FITOTERAPIA

Transcrição

FITOTERAPIA
FITOTERAPIA
CAFÉ-DE-BUGRE - Casearia
sylvestris Sw.
ASPECTOS AGRONÔMICOS:
FAMÍLIA - Flacourtiaceae
ORIGEM - Regiões secas a úmidas da América Central e do Sul. Distribuída
desde o México a Argentina até 1800 m de altitude. Também ocorre nas
ilhas
ocidentais (Morton, 1981).
NOMES COMUNS: bugre, cafezeiro-do-mato, cafezeiro-brabo, chá-de-bugre,
cambaqui, timbati, barredera, guassatonga, guaçatumba, guaçatomba,
erva-de-lagarto,pau-de-lagarto, erva-de-pontada, erva-de-bugre, erva de
teiú, língua-de-tuí, são gonçalinho.
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS: Arbusto perene, de regiões tropicais a
subtropicais
de altitude. Pode tolerar geadas moderadas. Desenvolve-se na orla/borda
de
florestas, matas regeneradas (pouco densas). Tolera sombreamento.
SOLOS: Baixa exigência em fertilidade, desenvolve-se em solos com pH 4 6,
mas prefere solos com boa drenagem.
PROPAGAÇÃO: Por sementes, coletadas em outubro-novembro, semeadas em
sacos
plásticos de 15-20 cm de comprimento e 5 - 8 cm de largura. Após 2 meses
as
mudas podem ser levadas para o campo.
ESPAÇAMENTO: 1 m x 2 a 2,5 m.
PORTE: Atinge 3 a 4 m. É planta de meia sombra
COLHEITA: 1 a 2 anos após plantio no campo.
RENDIMENTO: 0,5 - 1 kg/folha seca/pé (estimativa).
SECAGEM: À sombra, em secadores solares, à lenha ou eletricidade.
Temperatura máxima do ar na massa de folhas 45oC.
PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Antisséptico (Gavanales & Brandão, 1998)
febrífugo, depurativo, usado em dores pleurísticas, manifestações
sifilíticas cutâneas, eczemas, sarnas, úlceras (Basile et al. 1990).
Possue
ação antiofídica, pode inativar veneno de cobras (Hirschmann & Arias,
1990),
tratamento de leproses. Cicatrizante, gastrites e úlceras, por diminuir a
secreção ácido-péptica (Trentini A. et. Al., 1995 e Basile A. et. Al.,
1986).
PRINCÍPIOS ATIVOS: Nas folhas são encontrados diterpenos, denominados
clerodaneos I a VI, outros denominados casearinos B a S (Itokawa, et al.
1992) e triterpenos, além de saponinas, taninos, alcalóides e
flavonóides.
PARTES UTILIZADAS: folhas, cascas e raízes
FORMA DE USO: Chá por infusão das folhas. Chá por decocção as cascas.
Dosagem de preparo: 20 a 30 g de folhas ou cascas /litro d’água
cataplasma (emplasto com folhas)
FORMAS DE USO E DOSAGEM: Uso tópico: Cataplasmas ou emplasto das folhas;
Infusão das folhas ou decocção das cascas e raízes;
Tintura, dosagem
de preparo: 100 a 200 g de folhas/cascas/ litro de álcool de cereias.
Uso interno: Infusão das folhas
ou decocção das cascas e raízes:
20 a 30 gr/litro de água;
TEMPO DE USO: Evitar o uso prolongado e em altas doses.
EFEITOS COLATERAIS: Hemorragias, vômitos e diarréia no uso prolongado e
em
altas doses.
CONTRA INDICAÇÕES: Gravidez.
FONTE PRINCIPAL DE CONSULTA:
Cultivo de Plantas medicinais e aromáticas
Autor : Paulo Guilherme Ribeiro
Co-autor : Rui Cépil Diniz
Editora do IAPAR - Livro em fase de publicação