Versão PDF - NEEMAAC - Universidade de Coimbra

Transcrição

Versão PDF - NEEMAAC - Universidade de Coimbra
PARA ACABAR O ANO EM GRANDE
MAI 2014
ESPECIAL
NEEMAAC ‘13/’14
24 HORAS DE LE
MANS
EMPREENDEDORISMO
BEEROLYMPICS
MATEREO
E MUITO MAIS NO TEU PISTON!
ÍNDICE
3Editorial
4
Última Crónica Para Os Últimos Virtuosos
5
O Futuro Das Interfaces Homem-Máquina
7
Trainers On Tour - Roadtrip Portugal
9
Febrada Com Jam Session
10
Estágio Ou Tese
10BeerOlympics
12
III ENEEM
13
Viver A Queima Das Fitas
15
Trabalhar A Queima Das Fitas
16
Uma Aventura Em... Brno
18
A (in)Definição Do Empreendedorismo
20
À Conversa Com... Matereo
23
O Domínio Alemão
25
24 Horas De Les Mans
28
Crónica De Um Título Anunciado
33
Mundial 2014
35
Planeta Académica
38
Almanaque Cultural
40
Left 4 Dead 2
43
The Walking Dead
45
Especial NEEMAAC 13/14
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RÚBRICAS
2
Maio 2014
4
UNIVERSO UC
5
ENGENHARIA DE TOPO
16
ERASMUS WORLD
20
À CONVERSA COM...
23
VICÍOS URBANOS
25
MUNDO AUTOMÓVEL
28
CÍRCULO CENTRAL
38
ALMANAQUE CULTURAL
40
WHAT’S HOT?
EDITORIAL
Um ano. Um ano de reuniões, de planos, de projectos. Um ano de actividades, de trabalho, de Valorização colectiva. O NEEMAAC não é, nem nunca será, um
“tacho”, e desafio todos aqueles que pensam o contrário
a envolverem-se em vez de criticarem sem razão, a serem
pró-activos e a pensarem mais nos seus colegas do que
em si próprios. Não há credenciais, nem “finos” protocolares, nem “zonas VIP” – afinal, não estamos numa
Queima das Fitas – mas há suor, vontade de fazer mais,
alegria no trabalho e um enorme sentimento de abnegação colectiva em prol dos outros.
Um ano em que contámos com mais de 30 actividades – uma quantidade substancial nunca antes
vista, complementada com a qualidade inerente às actividades com “selo” NEEMAAC. Desde a Gala 15 Anos
NEEMAAC à Academia do Emprego, desde as Jornadas
Pedagógicas até aos Ciclos de Conferências, passando
por Febradas, Torneios Desportivos, Formação em Soft
Skills, sem esquecer um Piston completamente reformulado, com novos conteúdos e uma regularidade impressionante. Esta é, aliás, uma das grandes vitórias do
NEEMAAC 13/14 e do pelouro da Comunicação e Imagem. Um ano em que te Valorizaste.
Um ano em que te Valorizámos. Podia ter sido
melhor? Claro, a perfeição é uma meta difícil de alcançar.
Demos-te muito, e o retorno nem sempre foi o esperado
– mas enquanto algumas mentalidades preferirem prejudicar pela parte pessoal, ao invés de olhar para o trabalho colectivo, a envolvência total será sempre um trabalho complicado. O meu sincero desejo é que nos anos
seguintes te envolvas nas actividades do NEEMAAC e
sejas parte activa da família DEM. Afinal, quem perde o
seu tempo para optimizar o teu, quem se esforça activamente para que ganhes competências que não se aprendem nas aulas, quem trabalha por ti e para ti, merece ver
o seu esforço recompensado.
Viva o NEEMAAC!
Viva o Departamento de Engenharia Mecânica!
JOÃO MARQUES
PRESIDENTE DO NEEMAAC
FICHA TÉCNICA
Propriedade
NEEMAAC - Comunicação
e Imagem
Director
António Almeida
Editor
António Almeida
Miguel Clemente
Fotografia
Hugo Matos
José Miguel Nunes
Produção Gráfica
António Almeida
Miguel Clemente
Colaboradores
Designados em cada texto
Impressão
AAC
Distribuição
NEEMAAC
Tiragem
XX exemplares
Piston NEEMAAC
Última Crónica Para Os Últimos Virtuosos
Encerro um ciclo de dois anos de associativismo. Dito assim parece uma declaração árida e
seca, que ainda pior me afigura pelo conhecimento que faço da energia das coisas. Mas não posso
disfarçar o trago de podridão do que aprendi.
Não quero de maneira nenhuma desvalorizar a contemplação das boas obras, de que me
orgulho profundamente. Não precisarei de falar
delas, porque não conseguirei fazer-vos gozar delas através do que digo. Por agora (e por fim), quero enumerar as quantas coisas que me arrepiam
no mundo das pessoas que usam designações.
Quatro são os elementos da natureza,
água, fogo, ar e terra, certo? Errado! Os quatro
elementos são o chocolate, o açúcar, os ovos e a
farinha, por tantos doces que nos definem, ora
aqueles que damos, ora aqueles que recebemos.
Não é um dar e receber normal, aquele que se
apregoa em conversas de amor. É um dar com o
pacto de receber, mas sempre sob o figurino de
inequívoca amizade.
Embora estejamos afastadíssimos da Austrália, por cá há excelentes escolas de cangurus!
É a verdadeira animação! Por um lado, os filhotes
vão com eles, por outro lado, haverá melhor coisa
na vida do que pular?
Falei de doces e cangurus, oferecendo-vos
qualquer coisa de infantil e inocente em tudo isto.
Por esta via ligo-me ao que sou, inocente. Nunca
ninguém é mau. Nunca ninguém é capaz de fazer
aquilo.
A liberdade é blá blá blá não sei quê para
os entendidos da manipulação. A manipulação é
o expoente máximo dos dois pesos e das duas
medidas, do que pode ser dito e feito por uns,
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Maio 2014
calando e oprimindo outros, na certeza de que
no fim a conta acerta no máximo da vantagem
para quem a procura. É uma arte, reconheço. Uma
arte que emociona e faz chorar. Um choro que
se consome em raiva pelo ultraje que é alguém
apoderar-se de outra liberdade.
Não me posso esquecer dos reinados! Há
impérios que dominam e persistem no tempo.
Mantêm a sua força com novos colonos e velhas
palavras.
Fique o mal com quem o praticou, que eu
levo as coisas boas comigo! Prometo que continuarei a acompanhar a pedagogia de perto, que esse
é um bicho que não me larga, tão longe que está
dos doces, dos cangurus ou dos reinados.
Catarina Barradas
O Futuro das Interfaces Homem-Máquina
Neste preciso momento, temos um robô a
explorar Marte. A verificar o terreno à procura de
vestígios que nos permitam compreender melhor
o planeta vermelho. Em simultâneo, temos cerca
de 1100 satélites activos e funcionais em redor
do nosso planeta. Constantemente a trocar informação. Tudo isto em busca do desenvolvimento
que nos permita viver mais e mais confortavelmente, com maior qualidade de vida, que nos
permita fazer o que realmente queremos fazer,
sem perder tempo com “pequenices”. Poder-seia imaginar que o futuro se trata de uma sociedade sem trabalhadores fabris, por exemplo. Com
todo o tipo de “trabalho pesado” automatizado,
o que permitiria que a produção de um país aumentasse com um menor esforço humano envolvido. Em vez de 8 horas por dia as pessoas
poderiam trabalhar apenas 4. Em vez de 11 meses
por ano, poderiam trabalhar apenas 5, ou 6. E
dado que a produção aumentaria, continuariam a
receber a mesma remuneração total. Isso é uma
realidade bastante desejável. Parece-me um bom
rácio, poder trabalhar 50% do tempo e dedicar o
restante a hobbies, lazer, ou até a trabalhar, se a
ambição económica da pessoa assim o desejar. O
nível tecnológico para o qual caminhamos é de
facto excitante. As tecnologias que nos permitem
não ter de fazer trabalho pesado são as mesmas
que nos permitem explorar o Universo próximo,
são as mesmas que permitem que alguém que se
veja privado de alguns órgãos os veja substituídos directamente pela própria tecnologia! Conseguimos que alguém sem pernas consiga correr. Conseguimos substituir a dentição humana,
ou praticamente qualquer osso. Atingimos uma
tecnologia tão avançada que consegue competir com o corpo humano. Aperfeiçoá-lo, até, ao
juntar várias e diferentes áreas da ciência. Ainda
assim, até há razoavelmente pouco tempo, havia
uma fronteira no corpo humano que delimitava
um limite invisível. A mente humana. E essa fronteira está a ser quebrada. É um processo lento.
Mas já tem os seus frutos. Veja-se o caso do Dr.
Stephen Hawking, que apesar de sofrer de uma
doença neuro-degenerativa, tem um aparelho de
electroencefalografia ligada aos óculos a monitorizar o seu cérebro constantemente, o que lhe
permite controlar as funções básicas de um computador apenas com o pensamento, entre outras
funções. Através da implantação de um chip directamente no cérebro consegue-se ainda mais.
Consegue-se que pessoas completamente paralisadas joguem, escrevam, leiam, controlem uma
cadeira de rodas, um braço mecânico e não só.
Isto já é uma realidade nos dias de hoje, ainda
que apenas disponível em certos círculos de inPiston NEEMAAC
engenharia de topo
vestigação de topo. O passo lógico seguinte será
o controlo de um exosqueleto que lhes permitirá
controlar a totalidade do seu corpo, ainda que
sem um sistema nervoso central funcional. E isso
é o que um dos principais investigadores da área
quer demonstrar publicamente já ser não só possível como algo existente, ao ambicionar querer
fazer uma pessoa paralítica usar um exosqueleto
e que essa pessoa se levante da sua cadeira de
rodas durante a cerimónia de abertura do Campeonato Mundial de Futebol para chutar uma bola.
No futuro isto irá permitir que escrevamos cartas com a mente, bastando pensar nas letras que
queremos. Basicamente, em vez de um rato e de
um teclado, poderemos usar o pensamento como
uma interface de input nas máquinas. O que não
só será mais rápido e prático dos que as actuais
interfaces como também será uma alteração muito significativa na Humanidade, dada a nossa actual e constante interacção com máquinas. Todo
o tipo de trabalho produtivo irá requerer muito
menos energia da parte de quem o realiza. Será
o mais próximo que teremos de telepatia ou de
outros conceitos de ficção científica. Mas, como
todo o tipo de fronteiras ultrapassadas ao longo
da nossa evolução, levanta questões muito pertinentes. Porque vejamos, para haver tal interacção
é necessário que haja uma ligação constante entre o nosso cérebro e o exterior. Esta tecnologia
poderá ser, como a Internet o passou em boa parte a ser, um instrumento de censura e vigilância
governamental. E se hoje me choca que algumas
pessoas se recusem a procurar por determinadas
palavras-chave aceitando simplesmente o facto
de que a Internet é vigiada e que por isso não
querem um perfil seu associado numa base de
dados obscura, se nada se fizer hoje acerca disto,
a tecnologia que chegará às massas amanhã só
trará consequências bem piores. O que irão fazer
as pessoas se se suspeitar (e o programa de espionagem americano sobre todas as comunicações
mundiais, cuja primeira versão tinha o nome de
ECHELON, já há muitos anos
que era conhecido no submundo da internet, ainda que
caísse no rótulo de Teoria da
Conspiração quando discutido noutros contextos), que
há uma colecta e organização
sobre os seus pensamentos?
RICARDO BAILA
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Maio 2014
Trainers on Tour - Roadtrip Portugal
Nos passados dias 10, 11 e 12 de Março
de 2014 decorreu no Departamento de Engenharia Mecânica um evento de workshops/treinos
para alunos de Engenharia e Gestão Industrial.
Este evento surge através da ESTIEM – European
Students of Industrial Engineering and Manage-
ment, associação europeia de EGI que tem como
objectivo preparar os membros activos de cada
Local Group de toda a Europa nas mais vastas
áreas importantes para o sucesso académico e
profissional.
Piston NEEMAAC
Estiem
Os temas dos treinos foram: “Teambuilding & Team Management”, “Corporate Relations”,
“Multicultural Management” e “Motivation & Recruiting”. Para dinamizar estes treinos contámos
com a ajuda do Sven, alemão e também membro
da ESTIEM, da Catarina, portuguesa e membro
do BEST e da Valentina, italiana e estudante de
Erasmus em Braga.
Tal como o nome do evento indica “Trainers on Tour – Roadtrip Portugal”, estres treinos
não se ficaram só por Coimbra. Nos dias seguintes
continuaram mas agora no Local Group de Aveiro
e de seguida no do Porto.
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Maio 2014
Houve uma forte adesão por parte dos alunos, tanto de licenciatura como de mestrado, e a
apreciação final por parte dos mesmos foi muito
positiva.
Joana marques ferreira
Febrada com Jam Session
26 de Março, um dia que
ficou no ouvido. No ouvido? Sim!
Visto que somos estudantes e precisamos da memória para coisas
mais sérias, o NEEMAAC convidou
a comunidade por ele representada a participar numa actividade
que teve tanto de inédita, como de
artística. Aliar a barriga e o fígado
ao nosso segundo sentido foi uma
experiência capaz de fazer despertar um possível sexto. Uma mistura musical que acompanhada pela
nobre arte de beber um(ns) fino(s),
transformou uma febrada dita normal, numa outra coisa, muito libertadora. O ambiento vivido não
deixou os presentes indiferentes,
que sempre se mostraram entusiasmados e capazes de envergonhar
um ‘Miles Davis’ (pela positiva, obviamente).
Actividades destas demonstram a vontade de deixar o nosso
departamento sempre uma oitava
acima dos outros e agora é a altura
em que os que se sentem arrependidos por não terem estado presentes
começarem a afinar os instrumentos para a próxima!
zé pedro martins
Piston NEEMAAC
Notícias
Estágio ou Tese
Decorreu no dia 30 de Abril a palestra Estágio ou
Tese onde com grande orgulho e entusiasmo recebemos
os nossos colegas e as dúvidas que traziam. Conduzida de
forma a que todas as dúvidas fossem eliminadas, e tabus
quebrados, a palestra tinha como principal objectivo ajudar
na difícil decisão de optar por tese ou estágio.
Estiveram presentes connosco a Professora Marta
que dissipou toda e qualquer dúvida existente na plateia,
bem como Diogo Neto estudante de doutoramento, Pedro Maça, estudante de Engenharia e Gestão Industrial a
estagiar na ISA, e também o estudante
de Engenharia Mecânica Artur Lopes,
a realizar dissertação de mestrado, que
partilharam com os presentes as suas experiências.
O NEEMAAC agradece a todos os presentes pela forma activa com
que participaram na palestra, e um especial obrigado aos nossos colegas que
se disponibilizaram para partilhar experiencias, bem como a Professora Marta
que foi uma ajuda inestimável no decorrer do evento.
TELMA MORGADO
BeerOlympics
Foi na tarde do dia 7 de Maio
que os deuses da cerveja desceram
do céu e vieram fazer companhia
aos estudantes do Pólo II em mais
uma edição do BeerOlympics.
Desta vez as regras eram
diferentes: não haviam eliminatórias por departamento e tudo se passava no nosso belo DEM. Houve 16
equipas compostas cada uma por
2 gladiadores de cerveja que, em 3
jogos, combateram para poderem
participar no famoso beerpong.
Os jogos foram as provas de velocidade, para ver quem conseguia
beber mais rapidamente um copo
da maravilhosa bebida de cevada,
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o das cuvetes, em que o objetivo
era acabar o mais rapidamente
com uma cuvete recheada de cerveja usando apenas uma palhinha de plástico, e o jogo do saco,
em que cada equipa colocava um
saco pelas pernas acima e em saltos graciosos tinha que percorrer
um percurso e ao chegar ao outro
lado beber de penálti o famoso
fino.
Destas 16 excelentes equipas passaram apenas 8 para a
próxima fase e em que no derradeiro jogo de beerpong apenas
um par de valentes gladiadores
de um outro departamento se
sagrou campão da edição deste
ano.
Com muita cerveja, musica, diversão, convívio e boa
disposição esta edição foi muito bem conseguida,
apesar de o número de equipas ter sido reduzido.
Será que na próxima edição a taça vem
para casa? Participa!
ANTÓNIO ALMEIDA
Piston NEEMAAC
No passado mês, entre os dias 10 e 13, decorreu em Lisboa o III ENEEM, no Instituto Superior
Técnico.
A expectativa em torno deste evento era elevada, como é natural quando se afiguram 3 dias
repletos de formação pedagógica e lúdica, e a heterogeneidade de opiniões e experiências que se adquiriu quando se junta potenciais engenheiros de diversos pontos do país foi um dos aspectos mais
positivos.
Com um programa bastante atractivo que apresentava desde uma tertúlia sobre Automobilismo, a ciclos de Empreendedorismo e até competições de Engenharia. Um programa bastante completo
no que concerne às necessidades que um engenheiro pode ter para quando se encontrar no mercado
de trabalho.
É de realçar que a Faculdade mais representada nesse encontro foi a nossa, mostrando deste
modo que em Coimbra se valoriza e se compreende a importância desta actividade extra curricular na
nossa formação pessoal e profissional. Estamos de parabéns, e que para o ano este número aumente.
Para finalizar, o NEEMAAC felicita e agradece aos nossos colegas do Técnico por toda a sua
competência e eficácia em garantir que logisticamente não iria faltar nada aos participantes.
FILIPE AMARO
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Este ENEEM foi um evento cheio de oportunidades a todos os níveis.
Proporcionou-me uma visão mais ampla do que se faz em Portugal em várias áreas da Engenharia Mecânica e, simultaneamente, fiz novos amigos e contactos ao aproveitar o máximo da envolvente
social do encontro.
Adquiri um pouco mais daquele conhecimento que se torna difícil de obter na universidade.
Algo prático e útil para o resto da vida como engenheiro mas, principalmente, como pessoa!
É, indubitavelmente, uma fórmula, que revigora a motivação dos estudantes, em que vale a
pena continuar a apostar como participante!
DANIEL SILVA
Viver a Queima das Fitas
Descrever uma primeira Queima por completo seria uma tarefa bastante complicada. Foram demasiadas surpresas e emoções para serem todas explicadas por palavras. Quem já a viveu sabe o que
isso é, quem ainda não o experienciou um dia compreenderá caso tenha a sorte de vir a estudar nesta
bela e incomparável cidade. A verdade é que, quando na vida passamos por estas coisas, existe sempre
um momento que de todos se destaca. Para mim esse momento foi, sem dúvida, na noite da Serenata
Monumental, em que partilhei com alguns amigos, também eles caloiros, a alegria de usar, finalmente
e como é tradição desta noite, Capa e Batina, e com outros, desta vez mais velhos, o orgulho de pertencer a esta grande família. Sinceramente, o que
desejo é que no próximo
ano os futuros caloiros
de Engenharia Mecânica
possam sentir o que senti,
sorrir como sorri e ter uma
primeira Queima tão inesquecível como a minha,
porque afinal, “Queima é
em Coimbra, o resto são fitas!”.
MAURO CRUZ
Piston NEEMAAC
A aventura “LEGIndary” começou há dois anos. Acabada a
Queima das Fitas de 2012, uns colegas de EGI juntaram-se para
preparar um dos melhores dias das suas vidas.
De início, pensámos que seria simples unir 25 personalidades por um único objectivo, mas rapidamente nos apercebemos que a unanimidade de opiniões não seria fácil de alcançar.
Começando na escolha do nome, passando pelas (difíceis!) organizações de jantares, acabando na escolha do número do carro
alegórico no cortejo, vários foram os desentendimentos deste
grupo. Nem toda a gente ficou contente com algumas decisões,
mas chegada a derradeira semana de montagem do carro, tudo
valeu a pena: para nós, o carro estava perfeito.
No dia do cortejo, aos poucos fomos ocupando os nossos
lugares e sem reparar nos outros, começámos a nossa festa, com
os nossos amigos e familiares. Cantámos até nos doerem as gargantas, saltámos até ao fim, e chegados à ponte de Santa Clara já as lágrimas escorriam nas nossas caras.
Hoje fica a amizade e as saudades do melhor cortejo, que para nós foi Legendário. Obrigada
amigos!
INÊS SILVA
A aventura de dar vida a um carro e exibi-lo para Coimbra é, sem dúvida, das
experiências mais bonitas que podemos ter enquanto estudantes desta cidade.
Foram aproximadamente 18 meses de trabalho, planeamento, discussões,
onde procurávamos todos concretizar um carro à imagem de cada um. Juntar 30
vozes e torna-la numa só, consensual e, ao mesmo tempo, que responda às necessidades específicas de cada um. Nem sempre foi um desafio fácil.
Todavia, acreditem que aquele dia, aquele simples dia, vale cabalmente o
preço da viagem. Vale por todos os quilómetros percorridos, por todas as noites
sem dormir a espalhar cartões e a vender pulseiras, e por todos os “calos” que
ficam marcados como uma recordação bem presente dos milhares de flores que
foram precisas.
Ao escrever este texto a saudade já pesa. A nostalgia própria de um momento
que irá ser falado e lembrado para o resto da vida de cada um de nós, que, numa
tarde de Maio, com o sol a bater-nos na cara, fomos crianças e adultos. Crianças
porque nessa tarde fomos estupidamente felizes sem responsabilidades ou entraves de consciência. Adultos porque finalmente compreendemos melhor a mística desta tão nobre tradição.
Não deixem, nunca, que esta adaptação aos tempos modernos, onde o antigo parece por vezes
perder preponderância, mate este Cortejo tão nosso.
FILIPE AMARO
Dia 11 de Maio de 2014 foi data de mais um cortejo, mas
este ano foi especial, pelo menos para nós, que tivemos oportunidade de conceptualizar e executar um carro alegórico, que nos
deu muito prazer a fazer.
Apesar de alguns elementos se terem esquecido do que
aconteceu depois do Papa, tenho a certeza de que foi uma viagem
que nos deu a todos muitas alegrias e alguma perda de memória.
Temos de deixar o nosso agradecimentos aos nossos pais e
familiares, colegas e patrocinadores, porque a cerveja, as bebidas
brancas, as pizzas e as sandes de leitão não aparecem do nada.
Às boas condições que tivemos, juntam-se amizades de três ou
mais anos que fizeram desta viagem a reconfirmação de que temos grandes amigos.
Obrigado a todos os “macacos” do orDEM p’aPORCAlhar #44
E boa sorte para todas as pessoas que estão a preparar carros para o próximo cortejo, vale a
pena pagar cotas durante 18 meses!
HUGO MATOS
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Maio 2014
Trabalhar a Queima das Fitas
Este ano tive a oportunidade de fazer parte da equipa que organiza a Queima das Fitas. A
organização tem um conselho geral que distribui por diversas áreas, cada uma com a sua respectiva
função, secretários, comissários e colaboradores, entre os quais: credenciação, protocolo, transportes,
alimentação, logística, entre outros.
Foi uma experiência interessante e gratificante a todos os níveis, é a oportunidade de dares o
teu contributo para uma das festas estudantis mais emblemáticas do país, participares de forma activa
no mundo académico, contactando com diversas pessoas dos diversos sectores, cursos e faculdades e
é também uma forma de te familiarizares com algo próximo do que será o mundo do trabalho um dia,
cumprindo ordens e prazos, ganhando uma certa autonomia e capacidade de organização, bem como
facilidade no diálogo, capacidades essenciais para o futuro.
A área da qual fiz parte foi a credenciação, que tinha como função fazer credenciais para todas as pessoas que de alguma forma participam de forma ativa na Queima das Fitas, tais como concessões, tunas, bandas, projectos, organizadores e colaboradores, patrocinadores, convidados e ainda
técnicos de som, eletricistas (entre outros) necessários ao bom funcionamento dos palcos do recinto.
Os primeiros dias na credenciação, são os dias mais intensos, é nestes que é necessário fazer
a maior quantidade de credencias, nomeadamente para grupos académicos, artistas a actuar, pessoas que irão estar nas concessões, tenda electrónica, cervejeiras, imprensa, em suma é o arranque
do funcionamento da Queima das Fitas em pleno. São também nestes dias que surgem dificuldades
e por vezes os ânimos exaltam-se devido ao cansaço acumulado, derivado das pouco horas de sono.
No entanto, é um trabalho muito gratificante, pelo que se aprende e pelo contacto direito com grande
número de pessoas, em que é preciso ser-se rápido e eficiente no atendimento, bem como simpático e
educado.
Concluindo, apesar das poucas horas de sono e ser necessária disponibilidade total para desempenhar as funções pretendidas, foi uma experiência única, em que adquiri autonomia a realizar
tarefas, uma boa capacidade de diálogo e organização e ainda fiz novas amizades, com as quais me
ri e diverti. É sem dúvida um experiência que voltaria a repetir!
GABRIELA EGÍDIO
A minha área foi a dos transportes, começamos a trabalhar ainda antes de a Queima verdadeiramente dita ter começado, andamos por Portugal de ponta a ponta a divulgar a nossa querida
Queima. Era sempre um colaborador dos transportes e o resto do carro era composto pelas pessoas
da divulgação acompanhadas de um balde de um pó meio estranho que misturado com a água iria
fazer a cola para os cartazes, fazíamos estas viagens de noite devido ao facto de colar cartazes não ser
propriamente legal.
No fundo o que andei a fazer na Queima foi mais conduzir algo que adoro fazer, eramos encarregues de levar os grupos académicos e os seus respectivos instrumentos, alguns artistas do palco
secundário, visto que os “grandes artistas” do palco principal tinham os seus próprios carros ou os
seus agentes tratavam disso.
Foi uma experiencia extraordinária, fez com que eu percebesse o quão difícil é e o número de
pessoas que é necessário para a realização deste evento que é tão querido aos estudantes e mesmo
a própria cidade de Coimbra. Conheci imensas pessoas com experiências muito diferentes da minha,
fizeram se boas amizades apanharam se uma boas bebedeiras juntos o habitual. Cansativo foi e muito
chegando mesmo a dormir no contentor designado aos transportes em algumas noites do parque, mas
não me arrependo porque para mim esta experiência valeu cada gota do meu suor!
ANDRÉ CARDOSO
Piston NEEMAAC
UMA AVENTURA EM... BRNO
Dobrý den Česká Republika!
Ahoy!
16
Comecei a minha aventura em Brno,
República Checa, 2 semanas antes de começarem as aulas para fazer o EILC (Erasmus Intensive
Language Course) em checo. Curiosamente dos 6
meses que lá estive, estes foram provavelmente
aqueles que eu mais desfrutei. As aulas eram
das 9.30 às 16h, com intervalos a meio da manhã, a meio da tarde e, claro, para almoço. Logo
no primeiro intervalo tive oportunidade de conhecer os outros dois portugueses que lá estavam, um da FEUP e outro da UTAD. Lá continuamos as aulas e no final decidimos ir todos (ou
quase todos) para um pub beber a famosa cerveja checa e conversar. Estes dias foram absolutamente fantásticos, a informação e a aprendizagem era tanta que à noite doía-me a cabeça
de cansaço, mas estava radiante pela interacção
com diferentes culturas e o quanto eu estava a
evoluir.
O tempo foi passando, a rotina foi-se mantendo e o grupo foi-se tornando cada vez mais
unido. Dos “nossos” eramos 1 alemão, 2 portugueses, 1 húngara, 2 turcos, 1 britânica (galesa),
1 bósnio, 1 francês, 1 espanhola e 1 montenegrino. Um grupo fantástico ao qual muitas vezes
se juntavam mais 4 ou 5 espanhóis e 2 búlgaras.
A diversidade era enorme!
Com o final do EILC, todos nós nos separamos (Em Brno fiquei eu, o outro português, 1
turco e 1 francês) para diferentes cidades.
E aqui começa um “novo Erasmus”. Pessoas novas, aulas novas, residência nova! Um
grupo enorme de espanhóis que só tinham rival
com os portugueses e os gregos (podemos estar
Maio 2014
em crise, mas parece
que todos nós sabemos bem o quanto
a Europa nos pode
oferecer). A hora
também mudou, e a
partir das 15.45h estava de noite, o que
tornava as horas de
sol absolutamente
preciosas.
Infelizmente
eu só sabia que só
tinha 6 meses e que
cada dia tinha de
contar. Assim, viajei
(normalmente sexta, sábado, domingo
e segunda) desde
o início para todo o lado (Praga foi o meu destino predilecto, não só porque gostava muito da
cidade, como também por estar lá grande parte
daquele “grupo inicial” do EILC). Os preços para
viajar são incrivelmente baixos (isto sem contar
com carpooling), por exemplo para ir de Brno a
Budapeste (A cidade mais bonita onde estive) são
5h num autocarro (com dvd individual com séries
e filmes, chá ou chocolate quente, revistas e bancos superconfortáveis) e tem o custo de…10€!
A maioria das vezes viajava com 1 ou 2
pessoas em carpooling. Dormia com o programa
couchsurfing em casa de outras pessoas. Poupei imenso dinheiro a viajar desta maneira, con-
heci pessoas formidáveis e estive em 10 países
diferentes. Ainda assim, adorava poder ter estado outros 6 meses só para conhecer a República
Checa. Vi Plzen, Praga, Brno, Horni Bradlo, České
Budějovice, Cesky Krumlov (Sítio absolutamente
mágico!) e Hluboká. Ainda assim tenho uma lista
de cerca de 20 sítios diferentes onde queria ir mas
não pude (Ou porque não tinha tempo e havia outras cidades europeias mais prioritárias, ou porque
era Inverno e não valia a pena ver durante esta
época).
Ainda hoje mantenho esta lista e tenho
a certeza que irei regressar brevemente a este
país lindíssimo para ver o que me falta. Foi das
maiores surpresas que tive em toda a minha vida
e aconselho vivamente
a quem gosta de natureza a ir para lá!
TIAGO RODRIGUES
Piston NEEMAAC
A (IN)DEFINIÇÃO DO EMPREENDEDORISMO
Provavelmente já te deste conta da demanda de INOVAÇÃO cada vez mais necessária no mundo laboral e, como tal, já te deparaste, certamente com o conceito de empreendedorismo. Mas o que
é ao certo? Bem, acima de tudo, e como o próprio nome indica, é a ARTE de empreender, de fazer
acontecer ideias e conceitos na forma de produtos, serviços e, acima de tudo, soluções! Até pode ser
que sejas, presentemente, um empreendedor mesmo sem o saberes, alguém aficionado pelo trabalho
de procurar colmatar necessidades e uma mente constantemente alertada para o desconhecido. Essa é
a primeira característica de um empreendedor: o foco na NECESSIDADE, quer pessoal, quer colectiva.
Se vês um problema na sociedade ou algo que devia ser aprimorado, o que fazes? Tentas resolver ou
reclamar e esperar que o façam por ti? Este é o 2º ponto-chave: a INICIATIVA. Podes ter o inconformismo, as ideias e as críticas, mas sem propensão para actuar de forma disruptiva, a tua opinião
dissipa-se no teu pequeno universo pessoal. Costumas reflectir sobre os teus objectivos? Qual é a
tua visão do FUTURO em que te baseias quando estudas para passares a todas as cadeiras? A mesma
com que lutas por um diploma que pode ser um tanto ou quanto descorado face àquilo que realmente
tu sabes, consegues e pretendes fazer? Se nunca reflectiste sobre isto, começa a seguir a tua VISÃO
do futuro que queres criar para ti mesmo. Isto é o que te distingue dos outros, a característica fundamental que te permitirá fazer face à hegemonia das potências económicas, à abundância resultante da
globalização e ao paradigma da automatização e sistematização de práticas industriais. Se divagares
com CURIOSIDADE sobre tudo isto, verás que estás a um passo de acordar de manhã com um sonho
vivo na tua cabeça, uma ideia que poderás desenvolver para o mundo e tornar-te no próximo Richard
Branson ou no Steve Jobs da mecânica! Tu, que és estudante e tens a capacidade e entendimento (nem
que seja à força de uma garrafa de traçadinho!) para criticares tudo e todos, que tens as ferramentas
necessárias para captar as necessidades e problemas, não te restrinjas ao saber da universidade e desenvolve o teu próprio conhecimento com CONFIANÇA! Abraça as tuas ideias e procura apoio, brinca aos empresários (sim, porque o empreendedorismo é um JOGO das nossas crianças interiores!), faz o que for preciso e o que ainda se desconhece
necessário, realiza algo antes que seja tarde para mostrares o que vales! Antes que chegues aos teus
40 anos a perguntar se não deverias ter feito mais por ti, ou pela sociedade, ao invés de teres desperdiçado oportunidades que podiam ter mudado o rumo da tua vida para melhor.
Nós, alunos do DEM, temos o privilégio de estudar numa das melhores universidades do país
e da Europa, uma instituição que tem uma excelente oferta de conhecimento técnico e apoio a ideias,
basta pensarmos no Instituto Pedro Nunes, uma das melhores incubadoras do mundo! Temos que
aproveitar este ecossistema e dar o máximo para fazer o exemplo! A Universidade de Coimbra é pioneira em tantos projectos e os estudantes continuam relutantes relativamente à iniciativa própria. Em
Lisboa e no Porto, o empreendedorismo começa a fazer parte dos assuntos académicos. Já na cidade
dos estudantes, pouco vemos e fazemos, o que se traduz numa desvantagem, contudo, a qualquer mo18
Maio 2014
mento podemos converter esta mesma em oportunidade de destaque e de demonstração de FORÇA e
PERSEVERANÇA.
O empreendedorismo acontece em coisas simples do nosso quotidiano. Empreender é ir beber
um copo com os amigos e de repente instaurar-se um BRAINSTORMING que acaba na invenção de
um novo método de transporte e armazenamento de cerveja! É ESPONTANEIDADE e INTUIÇÃO.
Porquê, ser empreendedor? Experimenta fazer um jogo durante uma semana. Agarra num bloco de
notas e, durante uma semana, regista todas as coisas que te incomodaram de certa forma, seja pela
sua complexidade, dificuldade ou neutralidade. No final dessa semana, tenta responder novamente
à última questão! O tempo urge na busca por mentes empreendedoras e, actualmente, as empresas
reconhecem vivamente esse facto. No fim de possuíres mais umas ideias, só necessitas de um pouco
de MOTIVAÇÃO para levá-las por diante e moveres opiniões e rasgares entraves através da tua capacidade de LIDERANÇA.
Estás no momento certo para te tornares num empreendedor, esta é, sem dúvida, a hora de
pensares que tens todo o tempo e OPORTUNIDADES do mundo para seres e viveres o teu SONHO!
Como é que tudo pode começar? Não é “o todo”, mas pode ajudar-te bastante! Procura pela página
“Estudantes Empreendedores da UC” no Facebook e dá uma vista rápida em todo o conteúdo disponível. Encontrarás um espaço de oportunidades, formação, motivação, partilha e auxílio. Em causa
estão os teus horizontes que só poderás expandir se abrires a tua caixa e saíres da tua zona de conforto. Empreendedorismo também é OUSADIA em tentar. E tu? Já deste o 1º passo?
DANIEL SILVA
Piston NEEMAAC
João Soares, 21 anos, Martim Pereira, 22 anos, e Jorge Vieira, 37 anos e licenciado em
Engenharia Civil desde 2002, são três estudantes do Mestrado Integrado em Engenharia
Mecânica e são também os sócios fundadores que compõem a Matereo.
O que é a Matereo?
É uma startup do ramo aeroespacial e automóvel, que presta serviços de projecto mecânico e
de estruturas, com uma componente de I&D em tecnologias avançadas, novos materiais e tribologia.
Além da consultoria, faz desenvolvimento de produto, pelo que além da tecnologia, a criatividade e o marketing estão sempre presentes no nosso trabalho.
De onde surgiu esta ideia?
Surgiu da troca de ideias entre colegas do DEM, que por razões diversas perceberam que é possível assumir o controlo.
Quais são os vossos valores fundamentais?
Forte personalidade, dignidade e ambição qb.
Quão grande é a vossa equipa, e quão grande querem que seja dentro de um ano?
Por agora a equipa são os três sócios, que devem assumir todo o trabalho. Assim será durante
algum tempo. Daqui a um ano esperamos ter pelo menos dois colaboradores, mas o modelo passa
por estabelecer parcerias para as mais diversas áreas, como design, preparação de peças para fabrico,
gestão, etc.
20
Maio 2014
deixa
Como se financiam?
Fundos comunitários para I&D, business angels, procuramos todo o tipo de incentivo as sme’s.
Quais os vossos maiores desafios?
Ser uma empresa de referência pela performance e fiabilidade em tudo o que fazemos, o que
pouca margem para erro.
O que é para vocês o sucesso?
É trabalhar no que gostamos e com quem gostamos. E claro, que um dia a empresa tenha condições para retribuir a todos justamente e na proporção das horas nela trabalhadas.
Qual o maior risco para a Matereo?
É não conseguir focar. Muitas vezes as empresas nascem com uma ideia e com relativa facilidade dispersam para outras actividades. Isso é meio caminho andado para a desagregação da empresa.
Como está o vosso crescimento?
Estamos numa fase de incubação virtual no IPN e a preparar o plano de negócios para os próximos dois anos. Prevemos que dentro de dois meses nos seja concedido um espaço no IPN, o que é
fundamental para melhor desenvolvermos o nosso trabalho.
Jorge Vieira, Martim Pereira e João Soares
Piston NEEMAAC
à CONVERSA COM...
Quais são os vossos planos para o futuro?
Não pensamos em cenários a longo termo. O mundo muda constantemente. No entanto, seja
como for, dentro de dois anos iremos avaliar a possibilidade de abrir uma unidade de produção na
zona de Coimbra.
Alguma mensagem para os estudantes do departamento?
Além dos conhecimentos técnicos adquiridos durante o curso, é importante a postura, a cultura geral e o bom relacionamento humano.
Queremos também aproveitar a oportunidade para agradecer à Dra. Teresa Vieira por todo o
apoio que nos tem dado desde o início.
MIGUEL CLEMENTE
22
Maio 2014
O Domínio Alemão
Nós portugueses, vivendo uma
situação delicada, num país “entroikado”
melhor do que ninguém conhecemos o
poder e o domínio alemão. Vivemos no
seio de uma União Europeia mais focada
na Alemanha que aparece como cabeça de
cartaz do que nos seus “bastardos” que,
segundo eles, têm pessoas que viveram
acima das suas possibilidades. A verdade
é que esta mesma Alemanha que tantos
conselhos e exemplos dá foi a mesma Alemanha a quem a europa perdoou dívida
num pós-guerra, guerra essa desencadeada pela loucura nazi.
A prosperidade alemã actual
revela-se a vários níveis. Possuem uma
economia próspera, impulsionada em parte pela
indústria automóvel que graças à sua fama de
“qualidade e fiabilidade germânica” não pára de
crescer, mesmo com o afundar de muitos países
para os quais exportam. Uma boa publicidade
para a indústria automóvel alemã é o sucesso dos
fabricantes germânicos no panorama mundial de
desporto motorizado. Sendo campeã mundial
de ralis como construtores, a Volkswagen, veio
destronar a Citröen bem cimentada e aparentemente invicta no WRC que se viu deste modo ser
completamente esmagada em 2013, e até ao momento, em 2014 a superioridade alemã continua,
ganhando até ao momento todas as provas do
WRC. Também em Les Mans, prova referência na
velocidade a nível mundial o domínio alemão está
bem presente neste caso por intermédio da Audi
que tem vindo a esmagar toda a concorrência ano
após ano. Na Fórmula 1, 2014 parece ser o ano
de outro construtor germânico, a Mercedes, que
até ao momento ganhou todos os grande prémios
disputados.
E a verdade é que são vários os desportos nos quais a Alemanha se destaca, até mesmo
no futebol, com aquela equipa que muitos consideram ser a melhor do mundo, Bayern Munich,
vencedora da liga dos campeões em 2013, numa
final totalmente alemã, frente ao Borussia Dortmund.
A Alemanha é um país sério, em todos
os sentidos, sério pelo facto de ser uma grande
potência, com uma economia forte, aparentemente imune a qualquer crise, mas também um
país sério com pessoas sérias, em que rir parece
quase ofensivo ou desrespeitoso, onde trabalho,
sucesso e prosperidade vêm em primeiro plano,
um país com um espírito militarizado ainda nos
dias de hoje, notando-se isso mesmo até na línPiston NEEMAAC
VÍCIOS URBANOS
gua.
Mas se é verdade que a Alemanha conhece bem a chave do sucesso, gostando de ser
boa em tudo aquilo que faz, com bons técnicos e
profissionais, não é menos verdade que é um país
que gosta de liderar, gosta mais de dominar do
que ser dominado, parecendo mesmo que pouco
aprendeu com as fortes consequências que sofreu
graças às guerras que causou.
Em suma, Alemanha é o pais que tem tudo o
queremos… uma economia que cresce de forma
solidificada, uma excelente indústria e serviços,
capaz de corresponder de forma eficaz às necessidades do país, um domínio em tudo aquilo
em que se envolve, querendo liderar e ser a melhor, sendo isso visível na cultura e no desporto e
tem simultaneamente tudo aquilo que não queremos… uma falta de alma e de calor humano, que
24
nós portugueses temos por natureza, uma frieza e
um distanciamento na forma como as pessoas se
relacionam e uma obsessão compulsiva de serem
os melhores, sendo capazes de esmagar tudo e
todos para atingir os seus objectivos.
Portugal, aquele país pequeno e “despesista” mais dominado do que dominador continua a ser apesar de tudo, aos meus olhos, aquele
pequeno paraíso à beira-mar plantado.
Maio 2014
JOSÉ MIGUEL NUNES
24 Horas de Le Mans: Porsche e Toyota apontam
baterias à “Rainha” Audi
Se a Fórmula 1 é a disciplina máxima do desporto automóvel e o Dakar a sua prova TT mais
dura, o que dizer das 24 Horas de Le Mans? Certamente o mais heróico desafio de homem e máquina...
O derradeiro teste que coloca os vencedores num patamar de glória, confiança e honra inigualáveis.
Inspirador até para a indústria cinematográfica que aí rodou “Le Mans” com a estrela Steve
McQueen no mítico Porsche 917k, a edição de 2014 que se aproxima poderá ser digna de inspirar novamente Hollywood... A soberana Audi, a “crescida” Toyota (que tem vindo a “mostrar o que vale” nas
provas do WEC*) e o regresso da lendária Porsche à categoria máxima (LMP1) que em tempos dominou a prova francesa são os ingredientes que tornam esta edição a mais aguardada da última década!
As máquinas
Piston NEEMAAC
MUNDO AUTOMÓVEL
Sem adensar a discussão nos pilotos de cada equipa focar-me-ei mais no que cada protótipo
tem “para oferecer”.
Começando pelos “retornados”, a Porsche apresenta-se em Le Mans com o modelo 919 Híbrido. Em termos de motor será talvez a solução mais arrojada. A opção recaiu sobre um 4 cilindros
de 2 litros com uma unidade de carregamento de baterias propulsionada pelos gases de escape, algo
bastante pequeno para estas “andanças”... Ou não será? Vejamos, com esta unidade a Porsche consegue uma eficiência inatingível pelos seus rivais directos, ou seja, um aproveitamento do potencial
do combustível imensamente superior. Com a combinação turbo+híbrido a marca alemã consegue
duplicar (!!!) o rácio de energia aproveitada em relação ao potencial do combustível que usam. Ou seja,
o pequeno V4 2.0 litros turbinado é na prática um V8 4.0 litros biturbo! Se acrescermos a isto todas
as vantagens que se tiram de usar um motor mais pequeno e compacto, e a qualidade da tecnologia
híbrida que a Porsche apresenta , podemos ser tentados a colocá-la como um dos candidatos a vencer
Le Mans, quer pela sua história, quer pelo seu projecto. Mas será o suficiente para bater Audi (multivencedora das últimas edições) e Toyota (a grande revelação do WEC deste ano)?
O que dizer da Toyota senão que melhorou em todos os aspectos desde a edição de 2013? Com
um carro mais agressivo, o TS040, dotado de cerca de 1000 cv num V8 híbrido, este é o ano de mostrar resultados para os nipónicos. E se durante toda a temporada têm sido eles quem deu as melhores
indicações, Le Mans é sempre uma corrida à parte com factores adicionais que baralham em muito
qualquer tentativa de previsão.
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Maio 2014
E por fim os actuais “Reis” de Le Mans! A Audi é, mais uma vez, indiscutivelmente favorita. O
R18 E-Tron Quattro é o aprimorar de anos e anos de evolução da marca germânica. Debaixo do capô,
a arma será um V6 diesel de 4 litros turbinado com um sistema híbrido. Uma equipa que vitória atrás
de vitória não perde a humildade de entrar em cada edição da prova francesa como se não a tivesse já
vencido inúmeras vezes, e isso, em Le Mans, conta muitas vezes mais do que ter o melhor carro.
Em termos de campeonato, a Toyota tem levado a melhor em grandes “palcos” como Silverstone e
Spa, mas Le Mans... é sempre imprevisível...
Para finalizar e também para aguçar o apetite, temos a mais recente “afronta” no jeito de mensagem de boas vindas da Audi à Porsche:
Resta saber quem é que vai dar as boas vindas a quem na linha de chegada... Para isso temos
de esperar por dia 14 de Junho.
*”World Endurance Championship”, a nova designação do antigo “Mundial de Marcas”
FRANCISCO VIEIRA E BRITO
Piston NEEMAAC
Crónica de um título anunciado
33 para o Benfica na queda do Porto
“O campeão voltou!” foi a missiva mais do principal escalão do futebol profissional em
proclamada no passado mês. Com um ‘bis’ de Portugal, a 13 pontos da liderança no render da
Lima, em pleno Domingo Pascal, o Benfica pôde guarda do seu tri-campeonato.
carimbar o seu 33º título de campeão nacional.
Da penumbra à glória, a turma de Jorge Jesus
reergueu-se e, desde a contestada derrota no ‘caldeirão’ dos Barreiros logo a abrir a Liga, os ‘encarnados’ não mais vacilaram. Não fosse o empate
em Barcelos, contra o Gil Vicente, o Benfica teria
a folha limpa com um registo 100% vitorioso desde meados de Dezembro sendo que se destacam
apenas 6 golos sofridos desde que o novo ano
civil entrou em vigor, momento chave na decisão
da Liga ao qual foram acoplados deslizes do principais rivais, sobretudo do eterno rival, o FC Porto
que, depois de dispor de uma vantagem pontual
de 5 pontos acabou por terminar, o campeonato
28
Maio 2014
Ao longo da época,
os ‘Dragões’ foram obrigados a mexer no comando
técnico, algo não muito
comum no clube da cidade invicta que, desde
2004/2005, no seguimento da profecia europeia
e dos anos dourados de
Mourinho, não mudava de
treinador no decorrer de
uma temporada. O visado
foi Paulo Fonseca. O extreinador dos ‘castores’ da
Mata Real, confessou não
conseguir lidar com “egos
e super egos” no balneário
azul-e-branco, dando assim lugar a Luís Castro que,
depois de ter orientado o
Porto na fase final da temporada na condição de treinador interino, vê-se agora, uma vez mais, relegado para a equipa B do
emblema da cidade invicta com a confirmação de Julen Lopetegui. O anuncio do técnico espanhol foi
no mínimo imprevisível uma vez que, excetuando as conquistas ao leme das seleções jovens do país
vizinho, Lopetegui não tem créditos firmados enquanto treinador de clubes sendo que, tem num FC
Porto ‘moribundo’, depois de uma época saldada única e exclusivamente pela vitória na Supertaça,
o seu primeiro grande desafio aos 47 anos na tentativa de inverter um ciclo recentemente gerado na
estirpe do Dragão que culmina 2013/2014 com o mesmo número de derrotas que somou entre 2008
e 2013, ou seja 7 desaires na Liga, sendo que é preciso recuar a 2001/2002 - época em que Mourinho
se estreou no banco da formação portista, e o FC Porto tinha no Estádio das Antas a sua casa – para
se encontrar pior marca, quando registou 8 jogos sem somar pontos ao longo de toda a temporada.
2013/2014 foi uma época sem precedentes pois, com apenas 21 pontos conquistados fora de casa, a
turma azul-e-branca obteve o pior aproveitamento dos últimos 25 anos longe do seu reduto o qual é
apimentado pelo facto de em 15 jogos, o FC Porto ter vencido apenas seis, o pior registo da era Pinto
da Costa que com Lopetegui entra agora na 32ª época desde que chegou à liderança do clube.
Contudo, não se pode associar o demérito do FC Porto ao mérito do SL Benfica, pois ambos
são facilmente dissociáveis. Se por um lado, em condições ditais ‘usuais’ e ‘normais’, a tradição invoca
que dificilmente o clube da invicta perde 5 pontos para os rivais quando se encontra na liderança, a
verdade ‘nua e crua’ assenta no facto de o clube da Luz ter sido o grande dominador da época. Pautado
por um futebol mais objetivo e arrogante da turma de Jesus, o Benfica soube potenciar as suas individualidades da melhor forma e encontrou-se, pela primeira vez na sua história recente, na condição
de poder ser contemplado com o pleno, resultante de vencer todas as competições, algo que esbarrou
sobretudo nas luvas de Beto, guarda-redes português militante das redes sevilhanas. Foi assim num
ávido e defensivo muro do Sevilla que os comandados de Jesus esbarraram, pelo segundo ano consecutivo, na final da Liga Europa. O desempate pela marca da grande penalidade foi amargo para o
clube da Luz que, apesar de todas as contrariedades com lesões e suspensões, foi dominador ao longo
de grande parte dos 120 minutos de jogo. Cardozo e Rodrigo tremeram e sobre a linha fatal Beto não
vacilou. A ‘maldição’ de Béla Guttmann vai assim perdurar por, pelo menos, mais um ano apesar de
2013/2014 poder ficar na história do clube como a época em que se tornaram o primeiro emblema a
garantir a ‘tripleta’ por terras da Ocidental praia lusitana caso consiga juntar a conquista da Taça de
Portugal às já confirmadas conquistas da Taça da Liga e do Campeonato Nacional.
Piston NEEMAAC
CÍRCULO CENTRAL
O Leão está vivo e ruge pela Europa
Falar do campeonato que agora finda e não referir o Sporting é no mínimo irracional dado
que em 12 meses, distância que separa o pior Sporting da década do melhor registo dos leões nos
últimos dez anos, o clube de Alvalade recuperou o seu estatuto de grande do futebol português. De
Fernando Santos a Leonardo Jardim, passando por Paulo Bento, nunca antes o Sporting tinha somado
tantos pontos ao virar do último terço do campeonato e que, contas feitas, quedou-se a apenas um
mero ponto de alcançar o seu melhor desempenho pontual desde que o principal escalão do futebol
português alberga 16 emblemas, totalizando 67 pontos contra os 68 pontos averbados em 2006/2007,
época em que fez balançar as redes adversárias por 54 ocasiões tal como na temporada que agora
chega ao fim.
Um Sporting seguro e goleador liderado por Leonardo Jardim que, no comando técnico da
equipa de Alvalade, confirma o potencial demonstrado em Aveiro e em Braga antes da sua breve incursão por terras helénicas. O madeirense, de ascendência venezuelana, prometeu trabalho no que
seria um ano tendencialmente complicado mas, a verdade dos números mostra apenas três derrotas no
cardápio dos leões que apenas se vergaram nos campos dos seus rivais, FC Porto e SL Benfica tendo
concedido uma última derrota no último suspiro da Liga na receção ao Estoril de Marco Silva, que é
por estes dias apontado como sucessor de Leonardo Jardim no comando técnico dos ‘Leões’ dado que
surge cada vez mais a hipótese de Jardim abandonar Alvalade para rumar a outras paragens, com o
Mónaco a encabeçar a lista de rumores à qual se vê associado o timoneiro do Sporting.
Com um orçamento significativamente mais reduzido, quando comparado com os seus mais
diretos rivais, o emblema de Alvalade fez da sua formação a sua maior bandeira e força numa temporada cujo objetivo assentava inicialmente na reconquista de um lugar europeu. Da ‘cantera’ leonina
surgiram nomes como William Carvalho e Carlos Mané, num ano em que se assistiu à afirmação de
nomes como os de Cédric Soares e Adrien Silva de leão ao peito.
Para gaudio dos sportinguistas, necessitados de um balão de ar depois de múltiplas desilusões,
o regresso do Sporting coincide, justamente, com o completar de um primeiro ano promissor de Bruno de Carvalho ao leme do histórico lisboeta, outrora conhecido como o clube dos cinco violinos. Não
cinco mas sim seis, equivale ao número de anos em que o Sporting se vê arredado de marcar presença
na fase de grupos da mais prestigiada competição europeia de clubes. A entrada na ‘Liga Milionária’,
30
Maio 2014
como é sobejamente apelidada, permite ao clube de Alvalade obter um
dos seus maiores encaixes financeiros
das últimas temporadas assim como
representa o regresso do Sporting ao
convívio dos grandes do velho continente, algo que não acontece desde a
‘fatídica’ noite Bávara de 10 de Março
de 2009. Na época o Sporting marcava
presença, pela primeira vez, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões,
desde que a competição recebe esse
nome apesar da marca atingida na antiga Taça dos Campeões – chegou aos
quartos-de-final – permanecer ainda
por alcançar mas, a efeméride viria a
ser celebrada da pior maneira. O adversário, o Bayern de Munique, dispensa qualquer tipo de apresentação e, no final de uma eliminatória desigual, o ‘placard’ mostrava uma copiosa derrota por 12-1
no agregado das duas mãos. Os alemães venceram por 5-0 em Alvalade e por 7-1 no seu reduto, dois
resultados que o Sporting prefere, certamente, que não seja apanágio agora que a Europa dos milhões
volta a sorrir no horizonte dos verde-e-brancos.
horizonte dos verde-e-brancos.
Sabe-se que no início da época a direção do clube prometeu um ‘bolo’ de 500 mil euros a serem
distribuídos, igualitariamente, por todos os jogadores do plantel caso os leões rubricassem um apuramento que muitos de início foram perentórios em afiançar de duvidoso. Neste ponto, a utopia está,
como já foi referido, desfeita e é já uma viva realidade pelo que, 20 mil euros ‘extra’ podem entrar
diretamente nas contas dos jogadores que perfilam nos quadros do futebol sénior do Sporting.
O ano foi de sonho, o clube parece reabilitado e livre dos cuidados intensivos que padeceu num
passado muito recente. Bruno de Carvalho não esconde uma candidatura ao título no próximo ano e
garante que Leonardo Jardim continua a ser o treinador do seu projeto apesar de toda a especulação.
O futuro é incerto mas a certeza que fica é que este Sporting já não é mais um clube subjugado. O
Sporting voltou a ser grande e quem ganha com isso é o futebol português!
regresso do boavista ao xadrez da liga
No despoletar do mês de Julho, em 2007, o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de
Futebol confirmara a despromoção do Boavista à Liga de Honra, no âmbito do processo Apito Final.
Na missiva emitida pelo organismo confirmava-se também a suspensão de 4 anos a ser aplicada a
João Loureiro, que surge hoje na liderança do clube da cidade invicta. O Boavista tinha recorrido da
pena de descida de divisão por coação aos árbitros dos jogos com Benfica, Belenenses e Académica,
todos os casos referentes à temporada 2003/04, mas viu recusada a pretensão e cedeu assim o lugar
na divisão principal aos Paços de Ferreira visto que, os pacenses tinham sido despromovidos desportivamente no decurso da temporada que acabava de findar, ao terminarem no 15º e penúltimo lugar.
Quase sete anos depois do sucedido, os axadrezados viram ‘luz verde’ no que diz respeito ao
seu regresso ao escalão primodivisionário do futebol português. O emblema volta assim a colocar o
Estádio do Bessa no mapa do futebol nacional, depois de ter respondido afirmativamente à proposta
lançada pela Liga de Clubes e de se ter candidatado a uma vaga que, é alegadamente ‘sua’ por direito
pois em Fevereiro de 2013, na sequência de uma decisão judicial, o Conselho de Justiça da FPF decidiu
dar provimento ao recurso do Boavista, com fundamento na prescrição do procedimento disciplinar
que ditou a descida de divisão do clube, sem analisar o mérito dos procedimentos disciplinares aplicados.
Desde então, um potencial alargamento a 18 emblemas tem sido uma mera formalidade sendo
que, hoje, apesar de o dia 1 de Abril ser intitulado como dia das mentiras, a verdade nua e crua é que
as ‘panteras’ viram confirmado o seu regresso ao principal escalão. Deste modo, parafraseando a Liga
Piston NEEMAAC
CÍRCULO CENTRAL
de Clubes, pode ler-se a seguinte nota:
“Considerando a apresentação pelo Boavista Futebol Clube, Futebol, SAD, de toda a documentação no âmbito do processo de candidatura divulgado através do comunicado oficial n.º 320,
de 24 de março e a obtenção do parecer favorável da Comissão Técnica de Estudos e Auditoria,
em reunião realizada na presente data [31 de março de 2014], informa-se que a Comissão Executiva
deliberou aprovar a candidatura da Boavista Futebol Clube, Futebol, SAD à participação na I Liga,
na época 2014/15”
A notícia foi recebida com ‘pompa e circunstância’ pelas hostes boavisteiras, retratadas nas
palavras proferidas pelo presidente do clube, João Loureiro.
“É com muita emoção que a nossa candidatura foi aprovada oficialmente. É um momento
histórico que se segue a uma série de acontecimentos que tivemos de atravessar.”
O líder dos axadrezados deixa ainda uma mensagem de confiança e de apreço por todo o apoio
que o clube tem vivido nesta travessia pelos escalões secundários:
“Temos de ter a consciência que vamos começar uma nova etapa e que as dificuldades não
acabaram para o Boavista. Temos vários obstáculos para continuar a ultrapassar. Temos de criar
condições objetivas para participar condignamente na próxima Liga, dentro daquilo que são as
nossas possibilidades, e criar também condições para continuar a cumprir com rigor todos os nossos compromissos. Vão continuar a ser tempos difíceis, mas, agora, naturalmente com muito maior
alento e satisfação.
Temos pela frente quatro meses de muito trabalho, que terá de ser feito com toda a racionalidade e ao mesmo tempo muito coração, de forma a podermos disputar a 1.ª Liga com realismo,
mas com condições para podermos permanecer no lugar que é nosso por direito próprio.” enfatizou
João Loureiro.
Campeão em 2000/2001, o Boavista, recorde-se, encontra-se a disputar nesta temporada o
Campeonato Nacional de Séniores, terceiro escalão do futebol nacional, estando neste momento
inserido no Playoff de promoção na Zona Norte, onde já se sabe vai ocupar o 4º lugar numa série conquistada pelo Freamunde, que por seu turno garante o regresso aos campeonatos profissionais.
Com a confirmação do regresso do Boavista ao convívio da nata do futebol português, fica
confirmado que a temporada 2014/2015, da primeira liga, vai contar com 18 formações sendo que, do
playoff entre Paços de Ferreira e Desportivo das Aves, decide-se qual a 18ª formação a ganhar entrada
no campeonato que tem início em Agosto próximo.
32
Maio 2014
Mundial 2014: Recuperar a estreia de
Portugal no palco do Mundo
66’ Capicua de ‘Magriça’ Sorte com Eusébio do Mundo
O oitavo certame Mundial marcou a estreia não só de Portugal mas também de Eusébio no
palco maior do Mundo do ‘desporto rei’. Por terras de sua majestade, 16 países foram representados
ao mais alto nível pelos seus coletivos. Comandada por Otto Glória, Portugal fazia-se representar pela
espinha dorsal do Benfica Europeu onde se incluíam, para além do pantera negra, os nomes de Mário
Coluna, António Simões, José Augusto e José Torres, num coletivo que foi apelidado como a seleção
dos Magriços.
Um apelido que surgiu baseado nas façanhas de Álvaro Gonçalves Coutinho, O Magriço, um
cavaleiro Português do século XIV que, juntamente com 11 colegas, viajou para a Inglaterra para participar num torneio para defender a honra de doze damas inglesas que não conseguiam encontrar
cavaleiros no seu reino dispostos a fazê-lo. É certo que a veracidade da fábula não pode ser confirmada mas a verdade, nua e crua, é que Portugal embarcou para Inglaterra no Verão de 1966 para fazer
história. 11 Jogadores entraram em todos os jogos para defender a honra de um país que vivia em pleno
Estado Novo. O emparelhamento inicial não poderia ser mais desafiante pois na fase de grupos a seleção das quinas sabia que tinha de estar ao seu melhor nível para bater conjuntos mais experientes
como Bulgária, Hungria e a bicampeã do Mundo em título, o Brasil que tinha nas suas fileiras Edson
Arantes do Nascimento cujo nome por si só pode significar pouco para o mais leigo dos adeptos, mas
se o traduzirmos simplesmente para Pelé, então o acontecimento adquire de imediato outra dimensão.
A epopeia mundial tinha início marcado para o Teatro dos Sonhos, em Manchester. Old Trafford
recebia Portugal na elite do futebol Mundial e foi preciso esperar apenas 2 minutos para José Augusto
marcar o primeiro golo lusitano em fases finais de um Campeonato do Mundo. O que na última década se tornou numa trivialidade, na época era visto com uma proeza heroica. Apesar da exibição
tímida na estreia, Portugal levou de vencida a congénere húngara por 3-1 com José Augusto a bisar e
Torres a inscrever também o seu nome na lista de marcadores.
Piston NEEMAAC
CÍRCULO CENTRAL
Eusébio balança as redes de um Mundial pela primeira vez:
Ainda em Manchester, 3 dias depois da estreia, a seleção defronta a Bulgária embalada pela
vitória inaugural. Desde cedo Portugal adiantou-se no marcador com um auto-golo de um defesa
búlgaro. Contudo, é o minuto 39 da tarde de, 16 de Julho de 1966, que fica cravado na história. Assistido pelo seu “irmão branco”, Eusébio marcou o seu primeiro golo num Campeonato Mundial. O 2-0
verificar-se-ia até bem perto do final quando José Torres elevou para 3-0. Os Magriços seguiam como
única equipa invicta no grupo no final da segunda jornada. Eusébio abria o livro e ficava a espera de
um Brasil que precisava de ganhar a Portugal.
Quando Eusébio bateu o pé a Pelé:
A canarinha, bicampeã do Mundo, vivia um momento conturbado e para continuar em prova
tinha de bater Portugal por uma vantagem superior a dois golos. Para o efeito, Pelé regressava de
propósito para defrontar a formação de Otto Glória que, enquanto treinador português tinha oportunidade de enfrentar a seleção do seu país de origem. Depois de uma semana vitoriosa em Manchester,
Portugal mudava-se para Liverpool pois a partida que oporia Eusébio a Pelé iria ter lugar em Goodison
Park, atual estádio do Everton.
Debilitado, Pelé foi a jogo mas após uma entrada mais ‘arrojada’ de Morais, o astro brasileira
nada mais poderia fazer a não ser coxear. Conhecedores do estado físico de Pelé e, entrando de cabeça
levantada e olhos nos olhos contra um adversário que era só e somente o bicampeão Mundial em título, Portugal adiantou-se no marcador à passagem do quarto de hora com o pequeno António Simões
a corresponder de cabeça a uma bola perdida pelo guardião Manga na sequência de um cruzamentoremate de Eusébio. “Um momento inesquecível e que dá vontade de falar de vez em quando.” é
assim que Simões, Rato Mickey para os colegas, classifica o golo que abriu caminho para uma vitória
sem precedentes, a primeira em jogos oficiais contra os sul-americanos. A partir desse ponto história
foi contada. Portugal gelou o Brasil e adiou o sonho do tricampeonato para os cariocas que foram
forçados a esperar mais quatro anos por nova conquista. Nesse dia ainda não foi enunciado, Eusébio
completaria o placard. O King bisou contra o Brasil de Pelé. Portugal assegurava lugar nos quartos-definal.
O apuramento pela batuta de Eusébio:
Em 1966, Portugal e Coreia do Norte faziam a sua estreia em fases finais do campeonato do
Mundo e ambas as seleções viviam uma estreia de sonho e auspiciosa no palco maior do futebol
mundial, ao atingirem os quartos-de-final da competição, cotando-se assim como parte integrante das
oito melhores equipas do torneio. Se Portugal havia vencido o Brasil, o apuramento da Coreia do Norte
para a fase a eliminar não seria menos memorável dado que, ao eliminarem a Itália na fase anterior, os
norte-coreanos eram também só por si uma das sensações da prova.
Em terra de nobres brilhou o Rei ao liderar a recuperação dos Magriços, quando já perdiam por
3-0 contra os norte-coreanos. De rompante, Eusébio celebra quatro golos virando por completo um
jogo que acabaria com a vitória lusitana por 5-3. Nos tempos que correm, a exibição do Pantera Negra
continua a ser conotada como uma das melhores de sempre, em fases finais de Mundiais.
Lágrimas e tristeza: “Foi o dia mais triste da minha vida!”
“A maior tristeza foi a derrota nas meias-finais, no campeonato mundial de 1966.”. Foi com
mágoa e tristeza que Eusébio recordou, em 1981 ao semanário Expresso, a meia-final do Mundial inglês. Pela frente os Magriços catapultados por feitos sem precedentes encaravam a seleção anfitriã.
Um jogo que se veria envolto em polémica com a localização do encontro a ser alterada para que
os ingleses pudessem jogar todos os seus jogos no mítico Estádio de Wembley, o estádio do povo
britânico e que permitiria maior falange adepta nos seus da seleção de sua majestade. Portugal não
poderia fazer a não ser concordar com a ‘argumentação’ da FIFA. A Inglaterra sabia da valia de Eusébio
34
Maio 2014
e operou uma marcação cerrada ao ‘13’ de Portugal.
Liderada em campo por Bobby Charlton, a formação inglesa viu-se a ganhar por 2-0 para não
mais largar a condição de vencedora. Eusébio ainda reduziu de grande penalidade para Portugal mas,
já não havia volta a dar e o pranto de Eusébio no final do jogo é o que permanece na memória.
Contas feitas, restava apenas defrontar a União Soviética no jogo para atribuição da medalha
de Bronze do último Mundial da década de 60. Eusébio começaria por derrubar o muro de Lev Yashin
da mesma maneira que havia batido os ingleses, da marca de pénalti. O 9º golo de Eusébio seria o
seu último em fases finais de Campeonatos do Mundo. Torres selaria o Bronze num último suspiro na
partida. Os Magriços levavam para casa mais do que o Bronze. Em Lisboa aterravam heróis nacionais.
Eusébio foi Bota de Ouro e, trazia consigo, esse doce com sabor amargo para se contentar!
Planeta académica
Eleições, época tranquila e o adeus a Ricardo
2013/2014 levou a Académica a bom porto, um porto seguro pautado pela ineficácia na hora de
‘assaltar’ as redes adversárias. Contas feitas, o ataque Brioso foi um dos piores da Liga mas, tal feito
pode apenas evidenciar a constância da turma de Conceição que acaba justamente a meio da tabela
classificativa num honroso 8º lugar – melhor classificação desde 2008/2009 -, que permite inserir o
nome dos ‘estudantes’ no quadro dos 8 melhores do principal escalão em Portugal pela 3ª vez em
quase 3 décadas, mais concretamente 29 anos.
A tal efeméride, junta-se agora a apimentada discussão pela presidência do clube.
Nuno Teodósio Oliveira foi o primeiro candidato a
apresentar um projeto que visa dirigir os destinos
da Associação Académica de Coimbra/Organismo
Autónomo de Futebol. Motivado pelo lema “100%
Briosa”, o advogado dá agora a cara pelo clube que
há muito defende tendo sido um dos maiores impulsionadores do movimento “Académica 100% dos Sócios”, cujo maior objetivo tratava a defesa da implementação de uma Sociedade Desportiva Unipessoal
por Quotas (SDUQ) nos desígnios dos ‘estudantes’.
Piston NEEMAAC
CÍRCULO CENTRAL
O candidato assume alguns dos seus desejos e descreve o seu projeto:
“Esta é uma candidatura abrangente, plural, de todos os que se revêm nos princípios norteados da Instituição. Trata-se de uma candidatura que congrega todos os que não veem a Académica
apenas como um clube, mas como uma Instituição de dimensão nacional e internacional, com uma
margem de crescimento como nenhum clube em Portugal terá.
Impõe-se um movimento de refundação da Associação Académica de Coimbra/Organismo
Autónomo de Futebol. Estou convicto de que o projeto é o melhor para a Académica. Queremos
uma Académica dos sócios e para os sócios. Uma Académica mobilizadora, capaz de transmitir uma
mística única, sempre com forte ligação à casa-mãe.
No plano desportivo, desejamos um clube ambicioso, lutando sempre pelos lugares cimeiros
da tabela classificativa e não se cingindo apenas à luta pela permanência. Queremos devolver a
Académica aos seus sócios, serão eles a mola humana que nos irá catapultar para voos mais altos.
A Académica é um gigante adormecido e está na hora de acordar. A Académica não tem donos, faz
parte do seu ADN, nem nunca se subjugou ao poder político. A Académica sempre foi e sempre será
um espaço de liberdade e cidadania.
Esta não é uma candidatura de oposição, nãos nos estamos a candidatar contra ninguém. É
um projecto que defende uma Académica una, que não está de costas voltadas para os seus sócios
e que quer sempre uma Académica de Coimbra mas para o mundo.”
Aos 33 anos, Nuno Oliveira conta já com vasta experiência nos domínios academistas reunindo, inclusivamente, qualificações na área da gestão desportiva pelo que não constitui surpresa a
candidatura, agora tornada publica.
O advogado conimbricense é presença assídua no Estádio Cidade de Coimbra e é sobejamente
conhecida a sua paixão pelo clube do losango, sendo que até há bem pouco tempo era parte integrante
da equipa de relatos da Rádio Universidade de Coimbra.
A poucos dias do escrutínio, Oliveira vai ser acompanhado por José Eduardo Simões na corrida à liderança do emblema de Coimbra, com o atual presidente do clube da cidade que é cruzada
pelo Mondego a pretender recandidatar-se a um novo mandato. Contestado por muitos, apupado
por outros, certo é que Simões impera ao lema “Académica Sempre” procurando cativar o eleitorado
com o tradicional discurso de continuidade e de ambição renovada ao mencionar o seu projeto como
“ambicioso desde há 10 anos, na salvação da Académica e na construção de infraestruturas e hoje
temos um património notável, que poucos outros clubes têm, que ultrapassa em muito o nosso passivo.
Apresento uma equipa com ambição e resultados e com qualidade reforçada para tornar
a Académica mais capaz de vencer as dificuldades do futuro, em quem os sócios devem confiar”,
referiu o candidato, salientando que “de mandato para mandato tem vindo a trabalhar melhor e a
obter melhores resultados.”
Em 10 anos de Primeira Liga, certo é que a grande pecha de Simões assenta no facto de ano
após ano a Académica terminar o campeonato com incertezas e múltiplas questões como pano de
fundo e esta época, apesar dos resultados desportivos alcançados, não foge à regra dado que mais de
metade do plantel não está confirmado tendo em vista a próxima temporada, sendo que se contam
pelos dedos das mãos, aqueles que, das habituais opções de Sérgio Conceição no decorrer da época,
têm o seu vínculo contratual renovado.
Para já a maior perda jaz em Ricardo Nunes. O guardião da Académica, está no clube de Coimbra desde 2007 e entre lágrimas de emoção garantiu que não vai continuar a defender os destinos da
baliza Briosa na próxima temporada. O destino mais provável parece ser o Estádio do Dragão algo que
o poveiro se recusou a comentar. Juntamente com Ricardo, Makelele parece estar também de saída
36
Maio 2014
com Cleyton a levar um rumo semelhante, sendo que também existe a possibilidade de a Académica
perder outra das suas figuras, o ‘Herói da Taça’, Marinho que viu o seu espaço reduzido na equipa
titular e procura a melhor opção para prosseguir a sua carreira.
No que contempla 2014/2015 é fulcral que a Académica consiga chegar a acordo com Sérgio
Conceição para renovar pelo clube do losango independentemente da equipa que sair vencedora do
escrutínio do próximo dia 30 de Maio.
A aposta em jogadores como Salvador Agra e Rafael Lopes no mercado de Inverno pode
deixar antever uma incursão pelo mercado nacional ao invés da invasão, por vezes inexplicável, pelos
escalões secundários do campeonato brasileiro, facto que é sustentado pelos recentes rumores que
dão como certas as contratações de Pedro Moreira e Tozé, dois dos principais impulsionadores da boa
temporada da equipa B do FC Porto. Neste defeso, a história mais badalada vai ser, ao que tudo indica,
a questão de quem vai chegar a Coimbra para ocupar o lugar deixado agora vago por Ricardo Nunes.
Nomes como os de Mika e José Sá perfilam-se na lista dos desejáveis mas, ao que tudo indica, a curto
prazo, a baliza Briosa deve ficar entregue a Peiser que está perto de estender o seu vínculo contratual
com a Académica.
O futuro é incerto em Coimbra e o patamar está elevado para a próxima campanha com a necessidade de a turma conimbricense alcançar o tão aguardado lugar Europeu!
VÁLTER FERREIRA
Piston NEEMAAC
Película
Cross Of Iron - A Grande Batalha (1977)
Sam Peckinpah
Duração: 132min
País: Reino Unido / Alemanha Ocidental
Com : James Coburn, Maximilian Schell, James Mason
Em 1943, depois da derrota das tropas alemãs
na batalha de Estalinegrado, um grupo de soldados
alemães tenta sobreviver a ofensiva Soviética. Um
comandante transferido chega a sua base, e tem
uma ambição : Ser condecorado com a mais alta
medalha militar, a Cruz de Ferro. Obviamente que
toda essa ambição resultará em conflitos internos. O
Filme conta com uma técnica muito avançada para
a época, planos curtos em câmara lenta de várias
acções em simultâneo, que mais tarde viria a ser
adoptada por muitos realizadores. É de notar também que o facto das imagens passarem mais lentamente amplificam a crueza da Guerra. Verdadeiramente visceral, não só se foca em um protagonista
e vai explorando as mais diversas personagens. Ao
contrário de muitos outros filmes feitos sobre o assunto, as tropas Nazis são aqui mostradas com um
carácter menos homogéneo e assim mais realista ,
temos soldados que vieram para a Guerra contra a
sua vontade, soldados Homossexuais (Algo extremamente repudiado pelo Reich), soldados loucos,
soldados sãos, enfim todo uma panóplia de personagens.
38
Maio 2014
Disco
Álbum: Glassjaw
Interprete: Worship And Tribute
Ano: 2002
Editora: Warner Bros
O segundo álbum de estúdio da banda
Estado-Unidense mais precisamente de Long Island, conhecida pelos seus concertos efusivos e
energéticos. São donos de um som muito próprio que vai beber das influencias do Post-Hardcore (uma vertente um pouco mais solta do
Punk), Rock Progressivo, Música Expermental
e Heavy Metal. Em suma, o álbum conta com
Livro
uma variância de estilo, o que é bom pois não
cansa com tanta facilidade. Serve para abrir horizontes e deitar abaixo a ideia que o Punk é sempre a mesma coisa. A plasticidade do vocalista
é notória, característica que não é muito vulgar
neste género musical. Worship And Tribute consegue um difícil equilíbrio entre o emotivo e o cru.
O Teu Rosto Será o Último
Autor: João Ricardo Pedro
Editora: Leya
2011
O livro começa no dia 25 de Abril de 1974, onde um homem
no Portugal profundo chamado Celestino empenha a sua caçadeira
para um dia de caça, aí ainda não tinha chegado as notícias que tinha
havido uma Revolução e o dia correu com uma aparente normalidade.
Neste livro temos varias personagens onde cada uma tem em si o
um ar de “Ser Português”, temos um Padre que para além de uma fé
religiosa inabalável era um acérrimo adepto do Sporting, uma mulher
que os mais recentes avanços na sociedade como os homens usarem
brincos, os astronautas, os implantes mamários eram sinais que o
dia do Juízo Final estava a porta, um médico da aldeia, um homem
que foi para a guerra do Ultramar e conheceu a madrinha de guerra
numa livraria, uma criança que certo dia andou de bicicleta todo nu.
O Teu Rosto Será o Último concentra numa escrita bem constituída e
difícil de elaborar mas simples de ler (o autor é Licenciado em Engenharia Electrotécnica e até então não tinha qualquer tipo de formação
na área da Literatura), histórias banais aparentemente sem relação
entre elas, com bastante sentido de humor mas com os devidos pés
na terra, pois também nos mostra os flagelos e as consequências da
Guerra e do Estado Novo.
ANDRÉ PORTUGAL
Piston NEEMAAC
Quinta feira, 25 de Abril de 2014. Feriado
nacional, um óptimo dia para reunir os amigos
lá em casa. Mas como passar o tempo?? Então
surgiu a ideia, “Porque não Left 4 Dead 2??”. Sei
o que estão a pensar, um jogo tão antigo, já está
mais que passado a história. Mas, ai é que se enganam. Começamos a jogar, modo campanha,
Dark Carnival. Eu estou a jogar, o Rodrigues também, o Clemente e o Cabral. Começamos na autoestrada, quando o carro que usavamos para a
fuga na campanha anterior já não pode avançar
mais devido ao engarrafamento. Vamos avançando, vamos matando facilmente os poucos
infectados que vão aparecendo, até que
chegamos a um motel, onde de repente
aparece um Tank, o inimigo mais forte e
que mais dano aguenta, quando damos por
isso estamos todos a gritar “Mata o Tank,
mata o Tank”. Quando ele finalmente cai
temos a nossa vida um pouco em baixo,
mas vamos avançando, até que chegamos
a entrada do Whispering Oaks Amusement
Park, e também a safe house. Primeira par40
te da campanha está concluida. Agora temos de
atravessar o parque de diversões. Mal saimos da
safe house, vemos uma quantidade simpática de
zombis a correr na nossa direção e a única coisa
que podemos fazer e despejar clip atras de clip até
todos eles estarem no chão. Mas assim também
seria fácil demais, pelo meio ainda está o David a
gritar “Ajuda, ajuda, estou a ser puxado” depois
de estar a ser puxado por um Smoker, um infetado especial que com a sua lingua enorme consegue envolvernos nela e arrastarnos ate ele. Quando
pensavamos que já tinha passado, vejo um Hunt-
Maio 2014
er, outro infetado especial a saltar para cima de mim, derrubar-me e a desferir-me golpes incontaveis
ate que o Sérgio lhe põe um fim. Por agora sobrevivemos. Avançamos, quando vamos a entrar no
estábulo, temos de lidar com mais uma quantidade generosa de zombis e derepente começa o chao a
nossa frente a ficar verde e a borbulhar. É um Spitter, um infetado especial que atira uma gosma verde
tão rápido como essa mesma gosma verde nos tira vida se estivermos em cima dela. O David escapa e
avança sozinho, vamos no seu encalso e percebemos que temos de subir umas escadas, que nos leva
para cima do telhado do mesmo estábulo. Enquanto o Sérgio curava o Clemente e o David se corava a
ele mesmo, coisa que na altura eu não percebi que estava a acontecer, fui avançando sozinho. Cheguei
a meio do telhado e um grito medonho e uma mensagem “You startled the Witch” apareceu no ecrã
do meu computador. No instante seguinte, estava no chao, apenas podendo usar a arma secundária e
a debaterme com o que parecia ser uma rapariga, mas com uns olhos amarelos, brilhantes, assustadores, a desferir-me golpes sem fim. Grito pela ajuda dos meus colegas, e quando estava quase no limite
da minha vida, lá aparece o David e o Clemente para me salvarem. A Witch morreu. Uma lição que
aprendi da pior maneira, estar atento a Witch e nunca a incomodar. Descemos do telhado e avançamos
mais um pouco. Temos uma especi de andaime e a nossa passagem esta bloqueada por uma série de
torniquetes, temos de abrir os torniquetes. “David vai abrir os torniquetes, a gente protege-te daqui
de cima do andaime”. Ele avança, pressiona o botão para abrir os torniquetes e nesse momento, do
sítio para onde temos de ir surge uma horde imensa de zombis. “David sai dai, sai dai” grito-lhe eu.
Disparando bala atras de bala contra aquela parede de mortos-vivos vamos sobrevivendo, ate que um
Smoker tira o Clemente de cima do andaime e o arrasta para um canto, ele pede ajuda, eu desço para
o tentar ajudar e quando dou por isso tenho um Jockey nos meus ombros, outro infetado especial, a
arrastar-me para o meio dos zombis. Digo “Ajudem-me, ajudem-me”, o Sérgio tenta ajudar-me mas
quando dá por isso tem um Hunter em cima dele, tudo depende
se o David nos consegue por de
pé a todos agora. Mas quando
ele começa a tentar levantar o
clemente primeiro, uma segunda
horde de zombis aparece, sem
aviso, eu e o Sérgio e o Clemente
tentamos matar o maior número
de zombis possivel com a nossa
arma secundaria pois estando no
chao é a única luta que podemos
usar, mas rapidamente eles nos
envolvem completamente, mas o
David ainda esta na luta, ainda a
esperança. O que nenhum de nós
Piston NEEMAAC
what’s hot?
viu foi o Boomer que se aproximava sorrateiramente, que vomita para cima do David, e que lhe impede de ver seja o que for. Neste momento, devido ao vómito do Boomer todos os zombis atacam o
David ao mesmo tempo, com a visibilidade quase nula, devido ao vomito, com uma quantidade de
zombis enorme a envolvelo e atacalo. Mas não seria impossivel de sobreviver, o problema foi o Charger. Um zombi especial que investiu contra o David e que o arrastou para um canto e não o largou ate
ele morrer. Ai percebemos que é ali o nosso fim, que já não conseguiriamos sobreviver mais, e então
confirma-se, o David cai por terra. Deitamos maus a cabeça e ficamos todos extasiados e de boca
aberta a pensar naquilo que tinha acabado de acontecer. Recomposemo-nos e voltamos a safe house
para mais uma tentativa.
Foi um dia bem passado. Left 4 Dead 2 foi lançado a 17 de Novembro de 2009 e é uma sequela
direta do primeiro titulo. O jogo é da Valve, e foca-se no modo cooperativo entre os 4 jogadores que
compoem a equipa de sobrevivente ao apocalipse zombi. É maravilhoso de se jogar, e como é claro
como já tem os seus aninhos e ainda usa o motor source, a qualidade grafica já não é a melhor.
Existem alguns modos de jogo, como campanha, survival em que estamos num mapa fechado
e temos de sobreviver o maior tempo possível a vagas sucessivas de zombis incontroláveis, ou entao
temos o modo scavenger em que temos de encontrar certos items, como gasolina, e trazelos de volta
para o ponto inicial, como por exemplo um carro.
Existem sete tipos de zombis especiais. Os Tanks, o pesadelo para qualquer jogador pela
quantidade de dano que conseguem suportar, as Witchs, que basta uma investida e deitam-nos por
terra, os Hunters, os Jockeys, os Smokers e os Spitters e os Chargers. No total existem 5 campanhas
desafiadoras, e que nos vao contando em segundo plano a história dos sobreviventes.
Apesar de já ter a sua idade Left 4 Dead 2, é um titulo maravilhoso, no qual podemos perder
horas e horas e horas de diversão com mais 3 amigos.
CLASSIFICAÇÃO: 95
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SÉRGIO ALMEIDA
Maio 2014
THE WALKING DEAD
Certo dia, enquanto vageava pela net, deparei-me com algo
épico. Algo que em breve faria 10 anos de existência, sim estou
a falar da banda desenhada de The Walking Dead. Por esta
altura a série televisiva já tinha iniciado, e então fiquei curioso
em relação a banda desenhada. Fiquei extasiado! A série escrita
por Robert Kirkman, e desenhada por Tony Moore, mais tarde
substituido por Charlie Adlard é maravilhosa de se ver e de ler.
Criada em outubro de 2003 The Walking Dead teve um inicio
atribulado, com poucas vendas e com pouca popularidade entre
os leitores de comics, mas ao longo do tempo foi construindo a
sua reputação e a sua popularidade e em 2006, altura do lançamento da 33ª edição, a primeira tiragem esgotou em apenas 24
horas. A partir dai foi sempre a crescer. Em 2010 ganhou o prémio Eisner Award, prémio que distingue feitos na arte sequencial, ou seja, de melhor banda desenhada continua. Também
foi neste mesmo ano que The Walking Dead teve a sua adaptação aos grandes ecrãs. E assim começou o fenómeno zombi.
Mas deixem que vos diga, depois de começar a ler a banda desenhada, a entrar na verdadeira história de The Walking Dead,
a série televisiva tornou-se algo monótono, sem sabor, sem a
emoção que nos é proporcionada pelos quadradinhos da banda
desenhada. Além disso, a série televisiva, apesar de inspirada
na banda desenhada, parece ter ganho vida própria e, neste
momento leva um rumo completamente diferente da banda desenhada, completamente díspar. Por
exemplo, todos nós nos lembramos da morte do Shane. Bem na banda desenhada, naquele momento
na floresta em que Shane aponta uma arma ao Rick, quando Dale impede o Shane de matar o Rick,
na banda desenhada aparece o Carl que dispara e mata o Shane. A Andrea, que na série televisiva
morre, na BD é das personagens mais importantes. Outro exemplo é a Lori e a bébé morrem quando o
Governador invade a prisão, e este e morto por uma mulher do grupo dele, depois destes perceberem
Piston NEEMAAC
what’s hot?
que estavam a atacar e a matar mulheres e bebes, entre
muitas outras diferenças. Mas nem tudo é mau, uma
das coisas boas da série televisiva foi a introdução de
uma personagem nova, o Daryl. É a única coisa que
consigo apontar como bom, depois de todas as alterações feitas em relação a banda desenhada.
É verdade que a série tem ganho bastantes prémios importantes, tem batido recorde de audiências
mas deixa muito aquem da banda desenhada, já que
se diz que é baseada nesta, tem uma historia completamente diferente, é uma história completamente diferente.
Para finalizar, deixo a minha opinião pessoal, se gostam da série televisiva, não leiam a banda
desenhada. Mas, a banda desenhada é algo que vale a pena ler, e reler.
SÉRGIO ALMEIDA
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Maio 2014
ESPECIAL NEEMAAC 13/14
ACÇÃO E FORMAÇÃO
Foi lindo. Foi a minha primeira experiência de núcleo e foi fantástica, há pouco a dizer porque
apesar das adversidades tudo valeu a pena. Se o tempo voltasse atrás voltava a fazer de novo mas
mais e melhor. Todas as atividades em que participei e organizei ajudaram imenso na minha corrida acadêmica e isso não tem preço. Devo isto aos meus colegas que sempre me ajudaram e apoiaram. Aproveito também para agradecer à comunidade do DEM por confiarem no nosso trabalho. No
NEEMAAC aprendi um lema, “se nós queremos nós lutamos e nós podemos”. Obrigada por serem
quem são.
TELMA MORGADO
COMUNICAÇÃO E IMAGEM
Este ano o NEEMAAC foi superior aos outros núcleos. Tivemos o maior número de atividades
e conseguimos atingir praticamente tudo o que tínhamos considerado. O único problema foi mesmo
a falta de participantes nessas mesmas atividades…não sei o porquê mas os alunos não estiveram
muito a fim das atividades propostas. Mas não foi por isso que os elementos deste núcleo não estão de
parabéns pois todos realizaram um magnifico trabalho e estiveram sempre prontos para ajudar quem
fosse.
Bem, no meu pelouro, da comunicação e imagem, penso que tivemos uma melhoria significativa comparando com o ano anterior. Imprimi-mos quatro edições do Piston, fizemos um site para
o NEEMAAC, possuindo este uma base de dados para que os alunos possam estudar sem ter que
recorrer à reprografia e para além disto tudo ainda fizemos todos os cartazes de todas as actividades
realizadas pelo NEEMAAC.
Para mim foi uma experiencia engrandecedora pois abriu-me novas portas, que a nível académico, profissional quer a nível criativo e onde conheci novas pessoas e fiz novas amizades.
Para finalizar gostaria de congratular o Miguel Clemente e o Ricardo Baila pela preciosa ajuda
que deram a este pelouro, ao João Marques, pela bela equipa que criou e que deu tanto fruto para o
nosso departamento e toda a equipa do NEEMAAC que fez com que este ano corresse tão bem.
SIGA NEEMAAC!!
ANTÓNIO ALMEIDA
CULTURA
A oferta cultural do NEEMAAC foi diversificada e deverá ter cumprido com as expectativas dos
alunos do DEM, na medida em que foi abastada de tardes de cerveja! As febradas são o clássico evento
vespertino de que não poderíamos despender. Este ano inovámos e acrescentámos-lhe música ao vivo.
Fez-se ouvir a bateria, baixo, trompete e órgão, mais ou menos de improviso, coisa rara naquele jardim.
Realizámos a segunda edição de cinema com um filme escolhido pelos alunos e promovemos
o Beach Volley na praia fluvial. Não esgotámos as possibilidades de exploração artística, mas ficámos
com o apontamento de uma aceitável receptividade às nossas actividades.
Do ponto de vista pessoal, foi gratificante ter trabalhado com esta equipa. Sou testemunha do
empenho que existiu para te proporcionar as melhores experiências. Levo comigo um respeito enorme
ao trabalho do NEEMAAC, cuja dimensão me acerquei melhor este ano.
LUÍS PAIVA
Piston NEEMAAC
DESPORTO
2013/2014 foi sem dúvida um ano de crescimento, arrisco-me a dizer, para toda esta equipa.
Um projecto abraçado no início, com convicção de sucesso, contando sempre com toda a entrega e apoio dos meus colegas e amigos envolvidos. Imperativamente, todo o sucesso que daqui adveio
pode ser, noutras prespectivas, justificado apenas pelo fruto do nosso trabalho e dedicação. Sim, um
fruto que sabe ainda melhor quando sabemos que amadureceu, não só devido a tal, mas também, e
essencialmente, à relação que floresceu partindo das raízes de cada um.
Um ano magnífico.
ZÉ PEDRO MARTINS
GAPE
Em primeiro lugar gostaria de agradecer a toda a equipa do NEEMAAC, pelo excelente trabalho
e dedicação ao longo deste ano lectivo.
Tive o privilégio de coordenar o pelouro GAPE, onde estive em contacto directo com todos os
estudantes do Dem, como na recepção ao caloiro e recepção aos estudantes em programa de mobilidade. Com isto aprendi novas línguas, melhorei o meu inglês, vi novos conceitos e formas de pensar
e viver.
Foi igualmente gratificante poder contribuir em todas as actividades conjuntas do NEEMAAC,
destacando a Academia do Emprego onde também tive oportunidade de participar no Pitch .
Foi um ano de trabalho intenso, em que os estudantes ficaram em primeiro lugar nas nossas
prioridades e espero que para o ano o NEEMAAC seja ainda maior e melhor.
Siga NEEMAAC!
FILIPA CARVALHO
PEDAGOGIA
O Pelouro da Pedagogia assumiu-se como uma forte base de sustentação e de resposta às exigências que o actual quadro do ensino superior público exige. Sendo que o nosso principal objectivo
prendeu-se em defender e resolver os assuntos pedagógicos, que se encontravam ligados, não só aos
cursos leccionados no DEM, mas também nos preocupámos em participar nos assuntos pedagógicos
debatidos na academia. Todos esses assuntos foram analisados e debatidos durante as jornadas pedagógicas. Foi um evento de grande importância, uma vez que, este pelouro focou grande parte da sua
atenção para a sua realização e batalhou com todas as forças em trazer resultados mais positivos aos
cursos do DEM.
Quanto à minha experiência enquanto coordenador do Pelouro da Pedagogia foi, de facto,
muito gratificante. Apesar de no início me parecer que era uma caminho bastante difícil de percorrer consegui, passado praticamente um ano, e depois de vastos desafios, perceber que não só me fez
crescer como pessoa, como também me faz crescer enquanto estudante do Departamento de Engenharia Mecânica e, por fim, fez-me também perceber que existem vários pontos de vista, pontos de
vista esses que devem ser analisados e cuidados todos de igual modo.
Desejo à próxima equipa do NEEMAAC, e em especial ao próximo coordenador deste pelouro,
as maiores felicidades, esperando que dêem continuidade ao trabalho realizado pelas anteriores direcções, pois a pedagogia do DEM é reconhecida fora de portas e isso só se consegue com o empenho
de quem a coordena e dos beneficiários, os alunos.
NUNO BRANCO
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Maio 2014
ESPECIAL NEEMAAC 13/14
SAÍDAS PROFISSIONAIS
Ter sido coordenador das Saídas Profissionais foi uma das aprendizagens mais enriquecedoras
e completas que poderia ter tido nesta fase de crescimento enquanto estudante. Fez-me ver que é bem
verdade quando dizem que ser dirigente associativo desenvolve em nós competências transversais que
não se desenvolveriam se ficássemos somente pela exigência da parte curricular do curso.
Aprendi imenso, com uma equipa fantástica, repleta de pessoas que sem se preocuparem com
o que receberiam em troca, sempre se moveram pelo amor a esta nossa casa que é o DEM e aos seus
alunos. Ter tido oportunidade de, neste pelouro em específico, contactar com empresas e demais entidades empregadoras, alargar a minha base de dados, e poder ter trazido para cá parte da realidade
do mercado de trabalho, foi uma recompensa extraordinária.
Aconselho vivamente a todos vós que não conhecem e se alheiam desta vertente associativa
que o deixem de fazer. Honrar a AAC, desde as suas secções aos núcleos também é fazer parte do que
é ser estudante de Coimbra. Nós somos diferentes. Vive essa diferença!
FILIPE AMARO
SECRETÁRIA
Sempre considerei o associativismo como sendo uma forma muito importante de ter uma
participação ativa na comunidade. Este para além de fazer parte de um processo de formação, é um
caminho que nos dá a oportunidade de agir e de nos envolver no meio em que nos inserirmos.
A minha experiência no associativismo teve lugar no núcleo de estudantes do departamento
de engenharia mecânica e foi sem qualquer dúvida a melhor coisa que me podia ter acontecido. Foi
através desta experiência que tive oportunidade de conhecer pessoas fantásticas, e adquirir tantas
competências transversais que poderão ser eventualmente uma mais valia para o futuro. Esta é acima
de tudo uma experiência que nos permite partilhar quem somos, como somos e acima de tudo como
vemos o Mundo e como o podemos mudar. É um “Brainstorming” constante, em que um grupo de
pessoas sugere, discute, planeia e prepara dando assim vida a uma ideia.
VERA RIBEIRO
TESOUREIRO
Fazer parte da equipa do NEEMAAC 13/14 foi uma oportunidade única de fazer parte de um
grupo de miúdos com enorme ambição, capacidade de trabalho, empenho e dedicação que certamente não vou esquecer. Foram muitas horas de trabalho e muitas adversidades superadas que culminaram, a meu ver, num excelente mandato, como se pode comprovar pelo trabalho desenvolvido
ao longo do ano. Foi um gratificante processo de crescimento pessoal para mim e foi um orgulho ver
os meus companheiros crescerem também ao longo deste percurso. A todos eles agradeço o que com
eles aprendi e lhes desejo o melhor para o futuro. Um ano depois, o grupo de miúdos transformou-se
num grupo de Homens e Mulheres que admiro mas, acima de tudo, tornou-se um grupo de amigos!
São estes amigos e os momentos que com eles passei que, como diz a canção, “Levo comigo p’ra
vida”.
LEANDRO SIMÃO
Piston NEEMAAC
DIA 29 DE MAIO OCORREM
AS ELEIÇÕES PARA O NÚCLEO
2014/2015
NÃO DEIXEM PASSAR A OPORTUNIDADE DE FAZEREM A
DIFERENÇA E PARTICIPAR ACTIVAMENTE NO VOSSO NÚCLEO
VISITA-NOS NA NOSSA PÁGINA DE FACEBOOK
https://www.facebook.com/Piston.NEEMAAC

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