Genebra. A sua mais recente criação, acabadinha de entrar na redação da DOZE, é um magnífico turbilhão com horas saltantes digitais e indicação sonora das horas, associada a uma função de silêncio, totalmente criado de raiz por Rexhepi. Uma peça de manufatura para quem verdadeiramente aprecia a arte da relojoaria complicada e onde não faltam os mais elevados padrões de acabamento. E já ouço o comentário, quatro peças apenas? É pouco, sem dúvida. Mas se alguém se der ao trabalho de pesquisar um pouco mais sobre estes modelos, sobre o que representam em termos de mecanismo e sobre o que refletem da personalidade de quem os criou, irá descobrir um arco-íris que leva a um pote de ouro fascinante, pleno de paixão relojoeira. Prometo... ulysse nardin Freak 100 DOZE akrivia Flying tourBillon pela tampa que contorna o vidro de safira, o UR105TA não prescinde da magnífica e sempre surpreendente indicação do tempo proporcionada pelos quatro satélites rotativos que deslizam à vez sobre a escala de minutos, e que por sua vez se opõe à grande coroa, na extremidade oposta da caixa. No verso desta caixa são visíveis as duas turbinas que justificam o TA na designação (Turbine Automatic) e que se deixam comandar pelo seletor que aí marca presença. Entre “Full”, “Red” (Reduced) ou “Stop”, o modelo permite moderar a quantidade de energia transmitida pelo sistema de carga automática de maneira a minimizar tensões excessivas na mola principal. Uma peça magnífica por parte de uma marca que há mais de 18 anos prefere navegar ao lado das tendências principais da alta relojoaria suíça. Neste mesmo espírito, o Freak, da Ulysse Nardin, faz plenamente justiça ao seu nome, apesar de o termo se referir mais aos seus atributos mecânicos do que estéticos. Nascido da determinação de forçar as fronteiras naturais da relojoaria mecânica, o Freak começou por ser o primeiro relógio de pulso de produção a integrar um escape de silício em 2001, um escape de diamante em 2005 e um escape duplo em silício ainda no mesmo ano. O modelo tem sido um autêntico laboratório relojoeiro, a que o público tem sucessivamente tido acesso, e no qual o destaque vai para a simbiose entre ponteiro de minutos, turbilhão central e trem de engrenagens que assumem relevo sobre o mostrador. Pela primeira vez com indicação de data, o Freak junta também a este cocktail tecnológico o novo sistema de segurança UlyChoc, que representa uma nova geração de mecanismos de absorção de choques, associada ao eixo do balanço. Se a tudo isto juntarmos o sistema de corda pelo bisel, não restará grande dúvida de que o Freak é, hoje, um dos relógios mais vanguardistas em termos mecânicos. DOZE 101
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