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Transcrição

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II CONGRESSO INTERNACIONAL DE ACUPUNTURA DO CMAESP
XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE
Acupuntura
31 de outubro a 3 de novembro de 2012
FECOMERCIO - São Paulo - SP
anais do
congresso
ÍNDICE
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA COMPLETA
QUARTA-FEIRA - 31.OUT - Cursos pré-congresso ....................................................................................8
QUINTA-FEIRA - 01.NOV - MANHÃ................................................................................................................... 8
QUINTA-FEIRA - 01.NOV - TARDE...................................................................................................................... 8
SEXTA-FEIRA - 02.NOV - MANHÃ..................................................................................................................... 9
SEXTA-FEIRA - 02.NOV - TARDE........................................................................................................................ 9
SÁBADO - 03.NOV - MANHÃ.......................................................................................................................... 10
SÁBADO - 03.NOV - TARDE............................................................................................................................. 10
RESUMOS DE PALESTRAS
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA...................................................................................................................... 12
Ademar Sikara Tanaka
Cervicalgia - Exames Complementares................................................................................................15
Adriana Carneiro Waisblut
A dor no Atleta - Abordagem Otimizada.............................................................................................. 17
Alexandre Martin
Craniopuntura de Yamamoto (YNSA).................................................................................................... 19
Alexandre Massao Yoshizumi
Doenças Dolorosas do Quadril Adulto............................................................................................... 25
André Wan Wen Tsai / Douglas Tetsuo Hiraoka
NORMAS TÉCNICAS E BOAS PRÁTICAS DE ACUPUNTURA...........................................................................27
ANTONIO CARLOS MARTINS CIRILO
BIOPUNTURA - UMA ABORDAGEM TERAPÊUTICA COMPLEMENTAR À ACUPUNTURA................................29
ANTONIO CAVALHEIRO
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO.................................................................................................................. 31
ARNALDO ACAYABA DE TOLEDO
COMO EU TRATO CEFALEIAS.......................................................................................................................... 33
ARNALDO MARQUES FILHO
COMO EU TRATO INSÔNIA............................................................................................................................. 34
ARNALDO MARQUES FILHO
Tratamento de fibromialgia pela medicina tradicional chinesa.................................................35
Celia Rachel Guimarães Rangel
ACUPUNTURA NOS DISTÚRBIOS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO.....................................................................36
Célia Regina Whitaker Carneiro
DERMATITE ATÓPICA...................................................................................................................................... 38
Chen Mei Zoo
Cefaléias Primárias - Diagnóstico pela MTC.......................................................................................39
Chien Hsin Fen
Síndrome Metabólica............................................................................................................................... 40
Chin An Lin
Acupuntura Segmentaria o Metamérica.............................................................................................41
Daniel Asis
CROMOTERAPIA AURICULAR - EN EL TRATAMIENTO DEL TRAUMA PSIQUICO.............................................43
Daniel Asis
PROTOCOLO PARA EL TRATAMIENTO DEL TRAUMA PSÍQUICO CON CROMOTERAPIA AURICULAR..............44
Daniel Asis / Federico Zarragoicoechea
MESA REDONDA: OBESIDADE - ATUALIZAÇÃO.............................................................................................45
Daniel Hideo Yoshizumi
HIPEREMESE GRAVÍDICA................................................................................................................................ 47
Daniela Isoyama M. Villahermosa
Cefaléia em pediatria................................................................................................................................ 48
Daniela Terumi Yoshida Tsai
ACUPUNTURA ESCALPEANA NO COMBATE A ESCLEROSE
MÚLTIPLA....................................................................................................................................................... 51
Doris Bedoya Henao
Cistites de repetição em mulheres........................................................................................................ 52
Edson Gurfinkel
Algias periféricas utilizando o F3 (TAICHONG)....................................................................................53
Edson Sugano
Acupuntura em Oncologia...................................................................................................................... 54
Eduardo G. D’Alessandro
FIBROMIALGIA NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE........................................................................................56
Elisabete Amaral
Meridianos Tendinosos na dor periférica e dor pós-operatória Meridiano
Tendinomuscular...................................................................................................................................... 58
Felipe Caldas de Oliveira
Técnica Punho Tornozelo (TPT)............................................................................................................... 59
Gabor Thomas Fonai
REFLUXO GASTROESOFAGICO........................................................................................................................ 61
GEORGE ISSAMU NOBUSADA
Tratamento da Infertilidade (segundo o Livro: “ Domínio do Yin da Fertilidade à
Maternidade: A Mulher e suas Fases na Medicina Tradicional Chinesa” da Editora Roca).................... 62
Helena Campiglia
Evolução dos conceitos em Síndrome fibromiálgica......................................................................64
Helena Hideko Seguchi Kaziyama
ACUPUNTURA NAS DORES CRONICAS DO SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO...........................................65
Henrique Edgar Sidi
RESUMO PALESTRA PROERETORES QUÍMICOS E MTC - CLÍNICA MÉDICA I.................................................66
Hermes da Fonseca Filho
Eletroacupuntura Auricular nas Algias Periféricas.....................................................................68
Hiaeno Hirata Ayabe
Diagnóstico da Obesidade pela MTC...................................................................................................... 69
Hiaeno Hirata Ayabe
CERVICALGIA.................................................................................................................................................. 70
Hideki Hyodo
Pontos HP - Local e Indicação................................................................................................................. 71
Hong Jin Pai
Hipertensão Arterial Sistêmica............................................................................................................. 74
Iberê Machado
ACUPUNTURA NOS CONVÊNIOS - ESTRATÉGIAS E PERSPECTIVAS..............................................................76
Ivan Ferreira de Araújo
Eletro acupuntura no tratamento das doenças neurológicas..................................................78
JAIME YOSHIYUKI YAMANE
PESQUISA CLÍNICA......................................................................................................................................... 81
JERUSA ALECRIM
Acupuntura Integrativa.......................................................................................................................... 82
João Bosco Guerreiro da Silva
Como redigir e publicar........................................................................................................................... 83
João Bosco Guerreiro da Silva
ACUPUNTURA E ENVELHECIMENTO............................................................................................................... 85
JOÃO CARLOS PEREIRA GOMES
A POSTUROLOGIA BASEADA NA ACUPUNTURA: UMA SOLUÇÃO DEFINITIVA PRA AS DORES
DE COLUNA?................................................................................................................................................... 88
Jorge C. Boucinhas
Meridianos Distintos e ou Divergentes para o tratamento de dor ou de doenças
com fundo emocional.............................................................................................................................. 90
Jorge Jodi Murata
AVC................................................................................................................................................................. 91
José Eduardo Tambor Bueno
DOR ABDOMINAL - TRATAMENTO POR ACUPUNTURA..................................................................................92
José Francisco Karam Correa de Magalhães
LOMBALGIA NA GESTAÇÃO........................................................................................................................... 94
JUANG HORNG CHAU
EFICÁCIA DA TÉCNICA DE ELETROACUPUNTURA NA ANALGESIA DO TRABALHO DE PARTO......................95
Kátia Maria Silva
ANSIEDADE..................................................................................................................................................... 96
LEANDRO DA COSTA LANE VALIENGO
Utilização da eletroacupuntura na celulite e flacidez do corpo (Workshop 2)....................97
Leila Ogata Ogusco / Maria Assunta Yamanakaka Nakano
INFERTILIDADE NA MTC................................................................................................................................. 98
LIA MITSUE
SINDROME DO ESTRESSE TIBIAL MEDIAL................................................................................................... 100
Liaw W. Chao
CLIMATÉRIO: TRATAMENTO PELA MTC....................................................................................................... 102
Lilian Fumie Takeda
Síndrome Dolorosa Miofascial: o que é e atualizações................................................................104
Liliana Lourenço Jorge
Balance Acupuncture and Bio-electricity Stimulation Therapy................................................107
Lisa Liu
Curso de Pulsologia e Diagnóstico pela língua..............................................................................108
Lisa Liu
How to treat emotion related disorders in Western community.............................................109
Lisa Liu
One Needle Therapy: Using One Needle to Treat 24 Types of Acute Pain and other
Conditions................................................................................................................................................. 112
Lisa Liu
SINDROME DO PÂNICO................................................................................................................................ 114
Lo Sz Hsien
ENDOMETRIOSE............................................................................................................................................ 115
Luciano R. Curuci de Souza
O SHEN DOS PONTOS................................................................................................................................... 116
LUIZ CARLOS SAMPAIO
Fasciíte Plantar - Tratamento pela Acupuntura............................................................................118
Marcelo Saad
Utilização da eletroacupuntura para estética facial (Workshop 1)......................................120
Maria Assunta Yamanakaka Nakano
Utilização da eletroacupuntura na celulite e flacidez do corpo (Workshop 2)..................121
Maria Assunta Yamanakaka Nakano / Leila Ogata Ogusco
Novo Esquema de Tratamento da Fibromialgia...............................................................................122
Maria Paula Aranalde / Ysao Yamamura
Aurículo no pronto atendimento de acupuntura da Universidade Federal de
São Paulo - Escola Paulista de Medicina. Palestra para o II congresso
internacional de Acupuntura do CMAESP........................................................................................123
Maria Valeria D’Avila Braga
ACUPUNTURA E DOR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES.............................................................................126
Marialda Höfling de Padua Dias
Acupuntura em Atletas da Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos.....................128
Mário Sérgio Rossi Vieira
CONTRIBUIÇÃO DA ACUPUNTURA NA APRESENTAÇÃO PÉLVICA...............................................................129
MARY UCHIYAMA NAKAMURA
TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS MÚSCULO ESQUELÉTICAS COM A TÉCNICA SU JOK
(MÃOS E PÉS)............................................................................................................................................... 130
Osvaldo Pikunas
DOENÇAS REUMATOLÓGICAS NOS MEMBROS SUPERIORES......................................................................132
Paola Ricci
ARTROSE DO JOELHO .................................................................................................................................. 134
Rassen Saidah
Infertilidade e Técnicas de Reprodução Assistida ........................................................................136
Renata Maria B. Scarabichi
LOMBALGIA DE ORIGEM NÃO ÓSSEA.......................................................................................................... 139
Renato Massaki Ito
Potencialidades da Acupuntura em cuidados paliativos.............................................................140
Ricardo Morad Bassetto
Neuroauriculoacupuntura.................................................................................................................. 143
Roberto Martins
Tratamento das Lombalgias................................................................................................................ 144
Rosangela Bombonato
ELETROACUPUNTURA: ELETROESTIMULAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
E MODULAÇÃO NEURAL............................................................................................................................... 145
RUBENS ZANELLA
HIPERATIVIDADE........................................................................................................................................... 146
Sidney Brandão
ELETROACUPUNTURA: ESTIMULAÇÃO COM MICROCORRENTE E FREQUÊNCIA ESPECÍFICA.....................148
SINVAL ANDRADE DOS SANTOS
TRATAMENTO DA OBESIDADE PELA ACUPUNTURA....................................................................................150
SLEY TANIGAWA
O tratamento da SDM tem como objetivo a quebra do ciclo dor-contratura-dor,
permitindo a recuperação da movimentação funcional.............................................................152
Sonia Akopian
Acupuntura estrutural dos bonecos de bronze aos modelos anatômicos
interativos................................................................................................................................................ 154
Vinícius Antoniazzi
RESUMOS DE TEMAS LIVRES
TL-01 - EFEITOS DA ACUPUNTURA SOBRE A DOR, O HUMOR E A CAPACIDADE FUNCIONAL
DE IDOSOS DO AMBULATÓRIO DO SERVIÇO DE GERIATRIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ..................................................................157
TL-02 - AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ACUPUNTURA EM IDOSOS ACOMPANHADOS EM UM SERVIÇO
DE REFERÊNCIA EM GERIATRIA.................................................................................................................... 158
TL-03 - ACUPUNTURA E DROGADICÇÃO ..................................................................................................... 159
TL-04 - EFEITO DO PONTO “BP4” NO TRATAMENTO DA FIBROMIALGIA .....................................................160
TL-05 - EVOLUÇÃO DA RESPOSTA DO IDOSO AO TRATAMENTO DA DOR POR ACUPUNTURA ...................161
TL-06 - EFEITO DA ACUPUNTURA NA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS: UM ESTUDO PILOTO ..................162
TL-07 - ACUPUNTURA EM HEMORRAGIA CEREBRAL NA UTI .....................................................................163
TL-08 - ACUPUNTURA PRE OPERATÓRIA NO CONSULTÓRIO.......................................................................164
RESUMOS DE PÔSTERES
PO-09 - HIPERALGESIA MODULADA PELA ACUPUNTURA...........................................................................166
PO-10 - CASO CLÍNICO: USO DA ACUPUNTURA PARA TRATAMENTO DE DIABETE MELITO TIPO2 ............167
PO-11 - ACUPUNTURA PARA TRATAMENTO DE DOR EM IDOSOS: ESTUDO PILOTO ...................................168
PO-12 - ACUPUNTURA COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO DE TRANTORNOS MENTAIS .................169
PO-13 - AMBULATÓRIO DE CRANIOPUNTURA DE YAMAMOTO PARA FUNCIONÁRIOS DE HOSPITAL
DE GRANDE PORTE DE SÃO PAULO ............................................................................................................. 170
PO-14 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DO CESAC-PR
NOS ANOS DE 2009 A 2012 ........................................................................................................................ 171
II CONGRESSO INTERNACIONAL DE ACUPUNTURA DO CMAESP
XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE
de outubro a de novembro de 2012
FECOMERCIO - São Paulo - SP
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RESUMOS DE
PALESTRAS
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA COMPLETA
QUARTA-FEIRA - 31.OUT - Cursos pré-congresso
HORÁRIO
14:30 - 19:00
TEATRO
SALA 1
AGULHAMENTO ÚNICO PARA TRATAMENTO DE 24 TIPOS DE DOR
COORD: LO SZ HSIEN - TRAD: CHIEN HSIN FEN
LISA LIU
SALA 2
AURICULOACUPUNTURA NO TRATAMENTO DE TRANSTORNOS EMOCIONAIS
COORD: JOSÉ EDUARDO TAMBOR BUENO
DANIEL ASIS
TRATAMENTO DE ALGIAS PELA TÉCNICA DO MESTRE TUNG
COORD: ANDRÉ WAN WEN TSAI
YU SHENG TZE
QUINTA-FEIRA - 01.NOV - MANHÃ
8:00 - 8:30
INSCRIÇÕES
HORÁRIO
TEATRO
SALA 1
SALA 2
SALA 3
8:30 - 10:30
DIRETRIZES INSTITUCIONAIS DA ACUPUNTURA: O
IMPACTO DAS RECENTES DECISÕES JUDICIAIS
COORD: LUIZ CARLOS SOUZA SAMPAIO
INTRODUÇÃO
HILDEBRANDO SÁBATO
HISTÓRICO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA
ACUPUNTURA E AS RECENTES DECISÕES JUDICIAIS
FERNANDO CLÁUDIO GENSCHOW
LEI DO EXERCÍCIO PROFISSONAL DA MEDICINA (“ATO
MÉDICO”)
DIRCEU DE LAVÔR SALES
ACUPUNTURA NOS PLANOS DE SAÚDE
IVAN ARAUJO
NORMAS TÉCNICAS E BOAS PRÁTICAS DE
ACUPUNTURA
ANTONIO CARLOS MARTINS CIRILO
GINECOLOGIA - CLIMATÉRIO
COORD: LUCIANO RICARDO CURUCI DE SOUZA
ATUALIZAÇÃO
JOSÉ MENDES ALDRIGHI
DIAGNÓSTICO PELA MTC
LIN CHEN HAU
TRATAMENTO PELA MTC
LILIAN FUMIE TAKEDA
MESA REDONDA
APNÉIA DO SONO
COORD: MARIA ANTONIETA BERALDO
FISIOPATOGENIA DA APNÉIA DO SONO: NUTRIÇÃO,
HORMÔNIOS E EMAGRECIMENTO
ANAFLÁVIA FREIRE
TRATAMENTO PELA MTC
WILSON TADEU FERREIRA
MESA REDONDA
TÉCNICAS DE ANALGESIA NO PRONTO ATENDIMENTO
DE ACUPUNTURA
COORD: SERAFIM VINCENZO CRICENTI
TÉCNICA DE SISTEMA YAMAMURA
MÁRCIA LIKA YAMAMURA
ANALGESIA POR MEIO DOS MERIDIANOS DISTINTOS E
CURIOSOS
YSAO YAMAMURA
DORES CRÔNICAS SIST. MUSCULOESQUELÉTICO
HENRIQUE EDGAR SIDI
LOMBALGIA DE CAUSA NÃO ÓSSEA
YSAO YAMAMURA
RENATO MASSAKI ITO
10:30 - 1:00
INTERVALO
INTERVALO
INTERVALO
INTERVALO
11:00 - 12:00
CERIMÔMIA DE ABERTURA
TEATRO
SALA 1
SALA 2
SALA 3
14:00 - 16:00
COORD: ANDRÉ WAN WEN TSAI
FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES CLÍNICAS DOS 36
PONTOS MAIS UTILIZADOS DA ACUPUNTURA DO
MESTRE TUNG
YU SHENG TZE
TRATAMENTO DE INFERTILIDADE PELA TÉCNICA DO
MESTRE TUNG
YU SHENG TZE
GINECOLOGIA
COORD: ESMERALDA SUDA
TENSÃO PRÉ-MESTRUAL
MARIA VALERIA D’ÁVILA BRAGA
MASTALGIA
ROBERTO ZAMITH
ENDOMETRIOSE
LUCIANO RICARDO CURUCI DE SOUZA
SINDROME PLURIMETABÓLICA
COORD: WILLY NISHIZAWA
ATUALIZAÇÃO
CHIN AN LIN
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PELA MTC
JOU EEL JIA
CEFALÉIAS PRIMÁRIAS/ URGÊNCIA MÉDICA
COORD: GISELLE MARTINS CID PEREZ
ATUALIZAÇÃO
MAURÍCIO HOSHINO
DIAGNÓSTICO PELA MTC
CHIEN HSIN FEN
TRATAMENTO PELA MTC
LING TUNG YANG
ACUPUNTURA NA URGÊNCIA MÉDICA
JOÃO PAULO BITTAR
16:00 - 16:30
INTERVALO
INTERVALO
INTERVALO
INTERVALO
16:30 - 18:00
COORD: LO SZ HSIEN
TRAD: CHIEN HSIN FEN
TRATAMENTO DAS ENFERMIDADES RELACIONADAS A
EMOÇÕES
LISA LIU
GINECOLOGIA - INFERTILIDADE
COORD: ANA PAULA MARQUES FERNANDES YOSHIZUMI
ATUALIZAÇÃO
RENATA MARIA BELLIZIA SCARABICHI
DIAGNÓSTICO PELA MTC
LIA MITSUI OTA
TRATAMENTO PELA MTC
HELENA CAMPIGLIA
OBESIDADE
COORD: LOURDES TEIXEIRA HENRIQUES
ATUALIZAÇÃO
DANIEL HIDEO YOSHIZUMI
DIAGNÓSTICO PELA MTC
HIAENO HIRATA AYABE
TRATAMENTO PELA MTC
SLEY TANIGAWA GUIMARÃES
IMUNOLOGIA / BIOPUNTURA
COORD: OTÁVIO KOITI HARA
DERMATITE ATÓPICA
CHEN MEI ZOO
ACUPUNTURA NOS DISTÚRBIOS DO SISTEMA
IMUNOLÓGICO
CÉLIA REGINA WHITAKER CARNEIRO
BIOPUNTURA, UMA ABORDAGEM TERAPÊUTICA
COMPLEMENTAR À ACUPUNTURA
ANTONIO CAVALHEIRO
QUINTA-FEIRA - 01.NOV - TARDE
HORÁRIO
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II CONGRESSO INTERNACIONAL DE ACUPUNTURA DO CMAESP
XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE
de outubro a de novembro de 2012
FECOMERCIO - São Paulo - SP
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RESUMOS DE
PALESTRAS
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA COMPLETA
SEXTA-FEIRA - 02.NOV - MANHÃ
TEATRO
SALA 1
SALA 2
SALA 3
8:00 - 10:00
HORÁRIO
COORD: JOÃO CARLOS OLIVEIRA SILVA
ACUPUNTURA SEGMENTAR
DANIEL ASIS
MODIFICAÇÕES GÊNICAS NO PACIENTE COM
DOR CRÔNICA E A POSSÍVEL INFLUÊNCIA DA
ACUPUNTURA
DIRCEU DE LAVÔR SALES
A PARTICIPAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
AUTÔNOMO NO MECANISMO DE AÇÃO DA
ACUPUNTURA
DIRCEU DE LAVÔR SALES
OBSTETRÍCIA
COORD: MARCO BROITMAN
HIPEREMESE GRAVÍDICA
DANIELA ISOYAMA M. VILLAHERMOSA
LOMBALGIA NA GESTAÇÃO
JUANG HORNG CHAU
VERSÃO FETAL
MARY UCHIYAMA NAKAMURA
ANALGESIA DO PARTO
KATIA MARIA SILVA
MEDICINA ESPORTIVA
COORD: MARCELO SAAD
A DOR NO ATLETA – ABORDAGEM OTIMIZADA
ALEXANDRE MARTIN
SÍNDROME MEDIAL DA TÍBIA
LIAW WEN CHAO
ACUPUNTURA EM ATLETAS DA CONF. BRAS. DE
ESPORTES AQUÁTICOS
MARIO SERGIO ROSSI VIEIRA
MESA REDONDA
CERVICALGIA
COORD: JOÃO ARTHUR FERREIRA
ATUALIZAÇÃO
LIN TCHIA YENG
EXAMES COMPLEMENTARES
ADRIANA CARNEIRO WAISBLUT
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PELA MTC
HIDEKI HYODO
10:00 - 10:30
INTERVALO
INTERVALO
INTERVALO
INTERVALO
10:30 - 12:00
COORD: SIDNEY BRANDÃO
MERIDIANOS TENDINOMUSCULARES NA DOR
PERIFÉRICA. DOR PÓS-OPERATÓRIA
YSAO YAMAMURA
FELIPE CALDAS DE OLIVEIRA
LOMBALGIA POR RETRAÇÃO DOS MÚSCULOS
POSTERIORES DA COXA
YSAO YAMAMURA
IEGO LADEIA M. ANDRADE
CLÍNICA MÉDICA I
COORD: LUIZ EDUARDO GALVANI
DOR ABDOMINAL
JOSÉ KARAM MAGALHÃES
ITU DE REPETIÇÃO EM MULHERES
EDSON GURFINKEL
PRÓ-ERETORES: INDICAÇÕES E EFEITOS COLATERAIS
VERSUS ACUPUNTURA
HERMES DA FONSECA FILHO
COORD: MARCIO TRAVAGLINI C. PEREIRA
PUNHO-TORNOZELO
GABOR TOMAS FONAI
POSTUROLOGIA
JORGE CAVALCANTI BOUCINHAS
COORD: LO SZ HSIEN
TRAD: CHIEN HSIN FEN
EQUILÍBRIO ATRAVÉS DE ESTIMULAÇÃO BIOELÉTRICA
LISA LIU
12:15 - 13:45
WORKSHOP
COORD: MÁRCIA REGUERA
ACUPUNTURA ESTÉTICA 1
MARIA ASSUNTA YAMANAKA NAKANO
SEXTA-FEIRA - 02.NOV - TARDE
TEATRO
SALA 1
SALA 2
SALA 3
14:00 - 16:00
HORÁRIO
COORD: VIVIANE ZVEITER DE MORAES
TÉCNICA DE REALINHAMENTO ENERGÉTICO
RUY TANIGAWA
YNSA - CRANIOPUNTURA DE YAMAMOT
ALEXANDRE MASSAO YOSHIZUMI
NEUROLOGIA
COORD: VALDIR MANSUR BOEMER
AVC
JOSÉ EDUARDO TAMBOR BUENO
COMO TRATO A INSÔNIA
ARNALDO MARQUES FILHO
PARALISIA FACIAL
ADEMAR SIKARA TANAKA
ESCLEROSE MÚLTIPLA
DORIS BEDOYA HENAO
MICROSSISTEMAS / TUINÁ
COORD: PABLO COUTINHO MALHEIROS
ACUPUNTURA DO OSSO ESTERNO
YSAO YAMAMURA
SISTEMA DE ACUPUNTURA NO CRÂNIO
MARCIA LIKA YAMAMURA
SU JOK
OSVALDO PIKUNAS
TUINÁ
HILDELBRANDO SÁBATO
LOMBALGIA
COORD: TAKASHI JOJIMA
ATUALIZAÇÃO
ANTONIO SÉRGIO B. CAVALCANTI
RNM - LOMBAR
VIVIANE V. FRANCISCO HABIB
ALGORÍTIMO NA LOMBALGIA
JOÃO AMADERA
TRATAMENTO PELA MTC
ROSANGELA BOMBONATO
16:00 - 16:30
INTERVALO
INTERVALO
INTERVALO
INTERVALO
16:30 - 18:00
COORD: LUIZ CEZAR SALAMA
PONTOS HP
HONG JIN PAI
CLINICA MÉDICA II
COORD: MARCOS TAKEO OBARA
REFLUXO GASTROESOFÁGICO
GEORGE NOBUSADA
QUIMIOTOXICIDADE E ACUPUNTURA
EDUARDO D’ALESSANDRO
ACUPUNTURA NOS CUIDADOS PALIATIVOS
RICARDO MORAD BASSETTO
AURICULOACUPUNTURA
COORD: LIYOKO OKINO
AURÍCULO NO PRONTO ATENDIMENTO
MARIA VALÉRIA D’ÁVILA BRAGA
NEUROAURICULOACUPUNTURA
ROBERTO RAMOS MARTINS
ELETROACUPUNTURA EM AURÍCULO
HIAENO HIRATA AYABE
FIBROMIALGIA
COORD: SAMUEL ABRAMAVICUS
ATUALIZAÇÃO
HELENA HIDEKO SEGUCHI KAZIYAMA
TRATAMENTO PELA MTC
CELIA RACHEL GUIMARÃES RANGEL
NOVO ESQUEMA DE TRATAMENTO
MARIA PAULA MAYA ARANALDE
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II CONGRESSO INTERNACIONAL DE ACUPUNTURA DO CMAESP
XVII CONGRESSO BRASILEIRO DE
de outubro a de novembro de 2012
FECOMERCIO - São Paulo - SP
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RESUMOS DE
PALESTRAS
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA COMPLETA
SÁBADO - 03.NOV - MANHÃ
HORÁRIO
TEATRO
SALA 1
SALA 2
SALA 3
COORD: PAULO JORGE ABRAHÃO
O USO DOS MERIDIANOS DIVERGENTES
(DISTINTOS) PARA O TRATAMENTO DA DOR E
DOENÇAS DE FUNDO EMOCIONAL
JORGE JODI MURATA
COACHING
JOU EEL JIA
CLINICA MÉDICA III
COORD: GERMAN GOYTIA CARMONA
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
IBERÊ F. MACHADO
ENVELHECIMENTO E ACUPUNTURA
JOÃO CARLOS PEREIRA GOMES
QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO E ACUPUNTURA
YOLANDA MARIA GARCIA
TRATAMENTO DO ESTRESSE PELA TÉCNICA SHU-MO
WALTER VITERBO
PSIQUIATRIA
COORD: ANA BEATRIZ SOARES
DEPRESSÃO
AGAMENON HONÓRIO SILVA
ANSIEDADE
LEANDRO VALIENGO
SÍNDROME DO PÂNICO
LO SZ HSIEN
PONTOS PSÍQUICOS
LUIZ CARLOS SOUZA SAMPAIO
MUSCULOESQUELÉTICA I
COORD: MARCELO SAAD
SINDROME DO TÚNEL DO CARPO
ARNALDO ACAYABA DE TOLEDO
DOENÇAS REUMATOLÓGICAS NOS MMSS
PAOLA MARIA RICCI
OMBRO DOLOROSO - TRATAMENTO MTC
CLAUDIA MISORELLI
MESA REDONDA
10:00 - 10:30 INTERVALO
INTERVALO
INTERVALO
INTERVALO
10:30 - 12:00
PESQUISA EM ACUPUNTURA
COORD: FLÁVIO DANTAS
NAPA - NÚCLEO DE APOIO À PESQUISA EM
ACUPUNTURA
DIRCEU DE LAVÔR SALES
PESQUISA CLÍNICA
JERUSA ALECRIM ANDRADE
COMO REDIGIR E PUBLICAR
JOÃO BOSCO GUERREIRO DA SILVA
DOR
COORD: ROSELI PARDINI MONTEIRO
ELETROACUPUNTURA EM DOENÇAS NEUROLÓGICAS
JAIME YOSHIUKI YAMANE
ALGIAS PERIFÉRICAS UTILIZANDO O F3 (TAICHONG)
EDSON SUGANO
ELETROACUPUNTURA - ESTIMULAÇÃO COM
MICROENERGIA E FREQUÊNCIA ESPECÍFICA
SINVAL ANDRADE DOS SANTOS
MUSCULOESQUELÉTICA II
COORD: PAM WEN LUNG
DOENÇAS DOLOROSAS DO QUADRIL
ANDRÉ WAN WEN TSAI
ARTROSE DE JOELHO
RASSEN SAIDAH
FASCIÍTE PLANTAR
MARCELO SAAD
8:00 - 10:00
12:15 - 13:45
COORD: LO SZ HSIEN
TRAD: CHIEN HSIN FEN
PONTOS BASEADOS EM PULSOS
LISA LIU
WORKSHOP - COORD: MÁRCIA REGUERA
ACUPUNTURA ESTÉTICA 2
DRA. MARIA ASSUNTA YAMANAKA NAKANO
LEILA OGATA OGUSCO
SÁBADO - 03.NOV - TARDE
TEATRO
SALA 1
SALA 2
SALA 3
14:00 - 16:00
HORÁRIO
NEUROFISIOLOGIA DA ACUPUNTURA
COORD: JORGE KIOSHI HOSOMI
FISIOPATOLOGIA DA DOR
MANOEL JACOBSEN TEIXEIRA
MECANISMO DE AÇÃO DA ACUPUNTURA
LUIZ BIELLA DE SOUZA VALLE
ACUPUNTURA E CORRELATOS NEURAIS ATRAVÉS
DA fMRI
SILVIO SIQUEIRA HARRES
TEMAS LIVRES
COORD: FLÁVIO JOSÉ DANTAS
Comissão de avaliação:
YSAO YAMAMURA
JOÃO BOSCO GUERREIRO DA SILVA
CHIN AN LIN
PEDIATRIA I
COORD: IBERÊ F. MACHADO
EXPERIÊNCIA DO AMBULATÓRIO DE PEDIATRIA DA
UNIFESP
MARCIA LIKA YAMAMURA
HIPERATIVIDADE
SIDNEY BRANDÃO
MEU FILHO PASSOU A NÃO IR BEM NA ESCOLA
NORVAN MARTINO LEITE
SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL
COORD: LUCIANA AIKAWA
SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL: O QUE É E
ATUALIZAÇÕES
LILIANA LOURENÇO JORGE
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO E NÃO
FARMACOLÓGICO DA DOR MIOFASCIAL
SONIA TERESA G. AKOPIAN
CORRELAÇÃO DO TRATAMENTO DOS PONTOS
GATILHOS COM OS PONTOS DE ACUPUNTURA
SILVANA DELLA NINA R. PEREDA
MESA REDONDA
16:00 - 16:30
INTERVALO
INTERVALO
INTERVALO
INTERVALO
16:30 - 17:30
COORD: DANIEL PIMENTEL
GOLDEN POINTS
WU TU HSING
COORD: DOUGLAS HADDAD
ACUPUNTURA ESTRUTURAL
VINÍCIUS ANTONIAZZI
ACUPUNTURA INTEGRATIVA
JOÃO BOSCO GUERREIRO DA SILVA
PEDIATRIA II - COORD: CELIA PORTIOLLI YUNES FAELLI
DOR EM PEDIATRIA
MARIALDA HOFLING PÁDUA DIAS
FIBROMIALGIA INFANTIL
ELISABETE AMARAL
CEFALÉIA EM PEDIATRIA
DANIELA TERUMI YOSHIDA TSAI
COORD: SERGIO MANOEL R. R. LESSA
ELETROACUPUNTURA
RUBENS ZANELLA
17:30 - 18:00
ENCERRAMENTO
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PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
Ademar Sikara Tanaka
Introdução: É uma neuropatia de grande impacto porque seus sintomas são muito chamativos assustando o paciente gerando problemas
estéticos funcionais e psicológicos
1. Paralisia Facial sob o ponto de vista da Medicina Ocidental
Na Medicina Ocidental (M.O.) a paralisia facial é classificada em Paralisia Facial Periférica (PFP) e Paralisia Facial Central (PFC) de acordcom
alguns sintomas. A PFP é caracterizada pela diminuição ou abolição temporária da mobilidade facial em geral unilateral.Diferencia-se da
PFC que preserva a mobilidade do terço superior da face.
1.1 Anatomia do nervo facial
O nervo facial, também denominado nervo intermédio-facial, é um nervo essencialmente motor (80% de suas fibras são motoras). O seu
núcleo está localizado junto ao núcleo do nervo abducente (6º par craniano). O núcleo do nervo facial é composto de muitos neurônios e
pode ser subdividem 3 tipos:
1. Núcleo motor principal
2. Núcleo parassimpático
3. Núcleo sensorial
4. O núcleo motor principal está situado na formação reticular da parte inferior da ponte e apresenta 2 porções. Uma porção dorsal
que inerva a metade superior da face recebendo aferências corticais ipsi e contra lateral, e uma porção ventral que inerva a
metade inferior da face recebendo somente aferências contra laterais.
5. Esta noção anatômica é importante para distinguir a paralisia facial de origem central da paralisia facial periférica, pois as lesões
supra nucleares unilaterais, responsáveis pela paralisia do tipo central, afeta a motricidade/ mímica da parte inferior contra
lateral da face.
O núcleo parassimpático é constituído pelos núcleos salivatório superior e lacrimal localizados póstero-lateralmente ao núcleo motor
principal.O núcleo sensorial localizado perto do núcleo motor recebe as sensações gustativas dos 2/3 anteriores da língua,parte posterior
das fossas nasais e face superior do pálato mole.As fibras constituintes do núcleo parassimpático e sensorial constituem o nervo
intermédio difìcilmente distinguível das fibras motoras do nervo facial(nervo facial própriamente dito)
As fibras do nervo facial ao deixar o núcleo dirige-se para trás,contorna o núcleo do nervo abducente,voltando-se novamente para frente
para sair lateralmente na transição bulbo-pontina. No espaço sub-aracnoideo o nervo facial(e intermédio) situa-se ao lado do nervo
vestibulococlear(8º par craniano) para penetrar no osso temporal através do meato acústico interno. Dentro do osso temporal, separandose do nervo vestibulococlear, segue pelo estreito canal facial até emergir pelo forame estilomastoideo. Atravessando a glândula parótida
o nervo facial abre-se como um leque para inervar toda a musculatura mímica da face.
1.2 Fisiopatologia:
1. O nervo facial está envolvido pelo epineuro. Em seu interior está o perineuro, que envolve o conjunto de fibras nervosas
agrupadas - o fascículo
2. Cada fibra é envolvida por uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o endoneuro. A Estrutura neural compreende o axônio e as
células de Schwann, que envolvem o axônio formando o neurolema (bainha de Schwann).
3. Degeneração walleriana: é um processo no qual o nervo degenera a partir do ponto da lesão axonal levando a interrupção do
fluxo axoplasmático. Esta progride distalmente até o orgão efetor atingindo um grau avançado nas primeiras 36 a 48 horas .
4. O processo de regeneração do nervo se dá pela reposição axonal através de um cone de crescimento. A velocidade de
regeneração é de aproximadamente 1mm por dia. As sincinesias ocorrem por erro de direção de crescimento durante a
regeneração.
1.3 Classificação das lesões de acordo com a extensão.
1. Neuropraxia: Definida como uma interrupção temporária da função do nervo sem lesão morfológica do axônio.
2. Axonotmese: caracteriza se por interrupção do fluxo axoplasmático acometendo o axonio e mielina preservando os tubos
endoneurais.
3. Neurotmese: caracteriza se pela lesão axonal e dos tubos endoneurais, com perda da continuidade da fibra nervosa.
1.4 Semiologia e quadro clínico:
1. Assimetria facial. Desvio de rima bucal para o lado normal e apagamento dos sulcos faciais do lado comprometido. Ausência
de enrugamento ou assimetria ao se tentar franzir a testa (paralisia periférica). Sinal de Bell que é caracterizado pelo desvio do
globo ocular para cima e para fora ao se fechar os olhos.
2. Na anamnese é importante caracterizar a paralisia como aguda ou crônica, de evolução gradual ou súbita, sinais e sintomas
acompanhantes e o tempo de início até a consulta médica.
3. Na anamnese é importante caracterizar a paralisia como aguda ou crônica, de evolução gradual ou súbita, sinais e sintomas
acompanhantes e o tempo de início até a consulta médica.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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1.5 Classificação de House-Brackmann:
Identificação do grau da paralisia facial e a evolução clínica.sendo a mais utilizada em casos de paralisia facial(grau I a VI)
1.6 Etiopatogenia da paralisia facial
1. Existem várias causas de paralisia facial periférica, que devem ser consideradas no diagnóstico diferencial dentre elas podemos
citar:
1.6.1- Idiopática: Paralisia de Bell
1.6.2 - Paralisia facial traumática.
1.6.3 - Tumorais
1.6.4 - Causas infecciosas
2. Paralisia Facial sob o ponto de vista da Medicina Tradicional Chinesa
2.1 - Patogênese:
A Paralisia facial (PF) é proveniente da invasão dos canais e colaterais ao nível da face pelo vento-frio que pode vir de uma deficiência
constitucional (deficiência de energia fonte). Outra causa é a Ascensão do Yang do Fígado que provoca distúrbio no fluxo de Qi na área da
face resultando em desarmonia do fluxo de Qi e Sangue levando a uma má nutrição dos músculos e tendões comprometendo a contração
e relaxamento dos músculos.
A Paralisia facial (PF) é proveniente da invasão dos canais e colaterais ao nível da face pelo vento-frio que pode vir de uma deficiência
constitucional (deficiência de energia fonte). Outra causa é a Ascensão do Yang do Fígado que provoca distúrbio no fluxo de Qi na área da
face resultando em desarmonia do fluxo de Qi e Sangue levando a uma má nutrição dos músculos e tendões comprometendo a contração
e relaxamento dos músculos.
Na fase inicial da PF há uma síndrome de Estagnação ou de Deficiência com Estagnação dos meridianos ao nível da face. Os sintomas de
estagnação são causados pela obstrução dos meridianos e colaterais pelo vento-frio-calor-umidade ou mucosidade do Fígado e Vesícula
biliar, ou lesão dos canais e colaterais na face pela estagnação do Qi do Fígado, resultando em estase de Qi e Sangue. Deficiência com
Estagnação consiste em Deficiência de Qi e Sangue com resistência corporal diminuída e invasão de colaterais pelo vento-frio (ou ventocalor ou vento-umidade).
A condição emocional pode ser um fator importante no desencadeamento da Paralisia Facial. A raiva intensa aguda, gera Fogo do Fígado
que sobe, afetando o Xin / Shen (coração – mente). O nervo facial é responsável pela mímica facial, a expressão das nossas emoções. Se
a raiva é acompanhada de sentimentos que não se pode expressar momentaneamente, este conflito entre o expressar e não expressar
paralisa a metade facial energeticamente mais comprometida no momento. Muitas são as histórias de exposição ao vento frio, antes
do desencadeamento da mesma. Mas na história existe algum fator emocional conflitante entre o expressar e não poder expressar as
emoções
2.2 - Tratamento:
Na fase inicial da PF pela MTC a Acupuntura é usado para dispersar o vento-frio e drenar os canais e colaterais da face.Os pontos mais
utilizados para dispersão do vento são:
TA17( Yifeng), VB20(Fengchi) e VB12(Wangu).
Na fase tardia da PF existe um quadro de Deficiência tanto do Fígado e Rim,Qi e Sangue, Baço com Ascensão do Yang do Fígado e Vento
Interno do Fígado.
Como pontos locais sâo usados pontos dos seis canais Yang da face.Dos pontos distais os mais frequntemente usados são IG4, E36, F3
e os do Canal Yang Ming(IG11, E37, E40).
Pode se utilizar da eletroacupuntura tanto na fase aguda como crônica em baixa frequência que são as características fisiológicas mais
próximas da transmissão dos impulsos elétricos dos nervos e músculos. Assim a estimulação em baixa frequência com eletro induz
contração das fibras musculares,acelera a circulação de sangue e aumenta o metabolismo levando a absorção do exsudato inflamatório
ajudando na regeneração das fibra nervosas.
Apesar de controvertido o uso de eletroacupuntura na fase aguda da PF, devido a possibilidade de fasciculações posteriores, o que
se observa na prática é que a maioria dos pacientes que são encaminhados para este tratamento e que apresentam fasciculações,
não receberam nenhum tipo de estímulo elétrico, acreditando-se que são casos que evoluiriam para fasciculação independente do
tratamento. Nestes casos, o tratamento com eletroacupuntura em sedação local, alta freqüência (100 -200htz) por 20 – 30 minutos, ajuda
no relaxamento local, assim como pode ser utilizados em sedação os pontos para Vento (VB20, TA17, B12, VB12) também utilizando a
eletroacupuntura.
Os seguinte pontos podem ser utilizados conforme a fase da PF (flácida ou espástica) e a localização da paralisia (fronto-ocipital,periorbi
cular,zigomática,mandibular ou no pescoço):
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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2. Fronto-ocipital
VB14(Yangbai),TA23(Shizhukong),Yuyao,Be2(Zanzhu)
3. Peri-orbicular
B2((Zanzhu),VB1(Togziliao),Yuyao,Qiuhou,E2(Sibai)
4. Zigomático
E2(Sibai),E3(Juliao),E4(Dicang),E7(Xiaguan),IG20(Yingxiang), Mianyan,TongQi
5. Mandibular
VC24(Chengliang),E3(Juliao),E4(Dicang),E5(Daying),IG19(Heliao) VG26(Shenting),Jiachengjiang
6. Pescoço
Waiyuye, Shanglianquan, VC23
O uso do aparelho de eletroacupuntura é na frequência de 2 Hz por 10 minutos em casos de tonificação e na frequência de 50 a 100Hz
nos casos de sedação.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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Cervicalgia - Exames Complementares
Adriana Carneiro Waisblut
O termo cervicalgia designa qualquer dor referida no segmento cervical. A cervicalgia pode ter várias origens, desde alterações posturais,
traumas mecânicos, retificações, compressões articulares, entre outras. Entende-se que a cervicalgia não se trata de uma patologia em
si, senão um sintoma ou uma forma de manifestação do tipo síndromes musculares dolorosas.
Principais métodos de diagnóstico por imagem no estudo da coluna cervical:
Radiografia
Baseado na utilização de radiações eletromagnéticas de pequeno comprimento de onda. Após estímulo elétrico o tubo de raios
X emite radiação que atravessa o corpo do paciente. Os vários tecidos do corpo causam diferentes graus de atenuação do feixe de
raios-X determinando diferentes contrastes que são captados por um filme radiográfico. As imagens brancas “radiopacas” causaram
maior atenuação do feixe de raios X, e as imagens pretas “radiotransparente” menor atenuação. Como desvantagem podemos citar a
sobreposição de estruturas nas diversas incidências.
Para o estudo da coluna cervical as principais incidências são:
- Incidência Lateral: mostra claramente os corpos vertebrais, articulações interapofisárias, processos espinhosos e espaços entre os
discos vertebrais;
- Incidência ântero-posterior: demonstra os corpos vertebrais de C3-C7 e os espaços entre os discos vertebrais, e articulações
uncovertebrais;
- Incidência da boca aberta: bem demonstrado o processo odontóide, o corpo de C2 e as massas laterais do atlas; as articulações
atlantoaxiais são melhor observadas;
- Radiografia oblíqua da coluna cervical: demonstra os forames neurais;
- Lateral em flexão e extensão: estudo dinâmico.
Tomografia Computadorizada
A TC é uma modalidade radiológica que contém uma fonte de raios X, detectores, e um plano computadorizado de dados. Os componentes
essenciais de um sistema de TC incluem um pórtico explorador circular, que abriga tubo de raios X e sensores de imagem, uma mesa
para o paciente, um gerador de raios X e uma unidade de processamento de dados computadorizada. O paciente deita-se sobre a mesa e
é colocado dentro do pórtico. O tubo é rodado 360º ao redor dele enquanto o computador coleta os dados e produz uma imagem axial, ou
fatia. Cada fatia de corte transversal representa uma espessura de 0,1 a 1,5cm de tecido corporal.
Os tecidos absorvem o feixe de raios X em vários graus, dependendo do número atômico e da densidade do tecido específico. O feixe
remanescente, não absorvido (não atenuado) atravessa os tecidos, sendo detectado e processado pelo computador. O software do
computador de TC converte as atenuações do feixe de raios X do tecido em um número de TC (unidades Hounsfield) mediante comparação
com a atenuação da água. A atenuação da água é designada como 0 (zero) H, a atenuação do ar é designada como - 1.000H, e a
atenuação do osso cortical normal é de + 1.000H. Rotineiramente, são obtidos cortes axiais; entretanto pode-se obter reconstrução
computadorizada em múltiplos planos, se for desejado.
A vantagem da TC em relação à radiografia convencional é a sua capacidade de proporcionar excelente resolução de contraste, medir com
precisão o coeficiente de atenuação do tecido, e obter imagens transaxiais diretas. Outra vantagem é sua capacidade, através dos dados
obtidos de cortes finos, contíguos, para obter imagem do osso nos planos coronal, sagital e oblíquo, utilizando a técnica de reconstrução.
Ocasionalmente podem ser usados contrastes iodados por via intravenosa para realçar as imagens da TC.
Ressonância Magnética
Baseia-se na reemissão de um sinal de radiofrequência absorvido enquanto o paciente está em forte campo magnético. Um campo
magnético externo é geralmente gerado por ímã com potências de campo de 0,2 a 3,0 tesla (T). O sistema inclui ímã com potências de
campo de 0,2 a 1,5 tesla (T). O sistema inclui um ímã, bobinas de radiofreqüência (transmissor
e receptor), bobinas de gradiente e uma
unidade de monitor computadorizada com sistemas de armazenamento digital. Os princípios físicos da RM não podem ser aqui discutidos
em detalhes devido às limitações de espaço, e será feita apenas uma breve revisão geral.
A capacidade da RM para formar imagem de partes do corpo depende da rotação intrínseca de núcleos atômicos com um número ímpar
de prótons e/ou nêutrons (por exemplo, hidrogênio), assim gerando um momento magnético. Os núcleos atômicos de tecidos situados
dentro do campo magnético principal a partir do alinhamento aleatório habitual de seus pólos magnéticos tendem a alinhar-se ao longo
da direção daquele campo. A aplicação de pulsos de radiofreqüência (rf) faz com que os núcleos absorvam energia e induz a ressonância
de grupos específicos de núcleos, o que leva sua orientação para o campo magnético. A freqüência de pulso necessária é determinada
pela potência do campo magnético e do núcleo específico em investigação. Quando o campo de radiofreqüência é removido, a energia
absorvida durante a transição de um estado de alta energia para um de baixa energia é posteriormente liberada, e isso pode ser registrado
como um sinal elétrico que fornece os dados dos quais são derivadas as imagens digitais. A intensidade de sinal refere-se à potência da
onda de rádio que um tecido emite após excitação. A potência desta onda de rádio determina o grau de brilho das estruturas visualizadas.
Uma área brilhante (branca) em uma imagem demonstra sinal de intensidade elevada, enquanto uma área escura (preta) demonstra
um sinal de baixa intensidade. A intensidade de determinado tecido é uma função da concentração de átomos de hidrogênio (prótons)
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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ressoando dentro do volume visualizado e dos tempos de relaxamento longitudinal e transversal, que, por sua vez, dependem do estado
biofísico das moléculas de água do tecido.
São descritos dois tempos de relaxamento, denominados T1 e T2. O tempo de relaxamento T1 (longitudinal) é usado para descrever
o retorno de prótons de volta ao equilíbrio após aplicação e remoção do pulso de rf. É uma sequência mais anatômica. O tempo de
relaxamento T2 (transversal) é usado para descrever a perda associada de coerência ou fase entre prótons individuais imediatamente
após a aplicação do pulso de rf. Muito utilizada sem e com supressão de gordura, evidencia melhor as patologias.
Na maioria dos exames, devem ser obtidos pelo menos dois planos ortogonais (axial e coronal ou sagital) e em várias ocasiões são
necessários os três planos. Para RM adequada, são necessárias bobinas de superfície, pois estas proporcionam melhor resolução
espacial. A maioria das bobinas de superfície é designada especificamente para diferentes áreas do corpo, tais como joelho, ombro,
punho e articulações temporomandibulares.
O sistema musculoesquelético é o ideal para avaliação por RM visto que diferentes tecidos apresentam diferentes intensidades de sinal
em imagens ponderadas em T1 e T2. As imagens mostradas podem ter um sinal de baixa intensidade, sinal de intensidade intermediária,
ou sinal de intensidade elevada. O sinal de baixa intensidade pode ser subdividido em a) sinal vazio (preto) e b) sinal menor que aquele
do músculo normal (escuro). O sinal de intensidade intermediária pode ser subdividido em a) sinal igual àquele do músculo normal e b)
sinal mais alto que o do músculo, porém mais baixo que o da gordura subcutânea (brilhante). O sinal de intensidade elevada pode ser
subdividido em a) sinal igual à gordura subcutânea normal (brilhante) e b) sinal maior que o da gordura subcutânea (muito brilhante).
O sinal de intensidade elevada de planos de gordura e diferenças na intensidade de sinal de várias estruturas permitem a separação
dos diversos componentes teciduais, incluindo músculos, tendões, ligamentos, vasos, nervos, cartilagem hialina, fibrocartilagem, osso
cortical e osso trabecular (Fig. 2.12). Por exemplo: a gordura e a medula óssea amarela (adiposa) mostram sinal de intensidade elevada
em T1 e sinal intermediário em imagens ponderadas em T2; o hematoma exibe sinal de intensidade relativamente alta. O osso cortical,
ar, ligamentos, tendões e fibrocartilagem mostram sinal de baixa intensidade em imagens ponderadas em T1 e T2; músculo, nervos e
cartilagem hialina revelam sinal de intensidade intermediária em imagens ponderadas em T1 e T2. A medula vermelha (hematopoética)
apresenta sinal hipointenso em T1 e sinal hipointenso a intermediário em T2. O líquido mostra sinal intermediário em T1 e sinal elevado em
T2. A maioria dos tumores exibe sinal de intensidade baixa a intermediária em imagens ponderadas em T1 e sinal de intensidade elevada
em imagens ponderadas em T2. Os lipomas mostram sinal de intensidade elevada em T1 e intermediário em imagens ponderadas em T2.
Ocasionalmente, as imagens de RM podem ser realçadas por injeção intravenosa de dimeglumina gadopentato (Gd-DTPA), conhecida
como gadolínio.
O protocolo padrão para o exame de coluna cervical para o estudo da cervicalgia consiste das seguintes sequências:
- Sagital T1
- Sagital T2
- Sagital T2 com supressão de gordura ou STIR
- Axial T2
- Axial T2*
As principais patologias acometendo a coluna cervical abordadas pelos métodos citados são:
Doença articular degenerativa
As alterações degenerativas podem estar presentes em quatro formas principais:
• como osteoartrite das articulações sinoviais, incluindo as atlantoaxiais, apofisárias, costovertebrais e sacroilíacas
• como espondilose deformante, uma condição que se manifesta por formação de osteófitos marginais anteriores e laterais com
preservação dos espaços discais (ao menos nos estágios iniciais)
• como doença degenerativa do disco, uma condição que envolve basicamente os discos intervertebrais e se manifesta por
destruição destas estruturas, o fenômeno de vácuo, e estreitamento dos espaços discais
• como hiperostose esquelética idiopática difusa (síndrome HEID ou doença de Forestier), caracterizada por ossificações ao longo
das superfícies anteriores dos corpos vertebrais que se estendem através dos espaços discais, preservação relativa dos discos
intervertebrais, e hiperostose nos locais de inserção do tendão e ligamento ao osso (entesopatia).
Duas condições comuns podem complicar a doença degenerativa da coluna:
• espondilolistese degenerativa
• estenose vertebral.
A espondilolistese degenerativa é caracterizada por deslocamento anterior (ventral) de uma vértebra em relação à inferior, e reconhecida
na incidência lateral da coluna pelo sinal do processo espinhoso.
A estenose vertebral pode ser facilmente diagnosticada utilizando-se tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Outras patologias
Artrites inflamatórias; Artrites mistas; Tumores; Infecções da coluna vertebral; Distúrbios metabólicos (osteoporose, hiperparatireoidismo,
doença de Paget; Anomalias congênitas do desenvolvimento, escoliose).
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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A dor no Atleta - Abordagem Otimizada
Alexandre Martin
Introdução
A importância do exercício como prevenção e como tratamento de doenças está fortemente comprovado (POWERS,2005) e a
disseminação dessa prática está cada vez mais difundida entre o publico em geral (GUEDES JR, 2008). Por isso aparecem no cotidiano da
clinica de acupuntura indivíduos praticantes e atletas para tratamento de lesões que ocorrem da prática diária das diferentes modalidades
esportivas.
Este público diferenciado tem demandado dos especialistas novas abordagens para suas lesões uma vez que procuram:
1. Uma reabilitação RÁPIDA, pois tem interesse em retornar plenamente a sua prática cotidiana.
2. EVITAR O USO DE MEDICAÇÃO ALOPÁTICA, sob o temor de gerar complicações advindas dos efeitos colaterais das mesmas.
3. Reestabelecimento FUNCIONAL ADEQUADO às habilidades atléticas que possuíam antes das lesões, não simplesmente uma
situação melhor do que a apresentam na lesão (SAFRAN,2002).
4. Um tratamento que possa ser adaptado a PERIODIZAÇÃO (GUEDES JR, 2008) de seus programas de condicionamento, caso o
façam.
A abordagem OTIMIZADA da acupuntura (ao contrário de uma abordagem ALEATÓRIA) e outras técnicas que se apoiam na medicina
tradicional chinesa (MTC) é direcionada para obter as MELHORES respostas, mais adequadas as necessidades acima.
A MTC, base para a escolha de terapia nos casos de acupuntura, baseia-se no tratamento de PADRÕES ENERGÉTICOS (MACIOCCIA,
2000; VAN NGHI, 1974) que por sua vez são diagnósticos energéticos do funcionamento fisiopatológico resultante da interação do
indivíduo e sua energia vital (zheng qi) com a lesão e os bloqueios que ela impõe ao funcionamento correto do organismo (xié qi)
A acupuntura promove a NEURO-MODULAÇÃO PERIFÉRICA e com isso trata e resolve os padrões energéticos envolvidos, intervindo no
padrão NEURO-HUMORAL da inflamação (LENT, 2009; ROBINS and COTRAN, 2002).
Caracterizar os padrões comuns decorrentes da prática esportiva ou de atividade física geral e destacar os pontos uteis para modulá-los
é extremamente útil no atendimento otimizado do quadro.
Os padrões podem se manifestar segundo sintomas clínicos, como é o caso da deficiência de Yin do Rim comum em atletas de endurance
ou estagnações de qi do fígado, ocorrendo em atletas com treinamento voltado para a força. A manifestação desses padrões incluem
sintomas como irritabilidade, insônia, mesmo infertilidade (MACCIOCIA, 2005) e estão relacionados a casos com uso indevido de
suplementação, treino excessivo ou mal orientado (overtrainning).
Os padrões decorrentes de lesões osteo-musculares são mais relacionados com as chamadas síndromes BI, com estagnação de Qi e Xue
em canais secundários. Normalmente esses são a maior causa de procura ao consultório.
Procuramos na palestra nos atermos ao segundo tipo, deixando claro que o tratamento ao primeiro grupo de padrões, que produzem
sintomas mais clínicos, pode ser realizado com acupuntura e medicina chinesa, com bons resultados. Procuramos caracterizar os tipos
de lesões e os esportes que a ocasionam, colocando pontos e esquemas de tratamento praticados para atender a demanda de atletas,
recreativos ou não.
Ombros
Lesões de ombro são mais desenvolvidas nos chamados atletas de arremesso, em esportes onde ocorrem movimentos circulares com
essa articulação, seja para jogar uma bola, rebater a mesma com o braço ou um instrumento como a raquete, ou mesmo onde a
locomoção depende desse movimento, como na natação.
Nesse caso, a força e amplitude de movimentos implicam em flexibilidade, o que, em uma articulação com a cavidade articular rasa, como
a cav. Gleinoidal em relação ao Umero, significa microlesões por instabilidade, que se traduzem por padrões de estagnação de Qi e Xue,
em decorrência do pinçamento.
Os pontos mais utilizados para o tratamento da região são ID9, Jian Quian e IG16 pela relação com a articulação acrômio clavicular e
tendões envolvidos nesse tipo de lesão, Com lesões de M. Supraespinhoso acrescentar agulha transfixante VB21 a ID13. O pontos distais
mais utilizados são IG4, VB34 e B62, a fim de produzir maiores resultados.
A frequência de aplicação é de três vezes na semana, com estimulação manual e eletroestimulação (transcutânea ou por agulha) em
Baixa frequência (2 a 5 Hz) padrão intermitente (burst) por vinte minutos. Nesse ultimo caso os pares de pontos para fechar os canais de
estimulação serão VB21 transfixante – IG16 e VB34 – E36 ou E37 (modificado como ponto Ho inferior por Van Nghi, 1974)
Com melhora do quadro, diminuir a frequência de aplicação para uma vez a semana e após a cada 15 dias por ao menos quatro sessões,
dando preferência para a estimulação elétrica.
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Auriculoacupuntura, praticada com sementes em técnica de permanência é útil como apoio ao tratamento, em particular em padrões com
estase de XUE, com dores intensificadas a noite. No caso, sangria no ÁPICE DA ORELHA, ponto SHEN MEN, FÍGADO, RIM, ENDÓCRINO,
SUPRA RENAL e PONTOS DOLOROSOS relevados por localizador (um mili-amperímetro,para verificar permeabilidade elétrica dos pontos)
no dorso da orelha sob a região da ESCAFA.
Quadril
Apesar da articulação femoro-articular ter vantagem sobre a da cintura clavicular por ser mais profunda e fixa, o que produz mais
estabilidade, mas é um encontro de tripla articulação (além da femoro-acetabular, as sacro-iliacas e púbicas) e transmite a força da parte
inferior para a superior e inferior, sendo chamada de CORE (núcleo) do corpo humano.
Para as articulações sacro-iliacas os pontos prioritários são B29 e VB30, que em crises provocadas por instabilidade dos mm. pelvitrocanterianos são especialmente uteis, em particular com eletro-estimulação em baixa frequência (2-4hz) em conjunto com pontos B60
e ID6 para casos crônicos e agudizados.
Pubeites são mais frequentes em esportes com rotação brusca de quadril, como é o futebol, artes marciais e o tênis. Pela proximidade o
ponto VC2 (RM2) é muito utilizado pois é ponto de reunião dos meridianos tendino-musculares Yin do Pé (Fígado, Baço e Rim).
Por a própria articulação femoro-acetabular tem benefícios com ponto VB30 (particularmente útil pois a estimulação propicia a liberação
acentuada de endorfina pelo SNC) e VB31. A dor dessa articulação pode ser sentida no complexo do joelho, caracterizando a síndrome da
banda ílio-tibial, podendo afetar inclusive a estabilidade dessa articulação.
Para essa mesma articulação os pontos VB26, VB27 e VB28 apresentam utilidade pela relação com o meridiano Daí Mai, ou meridiano
da cintura, que gere a estabilidade dos meridianos principais na sua função de gerir o alto e baixo (Ling Shu), ideia muito semelhante ao
conceito de core pulmonar. A trinca de pontos trata e desativa pontos gatilho na região da cintura pélvica, atingindo a musculatura do
m.tensor fáscia lata, glúteo médio e máximo em movimentos e apoio unipodal, como em esportes de arremesso ou de arranque, a exemplo
da maioria das modalidades de campo e o tênis.
Joelho
Articulação muito acometida por várias modalidades, mas na maioria delas não por excesso de impacto (que realmente só ocorre em
algumas provas de campo do atletismo) mas por movimentos repetitivos. As origens das dores estão normalmente relacionados com más
adaptações do quadril, da onde herda a dor da sd. Banda íleo Tibial e dos pés, onde alterações de marcha podem sustentar e propiciar
lesões, tal como o pé pronado induz aumento do ângulo Q e aumenta a propenção de lesões de entorce com lesões ligamentares, como é
comum em desportos de salto e aterrisagem, como vôlei e basquete.
Os principais pontos são o BP9 e BP8, em punção obliqua para analgesia do joelho medial, em particular tendinopatia anserina e
osteoartrose de compartimento medial, técnica facilmente adaptável para eletro-estimulação (2-4Hz, burst de 20 minutos) segundo
descrito por Van Nghi (1974).
Para quadros crônicos ou com potencial de gerar osteoartrose ou condromalácea, os pontos E35 e Ex-LE-4 (FOLKS, 2003) são indicação
precisa, em combinação com os anteriores. Não é comum o uso de eletroestímulo nesses pontos.
Conclusão
A acupuntura, enquanto técnica da MTC, pode ser ferramenta útil no tratamento e prevenção de patologias comuns em atletas, recreativos
ou não, durante o ciclo de treinamento dos mesmos, sendo terapia principal ou adjuvante na cura dessas lesões, sem os inconvenientes
de restrições quanto a dopagem ou efeitos colaterais, atendendo a demanda desses atletas quando a eficácia e o tempo de reabilitação.
Bibliografia
VAN NGHI, N. Semiologia e Y Tratamento Acupuntural, Madri: Cabal Ed, 1974
VAN NGHI,N. Patologia e Patogenia em Medicina Chinesa, Madri: Cabal Ed., 1974
MACCIOCIA,G.Canais de Acupuntura,São Paulo: Ed. Roca,2007
MACCIOCIA,G. Diagnostico na Medicina Chinesa, São Paulo: Ed. Roca, 2005
VAISBERG, M. Exercícios na Saúde e na Doença, são Paulo, Ed. Manole, 2010
LENT, R. Cem bilhões de Neurônios, São Paulo, Ed Atheneu, 2009
POWERS, S.K. Fisiologia do exercício, São Paulo, Ed. Manole , 2005
FOLKS, C. Guia prático de Acupuntura, Barueri, Ed. Manole, 2008
SAFRAN,M.R. et al. Manual de Medicina Esportiva, São Paulo, Ed. Manole, 2002
GUEDES JR. D.P. et al. Treinamento Personalizado em Musculação, São Paulo, Ed. Phorte, 2008.
ROBINS and COTRAN. Pathology Basis of Desiase, São Paulo, Ed. Atheneu, 2002
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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Craniopuntura de Yamamoto (YNSA)
Alexandre Massao Yoshizumi
1. Microssistemas da YNSA?
É constituído de oito microssistemas, sendo cinco com finalidade terapêutica e três com finalidade diagnóstica.
Pontos terapêuticos:
1. Pontos Básicos (11): Corresponde ao aparelho locomotor. Iniciam-se na letra A até a letra K.
2. Pontos Sensoriais (4): Órgãos do sentido: olho, nariz, boca e ouvido.
3. Pontos Cerebrais (3): cérebro, cerebelo e gânglios basais.
4. Pontos Ypsilon – Yamamoto (12): representam o Zang Fu ou órgãos internos.
5. Pontos dos 12 pares cranianos.
Áreas de investigação Diagnóstica:
1. Palpação Abdominal
2. Palpação Cervical
3. Palpação no Braço
2. Indicações da YNSA:
1. Para todas as doenças que possuem condições reversíveis
2. Dores no sistema locomotor como problemas músculo-esqueléticos
3. Desequilíbrio ou alterações de órgãos internos (Zang Fu)
4. Doenças Neurológicas: Sequelas neurológicas como: Distúrbio motores e sensitivos, hemiplegia, paraplegia, paralisia facial,
afasia.
5. Casos agudos, com efeito imediato e excelentes resultados.
Pontos Básicos:
Os pontos Básicos Yin estão localizados ao nível da linha anterior de implantação do cabelo e os pontos Básicos Yang possuem a
representação espelhada situada acima da sutura lambdóidea. (Tabela 1)
Nome
Localização
Característica
A
0,5 a 1,0 cm
lateralmente da linha
média na altura da linha de
implantação do cabelo
Comprimento vertical
de 2,0 cm
B
0,5 a 1,0 cm
lateralmente do ponto A
Ponto único
localizado na linha
de implantação do
cabelo
C
2,5 cm lateralmente ao
ponto B, no ângulo entre
a implantação frontal e
temporal dos cabelos
Comprimento vertical
de 2,0 cm com
angulação de 45*
Nom.
A1 a A7
B
C1 a C9
Corresp.
Cabeça e
Coluna cervical
Cintura escapular
e ombro
Indicações
Cefaléia tensional, cervicalgia, traumatismos
cervicais “em chicote”, enxaqueca, vertigem,
tonturas e labirintites, paralisia facial,
problema de ATM, odontalgia e analgesia
pós-cirúrgica ou pós-trauma.
Cervicobraquialgia, cervicalgia inferior,
hemiplegia, dor no ombro (pós-trauma ou
pós-cirúrgica, bursite e tendinites
Dor no ombro, bursite, artrite reumatoide,
epicondilites, tenossinovite, síndrome do
Extremidades
túnel do carpo, distensões musculares,
superiores (ombro,
luxações, Síndrome de Raynaud, hemiplegia,
braço, cotovelo,
paraplegia, dores pós-trauma e pós-cirúrgica
antebraço, punho,
de membros superiores
mão e dedos)
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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D
Na região temporal, 3,0 a
4,0 cm na frente da hélice
da orelha e a 1,0cm acima
do arco zigomático
Ponto único
localizado na linha
de implantação do
cabelo na região da
costeleta
Grupo
D
ou Pontos
Lombares
Na região temporal próximo
da implantação da orelha
Comprimento vertical
de 1,0 cm
resumos
RESUMOS de
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palestras
PALESTRAS
Extremidades
inferiores e coluna
lombar
Artrite, câimbras, lombalgia, ciatalgia,
coxartrose, hérnia de disco, parestesia e
paralisia dos membros inferiores, Síndrome
de Parkinson e Lesões desportivas.
D1 a D6
Coluna lombar
(L1 a S1)
Artrite, câimbras, lombalgia, ciatalgia,
coxartrose, hérnia de disco, parestesia e
paralisia dos membros inferiores, Síndrome
de Parkinson e Lesões desportivas.
E1 a E12
Região torácica
(T1 a T12)
E1=parte superior
E12=parte inferior
Patologias torácicas, dores pós-trauma
e pós-cirúrgica da região torácica,
neuralgia intercostal, herpes zoster, angina,
palpitações, asma, bronquite e dispnéia.
Nervo ciático
(ou isquiático)
Dor ciática e lombalgia.
G1 a G3
Joelho
G1- parte medial
G2- parte anterior
G3- parte lateral
Bursite, reumatismo, torção, luxações,
artrites e analgesia nas fraturas da patela.
D
E
Na mesma linha vertical do Comprimento vertical
ponto A, 1,0 a 1,5 cm acima de 2,0 cm com
das sobrancelhas
angulação de 15*
F
Na região retroauricular. Na Ponto único.
parte mais proeminente do
Associar com o
processo mastóide
ponto D
G
São 3 pontos
Na região retroauricular ao que contornam a
longo da borda inferior do ponta do processo
mastoide formando
processo mastoide.
uma curva
H
0,5cm acima do ponto B
Ponto único.
Associar com o
ponto D ou F
H
Ponto lombar extra
Lombalgia, hérnia de disco, parestesia e
paralisia dos membros inferiores
I
Ponto único.
4,0 a 5,0cm posterior do
Associar com o
ponto C
ponto D ou F
I
Ponto lombar ou
ciático extra
Lombalgia, hérnia de disco, parestesia e
paralisia dos membros inferiores
J
1,0 cm acima do ponto A,
Ponto único
ao lado do ponto cérebro na
região frontal (Yin)
J
Região dorsal
do pé
Parestesia, má circulação, dores na região
dorsal do pé
K
1,0 cm acima do ponto A,
Ponto único
ao lado do ponto cérebro na
região occiptal (Yang)
K
Região plantar
do pé
Parestesia, má circulação, dores na região
plantar do pé
F
Tabela 1. Descrição dos pontos Básicos localizados na região frontal (Yin)
4. Pontos Sensoriais ou órgãos do sentidos.
Os pontos sensoriais relacionam-se com os órgãos dos sentidos. Cada ponto representa determinado órgão ou estrutura anatômica.
(Tabela 2)
Nome
Localização
Caract.
Nom.
Corresp.
Indicações
Olho
1,0 cm abaixo do ponto A7, numa Ponto
mesma linha vertical do ponto A
único
Olho
Olho
Distúrbios oftalmológicos, dor ocular, diminuição da acuidade
visual, visão turva, glaucoma, conjuntivite alérgica, estrabismo,
epífora, vista cansada, hordéolo, lacrimejamento e olho seco.
Nariz
1,0 cm abaixo do ponto olho, numa Ponto
mesma linha vertical do ponto A
único
Nariz
Nariz
Alergia, anosmia, epistaxe, obstrução nasal, rinite, sinusite, dor
pós operatória ou pós trauma.
Boca
1,0 cm abaixo do ponto nariz, numa Ponto
mesma linha vertical do ponto A
único
Boca
Boca
Queixa e dores relacionados à cavidade oral e perioral, estomatites,
herpes simples, afasia, gengivites, aftas, distúrbio do paladar, dor
de garganta, parodontoses. Dor pós-operatória ou pós-trauma.
A meia distância entre o ponto E1 e
Ponto
o ponto C, numa altura entre o ponto
único
olho e o ponto nariz
Ouvido Ouvido
Ouvido
Distúrbios auditivos, otite externa, zumbido, otite média, labirintites
e surdez. Dor pós-operatória ou pós-trauma.
Tabela 2. Descrição dos pontos Sensoriais (olho, nariz, boca e ouvido)
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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5. Pontos Cerebrais
Os pontos cerebrais possuem três pontos: cérebro, cerebelo e gânglios basais. Englobam uma área com diâmetro oscilando de 4 a 5 cm,
iniciando-se 1cm acima do ponto A1 e terminando na altura da depressão remanescente da fontanela anterior ou bregmática. Possuem
pontos na região anterior (Yin) e posterior (Yang). (Tabela 3)
Nome
Localização
Caract.
Nom.
Indicações
Corresp.
Cérebro
Cérebro
Tratamento de todas as patologias neurológicas, tanto
motoras como sensitivas.
1,0 cm acima do ponto Cérebro, Ponto
Cerebelo numa mesma linha vertical do ponto único
A
Cerebelo
Cerebelo
Hemiplegia, paraplegia, enxaqueca migranosa, nevralgia do
trigêmeo, Síndrome de Parkinson, esclerose múltipla, distúrbio
endócrino e visual, vertigem, zumbido, afasia,
Gânglio
da Base
Gânglio
da Base
Gânglio da
Base
demência, doença de Alzheimer, epilepsia, insônia, depressão,
distúrbios psicológicos, dores crônicas de longa duração.
Cérebro
1,0 cm acima do ponto A1, numa Ponto
mesma linha vertical do ponto A
único
Na linha média entre o ponto cérebro Ponto
e cerebelo
único
Tabela 3. Descrição dos pontos Cerebrais (cérebro, cerebelo e gânglio da base)
6. Pontos Y (Yamamoto)
Localizam-se no lobo parietal e é dividido em 4 partes: Yin fraco, Yin forte (região anterior), Yang fraco e Yang forte (região posterior).
Em 90% dos casos é utilizada a parte do Yin forte para o tratamento. Cada parte possui 12 pontos (Tabela 4) que representam os órgãos
internos e suas alterações (Zang Fu). É um ponto que apresenta alta concentração de energia do meridiano correspondente.
O sucesso terapêutico no emprego dos pontos Y depende do diagnóstico realizado com a palpação abdominal e/ou cervical ou pelo método
tradicional clássico (anamnese energética, tomada chinesa dos pulsos ou exame da língua). Quando a escolha e aplicação da agulha
forem corretas, instantaneamente o dolorimento ou alteração da consistência do ponto palpado na cervical ou no abdômen desaparecem.
Distúrbios internos profundamente enraizados, desequilíbrios psíquicos ou somáticos, dores relacionadas a stress ou a distribuições
anatômicas e neurológica imprecisas podem ser tratados utilizando os pontos Y.
As indicações dos pontos Y englobam disfunções relacionadas a todos os órgãos internos, aos distúrbios de ordem psíquica, motora ou
funcional.
Indicações dos Ponto Y (Yamamoto):
• Disfunções relacionadas a todos os órgãos internos
• Distúrbios de ordem psíquica, motora ou funcional
• Distúrbios do trânsito intestinal: diarréia ou obstipação
• Hérnia de hiato, diverticulite
• Dores no peito, dispnéia, hiperventilação, asma, angina, arritmias, taquicardia
• Disfunções renais, cálculos renais, poliúria, hipertrofia da próstata
• Hepatite, pancreatite, diabetes, colecistite e colelitíase
• Cefaléias, enxaquecas migranosas, neuralgias do trigêmeo e paralisias faciais.
• Hemiplegias, paralisias, paralisias cerebrais e esclerose múltipla
• Distúrbios cinéticos, dores cervicais, lombalgias Nome
Localização
Característica
Nom.
Corresp.
Vesícula Biliar
Logo à frente da implantação ântero-superior da orelha
Ponto único, localizado na
mesma horizontal do TA e BP
Fígado
Numa vertical e a 1,0 cm acima do ponto VB
Ponto único
F
Fígado
Coração
Situado 1 cm acima do ponto Fígado numa mesma vertical
Ponto único
C
Coração
Bexiga
O mais caudal-posterior, diretamente sobre o malar, na
metade da distância entre orelha e os limites temporais de Ponto único
implantação dos cabelos.
B
Bexiga
Rim
0,5 a 1,0 cm acima do ponto da Bexiga.
R
Ponto único
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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VB
Vesícula Biliar
Rim
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Baço-Pâncreas
0,5 a 1,0 cm acima do ponto do Rim
Ponto único, localizado na
mesma horizontal do TA e VB
BP
Baço-Pâncreas
Estômago
0,5 a 1,0 cm acima do ponto do BP e na frente do F
Ponto único, localizado na
mesma horizontal do F e ID
E
Estômago
Pericárdio
ou
Circulação Sexo
0,5 a 1,0 cm acima do ponto do E
Ponto único, localizado na
mesma horizontal do C e P
P ou CS
Pericárdio
Intestino Grosso
Na mesma horizontal da Bexiga, mas na linha de implantação
Ponto único
dos cabelos.
IG
Intestino Grosso
Triplo Aquecedor
0,5 a 1,0 cm acima do ponto do IG e na frente do BP. No
ângulo formado pela linha de implantação do cabelo na sua Ponto único
lateral.
TA
Triplo Aquecedor
Intestino Delgado
0,5 a 1,0 cm acima do ponto do TA
Ponto único. localizado na
mesma vertical do TA e IG
ID
Intestino Delgado
Pulmão
0,5 a 1,0 cm acima do ponto do TA
Ponto único. localizado na
mesma vertical do TA e IG
P
Pulmão
Afasia Motora
(Broca)
Entre os pontos do E e do BP na área Yin (anterior)
Ponto único
AM
Afasia motora
Afasia Sensitiva
(Wernike)
Entre os pontos do E e do BP na área Yang (posterior)
Ponto único.
AS
Afasia sensitiva
Tabela 4. Descrição dos pontos Y (Yamamoto)
7. Como Localizar os Pontos?
A melhor maneira de localizar o ponto na YNSA é através do aumento da sensibilidade à pressão com o aparecimento de dor. A pesquisa
pode ser feita por meio da pressão ungueal ou pela ponta romba da agulha ou palpador de ponto, ao mesmo tempo em que se indaga ao
paciente sobre a sensibilidade do local. Pode-se sentir um pequeno nó, um ponto endurecido como cordão, ou uma vala ou depressão ou
sinais da presença de edema local. Uma vez localizado, o ponto é fixado via polegar, introduzindo-se a agulha de modo oblíquo à frente
do dedo até que se atinja o espaço abaixo dele. Quando a agulha penetra na pele pode-se sentir a primeira resistência e o ponto estará
correto após atingir o local alterado, ultrapassada pela segunda resistência. Os pontos precisam ser atingidos com a máxima precisão,
caso contrário, não se obterá o efeito desejado.
O ponto é extremamente pequeno, com diâmetro de 1,0 mm, e se localiza um pouco acima do periósteo. O importante é que a ponta da
agulha atinja o ponto independentemente do direcionamento da agulha.
Quando um tratamento usando pontos da YNSA não se mostrar eficaz, checar o posicionamento da agulha. Basta uma pequena
manipulação da agulha para corrigir a posição, sem retirada completa.
As agulhas utilizadas são esterilizadas, descartáveis e de aço inoxidável, com medidas que variam entre: 0,25 x 40, 0,25 x 15 ou 0,20 x
15 mm. Após a inserção da agulha, mantem-se por 20 a 30 minutos nos casos agudos e nos casos mais graves ou crônicos deixar mais
de 1 hora ou com estimulo elétrico em baixa frequência (10 Hz). A fisioterapia responde melhor quando realizada com as agulhas in situ.
Existem diferentes formas de estímulos dos pontos como: massagem, pressão cutânea (sementes ou microesferas), agulhas,
eletroacupuntura, sangria, moxa, eletricidade transcutânea (TENS), LASER, cor, Qigong, eletromagnetismo, injeções e agulhas semipermanentes.
O tratamento é homolateral aos sintomas, exceto nos casos de hemiplegia. Para a escolha do lado (direito ou esquerdo) no tratamento,
pesquisa-se primeiro a sensibilidade do IG4 (Hegu) nas 2 mãos: o lado que estiver mais sensível determinará o lado que será pesquisado
com a palpação dos pontos na região cervical e/ou abdominal. Após a palpação são identificados os pontos com alterações da sensibilidade
que determinará a escolha correta dos pontos Y a serem tratados.
Após o agulhamento, se for realizado corretamente, normalizará a sensibilidade do ponto palpado que estava mais sensível.
Quanto mais cedo se iniciar o tratamento, melhor. Quanto mais crônico for a doença, mais demorado será o resultado.
A craniopuntura de Yamamoto não apresenta contra-indicação absoluta e pode ser combinada com qualquer outro tipo de tratamento.
A frequência de tratamento é normalmente de 2 a 3 vezes por semana. Nos casos graves recomenda-se a aplicação diária.
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PALESTRAS
8. Diagnóstico Cervical
A palpação da região cervical é realizada palpando-se os pontos mais sensíveis (enrijecimento ou intumescimento) na área dos músculos
esternocleidomastoideo e trapézio que são inervados pelo nervo acessório.
A pesquisa cervical é melhor, pois, demanda menos tempo e é mais cômoda, já que o paciente não precisa se despir para o exame. Por
outro lado, as zonas diagnósticas cervicais são menores que as abdominais, dificultando a palpação.
Localização dos pontos na região cervical
Nome
Localização
Nom.
Corresp.
Bexiga
Na borda posterior do m.ECM, fica discretamente “escondido” atrás da clavícula
B
Bexiga
Rim
Na borda posterior do m.ECM na inserção acima do ponto da Bexiga (acima da clavícula)
R
Fígado
No meio do m.ECM, podendo ser localizado por meio de um simples movimento de vai-e-vem
com o polegar.
F
Vesícula Biliar
Na borda anterior do m.ECM abaixo do Fígado (inferior)
Pericárdio ou
Circulação Sexo
Na borda anterior do m.ECM acima do Fígado (médio). Na mesma linha obliqua da área da VB.
P ou CS
Coração
Na borda anterior do m.ECM pouco acima do Pericárdio (superior). Na mesma linha obliqua da
área da VB e do CS
C
Coração
Intestino Grosso
Está situada mais ou menos no meio do m.trapézio próximo da origem
IG
Intestino Grosso
Triplo Aquecedor
Na borda interna do m.trapézio na origem do músculo na clavícula, situado anteriormente ao
ponto do IG
TA
Triplo Aquecedor
Estômago
No meio do m.trapézio (vista lateral), acima do ponto IG
E
Estômago
Baço-Pâncreas
Na borda anterior do m.trapézio próximo a ½ do pescoço, anteriormente ao E e acima ao TA.
BP
Baço-Pâncreas
Intestino Delgado
Na borda anterior do m.trapézio, 1/3 superior. No mesmo plano obliquo das áreas do BP e TA
ID
Intestino Delgado
Pulmão
Está bilateralmente a cartilagem tireoidiana, à frente do m.ECM, na altura da proeminência
maior do pomo de Adão. (obs: palpar simultaneamente os dois pontos)
P
Pulmão
Rim
Fígado
VB
Vesícula Biliar
Pericárdio
Tabela 5. Descrição dos pontos da palpação cervical.
9. Pares Cranianos (Nervos Cranianos da YNSA)
É composto de 12 pontos e representam todos os pares cranianos. Estão alinhados numa vertical a partir do ponto A, próximo à linha de
implantação do cabelo (A3), dispostos numa sequência semelhante a “contas de pérolas”, até a região do ponto VG21. A distância entre
o 1º par e o último compreende mais ou menos de 6 a 8 cm.
Os pontos são dispostos um atrás do outro, em uma sequência linear e separados entre si por uma distância mínima. Cada par craniano
corresponde a um órgão ou uma víscera (Zang Fu) e pode ser utilizado para equilibrar a função do Zang Fu alterado, diagnosticado pela
palpação, ou como ponto relacionado à função do próprio nervo correspondente.
Nervo craniano
Função
Órgão Interno
(Zang Fu)
I-OLFATÓRIO
sensitiva Percepção do olfato.
Rim
II-ÓPTICO
sensitiva Percepção visual.
Bexiga
III-OCULOMOTOR
motora
Controle da movimentação do globo ocular, da pupila e do cristalino.
Pericárdio ou CS
IV-TROCLEAR
motora
Controle da movimentação do globo ocular.
Coração
V-TRIGÊMEO
mista
Controle dos movimentos da mastigação (ramo motor);
Percepções sensoriais da face, seios da face e dentes (ramo sensorial).
Estômago
VI-ABDUCENTE
motora
Controle da movimentação do globo ocular.
Triplo Aquecedor
VII-FACIAL
mista
Controle dos músculos faciais – mímica facial (ramo motor);
Percepção gustativa no terço anterior da língua (ramo sensorial).
Intestino Delgado
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VIII-VESTÍBULO-COCLEAR
sensitiva
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resumos
RESUMOS de
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PALESTRAS
Percepção postural originária do labirinto (ramo vestibular);
Percepção auditiva (ramo coclear).
Baço-pâncreas
IX-GLOSSOFARÍNGEO
mista
Percepção gustativa no terço posterior da língua, percepções sensoriais da
faringe, laringe e palato.
Pulmão
X-VAGO
mista
Percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. Inervação das
vísceras torácicas e abdominais.
Fígado
XI-ACESSÓRIO
motora
Controle motor da faringe, laringe, palato, dos músculos esternoclidomastóideo e
trapézio.
Vesícula Biliar
XII-HIPOGLOSSO
motora
Controle dos músculos da faringe, da laringe e da língua.
Intestino Grosso
Tabela 6: Pares cranianos: Função e relação com os órgãos internos e Zang Fu
10. Área de diagnóstico no braço
Uma nova área de palpação diagnóstica no braço foi descrita pelo professor Yamamoto para facilitar a investigação diagnóstica de áreas
como região cerebral, cervical, torácica e lombar.
A região cerebral está localizada na face anterior do braço, acima da prega do cotovelo, na borda radial do músculo bíceps braquial. A
região cervical está na região lateral da prega do cotovelo, próximo ao epicôndilo radial, ao redor do ponto IG11.
A região torácica está no meio da prega do cotovelo, correspondendo ao ponto P5 e a região lombar está na região medial da prega do
cotovelo, próximo ao epicôndilo medial, ao redor do ponto C3.
11. Bibliografia
• Yamamoto, T. & Yamamoto, H. – Yamamoto New Scalp Acupuncture – YNSA. Axel Springer Japan, Tokyo, 1998.
• Boucinhas, J. C.– YNSA - A Nova Acupuntura Craniana de Yamamoto. SMBEAV, Natal, 2000.
• Feely, R. A. – Yamamoto New Scalp Acupuncture – Principles and Practice, Thieme, New York, 2006.
• Yamamoto, T., Yamamoto, H., Yamamoto, M.M. – Nova Craniopuntura de Yamamoto – NCY, Roca, São Paulo, 2007.
• Yamamoto, T., Yamamoto, H., Yamamoto, M.M. – Yamamoto New Scalp Acupuncture - YNSA – Miyazaki, 2010.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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Doenças Dolorosas do Quadril Adulto
André Wan Wen Tsai / Douglas Tetsuo Hiraoka
O quadril é a região compreendida entre a crista ilíaca e o trocanter maior do fêmur. Suas principais funções são o suporte do peso corporal
e os movimentos da locomoção, que estão relacionados com o arcabouço ósseo-cartilaginoso, tendões e músculos.
A dor no quadril é uma queixa comum e pode ser definida como sensação de desconforto na articulação do quadril ou em sua proximidade.
Sua prevalência é em torno de 15% da população. No adulto, os principais diagnósticos diferenciais não traumáticos são: osteoartrose,
osteonecrose da cabeça femoral, bursites (trocanteriana, iliopectínea, do iliopsoas e a isquioglútea) , tendinopatias (dos adutores e dos
músculos glúteos médio e mínimo), síndrome do piriforme e pubalgia.
Osteoartrose
É uma doença degenerativa crônica caracterizada pela deterioração da cartilagem e pela neoformação óssea nas superfícies e margens
articulares.
O quadro clínico é caracterizado por dor e rigidez articular progressiva, com irradiação para a região inguinal, face medial da coxa e
joelho ipsilateral. Sintomas clínicos como restrição da amplitude de movimentos, crepitação e aumento do volume articular podem estar
relacionados à artrose. No exame físico, temos ADM dolorosa podendo estar diminuída, afetando a marcha; devido à diminuição do
espaço articular podemos encontrar encurtamento do membro.
Os critérios diagnósticos da osteoartrose do quadril, segundo a Academia Americana de Reumatologia são: dor no quadril; rotação medial
menor que 15°; VHS menor que 44mm/hora; rigidez matinal menor que 60 minutos; idade acima de 50 anos com dor à rotação medial
do quadril; sinais radiográficos; dor no quadril com pelo menos dois dos critérios: VHS menor que 20 mm/hora, presença de osteófitos,
diminuição do espaço articular.Os sinais radiográficos da artrose são: estreitamento do espaço articular, esclerose subcondral, presença
de osteófitos marginais e aparecimento de cistos e geodos.
O tratamento conservador é a conduta inicial e envolve o uso de medicamentos como analgésicos (acetaminofeno), AINEs, condroprotetores
(glicosamina, condroitina, diacereína), bem como a prescrição de exercícios de fortalecimento, alongamento, termoterapia, estimulação
elétrica, acupuntura e a orientação de perda ponderal. O tratamento cirúrgico (realizadas artroplastia total do quadril, osteotomia femoral,
osteotomia acetabular, artrodese e artroplastia de ressecção) deve ser considerado na falha do tratamento conservador.
Osteonecrose da cabeça femoral
A fisiopatologia da osteonecrose não está totalmente elucidada. Ela pode ser classificada em: primária ou idiopática (cerca de 25% dos
casos), ou secundária: traumática (decorrente de traumas regionais, luxações e procedimentos cirúrgicos) e atraumática (alcoolismo,
corticoterapia, lúpus eritematoso sistêmico, doença de Gaucher, hiperlipidemias, pancreatite, hiperuricemia, quimioterapia, radioterapia,
hemoglobinopatias, fatores imunológicos e gestação).
A principal queixa do paciente é a dor insidiosa, na região inguinal, nádegas, joelhos ou região trocantérica. Pode ter intensidade variável,
marcha antálgica e limitação dos movimentos.
O diagnóstico da osteonecrose é, inicialmente, radiográfico. Nas fases inicias a RMN e a cintilografia são essenciais.
O tratamento conservador consiste na retirada da carga do membro, perda ponderal, uso de medicamentos (analgésicos e AINE),
fisioterapia, acupuntura e tratamento dos fatores associados (dislipidemia, alcoolismo, coagulopatias), no entanto são pouco eficazes.
A cirurgia tem por finalidade levar vascularização para a cabeça femoral quando ainda viável ou corrigir a incongruência articular (
descompressão (core decompression), enxerto ósseo, osteotomia proximal do fêmur, hemiartroplastia, artroplastia total).
Síndrome do piriforme
A síndrome do piriforme resulta da irritação do nervo isquiático pelo músculo piriforme. O paciente apresenta dor em região do quadril,
com irradiação para o membro inferior, simulando uma radiculopatia. Pode apresentar fraqueza, marcha antálgica, dor à rotação interna
ou externa e dor à palpação da região. (1-5) Seu diagnóstico é clinico e tratamento conservador na grande maioria dos casos, por meio de
medicamentos, fisioterapia e acupuntura.
Bursites e Tendinopaitas
As inflamações de partes moles na região do quadril são comuns e estão normalmente associadas às atividades físicas , overuse
ou compressão/ atrito local. Dentre elas temos: bursite trocanteriana (dor lateral), tendinite dos adutores (dor anterior, medial) e dos
isquiostibiais (dor posterior). O diagnóstico é clinico, mas geralmente confirmamos com um USG. Tratamento conservador é a regra:
fisioterapia, medicamento, acupuntura e até inflitrações.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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Pubalgia
Dor e inflamação na região do púbis devido a tração mecânica durante a atividade esportiva dos músculos abdominais e adutores do
quadril. Diagnóstico clínico com auxílio do USG e RM. O tratamento é inicialmente conservador, sendo a cirurgia recomendada na falha do
tratamento clínico, ou em atletas profissionais que necessitam de uma recuperação mais rápida.
Do no quadril pela MTC e seu tratamento por meio da Acupuntura
De modo geral doenças álgias desta região apresentam quadro compatível com a estagnação de Qi nos meridianos quando se trata de
pacientes jovens sem antecedentes mórbidos importantes e que desenvolveram lesões como bursites, tendinites, síndorme do Piriforme e
pubalgia praticando atividades físicas. Nesses casos nosso serviço utiliza os seguintes pontos de Acupuntura: GB 30, GB 34, ST 36, BL 60,
Ah Shi e técnica Escalpeana de Wen abordando as áreas motoras e sensitivas dos membros inferiores contralateral ao quadril doloroso.
Pacientes portadores de alterações degenerativas crônicas como a Osteoartrose e Osteonecrose da cabeça femoral apresentam quadro
compatível com Deficiência do Shen e/ou Gan. Nesses casos, no Centro de Acupuntura do Instituto de Ortopedia e Traumatoligia do HCFMUSP utiliza-se a seleção dos seguintes pontos de Acupuntura: BL 23, BL 24, BL 25, BL 60, GB 30, GB 34, ST 36, LR 3, LR 8, SP 9, KI
10, pontos Ah shi, técnica Hua Tuo Jia Ji e Escalpeana de Wen.
Referências
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2. Schwartsmann CR, Boschin LC. Quadril do adulto. In: Sizinio H. Ortopedia e Traumatologia: princípios e prática, 4 edição. Porto
Alegre, Artmed, 2009; 14: 407-442.
3. Vicente JRN. Osteoartrite do quadril. In: Barros Filho TEP, Camargo OP, Camanho GL. Clínica Ortopédica – 2 volumes. São Paulo,
Manole, 2012; 130: 920-5.
4. Melo EBC, Gurgel HMC. Osteonecrose. In: Barros Filho TEP, Camargo OP, Camanho GL. Clínica Ortopédica – 2 volumes. São
Paulo, Manole, 2012; 131: 926-40.
5. Yeng LT, Teixeira MJ, Zakka TRM, Kaziyama HHS, Teixeira MG. Dor pelviperineal. In: Teixeira MJ, Yeng LT, Kaziyama HHS. Dor
síndrome dolorosa miofascial e dor músculo-esquelética. São Paulo, Roca, 2008; 29: 361-80.
6. Wen TS. Manual Terapêutico de Acupuntura. Hsing WT editor. São Paulo, Manole, 2008; 7: 315-76.
7. Liu GW. Tratado Contemporâneo de Acupuntura e Moxibustão
. São Paulo: CEIMEC; 2005. Cap VI: 249-332.
8. Xi W. Tratado de Medicina Chinesa. São Paulo: Roca; 1993. Parte III, Cap 3: 347-97 e Parte II, Cap 2: 251-312.
9. Usichenko TI, Dinse M, Hermsen M, Witstruck T, Pavlovic D, Lehmann C. Auricular acupuncture for pain relief after total hip
arthroplasty – a randomized controlled study. Pain. 2005 Apr;114(3):320–7.
10. Manheimer Eric, Cheng Ke, Linde Klaus, Lao Lixing, Yoo Junghee, Wieland Susan, van der Windt Daniëlle AWM, Berman Brian
M, Bouter Lex M. Acupuncture for peripheral joint osteoarthritis. Cochrane Database of Systematic Reviews. In: The Cochrane
Library, Issue 07, Art. No. CD001977. DOI: 10.1002/14651858.CD001977.pub1
11. Witt CM, Jena S, Brinkhaus B, Liecker B, Wegscheider K, Willich SN. Acupuncture in patients with osteoarthritis of the knee or
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12. Stener-Victorin E, Kruse-Smidje C, Jung K. Comparison between electro-acupuncture and hydrotherapy, both in combination
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journal of pain. 2004;20(3):179.
13. Haslam R. A comparison of acupuncture with advice and exercises on the symptomatic treatment of osteoarthritis of the hip–a
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* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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NORMAS TÉCNICAS E BOAS PRÁTICAS DE ACUPUNTURA
ANTONIO CARLOS MARTINS CIRILO
Diversas normas técnicas que compõem a legislação sanitária vigente tratam, de forma geral, da segurança e proteção ao paciente.
A segurança do paciente é entendida como o conjunto de ações voltadas à sua proteção contra riscos, eventos adversos e danos
desnecessários durante a atenção prestada nos serviços de saúde.
Tais normas regulamentam temas diversos como a infraestrutura dos estabelecimentos de atenção à saúde humana, alvará ou licença
sanitária, responsabilidade técnica, o gerenciamento de resíduos sólidos em serviços de saúde, o gerenciamento de tecnologias em
saúde em estabelecimentos de saúde utilizadas na prestação de serviços de saúde, de modo a garantir a sua rastreabilidade, qualidade,
eficácia, efetividade e segurança, bem como o gerenciamento da qualidade (estrutura, processo e resultado), por meio dos componentes
da garantia da qualidade, entendidos como as boas práticas de funcionamento de serviços de saúde, orientadas primeiramente à redução
dos riscos inerentes à prestação de serviço de saúde.
As Boas Práticas de Acupuntura constituem o conjunto de MEDIDAS E TÉCNICAS que visam assegurar a MANUTENÇÃO DA QUALIDADE
e a SEGURANÇA dos produtos médicos, dos serviços prestados e dos pacientes em serviços de saúde especializados em Acupuntura,
cujos objetivos são:
i. ESTABELECER DIRETRIZES DE QUALIDADE para a Prestação de Serviço Acupunturiátrico;
ii. PREVENIR, CONTROLAR, MINIMIZAR OU ELIMINAR RISCOS E DANOS aos usuários e aos profissionais envolvidos;
iii. PROMOVER O USO RACIONAL da especialidade e dos produtos médicos a ela correlacionados;
iv. PROMOVER A SAÚDE OCUPACIONAL;
v. PROTEGER A SAÚDE e PROMOVER A QUALIDADE DE VIDA do paciente;
vi. PROMOVER E FORTALECER a defesa profissional.
Nesse contexto, na prestação de serviço de saúde em Acupuntura os RISCOS RELACIONADOS AO PROCEDIMENTO ACUPUNTURAL
podem ser assim classificados:
1.1 RISCOS DO INSTRUMENTAL
1.2 RISCOS DO OPERADOR
1.3 RISCOS OCUPACIONAIS:
1.4 RISCOS BIOLÓGICOS
1.5 RISCO FÍSICO
1.6 RISCOS ERGONÔMICOS
1.7 RISCOS MECÂNICOS OU DE ACIDENTES:
1.8 RISCO PELA FALTA DE CONFORTO E HIGIENE:
Da mesma forma, devem ser considerados os RISCOS AO MEIO AMBIENTE, sejam decorrentes do inadequado GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE, seja da UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS SANEANTES DOMISSANITÁRIOS NÃO
BIODEGRADÁVEIS e sem REGISTRO junto à ANVISA.
A condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar e reduzir ou eliminar riscos inerentes às
atividades que possam comprometer a saúde humana, animal, vegetal e ao meio ambiente é definida como BIOSSEGURANÇA.
A biossegurança é um processo funcional e operacional de fundamental importância em serviços de saúde, não só por abordar medidas
de controle de infecções para proteção da equipe de assistência e usuários em saúde, mas por ter um papel fundamental na promoção da
consciência sanitária, da importância da preservação do meio ambiente na manipulação e no descarte de resíduos sólidos e da redução
geral de riscos à saúde e acidentes ocupacionais.
Algumas normas técnicas nos possibilitam compreender as repercussões práticas da falta de condições de avaliação da segurança
do procedimento acupuntural, quando são estabelecidos critérios de exclusão ou de inaptidão temporária para a doação de sangue
associados a diferentes situações de risco acrescido ou critérios para exclusão de candidato a doação de tecidos musculoesqueléticos.
A prática médica responsável, fundamentada em princípios legais, científicos e éticos contempla a qualidade do atendimento prestado
aos pacientes e a qualidade do ambiente do trabalho, além da liberdade e iniciativa do médico. O controle de qualidade da prestação de
assistência médica e das condições de trabalho médico, objeto das comissões de ética médica, deve também ocorrer em conformidade
com a legislação dos diversos órgãos públicos, nas três esferas de governo, e com outras entidades relacionadas ao exercício profissional.
Critérios mínimos devem ser seguidos pelos estabelecimentos de saúde para o GERENCIAMENTO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE utilizadas
na prestação do serviço de saúde, de modo a garantir a sua rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade e segurança e, no que
couber, desempenho, desde a entrada no estabelecimento de saúde até seu destino final, incluindo o planejamento dos recursos físicos,
materiais e humanos.
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Na prática acupuntural, as MEDIDAS DE PRECAUÇÃO-PADRÃO devem ser adotadas para todo paciente independente de diagnóstico
confirmado ou presumido de doença infecciosa transmissível.
A higienização das mãos sempre foi considerada uma medida básica para o cuidado ao paciente e desde o estudo de Semmelweis,
no século XIX, as mãos dos profissionais de saúde vêm sendo implicadas como fonte de transmissão de microrganismos no ambiente
hospitalar.
A prática responsável da Acupuntura requer a abordagem de seus aspectos técnicos e sanitários, relacionados tanto ao instrumental
quanto ao procedimento acupuntural em si (agulhas, operadores, biossegurança), além do cumprimento das exigências sanitárias acerca
do exercício profissional, planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de
saúde, condições ambientais e de funcionamento.
As questões relacionadas à SEGURANÇA refletem a necessidade da adoção de medidas seguras para uma prática responsável e com a
reorganização das ações e serviços de Acupuntura, sendo fundamental a conscientização sobre a incorporação de tecnologias apropriadas
para o controle de infecção e biossegurança.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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BIOPUNTURA - UMA ABORDAGEM TERAPÊUTICA COMPLEMENTAR À ACUPUNTURA
ANTONIO CAVALHEIRO
Biopuntura é uma nova terapia que envolve a injeção de produtos biológicos (tais como produtos homeopáticos e fitoterápicos) em pontos
específicos. Biopuntura se origina, combinando o uso de bioterápicos [bio-] com acupuntura [puntura]. Isto é como você criar o nome do
bio-puntura.
A maioria dessas injeções são feitas sob a pele ou intra-muscular. Embora estes produtos tenham sido utilizados por várias décadas, o
termo Biopuntura foi criado para aumentar a conscientização sobre as possibilidades desta técnica particular.
Então, quais os tipos de bioterápicos são usados? Na Biopuntura os produtos comumente usados ​​são, por exemplo, Arnica, Nux vomica
Calendula, Echinacea, e camomila. Arnica é utilizado para contusões e dores musculares, Nux vomica é injetado para problemas digestivos,
Ignatia é usado para sintomas relacionados com stress, Echinacea é utilizado para aumentar o sistema de defesa natural do organismo.
Também podemos injetar misturas de produtos naturais. Esses coquetéis contendo bioterápicos múltiplos em uma ampola. Na maioria dos
casos, as plantas são diluídos como na homeopatia e homotoxicologia. Vários destes produtos diluídos são misturados em uma ampola.
Cada ampola tem a sua propriedade específica própria terapêutica. Traumeel, por exemplo, é usado em lesões desportivas e inflamações.
A maioria das pessoas, especialmente aquelas que têm escrúpulos com injeções porque eles podem ter tido más experiências na infância
se surpreendem o quão fácil e rápido é o efeito das injeções. Na verdade, essas injeções não podem ser comparadas com injeções
aplicadas na medicina convencional. Eles não são tão dolorosos como uma injeção “normal”, porque a agulha utilizada é muito fina e a
quantidade injetada é muito pequena. Na verdade, eles são mais como um pequeno furo. A maioria delas são aplicadas no subcutâneo da
pele, outras são aplicadas em pontos específicos do músculo. As injeções não são aplicadas arbitrariamente, mas eles são administrados
em pontos cuidadosamente escolhidos. O lugar onde o médico injeta o produto é tão importante quanto o próprio produto. Alguns destes
pontos são pontos de gatilho ou pontos de acupuntura. Há também injeções frequentes nas articulações e em torno delas.
Muitas destas injeções são aplicadas em mais de um ponto em cada sessão. Por exemplo, se quisermos trabalhar sobre o fígado, você
aplica cerca de sete pequenas injeções sob a pele do abdômen. Quando o paciente apresenta dor no cotovelo, iremos procurar por vários
pontos nos músculos do braço, e injetar cada um deles em uma sessão. Como na maioria dos casos, muitas aplicações são realizadas em
uma área específica (ou em vários pontos) do corpo, em cada sessão.
No entanto, existe uma desvantagem: os produtos utilizados em biopuntura são diluídos e por isso não são tão eficazes quanto
medicamentos convencionais a curto prazo. Isto significa que você pode precisar de três ou mais sessões antes de qualquer resultado.
E se você já teve problemas por meses ou mesmo anos, você pode precisar de 10 sessões ou mais. Quando você percebe que estes
produtos são produtos naturais que não mostram nenhum efeito colateral importante, você será motivado a ser mais paciente do que o
habitual. No longo prazo, no entanto, os resultados desta forma de medicina natural são mais duráveis, porque vamos trabalhar em um
nível mais profundo. Por exemplo, estimulando o mecanismo de defesa do próprio corpo para fazer a autoregulação.
Claramente o médico que decide usar a biopunctura, sempre deve ser feita de acordo com as mais recentes normas técnicas. Isto inclui
a técnica de injeção apropriada e, naturalmente, a utilização de materiais estéreis descartáveis. Esta última significa que a agulha nunca
esteve em contacto com um outro paciente e que qualquer transmissão de doenças (por exemplo hepatite, SIDA) é impossível. Isso deve
lhe dar a confiança na segurança da técnica.
É verdade que a maioria das ampolas têm apenas baixas concentrações de extractos de plantas. Como resultado, os efeitos secundários
são excluídos. Portanto, esta questão não é razão para se preocupar com este tipo de terapia. Além disso, as ampolas utilizadas em
biopuntura são fabricados por empresas que possam garantir uma produção de qualidade de seus produtos. A maioria é fabricada na
Alemanha e estão sujeitas a um sistema de regulação e controle de qualidade muito rigoroso. Os alemães são famosos por serem rigoroso
sobre esta questão. Em outras palavras, tanto a tecnologia e os produtos correspondem às normas de qualidade e segurança de hoje.
O fato é que a maior parte das ampolas contêm apenas baixas concentrações de extratos de plantas. Mas deve-se acrescentar que os
produtos não são utilizados na biopuntura diluído a ponto de que as ampolas não contêm ingredientes activos. Então, é mais do que
apenas a injeção de água. Semelhante a uma vacina contra a gripe, apenas pequenas quantidades de produto necessárias para estimular
o sistema imunológico. Recentes pesquisas neste campo pelo Prof Kirkman (Reino Unido) e Prof Heine (Alemanha) têm fornecido novos
mecanismos sobre como esses produtos funcionam.
Curiosamente, estes medicamentos foram testados em estudo duplo-cego, randomizado. A maioria dos médicos não estão cientes disso,
mas os resultados desses estudos têm sido relatados em revistas médicas profissionais.
Injetamos estes produtos naturais para estimular o próprio sistema de defesa. Esse é o objetivo principal. Em outras palavras, o corpo
é convidado a iniciar a cura em si. Em muitos casos, isso é suficiente para manter o corpo equilibrado novamente. Você pode obter
resultados em dores musculares, do aparelho locomotor, alergias e inflamações em geral.
Alguns produtos são projetados para relaxar os músculos. Elas são utilizadas, por exemplo, para o tratamento de dores de garganta e dor
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na parte inferior das costas. Mesmo a dor no joelho ou na região do quadril pode ser de origem muscular e, por vezes, pode ser tratado
sem atuar na própria articulação.
Pode-se também focar o trabalho de corpo sobre o sistema nervoso e do sistema regulatório. Ao trabalhar a esse nível, promove uma
biorregulação do sistema nervoso autônomo.
Outra questão importante é a desintoxicação do corpo. Isso significa literalmente “limpar o corpo”. Todas as toxinas que se acumularam em
seu corpo, tais como o ambiente, comida ruim, ou drogas (por exemplo, antibióticos e poluição esteróides), pode bloquear o seu sistema
de defesa imunológico. Estes também podem interromper as respostas reflexas de seu sistema nervoso. Todas essas toxinas em seu
corpo são a razão por que o seu corpo não está funcionando da melhor maneira, como acontecia quando mais jovem. Eliminação de todas
essas toxinas é uma estratégia importante, especialmente quando se lida com doenças crônicas. Biopuntura pode ajudar muito com isso.
Alguns produtos (chamados produtos anti homotóxicos) são projetados para esta finalidade: para eliminar ou neutralizar os homotoxinas
em seu corpo. Alguns trabalham especificamente no fígado (Hepar compositum), e outros em seus rins (Solidago compositum) ou em seu
sistema linfático (Lymphomyosot).
Biopuntura não pode curar todos os problemas médicos. Esta não é uma terapia milagrosa.
A maioria dos pacientes podem serem tratados com biopuntura se não tolera o uso de analgésicos convencionais. No entanto, é importante
perceber que biopuntura não pode “remover” a dor como a medicação convencional. A dor é visto como um “sinal” importante do corpo
de que algo está errado. É semelhante a uma luz vermelha no painel do carro: o objetivo não é apenas “apagar”, mas também olhar mais
profundamente para a cuasa do problema. Isto significa que, se a dor pode ser aliviada sem prescrição de analgésicos, existe uma boa
razão para concluir que a causa mais profunda da dor tenha sido eliminada. Isto significa, no entanto, que pode se exigir algumas sessões.
Se a dor é recente, pode ser tratada de duas ou três sessões, mas se a dor for crônica, pode levar dez ou vinte sessões.
A maioria dos médicos usam Biopuntura para problemas ortopédicos. Pescoço e dores nas costas foram mencionadas, mas também
se pode tratar a dor ciática, entorse de tornozelo, ombro congelado e tendinite de Aquiles usando essas fórmulas naturais. Biopunctura
também é muito bem sucedida no tratamento de lesões esportivas, cotovelo de tenista, o cotovelo do golfista e outros. Mais uma vez,
deve ser dito, especialmente em casos crônicos difíceis, que se tem que sofrer uma fase difícil onde se experimenta a dor ainda mais do
que antes do tratamento. Isto é especialmente verdadeiro nas primeiras duas ou três sessões, até uma recuperação gradual dos sistemas
de defesa das funções do corpo e da cura da área de volta ao normal. Só então a dor vai melhorar.
No entanto, a Biopuntura não é usada apenas para problemas de dor. A área de tratamento, que merece ser reconhecido é o de alergias
e inflamações. Por exemplo, pode-se tratar o eczema, asma e febre do feno.
Mesmo pacientes com artrite, bronquite, sinusite e cistite podem ser tratados com esta técnica. Quando um médico for experiente na arte,
podem também tratar a enxaqueca, osteoartrite, dor de cabeça de tensão, doença de Crohn, colite, neuralgia e outros.
O uso de injeções de bioterapêuticos é interessante para aqueles pacientes que foram tratados com a medicina convencional, mas
não foram bem sucedidos. Ou para aqueles que pararam de tomar a medicação convencional por causa de efeitos colaterais. Esta
técnica é interessante para os pacientes que desejam evitar uma operação (por exemplo, ciática ou sinusite). Em alguns pacientes, pode
ser apropriado para combinar com a abordagem convencional. Muitas pessoas ainda acreditam que é possível parar os tratamentos
convencionais na hora de escolher a medicina natural. Isto não é verdade. Quando você está sendo tratado com Biopuntura, você
continuar a medicação que eu estava tomando. Cada caso, é claro, deve ser avaliado individualmente.
Sejamos claros: a Biopuntura não pode curar o câncer, infarto do miocárdio ou AIDS. Nem é adequado para tratá-lo quando você tem
pressão arterial elevada, diabetes, depressão ou epilepsia. Em alguns casos, a doença é muito grave ou agressivo e só pode ser solucionada
com a medicação convencional ou cirurgia. Quando o dano sério ocorreu, é tarde demais para reverter o dano com Biopuntura e devolver
o equilíbrio do corpo. Por exemplo, a hepatite viral podem ser tratadas com Biopuntura para suportar os mecanismos de cura do corpo,
mas, a cirrose hepática é uma fase em que as células são danificados e cura são impossíveis. O mesmo aplica-se a bronquite crónica.
Biopuntura pode ajudar muito, não envolvendo um enfisema ou câncer de pulmão.
Concluindo, Biopuntura é uma técnica segura e eficiente em medicina complementar. Ela usa injeções de bioterapêuticos para estimular
a autoregulação do corpo.
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SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
ARNALDO ACAYABA DE TOLEDO
DEFINIÇÃO: A Síndrome do Túnel do Carpo é uma condição clínica que resulta da compressão da porção distal do nervo mediano, um
dos principais nervos da mão, dentro do túnel do carpo, pelo Retináculo dos Flexores. A Síndrome do Túnel do Carpo é comum, ocorrendo
em aproximadamente 1% da população geral e é muito mais comum em mulheres (em mulheres, o túnel já é fisiologicamente menor).
SINTOMAS: Esta compressão apresenta como sintomas iniciais o formigamento ou adormecimento nas mãos, dor nas mãos ou nos
dedos, sensação de queimação e diminuição da sensibilidade principalmente no polegar, indicador e dedo médio (fig.1). Os sintomas
podem irradiar-se para cotovelos e ombros e são caracteristicamente exacerbados à noite.
Após os sintomas iniciais podem aparecer atrofia e perda de força muscular à preensão, devido à paresia dos músculos inervados pelo
N. Mediano.
Fig. 1: A STC ocasiona sintomas principalmente no polegar, indicador, dedo médio e parte do anular.
CAUSAS: Semelhante a um fio elétrico, o nervo mediano é uma das conexões da medula com a mão. O túnel carpal é o caminho natural
do nervo mediano. Este túnel situa-se no punho (carpo), no qual o assoalho é formado pelos ossos do punho e o teto pelo ligamento carpal
transverso, ou retináculo dos flexores (fig. 2).
Fig. 2: Assoalho do túnel do carpo é formado pelos ossos do carpo e o teto é formado pelo retináculo dos flexores.
Nele transitam dez estruturas: nove tendões e o nervo mediano. Uma desproporção entre o espaço disponível e seu conteúdo leva a um
aumento de pressão no interior deste túnel, e a estrutura mais suscetível é o nervo mediano (em amarelo) (Fig. 3).
Fig. 3: No túnel do carpo transitam nove tendões e o nervo mediano.
Qualquer alteração que comprometa o espaço pelo qual transita o nervo pode causar a síndrome do túnel do carpo. Estas alterações
podem ser:
- anatômicas: osteoartrose, ligamentares, inerentes ao nervo (tumores), hipertrofia da membrana sinovial (tendinite), sequela de fraturas
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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etc...
- fisiológicas: diabete, artrite reumatóide, gota, hipotireoidismo, gravidez, hemodiálise, tendência pessoal em acumular líquidos, etc..
- posicionais: espasticidade, ciclistas, etc...
- traumáticas: fraturas e lesões dos ligamentos do punho.
Inicialmente os sintomas ocorrem mais à noite, pois o inchaço natural dos tendões é removido naturalmente com o uso natural da mão,
que bombeia o líquido extra para fora do túnel do carpo. A pressão exercida pelo líquido extra aumenta quando a mão encontra-se
em repouso, especialmente quando dormimos. A posição de flexão do punho também aumenta a pressão no nervo mediano e à noite
frequentemente assumimos esta posição.
DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é basicamente clínico. O paciente que apresenta os sintomas citados anteriormente, associado aos testes
de Phalen (fig. 4), e Tinel (fig. 5), positivos, pode apresentar a Síndrome do Túnel do Carpo. O diagnóstico é confirmado por um exame
denominado Eletroneuromiografia e a Velocidade de Condução do nervo mediano.
Fig. 4: Teste de Phalen. Pede-se ao paciente para fletir em 90o o pulso, por 60 segundos. O teste é positivo quando ele
relata sensação de formigamento ao longo do trajeto do nervo
Fig. 5: Sinal de Tinel: A percussão do nervo mediano no punho pode ocasionar uma sensação de choque com irradiação para o polegar, indicador e dedo médio.
MEDICINA TRADICIONAL CHINESA: A Síndrome do Túnel do Carpo, excetuando-se os casos traumáticos, deve-se à obstrução
da circulação de Qi e Xue do Canal de Energia Principal do Xin Bao Luo (Circulação-Sexo ou Pericárdio) e de seu Canal de Energia
Tendinomuscular em consequência à penetração de Energias Perversas Frio, Umidade ou Vento, agravada pela superutilização do punho.
Tratamento:
Be60 (lado oposto, casos agudos, estímulo forte);
Pc7 (inserir a agulha para dentro do Túnel do Carpo, fazer um forte estímulo e retirar a agulha), Pc6, TA5, IG4, Shangbaxie - pontos locais;
Pc4 - ponto à distância;
Parestesia da mão: P11
Parestesia e dor na mão e antebraço: ponto extra Bizhong (M-MS-30), TA10, IG11, P8, TA5
Pode-se usar também a Técnica punho-tornozelo.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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COMO EU TRATO CEFALEIAS
ARNALDO MARQUES FILHO
Na prática clínica, nós médicos, encontramos diariamente muitos pacientes com queixa de vários tipos de dor de cabeça, e ao longo dos
anos fui desenvolvendo formas especifica de solucionar estes sintomas com o uso de pontos específicos de acupuntura, usando um único
ponto, para resolver estes males, prática que uso como um pronto atendimento logo que o paciente chega a minha clinica.
Estes sintomas acometem todas as pessoas em qualquer idade e em algum momento de suas vidas, as vezes episódios isolados bem
suportado, porém alguns outros pacientes apresentam cefaleia com grande frequência tornando um grande incomodo. Existem cefaleias
que aparecem com a ocorrência de muitos outros sintomas concomitantes que são tratados por esta técnica simples e objetiva.
Concluindo nesta aula vou mostrar quais pontos uso para cada tipo de dor de cabeça e os sintomas que acompanham cada uma delas.
Vou mostrar também como devemos proceder com o estimulo, para podermos obter o resultado desejado, todo este trabalho esta
baseado na experiência adquirida durante vários anos de prática diária e em grande numero de casos atendidos na minha clinica por
mim e por colegas que trabalham na clinica. Todo este modo de atender, como serviço de pronto atendimento, esta desenvolvido única e
exclusivamente nas teorias da Medicina Tradicional Chinesa Clássica, isto é, não uso qualquer outra técnica que possa ser referenciada
dentro dos conceitos da reflexologia. Trabalho dentro do conceito de Yang/Yin, Zang/Fu, circulação e estase de Qi e energia perversa,
canais de energia e colaterais.
Arnaldo Marques Filho
Tel. (11) 77401993
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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COMO EU TRATO INSÔNIA
ARNALDO MARQUES FILHO
Na prática clínica, nós médicos, encontramos diariamente muitos pacientes com queixa de vários tipos de insônia, e ao longo dos anos
fui desenvolvendo formas especifica de cuidar destes sintomas com o uso de pontos específicos de acupuntura, sintoma que pode
acometer qualquer pessoa em qualquer idade e em algum momento de suas vidas, as vezes episódios isolados bem suportado e de
curta duração, baseados em momentos específicos da vida, porém alguns outros pacientes apresentam insônia com grande frequência
tornando um grande incomodo, deteriorando a qualidade da vida do pessoa. Existem insônias que aparecem isoladas e também aquelas
que apresentam muitos outros sintomas concomitantes que são tratados por esta técnica simples e objetiva, e que muitas vezes estes
sintomas que acompanham são os fatores determinantes da própria queixa de insônia.
Concluindo nesta aula vou mostrar formas de diagnosticarmos a insônia dentro dos padrões da Medicina Chinesa, agrupa-las para facilitar
a forma de lidarmos com estes sintomas e quais pontos uso para cada tipo de insônia e os pontos relacionados a cada sintoma que
acompanham cada uma delas. Vou mostrar também como devemos proceder com o estimulo, para podermos obter o resultado desejado,
todo este trabalho esta baseado na experiência adquirida durante vários anos de prática diária e em grande numero de casos atendidos
na minha clinica por mim e por colegas que trabalham na clinica. Todo este modo de diagnosticar e atender, esta desenvolvido única e
exclusivamente nas teorias da Medicina Tradicional Chinesa Clássica, isto é, não uso qualquer outra técnica que possa ser referenciada
dentro dos conceitos complementares. Trabalho dentro do conceito de Yang/Yin, Zang/Fu, circulação e estase de Qi e energia perversa,
canais de energia e colaterais. Vou falar sobre o efeito do uso de canais distintitos e seus respectivos pontos relacionados ao tratamento
da insônia. Falarei também da psicossomática relacionada a Medicina Chinesa envolvida na causa da insônia.
Arnaldo Marques Filho
Tel. (11) 77401993
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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Tratamento de fibromialgia pela medicina tradicional chinesa
Celia Rachel Guimarães Rangel
O tratamento da fibromialgia pela medicina tradicional chinesa depende de muitas variáveis, os meridianos mais superficiais são yang
para sentir as variações do clima, sinalizam para que os órgãos e as vísceras na profundidade façam os cinco movimentos para se
adaptar às variações. A energia perversa entra pelas camadas mais superficiais. Da camada mais externa para a mais interna temos na
sequencia o meridiano tendino muscular, meridiano Luo longitudinal, meridiano divergente ou distinto, meridiano extraordinário ou curioso
e o meridiano principal.
O caminho da dor causado pelo vento frio, umidade na fibromialgia causam um bloqueio da circulação nos secundários mais superficiais
(meridiano tendino muscular e o Luo longitudinal). Seu tratamento sistêmico consiste em diminuir as preocupações, abolir o frio e a
umidade da alimentação. Os pontos a serem escolhidos dependem da queixa do paciente e do seu estado físico e psíquico. O tratamento
é feito em função de cada órgão, para consolidar suas funções, prevenir o extravasamento do Wei para fora, quer da mucosa ou da pele.
Tratamento:
Grande Lo do Baço: Daí Bao (BP21)
Lo Longitudinais: IG 6, TA 5, ID 7,
Shu Mo de baço –pâncreas F13, B20
Shu Mo de estomago VC 12
Pontos complementares: BP3, E42 , E36
A estagnação da energia Wei, ou uma circulação anárquica provoca um estado de intumescência que se manifesta fora dor órgãos e das
vísceras porque Wei se situa em nível das membranas. Na pele, pelos, glândulas sudoríparas e sebáceas temos a presença dos Sun Luo
que chegam a pele ,os meridianos tendinos musculares que desembocam nos meridianos principais. Os canais de conexão são mais
superficiais que os principais e correm em todas as direções, eles preenchem o espaço entre a pele e os músculos que são ou espaços
Cou Li. A intumescência é um inchaço devido à disfunção da circulação da energia Wei, que atravessa a mucosa, atravessa a derme, e
da em estado final de inchaço generalizado sem lesão orgânica, é puramente energético.
A circulação do Lo Longitudinal passa pelo tecido celular subcutâneo, local que se apresenta doloroso à palpação, mesmo local da
circulação do sistema linfático, a circulação da energia Wei é paralela à circulação da linfa, os linfócitos circulam por toda a parte e os
lugares mais expostos são a pele e as mucosas (membranas), portanto o estimulo à circulação da energia Wei favorece a circulação do
Luo Longitudinal.
O que é correto é dizer que a circulação da energia Wei, favorece o baço em suas funções como órgão. O Tong Qi é muito importante. É
uma energia inata que associa à energia cereal, mantém o corpo. Este Tong Qi esta situado no Rim e é uma energia ancestral.
Ocorre que localizada no Rim ela sobe para ajudar o Yang Ming a metabolizar os alimentos e para produzir o Rong e o Wei. O Tong Qi tem
um papel muito importante na formação e circulação do Rong e do Wei. Em fisiologia , se quisermos agir bem , precisamos fazer com que
a circulação da energia Rong e da energia Wei e o Tong Qi se faça sem bloqueios .
Circular energia Wei:
E12, E13, E9, VG14
R16, E25
Chong Mai: BP4 e MC6
Cronoacupuntura da Wei
Os meridianos tendino musculares nascem de um ponto Ting dos meridianos principais e dirigem para a superfície na pele é atingidos pela
energia perversa vento frio, seu tratamento consiste em picar os pontos Ting de cada meridiano e os seus pontos de reunião.
Dos três MTM yang da mão se une em cada lado do crânio: região do E8
Os três MTM yang do pé se unem no osso malar: região do ID18
Os três MTM yin da mão se unem no tórax: região do VB22
Os três MTM yin do pé se unem na sínfise púbica: região do VC2
Nos paciente poli queixosos podemos usar os pontos de reunião: ID18, E8, VB22, VC2.
Bibliografias:
1979 The Yellow Emperor’s Classic of Internal Medicine
Roca, Canais de Acupuntura
2008 Huangdi, Neijing -Ling Shu,
Nuguyen, V. N & Tran, V.D. Troubles de la circulation da l’energie Wei. Revue Française de Medicine Tradicionelle Chinoise, 174:66-72,1997
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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ACUPUNTURA NOS DISTÚRBIOS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
Célia Regina Whitaker Carneiro
O Sistema Imunológico é componente do eixo neuro-psico-imuno-endócrino, mantenedor da homeostase. Atua discriminando o que é
próprio daquilo que não é próprio, caracterizando-se, portanto, como um sistema de auto-reconhecimento e defesa.
Os distúrbios de funcionamento do Sistema Imunológico podem ser classificados como de hipofunção, que é representada pelas
imunodeficiências primárias ou adquiridas; ou de ativação inadequada, geralmente excessiva, como nas alergias e na autoimunidade.
As células componentes do sistema imunológico tem origem na medula óssea, na vida pós-natal e, portanto, segundo a Medicina
Tradicional Chinesa (MTC), apresenta uma estreita relação com o Shen/Rins. A medula óssea gera as células da imunidade inata e da
imunidade adaptativa que interagem entre si e/ou com outras células do organismo por contato direto ou por meio de citocinas por elas
mesmas produzidas. Estas células estão presentes em proporções variadas nas inflamações agudas e/ou crônicas. Ainda, o fígado
produz as proteínas de fase aguda, marcadores séricos de inflamação. Vale ressaltar que inflamação é substrato anátomo-patológico da
maioria das doenças do ser humano, sejam elas de cunho imunológico ou não. Estas informações são compatíveis com o que se encontra
no Ling Shu no qual se encontra que a energia de defesa, ou Wei Qi, tem a raiz no aquecedor inferior (ou seja, Shen e Gan), é alimentada
pelo aquecedor médio e é difundida pelo aquecedor superior (apud Tran Viet Dzung; curso ministrado em São Paulo; 2002). Para
completar, a noção de que nutrição (Yong Qi) e defesa (Wei Qi) apresentam relação íntima é compartilhada entre a MTC e Medicina
Ocidental.
Voltando à relevância do Shen na função do Sistema Imunológico, vale lembrar que este órgão não só armazena o Jing (inato e adquirido)
como é o órgão fonte (Yuan) por ser considerado ‘a casa da água e do fogo’, ambos fundamentais para o funcionamento dos Zang/
Fu (órgãos e vísceras). Este é o fogo vital do Mingmen que é o mantenedor do fogo imperial (Xin) que se transforma em fogo
ministerial, que circula pelo meridiano do Xinbao, e se transmuta em água celeste a ser distribuída aos Zang/Fu pelo Sanjiao. Ainda, o fogo
vital do Mingmen é carreado pelo meridiano curioso Chong Mai que também distribui o Yuan Qi para todos os órgãos, regulariza o fluxo de
Qi e de Xue e influencia a geração de Yong Qi e de Wei Qi. Tratar o Chong Mai seria o correspondente a estimular a secreção de hormônios
da suprarrenal dentre eles o cortisol, cujos efeitos incluem potente ação antiinflamatória. Vale lembrar aqui que todas as emoções, por
ter um caráter Yang, afetam diretamente o Yin do Shen. Todos estes conceitos são fundamentais para a compreensão dos esquemas
terapêuticos utilizados para as afecções que envolvem o sistema imunológico.
A abordagem destas afecções costuma começar pelas imunodeficiências. Os defeitos genéticos que definem as imunodeficiências
primárias ou congênitas não podem ser curados pela acupuntura. As secundárias precisam receber o tratamento das doenças de base.
Contudo, é possível utilizar a acupuntura como uma arma terapêutica para melhorar a saúde destes pacientes, tonificando o
Shen (R3 + R7 + R10 + B23 + B52 + VC6 + VC4), utilizando pontos para a medula óssea (IG16 + VB39), estimulando o aquecedor
inferior (B22 + B51+ VC5 + VC7), fazendo circular o Yong Qi (E36 + IG4), e atuando sobre o Qi ancestral (VC17 + VC6) e no Jing da
medula espinal (VG15 + VG20) já que, para os chineses, medula é uma só.
No que tange às doenças alérgicas, abordaremos aqui apenas aquelas cujo mecanismo é o da hipersensibilidade imediata, do tipo I,
mediada por anticorpos da classe IgE. A inflamação é consequente à degranulação de mastócitos com liberação de histamina, dentre
outras moléculas. Os exemplos clássicos e comuns são a rinite alérgica, a asma (forma plenitude) e a alergia alimentar, que pode se
manifestar no aparelho digestório (cólicas, diarréia), respiratório ou mesmo na pele (urticária). A fisiopatologia segundo a MTC é a
plenitude do Gan Yang, fazendo contradominância ou dominância em Fei e Pi, respectivamente. Nestes casos o tratamento exige que se
harmonize o Gan com a técnica Shu/Mo/Yuan; assim como a tonificação dos órgãos alvo. Utilizar o ponto de abertura do Chong Mai (BP4)
é boa prática conforme já explicado. Deve-se também puntuar o VG14 face aos seus efeitos antitérmicos, antipiréticos e antiinflamatórios
(ponto de confluência dos meridianos Yang). Se não houver contraindicação, como febre, pode-se aquecer o VG4 com moxabustão. Caso
contrário, pode-se estimular o ponto com agulha. Os pontos clássicos de exteriorização de Wei Qi podem ser empregados, escolhidos de
acordo com a localização da manifestação clínica: E5 + E9 + VC22 + VC23 (cabeça e tórax); E30 + F13 + F14 + VC12 (abdómen); R16
(cavidade peritoneal) e IG4 + IG11 + B57 (extremidades). Não devem ser esquecidos os chamados pontos Mo do Sanjiao que devem
ser escolhidos de acordo com o caso (Shangjiao: VC17; Zhongjiao: VC13 + VC12 + VC10 + E25; e Xiaojiao: VC5 + VC7). É importante
verificar o componente emocional e tratá-lo, por exemplo, com os pontos intervertebrais de exteriorização das emoções, se estiverem
dolorosos à palpação.
As doenças autoimunes, por sua vez, envolvem um ou mais mecanismos de hipersensibilidade e podem ser localizadas ou sistêmicas. São,
em geral, doenças cujos mecanismos de desencadeamento não estão completamente esclarecidos e envolvem complexas interações
celulares e moleculares. Sucintamente, a fisiopatologia destas doenças envolve, pelo menos: carga genética (Qi ancestral= Jing Shen);
falha na seleção de linfócitos no timo (Shen & Gan) e nos linfonodos (Xin); agressões aos tecidos representadas por inflamação (calor +
umidade; Gan & Pi); fatores emocionais (Shen mental = Xin + canal unitário JueYin = Gan & Xinbao).
Utilizarei como exemplo de doença autoimune localizada o Diabetes Mellitus tipo I (insulino-dependente) cuja agressão imune se restringe
aos pâncreas (destruição específica das células beta das ilhotas de Langerhans por células T citotóxicas), apesar de todas as conhecidas
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manifestações que podem envolver todo o organismo. E, como exemplo de agressão imune sistêmica, descreverei o Lupus Eritematoso
Sistêmico que é uma doença caracterizada por vasculite, artrite e glomerulonefrite, consequentes à deposição de complexos imunes e
ativação do sistema complemento e células inflamatórias. Nas duas doenças há insuficiência do Shen Yin e consequente aumento relativo
do Gan Yang. Este pode ir aumentando até chegar a Gan Huo, no caso do Diabetes, fazendo a contradominância no Pi, queimando assim as
células beta do pâncreas; ou ascender ao Xin, gerando Xin Huo que vai queimar os vasos (vasculite) ou mesmo se manifestar diretamente
nas articulações (artrite). O tratamento destas doenças envolve várias das abordagens empregadas para o tratamento das doenças
alérgicas, a saber: tonificação do Shen e do Xiaojiao, harmonização do Gan, VG14, Chong Mai (BP4), estimular formação e circulação de
Yong Qi, tratr o Qi ancestral (VC17 + VC6) além de diminuir a umidade (E40 + E37 + VC12 + BP9) e o calor (IG4 + IG11 + VG14). Além
do Chong Mai, no caso de autoimunidade outros meridianos distintos devem ser utilizados. No caso do diabetes, o Ren Mai (P7) deve ser
acrescentado e no LES, além deste último, acrescentar também o Dai Mai e o Yang Wei Mai. Não se pode esquecer de tratar as emoções,
sendo que pelo menos uma delas esteve envolvida no desencadeamento da doença. Assim, para diminuir a raiva usa-se F4 (metal destrói
a madeira) e/ou o ponto vertebral entre C7 e T1; para a preocupação, o BP1 (move o pensamento) e o ponto entre T4 e T5; para a tristeza,
o P9 (terra é mãe do metal) e o ponto entre C3 e C4; para aumentar a vontade (Zhi), o que também ajuda o Shen Qi, puntuar entre T7 e
T8. Em todos os pacientes é proveitoso acalmar a mente utilizando alguns ou todos os pontos clássicos (CS6, C7, VC17, Yintang e VG20).
Foram apresentados os aspectos básicos para o entendimento da fisiopatologia e consequentemente das possibilidades de tratamento de
distúrbios do sistema imunológico pela acupuntura. Contudo, cada paciente é único e precisa ser cuidadosamente avaliado para que se
faça a melhor escolha, a cada sessão, de pontos a serem utilizados. Para finalizar não custa ressaltar que o tratamento destas afecções
pela acupuntura, particularmente as autoimunes, deve ser feito em paralelo à abordagem medicamentosa ocidental. A associação
costuma ser bastante benéfica para os pacientes.
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DERMATITE ATÓPICA
Chen Mei Zoo
A dermatite atópica é uma manifestação eczematosa crônica e recidivante, freqüentemente associada à asma e/ou rinite alérgica e,
eventualmente à urticária. Caracteriza-se também por níveis elevados de IgE, xerose e prurido intenso.
Etiopatogenia: fatores genéticos, fatores imunológicos e fatores não imunológicos.
Quadro clínico: infantil, pré-puberal e do adulto.
Tratamento pela Medicina Ocidental: orientações, emolientes, corticoterapia, anti-histamínicos, antibióticos, fototerapia,
imunossupressores, imunomoduladores, hospitalização.
MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
Fisiologia da pele:
- Fisiologicamente relacionada ao pulmão.
- Pulmão: função de dispersar o Qi defensivo e os fluidos corpóreos.
- Qi defensivo: aquece a pele e os músculos, bloqueia os fatores patogênicos externos.
- Fluidos corpóreos: “névoa” fina que umedece e nutre a pele e os pêlos, regula a sudorese.
Fatores patogênicos:
- vento-calor.
- umidade.
- umidade-calor.
- deficiência de sangue.
Vento-calor: lesões agudas de localização variável e móvel. Podem apresentar eritema e calor. Freqüentemente associado a reações
alérgicas. Pulso: superficial. Língua: vermelha com saburra fina e amarelada.
Princípio de tratamento: eliminar o calor, expelir o vento, regularizar o Qi defensivo e nutritivo, estimular a função dispersora do pulmão,
libertar o exterior.
Pontos que podem ser utilizados: GV14, GB20, GB31, BL2, BL10, BL13, LU7, LI4, TE5. (Sd)
Deficiência de sangue: pele cronicamente pálida, ressecada e áspera, que pode estar fina ou descamativa; pêlos finos, acinzentados e
secos. Pode apresentar tontura e fadiga. É comum a associação com vento-calor. Pulso: fino, agitado. Língua: pálida, fina e seca.
Princípio de tratamento: tonificar o sangue, nutrir o sangue e o Yin, fortalecer o baço.
Pontos que podem ser utilizados: ST36, SP6, SP10, LR8, BL17, BL20, BL43. (Tf)
Umidade, Umidade-calor: lesões exsudativas ou vésico-bolhosas, podem apresentar eritema ou ardência se umidade-calor. Pulso:
escorregadio, vazio ou cheio, pode ser rápido. Língua: pálida ou vermelha, saburra gordurosa.
Princípio de tratamento: Tonificar o baço para resolver a umidade, remover a estagnação do Qi e drenar a umidade-calor.
Pontos que podem ser utilizados: CV3, CV6, SP6, SP9, ST40, LI4, TE6. (Sd)
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Cefaléias Primárias - Diagnóstico pela MTC
Chien Hsin Fen
(Médica Neurologista e Fisiatra / Mestrado e Doutorado pelo Departamento de Neurologia da FMUSP/ Médica Assistente do Centro de
Acupuntura do IOT HC FMUSP)
Segundo a medicina tradicional chinesa (MTC), a cefaléia primária pode ocorrer em consequência a fatores patogênicos internos e
externos e de acordo com o padrão de acometimento acarretará em manifestações clínicas diversas.
O cérebro é o “mar de medula” e depende da nutrição do Jing do Shen, Xue do Gan e nutrientes do Pi e Wei. Desta forma, as cefaléias
por fatores internos são secundárias a:
1. Distúrbios do Gan (Fígado):
a. Estagnação do Qi do Gan gera Fogo que ascende até a cabeça.
b. Excesso do Fogo por deficiência do Yin do Gan ou do Shen (Rim) leva a ascenção do Yan do Gan para o segmento
cefálico.
2. Distúrbios do Shen
a. Deficiência do Jin (Essência) ou do Yin ocasiona a deficiência do Yang que gera a cefaléia.
3. Distúrbios do Pi (Baço)
a. Deficiência primária do Pi ou em consequência do Wei (Estômago) acarretam em deficiência da produção do Qi e Xue
(Sangue), estes diminuem a nutrição ao segmento cefálico,
Os patogênicos externos obstruem os meridianos e colaterais e geram os seguintes padrões de cefaléia:
1. Vento-frio
2. Vento-calor
3. Vento-umidade
O Gráfico abaixo resume a etiopatogenia da cefaléia segundo a MTC
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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DE
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PALESTRAS
Síndrome Metabólica
Chin An Lin
Definição:
2001 National Cholesterol Education Program/ Adult Treatment Panel III, atualizado em 2005 por National Heart, Lung, and Blood Institute:
O diagnostico da Síndrome Metabólica é feito na presença de três ou mais critérios:
Obesidade abdominal: circunferência abdominal em homem≥ 102 cm, e ≥88 cm em mulher.
Triglicerídios séricos ≥ 150mg/dL ou tratamento medicamentoso para triglicerídios elevados;
Colesterol HDL < 40 mg/dL em homem e < 50mg/dL em mulheres, ou tratamento medicamentoso para HDL baixo;
Pressão arterial ≥ 130 X 85 mmHg ou tratamento medicamentoso para pressão alta;
Glicemia de jejum ≥ 100mg/dL ou tratamento medicamentoso para hiperglicemia.
Para a Federação Internacional de Diabetes, os critérios são parecidos, levando em consideração a circunferência abdominal como o
critério obrigatório (com limites diferentes para cada grupo étnico), mais dois critérios abaixo:
Trigliceridemia > 150 mg/dL ou uso de medicação para tratar trigliceridemia elevada;
HDL < 40 mg/dL em homem e < 50 mg/dL em mulher ou uso de medicação para tratamento de baixo HDL;
Pressão sistólica > 130 mmHg, diastólica > 85mmHg ou tomando remédio para pressão alta;
Glicemia de jejum > 100mg/dL ou previamente diagnosticado diabetes tipo II.
Os portadores de síndrome metabólica têm maior risco de desenvolver Diabetes Tipo II. A resistência periférica à insulina, associada
à condição de hiperinsulinemia levam à disfunção endotelial vascular e juntamente com dislipidemia, hipertensão arterial, com
remodelamento vascular por causa da inflamação vascular, levam à aterosclerose, levando, consequentemente, a maior risco para
doenças cardiovasculares.
A prevalência da síndrome metabólica é dependente de idade e em alguns grupos étnicos se mostrou mais prevalente em homem. A
prevalência está aumentando, não apenas por envelhecimento da população, mas também devido ao estilo de vida.
A Endocrine Society nos Estados Unidospropõe no seu consenso de 2008 que o médico, para avaliar os riscos de síndrome metabólica,
deve, na consulta, verificar pressão arterial, circunferência abdominal, perfil lipídico em jejum de 12 horas, e glicemia de jejum. Em
pessoas com risco maior para síndrome metabólica, uma consulta deve ser feita a cada três anos.
Outros fatores de risco para síndrome metabólica incluem pós-menopausa, dieta rica em carboidratos, inatividade física, aumento de
consumo de refrigerante açucarado, entre outros, além de fatores genéticos.
A síndrome metabólica também pode se associar a esteatose hepática, fibrose e cirrose hepática; colangiocarcinoma hepatocelular
e intra-hepático; doenças renais crônicas e microalbuminúria; síndrome de ovários policísticos; apneias de sono e hiperuricemia e
gota. Alguns estudos relacionam alguns dos componentes da síndrome metabólica, incluindo dislipidemia, diabetes e hipertensão com
demência, perda cognitiva e demência senil.
O tratamento envolve tratar sobrepeso/obesidade e inatividade física, intensificando o programa de perda de peso e aumentando a
atividade física e tratar fatores de risco cardiovasculares, se estes persistirem, a despeito da modificação do estilo de vida.
O principal objetivo de tratamento de síndrome metabólica é a prevenção de obesidade ou a redução da mesma, com a redução da
obesidade abdominal. Algumas medidas incluindo dieta, exercício e em algumas situações específicas, o uso de medicações.
Uso de dietas como a dieta mediterrânea (rica em frutas, vegetais, castanhas, grãos integrais e azeite de oliva), dieta DASH (Dietary
Approach to Stop Hypertension), limitando sódio diário em 2400mg e escolhas de alimentos mais saudáveis e ênfase em alimentos
de baixo índice glicêmico (basicamente substituindo grãos refinados por integrais, uso de mais frutas e vegetais, com eliminação de
refrigerantes e bebidas açucarados.
Exercícios são benéficos para acelerar a perda de peso e pode ajudar na perda da gordura abdominal.
A mudança de estilo de vida é mais eficiente e duradoura no tratamento de síndrome metabólica que simplesmente uso de medicação,
tanto para controlar a glicemia, como para tratamento de hipertensão arterial e prevenção de doença cardiovascular.
Chin An Lin, MD, PhD
Professor Colaborador do Departamento de Clínica Médica da FMUSP
Médico Assistente-Doutor da Disciplina de Clínica Geral do Hospital das Clínicas da FMUSP
Docente dos Cursos de Especialização e Optativo de Acupuntura do Centro de Acupuntura do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do
HCFMUSP
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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PALESTRAS
Acupuntura Segmentaria o Metamérica
Daniel Asis
Exámen físico convencional y la realización del reflexo-diagnóstico. Análisis del Síndrome a la luz del reflejo víscero - somato - cutáneos
o somato - cutáneos.
REFLEXOTERÁPIAS (Definición): “captar, amplificar distribuir la energía de la vida en el organismo es el objetivo de las reflexoterapias.
Por el mismo mecanismo que el cuerpo pone de manifiesto las condiciones internas en signos externos, también es posible que desde las
mismas estructuras reactivas en la periferia se consigan acciones reflejas sobre los órganos internos afectados”… J. Bossy
• Entienden la enfermedad como desequilibrios en los sistemas opuestos y complementarios que regulan la función “automática”
de los órganos.
• Un signo o un síntoma.
• Manifestación de reflejos víscerocutáneos o somato-cutáneos patológicos.
• Expresión tegumentaria de un sufrimiento visceral o somático.
• Estimulan estructuras y mecanismos preexistentes en el cuerpo para restituir el equilibrio entre los Sistemas Simpático y
Parasimpático
La versatilidad de las reflexoterapias se soporta en la arquitectura de:
• El Sistema Nervioso Central.
• El sistema neurovegetativo.
• El comportamiento funcional de las metámeras (segmento).
Segmento (Definición): Soporte de la red comunicacional de las metámeras.
I - La metámera teórica: Es un conjunto de estructuras: dérmicas, músculo-esqueléticas, vasculares y viscerales que comparten su
inervación de un mismo segmento espinal.
El reflejo víscero-somático
• Dermatomo
• Neurotomo
• Osteotomo
• Miotomo
• Angiotomo
• Viscerotomo
• Inmunotomo
II - Propiedades de la metámera
• Se comporta como una unidad funcional.
• Funciona y responde como un todo.
• La disfunción en uno de sus elementos repercute en todos los otros componentes.
• Esto se aprovecha con fines diagnósticos y terapéuticos.
III - Reflexodiagnóstico
En todas las reflexoterapias la zona periférica está en el origen o en la terminación del arco reflejo comprometido.
Todos los médicos occidentales están familiarizados con los puntos característicos de ciertas afecciones. Y aquí citamos a los puntos de
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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Valleix:
IV - Metámera: Propiedades diagnósticas
Investigamos los reflejos:
• Víscero somáticos
• Víscero cutáneos
• Somato cutáneos
Al examen físico el pinzado-rodado y la presión focal con el pulpejo de la piel identifican zonas de dermalgia. La dermalgia evidencia
reflejos patológicos auto mantenidos.
V - Reflexodiagnóstico: Exámen Físico
Los puntos de alarma (Mu) y puntos Ah Shi ( dolorosos) de los chinos, equivalen a los signos de la semiología clásica.
Puntos gatillo actuales:
Se trata de reflejos víscero-somáticos o somato-somáticos. 80% de los puntos de diagnóstico convencionales son puntos de acupuntura.
El 90 % de los Puntos de Valleix son puntos de acupuntura. El 82% de los puntos gatillos miofasciales son puntos de acupuntura.
El 100 % de los puntos motores son puntos de acupuntura.
• Puntos de alarma o puntos Mu
• Dermalgia refleja
• Puntos gatillo miofasciales
• Trofoedema
• Pilo erección
• Eritema central
• Hinchazón
• Eritema periférico
• Disestesias - Parestesias
PALPACIÓN: debemos buscar con máxima precisión…
1. Puntos Mu
2. Puntos Gatillo
3. Puntos Vaillex
4. Pinzado y rodado de la piel
5. Búsqueda de DIM (Disturbios Mecánicos Intervertebrales)
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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CROMOTERAPIA AURICULAR - EN EL TRATAMIENTO DEL TRAUMA PSIQUICO
Daniel Asis
Mi primer acercamiento a la Cromoterapia, fue hace algunos años , a través del Dr. Jorge Boucinhas, un médico de Natal , Brasil, quien
fue discípulo del Dr. Peter Mandel, en su Escuela de Cromoterapia. Trabajaba con un aparato, desarrollado por el mismo Dr. Mandel, que
emitía una luz con distintos colores, que se aplicaban en puntos de acupuntura (esta técnica recibe el nombre de Cromopuntura), para
tratar distintas dolencias.
Si un paciente tenía, por ej. un dolor en el cuello que le limitaba el giro de la cabeza, el buscaba un punto doloroso en el dedo meñique,
( SU JOK), correspondiente al cuello, y en ese punto aplicaba una luz con un determinado color. El paciente sentía cómo se aliviaba su
dolor y aumentaba el giro de su cabeza consecuentemente, como prueba objetiva de ese alivio. Mi sorpresa fue mayor cuando la misma
experiencia la practicaba pintando con un simple lápiz de color amarillo de punta de fibra.
La explicación de cómo un estímulo tan débil como el color, puede tener una reacción tan potente del Sistema Nervioso, nos la brinda la
llamada Regla o Ley de Arndt –Schulz, que se resume en que cuanto menor es el estímulo, mayor es la respuesta del organismo. A su
vez cada persona reacciona con distinta intensidad a dicho estímulo; este principio, es básicamente aplicado en la teoría que sustenta a
la Homeopatía.
La observación de esta experiencia, fácilmente reproducible en cualquier otro microsistema, generó en mí la idea que, si existe en la
oreja un punto correspondiente al Hipocampo, la Amígdala; o con otro nombre como “Cicatriz Psíquica” descripta por el Dr Paul Nogier,
y conociendo a su vez el tratamiento del trauma psíquico con EMDR, me pregunté: ¿ que pasaría si aplicamos un estímulo con un rayo
Láser o un estímulo con un lápiz de color, en esa zona?.
Estas observaciones las compartí con mi colega el Dr. Federico Zarragoicoechea, quien reprodujo y observó exactamente lo descrito en
numerosos pacientes, agregando nuevas observaciones a la técnica.
En 2003, se produjo en Santa Fe, la ciudad en que vivo, una gran inundación que alcanzó al tercio de los habitantes. Muchos de ellos
perdieron sus casas; hubo decenas de muertos, con secuelas devastadoras para la población, en todos los planos; psicológicos,
emocionales, materiales, etc. Gran cantidad de pacientes, que habían sufrido la inundación llegaron a mi consultorio, meses o años más
tarde, por consultas diferentes, pero predominantemente con dolores crónicos y otros síntomas somáticos y psico-emocionales. Comencé
entonces, a tratarlos encuadrados en el diagnóstico de Trastornos por Estrés Post-Traumático (TEPT) . Basado en el Protocolo de EMDR, y
aplicando con el procedimiento descrito anteriormente, el color amarillo de un lápiz de fibra en los puntos dolorosos del lóbulo de la oreja;
los resultados fueron por lo menos interesantes, por no decir sorprendentes, ya que redujeron el nivel de angustia y los síntomas físicos
que acompañaban el cuadro, al cabo de un minuto.
Es necesario recordar, que el Sistema Nervioso se origina embriológicamente en una invaginación del Ectodermo, que da origen también
al tegumento cutáneo, y además , a partir de la proyección de los primordios del Sistema Nervioso, se forman los ojos. En conclusión,
los ojos , la piel, y el Sistema Nervioso, tienen una íntima interconexión, explicable embriológicamente, con la única diferencia que la
percepción cromática de los ojos, es conciente a nivel de la corteza cerebral, hecho que no ocurre con la estimulación cromática de la piel,
ya que este fenómeno es percibido a un nivel inconciente, y recibe el nombre de “Fotopercepción Cutánea”.
Probablemente la explicación final de los efectos de los colores sobre el cuerpo humano, la dio el físico alemán Fritz Albert Popp, quien
postuló la teoría de los bio-fotones. Estos serían, campos magneto-fotónicos (cromáticos) que servirían para la comunicación entre células
contiguas, especialmente entre neuronas; ya que la conexión de la dendrita de una, con el axón de la otra, la sinapsis, comprende, no
solamente la liberación de mensajes químicos ya conocidos como los neurotransmisores, dopamina, noradrenalina, serotonina, etc., sino
también incluye la emisión biofotónica. En otras palabras, las células se intercomunican también a través de la luz (incluye los colores ) y
emisiones magnéticas.
Peter Mandel, que fundó la Escuela de Cromopuntura en Alemania, científico y naturópata alemán desarrolló un método basado en
la aplicación de diferentes colores sobre puntos de acupuntura, que estimularían los mecanismos de autocuración, equilibrando las
alteraciones bio-energéticas del organismo.
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PALESTRAS
PROTOCOLO PARA EL TRATAMIENTO DEL TRAUMA PSÍQUICO CON
CROMOTERAPIA AURICULAR
Daniel Asis / Federico Zarragoicoechea
(basado en el protocolo de EMDR)
1. Se palpan ambos lóbulos de la oreja, buscando si existe dolor en alguno de ellos o en ambos, tratando de detectar el lóbulo
más doloroso.
2. Se le pide al paciente que busque la imagen más importante, dolorosa, o perturbadora que representa ese trauma psíquico, y
que se concentre en ella, con los ojos cerrados.
3. Se le pide, cuál es la emoción o emociones, que aparecen acompañando dicha imagen, y cuál es la intensidad de perturbación,
medida con la escala de SUD de 0 a 10.
4. Se le pide al paciente, que observe qué palabras o pensamientos negativos acompañan dicha imagen traumática (Cognición
Negativa).
5. Se le pide que detecte, adonde siente, en el cuerpo, esa emoción.
6. Palpar nuevamente el lóbulo más doloroso y observar si aumentó el dolor al cabo de un minuto. Con un elemento de punta roma
(puede usarse la cabeza de un fósforo, o si se tiene, un palpador a presión), buscar los puntos más dolorosos, (si se tiene un
detector eléctrico, puede buscarse con éste).
7. Pintar con un lápiz con punta de fibra amarillo el o los puntos (no más de 2 o3) en una superficie no mayor a 1 o 2 mm de
diámetro, en la zona del antitrago y el borde del lóbulo (ver fig. con descripción del área límbica más arriba).
8. Se le pide al paciente que siga concentrado en la imagen traumática, con los ojos cerrados. Observar la expresión facial, los
gestos, la respiración y la actitud corporal del paciente.
9. Esperar un minuto, observar cómo cambia la respiración (se hace más profunda), la expresión facial y corporal deberá ser más
relajada.
10. Se le pide al paciente, que describa que pasó con la imagen. Al cabo de un minuto, generalmente, va a desaparecer o borrarse.
11. Se le pide que trate de medir nuevamente la perturbación (el SUD) , y en qué puntuación lo califica ahora.
12. Se le pide también que describa que palabras o pensamientos acompañan a la nueva imagen (debe aparecer una Cognición
Positiva).
13. Si el SUD no bajó a cero, pueden buscarse otros puntos (no más de uno o dos) en el otro lóbulo.
14. Si persiste una sensación corporal (por ej. una opresión en el pecho), se busca en la oreja la zona correspondiente al tórax,
en este caso, y se encontrará un punto doloroso y detectable eléctricamente también, y se debe pintar (esta es una reciente
observación).
15. Chequear finalmente el estado de la imagen, la escala del SUD, la sensaciones corporales que queden (generalmente es un
estado de relajación), y la nueva Cognición Positiva.
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PALESTRAS
MESA REDONDA: OBESIDADE - ATUALIZAÇÃO
Daniel Hideo Yoshizumi
Médico Endocrinologista e Acupunturista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
A obesidade é uma doença crônica, complexa e multifatorial que envolve fatores ambientais, genéticos, fisiológicos, metabólicos e
comportamentais (psicológicos e sócio-culturais). Nas últimas duas décadas, observou-se um aumento alarmante na sua incidência,
sendo considerada hoje uma pandemia que afeta, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde, mais de 300 milhões de
pessoas em todo o mundo.
Segundo dados do IBGE, em 2009 no Brasil, a prevalência de obesidade foi de 12,4% no sexo masculino e de 16,9% no sexo feminino, o
que reflete o fenômeno mundial.
Outro dado importante é o aumento progressivo da obesidade infantil. Entre 1989 e 2009 em meninos de 5 a 9 anos, a prevalência foi de
4,1% para 16,6% e nas meninas foi de 2,4% para 11,8%. Atualmente 1 em cada 3 crianças encontram-se acima do peso.
O aumento do peso por si só está relacionado a uma maior taxa de mortalidade independente da causa. Além disso, a obesidade é fator
de risco para diversas patologias, como diabetes, hipertensão arterial, doença arterial coronariana, dislipidemia, neoplasias entre outras.
A prevalência crescente da obesidade é multifatorial. O maior consumo diário de calorias devido ao aumento na ingestão de alimentos
com alta densidade calórica, maiores porções e redução da ingestão de fibras; associado à diminuição na prática de atividade física e os
avanços tecnológicos (vídeo-game, controle remoto, uso de automóveis) levaram a um menor gasto energético na população.
Outras situações que devem ser afastadas como causa de ganho de peso são: uso de medicação (antipsicóticos, antidepressivos);
alterações hormonais (hipotireoidismo e síndrome de Cushing) e doenças genéticas (Síndrome de Prader Willi).
Estudos experimentais em ratos, estudos neurofuncionais e comportamentais contribuíram para a compreensão dos mecanismos
fisiológicos associados ao controle do centro hipotalâmico da fome e da saciedade. Neuropeptídeos como o α-MSH e CART, produzidos
pelo hipotálamo, agem no núcleo paraventricular levando a saciedade e maior gasto energético. Por outro lado, o neuropeptídeo Y e a
proteína AGRP atuam no núcleo arqueado estimulando um maior consumo de alimentos. Além dos peptídeos produzidos no hipotálamo,
hormônios secretados pelo trato gastrointestinal, como o GLP-1, a insulina, o glucagon, a grelina e a colecistocinina atuam bloqueando ou
ativando o centro da saciedade.
O tecido adiposo, que antigamente era tratado como um tecido apenas armazenador de energia, vem ganhando importância como um órgão
endócrino, pois é responsável pela secreção de hormônios, como a adiponectina, que diminui a resistência insulínica e principalmente a
leptina que atua no hipotálamo inibindo o apetite. Os pacientes obesos em geral apresentam resistência à ação da leptina. Além disso,
o tecido adiposo, principalmente o visceral produzem interleucinas (IL-6, TNF-α) responsáveis pelo processo inflamatório crônico que
contribui para aumento da resistência insulínica e formação das placas de ateroma.
A Síndrome Metabólica, cada dia mais freqüente nos consultórios, é definida atualmente pelo consenso da IDF (International Diabetes
Foundation) como a presença de 3 alterações de 5 critérios: Hipertensão (PA>130x85 mmHg), disglicemia (Glicemia de jejum > 100mg/
dl), dislipidemia (Triglicérides > 150mg/dl e/ou HDL-c<40mg/dl nos homens e <50mg/dl nas mulheres) e alteração da circunferência
abdominal (> 94cm nos homens e >80cm nas mulheres). É importante ressaltar que o paciente com Síndrome Metabólica apresenta 3,5
vezes mais risco de morte por doença cardiovascular em comparação à população normal.
Atualmente o tratamento medicamentoso da obesidade se restringe basicamente à duas medicações: Sibutramina e orlistat. Nos países
europeus e nos EUA, a comercialização da Sibutramina foi proibida após um estudo (SCOUT) que demonstrou um risco de evento
cardiovascular aumentado em 16% no grupo que utilizou a sibutramina. No entanto, este estudo apresentou várias críticas em função da
população estudada, pois apresentava risco cardiovascular aumentado.
Outros fármacos são utilizados para o tratamento da obesidade, porém sem indicação primária para a redução do peso: fluoxetina,
sertralina, topiramato e bupropiona.
A Liraglutida, um análogo do GLP-1, foi lançada recentemente para o tratamento do diabetes. Os pacientes que utilizaram esta medicação
apresentaram perda de peso. Porém, até o presente momento esta medicação não foi liberada para o tratamento da obesidade. Entre seus
efeitos colaterais, destacam-se a náusea, empachamento, risco de pancreatite e carcinoma medular de tireóide.
Além do uso da medicação, é fundamental para o sucesso na perda de peso a realização da dieta e atividade física regular. Vários trabalhos
demonstraram que independente do tipo de dieta, o fator primordial para a perda de peso é sua aderência.
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PALESTRAS
O tratamento cirúrgico da obesidade tem se tornado cada vez mais freqüente. Em parte pela epidemia da obesidade, em outra parte pela
maior segurança na realização do procedimento, muitas vezes realizado por laparoscopia. São basicamente três modalidades de cirurgia:
a banda gástrica, o bypass gástrico e a derivação biliodigestiva.
Os trabalhos demonstraram dentre os benefícios da cirurgia, uma menor taxa de mortalidade e melhora do controle do diabetes, hipertensão
e dislipidemia. No entanto, as hipovitaminoses são as principais complicações crônicas da cirurgia.
Portanto, apesar dos avanços no conhecimento dos mecanismos fisiológicos da obesidade, trata-la é uma tarefa muito árdua, pois o
arsenal medicamento é restrito e a mudança no estilo de vida requer muita disciplina, empenho e paciência. Além disso, os fatores
emocionais, a pressão da sociedade e a ansiedade pela busca de um corpo perfeito sempre devem ser trabalhados durante o tratamento
desta doença que afeta o mundo inteiro.
Referências Bibliográficas
1. Endocrinologia – Mario J. A. Saad; 1ª edição – Ed. Atheneu – 2007
2. Endocrinologia Clínica – Lúcio Vilar; 4ª edição – Ed Guanabara – 2009
3. Obesity and Appetite Control- Suzuki, K; Jayasena, C.N.; Bloom, S.R.; Exp Diabetes Res. Jun. 2012: 1-19
4. Effect of sibutramine on cardiovascular outcomes in overweight and obese subjects – James, J.P.; Caterson, I.D.; Coutinho,W.;
Finer, N.; N Eng J Med. Sep, 2012: 363 (10): 905-17
5.
The Results of a Surgical Complication Protection Program for Private Pay Bariatric Patients in the U.S.: 2006–2011 – Chebli,
J. E,; Schindler, R.; Obes Surg. Aug, 2012
6.
Efficacy of liraglutide, a glucagon-like peptide-1 (GLP-1) analogue, on body weight, eating behavior, and glycemic control, in
Japanese obese type 2 diabetes - Cardiovasc Diabetol. Sep, 2012: (14) 107-11.
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HIPEREMESE GRAVÍDICA
Daniela Isoyama M. Villahermosa
(Departamento de Ginecologia e Obstetrícia - Faculdade de Medicina do ABC)
Definimos como emese gravídica o vômito eventual, comum em 70 a 80% das gestantes no primeiro trimestre, que geralmente cede
com medicações simples e orientação alimentar não exigindo maior intervenção médica. Quando o quadro se agrava, interferindo na vida
normal da gestante e podendo levar a alterações hidroeletrolíticas, nutricionais e metabólicas, a necessidade de terapêutica mais efetiva
e internação hospitalar se fez imperiosa. Nesses casos, denominamos o quadro de hiperemese gravídica.
A emese gravídica está presente e, 60 a 80% das gestantes. Em torno de 2 a 3% destas podem evoluir para formas variáveis de hiperemese
gravídica e cerca de 2 a 3 em cada mil gestantes exibem quadros graves necessitando, às vezes, de internações prolongadas.
É mais comum nas primigestas, mais frequentes em orientais (1 a 2%) do que nas ocidentais (0,3%) e quase nula em esquimós e algumas
tribos africanas. Apresenta o dobro de incidência em gestantes com fetos femininos e acontece mais nas situações em que existe maior
massa placentária, como nas gestações múltiplas, gestação molar, isoimunizadas, diabetes, etc.
Segundo a medicina ocidental, estímulos ao nível do centro do vômito localizado no tronco cerebral, sejam os reponsáveis pelo
desenvolvimento da patologia. Vários seriam os fatores desencadeadores, envolvidos nos mecanismos de modulação desse centro. Fatores
emocionais são identificados em mais de 80% das pacientes com essa intercorrência clínica. Níveis altos de gonadotrofina coriônica (HCG)
exercem intenso estímulo no centro do vômito, aumentando sua sensibilidade e propiciando que outros fatore complementares atuem
como “gatilho” para a manifestação da hiperemese gravídica. Outros hormônio como os tireoidianos e adenocorticotrópico (ACTH) e o
cortisol também parecem atuar no desencadeamento da hipermese gravídica. Fatores nutricionais (deficiência de vitamina B1 – tiamina),
alérgicos (imunológicos) e metabólicos (secundários a outras patologias preexistentes como infecções, diabetes, toxemia gravídica, etc)
também estão presentes na etiopatogenia.
Geralmente o quadro é evolutivo, começando entre 6 e 8 semanas com náuseas e vômitos, que podem até, no início, ceder com a
orientação alimentar e antieméticos habituais. Posteriormente, começa um quadro de náuseas e vômitos mais constantes, acompanhados
de sialorréia, que pouco a pouco começam a comprometer os afazeres normais da gestante, criando um estado progressivo de ansiedade
e desconforto. Inicia-se também uma dificuldade para comer e até uma repulsa pela alimentação. O mal estar e a astenia causados pelas
alterações hidroeletrolíticas (desidratação e diminuição de potássio) e nutricionais que essas pacientes passam a enfretar (com perdas de
até 500g por dia ou 5% do peso inicial) associam-se a um quadro de ansiedade e/ou depressão intensos.
Segundo as teorias da medicina tradicional chinesa, a hiperemese gravídica está intimamente relacionada com um desequilíbrio entre o
Xue e o Qi no canal Chong Mai. Durante os três primeiros meses de gravidez acontecem profundas alterações nos canais Ren Mai e Chong
Mai para a promoção da formação da maioria dos orgãos e sistemas do feto, colocando uma grande sobrecarga para o Xue, essência e
energia do Shen no canal Chong Mai da mãe. Como o canal Chong Mai está ligado intimamente ao Wei através do ponto E30 (Qichong),
o Qi rebelde neste caso afeta o estômago e interfere na descida do Qi, causando, náuseas e vômitos. A subida do Qi rebelde do canal
Chong Mai está também relacionada com a subida do Qi do Gan.
Deste modo, existem duas condições patológicas possíveis dependendo de qual o aspecto que prevalece:
- Estagnação do Qi do Gan faz com o Qi do canal Chong Mai se rebele para cima e invada o Wei de modo que o Qi não possa descer,
causando náuseas e vômitos (geralmente mais graves);
- Wei e Pi estejam particularmente deficientes permitindo que sejam invadidos, mesmo pelo fraco Qi do canal Chong Mai, levando a
náuseas e vômitos (mais moderados).
A estagnação prolongada do Qi do Gan pode originar calor que afeta o Wei causando vômito grave logo após a alimentação. Por outro lado,
uma deficiência do Wei e Pi pode levar a formação de mucos que podem, por si só, agravar a sensação de náuseas.
Os sintomas associados a náusea e vômito devem ser cuidadosamente analisados para distinguir os diversos tipos de desarmonias:
- Vômito logo após a ingestão de alimentos = calor e plenitude;
- Vômito de líquidos diluídos = frio e deficiência;
- Vômito com ânsia e eructação = estagnação do Qi do Gan;
- Somente leve náusea = deficiência do Qi do Wei;
- Vômito de líquidos azedos = estagnação do Qi do Gan;
- Vômito de líquidos amargos = calor do Wei e Gan.
O princípio do tratamento da êmese gravídica pela medicina tradicional chinesa é sempre “acalmar” o canal Chong Mai, dominar o Qi
rebelde, harmonizar o Wei e parar o vômito. Além dessa abordagem básica, pode-se tratar qualquer outro padrão que possa aparecer:
acalmar o Gan e eliminar a estagnação, tonificar Wei e Pi, remover o calor do Wei ou a mucosidade.
Deve ser lembrado que os pontos situados acima da cicatriz umbelical podem ser usados nos primeiros três meses de gravidez mas não
depois dessa época.
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Cefaléia em pediatria
Daniela Terumi Yoshida Tsai
Cefaléia é uma queixa freqüente em crianças e adolescentes. Os quadros recorrentes levam a um comprometimento das atividades
habituais, sendo importante causa de absenteísmo escolar e de procura em serviços de saúde. A cefaléia pode ser primária ou secundária.
A secundária por definição tem uma causa e associação com uma etiologia específica, enquanto a primária é intrínseca ao sistema nervoso
e não atribuída a outra causa. A cefaléia secundária inclui condições relacionadas a hipertensão intracraniana, infecção intracraniana e
extra craniana, tumor intracraniano, trauma craniano, hipertensão arterial, sinusites.
Em 2004 foi publicada a segunda edição da Classificação Internacional de cefaléia (International Classification of Headache disorders
(ICHD-II)1. A ICHD-II é atualmente a base para o diagnóstico e para o estudo científico das cefaléias.
International Classification of Headache Disorders, 2º edition
. Migranea (enxaqueca)
Migranea sem aura
Migranea com aura
Migranea retiniana
Síndromes periódicas da infância- podem ser precursoras ou estar associadas à migranea
Complicações da migrânea
Migranea provável - Distúrbio migranoso que não preenche os critérios acima
. Cefaléia do tipo tensional
Cefaléia do tipo tensional episódica infrequente (<1dia/mês)
Cefaléia do tipo tensional episódica frequente (1-14 dias/mês)
Cefaléia do tipo tensional crônica (>15dias/mês)
Cefaléia do tipo tensional provável - não preenche os critérios acima
Cefaléia em salvas e outras cefalgias trigeminal autonomica
Outras cefaléias primárias
Os tipos mais comuns de cefaléia primária em crianças são enxaqueca e cefaléia tipo tensional, sendo a enxaqueca a que causa maior
impacto na qualidade de vida da criança e incapacidade.
Enxaqueca sem aura – ICHC-II - Critérios diagnósticos:
A. Pelo menos 5 crises que preenchem critérios B-D
B. Crises de cefaléia que duram 4-72 horas (Crianças: 1-72 horas)
C. Pelo menos 2 das seguintes características
(i) Localização unilateral (cça + comum: bilateral, frontal)
(ii) Pulsátil
(iii) Intensidade de dor moderada a severa
(iv) Agravada por ou provoca evitar atividade física rotineira (ex. andar ou subir escadas)
D. Durante cefaléia, pelo menos um dos seguintes:
(i) Náusea e/ou vômitos
(ii) Fotofobia e fonofobia
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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Cefaléia tipo tensional – ICHC-II - Critérios diagnósticos:
A. Pelo menos 10 crises por 3 meses que preenchem critérios B-D
B. Crises de cefaléia que duram de 30 min a 7dias
C. Pelo menos 2 das seguintes características:
(i) Localização bilateral
(ii) Em aperto (não pulsátil)
(iii) Intensidade de dor leve a moderada
(iv) Não agravada por atividade física rotineira (ex. andar ou subir escadas)
A. Durante cefaléia, ambos dos seguintes:
(i) Sem náusea ou vomitos
(ii) Ou fotofobia ou fonofobia
Em 1962, Bille2 publicou um estudo que incluiu 8.993 crianças e adolescentes da Suécia e revelou que 40% das crianças antes dos sete
anos apresentaram cefaléia significativa, e 75% dos adolescentes antes dos 15 anos referiram o mesmo. O mesmo autor verificou que a
queixa de cefaléia recorrente foi relatada por 2,5% das crianças aos sete anos, e por 15,7% dos adolescentes.
Lewis et al3 realizou uma meta-análise com mais de 27.000 crianças e relatou 37% a 51% das crianças com 7anos apresentaram cefaléia
significativa e 57% a 82% em adolescentes de 15 anos.
Vários estudos epidemiológicos de cefaléia entre crianças foram realizados no Brasil. O estudo transversal de Barea et al4 , publicado em
1996, analisou 538 crianças de 10 a 18 anos com prevalência de cefaléia de 93,2% no período de vida ; 82,9% no último ano; 31,4% na
última semana; 8,9% nas últimas 24horas. Antoniuk et al5 encontrou em Curitiba prevalência de 93,5% no período de vida ; 90% no último
ano em 460 crianças de 10 a 14 anos. Episódios de cefaléia foram freqüentes em 17,6% das crianças. Albuquerque et al6 ,em São Jose do
Rio Preto, estudou 5.232 crianças de 13 escolas de ensino fundamental e notou que 84,2% delas relataram cefaléia no último ano. Este
estudo mostrou uma freqüência maior em meninas e em grupos de maior faixa etária. Em 2010, Arruda et al7 relatou uma prevalência
de enxaqueca de 3,76% em crianças de 5 a 12 anos e de enxaqueca crônica de 0,8%. A prevalência de cefaléia tensional episódica
infrequente foi de 2,3% enquanto do tipo episódica frequente foi de 1,6%. Estes mesmos autores8 encontraram prevalência de cefaléia
crônica diária de 1,68% em Ribeirão Preto.
No ambulatório de Acupuntura do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, 15% das crianças
encaminhadas para acupuntura o foram por motivo de cefaleia. É tambem um problema frequente na fibromialgia juvenil
Embora as opções farmacológicas sejam a principal estratégia de tratamento da cefaléia, muitos pacientes continuam a sofrer e tem
suas atividades de vida diária afetadas. Vários tratamentos não farmacológicos são tentados e a acupuntura tem sido amplamente
usada para tratar cefaléia. Em 1998, o NIH (National Institute of Health- Instituto Nacional de Saúde dos EUA) declarou que a acupuntura
poderia ser usada como tratamento adjuvante ou uma alternativa aceitável em diversas doenças, incluindo cefaléia9. Em 2009, Cochrane
publicou duas revisões sistemáticas sobre acupuntura e cefaléia. Os autores concluíram que há evidencia consistente que acupuntura
traz benefícios adicionais para o tratamento de enxaqueca aguda10. Estudos disponíveis sugerem que a acupuntura é tão efetiva quanto
o tratamento medicamentoso profilático e que possui menos efeitos colaterais. Em relação a cefaléia tensional episódica frequente ou
crônica, a acupuntura pode ser uma ferramenta valiosa no tratamento destes pacientes11.
Apesar dos vários estudos em adultos sobre a efetividade da acupuntura em cefaléia, há pouquíssimos estudos randomizados e controlados
em crianças. Pintov et al12 recrutou 22 pacientes com idades entre 7 a 15 anos com enxaqueca para receber acupuntura verdadeira ou
sham (agulhamento superficial). Ambos os grupos receberam 10 sessões semanais e nenhuma criança recebeu medicação profilática.
O grupo de acupuntura verdadeira relatou uma redução na frequencia e severidade da enxaqueca com aumento dos níveis de opiódes
séricos. Gottschling et al13 realizou um estudo duplo-cego randomizado com 43 crianças com cefaléia (22 pacientes com enxaqueca e
21 pacientes com cefaléia tensional) submetidos a acupuntura laser ativa ou placebo. A média de episódios de cefaléia por mês decaiu
em 6,4 dias no grupo tratamento (p<0,001) e em 1,0 dia no grupo placebo. O desfecho secundário - mudança na severidade da cefaléia
medida por escala visual analógica - EVA - também foi favorável ao grupo tratamento. Há varias limitações nestes estudos com crianças
que incluem o tamanho da amostra e não há informações sobre seguimento, assim é incerto se os ganhos com o tratamento persistem
ao longo do tempo.
No ambulatório de Acupuntura do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo tratamos a cefaléia geralmente
a partir do seu diagnóstico topográfico. Na cefaléia localizada na região frontal (yangming), os pontos habitualmente usados são LI4, ST44,
EX-HN3, ST8, GB14, GV23. Na cefaléia localizada na região temporal (shaoyang), os pontos mais comuns são TE5, GB41, GB8, EX-HN3
(EX-12). Na cefaléia localizada na região ocipital (taiyang), os pontos mais comuns são SI3, BL60, BL10, BL60, GV19, GB20. Na cefaléia
em vertex (jueyin), agulha-se os pontos LR3, GV20, GB 20 em direção ao olho contralateral.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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A segurança da acupuntura traz inquietação, particularmente em pediatria. Jindal et al 14 encontrou um risco de efeitos adversos de 1,55
em 100 tratamentos de acupuntura em crianças, sendo hiperemia local o efeito adverso mais comumente relatado. O risco de efeito
adverso sério foi estimado em 0,05 a 5,36/10.000 tratamentos pediátricos. Numa revisão sistematica15, a maioria dos eventos adversos
associados à acupuntura com agulhas em pediatria foram leves em severidade. Os resultados apóiam aqueles dos estudos em adultos,
que a acupuntura é segura quando exercida por praticantes apropriadamente treinados. No Ambulatório de acupuntura do Instituto da
Criança não houve nenhuma ocorrência de complicações em decorrência do tratamento com acupuntura.
Bibliografia
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Disorders. Cephalagia 2004; 24 (Supplement 1): 1-160.
2. Bille B. Migraine in school children. Acta Paediatr 1962;51 Suppl 136:1-151.
3. Lewis DW, Ashwal S, Dahl G, Dorbad D et al.: Practice parameter: evaluation of children and adolescents with recurrent
headaches report of the Quality Standards Subcommittee of the American Academy of Neurology and the Practice Committee
of the Child Neurology Society. Neurology 2002, 59:490-498.
4. Barea LM, Tannhauser M, Rotta NT. An epidemiologic study of headache among children and adolescents of southern Brazil.
Cephalalgia. 1996 Dec;16(8):545-9; discussion 523.
5.
Antoniuk S, Kozak MF, Michelon L, Montemór Netto MR Prevalence of headache in children of a school from Curitiba, Brazil,
comparing data obtained from children and parents. Arq Neuropsiquiatr. 1998 Dec;56(4):726-33.
6. Albuquerque RP, Santos AB, Tognola WA, Arruda MA. An epidemiologic study of headaches in Brazilian schoolchildren with a
focus on pain frequency. Arq neuropsiquiatr 2009;67(3-B):798-803
7. Arruda MA, Guidetti V, Galli F, Albuquerque RC, Bigal ME. Primary headaches in childhood--a population-based study.
Cephalalgia. 2010 Sep;30(9):1056-64.
8. Arruda MA, Guidetti V, Galli F, Albuquerque RC, Bigal ME. Frequent headaches in the preadolescent pediatric population: a
population-based study. Neurology. 2010 Mar 16;74 (11):903-8
9. NIH Consensus Conference. Acupuncture. JAMA. 1998;280:1518-1524.
10. Linde K, Allais G, Brinkhaus B, Manhein E, Vickers A, White AR. Acupuncture for migraine prophilaxis. Cochrane Database Syst
Rev 2009 (1) CD001218
11. Linde K, Allais G, Brinkhaus B, Manhein E, Vickers A, White AR. Acupuncture for tension-type headache. Cochrane Database
Syst Rev 2009 (1) CD007587
12. Pintov S, Lahat E, Alstein M, Vogel Z, Barg J. Acupuncture and the opiod system: implications in management of migraine.
Pediatr Neurol. 1997;17:129-133.
13. Gottschling S, Meyer S, Gribova I, Distler L, Berrang J, Gortner L, Graf N, Shamdeen MG. Laser acupuncture in children with headache: a
double-blind, randomized, bicenter, placebo-controlled trial. Pain. 2008 Jul 15;137(2):405-12. Epub 2007 Nov 19.
14. Jindal V, Ge A, Mansky PJ. Safety and efficacy of acupuncture in children a review of the evidence. J Pediatr Hematol Oncol.
2008 June;30(6):431-442
15. Adams D, Cheng F, Jou H, aung S, Yasui Y, Vohra S. The safety of pediatric acupuncture: a systematic review. Pediatrics
2011;128:e1575-e1587
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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ACUPUNTURA ESCALPEANA NO COMBATE A ESCLEROSE MÚLTIPLA
Doris Bedoya Henao
A Esclerose Múltipla é uma das doenças mais comuns em adultos jovens que compromete o SNC (Sistema Nervoso Central) constituído
por cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal. De causa ainda desconhecida, foi descrita, inicialmente, em 1868, pelo
neurologista francês Jean Martin Charcot, que a denominou “Esclerose em Placas”, descrevendo áreas circunscritas endurecidas
que encontrou (em autópsia) disseminada pelo SNC de pacientes. É caracterizada também como doença desmielinizante, pois lesa a
mielina, prejudicando a neurotransmissão. A mielina é um complexo de camadas lipoproteicas que envolvem e isolam as fibras nervosas
(axônios), permitindo que os nervos transmitam seus impulsos rapidamente, ajudando na condução das mensagens que controlam todas
as atividades conscientes e inconscientes do organismo.
Na Esclerose Múltipla, a perda de mielina (desmielinização) leva a interferência na transmissão dos impulsos e isto produz os diversos
sintomas da doença. É importante atentarmos que a mielina esta presente em todo sistema nervoso central, por isto qualquer região do
mesmo pode ser acometida e o tipo de sintoma esta diretamente relacionada.
Os axônios sofrem danos variáveis, em conseqüência do processo inflamatório, o que culmina com o decorrer do tempo com acúmulo
de incapacitações neurológicas. Os pontos de inflamação, desmielinização, evoluem para resolução com formação de cicatriz. Esta não
apresenta a mesma função do tecido original (é a placa, esclerose significa cicatriz), mas é a forma que o organismo lança mão para curar
a inflamação, só que com isto perdemos função tecidual (“a cicatriz como testemunha”) que aparecem em diferentes momentos e zonas
do sistema nervoso central. (fonte: ABEM)
A acupuntura é um método seguro e eficaz no tratamento de várias doenças. A acupuntura escalpeana (do couro cabeludo) é uma forma
especializada de acupuntura, que tem ajudado muitas pessoas com disfunções do sistema nervoso, incluindo lesões da medula espinal
e esclerose múltipla.
Assim como as orelhas, pés e mãos, o couro cabeludo representa um microssistema de acupuntura, utilizado para complementar a
acupuntura sistêmica ou mesmo sozinho. O tratamento mediante um microssistema localizado pode estimular o fluxo de energia (Qi),
praticamente em qualquer parte do corpo.
A grande vantagem da acupuntura escalpeana, que vem conquistando cada vêz mais espaço, é sua grande eficácia em quadros dolorosos
e transtornos do sistema nervoso como AVC, esclerose lateral amiotrófica, lesões medulares e esclerose múltipla. A eficácia é ainda maior
quando o tratamento e iniciado logo após a lesão ou aparecimento dos sintomas, que podem ser eliminados completamente, assim como
pode haver a inibição da evolução da doença.
Os sintomas mais comuns da esclerose múltipla são as paresias, parestesias, disestesias, neurite ótica, diplopia (visão dupla), vertigem,
marcha atáxica e urgência ou retenção urinária.
Passada a fase inicial ou de instalação, o paciente com esclerose múltipla pode evoluir com um elenco de sintomas crônicos que,
na maioria das vezes, são bem conhecidos por quem lida com este tipo de enfermidade neurológica: atrofia ótica, sinal de Lhermite,
incordenação motora, fadiga, espasticidade e depressão.
O tratamento com acupuntura para esclerose múltipla não consiste em curar o paciente, mas de auxiliar o tratamento no alívio dos
sintomas e no retardo do progresso da doença.
Como têm sido tratadas tantas pessoas com esta doença, foi desenvolvido e divulgado um guia terapêutico da EM, pelo Dr. Edythe
Vickers, específico para ser utilizada por acupunturistas:
Quando as lesões primárias estão no cérebro, utiliza-se a Zona 1 de Eding, puncionando ao longo do VG em direção para a face. Com isto
se pretende melhorar a visão (por exemplo, aliviar a neurite ótica) e aumentar a claridade mental. Se as lesões primárias estiverem no
pescoço, utilizamos a Zona 1 de Dingzhen, que governa o pescoço.
Para tonificar o sistema rim/fígado inserimos uma agulha da Zona 3 de Eding para a Zona 4 de Eding, puncionando ao longo do VG em
direção à parte posterior da cabeça. Se o paciente está sofrendo de uma desordem da bexiga (comumente, há inabilidade para esvaziar
completamente a bexiga e também pode haver incontinência), então puncionamos apenas a Zona 4 de Eding.
Para as pessoas que têm fraqueza, sensação de formigamento ou outras desordens que afetam os braços e as mãos, puncionamos então
a Zona 2 Dingnie, com a agulha apontando para a face (para E 8). Se o problema afetar um lado do corpo, o lado oposto do couro cabeludo
é puncionado, mas se afetar ambos os lados, puncionamos os dois lados do couro cabeludo.
Como complemento utilizamos ainda pontos para reduzir a fraqueza e perda de sensibilidade nas pernas e ombros e quadros dolorosos,
com manipulação adequada para cada conjunto utilizado.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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Cistites de repetição em mulheres
Edson Gurfinkel
A infecção urinaria é uma condição bastante prevalente, sendo responsável por 7 milhões de consultas médicas anuais nos Estados
Unidos. O custo anual das infecções urinarias esta em torno de US$ 1,5 bilhões de dólares. A maior parte da flora responsável pelas
infecções do trato urinário (> 80%) são causadas por E coli e outras bactérias Gram negativos originadas da flora intestinal.
Algumas mulheres apresentam infecções de trato urinário recorrentes. Neste caso, cabe diferenciar se existe uma infecção persistente
(quando a mesma bactéria identificada anteriormente esta presente no novo episodio infeccioso, em um curto espaço de tempo) ou uma
infecção recorrente (uma nova infecção com um organismo diferente daquele responsável na primeira infecção).
Entre os fatores de risco mais comuns de recorrências infecciosas no trato urinário inferior, podemos citar:
- Menor quantidade de glicoaminoglicans na bexiga
- Menor secreção de IgA pela mucosa vesical
- Menor quantidade de proteína Tamm-Horsfall na urina
- Fenotipo HLA-A3
- Grupo sanguíneo B e AB Lewin +
- Virulencia das bactérias
- Idade
- Comorbidades (diabetes,)
Medicina Chinesa
As infeções urinarias , segundo a Medicina Tradicional Chinesa, são consideradas doença de Umidade-Calor, Esta Umidade Calor pode
comprometer o Yin e pode causar distúrbios no Sangue (Estagnação de Xue). Outras etiologias de infecções do trato urinário podem ser
a Transimissão de Fogo do Coração para o Intestino Dlegado e a Ascenção de Fogo pelo Vazio de Rim Yin e Vazio de Qi do Baço/Pancreas
Entre as estratégias de tratamento, temos
a. Tonificar Energia Wei (energia de defesa)
b. Harmonizar o sistema Shu-Mo do Rim e Triplo Aquecedor
c. Tratamento pelos Meridianos Curiosos e distintos
Tel.: 99217-9622
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Algias periféricas utilizando o F3 (TAICHONG)
Edson Sugano
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Pela complexidade dos Fatores Etio-Fisopatogenicos da DOR, sua resolução tem sido uma das grandes
preocupações desde os primórdios da Humidade . Esta apresentação tem por objetivo resgatar uma Tecnica Complementar no Tratamentos
das Algias Perifericas.
METODO: Utilização de Agulha de Acp introduzida no ponto F3 com Variações no posicionamento da mesma na região subcutânea.
RESULTADO: Analgesia satisfatória tanto para Dores Agudas ou Cronicas.
CONCLUSÃO: O conhecimento desta Tecnica introduz no Arsenal Medico um complemento de facil execução, rápido e com uma única
agulha, contribuindo desta forma para melhorar a qualidade de vida dos nossos pacientes. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------INTRODUÇÃO7
A Dor é uma forma de Sofrimento ,complexo produto interativo entre genotípo e fenótipo com subjetiva expressão, manifestando-se como
experiência Unica.
“A ocorrência de dor, especialmente crônica, é crescente, em decorrência talvez dos novos hábitos da vida, da maior longevidade do
indivíduo, do prolongamento de sobrevida dos doentes com afecções clínicas naturalmente fatais, das modificações dos meios ambientes
e,provavelmente, do reconhecimento de novas condições álgicas e da aplicação de novos conceitos que traduzam seu significado. Além
de produzir e tb ser produto de estresses físico e emocional,significativos para os doentes e seus cuidadores é razão de fardo econômico
e social para a sociedade” (Manoel Jacobsen Teixeira)8.
Sua prevalência no Mundo oscila entre 19% à 48% e no Brasil distribuídos entre 28% à 50% de acordo com levantamento ralizado pela
Prof.Dra Karine A.S.Leão Ferreira9. Devido a sua alta incidência e nos dizeres do Dr.Antonio Oscar Costa Franco “a principal causa de
absenteísmo.licenças médicas, aposentadoria precoce, indenizações trabalhistas e baixa produtividade é apontada como um problema
de saúde publica”.
A política para o tratamento da dor, seja com seu controle próprio, seja na prestação de cuidados paliativos, é o exemplo maior de
universalidade e da transversalidade das atividades interdisciplinares na área da saúde pública. A assistência ao paciente com queixa
álgica é complexa, exigindo tanto conhecimento quanto habilidade da equipe assistencial em perceber e tratar a dor de forma adequada8.
Portanto, o controle da dor torna-se uma prática de saúde pública indispensável, especialmente na atenção básica de saúde, pela demanda
por serviços de saúde, impacto social desfavorável sob a qualidade de vida dos indivíduos portadores de dores crônicas7. É importante
salientar que a falta de diagnóstico e tratamento adequado na fase aguda pode favorecer a cronificação da dor e o agravamento da
apresentação clínica7. Assim, o objetivo desta apresentação é oferecer uma nova técnica por Acupuntura para o tratamento da dor crônica
e sua interferência na qualidade de vida nos usuários quer da clinica particular ou da unidade básica de saúde.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. Yamamura, Y - Acupuntura Tradicional: A Arte de Inserir; São Paulo; Editora Roca; 1995; Pgs.317-318.
2. Sussmann, D.J. - Acupuntura - Teoria y Practica; Buenos Aires; Editorial Kier, octava edição;1987.
3. Tratado de Medicina Chinesa. Trad. De Ysao Yamamura. São Paulo, Roca, 1993, 102-103 pg.
4. Wu, D.Z. - Acupuntura e Neurofisiologia; Clínica Neurológica/Neurocirúrgica, 1990, vol. 92-1.
5. Teixeira, M. J. - Dor: Conceitos Gerais , Limay Editora, São Paulo, 1994.
6. Drumidrescu,I. D. - Acupuntura Científica Moderna; Tradução de Claudio Roitman; Organização Andrei Editora Ltda; São Paulo;
1996.
7. Franco,Antonio Oscar Costa - Estudo Inicial do Taichong (F3) nos Processos álgicos do Tronco. Trabalho apresentado no IV
Congresso Paulista de Medicina Chinesa e Acupuntura e IV Jornada do Interior do Estado de São Paulo ( São Paulo, 5 a 7 de
setembro de 1998).
8. Teixeira, Manoel Jacobsen , Siqueira,Silvia Regina Dowgan Tessoreli de Siqueira - Dor: Principios e Pratica, Artmed,2009,capitulo
2,57 a 76 pg.
9. Ferreira, K. ; Teixeira, M. J. ; Dias, T. ; Cardoso M.P. ; Appolinario, J. ; Latorre MRDO . How clinical and caracteristics affect
the self-report of pain interference with physical functioning in a chronic pain population. 2010. (Apresentação de Trabalho/
Congresso).
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Acupuntura em Oncologia
Eduardo G. D’Alessandro
Introdução
Em 1997 o NIH (National Institutes of Health) agência governamental do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos
da América publicou um consenso sobre acupuntura (1) onde se conclui que a técnica tem eficácia promissora especialmente em algumas
situações como dor no período pós-peratório, náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia, dor orofacial e outras.
O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo iniciou sua atividades em 2008 sendo que em 2010, seguindo modelos de iniciativas
similares em grandes centros internacionais de oncologia (2), passou a oferecer acupuntura como técnica complementar no manejo de
sintomas para seus pacientes.
É importante ressaltar que utilizamos a acupuntura como terapia complementar, como suporte para o tratamento habitual com a intenção
de controle de sintomas, melhoria na qualidade de vida e contribuição para o cuidado global do paciente. Para tal, nos certificamos de
que o tratamento usual esteja bem estabelecido e iniciamos a acupuntura como complemento, sem visar a substituição dos tratamentos
usuais.
Objetivos
- Controle de sintomas ocasionados pela doença de base ou pelo tratamento antineoplásico instituído.
- Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
- Aumentar a aderência e tolerância dos pacientes ao tratamento da doença de base.
- Auxiliar no manejo de sintomas de pacientes que mantenham considerável desconforto mesmo após estabelecido o tratamento usual
otimizado.
Náuseas e Vômitos
Esta é a afecção com maior nível de evidência científica do uso da acupuntura como tratamento médico sendo ponto chave para a
conclusão do consenso da NIH em 1997 sobre sua utilidade como terapia complementar.
Recentemente temos a publicação em 2000 do estudo randomizado controlado executado por Shen (3) com 104 pacientes mostrando a
diminuição dos episódios de vômitos de 15 para 5 num período de 5 dias na comparação entre o grupo submetido a farmacoterapia e o
grupo submetido a farmacoterapia juntamente a acupuntura.
Pontos utilizados:
St-36, Pc-6
Xerostomia
Xerostomia é a sensação de boca seca relacionada a falta de saliva, podendo ocasionar dificuldade em falar, comer e dormir, provocar
halitose e aumentar a incidência de feridas e infecções bucais. Os sintomas, além de secura da boca podem incluir ardência, queimação
e dor em especial na mucosa da língua.
A etiologia da xerostomia é variada, porém no contexto da oncologia a principal causa é a exposição a radioterapia em região de cabeça
e pescoço (lesão irreversível acima de 50Gy) bem como quimioterapia sistêmica.
Seu tratamento usual inclui uso de goma de mascar, gelo, saliva artificial e pilocarpina esta última apresentando variada gama de efeitos
colaterais devido a ação colinérgica (sudorese, náuseas, cefaléia e aumento da frequência urinária).
A acupuntura tem-se mostrado uma promissora técnica complementar para casos de xerostomia, tanto como prevenção de sua ocorrência
quanto como tratamento de casos instalados.
No ICESP seguimos a seleção de pontos utilizada por Jonhstone (4) e por Meng (5). Jonhstone em 2002 utilizando Xerostomia Inventory
(XI), um questionário sobre o impacto da xerostomia na qualidade de vida, numa amostra de 50 pacientes com seguimento de 224 dias,
mostrou que 70% dos pacientes apresentaram uma diminuição de 10% no XI e 48% dos pacientes uma melhora de 10 ptos no XI e após
3 meses, 28% dos pacientes mantinham a melhora. Já Meng publicou em 2012 um estudo randomizado controlado com 86 pacientes
sendo 40 submetidos a acupuntura concomitante a radioterapia para tumor de nasofaringe e 46 no grupo controle submetidos somente
a radioterapia e cuidados usuais, após 3 semanas já foi possível detectar diferenças significativas no risco relativo em favor do grupo
submetido a acupuntura, tanto nos questionários de xerostomia quanto na produção de saliva (estimulada ou não), resposta esta mantida
até o final de 6 meses de seguimento.
Pontos utilizados:
Ki-3, Ki-6, St36, Li-4, Lu-7, REN-24
auriculares: Shen-mai, ponto zero, gl. salivar
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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Fadiga
Pacientes relatam a fadiga como o pior sintoma relacionado ao câncer, especialmente por ser o mais duradouro e com maior impacto na
qualidade de vida (6,7).
Fadiga é um sintoma subjetivo que pode se expressar de maneira:
Física: perda de energia e necessidade de repouso
Cognitiva: diminuição de concentração e atenção
Afetiva: diminuição do interesse e da motivação
Em 2002 Vickers (8) publicou um estudo de fase II em que 37 pacientes foram submetidos a sessões de acupuntura para fadiga mostrando
melhora da condição inicial na escala de fadiga em média de 31,3% [95% IC: 20,6 – 41,5%] com resultado mantido ao final de 2 semanas
de seguimento.
Pontos utilizados:
Ki-3, Ki-27, SP-6, St-36, CV-4, CV-6
Dor
O tratamento da dor é a aplicação mais comum da acupuntura. Seu mecanismo de ação está fortemente ligado a liberação de peptídeos
opióides a nível de sistema nervoso central.
Especialmente no campo da oncologia temos o uso da acupuntura auricular por Alimi que em 2003 (9) mostrou, numa amostra de 90
pacientes, a reducao de 36% de dor [EVA] após 2 meses de acupuntura em pacientes com dor neuropática crônica após tratamento
oncológico e também o trabalho de Wong em 2006 (10) em que conseguiu uma redução de 15mg/d para 7,5mg/d na necessidade de
morfina em pacientes em pós-operatório de toracotomia com uso da acupuntura.
Os pontos utilizados são variáveis conforme a localização da dor, no caso de dor pós-toracotomia utilizamos:
GB-34, GB-36, LI-4, SJ-8
Contra-indicações para realização das sessões:
- Plaquetopenia abaixo de 20.000
- Contagem de neutrófilos abaixo de 1.000
Pacientes em anti-coagulação plena não poderão ser submetidos a agulhamento profundo.
Locais em que as punções devem ser evitadas:
• Membros que foram submetidos a esvaziamento ganglionar, mesmo que sem aumento de perimetria ou sinais de linfedema.
• Membro portador de linfedema ou em regiões com sinais de infecção cutânea ou alterações de pele.
• Regiões de instabilidade óssea de coluna (pós cirurgia, metástases, múltiplas lesões de coluna) ou em locais de trepanação
craniana.
• Regiões com ulcerações, feridas cirúrgicas, tumores, metástases, próteses ou nodulações.
Fluxograma do paciente e dos encaminhamentos na instituição:
- O paciente deve ser encaminhado ao ambulatório da acupuntura através de preenchimento adequado do encaminhamento médico
ambulatorial.
- Na avaliação inicial será definida pelo médico acupunturista a presença ou não de indicação para o tratamento.
- Pacientes considerados aptos serão avaliados quanto aos sintomas que os incomodam e um plano de tratamento será definido.
- Após 4 sessões de acupuntura, todos os pacientes serão reavaliados e a manutenção, a freqüência e a duração do tratamento será
avaliada caso a caso.
Bibliografia
(1) NIH Consensus Conference. Acupuncture. JAMA 1998;280(17):1518–24.
(2) Cohen L, Markman M. Integrative Oncology – Incorporating Complementary Medicine into Conventional Cancer Care. Totowa, NJ:
Humana Press 2008 ISBN : 978-1-58829649-0
(5) Shen J, Wenger N, Glaspy J, et al. Electroacupuncture for Control of Myeloablative Chemotherapy-Induced Emesis: A Randomized
Controlled Trial. JAMA. 2000;284(21):2755-2761.
(6) Johnstone P, Niemtzow R, Riffenburgh RH. Acupuncture for xerostomia: clinical update. Cancer. 2002 Feb 15;94(4):1151-6
(7) Meng Z, Garcia M, Hu C, Chiang J, Chambers M, Rosenthal DI, et al. Randomized controlled trial of acupuncture for prevention of
radiation-induced xerostomia among patients with nasopharyngeal carcinoma. Cancer 2012 Jul 1;118(13):3337-44.
(8) Smets EM, Visser MR, Willems-Groot AF, Garssen B, Schuster-Uitterhoeve AL, de Haes JC. Fatigue and radiotherapy, B: experience in
patients 9 months following treatment. Br J Cancer 78:907-912, 1998.
(9) de Jong N, Courtens AM, Abu-Saad HH, Schouten HC. Fatigue in patients with breast cancer receiving adjuvant chemotherapy: A
review of the literature. Cancer Nurs 25:283-297, 2002
(10) Vickers AJ, Straus DJ, Fearon B, Cassileth BR. Acupuncture for postchemotherapy fatigue: a phase II study. J Clin Oncol 2004
May;22(9):1731–5.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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FIBROMIALGIA NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE
Elisabete Amaral
(Ambulatório de Acupuntura da Unidade de Dor e Cuidados Paliativos do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da USP, São Paulo/SP, Brasil).
A Fibromialgia é definida como uma síndrome dolorosa crônica de etiopatogenia desconhecida caracterizada pela presença de dor músculo
esquelética difusa, pontos específicos dolorosos e acompanhada por sintomas como fadiga, distúrbio do sono, rigidez matinal, cefaléia
crônica, distúrbios intestinais funcionais, etc.
A prevalência da Fibromialgia na população geral de adultos varia de 0,66% (Prescott et al, 1993 na Dinamarca) a 3,30% (White et al,
1999 no Canadá). Já a Fibromialgia Juvenil (FMJ) varia de 6,2% (Buskila D. et al, 1993) a 1% (Zapata AL et al, 2006). Essa alta prevalência
encontrada por Buskila pode ser justificada por esse estudo ter sido feito em Israel, país em constante “stress” devido a conflitos armados,
“stress” esse que leva a piora geral dos pacientes com quadros álgicos. Cabe observar que no estudo feito por Zapata (estudo nacional
realizado no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo) foi encontrada uma prevalência de 4% de dor crônica difusa.
Os critérios diagnósticos da FMJ são os mesmos usados para o diagnóstico da Fibromialgia em adultos. Esses critérios foram estabelecidos
pelo Colégio Americano de Reumatologia em 1990 (Wolfe F et al) como a presença de dor difusa e crônica (nos últimos 3 meses) e pelo
menos 11 pontos positivos dos 18 específicos de fibromialgia pesquisados com digitopressão de até 4 kgf. Existem críticas ao uso desses
critérios para o diagnóstico da fibromialgia em adultos. Foram propostos por Wolfe et al, em 2010 e posteriormente modificados em
2011, novos critérios diagnósticos. Esses novos critérios lavam em conta o número de áreas do corpo afetado pela dor e a severidade de
sintomas. Essa severidade de sintomas seria a presença de fadiga, despertar cansado e sintomas cognitivos na última semana, associada
à presença de cefaléia, dor abdominal e depressão nos últimos 6 meses. Os autores preconizam a abolição da pesquisa da dor nos pontos
específicos.
Os critérios do Colégio Americano também são criticados quando usados para diagnóstico da FMJ, visto que não foram validados para
crianças e adolescentes. Neuman L et al (1996) aplicando a digitopressão em crianças e adolescentes com quadro clinico de FMJ,
encontraram uma especificidade de 93,5% quando usaram uma digitopressão de 3kgf, porém quando usaram uma digitopressão de 4kgf,
essa especificidade baixou para 58,7%.
Quanto a etiologia, o conceito atualmente aceito é que há um mal funcionamento do SNC que produz uma amplificação na percepção,
transmissão e interpretação da dor.
Existem fatores predisponentes na Fibromialgia como: genéticos, sexo, doenças reumáticas (lúpus eritematoso sistêmico, artrite
reumatóide, psoríase, etc), infecções virais crônicas (HIV, hepatite C), hipermobilidade articular e a síndrome somática funcional. Entendese como síndrome somática funcional o conjunto de sintomas, queixas e deficiências sem anormalidades estruturais demonstráveis,
como ocorre na síndrome do cólon irritável, síndrome da fadiga crônica, enxaqueca entre outras. A fibromialgia tem sua incidência
aumentada entre os outros membros dessa síndrome.
Conforme estudo de Gedalia A et al de 2000, na FMJ além da dor crônica os sintomas acompanhantes mais freqüentes são: cefaléia,
distúrbios do sono, rigidez, sensação de edema, fadiga, dor abdominal, hipermobilidade articular e depressão.
O tratamento da FMJ segue a tendência do tratamento da fibromialgia em adultos, ou seja, tratamento farmacológico e não farmacológico.
Como tratamento farmacológico temos os analgésicos comuns, antidepressivos tricíclicos e miorrelaxantes como os mais utilizados. No
tratamento não farmacológico as modalidades mais utilizadas são os exercícios físicos, medicina complementar (hipnose, acupuntura,
massagem, yoga, etc) e psicoterapia. Stephens S et al (2008) fizeram um estudo controlado que evidenciou melhora da dor em crianças
e adolescentes com FMJ submetidos a um programa de 12 semanas de exercícios físicos parcialmente supervisionados.
Acredita-se que a evolução da FMJ seja melhor que a fibromialgia em adultos. Eraso RM et al (2007) acompanharam 148 crianças e
adolescentes em média por 14 meses orientando exercícios físicos de baixo impacto e medicação, quando necessário. Foi constatado que
46% obtiveram melhora, 43% ficaram inalterados e 11% pioraram. Esse estudo evidenciou que menos da metade dos pacientes obtiveram
melhora com o uso de medicamentos e exercícios físicos.
Apesar das evidências científicas, sabemos que muitos pacientes fibromiálgicos não toleram atividade física. Dessa forma, a Acupuntura
seria uma boa opção no tratamento da FMJ.
Em 2012 foi publicado na Revista Paulista de Pediatria um estudo retrospectivo de pacientes com FMJ segundo os critérios do Colégio
Americano de Reumatologia, submetidos à pelo menos 11 sessões de Acupuntura em nosso ambulatório. Foram utilizados os pontos
ventrais (EX-HN3, LI-11, TE-6, LI-4, CV-12, ST-36, GB-34, LR-3) alternados semanalmente com os pontos dorsais (BL-11, BL-15, BL-17,
BL-18, BL-20, BL-23). Durante 8 anos (2000 a 2008) 38 pacientes com FMJ foram acompanhados em nosso ambulatório. Desses 38
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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PALESTRAS
pacientes, 13 tinham todas as informações nos prontuários e nos questionários de acupuntura antes e após o tratamento, foram então
avaliados quanto a escala visual analógica (EVA) na semana anterior, número de pontos dolorosos (NPD) a digitopressão e índice miálgico
(IM) que consiste na média aritmética obtida a partir do valor da algiometria dos 18 pontos específicos de fibromialgia.
Desses 13 pacientes, 7 obtiveram melhora nos 3 parâmetros analisados, 4 melhoraram 2 parâmetros, 1 paciente melhorou 1 parâmetro e
somente 1 paciente não obteve melhora em nenhum parâmetro. Observamos que as medianas do NPD e da EVA foram significativamente
maiores antes do tratamento comparados ao final, enquanto que a mediana do IM foi significativamente menor antes do tratamento.
No final do tratamento 8 pacientes referiam alguma dor mas desses, apenas 1 permanecia com dor generalizada, sendo que os outros
7 referiam dor localizada. Observamos ainda uma diminuição estatisticamente significante (p<0,05) dos sintomas associados mais
freqüentes como cefaléia (p=0,0005) e cansaço (p=0,0003). A aceitabilidade foi boa e não tivemos efeitos adversos importantes.
Merece crítica do fato desse trabalho ser retrospectivo e com um número pequeno de pacientes. Outra crítica seria quanto ao número de
sessões, pois provavelmente alguns pacientes obteriam beneficio maior com mais sessões, como foi demonstrado por trabalho de Targino
RA et al (2008) que evidenciou eficácia da acupuntura em adultos com fibromialgia após 20 sessões. Também não foi usada nenhuma
avaliação da qualidade de vida visto que no início do acompanhamento não havia questionários de qualidade de vida para crianças e
adolescentes validados no Brasil.
Apesar das criticas foi possível concluir que a acupuntura é uma modalidade da Medicina Tradicional Chinesa que pode ser utilizada
nos pacientes com FMJ como uma alternativa de tratamento. É evidente que há necessidade de estudo controlado com uma população
expressiva.
Finalizando, a prevalência de FMJ não é desprezível o que ainda ocorre é a falha ou demora no diagnóstico. A maioria dos pacientes
atendida no nosso ambulatório ficou anos com queixa de dor difusa sem o diagnóstico definido de FMJ. Os pediatras raramente incluem
a FMJ como diagnóstico diferencial nos pacientes com queixas álgicas. Mais raramente ainda perguntam sobre distúrbios do sono,
presença de cansaço, depressão, etc.
Também não está definido o tratamento da FMJ. Temos um trabalho controlado que comprova melhora dos pacientes com o uso de
exercícios físicos, mas geralmente os pacientes fibromiálgicos não toleram atividades físicas. Ao contrário do que ocorre na fibromialgia
em adultos, onde existem vários trabalhos controlados que comprovam a eficácia da acupuntura, na FMJ isso não ocorre. Assim, temos
um terreno amplo e promissor para pesquisa do tratamento da FMJ com a acupuntura, que é uma modalidade terapêutica bem aceita por
crianças e adolescentes com essa patologia.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
Meridianos Tendinosos na dor periférica e dor pós-operatória
Meridiano Tendinomuscular
Felipe Caldas de Oliveira
Os Meridianos são divididos em 3 grupos: Meridianos Distintos, Meridianos Curiosos e Meridianos Principais. No conceito de Yamamura1
estes Meridianos podem ser associados ao princípio do Santai (três poderes). O Santai propõe que quando a Terra (yin) e o Céu (yang)
entraram em equilíbrio surgiu a vida (Homem). Correlacionando o conceito do Santai com os Meridianos é possível associar os Meridianos
Distintos - que estão ligados às emoções (yang) - ao Céu; os Meridianos Curiosos - que estão ligados ao Jing (Energia Ancestral - yin) - à
Terra; e os Meridianos Principais ao Homem. Dentro deste último grupo estão incluídos os Meridianos Secundários: Meridianos Luo e os
Meridianos Tendinomusculares.
Os Meridianos Tendinomusculares (MTM) são Meridianos de características Yang (grandes e superficiais). Os MTM se originam nos
pontos Ting dos Meridianos Principais (MP), dos quais recebem o Wei Qi (Energia de Defesa). Eles formam uma rede entre a pele,
músculos, tendões e articulações com a função de proteger e aquecer o corpo. Por ser Yang os MTM não entram em contato (direto) com
os Zang Fu (Órgãos e Vísceras), apesar de receberem o nome dos MP que os dão origem.
O Wei Qi (Energia de Defesa), que circula nos MTM, tem a função de controlar a abertura das glândulas sudoríparas, aquecer o corpo e
de proteger o corpo dos agentes externos - Xie Qi (Energias Perversas - Umidade, Secura, Frio, Vento e Calor). Pelo fato dos MTM terem
origem nos MP, a sua fisiologia energética está intimamente ligada a estes Meridianos. Portanto, uma deficiência energética nos MP
resulta em uma deficiência energética nos MTM, tornando-os mais susceptíveis aos Xie Qi (E. Perversas).
Os MTM são divididos de acordo com sua origem em Yang da mão, Yin da mão, Yang do pé e Yin do pé. Cada grupo é constituído de três
MTM que se unem nos Pontos de Reunião E-8 (Touwei - Yang da mão), VB-22 (Yuanye – Yin da mão), ID-18 (Quanliao - Yang do pé) e VC-2
(Qugu - Yin do pé).
O acometimento dos MTM se caracteriza por dor que piora com exposição ao Xie Qi (E. Perversa), associado à aversão a esta Energia
Perversa. Outras características podem estar presentes, como uma dor que não acompanha o trajeto dos MP, geralmente em faixa,
com a presença de pontos Ashi e Pontos de Reunião dolorosos a palpação. No caso de acometimento dos MTM pelo frio o momento
de exposição à energia externa agressora pode ser remoto, já que o frio pode ficar armazenado nestes Meridianos por anos através dos
pontos Ashi.
O tratamento da patologia do MTM visa à remoção do Xie Qi (E. Perversa) seguido da tonificação energética deste meridiano, evitando
assim recidivas. Para tanto, a medida inicial é punturar com dispersão ou realizar a sangria do ponto Ting. Na sequência, dispersar o ponto
de reunião e tonificar o Meridiano Principal (fornecedor de energia para os MTM) utilizando o ponto Fonte e/ou o ponto de Tonificação de
acordo com os pontos Shu Antigos. Caso haja a presença de pontos Ashi, estes também devem ser dispersos.
Na experiência do Pronto-Atendimento de Acupuntura do Hospital São Paulo/Unifesp, grande parte das algias pós-operatórias não
respondem ao tratamento convencional, através dos Meridianos Principais, Curiosos, Distintos ou Luo. Na prática, observa-se que
significativa parcela dos quadros álgicos pós-operatórios apresentam as características das patologias dos MTM. Este fato pode ser
explicado pela lesão da pele através da incisão cirúrgica, o que remove uma das barreiras de proteção do MTM, facilitando a entrada do
Xie Qi (E. Perversa). Além da incisão cirúrgica a anestesia também está associada a uma diminuição do Wei Qi (E. Defesa) nos MTM bem
como a temperatura dos Centros Cirúrgicos e Unidades de Cuidados Intensivos comumente ser baixa. Estes fatores associados explicam
a alta prevalência do acometimento dos MTM em pacientes com dor pós-operatória.
Em relação aos traumas contusos o mecanismo de acometimento dos MTM envolve o bloqueio energético nos MP, comprometendo o
fluxo de energia para os MTM. Neste contexto, a aplicação de gelo local nos traumatismos por instrumentos contusos contribui para a
penetração do Xie Qi (E. Perversas) no MTM.
Referência
1. Yamamura, Y; Yamamura, ML. Propedêutica Energética - Inspeção & Interrogatório. 1ª Edição. Center-AO, 2010. P29-34.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
Técnica Punho Tornozelo (TPT)
Gabor Thomas Fonai
Esta técnica foi desenvolvida pelo Prof. Dr. Xin Shu Chang, durante os anos 60.
A base teórica da acupuntura é a Teoria dos Meridianos, através dos quais circula o Qi e o Sangue, e também conectam os órgãos internos
à superfície corpórea. A base teórica da TPT é também a Teoria dos Meridianos, no entanto a seleção dos pontos baseia-se na divisão do
corpo em duas partes: Superior e Inferior.
Cada um desses segmentos também são subdividos em seis áreas longitudinais bilaterais, através dos quais localizam-se os sintomas,
para então, nessas mesmas áreas realizarmos o tratamento. Conseqüentemente existem seis pontos acima dos punhos de cada lado, e
seis pontos acima dos tornozelos, também de cada lado. Estes pontos são simetricamente distribuídos correspondendo às divisões do
corpo.
Enquanto na acupuntura tradicional a chegada de Qi é a chave para se conseguir boa resposta terapêutica, na TPT não é necessária a
chegada do Qi, e ainda a sensação de distensão, peso, dor ou formigamento, indicando a chegada de Qi, irá impedir que consigamos
resultados satisfatórios nessa técnica.
No processo do agulhamento torna-se muito importante a inserção da agulha no modo correto, subcutânea, superficial, contrariamente
aos conceitos do agulhamento na acupuntura tradicional. Enquanto a seleção de pontos na acupuntura tradicional necessita de locais
precisos e específicos, na TPT não ocorre em um ponto fixo, mas sim numa linha longitudinal, sendo ainda permissível que se desvie de
cicatrizes, lesões de pele e vasos sanguíneos, localizados próximos destas linhas.
A TPT tem numerosas vantagens:
1. É uma técnica de fácil aprendizagem, que contém apenas um pequeno número de pontos (total de 12 pontos) que podem ser
facilmente memorizados.
2. Os pontos são localizados próximos ao punho e tornozelo e o paciente não precisa retirar toda a roupa, só expor as regiões
referidas. O tratamento raramente é limitado pela exposição do paciente, ambiente ou tempo.
3. A manipulação é indolor. Não produz sensação como peso, peso queimor ou dor e o paciente pode se mover com as agulhas
sem interferência.
4. O método é seguro, uma vez que não há órgãos vitais nessa localização e com a punção superficial não há risco de penetrar
ou lesar algum grande vaso ou nervo. As chances de acontecer algum acidente como desmaio, agulha quebrada, são muito
pequenas.
5. A TPT tem uma ampla indicação e produz resultados imediatos e satisfatórios em tratamento de síndromes dolorosas como
enxaqueca, nevralgias, artralgias, e dores causadas por lesões de tecidos moles. Também efetiva na terapêutica de certos tipos
de doenças internas dermatológicas, neurológicas e psicológicas.
Os métodos terapêuticos da TPT dividem-se em tratar o indivíduo de acordo com a localização da área corpórea onde o sintoma se
apresenta, ou eventualmente alguns sintomas generalizados sem áreas corpóreas específicas, onde é utilizada a linha longitudinal
que agiria no corpo todo. Nestes últimos casos encontram-se sintomas do tipo prurido generalizado, ansiedade, depressão, insônia,
formigamentos, hipertensão, sudorese noturna, fadiga, etc.
Para que possamos entender sobre a aplicação da técnica, existe a necessidade de entendermos a divisão das áreas corpóreas.
Divide-se o corpo em parte superior e parte inferior, através da linha imaginária, que seria a linha transversa que passa sob o diafragma,
na altura do apêndice xifóide, além de também usarmos as divisões através de outras linhas:
1. Linha Média Anterior
2. Linha Média Posterior
3. Linha Transversa (já mencionada)
4. Linha Tronco-Braquial
5. Linha Tronco-Femoral
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palestras
PALESTRAS
Divisão da Cabeça-pescoço-Tronco:
a. Cabeça, pescoço e tronco são divididos em duas metades iguais,pelas Linhas Medianas Anterior e Posterior.
b. Cada metade do corpo pode ser subdividida em 6 ZONAS longitudinais da Linha Anterior para a Posterior,numeradas
de 1 a 6.
c. Zonas 1,2 e 3 =Anterior
d. Zona 4 =Lateral
e. Zonas 5 e 6 =Posterior
Divisão das Extremidades:
Cada um dos 4 membros são divididos em 6 ZONAS, respectivamente, como no tronco.
A parte Medial: Região Yin
A parte Lateral: Região Yang
Durante a aula abordaremos a divisão dos Membros Superiores, posto que obedecem regras à parte em cada uma das 3 regiões: Mão,
Punho e Cotovelo. O mesmo irá ocorrer em relação à divisão dos membros inferiores, também com regras à parte nas 3 regiões: Pé,
Tornozelo e Joelho.
Como regra geral os pontos são escolhidos conforme a localização dos sintomas e sinais.
1. Para sintomas dolorosos,devemos encontrar os pontos sensíveis (achi). Estes pontos também servem como índice de
efetividade do tratamento.
2. Selecionar pontos da mesma zona corporal,tomando como linha divisória a linha média anterior e a posterior.
3. Selecionar pontos do mesmo lado dos sintomas e sinais.
4. Selecionar pontos tomando a linha transversa como divisória,escolhendo pontos do punho para patologias da parte superior do
corpo e pontos do tornozelo da parte inferior do corpo.
5. Para queixas relacionadas exatamente com a linha média anterior,selecionar zona 1 bilateral. Para a parte posterior, selecionar
zona 6 bilateral.
6. Se vários sintomas e sinais estão presentes ao mesmo tempo,selecionar o ponto para o que for dominante. Se a queixa
principal for dor selecionar os pontos para a zona onde existirem achi points.
7. No tratamento das doenças neurológicas com alterações motoras e sensitivas, selecionar superior 5 para as desordens dos
membros superiores e Inferior 4 para desordens dos membros Inferiores.
8. Se não for possível determinar precisamente a zona do corpo onde os sintomas são localizados, selecione superior 1, ipsilateral
aos sintomas.
9. Para sintomas que envolvem o corpo inteiro ou que não possam ser localizados precisamente, tais como, insônia, sudorese
noturna, prurido, selecionamos ponto superior 1 bilateralmente.
Assim temos um rápido resumo de nossa abordagem sobre o tema.
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palestras
PALESTRAS
REFLUXO GASTROESOFAGICO
GEORGE ISSAMU NOBUSADA
(Especialista em acupuntura e cirurgia geral e urologia)
RGE é uma afecção, cuja incidência vem aumentando progressivamente.
O tratamento preconizado pela medicina ocidental é inicialmente clínico, não obtendo-se a melhora clínica é indicada uma endoscopia
gástrica, verificado o refluxo persistente, indica-se o tratamento cirúrgico.
Os resultados poderão trazer bons resultados clínicos, melhora parcial ou recidiva do refluxo gastroesofágico.
Apresentaremos uma correlação do refluxo gastroesofágico do ponto de vista ocidental com os fundamentos da medicina oriental.
Será apresentado tratamento com acupuntura associando as duas terapias: ocidental e oriental.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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PALESTRAS
Tratamento da Infertilidade (segundo o Livro: “ Domínio do Yin da Fertilidade à
Maternidade: A Mulher e suas Fases na Medicina Tradicional Chinesa” da Editora Roca)
Helena Campiglia
Medicina Tradicional Chinesa e Infertilidade
Quadros de Vazio ou Deficiência Energética:
a. Deficiência de Yang dos Rins,
b. Deficiência do Yin dos Rins,
c. Deficiência de Sangue,
d. Deficiência do Qi do Baço.
Quadros de Plenitude ou Excesso Energético:
a. Calor no Sangue,
b. Estase do Qi do Fígado,
c. Umidade,
d. Estase de Sangue,
e. Frio no Útero.
A. Deficiência de Yang dos Rins
Tratamento: Tonificar o Yang e tonificar os Rins
Acupuntura: VG4 (moxa), BX23 (moxa), VC4, VC5, VC6, E36, BP6, R7, R12, E29, VC2.
• Manter-se aquecido, principalmente nos pés, no abdômen durante a menstruação e a ovulação.
• Fazer exercícios físicos que favoreçam a respiração como o Qi Kun, Yoga.
• Recomendam-se os alimentos nutritivos, cozidos ou assados e de natureza morna ou quente
B. Deficiência do Yin dos Rins
Tratamento: Alimentar o Yin, diminuir o excesso de Yang.
Acupuntura: R3, R6, BP6, VC4, R9, BX23, BX52.
• Praticar exercícios moderados que não causem suor excessivo, pois suar diminui o Yin.
• Não tomar sauna e evitar o sol muito quente que promove o suor excessivo.
• Recomendam-se os fitoestrógenos, como a soja, uma vez que são considerados de natureza Yin.
• Evitar os alimentos ou chás de natureza quente, de sabor picante ou amargo (valeriana, alho, canela, ruibarbo, casca de
tangerina, etc.).
C. Deficiência de Sangue
Tratamento: Alimentar o Yin e o Sangue.
Acupuntura: BX17, BX20, BP10, E36, F8, BP6, C7
• Descansar durante a menstruação.
• Não praticar exercícios físicos muito intensos.
• Comer alimentos que contenham ferro, como carnes e folhas de cor verde escura.
• Evitar os alimentos de natureza quente, de sabor picante ou amargo (manjericão, valeriana, alho, ruibarbo, casca de tangerina,
etc.).
D. Deficiência do Qi do Baço
Tratamento:Tonificar o Baço, Fortalecer o Rim, Harmonizar a Via das Águas
Acupuntura: BP6 (moxar), BX20 (moxar), VC6, VC12, E36, E29, E30, VC6, IG4, VC1
• Não praticar exercícios físicos extenuantes.
• Ocupar a mente de modo criativo e meditar para evitar o excesso de pensamentos obsessivos que atrapalham ainda mais o
funcionamento do Baço.
• Na deficiência do Baço a alimentação é crucial, pois este é um órgão ligado ao elemento terra que regula toda a parte digestiva.
E. Calor no Sangue
Tratamento: Refrescar e dispersar o calor e tonificar o Yin, e o Sangue
Acupuntura: F2, F3, TA3, TA5, PC6, BX18, VG20, VB44, BP10.
• Evitar o álcool.
• Não ingerir alimentos picantes e condimentados.
• Aquietar-se e evitar compromissos sociais muito agitados.
• Evitar alimentos que tonificam o Yang e os que produzem calor (como pimentas, frituras, carnes vermelhas).
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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F. Estase do Qi do Fígado
Tratamento: Drenar o Fígado e desfazer a congestão.
Acupuntura: Bx17, Bx18, F3, F14, VB34, PC6, BP6, VC17, VB40, P7.
• Praticar exercícios físicos regularmente.
• Respeitar os horários e o ritmo de seu corpo.
• Procurar não guardar mágoa e rancor.
• Dançar e escutar música.
• Colocar os sentimentos para fora. Se precisar, fazer terapia.
• Evitar o uso de pílulas anticoncepcionais e o excesso de hormônios.
• Não consumir álcool.
• Procurar, o máximo possível, consumir alimentos isentos de agrotóxicos ou de hormônios de crescimento.
• Não comer demais.
• Dormir cedo e evitar estímulos visuais intensos no período da noite (como leitura ou filmes após 23:00, horário predominante
do funcionamento do Fígado).
• Evitar açúcares, alimentos frios ou de sabor muito ácido (se precisar usar açúcar, preferir o mascavo em pequena quantidade),
pois eles possuem propriedade adstringente e imobilizante.
G. Umidade
Tratamento: Dispersar a umidade e aumentar o trânsito e a circulação.
Acupuntura: BP9, E30, VC9, P9, TA9, E40.
• A umidade em excesso é uma espécie de energia “estagnante” e turva formada pelo mau funcionamento do sistema BaçoPâncreas e, portanto, as indicações de dieta para o Baço, no item D, devem ser seguidas do mesmo modo.
• Lembrar-se principalmente de evitar doces, açúcar, leite e seus derivados, carboidratos simples, bem como tudo aquilo que for
frito ou gorduroso.
• Evitar banana, abacate, soja, chocolate e nozes.
• Não consumir álcool.
H. Estase de Sangue
Tratamento: Regularizar o Qi, circular o Sangue e expulsar os acúmulos de Sangue.
Acupuntura: E29, BP10, F8, F3, VC4, VC6, B23, B32, E36, CS6, ponto extra Zigong.
• O quadro de estase de sangue deve seguir os princípios básicos da estase de Qi do Fígado, pois muitas vezes é uma evolução
desta.
• Evitar emoções muito intensas.
• Fazer exercícios regulares e vigorosos.
• Evitar ter relações sexuais na época menstrual.
• Não usar tampões vaginais: é importante que o fluxo menstrual não fique retido dentro do corpo.
I. Frio no Útero
Tratamento: aquecer os meridianos do Rim, do Baço e do Fígado, expelir o Frio, aumentar o Yang.
Acupuntura: moxabustão em BP6, R3, F3, VC4, VG4, E29.
• O quadro de frio no útero deve-se à estagnação de frio nos meridianos que conduzem ao útero, a saber, o meridiano do Baço,
do Rim e do Fígado, que se originam nos pés. Portanto, o paciente que apresenta este quadro deve evitar expor-se ao frio, e
deve esquentar continuamente seus pés.
• Podem-se fazer escalda-pés.
• Usar bolsa de água quente durante a menstruação.
• Evitar o relacionamento sexual na época da menstruação.
Observação: Os quadros de Umidade e Frio podem levar à estagnação de energia nos meridianos que irrigam a pelve, gerando um bloqueio
do Chong Mai e do Dai Mai. Portanto, serão tratados também como estagnação de Qi.
Aurículo-Acupuntura
Pontos escolhidos na orelha: Útero, Ovários, Endócrino, Ápex do trago da orelha, Rins, Fígado, Baço, Shenmen
O uso dos pontos acima deve ser feito de modo criterioso, em conjunto com a acupuntura sistêmica da MTC. Por exemplo, no caso de
deficiência de Yang dos Rins, utilizam-se os pontos: rins, ovário, útero e sistema endócrino. Já no caso de estagnação do Qi do Fígado,
utilizam-se os pontos: fígado, ovário, shenmen e ápex. A aurículo-acupuntura pode também ser usada como método diagnóstico, pois
os pontos da orelha mudam de coloração de acordo com o quadro apresentado. Como os pontos auriculares são semi-permanentes,
(pequenas agulhas ou sementes são deixadas na orelha e fixadas com esparadrapo), eles permitem um prolongamento do efeito das
sessões de acupuntura.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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Evolução dos conceitos em Síndrome fibromiálgica
Helena Hideko Seguchi Kaziyama
A síndrome fibromiálgica (SFM) é caracterizada pela ocorrência de dor musculoesquelética difusa e crônica onde nenhuma outra causa
pode ser identificada. Geralemente acompanhada de fadiga, sono não reparador, alterações cognitivas e a uma constelação de sintomas
Vários síndromes funcionais podem estar associados a SFM: a síndrome da fadiga crônica, síndrome do intestino irritável (SII), síndrome
da bexiga irritável ou cistite intersticial e disfunção temporomandibular (DTM).
Em 1904 , Sir William Gowers descreveu o termo “Fibrositis” acreditava que havia inflamação e considerado como uma causa comum
de dor muscular . Na década de 1970 Moldofsky et al (1975) observaram alterações do sono (Disfunção sono a e d) e Smythe et al
(1977), identificaram pontos dolorosos sensíveis e descreveram um critério diagnóstico com presença de 14 TePs. Em 1981, Yunus et
al descreveram o termo “fibromialgia”. Em 1990, Wolfe et al 1990 foi desenvolvido um critério de classificação para fibromialgia pelo
Colégio Americano de Reumatologia que consiste em : História clínica: Dor musculoesquelética difusa pelo corpo, lado direito e esquerdo
do hemicorpo, acima e abaixo da cintura, e na face anterior do tórax e dor no esqueleto axial (duração> 3 meses). E apresentar no exame
físico: dor em 11 de 18 pontos dolorosos específicos à digito-pressão (4 kg/cm²). Sensibilidade de 88,4% e Especificidade 81,1%. A
aceitação deste critério houve um aumento dramático em publicações a partir de 1990 para SFM e foi possível a realização de estudos e
investigação de pacientes uniforme em diversas populações recrutados de todo o mundo. (Russel, 2011)
O Colégio Americano de Reumatologia (2010) publicou após 20 anos novo critério preliminar para o diagnóstico de Síndrome fibromiálgica.
O objetivo desta publicação foi para facilitar o médico generalista a fazer o diagnóstico de SFM. Muitos médicos não fazem a avaliação
dos pontos dolorosos, ou por falta de conhecimento ou por falta de interesse. O novo critério consiste da remoção dos “tender points“ dos
critérios de classificação ACR-1990, reconhece a importância da medida quantitativa da dor generalizada com o índice de dor difusa (IDD);
incorpora os sintomas principais da SFM no critério e fornece uma escala de gravidade dos sintomas. Esses índices permitem mensurar
a extensão da dor difusa e a gravidade dos sintomas.
O critério diagnóstico consiste em:
1º - Índice de dor difusa (IDD) e escores da escala de gravidade de sintomas (EGS): IDD ≥7 e ESG ≥5 ou IDD 3–6 e ESG ≥ 9;
2º - Sintomas com duração de pelo menos, três meses;
3º - Paciente não apresentar uma desordem que explicaria a dor.
O Índice de dor difusa (IDD) é avaliado pela localização da dor no corpo referida pela paciente. Escore Total = (zero a 19) : cintura escapular
D/E (2) ;braço d/e (2); antebraço d/e (2);face externa do quadril d/e (2); coxa d/e (2) ; perna d/e (2); mandíbula d/e (2); tórax (1); abdome
(1); cervical (1); dorsal (1); lombar (1).
Escore de gravidade e sintoma (EGS) é a soma dos valores computados. Escore total = (zero a 12) O escore de gravidade ausente (0);
leve (1); moderado(2); forte(3) e sintoma: Fadiga, Cognição, Sono não reparador e Sintoma somáticos.
Os sintomas somáticos. 0= poucos ou sem sintomas; 1= sintomas leves; 2=sintomas moderados; 3=sintomas graves
dor muscular; síndrome do intestino irritável; fadiga / cansaço; pensamento ou esquecimento ; fraqueza muscular; cefaleia; dor/ cãimbra
no abdome; adormecimento/ formigamento; tontura; insônia; depressão; constipação; dor no abdome superior; náusea; nervosismo; dor
torácica; visão turva; febre ;diarreia;boca seca; chiado;fenômeno de Raynaud; urticária / vergão; zumbido nos ouvidos; vômitos; azia;
ulcera boca; perda de/ alteração do gosto; convulsões ; olhos secos ; falta de ar; perda de apetite; erupção cutânea; sensibilidade ao sol;
dificuldade na audição; queda de cabelo; ferimento fácil; micção frequente; micção dolorosa ; espasmo da bexiga. Escores 0 a 3 do total
da carga dos sintomas (adicionar este nº na escala anterior).
O novo Critério para Diagnóstico da Síndrome Fibromiálgica pelo Colégio Americano de Reumatologia (2010 ACR FDC), validada para uso
clínico, ainda requer história dor crônica generalizada, mas o exame fisico foi substituído pela avaliação da co-morbidade da gravidade
dos sintomas.
A população identificada pelos dois critérios é similar, mas não idêntico. O centro de pesquisa do Banco Nacional de Dados em Wichita,
Kansas realizou um estudo testando com um questionário em 729 pacientes com fibromialgia, 845 pacientes com osteoartrite, 439
pacientes lúpus eritematoso sistêmico e pacientes com artrite reumatóide 5210. A análise buscou uma simples soma do IDD e EGS que
faria o diagnóstico de fibromialgia em distinção às demais condições estudadas.
O valor de cut-off foi 13, resultando 93% SFM de precisão, com uma sensibilidade de 97% e especificidade de 92%. O uso indevido do
novo critério poderá expandir SFM de 2 para 10% da população geral.(Russel, 2011) Vários questões estão sendo debatidas para este
novo critério.
O novo critério diagnóstico é controverso. Vários autores criticam a suspenção dos “tender points” uma vez que vários estudos estão
evidenciando a semelhança dos pontos gatilhos miofasciais ativos e dor referida do mm trapézio (Síndrome dolorosa miofascial) com os
“tender points” da SFM da mesma região. É citado também que a síndrome dolorosa miofascial seria um dos geradores periféricos que
poderiam ser um fator perpetuante gerando dor crônica musculoesquelética. São necessários estudos futuros para um consenso nesta
condição complexa.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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ACUPUNTURA NAS DORES CRONICAS DO SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO
Henrique Edgar Sidi
Trabalho realizado no Pronto Atendimento de Acupuntura do Hospital São Paulo / Escola Paulista de Medicina/UNIFESP.
Queixas mais frequentes encontradas nos pacientes do serviço no período de 2009 a 2011.
Causas mais frequentes nestas queixas:
- Emocional
- Afecção do Yang Qiao Mai
- Estagnção do Xue (Sangue)
- por Plenitude Verdadeira ou Falsa
- por Vazio
- Afecção do Grande Luo do Pi (Baço/Pâncreas)
- Afecção pelo Xie Qi (Energia Perversa)
1. Emocional
Concepção de fisiopatologia de dor gerada por fator emocional através dos Meridianos Distintos
Tratamento destas dores através dos Meridianos Distintos
2. Afecção do Meridiano Curioso Yang Qiao Mai
Fisiopatologia da doença gerada pelo Meridiano Curioso Yang Qiao Mai através das emoções ou pela desarmonia do Shen-Rins
Tratamento destas dores
3. Dores geradas pela estagnação do Xue-Sangue
Fisiopatologia das dores através da estagnação vazio e estagnação plenitude do sangue
Diagnóstico pela inspeção da língua (vasos sublinguais)
Tratamento destas dores
4. Afecção do Grande Luo do Baço-Pancreas (Dabao)
Diagnóstico destas dores pela palpação do Ponto para diagnóstico
Fisipatologia destas dores via Dabao
5. Dores geradas pela penetração de Xie Qi (energias perversas)
Diagnóstico destas dores
Fisiopatologia do acometimento dos Meridianos Tendino Musculares
Tratamento através dos Meridianos Tendino Musculares
Esquema de diagnóstico de todas as dores com interrogatório, propedêutica, exames clínicos
Esquema de tratamento com a utilização dos Meridianos Distintos, Curiosos, Tendino-Musculares e Principais
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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PALESTRAS
RESUMO PALESTRA PROERETORES QUÍMICOS E MTC - CLÍNICA MÉDICA I
Hermes da Fonseca Filho
1. Considerações sobre Disfunção Erétil
a. Incidência
b. Anatomia peniana
c. Fisiologia da ereção
d. Causas mais frequentes
Nesse capítulo, serão abordados conceitos atuais sobre Disfunção Erétil.
A DE é definida como “a incapacidade persistente de atingir ou manter uma ereção suficiente para permitir uma relação sexual satisfatória”.
Aproximadamente 150 milhões de homens no mundo, 30 milhões de americanos e 11 milhões de brasileiros sofram de algum grau de
disfunção erétil (DE), comprometendo a qualidade de vida.
A ereção se dá por um estímulo neurológico (estímulos excitatórios) que, em última análise, causa uma vasodilatação das artérias por
relaxamento da musculatura lisa dos espaços sinusoidais do corpo cavernoso. Há um ingurgitamento com consequente compressão das
veias de drenagem contra a Túnica Albugínea, ocluindo a saída de sangue e consequente enrijecimento peniano.
Podem ser causadas por fatores orgânicos (vascular, neurológica, endocrinológica e farmacogênica) e fatores psicológicos frequentemente
a DE coexiste com a hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes, aterosclerose e outras doenças crônicas, sendo comum
nessas doenças o mau funcionamento do endotélio ou disfunção endotelial.
Muitos desses casos são diagnosticados pelo clínico geral, que são os primeiros médicos a verem os pacientes nestas condições.
2. Tratamento com fármacos erectogênicos:
a. Tipos de medicamentos (o que se espera de um agente farmacológico)
b. Características de ação
c. Vantagens e desvantagens
Abordaremos a taxonomia dos tratamentos ERECTOGÊNICOS que devem ter algumas características, entre elas
• Ser eficaz
• Ser usado “sob demanda”
• Não possuir efeitos colaterais
• Ter administração fácil (oral ou tópica)
• Ter baixo custo
• Ser específica para a doença
Várias são os fármacos que podem ser usados para o tratamento da DE com ação em áreas diversas como: iniciadores centrais (apomorfina
e testosterona) antagonistas de receptores adrenérgicos (fentolamina, ioimbina, etc) e os periféricos como a PEG¹(intracavernosa) e as
drogas orais modernas (Sildenafil, Tadalafil, Vardenafil).
O tratamento da DE teve seu avanço mais importante em março de 1998 quando o FDA aprovou do Sildenafil, um inibidor da fosfodiesterase
tipo V.
Apresentar-se-a neste momento o mecanismo de ação do Sildenafil.
Com o ESTÍMULO SEXUAL produzido de várias maneiras, o cérebro envia um impulso neurogênico que caminha pela medula espinhal,
que chegando através dos nervos periféricos promove a liberação do Óxido Nítrico (NO) nos corpos cavernosos. O NO estimula o guanilato
de ciclase a produzir o mensageiro secundário GMPc que induz o relaxamento da musculatura lisa sinusoidal, ocorrendo a ereção. O GMPc
são hidrolisados por fosfodiesterases. A isoenzima predominante nos corpos cavernosos é a PDE5 a qual o Sildenafil tem a propriedade de
inibir, promovendo a manutenção dos níveis elevados de GMPc na célula muscular, facilitando o seu relaxamento e consequente ereção.
As outras drogas como o Tadalafil e Vardenafil tem mecanismo de ação semelhante, com algumas características mais voltadas para os
efeitos colaterais do que propriamente no efeito erétil.
Vamos também discorrer sobre os efeitos colaterais dessas drogas e sua segurança.
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RESUMOS de
DE
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PALESTRAS
3. MTC e Disfunção Erétil.
O tratamento da DE pela Medicina Chinesa, não pode pretender o mesmo efeito na ereção, como o de uma droga vasoativa já visto
anteriormente.
De outro lado, os distúrbios de ordem psicológica são, senão a causa primária, efeitos secundários que acompanha os quadros de DE, pois
é a dimensão que mais sente o sofrimento.
As drogas orais utilizadas com grande sucesso são somente facilitadoras da ereção, mas por si só, não imprimem o impulso sexual e o
desejo. Assim, se não houver o estímulo erótico e o desejo, ou a libido do paciente estiver muito baixa ou alterações psico emocionais
relevantes, os estímulos neurológicos excitatórios, não darão inicio ao processo de ereção, e a ereção não ocorrerá de maneira satisfatório
para o ato sexual.
Na Medicina Chinesa são consideradas três síndromes como causa de Disfunção Erétil:
a. Deficiência
b. Estagnação
c. Distúrbio do Shen
Deficiência é basicamente do Rim e do Jing. A deficiência do BP é secundária, visto que a reposição energética do Rim ocorre pela
alimentação processada pelo BP. Associação de fatores como, alimentação irregular e deficiente, excesso de preocupação, estresse
emocional, excesso de trabalho e de exercícios, desregramento sexual, combinados com avanço da idade e fatores constitucionais e
hereditários conduzem a quadro de Deficiência do Rim que pode ser Yin ou Yang ou ambos.
O quadro de estagnação está associado a bloqueios mentais e emocionais. Aspectos das relações interpessoais, podem gerar estados
diversos com comprometimentos emocionais, como, depressão, medo, raiva contida, magoa, culpa, ódio que podem afetar a relação
sexual. Emoções não resolvidas e ignoradas pelos casais levam a bloqueios emocionais/energéticos, promovendo Estagnação do Qui,
podendo também associar-se a Umidade levando a quadro de Umidade-Calor sobre a área genital, trazendo como consequencia distúrbios
da ereção e orgasmo.
Finalmente, o Distúrbio do Shen se caracteriza por ansiedade, hiperexcitamento. Apresenta-se Distúrbio do Fogo do Coração e Deficiência
do Fogo podendo ser concomitante com Deficiência do Qui e Sangue do Coração.
O tratamento deve ser escolhido conforme o diagnóstico da Síndrome e serão abordados separadamente.
Concluindo, a tratamento acupuntural, não tem a pretensão de ter um efeito tão intenso e imediato na produção de ereção compatível
com relação sexual normal, como a ação dos proeretores. Mas, não podemos esquecer que as drogas vasoativa só tem ação se houver
impulso e desejo sexual adequado, o que muitas vezes está comprometido devido a inúmeros fatores pessoais. É aí que a acupuntura tem
seu lugar no tratamento da DE, melhorando significativamente a qualidade da relação sexual contribuindo para levar o paciente a um real
estado de felicidade.
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PALESTRAS
Eletroacupuntura Auricular nas Algias Periféricas
Hiaeno Hirata Ayabe
1.
Considerações
O Pavilhão auricular é considerado uma parte importante do corpo humano por se constituir em microsistema receptor de sinais
de alta especificidade onde reflete mudanças fisiopatológicas dos órgãos, vísceras e principalmente dos tecidos osteomusculares
nas algias periféricas
2. Mecanismo de Ação da Auriculo Acupuntura
Existem evidências crescentes de conexões da orelha com o Sistema Nervoso Central, afetando reflexos em outras partes do
corpo quando se estimula através da pressão, agulhamento ou eletroestimulação
3.
Teorias sobre o mecanismo da terapia auricular
A estimulação de um ponto da orelha levará um estímulo aferente até a formação reticular, tálamo, hipotálamo e córtex
implicando em respostas viscerais somáticas e hormonais. As vias descendentes inibitórias mediada pela ação dos opióides e
outros neurotransmissores como serotonina, produz uma resposta inibitória da dor e emoção
4. Inervação
Nervos importantes na recepção dos estímulos dolorosos e condução da dor para o cérebro.
5. Bases Científicas da Auriculoacupuntura
Segundo Oleson T. e outros em 1980 descreveram um estudo experimental sobre o diagnóstico auricular e o mapa somatotópico
da dor musculoesquelética com pontos de acupuntura na orelha (Pain 8: 217-229).
Em 2001 Dr. David Alimi, neurofisiólogo da Universidade de Paris, realizou um trabalho de Ressonância Magnética Funcional
demonstrando a correspondência entre o ponto do polegar e o ponto correspondente ao dedo na orelha. Após estimular o ponto
correspondente ao polegar na orelha, nas imagens cerebrais apareceu a ativação da mesma zona do cérebro visto anteriormente
do polegar.
Mei-Ling e outros na Universidade de Yunpei, Taiwan em 2010 Taiwan Society of Anesthesiologists publicaram: “Os efeitos da
acupressão auricular na redução da dor e analgesia em pacientes sob controle após cirurgia lombar”
6. Pontos Auriculares
Localização dos pontos auriculares com slides com figuras
Pontos do Sistema Nervoso – slide com figura
Diagnóstico pela palpação e pelo ponto de menor resistência elétrica usando aparelho de detecção do ponto.
7. Como eu trato algias periféricas com agulhas e eletroacupuntura nos pontos
Demonstração de tratamentos dos diversos tipos de algias com eletroacupuntura com slides de procedimentos sobre cada algia
como:
Cervicobraquialgias
Ombralgias
Epicondilite lateral e medial
Algias das mãos / Tenossinovite de Quervain, Sd Túnel do Carpo
Lombalgias
Gonalgias
Plantalgias, Fasceíte Plantar, Esporão de calcâneo
Cefaléias
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Diagnóstico da Obesidade pela MTC
Hiaeno Hirata Ayabe
1. Considerações sobre Obesidade na Medicina Ocidental e na Medicina Chinesa
Os avanços das pesquisas sobre propriedades metabólicas do tecido adiposo e as recentes descobertas sobre a sua capacidade
em produzir hormônios atuantes estão revolucionando conceitos sobre a sua biologia
2. Etiopatogenia da Obesidade na Medicina Ocidental
• Fatores comportamentais – desequilíbrio, nutricional, inatividade física e secundário a drogas
• Fatores genéticos
• Fatores sociais
• Fatores hormonais – alterações neuroendócrinas
3. Zonas do cérebro responsáveis pela fome e saciedade – como hipotálamo
Considerações na Medicina Tradicional Chinesa
1. É uma doença do Baço associada a um processo de desequilíbrio e adoecimento de outros órgãos como: Coração, Fígado, Rim
2. Etiologia
- Fatores exógenos como frio e umidade
- Fatores endógenos como emoções e alimentação desregrada
Etiopatologia do Frio - slides apresentando influência do frio em diversos órgãos
Etiopatologia da Umidade - slide com retenções e calor no Estômago e retenção e umidade no Baço com deficiência de Qi do Baço
Estagnação de Qi do Fígado - slide apresentando alterações de órgãos por influência da estagnação de Qi
3. Classificações da Obesidade de acordo com a distribuição da gordura corporal:
Tipo Yin = ginecóide e Tipo Yang = andróide
4. Diagnóstico da Obesidade na Medicina Tradicional Chinesa de acordo com as Síndromes baseado na aula da Profa. Qiao Wenlei,
Beijing – China e outros
Sindromes por:
Excesso – calor e fogo no Estômago, Fogo no Coração com transtorno compulsivo alimentar
Excesso e deficiência – invasão do Qi do Fígado levando a calor no Estômago e deficiência de Qi de BP
Deficiência – deficiência de Qi e Yang de BP e Rim
Secundária a doenças congênitas e endócrinas
5. Descrição de cada síndrome com slides e tratamento das mesmas com ervas chinesas e brasileiras
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DE
palestras
PALESTRAS
CERVICALGIA
Hideki Hyodo
O pescoço controla os movimentos da cabeça em relação ao resto do corpo e serve a duas funções básicas: (1) como passagem para
sangue, nervos, alimentos e ar e, (2) como pedestal para apoiar a cabeça. Muitas estruturas importantes estão concentradas nessa área,
portanto os problemas fisiológicos desta região, incluindo a cervicalgia, têm um impacto sobre o corpo todo, causando distúrbios nos
sistemas respiratório, cardiovascular, endócrino e digestório, além de afetar as atividades dos sistemas autônomo e linfático. Uma vez
que os olhos e os órgãos vestibulares são localizados na cabeça, informações vindas dos mecanorreceptores das estruturas do pescoço
são cruciais para interpretar os dados vestibulares e para controlar as funções motoras que dependem das informações visuais. Cerca
de duas dúzias de músculos na região cervical e na região superior do dorso suportam e movem o pescoço e a cabeça; em decorrência
desta mobilidade, as articulações e discos se tornam propensos ao desgaste o que podem gerar inflamação ou até deformidade estrutural.
A dor cervical mecânica acomete um grande número de indivíduos sendo uma das principais queixas de afastamento de trabalhadores
de suas atividades profissionais, caracterizando-se como problema de saúde pública com forte impacto socioeconômico. O impacto das
cervicalgias nas atividades diárias dos indivíduos e na sociedade em geral, demonstra a importância de se oferecer tratamentos eficientes
aos portadores destas patologias.
Os estudos da região cervical na literatura médica são menos frequentes que os realizados na região lombar. Além disso, associam-se nos
estudos das dores da região cervical, as dores originárias da nuca e as dores originárias do ombro.
A fisiopatologia da maioria das condições de cervicalgia não é esclarecida. Existem evidências de distúrbios do metabolismo oxidativo
e níveis elevados de substâncias que provocam dor muscular na região cervical, que sugerem que a circulação ou o metabolismo
deteriorado do músculo local podem fazer parte da fisiopatologia.
A dor cervical ou cervicalgia se associa também com a alteração da coordenação dos músculos cervicais e a deterioração da propriocepção
do pescoço e dos ombros. As evidências sugerem que estes fenômenos são ocasionados pela dor, mas também podem agravar a
condição. Cervicalgia de ocorrência pós-traumática, a lesão de tecidos moles pode dificultar a informação a partir dos mecano-receptores
nos tecidos acometidos, e provocar disfunções sensitivas e motoras.
Dentre as pesquisas clínicas há várias evidências científicas mostrando que a acupuntura é eficaz para o tratamento de diversas condições,
tais como a cervicalgia. A acupuntura, técnica oriental milenar, apresenta um comprovado efeito no alívio da dor originada de vários fatores.
Apesar de seu mecanismo não estar ainda completamente elucidado, sabe-se que os pontos estimulados pela acupuntura envolvem a
liberação de opióides endógenos com aumento da concentração de endorfinas e também de serotonina no líquido cefalorraquidiano em
indivíduos submetidos à acupuntura. Além do efeito analgésico, a acupuntura provoca múltiplas respostas biológicas favoráveis como a
melhora da oxigenação tissular, aumento o aporte sanguíneo, efeito analgésico e miorrelaxante, otimiza o estado emocional do paciente
favorecendo um melhor desempenho na mobilidade articular.
Segundo os conhecimentos da medicina tradicional chinesa, o processo de adoecimento inicia-se com a desarmonia do Yang e do Yin.
A alimentação desregrada, o estresse, as emoções reprimidas, as intoxicações, as fadigas (física, mental e sexual) são fatores que
enfraquecem a Energia Vital (Qi) dos Órgãos/Vísceras. Nesse contexto, a cervicalgia pode-se originar a partir de diferentes mecanismos
tais como: traumatismos, quando as dores agudas e a rigidez do pescoço surgem após traumatismo, podendo-se também apresentar
dor ou paresia nos braços, invasão de vento frio, na qual a dor aguda e rigidez do pescoço origina-se após exposição ao vento e ao frio,
doenças degenerativas crônicas, decorrente de doenças como artrite, espondilite, osteoporose, entre outras, estagnação do Qi do fígado
e hiperatividade do yang do fígado, que causa rigidez e dor crônica da região cervical agravada por estresse emocional, deficiência do rim,
que manifesta como astenia e frequentemente associado a lombalgia.
A Medicina Tradicional Chinesa não divide as dores da coluna por segmentos. Considera todo o conjunto, com diferentes períodos de
sintomatologia dolorosa. Na realidade, a presença da dor obedece ao trajeto dos Canais de Energia Principal do Intestino Delgado e
da Vesícula Biliar, Canais de Energia Curioso Du Mai e meridianos tendinos musculares do Du Mai. Estes canais, quando afetados por
energias perversas, podem provocar a estagnação de energia e sangue, consequentemente a dor.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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resumos
RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
Pontos HP - Local e Indicação
Hong Jin Pai
Diretor medico pelo WFCMS
Medico do Centro de Dor e Centro de Acupuntura - HC-FMUSP
Coordenador do CEIMEC
HP 1
•
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•
•
•
•
No centro da terça parte posterior da linha horizontal que passa no meio do m. esternocleidomastóide
Dor no MS homolateral Tendinite, tenossinovite,
Síndrome do túnel do carpo, Distrofia simpático reflexa no MS ou no MI
Fenômeno de Raynaud
Cervicalgia,
Ombro doloroso
•
•
•
•
•
•
3 cm (tsun ) abaixo do ponto médio , entre C 3 e PC 3, ou no meio do m. pronador redondo
Distrofia simpática reflexa
Tendinite dos flexores da mão,
Sínd do túnel do carpo,
Dor do m. pronador redondo,
Epicondilite medial
HP 2
HP 3 (2 PONTOS)
• agulhar horizontal mente em direção à prega do punho
• Na altura do PC 6, um entre o tendão do m. flexor do carpo e o rádio,e o outro entre o tendão do m. palmar longo e a ulna.
• Dor nos m. flexores dos dedos,
• Sínd. do túnel do carpo,
• Dor no punho (OA e AR),
• Parestesia da mão,
• Dor no ombro,
• Neuroma de Morto
HP 4
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Da ponta lateral da crista ilíaca, 3 cm para o lado medial e 3 cm para baixo
Usar agulha de 7 cm no lugar de VB 30
Bursite
Lombalgia, Síndrome do m. piriforme
Lombociatalgia,
OA coxofemoral,
Dor na banda ilíaco-tibial
Palp. Óssea - Posterior crista ilíaca (corta L4 - L5)
- EIPS
- T. isquiática
- Processos espinhosos
- Coccix
- Anterior
- Cic. umbelical (L3-4) e promontório sacral.
•
•
•
•
•
•
•
Na borda lateral da inserção do m. adutor da coxa no púbis
MMII semifletidos e em rotação externa
Agulha de 7 cm ou duas de 4cm
Tendinite do m. adutor da coxa,
Dor coxofemoral,
Algia pélvica,
Vaginismo
HP 5
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
HP 6
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•
4-5 cm acima da borda superior da patela
Dor na face posterior do joelho,
Dor no joelho,
Dor na face anterior do tornozelo
•
•
•
•
No ponto médio entre R3 e R6 (1cm abaixo da borda inferior do maléolo medial) Fasciíte plantar
Tendinite do calcâneo
Dor no músculo gastrocnêmio
HP 7
HP 8 (RM 23)
• Na linha mediana do pescoço, no ponto médio e atrás do bordo inferior da mandíbula.
• Agulhar inclinada, profundidade de 2 a 3 cm
• Enxaqueca bilateral,
• Cefaléia occipital,
• Cefaléia tensional ,
• ATM-Dor orofacial
• Dor facial atípica
HP 9
•
•
•
•
•
•
No ângulo esternal (articulação manúbrio-esternal)
Agulhar subcutaneamente em direção à fúrcula
Cervicalgia,
Cefaléia tensional
Cefaléia occipital,
Dispnéia
HP 10 (E 25), BILATERAL
• Agulhar no E 25, de maneira subcutânea, direcionando a agulha lateralmente por 2 cm
• Cefaléia têmporo-parietal
• obs: se a direção da agulha for medial, a indicação é cefaléia frontal
HP 11 (RM 12)
• Introduzir a agulha perpendicularmente, e depois agulhar para 4 direções: ombros e quadris
• Fibromialgia,
• Ombro doloroso,
• Dor coxofemoral
• Algia pélvica
HP 12
• Introduzir a agulha 1cm acima do ponto ex CP 3 (extra 5), até a raiz do nariz
• Faringite aguda,
• Rinite
• Cefaléia frontal
C. tensional
Enxaqueca
HP 13
•
•
•
•
•
•
1cm acima da borda lateral da crista ilíaca
Dor inguinal,
Lombalgia,
Dor pélvica,
dismenorréia
Síndrome toracolombar
HP 14
•
•
•
•
•
1 cm ou 1 cm e meio ao lado do DM 14
Cervicalgia
Parestesia nos MMSS
Ombro doloroso
Teste terapêutico
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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HP 15
•
•
•
1 cm do lado medial do VB 21
Agulhamento perpendicular
Dor por neuralgia herpética no tronco e na região pélvica
HP 16
•
•
•
Localizá-lo 1 cun anterior ao ponto E7, ou seja, no bordo anterior do músculo masseter.
Inserir a agulha perpendicularmente no bordo anterior do músculo masseter.
Indicações - Dor orofacial
Cefaléia Tensional
Cervicalgia
HP 17
•
•
•
•
São dois pontos, um em cada lado da coxa.
Localiza-se cerca de 3- 5 cun acima do joelho.
Inserir uma agulha de 7 cm, lateral e/ou medialmente em direção ao lado oposto, 1/3 distal do fêmur.
Indicações -tratar dor na face lateral, medial ou anterior da coxa.
resumos
RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
HP 18
• São dois pontos, um na face lateral, outro na face medial da coxa, 3 a 5 cun acima da prega posterior do joelho.
• Inserir uma agulha de 7 cm lateral e/ou medialmente, em direção ao lado oposto, sob o 1/3 distal do fêmur.
• Indicações - dor na face lateral e/ou medial do joelho e Tendinite da Pata do Ganso.
Pontos HP 17 /18 (F9)e método de agulhamento modificado
• Dor do joelho
• Fasciíte plantar
• Pata de ganso (tendinite anseriana)
• Dor na face medial: lesão do ligamento colateral medial, tendinite dos adutores
• Dor na face posterior do joelho
• Lombalgia
HP 19
• Localizado no bordo superior da patela.
• Inserir subcutaneamente uma agulha do centro do bordo superior da patela em direção à face medial e outra em direção à face
lateral do joelho.
• Indicações - tratar dor aguda ou crônica do joelho e dor da neuropatia diabética da perna e pé.
HP 20
•
•
•
•
1 cun acima do ponto IG 4.
Inserir a agulha obliquamente em direção ao punho.
Tem mais efeito analgésico que o IG4.
Indicações - rizartrose, dor no punho e tendinite do extensor do polegar e do indicador.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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palestras
PALESTRAS
Hipertensão Arterial Sistêmica
Iberê Machado
Assintomática na grande maioria dos casos, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônico-degenerativa de natureza
multifatorial onde, em geral, vários sistemas estão ativados, comprometendo fundamentalmente o equilíbrio dos sistemas vasodilatadores
e vasoconstritores que mantêm o tônus vasomotor, determinando alteração deste, favorecendo a uma vasoconstrição, causando a
elevação da pressão arterial. A redução da luz dos vasos acarreta danos aos órgãos por eles irrigados.
De todos os sistemas neuro-humorais envolvidos na hipertensão arterial, os principais são o sistema nervoso simpático e o sistema
renina-angiotensina-aldosterona. Os rins possuem participação fundamental no desenvolvimento da doença, pois são responsáveis pelo
balanço hidro-eletrolítico.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é caracterizada pelo aumento dos níveis pressóricos acima do que é recomendado para uma
determinada faixa etária.
Classificação da P.A.
P.A. Sistólica (mmHg)
P.A. Diastólica (mmHg)
Ótima
≤ 120
e
≤ 80
Normal
< 130
e
≤ 85
Limítrofe
130 a 139
ou
85 a 89
Estágio I
140 a 159
ou
90 a 99
Estágio II
160 a 179
ou
100 a 109
Estágio III
≥ 180
ou
≥ 110
H.A. Sistólica Isolada
≥ 140
e
< 90
Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006.
A HAS pode ser primária ou secundária. Na hipertensão arterial primária não há uma causa para o aumento da pressão arterial, mas
geralmente existe predisposição genética. Nos casos de hipertensão arterial secundária, é possível se determinar a causa do aumento
da pressão arterial. Como causas secundárias de hipertensão arterial, podemos encontrar: as nefropatias (Doença renal crônica), o
diabetes, Síndrome da apneia obstrutiva do sono, os tumores das glândulas supra renais, Hipertensão induzida por drogas, Hipertensão
renovascular, doenças da tireoide ou paratireoide.
O desenvolvimento da hipertensão arterial dependerá da integração de fatores genéticos e ambientais. Em indivíduos com predisposição
genética e com estilo de vida inadequado (sedentarismo, dieta hipersódica, hipercalórica e hipergordurosa, tabagismo, alcoolismo) a
doença se manifesta mais precocemente, geralmente próximo da terceira década de vida.
A HAS apresenta alta morbimortalidade sendo fundamental o diagnóstico e o tratamento adequados para a modificação da história
natural da doença hipertensiva, levando-se em conta os fatores do risco individual do paciente hipertenso (idade, sexo, etnia, fatores
socioeconômicos, sal, obesidade, álcool, sedentarismo) para decidir a estratégia terapêutica mais adequada.
FATORES DE RISCO
PESSÃO ARTERIAL
Normal
Sem fator de risco
Limítrofe
Sem risco adicional
Estagio I
Estágio II
Estágio III
Risco baixo
Risco médio
Risco alto
Um ou dois fatores de risco
Risco baixo
Risco baixo
Risco médio
Risco médio
Risco muito alto
Três ou mais fatores de risco
ou lesão de órgão alvo ou
diabetes
Risco médio
Risco alto
Risco alto
Risco alto
Risco muito alto
Doença cardiovascular
Risco alto
Risco muito alto
Risco muito alto
Risco muito alto
Risco muito alto
Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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PALESTRAS
Categorias de risco
Estratégia
Sem risco adicional
Tratamento não medicamentoso isolado
Risco adicional baixo
Tratamento não medicamentoso isolado – 6 meses
Ausência de resposta – associar tratamento medicamentoso
Risco adicional médio
Risco adicional alto
Risco adicional muito alto
Tratamento não medicamentoso + medicamentoso
Tratamento não medicamentoso + medicamentoso
Tratamento não medicamentoso + medicamentoso
Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006.
Medidas comprovadamente eficazes no tratamento não medicamentoso: atividade física, restrição do sal, dietas ricas em potássio,
eliminação do álcool e tabaco, mudança no estilo de vida e acupuntura.
ACUPUNTURA e HIPERTENSÃO
A hipertensão se deve ao desequilíbrio Yin – Yang do sistema Rim – Fígado, (o Yin mantém o Yang; quando o Yin é deficiente ele não
consegue manter o Yang) levando ao escape do Fogo do Fígado que pode ter a sua origem no vazio do Yin do Fígado, vazio do Yin do Rim
e nas doenças de evolução crônica, que de forma geral apresentam mucosidade calor sendo um adicional de calor ao Yang que escapa,
com as manifestações das formas complexas de Hipertensão Arterial.
Emoções reprimidas como a cólera, tristeza, angústia e ansiedade, comprimem o Yin do Fígado com liberação do Yang dando origem ao
quadro hipertensivo ligado à esfera emocional/psíquica.
A deficiência do Yin do Rim pode ser inata ou causada por fadiga e excessos seja de trabalho ou sexuais, emoções como medo,
preocupação ou cólera, situações estas que repercutem sobre o Fígado comprimindo o Yin e liberando o Yang do Fígado.
A compressão do Yin do Fígado compromete a função do órgão fígado, interferindo na metabolização das proteínas, lipídios e glicídios, em
decorrência do qual se observa aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos, fatores de risco para os hipertensos.
Por outro lado, pela relação de geração o aumento do Yang do Fígado eleva o Yang do Coração, o que potencializa a força da bomba
cardíaca que associado à resistência periferia, determina a elevação da pressão arterial.
Na Hipertensão Arterial Yang os sintomas de excesso estão mais evidentes, podendo chegar ao estado de Fogo do Fígado com a formação
do vento interno. A Hipertensão Arterial Yin, vem acompanhada de poucos sintomas, más devido à deficiência do Yin.
Nas formas crônicas e mais complexas de Hipertensão Arterial, o Fígado tem prejudicado a sua função controle (ciclo de cotrole ou
inibição) acabando por comprometer o Sistema Baço-Pâncreas e esse, por sua vez, também por comprometimento do mesmo ciclo deixa
de exercer controle sobre o Rim, com prejuízo na formação e metabolização dos líquidos orgânicos e excreção dos líquidos impuros com
aparecimento umidade-mucosidade e mucosidade-fogo levando ao estado de Estagnação de Qi e Sangue e agravamento do quadro.
Tratamento com acupuntura
Acalmar o mental com os pontos: VG20, YT, VC1,7 C7, e CS6. Tratar a Plenitude do Fígado com os pontos F14, F3, F8 e B18. Regularizar
o Fogo do Fígado com os pontos F3 e VB34. Tratar o Rim Yin e o Rim Yang: VC4, B23, B52, R3 e R7 em direção ao R8. Tratar a Plenitude do
Coração com os pontos VC14, C7 e B15. Tonificar o Sistema BP-E com os pontos VC12, F13, BP3, E42, B20 e B21. Metabolizar a Umidade
com os pontos BP3, E37 e E40. Aumentar a diurese com os pontos VC9 e BP9. Uso de pontos hipotensores como sagrar o ápice da orelha,
retirando 12 gotas de sangue, com o objetivo de baixar a pressão, sem visar o tratamento a causa, sendo útil nas urgências. Alem dos
pontos CS5 (circular o Yong e o Sangue(Xue), VB25 Mo do Rim) e VB21, este em dispersão. Zona da Vasomotricidade na craniopuntura
clássica, empregando-se duas agulhas voltadas uma em direção à outra ( emprego na H.A. de origem renal). Poderiam ainda ser incluídos
vários outros pontos curiosos por suas ação sobre a hipertensão arterial. Pesquisar na orelha os pontos Shen Men, Coração, Rim, Ponto
hipertensão e Sub córtex, que se ativos podem também ser tratados.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
ACUPUNTURA NOS CONVÊNIOS - ESTRATÉGIAS E PERSPECTIVAS
Ivan Ferreira de Araújo
INTRODUÇÃO
A inclusão da Acupuntura na antiga LPM/99 e sua subseqüente inserção no Rol de cobertura obrigatória da ANS representou um grande
avanço para nossa especialidade, sendo parte de uma estratégia da extinta SMBA, tanto para ampliar o mercado de trabalho para os
médicos acupunturistas, como para combater indiretamente a prática não-médica da acupuntura.
Com o advento da CBHPM em 2003, ocorreu a separação dos procedimentos relacionados à acupuntura, o que, embora tendo sido
benéfico para nossa especialidade, tem gerado diversos conflitos, limitando os honorários de grande número de colegas, que atendem
convênios em todo o país.
PROCEDIMENTOS NA CBHPM
Na última versão da CBHPM, os procedimentos de cobertura obrigatória mais comumente realizados pelos médicos acupunturiatras são:
• Acupuntura por sessão, porte 2C (código: 3.16.01.01-4 );
• Infiltração de pontos-gatilhos ou agulhamento seco (por músculo), porte 3A (código: 2.01.03.30-1);
• Estimulação Elétrica Transcutânea, porte 3A (código: 3.16.02.18-5).
OBS.: Este último procedimento, cujo porte anestésico havia sido retirado nas duas versões anteriores da CBHPM, voltou “misteriosamente”
em sua sexta edição, sem que uma justificativa plausível tenha sido apresentada pela AMB. Isso não nos impede de realizarmos e
cobrarmos das operadoras esse procedimento, pois não existe nenhum protocolo de utilização para o mesmo no rol de cobertura
obrigatória (TUSS) da ANS.
PROCEDIMENTOS RELACIONADOS À ACUPUNTURA
Apresentamos recentemente, a pedido da AMB, uma lista, sugerindo os procedimentos relacionados à acupunturiatria, com uma
descrição sumária dos mesmos. Dois dos procedimentos que nela constavam (auriculoterapia e moxa) foram rejeitados a priori, até que
mais “evidencias científicas” sejam apresentadas.
Auriculoterapia - Consiste na estimulação de mecano-receptores situados em pontos reflexos do pavilhão auricular, através da fixação de
dispositivos semipermanentes. Esse procedimento é realizado após a sessão de acupuntura, com o objetivo de prolongar e potencializar
os efeitos terapêuticos da mesma. O porte sugerido quando de sua inclusão na CBHPM é também o 2A.
Termopuntura ou moxa - Trata-se da aplicação de uma fonte puntiforme de calor sobre zonas neurorreativas da pele ou pontos
acupunturais. Esse procedimento é tradicionalmente usado como coadjuvante da acupuntura, principalmente em quadros crônicos de
natureza reumática, agindo por meio da estimulação de termo-receptores. Para esse procedimento, sugerimos o porte 2A, para sua
inclusão na CBHPM.
Foi incluída nessa lista a estimulação elétrica percutânea ou eletro acupuntura, cuja inclusão na CBHPM recebeu um parecer favorável.
Sua descrição sumária é:
Eletroestimulação Percutânea ou Eletroacupuntura – É a estimulação elétrica aplicada nas agulhas, após a realização da acupuntura,
com a finalidade de potencializar e prolongar seus efeitos, tanto no tratamento da dor, como dos distúrbios funcionais. A intensidade
de corrente de cada canal deve ser regulada, respeitando-se a sensibilidade individual do paciente e reajustada sempre que esse sentir
algum desconforto durante a sessão. Pela complexidade desse procedimento e pelo tempo despendido pelo médico na sua realização,
sugerimos que seja remunerado pelas operadoras, mediante código próprio a ser incluído na CBHPM, quando de sua próxima revisão,
com o porte 3A.
Estimulação elétrica Transcutânea ou acu-TENS - Difere do TENS convencional, por utilizar preferencialmente freqüências baixas e
médias, sendo aplicada nos pontos de acupuntura, através de eletrodos transcutâneos. Seu uso em pontos situados nas extremidades e
em outras áreas mais sensíveis do corpo tem efeitos similares aos da acupuntura, sendo esse procedimento indicado principalmente para
os pacientes hiperalgésicos ou com fobia de agulhas, mas servindo também para potencializar os efeitos da Acupuntura nos quadros de
difícil tratamento. Cód. CBHPM - 3.16.02.18-5. Porte 3A
Enquanto não for incluída a estimulação percutanea na CBHPM, pode-se utilizar esse código para a eletroacupuntura.
Acupuntura ou Punções com Agulhas de Acupuntura (por sessão) - Consiste na inserção e manipulação de agulhas especiais em
diversas zonas neurorreativas do corpo, com a finalidade de tratar doenças e promover a saúde, através da neuromodulação do eixo psiconeuro-imuno-endócrino. Cód. CBHPM - 3.16.01.01-4
Solicitamos a volta do porte 3A para esse que é o principal procedimento utilizado pelo médico Acupunturiatra, tendo recebido um parecer
favorável da CNHM, a qual solicitou-nos mais subsídios, ao que atendemos prontamente.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
Agulhamento Seco (por músculo) - Trata-se da punção de músculos disfuncionais, com a finalidade de restaurar seu tônus normal, com
o conseqüente alívio de sintomas músculo-esqueléticos e restabelecimento da higidez da função muscular e articular. Cód. CBHPM - 2.
01.03.30-1 – Porte 3A.
Infiltração de pontos-gatilhos (por músculo) – Consiste na infiltração de anestésicos locais, com a finalidade de dessensibilizar pontos
dolorosos, principalmente nos quadros álgicos crônicos rebeldes a outras abordagens terapêuticas. Cód. CBHPM - 2. 01.03.30-1- Porte
3A.
OBS.: Sugerimos o desdobramento desse procedimento, quando da próxima edição da CBHPM distinguindo-o do agulhamento seco, por
se tratarem de procedimentos distintos, mas o parecer da CNHM foi desfavorável.
AUDITORIA MÉDICA
A Acupunturiatria é uma especialidade relativamente nova, quando comparada às demais especialidades médicas. Isso tem levado a
inúmeros conflitos e transtornos, envolvendo a auditoria médica das operadoras de planos de saúde, tais como:
• A exigência de justificativa e/ou comprovação científica da indicação da acupuntura no tratamento dos usuários de planos de
saúde;
• A limitação ou parametrização arbitrária, tanto do número de sessões de acupuntura, como dos demais procedimentos a
realizados pelos acupunturiatras;
• A não remuneração pelas agulhas e demais materiais utilizados na prática acupunturiátrica.
Diante desse quadro, é fundamental ressaltar-se que:
• Os procedimentos por nós utilizados fazem parte do rol de cobertura obrigatória da ANS, não havendo para eles protocolos de
utilização. Cabe portanto ao próprio médico acupunturiatra definir quais procedimentos devem ser empregados, bem como o
número de sessões necessárias ao tratamento de cada paciente em particular;
• A não observância desse preceito por parte de um auditor dá margem tanto a uma denúncia na ANS pelo paciente/ usuário
lesado, como ao CRM, por parte do médico, cujo trabalho está sendo cerceado;
• A Câmara Técnica de Acupuntura do CFM propôs uma resolução a esse respeito, a qual deverá ser apreciada pelo pleno do
CFM, oportunamente, após cuja aprovação deverá ser publicada, formalizando explicitamente esse entendimento.
PRÁTICA NÃO-MÉDICA
Como já tem sido amplamente divulgado, o TRF 1ª região definiu a acupuntura como ato médico, tornando sem efeito as resoluções dos
conselhos de diversas profissões, as quais autorizavam esses profissionais a praticarem acupuntura.
Por se tratar de uma decisão colegiada, ela não é passível de efeito suspensivo, apesar dos recursos a instâncias superiores.
Desse modo, o credenciamento de fisioterapeutas e outros profissionais não-médicos por operadoras de planos de saúde, para praticarem
acupuntura passou a constituir-se numa desobediência a ordem judicial, devendo ser, portanto, denunciada e coibida.
Além disso, os diretores técnicos dessas operadoras devem ser denunciados ao CRM local, podendo responder a processo ético por
delegarem ato médico a outros profissionais.
CONTRATUALIZAÇÃO
A COMSU, constituída pelas entidades AMB, CFM e FENAM elaborou uma proposta à ANS de contratualização, com o intuito de
resguardar os interesses dos médicos, frente às operadoras de planos de saúde.
Uma vez aprovada, ela aumentará nosso poder de barganha, obrigando as operadoras a firmarem contratos mais justos, elaborados com
a participação de entidades médicas representativas, com cláusulas claras, que garantam uma remuneração justa, com base na CBHPM.
O modelo de contrato já definido prevê, dentre outros tópicos, os reajustes anuais, o respeito à ética médica e às resoluções dos
Conselhos de Medicina, a proibição de glosas abusivas, etc.
O CMBA, do mesmo modo que as demais Sociedades de Especialidades, apóia amplamente essa e outras iniciativas da COMSU, na
certeza de que juntos somos mais fortes para negociarmos com as operadoras de planos de saúde, em prol de uma remuneração mais
condigna.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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RESUMOS de
DE
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PALESTRAS
Eletro acupuntura no tratamento das doenças neurológicas
JAIME YOSHIYUKI YAMANE
Aqui vão relatadas apenas noções básicas no que diz respeito ao tratamento das doenças neurológicas. Como sabemos a maior parte
das doenças neurológicas ocorre como resultado de um desequilíbrio ou nos eixo Rim/Fígado ou no eixo Rim/Coração ou no eixo Fígado/
BaçoPancreas, desequilíbrio este que leva à formação e acumulo de calor e mucosidade no nível do SNC.
Então é compreensível que o tratamento deveria ser sempre preventivo para evitar estes desequilíbrios, mas como a maioria dos pacientes
vem ao nosso consultório uma vez desencadeado o problema, vamos nos ater a um tratamento que visa a melhoria das sequelas destes
problemas neurológicos.
Em primeiro lugar como já dissemos se trata de um acumulo de calor na parte alta do nosso corpo, e para melhorar isto temos duas
técnicas que não utilizam a EACP mas que para o tratamento geral é muito importante e que são:
1. Aliviar o Yang da cabeça
• VG23 Yin Tang Tae Yang VB16 TA23 E8 B2
• se não diminui a tensão na cabeça podemos sangrar VG24 e E8
• podemos acrescentar E9 VB1 B1 que são pontos janelas do céu
2. Técnica da purificação cérebro
• VG19 VG21VB17 orientados em direção ao VG20 que também é picado
• pico o VB8 orientado para o TA20
• e o VB4 em transfixação em direção ao VB7
3. Tratamento geral
• abafar o fogo do Fígado VB34 F3
• acalmar o mental VG20 VC17 C7
• tratar ao máximo o Rim tanto o Yin como o Yang – VC4 B23 B52 R3 R7 VG15 IG16 VB39 B11 B43
• pontos da medula VG20 E VG15 orientados um para o outro
• precisa tratar o Fígado – B18 F14 F3 B47 VB34
• tratar a mucosidade – E40 E37 BP3
Isto é um tratamento que pode ser realizado para a maioria das doenças neurológicas. De maneira mais específica podemos utilizar as
diferentes zonas da craniopuntura que são utilizadas para tratamentos específicos das diferentes sequelas neurológicas, assim de uma
forma bem genéricas temos abaixo a descrição das diferentes zonas e a sua possível utilização com a eletro estimulação.
A maneira de localizar as diferentes zonas de tratamento da craniopuntura:
- a linha média antero posterior, é uma linha que vai da glabela até a protuberância occipital externa. Dividimos esta linha em 2 partes e
temos o ponto médio, e a 1,0 cm para trás deste ponto temos o 1º ponto de referencia.
- outro ponto de referência é uma linha que vai do meio da sobrancelha até a mesma protuberância occipital externa, no ponto em que
encontra a raíz do cabelo.
- da união destes dois pontos, obtemos uma linha que chamaremos zona motora
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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PALESTRAS
área motora
- uma linha que se inicia a 1,0 cm posterior, ao meio da linha média da cabeça, e que se projeta diagonalmente pela cabeça até um ponto
de intersecção da linha sobrancelha- protuberância occipital externa. Esta área é dividida em cinco partes, e cada parte tem sua função
no tratamento das diversas afecções das áreas motoras.
membros inferiores
- é a área que corresponde ao primeiro quinto da área motora, e serve para tratamento de problemas motores dos membros inferiores.
membros superiores
- corresponde ao segundo e terceiro quintos da área motora, e trata afecções motoras dos membros superiores.
área facial e primeira área da fala
- corresponde aos dois quintos inferiores da área motora, e trata problemas de paralisias de face, afasia motora, salivação excessiva e
problemas de fala.
- A área motora é usada principalmente nas afecções neurológicas em que o paciente apresenta paralisias do tipo espásticas.
área sensorial
- corresponde a uma linha paralela á área motora, 1,5 cm para trás. Como na área motora, também é dividida em cinco partes que podem
ser tratadas como veremos a seguir. A área sensitiva é usada principalmente para o tratamento das afecções neurológicas do tipo flácidas.
membros inferiores, cabeça e tronco
- corresponde ao quinto superior da área, e trata dores lombares, ou parestesias, sensação de peso e formigamentos desta área, cefaléias
occipitais, torcicolos e vertigem.
membros superiores
- corresponde ao segundo e terceiro quintos desta área, e trata principalmente dor, formigamento e parestesias dos membros inferiores.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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área facial
- os dois quintos inferiores da área sensorial e pode tratar enxaqueca, trigemialgia, dor de dentes e artrites da articulação temporomandibular.
área de controle de tremores e coreia
- linha paralela e 1,5 cm anterior á área motora. Trata tremores inclusive Parkinson.
- área de vaso constricção e dilatação :- linha paralela e a 1,5 cm anterior á área da coreia
área auditiva e da vertigem e enjôo
- linha horizontal, que passa 1,5 cm acima e centrada no ápice da orelha, com 4 cm de comprimento
segunda área da fala
- uma linha vertical, 2 cm ao lado da tuberosidade parietal na parte posterior da cabeça, com 3 cm de comprimento.
terceira área da fala
- à meia distância sobre a área da audição e vertigem, uma linha que se projeta para trás, numa distância de 3 cm.
área de movimentos voluntários
- com origem na tuberosidade parietal, três agulhas podem ser inseridas inferiormente, anteriormente e posteriormente com inserção de
até 3 cm. O ângulo entre as agulhas deve ser de 40 graus.
Assim de forma bem geral e sucinta poderemos estar utilizando estas diferentes zonas para tratar tanto problemas motores, como
problemas sensitivos, e algumas áreas específicas também poderão ser utilizadas como para tratar os problemas do tremores utilizando a
zona específica para isto, além da utilização de outras zonas como a chamada área de movimentos voluntários, e esta área é extremamente
importante porque é nesta região que se encontra a chamada área integrativa comum e que comandaria todas as áreas associativas (
assim como o Shen-Coração tem a função de comandar todo o nosso mental e uma boa parte dos distúrbios neurológicos vem de um
desequilíbrio no eixo ShaoYin.
Com relação ao tipo de estimulação, os textos antigos dizem que numa estimulação manual poderemos estar fazendo uma aplicação em
que giramos as agulhas a uma velocidade de 240 a 260 rotações por minuto (rpm), e isto equivaleria a uma eletroestimulação a baixa
frequência com um ritmo de aproximadamente 4 ciclos por segundo ou 4 hertz. Na maioria das estimulações então poderemos estar
utilizando este tipo de frequência de 4 hertz.
Em alguns casos de hiperexcitabilidade neuronal poderemos estar utilizando uma frequência em torno de 8 a 10 hertz que é a frequência
de vibração de um neurônio, tentando fazer com isto que o neurônio hiperexcitado entre em ressonância com esta frequência a baixe a
sua frequência de vibração.
Em outros casos quando queremos uma melhora de comunicação entre os neurônios, queremos prevenir lesões com morte neural
importante, queremos promover crescimento neural e de células da glia, importante na formação da bainha de mielina - esclerose múltipla,
e queremos melhorar e estimular a produção de dopamina - Parkinson, podemos lançar mão de uma estimulação de alta frequência em
torno de 100 hertz.
Bibliografia:
Dzung TV, Neurologia I apresentado no 36º Simpósio Internacional de Neurologia; 2007 Novembro 15-19; São Paulo. Brasil.
Dzung TV, Neurologia II apresentado no 37º Simpósio Internacional de Neurologia; 2008 Maio 22-26; São Paulo. Brasil.
Yacubian EMT, Sakamoto AC. Epilepsia. Em Atualização terapêutica, Editora Artes Médica Ltda. 21ª ed. Artes Médica, 2003. 963-976.
Ferraz HB, Aguiar PMC. Parkinsonismo. Em Atualização terapêutica. Editora Artes Médicas Ltda. 21ª ed. Artes Médicas, 2003. 980-984.
Massaro AR. Acidente vascular cerebral isquêmico. Em Atualização terapêutica. Editora Artes Médicas Ltda.21ª ed. Artes Médicas, 2003.
940-950
Braga FM, Ferraz FAP. Hemorragia subaracnóidea espontânea - Aneurisma e Malformação arteriovenosa. Em Atualização terapêutica.
Editora Artes Médicas Ltda. 21ª ed. Artes Médicas, 2003. 950-953
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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PALESTRAS
PESQUISA CLÍNICA
JERUSA ALECRIM
A medicina moderna é efetiva para prevenir e tratar inúmeras enfermidades. Porém, a pesquisa clínica tal qual concebemos na atualidade
é recente na história da medicina. A metodologia passou a ser desenvolvida nos países anglo-saxônicos após a Segunda Guerra Mundial,
sobretudo pela indústria farmacêutica.
A função da pesquisa clínica é avaliar a utilidade de medicamentos e procedimentos ainda não suficientemente comprovados antes da
disseminação do seu uso pela categoria médica e outros profissionais de saúde. As pesquisas clínicas desenvolvem-se em várias etapas.
A experimentação em seres humanos é posterior aos estudos laboratoriais e experimentais em animais. Estas duas etapas são sempre
necessárias antes do teste em humanos de medicamentos e técnicas ainda não amplamente utilizadas na prática médica. Na fase de
experimentação em seres humanos, inicialmente recorre-se a um número restrito de pessoas e, na dependência dos resultados ampliase a quantidade de pessoas submetidas ao teste. Na maioria das vezes, como a acupuntura já é amplamente usada em todo o mundo,
podemos estruturar os estudos de eficácia terapêutica diretamente em seres humanos sem estudos experimentais prévios.
Com o intuito de garantir os direitos dos seres humanos submetidos aos estudos clínicos, a Associação Médica Mundial desenvolveu em
1964 a Declaração de Helsinque. Esse documento, cuja última atualização se deu em 2008, serve de base a todas as regulamentações
éticas em pesquisa em seres humanos no mundo. Antes de desenvolver qualquer pesquisa clínica temos que elaborar projetos e submetêlo a um Conselho de Ética para que sejam avaliados e aprovados.
As pesquisas clínicas, em geral, geram mais perguntas que respostas. Todo trabalho de pesquisa ao ser concluído deixa atrás de si
um montão de novas perguntas. É isso que instiga e conduz os pesquisadores a darem continuidade aos seus projetos. A colaboração
entre grupos de pesquisas espalhados pelo mundo vem contribuindo para que, pouco a pouco, possamos oferecer aos nossos pacientes
recursos terapêuticos mais seguros, eficazes e confiáveis.
Na palestra sobre Pesquisa Clínica procuraremos dar aos ouvintes uma visão global de como se processa uma investigação clínica, suas
etapas, dilemas e desafios.
Também serão discutidos e apresentados os percalços e avanços das pesquisas clínicas onde se avaliou a acupuntura como recurso
terapêutico.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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PALESTRAS
Acupuntura Integrativa
João Bosco Guerreiro da Silva
A acupuntura já foi chamada de Medicina Alternativa, como se só pudesse ser feita em alternância à medicina moderna. Depois foi
taxada de Medicina Complementar, dando a ideia de uma prática que apenas complementaria o tratamento convencional e nunca poderia
ser usada isoladamente. Depois o binômio (Medicina) Alternativa e Complementar passou a ser usado, talvez para que uma palavra
completasse as deficiências da outra, mas sem fugir, entretanto, de um conceito distorcido e limitado.
Atualmente ganha espaço o nome Medicina Integrativa, termo mais abrangente, que implica que a acupuntura ocupe o seu lugar, de forma
natural, podendo ser utilizada quando a situação assim o exigir, seja de forma isolada, conjunta, complementar ou paliativa, desde que
apoiada em evidências científicas.
Infelizmente ao mesmo tempo em que a medicina moderna dá passos largos para essa integração observamos um movimento dissidente
dentro da própria acupuntura, opondo de um lado praticantes tradicionalistas, que muitas vezes se recusam a observar o avanço
inexorável da ciência e de outro praticantes modernos que tentam se pautar por uma prática desconectada da fundamental contribuição
da experiência milenar acumulada pela acupuntura.
O conhecimento tradicional traz como vantagem a sua empiria elaborada por uma observação sistemática e minuciosa, angariada através
de séculos, baseada em uma visão abrangente do processo saúde-doença. Tem como desvantagem o excesso de conceitos anacrônicos
que devem, sob a peneira do conhecimento científico, ser adaptados e reinterpretados.
O conhecimento moderno é fundamental para o avanço da acupuntura, introduzindo conceitos e disciplinas que não eram abordados ou
conhecidos tradicionalmente. Tem como desvantagem reproduzir o reducionismo da medicina moderna.
Pecados mortais das duas posturas extremas são a postura fundamentalista tradicional – acreditando que o conhecimento antigo está
completo e fechado, não necessitando de atualização – e o cientificismo exagerado, do lado moderno, defendendo que o conhecimento
tradicional é totalmente prescindível e deve ser completamente descartado.
Isso acontece em vários locais do mundo, separando a prática da acupuntura em duas ou mais vertentes, aparentemente irreconciliáveis.
A própria STRICTA (Standard for Reporting Interventions in Clinical Trials in Acupuncture), padrão de normatização das publicações em
acupuntura, coloca a prática em grupos estanques, tais como Medicina Tradicional Chinesa, Coreana, Japonesa, Energética Francesa,
Médica Ocidental, Cinco Movimentos, entre outras, negando a influência e miscigenação entre essas técnicas.
Temos no Brasil, várias escolas e várias abordagens, que longe de se constituírem em entidades isoladas, produzem e recebem influências
umas das outras, dentro da nossa perfeita característica cultural antropofágica, e isso é um fator positivo para o nosso país. A existência
de uma prova nacional de título de médico acupunturiatra e os programas de residência médica em acupuntura devem exigir ao longo de
um curto período de tempo uma homogeneização de conceitos e objetivos, afastando os excessos dos pensamentos radicais e levando
a constituição de um modelo de Acupuntura Integrativa. Modelo esse que vê a acupuntura como uma ciência em evolução, em que o
conhecimento tradicional acumulado deve ser aparado, peneirado, reorganizado, além de adicionado de todo o conhecimento moderno
que possa contribuir consideravelmente para a melhora da prática clínica, levando a nossa especialidade ao lugar que merece.
É papel do Colégio Médico de Acupuntura, das Faculdades de Medicina onde a acupuntura é plenamente exercida, das várias escolas
de formação do país e de cada um de nós, acupunturiatras, a defesa de uma especialidade forte, unida, tolerante e respeitadora da
diversidade de pensamento, que possa se implantar não só no país, como servir de exemplo ao mundo.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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DE
palestras
PALESTRAS
Como redigir e publicar
João Bosco Guerreiro da Silva
Por que publicar?
A publicação, como já diz o nome, serve para tornar público o que estamos fazendo. No sentido científico para informar, criticar ou
recomendar algo.
É a fase final, de consolidação de um trabalho. Ajuda a construir conhecimento e também as carreiras, mas muitas vezes é negligenciada
por quem não é da área acadêmica, já que esses percebem que a expressão anglofônica publish or perish (publique ou pereça) é
verdadeira.
Temos no nosso país uma situação bastante ativa da acupuntura, muito acima da média de países desenvolvidos. Isso entretanto não é
conhecido, principalmente pela nossa dificuldade em tornar público (publicar) o que fazemos.
Possuímos uma das maiores concentrações de médicos acupunturiatras no mundo, serviços públicos de saúde, penetração nas
universidades, título de especialização realizado pela associação médica nacional, residência médica (esta única no mundo ocidental)
mas não tornamos isso público.
Talvez acreditemos que só são dignos de publicação estudos clínicos randomizados com centenas de pacientes, coisa que a nossa
organização ainda não permite.
As revistas aceitam e estão interessadas em bons relatos de caso, série de casos, estudos epidemiológicos, observacionais, debates,
artigos teóricos e de educação, além de cartas ao editor apresentando situações interessantes mas que não cabem na definição de artigo.
Onde publicar?
Qual o público almejado? Pesquisadores? Clínicos? Formadores de opinião? Que tipo de revista? Específica? Geral?
Dependendo da publicação ela pode encontrar espaço em uma revista brasileira mesmo que não tenha foco em acupuntura. Ou ainda em
uma das várias revistas internacionais que se destinam à acupuntura ou à medicina integrativa. Muitos editores já reconhecem, respeitam
a acupuntura brasileira e vem com bons olhos o que é submetido do nosso país. Mesmo este autor é editor associado de uma delas.
Como redigir?
Cada tipo de artigo merece uma consideração. Vamos nos ater aqui a um artigo clássico de pesquisa, que obedece à sigla em inglês
IMRAD (Introduction, Methods, Results, Discussions, Titles and Abstracts).
Esta é uma fórmula que procura levantar a Questão para um determinado Problema, demonstrar a Evidência e apresentar a Conclusão.
Por que essa pesquisa tem que ser feita? É justificada? Por que deve ser feita desse jeito? Como você fez? O que achou? O que significa?
O que isso acrescenta? Devo acreditar nos achados? O que precisa ser feito?
Essas perguntas devem ser distribuídas e respondidas ao longo da exposição seguindo estas trilhas bem definidas:
Introdução: Identificar uma lacuna. Preencher essa lacuna.
Métodos: A parte mais importante. O que foi feito e como, de forma detalhada, para que possa, em tese, ser reproduzido. Ordem
cronológica. O desenho do estudo, a aprovação, o consentimento informado. O recrutamento e o critério de inclusão e exclusão dos
indivíduos. Recorrer às padronizações do Consort e Stricta. Quais são os objetivos principais e secundários? A intervenção (tratamento).
A randomização e o mascaramento. Medidas de desfecho. Coleta dos dados. Estatística.
Resultados: Limpo, sem excessos. Texto ou tabelas/gráficos. Em ordem de importância, sem interpretações.
Discussão: Mostrar o significado. Como generalizar? Comparar com outros estudos. Possíveis falhas e limitações.
Lembrar que a experiência mostra que os leitores seguem uma ordem para a leitura de um artigo: Título - Abstract - Tabelas e só por
último, o Texto.
As revistas, pelo menos as de maior impacto, tem costumeiramente uma pletora de artigos para julgar e a maioria deles é rejeitada. O que
fazer e o que não fazer para melhorar a sua chance de publicação.
Dez princípios para aumentar a chance de publicação:
1. Organização do manuscrito
2. Defina claramente a questão do estudo
3. Explique de maneira clara os Métodos
4. Combine adequadamente os Métodos e os Resultados
5. Discussão concisa
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
6. Explique se e porque os seus resultados são importantes
7. Evite interpretação exagerada dos Resultados
8. Explique as limitações do estudo
9. Revele os resultados inesperados
10. Incorpore as sugestões dos revisores
Dez atitudes a evitar para não ser rejeitado:
1. Falha em escrever um artigo completo após apresentação de um resumo
2. Falha na revisão e re-submissão
3. Mau desenho do estudo
4. Descrição inadequada dos Métodos
5. Má apresentação dos Resultados
6. Tergiversar na Discussão
7. Escrita ruim
8. Discordância das instruções
9. Formato errado
10. Revista errada
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PALESTRAS
ACUPUNTURA E ENVELHECIMENTO
JOÃO CARLOS PEREIRA GOMES
Introdução
Nos últimos 20 anos a população de idosos dobrou no Brasil Só no estado de São Paulo vivem mais de 5 milhões de idosos. (IBGE:
PNAD, 2012). O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que coloca novos desafios para a sociedade. Como envelhecer
conservando a melhor qualidade de vida possível? Como permanecer ativo e prevenir as limitações funcionais?
O envelhecimento fisiológico, ou senescência, é acompanhado pelo declínio progressivo da reserva funcional dos órgãos e sistemas. Existe
uma propensão para a redução da massa muscular e para o aumento do teor de gordura na composição corpórea. A somatória desta
alteração da composição corpórea, do declínio das funções hepática e renal dentre outras alteram a distribuição e farmacocinética das
drogas no geronte. Múltiplas morbidades, tais como diabetes, hipertensão arterial, coronariopatia, doença cerebrovascular, osteoartrite,
demência e glaucoma, tem prevalência crescente com a idade e aceleram o declínio funcional em seus portadores, aumentando o risco
de polifarmácia, de reações adversas e de iatrogenia.
A população idosa é muito heterogênea (tabela 1).
Tabela 1: classificações do indivíduo idoso
60-75 anos: idoso jovem
Quanto a idade
76-85 anos: idoso idoso
>86 anos: idoso muito idoso
Independente
Quanto a funcionalidade
Parcialmente dependente (discriminar para qual função ou AVD - atividade de vida diária)
e grau de autonomia
totalmente dependente
Quanto ao número de
doenças associadas
Sem doenças associadas
1 a 2 morbidades ou doenças associadas
Multimorbidades ou ≥ 3 doenças associadas
Robusto ou não frágil
Quanto a fragilidade
Pré-frágil ou quase frágil
Frágil
Proporcionalmente, o grupo de idosos muito idosos é o que cresce mais rapidamente. Entretanto, envelhecer de modo saudável não tem
uma relação diretamente proporcional com a idade do indivíduo, mas sim com a sua funcionalidade e grau de autonomia. Pessoas com
idades semelhantes podem ter funcionalidades completamente diversas, como uma mulher de 80 anos que mora só, cuida da casa e
gere totalmente sua vida e outra mulher com a mesma idade, com osteoartrite avançada em joelhos e articulações coxo-femorais que a
tornaram parcialmente dependente para atividades básicas da vida diária, como transferência, banho, higiene e vestimenta.
A maioria dos idosos tem uma ou mais doenças associadas, e a prevalência de múltiplas morbidades aumenta progressivamente a medida
que envelhecemos. Cerca de 75% dos indivíduos entre 65 e 69 anos e 88% dos maiores de 85 anos tem 01 ou mais condições crônicas,
sendo que cerca 15% dos primeiros e 31% dos idosos muito idosos são portadores de 04 ou mais destas condições (Wolff, 2002).
Gradualmente os órgãos e tecidos vão se atrofiando e sua função declina. A síndrome de fragilidade é uma síndrome física composta pela
somatória da perda de peso, sarcopenia (perda de massa muscular), redução da força e da potencia muscular, velocidade de marcha mais
lenta, fatigabilidade e baixo nível de atividade. O indivìduo frágil tem “vulnerabilidade excessiva a estressores, com capacidade reduzida
para manter ou recuperar a homeostase depois de um evento desestabilizador” (Walston, 2006).
Fried propôs uma definição operacional. Para ele, a fragilidade é um fenótipo que compreende alterações em cinco domínios da saúde
física: sarcopenia (perda de massa muscular), fraqueza, lentidão, pouca energia ou resistência e baixo nível de atividade. Indivíduos com
três ou mais destes critérios presentes foram considerados frágeis, indivíduos com um ou dois critérios foram considerados pré-frágeis,
e aqueles com nenhum critério identificado foram considerados robustos ou não frágeis (tabela1) (Fried, 2001).
Estudos subsequentes confirmaram a associação entre fragilidade, estado de saúde e mortalidade (Cawthon, 2007). O individuo frágil é
mais vulnerável e descompensa mais facilmente as funções dos seus órgãos e sistemas frente a estresses diversos, como desidratação,
infecções, traumatismos, dor intensa, efeito adverso de medicamentos. Além disso, ele está mais propenso a manifestar as grandes
síndromes geriátricas nestas ocasiões de desequilíbrio do organismo.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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PALESTRAS
Tabela 2. Grandes síndromes geriátricas
• Incapacidade cognitiva: delirium, demência
• Imobilidade
• Incontinência
• Instabilidade postural: quedas
• Iatrogenia
A acupuntura é recomendada para idosos na MTC? Existem evidências de que a acupuntura pode ser utilizada em idosos no tratamento
e na prevenção de doenças? O que o acupunturista precisa saber para tratar pessoas idosas? Nesta palestra discorreremos sobre os
seguintes tópicos:
1.
•
•
•
•
Envelhecimento bem sucedido na MTC
Nei Jing: Longevidade e Ciclos de vida
Envelhecimento precoce e Patologias Geriátricas
Centenários antigos, urbanos e rurais: semelhanças e diferenças
Condições clínicas e recomendações para envelhecer com saúde segundo a MTC.
2. Existem evidências para o uso de acupuntura na população idosa?
Existem poucas evidências científicas de qualidade que comprovem a eficácia e a segurança da acupuntura na população idosa.
Busca ativa no PUBMED do termo “acupuncture” encontrou 18255 trabalhos cadastrados, sendo 11414 em inglês. Destes, 8790
foram selecionados com o filtro “humanos” e 2020 com o filtro “animais”. Foram encontradas 166 metanálises com acupuntura,
mas apenas 04 destas (2,4%) foram selecionas com o filtro “idade >65 anos” e 02 (1,2%) com o filtro “idade > 85 anos”. Das 890
revisões sistemáticas em inglês com acupuntura em humanos, somente 25 (2,8%) foram selecionas com o filtro “idade >65 anos”
e 14 (1,57%) com o filtro “idade > 85 anos”.
3.
•
•
•
•
Indicações de acupuntura no idoso
Indicações segundo a literatura de MTC
Melhores evidências: tratamento de condições de saúde e morbidades com acupuntura
Dor crônica ou persistente
Estima-se que de 25 a 50% dos idosos da comunidade e 40 a 80% dos idosos institucionalizados sofram de dor crônica ou
persistente. A dor persistente pode precipitar ou acelerar o desenvolvimento da síndrome de fragilidade nos idosos através
de diversos mecanismos, tais como prejuízos na mobilidade e na marcha, depressão, diminuição na ingesta nutricional e
aumento na carga de comorbidades. Em estudo transversal canadense, Shega concluiu que: a) a dor moderada ou intensa
estava associada com fragilidade e b) as intervenções para melhorar o manejo da dor devem auxiliar a prevenir ou melhorar a
fragilidade. (Shega, 2011).
4. Cuidados especiais para o procedimento no idoso frágil
O idoso, especialmente o frágil, pode apresentar manifestações atípicas das doenças. É fundamental estar atento aos diagnósticos
da medicina convencional e aos medicamentos em uso, principalmente os antiagregantes e anticoagulantes, quando for indicar e
aplicar acupuntura nesta população. A compleição e o estado geral do paciente, a integridade dos tecidos, a seleção dos pontos, a
intensidade da estimulação merecem consideração especial.
5.
•
•
•
•
•
•
•
Riscos
Hematomas
Ulceração de pele
Infecções de pele
Queimaduras com moxabustão
Pneumotórax
Perfurações de vísceras
Síncope
6.
•
•
•
•
Perspectivas
Alívio de sintomas e paliação
Uso combinado de terapias complementares
Cosmética?
Imunidade?
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
Conclusões
• Existem evidências na literatura de que a acupuntura pode complementar o manejo multidisciplinar do idoso em diferentes
doenças e condições clínicas.
• O indivíduo idoso tem especificidades e precauções a ser consideradas para prescrever e aplicar o procedimento.
• As maiores dificuldades são:
• clareza dos diagnóstico(s) da medicina convencional;
• avaliação e manejo dos idosos com síndrome de fragilidade.
Bibliografia
1. Anna Lin e Bob Flaws. Manual de Geriatria Chinesa e Remédios Chineses a Base de Ervas. Andrei Editora, São Paulo, Brasil,
1993.
2. Auteroche B e Navailh P. O diagnóstico na Medicina Chinesa. Andrei Editora, São Paulo, Brasil , 1992.
3. Cawthon PM, Marshall LM, Michael Y, Dam T-T, Ensrud KE, Barrett-Connor E and Orwoll ES. Frailty in Older Men: Prevalence,
Progression, and Relationship with Mortality. J Am Geriatr Soc 55:1216–1223, 2007.
4. Fried LP, Tangen CM, Walston J et al (2001) Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci
56(3):M146–M156
5. Hou Jinglun e GenXiu’e (editores-chefe).Traditional Chinese Treatment for Senile Diseases. Academy Press (Xue Yuan), Beijing,
China, 1997.
6. Liu Zhengcai. The mistery of longevity. Foreign Languages Beijing, 1990.
7. Shega JW, Dale W, Andrew M, Paice J, Rockwood K and Weiner DK. Persistent pain and frailty: a case for homeostenosis. J
Am Geriatr Soc 2011. DOI:10.1111/j.15325415.2011.03769.x
8. Walston J, Hadley EC, Ferrucci L et al. Research agenda for frailty in older adults: Toward a better understanding of physiology
and etiology: Summary from the American Geriatrics Society/National Institute on Aging Research Conference on Frailty in Older
Adults. J Am Geriatr Soc 2006; 54: 991–1001.
9. Wolff JL, Starfield B, Anderson G. Prevalence, expenditures and complications of multiple chronic conditions in the elderly. Arch
Intern Med 2002; 162(20): 2269-2276.
10. Yin Huihe. Fundamentals of Traditional Chinese Medicine. Foreign Languages Press, Beijing, China, 1992.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
A POSTUROLOGIA BASEADA NA ACUPUNTURA: UMA SOLUÇÃO DEFINITIVA PRA
AS DORES DE COLUNA?
Jorge C. Boucinhas
A moderna Posturologia constitui-se num método realmente eficaz, rápido e simples para resolver os comuníssimos problemas de coluna
vertebral, agindo sobre causas e não sobre efeitos. Os interessados têm oportunidade de aprender como resolver de forma simples a
grande maioria dos problemas relacionados ao Sistema Tônico-Postural (STP).
Rearmonizando-se-o a partir de um método que tenha visão unitária do corpo e aja causalmente, tudo pode ser corrigido, e de forma
permanente. A finalidade da Posturologia Clínica etiologicamente orientada é, justamente, oferecer esta visão conjunta e trabalhar sobre
as causas e não sobre os efeitos, se bem que, em absoluto, não contra-indique técnicas que ajam sobre os mesmos de forma paliativa.
Pelo contrário, acredita numa união de esforços.
Ombros, quadris e dorso são sub-sistemas que principalmente ajustam informações periféricas. Recebem informações dos captores
periféricos e as processam. Na questão do equilíbrio postural o que importa é saber que os pés ligam-se aos olhos, os maxilares ligam-se
à força e à simetria do trabalho muscular, os distúrbios da pele podem levar a desarranjos de articulações. Rearrumando-se-os como
“informantes” do Sistema Tônico Postural ocorre uma reação espontânea do conjunto do Sistema e esta leva a uma extinção progressiva
da sintomatologia molesta.
Sua base repousa quase integralmente na Acupuntura, sendo nela empregado tanto os pontos da Acupuntura Chinesa “Clássica” (trabalhos
do Dr. Michel Marignan) quanto pontos de Microssistemas, tendo sido mais abundantes os estudos efetuados no âmbito da Auriculoterapia
(trabalhos, especialmente, do Dr. Bernard Bricot). Tirante tal abordagem, apenas –e só excepcionalmente- são empregadas técnicas
manipulativas oriundas da Quiropraxia e da Osteopatia.
O campo está a ter uma verdadeira “explosão” em todo o Mundo, já tendo ensinamento universitário na Europa e na América. No
Brasil foi criada em 1997 a Sociedade Brasileira para o Estudo da Postura e do Movimento, que congrega profissionais universitários de
diferentes áreas do conhecimento, de vez ser o estudo da Postura algo essencialmente multidisciplinar. No seu seio podem albergar-se
Médicos de diferentes especialidades (Acupunturistas, Generalistas, Reumatologistas, Fisiatras, Ortopedistas, Oftalmologistas, etc),
Fisioterapeutas, Ortópticos, Massoterapeutas, Podologistas, Professores de Educação Física, Enfermeiros, etc. A parte de emprego de
técnicas de Acupuntura e Auriculoterapia está restrita aos médicos formados, seja qual for sua especialista, mas preferencialmente aos
acupunturistas.
Quiçá sua grande vantagem seja a facilidade enorme de aprendizagem, pois um profissional já possuidor de conhecimentos anatômico e
fisiológico e ao emprego de técnicas de Acupuntura e métodos correlatos chega a empregá-la após um treinamento bem rápido. E com
resultados excelentes!
PROGRAMA DE UM CURSO DE POSTUROLOGIA:
POSTURA NORMAL:
BASES NEUROFISIOLÓGICAS
PADRÃO AO EXAME ESTÁTICO.
Plano Sagital ou Lateral, Plano Frontal ou Coronal, Plano Horizontal
PADRÃO AO EXAME DINÂMICO.
DISTÚRBIOS DA ESTÁTICA:
PATOFISIOLOGIA
PLANO ÂNTERO-POSTERIOR OU DE PERFIL.
PLANO FRONTAL.
Báscula de ombros
Báscula de quadris
PLANO HORIZONTAL.
“Ilium” anterior ou posterior;
“Scapulum” anterior ou posterior.
MOVIMENTOS.
Torsão do pé em unipedestração
Marcha
Amplitude de rotação da cabeça
Verificação de força muscular
Verificação do comprimento aparente dos membros inferiores
Teste de convergência ocular
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
“Cover-Test”
Exame do olho diretor
Romberg
Teste de Fukuda
Testes dos temporais
Teste da compressa
BUSCA DE CICATRIZES PATOLÓGICAS.
BUSCA DE OBSTÁCULOS:
Bloqueios fora do Sistema (primeira costela, cóccix, perônio, pube)
Focos dentários
Microgalvanismos/plurimetalismo
EXAMES COMPLEMENTARES
TRATAMENTO:
TRATAMENTO DOS PÉS.
TRATAMENTO DOS OLHOS.
TRATAMENTO DE DENTES E APARELHO MANDUCATÓRIO.
TRATAMENTO DAS CICATRIZES TÓXICAS.
TRATAMENTO DA SÍNDROME DE PRIMEIRA COSTELA.
TRATAMENTO DO BLOQUEIO DO CÓCCIX.
TRATAMENTO DA PERNA CURTA VERDADEIRA.
TRATAMENTO DO BI OU PLURIMETALISMO.
TRATAMENTO DOS FOCOS DENTÁRIOS.
TRATAMENTO APENAS POR ACUPUNTURA E AURÍCULO
PRÁTICA COM PACIENTES.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
Meridianos Distintos e ou Divergentes para o tratamento de dor ou
de doenças com fundo emocional
Jorge Jodi Murata
O que norteia os princípios da acupuntura são as energias celeste (Yang) e terrestre (Yin)
Está escrito no So Wen (cap 68)
A energia do sol desce e penetra na terra, e a energia da terra sobe e se eleva ao céu, isto é devido as combinações de atração mútua
dessas duas energias, o alto atrai o baixo e o baixo atrai o alto, uma energia sobe e outra desce. Essas são as causas das transformações.
Podemos interpretar:
A água ( Yin) pertence à terra, evaporando pela ação do sol( Yang) , ela sobe assim como os gases produzidos na terra e pelos vegetais,
depois elas descem na forma de chuva, é o ciclo que proporciona as transformações , a criação e perpetuação da vida
Obs: Só existe vida na terra ( inclusive o homem) , graças a esses fenômenos
As energias celestes, vento, calor, fogo, umidade, secura e frio se interagem com a energia terrestre representados pelos 5 elementos da
terra- madeira, fogo, terra, metal e água.
A cada mudança da energia celeste, com mais frio (Yin) à noite e mais quente (Yang) dia, no período de um dia , associado ainda às
mudanças do clima das estações , do frio no inverno(Yin) ao mais calor no verão ( Yang) , os 5 elementos da terra são obrigados a fazer
os 5 movimentos para se adaptarem, obedecendo as Leis de geração e de dominância.
O homem é um produto da terra, ele é composto de carbono, oxigênio, nitrogênio, enxofre, fósforo, cálcio, ferro... , e tem os seus 5
elementos, representados pelo fígado, coração, baço/pâncreas, pulmão e rim, esses 5 elementos do homem também realizam os 5
movimentos para se adaptar às mudanças externas do clima.
A conexão do homem com o universo e suas energias acontecem através dos meridianos, que são a parte energética dos órgãos e
vísceras, nos pontos shu antigos temos os pontos que correspondem a primavera, verão ,fim de verão, outono e inverno.
Locais de conexão no meridiano principal:
Os meridianos secundários nascem nos meridianos principais, e percorrem caminhos nem sempre alcançados pelos meridianos principais
e cumprindo funções “secundárias”.
Temos da região mais superficial ao mais profundo, epiderme, derme, músculos, vasos e ossos, os Meridianos Tendino Musculares, os
Meridianos Lo Longitudinal, os Meridianos Divergentes (Distintos) e os Meridianos Extraordinários ( Curiosos). Esses meridianos “tomam
emprestado” pontos dos meridianos principais para fazer o seu trajeto.
Os Meridianos secundários , formam como uma “capa protetora” do meridiano principal, contra as intempéries do clima, deles, os
Meridianos Tendino musculares e Lo Longitudinais são os mais superficiais, portanto os que mais facilmente sofrem com as mudanças
do exterior (clima) e as dificuldades de adaptação às mudanças do clima, o que resultam em bloqueios à sua circulação causando dor ,
aquelas dores que os pacientes não tem como história pré- gressa, um trauma.
Do grupo de meridianos unitários , o eixo mais importante para a vida é o meridiano Shao Yin , que compõem o Rim e o Coração.
Os meridianos Curiosos (extraordinários) conduzem a essência Jing produzidos pelos órgãos e armazenados no Rim e os meridianos
Divergentes (distintos) fazem conexão com a energia do coração.
O meridiano Divergente ( distinto), nasce de um ponto do meridiano principal, de uma grande articulação, no exterior (membros), dirige- se
ao interior, passando pelo órgão e sua víscera correspondente, Pulmão/Intestino Grosso, Coração/Intestino Delgado, Mestre do Coração/
Triplo Aquecedor, Fígado/Vesícula Biliar, Baço-pâncreas/Estômago, Rim – Bexiga , todos esses meridianos fazem sempre uma conexão
com o mestre do coração e o coração, esse, o coração mental (shem), da memória ancestral que rege tudo que é inato , guardado no
sistema nervoso central que só funciona pela presença do sangue do coração que é considerado a morada da mente.
O Meridiano Divergente (distinto) . nasce de um ponto no trajeto externo do Meridiano Principal, na região de uma grande articulação,
formam um ponto de reunião inferior, entre um meridiano Yin e um meridiano Yang , seu acoplado , passa para o interior para integrar
um órgão e uma víscera com o coração e exterioriza num ponto janela do céu, o ponto de reunião superior entre os dois meridianos,
também no trajeto externo, faz portanto um trajeto hora externo, hora interno, por esse motivo, quando o meridiano divergente (distinto)
for acometido apresenta sintomas de intermitência. Por exemplo: a dor quando presente ela não é continua
Ao integrar o seu trajeto com o coração, quando acometido , apresentará sintomas de qualquer parte do trajeto comprometido e
também sinais e ou sintomas do coração, que podem ser de alteração no ritmo cardíaco ou de sintomas mentais, por exemplo cefaléia
, lombalgia, gastralgia, ou outro sintoma que aparece sempre que a pessoa fica nervosa (o) ou qualquer outro sintoma mental. Quem
governa a mente é o coração.
Pontos de reunião
Bexiga e Rim – B40 – B10
Fígado e Vesícula Biliar – VC 2
Estômago e Baço/pâncreas – E30 e E9
Intestino Delgado e Coração – B1
Triplo Aquecedor e Mestre do Coração – TA16
Intestino Grosso e Pulmão – IG18
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
AVC
José Eduardo Tambor Bueno
1. Introdução:
O AVC é uma das principais causas de mortalidade e morbidade em nosso país.
Há dois tipos de AVC: hemorrágico e isquêmico.
a. Hemorrágico: causado por pico de hipertensão arterial e ruptura arterial, mal formações Artério-venosas e aneurisma.
b. Isquêmico: causado por desprendimentos de placas arteromatosas (provenientes das artérias Carótidas ou Vetebral) ou
de trombos (proveniente do coração com alterações do ritmo cardíaco). A artéria mais frequentemente acometida é a Artéria
Cerebral Média.
2. Quadro clínico:
Hemiplegia, desvio de rima, alterações dos níveis de consciência, dislalia, disartria e disfagia.
Abordagem Inicial:
Sala de emergência, avaliação clínica, suporte de vida, exames laboratoriais e exame de imagem (TC de crânio) e avaliação
indicação de Trombólise. Transferência para UTI. Na UTI, continuar a investigação com RNM, Angiorressonância e Angiografia.
3. Reabilitação:
Multiprofissional: médico, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia.
4. AVC na Medicina Tradicional Chinesa:
Tem duas origens:
a. Externa
b. Interna
5. Causas Externas:
a. Invasão de vento frio através dos Meridianos Tendino-Musculares, Meridianos Principais e afetando até os órgão internos
(Zang Fu). Podem se manifestar por paralisia facial, hemiplegia e coma.
b. Invasão de calor através das 4 camadas de energia: Wei, Qi, Rong e Xue. Ocorre hemorragia.
6. Causas Internas:
a. Ruptura do eixo Rim-Coração (Shao Yin). É súbita e caracteriza-se por hemorragia.
b. Calor do Fígado (Gan) invadindo o Coração (Xin). É súbita e caracteriza-se por hemorragia.
c. Desarmonia do complexo Baço-pâncreas (Pi) e Estômago (Wei), com formação e progressão da Mucosidade, até a formação de Mucosidade Calor. Corresponde a forma isquêmica.
7. Tratamento:
O primeiro passo no tratamento é identificar a causa do AVC.
a. Invasão de vento frio: deve-se expelir a Energia Perversa e Tonificar o Qi geral. Técnica da Sudorificação.
b. Invasão de Calor: deve-se expelir o calor e Tonificar o Xue. Técnica da Purificação.
c. Ruptura do eixo Shao Yin: reconectar o eixo, tonificando o Shen e o Xin.
d. Calor do Gan invadindo o Xin: Drenar o calor do Gan e do Xin, harmonizar o Gan e tonificar Shao Yin.
e. Desarmonia do Pi/Wei: dissolver a mucosidade, drenar o calor e tonificar o Pi e o Wei.
Após este primeiro passo, deve-se tratar as manifestações das sequelas que o AVC deixou no paciente. Diante disso,
pode-se usar a Acupuntura Clássica, Craniopuntura de Yamamoto, Crânio Acupuntura e Auriculoacupuntura.
A acupuntura é muito pouco utilizado na fase aguda da doença e a experiência atual é maior no tratamento coadjuvante
na reabilitação.
8. Prevenção:
O melhor tratamento é a sua prevenção através da alimentação adequada, estilo de vida, atividades físicas frequentes,
diagnóstico precoce de alterações energéticas e identificação e minimização dos fatores predisponentes da ocorrência do AVC.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
DOR ABDOMINAL - TRATAMENTO POR ACUPUNTURA
José Francisco Karam Correa de Magalhães
A dor abdominal a ser tratada por acupuntura e com base propedêutica da Medicina Tradicional Chinesa, não difere muito da dor abdominal
diagnosticada na Medicina Ocidental, isto em se tratando de quadro clínico agudo ou crônico e não pós-traumático ou cirúrgico. Não
podemos esquecer as dores abdominais de origem psicossomática e contemporaneamente as dores de parede abdominal com sintomas
viscerais causados por Pontos Gatilho Miofaciais.
A diferença esta na abordagem diagnóstica e obviamente no tratamento, porém a dor abdominal diagnosticada pela Medicina Ocidental
pode ser tratada por acupuntura clássica ou outra técnica da Medicina Tradicional Chinesa.
Etiopatogenia:
- Origem Psicossomática
- Frio Patogênico invadindo o Sistema Digestório
- Retenção de alimentos
- Deficiência do Yang do Baço ou constitucional.
- Pontos Gatilho Miofaciais.
ORIGEM PSICOSSOMÁTICA- o estresse emocional afeta o Baço/ Pâncreas e o Fígado pela alteração de circulação do Qi e de Sangue.
A preocupação, o pensamento repetitivo em alguma situação emocional, altera a transformação e o transporte dos alimentos, gerando
estagnação do QI que junto com a dificuldade do Qi dos Pulmões em descender causam dor e desconforto abdominal.
O ressentimento, frustração e conseqüentemente estado de raiva, ressentimento causas emocionais muito freqüentes, provocam
estagnação de Qi no Fígado e dor abdominal.
FRIO PATOGÊNICO- causado por Frio Exterior ou excesso de alimentos frios, como líquidos gelados e alimentos crus, provoca contração
dos tecidos dificultando a circulação de QI e de Sangue, provocando alteração do transporte e da transformação dos alimentos e gera dor
abdominal.
RETENÇÃO DE ALIMENTOS- a ingesta excessiva de alimentos, ou alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas e alimentos condimentados,
provoca retenção dos mesmos com estase do Qi no abdome, nesta situação teremos também dificuldade no transporte e transformação
dos alimentos e isto vai ocasionar dor abdominal.
INSUFICIÊNCIA DE YANG DO BAÇO- a deficiência do YANG do baço propicia a instalação de frio no abdome, com aumento de umidade
o que causa dor intermitente e que alivia por pressão ou calor, além de aversão ao frio, cansaço nos membros inferiores.
DIFERENCIAÇÃO:
Acúmulo de Frio Patogênico estagna Yang Qi e Xue.
Manifestações - início súbito
- dor intensa com distensão abdominal
- frio nos 4 membros
- alivia com calor
- RHA aumentados
- ausência de sede
- urina clara e profusa
- pulso profundo, tenso e lento
- língua com saburra branca e pegajosa
Retenção Alimentar, provoca estase de Qi no abdome.
Manifestações - dor em distensão epigástrica
- agrava pela pressão
- eructação fétida
- anorexia
- regurgitação ácida
- vômitos
- alívio com eliminação de flatos e evacuação
- língua com revestimento branco ou amarelado e pegajoso
- pulso escorregadio
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
Insuficiência do Yang do baço, provoca cansaço e aversão ao frio.
Manifestações - dor intermitente
- distensão abdominal pós prandial
- alivio pela pressão e calor
- agrava com a fome, provoca anorexia
- fraqueza nas pernas
- pulso profundo e filiforme
- língua com revestimento branco e fino.
TRATAMENTO:
Acupuntura Clássica
Pontos locais
Pontos Gatilho Miofaciais
Pontos à distância
Técnica Mu, Shu, Yuan
Acupuntura à distância
Ynsa
Punho-Tornozelo
Acupuntura Escalpeana
Aurículoacupuntura
Sujok
Syaol
Outras técnicas
PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO:
- Harmonizar Baço e Estômago- ren12, e36, bp4, bx25.
- Reforçar o Qi e fortalecer o Yang do Baço e Estômago- bx20, bx21, ren6, f13, e25, e44, pe6.
- Aquecer o Jiao Médio- ren8, bx27, ren4, id4, e39
- Dor perimbelical- ren9, e25, bp6, e36.
- Dor nos flancos- vb34
- Remover umidade e calor- e25, bx25, bp6, ig11, bp9.
A dor abdominal pode ser causada também por Ponto Gatilho Miofacial, que pode se manifestar de duas maneiras:
PGM Somatovisceral, que apresenta dor difusa, surda de difícil descrição, a músculo envolvido é o Reto do Abdominal.
Sintomas - náuseas, vômitos em golfadas, anorexia, cólicas, diarréia e sudorese, distensão abdominal, dor periumbelical, pela razão das
aferências somáticas dos PGM se truncam com as aferências viscerais no gânglio da raiz dorsal.
PGM Viscerosomático, apresenta-se com dor aguda e localizada, geralmente ocasionada por doenças intra abdominais como
colecistite, úceras gástricas, síndomedo cólom irritável, e a postura antiálgica do paciente propicia a instalação dos PGM na parede
abdominal, geralmente no músculo oblíquo externo e oblíquo interno.
O tratamento nestes casos é desfazer estes pontos gatilho com uso de aparelhos ou simples desativação dos pontos gatilho com
manipulação das agulhas no local.
José Karam Magalhães MD Acupunturiatra
Professor de acupuntura do CESAC-RS
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LOMBALGIA NA GESTAÇÃO
JUANG HORNG CHAU
• Incidência de dor músculo-esquelética na gravidez é alta:
- Lombalgia: 68,6 %
- Dor pélvica: 46%
•
Fenômenos gravídicos relacionados:
- Embebição
- Mudança postural devido ao aumento do peso e do volume abdominal
- Liberação dos hormônios estrogênio, progesterona e relaxina
• Etiologia variada, pode ser precipitada e piorada com a evolução da gravidez
• Intensidade da dor variável e progressiva => transtornos no trabalho, atividades do dia a dia, distúrbios do sono
• Tratamento: avaliar
RELAÇÃO RISCO/BENEFÍCIO
- Repouso
- Medicamentos
- Acupuntura
- Fisioterapia (exercícios específicos, meios físicos, massagem, hidroginástica)
- Quiropraxia
- Aromaterapia
- Ervas
- Cintas de suporte
- Técnicas de relaxamento
CARACTERÍSTICAS DOS TRATAMENTOS
1. Anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ác. acetilsalicílico, nimesulide, ác. mefenâmico, indometacina)
Efeitos na mãe: Lesão gastrointestinal
Lesão renal
Alergia/reação idiossincrásica
Efeitos no feto: Teratogenicidade?
Fechamento do ducto arterioso: cardiomegalia, insuficiência cardíaca, hipertensão pulmonar, insuficiência respiratória, enterocolite
necrotizante, hemorragia intracraniana
2. Fisioterapia, quiropraxia, aromaterapia, ervas:
Falta de padronização
Falta de divulgação
3. Acupuntura:
Falta de trabalhos científicos de bom nível
Falta de divulgação
Poucas contra-indicações
Poucos efeitos colaterais
Bons resultados descritos
Pontos “proibidos” na Gravidez:
LI 4
SP 6
LR 3
BL 67
GB 21 BL 60
Tratamento geral: Ex HN3, GB 34
À distância: Ex UE7, Ex UE9, SI 5, SI3, GV 20
Local: GB 30, BL 27, HP 4, GV 3, Ashi points
Escalpeano: Banda Parieto - Occipital
Punho-tornozelo: área 5 e área 6
Yamamoto (YNAS): ponto D, ponto D1-D6, ponto F, ponto H, ponto I
Aurículo: Rim/Bexiga, Lombar, Shen Men
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EFICÁCIA DA TÉCNICA DE ELETROACUPUNTURA NA ANALGESIA DO TRABALHO
DE PARTO
Kátia Maria Silva
Resumo
Introdução
A Técnica de Eletroacupuntura apresenta vantagens na analgesia do trabalho de parto, promovendo aumento do limiar da dor, logo após
instalação do método.
Este método constitui um aperfeiçoamento da acupuntura, potencializando o efeito normal do agulhamento. Esta técnica surgiu na China
na década de 1960, sendo de fácil execução e de melhor compreensão pelos médicos ocidentais. O próprio aparelho ajusta a intensidade,
freqüência e a amplitude da onda.
Objetivo Geral
Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficácia da técnica de eletroacupuntura, na analgesia de trabalho de parto.
Objetivo Específico
99 Mensurar a intensidade da dor no trabalho de parto com analgesia com eletroacupuntura aplicando a Escala Visual Analógica
(EVA);
99 Avaliar a duração do período (tempo) do trabalho, de parto com uso de eletroacupuntura, aplicando o partograma de Fredmam;
99 Avaliar a intensidade da dor referida pelas parturientes que não foram submetidas à acupuntura com o grupo controle utilizando
os mesmos instrumentos de avaliação;
Metodologia
Estudo prospectivo randomizado em parturientes no Hospital Escola e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha; parturientes na fase ativa do
trabalho de parto e o grupo controle.
Técnica de Eletroacupuntura
Paciente deitada em DLE pontua-se bilateralmente o 1º forame sacral introduzindo uma agulha 30x75 mm, induzindo 3,0cm no forame
sacral.
Pontua-se bilateralmente o 2º forame sacral introduzindo uma agulha 30X75 mm, 3,0 cm.
Freqüência do estímulo 2-11 Hertz e monitoração das pacientes segundo o partograma de Fredmam.
Grupo controle
Segue o protocolo de condutas de humanização da Maternidade de Vila Nova cachoeirinha- bolas, banho morno, acompanhamento
psicológico.
Conclusão
Observa-se uma redução no tempo de trabalho de parto de primigestas que normalmente ocorre em período de 0 a 12 horas para 5 a 6
horas, além de estimular a relação de afeto entre a mãe e seu bebe, através da liberação de ocitocina.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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ANSIEDADE
LEANDRO DA COSTA LANE VALIENGO
A ansiedade é definida como um estado desconfortável e apreensivo em relação ao futuro. A ansiedade é, na maioria das vezes, uma
resposta normal e fisiológica do organismo frente a um evento estressor. Essa resposta faz com que o organismo tenha modificações
com ativação do sistema simpatico e liberação de adrenalina. Isso faz com que o organismo tenha maior energia para fuga ou luta e
haja um aumento de concentração. A ansiedade patológica ocorre quando essa resposta é exacerbada e causa sofrimento ao indivíduo.
A ansiedade inclui manifestações somáticas e fisiológicas (dispnéia, taquicardia, tensão muscular, parestesias, tremores, sudorese e
tontura) e manifestações psíquicas (inquietação interna, apreensão, preocupação, angústia e desconforto mental).
A neurobiologia dos trantornos ansiosos mostra aumento da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal nesses pacientes junto com
aumento de cortisol. Além disso, estudos de neuroimagem funcional mostram ativação da amigdala e da ínsula nesses casos.
No Brasil a prevalência de transtornos ansiosos ao longo da via varia entre 9 a 18% da população, sendo o transtorno mental mais comum
no páis. Estudos nos Estados Unidos mostram dados semelhantes com prevalência de 23% e dados mundiais mostram que um quarto
da população possa estar acometida por algum transtorno ansioso. Em relação a queixas ambulatoriais em medicina, a ansiedade se
encontra entre as cinco primeiras.
A principal manifestação de ansiedade é descrita como uma sensação de algum tipo de ameaça ao bem estar, a qual muitos podem referir
como angústia. Esse leva a uma inquietute e a uma hipervigilância constante do indivíduo, podendo ocorrer frente a causas cotidianas
(como uma viagem ou uma consulta médica agendada no fia seguinte) como pode pode ocorrer sem nenhuma causa objetiva aparente.
Os sintomas físicos são decorrentes de ativação do sistema nervoso autonômo simpatico junto com uma hipervigilância do indivíduo e
consistem de: palidez, palpitações, falta de ar, boca seca, tremores e sudorese.
Quando há apresentação patológica da ansiedade, os sintomas são muito exagerado e desproporcionais em relação ao estímulo interferindo
nas atividades de vida diárias e qualidade de vida dos acometidos.
Existem vários transtornos de ansiedade que consistem de: Transtorno de Ansiedade Generalizada, Transtorno de Ansiedade de
Separação, Fobias Especificas, Transtorno de Ansiedade Social, Transtorno de Pânico e Agorafobia, Transtorno de Estresse Pós
Traumático e Transtorno Obsessivo-Compulsivo.
O tratamento dos transtornos ansiosos depende muitas vezes do subtipo mas consiste em uso de medicações e psicoterapia. As
medicações que mostram maior grau de evidência consistem de antidepressivos como os inibidores seletivos da recaptação da
serotonina e os inibidores de recaptação da serotonina e da noradrenalina. Algumas vezes podem ser utilizados benzodiazepínicos
como tratamento adjuvante. A principal psicoterapia utilizada consiste da terapia cognitive-comportamental.
O tratamento da ansiedade com acupuntura ocorre desde o início do uso da acupuntura como tratamento, contudo ensaios clínicos
para avaliar a eficácia do procedimento só começaram a ser publicados por volta dos anos 90. Há menos de 10 estudos e os
resultados são difíceis de interpretar por diversos motivos. Apesar da maioria dos resultados serem positivos, há alguns pontos a
serem considerados: os pontos usados são diferentes entre os estudos, o tamanho da população estudada é pequeno e os resultados
alcançados não são condizentes com mudanças nos transtornos ansiosos, pois as respostas são incrivelmente grandes. Em relação a
auriculoacupuntura, os estudos são melhores delineados e com um possível benefício do procedimento para melhora nas escalas de
ansiedade. Os pontos mais utilizados nesses estudos como na acupuntura clássica são: Ex-HN-3, GV20, PC-6, HT-7, LI-4 e LI-3.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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Utilização da eletroacupuntura na celulite e flacidez do corpo
(Workshop 2)
Leila Ogata Ogusco / Maria Assunta Yamanakaka Nakano
(Departamento de Ortopedia e Traumatologia/ Setor Acupuntura e Center AO Chefe do Serviço : Professor Dr Ysao Yamamura)
Celulite ou lipodistrofia ginóide é uma patologia do tecido celular subcutâneo conjuntivo que acomete 80% das mulheres ocidentais e é
caracterizada pelas depressões observadas sobre a pele do local acometido. A alteração inicial da celulite é micro circulatória, onde a
estagnação da mesma leva ao processo gradativo e evolutivo de uma drenagem inadequada que seguirão produzindo uma cascata de
eventos culminando no processo clínico de depressões sobre a pele. Na medicina chinesa podemos determinar dois tipos de celulite.
O tipo mais yang relacionado com Gan (fígado), e o tipo mais Yin relacionado com Pi (Baço) (e Rim Shen). Todo início da celulite tem
comprometimento energético do tipo estagnação (Gan) e a evolução disso a longo prazo seria de deficiência (Pi-Shen).
Pela definição, flacidez é um estado de frouxidão dos tecidos com aspecto mole e caído clinicamente falando. Pode acometer qualquer
área que contenha o tecido conjuntivo. Por exemplo, a ptose de certos órgãos como bexiga, útero, rins etc, vem da frouxidão dos tecidos
que os sustenta.
Quanto a flacidez corporal propriamente dita, pode ser dividida em flacidez de pele e flacidez de músculo. Fatores como a hereditariedade,
falta de exercícios, desgastes, excessos, alimentação desregrada irão determinar o tipo e grau de flacidez. Mas a principal causa de
flacidez sem dúvida é o envelhecimento.
O tratamento consiste em drenar o Gan (Fígado), no caso da estagnação energética, tonificar o Shen (Rins) e (Pi) Baço no caso da flacidez
e celulite do tipo flácido por deficiência.
Para tratamento tanto de celulite como da flacidez utilizamos os pontos motores (PM) que são as melhores áreas para estimulação dos
músculos esqueléticos, pois permitem passagem à corrente elétrica.
Pontos motores do dorso: PM do latíssimo do dorso, Huanbian
Pontos motores do abdômen: E-21(Liangmen) , E-26 (Wailing), E-28 (Shuidao) e VB-26 (Daimai)
Pontos motores da mama: BP-18 (Tianxi), E-18 (Rugen), ID-10 (Naoshu), B-42 (Pohu) ou B-45 (Yixi)
Pontos motores do membro superior: região posterior: PM do tríceps braquial, cabeça lateral, PM do tríceps braquial, cabeça longa; região
lateral: PM do deltoide; região anterior: PM do bíceps braquial, PM do coracobraquial, PM do braquial
Pontos motores do membro inferior: região posterior: VB-30 (Huantiao), B-36 (Chengfu), PM do bíceps femoral, PM do semitendíneo, PM
do semimembranáceo; região anterior: PM do tensor da fáscia lata, PM do sartório, PM do pectíneo, PM do adutor longo, PM do adutor
magno, PM do reto femoral, PM do vasto lateral, PM do vasto medial.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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INFERTILIDADE NA MTC
LIA MITSUE
Enquanto a MO se baseia num amplo conhecimento da fisiologia reprodutora interna atraves de metodos de imagem e procedimentos
invasivos para estabelecer o diagnostico, a MTC se baseia na observacao de sinais externos e sintomas para elaboracao do diagnostico
energetico.
NUCLEO ATIVIDADE REPRODUTORA: UTERO, CORACAO, RIM
UTERO: ou BAO GONG na MTc tem uma definicao mais ampla, engloba utero em si, ovarios, trompas falopio e cervice
Os rins dominam a reproducao e estocam a essencia reprodutora, ou Jing. O coracao dirige o sangue, O baco produz o sangue e o figado o
armazena, distribuindo-o, tendo ambos fc na nutricao do utero. O baco tb controla circulacao de sangue nos vasos. O Figado e responsavel
pelo livre fluxo de Qi e desempenha papel critico na ovulacao e menstruacao.
A matriz tb tem relacao direta com o Ren mai e Chong mai.
O Qi e o sangue sao a base material necessaria as menstruacaoes e a gravidez, sao produzidos pelas visceras, os vasos e colaterais sao
as vias onde circulam Qi e sangue.
CORACAO: Abrange a mente e atividade hipotalamo hipofisaria que controlam todo o ciclo.Qdo o curacao e o shen estao estaveis, a
mulher apresenta bem estar e satisfacao, os pqs estimulos para os diferentes estagios da menstruacao podem ocorrer sem obstaculos.
Assim se houver alteracao da energia do coracao, o utero nao se abrira e nao havera ovulacao. O fogo do curacao pode forcar a abertura
do utero de maneira forcada, isso se observa qdo uma mulher sofre um aborto ou sangramento irregular apos grande estresse.
RINS: Conectado ao utero atraves do bao luo ou canal do utero, que realiza o fechamento do utero. Na deficiencia do rim, nao exercem
o fechamento adequado do utero, podendo ocorrer aborto ou escapes de sangue. Reflete na Medicina Ocidental suporte hormonal
insuficiente.
JING do rim: ESSENCIA REPRODUTORA
Herdado dos pais e ramazenado nos rins, determina nossa disposicao genetica, pois pais com Jing forte transmitirao um Jing forte aos
filhos. Ele determina nossa constituicao basica, nossa longevidade e capacidade peprodutora. Desempenha importante papel na fisiologia
feminine em todos seus estagios: puberdade, gestacao e climaterio, diretamente relacionado a capacidade de gerar nossos proprios filhos
Fonte de TIAN GUI
Aspecto do Jing que amadurece com a chegada da puberdade, anuncia o preenchimento Chong mai com sangue e Ren mai com Qi. Sua
qualidade e importante para todos os ciclos menstruais, concepcao e gestacao.
CICLO MENSTRUAL
O ciclo reflete a dependencia mutua e a intertransformacao do Yin Yang. Quando um se expande, em sua total expressao, o outro ‘e
consumido, e em seu ponto de extincao da lugar ao outro. Durante os primeiros 14 dias ocorre o aumento do Yin, dando lugar ao Yang, que
depende e consome o Yin a medida que cresece ao seu maximo apos 14 d, quando o crescimento do yin pode comecar novamente para
o inicio de um novo ciclo. Para uma fertilidade normal a Yin e Yang devem manter esse constante equilibrio.
FASE FOLICULAR OU FASE YIN DO CICLO
Nesse context o Yin se relaciona aos gatilhos hormonais que estimulam o desenvolvi/o follicular, assim cocmo os fatores que mantem o
crescimento e amadureci/o follicular. O Yin do rim corresponde a aspetos da funcao hipofisaria, funcao e estrutura ovariana. O endometrio
uterino e suas secrecoes tambem refletem a qualidade do Yin, como as glandulas da cervice(muco do periodo fertil). As mulheres q
apresentam energia yin def tendem a ser mais ressecadas ou quentes internamente, que se traduz em termos de secrecao vaginal e muco
cervical escasso.
SANGUE
O sangue tem importante papel na fertilidade por meio da nutricao do endometrio, umedecendo-o e tornando um local mais suculento e
nutritive para implantacao do embriao
O PRIMEIRO DIA REPRESENTA O DIA MAIS IMPORTANTE do ponto de vista do ciclo de yin yang. E o ponto no qual o ciclo anterior chega a
sua conclusao, assim como o yang atinge seu apogeu e o yin comeca a despontar. O ciclo e concluido com a descamacao do endometrio
nao utilizado e outro inicia com o envio de sinais ao ovario para que este inicie o amadurecimento de mais ovulos.
O ENDOMETRIO
O inicio da descamacao corresponde ao esvaziamento do Chong mai, o Qi do ren mai faz com que o fluxo desca atraves da cervice. O
Chong mai e Ren mai sao de primaria importancia no controle do ciclo menstrual e tem relevante papel na concepcao e gestacao. A
proliferacao do endometrio, aumento da espessura e densidade dos vasos sanguineos e cels glandulares refletem o enchimento do Chong
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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mai. Nessa fase deve-se tonificar o sangue e em menor grau regular qi e sangue para estimular a circulacao atraves de todos os novos
vasos sanguineios e tecidos em formacao. Ao mesmo tempo pontos no Chong mai sao utilizados com frequencia.
O OVARIO
De acordo com o diagram yin yang, o crescimento do yin comeca a partir do primeiro dia do ciclo, que corresponde ao crescimento do
foliculo sob estimulo dos hormonios hipofisatios (aspect yin atividade ovariana). A medida que o yin e sangue tonificam, aumenta o
numero de foliculos em resposta a estimulacao do FSH. A qualidade do yin tem importancia tanto para a qualidade do ovulo, qto para
o crescimento do foliculo em torno dele. Dessa forma, nos podemos tonificar o yin para aprimorar o edesnvolvimento follicular, mas o
DNA do ovulo ‘e formado qdo a mulher e ainda um embriao, no utero de ssua mae, e pode estar demonstrando os irreversiveis sinais do
envelhecimento. Em linguagem de MTC, o Yin pode ser tonificado mas o Jing presente nos ovulos nao.
LIBERACAO TARDIA DE OVULO-FASE FOLICULAR LONGA
Nas mulheres com deficiencia de sangue e yin pode levar mais tempo para o foliculo obter sustento para atingir a maturidade, a ovulacao
e tardia e os ciclos tipoicamente longos.
LIBERACAO PRECOCE DO OVULO-FASE FOLICULAR CURTA
Pela MTC, a ovulacao precoce reflete calor, mais frequnetemente que surge como deficiencia de yin.
FASE DO MEIO DO CICLO – OVULACAO
Pela MTC, ha o pico de Yin quando o Chong mai esta pleno de sangue e o Yang comeca a exercer sua influencia. Nessa fase, O foliculo
esta produzindo cada vez mais estrogenio(yin cresce cada vez mais) e proximo a ovulacao, logo antes que o yang ascenda, a hipofise
envia sinais para o foliculo preparando-o para liberar o ovulo e estimular a produzir progesterona. Tais eventos refletem a chegada da fase
Yang, e necessita da tonificacao do yang. Na liberacao do ovulo pode haver sangramento para cavidade abdominal, nessa fase regular o
sangue, pois qualquer sangue que esteja fora de seu local apropriado tende a se estagnar.
FASE YANG DO CICLO
Comparado a natureza quieta, umida, nutridora do yin o yang e ativo, dinamico e quente. O efeito do Yang comeca a ser percebido no
ciclo menstrual na ovulacao pois dispersar as obstrucoes e auxiliar o livre movimento sao importantes funcoes do yang nessa epoca. No
momento da ovulacao ha muita atividade dinamica, o ovulo e liberado do foliculo, envolto pelas fimbrias e guiado para trompa de falopio.
A viagem do ovulo pela trompa, tanto o ovulo como a trompa tem de estar aptos a se movimentarem livremente e de modo flexivel. E a
acao do yang que assegura que as obstrucoes por muco na trompa sejam dissolvidas para permitir o livre acesso ao utero. No momento
da fertilizacao, quando a cabeca do espermatozoide penetra o envoltorio do ovulo e ha a fusao do DNA, depende de Yang adequado.
O Yang tambem tem a funcao de manter o desenvolvimento do embriao no utero apos a implantacao.
FASE LUTEA, PROGESTOGENICA OU SECRETORIA
O foliculo em colapso forma uma glandula denominada corpo luteo na parede ovariana. O LH o estimula a produzir progesterone:
-Endometrio comeca secretar nutrientes
-interrompe producao dos hormonios, os quais poderiam continuar o processo de amadurecimento de mais ovulos.
-provoca alt nos rpincipais sinais de fertilidade(aumento TCB,espessamento secrecoes cervicais, cervice move-se inferiormente)
A MTC descrevem a importancia de um utero aquecido centenas de anos atras., descrevendo o frio no utero como causa comum de
infertilidade. Embora o conceito de aquecimento tenha nascido da observacao das medidas de TCB o calor na MTC e um conceito
mais amplo do q temperatura apenas, ele se refere a atividade metabolica, ativa a producao e secrecao de nutrienetes, mantendo um
ambiente propicio para o crescimento e desenvolvimento de um feto. Isso correspode a deficiencia Yang do rim que para a Medicina
Ocidental corresponde a secrecao insuficiente de progesterone, o corpo fica aproximadamente 0,4C mais frio do que quando os niveis de
progesterona estao elevados.
IMPLANTACAO
Embrioes com Jing forte e abundante do rim sao possivelmente os que mais se implantarao, desenvolvendo-se rapidamente.
O processo e auxiliado pelo utero que pressiona as paredes anterior e posterior como um punho fechado, mantendo o embriao firmemente
em posicao ate que seja implantado. Para obter essa pressao deve ser removido todo fluido da cavidade uterina, celulas endometriais
bebem fluido endometrial, pinocitose. A alteracao nesse mecanismo deve-se a deficiencia Yang do rim e Qi do BP, onde os fluidos nao sao
tratados adequadamente, a superficie endometrial pode estar muito lisa e viscosa ou umida para q o feto se implante.
SINDROMES DE INFERTILIDADE SEGUNDO MTC
-Deficiencia do Jing do rim
-Deficiencia do Yin do rim
-Deficiencia do Yamg do rim
-Estagnacao de Qi do Coracao
-Estagnacao de Qi do Figado
-Estagnacao do Sangue
-Acumulo de Umidade-Fleuma
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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SINDROME DO ESTRESSE TIBIAL MEDIAL
Liaw W. Chao
Acupuntura, eletroacupuntura e lesões do esporte
INTRODUÇÃO
A Síndrome do Estresse Tibial Medial (SETM), popularmente conhecida como “canelite do corredor”, está entre as causas de lesão mais
comuns (6% a 16%) entre atletas que praticam esportes de impacto no solo.
A reação de estresse produz alterações inflamatórias tanto no osso como no periósteo que a envolve, sempre relacionadas às cargas de
exercício aplicadas. O efeito desta sobrecarga é cumulativo ao longo de um ciclo de treinamento.
Apesar de mais freqüente entre corredores, a SETM pode ser encontrada entre praticantes de quaisquer esportes que envolvam fase
aérea, ou seja, período de ausência de contato dos pés com o solo - seguido de apoio plantar uni ou bilateral.
SÍNDROME DO ESTRESSE TIBIAL MEDIAL
O músculo, entre outras funções, cumpre os papéis de produzir movimento através de seus ciclos de contração/relaxamento, envolver e
proteger estruturas ósseas e absorver impacto.
A pronação da articulação subtalar envolve um movimento triaxial coordenado de abdução, dorsiflexão e eversão do pé. Durante a fase
de apoio do ciclo da marcha, o peso do corpo é descarregado para a região medial do pé.
A pronação leve é comum entre os corredores. Já o excesso de pronação sobrecarrega o tendão do atleta, aumenta a pressão na tíbia e
na região medial do joelho.
Entre os fatores de risco relacionados ao surgimento de sintomas da SETM podemos citar:
Fatores intrínsecos
1. sobrecarga de trabalho da musculatura solear e flexor longo dos dedos
2. fadiga e desequilíbrio muscular gerada por treinamento excessivo (síndromes de overuse e overtraining: “too much, too soon
and too fast”)
3. geno valgo, pé plano, excesso de pronação
4. deficiência de flexibilidade ou frouxidão ligamentar
5. índice de massa corporal elevado
6. lesões pregressas
Fatores extrínsecos
1. relacionado aos calçados
a. desgaste pelo uso ou má acomodação dos pés
b. baixa (insuficiente) absorção de impacto
c. falta de estabilidade e controle de movimento
d. ausência ou insuficiência de suporte do arco medial
2. mudança repentina da superfície de treinamento
3. aumento brusco no volume, intensidade e freqüência da corrida
4. técnica de corrida inadequada
5. falta de alongamento e fortalecimento muscular
QUADRO CLINICO
A dor na SETM tem caráter insidioso e progressivamente limitante para a prática de exercícios físicos, e é comumente descrita e palpada
na região de transição do terço médio para o terço distal da borda medial e posterior da tíbia.
A dor espalha-se por uma extensão de 4 a 6 cm e pode ser ativada pelo impacto repetitivo de esportes que tenham fase aérea, como
acontece na corrida e nos saltos.
Algumas semanas depois do início da lesão, a dor pode se tornar mais intensa, causando incapacidade funcional para o esporte.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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DIAGNOSTICO
Exames por imagem são importantes para complementação do diagnóstico como:
• radiografias A indicação deste exame está nas dores articulares e ósseas agudas de alta intensidade ou de longa duração.
• ressonância magnética
• cintilografia óssea
TRATAMENTO
Fase aguda
Rest, ice O uso do gelo e interrupção das atividades de impacto no solo são as recomendações mais importantes na fase aguda do tratamento da
SETM.
Analgésicos e antiinflamatórios não hormonais podem ser associados para melhor controle dos sintomas.
Terapias
A prescrição de fisioterapia inclui o uso de ultrassom, turbilhão, iontoforese, manipulação miofascial e eletroestimulação tecidual
Fase subaguda
Modificações no treino
Estas alterações incluem redução do volume semanal, intensidade e freqüência dos exercícios de impacto no solo; evitar corrida em plano
inclinado – seja subida ou descida; evitar superfícies duras e terreno acidentado.
Não há necessidade de se interromper os treinos. O atleta pode recorrer às opções de treinamento com baixo impacto, como na utilização
de aparelhos elípticos, corrida na água (deep running), bicicleta estacionária – entre outros.
Alongamento, fortalecimento muscular e treino de propriocepção
O alongamento e fortalecimento dos músculos da panturrilha e o fortalecimento da musculatura tibial anterior e posterior podem aumentar
sua resistência à fadiga.
O atleta pode também melhorar o controle de estabilidade do quadril na corrida através do fortalecimento de músculos profundos do
abdômen (mm. obliquo interno e transverso do abdômen), quadril e coxa.
Estes conjunto formam os chamados core muscles, e podem ser treinados através de técnicas como o Pilates.
Uso de calçados adequados, palmilhas proprioceptivas
Alterações no padrão de pisada do atleta podem ser detectados pela observação das marcas de desgaste deixados nos calçados, através
de mensuração do grau de pronação como observado no teste de queda do navicular, ou através do exame de baropodometria estática
e dinâmica
ACUPUNTURA
A literatura médica é reduzida quando se pesquisa o uso da acupuntura no tratamento da SETM.
As medidas mais eficazes para o tratamento a longo prazo estão no emprego de gelo apos o treinamento; adaptações biomecânicas para
o exercício; mudança do volume, intensidade e freqüência cumulativos e uso de calçados e palmilhas apropriadas.
A acupuntura é geralmente empregada como terapia complementar na SETM. O tratamento pretende inativar pontos gatilho dolorosos
presentes tanto na superfície da tíbia quanto nos músculos e tendões envolvidos (Callison M, 2002).
Outro autor (Schulman R, 2001) fez um relato de caso aonde o paciente foi tratado com apenas uma aplicação de agulhas usando os
meridianos tendineomusculares (E45, ID18 e VB44)
O palestrante irá mostrar em sua apresentação, a sua experiência no tratamento de atletas portadores de SETM através de técnica de
eletroacupuntura com estimulação periostal na tíbia, utilizando eletroestimulação de baixa e alta freqüência – bem como as bases de
utilização da eletroacupuntura nas lesões do esporte em geral.
Bibliografia
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Athletics Injuries. Chicago, IL: American Medical Association, 1966.
• Mubarak SJ, Gould RN and cols: The medial tibial stress syndrome: A cause of Shin splints. Am J Sports medicine 1982; 10:
201-205.
• Michael RH, Holder LE: A cause of medial tibial stress (Shin splints). Am J Sports medicine 1985; 13: 87-94.
• Anderson MW and cols: Shin splints:MR appearance. Radiology 1997; 204: 177-180.
• Callison M:Acupuncture and tibial stress syndrome (shin splints). Journal of Chinese medicine 2002; Vol. 70: 24-7
• Schulman R: Tibial shin splint treated with a single acupuncture session: Case report and review of the literature. Medical
Acupuncture on-line journal 2001; Vol.13:1
• Holen KJ and cols: Surgical treatment of medial tibial stress syndrome (Shin splints) by fasciotomy of leg superficial posterior
compartiment. Scand J Med Sci Sports 1995; 5:40-4
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CLIMATÉRIO: TRATAMENTO PELA MTC
Lilian Fumie Takeda
O climatério assim como a menopausa faz parte do ciclo de vida da mulher. A parada completa da menstruação por mais de 1 ano é
denominada MENOPAUSA e a fase de transição do estágio reprodutivo ao não reprodutivo é chamado de CLIMATÉRIO.
Esta fase de transição ocorre devido ao declínio da função ovariana.
A menopausa não é uma doença, é uma fase de transição fisiológica normal da vida de uma mulher. Pela Medicina Tradicional Chinesa,
na descrição dos ciclos de 7 anos, “... aos 49 anos o Ren Mai se esvazia, o Chong Mai seca, o caminho da terra (Útero) não dá mais
passagem e o corpo se desgasta, não podendo procriar.”
Podemos classificar do climatério em:
1. Compensado: sem sintomas clínicos - Pela MTC: Alteração do nível de Qi, sem envolvimento do Xue e alterações compensadas
pela energia Renal.
2. Descompensado: quando é acompanhado de sintomas clínicos e que venham a afetar a vida da mulher em menor ou maior
grau. Pela MTC: Alterações que acometem Qui e Xue, desgaste de Jing, Tin Ye; processo crônico de desgaste do Rim, Fígado,
Baço Pâncreas e Coração.
O Estilo de vida e os hábitos alimentares são de grande importância no tipo de climatério que a mulher terá.
As alterações costumam acontecer devido às seguintes síndromes energéticas:
• Deficiência do Yin do Fígado e dos Rins
• Desarmonia entre Coração e Rim
• Deficiência do Yang do Rim e do Baço-Pâncreas
• Deficiência de Yin e Yang do Rim
• Deficiência do Qi
O tratamento consiste em fortalecer Tin Ye, tonificar o Jing e reforçar Rim Yin.
1. Na Deficiência do Yin do Fígado e dos Rins:
• Tratamento:
- Nutrir o Xue
- Tonificar o Yin do Fígado e dos Rins
- Prevenir a ascensão do Yang do Fígado e a deficiência do Yin
• Sugestão de Pontos de Acupuntura: R3, BP6, F3, F2, CS6, C7, BP10, F8, B23, B18, B15.
2. Na Desarmonia entre Coração e Rim
• Tratamento:
- Tonificar o Rim
- Harmonizar o Coração
- Tonificar o Yin
- Acalmar a Mente
• Sugestão de Pontos de Acupuntura: R2, R6, CS6, C7, CS7, C8, B23, B17, B15, VG20
3. Na Deficiência do Yang do Rim e do Baço-Pâncreas
• Tratamento:
- Tonificar o Baço
- Fortalecer o Rim
- Harmonizar a Via das Águas
- Dispersar o Frio
- Tonificar o Yang do Rim e do Baço-Pâncreas
• Sugestão de Pontos de Acupuntura: R7, BP6, VC12(moxa), VC4, VC8(moxa), VC6, CS6, VG4(moxa), P9, B23, B20
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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4. Na Deficiência do Yin e Yang do Rim
• Tratamento:
- Tonificar o Qi
- Nutrir o Yin
- Aquecer o Yang
- Tonificar o Rim
- Harmonizar Chong Mai e Ren Mai
• Sugestão de Pontos de Acupuntura: R3, VC4, VG4, B23, B13, B20
a) Predomínio da Deficiência de Yin:
• Tratamento:
- Alimentar o Yin
- diminuir o excesso de Yang
• Sugestão de Pontos de Acupuntura: R1, R2, R3, BP6, VC3, VC4
b) Predomínio da Deficiência de Yang
• Tratamento:
- Aumentar o Yang
- Aquecer os Meridianos
• Sugestão de Pontos de Acupuntura: R3, R7, VC3, VC4, VG4(moxa), B23
5. Na Deficiência do Qi
• Tratamento:
- Tonificar o Qi
- Melhorar a recepção da energia distribuída pelos Pulmões para os Rins
• Sugestão de Pontos de Acupuntura: R1, R14, R5, VC5, VC6, B23
Utilizamos para o tratamento:
1.Fitoterapia
2.Dietoterapia
3. Exercícios Físicos
4. Técnicas Meditativas
São de grande importância as mudanças de hábitos de vida. Lembrando que o Climatério é uma fase na vida da Mulher, uma etapa que
será passada e a maneira como isto ocorrerá depende da compreensão que ela tenha deste momento da vida e das mudanças que
deverão ser feitas. É uma grande oportunidade de crescimento e transformação, que a ajudaram muito na próxima fase.
A Medicina Tradicional Chinesa pode ajudar na melhora dos sintomas, harmonização e equilíbrio da mulher; mas devemos sempre ter em
mente que é a Mulher que passará por esta fase.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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Síndrome Dolorosa Miofascial: o que é e atualizações
Liliana Lourenço Jorge
Introdução
A síndrome dolorosa miofascial (SDM) é uma condição comum, frequentemente responsável pela busca dos pacientes por clínicas de
dor. A SDM pode afetar qualquer músculo do corpo, que é composto por aproximadamente 400 músculos, isto é, 50% do peso corporal.
Pode causar dor local ou referida, dolorimento, tensão local, estalidos, rigidez, redução da amplitude articular, fraqueza na ausência de
amiotrofia e fenômenos autonômicos. Consiste na presença de uma banda tensa muscular, dentro da qual localizam-se os pontos gatilho
(PGs); quando estimulados, os PGs desencadeiam o padrão de dor referido e a resposta twitch local. Estudos seriados confirmam que
mais de 70% dos PGs dorrespondem aos pontos de acupuntura utilizados para o tratamento da dor.[1]
Um PG ativo, quando estimulado, reproduz a dor a uma área remota. Os PGs satélites aparecem em resposta à zona de dor referida, e
em geral desaparecem mediante tratamento do PG primário. PGs latentes não produzem dor espontânea, e geram principalmente rigidez
e limitação articula; frequentemente, são encontrados em pacientes assintomáticos. Apesar da SDM e da fibromialgia terem algumas
características em comum, consistem em 2 entidades diferentes, com fisiopatologias e sintomas diferentes.
A palpação manual sob registro eletromiográfico intramuscular foi usada para avaliar se os 18 pontos dolorosos (PDs) utilizados outrora
para o diagnóstico de fibromialgia eram também PGs em 30 pacientes fibromiálgicas. Os resultados sugerem que a maioria dos PDs são
PGs, com dor local/ referida parcialmente reproduzindo o padrão doloroso espontâneo da fibromialgia, indicando que PGs ativos podem
contribuir para o agravo da alodínea generalizada e sensibilização periférica observadas na fibromialgia.[2]
Fisiopatologia
Uma banda tensa é necessária como um precursor do desenvolvimento de um PG. Ela é comum em assintomáticos, mas sua presença
eleva a probabilidade de evolução para a SDM, assim como PGs latentes podem evoluir para PG ativo. Isto ocorre devido a inúmeras
condições predisponentes, tais como sobrecarga física e psicológica, fatores físicos, tensão muscular.
Sugere-se que haja a ativação de aferentes mecanoceptivos de baixo limiar, associada a disfunção de placa motora na área dos PGs (crise
energética causada por esgotamento do aporte de ATP na placa motora para promover o desacoplamento entre actina e miosina). Tais
receptores projetam-se para o corno posterior da medula espinhal e participam de fenômenos de inflamação neurogênica e sensibilização
espinhal periférica.
Epidemiologia
A SDM é muito comum, e acomete qualquer raça e ambos os sexos igualmente. Os dados epidemiológicos são variáveis devido a
diferenças metodológicas na coleta dos dados, mas há maior acometimento na população economicamente ativa. Nos EUA 14,4% da
população sofre dor musculoesquelética, 25-54% dos assintomáticos possui PGs latentes. A SDM não é uma condição grave, mas pode
causar redução na qualidade de vida e causar impacto no mercado produtivo, ao estar associada a doenças osteomusculares relacionadas
ao trabalho, afastamentos, litígios, e perdas financeiras importantes.
A probabilidade de desenvolvimento de PGs aumenta com a idade e nível de atividade. Indivíduos sedentários estão expostos à SDM do
que indivíduos ativos que se exercitam diariamente com intensidade leve a moderada.
Uma conexão foi encontrada em mulheres entre número de PGs ativos e intensidade de dor espontânea ehipersensibilidade mecânica
generalizada; inputs nociceptivo destes PGs miofasciais estão ligados à sensibilização central. [3]
Quadro clínico
Os pacientes queixam-se de dor locorregional e mal caracterizada em músculos e articulações. Também podem relatar alterações
sensoriais, como parestesias ou hipoestesia quem que se possa relacionar a padrão radicular. O padrão de dor referida ocorre depende
do músculo acometido. Um episódio agudo pode ocorrer após um evento específico ou trauma (como mover-se ou carregar rápida e
bruscamente um objeto), ou de fora crônica, secundária a sobrecarga e má postura. [4] Os pacientes podem relatar distúrbio do sono por
não encontrar posição confortável.
Um exame físico acurado, incluindo análise do padrão de dor e da função muscular, pode prover dados para o diagnóstico correto da
SDM. A localização do PG é parte fundamental dos achados do exame, e há atlas específicos disponíveis no mercado para o auxílio na
propedêutica. A resposta dolorosa à palpação do PG nem sempre ocorre, devendo serem pesquisadas outros fenômenos associados,
como restrição à amplitude articular e alterações neurovegetativas, como sudorese, pioereção, alterações de cor e temperatura cutâneas.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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Quando o PG é localizado, o paciente tipicamente apresenta o sinal do pulo, isto é, a manifestação do sobressalto e desconforto causado
pela palpação do local de dor, feita de forma controlada e preferencialmente com um algômetro de pressão (palpatômetro). O sinal do pulo
não pode ser confundido com a resposta twitch. [5]
Critérios essenciais para a identificação de PGs latentes ou ativos:
1. Banda tensa palpável se o músculo é acessível
2. Local de dolorimento sobre a banda tensa
3. Uma vez palpado o PG na banda, ocorre reprodução da queixa dolorosa em padrão de dor referida
4. Limitação dolorosa da amplitude articular quando o músculo acometido é estirado
Outros achados:
1. Identificação tátil ou visual de uma resposta twitch
2. Dor ou sensação alterada à compressão da banda tensa
3. Demonstração eletromiográfica de atividade elétrica espontânea, característica de um lócus ativo na banda tensa
4. Menor resistência cutânea à corrente elétrica
Uma banda tensa é encontrada no músculo por palpação ou por penetração de agulha, isolando-se o feixe muscular com os dedos e
segundo relato do próprio paciente, que nota ser aquele um local extremamente doloroso.
Não há testes laboratoriais confirmatórios para a SDM, mas exames séricos e radiodiagnóstico podem ser úteis para a detecção das
condições predisponentes, doenças associadas e condições de base, tais como pesquisa de hipoglicemia, deficiências vitamínicas,
hemograma, profas de atividade inflamatória, marcadores autoimunes, bioquímica, dosagens hormonais.
A termografia pode mostrar áreas de aumento do fluxo sanguíneo, parcialmente correlacionados com PGs, embora seu uso seja dispensável
para o diagnóstico. Outros exames de imagem são úteis na pesquisa de outras fontes de gênese de dor. A pesquisa de PGs por meio de
eletroneuromiografia (ENMG) em humanos e coelhos mostrou espículas de alta voltagem e ruído espontâneo de placa de baixa voltagem
- característicos do PG mas não patognomônicos. A eletromiografia de superfície tem sido usada em protocolos experimentais.
Fatores contribuintes
Fatores agravantes ou desencadeantes da SDM incluem estresse anormal sobre o músculo (carga e repetição do movimento) gerando
encurtamentos das fibras e má condição metabólica local; discrepâncias entre membros, assimetria esquelética, posturas inadequadas
nas atividades rotineiras e posicionamentos em isometria por tempo prolongado. Condições como anemia, baixos níveis de cálcio,
potássio, ferro, vitaminas do complexo B, infecções crônicas, privação de sono, distúrbios de humor, radiculopatia, doenças viscerais,
hipotireoidismo, hiperuricemia, espondiloartropatias, osteoartroses, tendinoses, hipoglicemia também têm sido implicadas. Todas estas
condições atuam de forma indireta, com sensibilização periférica desencadeando mecanismos centrais.
Tratamento
Medicina Física e Reabilitação:
O programa de reabilitação inclui sessões de fisioterapia, aprendizado de autoprograma domiciliar e terapia ocupacional. A avaliação
fisiátrica possibilita a correção de discrepâncias entre membros, prescrição de órteses e compensações, e prescrição medicamentosa.
A fisioterapia foca a correção dos encurtamentos musculares, treino postural e fortalecimento dos músculos da unidade miotática, de
modo a devolver a vantagem mecânica para uma função motora eficiente e com o mínimo de gasto energético. Outras medidas incluem
fonoforese com antiinflamatórios não esteroidais (AINEs), massoterapia, meios físicos (calor, frio, eletroterapia), técnicas de biofeedback.
A terapia ocupacional auxilia na avaliação ergonômica e na provisão de adaptações ambientais para maior eficácia muscular.
Procedimentos:
O tratamento do PG provê alívio temporário da dor referida segmentar, o que poderá mascarar doenças subjacentes graves, tais como
apendicite ou isquemia miocárdica. De fato, a SDM pode decorrer de um estímulo nóxico, decorrente da sensibilização segmentar de
qualquer tecido inervado pela mesma raiz que supre o músculo sintomático, tais como uma discopatia, artrite, síndromes compressivas.
Desta forma, a SDM deve ser acompanhada por um médico, para que se promova a completa anamnese e diagnóstico de eventual
condição subjacente, que deve ser tratada primariamente.
As injeções de PG podem ser realizadas com bupivacaína ou lidocaína diluídas em solução salina [6]. Também se pode realizar agulhamento
seco com agulha de acupuntura. Em ambas as modalidades, o efeito analgésico do procedimento é maior quando se obtém a resposta
twitch. A ultrassonografia para ecolocalização à inserção de agulha tem sido utilizada de forma crescente para visualização da resposta
twitch em planos profundos, embora não existam evidências de ganho de eficácia com seu uso em comparação com a técnica tradicional
de agulhamento ou sua utilidade na pesquisa de PGs.
[7] As complicações da injeção do PG são raras e dependem da área que está sendo injetada. Incluem dor local, sangramento, infecção,
e mais raramente lesão vascular/ neural, ou penetração de um órgão subjacente (pneumotórax).
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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PALESTRAS
A toxina botulínica A mostra resultados promissores como relaxante muscular para alívio de longa duração, principalmente em casos
refratários. [8,9] A toxina botulínica tipo A em baixas doses pode ser injetada no PG, para reduzir a contração muscular via inibição de
liberação de acetilcolina na membrana pré-sináptica da placa motora. Além deste efeito local, estudos recentes demonstram ação da
toxina em centros analgésicos supramedulares; também se observa bloqueio na sensibilização periférica [10].
Há uso promissor de patchs anestésicos (lidocaína aplicada sobre cada PG, por 4 dias) como opção tópica de tratamento, objetivando
aumento do limiar da dor e redução dos sintomas subjetivo. Apesar da menor eficácia em relação à injeção, a tolerância é maior [11] .
Medicamentoso:
As medicações prescritas são adjuvantes do tratamento de reabilitação, e incluem analgésicos simples, relaxantes musculares,
antiinflamatórios não esteroidais (somente uso curto prazo). Raramente são úteis se usadas isoladamente. Dependendo das condições
subjacentes e dentro de um contexto de síndrome de dor crônica, medicações próprias são utilizadas, como antidepressivos (tricíclicos,
duais, inibidores de recaptação de serotonina tradicionais), relaxantes musculares, anticonvulsivantes, antipsicóticos.
Prevenção
A prevenção da SDM foca na remoção de fatores pertetuantes, ambientais ou relacionados ao prejuízo à biomecânica musculoesquelética.O
paciente deverá procurar uma equipe especializada de reabilitação e o médico fisiatra, para a análise e correção dos fatores extrínsecos e
condicionamento postural e muscular. Também há interface com a medicina do trabalho e ocupacional, à medida que se faz necessidade de
adaptações ambientais e regimes laborais. O paciente deverá se envolver no seu plano reabilitacional, à medida que realiza as mudanças
de hábitos, incorpora rotinas de exercícios e autoalongamentos, e se torna atento às mudanças no padrão de dor.
Conclusões e prognóstico
O prognóstico da SDM é bom se ocorre correção dos fatores predisponentes e das causas do acometimento muscular. Em casos agudos,
onde ocorre disfunção muscular na ausência de alterações estruturais, há prognóstico de total resolução. Os resultados são limitados
em casos crônicos, onde a SDM se associa a condições musculoesqueléticas e degenerativas subjacentes; nestes casos, o tratamento
deverá também focar a patologia de base.
O diagnóstico da SDM é clínico, e o sucesso terapêutico depende da compreensão ampla do contexto do paciente, e da provisão de um
tratamento multidisciplinar, que inclui medidas comportamentais, correções posturais, plano de cinesioterapia para adequação muscular
e abordagem medicamentosa/ procedural.
Referências
1 - Dorsher PT. Myofascial referred-pain data provide physiologic evidence of acupuncture meridians. J Pain. Jul 2009;10(7):723-31.
2 - Ge HY, Wang Y, Danneskiold-Samsoe B, et al. The Predetermined Sites of Examination for Tender Points in Fibromyalgia Syndrome Are
Frequently Associated With Myofascial Trigger Points. J Pain 2009;13.
3 - Alonso-Blanco C, Fernández-de-Las-Peñas C, Morales-Cabezas M, et al. Multiple active myofascial trigger points reproduce the
overall spontaneous pain pattern in women with fibromyalgia and are related to widespread mechanical hypersensitivity. Clin J Pain. Jun
2011;27(5):405-13.
4 - Gerwin RD. A review of myofascial pain and fibromyalgia--factors that promote their persistence. Acupunct Med.2005;23(3):121-34.
5 - Myburgh C, Larsen AH, Hartvigsen J. A systematic, critical review of manual palpation for identifying myofascial trigger points:
evidence and clinical significance. Arch Phys Med Rehabil. Jun 2008;89(6):1169-76.
6 - Venancio R A, Alencar FG, Zamperini C. Different substances and dry-needling injections in patients with myofascial pain and headaches.
Cranio.2008;26(2):96-103.
7- Rha DW, Shin JC, Kim YK, et al. Detecting local twitch responses of myofascial trigger points in the lower-back muscles using
ultrasonography. Arch Phys Med Rehabil2011;92(10):1576-1580.e1.
8 - Aoki KR. Evidence for antinociceptive activity of botulinum toxin type A in pain management. Headache. 2003;43 Suppl 1:S9-15.
9 - Jeynes LC, Gauci CA. Evidence for the use of botulinum toxin in the chronic pain setting--a review of the literature. Pain Pract
2008;8(4):269-76.
10 - Gam AN, Warming S, Larsen LH, et al. Treatment of myofascial trigger-points with ultrasound combined with massage and exercise--a
randomised controlled trial. Pain 1998;77(1):73-9.
11 - Affaitati G, Fabrizio A, Savini A, et al. A randomized, controlled study comparing a lidocaine patch, a placebo patch, and anesthetic
injection for treatment of trigger points in patients with myofascial pain syndrome: evaluation of pain and somatic pain thresholds. Clin
Ther. 2009;31(4):705-20.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
Balance Acupuncture and Bio-electricity Stimulation Therapy
Lisa Liu
Melbourne, Australia
Balance acupuncture methods and electricity stimulation therapy are originated from the Yellow Emperor’s Internal Classic, including Plain
Questions and Miraculous Pivot (Huang Di Nei Jing: Shu Wen and Ling Shu).
The first balance acupuncture method was promoted by Dr. Wenyuan WANG in 1990’s. It was based on contra-lateral insertion method
(Miu Ci; chapter 63 of Plain Question), opposing needling method (Ju Ci; chapter 63 of Plain Question), and Yuan Dao Ci (Distant needling
method; Pivot chapter 7 of Miraculous). American Dr. Richard TANG’s balance method is based on contra-lateral insertion method and
opposing needling method, while Dr. Qing Li’s bio-electricity stimulation method is based on contra-lateral insertion method only.
Applications of contra-lateral insertion and opposing needling are disorders at Channel (Jing mai) and collaterals (Luo mai) level, which
means those disorders have not affected Zang Fu function yet. Chapter 63 of Plain Question stated that when pathogenic factor first
attacks the body, it affect skin and skin hair; if the pathogenic factor stays, it then affects minute collaterals; if it still stays, then it affects
collaterals; if it stays, then it affects Channel; and if it still stays, finally it affects Zang Fu organs, intestines and stomach. According to
Huang Di’s Internal Classic, contra-lateral insertion treats disorders located at collateral level, while opposing needling treats disorders
located at Channel level. Detailed disorders located at the Channel and collateral may include various pain syndromes, traumas, breast
nodules, thyroid enlargement, period pains, facial paralyze, insomnia, irritable bowel syndrome and skin conditions etc.
The mechanism for opposing needling method is that when pathogenic factor is located at the channel level, excess from left channel
indicates the right side of the body is sick; vise versa. Therefore, we can treat left side problems on the right side.
The contra-lateral insertion is used for conditions when pathogenic factor is located at collateral level. The pathogenic factor transfers from
up to down, left to right, up-lower-left-right parallel to the channels. So, treatment points can be chosen according to up-lower-right-leftfront-back pattern, or up-lower (same channel name) and/or left-right (paired Zang Fu) and/or front-back (or exterior-inertia paired Zang
Fu) channel parallel patterns.
When the ancient Chinese applied the methods, they need to check channel before treating diseases. They palpate channels and feel pulse
to find out which channel is deficient and which channel is excess. If channel imbalance is found, they will treat channel use opposing
needling method. However, if channel is balanced but pain is still there, they would use contra-lateral insertion method.
All balance methods and bio-electricity stimulation have significant and reliable results. It is reported to only take 1-5 treatments in total
(chapter 63 of “Plain Question”). All balancing treatment use fewer points compared to standard treatments. Dr. Wang’s balance method
normally uses one or two needles per treatment. Dr. Tang’s balance method uses two to four needles per treatment, while Dr. Li’s method
uses one thick needle to needle key switch point, main switch point and Ashi points at contra-lateral location.
Dr. Wang’s balance method has its six selection principles. These principles are summarized as the twenty seven effective points;
opposing needling selection principle; contra-lateral insertion selection principle; left hands side for men and right hand side for women
principle; alternation of left and right hand side in each treatment principle and treat both hand sides at the same treatment principle. The
twenty seven points including Lower back pain points, headache point, neck pain point, shoulder pain point, arm pain point, elbow pain
point, knee pain point, stomach pain point, insomnia point, lower blood pressure point etc.
Dr. Tang’s balance method uses the six channel theory, zangfu pairs and Chinese midnight-noon ebb-flow theory. For example, to treat
elbow pain at Yangming (LI) channel, one can treat the foot Yangming (ST, same Yangmin) channel near the knee; or the foot Taiyin (SP,
paired Zangfu) channel near the knee; hand Yueying (Lung, hand paired zangfu) channel near the elbow; or Kidney channel near the knee
(LI 5-7am, Kidney 5-7pm, opposite time according to the Chinese ebb-flow).
Dr. Li’s bio-electricity stimulation used western medical knowledge to explain its mechanism. The method believes that once a place is
sick, more bio-electricity will be found at its contra-lateral place. By stimulating the contra-lateral place, the extra bio-electricity will be
sent back to its original place. Thus the body has achieved its balance.
Dr. Li’s stimulation has the simplest way to choose points compared to the other balance methods, with similar positive effectiveness.
It does not require practitioners to memorize any special points (does not require memorizing the 27 Dr. Wang’s balance points; or the
six channel theory for Dr. Tang’s balance method). It divides the human body into four parts and accurately locates contra-lateral points
according to the location of each disorder. There are also a key switch point and a main switch point need to be needled before treating
the contra-lateral points. The detailed needling technique includes the type of needle, depth of needle; frequency of needling, limitation and
strength of the method will be discussed at the presentation.
Reference
1. The Yellow Emperor’s Internal Classic, Plain Questions (皇帝内经素问). People’s Health Press, Beijing 1983
2. The Miraculous Pivot (灵枢经). People’s Health Press, Beijing 1984
3. Wenyuan WANG: China Balance Acupuncture (中国平衡针灸). Beijing Science and Technology Press, Beijing 1998
4. http://www.youtube.com/watch?v=8cbxu6GMV5Y
5. Qing LI: Questions and Answers to the Channel Bio-electricity Stimulation Method(经络激通疗法问与答). Beijing 2012
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
Curso de Pulsologia e Diagnóstico pela língua
Lisa Liu
Melbourne, Australia
Há séculos os chineses se valiam destes métodos para melhor compreender as causas e as evoluções das doenças. Fizeram parte íntima
do arsenal diagnóstico . Com a evolução da medicina ,passaram a um segundo plano , pois outros métodos armados de diagnóstico
surgiram , menosprezando estes mais práticos, de custo zero.
Gostaríamos de resgatar estes tesouros para a visão prática dos dias de hoje focalizando em diagnóstico, diagnóstico diferencial, escolha
dos pontos e prognóstico.
Está feito o convite!
Curso de Alimentação na MTC
Os alimentos exercem não só uma função nutritiva, mas também efeito preventivo e terapêutico em relação a uma série de doenças.
Muito destes conhecimentos estão padronizados e catalogados. Neste curso abordaremos o uso dos alimentos em relação às estações do
ano, à constituição dos pacientes, às formas de preparo e seu uso terapêutico em várias doenças como cefaléias, dermatites, alterações
menstruais etc...Temos a certeza de que este conhecimento constituirá em um diferencial para o médico.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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RESUMOS de
DE
palestras
PALESTRAS
How to treat emotion related disorders in Western community
Lisa Liu
Melbourne, Australia
Who am I? I was an academic staff for over 25 years, having my Master degrees in both Chinese medicine and Optometry. I have
published 4 books, over 20 journal articles and have taught Chinese medicine in universities both from Australia and China. However, I
stopped by fulltime teaching in 2010 when Victoria University closed Chinese medicine course. Since then, I’ve started building my own
clinic to its current reasonably successful state. It is different being a practitioner, compared to being a lecturer. Below are my clinical
experiences and reflections in treating emotion related disorders in Australia.
Emotion related disorders feature in up to 60-70% of clinical complaints in my clinic. These disorders are caused by strong emotions like
anger, grief, sadness, heart-break sensations, excessive desire and excessive career drives, frustration and held-up negative emotions
or emotions that have been buried for too long etc. Factors which weak the body Essence, include drug indulgence, long term illness
and menopause can make the human body more vulnerable to daily emotional stimulations. Inappropriate lifestyles includes long term
excessive work and study, especially at night, excessive stress at work weakening body Essence and Yin, thus also creating the soil for
the above disorders to thrive.
Emotion related disorders include insomnia, panic attacks, anxiety or depression, headache, migraine, fibromyalgia, irritable bowel
syndrome, tiredness, easy caching flu and poor memories etc.
In my clinic, firstly I use Prof. Xiaoyun SHOU’s Psychology pulse system to diagnose the disorder in order to gain patient’s trust. Prof.
Shou’s psychology pulse system mainly feels special waves sent out by pulse movement. More information regarding development of
pulse manifestation and briefing of each pulse system can be found in my presentation of “the seven powerful acupuncture points based
on the simplest pulse manifestation”. Then I use Dr. Ren WEI’s eight principles pulse system to form a Chinese medicine pattern diagnosis.
Prof. Shou’s psychology pulse allows me to feel what patient’s emotions. The pulse can detect detailed emotions like frustration, heart
break, sadness, grief, anger and unexpressed anger, excessively strong career drive, unhealthily strong desires, fear, anxiety, happiness,
loneliness, the state of not having enough communication from one’s family or feeling unsupported from one’s family, being kindhearted
or having criminal intentions, rebellious person, origins for a wealthy family or royalty; difficult life, or even longevity……. Sometimes, the
pulse system can also tell how long that emotion has lasted for. For example, three to five year history of feeling grief. By reading patients’
emotions from the pulse, practitioner has gained deep trust from the patient. In addition, the practitioner understands which Zang Fu organ
has been affected and why, as well as how serious the damage is.
Following the psychology pulse reading, I use the eight principle pulse system to give the patient a differential diagnosis. Like Liver Qi
stagnation invading Spleen and Stomach, or Heart Kidney not communication or Body Yin/liquid is depleted with Shen (spirit) not settled.
The treatment principle is balancing Yin and Yang, as well as even and left up the six pulses. It becomes my sincere belief that good results
definitely will show up once I balanced Yin Yang., and once I made all six pulses even. So I feel pulse before, during and after needle
treatment.
Commonly seen TCM patterns in my practice and their development trends are listed below:
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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When the Heart has excessive desire, it makes Liver excess. Liver then invading Spleen and Stomach, causing poor digestion and IBS.
Poor digestion cannot make enough Energy Qi and blood and thus affect Kidney Yin and Kidney Yang, which is the Earth invading Water
in the five element theory. Weak Kidney Yin cannot support Liver Yin which makes whole body Yin deficiency. Kidney Yin cannot support
Heart Yin as well which makes Heart Kidney not communication. Many Shen (Spirit) disorders come from body Yin deficiency such as
insomnia, anxious, panic attack and depression Liver Yin deficient makes Liver not been nourished, thus Liver Qi stagnation and blood
stasis shows up as fibromyalgia, headache and pain syndromes. If all above conditions not been addressed on time, it will finally affect
Lungs and the patient will feel tired, depressed and not capable of performing normal life activities. From this rationale, we can see that
the most emotion related health problems come from excessively strong Heart desires. That is why the Buddhists say greed, confusing
thoughts and anger are the three main causes for all health problems.
In addition to strong desires illustrated above, being overtly emotional and have an excessively busy lifestyle are also causes of emotion
related disorders. The Yellow Emperor’s Internal Classic stated that overt use of any (organ/emotion/position) will cause its deficiency. For
example, overt anger or frustration will lead to Liver deficiency and/or cold years later. Excessive desire makes the Heart deficient, long
term over-work and sexual indulgence may lead to Kidneys deficiency. Once the Heart, Liver, Kidney deficient, the above disorder patterns
appear.
We all have very busy lifestyle in our modern time. Late nights sleep and long hour working habit are almost associated with every one
of us. However, human body follows natural rules which is replenish body Yin at night between 21:00 to 3:00. If we always sleep late
and work long hours, we will sooner or later deplete our body’s Yin. As the Essence (includes Yin), Qi and Shen are the three treasures
of human body, once Essence /Yin is depleted, the Shen will have nowhere to settle down, and then all the emotion related disorders
resurface. That is why in Chinese culture there is a saying that “Cease doing something first, before you can do something else better”.
The above diagram also shows how emotional related disorder develops and their prognosis. Normally patterns at the early stages of the
progress will be less serious and easier to treat. The patterns at the late stage of the progress will take longer time to treat and may not
be able to fully recover. For example, we all know it may take a couple of weeks to treat simple Liver Qi stagnation invading Spleen and
Stomach. Once patients have whole body Yin deficiency, it may take two to three months to replenish Yin. However, once patients become
both Yin and Qi deficient, it may take three to six months to treat. Another factor influences treatment result and patient’s prognosis is that
if the patient able to remove the cause of their disorders, such as over work, late sleep, being easy to anger…. For these reasons, we need
to give patients lifestyle advices. Acupuncture treatment can only temporarily balance the body if the cause still there, while changing the
life style will permanently stop that pattern of disorder.
I often choose to treat Du channel and Ren channel. Du channel points are effective to treat Heart, Liver, and Kidney Yin related disorders
and whole body Yin deficient, which can be felt from left hand pulses. This is treating Yin (Yin organs and body liquid) from Yang (back),
according to the Yellow Emperor’s Internal classic.
The common points for a back treatment include Du14 (Da Zhui, upper chakra) or Du16 (Feng Fu, upper chakra), Du9 (Zhi Yang, middle
chakra), Du4 (Ming Men, lower chakra), Du20 (Bai Hui, for lifting up). Sometimes, according to palpation and location of disorders,
following points are added to treatment: Du13 (Tao Dao, Lung), Du 11 (Shen Dao, Heart), Du10 (Ling Tai, Du channel), Du8 (Jin Suo, Liver),
Du6 (Ji Zhong, Spleen), Du2 (Yao Shu, Kidneys), Du 24 (Shen Ting) and Yin Tang (EX-HN3). Sometimes I treat the second line of Bladder
channel on the back according to palpations.
When patients have more digestive, Lung and Kidney Yang disorders, which demonstrated at the right hand pulses (Yang) are weak or
uneven, I treat abdomen (Yin). This is treating Yang from Yin according to the Yellow Emperor’s Internal Classic. Commonly used frontal
treatment points are Ren17 (Shan Zhong, upper chakra, Pericardium), Ren 12 (Zhong Wan, middle chakra, Stomach), Ren6 (Qi Hai, lower
chakra, energy Qi) or Ren4 (Guan Yuan, lower chakra, Small Intestine) and Du20 (Bai Hui, for lifting up). I may use following Ren channel
points according to palpation and location of disorders, Ren14 (Ju Que, Heart), Ren5 (Shi men, Triple Burner) and Ren3 (Zhong Ji, Bladder).
In addition, I also use front-Mu points SP15 (Da Heng, Spleen), ST25 (Tian Shu, Large Intestine), Liv13 (Zhang Men, Spleen), Liv14 (Qi
Men, Liver), GB25 (Jing Men, Kidney) and Lu1 (Zhong Fu, Lung). Detailed information of treating Du channel and Ren Channel is also listed
in “the seven powerful acupuncture points based on the simplest pulse manifestation”.
Points on the four limbs are also chosen according to pattern differentiation, channel palpation, point palpation and the five-Shu theory. Use
He-sea point to tonify Yin or clear deficient heat; Use Ying-spring point to clear excessive heat; Use Yuan-source point to tonify or balance
the organ; Use Xi-cleft point for urgent conditions. For example, PC8 (Lao Gong) or HT8 (Shao Fu) can be chosen for excess heart heat
such as insomnia, while PC3 (Qu Zhe) or HT3 (Shao Hai) can be chosen for deficient heart heat such as anxiety and panic attack. Another
example is that use Kid2 (Ran Gu) for excess will and Kid7 (Fu Liu) for lack of will.
I apply electro acupuncture machine when the points feel very stagnant and use moxibustion when the channel or the point feels cold or
diagnosis as a cold pattern.
Palpate possible disorder channel, along Jing-well point to Xi-cleft point then to He-sea point, is a useful guidance for point selection. It
gives you confirming information if the channel is not balanced and also if the point should be needled. There is abundance of information
you can feel from points, depression (weak), tight (excess), nodules (dampness), blood vassal visible (Luo collateral blockage) etc. even
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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the pigmented mole gives information of long-term blocked channel energy flow. Sometimes there are special waves above the stagnant
points and sometimes points can feel cold or hot. Point location is slightly different for each person.
Needle techniques: I always feel the point carefully, which helps me to find even a tiny depression under my finger. So when I needled,
I make sure my needle will be in that tiny hole. When I use guide-tube, I make sure I do not allow the needle to drop to the skin before
insertion. I also insert needle to desired depth (heaven, earth and human levels, with strong finger strength) before doing manipulation. I
chose to use correct manipulation methods and always very much concentrate mind when holding the needle, just like awaiting for a big
person. In my clinic, I saw different needle manipulation methods bring different pulse manifestations. Thus it brings different treatment
results. De Qi sensation can be felt. The quicker De Qi, the better result can be achieved
Dizziness and light headache occasionally happen when I put more than 3 needles on the back without needling feet or used Du20 (Bai
Hui) incorrectly (used when Cun pulse is not weak), or retain needles for more than 30 minutes. Liv3 (Tai Chong) is useful to treat these
conditions.
Practitioner need to practice Qi Gong and Taichi in order to keep practitioner themselves healthy and for patients to achieve better results.
The practice also makes practitioners more sensitive feeling pulse and palpating channel and points. Patients can notice difference in
treatment results if I am not practicing Qi Gong and Tai Chi for couple of weeks.
As we have discussed before that inappropriate lifestyle and inappropriate thoughts are causes of many disorders. So I do give patients
life style suggestions in a subtle and polite way, hoping the advices make patients think and act. I also teach patients Qi Gong and Tai Chi
exercises.
In summary, I use psychology pulse in order to gain trust from patients as I can feel their emotions. I use the eight principle pulse system
for correct pattern differentiation. Then I balance Yin and Yang, even or left up all six pulses. I pay attention to all details including palpating
channels and points, inserting needle and manipulating needle. I also carefully advise patients regarding changing their lifestyles and
thoughts. I practice Qi Gong and Tai Chi to keep myself healthy and offer patients better treatments. Then significant good results naturally
follow. If you do so, the significantly good results will come to you as well.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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One Needle Therapy: Using One Needle to Treat 24 Types of Acute Pain
and other Conditions
Lisa Liu
Melbourne, Australia
People say that when diseases last for too long time, it may no longer be cured. This is not the case. Those who claim to have achieved
no results, have not obtained the correct methods. Our result is akin to the effect of the wind blowing away clouds- clear sky can be seen
immediately.
From Chapter 1, Miraculous Pivot the Yellow Emperor’s Internal Classic
The workshop will cover 24 types of pain and conditions. Each pain will have four or more choices in treatment, according to my clinical
practice and intensive research.
For example, acute lower back pain: acupuncture can achieve miraculous results for which you can see patients limping into your clinic,
and walking out of the clinic with smiles on their faces. Below are detailed explanations on how we treat acute lower back pain according
to the one needle therapy.
 Firstly, we need to consult patient for location of the pain (Du channel, Bladder channel first line or second line, Liver or gallbladder
channel), nature of the pain and possible cause of the pain.
 Secondly, we need to confirm sick channel(s) by palpate the pain area.
 We also can feel pulse to see changes in channel and Zang Fu organs.
 Then, we palpate the points introduced in our workshop to find sensitive or painful Ashi point for needling.
a) We palpate the lower back pain points on hands to see which point is sensitive (Du channel pain more near the small finger
while Liver channel pain more close to thumb).
b) We also palpate SI3 (Hou Xi) or SI6 (Yang Lao) if we think the Bladder channel is involved, or
c) Palpate Liv3 (Tai Chong) if we think Liver and Gall Bladder involved; or
d) Palpate DU26 (Ren Zhong) if we think Du Channel is involved.
e) If you still cannot find a sensitive pressure point, you need to keep trying until you find one. You can palpate LI10 (Shou San
Li) for it has abundance Qi and blood, as well as LU5 (Chi Ze), as both of them related to lower back from balance acupuncture
system.
f) We can try Dr. Li’s contra-lateral insertion method, or
g) Dr. Wang’s lumbar pain point (BP-HN2).
Some practitioners may ask if there is a best point to treat lower back pain without palpations and differentiations. Currently there are
three balance methods trying serve this purpose. However, they still require palpations and some kind of differentiation. Those balance
methods also have their limitations. In my clinic, I saw different types of lower back pain each time, caused by different disharmonies, as
many factors can cause lower back pain and the lower back injuries can also happen to any muscles on the back. Different treatments
have been given to different patients in order to achieve their best results. Acupuncture point selection is based on pattern differentiation.
Pattern differentiation is the feature and soul of Chinese medicine.
After finding the sensitive point that needs to be treated, we start to needle the patient with detailed cares as below. We need to
 Massage the point a few times to promote Qi and blood circulation first;
 Ask patient to cough two or three times whilst we put the needle in;
 Manipulate the needle gently and;
 Ask the patient to do exercises for 5-15 minutes, especially movements s/he could not be able to perform before treatment.
 Withdraw the needle without doing other treatment in a short time (no repeat needling, according to the Yellow’s Emperor’s Internal
Classic).
If you follow our protocol of treatment carefully, the surprising positive result is guaranteed, mirroring the analogy of the wind blowing
away clouds- clear sky can be seen immediately.
Conditions discussed in the workshop include acute lumbar pain, shoulder pain, elbow pain, wrist pain, headache, pain caused by stye,
sore throat, tooth ache, fall from pillow, neck pain, hip pain, knee pain, ankle pain, heel pain, cough, stomach pain, abdominal pain, hiccups,
vision improvement, gall bladder pain, rhinitis, period pain, hemorrhoids and insomnia.
Our principles for point selection are mainly based on the Yellow Emperor’s Internal Classic. These principles include using points from the
channel to treat disorders of the channel; using Jing-well points, Ying-spring points, Yuan-source points to treat disorders of Yin channels
and Yin organs; using lower confluent points to treat disorder of Fu organs; using xi-cleft points to treat disorder of Zang organs; using
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back-shu points to treat disorders of Zang organs as treating Yin from Yang; using front-Mu points to treat disorders of Fu organ as treating
Yang from Yin; We also tonify mother channels and organs for deficient conditions and reduce child channels and organs for excessive
conditions within the five shu point system.
Reference
1. Shuzhong GAO: One Needle Therapy, Application of The Miraculous Pivot (灵枢诠用: 一针疗法). Jinan Press. Jinan 2011
2. Zhongwei HOU, Jiang ZHU: One Needle Therapy for Difficult Disorders (重用单穴治顽疾)。 Scientific and Technical
Documents Publishing House. Beijing 2011
3. Wenyuan WANG: China Balance Acupuncture (中国平衡针灸). Beijing Science and Technology Press, Beijing 1998
4. Qing LI: Questions and Answers to the Channel Bio-electricity Stimulation Method(经络激通疗法问与答). Beijing 2012
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SINDROME DO PÂNICO
Lo Sz Hsien
A Síndrome do pânico é caracterizado por um padrão repetitivo de ataques de pânico com impacto negativo na vida do individuo.
São crises espontâneas, súbitas de mal-estar e sensação de perigo ou morte iminente, com múltiplos sintomas e sinais de alerta ,
atingindo seu máximo , em cerca de 10 minutos.
Com alta prevalência nos dias de hoje, em até 2% da população geral e associado a fobias, uso ou abstinência de drogas, privação do
sono, abuso de cafeína ou psicoestimulantes.
De etiologia desconhecida, frequentemente há história familiar de transtornos ansiosos, e talvez relação com alterações neurobiológicas.
Na linha psicanalítica, pode-se encontrar gatilhos psicológicos que disparam as crises tais como:
1. Dificuldade para tolerar raiva
2. Separação física ou emocional de pessoas, tanto na infância quanto na vida adulta.
3. Alta responsabilidade no trabalho
Desses pontos de vista , encontramos as maiores explicações para a etiofisiopatogenia deste transtorno, do ponto de vista da MTC, o
envolvimento do fígado, coração e rim. As emoções reprimidas acumulam-se no figado(madeira) , que alimenta o coração(fogo), e este
por sua vez agride o rim(água). A perturbação do equilíbrio destes órgãos e outros é o responsável pelos sintomas de sudorese, palpitação,
sufocação, tremores, tonturas, medo etc..
O tratamento desta síndrome necessita de um comprometimento intenso do terapeuta que deverá integrar, medidas farmacológicas,
psicoterápicas além da MTC, dedicando tempo, paciência e compreensão.
Lembrar que o equilíbrio tem de estar coerente com a relação que este paciente tem com o seu mundo, que não será , necessariamente,
os mesmos valores do terapeuta.
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PALESTRAS
ENDOMETRIOSE
Luciano R. Curuci de Souza
A endometriose é uma patologia benigna que atinge as mulheres em idade fértil, principalmente entre os 30 e 40 anos de vida. Estudos
mostram a prevalência de 5 a 10% de casos de endometriose em mulheres na menacme.
As lesões endometriais são caracterizadas por por apresentarem em sua estrutura um tecido histologicamente semelhante ao tecido
endometrial, além de apresentar um aspecto funcional semelhante. Estas lesões são encontradas fora da cavidade uterina.
A endometriose chega a ser responsável por até 40% dos casos de infertilidade feminina, levando a muita preocupação nos dias de hoje
onde as mulheres tendem a ter gestações mais tardias.
Mulheres com história familiar de casos de endometriose tem 7 vezes mais chance de apresentar a patologia, mostrando o caráter
hereditário da doença que é a principal causa de dor pélvica crônica de origem ginecológica. Consideramos dor pélvica crônica
sintomatologia por mais de 6 meses.
Quanto às formas anatomoclínicas, a endometriose pode se apresentar sob duas formas: Interna ou externa. Na forma internatemos o
foco endometriótico aparecendo na própria parede muscular uterina, sendo denominada de adenomiose. Já na forma externa, a ectopia
do tecido endometrial está localizado extra uterino, podendo ser encontrado com maior frequência nos ovários, no ligamento útero sacro,
nos intestinos, nas vias urinárias. Alguns relatos de casos demonstraram a presença de endometriose pulmonar e até cerebral.
Podemos ainda classificar a endometriose em superficial, profunda ou endometriomas. Focos superficias estão relacionados com
antecedentes de cirurgias abdominais, principalmente partos cesárea. Já os focos profundos se relacionam ao aparecimento em vísceras
extra uterinas. Consideramos endometriomas os focos ovarianos com diâmetro maior que 3 cm.
Os principais sintomas da endometriose são a dismenorreia, a dispareunia de profundidade, alterações dos hábitos intestinais e ou
urinários, alterações dos ciclos menstruais e infertilidade.
O diagnóstico clínico pode ser de difícil realização, pois o exame ginecológico pode ser normal em mais de 90% dos casos. Lesões
palpáveis por via abdominal ou pelo toque vaginal se apresentam já em estado avançado da lesão endometriótica.
Devemos então partir para a propedêutica armada, onde a ultrassonografia pélvia por via abdominal e principalmente por via transvaginal
torna-se insubstituível. Podemos acrescentar a ressonância nuclear magnética para detecção de focos extra uterinos e mesnsurar com
maior precisão as lesões. O marcador Ca-125, apesar de muito difundido como forma de diagnóstico é pouco específico. Em muitos casos
só é realizado o diagnóstico de certeza através da laparoscopia e confirmação anátomo patológica, principalmente em investigações de
dor pélvica crônica e infertilidade.
É sabido hoje em dia que os tecidos das lesões endometriais além de responderem normalmente aos estrógenos ovarianos e de origem
supra-renal, também possuem a capacidade de sintetizar seus próprios estrógenos.
A etiopatogenia da endometriose é ainda controversa até os idas de hoje, sendo mais aceita a Teoria da Implantação ou Teoria da
Menstruação Retrógrada. Porém, aceita-se que haja a somatória com outras etiologias como a Teoria da Disseminação Mecânica, a Teoria
Linfática e Hematogênica, a Teoria da Metaplasia Celômica e a Teoria dos Restos Embrionários.
Como diagnóstico diferencial devemos levar em consideração uma gravidez inicial, prenhez ectópica, tumores ovarianos, aderências
pélvicas, miomatose uterina, varizes pélvicas, patologias gastrointestinais e patologias urinárias.
O tratamento clínico baseia-se em melhorar os sintomas dismenorreicos, seja por antiinflamatórios não esteroides ou seja por bloqueio
do ciclo menstrual por pelo menos 6 meses. No caso de bloqueio do ciclo menstrual, pode ser feito por contraceptivos orais combinados,
progestágenos por via oral ou intramuscular, SIU de Levonorgestrel, análogos de GNRH, danazol. Mais recentemente no Brasil, foi introduzida
uma nova medicação via oral que é o Dienogeste. Todo bloqueio do ciclo menstrual prolongado deve ser monitorado com o controle das
concentrações sanguíneas de Estradiol, devemos manter os níveis séricos entre 30 e 50 pg/ml para se evitar um hipoestrogenismo e levar
a perdas ósseas futuras.
Em casos de infertilidade ou sintomatologia persistente por mais de 6 meses com tratamento clínico ou ainda intolerância ao tratamento
hormonal, está indicado o tratamento cirúrgico principalmente por via laparoscópica.
O tratamento por acupuntura médica está indicado em todos os casos de endometriose, conjuntamente com o tratamento clínico
ginecológico proposto. Realizam-se em média de 10 a 20 sessões de acupuntura médica semanais com duração de 30 minutos cada.
As principais formas de diagnóstico pela Medicina Tradicional Chinesa que podem levar a um diagnóstico correspondente de endometriose
são: Estagnação de Qi do Fígado, Estase de Sangue, Acúmulo de Frio, Acúmulo de Calor com Estase de Sangue, Déficit de Qi do Baço
Pâncreas e Sangue, Qi do Pulmão não descendo adequadamente ao Rim.
Para cada forma de alteração pela Medicina Tradicional Chinesa é feito um diagnóstico correto pela anamnese, pulsologia e semiologia
da língua, podendo assim ser feito um tratamento individualizado para cada paciente com aplicações das agulhas em seus respectivos
acupontos.
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O SHEN DOS PONTOS
LUIZ CARLOS SAMPAIO
Quando somos procurados por um paciente podemos focá-lo de três maneiras, para descrevê-las buscarei a ajuda do lendário imperador
Shen Nong.
A Shen Nong é atribuído o conhecimento das propriedades das ervas (Ben Cao) utilizadas como medicamentos, dividindo-as em três
classes: superior, intermediária e inferior.
Cada classe é destinada a uma proposta de tratamento:
“A classe superior é destinada a nutrir o destino – Ming – e corresponde ao Céu – Tian.
Caso se queira prolongar os anos de vida retardando o processo de envelhecimento, deve-se usá-las”.
“A classe intermediária de Ben Cao é destinada à nutrição da natureza própria do indivíduo e corresponde ao Homem – Ren. Caso se queira
prevenir doenças, suplementar as depleções deve usar as ervas dessa classe”.
“A classe inferior é destinada ao tratamento das doenças e corresponde à Terra – Ti. Caso
se queira remover os efeitos do frio, do calor ou de qualquer outra influência maléfica para o organismo, remover os acúmulos e curar as
doenças deve utilizar essa classe de medicamentos”.
Tal descrição, pode ser útil na definição de três categorias de médicos: aqueles que tratam as doenças, os que as previnem e os que
buscam auxiliar seu paciente no desenvolvimento pleno de seu “destino” e conquistar desse modo o bem estar biopsíquico-social.
Focados nesse intuito maior, os Meridianos de acupuntura devem ser entendidos como mapas que expressam o relacionamento funcional
da tríade Jing/Qi/Shen, os Três Tesouros -
- do Homem, enquanto microcosmo.
Os pontos de acupuntura, presentes nos Meridianos, expressam por sua vez esses três tesouros devendo o medico acupunturista
conhecê-los, pois é através desse conhecimento que o médico ultrapassa o tratamento sintomático e conduz o paciente a uma visão mais
profunda de si mesmo.
Cada ponto de acupuntura estimula uma qualidade do Qi que existe tanto no micro como no macrocosmo. As imagens contidas nos
nomes dos pontos de acupuntura não definem em última instância sua localização ou função, mas servem como foco para a discussão
de quais aspectos particulares do ser tais pontos harmonizam.
Passarei a apresentar alguns desses pontos e seus significados na busca de trazer nossos pacientes a seu VERDADEIRO (De) SELF (Tao).
Vaso Governador 4 - VG4 - Ming Men A tradução usual desses ideogramas é a de Porta da Vida, porém podemos traduzir Ming como Destino.
O caractere Ming é a figura de uma ordem escrita, com um selo de autoridade fixo sobre ela e a boca do Universo ditando para o homem
seu destino entre o Céu e a Terra.
Segundo Mêncio, tonificar Ming significa nutrir a natureza original de cada indivíduo internamente e o aceite dos desígnios do Céu
externamente. O que corresponde a um alinhamento do Zhi individual com o Zhi do Céu. Alinhamento que é sinônimo, num nível energético,
da fusão límpida entre o Céu anterior e posterior no Ming Men não maculada pelo acréscimo das experiências de vida e da consciência
mundana e habitual.
Intestino Delgado 19 - ID19: Ting-Gong
O ponto ID19, traduzido como “Palácio da Audição” tem seus caracteres etimologicamente relacionados com De, referindo-se assim à
retidão do coração e da natureza original.
“Não ouça com os seus ouvidos, ouça com sua mente. Não, não ouça com sua mente, ouça com seu espírito – Shen. O Ouvir termina nos
ouvidos, a o reconhecimento termina na mente, mas o espírito – Shen – está vazio e aguarda por todas as coisas”.
Harmonizar esse ponto permite que o paciente possa ouvir o coração de outra pessoa, independente do que está sendo dito por esta.
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PALESTRAS
O ID19 auxilia o paciente no cultivo da virtude através do olhar e ouvir o coração da vida.
Bexiga 52 – B52 – Sala da Vontade (Zhi Shi); Palácio da Essência (Jing Gong) De acordo com Chu Xi “A Vontade (Zhi) reside nas profundezas da mente (Xin) e, os médicos, dizem que pertence aos Rins”.
Na 34ª Dificuldade o Nan Jing nos conta que “os Rins armazenam a Essência (Jing) e a Vontade (Zhi) e que o Zhi é o Shen dos Rins”.
O caractere
Zhì está presente no nome do ponto B52 -
B52 tem também o nome alternativo de
Zhì Shì - traduzido como “sala da ambição” e “sala da Vontade”.
- Palácio da Essência.
O B52 pode harmonizar a relação entre a Essência do Rim, o Shen do Coração e a Vontade Humana (Zhi). Mediante uma direção cuidadosa
do médico esse ponto serve para suavizar uma Vontade endurecida, para proteger um Jing desgastado ou fortalecer a Vontade para
focalizar o Shen sobre potenciais não utilizados.
Rim 23 - R23 - Shen Feng
Etimologia é o caractere para Espírito do Coração, ou em sentido amplo, os impulsos ativos que emanam do Céu.
Fēng - é
composto pelo caractere dobrado para terra ao lado do caractere que simboliza uma mão apondo um selo de autoridade. O caractere
representa a posse imperial de uma terra, dando a idéia de submissão.
O paciente que tem indicação do uso desse ponto demonstra uma falta de autoridade em todos os níveis. Frequentemente pode exibir uma
sensação de estar fora de si em seus propósitos e em sua identidade.
Rim 24 - R24 Ling Xu
O Caractere
Líng, remete à seguinte idéia Daoista: “Antes do começo existia o Dao,vamos chamar Dao de zero, nem negativo nem
positivo; puro potencial - Líng.
Daí Líng ter o significado de espiritual, misterioso, poder sobrenatural, transcendente e maravilhoso.
Desse modo, Líng pode ser associado ao poder e ao potencial do Shen efetuar mudanças.
O Jing é armazenado nos Rins e tratado principalmente por pontos relacionados com o Aquecedor Inferior. Líng, entretanto, é tratado por
pontos relacionados ao Aquecedor Superior.
Rim 25 - R25 - Shen Zang
Etimologia Silo - Celeiro.
como no R23 denota o Shen do Coração; o caractere
Zàng - significa esconder, tendo também o significado de
Temos a imagem de uma reserva do Shen que é armazenada no Coração. Assim quando o Shen do paciente estiver deficiente ou
escondido o R25 pode atuar como um celeiro para nutri-lo.
Coração 2 - C2 - Qing Ling
Etimologia - O Caractere
Qing é composto por plantas crescendo sob uma fornalha com cinabar (minério de onde se extrai o mercúrio)
dentro dela. A imagem contida no caractere Qing é a da transformação, do poder gerador para o crescimento das plantas na
primavera. Também é utilizado para representar a cor azul-esverdeada desse crescimento, tanto que o Nan Jing postula como Qing a cor
do Fígado.
O Fogo transformador da vida é encontrado nos homens no Dan Tian, a fornalha interior. Na medicina, a “Porta do Fogo da Vida” parece
tomar o lugar do mercúrio na alquimia.
O paciente que tem indicação do uso desse ponto demonstra uma falta de autoridade em todos os níveis. Frequentemente pode exibir uma
sensação de estar fora de si em seus propósitos e em sua identidade.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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DE
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PALESTRAS
Fasciíte Plantar - Tratamento pela Acupuntura
Marcelo Saad
Fisiopatologia
A fáscia plantar suporta o arco plantar do pé e vai do calcâneo às cabeças metatarsianas. Na origem da fasciite, supõe-se que microtraumas
de repetição (associados ou não a trauma direto) levem a inflamação crônica e degeneração.
Epidemiologia
Incidência: sabe-se que a fasciite plantar é comum, mas sua prevalência não é bem conhecida. Afeta mais mulheres que homens (2:1).
Afeta adultos de todas as idades.
Os fatores de risco para esta condição incluem: idosos; corredores, dançarinos; trabalho em ortostatismo; aumento rápido de peso;
espondiloartropatias; doenças sistêmicas (como diabetes); pés plano-valgos; uso de calçados inadequados.
Diagnóstico
É eminentemente clínico. Na anamnese, o paciente refere dor plantar próxima da tuberosidade calcânea, mais intensa nos primeiros
passos após repouso prolongado. Ao exame físico, há dor pela palpação da tuberosidade calcânea ou da fáscia plantar.
Os exames radiológicos não trazem informações adicionais específicas. Na radiografia, se for encontrado esporão de calcâneo, lembrar
de que ele não é causa da fasciite, é conseqüência. A ultrassonografia pode mostrar aponeurose espessada. Ressonância magnética e
tomografia computadorizada podem ser pedidas para diagnósticos diferenciais, pois na fasciite vão mostrar apenas sinais de inflamação
crônica e degeneração.
Tratamento
É importante saber que o tratamento pode durar meses. A educação do paciente para cooperação no tratamento é ingrediente do
sucesso. Após os primeiros resultados, o seguimento clínico é importante, já que alívio de dor não significa cura do processo. Com bom
planejamento e dedicação, pode-se esperar bons resultados em longo prazo.
A - Tratamento Convencional
Envolve um tripé: redução da dor e inflamação, redução do estresse tecidual e restauração força e flexibilidade.
Para a redução da dor e inflamação, pode-se usar medicação (oral ou tópica), como anti-inflamatório não hormonal ou cortocoide. Pode-se
associar meios físicos, como o ultrassom e crioterapia.
Para a redução do estresse tecidual, é importante adaptar atividade física (por exemplo, trocar corrida por natação, se possível). Pode-se
associar órteses: a calcanheira de material macio tende a aliviar a carga, e uma palmilha com elevação do arco se houver valgismo do
tornozelo.
Para a restauração de força e flexibilidade, é importante o alongamento e massagem da fáscia plantar, assim como correção de atitudes
viciosas e orientação ergonômica.
Os tratamentos mais invasivos são reservados a casos excepcionais. A terapia por ondas de choque é indicada se o problema persiste
após 3 meses de tratamento. A infiltração com corticóide em casos selecionados, pelo risco de enfraquecer a fáscia. Cirurgia nos raros
casos sem melhora após meses de tratamento.
B - Tratamento pela Acupuntura
A Acupuntura deve ser associada à Reabilitação. O tratamento completo precisa de redução da dor e inflamação, redução do estresse
tecidual e restauração força e flexibilidade. A Acupuntura só atua no primeiro item. A Reabilitação atua nos três.
Fisiopatologia pela MTC (Medicina Tradicional Chinesa): a fasciite é interpretada como uma lesão de JIN (também conhecido como Ying
ou Jing). Jin, na MTC, representa todos os tecidos moles musculoesqueléticos (fáscia, tendões, ligamentos, músculos, cápsula articular,
etc.). Estagnação e bloqueio em meridiano leva a fraqueza de Jin, causando a lesão.
Lesão de JIN aguda: Disfunção do fluxo de Qi e Xué => Desgaste de Jin Yi (fluido nutricional) => Disfunção do metabolismo de Jin Yi.
Lesão de JIN crônica: Inadequação de Qi e Xue => Não resiste a sobrecarga externa => Inadequação de Jin Yi (fluido nutricional) =>
Baixa mobilidade articular, inchaço.
A dor na MTC é interpretada como estagnação de Qi e Xué. Assim, alongamento associado a massagem colabora para o desbloqueio.
Para o tratamento pela Acupuntura, a posição para a sessão pode ser o decúbito lateral, do mesmo lado do membro lesado.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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Seleção de pontos: pontos Yin locais incluem R3, R6, BP6, BP3. Também BP4, B64, direcionados ao arco plantar. Como a planta do pé é
de responsabilidade do Rim, é importante associar R1.
Acupuntura Segmentar: A região é inervada pelos segmentos L3, L4, L5, S1, S2. Buscar também pontos destes metâmeros, ou agulhar
os pontos Jiaji lombares correspondentes.
Pontos gatilho miofasciais (Ashi): quando presentes, perpetuam o quadro álgico. Buscar pela palpação pontos gatilho em panturrilha e
pé, e agulhá-los.
Massoterapia (Tui-Na): Início na panturrilha, segue o canal da Bexiga, chega ao lado do calcanhar, da ponta do calcanhar até R1.
Para concluir, uma reflexão sobre “maus resultados”: o corpo pode estar pedindo repouso, mas o paciente faz Acupuntura para voltar
a suas atividades. Esta atitude vai contra a Natureza. A Acupuntura vai sempre a favor da Natureza. Então, quando isto acontece, a
Acupuntura “falha” (?).
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Utilização da eletroacupuntura para estética facial (Workshop 1)
Maria Assunta Yamanakaka Nakano
(Departamento de Ortopedia e Traumatologia/ Setor Acupuntura e Center AO
Chefe do Serviço: Professor Dr Ysao Yamamura)
Várias alterações inestéticas da face podem ser abordadas com a acupuntura, desde acne e manchas até flacidez e rugas.
As queixas faciais mais freqüentes tratadas com a acupuntura podem ser divididas em três grupos: 1. Grupo de pacientes jovens (12-20
anos)com queixa de acne e cicatriz de acne 2. Grupo de pacientes jovens e meia idade (20-50) com queixa de manchas e 3. Grupo de
pacientes de meia idade ou mais (40-90 anos ou mais) com queixa de flacidez e rugas.
A acne é uma patologia da glândula pilossebácea relacionada às questões hormonais (puberdade) e alimentares (esta última mais ao
nível de medicina chinesa). O tratamento consiste na utilização de pontos gerais como VG-14 Dazhui), IG-11 (Quchi), IG-4 (Hegu) e E-36
(Zusanli), e pontos locais faciais com eletroacupuntura em drenagem 2/4Htz 20 minutos.
As manchas faciais , desafio no tratamento dentro da dermatologia, tem se mostrado um pouco mais eficaz quando associado a
eletroacupuntura. A acupuntura acaba sendo um tratamento um pouco mais completo já que as questões internas são melhor abordadas
e harmonizadas. Mas ainda assim fica faltando uma abordagem mais profunda como por exemplo a questão mental, muito importante
na manutenção das manchas. Na acupuntura sempre utilizamos pontos sistêmicos que abordem a questão emocional . E localmente
utilizamos pontos motores da face, estimulados eletricamente em 2/4 Htz 20 minutos.
Rugas e flacidez da face são abordadas simultaneamente já que ambas estão presentes numa pele que começa a envelhecer. Por volta
dos 40 anos os cou-li começa a afrouxar iniciando o processo de flacidez cronologicamente gradativa. Sobre esta flacidez, dependendo
da alteração dos Zang Fu, notamos rugas que serão marcadas conforme a desarmonia dos músculos agonistas com os antagonistas. O
tratamento consiste em harmonizar os Zang-Fu, Tonificar o Pi (Baço) e Shen (Rins) e harmonizar os músculos da face com eletroacupuntura.
No caso da flacidez, tonificação em 2Htz 10 a 15 minutos. No caso das rugas da face, sedar grupos musculares sob tensão com 100Htz
20 minutos e tonificar grupos musculares flácidas com 2Htz 10 a 15 minutos.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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Utilização da eletroacupuntura na celulite e flacidez do corpo
(Workshop 2)
Maria Assunta Yamanakaka Nakano / Leila Ogata Ogusco
(Departamento de Ortopedia e Traumatologia/ Setor Acupuntura e Center AO Chefe do Serviço : Professor Dr Ysao Yamamura)
Celulite ou lipodistrofia ginóide é uma patologia do tecido celular subcutâneo conjuntivo que acomete 80% das mulheres ocidentais e é
caracterizada pelas depressões observadas sobre a pele do local acometido. A alteração inicial da celulite é micro circulatória, onde a
estagnação da mesma leva ao processo gradativo e evolutivo de uma drenagem inadequada que seguirão produzindo uma cascata de
eventos culminando no processo clínico de depressões sobre a pele. Na medicina chinesa podemos determinar dois tipos de celulite.
O tipo mais yang relacionado com Gan (fígado), e o tipo mais Yin relacionado com Pi (Baço) (e Rim Shen). Todo início da celulite tem
comprometimento energético do tipo estagnação (Gan) e a evolução disso a longo prazo seria de deficiência (Pi-Shen).
Pela definição, flacidez é um estado de frouxidão dos tecidos com aspecto mole e caído clinicamente falando. Pode acometer qualquer
área que contenha o tecido conjuntivo. Por exemplo, a ptose de certos órgãos como bexiga, útero, rins etc, vem da frouxidão dos tecidos
que os sustenta.
Quanto a flacidez corporal propriamente dita, pode ser dividida em flacidez de pele e flacidez de músculo. Fatores como a hereditariedade,
falta de exercícios, desgastes, excessos, alimentação desregrada irão determinar o tipo e grau de flacidez. Mas a principal causa de
flacidez sem dúvida é o envelhecimento.
O tratamento consiste em drenar o Gan (Fígado), no caso da estagnação energética, tonificar o Shen (Rins) e (Pi) Baço no caso da flacidez
e celulite do tipo flácido por deficiência.
Para tratamento tanto de celulite como da flacidez utilizamos os pontos motores (PM) que são as melhores áreas para estimulação dos
músculos esqueléticos, pois permitem passagem à corrente elétrica.
Pontos motores do dorso: PM do latíssimo do dorso, Huanbian
Pontos motores do abdômen: E-21(Liangmen) , E-26 (Wailing), E-28 (Shuidao) e VB-26 (Daimai)
Pontos motores da mama: BP-18 (Tianxi), E-18 (Rugen), ID-10 (Naoshu), B-42 (Pohu) ou B-45 (Yixi)
Pontos motores do membro superior: região posterior: PM do tríceps braquial, cabeça lateral, PM do tríceps braquial, cabeça longa; região
lateral: PM do deltoide; região anterior: PM do bíceps braquial, PM do coracobraquial, PM do braquial
Pontos motores do membro inferior: região posterior: VB-30 (Huantiao), B-36 (Chengfu), PM do bíceps femoral, PM do semitendíneo, PM
do semimembranáceo; região anterior: PM do tensor da fáscia lata, PM do sartório, PM do pectíneo, PM do adutor longo, PM do adutor
magno, PM do reto femoral, PM do vasto lateral, PM do vasto medial.
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Novo Esquema de Tratamento da Fibromialgia
Maria Paula Aranalde / Ysao Yamamura
A Fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por dores difusas e persistentes do sistema músculo esquelética sem etiologia
estabelecida. Entre os critérios diagnósticos estabelecidos pelo Colégio Americano de Reumatologia estão dor persistente por mais de
três meses em um segmento corporal, presença de dor em 11 ou mais dos 18 pontos dolorosos estabelecidos, sintomas de fadiga, sono
não reparador, rigidez matinal, cansaço, edema, disestesias, cefaleia, alterações do hábito intestinal e depressão.
A incidência mundial varia entre 2 e 5%, acometendo principalmente mulheres entre 30 e 69 anos de idade.
Tradicionalmente a presença de pontos dolorosos e a fadiga persistente podem ser atribuídas a uma síndrome de Falso-Calor devido
deficiência do Shen (Rins). A presença dos pontos dolorosos pode ser devido à presença de Xie Qi (Energias Perversas) nos Meridianos e
Colaterais resultando em estagnação de Qi e de Xue (Sangue) notadamente nos meridianos Du Mai e Yang Qiao.
Em 2010, Yamamura e Yamamura, propuseram novos mecanismos para a dor que acomete o corpo todo: plenitude do Grande Luo do Pi
(Baço/Pâncreas), o Dabao, e a estagnação de Xue (Sangue) decorrente da lesão do Gan (Fígado) por emoções lesivas de natureza Yang.
Para o atendimento de pacientes portadores de Fibromialgia atendidos no Ambulatório de Acupuntura do Hospital São Paulo foi proposto
um tratamento utilizando os Pontos Craniométricos, a nova abordagem dos Meridianos Curiosos, o microsistema do Esterno e a técnica de
Mobilização do Qi Mental, desenvolvidos por Yamamura.
Os Pontos Craniométricos são um microssistema que considera as cinco fontanelas como cinco pontos onde circula energia Jing. O ponto
ptério é uma projeção do sulco de Sylvius e pode estar relacionado ao sistema límbico podendo tratar doenças dos Zang-Fu (Órgãos e
Vísceras) relacionadas com os fatores emocionais e dores do sistema músculo esquelético. O ponto craniométrico lambda relaciona-se os
Meridianos Curiosos podendo tratar as suas desarmonias.
Considerando-se a nova abordagem dos Meridianos Curiosos, os fatores emocionais lesivos acometem o Xin (Coração) e o Shen (Rins). Do
Xin (Coração) as emoções danosas são direcionadas para dois pontos de acupuntura, de acordo com o sentido dado pelo Shen (Mente):
CS-1 (Tianchi) para as emoções cujo sentido esteja relacionado com a vida, o viver e o morrer e o TA-16 (Tianyou), relacionados com o
movimento, o fazer, o mudar. O ponto TA-16 (Tianyou) é utilizado por se tratar toda patologia do sistema músculo esquelético, no caso a
fibromialgia.
O osso esterno é um microssistema de fácil acesso, localizado na face Yin do corpo e com características energéticas semelhantes aos
sistemas de Meridianos que o cercam. Uma topografia corporal pode ser projetada na extensão do esterno e os pontos correspondentes
aos locais de dor são pesquisados por estímulo ungueal no periósteo e tem ação fundamental nas doenças com conotação emocional.
A Mobilização de Qi Mental é uma técnica de relaxamento onde se pesquisa no passado do paciente as emoções e sentido original dado
a ela e que causaram o processo de adoecimento presente. O objetivo terapêutico desta técnica é atribuir no momento presente uma nova
significação dos processos emocionais de passado.
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Aurículo no pronto atendimento de acupuntura da Universidade
Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina. Palestra para o II
congresso internacional de Acupuntura do CMAESP
Maria Valeria D’Avila Braga
Primeiro gostaria de agradecer a oportunidade e o incentivo que me foi dado pelo professor Dr. Ysao Yamamura e pela Dra. Márcia
Yamamura para poder experimentar somente o efeito da aurículo acupuntura nas diversas patologias, pois sempre gostei muito de
aurículo, mas nunca tinha usado como único tratamento.
Depois desse tempo todo frequentando o pronto atendimento de acupuntura na Escola Paulista eu pude observar que ela é eficaz sim,
podendo ser utilizada como uma única forma de tratamento. Portanto, ela ganha um espaço no tratamento em pacientes com medo de
agulha, crianças, pessoas com dificuldade de se locomover não podendo ficar deitada para acupuntura sistêmica e para pacientes que
não podem frequentar muito o ambulatório por falta de tempo, e pelo fato da pessoa ficar estimulando as sementes parece que o efeito
perdura um pouco mais.
Ela é muito eficaz chegando a quase 100% para as patologias agudas, quando ainda não há um grande comprometimento de todo nosso
sistema energético, quando não há muita estagnação de Qi e Xue e mucosidades. Mas no pronto atendimento de acupuntura as patologias
são crônicas, com um pequeno numero de agudização, então as pessoas frequentam o PA, pela oportunidade de serem tratadas por
acupuntura.
Eu faço atendimento de duas maneiras ou usando agulhas com manipulação nos pontos correspondentes, segundo a escola Francesa ou
implantação de sementes segundo a escola chinesa da Dra. Li- Chun Huang, usando todo esquema que ela preconiza:
- sangria no ápice da orelha
- implantação de sementes nos pontos correspondentes, isso é os pontos que correspondem à localização anatômica, localizados por
aparelho de detecção eletrônica ou palpação dolorosa.
- uso dos pontos chaves, são os pontos relacionados ao sistema nervoso da região que aumentam a eficácia do tratamento. São eles:
• Ponto nervo occipital menor para membros inferiores.
• Ponto nervo auricular maior membros superiores.
• Ponto do nervo vago para tubo digestivo e sistema reprodutor.
• Ponto tronco cerebral para doenças do cérebro.
• Ponto simpático regula o sistema nervoso autonômico.
• Ponto do nervo aurículo temporal para doenças da faringe, acometimento do trigêmeo e facial.
- pontos com a função anti-inflamatória são eles: ponto da suprarrenal, ponto Baço (só na orelha esquerda) e ponto endócrino e área de
alergia.
Mas esse tratamento para o atendimento em pronto atendimento é muito demorado, resolvi usar agulhas e fazer alguns casos conforme
a escola Francesa.
As patologias mais comuns foram:
Ombralgia, tratada pela detecção do ponto mais dolorido na fossa escafoide na face anterior, a localização é a mesma nas duas escolas,
se optar pela escola Chinesa coloca três sementes porque certamente na detecção eletrônica encontramos mais de um ponto se se
optarmos por colocar agulha achar o ponto mais dolorido para fazer uso somente de uma agulha.
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Lombalgia pesquisa do ponto primeiro na escola Francesa na face anterior, se paciente não apresentar resposta, uso o aparelho de
detecção eletrônica na face posterior seguindo o mapa Chinês mas com uso de agulhas.
Gonalgia a localização é muito diferente entre as duas escolas, escola Francesa na fossa triangular e na escola Chinesa no pilar superior
da anti- helix pesquiso o ponto mais doloroso.
Outras patologias bem tratadas no PA com sucesso, dores na região epigástrica, segundo a escola Chinesa que não diferencia muito da
Francesa.
Para dismenorreia foi muito eficaz o uso de agulhas na fossa triangular.
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Vertigem também apresenta muito bom resultado com uso de agulhas ou sementes na área da vertigem.
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ACUPUNTURA E DOR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Marialda Höfling de Padua Dias*
(Pediatra da Unidade de dor, responsável pelo Ambulatório de Acupuntura do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo. Doutora em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo)
INTRODUÇÃO
A acupuntura em crianças e adolescentes é praticada no Ambulatório de Acupuntura do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo desde 1996, quando ele foi fundado. Com a instituição da Unidade de Dor, no mesmo
Instituto, em 1999/2000, o Ambulatório de Acupuntura passou a ser inserido nessa unidade. A Unidade de Dor do Instituto da Criança é da
responsabilidade da Dra. Silvia Maria Barbosa e presta atendimento à criança e ao adolescente com abordagem multiprofissional, tendo
a participação de enfermeira, fisioterapeuta, farmacêutico, assistente social, psicólogo. Os médicos da Unidade têm a responsabilidade
da medicação dos clientes. As crianças e os adolescentes, com vários tipos de dor, são encaminhados para tratamento com acupuntura,
principalmente pela Unidade de Dor e pela Unidade de Reumatologia Pediátrica
A presença de dor é comum em qualquer faixa etária, mas a epidemiologia da mesma, no Brasil, é muito pouco estudada e, mesmo nos
outros países, as publicações são escassas. É interessante citar o trabalho de Rosseto e colaboradores, 2001, realizado em Londrina em
915 escolares de 7 a 14 anos. Os autores encontraram em 28,7% destes, a presença de dor em geral, predominando a queixa de cefaleia
( 15,9%). Em 791 adolescentes de um colégio de São Paulo, Castellanos,2004 encontrou 41% de dor músculoesquelética, sendo 5,0 % de
síndrome miofascial e 1,0% de fibromialgia juvenil.
No ambulatório de acupuntura são atendidos crianças e adolescentes com muitos tipos de dor, principalmente a dor músculoesquelética,
tanto localizada como generalizada. Desde 1996 até 2012, as causas mais frequentes de atendimento têm sido: fibromialgia 40,3% ,
dor localizada 17,0%, cefaleia 15,3%. Além dessas aparecem a anemia falciforme 7,3%, dor neuropática 6,2%. É importante ressaltar a
abordagem da dor na anemia falciforme e na dor neuropática de origem diabética e oncológica. O tratamento da dor de origem oncológica
é de experiência mais recente, no ambulatório de acupuntura, tendo seu início ocorrido em 2011.
TÉCNICA UTILIZADA
Na maioria das vezes utiliza-se a acupuntura clássica, mas nas crianças com maior medo de agulha, é empregado o aparelho Hans para
acupuntura sem agulha, na frequência de 2/100 Herz, durante 30 minutos. Muito raramente a eletro-acupuntura é utilizada, em face da
pequena aceitação nessa faixa etária.
A abordagem da criança e do adolescente é feita de modo muito cuidadoso, respeitando o limite de cada um. Emprega-se, na maioria das
vezes, agulhas 0,25/25 mm ou 0,25/40mm, por 20 minutos, uma vez por semana.
Naqueles que têm medo de agulha, utilizam-se, no início, uma a duas agulhas com o objetivo de conquistar a confiança da criança ou do
adolescente, aumentando-se o número de agulhas de acordo com a situação. Para os clientes, que respondem melhor ao tratamento, a
média de sessões é de 10, mas algumas situações exigem mais tempo.
Utiliza-se um prontuário próprio, com questões de medicina ocidental e chinesa, uma folha de evolução e um diário de dor.
O controle evolutivo é feito através de escala visual analógica (EVA) e escala de faces para as crianças que não conseguem utilizar aquela.
Esta escala possui 6 figuras de faces, significando a primeira face- sem dor e a 6a - dor máxima, a qual corresponde a 10 na escala visual
analógica. Emprega-se também o questionário validado para qualidade de vida ( Peds QL) como critério para avaliar o efeito do tratamento
ANEMIA FALCIFORME
Na anemia falciforme o tratamento da crise de dor pode ser realizado na fase aguda, se as condições permitirem, ou na fase crônica,
com o objetivo de prevenir crises mais intensas, diminuir a intensidade e o número de crises dolorosas e, principalmente, o número e a
duração das internações por motivo de dor. Os pontos de acupuntura que são utilizados no ambulatório ,entre as crises, têm sido: CV4,
LI4, ST36,SP9, K3.
Na literatura existem poucas publicações a respeito e são antigas, como a experiência de Sodipo,1993, com cinco meninas, entre 4 e 15
anos de idade. O autor utilizou os seguintes pontos LI4, ST36; GB39, BL19 e Ah-shi, GV estimulados com estrela de 7 pontas. Ele refere
aumento da hemoglobina e hematócrito, mas não há referência em relação ao efeito no tratamento da dor.
DOR NEUROPÁTICA DIABÉTICA
Como a nossa experiência em dor neuropática diabética está relacionada à dor localizada, principalmente em membros inferiores, a
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técnica que tem sido utilizada é a de punho-tornozelo, associada a outros pontos, que forem necessários.
DOR ONCOLÓGICA
A partir de 2011 têm sido encaminhados para tratamento com acupuntura , crianças e adolescentes tratados ou em tratamento de
problemas oncológicos e que apresentam, principalmente, dor neuropática de origem medicamentosa ou por lesão causada pelo
problema oncológico. A principal finalidade do tratamento com acupuntura é diminuir a intensidade da dor, que está presente mesmo em
uso de analgésico opiáceo, e diminuir a dose deste ou suspendê-lo.
A seguir são apresentados dois adolescentes e duas crianças, que apresentavam problema oncológico e estavam em terapia com
analgésicos opiáceos e não opiáceos, além de outros medicamentos.
T.G.L.S- 13 anos, sexo feminino. Diagnóstico: Neurofibromatose, desde os 7 meses de idade, apresentando várias deformidades
decorrentes da doença. Escala de dor visual analógica =7. No inicio das sessões de acupuntura estava em uso de tramadol 6/6h, que
passou para morfina 8/8 horas antes da 14ª sessão de acupuntura; na 19ª estava novamente em uso de tramadol 6/6 horas, que fora
diminuído para 12/12h por ocasião da 25ª sessão . Na 26ª estava sem analgésico opiáceo. Fez 31 sessões de acupuntura, estava sem
dor, mas não pode voltar mais, por problemas familiares. Pontos utilizados GV20, LI 11, TE6, ST36 Bl60, K3
L.I.S. 12 anos. masculino. Diagnóstico Neurofibromatose. EVA =7 em omoplata, EVA=-4 em outras regiões( biescapular, ombros,
braços, e trapézio) . Foram realizadas 17 sessões de acupuntura, com várias faltas à consulta semanal. Diminuição lenta da dose de
codeína após a 10ª sessão. Em fase de suspensão do medicamento, EVA=0. Pontos de acupuntura utilizados
GV20, LI 11, TE6, ST36 Bl60, K3
F.L.S. 5anos, masculino. Diagnóstico Histiocitose. Lesão em vértebras torácicas (T) -T3 e T12. Dor principalmente em T12. Escala de
faces para dor=6, que corresponde a 10 na EVA. Em uso de tramadol 6/6 horas e de quimioterapia. Após 15 sessões, passou a tomar
tramadol de 12/12 horas, que foi suspenso antes da 18ª sessão.
Por ocasião da 24ª sessão foi reintroduzido tramadol 6/6 h, por apresentar pico de dor. Na 33ª tomava tramadol de 12/12h , que logo
foi suspenso. Atualmente aumento do intervalo entre as sessões de acupuntura. EVA=0. Sem analgésico opiáceo. Pontos de acupuntura
utilizados GV20, LI 11, TE6, ST36,Bl60, K3
A.J.X.N. 7 anos, feminino. Diagnóstico Rabdomiossarcoma de região torácica E, descoberto logo após o nascimento. Dor neuropática.
Fibromialgia. Dor principalmente em membros inferiores e cefaleia. Dor pela escala de face=4. Em uso de tramadol 6/6 h. Pontos no início
GV20, LI 11, TE6, ST36, Bl 60, K3, utilizando-se o aparelho Hans nos pontos mais dolorosos. Foi tratada também da fibromialgia com os
pontos EX-HN3, GV20, LI 11 TE6 CV12 e Hans em LI4 e LR3
Melhora rápida da dor com alguns picos durante a semana entre as consultas. Diminuição lenta da dose de tramadol, suspenso após 20
sessões. Atualmente com alguns episódios de dor em membros inferiores escala de faces=2. Comparece às consultas sem apresentar
dor. Espaçamento das consultas.
Conclusão: A acupuntura tem se mostrado útil no tratamento da dor em crianças e adolescentes, abrindo perspectivas de atuação em
muitas situações dolorosas.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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PALESTRAS
Acupuntura em Atletas da Confederação Brasileira de Desportes
Aquáticos
Mário Sérgio Rossi Vieira
A prática de esportes, especialmente em nível competitivo, predispõe a incidência significativa de lesões do aparelho locomotor. Os
traumatismos diretos e indiretos, e o uso excessivo podem causar alterações biomecânicas, que se não tratadas adequadamente,
impedirão o retorno desses atletas à atividade esportiva. A abordagem terapêutica será tanto mais eficaz quanto maior for a compreensão
da fisiopatologia e dos mecanismos de lesão, incluindo nessa análise, aspectos profiláticos para minimizarmos as reincidências. A prática
de Acupuntura tem se mostrado eficiente quando inserida no programa reabilitativo desses atletas. A aula relata a experiência clínica da
integração do uso da Acupuntura no processo de reabilitação de lesões causadas pela prática de esportes, em atletas de nível olímpico,
das Seleções Brasileiras de Pólo Aquático Masculino e Feminino. A programação proposta enfatiza que o objetivo do processo reabilitativo
desses atletas é o de capacitá-los a retornarem ao nível funcional que apresentavam antes da lesão, no período mais breve possível,
respeitando as sucessivas fases da cicatrização tecidual. As técnicas e as combinações de pontos mais utilizados são comentadas,
fazendo-se paralelos entre anatomia superficial e profunda. Os protocolos utilizados para tratamento desses atletas também são discutidos.
Como qualquer método terapêutico, a Acupuntura possui limitações, contra indicações e variabilidades de resposta, dependendo da
patologia, de sua fase evolutiva e do indivíduo acometido. De maneira geral, consideramos sempre que a sua aplicabilidade deva estar
integrada a um conjunto de métodos, que atuem em toda a gama de variáveis envolvendo os fatores causais e a fisiopatologia da lesão.
Associamos, assim, por exemplo, a acupuntura, ao programa de reabilitação, onde meios físicos, cinesioterápicos e mecanoterápicos
estão também incluídos.
Clinicamente, observamos que as técnicas de Acupuntura têm uma ação efetiva quanto à analgesia de processos causados por lesão
somática nociceptiva. Uma ação menos evidente, embora presente, acorre quanto ao controle analgésico de dor do tipo neuropática, fato
este que evidência a importância da integridade do sistema nervoso periférico na transmissão dos estímulos de acupuntura. Podemos
constatar também, que os quadros clínicos de contratura muscular reflexa aos traumatismos, respondem muito efetivamente à acupuntura,
com uma resposta de relaxamento muscular localizado, quase que imediata à inserção das agulhas.
A inativação de pontos gatilhos miofasciais é eficiente pela técnica de acupuntura, com respostas clinicamente observáveis após algumas
sessões. E, finalmente, as técnicas de agulhamento localizado e profundo, podem ser de muita valia no sentido de promover quebras de
traves fibróticas teciduais, e liberação de partes moles, sempre, como já enfatizado anteriormente, associados às técnicas de exercícios
terapêuticos.
Atletas de Seleções Brasileiras de Pólo Aquático, tem sido por nós tratados, através da acupuntura, nos últimos 17 anos. Os resultados
clínicos são satisfatórios, fazendo com que hoje, essa seja uma das abordagens de primeira escolha para analgesia dos quadros de ombro
do nadador e da disfunção patelo-femoral desses atletas.
Mário Sérgio Rossi Vieira é especialista pela AMB e respectivas Sociedades Médicas em Acupuntura, Fisiatria e Medicina Esportiva.
Mestre em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Médico Acupunturista responsável pelo Comitê
de Terapias Complementares do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e médico da Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos
(CBDA).
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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CONTRIBUIÇÃO DA ACUPUNTURA NA APRESENTAÇÃO PÉLVICA
MARY UCHIYAMA NAKAMURA
Em Obstetrícia entendemos o termo apresentação, como o polo fetal que se encontra na área do estreito superior da bacia materna, e
nele vai se insinuar. Na gestação de termo, Delascio e Guariento (1988) descrevem que a apresentação é cefálica em 96,5% dos fetos,
0,5% córmica e 3,0% apresentação pélvica.
Entendemos como o parto mais fisiológico, o do feto em apresentação cefálica, uma vez que este parto oferece dificuldade decrescente de
expulsão, pois o ovoide cefálico é o maior e menos moldável do que a cintura escapular, que por sua vez, é maior do que a cintura pélvica.
Desta forma, uma vez que se exterioriza o polo cefálico, não há temor na não parturição das demais partes do feto, principalmente nos
fetos de peso adequado.
Na apresentação pélvica, entretanto, a dificuldade é crescente. A maior dificuldade da exteriorização do polo cefálico pode expor ao maior
tocotraumatismo, e hipoxemia. Este maior risco fez com que hoje, na grande maioria das vezes, no caso de parturiente com apresentação
pélvica do feto, indicasse a operação cesariana.
A cesárea tem atingido taxas alarmantes em nosso meio. Em algumas regiões do país essas taxas chegam a ser de mais de 55%.
Segundo a Organização Mundial de Saúde a taxa de cesariana aceitável seria em torno de 25%, e ideal, em torno de 15%. Assim, n;o intuito
de reduzir essa taxa de cesárea, vários estudos tem sido realizados para tal finalidade. A correção da apresentação anômala é um deles.
A manobra da versão externa gira o feto para que este se posicione corretamente. Ainda hoje alguns autores criticam este procedimento
pelas graves complicações descritas, como descolamento prematuro de placenta e sofrimento fetal; embora nas revisões sistemáticas
atuais, concluiu-se que o risco é pequeno e que a tentativa é válida, pelo índice de sucesso elevado.
Com relação à acupuntura, ou estimulação com moxibustão a literatura apresenta índice de sucesso muito variável em diferentes estudos.
Coyle e col (2012) concluíram na sua revisão sistemática, incluindo 8 ensaios clínicos envolvendo 1346 mulheres, que a evidência
é muito limitada para sustentar que moxibustão pode de fato corrigir a apresentação anômala. Entretanto, também concluíram que
quando combinado com a acupuntura, havia redução na taxa de cesárea. Quando combinado com manuseio postural, havia redução da
apresentação não cefálica.
Cohain (2007) alerta que, para dizer que acupuntura teve a sua eficácia, o sucesso deveria ser superior a 50%, uma vez que é este o
percentual de versão espontânea com 34 semanas de gestação.
Neri e col (2007), ao realizar moxibustão/acupuntura 2x por semana por 20 minutos, obteve sucesso de 80% com moxibustão (n=15);
57% com associação moxibustão e acupuntura (n=14); 28% somente com acupuntura (n=10), numa taxa de sucesso geral de 56%
(n=39).
Do e col (2011) aplicaram moxibustão no ponto B67 durante 10 minutos em cada lado dos dedos dos pés duas vezes ao dia por 10
dias, sendo o estímulo não permitir ser desconfortavelmente quente, para gestantes que estavam entre 34 a 36,5 semanas. Embora sua
amostra tenha sido muito pequena (n=10) e portanto resultado não significante em relação ao grupo controle, a cambalhota ocorreu em
20%; e dos que não viraram, a versão externa foi mais bem sucedida, em 50%. Neste estudo, os autores trabalharam com70% de nulíparas
e excluíram gestação gemelar, rotura prematura das membranas, placenta prévia, crescimento fetal restrito, isoimunização RH, óbito fetal,
malformação fetal, mãe com doença renal ou cardíaca, risco de prematuridade, hipertensão arterial, cicatriz uterina, anomalia uterina ou
com contra-indicação de parto vaginal. As pacientes referem que ao se submeter à moxibustão, perceberem maior mobilidade fetal.
Seu mecanismo de ação se deve, provavelmente, ao efeito relacionado com mecanismo reflexo da radiação infravermelha e do calor
oriundos do estímulo nos dedos dos pés..
Os estudos também mostram que nas multíparas e nas que o estimulo foi realizado por outra pessoa obtiveram maior sucesso.( Manyande,
Grabowska ,2009)
Berg e col (2010) ofereceram tratamento com moxibustão no ponto B67 na 33ª semana de gestação no grupo de intervenção. Este grupo
apresentou 32% de apresentação pélvica na gestação de termo. No grupo de conduta expectante sua incidência foi de 53% (OR 0.61, 95%
CI 0.43, 0.83). A taxa de cesarean no primeiro grupo foi de 37%, enquanto que no segundo foi de 50% (OR 0.73, 95% CI 0.59, 0.88). O
custo financeiro médio foi 451 euros menor (95% CI euro 109, euro 775; p=0.005) usando moxibustion. Análise de sensibilidade mostrou
que se 16% ou mais pacientes concordasse em fazer moxibustão, seria mais efetivo e menos custoso do que a conduta expectante, que
predisporia à maior taxa de versão cefálica externa. Para evitar uma cesariana, 7 mulheres teriam que usar moxibustão.
Guittier e col (2008) analisaram em 12 participantes, um total de 65 cardiotocogramas. Todos os escores foram considerados normais,
sem evidência de aumento de contração uterina. A aceitabilidade e concordância para a intervenção foram boas. Não foi observado
nenhum efeito adverso materno fetal significativo
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TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS MÚSCULO ESQUELÉTICAS COM A TÉCNICA SU
JOK (MÃOS E PÉS)
Osvaldo Pikunas
A técnica Su Jok trata-se de um método para tratamento das doenças músculo esqueléticas assim como de órgãos internos em que se
utiliza de um microssistema existente nas mãos e nos pés, onde tem a representação do corpo como um todo, que se apresenta por meio
de pontos de correspondência que ao serem pontuados corretamente tem a propriedade de tratar as doenças.
Nesta técnica existem os seguintes sistemas de correspondência: sistema de correspondência padrão, sistema de correspondência
adicionais das mãos e pés, sistema de correspondência da yoga, sistema de correspondência dos três níveis, sistema de correspondência
das falanges distais das mãos e pés.
Nos tratamentos que se utiliza para doenças músculo esqueléticas, usa-se basicamente o sistema de Correspondência Padrão e é baseado
nele que mostraremos a técnica.
O sistema Su Jok foi desenvolvido baseado nas seguintes observações:
I. Similaridade da mão com o corpo, com referência de ser o polegar, a cabeça.
Entre todas as partes do corpo humano, a mão é a que apresenta maior similaridade com o corpo como um todo, o que pode ser
mostrado observando-se a sua estrutura: numero de partes protuberantes, nível de localização das partes protuberantes, direção das
partes protuberantes, proporção das partes protuberantes, número de segmentos e articulações das partes protuberantes, relação das
partes protuberantes com a linha de simetria, semelhança do polegar com a cabeça
O corpo humano é formado basicamente pela cabeça, tronco e pelos membros superiores e inferiores que se projetam dele. A mão
similarmente consiste da palma e das cinco partes protuberantes que se projetam dela, fazendo similaridade respectivamente com o
tronco, polegar (representando a cabeça) e mais quatro dedos representando os membros superiores e inferiores.
II. Similaridade do pé com o corpo:
Entre todas as partes do corpo, o pé é o mais similar com a mão e ocupa o segundo lugar após a mão no grau de similaridade com o corpo.
O pé é similar com o corpo em: número de partes protuberantes, número de segmentos e articulações das partes protuberantes, relação
das partes protuberantes com a linha de simetria, semelhança entre o halux e a cabeça.
Portanto, também nos pés existe o sistema básico de correspondência do corpo como um todo, como ocorre na mão.
III. Correspondência entre as partes Yin e Yang das superfícies do corpo
Para que se possa orientar o tratamento das patologias é importante que se saiba corretamente as partes Yin e Yang das superfícies do
corpo, assim como das mãos e pés.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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As superfícies Yang do corpo são as partes posteriores da cabeça e do pescoço, da coluna dorso lombar, superfície externa dos braços
e pernas e região dorsal das mãos e pés.
As superfícies Yin do corpo são a face, a parte anterior do pescoço e do tronco, superfícies internas dos braços e pernas, superfícies
palmares das mãos e região plantar dos pés.
O corpo projeta-se nas mãos e pés na posição básica de correspondência com os braços para baixo. Os braços e as pernas são rodados
para fora e a palma das mãos e a sola dos pés voltados para fora. Nesta posição todas as superfícies Yang do corpo localizam-se na porção
posterior e as superfícies Yin, na porção anterior.
IV. Linhas de referência para o sistema padrão de correspondência
As linhas de referência básica para localização dos sistemas de correspondência são as linhas de simetria localizadas nas mãos e nos pés.
A linha de simetria da superfície Yin da mão inicia-se na ponta do polegar e se estende em direção à região tênar e termina no centro do
punho sobre a prega distal continuando pela palma da mão e terminando na prega interdigital entre o terceiro e quarto dedos.
Na superfície Yang da mão a linha de simetria para se fazer as correspondências se inicia na ponta do polegar, região dorsal, se estende
pelo meio de sua superfície Yang indo em direção entre o 3º e 4º metacarpos terminando na prega interdigital entre as cabeças do terceiro
e quarto metacarpos.
Nos pés a projeção da linha de simetria mediana na face Yin inicia-se na ponta do hálux, seguindo em direção a sua base caminhando até
o calcanhar prosseguindo por sua face plantar terminando na dobra interdigital entre o terceiro e quarto artelhos.
A linha mediana de simetria na face Yang do pé se inicia na ponta do halux caminhando em direção à base do primeiro metatarso, onde a
partir daí até o seio do tarso caminha pela região dorsal do pé terminando na dobra entre o terceiro e quarto artelhos
O conhecimento das projeções da linha mediana dos pés e das mãos permite localizar as áreas de correspondência do lado direito e
esquerdo do corpo.
Projeção do diafragma
O tronco é dividido através do diafragma em cavidade torácica e abdominal, portanto as projeções do diafragma nas mãos e nos pés são
importantes pontos de referência para a localização dos pontos de correspondência (Figuras 16 e 17).
Basicamente a linha do diafragma é representada na prega distal do punho
Correspondência primária e Correspondência secundária
Cada uma das mãos e cada um dos pés têm correspondência bilateral do corpo e, portanto, pode-se caracterizar as chamadas
correspondências primárias e correspondências secundárias.
A correspondência primária da metade esquerda do corpo é localizada à esquerda da linha mediana de simetria tanto das mãos quanto dos
pés e a correspondência secundária da metade esquerda do corpo é localizada a direita da linha mediana de simetria das mãos e dos pés.
Passos principais na busca do ponto a ser estimulado no tratamento: determinar a parte da mão ou do pé correspondente à parte
enferma, determinar se a localização é yin ou yang e encontrar a superfície da mão ou do pé correspondente, se a enfermidade se localiza
no dorso é necessário definir a sua localização em relação à linha do diafragma.
Métodos para estimulação dos pontos: massagem com o próprio palpa dor diagnóstico, sementes, anel de metal elástico, moxa,
agulhas comuns ou de aurícula semi permanentes, cromoterapia, laser.
Considerações Finais:
A técnica Su Jok foi desenvolvida pelo Prof. Park Jae Woo após a observação da similaridade do corpo humano com as mãos e os pés
onde foram observadas as regiões de correspondência que quando estimuladas corretamente causavam alivio dos sintomas apresentados
pelo paciente principalmente nas patologias músculo esqueléticas o que pode ser comprovado em numerosos casos clínicos.
Além do tratamento das patologias músculo esqueléticas o método também pode ser utilizado para patologias dos órgãos Zang Fu,
baseado nos mesmos princípios de correspondência do corpo humano com as mãos e os pés.
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DOENÇAS REUMATOLÓGICAS NOS MEMBROS SUPERIORES
Paola Ricci
(Reumatologista e Acupunturista, Docente do Centro de Acupuntura do IOT/HC/FMUSP)
Há uma enorme gama de patologias reumatológicas que podem acometer os membros superiores. Algumas são passíveis de tratamento
por acupuntura, enquanto outras não. Para uma melhor visualização, segue uma classificação geral:
1. Espondiloartropatias:
a. Artrite Psoriática
b. Síndrome de Reiter
c. Artrites enteropáticas
d. Artrites Reativas
e. Espondilite Anquilosante
2. Doenças difusas do tecido conectivo:
a. Artrite Reumatóide (soropositiva e soronegativa)
b. Lupus Eritematoso Sistêmico
c. Síndrome Antifosfolípide
d. Doença Mista do Tecido Conectivo
e. Polimiosite e Dermatomiosite
f. Esclerose Sistêmica Progressiva
g. Síndrome de Sjogren
3. Osteoartrite (primária e secundária)
4. Vasculites Sistêmicas
5. Doenças Osteometabólicas e Artrites Microcristalinas
a. Osteoporose e Osteomalácia
b. Gota e Pseudogota
6. Artrites infecciosas e Reativas
a. Febre Reumática
b. Doença de Lyme, artrites bacterianas, gonocócicas, virais, micobactérias, fungos e parasitas
7. Outras
a. Artrites relacionadas com doenças hematológicas e endocrinológicas
b. Polimialgia Reumática e Arterite de Células Gigantes
c. Osteonecrose (Necrose Avascular)
d. Síndromes compressivas
e. Contratura de Dupuytren e outras Síndromes Fibróticas
f. Distrofia simpático reflexa (síndrome complexa de dor regional)
g. Tenossinovites e Síndromes dolorosas miofasciais
h. Fibromialgia
i. Artrites e artralgias pós traumáticas
Em relação às patologias reumatológicas, é importante realizar o diagnóstico correto, visto que para a maioria das doenças acima a
acupuntura funciona como coadjuvante, e privar o paciente do tratamento adequado em geral significa não tratar.
Destaco abaixo as doenças passíveis de tratamento com acupuntura.
Dentre as patologias inflamatórias e conectivopatias a diminuição da inflamação, considerando a artrite em si, não é o objetivo principal.
Há uma resposta considerável nos quesitos dor e qualidade de vida (diminuição do cansaço, melhora do humor e do sono, etc). Quando
o sintoma é de artralgia e não de artrite os resultados com acupuntura são consideravelmente melhores. Destaco quatro das patologias
listadas acima:
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a. Artrite Reumatóide - acomete dedos das mãos, punhos, cotovelos e ombros, e é caracterizada por fenômeno inflamatório
simétrico e persistente, frequentemente com rigidez matinal e limitação articular. É característico o acometimento de
punhos e articulações interfalangeanas proximais e metacarpofalangeanas, o que ajuda no diagnóstico diferencial com
osteoartrite e tenossinovites.
b. Espondilite Anquilosante - tem como característica principal o acometimento das articulações sacroilíacas e coluna
(principalmente lombar), mas também pode provocar artralgias especialmente em ombros, mas também em cotovelos
e mãos.
c. Artrite Psoriática - os sintomas são principalmente nas mãos, com vários subgrupos, acometendo as articulações
interfalangeanas distais, e às vezes as proximais e metacarpofalangeanas, bem como os tendões flexores dos dedos,
provocando o clássico aspecto do “dedo em salsicha”. Pode ser simétrica, mimetizando a artrite reumatoide, ou
assimétrica.
d. Lupus Eritematoso Sistêmico - as artralgias e artrites podem preceder a doença em muitos anos. Nos membros
superiores, o acometimento mais comum é em punhos e metacarpofalangeanas, quase sempre simétrico.
A osteoartrite é considerada a patologia articular mais comum, e tem como manifestação principal os nódulos de Heberden (acometimento
das interfalangeanas distais). Também é frequente o comprometimento das articulações carpometacárpicas, se confundindo com uma
tenossinovite.
A polimialgia reumática é doença prevalente em pessoas acima dos 50 anos, caracterizada por dor e rigidez no pescoço, ombros e cintura
pélvica, e acompanhada por elevação importante de VHS. Responde dramaticamente a baixas doses de corticosteróides, e a acupuntura
desempenha papel importante no alívio dos sintomas.
A osteonecrose, apesar de mais frequente na cabeça femoral, também pode acometer a cabeça umeral e provocar sintomas como dor
difusa no ombro, especialmente à noite. A acupuntura pode ser útil no tratamento da dor, mas não podemos esquecer que a patologia tem
um grande potencial de destruição articular, o que implica na necessidade do diagnóstico precoce.
Dentre as síndromes compressivas, vale ressaltar a síndrome do túnel do carpo (abordada nesta mesma mesa) e a síndrome do canal
de Guyon (compressão do nervo ulnar na região do punho). É necessário diferenciar entre uma síndrome compressiva isolada e aquela
relacionada a uma artrite reumatoide, conectivopatia ou vasculite. O mesmo vale para a distrofia simpático reflexa, as síndromes fibróticas,
as tenossinovites e as síndromes dolorosas miofasciais.
A fibromialgia será abordada em outras palestras, motivo pelo qual não me detenho aqui. Só ressalto a alta prevalência na população,
especialmente feminina, e o fato de não mais ser considerada uma patologia de exclusão.
E, finalmente, em relação às artralgias e artrites pós traumáticas, o tratamento com acupuntura tem papel importante na analgesia.
Quanto às técnicas usadas para definir o tratamento, podem ser levados em conta os princípios de MTC, o trajeto do meridiano, a
semelhança céfalo-caudal ou contralateral, e também serem usadas , além da acupuntura clássica, as técnicas de punho-tornozelo,
acupuntura escalpeana, auriculoterapia, o agulhamento de ashi points, e ainda moxabustão e ventosaterapia.
Em relação ao tratamento da dor, para patologias de ombro pode ser usada a tríade clássica: SI 11 + LI 11 + BL 11. Para dor na região
anterior: LI 4, LI 11, LI 15, HT 3, ST 36, Extra 89 anterior. Região lateral: TE5, TE 7, TE 14, LI 4, LI 11, LI 14, LI 15, Extras 91 e 92. Região
posterior: SI 3, SI 11, TE 14, Extra 89 posterior. Para aumentar ADM: ST38 transfixado p/ BL 57. Para relaxar musculatura: GB 34. Quando
há SDM associada: ST 12 e HP 1.
Para patologias de cotovelo podem ser usados na região lateral TE 5, TE 7, LI 10, LI 11, ST 37, GB 34. Região medial: HT 3, HT 7, SP 9, PC
3 ou PC 4, Ashi do ponto LU1
Para patologias de punho e mão há na região dorsal ST 36, GB 39, LI 10, TE 3, TE 6. Na região ventral SP 6, SP 9, PC 4, PC 6, EX - UE 2
(Er-bai – Extra 84). Na região radial: LI 11, LI 4, LU 7 direcionado para LI 5, LI 5 direcionado para LU 9, HP 3, LR3, PC 4, PC 6. E na região
ulnar: SP 6, LR 5, HT 5, HT 7.
As técnicas de punho-tornozelo, escalpeana e auriculoterapia levam em consideração as áreas dolorosas, e o agulhamento de ashi points
pode complementar o tratamento analgésico.
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ARTROSE DO JOELHO
Rassen Saidah
DEFINIÇÃO
É uma doença de caráter inflamatório e degenerativo que provoca destruição da cartilagem articular e pode levar a deformidade articular.
Os sintomas aparecem geralmente entre os 50 e 60 anos e a predominância é no sexo feminino, sendo a obesidade um fator muito
importante e a atividade física precoce e intensa diminui tempo de aparecimento. Pode ser de origem idiopática devido ao envelhecimento
ou secundária a agentes etiológicos traumáticos, infecciosos ou reumatológicos.
O quadro clínico pode apresentar dor, rigidez no início da marcha e incapacidade funcional variável e 90% dos casos apresenta genu
varo, hipotrofia quadríceps variável, sintomas de travamento e bloqueio quando patologia meniscal associada e sintomas de instabilidade
geralmente relacionados a frouxidão do L.C.A.
O diagnóstico pode ser clínico, radiografia Simples com apoio monopodal, tomografia computadorizada, Ressonância Nuclear Magnética
e Cintilografia.
O tratamento baseia-se na perda de peso(diminuir sobrecarga articular), Fisioterapia, prática de atividades esportivas de baixo impacto
(hidroginástica),diminuição de carga (uso de muletas ou bengala), uso de drogas analgésicas e antiinflamatórias, uso de drogas
condroprotetoras (Diacereína, Sulfatos, Óleos insaponificáveis (IAS), Hialuronatos), cirurgia e Acupuntura.
VISÃO DO ACUPUNTURISTA (SÍNDROME DA OBSTRUÇÃO DOLOROSA).
Síndrome Bi = idéia de obstrução, bloqueio, atrofia.
Definição: Síndrome obstrutiva de Qi e de fluxo no Xue.
É uma variedade de condição mórbida causada pelos fatores patogênicos levando bloqueio de fluxo de Qi e Xue em determinada parte
do corpo.
Indica: dor, sensibilidade ou formigamento dos músculos, tendões e articulações, provenientes de obstrução na circulação do Qi e do
Sangue nos Canais de Energia, causados por invasão externa de Vento, Frio ou Umidade.
Ocorre devido a uma deficiência preexistente e temporária do Qi e Sangue do corpo.
ETIOPATOGENIA pode ser de ETIOLOGIA ENDÓGENA (Deficiência de Yin do GAN, PI e SHEN) e ETIOLOGIA EXÓGENA (Acometimento pelo
Vento, Frio, Umidade, Calor com bloqueio dos Canais JIN LUO associada a estagnação da Mucosidade causada pelo distúrbios dos órgãos
ZANG FU).
ETIOLOGIA pode ser exposições adversas do Clima.
Outras causas: sentar em superfícies úmidas andar na água, viver em ambiente úmido, Prática excessiva de determinados esportes ou
certos tipos de trabalho, Deficiência latente de Sangue ou de Yin, Acidentes – causa estagnação Qi ou Sangue, na área afetada, Fatores
Emocionais (estagnação Qi ou Sangue).
DIFERENCIAÇÃO
Vento: move e muda rapidamente – Móvel; Frio: um fator patogênico Yin, invade músculos, tendões e ossos, contrai e prende e é difícil
de dispersar – este obstrui o movimento do Yang Qi; Umidade: Fixa, caracterizada por peso, obstrução da circulação e dor nos músculos.
SÍNDROME DA OBSTRUÇÃO DOLOROSA
Tipo Vento: sensibilidade e dor nos músculos e articulações, limitação do movimento e dor que se move de uma articulação para outra.
Tipo Umidade: Dor fixa, com sensibilidade, peso, formigamento e inchaço nas articulações é agravada por clima úmido.
Tipo Frio: Dor severa em uma determinada articulação ou músculo, com limitação do movimento, geralmente unilateral.
Tipo Calor: Dor muito severa, articulações quentes, vermelhas e inchadas, limitação do movimento. Isto ocorre devido a uma deficiência
de Yin. É caracterizada por umidade/calor.
Tipo Óssea: Articulações sensíveis, com inchaço e deformidade óssea.
SÍNDROME DA OBSTRUÇÃO DOLOROSA TIPO ÓSSEA
Ocorre somente em casos crônicos e se desenvolve a partir de quaisquer dos quatro tipos anteriores.
A obstrução persistente das articulações pelos fatores patogênicos gera retenção de fluídos corpóreos, que se transformam em
mucosidade, que por sua vez obstrui as articulações e os Canais de Energia.
Gera atrofia muscular, inchaço e deformidade dos ossos das articulações, que se constitui em uma forma extrema de Mucosidade.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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PALESTRAS
Neste estágio, a Síndrome de Obstrução Dolorosa se torna uma síndrome interior, afetando não apenas os músculos, articulações e Canais
de Energia, mas também os órgãos internos.
Deficiência do Fígado e dos Rins, que permite a retenção da mucosidade e a estase de sangue.
O sangue do Fígado nutre os tendões.
Tendões não sendo nutridos: dor e rigidez.
Os Rins nutrem os ossos.
Ossos não sendo nutridos: mucosidade se acumula nas articulações, na forma de deformidade e edema.
SÍNDROME DA OBSTRUÇÃO DOLOROSA
Fatores que podem estar presentes nos quadros crônicos:
I) Deficiência de Qi e Sangue, que predispõe o corpo a invasões de fatôres patogênicos externos.
II) Formação de Mucosidade nas articulações na forma de edema, devido à transformação inadequada dos fluídos corpóreos.
Os Três fatores (Vento, Frio e Umidade), estão presentes em todos os casos crônicos, e cada caso pode apenas ser diferenciado de acordo
com a predominância de um Fator sobre os outros.
Esta consideração é importante para o tratamento, especialmente no tratamento com Ervas.
Embora a prescrição com ervas enfatizem a eliminação de um determinado fator patogênico, várias incluem ervas que eliminam também
os outros dois.
TRATAMENTO
Como objetivo geral o tratamento consiste:
Em expelir o Vento,
Dispersar o Frio
Eliminar a Umidade.
Nutrir o Sangue, Fígado e os Rins.
TRATAMENTO COM ACUPUNTURA
Princípios Gerais
O tratamento é baseado na escolha dos pontos a partir de cinco grupos possíveis:
1. Pontos distais
2. Pontos locais, incluindo os pontos “Ashi”
3. Pontos adjacentes
4. Pontos de acordo com o padrão
5. Pontos gerais
TRATAMENTO COM ERVAS
• XIAO HUO LUO DAN
• DU HUO JI SHENG TANG
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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Infertilidade e Técnicas de Reprodução Assistida
Renata Maria B. Scarabichi
Infertilidade é definida como ausência de gravidez após um ano de relações sexuais frequentes e sem método contraceptivo. (Practice
Committee of American Society for Reproductive Medicine-ASRM, Fertil Steril, 2008; 89(6): 1603.)
É considerada doença pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva- ASRM, pois, apesar de não ser um problema físico ou
ameaçar a vida do indivíduo, acarreta sérios agravos emocionais, psíquicos e sociais.
Estima-se que 10-15% da população em idade reprodutiva apresente problemas relacionados à fertilidade. (ASRM-2008).
Descreve-se possível redução global das taxas de fertilidade nos últimos anos, muito provavelmente, relacionados a fatores como:
postergação da maternidade na sociedade moderna e consequente idade feminina avançada; obesidade; estilo de vida; doenças
sexualmente transmissíveis, especialmente causadas pela Chlamydia trachomatis; tabagismo; novas famílias (união homoafetiva,
segundo casamento entre indivíduos esterilizados cirurgicamente); meios de informação levando à maior conscientização dos casais e
maior acesso às técnicas de reprodução assistida. (ASRM, 2008).
As causas de infertilidade são: femininas em 45% dos casos, masculinas em 35%, sem causa aparente (ESCA) em 15% e outras causas
5%. (Speroff, 2005)
Após um ano de tentativa de gravidez, ou seis meses em mulheres acima de 35 anos, deve ser investigada a infertilidade feminina
através de anamnese minuciosa, exame físico detalhado e propedêutica subsidiária específica. Na anamnese, a caracterização dos ciclos
menstruais é fundamental, sendo que a disfunção ovulatória é encontrada em 40% das mulheres inférteis, seja por síndrome dos ovários
policísticos, obesidade, disfunção tireoidiana ou adrenal e hiperprolactinema. Nos exames subsidiários, indicam-se dosagens hormonais:
FSH, LH, Prolactina, TSH, T4 livre.
A reserva ovariana, conceito bastante atual, avalia o potencial reprodutivo e qualidade oocitária remanescente do ovário feminino.
Diminuição da reserva ovariana relaciona-se a baixa capacidade de resposta à indução ovariana e menor fecundidade quando se compara
a mulheres na mesma idade com reserva ovariana normal. A reserva folicular pode ser estimada através dosagem de FSH e contagem
de folículos antrais ao ultrassom transvaginal nos primeiros dias do ciclo, assim como a dosagem do hormônio anti-Mulleriano (AMH).
Dentre os fatores uterinos, que respondem por pequenas porcentagens da infertilidade feminina, destacam-se: miomas deformando a
cavidade endometrial, pólipos endometriais e alterações congênitas que podem interferir negativamente no processo de implantação.
Indicam-se investigação através do: ultrassom transvaginal, histerossalpingografia, histeroscopia diagnóstica e ressonância magnética
da pelve.
Quanto à permeabilidade tubárea e sua função, as tubas podem ser lesadas por endometriose, doença inflamatória pélvica, pós-cirurgias
ou laqueadura. A investigação pode ser realizada por histerossalpingografia ou laparoscopia com cromotubagem.
A endometriose que pode causar distorção mecânica das tubas por processo inflamatório e aderências, age como importante fator na
infertilidade feminina. Seus fatores de ação, além dos mecânicos, não são totalmente elucidados até hoje. (The Practice Committee of
American Society for Reproductive Medicine, 2012).
A infertilidade de causa masculina isolada pode ser encontrada em um terço dos casais inférteis e associada a causas femininas em 20%
dos casos, portanto, deve ser sempre investigada concomitante ao fator feminino. Anamnese e exame físico detalhado são mandatórios.
A principal forma de avaliação do fator masculino é a análise seminal que deve ser coletada preferencialmente por masturbação, após 2 a
5 dias de abstinência sexual e analisada em laboratório, segundo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nela se avaliam
critérios quantitativos, como número de espermatozóides e qualitativos, como morfologia e motilidade dos mesmos.
São critérios de referência para análise seminal (OMS-2010): volume ejaculado 1,5ml, pH 7,2, concentração de espermatozoides 15
milhões por ml, motilidade 40%, progressivos 32%, morfologia segundo Kruger 4%, e ausência de aglutinação.
Como causas de infertilidade masculina temos: idiopáticas, genéticas, alterações congênitas, hormonais, pós orquite infecciosa,
vasectomia, varicocele, doenças sexualmente transmissíveis e exposição a fatores de risco. A propedêutica do homem infértil pode ser
complementada com dosagens hormonais (FSH, LH, prolactina, testosterona, TSH, T4 livre), cariótipo e pesquisa de microdeleção do
cromossomo Y nos casos de oligoastenozoospermia grave e pela ultrassonografia testicular.
Inseminação intrauterina(IIU):
A primeira tentativa descrita de inseminação artificial foi realizada por John Hunter, em 1790, com deposição de sêmen total de um
homem com hipospádia na vagina de sua esposa. Hoje, consiste na deposição de espermatozoides móveis, previamente processados em
laboratório, dentro da cavidade uterina, sincronizada com a ovulação, em ciclo natural ou estimulado previamente. Pode ser homóloga,
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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quando o sêmen é do parceiro ou heteróloga, sêmen doado.
Indicações: fator ovulatório, disfunção sexual, casais sorodiscordantes, fator masculino leve e esterilidade sem causa aparente. O tempo
de infertilidade maior que cinco anos ou idade feminina maior que 37 anos representam, para alguns serviços, fatores limitantes para o
sucesso e indicação nesta técnica de baixa complexidade.
A estimulação ovariana com drogas como citrato de clomifeno ou gonadotrofinas em baixas doses, associado ao acompanhamento
ultrassonagrafico via transvaginal, permitem monitoramento do ciclo ovariano e sincronização da inseminação e do momento ovulatório.
Além disso, na estimulação ovariana controlada, a possibilidade de recrutamento de dois a três óvulos aumenta as taxas de gestação.
O sêmen deve sofrer processamento antes de ser depositado dentro da cavidade uterina, separando-se o plasma seminal rico em
leucócitos, prostaglandinas e bactérias que poderiam criar um ambiente subótimo para a fertilização, além do que, este material in natura,
pode causar fortes cólicas uterinas quando injetados diretamente. Existem várias técnicas de processamento seminal, todas baseadas na
lavagem e centrifugação do sêmen após diluição em meios de cultura. Contraindicações para realização da inseminação: tubas obstruídas
bilateralmente, mais do que três folículos estimulados e fator masculino de moderado a grave (amostra final do processamento contendo
menos do que cinco milhões de espermatozoides móveis). Taxas de sucesso variam entre 15-20% por ciclo realizado, a depender da idade
feminina e fator de infertilidade. (ASRM, 2012). Complicações: gestação múltipla, infecção e, mais raramente, hiperestímulo ovariano.
Técnicas de Alta complexidade: FIVeTE e ICSI
Fertilização in vitro e transferência de embriões (FIVeTE):
Em 1978 , após incansáveis anos de trabalho, tivemos o nascimento de Louise Brown, em Oldham , Inglaterra, marco histórico da Medicina
Reprodutiva, o primeiro “ bebê de proveta”. (Steptoe PC, Edwards RG, Birth after the reimplantation of a human embryo. Lancet, 1978;
12,2: 36). Nestes últimos 34 anos, os avanços nas técnicas de Reprodução Assistida foram notáveis, permitindo ao homem conhecer
melhor a fisiologia ovulatória, desenvolvimento embrionário e espermatogênese. O aparecimento de novas drogas indutoras de ovulação,
meios de cultivo oocitário e embrionário , assim como desenvolvimento e reconhecimento de rígidas normas de controle de qualidade dos
laboratórios de embriologia, proporcionaram aumentos incríveis nas taxas de resultados por ciclos de FIV, estimando-se hoje que mais de
cinco milhões de bebês tenham nascido através destas técnicas. (Sociedade Europeia de Reprodução Humana- ESHERE, 2011).
Indicações: falha em três a quatro ciclos de IIU, fator tubáreo bilateral (endometriose, doença inflamatória pélvica, laqueadura tubárea),
fator masculino moderado, ESCA, idade feminina.
A estimulação ovariana com novas drogas indutoras de ovulação, principalmente gonadotrofinas de origem urinária purificada ou
recombinantes obtidas por engenharia genética, possibilitam recrutamento de maior coorte de folículos, melhor crescimento e
desenvolvimento destes e captação de oócitos em estágio de maturidade celular adequada à fertilização. Existem vários protocolos
de administração das drogas para estimulação ovariana, a escolha deve ser individualizada, levando-se em: conta a idade feminina, a
avaliação de reserva ovariana, presença de ovários policísticos que aumentam o risco de resposta exacerbada, índice de massa corpórea,
além do custo e posologia das medicações. O ciclo natural que cursa com altas taxas de cancelamento, por dificuldade em se prever picos
prematuros de LH e ovulação espontânea, além de menores taxas de gestação, é muito pouco usado nos dias atuais.
Durante todo estímulo ovariano realiza-se ultrassonografia transvaginal seriada para se verificar a resposta ovariana à administração das
drogas, o número de crescimento e tamanho folicular, uma vez que este está diretamente ligado ao amadurecimento oocitário. O controle
ultrassonográfico permite maior segurança na estimulação, controlando-se o número de folículos e momento ideal da aspiração, de
acordo com o diâmetro destes folículos. Dosagens seriadas de estradiol sérico também nos permitem avaliar o estímulo ovariano, mas
não substituem o ultrassom.
A aspiração folicular é realizada sob anestesia (sedação endovenosa) e guiada por ultrassom via transvaginal. O procedimento é realizado
em ambiente cirúrgico ligado diretamente ao laboratório de embriologia. Os oócitos aspirados são classificados quanto sua qualidade
e maturidade (metáfase II), e inseminados, ou seja, dispostos em placas especiais junto aos espermatozoides, de 3 a 20 horas após
a aspiração. O sêmen sofrerá processamento especial e cerca de 100.000 espermatozoides serão inseminados a cada oócito. Um
espermatozoide irá fertilizar o oócito e o primeiro estágio, após a fusão dos gametas, pode ser observado pela presença de dois prónucleos
no centro da célula de 18-22 horas após a inseminação. O desenvolvimento embrionário deverá ser acompanhado e classificado, de
acordo, com sua divisão celular e morfologia dos blastômeros. Hoje, vários parâmetros estão estabelecidos para escores de qualidade
embrionária, na tentativa de escolha do melhor embrião a se transferir, o que tem influencia direta nas taxas de gestação. A transferência
de embriões é realizada através de cateteres especiais para que a deposição dos embriões dentro da cavidade uterina seja o mais suave
possível. A transferência é guiada por ultrassom via abdominal, o cateter é transpassado através do colo uterino, via exame especular e não
necessitando, em geral, de anestesia. Complicações: infecções, sangramento pós-punção, gestação múltipla e hiperestímulo ovariano, O
tratamento cursa com altas taxas de depressão e ansiedade entre os casais, altos custos financeiros, desconforto por medicação injetável
e necessidade de ultrassom transvaginal seriado.
Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI):
Técnica desenvolvida em 1992 por Palermo et al, na Bélgica, consiste na injeção de um único espermatozoide dentro do citoplasma
oocitário.(Palermo G, Joris H, Van Steirteghem AC. Pregnancies after intracytoplasmic injection of single espermatozoon into a
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oocyte. Lancet 1992;4;340:17-8) . Este procedimento revolucionou o tratamento da infertilidade de causa masculina grave, que não
era solucionado pela FIV convencional. Indicações: falha de fertilização em ciclo de FIV convencional e fator masculino grave, onde
podemos utilizar espermatozoides de material ejaculado ou provenientes de punção epididimária e até mesmo de biópsia testicular.
Taxas de resultados: em 2010 , segundo a Society for Assisted Reproductive Technologies (SART), foram realizados 146.693 ciclos de
alta complexidade nos Estados Unidos. Os resultados variam muito com a idade feminina e causa de infertilidade. Levando-se em conta
todas as causas de infertilidade, as taxas de nascidos vivos por faixa etária feminina, por ciclo foram:
Porcentagem de nascidos vivos por ciclo realizado:
< 35 anos- 41,7%; 35-37 anos -31,9%; 38-40 anos- 22,1%; 41-42 -12,5%; >42 anos - 4,1%.
Porcentagem de gestação gemelar:
<35 anos- 32,4%; 35-37 anos- 27,2% ; 38-40 anos- 22,1%; 41-42 anos- 16,9%; > 42 anos - 9,6%.
Porcentagem de gestação trigemelar:
<35 anos -1,5%; 35-37 anos -1,5%; 38-40 anos- 1,1%; 41-42 anos -1,1%; >42 anos -0,9%.
Porcentagem de nascidos vivos em ciclos com ovodoação (todas as idades femininas) 55,6%. (SART, 2010).
A melhoria em todas as etapas das técnicas de reprodução assistida e os novos aprendizados tem possibilitado, muito recentemente,
avanço como: a criopreservação de gametas (óvulos ou espermatozóides) de indivíduos jovens que serão submetidos a tratamento
oncológicos, preservação da fertilidade feminina na postergação de maternidade, ovodoação, doação de sêmen e a cessão temporária do
útero, representando novas armas do arsenal terapêutico contra a impossibilidade de ter filhos.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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LOMBALGIA DE ORIGEM NÃO ÓSSEA
Renato Massaki Ito
A Medicina Tradicional Chinesa descreve 26 a 30 tipos de lombalgias, podendo ser de origem óssea ou não óssea. Neste texto serão
comentados 2 grandes grupos de origem não óssea: lombagias com irradiação e lombalgias sem irradiação.
O quadro a seguir ilustra as causas não ósseas de lombalgia:
No Pronto Atendimento de Acupuntura da UNIFESP os casos de lombalgias estão entre as mais comuns queixas dos pacientes.
Enumeramos a seguir as causas de lombalgia não óssea frequentemente encontradas nos atendimentos que chegam a 100 pacientes
por dia:
•
Emoção
•
Afecção do Meridiano Curioso Du Mai
•
Afecção do Meridiano Curioso Dai Mai
•
Afecção do Meridiano Curioso Yang Qiao Mai
•
Afecção do Shen
•
Afecção do B-32 (Ciliao)
•
Retração da Musculatura Posterior
•
Afecção de Meridiano Tendino Muscular
Convém lembrar que devemos realizar o diagnóstico diferencial entre lombalgias com alterações energéticas, funcionais e orgânicas para
que casos com indicações cirúrgicas sejam conduzidas de forma adequada.
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PALESTRAS
Potencialidades da Acupuntura em cuidados paliativos
Ricardo Morad Bassetto
Cuidados Paliativos
Conceituação
“Abordagem que melhorara a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, frente a problemas associados a enfermidades que
ameaçam a vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, empregando identificação precoce, avaliação precisa e tratamento
eficaz da dor e de outros sintomas físicos, psicossociais e espirituais” (OMS – 2002).
Cuidados Paliativos
Principais preceitos
1. Identificar principais causas de sofrimento
2.Promover alívio da dor e demais sintomas que causam sofrimento
3. Integrar aspectos psicológicos e espirituais no cuidado do paciente
4. Oferecer sistema de suporte para ajudar a vida do paciente tão ativamente quanto o possível até sua morte
*Abordagem necessariamente multiprofissional + Acupunturiatra (?)
*Devem ser agregados aos cuidados do paciente com diagnóstico de doença progressiva e incurável, o mais precocemente possível, no curso de tal doença
Cuidados Paliativos
Cuidados Paliativos
Terapêutica de Escolha
• Alta potencialidade de controle sintomático – Segurança - Fácil aplicação e boa tolerabilidade - Ação sinérgica com outras
terapêuticas - Potencialidade de minimizar os efeitos colaterais de outras terapêuticas necessárias - Deve ter a potencialidade de
minimizar os sintomas subjetivos como ansiedade, angústia, depressão - Potencialidade de promover sensação subjetiva de bem
estar.
1. Sintomas / focos de ação frequentes
• Dor - Dispnéia - Náusea e vômito - Constipação - Linfedema - Dispepsia - ↓ apetite - Sensação de fraqueza - Diarréia crônica e
condições desabsortivas - Tontura não vertiginosa - Angústia - ansiedade - depressão
* A potencialidade da Acupuntura, ou qualquer outra forma terapêutica, no controle dos sintomas é estabelecida a partir do
reconhecimento da causa provável do sintoma.
Acupuntura Em Cuidados Paliativos
Preceitos
1. Associação MTC + evidências científicas
2.Prescrições simples e efetivas
- Preferência por pontos “multipotentes” como base da prescrição / Associação simples de pontos com utilização do menor nº de agulhas com maior potencial efetivo
Pontos Multipotentes
Conceito
- Maior número possível de indicações sistêmicas segundo descrição da MTC / Maior número possível de indicações segundo
diagnóstico nosológico ou segundo ação sintomática ou experiência clínica tradicional / Maior conhecimento de seus mecanismos
neurológicos que devem ser o mais difuso possível por várias áreas do SNC
Associação Simples De Pontos
- Menor número possível de pontos – 2 a 3 pontos – 4 a 6 agulhas por sessão em média
• Indicação precisa / Estímulo efetivo / Conforto para o paciente / Menor desgaste físico e emocional /
Adaptação ao decúbito
- Associação a partir de 1 ponto “multipotente”
•
Associar pontos que potencializam sua ação geral ou direcionam para um controle de sintoma específico Prescrições a partir do Zu San Li (E36)
Zu San Li - E36
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1. Indicações MTC:
- Tonifica Qi e Xue fortalecendo todo o organismo aumentando sua resistência
• Yin Qi; Yuan Qi; Xue; Wei Qi; Jin Ye
- Tonifica e harmoniza Pi/Wei / Elimina a estagnação dos Jing Luo -Circula Qi e Xue / Alimenta Tendões e Músculos (Trata
Síndrome Wei) / Elimina mucosidade / Regulariza e umedece os intestinos / Dispersa o frio / Elimina edema
Zu San Li - E36
2. Indicações por sintomas – experiência clínica
- Paraplegia – flacidez – dor e edema em Mmii / Visão turva – ressecamento nasal- obstrução nasal – surdez -tinnitus –
paralisia facial – dor de garganta / Epigastralgia – plenitude abdominal – vômito – soluço – borborigmo – diarréia – dor
abdominal –disenteria – dispesia – obstipação / Palpitação – sensação de opressão torácica – precordialgia / Tosse –
asma – expectoração abundante / Leucorréia – enurese – micção difícil / Edema / Furúnculo – urticária – mastites /
Emagrecimento – fraqueza – distensão abdominal / Hipertensão
Zu San Li – E36
3. Mecanismos Neurobiológicos
• ↑ expressão de C-Fos em núcleo dorsal da RAPHE; Locus Ceruleus; Hipotálamo Posterior; Núcleo Centro Medial do Tálamo
→ áreas relacionadas à modulação da dor e da resposta ao estresse / Inibição simpática – Estímulo Parassimpático / ↑
esvaziamento gástrico / Modulação da imunidade / Modulação da F. C. e P. A. / Modulação do apetite / Afeta os níveis de
leptina Estimula atividade elétrica no sub núcleo reticular medular dorsal
Prescrições Zu San Li (E36) + ...
1. Dor crônica – Dor ou dolorimento difuso
E36 + IG4 → ● Ação analgésica difusa /Cefaléia – dor abdominal – distensão abdominal / Ansiolítico / Diarréia / Sensação
de indisposição geral / Modulação de FC e PA /Agulhas em permanência 20 a 30’ /EEA de baixa frequência (3 a 5 hz) → 20
a 30’
Prescrições Zu San Li - E36
2. Dispnéia:
• DPOC: E36 + Ex. B1 (Ding Chuan) ou B13
- Broncodilatação – expectoração – cansaço respiratório / Agulhas em permanência /EEA em Ex –B1 → frequência média
15 Hz
• Cansaço respiratório : E36 + RM17 + RM6
- Fadiga – desânimo – ansiedade – broncodilatador – tosse / EEA em RM17 e RM6 – baixa frequência de 3 a 5Hz
• Ansiedade: E36 + PC6
- Ansiedade – náusea e/ou vômito – refluxo / Opressão torácica – dispnéia – proteção cardíaca / EEA de baixa frequência:
3 a 5 Hz
• Paralisia do nervo frênico: E36 + B17
- Agulhas em permanência EEA – B17 → baixa frequência: 3ª a 5 Hz
Prescrições Zu San Li - E36
3. Náusea e vômito:
• Tosse: E36 + P5 (Chi Ze)
- Tosse emetizante / Melancolia – tristeza / Agulhas em permanência / EEA de baixa frequência: 3 a 5 Hz
• Constipação: E36 + IG11 + F3
- Constipação → vômito / EEA de frequência média : 15 Hz
• Pós Quimio: E36 + PC6 + F3
- Irritabilidade - ansiedade – angústia/ depressão – fraqueza – “globo histérico” / Agulha em permanência / EEA de baixa
frequência: 3 a 5 Hz
• Ansiedade: E36 + PC6/E36 + RM14
- Ansiedade – depressão – dispepsia – proteção cardíaca – refluxo gastro esofágico / EEA - 3 a 5 Hz
Prescrições Zu San Li - E36
4.Constipação:
• Fezes ressecadas: E36 + TA6 (IG11)
- Angústia – depressão - Vômito – irritabilidade – Vertigem/ EEA: 15- 30Hz
• Fezes normais: E36+ IG11 (+ TA6) ou E36 + E25 + RM6
- Fraqueza – indisposição / Dispepsia – borborigmos / Edema – hipertensão / EEA: 15 – 30Hz
Prescrições Zu San Li - E36
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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5.Edema:
Acúmulo de líquido no interstício
• Sem obstrução do sistema linfático
- Melhora pela diurese
- E36 + RM9 + RM6: - indisposição – constipação - fraqueza – ascite
- E36 + B22: lombalgia – fraqueza
- E36 + BP9 + R7: dispepsia – diarréia – transpiração – estímulo a imunidade
+ EEA – 3 a 15 Hz
Prescrições Zu San Li - E36
6. Ansiedade: Insônia - Distúrbio de Humor
• E36 + PC6: Náusea – vômito – dispepsia – fadiga – eructação – palpitação – (+RM17) opressão torácica / EEA baixa
frequência: 3 – 5 Hz
• E36 + PC7: Síndrome conversiva (histeria), irritabilidade – palpitação – insônia
(+HN3) inicial – inquietude psicomotora / EEA: 3 – 15 Hz
• E36 + C7: Ansiedade – insônia inicial ou final - palpitação
(+HN3)
• E36 + F3: Irritabilidade – humor lábil – depressão – desânimo – dispepsia – cefaléia (+DM20) - vertigem
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Neuroauriculoacupuntura
Roberto Martins
Curriculum vitae: Oncologia cirúrgica, pela Fundação Pio XII de Barretos, São Paulo
Oncologista mama e ginecologia e Clínica oncológica, Institut Gustave Roussy, Villejuif, Paris, France.
Durante estes anos de evolução da auriculoacupuntura, desde os princípios dos ensinamentos chineses, temos no ocidente grandes
mestres que fizeram desta especialidade, uma grande e importante forma de termos um tratamento eficaz nas patologias orgânicas.
Em 1951, em Lyon, Dr. Paul Nogier, através de suas inquietações em desenvolver uma melhora dos ensinamentos em auriculoacupuntura,
trouxe- nos grandes avanços para o desenvolvimento e que abrimos os conhecimentos, para os tratamentos que hoje conhecemos e
aperfeicoamento.
Em 1987, o reconhecimento oficial pela organização mundial de saúde, deu mais créditos para a aplicação da auriculoacupuntura.
Em 2004, Dr. David Alimi, neurofisiologista, pelo Hospital Pitié Salpitrière, Paris, começou a usar campos eletromagnéticos e a relacionar
as funções da auriculoacupuntura com as áreas cerebrais, dando assim uma nova oportunidade de conhecimentos da aplicação dos
pontos de auriculoacupuntura, com maior claridade dos efeitos e aplicações de localizações, no Institut Gustave Roussy, grande centro
de oncologia, a aplicação tem sido feita em várias patologias oncológicas, deixando um benefício de grandes proporções, para melhor
conforto e vida dos pacientes.
A embriologia da orelha, como fonte de estudos, proporciona uma grande clareza, pelos estudos que os anatomistas, Dr. L.Testut e
A.Latarjet, deram a anatomia, inervação, vascularização e as diferentes formas que elas se apresentam.
A formação dos ensinamentos em auriculoacupuntura, colocando desta vez os ensinamentos da neurologia , tem uma grande aplicação a
nova descoberta dos pontos auriculares, com a cartografia e as colocações das agulhas sendo o material da fábrica francesa SEDATELEC,
que tem uma nova qualidade de material para a implantação destas agulhas semi-permanentes.
Com a nova técnica, das ASP ( agulhas semi permanentes ), a técnica de agulhamento e as aplicações das agulhas, deixando que o
médico ao aplicá- las tenha uma visão mais anatômica e uma antisepsia, mais segura para a aplicação e assim podemos deixar que o
uso da técnica cause uma melhora das patologias por ação mais prolongada e eficaz.
As aplicações da técnica por ASP, são necessárias o uso das agulhas nas duas orelhas, assim podemos distribuir os pontos que
necessitamos aplicar nas patologias solicitadas, com uma segurança de não sobrecarregar a orelha com uma quantidade de agulhas,
como elas podem ficar por um tempo maior, devido serem de Titanium, sua queda se dá assim que o organismo estiver em equilíbrio, elas
são removidas espontaneamente e podem assim serem aplicadas a cada 20 ( vinte ) ou 30 ( trinta ) dias.
Os vários esquemas de aplicação em patologias, das várias especialidades, são usadas em uma variação de 3 (três) a 5 (cinco), agulhas
de cada lado das orelhas, assim podendo aplicá- las, nas várias queixas e distúrbios que os pacientes apresentam.
Deixo para os participantes deste congresso a nova cartografia da orelha, com algumas aplicações das patologias que convivemos na
prática da auriculoacupuntura.
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Tratamento das Lombalgias
Rosangela Bombonato
Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, a sustentação energética da coluna vertebral, cartilagens, ossos, medula óssea, víscera curiosas,
ouvidos se deve ao Jing do Rim. Este Jing depende do Triplo Aquecedor, Ming Men e Tong Qi. Pela Lei dos 5 movimentos, a diminuição
da função do Rim, levará a uma diminuição da função do Baço-Pâncreas. Com isso haverá a formação de umidade e mucosidade, que
poderá levar ao desenvolvimento de processos inflamatórios.
Assim inicialmente devemos tratar o Rim Yang com os pontos: VC4 e VG4. A seguir tratar o Rim Yin com os pontos: R3, R7, VC4, B23 e
B52.
Associar a tonificação do ponto reunião dos ossos: B11, Ponto da medula óssea: VB39, IG16 e tonificar VG20 e VG15.
Tonificação do sistema Baço-Pâncreas Estômago, Energia Essencial e Energia Wei, utilizando os pontos: F13, VC12, B20, B21, B49, E42,
BP3, E37 e E40, IG4, IG11, E36, BP6 VC5, VC7, E25, R16, VG14.
A Lombalgia, do ponto de vista da Acupuntura, ocorre devido a uma Insuficiência ou Vazio do Rim, como fator interno.
Como fator externo, o envolvimento dos meridianos, ocasionando a lombalgia, ocorre dos mais superficiais aos mais profundos, ou seja:
Meridiano tendino-muscular, Meridiano Luo, Meridiano Distinto, Meridiano Curioso, Meridiano Principal.
A primeira barreira a ser perturbada pela energia perversa é o Meridiano tendino muscular. Especialmente da Vesícula Biliar, Bexiga,
Intestino Grosso, Baço-Pâncreas e Rim.
A segunda barreira é o meridiano Luo Longitudinal da Bexiga, Vesícula Biliar, Mestre do Coração, Rim e Vaso Governador.
A terceira barreira a ser atingida é do Meridiano Distinto da Bexiga, Vesícula Biliar, Rim e Intestino Delgado.
A quarta barreira são dos Meridianos Curiosos, com envolvimentos dos 8 meridianos.
A quinta barreira são dos Meridianos Principais. Os Meridanos atingidos são da Bexiga, Vesícula Biliar, Estômago, Fígado, Rim, Triplo
Aquecedor, e Intestino Grosso.
As características e os tratamentos das Lombalgias vão depender dos meridianos envolvidos.
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ELETROACUPUNTURA: ELETROESTIMULAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
PERIFÉRICO E MODULAÇÃO NEURAL
RUBENS ZANELLA
“Talvez um dos maiores impedimentos para o alívio, ou mesmo para a cura da dor crônica, seja o mito de que não há tratamento. A
medicina conta com remédios, novas técnicas cirúrgicas e ou tecnologias menos invasivas, para atenuar a dor e possibilitar que o
paciente tenha melhor qualidade de vida. Por decisão do Conselho Federal de Medicina CFM, clínicos gerais, neurocirurgiões, ortopedistas,
acupunturologistas, fisiatras e reumatologistas estão autorizados a estudar a dor e trata-la” (Fernanda Teixeira Ribeiro).
Os métodos de tratamento da dor por estímulos elétricos já são bem conhecidos e empregados desde o século passado tanto no ocidente,
como no oriente. Há relatos de utilização da eletroacupuntura na China desde 1934 (Lin Xin), conforme apresentado no Congresso do
Colégio Médico de Acupuntura, em Salvador - Bahia em 2010 por Lixing Lao. No Japão em 1950 Dr Nakatami publicou artigos sobre uma
técnica de estimulo elétrico denominada Ryodoraku.
As primeiras evidencias neurofisiológicas surgiram em 1965 com a teoria do portão do controle da dor, “GATE CONTROL” de Melzack e
Wall, com evidências de que estímulos de alta frequência nas fibras grossas mielinizadas A Beta bloqueiam o impulso doloroso induzido.
Em 1973, Kosterliz e Hughes (Escócia) descobriram e comprovaram a existência de um peptídeo endógeno por eles denominado de
Endorfina. Na mesma época, Snyder e Pert (Baltimore) demonstraram a presença de receptores opiódes no cérebro de animais, enquanto
Ji Sheng Han transferiu o fluido cérebro espinhal de um animal previamente eletro estimulado para outro animal, transferindo com isso o
efeito analgésico.
Posteriormente (1977), Pomeranz, Meyer, Sjolund e Erickson comprovaram que a naloxona, antagonista da morfina, inibe o efeito do
estímulo elétrico da baixa frequência, corroborando a tese de que a baixa frequência libera endorfina.
Em 1980, sob o titulo “Endorphin and Acupuncture Analgesie, Research in the Peoples of China”, pesquisa realizada em enfermarias de
Beijing e Xangai com voluntários humanos, constatou que a eletroestimulação de baixa frequência aumentou em 367% a liberação de
endorfina, além de aumentar o limiar da dor e de tolerância à mesma.
Han & col. Ee Zhang, em 1984, comprovaram a existência de uma verdadeira “farmácia biológica” endógena, utilizando ratos e voluntários
humanos, sem mover a posição e profundidade da agulha, nos pontos de acupuntura ST 36 – Zusanli (nervos cutâneo, safeno, peroneal
e tibial anterior) e SP 6 – Sanyinjiao (nervos cutâneo crural medial e tibial), mudando somente a frequência elétrica empregados nestes
pontos. Constataram evidências que se reproduzem em todas as vezes que a mesma frequência elétrica é utilizada, como por exemplo:
Estímulos elétricos de 2 Hertz liberam endorfinas, 15 Hertz encefalinas e dinorfina , e 100 Hertz dinorfina.
Pesquisas evidenciaram peculiaridades em relação ao comportamento dos neurotransmissores, que podem ajudar a compreender melhor
a utilização dos estímulos elétricos no tratamento médico; por exemplo, as endorfinas liberadas por estímulos elétricos de 2 a 4 Hertz, tem
sua síntese em áreas pré-sinápticas do sistema nervoso periférico, no hipotálamo e na hipófise, são armazenados em grânulos e liberadas
nas sinapses, como também em todo fluido cérebro espinhal e no sangue, tendo, portanto, um efeito analgésico local, segmentar, suprasegmentar e extra-segmentar, com ação sistêmica, duradoura, antiinflamatória (glicocorticóides). Por outro lado, as dinorfinas que são
liberadas por estímulos elétricos de 15 a 100 Hertz, são sintetizadas e armazenadas em vesículas pré sinápticas, principalmente a nível
medular e, liberadas somente nas sinapses, tendo um efeito analgésico mais segmentar e supra-segmentar.
Os receptores da sensibilidade corporal envolvidos na captação (transdução) dos estímulos vibratórios e altas frequências são os
corpúsculos de Paccini , de Rufini, os discos de Merckel e os folículos pilosos. São receptores de baixo limiar, mediado pelas fibras A Beta
do tato fino, do sistema epicrítico, Dinorfinérgico da inibição competitiva denominado “GATE CONROL”.
Os receptores da sensibilidade corporal envolvidos na captação (transdução) dos estímulos grosseiros da baixa frequência são as proteínas
dos receptores de potencial transitório, TRPA1, TRPP, TRPML, TRPC, além dos receptores de adenosina, mecanoceptores de alto limiar das
terminações nervosas livres (tato grosseiro), mediado pelas fibras A Delta, do sistema endofinérgico analgésico, homeostático e curativo.
Com a finalidade de potencializar os efeitos terapêuticos da acupuntura, os estímulos elétricos são aplicados no sistema nervoso periférico
sensitivo (epicrítico e protopático), motor, autonômico (simpático e parassimpático) além do proprioceptivo. Os estímulos elétricos podem
ser realizados através da agulha de acupuntura ( percutâneo) ou por eletrodos transcutâneo, com excelente resultado clínico.
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HIPERATIVIDADE
Sidney Brandão
A história do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade data do meio do século XIX quando surgem as primeiras referências
aos transtornos hipercinéticos na infância. Descrito na década de 40 como “lesão cerebral mínima”, passa em 1962 a ser denominada
“disfunção cerebral mínima”, e a partir daí denominada TDAH, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, reconhecendo-se as
disfunções das vias nervosas como as causadoras do distúrbio sem lesões anatômicas nas mesmas. Os estudos nacionais e internacionais
situam a prevalência do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) entre 3% e 6%, em crianças em idade escolar. O impacto
por seu alto custo financeiro, o estresse nas famílias, o prejuízo nas atividades acadêmicas e vocacionais, bem como efeitos negativos
na autoestima das crianças e adolescentes, é intenso em termos sociais. Estudos demonstram um risco aumentado de comorbidades
psiquiátricas na infância, adolescência e idade adulta.
O diagnóstico e o tratamento do TDAH são complexos. Déficits cognitivos, transtornos do aprendizado ou transtornos invasivos do
desenvolvimento, tornam fundamental o melhor entendimento da complexidade desses casos para adequada orientação, elaboração
da intervenção terapêutica e avaliação da necessidade do suporte educacional e emocional para esses pacientes e suas famílias. O
critério do DSM-IV-RTM envolve a análise da frequência, intensidade, amplitude e duração (pelo menos seis meses) da tríade sintomática
desatenção-hiperatividade-impulsividade. A desatenção se manifesta por mudanças frequentes de assunto, falta de atenção no discurso
alheio, distração durante conversas, desatenção ou não cumprimento de regras em atividades lúdicas, alternância constante de tarefas,
além de relutância no engajamento de tarefas complexas que exijam organização. A hiperatividade caracteriza-se pela fala, movimentação
diurna e noturna (durante o sono) de forma excessiva, dificuldade de ficar sentado, enquanto a impulsividade envolve o agir sem pensar,
mudança de atividades, dificuldade de organizar trabalhos, necessidade de supervisão e dificuldade do sujeito esperar sua vez em
atividades lúdicas ou em situações de grupo. Estes sintomas devem ser acompanhados de prejuízos significativos no desenvolvimento
do indivíduo (critério funcional), estar presentes em pelo menos dois (critério contextual) e ocorrer antes dos sete anos (critério temporal,
um marcador não excludente). O diagnóstico deve ser refeito a cada semestre, sugerindo aspecto dinâmico e transitório do transtorno.
MEDICINA CHINESA
A forte predisposição genética encontrada no TDAH, se correlaciona com a participação da essência e do Qi do rim. Isso é especialmente
importante em uma criança na fase do movimento água, o pré-escolar. Crescimento e desenvolvimento estão intimamente relacionados
com a maturação do cérebro, da medula na medicina chinesa, ou seja, o RIM, que é a fundação da medula, a base de todas as funções
do cérebro/medula. Isso pode ser extrapolado para correlacionar a predisposição familiar para TDAH transmitidos através da essência do
rim, e as disfunções neuroanatômicas e de neurotransmissores, como a deficiência de Yang do rim. Os efeitos colaterais físicos listados
para os medicamentos de TDAH que geram efeitos energéticos potentes, geralmente ferem o Yang do rim. Portanto, o tratamento da
criança de idade pré-escolar com TDAH é a vigorosa tonificação o Yin do rim e o Yang do rim. A criança em idade escolar é operacional,
pertence ao movimento madeira, que progride do pensamento realista, orientado para o unidimensional, para o reino bidimensional de
causa e efeito, certo e errado. Movimentos e atividades tornam-se mais propositais com a criança desenvolvendo coordenação motora
avançada e habilidades sociais para participar em esportes de equipe. O filho de madeira é tipicamente Yang de fígado, a criança aprende
a tomar decisões e dotar de sentido suas atividades. O desequilibrio motor “sem propósito”, a hiperatividade, e a incapacidade de
entender o certo e o errado torna-o fisicamente agressivo. Esta criança é particularmente vulnerável à medicação, que é metabolizado
no fígado. Fígado Yang leva à deficiência de Yang do baço através da relação destrutiva do cinco-elementos. O Baço é especificamente
envolvido com a memória de fatos e dados, concentração, e portanto com aprendizagem acadêmica. Essas influências são mediadas
através do espírito do baço, Yi. A deficiência do baço também explica as diferentes sensibilidades do TDAH para alimentos, aditivos e
conservantes. Esta situação pode levar a um pulmão deficiente devido a relação nutritiva Terra-Metal e a criança pode ter dificuldade
com a organização e facilmente tornar-se triste e deprimida. Deficiência de pulmão predisporia a criança se tornar sensível a produtos
químicos e toxinas ambientais. A Alma etérea, o Hun, que liga espiritualmente os seres humanos uns aos outros, na criança com TDAH,
apresenta características comportamentais que a alienam da interação social de mesmo nível, que se traduz como uma alma etérea
inquieta, com Yin de fígado deficiente. A alma etérea está também intimamente ligada à mente, o Shen que está alojado no coração. Falta
de atenção e distração fácil são manifestações da deficiência de “cérebro”, são sinais de medicina chinesa de distúrbios do Shen, uma
mente que não está em paz. Portanto, a criança de idade escolar com TDAH tem vários perturbação do sistema do órgão, manifestandose principalmente como desequilíbrio do fígado, mas abrange também os rins, coração, baço e pulmão. O adolescente manifesta menos
hiperatividade motora, mas são mais incomodados com agitação interna. O movimento de excesso da criança madeira dá lugar a um
Shen perturbado em um adolescente impetuoso, que está em fase de desenvolvimento com drásticas alterações físicas e hormonais.
Adolescentes gradualmente descobrem sua identidade sexual, quando eles exploram relacionamentos apaixonados com o sexo oposto e a
distância de seus pais. As crianças de fogo adolescentes são destemidos e de difícil controle. Coração com excesso Yang e acompanhado
por deficiência de Yin secundária a deficiências de Yin de fígado e rim. A Alma etérea e o Shen são inquietas. Como o icêndio destrói o
Metal, a depressão, e o transtorno de humor podem ser mais pronunciados com deficiência do pulmão. O baço pode ter diferentes graus
de deficiência, dependendo da extensão do desequilíbrio do fígado-coração, e do Yin e Yang. Tratamento da medicina chinesa ira incidir
sobre o coração, mas também equilibrar o rim, fígado, baço e pulmão. Como suas contrapartes ocidentais, a acupuntura no tratamento
do TDAH é também extremamente complexa. Precisa levar em conta a idade e estágio de desenvolvimento da criança, a intensidade e
tipos de sintomatologia, bem como influências dietéticas e ambientais. O tratamento tem de ser cuidadosamente planejadas para que
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PALESTRAS
todas as áreas de deficiências e excessos sejam tratadas, o que deve ser feito em fases, pois a criança possivelmente não pode tolerar
um tratamento global, maciço. O regime não segue uma fórmula fixa, mas deve ser flexível e concebidos individualmente, para que o
tratamento seja direcionado para o alívio dos problemas mais imediatos tais como comportamento hiperativo ou falta de atenção - e do
equilíbrio geral gradual de todos os elementos. Uma história cuidadosa sobre a dieta que inclui tipos de excesso de alimentos, aditivos
alimentares e medicamentos ou drogas e álcool, ajudará a orientar o tratamento para eliminar ou alterar o consumo. Tensões de estilo
de vida, como pressões de escola ou família disfuncional, seriam informações importantes que fornecem um abrangente conhecimento
da criança.
Tratamento geral para todas as fases de
• Acalmar o mental
Pre-escolar:
Tonificar vigorosamente o rim Yin e Yang.
Eliminar alimentos salgadinhos, biscoitos, chips, da dieta.
Diminuir consumo desnecessário de medicamentos
Tonificar o Yin do fígado
Regular o coração
Tonificar o baço.
Criança em idade escolar:
O foco principal é o regularizar o fígado e acalmar o Hun e a mente:
Dieta com um bom equilíbrio dos cinco sabores:
Diminuir o azedo dos alimentos, como picles (hambúrgueres e sanduíches)
Minimizar a ingestão de medicação
Eliminar o excesso de alimentos artificialmente adoçados
Minimizar os alimentos salgados
Regularizar o coração, tonificar e acalmaer o Shen:
Tonificação do Yin do coração
Tonificação do Yin do rim
Harmonizar-se com os outros órgãos:
Tonificar o baço - estimular a memória e concentração
Para crianças com componente afetivo/depressão:
Harmonizar o fígado, coração e pulmão
Acalmar tristeza, dor.
Adolescentes fogo
O foco principal é harmonizar coração Yin e Yang e acalmar a mente:
Regularizar o coração, acalmar o Shen
Fortalecer e acalmar a mente,
Estimular a clareza e inteligência
Harmonizar-se com os outros órgãos:
Tonificar o baço - para estimular a memória e concentração
Tonificar o Yin do rim, regularizae o fígado, baço e pulmão como anteriormente
PROF. DR. SIDNEY BRANDÃO
AMBULATÓRIO DE ACUPUNTURA DA CRIANÇA E ADOLESCENTE UNIFESP
CENTER-AO
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ELETROACUPUNTURA: ESTIMULAÇÃO COM MICROCORRENTE E FREQUÊNCIA
ESPECÍFICA
SINVAL ANDRADE DOS SANTOS
Os seres vivos possuem atividade elétrica intrínseca, responsável por todas as suas funções. Cada célula, tecido ou órgão funciona
como uma bateria, polarizada. Essa atividade é produzida através de correntes de intensidades em microampère ou correntes mais sutis,
na faixa do nano e picoampère. A atividade elétrica do corpo pode ser captada por instrumentos sofisticados, contribuindo grandemente
na área de diagnóstico.
Desde tempos remotos o homem tem utilizado a eletricidade como agente terapêutico, de modo empírico e às vezes abusivamente. Nos
primórdios do século passado, as autoridades americanas tornaram ilegal o uso da eletricidade como agente terapêutico, por falta de
base científica.
Somente após a viagem do Presidente Nixon à China, nos anos 70 do século XX, a eletroacupuntura passou a ser melhor avaliada nos
centros universitários americanos, permitindo assim o retorno da eletricidade como agente terapêutico.
Surgiram então os estimuladores tipo TENS (Transcutaneuos Electric Nervous Stimulation) utilizando correntes em miliampère e usados
no tratamento da dor. O mecanismo de ação desses estimuladores é o bloqueio de estímulos nociceptivos no corno posterior da medula,
de acordo com a teoria do portão de controle, de Melzack e Wall.
O primeiro estimulador elétrico utilizando correntes em microampère foi produzido por Thomas Wing, nos Estados Unidos, em 1970.
Em 1982, Cheng e colaboradores, demonstraram em ratos que a estimulação com microcorrente aumenta a diferença de potencial da
célula, o fluxo eletrônico e o transporte de membrana, ocorrendo também um aumento de 500 % na produção de ATP, de 70 % na síntese
protéica e de 40 % na síntese de aminoácidos.
Em 2002, na Bélgica, Patrick DeBock utilizando parâmetros de eletroterapia, comprovou que a estimulação com microcorrente apresenta
um diferente mecanismo de ação e resultados mais eficazes e duradouros do que a estimulação com TENS.
Segundo Robert Becker o cérebro possui um sistema elétrico de controle interno, que pode ser ativado quando ocorre qualquer lesão
externa ou interna, gerando uma corrente direta, de baixa intensidade ( corrente de injúria) que se propaga por semicondutividade pelo
fascia e tecido perineural, levando a informação por todo o corpo, diferentemente do mecanismo neuronal tradicional.
A estimulação com microcorrente, mais fisiológica e subsensorial, aumenta a energia da célula e normaliza sua polaridade, permitindo
assim que o fluxo endógeno de correntes volte a circular livremente pelos tecidos lesados, com recuperação da lesão. Propagando-se
pelo fascia e sistema perineural, ativa o sistema elétrico de controle interno cerebral, desencadeando respostas dos sistemas de defesa
do organismo com ação antiálgica e antinflamatória e regenerativa.
Cada célula, tecido ou órgão possui sua freqüência de vibração própria que pode ser utilizada como alvo na técnica de eletroacupuntura,
onde freqüências específicas ressonantes são utilizadas, com respostas terapêuticas mais rápidas e duradouras.
O advento de dispositivos de estimulação com microcorrente e que permitem a escolha de freqüências específicas constitui mais um
recurso técnico valioso, pois além de usarmos correntes fisiológicas, podemos escolher freqüências que apresentam ressonância com as
células e tecidos alvos, aumentando mais a eficácia do tratamento.
FREQUÊNCIAS DE RESSONÂNCIA ( PATOLOGIAS E TECIDOS )
( McMakin CR, 2011 )
Condição Mórbida ou Tecido
Frequência ( Hz )
Inflamação aguda
40
Inflamação crônica
284
Tecido conjuntivo
77
Fascia
142
Músculo
46
Tendão
191
Ligamento
100
Osso
59
Cartilagem
157
Bursa
195
Nervo periférico
396
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Além do alívio da dor, a estimulação com microcorrente e freqüência específica fortalece o sistema imunológico, tem ação antinflamatória
e ciberfarmacológica comprovadas cientificamente, produzindo efeitos mais duradouros e curativos.
Outro campo de utilização da estimulação elétrica com microcorrente é a estimulação cerebral externa, liberada pelo FDA americano
para o tratamento adjuvante de ansiedade, insônia e depressão.
Bibliografia
Cheng N, Van Hoof H, Bockx E, Hoogmartens MJ, Mulier JC, de Dijcker FJ et al. (1982). The effects of electric currents on ATP generation,
protein synthesis, and membrane transport of rat skin. Clin Orthop Relat Res 1982; (171):264-72.
Becker RO and Selden G. (1985). The Body Electric. Electromagnetism and the Foundation of Life. William Morrow and Company Inc.
Becker RO. (1990). Cross Currents. The Perils of Electropollution, The Promise of Electromedicine. Penguin Group (USA) Inc.
Greenlee CW, Greenlee DL and Wing TW. (1995). Basic Microcurrent Therapy Acupoint & Body Work Manual. Earthen Vessel Productions.
DeBock P. (2000). A comparison between TENS and MET. Physical Therapy Products, September, 28-33.
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miofascial
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
É proibida a reprodução deste material, sem a autorização prévia e expressa de cada autor.
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II CONGRESSO INTERNACIONAL DE ACUPUNTURA DO CMAESP
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RESUMOS de
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PALESTRAS
TRATAMENTO DA OBESIDADE PELA ACUPUNTURA
SLEY TANIGAWA
O objetivo dos tratamentos da obesidade sempre envolvem diminuir a ingestão de alimentos e aumentar o gasto energético. Nessa
palestra descreveremos como podemos auxiliar os pacientes a atingir esses objetivos com a acupuntura.
A acupuntura atua em diversos aspectos no tratamento da obesidade. É imprescindível uma orientação dietoterápica aos pacientes que
desejam perder peso. Fracionar as refeições de modo que o paciente se alimente a cada três horas com alimentos equilibrados nutricional
e energeticamente não só evita que o paciente sinta muita fome na hora das refeições principais, mas também evita o grande vilão das
dietas: o hábito de beliscar.
Mas sabemos que na maioria das vezes apenas a orientação dietoterápica não basta. É importante controlar a ansiedade, acalmar a mente,
estimular a força de vontade e buscar o equilíbrio energético do paciente. E a acupuntura é muito eficaz nesses aspectos do tratamento.
Em relação ao gasto energético, sabe-se que o metabolismo basal corresponde a 70% do gasto energético e a termogênese corresponde
a 10-15%. Ao equilibrar energeticamente o paciente pela acupuntura, conseguimos regular em grande parte esses dois pontos
importantíssimos para o tratamento do paciente obeso, além de deixá-lo em condições mais propícias à prática de atividade física.
Outro método auxiliar é a eletroacupuntura. Realizada com agulhas de acupuntura inseridas no tecido gorduroso, tem ação mecânica,
anti-inflamatória, vasodilatadora e hidrolipolítica. Ela diminui o volume dos adipócitos , uma vez que aumenta a eliminação de produtos
da degradação de lipídeos e restos de combustão celular para a circulação. Quando realizada nos pontos motores do abdômen no modo
de tonificação, há também trabalho muscular e na derme do paciente, aumentando o tônus muscular e melhorando o aspecto da pele.
PONTOS DE ACUPUNTURA PARA TODOS OS TIPOS DE OBESIDADE
Melhorar o Jing alimentar: B49 em direção ao B50
Controlar o apetite: VC2, E44, E36, martelo de sete pontas no pescoço
Tratar o psiquismo: VG20, VC17, CS6, C7, Yin Tang, F3, VB34
Melhorar o funcionamento do intestino e diurese: E25, TA5, IG11, R3, VC4, B23
Tonificar BP e E: B20, BP6, B21, E42, E21, Meridiano distinto do BP E30, BP12, 2x
Tratar a mucosidade: E40, CS6, BP8, BP9, BP4
Diminuir a vontade de doces: BP1 e VC12 com moxa
TRATAMENTO DE ACORDO COM AS SÍNDROMES
1. Calor e Fogo no Estômago
Sedar o calor no Yangming: E44,IG4,B20,B21. Auriculoacupuntura: Shenmem, Rim , Simpático, Ansiedade, Subcortex, Tálamo,
Endócrino, Calor, Estômago, Fome
2. Fogo no Coração e Transtorno compulsivo Alimentar na TPM
Aclarar o fogo do coração e acalmar a mente: C3, Yin Tang, VC17, CS6, E44. Auriculoacupuntura: Shenmem , Rim, simpático,
Ansiedade, Subcortex, Tálamo, Coração, Calor, Fome
3. Invasão do QI do Fígado sobre o Estômago levando a Deficiência do QI do Baço
Circular o QI do Fígado e tonificar o Baço: E36, E40, E44, VB34. Auriculoacupuntura: Shenmem, Rim, Simpático, Ansiedade ,
Subcórtex , Tálamo, Fígado, Estômago, Fome
4. Deficiência de Yang do Baço e Rim
B20, B23, BP9, BP6, VC4, R12 Auriculoacupuntura: Rim, Subcotex, Tálamo, Baço, Excitação, Fome, Endócrino , Sanjiao.
5. Obesidade Congênita em crianças
Auriculoterapia: Usar sementes e pressionar 30’ antes das refeições: Rim, Subcortex, Shenmem, Abdomen, Int.Grosso, Endócrino,
Sanjiao, Fígado, Fome, Sede, Sangria
TRATAMENTO DE ACORDO COM OS TIPOS DE OBESIDADE
OBESIDADE YIN: Deficiência de Qi do Baço, Deficiência de Yang de Baço e Rim (Umidade e Frio) Tratamento: Pontos gerais para obesidade
e moxa em BP1, VC12 ,B20, B21, B23, VC4 Tratamento: IG4, IG11,BP4,E40, E44, F2,VC17,F3, VB34 , E36
OBESIDADE YANG: Mucosidade Calor no Estômago, Estagnação de Qi de Fígado e Falso calor. Tratamento: IG4, IG11,BP4,E40, E44, F2,
VC17,F3, VB34 , E36
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ELETROACUPUNTURA
No meridiano do Estômago com as agulhas para baixo e no meridiano do Baço-Pâncreas em direção ao BP21, em alta frequência por 20
minutos.
E25, E27, VB25,VB26 em baixa frequência por 10 minutos
É possível obter bons resultados no tratamento da obesidade pela acupuntura, desde que o médico esteja bem preparado e o paciente
ciente da necessidade de diminuir a ingestão de alimentos e de realizar atividade física. Fazemos medicina, não milagres!
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O tratamento da SDM tem como objetivo a quebra do ciclo dorcontratura-dor, permitindo a recuperação da movimentação
funcional
Sonia Akopian
Existem várias modalidades de tratamento disponíveis, que têm por principio a redução da dor para que o paciente possa seguir um
programa adequado de exercícios. Há escassez de estudos de qualidade que possam avaliar a eficácia desses métodos separadamente,
mas sugere-se que a combinação das modalidades promove melhores resultados.
Por outro lado, o quadro doloroso é diretamente influenciado por aspectos psicológicos e também ocupacionais.
A educação do paciente quanto ao quadro clínico e a demonstração de empatia e conhecimento por parte do profissional que o atende
são muito importantes para o sucesso do tratamento.
Desse modo, um programa multidisciplinar abrangente aumentará as possibilidades de melhores resultados imediatos, a médio e longo
prazo.
Os procedimentos invasivos em sua grande maioria são baseados no agulhamento dos PG. Sua eficácia depende da elicitação de respostas
locais à inserção da agulha (“twitch response”). Isto parece interromper a atividade disfuncional da placa motora, quer haja infiltração de
medicação ou não5.
O agulhamento seco é realizado sem a infiltração de medicação, utilizando somente a agulha. Promove alívio, mas causa maior sensibilidade
no local, imediatamente após o procedimento.
A acupuntura tem vantagem sobre os métodos de agulhamento desenvolvidos pela medicina ocidental. As agulhas próprias para o
procedimento são mais finas que as utilizadas para infiltração, além de possuírem ponta redonda. Isso permite que o trauma tecidual seja
mínimo, possibilitando realizar o agulhamento em vários pontos em uma mesma sessão. Estudos demonstram que a acupuntura é eficaz
no tratamento de dor muscular, principalmente se incluída em um programa multidisciplinar.
A infiltração de PG com medicamentos pode ser indicada para diminuir a sensibilidade dos PG, e assim facilitar a adesão do paciente
aos exercícios de alongamento, livre de dor. Sem isso, a infiltração por si tem efeito limitado. As infiltrações podem ser feitas com várias
medicações, sejam anestésicos de curta ou longa duração, esteroides ou toxina botulínica.
Alguns estudos sugerem que o uso de qualquer substância para a infiltração não mostra eficácia superior ao agulhamento seco. O fator
mais importante parece ser a inserção da agulha por si, e parece haver um mecanismo endógeno envolvendo a liberação de opióides, o
que aproxima o princípio terapêutico esse método ao da acupuntura5.
A terapia medicamentosa é de grande utilidade, desde que inserida em um programa de abordagem multifatorial.
Os anti-inflamatórios não hormonais como diclofenaco, ibuprofeno e os inibidores da Cox-2 são bastante utilizados. Por outro lado, é
preciso prevenir seus efeitos colaterais. Seu uso prolongado não é incomum, e pode predispor o paciente a esses efeitos.
Os analgésicos fracos como o paracetamol e a dipirona têm efeito limitado no tratamento da SDM. O tramadol é a combinação de um
opióide fraco e um inibidor de captação de serotonina e noradrenalina nos cornos dorsais da medula. Não há estudos em dor miofascial,
mas sua eficácia é demonstrada para fibromialgia, dor lombar crônica e osteoartrose19.
Não se encontram evidências que justifiquem o uso de outros opióides no tratamento da dor músculo-facial crônica40.
Os relaxantes musculares podem ser benéficos, se prescritos como adjuntos ao restante do tratamento, pois propiciam relaxamento do
espasmo muscular, principalmente em fase aguda.
Os benzodiazepínicos, de cujo grupo fazem parte o clonazepam, o diazepam e o alprazolam, tem ação conhecida como indutores de sono,
sedativos e relaxantes musculares. Podem ser associados a outras medicações analgésicas, mas é preciso cuidado com os efeitos
colaterais e potencial risco de abuso40.
Os antidepressivos tricíclicos como a amitriptilina e a nortriptilina têm indicação para o tratamento de quadros crônicos..
O uso de anticonvulsivantes como pregabalina parece promover redução da dor, melhora na qualidade do sono e da fadiga. Mas também
para este grupo de medicações, não há evidências que suportem o seu uso40.
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Medicamentos tópicos podem ser aplicados de várias maneiras, como os patches de lidocaína ou linimentos à base de salicilatos ou
anti-inflamatórios como o diclofenaco. Tais preparações mostram alguma eficácia e podem ser associadas ao tratamento na fase aguda40.
Há uma grande variedade de técnicas terapêuticas não invasivas, que vão desde massagem até a cinesioterapia.
A técnica de “stretch and spray” foi desenvolvida por Travell e utiliza um spray resfriador da pele, que seria aplicado previamente ao
alongamento do músculo envolvido. O estímulo repentino do spray age como um distrator, reduzindo o desconforto ao se alongar o
músculo encurtado41.
As terapias manuais podem ser aplicadas por meio de técnicas de massagem ou manipulação miofascial. A pressão aplicada aos PG pode
seguir várias técnicas, como compressão isquêmica, shiatsu, acupressão, liberação após compressão.
A eletroanalgesia baseada na estimulação nervosa (TENS) parece ter um efeito melhor sobre a sensação dolorosa propriamente dita,
enquanto a estimulação elétrica muscular parece atuar mais sobre a rigidez e contratura27.
Meios físicos como TENS e ultrassom são bastante utilizados, associados a outros recursos. Há poucos estudos de qualidade que
demonstrem sua eficácia, e alguns não demonstram benefícios adicionais pelo seu uso, quando incluídos em um programa de tratamento.
O laser de baixa energia é um recurso frequentemente citado e alguns estudos com qualidade variável sugerem sua eficácia.
Os exercícios são a parte mais importante da reabilitação e manejo das síndromes de dor muscular.
Os efeitos locais e sistêmicos de um programa de exercícios direcionado às necessidades do paciente, como ganho de flexibilidade,
eficiência de contração muscular, melhora na percepção corporal e condicionamento cardiovascular vão de encontro aos fatores
fisiopatológicos da SDM.
A abordagem inicial deve dar ênfase aos alongamentos, e uma vez que a dor tenha sido controlada e os arcos de movimento tenham
aumentado, os exercícios de fortalecimento podem se iniciados.
O condicionamento aeróbico associado também é importante para prevenir recorrência.
Dores musculares relacionadas a atividades ocupacionais estão ligadas a microtraumas repetitivos e encurtamentos miofasciais,
decorrentes de sobrecarga e posturas inadequadas.
As mudanças em mobiliário e hábitos relacionados à atividade laboral são recomendadas para o tratamento, pois evitariam um fator de
recorrência. No entanto, não se encontram estudos que forneçam diretamente evidências sobre o assunto.
O paciente deve ser orientado quanto ao diagnóstico e às características de seu quadro clínico. Fatores associados como depressão,
ansiedade, estresse devem ser também apontados, uma vez que o paciente deverá receber também ajuda para o desenvolvimento de
habilidades para o enfrentamento desses fatores e o encaminhamento à psicoterapia e tratamento psiquiátrico. Os fatores psicológicos
como depressão, ansiedade e estresse devem ser descritos como possivelmente agravantes, não como causa única do problema, e
devem ser abordados por técnicas psicoterapêuticas adequadas.
O paciente deve ser educado a reconhecer outros fatores agravantes, como falta de sono repousante e falta de atividade física e ser
encorajado a mudar seu estilo de vida19.
As técnicas para redução de estresse, como programas cognitivo-comportamentais, treinamento em técnicas de relaxamento, biofeedback
eletromiográfico são comumente incluídas nos programas de reabilitação em dores crônicas19.
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Acupuntura estrutural dos bonecos de bronze aos modelos
anatômicos interativos
Vinícius Antoniazzi
A acupuntura feita atualmente pela maioria dos médicos se revela uma construção híbrida de práticas alicerçadas em conhecimentos
empíricos derivados de duas fontes: a medicina tradicional chinesa e a medicina atual. Essas fontes, apesar de apresentarem
incompatibilidades nos seus fundamentos, geralmente convivem bem na prática cotidiana da maioria dos acupunturistas.
A tentativa de caracterizar a acupuntura como disciplina médica nos remete às características gerais de uma disciplina médica; entre
elas se destacam o senso comum, um corpo de conhecimentos próprios, um modo de executar reconhecível, a existência de literatura
específica, uma formalização em termos de legislação, aceitação oficial, estrutura associativa, realização de provas de título e finalmente
uma didática específica. A didática específica é fundamental por ser a fonte da formação de novos especialistas e de seus modos de
pensar, portanto o ponto de partida para a concretização dos outros quesitos. A acupuntura baseada na medicina tradicional chinesa dá
conta de vários desses critérios, apresentando um corpo de conhecimentos consistente, com ampla literatura específica, uma didática
estruturada ao longo de séculos, um modo de fazer típico, apesar de bastante diversificado, e uma identidade reconhecida pelo senso
comum médico e da população em geral.
Existe a necessidade de uma readequação do ensino da acupuntura, até há pouco fundamentado na ATC? Essa necessidade parece estar
bem fundamentada e a readequação está em processo de implantação na maioria dos cursos. O principal argumento é a premência de
inserir ainda mais a acupuntura no âmbito da linguagem e do contexto médicos atuais, aproximando-a da prática e do entendimento de
especialistas de outras áreas. Outro argumento, não menos importante, é a necessidade de agregar as novas evidências trazidas pelos
conhecimentos e pesquisas atuais. Esses quesitos não são alcançado pela ATC pois ela se fundamenta em conhecimentos dificilmente
traduzíveis para a ciência médica atual.
Na opinião do autor o principal empecilho para a instalação da acupuntura baseada nos conhecimentos atuais é sua falha em preencher
os critérios supracitados. Ela ainda não apresenta uma identidade definida, constando de várias correntes relativamente convergentes,
mas sem um discurso único, a literatura específica é mínima, as escolas existentes se baseiam em literatura de outras especialidades, em
conhecimentos emprestados. A precariedade de literatura específica é um empecilho importante para a inserção desses conhecimentos
no rol de uma prova de título, o que por sua vez atravanca toda a seqüência de passos seguintes em direção ao seu reconhecimento
institucional.
Qual será a forma mais adequada de ensinar a acupuntura baseada nos conhecimentos atuais? A maioria das tentativas de consolidar
uma abordagem atualizada usam como ponto de partida ou a neurofisiologia, que pode se tornar por demais teórica e distanciada das
necessidades da prática (o que acaba sendo suprido pela ATC), ou abordagens direcionadas a técnicas específicas (como o manejo de
disfunção miofascial), que não respondem por todo o espectro de utilização da acupuntura, ou abordagens centradas no diagnóstico, que
não valorizam o procedimento. Uma didática adequada deve contemplar uma propedêutica apropriada, constando das bases anatômicas
e fisiológicas, do diagnóstico e estudo da totalidade das indicações e contextos de uso, do estudo das estruturas a serem estimuladas e
dos métodos de estimulação, além de ser interessante e atrativa.
O quesito mais prático do ensino da acupuntura é o estudo dos locais de agulhamento, sendo esse um possível ponto de partida para uma
abordagem atualizada.
A ATC baseia o ensino dos locais para agulhamento no conceito de buracos (pontos) descritos em função de sua localização na superfície
corporal. A literatura tradicional dá pouca ou nenhuma importância às estruturas subjacentes aos pontos. Poderíamos chamar essa
abordagem de “acupuntura cartográfica”.
A acupuntura estrutural se define como uma abordagem do conhecimento da intervenção acupuntural a partir do reconhecimento das
estruturas a serem estimuladas. Ela desloca o foco de atenção dos pontos de acupuntura tradicionais, que são descritos em termos
de portas de entrada, para o interior do organismo, para as estruturas anatômicas que são o alvo do estímulo, substituindo a noção de
que determinado ponto tem tal efeito pela de que determinada estrutura desencadeia respectiva reação fisiológica ao ser estimulada de
determinada maneira. Seu método de estudo se inicia pela análise morfológica, sendo eminentemente prático, direcionando o alunos para
um raciocínio baseado nos conhecimentos médicos correntes, e abrindo o caminho para o entendimento dos mecanismos da acupuntura
no âmbito das várias disciplinas médicas, por exemplo:
- Anatomia e histologia das estruturas
• Localização de receptores
• Morfologia e locais a abordar
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- Fisiologia e reações ao estímulo
• Reações locais: relaxamento muscular, vasodilatação
• Reações segmentares: diminuição de sensibilizações medulares
• Reações sistêmicas: regulação de funções encefálicas, imunológicas, psíquicas.
A abordagem estrutural já é correntemente usada como método de estudo da acupuntura direcionada à disfunção miofascial, da
acupuntura neurofuncional e outras, necessitando ser expandida para o estudo da “clínica geral” da acupuntura (como seu uso nas
disfunções orgânicas e psiquiátricas). O raciocínio estrutural é um dos mais característicos diferenciais da acupuntura contemporânea e
o de mais simples compreensão, portanto a melhor abordagem inicial para seu o estudo.
O estudo dos pontos tradicionais é interessante por guiar para vias seguras, e largamente testadas e repertorizas, de acesso às estruturas
internas; ele não é perdido, mas redimensionado, na acupuntura estrutural. Com freqüência os pontos de acupuntura são acesso para
uma só estrutura importante (Pe6 – nervo mediano), mas na maioria dos casos eles viabilizam o estímulo de mais de uma estrutura (VB20
conforme o direcionamento da agulha pode ser acesso ao ECOM, trapézio superior, nervo occipital maior entre outras) e definitivamente
não são o único acesso, na quase totalidade dos casos, às estruturas estimuláveis, havendo várias abordagens possíveis de uma mesma
estrutura, que sendo estimulada pelo mesmo método deve desencadear a mesma reação fisiológica (como o nervo mediano ao longo de
seu trajeto no antebraço).
A abordagem estrutural pode ser um importante avanço na área da pesquisa clínica, onde a precisão na descrição dos métodos é de
suma importância. De uma forma geral os trabalhos descrevem os locais de agulhamento em função dos pontos tradicionais, de forma
cartográfica. Essa descrição é bastante imprecisa no que diz respeito ao estímulo realizado, pois diversas estruturas diferentes podem
estar sendo agulhadas a partir de uma mesma porta de entrada. Descrevendo estruturalmente os agulhamentos realizados, o nível de
precisão, de reprodutibilidade e a possibilidade de comparação entre diferentes estruturas anatômicas estimuladas seriam alavancados
a novos níveis.
Para a viabilização da abordagem estrutural ela deverá ser capaz de responder as seguintes questões: Quais estruturas são convenientemente
reativas ao agulhamento? Que tipo de reação essas estruturas propiciam? Como selecionar as estruturas conforme o efeito desejado ou a
patologia em questão? Que tipo de estímulo é mais indicado para cada estrutura e cada patologia? O foco nas estruturas se dá no sentido
de que elas são os receptores dos estímulos da acupuntura, sem perder a noção de que as reações fisiológicas desencadeadas não
dependem somente da estrutura imediatamente estimulada, mas de suas conexões com o organismo.
A abordagem estrutural também é interessante ferramenta para a prática cotidiana da acupuntura, induzindo um raciocínio objetivo
voltado à anatomia e reação fisiológicas das estruturas agulhadas e ampliando as possibilidades de abordagem das patologias em
tratamento. Ela também abre o leque de possibilidades do uso de todas as estruturas convenientemente agulháveis, como:
• Músculos ou porções deles:
- Pontos motores
- Pontos gatilho
- Bandas tensas
• Cápsulas articulares
• Fáscias
• Periósteos
• A rede nervosa
A acupuntura estrutural é um modelo em aberto, necessitando amplo desenvolvimento e instrumentalização. Não é uma idéia original,
visto que já está em uso em contextos restritos da acupuntura. No momento se trata mais de um título mnemônico do seu significado do
que de um método didático estabelecido.
Podemos distinguir duas vias de encaminhamento da abordagem estrutural: uma que seria integrativa e outra radical. A via integrativa
vem sendo utilizadas por autores como Peter Dorscher, e consiste no estudo dos conhecimentos cartográficos da MTC à luz da anatomia,
na descrição das estruturas abordáveis a partir de um determinado ponto. A via radical pode se desvincular dos mapas de pontos
tradicionais e ter seu foco exclusivamente nas estruturas abordadas, tendo em mente o efeito do estímulo de cada um dos diferentes
órgãos e tecidos estimulados e usando como guia para a inserção das agulhas os conhecimentos anatômicos, no sentido de escolher a
melhor porta de entrada.
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TL-01 - EFEITOS DA ACUPUNTURA SOBRE A DOR, O HUMOR E A CAPACIDADE FUNCIONAL
DE IDOSOS DO AMBULATÓRIO DO SERVIÇO DE GERIATRIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DOUGLAS TETSUO HIRAOKA; YOLANDA MARIA GARCIA; WU TU HSING; BERNARDO RODRIGUES AYRES; LIDIANE MIDORI KUMAGAI;
MIRIAM GONDIM TIBO; WILSON JACOB FILHO
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Forma de Apresentação: ORAL
Justificativa: o uso da acupuntura pode ser vantajoso para o idoso, não só para o controle da dor, mas também por outros
possíveis efeitos benéficos. Objetivos: Analisar o efeito do tratamento da dor musculoesquelética por acupuntura em idosos, na
dor, no humor, na adaptação funcional e número de analgésicos utilizados. Métodos: Foram estudados 32 idosos encaminhados
para acupuntura (grupo caso, CA) e 15 controles (CO), todos originários de um ambulatório de Geriatria e portadores de dores
musculoesqueléticas. O grupo CA foi submetido a 10 sessões semanais de acupuntura. Os dois grupos foram avaliados através
da intensidade da dor (VAS - “Visual Analogue Scale”), número de analgésicos utilizados, escalas de funcionalidade de Lawton e
Katz (AVD e AIVD) e sintomas depressivos (GDS - “Geriatric Depression Scale” e DSMIV - “Diagnostic and Statistical Manual of
Mental Disorders”), no início e término do tratamento e após 3, 6 e 9 meses. Os resultados obtidos foram comparados por análise
de variância, métodos de Tukey e Bonferroni.
Resultados: para os grupos CA e CO, observou-se, respectivamente: número médio inicial de analgésicos 1,3 e 1,2 (p=0.84),
final 0.6 e 1.6 (p=0.001); VAS inicial 7,9 e 7,2 (p=0.33), final 2,8 e 6,2 (p=0,0003); sintomas maiores do DSMIV inicial 0,6 e 0,1
(p=0,01), final 0,2 e 0,4 (p=0,32); Houve uma mudança média de -0.7 e + 0,4 analgésicos (p=0.000004), -1,3 e -0,1 sintomas do
GDS (p=0,02), -0,4 e +0,3 sintomas maiores do DSMIV (p=0,006), -0,8 e +0,1 sintomas menores do DSMIV (p=0,002) entre o
início e o final do tratamento. Na escala de AIVD foi detectada diferença estatisticamente significante pelo método de Bonferroni.
Os demais resultados não apresentaram diferença estatisticamente significante. Conclusões: a associação da acupuntura melhorou
a analgesia, diminuiu uso de analgésicos e sintomas depressivos de imediato, porém as diferenças deixaram de ser significantes
após três meses de seguimento.
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LIVRES
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TL-02 - AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ACUPUNTURA EM IDOSOS ACOMPANHADOS EM UM
SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM GERIATRIA
FLÁVIA LANNA DE MORAES; CYBELLE MARIA VASCONCELO COSTA
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG
Forma de Apresentação: ORAL
Introdução: A acupuntura, por não utilizar medicamentos, é uma opção interessante para o tratamento de idosos frágeis, pois
estes são mais susceptíveis a efeitos adversos de drogas. O ambulatório de acupuntura de um serviço de referência em geriatria
destina-se ao atendimento dos pacientes com problemas osteomusculares e dor. Os pacientes abordados através de acupuntura
têm um período de tratamento estimado em oito semanas, com sessões semanais e avaliações através da escala visual analógica
de dor (EVA). Objetivos: Avaliar o efeito da acupuntura sobre a dor de origem osteomuscular em pacientes idosos. Metodologia:
Selecionou-se 47 idosos com dor de origem osteomuscular abordados com uma sessão de acupuntura semanal por um período
total de oito semanas. Para avaliar a resposta ao tratamento, utilizou-se a escala visual analógica de dor (EVA) que foi aplicada no
início (primeira sessão) e término do tratamento (oitava sessão). Para idosos com dificuldade de responder a escala, a melhora
foi baseada em parâmetros subjetivos: redução da quantidade de analgésicos e melhor desempenho nas atividades de vida diária
(AVDs). Resultados: A média de idade foi 79 anos. Houve predomínio do sexo feminino com 98% dos pacientes. Os principais
motivos de encaminhamento para o tratamento com acupuntura foram artralgia em joelhos (50%), lombalgia crônica (43%), dor
em ombros (17%), cervicalgia (7%) e outras (30%). A média dos escores inicial e final na EVA foi 9 e 4 respectivamente. Houve
suspensão do uso de analgésicos em 23% dos pacientes e redução em 17%. Melhora do desempenho em AVDs foi observado em
23% dos pacientes. Conclusão: O tratamento com acupuntura mostrou-se uma alternativa eficaz no tratamento da dor de diversas
causas em pacientes idosos, apresentando, ainda, a vantagem de evitar a introdução de medicamentos ou mesmo de reduzir o
número de medicamentos em uso, contribuindo para a redução da polifarmácia, tão frequente no idoso.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
Portanto, repetições e eventuais erros são de responsabilidade dos mesmos.
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TEMAS
LIVRES
PALESTRAS
TL-03 - ACUPUNTURA E DROGADICÇÃO
GABRIELA DE LIMA FREITAS; CARLOS MORIYAMA; NOBUSOU OKI
SERVIÇO DE SAÚDE DR. CÂNDIDO FERREIRA
Forma de Apresentação: ORAL
O uso de substâncias psicoativas tem se tornado um dos principais problemas da contemporaneidade e uma grande questão da saúde
pública mundial. Neste trabalho, pretendemos abordar a questão das adicções sob o ponto de vista da Medicina Tradicional Chinesa. Para
tanto fizemos uma revisão bibliográfica sobre o uso da Acupuntura / Medicina Chinesa no tratamento da dependência de álcool e outras
drogas. Também buscamos os conhecimentos atuais da neurobiologia e neurociências das adicções. Sabemos que a OMS recomenda a
Acupuntura para o tratamento da dependência química e que em muitos países a Acupuntura tem se mostrado um tratamento simples
e bastante eficaz para a redução do consumo de substâncias psicoativas, promoção de abstinência e melhora da qualidade de vida
desses pacientes. Assim, pretendemos compartilhar nossa experiência de uso da Acupuntura em usuários de substâncias psicoativas
em um Serviço de Saúde Mental do município de Campinas. Durante mais de cinco anos acompanhamos pacientes alcoolistas e/ou
usuários e dependentes de outras drogas, em uma atividade grupal de acupuntura, em que associamos a acupuntura a um relaxamento,
proporcionando a estes usuários experiências de bem-estar sem o uso de substâncias psicoativas. Neste período, observamos que
os pacientes apresentavam melhor adesão ao tratamento, redução do consumo de substâncias / abstinência, redução da ansiedade e
depressão, melhora da auto-estima e da qualidade de vida. Este trabalho foi apresentado como monografia de conclusão do curso de
especialização em Acupuntura / Medicina Chinesa, com orientação do Prof. Dr. Ysao Yamamura e contou com a colaboração do Dr. Carlos
Moriyama e Dr. Nobusou Oki.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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TEMAS
LIVRES
PALESTRAS
TL-04 - EFEITO DO PONTO “BP4” NO TRATAMENTO DA FIBROMIALGIA
HELENA LANDIM CRISTÓVÃO; YSAO YAMAMURA; NEIL FERREIRA NOVO; YARA JULIANO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Forma de Apresentação: ORAL
Justificativa: Tendo em vista a falta de trabalhos controlados no tratamento da fibromialgia com Acupuntura, a melhora aparente
da dor e a dificuldade do tratamento da fibromialgia com medicamentos, decidimos realizar esse estudo para aferir a eficácia
da Acupuntura na doença mencionada. Objetivo: Tratar pacientes com diagnóstico de fibromialgia, com sintomas de dores
músculo-esqueléticas, sono não reparador, fadiga e ansiedade, como afecção do meridiano Yang Qiao Mai, comparando o efeito da
estimulação dos dois pontos B62 com o ponto BP4. Método: Estudo prospectivo, caso-controle, randomizado. Os procedimentos
realizados foram a inserção de agulhas de acupuntura ou simulação. Os cem adultos estudados foram distribuídos em grupos: grupo
I - ponto BP4 / simulação; grupo II - simulação/ BP4; grupo III - B62 (1º descrição); grupo IV - B62 (2º descrição). Após a inserção
das agulhas, as mesmas eram manipuladas até se obter o Te Qi e em seguida, era feita a avaliação do efeito da manipulação desse
ponto, com intervalo de 1 semana, por 3 a 6 semanas, dependendo do grupo. A eficácia do tratamento foi avaliada de acordo com
questionário. O paciente foi indagado sobre os locais do corpo em que sentia dor antes e após a sessão. Resultado: No grupo II,
foram realizadas 3 simulações de tratamento seguido de 3 aplicações no ponto BP4. Não houve melhora significante da dor nas 3
primeiras sessões, enquanto que, após as aplicações no ponto BP4, houve melhora significante (p<0,0001). Na comparação entre
os grupos I e II, nas sessões realizadas no ponto BP4 versus ponto placebo, a melhora da dor foi significantemente maior com o
ponto BP4 (p<0,0001). Quando comparamos os 4 grupos, observamos que a melhora da dor foi significantemente maior nos 3
grupos de tratamento em relação ao ponto placebo (p<0,0001). Conclusão: A acupuntura mostrou ser eficaz na melhora da dor da
Fibromialgia, com os pontos BP4 e B62, nos pacientes estudados.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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LIVRES
PALESTRAS
TL-05 - EVOLUÇÃO DA RESPOSTA DO IDOSO AO TRATAMENTO DA DOR POR
ACUPUNTURA
HELGA B G SILVA; GABRIEL M N GUIMARÃES; BERNARDO RODRIGUES AYRES; LIDIANE MIDORI KUMAGAI; DOUGLAS TETSUO HIRAOKA;
MIRIAM G M TIBO; YOLANDA M GARCIA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Forma de Apresentação: ORAL
JUSTIFICATIVA: a dor crônica é muito prevalente em idosos. Os tratamentos da dor crônica nesta faixa etária são menos eficazes
e podem provocar mais efeitos adversos devido, entre outros fatores, às interações relacionadas ao uso de muitos medicamentos.
OBJETIVO: avaliar a dinâmica do efeito da acupuntura na dor crônica de pacientes idosos. MÉTODO: foi realizado um estudo tipo
pré-teste e pós-teste em 61 voluntários idosos com dor crônica. A dor foi avaliada pela escala visual analógica (VAS) dez semanas
antes da primeira sessão de acupuntura, na primeira sessão, na 10ª, na 20ª sessões e após três, seis, nove e doze meses após
a última sessão. Para avaliação estocástica do efeito da acupuntura foi realizada uma análise de variância (ANOVA) de medidas
repetidas intra-sujeitos e teste de esfericidade de Mauchly. Foi gerado um modelo linear geral para estudar a tendência dinâmica
da dor no período estudado. Foi considerado um erro alfa máximo de 5%. RESULTADOS: devido aos dados não serem balanceados
foi realizada uma ANOVA tipo III. O pressuposto da esfericidade não foi violado. O VAS médio variou de 7,9 (IC95% 6,5-8,5) na
primeira avaliação para 4 (IC95% 3,5-4,9 e p<0,001) e 4,5 (IC95% 3,5-5,5) após a décima e vigésima sessões respectivamente,
mas retornou para 6,9 (IC95% 5,5-8,5 e p<0,001) após 12 meses da última sessão. O modelo linear geral (R-quadrado 0,21 e
p<0,001) mostra uma curva de tendência tipo vale durante o período de tratamento. CONCLUSÃO: o tratamento por acupuntura
mostrou eficácia significante, reduzindo a dor em média em 50% (IC95% 41%-75%), apesar de ser uma população de idosos com
dor crônica, contudo seu efeito foi perdido progressivamente com a interrupção da intervenção, com a dor retornando ao estado
inicial após 12 meses da última sessão.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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TEMAS
LIVRES
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TL-06 - EFEITO DA ACUPUNTURA NA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS: UM ESTUDO
PILOTO
LIDIANE MIDORI KUMAGAI; YOLANDA MARIA GARCIA; MIRIAM TIBO; BERNARDO RODRIGUES AYRES; WU TU HSING; EVELYN KAORI
YAMADA; WILSON JACOB FILHO
AMB. ACUPUNTURA DA DISCIPLINA DE GERIATRIA FMUSP
Forma de Apresentação: ORAL
JUSTIFICATIVA: Em Geriatria observa-se um aumento na prevalência de afecções crônicas, gerando incapacidades e dependências.
Aspectos sociais e pessoais podem interferir de forma negativa na qualidade de vida (QV). Tratamentos pouco invasivos e de baixo
custo, que possam melhorar a QV dos idosos revestem-se de grande importância científica e social. OBJETIVO: Avaliar os efeitos
da acupuntura na QV de idosos e sua duração após a conclusão do tratamento. MÉTODOS: Treze pacientes encaminhados para
um ambulatório público de acupuntura para idosos na cidade de São Paulo foram sorteados para estudo piloto. A avaliação da
QV foi realizada através do WHOQOL-bref (Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde WHOQOL-100, versão abreviada), que abrange quatro domínios: físico, psicológico, social e ambiental. Foi aplicado dez semanas
antes da primeira sessão, na primeira, na 10ª, na 20ª sessões e após três, seis, nove e12 meses após a alta. As médias dos escores
foram comparadas através do teste t pareado. Foi estabelecido p<0,05 como nível de significância. RESULTADOS: Dez pacientes
completaram o estudo (um homem e nove mulheres). Os escores médios na pré-entrevista, na primeira, na 10ª, na 20ª aplicações
e na primeira reavaliação foram: domínio físico: 51,07; 50,36; 56,79; 67,14; 58,43; domínio psicológico: 54,58; 57,50; 60,00; 65,08;
60,83; domínio social: 67,50; 70,00; 71,67; 75,00; 69,17; domínio ambiental: 54,38; 52,81; 57,99; 63,44; 62,50. As diferenças de
médias foram estatisticamente significantes entre a 1ª e a 20ª aplicação nos domínios físico (p=0,001), psicológico (p= 0,002)
e ambiental (p=0,001), entre a 20ª e primeira reavaliação após três meses no domínio físico (p=0,027). CONCLUSÕES: Houve
melhora dos escores de QV nos domínios físico, psicológico e ambiental. Após três meses, houve redução no efeito positivo da
acupuntura na QV que só foi significante no domínio físico, porém possivelmente ocorre em todos os domínios.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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PALESTRAS
TL-07 - ACUPUNTURA EM HEMORRAGIA CEREBRAL NA UTI
LUIZ EDUARDO COURA; JOSNE PATERNO
CENTRO HOSPITALAR UNIMED - JOINVILLE
Forma de Apresentação: ORAL
Justificativa - a hemorragia subaracnoidea é uma grave enfermidade que apresenta grande morbi-mortalidade. Possui como
característica clínica intensa cefaléia e como complicação isquemia cerebral e morte por vaso espasmo cerebral. Homem de 32 anos
previamente hígido foi encontrado desmaiado. Queixava-se de cefaléia holocraniana severa, sem deficit motor mas apresentava
sinais meníngeos. O diagnóstico de Hemorragia subaracnóide expontânea foi confirmado por tomografia computadorizada. Sua
classificação era Hunt-Hess I e de Fischer III. Na UTI foi realizado Doppler transcraniano que evidenciou velocidades de fluxo
aumentada em circulação posterior com indice de Soustiel de 2,1, sugerindo vaso espasmo. Angiografia Cerebral evidenciou a
presença de Aneurisma Sacular no segmento distal da artéria cerebelosa superior sendo realizado oclusão da mesma. Permanecia
com cefaléia intensa que não respondia com fentanil dose alta. Realizado eletroacupuntura por 30 minutos nos pontos B2/TA23/
B10/VB20 com 2/100 Hz e monitorado com Doppler Transcraniano antes e 2 horas após a sessão. Houve melhora no Soustiel de
2,1 para 1,8 demonstrando redução do vaso espasmo cerebral (14,3%). Houve importante melhora da cefaléia após o procedimento
permitindo retirar o fentanil em 20 horas e permanecendo o restante da internação somente com doses de resgate de opioide.
A ressonância magnética do encéfalo evidenciou pequeno evento isquêmico recente no território da artéria cerebelosa superior
esquerda, sem evidência de efeito de massa ou transformação hemorrágica. O paciente recebeu alta hospitalar sem deficit e
sem cefaleia. Em controle ambulatorial o paciente encontra-se clinicamente sem deficit neurológico e com vida de sociedade
normal. Este caso está em fase final de revisão para publicação e será o primeiro descrito na literatura mundial sobre o uso
de eletroacupuntura no tratamento de hemorragia sub aracnoidea. Demonstramos a utilidade na redução da dor e melhora no
vasoespasmo cerebral.
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LIVRES
PALESTRAS
TL-08 - ACUPUNTURA PRE OPERATÓRIA NO CONSULTÓRIO
CLAUDIA MANOEL; LUIZ EDUARDO COURA; GLAUCO WESTPHAL; ANTONIO BEDIN
UNIMED JOINVILLE
Forma de Apresentação: ORAL
Justificativa - a dor pós operatória apresenta diversas implicações clínicas e seu tratamento adequado é um desafio médico
haja vista as diversas complicações associadas aos medicamentos utilizados rotineiramente. Objetivo - demonstrar que a
eletroacupuntura (EA) pré operatória no dia anterior de cirurgias pode reduzir a dor e o consumo de drogas após a agressão
cirúrgica. Método - trabalho controlado, randomizado e prospectivo conduzido na UTI da Unimed Joinville e publicado na revista
Acupuncture in Medicine vol 29 ano 2011 onde foi comparado a EA com 2 Hz e 15 Hz por 30 minutos X TensSham no dia anterior
de cirurgias cardíacas. Resultados - a EA no dia anterior de cirurgias cardíacas foi capaz de reduzir significativamente a dor (EVA
controle 4,0 X EA 2,5 - 37,5% de redução, P<0,04) e o uso de analgésicos opioides (fentanil controle 16,3 mcg/kg x EA 13,1 mcg/
kg - 19,6% de redução, P<0,002). Conclusões - a EA preemptiva no dia anterior pode reduzir a dor pós operatória e tem potencial
de ser utilizada em todas as cirurgias por acupunturistas em seu próprio consultório ou em ambiente hospitalar.
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PALESTRAS
PO-09 - HIPERALGESIA MODULADA PELA ACUPUNTURA
ANA RODRIGUES CAMPANA; JORGE EIJE SATO; ANA RODRIGUES PIRRÓ; VINICIO FALLEIROS; REGINA MILORI COSENTINO; ANDREA
LUSVARGHI WITZEL
FOUSP
Forma de Apresentação: PÔSTER
Estudo recente de revisão da literatura e meta-analise demonstrou que a acupuntura é eficaz no controle da dor crônica (Andrew2012)
pois, pode promover a liberação de substâncias como encefalina e endorfina após a ativação de neurônios opioidérgicos e
secundariamente, liberação de serotonina e noradrenalina no Sistema N|ervoso Central (Pai,2005). Relato de caso clínico. História
da doença atual: Paciente do sexo feminino,leucoderma, tabagista há 8 anos com diagnóstico de carcinoma de base de lingua
foi encaminhada para cirurgia. Depois do ato cirurgico a paciente apresentou hiperalgesia facial em 6 locais próximos aos pontos
E2,E5,E6,ID18, ID19,VB1. A dor foi graduada na Escala Visual Numérica(EVN) como 8 e persistia por 4meses. A paciente foi
avaliada segundo a Medicina Tradicional Chinesada e a conduta terapêutica utilizada foi a acupuntura . Pontos locais selecionados
ID19,ID18,E2,E5,E7,E6 em sedação e pontos sistêmicos E36, BP6,F3, IG4 Foram realizadas 8 sessões de acupuntura com duração
de 20minutos cada. Após 2 meses de terapêutica a paciente graduou sua dor na EVN como zero. Nesse caso, o tratamento com
acupuntura pode ter modulado a reposta do tecido nervoso e se mostrou eficaz no controle da queixa apresentada pela paciente. No
entanto, estudos clínicos prospectivos controlados são necessários para reafirmar e consolidar a acupuntura como um importante
instrumento no controle da dor central. Referências: Andrew J. Vickers; et al Acupuncture for Chronic Pain Individual Patient
Data Meta-analysis Arch Intern Med Published online September 10, 2012.doi:10.1001/archinternmed.2012.3654. Pai Hong Jin
Acupuntura: de Terapia Alternativa a Especialidade Médica São Paulo :Ed CEIMEC 2005
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pÔSTERES
PALESTRAS
PO-10 - CASO CLÍNICO: USO DA ACUPUNTURA PARA TRATAMENTO DE DIABETE MELITO
TIPO2
ANA PAULA RODRIGUES PIRRÓ; JORGE EIJI SATO; ANA CRISTINA RODRIGUES CAMPANA; VINICIO FALLEIROS; REGINA CELIA MILORI
CONSENTINO
HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL
Forma de Apresentação: PÔSTER
Introdução. VRVS, sexo feminino, 51 anos, pedagoga, branca, casada, natural de Ilhéus, Hipertensão arterial e Diabete melito
tipo 2 desde 2008. Informações clinicas. Paciente portadora de diabete melito tipo 2 desde 2008 apresentou aumento dos níveis
glicêmicos em 2011, o que levou o endocrinologista a associar o uso de insulina NPH 18 unidades antes de dormir aos medicamentos
que já estavam em uso de glicazida 30mg (1 comprimido ao dia), linagliptina 5mg (1 comprimido ao dia), atorvastatina 20mg
(1 comprimido ao dia), metformina 500 mg (2 comprimidos ao dia), valsartana 80mg associada a hidroclortiazida 12,5mg (1
comprimido ao dia). Conduta terapêutica Paciente foi submetida a oito sessões semanais de vinte minutos de acupuntura. Os
pontos usados foram F3, R16, Mugaohuan e ID 3. A escolha dos pontos foi feita com o objetivo de diminuir a resistência periférica
à insulina. Foi feita a medição da glicemia capilar antes e após a retirada das agulhas. Acompanhamento Clinico A paciente evoluiu
com bom controle glicêmico, diminuindo a dosagem de insulina para 2 unidades por dia após as oito sessões de acupuntura.
Comentários Finais O tratamentp do diabete melito pela acupuntura é feito na maioria dos casos visando aumentar a secreção de
insulina pelo pâncreas. O diabete melito tipo 2 tem na resistência periférica um fator que dificulta o uso da insulina. Usamos neste
caso pontos para melhorar a resistência periférica e com isso atingir melhores índices glicêmicos.
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PALESTRAS
PO-11 - ACUPUNTURA PARA TRATAMENTO DE DOR EM IDOSOS: ESTUDO PILOTO
BERNARDO RODRIGUES AYRES; YOLANDA MARIA GARCIA; DOUGLAS TETSUO HIRAOKA; LIDIANE MIDORI KUMAGAI; WU TU HSING;
WILSON JACOB-FILHO; MIRIAM G. TIBO
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Forma de Apresentação: PÔSTER
JUSTIFICATIVA:Dor é queixa comum na população idosa e seu manejo adequado é difícil, já que drogas para controle álgico têm
menor efetividade e maior risco nesse grupo. A Acupuntura, método não-farmacológico, é opção interessante e demonstrou efeitos
tanto em dor, quanto em humor e funcionalidade. Sua eficácia em idosos, porém, carece de comprovação. OBJETIVO:Avaliar
efeitos da acupuntura no tratamento de dor em idosos e impacto em humor e funcionalidade. MÉTODOS:Em estudo piloto,
35 pacientes encaminhados a um ambulatório público de Acupuntura foram comparados a outros 15 que receberam apenas
tratamento convencional. Diagnósticos e tratamento convencional foram similares nos grupos. Foram realizadas 10 sessões
semanais de Acupuntura, e os pacientes entrevistados na 1ª e na 10ª sessões. Entrevistas incluíram avaliação de: dor, pela Escala
Visual Analógica (VAS); humor, por Geriatric depression scale (GDS) e critérios DSM-IV maiores (DSM-Mj) e menores (DSM-Mn);
funcionalidade pelas escalas de Katz (Atividades da vida diária - AVD) e de Lawton (Atividades instrumentais da vida diária - AIVD).
Grupo controle foi submetido às mesmas avaliações, no mesmo espaço de tempo. RESULTADOS: Houve redução maior do VAS no
grupo caso (VASinicial - VASfinal=5,133) que no controle (VASinicial - VASfinal=1,0)(p<0,001), bem como melhora dos sintomas
depressivos (CASO: GDSinicial - GDSfinal=1,7; CONTROLE: GDSinicial - GDSfinal=0,07; p=0,008)(CASO: DSM-Mjinicial - DSMMj
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PALESTRAS
PO-12 - ACUPUNTURA COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO DE TRANTORNOS
MENTAIS
GABRIELA DE LIMA FREITAS
SERVIÇO DE SAÚDE DR CÂNDIDO FERREIRA
Forma de Apresentação: PÔSTER
Este trabalho pretende discutir os benefícios da utilização da Medicina Tradicional Chinesa como adjuvante no tratamento dos
Transtornos Mentais, bem como discutir o adoecimento psíquico a partir do ponto de vista da Medicina Tradicional Chinesa. Para
tanto nos apoiaremos no relato de caso de um paciente internado em Hospital Psiquiátrico, após ter apresentado quadro psicótico
agudo, sendo posteriormente feito o diagnóstico de Esquizofrenia Catatônica. Durante a internação, o paciente apresentava
pronunciado apragmatismo e negativismo, com ausência de cuidados pessoais, apresentando emagrecimento importante, atenção
dispersa, ensimesmado, concentração voltada para seu próprio interior, pensamento desconexo e incoerente, aparentemente com
distúrbios da sensopercepção e delírio persecutório; ritmo do pensamento lentificado. Afeto embotado com pouca ou nenhuma
vibração afetiva, pueril e regredido. Estava fazendo uso de antipsicóticos nas doses máximas preconizadas para o tratamento da
Esquizofrenia, com piora dos sintomas de isolamento, automatismos, movimentos repetitivos, risos imotivados, apragmatismo e
negativismo. Neste momento foi iniciado o tratamento com Acupuntura Sistêmica e Moxabustão. Realizadas 10 sessões semanais
de Acupuntura. Neste período não foi alterada a prescrição medicamentosa do paciente. Foi observada mudança progressiva
no quadro clínico com redução do apragmatismo e mutismo, melhora da interação social e melhora com auto-cuidados. Pouco
tempo depois foram feitos ajustes a terapia medicamentosa do paciente e o mesmo recebeu alta hospitalar retomando sua rede
de trabalho e relações sociais. Observamos durante o acompanhamento deste paciente que a Acupuntura foi um valioso aliado à
terapia medicamentosa, auxiliando na melhora clínica bem como na qualidade de vida do paciente.
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PO-13 - AMBULATÓRIO DE CRANIOPUNTURA DE YAMAMOTO PARA FUNCIONÁRIOS DE
HOSPITAL DE GRANDE PORTE DE SÃO PAULO
JOSÉ EDUARDO TAMBOR BUENO; SIDCLAY LEAL SILVA
HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO LUIZ REDE D´OR - ITAIM
Forma de Apresentação: PÔSTER
Justificativa: as lesões osteomusculares têm grande impacto nos indicadores de absenteísmo. No Brasil, é a segunda maior
causa. Em hospital privado de grande porte na cidade de São Paulo correspondeu a 36% no ano de 2010. Montou-se ambulatório
de Craniopuntura de Yamamoto na medicina do trabalho da instituição. Objetivo: mostrar os resultados obtidos neste ambulatório.
Métodos: avaliação de prontuários médicos de pacientes com quadro de dor crônica ou aguda que submeteram-se a tratamento
com sessões de acupuntura, utilizando-se a técnica de craniopuntura e pontos locais quando necessário. Resultados: foram tratados
85 pacientes, sendo que 7 tiveram pelo menos dois tratamentos. O que equivale a 92 tratamentos. População predominante do
sexo feminino (86%). A maioria dos pacientes (70%) selecionados apresentavam atestados médicos relacionados à doença. DORT
correspondeu a 83,86% e a mais frequente (58,06%) foi relacionada à coluna vertebral e musculatura paravertebral, seguida de
lesão em ombro (13,98%). Evoluíram assintomáticos ou com melhora 64 pacientes (75,29%). Do total 25 pacientes (36%) voltaram a
apresentar atestado médico relacionado à doença no seguimento de 3 meses. Conclusão: A técnica de Craniopuntura de Yamamoto
associada a pontos locais obteve sucesso no tratamento clínico relacionado à dor em 75,29% dos casos. Destes, 36% teve recidiva.
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PALESTRAS
PO-14 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DO
CESAC -PR NOS ANOS DE 2009 A 2012
REINALDO OLIVEIRA SELETI; CELIA BATTAGLIN; PAULO TOCCI; FERNANDO CINAGAVA; GISELE BENTO; AUGUSTO WEBER
CESAC - CENTRO DE ESTUDOS DE ACUPUNTURA DO PARANÁ
Forma de Apresentação: PÔSTER
Justificativa: A acupuntura é, aqui em nosso meio, uma alternativa para amenizar o sofrimento e cura de patologias que a Medicina
Ocidental não tem encontrado solução adequada. E temos que buscar conhecimento acumulado em clínicas especializadas, para
evolução da qualidade do atendimento. Objetivos: Identificar o perfil dos pacientes que procuram o ambulatório caracterizando
faixa etária, escolaridade, profissão e sexo, e detectar os diagnósticos mais freqüentes, tanto na MO como na MTChinesa, e
os resultados da terapia. Método: Realizou-se um estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo através da coleta de dados,
escolhidos os anos de 2009 a 2011 com intuito de alcançar um volume de pacientes que permitisse a elaboração de uma analise
consistente para a pesquisa. A coleta dos dados se deu através do levantamento e analise de 197 prontuários a fim de compor
um arquivo de banco de dados que foi digitado no Microsoft Excel, leitura no EPI INFO. A coleta de dados foi realizada de março a
junho de 2012. Resultados: A maioria dos pacientes está na faixa etária entre 45 a 54 anos (23,8%) e são do sexo feminino (64,5%).
Quanto à escolaridade, 25,8% foi com nível superior e as ocupações mais apontadas foram professoras (10,66%) e donas de casa
(10,15%). O tipo de alta por melhora foi de 39,1%. Destacam-se ainda o predomínio de D. do Sistema Osteomusc (38,6%) seguido
dos Transtornos Mentais e Comportamentais (26,4%). Nos diagnósticos pela M O a Lombalgia aparece com a maior freqüência
(9,6%) e a Ansiedade em segundo lugar com 7,1%. Os diagnósticos em MTC o predomínio foi da Estagnação QI DE GAN com
11,7%. Os padrões de Deficiência representam 43,6%, com 86 casos diagnosticados. Os Meridianos mais usados foram IG (84,3%)
e E(83%), o menos usado foi TA (40%). Conclusões: Conclui-se que esse modelo de analise constitui uma importante ferramenta de
trabalho pois podemos identificar a clientela que se beneficia do uso da acupuntura enquanto terapia eficaz.
* Os nomes, títulos e resumos foram reproduzidos exatamente conforme foram inseridos no sistema pelos autores.
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