Lei de Hooke - Laboratório de Física – Campus Blumenau

Transcrição

Lei de Hooke - Laboratório de Física – Campus Blumenau
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Campus de Blumenau
Física I
Experimento 05: Lei de Hooke
Introdução
Um sistema massa mola pode ser utilizado para estudar forças variáveis unidimensionais. Ao
aplicarmos uma força em uma mola helicoidal, ao longo de seu eixo, ela será alongada ou comprimida.
Se, ao cessar a atuação da força externa, a mola recuperar a sua forma e tamanho originais (posição de
equilíbrio), diz-se que a deformação é elástica. Em geral, existem limites de força a partir dos quais
acontece uma deformação permanente, sendo denominada região de deformação plástica (onde a mola
não volta a sua posição de equilíbrio original).
Dentro do limite elástico há uma relação linear entre a força externa aplicada e a deformação,
que é representada pela equação abaixo e chamada de Lei de Hooke:
onde é uma constante que depende do material de que é feita a mola, da sua espessura e de seu
tamanho, entre outras, denominada constante elástica da mola.
Se uma força externa
é aplicada ao corpo, a mola se comprime ou se distende. A mola
exerce então uma força
que se opõe a força aplicada.
A força da mola é muitas vezes chamada de força de restauração, já que ela sempre age no
sentido de restaurar o corpo a sua posição de equilíbrio.
No caso específico de uma mola helicoidal pendurada por uma de suas extremidades numa haste,
com um corpo de massa
pendurado em sua outra extremidade, a força
atuando na mola será igual
ao peso do corpo pendurado , isto é, a elongação será diretamente proporcional à força
aplicada,
considerando que o corpo esteja em repouso.
Considerando que a massa da mola seja muito menor do que a massa presa a sua extremidade, e
que estejamos dentro do limite elástico, podemos aplicar a 2ª Lei de Newton para a situação de equilíbrio,
obtendo a seguinte expressão:
Objetivo
Verificar a validade da Lei de Hooke fazendo medidas da deformação de uma mola em função
da massa acoplada a ela. Determinar a constante elástica de uma mola helicoidal. Determinar a constante
elástica de molas acopladas em diferentes configurações.
Materiais






Sensor de posição;
Netbook e programa de aquisição de dados;
Cinco molas;
Três suportes com ganchos;
Diferentes massas;
Um suporte vertical.
ATENÇÃO: NÃO COLOQUE NAS MOLAS MASSAS DIFERENTES DAQUELAS
ESPECIFICADAS NO PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL, ISSO PODERÁ
DANIFICAR AS MESMAS!
Resumo do experimento
O experimento consiste num suporte vertical no qual molas helicoidais são penduradas numa de
suas extremidades. Na outra extremidade, pendura-se um suporte com gancho onde são colocadas
diferentes massas. Dessa forma, diferentes forças produzem diferentes deformações na mola, alterando o
comprimento da mesma. Estes comprimentos são medidos para as diferentes massas colocadas no
suporte. Quando duas molas são acopladas, podemos substituí-las por uma mola equivalente, cuja
constante elástica depende da configuração desse acoplamento.
Procedimento experimental 1 (uma mola)
1 - Posicione um disco de 20 g no suporte, totalizando 25 g (somando o suporte), e em seguida zere o
sensor de posição;
2 - Espere alguns segundos para a posição estabilizar, clique em VISUALIZAÇÃO e em seguida clique
em MANTER AMOSTRA;
3 - Repita o procedimento visto até aqui para os valores de massa da tabela 1 (os valores já consideram a
massa do suporte);
4 - Ao final clique em PARAR;
Procedimento experimental 2 (duas molas em série)
1 - Posicione um disco de 20 g no suporte, totalizando 25 g (somando o suporte), e em seguida zere o
sensor de posição;
2 - Espere alguns segundos para a posição estabilizar, clique em VISUALIZAÇÃO e em seguida clique
em MANTER AMOSTRA;
3 - Repita o procedimento visto até aqui para os valores de massa da tabela 1 (os valores já consideram a
massa do suporte);
4 - Ao final clique em PARAR;
Procedimento experimental 3 (duas molas em paralelo)
1 - Posicione um disco de 50 g no suporte, totalizando 55 g com o suporte, e em seguida zere o sensor de
posição;
2 - Espere alguns segundos para a posição estabilizar, clique em VISUALIZAÇÃO e em seguida clique
em MANTER AMOSTRA;
3 - Repita o procedimento visto até aqui para os valores de massa da tabela 1 (os valores já consideram a
massa do suporte);
4 - Ao final clique em PARAR;
OBSERVAÇÃO 1: O RELATÓRIO CONSISTE EM RESPONDER A SEÇÃO DE
“TRATAMENTO DE DADOS E DISCUSSÃO”.
OBSERVAÇÃO 2: UTILIZE O TEMPO DE AULA PARA FAZER O RELATÓRIO.
Tratamento de dados e discussão
1) Apresente as tabelas e os gráficos da deformação das molas pelas massas suspensas para os três
procedimentos experimentais (uma mola, duas molas em série e duas molas em paralelo).
2) Determine, a partir do gráfico anterior, a constante elástica da mola única.
3) Se duas molas de constantes elásticas
e
uma única mola que substitui as outras duas?
forem ligadas em série, qual a constante elástica k de
4) Você parte uma mola na metade. Qual é a relação entre a constante elástica k da mola original e a
constante elástica para cada uma das metades?
5) Determine, a partir do gráfico anterior, as constantes elásticas das molas acopladas em série e paralelo.
Suponha que em cada uma das configurações as molas possuam a mesma constante elástica.
6) Calcule o erro experimental percentual comparando os valores obtidos nas questões 2) e 5) com os
valores teóricos das constantes elásticas das molas.
7) Num gráfico da força deformante em função da deformação produzida, o que representa a área sob a
curva? E a inclinação do gráfico?
8) Qual o significado físico da constante elástica de uma mola?
9) Quando a constante elástica de uma mola é grande, a mola é dura ou macia? Como isto é evidenciado
no gráfico da força em função da deformação?
10) É possível determinar a massa de diferentes corpos a partir de uma mola com constante elástica
conhecida e uma régua? Explique detalhadamente como você faria isso.
11) A lei de Hooke tem alguma aplicação prática? Dê exemplos.
12) A lei de Hooke é sempre válida? Explique através de exemplos.
Bibliografia
1. David Halliday, Robert Resnick e Jearl Walker. Fundamentos de Física Vol. 1 – Mecânica – 9ª Ed.
2012. Ed. LTC.
2. Moysés Nussenzveig. Curso de Física Básica Vol. 1 – Mecânica – 5ª Ed. 2013. Ed. Edgard Blucher.
3. Roger A. Freedman, Hugh D. Young. Sears & Zemansky Física 1 – Mecânica – 12ª Ed. 2008. Ed.
Pearson.

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