toca a estudar!! - NEEMAAC

Transcrição

toca a estudar!! - NEEMAAC
PARA LERES NA PAUSA DOS TEUS ESTUDOS ...
DEZ 2013
TOCA A
ESTUDAR!!
MUNDO
AUTOMÓVEL
CIRCUITO INTER.
DE VILA REAL
CALENDÁRIO DOS
EXAMES
FESTA
DAS
LATAS
SABIAS QUE
TEMOS UM RECORDISTA
DE QUEDA LIVRE
NO DEM?
T.I.M.E.S.
E MUITO MAIS NO TEU PISTON!
ÍNDICE
3Editorial
4
A Excitação Que Vem Tão Depressa Quanto Vai
5
Quando A Política É Boa, Mas Parece Não Chegar
6
O Futuro Da Engenharia Mecânica
Queres colaborar connosco?
10
ESTIEM T.I.M.E.S.
Encontraste algum erro ou informação errada?
11
Ciclo de Conferências
Queres agradecer ou elogiar o nosso trabalho?
12
Palestra da Comunicação
Escreve-nos para
12
Magusto do DEM
[email protected]
13
Torneio DEM 12h de Futsal
13
Gala 15 Anos NEEMAAC
14
Festa das Latas
14
Jornadas Pedagógicas
15
Uma Aventura Em... Floripa
16
À Conversa Com... Francisco Sinde Filipe
19
911, a Lenda...
21
Circuito Internacional de Vila Real
26
WRC Fafe Rally Sprint 2014
27
Test Drive Seat Leon SC 1.4 TSI
29
Mão de Ouro em Bola de (B)Lata
31
Ao Ritmo de Ronaldo
32
Mundial 2014: O que Espera Portugal?
34
Se em Novembro Ouvires o Trovão, o Ano Será Bom
35
Planeta Académica
36
Almanaque Cultural
38
Visita ao Passado
RÚBRICAS
39
Football Manager 2014
43Passatempos
44
Calendário de Exames
4
UNIVERSO UC
2
6
ENGENHARIA DE TOPO
15
ERASMUS WORLD
16
À CONVERSA COM...
19
VICÍOS URBANOS
21
MUNDO AUTOMÓVEL
29
CÍRCULO CENTRAL
36
ALMANAQUE CULTURAL
38
WHAT’S HOT?
Dezembro 2013
EDITORIAL
O final do primeiro semestre aproxima-se a passos largos e com ele a chegada de tempos de (muito)
estudo, frequências e exames. É também um tempo de
descanso, de recuperar forças junto da família, e de permitir que o fraternal espírito natalício compense umas
agitadas últimas semanas de aulas.
Neste primeiro semestre, o NEEMAAC desenvolveu mais de quinze actividades, de todos os pelouros
integrantes da nossa equipa. Interrogo-me muitas vezes
sobre quais os motivos para a fraca participação em algumas das nossas actividades: se, por um lado, é certo que
o corrupio eleitoral que se vivenciou ofuscou um pouco
o trabalho do Núcleo, por outro as actividades desenvolvidas são suficientemente abrangentes e interessantes
para apelar à tua participação. A tua presença nas nossas
actividades é a melhor recompensa que podemos ter, e
um auditório/sala cheio de pessoas interessadas só nos
dá ainda mais força para continuar a trabahar para ti!
Ser estudante de Coimbra não passa só por manifestarmos o nosso amor à Académica nos meses de Outubro e
Novembro. Ser estudante de Coimbra é ser activo e participativo no teu próprio Departamento e nas actividades
que o teu Núcleo organiza para ti!
Mas como o primeiro semestre ainda não acabou, e porque a época natalícia é propícia a que demos
mais de nós a quem menos tem, desafio-te a participar
na Recolha Solidária de Roupa, Comida e Brinquedos, a
serem doados à Casa de Infância Dr. Elísio de Moura. E
no dia 20 de Dezembro, a primeira gala do NEEMAAC,
com o intuito de celebrar os nossos 15 anos, promete ser
uma divertida noite de convívio entre alunos e professores do nosso Departamento.
Com a motivação de querer fazer sempre mais e
melhor pelos estudantes e para os estudantes do nosso querido DEM, temos vindo a preparar as actvidades
do 2º semestre, entre as quais destaco a Academia do
Emprego. Terás a oportunidade de conhecer o mundo
empresarial e contactar directamente com empresas da
nossa área de estudos, valorizando-te pessoal e profissionalmente. Espero contar com a tua presença!
Até lá, desejo uma excelente época de exames, e
um Feliz Natal!
JOÃO MARQUES
PRESIDENTE DO NEEMAAC
FICHA TÉCNICA
Propriedade
NEEMAAC - Comunicação
e Imagem
Director
António Almeida
Editor
António Almeida
Miguel Clemente
Fotografia
Hugo Matos
José Miguel Nunes
Produção Gráfica
António Almeida
Miguel Clemente
Colaboradores
Designados em cada texto
Impressão
AAC
Distribuição
NEEMAAC
Tiragem
XX exemplares
Piston NEEMAAC
A Excitação Que Vem Tão Depressa Quanto Vai
Fogos certamente há muitos, ventos também e
os factores parecem convergir em magistral festa
pirotécnica de quando em vez. Desminta-se, no
entanto, a aparente ocasionalidade do fenómeno.
Até os mais distraídos notarão um clima de invulgar euforia em meados do mês de Novembro que
nada tem que ver com a proximidade do Natal.
A euforia guarda-se para aqueles que acendem com leves ignições, já que os outros, a quem
se exige dar vida às grandes causas, ardem cautelosamente e em tensão. E os ventos? Esses são
caricatos e fazem o Isaac Newton dar voltas no
túmulo. Embora mantenham o vector com a mesma direcção, chegam sempre a todo o lado.
Distinção seja feita sobre a matéria pela
qual se consomem. A regra geral é pela moral,
mas não garantidamente pela moral pessoal, visto
que a apropriação da moral dos outros é também
um modo de estar na vida e tem as suas inegáveis
vantagens sociais. Bem, assim sendo é a moral
mais ou menos própria que se convence que está
em terrenos ora de mato-grosso ora de roseirais.
Para o efeito é tudo o mesmo.
Digo regra geral da moral, porque regras
particulares as há em que os escrúpulos são enviados para parte incerta sem intenção de retorno.
Mas postas estas considerações sobre a excitação
eleitoral do mês de Novembro, pergunto: quantos,
após o acto de lealdade, dignidade e consciência
que é dar a cara por um projecto, continuam a
prática do seu amor mais que proclamado à Academia? É que nos poucos meses em que acompanhei o trabalho da Direcção-Geral com os Núcleos, deparei-me com um problema gravíssimo
de mobilização, de falta de sensibilização para
4
Dezembro
as lutas a decorrer. Para além disso, os pelouros
da DG que mais estão em contacto connosco são
realizáveis e assegurados apenas pela figura do
efectivo. Na prática, que vem afinal a ser um colaborador? Mais um cromo da caderneta?
A culpa é dividida pelas partes. Mas tirese-lhe a devida causa tão somente pela crueldade
dos factos. A ideia que dá é de uma máquina humana meticulosamente montada que protege os
fortes e dignifica os fracos, que atende aos interesses de quem os tem em troca de múltiplos do
valor unitário que é a figura humana neste mês
de Novembro. Volvendo este mês, a máquina desmonta-se, o valor de cada um passa a ser o seu
ego. Uns cumprirão bem os seus desígnios pessoais respeitantes à actividade da AAC, outros
esquecerão que os têm e outros ainda apagarão o
fogo, cessarão a excitação e guardarão todo o seu
amor até daqui a um ano.
Por isso desafio a quem de autocolantes
se enche, que de imagens de Facebook partilha,
que em reuniões participa, que passa a palavra de
voto em voto, ou ainda, que passa o voto de palavra em palavra (engane-se quem pensar que é a
mesma coisa), que pratique ainda mais a sua dedicação durante todo o ano, que se interesse pelas actividades da AAC, que participe nas acções
políticas, que se envolva terrenamente.
Deixem a vossa melhor fatiota de peões
manobráveis no armário e tragam à AAC a força
que mostram neste mês ao longo de todo o ano.
Caso contrário, poderão voltar ao armário e vestir
o dito fato. Resultará sempre daí a mesma conclusão.
Catarina Barradas
2013
Quando A Política É Boa, Mas Parece Não Chegar
Tomara que o frenesim da política educativa tivesse equiparação e o impacto da política
eleitoral. Perguntarão vocês, “mas que política
educativa?” É certo que conhecimento fazem
dela tantos quantos nela participaram e uns poucos mais se acrescentam, que a comunicação e a
divulgação parecem ser, em plena era das redes
sociais, um terreno pantanoso ao qual nem perto
se quer chegar. Culpados não serão os homens da
comunicação, se estratégia e objectivos não lhe
foram transmitidos. Desconfiança é, verdade será
se aos factos me remeter.
No último mês, como fiz notar, decorreu
uma intensa, mas discreta actividade política sob
a responsabilidade da AAC e alguns movimentos estudantis e em parte concertados com outras
associações estudantis do país. A propósito da
crise no ensino superior, retifico. Não significa,
no entanto, que essa actividade tenha espontaneamente nascido no contexto socioeconómico
imediato. Foi devidamente sustentada durante
o verão com formações oferecidas aos núcleos.
Note-se que os núcleos foram chamados a intervir na política educativa, mas sem descurar a sua
preparação sobre as temáticas em causa. A força
numérica das grandes massas é una se o valor for
para todos o mesmo. Parabenizo esta iniciativa.
Começo, então, pelas quintas-feiras negras. Uma acção simbólica comum a vários pontos do país que em Coimbra ficou marcada pela
entrega de um congelador ao Reitor. Não que o
Reitor tenha necessidade de apetrechar a sua cozinha, mas porque parece que ainda não encontrou
o devido lugar para arrumar a propina. Seguiu-se
o cortejo fúnebre na abertura do cortejo da Latada. Inversão do sentido temporal, parece-me, que
mortos estariam todos no fim do cortejo. Bem,
a morte celebrada foi a morte do ensino superior. Teve direito a um caixão e tudo. Ainda durante a Latada, recorreu-se à sátira política pe-
las barracas dos núcleos e politizou-se o recinto.
O NEEMAAC decidiu focar as deficiências nos
serviços académicos, um problema interno da
UC, popularizando-o com a sensualidade de uma
mulher com as pernas em ângulo de 120º graus
que dispensam qualquer tipo de espera.
Findadas estas acções, deliberou-se em Assembleia Magna levar a política ao encontro dos
problemas e de quem os vive. Foram as acções
que melhor recepção tiveram, talvez porque o
cliché dos nossos representantes de “aproximar
a AAC dos estudantes” tenha finalmente acontecido. Fomos em três dias consecutivos visitar
serviços académicos, cantinas e residências, com
o propósito de recolher opiniões, críticas e problemas afectos a essas realidades. Descentralizouse a acção e rumou-se aos vários pólos da UC.
Curioso foi perguntarem-nos se “aquilo era para
as listas”. Bem se vê a imagem concebida pelo
estudante comum na época mais activa de Coimbra em que todos fazem, em que tudo acontece.
O objectivo seria os estudantes escreverem em ardósias as suas críticas e serem fotografados. Pois
digo, melhor seria para o ambiente se se tivesse
poupado em giz e em esforço que é tirar as fotografias, visto que em todas as acções, a imagem
passada pelos meios de comunicação da AAC foi
a de Ricardo Morgado. Que sentido faz, quando
o centro das acções eram os estudantes e as suas
críticas? Material não faltava.
E aqui volto ao ponto inicial da crónica. A falta de
comunicação e divulgação. É desconcertante discutir durante horas em reuniões onde nos prometem uma divulgação eficaz e implacável quando
o mais que é apresentado é a imagem saturadíssima do Ricardo Morgado com o seu discurso já
decorado e sabido, pois que lindo é fazer política
para lindo parecer.
Catarina Barradas
Piston NEEMAAC
O Futuro da Engenharia Mecânica
Aplicando directamente os princípios da
física para analisar, projectar, fabricar e manter sistemas mecânicos com recurso a conceitos como mecânica, cinemática, termodinâmica,
ciências dos materiais, análise estrutural e electricidade, a Engenharia Mecânica é uma das mais
antigas e amplas áreas da engenharia. No último
século emergiu como fonte de importantes contribuições para o progresso da engenharia e desenvolvimento económico-social.
MAIORES CONTRIBUTOS DURANTE O SEC. XX
•
Programa Espacial
•
Geração de Energia
•
Mecanização da Agricultura
•
Produção em Massa de Circuitos Integrados
•
Tecnologias de Design e Fabrico Computorizadas
•
Bioengenharia
•
Códigos e Normas
•
Ar Condicionado e Refrigeração
•
Aviação
•
Automóvel
Rapidamente se pode perceber que a sua
história e desenvolvimento estão aliados à percepção de como a maquinaria melhora a qualidade da vida humana, e como nos situamos num
ciclo contínuo com necessidade de avanços tecnológicos que permitam a produção de sistemas
mecânicos mais seguros, baratos e eficientes
que os anteriores. É a função de um engenheiro
mecânico procurar constantemente empurrar os
limites do fisicamente possível de forma a alcançar esses avanços.
Então as perguntas que se colocam são, o
que nos espera o futuro? Que desafios enfrentam
6
Dezembro
os engenheiros mecânicos? Que limitações teremos de enfrentar ou que obstáculos nos serão
impostos na corrida para alcançar tais avanços?
A verdade é que o mundo evolui de forma
inesperada em sentidos e direcções extravagantes
que por um lado aumentam a gama de áreas que
podemos vir a desenvolver mas que por outro aumentam os obstáculos a enfrentar. Muito possivelmente nas próximas duas décadas a evolução
da globalização contribuirá para que a engenharia
tenha de melhorar a sua capacidade de partilhar
informação entre indivíduos, mas terá também
que enfrentar a limitação de concretizar com
eficiência as necessidades básicas de uma população global em expansão, num panorama onde
obter água potável, saneamento, energia e alimento poderá ser um objectivo difícil de alcançar.
Enquanto isso, à medida que a engenharia
evolui com os efeitos da globalização e continua
num processo de se fundir com a actividade empresarial, ocorrerá também o aumento de oportunidades de trabalho e negócio em países e economias emergentes, levando a uma dispersão e
aumento do número de engenheiros a trabalhar
no estrangeiro e o aumento de redes de trabalho
internacionais. Isto irá requerer uma maior mobilidade e domínio sobre diversas línguas.
Assistiremos também a uma expansão de
conhecimentos científicos que não levará apenas
a uma diversificação das áreas de desenvolvimento mas também a um aumento da interdisciplinaridade entre áreas científicas. Isto irá requerer dos
engenheiros um treino contínuo sobre um conjunto de capacidades interdisciplinares de forma
a manter a sua competitividade. Aqui o estudo
2013
de disciplinas para além das comummente ensinadas nas escolas de engenharia será provavelmente
uma ferramenta de grande valor.
Mas então, que áreas, tecnologias e ferramentas necessitaremos de desenvolver de forma
a ultrapassar os obstáculos? Que avanços serão
necessários de forma a que possamos garantir e
evoluir numa dinâmica de desenvolvimento sustentável?
Enquanto pensamos em avanços tecnológicos a ideia de representações da ficção científica
desenvolvida e explorada pela indústria de entretenimento pode até nos passar pela cabeça,
mas a realidade é que, pelo menos nas próximas
décadas, tais avanços decorram da durabilidade
de tecnologias mais antigas e da emergência de
tecnologias mais recentes.
Portanto os avanços a que viermos a assistir decorreram da necessidade de melhorar os
sistemas mecânicos existentes. Qualquer grande
contributo que possa vir a acontecer dependerá
de uma grande alteração no panorama mundial.
Será certo que o ciclo em que nos encontramos
não quebre, mas não será de esperar que estes
avanços tenham um impacto tão drástico como os
que decorreram no século passado.
A Engenharia Mecânica tem estado presente desde os primórdios da civilização e certamente estará presente durante muitos mais séculos, isto a menos que por algum milagre avanços
científicos permitam à humanidade ignorar as leis
da física. Até lá, o futuro tem tudo para ser nosso…
Segue-se um conjunto de tecnologias e ferramentas consideradas de ponta e que certamente
abrem caminho a inúmeras inovações e alterações
no panorama da engenharia.
Sistemas Micro Electromecânicos (MEMS)
Componentes mecânicos à escala de microns tais como molas, engrenagens e mecanismos de transferência de fluidos e calor são fabricados a partir de uma variedade de materiais de
substrato como silício, vidro e polímeros como o
SU8.
Exemplos de componentes MEMS são os
acelerómetros usados nos sensores dos airbags,
smartphones, giroscópios de posicionamento
preciso e dispositivos de microfluidos usados em
aplicações biomédicas.
Mecanismos de fechaduras complexas podem ser accionados por micromotores e forças electrostáticas.
Soldagem por Fricção Linear (FSW)
Soldagem por fricção linear, um novo tipo
de soldagem, foi descoberta em 1991 pelo The
Welding Institute. Esta inovadora técnica de soldagem estacionária (sem fusão) une materiais que
eram previamente insoldáveis, incluindo inúmeras
ligas de alumínio. Deverá tomar um papel de extrema importância no futuro da aviação, podendo
potencialmente vir a substituir os rebites.
Representação esquemática do processo de FSW
Compósitos
Compósitos são uma combinação de materiais que fornecem diferentes características físicas do que cada material separado. A pesquisa em
materiais compósitos na engenharia mecânica foca-se normalmente na projecção, e subsequentemente na sua aplicação, de materiais mais fortes
e rígidos enquanto se tenta reduzir o seu peso,
susceptibilidade de corrosão e outros factores indesejáveis.
Piston NEEMAAC
ENGENHARIA DE TOPO
Exemplo da organização de
materiais numa estrutura
compósita.
Possível aplicação de nanotecnologia no corpo humano.
Nanotecnologia
Na mais pequena das escalas, a engenharia
mecânica torna-se nanotecnologia. Um dos objectivos especulados é a criação de um mecanismo molecular que permita construir moléculas
e materiais via síntese mecânica. Actualmente a
investigação sobre nanotecnologia foca-se em nanofiltros, nanofilmes, nanoestruturas, entre outros.
Análise de Elementos Finitos (FEA)
Esta área não é nova, as suas bases remontam a 1941, no entanto a evolução da computação
possibilitou que a FEA seja uma opção viável na
analise de problemas estruturais. Existem vários
códigos comerciais que são largamente usadas
na industria para pesquisa e projecção de componentes. Alguns programas de modelação tridimensional e CAD contam agora com módulos de
FEA.
A FEA pode ser usada para determinar as especificações do
produto que melhor se acomodam às condições necessárias.
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Dezembro 2013
Mecatrónica
Mecatrónica é a combinação sinergética de
engenharia mecânica, electrónica e de informática. O suposto desta engenharia interdisciplinar é
o estudo da automação numa perspectiva de controlar sistemas híbridos avançados.
Biomecânica
Biomecânica é a aplicação dos princípios
mecânicos a sistemas biológicos, como o corpo humano, animais, plantas, órgãos e células.
Está intimamente relacionada com a engenharia
porque aplicações simples de mecânica newtoniana e ciência dos materiais fornecem aproximações suficientemente correctas na mecânica
de sistemas biológicos.
Exemplo de aplicação da mecatrónica e do
estudo da biomecânica.
Dinâmica de Fluidos Computacional (CFD)
CFD é um ramo da mecânica de fluidos
que utiliza métodos numéricos e algoritmos para
solucionar e analisar problemas que envolvam
fluxos fluidos. Computadores são usados para
realizar os cálculos necessários à simulação da
interacção de fluidos com superfícies definidos
pelas condições de fronteira. Com supercomputadores podem-se atingir melhores soluções.
As investigações em progresso têm resultado em
software que melhora a precisão e velocidade de
cenários de simulação complexa, tal como fluxos
transónicos e fluxos turbulentos.
MIGUEL CLEMENTE
Simulação e visualização da aerodinâmica
num F1.
Piston NEEMAAC
T.I.M.E.S.
Decorreu no passado dia
27 de Novembro a Qualificação
Local de Coimbra do TIMES
(Tournament in Management and
Engineering Skills). O TIMES é
uma competição pan-europeia
que testa as competências dos
alunos em Engenharia e Gestão
Industrial através da resolução de
um caso de estudo sem o auxílio
de qualquer tipo de material informático. Em apenas 3 horas as
equipas tiveram de trabalhar na
resolução do caso e preparar a respectiva apresentação, que viria
a ser feita perante um painel de 3
júris. Tanto o caso de estudo como a apresentação
da resolução do mesmo foram feitas em língua
inglesa. Competiram 4 equipas, num total de 15
elementos, e a equipa vencedora irá agora representar a Universidade de Coimbra na Semi-Final
organizada pelo Local Group Porto, da FEUP. No
final do dia, a equipa vencedora foi a liderada por
Daniel Ventura, embora todas as equipas tenham
reconhecido que foi uma óptima experiência e
uma grande oportunidade que serviu para testara
não só conhecimentos de estratégia mas também
de gestão de tempo, capacidade de trabalho em
equipa e nível de inglês.
Nesta 2ª fase da competição a equipa do
Daniel irá colocar novamente à prova as suas
competências contra 7 outras equipas de toda a
Europa. Após decorrem todas as 8 Semi-Finais
espalhadas por toda a Europa, os vencedores de
cada uma irão, por fim, concorrer pelo título de
“IEM Student’s of the Year” em Trondheim, na
Noruega.
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O TIMES é um dos eventos mais importantes da ESTIEM (European Students of Industrial Engineering and Management), embora exista
todo um enorme leque de opções para conhecer
novas pessoas, novas culturas e novos países,
muitas das vezes a preços reduzidos. Se quiseres
saber que eventos são estes de que falamos basta
dirigires-te a estiem.org ou até mesmo à sala da
AEGI-UC/LG Coimbra. A Europa espera por ti!
Work hard, play hard!
Dezembro 2013
P’lo LG Coimbra,
Pedro Maça
Ciclo de Conferências
O NEEMAAC, uma vez mais, procura
demonstrar a mais-valia que as competências
extra curriculares têm no percurso académico e
futuramente profissional de um estudante. Com
este efeito, através da actividade o "Ciclo de Conferências", realizada nos dias 16 e 30 de Outubro,
o NEEMAAC recebeu: o Licor Beirão, a Whyse
Madness, a Efapel e a Metalomecânica Curados.
As duas primeiras entidades tiveram maior
vocação para explicitar que um bom produto não
é suficiente se não o soubermos vender e divulgar da forma mais eficiente possível, revelando-se
a publicidade para a engenharia uma ferramenta
fundamental para atacar e conquistar o mercado
de trabalho.
As duas últimas focaram-se no sentido
de esclarecer
as competências de que um
engenheiro necessita,
caso
assuma
um
perfil
profissional
numa
área mais técnica da engenharia. Ficando
a ideia de que
o simples é genial e uma ou
duas dicas sobre como construir um CV atractivo aos olhos de
quem avalia e selecciona.
Finalizando, fiquem
atentos a uma próxima
actividade deste género porque o NEEMAAC
acredita que o caminho
deve ser este, e irá continuar a investir na educação
das competências extra
curriculares como facilitadoras de uma transição
para o mercado de trabalho mais natural e eficiente.
Filipe Amaro
Piston NEEMAAC
Notícias
Palestra da Comunicação
No passado dia 6 de Novembro foi realizada uma palestra no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra, com
o intuito de promover e esclarecer alguns pontos fulcrais da comunicação, como a interacção
com o público, comunicar em público e argumentação. A interacção com o nosso palestrante tornou se mais fácil sendo ele João André Sá, um
nosso colega do Departamento de Engenharia
Informática. Durante a palestra a interacção com
público foi constante, conseguindo sempre manter o interesse e boa disposição dos que assistiam. Durante a palestra houve várias surpresas,
começando com a mímica e citações para quem
chegasse atrasado. Já no decorrer deste evento
houve uma disputa entre duas equipas, cada elemento de cada equipa teve de falar 1,45 minutos sobre uma imagem aleatória, e assim adquirir
pontos para a sua equipa. Depois de saber como
falar em público, postura a adoptar e aspectos a
evitar eis que passamos a um confronto de pró e
contra. Neste debate os pares defendiam e contrariavam um certo tema proposto, inicialmente
pelo palestrante depois pelo par que debateu an-
teriormente. Concluindo, valeu a pena assistir e
participar neste evento dinâmico, divertido e disciplinador, onde aprendemos a melhor forma de
comunicar nas diferentes ocasiões da nossa vida.
Obrigada a todos os presentes.
TELMA MORGADO
Magusto do DEM
Mais um ano, mais um magusto. Como
manda o calendário, foi no passado dia 11 de
Novembro, na esplanada do bar do DEM que os
estudantes do nosso departamento se juntaram
com o S. Martinho numa tarde de castanhas…e
jeropiga! Em tal ambiente, ajudado pelo célebre
verão desta altura, a nossa comunidade entreteuse e conviveu por algumas horas, relembrando
histórias, amigos e acentuando a forte harmonia que brinda o nosso departamento. Foi mais
uma actividade promovida pelo NEEMAAC, que
demonstra que a simplicidade da mesma não peca
por falta de qualidade.
ZÉ PEDRO MARTINS
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Dezembro 2013
Torneio DEM 12h de Futsal
Dia 13 de Novembro realizou-se no
campo de Santa Cruz o torneio 12 horas de
futsal, organizado pelo NEEMAAC. Esta
actividade, possível pela boa adesão por
parte dos estudantes do nosso departamento e alguns amigos de ‘’fora’’, correu
como o esperado, prevalecendo acima do
espírito competitivo, o convívio entre todos
os participantes. Largas horas de diversão
e desporto, acompanhadas na maioria do
tempo por uma ou umas cervejas, que fizeram esquecer o cansaço dos participantes
e alimentaram ainda mais o espírito presente neste recinto. No final da noite saiu
vitoriosa a equipa Ma’Máquina Minha, que
se demonstrou mais forte no derradeiro
jogo. Um dia diferente, que possivelmente
terá uma 2ª edição no próximo semestre e
que poderá contar com mais participantes,
competição e divertimento.
ZÉ PEDRO MARTINS
Gala 15 Anos NEEMAAC
Dia 20 de Dezembro irá realizar-se pela primera
vez uma gala do núcleo. Será uma festa gigante com
muita diversão mas sempre com aquele toque formal.
Haverá uma entrega de prémios para alunos,
como o mais rebarbado ou o mais esponja do DEM mas
também prémios para os docentes, tal como o prémio
carreira.
Decorrerá nas Piscinas do Mondego, onde vais
ter DJ e serviço de bebidas, para não falar que vais poder
tirar fotos numa passadeira vermelha!
Por 20 euros faz a festa e junta-te a nós num dia
para homenagear e celebrar o NEEMAAC e o DEM!
ANTÓNIO ALMEIDA
Piston NEEMAAC
Notícias
Festa das Latas
A Festa das Latas e Imposição de Insígnias
realizou-se entre os dias 17 e 23 de Outubro, e
como não podia deixar de ser o NEEMAAC esteve
presente na melhor barraca de todo o recinto.
Sendo uma festa académica com forte
politização, a sátira centrou-se este ano sobre o
tempo de espera nos Serviços Académicos, problema transversal a qualquer estudante do Pólo II.
Com o mote “Serviços Não-Académicos: É uma
delícia não ter de esperar” e uma decoração criativa
e original, a barraca do NEEMAAC foi bastante
solicitada, ainda que as filas para conseguir uma
bebida nunca tenham sido comparáveis às que se
registam nos Serviços Académicos.
Entre caloiros, padrinhos ou grelados, a
boémia e diversão da emblemática Festa das Latas foram uma constante junto da barraca do
NEEMAAC.
JOÃO MARQUES
Jornadas Pedagógicas
No passado dia 9 de Outubro, realizou-se a quarta edição das Jornadas Pedagógicas reportadas ao 2º semestre do ano lectivo anterior.
A exposição dos problemas denunciados pelos estudantes no Inquérito Pedagógico do
NEEMAAC levou ao debate entre alunos e professores sobre as temáticas sugeridas. Os problemas
que mais confronto e críticas geraram foram, por um lado, a questão de cadeiras com o mesmo programa dadas por professores diferentes que mostram uma desigualdade severa na taxa e média de
aprovação e a relação que estas têm com os conhecimentos adquiridos, e por outro lado, os critérios
de atribuição de classificação nas teses de mestrado. Isto porque existe a “regra dos 3 valores” que
dificulta o aluno em ter uma classificação de tese superior em 3 valores à sua média de curso.
As várias horas de debate tiveram ainda outros pontos de interesse. Após a exposição das
alterações mais significativas do novo regulamento pedagógico, procurou-se descortinar quais os
procedimentos que deveriam ser corrigidos, nomeadamente na questão da avaliação. Foi-nos assegurado que tudo se manteria igual no presente semestre. No entanto, o próximo semestre poderá trazer
algumas alterações na forma como as avaliações decorrem no departamento, nomeadamente quanto
ao número de oportunidades de avaliação.
Por fim, é assinalável o bom ambiente que se vive entre os docentes e os estudantes. O diálogo
foi desprendido de qualquer constrangimento parte a parte. No DEM serão sempre ouvidas as nossas
críticas.
CATARINA BARRADAS
14
Dezembro 2013
UMA AVENTURA EM... FLORIPA
Pediram-me para falar sobre a minha experiência de intercâmbio no Brasil. Pois bem, é um
pouco difícil descrever num texto tudo aquilo que
vivi durante 5 meses no outro lado do Atlântico.
Uma viagem de 11h até ao Rio de Janeiro, seguido
de um voo de escala que me iria levar finalmente
até Floripa foi só o início de uma grande aventura.
As pequenas diferenças começaram a fazer-se notar logo quando aterramos. As caixas multibanco
não funcionavam como as nossas, os autocarros pareciam uma tremenda confusão, haviam
macacos e répteis estranhos por todo o lado, não
sabia sequer se estava a caminhar para norte ou
para sul.
Viajei com uma colega minha, na primeira
noite não tínhamos onde ficar e
dormimos no chão da sala de um
conhecido.
Depois começamos a
conhecer a ilha. A Praia Mole,
a Barra da Lagoa, a Joaquina,
eram só algumas das praias que
ficavam a apenas 10 minutos de
autocarro mas haviam muitas
outras. Fiquei boquiaberta quando vi que nas praias se vendiam
caipirinhas e cocktails na areia!
A adaptação foi bastante fácil,
conheci pessoas de diferentes
nacionalidades e fiz muitas amizades.
Tijela de açaí com banana
e granola, frutas tropicais, churrascos são algumas das muitas
comidas típicas que eram fantásticas.
A universidade (UFSC) tinha um campus
bastante grande e renovado e as aulas eram dadas
de maneira semelhante à UC.
Enquanto estive lá aproveitei para ir a outros sítios como o Paraguai, a Argentina e a Foz do
Iguaçu que é uma das 7 maravilhas naturais do
mundo!
Se estás a pensar ir de eramus ou intercâmbio não hesites porque com certeza não te vais arrepender, é uma experiência inesquecível que fará
com que cresças muito a nível pessoal.
MARA PEREIRA
Piston NEEMAAC
Francisco Sinde Filipe, originário de Coja (concelho de Arganil), vive há mais de 10
anos em Coimbra, tem 27 anos, e encontra-se já no 4º ano de Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica.
Participou no ano passado no Recorde Mundial de Atmonauti (uma das muitas técnicas de voo em queda livre) no Dubai, e neste momento é detentor desse mesmo recorde. A
técnica de voo consistiu numa formação em “X” constituida por 20 atletas “voadores”.
Quando e como surgiu o interesse por queda livre?
O interesse pela queda livre foi
despoletado em 2005 pelo meu primo
(Engenheiro Mecânico formado no DEM)
que já era praticante e que, em conjunto
com a minha mãe me ofereceram um
salto tandem (salto acompanhado por
1 instrutor) como prenda pelos 18 anos.
Sempre gostei de adrenalina, talvez herdada do meu Pai, um amante de motos,
carros e rallys, e com a experiência deste
salto, depressa o ‘bichinho’ do pára-quedismo se instalou.
No mesmo ano fiz o curso de
abertura automática e progressão para
queda livre. Com apenas 2 saltos de
queda livre decidi ir ao Túnel de vento,
no Reino Unido, onde fiz um campo intensivo de ‘Freefly’.
Regressado do Túnel fiz um salto
com um instrutor que rapidamente me
disse estar mais que apto para ‘voar’
sozinho em queda livre, e aí começou o
meu voo autónomo.
16
Dezembro 2013
Existem vários tipos de
queda livre? Por qual optaste e
por que razões?
Digamos antes que dentro
do paraquedismo existem várias
modalidades que tanto podem
ser em queda livre como já de
asa aberta. Em queda livre há
várias técnicas desde o voo relativo (RW) , em que o atleta está
na posição tradicional, de barriga para o solo; o FreeFly, como
o nome nos indica, é a ‘arte’ de
voar livre. Através do voo livre, o
corpo pode ser posicionado em
diversas posições nas 3 dimensões, permitindo-nos deslocar e
‘dançar’ no ar; Wingsuit, que se
trata de saltar com um ‘fato-asa’
que insufla e nos permite voar
grandes distâncias com baixas
velocidades verticais.
De certo modo relacionado com o Freefly existem
também o Atmonauti. Atmonauti foi inventado em 1998 pelo
italiano Marco Tiezzi. Esta técnica consiste em usar o corpo
humano como uma asa, com
uma determinada relação entre
ângulo, trajectória e velocidade
do indivíduo, para obter um escoamento de ar que permita a
sustentação do corpo, possibilitando ao saltador
permanecer no ar mais tempo em relação ao voo
vertical. Uma verdadeira capacidade de voo humana.
Revolucionando o conceito de ‘pára-quedismo’, onde todas as diferentes disciplinas (em
queda livre) são executadas na trajectória vertical (graças à gravidade), o atmonauta cria a sua
própria trajectória diagonal. Graças a esta técnica
consegue-se sincronizar, com extrema precisão,
diferentes velocidades e trajectórias tornando-se
o atmonauta um verdadeiro “piloto” do seu próprio corpo.
Com esta capacidade de ‘navegação’,
onde são fundamentais alguns conceitos de aerodinâmica, o atmonauta fica capaz de voar em
formação (de 2 ou mais pessoas) no mesmo nível e ângulo, e ainda realizar variados jogos aéreos de voo em formação tridimensional, com ou
sem contacto entre os atletas, e também realizar
manobras acrobáticas.
O termo ‘Atmonauti’, criado por Marco
está definido como ‘Atmosphere Navigators’
(Navegadores da Atmosfera), tal como ‘astronautas’, junção de astro (espaço) e nautas (navegadores).
Se qualquer pessoa quiser começar a fazer queda livre por onde tem que começar, e qual
o processo para um dia poder saltar sozinha?
Pode começar por me contactar e eu tratarei do resto!
Pode fazer um salto acompanhado (salto
tandem) que consiste num salto acoplado a um
instrutor que terá o prazer de proporcionar a melhor viagem possível ao passageiro, ou pode tirar
o curso que consiste em aulas teóricas e 8 saltos,
7 deles com instrutores, sendo o último o primeiPiston NEEMAAC
à CONVERSA COM...
ro salto sozinho. A partir daí a pessoa estará apta construí pequenas ‘engenhocas’ e invenções. Na
a saltar sozinhoa(mediante a supervisão dos in- escola inclinava-me mais para as ciências, físicas e
strutores na fase inicial).
matemáticas e tinha bastante interesse por astronomia. Engenharia Mecânica pareceu-me então o
Quais os pontos em Portugal onde uma mais indicado. Agora tenho o sonho de um dia
pessoa pode experimentar mesmo que acom- poder conjugar a Engenharia com o pára-quedismo, e estar ligado ao estudo e desenvolvimento de
panhada?
novos equipamentos para saltar e testá-los, coisa
Em Portugal existem várias escolas e cen- que em Portugal não passa de uma utopia. Penso
tros de paraquedismo, de Braga ao Algarve (Bra- que será mais fácil chegar lá através da vertente do
ga, Maia, Espinho, Proença-a-Nova, Évora, Beja, pára-quedismo, para onde acabo por estar mais
Portimão). Eu recomendo a SkyFunCenter, em inclinado, não desprezando a engenharia, pois ela
Proença-a-Nova pois está aqui pertinho e possui será uma ferramenta sempre útil no futuro.
as melhores instalações e condições em Portugal
para a prática deste desporto.
O que sentes, quando saltas?
Não é fácil descrever. É uma sensação úni
E engenharia mecânica, como aparece ca!
aqui, o que te levou a tomar essa opção?
A paisagem é sempre a melhor de to
A Engenharia Mecânica aparece antes do das! Lá de cima conseguimos ver quilómetros e
paraquedismo. Sempre tive muita curiosidade so- quilómetros de ‘Terra’.
Sair pela porta de um avião é dos momenbre como as coisas funcionam e desde pequeno tos mais poderosos que já senti, depois temos a queda livre, onde a única coisa que
ouvimos e sentimos são o vento e o ar.
Podemos voar de cabeça para baixo ou
para cima e é possível deslocarmo-nos
como que a dançar, aproveitando os poucos segundos de queda livre até à abertura
do pára-quedas. Aí podemos aproveitar a
vista e desfrutar de um voo mais sereno
até à aterragem.
Francisco tenciona voltar ao Dubai
para ultrapassar esse mesmo recorde, com
a maior quantidade de apoios e patrocínios
que conseguir, devido aos custos ainda elevados do desporto em questão.
Um grande obrigado da equipa do
jornal Piston pela sua colaboração e amabilidade, e que tudo corra como planeado!
JOANA PESTANA
PS: Créditos das fotos:
Capa - Francisco Filipe
1º Foto - Franciso Filipe
2º Foto - Dani Lo
3º Foto - Noah Bahnson
18
Dezembro 2013
911, a Lenda…
Num país mergulhado em plena crise financeira, as mudanças de mentalidade e hábitos
serão, certamente, incontornáveis, a começar por
uma diminuição no despesismo imponderado de
que a Europa tanto nos culpa. Reflexo disso é a
redução drástica nas vendas de automóveis em
Portugal, exceptuando-se as vendas de veículos
de alta gama, que ao contrário dos restantes registam um acentuado aumento nas suas vendas,
sinal de um país fraturado, em que o fosso entre
ricos e pobres aumenta culminando na extinção
da classe média, prova disso são as 4 unidades
de Porsches 918 Spyder já encomendadas para
Portugal, um veículo extremamente exclusivo que
ronda os 900 mil euros.
É altura das marcas de alta gama apostarem forte, e já se aperceberam disso e a Porsche
não foi excepção, com o lançamento do 911 (991)
em que a apresentação
mundial da sua
versão Turbo
até foi
feita em Cascais, em plenas comemorações dos
50 anos do 911, que sete gerações depois (901,
G-series, 964, 993, 996, 997 e 991) continua a ter
as mesmas linhas, o mesmo espírito, e o mesmo
enquadramento na sociedade que a primeira geração (901).
O 911 é um desportivo que pretende ter um
comportamento dinâmico e veloz como qualquer
outro desportivo mas que possa perfeitamente
ser utilizado como carro de dia a dia, com um
conforto, versatilidade e fiabilidade muito acima
da média de qualquer outro superdesportivo.
Como a própria Porsche dizia aquando do seu
lançamento, no Salão de Frankfurt em 1963, “Um
carro para um senhor usar no seu dia-a-dia, mas
apto a levar aos fins de semanas para os autódromos”.
Ao longo destes 50 anos de existência,
muita foi a inovação implementada nos seus modelos, mas mantendo sempre a tradição.
O motor boxer situado na traseira,
que tantos críticos dizem estar no
Piston NEEMAAC
VÍCIOS URBANOS
sítio errado, mas que os apaixonados pela marca
e pelo modelo adoram, manteve-se. A mudança
mais significativa teve lugar na passagem da geração 993 para a 996, em que o motor boxer deixou
de ser refrigerado a ar, uma herança que vinha
já do VW Carocha, um “pre-Porsche” desenhado
pelo próprio Ferdinand Porsche, fundador da marca e do 356, para passar a ser refrigerado a água,
em prol da fiabilidade e dos consumos.
Muitas foram as edições mais exclusivas,
que ao longo destes 50 anos apimentaram a vida
do 911, algumas para lhe darem um carácter mais
exclusivo e que os colecionadores tanto adoram
20
(speedster, sport classic), outras para lhe dar um
caracter ainda mais desportivo e um pedigree racing ou para permitir a simples homologação em
competições (Carrera RS, GT3 RS, GT2 RS, GT1
Straßenversion) sendo este último uma versão extremamente rara, limitada a 25 exemplares, com
700 cavalos, lançada para permitir a homologação
do modelo similar em LeMans.
Os sucessos desportivos, a par das suas
linhas e carácter intemporal ajudaram a atingir
este reconhecimento de “Lenda”. Muitos foram
os prémios recebidos pelo modelo, sendo diversamente referido por revistas da especialidade,
como pertencente à lista dos melhores desportivos de todos os tempos.
50 anos depois, com uma oferta para todos
gostos que vão desde o Carrera S ao Turbo S, o
mais potente da gama, em versões coupé ou cabrio, a lenda permanece no mercado, mais jovem
do que sempre, com as mesmas curvas, os mesmos painéis multifunções, o mesmo espírito e a
mesma intemporalidade.
Dezembro 2013
JOSÉ MIGUEL NUNES
Circuito Internacional de Vila Real: o Regresso de
um Ícone
Mítico traçado da capital transmontana volta a acolher no ano de 2014 corridas de automóveis.
Tendo começado em 1931 esta será a primeira edição desde a comemoração dos 80 anos do circuito
vilarealense.
Piston NEEMAAC
MUNDO AUTOMÓVEL
Como tudo começou...
A aventura das corridas em Vila Real remonta ao já longínquo ano de 1931 quando um grupo
de entusiastas do desporto motorizado liderado por Aureliano Barrigas idealizou um traçado urbano
composto pelas principais artérias da “Princesa do Marão”. A configuração do Circuito, inicialmente
disputado em piso de terra batida, foi-se alterando ao longo dos tempos fruto das modificações sociais e morfológicas ocorridas em Vila Real, tendo dado origem a diversos percursos que atravessavam
toda a cidade e que chegaram a atingir mais de sete quilómetros de perímetro. Atualmente é utilizada
uma versão mais curta do que o traçado original, versão essa utilizada pela primeira vez numa prova
de automóveis em 2007 tendo já sido usada para provas de motociclismo na década de 90. Na atual
configuração é dada primazia ao espetáculo bem como à segurança dos pilotos e do sempre numeroso
público que acorre a presenciar as provas aí disputadas.
Evolução do traçado...
1933
1931
1958
22
Dezembro 2013
Páginas de Ouro...
Episódios e factos memoráveis...
Em todas as suas edições, que atravessam já oito décadas de história, Vila Real atraiu sempre os melhores pilotos nacionais. Fascinados pelo seu difícil e desafiante traçado este sempre foi o palco dos melhores duelos de pilotos e
máquinas. Mas o Circuito não se ficou por aqui. Até à década
de 70 os nomes mais sonantes do automobilismo mundial
passearam toda a sua classe e talento pelas ruas de Vila
Real. Desde representantes do expoente máximo do automobilismo, a Fórmula 1, até pilotos de Sport-protótipos que
participavam regularmente em provas tão grandiosas como
as 24 horas de Le Mans, pilotos de outras disciplinas como
fórmula 3, fórmula Ford, fórmula V e pilotos de motociclismo. Nenhum deles quis deixar de estar presente nas diversas
edições da prova. Aqui ficam alguns dos seus testemunhos:
•
Em 1972 o piloto Vic Elford
partiu de 16º lugar da grelha, fez, segundo as suas palavras, a “volta da sua
vida”, e ao cruzar a meta no final da
primeira volta... já liderava a prova!
“Vila Real foi de longe o melhor Circuito onde já corri”…“
Para quem corre em Vila Real nenhuma outra pista de automóveis conta”. – John Miles
•
A primeira vitória da marca
britânica Jaguar fora do Reino Unido
foi obtida em Vila Real com o modelo
SS100.
•
A primeira internacionalização
do Circuito ocorreu em 1936, apenas 5
anos depois da primeira edição. Esta
deveu-se à presença da equipa oficial
da marca germânica Adler com as suas
viaturas a serem conduzidas pelos pilotos Paul Von Guilleaume e Rudolph
Sauerwein. A edição de ’36 contou
ainda com a participação do cineasta
Manuel de Oliveira na prova principal.
•
O interesse em torno das Corridas de Vila Real sempre foi muito
grande junto das principais Escuderias como se comprova pela chegada a
Vila Real diretamente de Maranello do
camião de transporte da equipa Ferrari.
“Foi um enorme prazer correr no vosso fantástico Circuito.
Raramente vi um publico tão entusiasta como o vosso. O
Circuito tem o cenário de uma verdadeira prova de automobilismo” – David Piper
•
No ano de 1969 “Taf” Gosselin
e Teddy Pilette ao volante de um Lola
T70 utilizaram um sistema de refrigeração…. peculiar. Por forma a combater o excessivo calor que se fazia
sentir em Vila Real por essa altura, a
equipa decidiu trocar a habitual água
do sistema de refrigeração por… vinho do Douro! A solução trouxe frutos
devido ao mais elevado ponto de ebulição do vinho relativamente à agua. Já
o odor dentro do habitáculo da viatura
não era o mais indicado para quem estava a conduzir…
Piston NEEMAAC
MUNDO AUTOMÓVEL
“Uma belíssima cidade entre as colinas do Marão com um ambiente acolhedor e corridas organizadas por pessoas genuinamente boas e simpáticas como nunca tinha conhecido. É uma bela pista
para grandes festejos” – Mike d’ Udy
“Sempre guardei boas memórias de Vila Real: o público, a linda paisagem e o grande entusiasmo
dos Portugueses pelo automobilismo. Regressar a Vila Real foi um enorme prazer” – Sir Stirling
Moss
“Vila Real mantém no seu traçado actual as características que me levaram a considerá-lo como o
meu Circuito preferido”…”Regressar a Vila Real deu-me tanta alegria como quando aqui venci em
1973” – Carlos Gaspar
“Correr em Vila Real é para mim melhor do que participar em provas disputadas nos circuitos de
Spa-Francorchamps ou Nurburgring Nordschleife.”
– Tony Goodwin
24
Dezembro 2013
Desafios para o futuro...
Neste novo fôlego que é dado ao desporto automóvel em Vila Real o grande objectivo da organização é devolver o prestígio que a Cidade e as Corridas merecem. Num renovado formato organizativo o Circuito parte nesta nova edição da liderança de uma Comissão composta por um grupo de
pessoas ligadas de várias formas ao mundo do automobilismo.
O regresso do Circuito e das provas que o caracterizaram são obviamente o objectivo principal
mas a valorização do traçado e das suas condições envolventes são aspectos que não irão ser descurados e que todos sabem ser essencial para que a evolução da pista não pare.
Com as Corridas a reavivarem a tradição automóvel de Vila Real devolve-se ao povo vilarealense e a todos os adeptos de automobilismo a hipótese de presenciarem e participarem naquele que
é mais que um Circuito, um evento ou um fim de semana.
As Corridas de Vila Real são, para além de tudo, uma festa para quem as visita, um desafio para
quem nelas participa e um acontecimento ímpar para quem faz do desporto automóvel a sua vida.
Um acontecimento a não perder nos dias 21 e 22 de Junho do próximo ano.
FRANCISCO VIEIRA E BRITO
Piston NEEMAAC
MUNDO AUTOMÓVEL
WRC Fafe Rally Sprint 2014: Confirmado!
A magia dos ralis vai voltar mais uma vez à zona norte do País!
A Câmara Municipal de Fafe e o ACP uniram novamente esforços para realizar o evento que se
tem pautado por um estrondosa adesão ao cabo das 2 edições já realizadas.
A estrutura do WRC Fafe Rally Sprint 2013 permanecerá inalterada nesta nova edição, estando prevista uma tripla passagem pelos míticos 6 quilómetros da especial Fafe/Lameirinha onde estão incluídas
as habituais quatro zonas espetáculo (“Monte do Marco”, “Salto de Pereira”, “Confurco” e o “Salto
da Pedra Sentada”).
A prova, que atrai anualmente muitos milhares de espectadores a Fafe, será realizada a 29
de Março do próximo ano,
uma semana antes da edição
de 2014 do Vodafone Rally de
Portugal.
CARLOS FIGUEIRAL
26
Dezembro 2013
Test-drive Seat Leon SC 1.4 TSI
O dia 5 de Novembro foi uma agradável surpresa. À chegada ao Departamento de Engenharia
Mecânica fui surpreendido com a chegada da caravana da Tour Seat Leon Fora de Portas, que percorreu o país dando a conhecer o novo Seat Leon.
De todos os Leon que chegaram, e eram muitos e para todos os gostos, com as diversas motorizações que equipam a gama, quer diesel quer a gasolina e dada a minha simpatia por automóveis
de três portas e com motores a gasolina, a minha preferência caiu logo sobre o Seat Leon SC 1.4 TSI
de 122cv que até na cor era bonito, num irreverente Azul Alor.
Pouco tempo depois estava ao lado do mesmo Leon SC, a contemplar as suas linhas que lhe
dão um carácter agressivo e desportivo, que é o que nós esperamos de um coupé. O SC é o primeiro
coupé da gama Leon, daí deriva a designação SC “Sport Coupé”.
Não tardou até me sentar ao volante deste coupé com linhas de carácter vincado, e desde cedo
me apercebi que também na condução esse carácter está presente. Mesmo não sendo esta a motorização mais potente é de surpreender as suas prestações, bastante ágil com um motor muito constante,
sempre disposto a entregar potência desde baixas rotações, a caixa de 6 velocidades não fica nada
atrás, muito bem escalonada e precisa que permite passagens de caixa rápidas e de forma suave. Mas
é na posição de condução e no volante que estão os pontos fortes deste carro, com uma posição de
condução excelente e um volante que contraria, e bem, a tendência que agora existe para volantes
extremamente pequenos e grossos, este pelo contrário possui o diâmetro ideal, fino onde as mãos
encaixam de forma natural. A nível de qualidade de interiores a Seat subiu a fasquia em relação aos
modelos anteriores, com um excelente acabamento e seleção de materiais. Também a nível tecnológico
possui diversas novidades como o funcional assistente de faixa de rodagem que deteta as marcas da
estrada e caso o condutor estiver a sair da faixa de rodagem ele corrige automaticamente a trajetória.
E como testar um coupé com carácter desportivo apenas em cidade era pena e ainda dispunha
de algum tempo ao volante, dando sentido ao nome da Tour, levei-o para “Fora de Portas”, em curvas e contracurvas em direção à praia fluvial de Coimbra. Aí deu para levar ao limite a experiência de
condução deste novo Leon SC, o chassis extremamente bem afinado e equilibrado permitia fazer curvas fechadas de forma rápida transmitindo uma elevada segurança e sempre de forma muito precisa
mesmo em piso molhado.
Piston NEEMAAC
MUNDO AUTOMÓVEL
Em suma, O Seat Leon SC é marcadamente um desportivo, com bom chassis e boas motorizações, algumas ainda mais potentes do que esta, mas esta é das mais equilibradas, alia performance
a economia. Possui um carácter dinâmico e divertido, quer em cidade quer como em “Fora de Portas”.
CLASSIFICAÇÃO
Prestações: 4,5
Consumo: 4
Conforto: 4
Qualidade/acabamentos: 5
Qualidade/custo: 4.5
Posição de condução: 5
Global
JOSÉ MIGUEL NUNES
28
Dezembro 2013
Mão de ouro em Bola de (B)Lata
Uma decisão bafejada por contornos sem
precedentes. Messi ou Ronaldo? O Mundo do
futebol divide-se insistentemente em tão aclamada troca de palavras mas o que inflama a decisão
de 2013 acaba por ser a nefasta contribuição do
alto responsável da FIFA, Joseph Blatter.
Na corrida ao prémio que tem como vencedor único, desde a sua criação em 2010, Lionel
Messi, a FIFA já anunciou o ramalhete de 23 jogadores, dos quais apenas três podem ansiar por
uma presença em Zurique no dia 13 de Janeiro.
Por agora não existe qualquer dúvida que o trio
de 2013 vai ser composto por Cristiano Ronaldo
(Portugal/Real Madrid), Lionel Messi (Argentina/
Barcelona) e pelo estreante em galas Bola de Ouro
FIFA, o francês da turma Bávara de Guardiola,
Franck Ribéry (França/Bayern Munique).
Joseph Blatter revelou a sua preferência por Lionel Messi.
O economista suíço de 77 anos tornou
pública a sua preferência pelo astro argentino ao
não medir a consequência do seu ato com o presidente do organismo, que tutela o futebol internacional, a não optar pela melhor abordagem para
opinar sobre a temática que move mundos e fundos no hemisfério do ‘desporto rei’. ‘Sepp’ Blatter
como é conhecido, levou para além do desejado
os limites da liberdade de expressão e vê-se assim envolto numa polémica que acaba por tornar
o prémio Bola de Ouro FIFA 2013 numa autêntica
Bola de Lata já manchada pela suspeição provocada por este episódio.
Ribéry (ao meio) intromete-se no duelo
entre Cristiano Ronaldo e Messi.
Se a lógica lapalissiana implementada em
anos transatos for novamente aplicada em 2013,
então Ribéry pode muito bem já reservar um lugar na sua vitrina de troféus para acolher a Bola
de Ouro em sua casa pois entra na corrida após
ter conquistado todos os troféus em disputa referentes ao ano de 2013 incluindo a distinção para
melhor jogador UEFA 2012/2013.
Piston NEEMAAC
CÍRCULO CENTRAL
Campeão Europeu, campeão alemão,
vencedor da taça da Alemanha, da supertaça
alemã e da supertaça europeia, ao ‘Scar Face’ falhou apenas a qualificação direta para o Campeonato do Mundo com os ‘bleus’ a necessitarem
de se apurar via playoff, algo que não surge como
demérito para os gauleses pois no seu grupo de
apuramento estava a campeã mundial e bicampeã
europeia, Espanha.
Portugal faz-se representar por Cristiano
Ronaldo. O ‘CR7’ surge como bandeira do futebol
português além-fronteiras e vive um dos melhores
momentos da sua carreira apesar de em 2013 não
ter conquistado qualquer troféu relevante. A título pessoal, o madeirense do Real Madrid está
em vias de se tornar o maior goleador de sempre na seleção nacional, o que confirma o enorme
poderio ofensivo do ‘7’ da seleção das Quinas.
Contudo, o extremo português já deixou a dica de
não marcar presença na gala de dia 13 de Janeiro.
Sob protesto ou apenas e só por não se sentir em
‘casa’ numa gala chancelada pela equipa de Blatter, o certo é que qualquer que seja o veredicto
final, esta edição da Bola de Ouro FIFA fica para
sempre marcada como a Bola de Lata devido aos
cenários alimentados nos seus bastidores.
Ao mencionar os bastidores no Universo FIFA, torna-se impossível não se dissociar e
não se refletir sobre a organização do Mundial
de 2022, uma vez que a entidade reguladora do
futebol mundial vê-se ainda envolta em mais uma
polémica, desta feita referente à calendarização
do já referido campeonato do mundo que, como
já é do conhecimento público vai ser organizado
na Península Arábica, mais concretamente no Qatar, país sem tradição no mundo futebolístico e
cuja seleção ocupa somente o 105º lugar no ranking da FIFA. A falta de cultura futebolística desde
muito cedo nesta candidatura fez elevar fatores
económicos num aclamado conflito de interesses
mas a verdade nua e crua é que o campeonato
do mundo de futebol 2022 vai ser disputado num
país constituído por um vasto deserto na sua
grande maioria e composto por menos de 2 milhões de habitantes – cerca de 2/10 da população
portuguesa! – sendo que 1,5 milhões habitam na
capital Doha.
Posto isto e, dado o elevado calor sentido no deserto Qatari, foram levantados entraves
30
no que diz respeito à construção de estádios e,
mais recentemente na calendarização do próprio
campeonato do mundo sendo o próprio Joseph
Blatter a colocar a hipótese de um Mundial se
disputar pela primeira vez durante o Inverno Europeu entre os meses de Novembro e Dezembro
de 2022.
O líder máximo da FIFA admitiu que se vai
tornar impossível de jogar com o calor sentido
naquela península do Médio Oriente no pico do
Verão pelo que ‘Sepp’ Blatter vai procurar chegar
a um entendimento para que a proposta possa ver
‘luz verde’ nos próximos tempos. Certo é que para
já a decisão avançada não é do agrado de todas
as partes uma vez que, a ser organizada no Inverno de 2022, o Mundial de futebol iria coincidir
com os Jogos Olímpicos de Inverno pelo que os
organizadores dos Jogos temem que a ‘febre’ do
futebol se sobreponha à organização do certame
de Inverno, indo assim dificultar a vida de uma
FIFA que vai ter de procurar uma solução rápida
sob pena de o Mundial do Qatar se tornar rapidamente num fiasco sem precedentes.
Qatar 2022 - Conflito de interesses ou um hino ao futebol?
Dezembro 2013
VÁLTER FERREIRA
“Alô Brasil, Portugal vai a caminho!”. Ao
ritmo de Cristiano Ronaldo, a seleção portuguesa
garantiu um lugar entre as 32 seleções finalistas
do Campeonato do Mundo de 2014. Depois de
meses de especulação e de dúvida, os selecionados de Paulo Bento levaram de vencida a sua
congénere sueca com grande contribuição do seu
capitão. Ronaldo foi a figura do apuramento ao
apontar todos os golos da seleção das Quinas no
‘playoff’, o que permitiu ao astro português alcançar Pedro Pauleta na lista de melhores marcadores ao que resta apenas um golo a ‘CR7’ para se
assumir como o maior goleador de todos os tempos da seleção nacional.
Com o apuramento finalmente alcançado, Portugal
garante assim a sua sexta presença em fases finais de
um campeonato do mundo (1966, 1986, 2002, 2006,
2010 e 2014) ao confirmar também a hegemonia do
país no futebol mundial visto que, desde a sua presença no EURO 2000, Portugal não falha o apuramento para as fases finais das grandes competições
de seleções. Neste momento a equipa passa por uma
renovação com a inclusão de nomes como William
Carvalho, Bruma, Cédric Soares, André Almeida,
Josué e Ivan Cavaleiro a perfilarem-se como uma
possibilidade para incluir o lote final de 23 convocados para o certame do futebol internacional a ter
“Eu estou aqui!” – Cristiano Ronaldo lugar de 12 de Junho a 13 de Julho de 2014, por terras de Vera Cruz. O
colocou Portugal no Mundial 2014
Mundial está de volta ao país do futebol e certo é que Portugal já tem
lugar marcado para descobrir o Brasil, uma vez mais, 514 anos depois
da proeza de Pedro Álvares Cabral.
VÁLTER FERREIRA
Piston NEEMAAC
CÍRCULO CENTRAL
Mundial 2014: O que espera Portugal?
As 32 seleções apuradas são organizadas em 4 potes consoante o seu ranking e confederação.
Alguns puristas argumentam que o mais difícil já foi alcançado e que a presença num campeonato do
Mundo de futebol pela quarta vez consecutiva é já um feito histórico a ser considerado por gerações
futuras. No entanto, o comum e fiel adepto exige sempre mais e melhor da sua seleção independentemente do momento que a formação de Paulo Bento atravesse. É certo que o conjunto orientado pelo
antigo internacional português está ainda longe do potencial evidenciado pelas seleções de 2002,
2004 e 2006 mas, também não é menos errado referir que o futuro se augura como promissor com
jovens como William Carvalho, Bruma, Ivan Cavaleiro, Rafa Silva, Bernardo Silva, André Gomes, entre
outros a darem cartas nas seleções jovens de Portugal pelo que é expectável que alguns destes ilustres
(desconhecidos para alguns) figurem no lote de 23 convocáveis tendo já em vista o certame de 2014.
Assim, o que espera Portugal em Junho e Julho do próximo ano? Com que outras seleções vai Portugal
dividir o seu grupo no Campeonato do Mundo do Brasil?
Alguns resultados menos prósperos num passado recente devem empurrar Portugal para o Pote 2 do
sorteio a realizar no próximo dia 6 de Dezembro que se vê assim ultrapassada por seleções teoricamente menos expressivas como são os casos da Suíça, da Colômbia e da Bélgica, se bem que estas
duas últimas são seleções a considerar para chegarem às fases decisivas do próximo Mundial. Se a
Bélgica apresenta um coletivo jovem - com jogadores como Hazard, Lukaku, De Bruyne, Verthongen,
Courtois, Witsel, Kompany, Dembelé e Chadli que têm créditos já firmados no futebol internacional
-, do lado colombiano, ao serviço do país do café devem marcar presença no Brasil jogadores bem
conhecidos dos adeptos portugueses como Radamel Falcao, James Rodriguez, Quintero, Guarín e
Jackson Martinez.
Deste modo e, olhando para o Pote 1, relativo aos cabeças de série, torna-se possível um embate Ronaldo/Messi ou Ronaldo/Neymar logo a abrir o Campeonato do Mundo sendo que velhas conhecidas
como a Alemanha e a Espanha também podem tocar em sorte à formação lusa neste sorteio assim
como a sensação do último mundial, o Uruguai, que tal como Portugal só logrou apuramento para a
‘Copa do Brasil’ via playoff continental onde ‘deixou pelo caminho’ a modesta seleção da Jordânia.
Ao olhar para a constituição dos potes que vão estar presentes em sorteio e, assumindo que a sua
composição vai ser semelhante à vivenciada no mundial da África do Sul há quatro anos atrás e que,
portanto vai ter uma constituição igual à da imagem em cima apresentada, convém referir que existe
a possibilidade de na fase de grupos termos um grupo com 3 seleções candidatas ao cetro mundial
devido à presença da França no Pote 3.
Se se decidir analisar qual a situação que mais e menos convém à seleção portuguesa desde logo
é possível deduzir que as equipas que menos se encaixam no estilo de jogo de Portugal são Brasil,
França e Japão respetivamente dos Potes 1, 3 e 4. Se o Brasil em tempos foi uma seleção acessível para
Portugal, neste Mundial a equipa de Scolari parte como grande favorita à conquista final.
32
Dezembro 2013
Com uma seleção remodelada e com um estilo de jogo que
mistura o típico virtuosismo do
futebol canarinho com a eficácia do futebol europeu, o Brasil
já provou recentemente que tem
um coletivo superior a Portugal.
Quanto a França e Japão, o historial contra os gauleses é negativo
para Portugal que sempre que encontra os franceses em fases finais, regra geral, não consegue progredir pelo que por isso mesmo a
França de Ribéry é uma seleção a evitar pelo menos numa fase ainda prematura da competição. Já o
Japão surge como uma seleção guerreira que raramente deita a toalha ao chão e que nos grandes palcos tem por hábito constituir surpresa.
Do outro lado da barricada existe uma combinação potencialmente mais favorável para a estirpe lusitana com Suíça, Argélia e Irão a serem os adversários mais acessíveis para Portugal se apurar
para os oitavos-de-final. Um possível confronto entre Portugal e Irão vai agudizar a imprensa nacional
com Carlos Queiroz a ter a oportunidade de defrontar Portugal pela primeira vez desde que se viu
forçado a abandonar o cargo de selecionador nacional em Outubro de 2010.
Nota final ainda para a única seleção estreante neste Mundial, a Bósnia e Herzegovina, que
depois da separação da Jugoslávia aquando da sua independência enquanto nação nos Balcãs, marca
presença pela primeira vez numa grande competição depois de ter adiado essa estreia em 2010 e 2012
depois de ter sido eliminada em ambas as vezes pela seleção portuguesa em playoffs de apuramento.
Portugal vai marcar presença no sorteio para o Mundial 2014 no próximo dia 6 de Dezembro.
A seleção nacional vai, ao que tudo indica, figurar no Pote 2 do sorteio.
VÁLTER FERREIRA
Piston NEEMAAC
CÍRCULO CENTRAL
“SE EM NOVEMBRO OUVIRES O TROVÃO, O ANO
SERÁ BOM”
Diz o ditado popular que se em Novembro ouvires o trovão, o ano será bom e a verdade é que
Novembro foi um mês em que a Académica se transfigurou e marcou um encontro com a história ao
reescrever capítulos com mais de quatro décadas de ‘inexistência’. Foi um mês em que a Briosa perdeu
por apenas uma única vez – derrota por 3-0 na receção ao Benfica de Jorge Jesus – numa passeata
de Novembro que culminou com uma vitória que já não surgia há 43 anos em jogos a contar para
o campeonato Nacional. Ao 30º dia do mês de Novembro, o último dia do mês, a turma orientada
por Sérgio Conceição levou de vencido o tri-campeão nacional instalando em definitivo o mau estar
nas hostes azuis e brancas. O golo solitário de Fernando Alexandre em cima do intervalo permitiu à
Académica derrubar um Porto que já não perdia desde Janeiro de 2012 em jogos a contar para a Liga
Portuguesa para gaudio dos cerca de 5000 adeptos que marcaram presença no velho ‘calhabé’.
Com a lição bem estudada, a Académica passou com distinção a um mês que se augurava difícil
ao ficar apenas a mágoa de uma eliminação prematura na Taça da Liga. Mais-a-mais e, apesar de já
não se tratar do mês de Novembro, o último encontro no mês de Outubro permitiu escrever mais uma
página de ouro no longo historial da Académica na visita à cidade dos arcebispos. Os ‘estudantes’
bateram o pé ao Sporting de Braga europeu, algo que já não acontecia há 46 anos, alcançando assim a
sua 500ª vitória em jogos no principal escalão do futebol nacional. Uma vez mais Fernando Alexandre
foi o homem-golo da formação de Coimbra com o médio ex-Olhanense a mostrar que está a ter uma
estreia apoteótica no plantel da Briosa.
Fora da orla Briosa, Novembro foi mês de revolta na Liga Portuguesa visto que a derrota do
Porto em Coimbra permitiu ao Sporting ser líder do campeonato, mais de cinco anos depois, apesar
de desta feita ter de partilhar a liderança com o rival de Lisboa, o Benfica, que depois de um início
conturbado de época começa a apresentar resultados. Do lado do Porto, Paulo Fonseca vive um momento hostil no universo do Dragão. O jovem técnico atravessa uma fase difícil com os azuis e brancos
a vencerem apenas um dos seus últimos seis jogos.
Novembro foi mês de agonia europeia para as equipas portuguesas. Se de Paços de Ferreira,
Estoril Praia e Vitória de Guimarães pouco se esperava, certo é que Benfica e Porto pouco têm dignificado o futebol nacional além-fronteiras com ambas as formações a terem hipóteses reduzidas de
seguirem em frente na Liga dos Campeões, o que num ano em que a final da liga milionária se vai re34
Dezembro 2013
alizar no Estádio da Luz, acaba por saber a pouco. Resta apenas confiar que na Liga Europa – caso se
verifique o afastamento de ambas as equipas da ‘Champions’ – os eternos rivais consigam dar a volta
à situação atual de modo a limpar a imagem do futebol português na Europa depois de um primeiro
trimestre no mínimo desastroso!
Em Novembro soou o trovão. Em Novembro foi reescrita história. Em Novembro soou o alarme
mas, se o ditado for para ser cumprido fica a certeza de que o ano vai ser bom!
VÁLTER FERREIRA
Planeta académica: o
dia em que o gigante
caiu em
Coimbra. Europa rendida a um feito
brioso
8 de Novembro de 2012 é uma data que jamais será
esquecida por todos os amantes e simpatizantes da Académica. Por Coimbra passava o campeão em título da Liga
Europa e segundo classificado da Liga Espanhola, o Club
Atlético de Madrid. As tropas de Diego Simeone chegavam à cidade dos ‘estudantes’ com um pecúlio invejável de
16 jogos consecutivos sem conhecer o sabor da derrota em
encontros europeus o que tornava a tarefa da Académica
hercúlea mas não impossível.
Num jogo que contou com uma assistência abaixo
do desejado, fruto também da hora do encontro, apoio
foi algo que acabou por não faltar com a Briosa a corresponder com mestria e com Wilson Eduardo em foco ao
apontar os dois tentos que valeram a vitória da Académica.
O Estádio EFAPEL Cidade de Coimbra encontrava-se em
perfeita ebulição e o público presente já não aguentava
sentado pelo apito final do árbitro britânico Lee Probert.
Não só estava prestes a cair o recorde averbado pela equipa madrilena como a Académica estava a minutos de
voltar às vitórias na montra europeia depois de décadas
em jejum, ao passo que o 2º golo da Académica surgia no
mítico minuto 69’ da Rádio Universidade de Coimbra, que
tão majestosamente adornou mais uma vitória épica da
Académica.
O colosso espanhol caía em Coimbra. A Académica
fazia história e tinha a europa rendida a seus pés!
VÁLTER FERREIRA
Piston NEEMAAC
Película
Recordações da Casa Amarela (1989) de João César
Monteiro
Duração: 119min
País: Portugal
Com : João César Monteiro, Ruy Furtado e Manuela de
Freitas
Um homem nos seus cinquenta anos chamado João de
Deus (interpretado pelo próprio realizador) vive numa pensão barata em Lisboa. Subnutrido e em precárias condições de
saúde, alimenta-se de cultura tanto quanto possível. Certo dia,
após não ter sucesso na tentativa de violar a filha da dona da
Pensão (Manuela de Freitas) é expulso. Abandonado, João de
Deus vê o quão dura e atroz a vida citadina pode ser. É internado num hospício e magicamente sai de lá com uma missão que
lhe foi proposta por um amigo que é utente lá. César Monteiro
tenta destruir todas a convenções sobre Cinema que até então
tinham sido construídas. Sem se alinhar com correntes artísticas ou estilos, na sua filmografia é predominante os filmes
onde ele protagoniza sobre a forma de um alter-ego, ora João
de Deus como é o caso no presente filme, que faz parte da
“Trilogia de Deus”, ora João Vuvu como é o caso do seu último
filme “Vai e Vem (2003) ” meses antes de falecer.
Disco
Álbum: Noctourniquet
Interprete: The Mars Volta
Ano: 2012
36
Dezembro 2013
O último álbum da banda de El Paso, Texas antes de um curto período de hiato e consequentemente o fim da banda. Conhecidos por se
apropriarem de muitos estilos de música, desde
do rock psicadélico e experimental de bandas
como Can e King Crimson passando por salsa,
jazz, funk ou até o dub. Noctourniquet não conta com o contributo do guitarrista John Frusciante (mais conhecido por ser o primeiro guitarrista dos Red Hot Chill Peppers) não deixando
Livro
mesmo assim de ser um álbum incrivelmente
fértil em arranjos de guitarra a transbordar de
electricidade e de pedais (da autoria do guitarrista principal Omar Rodríguez-López) Com letras surrealistas, da autoria do vocalista Cedric
Bixler-Zavala, cheias de referências às mais diversas culturas, Noctourniquet é uma incrível forma
de a banda cessar as suas funções, uma despedida à medida da obra que tinha feito até então.
A Explicação dos Pássaros
Autor: António Lobo Antunes
Editora: Dom Quixote
1981
Um casal desloca-se para um congresso em Tomar mas
um certo conjunto de factores inesperados faz com que venham
acabar em Aveiro. Rui quer deixar Marília mas não tem coragem
e conforma-se numa relação pouco frutuosa. Rui, um professor,
desde pequeno que cultiva uma pequena obsessão, saber a explicação dos pássaros. Inadaptado, tenta sempre sentir-se parte
integrante, da família, de um grupo de amigos (entre os quais
um barítono de classe mundial), mas conclui que o seu lugar
não existe. Certo dia um corpo é encontrado na Ria de Aveiro. É
um dos seus primeiros livros mas já se pode ver claramente as
linhas gerais da sua forma de escrever: Fragmentada, onde actos, tempos e personagens colidem num processo construtivo,
António Lobo Antunes consagra um estilo único, uma narrativa
riquíssima, incrivelmente metafórica e lírica. É em conjunto com
outros escritores portugueses do Século XX como Saramago e
Jorge de Sena, uma voz necessária para a Literatura trilhar novos
caminhos.
Eventos
Cinema no TAGV (3€ estudante):
Destaque para o filme “A Vida de Adele” do realizador franco-tunisino Abdellatif Kechiche
que venceu a Palma de Ouro este ano. Um filme que se debate com a descoberta a identidade e mais
especificamente com a sexualidade. Exibições: 2 de Dezembro (estreia nacional) e 9 Dez às 21h30.
O Grande Mestre de Wong Car Wai que já nos deixou filmes incrivelmente sensitivos como é
o caso “In the Mood For Love” ou “Chunking Express”. Wong arrisca agora em fazer um filme sobre
artes marciais sobre o mentor de Bruce Lee. Exibições: 16 Dez às 21h30
ANDRÉ PORTUGAL
Piston NEEMAAC
Visita ao Passado
Em ano de lançamento da nova consola da sony,
que a termo de curiosidade em 24h vendeu 1 milhão de exemplares, deu-me uma certa nostalgia
e resolvi “desenterrar” a minha, agora velhinha e
antiquada PlayStation 2. Lançada a 24 de Novembro de 2000, é verdade já lá vão 14 anos, vendeu
aproximadamente 150 milhões de exemplares ao
longo dos tempos e existem mais de 11000 títulos
disponíveis para jogar e para matar muitas horas.
Apesar de o fabrico de novas unidades já ter sido
cancelado e esta ter sido substituida pela Playstation 3 em 2006 e agora em 2013 pela Playstation
4, ainda continuam a ser produzidos jogos para
esta consola.
No início, a consola foi só lançada no Japão,
mas ouve certos atrasos na produção que levou
a que demora-se mais tempo até chegar ao resto
do mundo. Mas, a ancia de experimentar a nova
consola que dava continuação ao sucesso da PlayStation foi tanta que havia pessoas a pagar mais
de mil dólares em sites de leilões, como por exemplo o eBay.
A PlayStation 2 é até ao dia de hoje a consola de
6ª geração mais vendida de sempre, sendo apenas
ultrapassada pela Nintendo Ds que até ao fim de
2012 já tinha vendido mais de 155 milhões de exemplares.
Além disso, todos nos conhecemos grandes titulos que foram produzidos para esta consola, como
por exemplo GTA San Andreas, Black, Ratchet &
Clank, Driver, Jak, Guitar Hero, Metal Gear entre
uma lista enorme de muitos outros titulos que
para sempre ficaram na nossa memória.
Mas este ano é ano de lançamento de uma nova
consola, e quantos mais anos passam mais velhinha fica a nossa PlayStation 2, mas as memórias
das horas passadas a criar a destruição e o caus
no GTA, ou a tocarmos as nossas músicas de rock
favoritas e imaginarmos e sonharmos um dia nós
mesmos sermos umas grandes estrelas de rock,
para sempre ficaram guardadas na memória.
SÉRGIO ALMEIDA
38
Dezembro 2013
Para alguns a época futebolística só começa verdadeiramente aquando do lançamento de um
novo FM. A série da Sports Interactive celebrou no ano passado duas décadas de existência e é um
jogo de sucesso na indústria dos jogos, por mais estranho que isso possa parecer para as pessoas mais
afastadas deste fenómeno. Na calma de casa, no Departamento de Engenharia Mecânica, em qualquer
lado, onde existe um PC lá estará o belo do FM instalado para os mais “colados” neste jogo que revolucionou a definição de simulador de gestão desportiva. Para quem joga, chegou finalmente a altura
em que desligamos de tudo e de todos e ouvimos o tão frequente: “ Passas demasiado tempo a jogar
FM” ou “Ainda estás nisso?” da mãe ou namorada. Mas decerto que aquele que mais gosto de ouvir é
aquele inicial, na altura em que se compra o jogo, o tal: “ Pronto agora não me vais ligar nenhuma”. É
simplesmente espantoso como um simples jogo de computador tem esta capacidade de nos colar, de
nos hipnotizar, conseguindo levar os mais susceptíveis a demonstrar um impressionante alheamento
da realidade. O vício, tal como a virtude, cresce em passos pequenos, mas para quem joga FM essa é
realmente uma questão mais complexa.
Piston NEEMAAC
what’s hot?
Football Manager Classic
Assim como no jogo anterior, FM 2014 conta com o modo Football Manager Classic (FMC).
Foi perante a complexidade do jogo e do número de horas que é necessário despender para desfrutar em pleno da experiência actual que o modo FMC foi criado. Na prática, trata-se de uma vertente
simplificada do habitual modo
carreira, oferecendo um conjunto de características únicas
no sentido de responder as expectativas de treinadores mais
casuais. Disponível a partir do
menu inicial do jogo, o FMC
conta com uma interface concebida especialmente para que
este modo, oferecendo uma
base de dados mais condensada
e onde o treinador apenas pode
ter ligas activas de três países
simultâneos. O detalhe estará
desta forma limitado, em especial nas áreas de treino, estatísticas, imprensa, agentes, bem como na interactividade com a direcção
do clube e membros da equipa técnica. No próprio dia do jogo não existirão palestras com a equipa,
nem será necessário dar instruções adversárias. O jogo poderá ser acompanhado através de opções
habituais, mas também será possível “saltar” o desafio e conhecer de imediato o resultado final. Este
modo contém tudo o que faz do FM um colosso, mas grande parte das características passou para
os bastidores. Em suma, um modo para agradar os treinadores com pouco tempo para jogar e onde
apenas têm de se preocupar com quatro áreas do jogo: treino, tácticas, transferências e contractos.
Grandes Desafios
Tal como no jogo anterior, este FM tem uma série de desafios para os que jogam o jogo. Tal
como o nome indica, este modo serve para colocar ao treinador uma série de missões predefinidas
para cumprir, onde também pudemos introduzir um grau de dificuldade.
Alguns dos desafios presentes no
jogo.
40
Dezembro 2013
Ser Um Treinador
A primeira alteração prende-se com o design da interface. Existem pequenas afinações que
vão obrigar os treinadores mais antigos da série a um pequeno período de habituação, mas no geral
a informação favorece ainda mais a fluidez global do jogo. A navegação pelos menus continua a ser
intuitiva e nota-se que os índices de personalização também aumentaram, com a possibilidade de o
treinador escolher que tipo de informação deseja ver num determinado ecrã ou menu. A forma como
os jogadores são apresentados no ecrã facilita-nos a vida, ao ser muito mais intuitivo perceber onde
cada jogador pode encaixar na nossa equipa, algo ainda mais importante quando chegarem a épocas
futuras onde não conhecem nenhum dos jogadores disponíveis.
Com uma interface mais simplificada é nos mais fácil aceder a informações importantes e evitar perder tempo à sua procura.
Um dos maiores destaques da série sempre foi o realismo da base de dados e o módulo associado às transferências, e neste particular existem várias melhorias. Os treinadores geridos pela IA tentarão agora encontrar futebolistas que se enquadrem melhor na filosofia específica do clube que orientam, e o processo de negociação na venda de jogadores transparece uma maior sabedoria por parte
do clube vendedor, apesar de existir uma maior facilidade em relação ao jogo anterior a comprar jogadores de equipas “rivais”. Outro aspecto adicionado este ano, também
relacionado com as transferências é
a possibilidade de vender e comprar
percentagem de passes ao agente do
jogador, incentivar agentes a comprar passes de jogadores de outras
equipas de modo a reduzir o custo
dos jogadores alvos de transferências, apesar de tal apenas ser permitido em algumas ligas e proibido
noutras.
Com um bom treino podemos transformar um
miúdo maravilha num jogador de classe mundial.
Piston NEEMAAC
what’s hot?
É também notório, ao fim de algumas semanas de jogo, que os jogadores apresentam uma personalidade melhorada, mais diversificada e imprevisível, retirando-nos a capacidade de antever uma
reacção positiva ou negativa, e sendo assim também mais difícil reverter uma situação negativa (nada
que um tempinho nas equipas de reserva não resolva). A nova estrutura de diálogos é mais complexa,
os discursos são mais interligados, criando mais opções e reacções, mostrando também neste aspecto
o quão empenhada a SI esta em criar um jogo o mais real possível.
Por fim, talvez a melhor melhoria seja mesmo a maior profundidade táctica que o jogo exige.
É de realçar que ainda existem algumas formas de contornar as dificuldades e alcançar o sucesso,
mas quem jogue pelo prazer de jogar e não apenas pela febre dos títulos, irá encontrar aqui uma experiência de jogo mais complexa e profunda, onde cada vez mais é necessário ler o jogo e também os
jogadores, e garantir que conhecimentos acima da média sobre este desporto terão aqui resultados.
FM2014 é o melhor jogo de sempre no seu género, não tendo
concorrência. É
um título forte,
capaz de nos
prender até ao
próximo
ano.
Nota-se a falta
de algumas licenças mas aos
poucos vamos
esquecendo esses problema e
m erg ul ha m o s
numa excelente
experiência de
jogo que só será
melhorada pelo futuro FM2015, daqui a um ano.
DAVID CABRAL
CLASSIFICAÇÃO: 95
OUTROS JOGOS RECOMENDADOS:
League of Legends
PES 2014
Battlefield 4
Grand Turismo 6
Watch Dogs
42
Dezembro 2013
passatempos
SUDOKU
ANTÓNIO ALMEIDA
Piston NEEMAAC
calendário de exames
MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA
MECÂNICA
FREQUÊNCIAS
ÉPOCA NORMAL
ÉPOCA DE RECURSO
A CONSULTA DESTE CALENDÁRIO
NECESSITA DE CONFIRMAÇÃO NO INFORESTUDANTE, OS HORÁRIOS PODEM SER ALTERADOS!
44
Dezembro 2013
ENGENHARIA E GESTÃO INDUSTRIAL
A) Licenciatura
B)Mestrado
FREQUÊNCIAS
ÉPOCA NORMAL
ÉPOCA DE RECURSO
LUÍS BASTOS
Piston NEEMAAC
“Neste primeiro semestre, o NEEMAAC desenvolveu mais de quinze actividades, de todos os pelouros integrantes da nossa equipa. Interrogo-me muitas vezes sobre quais os motivos para a fraca participação em algumas das
nossas actividades: se, por um lado, é certo que o corrupio eleitoral que se
vivenciou ofuscou um pouco o trabalho do Núcleo, por outro as actividades
desenvolvidas são suficientemente abrangentes e interessantes para apelar à
tua participação. A tua presença nas nossas actividades é a melhor recompensa que podemos ter, e um auditório/sala cheio de pessoas interessadas
só nos dá ainda mais força para continuar a trabahar para ti! Ser estudante
de Coimbra não passa só por manifestarmos o nosso amor à Académica nos
meses de Outubro e Novembro. Ser estudante de Coimbra é ser activo e participativo no teu próprio Departamento e nas actividades que o teu Núcleo
organiza para ti!” - João Marques
Participa nas actividades que criamos para ti!!
O PISTON DESEJA-TE
UM FELIZ NATAL E
UM PRÓSPERO ANO NOVO
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