Bausch + Lomb Academy

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Bausch + Lomb Academy
ACTUALIZAÇÃO EM INVESTIGAÇÃO
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of Vision Care
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Bem-vindo à actualização mensal da investigação da Bausch and Lomb.
Com os nossos antecedentes na investigação clínica oftalmológica, sobretudo do olho anterior, a Bausch and Lomb solicitou-nos
que elaborássemos, todos os meses, um relatório independente sobre alguns resultados interessantes derivados de jornais de
investigação. Na sua qualidade de médico muito ocupado, isto deve permitir mantê-lo mais actualizado sobre a investigação
clínica avançada, podendo localizar os artigos quando pretende saber mais sobre um dos tópicos evidenciados.
O Professor James Wolffsohn é Professor
de Optometria e Vice-Reitor de Ciências da
Saúde e da Vida na Universidade de Aston.
Vice-Reitor de Life and Health Sciences. A
investigação e interesses académicos de James centram-se essencialmente em torno das
lentes intra-oculares, lentes de contacto, baixa
visão e a determinação da acomodação. Publicou mais de 100 trabalhos académicos peer
reviewed, escreveu livros sobre Baixa Visão e
Imagem e fez numerosas apresentações internacionais. James foi também Presidente da
Associação Britânica de Lentes de Contacto.
Depois de se graduar com a classificação de 1ª
classe B.Sc. (Hons) em Optometria no UMIST
em 2004, Amit completou com sucesso em
2005 os exames de qualificação profissional
no Colégio de Optometristas. Amit trabalhou
como Optometrista em várias instituições
clínicas, incluindo no campo da cirurgia refractiva corneana. Concluiu recentemente
um Ph.D. na Universidade de Manchester
investigando a qualidade óptica em pacientes
com Ceratocone. Trabalha actualmente com
o Prof. Wolffsohn numa posição pós-doutoramento na Universidade de Aston.
Edição 24 – Março 2012
Nesta actualização vemos as seguintes publicações importantes com revisão cientifica clínica externa:
JOURNAL
VOLUME
American Journal of Ophthalmology
153(3)
Clinical and Experimental Optometry
95(2)
Cornea
31(3)
Eye & Contact Lens
38(2)
Journal of Cataract and Refractive Surgery
38(3)
Journal Refractive Surgery
28(3)
Ophthalmology
119(3)
Ophthalmic and Physiological Optics
32(2)
Optometry and Vision Science
89(3)
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ACTUALIZAÇÃO EM INVESTIGAÇÃO
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Lentes flexíveis para doentes queratocónicos
Jinabhai et al. avaliaram o rendimento visual e a qualidade óptica utilizando lentes de contacto flexíveis (LCF)
tóricas em 22 pacientes com queratocone (16 utilizadores de lentes RGP e 6 utilizadores de lentes oftálmicas). Nos utilizadores de lentes de contacto, os resultados demonstraram que as lentes RGP proporcionaram
rendimentos visuais superiores e maiores reduções das aberrações de 3ª ordem, em comparação com as LCF
tóricas. Do mesmo modo, nos utilizadores de lentes oftálmicas, as LCF tóricas proporcionaram a redução das
aberrações não compensadas; no entanto, verificou-se que o rendimento visual com as LCF tóricas era comparável ao avaliado com as lentes oftálmicas. Os autores reportaram que as LCF tóricas apresentavam um melhor
rendimento nos pacientes com queratocone menos avançado e que poderiam ser testadas nesses pacientes,
sobretudo nos que não alcançam um conforto adequado ou tempos de utilização aceitáveis com as lentes RGP.
Ophthalmic and Physiological Optics 32, 100–116
Tecnologia de laser de estado-sólido para LASIK
Piñero et al. avaliaram os resultados visuais, refractivos e ópticos de LASIK (laser in situ keratomileusis) na compensação da miopia baixa a moderada utilizando um laser de estado-sólido disponível comercialmente. O estudo incluiu 60 olhos de 34 pacientes, que foram seguidos por um período de 6 a 13 meses após o tratamento. Os
resultados demonstraram uma melhoria significativa na logMAR UDVA (acuidade visual sem compensação)
no pós-operatório (p<0,01). A logMAR UDVA pós-operatória foi de +0,10 (aproximadamente 20/25) ou melhor em 57 olhos (95%). A refracção de equivalente esférico pós-operatória situou-se dentro das ±0,50 dioptrias (D) em 58 olhos (97%). Os autores detectaram apenas um pequeno aumento, embora estatisticamente
significativo, no erro RMS do coma da 3ª ordem (0,17 μm) e na aberração esférica de 4ª ordem (0,09 μm).
Concluíram que o LASIK utilizando uma plataforma de estado-sólido proporcionou a compensação prevista da
miopia baixa a moderada.
Journal of Cataract and Refractive Surgery 38 437–444
Comparação da imagem por TCO e por câmara Scheimpflug
Szalai et al. avaliaram a repetibilidade e fiabilidade de uma tomografia de coerência óptica do segmento anterior
(AS-OCT) swept-source/domínio de Fourier e fonte de digitalizção, e uma câmara Scheimpflug de alta resolução num grupo de pacientes com queratocone e controlos saudáveis. Este estudo incluiu 57 indivíduos normais
(57 olhos) e 56 pacientes com queratocone (84 olhos). Os autores verificaram diferenças significativas em todos
os parâmetros do segmento anterior entre os dois grupos (p<0,05). Nos pacientes queratocónicos, as diferenças
entre as avaliações repetidas foram menores com o AS-OCT do que com a imagem ou câmara Scheimpflug.
Journal of Cataract and Refractive Surgery 38 485-494
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Combinação de crosslinking de cologénio corneal CLX e implantação de uma LIO fáquica tórica
nos pacientes com queratocone
Güell et al. avaliaram os resultados a longo prazo da associação de CLX (collagen crosslinking) e o implante
de lentes intraoculares fáquicas tóricas (pIOL) na compensação do astigmatismo miópico em pacientes com
queratocone progressivo ligeiro a moderado. O seguimento médio dos 9 pacientes do estudo (17 olhos) foi de
36,9 ± 15,0 meses (±1 DP). O intervalo médio entre CXL e o implante de pIOL foi de 3,9 ± 0,7 meses. Catorze
olhos (82%) situaram-se dentro das ±0,50 dioptrias (D) da refracção do equivalente esférico (EE) tentado e
13 olhos (76%) situaram-se dentro das ±1,00 D da compensação cilíndrica tentada. Verificou-se que a acuidade visual à distância não compensada pós-operatória era de 20/40 ou melhor em 16 olhos (94%). Os autores
concluíram que a associação de CLX e o implante de LIOF tóricas de fixação à íris compensou de forma eficaz
e segura o astigmatismo miópico nos pacientes com queratocone progressivo ligeiro a moderado.
Journal of Cataract and Refractive 38 475–484
Descolamento do Vítreo Posterior Incompleto: Prevalência e Relevância Clínica
Carrero investigou a prevalência e a relevância clínica de um descolamento do vítreo posterior (DVP) incompleto. Um total de 54 em 207 pacientes apresentou um DVP incompleto (prevalência, 26,1%). Foi verificado
que uma idade mais jovem e a degeneração retiniana estavam associados de forma independente com a presença de um DVP incompleto. Após um seguimento médio de 5 anos (variação = 4 a 8 anos), 16 pacientes (9,7%)
sofreram desfechos adversos. Em 5 pacientes (2,7%), ocorreram novas rupturas na retina e 1 descolamento da
retina. Em 12 pacientes (7,6%), desenvolveram-se membranas epimaculares. Em resumo, pacientes com DVP
incompleto a nível basal sofreram mais resultados adversos do que os pacientes com DVP completo.
American Journal of Ophthalmology 153 497–503
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Melhoria da detecção do queratocone com a utilização do analisador de resposta corneana
Galletti et al. compararam a histerese corneana (HC) e o factor de resistência corneana (FRC) entre olhos
normais e de olhos com queratocone, corrigindo o efeito da espessura corneana central (ECC). Os autores
estimaram também a sensibilidade e especificidade à detecção de queratocone utilizando estes parâmetros.
No estudo participaram 102 olhos normais (grupo de controlo) e 77 olhos com queratocone (grupo de queratocone). Os resultados demonstraram que a HC e o FRC estavam positivamente correlacionados com a ECC em
ambos os grupos. A HC foi mais elevada no grupo de controlo (9,79 ± 1,51 vs 8,49 ± 1,48; p<0,0001) tal como o
FRC (9,55 ± 1,64 vs 7,24 ± 1,43; p<0,0001), comparativamente ao grupo de queratocone. No entanto, apenas
os dados do FRC permaneceram significativamente baixos nos olhos com queratocone após a correcção do
efeito da ECC. A sensibilidade e especificidade dos pontos limites de FRC variaram entre 83% e 94% e 69%
e 83%, respectivamente. Os autores concluíram que o FRC era melhor do que a HC na detecção de córneas
queratocónicas depois de considerado o efeito da ECC nas avaliações da CCT por ORA, mesmo nos olhos
contralaterais topograficamente não afectados de pacientes com queratocone.
Journal of Refractive Surgery 28 202-208
Refracção Periférica na Miopia Elevada com Lentes de Contacto Flexíveis Esféricas
Kwok et al. investigaram a refracção periférica em pacientes com miopia elevada quando compensada com
uma lente de contacto esférica flexível convencional (LCEF). Foram avaliados dez adultos jovens (variação 20 a
26 anos) com miopia elevada (acima −6,00 D). Foi utilizado um auto-refractómetro de campo aberto para medir horizontalmente as refracções no eixo e fora do eixo na retina nasal e temporal. Foram também efectuadas
medições por interferometria de coerência parcial do comprimento do eixo, no eixo e fora do eixo, na retina
nasal e temporal. Os resultados demonstraram um erro refractivo esférico médio no eixo sem compensação
de −8,31 ± 2,10 D e um comprimento médio axial no eixo de 27,39 ± 1,18 mm. A esfera média revelou uma
alteração significativa da refracção periférica relativa (RPR) hiperópica no estado não compensado para RPR
miópica com compensação com as LCEFs, tanto na retina nasal como temporal. Os autores concluíram que a
compensação do erro refractivo foveal nos pacientes miópicos com LCEFs standard pode resultar na desfocagem miópica absoluta significativa na retina periférica, indicando talvez que as LCEFs standard poderão ser
úteis para reduzir a progressão da miopia.
Optometry and Vision Science 89 263–270
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Microscopia Corneana Confocal em Pacientes com Queratoconjuntivite Vernal
Leonardi et al. comparou as características morfológicas corneanas utilizando microscopia confocal in-vivo
(Confoscan CS4: Nidek, Gamagori, Japan) em pacientes com queratoconjuntivite vernal (QCV) em comparação com indivíduos normais. Foram investigados 32 pacientes com QCV (26 homens, 6 mulheres; média de
idades, 17,1 anos) e 40 indivíduos normais (20 homens, 20 mulheres; média de idades, 19,3 anos). Os autores
notificaram que os pacientes com QCV apresentaram: aumento do diâmetro, da reflectibilidade e da presença da activação nuclear de células epiteliais superficiais; diminuição da densidade da membrana basal; menor
densidade de queratócitos, aumento da presença de queratócitos activados e células inflamatórias no estroma
anterior; e diminuição da densidade e do número de fibras, menor número de beadings, e grau mais elevado de
tortuosidade das fibras no plexo nervoso sub-basal. Por outro lado, os nervos do estroma corneano apresentavam aumento de alterações na espessura, as desviações e tortuosidade. Mais, foi detectado um número aumentado de células inflamatórias muito próximo das fibras nervosas sub-basais e do estroma nos indivíduos com
QCV. Assim, os autores concluíram que a microscopia confocal corneana é uma ferramenta útil para o estudo
in vivo das alterações corneanas patológicas em pacientes com QCV.
Ophthalmology 119 509–515
Combinação de LIO multifocais difractivas e refractivas
Muñoz et al. avaliaram o rendimento visual em 80 olhos de pacientes de 40 pacientes com cataratas (média
de idades: 65,5 ± 7,3 anos) submetidos a implante de Lentis Mplus MIOL num dos olhos e Acri.Lisa 366 MIOL
no olho contralateral. Os resultados revelaram que as acuidades visuais binoculares sem compensação foram
de +0,12 logMAR ou melhor numa variação de distâncias entre 6 m e 33 cm. A Lentis MPlus proporcionou
uma melhor visão, estatisticamente significativa, do que a Acri.Lisa em distâncias entre 2 m e 40 cm, e a Acri.
Lisa proporcionou uma melhor visão, estatisticamente significativa, do que a Lentis Mplus a 33 cm. A função de
sensibilidade ao contraste fotópica para a visão ao longe e ao perto foi semelhante à de um grupo de controlo
(implante bilateral com LIO monofocais) excepto nas frequências mais elevadas. Foi reportado encadeamento moderado (15%), problemas de visão nocturna (12,5%) e halos (10%) utilizando um questionário subjectivo.
Em 93% dos pacientes alcançou a plena independência de óculos. Os autores concluíram que a combinação
de MIOLs zonais asféricas refractivas e asféricas difractivas resultou numa excelente distância binocular sem
compensação, visão intermédia e ao perto, com baixa incidência de fenómenos fóticos significativos e elevada
satisfação do paciente.
Journal of Refractive Surgery 28 174-181
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Qualidade de vida dos pacientes miópicos com diferentes métodos de compensação
Queirós et al. avaliaram a qualidade de vida (QdV) relacionada com a visão utilizando o questionário 42 do
National Eye Institute Refractive Error Quality-of-Life (NEI RQL)-42. O estudo investigou indivíduos com miopia
baixa a moderada (-1,00 a -3,00 D) compensada com a utilização de diferentes métodos refractivos, incluindo o LASIK (laser-assisted in situ keratomileusis n=41), ortoqueratologia (OK n=37), lentes de contacto flexíveis
(LCF n=44) e lentes oftálmicas (n=45), em comparação com indivíduos emetrópicos (n=50). Os resultados demonstraram diferenças estatisticamente significativas entre todos os grupos para todas as subescalas, excepto
na satisfação com a compensação (p=0,14). A redução média na qualidade de vida, comparado com o grupo
emetrópico, foi de −7,1% (p=0,02) para LASIK, −13,0% (p<0,001) para OK, −15,8% (p<0,001) para as lentes
oftálmicas e −17,3% (p<0,001) para LCF. Os autores concluíram que a QOL relacionada com a visão era substancialmente diferente em certas categorias do NEI RQL-42, não obstante todos os pacientes de cada grupo
terem sido considerados como tendo uma compensação visual bem sucedida. O LASIK revelou uma redução
média mais baixa na qualidade da visão, comparado com os emetropes. A OK foi comparável a LASIK no respeitante à independência da compensação visual e verificou-se que a utilização de LCF era superior ao LASIK
e à OK em termos do sintoma de encadeamento.
Eye & Contact Lens 38 116–121
Comparação de flaps corneanos criados por via mecânica e com laser de femtosegundos
Zhou et al. comparou as dimensões dos flaps do LASIK criados utilizando o laser de femtosegundos (FS) “Classic” Ziemer FEMTO LDV e um microqueratomo Moria M2 (110-μm de cabeça e -20 de lâmina). Foram avaliados 720 olhos de 360 pacientes consecutivos e divididos em dois grupos de igual dimensão para a criação de
flaps com o Ziemer LDV (grupo de laser FS) e com o microqueratomo mecânico Moria M2 (grupo microqueratomo). A espessura nominal dos flaps foi de 110 μm para todos os pacientes e para ambos os dispositivos. A
espessura dos flaps foi medida por tomografia de coerência óptica no domínio de Fourier em 14 posições especificadas em cada flap 1 semana após a cirurgia para análise da regularidade, uniformidade e precisão dos dois
tipos de flaps de LASIK. Os resultados demonstraram que o desvio médio entre a espessura do flap “alcançado”
e o flap “tentado” era menor no grupo de laser FS do que no grupo do microqueratomo. Os flaps no grupo de
laser FS eram mais regulares e uniformes, apresentando uma configuração quase planar, ao passo que os flaps
no grupo de microqueratomo apresentavam uma forma de menisco, com uma espessura significativamente
maior junto ao bordo do flap. A espessura do flap nasal e temporal não diferiu significativamente no grupo do
laser FS, ao passo que, no grupo de microqueratomo, verificaram-se diferenças características na espessura
do flap temporal versus nasal. Os autores concluíram que as dimensões dos flaps de LASIK criados utilizando o
laser de femtosegundos Ziemer LDV eram mais uniformes e precisos do que os criados com o microqueratomo
mecânico Moria M2.
Journal of Refractive Surgery 28 189-194
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Factores de risco de cataratas: o estudo Los Angeles Latino Eye Study
Richter et al. avaliaram os factores de risco sócio-demográficos e biológicos associados a ter opacidades do
cristalino corticais, nucleares, sub-capsulares posteriores (SCP) e mistas de lentes. No estudo foram incluídos
5.945 pacientes latinos com ≥40 anos de idade. Foram verificadas opacidades corticais nas lentes em 468 pacientes, 217 tinham opacidades nucleares, 27 tinham opacidades SCP e 364 opacidades mistas. Foram identificados uma idade mais velha, níveis mais elevados de hemoglobina A1c e antecedentes de diabetes mellitus
como factores de risco independentes para opacidades corticais. A idade mais velha, tabagismo e erro refractivo miópico como factores de risco independentes para opacidades nucleares de lentes. Uma pressão arterial
sistólica mais elevada e antecedentes de diabetes foram identificados como factores de risco independentes
para opacidades SCP de lentes. Uma idade mais avançada, erro refractivo miópico, antecedentes de diabetes,
pressão arterial sistólica mais elevada, sexo feminino e presença de grandes drusen foram identificados como
factores de risco independentes para opacidades mistas de lentes. Os factores de risco identificados poderão
contribuir de forma útil para os mecanismos relacionados com o desenvolvimento da opacificação de lentes.
Os autores sugerem que a melhoria dos factores de risco modificáveis, como o controlo glicémico, a cessação
tabágica e o controlo da pressão arterial, poderá ajudar a reduzir o risco do desenvolvimento de opacidades de
lentes e a sua perda visual associada.
Ophthalmology 119 547–554
Correlação da elevação da superfície corneana posterior e anterior com a gravidade do
queratocone
Rie et al. investigaram a gravidade do queratocone em termos de diferenças de elevação da superfície corneana com duas superfícies de referência diferentes utilizando análises topográficas. Foram avaliados 86 olhos de
50 pacientes queratocónicos (61 homens e 25 mulheres, média de idades de 37,3 ± 11,6 anos) com queratocone com diferentes gravidades. Foram medidas as elevações corneanas anterior e posterior utilizando a análise
topográfica. Os dados da imagem foram analisados para estimar as diferenças da elevação como valores diferenciais de uma esfera melhor adaptada convencional e uma esfera melhor adaptada melhorada (exclusão
de uma zona de diâmetro de 4 mm da córnea mais estreita). Estes dados foram correlacionados com o índice
de gravidade do queratocone e com a classificação de Amsler–Krumeich de queratocone. Os resultados demonstraram uma correlação positiva significativa entre as diferenças de elevação e o índice de gravidade do
queratocone tanto para os dados de superfície anterior como posterior (r = 0,66; p < 0,001; r = 0,74; p < 0,001).
Os autores concluíram que os dados da altura da superfície corneana anterior e posterior obtidos utilizando
uma tomografia à base da elevação oferecia informações úteis para a melhoria do rigor do diagnostico do queratocone e para a classificação da gravidade do queratocone.
Cornea 31 253-258
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Título do artigo mais curioso do mês...
“Real cost of recycled spectacles” (O custo real das lentes oftálmicas recicladas)
Wilson e colegas analisaram os custos e os benefícios de óculos com lentes oftálmicas reciclados, e procederam
à comparação com metodologias alternativas. A quantidade utilizável de óculos com lentes oftálmicas reciclados foi determinada através do exame de dois lotes separados de óculos com lentes oftálmicas provenientes
de donativos. Os resultados demonstraram que apenas 7% dos 275 óculos com lentes oftálmicas analisados se
encontravam em condições de utilização. A proporção relativamente pequena dos óculos com lentes oftálmicas recicladas utilizáveis pouco contribuiu para os elevados custos da entrega de óculos com lentes oftálmicas
recicladas, estimados em cerca de 20,49 USD, mais do dobro do custo do fornecimento dos óculos com lentes
oftálmicas prontas a usar. Os autores concluíram que a reciclagem de óculos com lentes oftálmicas não é um
método eficaz de poupança para a compensação do erro refractivo, devendo ser desencorajada como estratégia para a eliminação do erro refractivo sem compensação nos países em desenvolvimento.
Optometry and Vision Science 89 304-309
O artigo mais fascinante do mês …
“Effect of Ramadan fasting in tropical summer months on ocular refractive and biometric characteristics” (Efeito do jejum do Ramadão nos meses de Verão tropicais nas características oculares refractivas e biométricas)
Nowroozzadeh et al. investigaram o efeito dos hábitos alimentares alterados durante o jejum do Ramadão nas
propriedades oculares refractivas e biométricas. Foram avaliados 40 olhos de 22 voluntários saudáveis. Foram
medidas as características oculares, refractivas e biométricas utilizando um auto-queratorefractómetro e biometria ultrassónica de contacto. Os resultados demonstraram que a profundidade da câmara anterior (PCA)
aumentou de forma significativa durante o jejum, comparado com as medições basais, tendo retomado os valores das medições basais um mês após o Ramadão (3,2 ± 0,1 mm para sem jejum e 4,3 ± 0,2 mm em jejum;
p<0,001). O comprimento axial (CA) diminuiu significativamente durante o jejum tendo retomado os valores
basais um mês após o Ramadão (23,09 ± 0,14 mm para sem jejum e 22,65 ± 0,18 mm para em jejum; p<0,001).
Os cálculos das potências das lentes intraoculares diminuíram significativamente durante o jejum e retomaram
os valores basais um mês após o Ramadão (formula SRK-T: 21,46 ± 0,27 D para sem jejum e 22,92 ± 0,46 D para
em jejum; p<0,001). Os autores concluíram que o jejum do Ramadão está associado a alterações significativas
na PCA e no CA, resultando em alterações clinicamente significativas nos cálculos das potências das lentes intraoculares. Assim, se forem tidas como base as medições biométricas efectuadas durante o jejum do Ramadão,
poderão ocorrer erros de medição, com impacto nos potenciais resultados da cirurgia de catarata.
Clinical and Experimental Optometry 95 173–176
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Abril 2012
James S Wolffsohn
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Birmingham, UK
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