Kelly Erzinger - Relatorio de estagio

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Kelly Erzinger - Relatorio de estagio
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UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE
CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM INFORMÁTICA
KELLY ERZINGER
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Complementação de estudos pedagógicos em informática
CAÇADOR
2011
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KELLY ERZINGER
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Complementação de estudos pedagógicos em informática
Relatório de Estágio Supervisionado em Pedagogia –
Estudos pedagógicos para complementação em
informática - apresentado à Universidade Alto Vale do
Rio do Peixe, Curso de Pedagogia, como prérequisito para aprovação da Disciplina de Estágio,
sob a orientação do Professor Msc. Paulo Roberto
Gonçalves.
CAÇADOR
2011
1
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
KELLY ERZINGER
Este Relatório de Estágio foi submetido ao processo de avaliação pela Banca
Examinadora para obtenção do Título de:
Licenciada em Informática
E aprovado na sua versão final em 29/07/2011, atendendo as normas da legislação
vigente da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe e Coordenação do Curso de
Pedagogia.
_________________________________________
Professor Msc. Paulo Roberto Gonçalves
Coordenador de Curso
_________________________________________
Professor Msc. Paulo Roberto Gonçalves
Orientador
2
RESUMO
O relatório a seguir mostra a observação e atuação nas aulas de Física da grade
curricular do Centro de Educação Profissional Vidal Ramos, como resultado do
estágio supervisionado que tem por objetivo mostrar a importância do uso da
tecnologia no âmbito escolar. O uso da tecnologia proporciona uma melhor forma de
auxiliar o aluno no processo de ensino aprendizagem, tanto usada pelo professor no
momento de preparação das aulas, ou de apresentação do conteúdo e também
quando o aluno desenvolve as atividades propostas. No ensino da Física a
tecnologia pode ser usada como ferramenta para demonstrar as aplicações práticas
das fórmulas anteriormente vistas em sala de aula somente na teoria; o que
desperta no aluno um sentimento de interesse pelo conhecimento.
Palavras chave: Física, tecnologia, educação.
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ABSTRACT
The following report shows the observation and performance in physics classes the
curriculum of the Center for Professional Education Vidal Ramos, as a result of
supervised training that aims to show the importance of using technology in
schools. The use of technology provides a better way to assist the student in the
teaching-learning process, both at the time used by the teacher preparation
classes, or presentation of content as well as the student develops the proposed
activities. In physics teaching technology can be used as a tool to demonstrate the
practical applications of the formulas previously seen in the classroom just in theory,
the student who awakens a sense of the interest in learning.
Key words: Physics, information technology, education.
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SUMÁRIO
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 5
1.1 VISÕES SOBRE A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO................................................. 5
1.2 COMPETÊNCIA DOS PROFESSORES ....................................................................... 6
1.3 FORMAÇÃO DO PROFESSOR ..................................................................................... 6
1.4 PRÁTICA PEDAGÓGICA REFLEXIVA ......................................................................... 8
1.5 PAPEL DO ALUNO........................................................................................................... 9
1.6 MUDANÇA NA EDUCAÇÃO ......................................................................................... 10
1.7 ETAPAS NA IMPLANTAÇÃO DAS TECNOLOGIAS ................................................ 11
1.7.1 Tecnologias para fazer melhor o mesmo................................................................. 12
1.7.2 Tecnologias para mudanças parciais ....................................................................... 12
1.7.3 Tecnologias para mudanças inovadoras ................................................................. 13
1.8 FATORES QUE INFLUENCIAM NO USO DO COMPUTADOR............................. 13
2 RELATOS .............................................................................................................. 14
2.1 RELATO DAS OBSERVAÇÕES .................................................................................. 14
2.1.1 Identificação da Escola ............................................................................................... 14
2.1.2 Projeto Político Pedagógico da escola ..................................................................... 14
2.1.3 Sala de Aula ................................................................................................................. 14
2.1.4 Conteúdo Programático Desenvolvido ..................................................................... 15
2.1.5 Metodologia de Ensino Adotada ............................................................................... 15
2.1.6 Atendimento e relacionamento com os Alunos....................................................... 16
2.1.7 Avaliação ....................................................................................................................... 16
2.2 RELATOS DA INTERVENÇÃO .................................................................................... 16
2.2.1 Primeiro Dia .................................................................................................................. 16
2.2.2 Segundo Dia ................................................................................................................. 16
2.2.3 Terceiro Dia .................................................................................................................. 17
2.2.4 Quarto Dia ..................................................................................................................... 17
2.2.5 Quinto Dia ..................................................................................................................... 17
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 18
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19
APÊNDICE ................................................................................................................ 20
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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 VISÕES SOBRE A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
O computador é sem dúvida o mais rápido depositário de informações, porém
é necessário que se trabalhe de forma adequada para que estas informações se
transformem em conhecimento. Para que isto aconteça é preciso que o professor
ajude o aluno a desenvolver a capacidade de selecionar e avaliar as informações.
No entanto, segundo Silva (p. 02):
A maioria dos professores teme o uso da informática na sala de aula, muitas
vezes por medo do novo, ou simplesmente por ver o computador como algo
difícil para trabalhar, ou simplesmente porque os alunos conhecem mais o
computador do que os próprios professores. Porém o que se sabe é que o
computador não veio para dificultar a vida das pessoas, mas sim para
ajudar e facilitar muitas atividades que seriam difíceis de serem realizadas
sem a informática (SILVA, p. 02).
Há ainda professores com visão negativa e outros com visão positiva
referente ao uso do computador na educação. Os negativistas (educadores
humanistas) consideram que a educação é um ato de amor e que tem a ver com a
relação humana entre professor e aluno, e ainda que nem todas as escolas
possuem recursos para a utilização dos recursos da informática, acreditam que o
uso das tecnologias provocará indisciplina e poderá também prejudicar a criatividade
e espontaneidade do aluno. Os positivistas (educadores tecnológicos) defendem que
a utilização do computador estimula os alunos e que essa tecnologia estará em toda
parte e, portanto, uma escola que se preze deve contar com um computador.
Os humanistas focam a comunicação, a interação, a construção do
conhecimento, a criação de comunidades de aprendizagem. Os tecnológicos
ressaltam o avanço dos softwares (programas), a velocidade de transmissão, as
soluções telemáticas (a distância).
Os que conhecem as tecnologias têm prometido soluções, facilidades,
grandes mudanças. Os que focam mais as dimensões humanas do ensinoaprendizagem falam mais de olho-no-olho, de comunicação afetiva, de valores.
Os humanistas dizem que as tecnologias são importantes, mas, em geral,
resistem o quanto podem a uma utilização mais ampla, inovadora. Permanecem
ancorados na sala de aula como espaço de resistência, fora do qual não se atrevem
a avançar.
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Os educadores tecnológicos, impulsionados por administradores em busca de
resultados, ampliam mais e mais o número de alunos atendidos simultaneamente,
focam predominantemente o conteúdo, a auto-aprendizagem e limitam a interação
ao mínimo, para diminuir os custos e aumentar os lucros.
1.2 COMPETÊNCIA DOS PROFESSORES
O uso da tecnologia na escola, quando voltada à princípios que privilegiam a
construção do conhecimento, o aprendizado significativo, interdisciplinar e
humanista, requer dos educadores novas competências para desenvolver uma
pedagogia voltada para a criação de estratégias e situações de aprendizagem que
possam torna-se significativa para o educando, sem perder de vista o foco na
intencionalidade educacional (Tornaghi, Prado e Almeida, 2010, pg 49).
Precisamos quebrar os paradigmas que nos prendem a modelos antigos de
educação, pois o objetivo da escola é o desenvolvimento das capacidades físicas,
intelectuais e morais dos alunos, ela precisa democratizar o saber e reconhecer a
necessidade que se faz de trazer a tecnologia para dentro da sala de aula, para
dentro de seu planejamento (Santos, 2009, p. 01).
Ainda nesse sentido, Silva observa:
Mobilizar o professor significa mudança de paradigmas, acreditar que a
tecnologia é sua aliada na construção da sua prática, isto não o tornará um
especialista na área, mas é preciso criar condições e querer se apropriar
deste conhecimento, para saber usá-lo adequadamente em seu dia a dia
com o aluno.
Essa mudança requer do professor uma reflexão contínua sobre suas práticas
pedagógicas,
ampliação
de
seus
conhecimentos,
aprimoramento
de
suas
habilidades, bem como disponibilidade às mudanças para oferecer uma educação
de qualidade.
1.3 FORMAÇÃO DO PROFESSOR
Não basta às escolas possuírem laboratórios instalados, são necessárias
mudanças em procedimentos que começam pela formação da equipe escolar e que
esta seja de forma contínua, tendo em vista que a educação é dinâmica e o
compromisso dos educadores deve ser numa visão de desenvolvimento humano no
seu sentido mais amplo – criação, transformação, autonomia e emancipação.
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O domínio do técnico e do pedagógico não deve acontecer de modo
separado. É irrealista pensar em primeiro ser especialista em informática para
depois tirar proveito desse conhecimento nas atividades pedagógicas. O melhor é
quando os conhecimentos técnicos e pedagógicos crescem juntos. O domínio das
técnicas acontece por necessidades e exigências do pedagógico e as novas
possibilidades técnicas criam novas aberturas para o pedagógico, constituindo uma
verdadeira espiral de aprendizagem ascendente na sua complexidade técnica e
pedagógica (Valente apud , Moran e Almeida, 2005, p. 23).
Portanto, para que se obtenha sucesso na utilização da informática na
educação é necessário que o professor esteja capacitado para trabalhar com esta
nova realidade educacional, sendo então preciso que seja dada ao professor a
oportunidade de conhecer, compreender e escolher a melhor forma de se utilizar a
tecnologia a favor da melhor qualidade de ensino.
Sem uma equipe capacitada, o que se vê são professores que aproveitam a
sala de informática para deixar os alunos trabalhando sozinhos e escolas que nem
sequer utilizam os laboratórios existentes.
Neste
sentindo,
encontram-se
falhas,
pois
muitas
vezes
as
formações/capacitações oferecidas aos professores limitam-se a encontros de
treinamento, apresentação de softwares, palestras sobre a importância do uso da
informática, treinamento tecnológico com fundamentação pedagógica excelente,
porém, sem aplicabilidade e oportunidade de análise e construção de seu uso na
prática pedagógica. Formação e capacitação que levem a mudanças devem ir além
do passar informação de técnicas operacionais; deve ser de forma integrada, que o
pedagógico e o técnico possam ser construídos juntos, mediante a necessidade
(PULGA, MARCONI, 2011).
Outra atitude necessária para que as capacitações levem a mudança é a de
proporcionar aos educadores um maior contato prático com a tecnologia, pois
quando maior for este contato, maior a possibilidade de se aperfeiçoar na sua
utilização mesclando de forma criativa com os materiais didáticos tradicionais.
Segundo Imbernón apud Almeida e Moran (2005, p. 44):
A partir da convivência com os desafios e outros fatores que interferiam no
trabalho educativo, na busca conjunta de alternativas para sobrepujar as
dificuldades, no compartilhamento de conquistas e fracassos, nas reflexões
na e sobre a própria ação, o educador tem a possibilidade de compreender
o que, como, por que e para que empregar o computador em sua ação.
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Portanto, cabe aos formadores de educadores proporcionarem-lhes essas
vivências, acompanhar a atuação do educador em formação com outros aprendizes,
criar situações: novas descobertas, processo em desenvolvimento, produções
realizadas, dificuldades enfrentadas e as estratégias que permitam ultrapassá-las.
Ainda assim, falta conectar as tecnologias ao conteúdo. Regina Scarpa,
coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA e da Fundação Victor Civita, destaca:
“As capacitações em serviço deveriam focar os conteúdos de cada disciplina e
incluir as tecnologias como ferramentas para facilitar o trabalho de sala de aula”.
Rosane de Nevada, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
lembra que só ensinar a mexer na máquina não contribui para aperfeiçoar o jeito de
ensinar. Basta de usar o computador apenas para repetir o que foi dado em sala de
aula
1.4 PRÁTICA PEDAGÓGICA REFLEXIVA
É importante que o educador compreenda o uso da tecnologia de maneira
ampla, assumindo uma postura multidisciplinar de integração de conteúdos e
disciplinas, ampliando a abrangência do conhecimento que pode ser adquirido pelo
aluno.
Porém, não adiantam programas de formação para professores se estes não
souberem usar a tecnologia como aliada na construção do conhecimento; é
necessário usá-la como ferramenta pedagógica para ampliar as capacidades e
possibilidades, portanto ela deve ser bem compreendida para ser bem usada, gerar
resultado e provocar transformações.
Faz-se necessário que o professor estabeleça objetivos para as atividades
pedagógicas desenvolvidas para que elas tenham sentido e façam do laboratório
uma extensão da sala de aula.
Incluir a tecnologia no projeto pedagógico é a única forma de garantir que as
máquinas se tornem, de fato, ferramentas a serviço da aprendizagem dos conteúdos
curriculares, e não um fim em si mesmas
O uso do computador como apoio á aprendizagem deve ser significativo para
que se torne uma ferramenta cognitiva ou como afirma Jonassen (2007) as
aplicações pedagógicas da informática são feitas com a exigência que os alunos
pensem de forma significativa a fim de utilizarem tal recurso como representação de
9
sua capacidade de produzir conhecimento e não apenas reproduzi-los e assim há
necessidade do envolvimento cognitivo dos alunos, e essa é uma possibilidade de
melhorar qualitativamente seu desempenho.
Então, para garantir uma melhor qualidade de ensino, é preciso mais do que
domínio dos recursos, é necessário uma prática pedagógica reflexiva.
Uma aula mal preparada não será melhor apenas com o uso do
computador. A tecnologia pode talvez mascarar a deficiência de um
professor, mas, se usada inadequadamente, não deixa de ser prejudicial ao
aluno. Nada substitui o verdadeiro professor (BERBEL apud Rosalen,
Mazzilli, p. 03).
Embora a tecnologia seja um elemento da cultura bastante expressivo, ela
precisa ser devidamente compreendida em termos das implicações do seu uso no
processo de ensino e aprendizagem. Essa compreensão é que permite ao professor
integrá-la à prática pedagógica. No entanto, muitas vezes essa integração é vista de
forma equivocada, e a tecnologia acaba sendo incorporada por meio de uma
disciplina direcionada apenas para instrumentalizar sua utilização, ou ainda, de
forma agregada a uma determinada área curricular.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), a tecnologia
deve ser usada na escola para ampliar as opções didáticas do educador, com o
objetivo de criar ambientes de ensino e aprendizagem que favoreçam a postura
crítica, a curiosidade, a observação e principalmente a autonomia do aluno.
Assim, confirma-se que o professor é insubstituível, pois continua sendo este
quem planeja e desenvolve as situações de ensino a partir dos conhecimentos que
possui e dos processos de aprendizagem, utilizando agora a tecnologia como mais
um recurso do processo de ensino-aprendizagem.
1.5 PAPEL DO ALUNO
A utilização da informática é mais complexa do que a utilização de outro
recurso didático conhecido em função da diversidade de recursos disponíveis. A
partir da informática é possível se comunicar, pesquisar, criar desenhos, efetuar
cálculos, etc.
O computador é uma ferramenta que permite ao aluno realizar tarefas, das
mais simples (produzir uma carta), até as mais complexas (resolução de problemas
sofisticados de matemática e ciências). Nesse sentido, o computador passar a ter
uma função maior do que simplesmente passar informação (SILVA, p. 02).
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A informática educativa aliada ás práticas pedagógicas trabalha a leitura,
escrita, raciocínio lógico, cálculo mental ao mesmo tempo em que os alunos se
familiarizam com os programas, aplicativos, softwares, sendo possível a aquisição
de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades tecnológicas.
As tecnologias da informação estão criando novas formas de distribuir o
conhecimento, seguramente, tornam-se necessárias novas formas de alfabetização
(literária, gráfica, informática, científica, etc) (Pozo apud Tornaghi, Prado e Almeida,
2010, p. 61)
O computador é também uma ferramenta que auxilia o professor a promover
a aprendizagem, autonomia, criticidade e criatividade do aluno, mas para isso, o
professor necessita assumir o papel de mediador da interação entre aluno,
computador e conhecimento.
De acordo com VALENTE apud Amaral (p. 01):
Com o computador e a tecnologia digital o aluno interage com os objetos de
conhecimento de maneira mais rica. Cabe ao professor, como mediador
desse processo, apropriar-se definitivamente destas ferramentas e
mecanismos, que são as NTIC (Novas Tecnologias de Informação e
Comunicação), para que o aluno usufrua da diversidade textual contida nas
telas, ampliando com isso suas possibilidades de escolhas.
1.6 MUDANÇA NA EDUCAÇÃO
Entre os princípios que norteiam os diversos estudos que buscam
redimensionar a prática educativa e valorizar a utilização da informática, estão a
importância de reconhecer que professores e livros didáticos não possuem a
verdade finalizada, e que o computador é um espaço onde o aluno pode procurar e
dominar uma nova linguagem. Pressupõe-se também que há mudança nos papéis
tradicionais desempenhados por professores e alunos.
Não cabe mais a educação proporcionar aos alunos conhecimentos como
verdades acabadas, mas sim, ajudá-los a construir seu próprio ponto de vista, sua
verdade particular a partir de tantas verdades parciais. Conhecer e pensar não
significa chegar a verdade absoluta, mas sim, dialogar com a incerteza. (Morin apud
Tornaghi, Prado e Almeida, 2010, p. 62)
As novas tecnologias trouxeram grande impacto sobre a educação
desenvolvida nos dias atuais, criando novas formas de aprendizado, disseminação
do conhecimento e especialmente, novas relações entre educar e educando.
11
Segundo Ferreira (p.02):
Os professores deixariam de ser aqueles que repassam informações, e
passariam a ser coordenadores de um trabalho de pesquisa. Os alunos
deixariam de ser aqueles que apenas recebem as informações e
transformar-se-iam naqueles que buscam e analisam dados.
Os alunos têm certa autonomia quanto à utilização das tecnologias atuais,
mesmo assim, é necessário oferecer suporte para que enfrentem essa demanda
tecnológica com eficácia e pensamento crítico, direcionar os alunos quais
ferramentas digitais são as mais adequadas para alcançar seus objetivos de
aprendizagem.
Alguns autores afirmam que a internet será a responsável por uma grande
revolução na educação tendo em vista a facilidade de acesso às informações, porém
é necessário ter ciência que esse recurso traz muitas informações que nem sempre
são relevantes. Um dos grandes desafios dos educadores é tornar essas
informações significativas, escolhendo as verdadeiramente importantes.
Nesse sentido Tornaghi, Prado e Almeida (2010, p. 36) afirmam:
O desafio atual do sistema educacional é, evidentemente, formar os alunos
para terem autonomia na busca e na seleção de informações, na produção
de conhecimentos para resolver problemas da vida e do trabalho e,
principalmente, para que estejam dispostos a aprender a aprender ao longo
da vida.
Ainda nesse sentido, outros educadores expõem sua opinião:
Essa facilidade de acessar informações, graças ao uso da Internet, por si só
torna viável o contato da escola com o mundo exterior. Mas mais importante
do que isso é a possibilidade que esse recurso traz para que, com
orientação adequada do professor, o aluno se aproprie de conceitos,
aprendendo-os significativamente, não só por poder perceber a importância
que eles têm, em um contexto mais amplo, mas também na medida em que
possa entender a relevância que eles possuem do ponto de vista social,
dando-lhe a oportunidade de desenvolver sua competência de utilizarem-se
esses conceitos em um novo contexto (Novais, 2005, p. 47).
Esse momento de mudança na educação requer uma nova forma de pensar e
agir para lidar com a rapidez e a abrangência de informações e com o dinamismo do
conhecimento. Necessário se faz uma nova organização de tempo e espaço e
diversidade de situações que exijam um posicionamento crítico e reflexivo do
indivíduo para fazer suas escolhas e definir suas prioridades.
1.7 ETAPAS NA IMPLANTAÇÃO DAS TECNOLOGIAS
As escolas que possuem acesso as tecnologias costumam seguir alguns
passos na sua implantação
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1.7.1 Tecnologias para fazer melhor o mesmo
As tecnologias começam a ser utilizadas para melhorar o desempenho do que
já existia: melhorar a gestão administrativa: automatizar rotinas de matrícula,
boletos, notas, folha de pagamento, receitas. Depois ajudam o professor a “dar aula”
na organização de conteúdos, na ilustração de aulas (vídeos, softwares de
conteúdos específicos), de avaliação (planilhas, bancos de dados), a fazer pesquisa
(bases de dados e Internet). Ao mesmo tempo, os alunos encontram nas tecnologias
ferramentas de apoio à aprendizagem: programas de texto, de multimídia, de
navegação em bases de dados e Internet, de comunicação, até chegar aos
ambientes virtuais de aprendizagem.
1.7.2 Tecnologias para mudanças parciais
O avanço das tecnologias e o seu domínio técnico-pedagógico propiciam a
criação de espaços e atividades novos dentro da escola, que convivem com os
tradicionais: utiliza-se mais o vídeo para tornar as aulas mais interessantes;
desenvolvem-se alguns projetos na Internet, nos laboratórios de Informática.
Professores e alunos criam páginas e divulgam seus trabalhos. Professores
propõem atividades virtuais de grupos, listas de discussão, fóruns e blogs, produção
de vídeos. Esses programas se sofisticaram com a utilização de plataformas
integradas de ensino, que permitem fazer atividades a distância. Mas o importante, o
que vale de verdade, continua sendo o currículo, as aulas presenciais, as notas. A
escola continua a mesma, no essencial, mas há algumas inovações pontuais,
periféricas, que começam a pressionar por uma mudança mais estrutural. Muitas
escolas fazem mudanças profundas mas, ao contrário, massificam com as
tecnologias o modelo centrado no professor (por exemplo, através de teleaulas),
focando mais a transmissão do que a interação e a pesquisa.
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1.7.3 Tecnologias para mudanças inovadoras
As tecnologias começam a ser utilizadas para modificar a própria escola: para
flexibilizar a organização curricular, a forma de gestão do ensino aprendizagem.
As escolas de Ensino Fundamental e Médio ainda se sentem fortemente
pressionadas pelas secretarias de educação, pelo vestibular das universidades,
pelas expectativas tradicionais das famílias e pela força da cultura escolar
tradicional. Por isso, ainda não estão conseguindo quebrar o modelo padrão: aulas
presenciais,
presença
obrigatória.
Mesmo
os
colégios
mais
avançados
tecnologicamente continuam amarrados, presos no peso da tradição e das
expectativas sociais convencionais. Um dos problemas sérios atuais é a demora das
universidades em assumir novos modelos pedagógicos inovadores e mais séria
ainda é a defasagem das escolas de educação básica: estacionaram na mesmice.
Mesmo com grandes portais de serviços virtuais e franquias não mexem no
essencial, que é o processo de ensino-aprendizagem. O virtual, até agora, é um
complemento – só – do presencial, que é o que realmente conta e que continua
acontecendo da mesma forma.
1.8 FATORES QUE INFLUENCIAM NO USO DO COMPUTADOR
Fatores que influenciam no uso do computador em sala de aula:
•
Quantidade de computadores: quando mais computadores a escola
possui, maior é a freqüência de uso para atividades educacionais,
inclusive com a participação dos estudantes.
•
Conexão com a internet: para se desenvolver um bom trabalho é
fundamental a conexão com a internet, pois, escolas que possuem
apenas conexão discada acabam utilizando as máquinas apenas para
atividades administrativas ou para tarefas muito básicas, como ler
notícias, copiar conteúdos, consultar mapas, usar calculadora ou
planilha eletrônica. Já em escolas em que os professores fazem uso
mais avançado da tecnologia em atividades com os alunos (como criar
blogs e páginas na web, programas ou desenvolver projetos de
iniciação científica ou usar a robótica educacional e programas de
modelagem 3D), o acesso é quase sempre via banda larga.
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2 RELATOS
2.1 RELATO DAS OBSERVAÇÕES
2.1.1 Identificação da Escola
Centro de Educação Profissional Vidal Ramos, localizada na estrada geral de
Marcílio Dias, no bairro Marcílio Dias, na cidade de Canoinhas, SC.
A Instituição é um centro de educação profissional voltado para a formação na
área primária da economia, habilitando no eixo temático recursos naturais – Técnico
em Agropecuária e os Subseqüentes em Agropecuária e Zootecnia.
2.1.2 Projeto Político Pedagógico da escola
Missão da escola: educar qualificando tecnicamente para o mundo do
trabalho, visando à formação do cidadão com conhecimento generalista,
empreendedor, participativo, ético, transformador e humanitário.
Objetivo
geral:
Buscar
métodos
Educacionais
inovadores,
onde
o
conhecimento historicamente construído seja referência para entender e interagir na
transformação da sociedade, possibilitando a inclusão social, com visão voltada para
a sustentabilidade e comprometimento com o Meio Ambiente, desenvolvendo o
conhecimento
técnico
pedagógico
nas
atividades
teórico-práticas
que
complementem as competências e habilidades.
2.1.3 Sala de Aula
Sala de tecnologia equipada com 18 computadores com sistema operacional
Linux Educacional 3.0, um data-show e conexão com a internet.
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2.1.4 Conteúdo Programático Desenvolvido
•
Primeiro dia
Em sala de aula, mostrar e explicar as fórmulas que serão utilizadas.
•
Segundo dia
No laboratório de informática, apresentar o sistema operacional Linux, tendo
em vista que este não é muito conhecido pelos alunos.
•
Terceiro dia
Apresentar os programas Kate, Shell e a linguagem de programação Fortran.
•
Quarto dia
Programar as fórmulas estudadas na primeira aula, utilizando os recursos já
citados.
•
Quinto dia
Apresentar exercícios para sanar dúvidas e fixar o conteúdo.
2.1.5 Metodologia de Ensino Adotada
Foram primeiramente explicadas, em sala de aula, as fórmulas a serem
estudadas, as mesma constavam no livro didático repassados aos alunos no início
do ano. Foram realizadas exercícios para melhor fixação do conteúdo.
Posteriormente no laboratório de informática, foi apresentado o sistema
operacional Linux (Linux Educacional 3.0), os programas a serem utilizados, como
salvar o arquivo, como compilar e executar o mesmo e como navegar nas pastas
para encontrar o arquivo desejado. Foram demonstrados no data-show as fórmulas
vistas em sala de aula e repassados exercícios para os alunos resolverem e fixarem
o conteúdo e por fim, foram sanadas as dúvidas.
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2.1.6 Atendimento e relacionamento com os Alunos
Por se tratar um projeto que tem em seu desenvolvimento a utilização de
computadores, os alunos demonstraram interesse desde a sua apresentação.
Surgiram dúvidas já no começo do desenvolvimento do projeto, quando da
explicação das fórmulas, mas aos poucos, já em laboratório, os alunos começaram a
entender melhor as fórmulas e se interessar mais pela matéria de física.
O desempenho dos alunos em sua maioria foi bom e teve alunos que se
destacaram quanto à aprendizagem.
Qualquer dúvida surgida foi sanada pelos professores.
2.1.7 Avaliação
Os alunos foram avaliados de várias maneiras: atenção, dedicação,
comportamento, aprendizado, fatores psicológicos.
2.2 RELATOS DA INTERVENÇÃO
2.2.1 Primeiro Dia
Num primeiro momento, os alunos tiveram algumas dificuldades para
entenderem as fórmulas explicadas e só após a resolução de exercícios
conseguiram assimilar melhor o conteúdo.
2.2.2 Segundo Dia
Tendo em vista que o sistema operacional Linux não é muito conhecido pelos
alunos, neste segundo dia foi utilizado o laboratório de informática para proporcionar
o contato necessário para posterior utilização eficaz do mesmo.
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2.2.3 Terceiro Dia
Foram apresentados os programas que seriam necessários para a execução
das tarefas bem como a maneira de conseguí-los (baixá-los e instalá-los). Após
entender um pouco do Linux, os alunos não tiveram grandes dificuldades para baixar
os programas bem como suas possíveis dependências.
2.2.4 Quarto Dia
Após terem disponíveis os programas necessários, os alunos iniciaram as
atividades de programação das fórmulas na linguagem Fortran.
Houve algumas dificuldades quanto à atenção dos alunos. Muitos não
despendiam a devida atenção na demonstração dos códigos pelo professor e então,
ao programar as fórmulas, as mesmas não compilavam tendo em vista que
copiavam códigos errados.
Apesar disso, o aproveitamento se deu de forma satisfatória.
2.2.5 Quinto Dia
Posteriormente as resoluções das fórmulas juntamente com o professor,
foram repassados aos alunos exercícios para fixação do conteúdo e tendo em vista
o bom aproveitamento das aulas, este conseguiram resolver facilmente os
problemas propostos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a realização destas aulas mais dinâmicas, com a utilização do
laboratório de informática e outros recursos, os alunos conseguiram entender melhor
a física/fórmulas.
As aulas foram muito proveitosas, pois conseguiram melhorar as notas e,
além disso, começaram a se interessar mais pela matéria depois de verem que é
possível tornar a física mais divertida.
Os alunos, em sua grande maioria, tiveram bom aproveitamento, e alguns se
destacaram quanto a aprendizagem. Conseguiram entender muito bem a matéria e
até mesmo se interessaram não só pela física, mas por informática/programação.
Para a maioria dos alunos, estas aulas proporcionaram não só uma matéria
mais dinâmica, mas também o contato com um computador e o acesso a internet,
em se tratando de alunos pertencentes a famílias rurais de diversas cidades e
estados.
A partir deste estágio conclui-se que o uso da informática é importante para o
âmbito escolar, porém nem todos os educadores tem consciência disso. As aulas
seriam muito mais interessantes e proveitosas se todos os professores utilizassem
regularmente o laboratório de informática tendo em vista que o aluno de hoje já
nasce inserido no mundo das tecnologias e, portanto as aulas que contemplam o
uso desses recursos atraem o interesse do aluno proporcionando assim um maior
aprendizado.
Outro fator importante que foi constatado durante a realização deste estágio
quanto ao uso da informática na escola, é de que na maioria das vezes os
professores não utilizam as tecnologias por medo, ignorância, desinteresse ou até
mesmo por desprezo, mas se faz necessário que o professor atualize-se
constantemente, pois, ele deve pensar no que é melhor pro aluno e portanto deve
utilizar-se da informática para melhorar o aprendizado do mesmo.
19
REFERÊNCIAS
AMARAL, Mirian Abreu de Souza. A alfabetização e o letramento com apoio das
tecnologias de informação e comunicação. Disponível em:
<http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1725>. Acesso em: 26
jun. 2011.
DINIZ, Melissa. Formação para trabalhar com tecnologia: o grande desafio de
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2011.
FERREIRA, José Heleno. Integração: educação, tecnologia e sociedade. Disponível
em: <http://www.divinopolis.uemg.br/revista/revista-eletronica3/artigo6-3.htm>.
Acesso em: 06 jun. 2011.
JONASSEN, D.H. Computadores como ferramentas cognitivas. Porto: Porto
Editora, 2007.
MARCONI, Neusa Maria; PULGA, Roseli Vicente. O computador no processo de
ensino-aprendizagem: prática e atuação de professores. Disponível em:
<http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1735>. Acesso em: 27
jun. 2011.
MORAN, José Manuel; ALMEIDA, Maria Elizabeth Biancocini de. Integração das
tecnologias na educação. Brasília, 2005.
SANTOS, Márcia Rodrigues dos. Didática e uso das tecnologias de informação e
comunicação. Disponível em:
<http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1521>. Acesso em: 27
jun. 2011.
SILVA, Francisca Nilde G. da. Informática na educação: a utilização da informática como
recurso pedagógico nas séries iniciais. Disponível em:
<http://br.monografias.com/trabalhos3/informatica-educacao-recursopedagogico/informatica-educacao-recurso-pedagogico.shtml>. Acesso em: 06 jun. 2011.
SILVA, Maiara Barbosa Monteiro da. Informática no ambiente escolar. Disponível
em: <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1539>. Acesso
em: 27 jun. 2011.
TORNAGHI, Alberto José da Costa; PRADO, Maria Elisabette Brisola Brito;
ALMEIDA, Maria Elizabeth Biancocini de. Tecnologias da educação: ensinando e
aprendendo com as TIC: guia do cursista. 2 ed. Brasília: Secretaria de Educação a
Distância, 2010.
20
APÊNDICE
21
UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE
CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM INFORMÁTICA
KELLY ERZINGER
PROJETO DE ESTÁGIO
CAÇADOR
2011
22
KELLY ERZINGER
PROJETO DE ESTÁGIO
Projeto de Estágio Supervisionado em Pedagogia –
Estudos pedagógicos para complementação em
informática - apresentado à Universidade Alto Vale do
Rio do Peixe, Curso de Pedagogia, como prérequisito para aprovação da Disciplina de Estágio,
sob a orientação.
CAÇADOR
2011
23
SUMÁRIO
24
1.TEMA
Fórmulas de: Força (segunda Lei de Newton), Calor (Quantidade de calor),
Peso, Equação horária, Equação da velocidade, Lei de Hook, Lei de Ohm e
Resistência em série e posteriormente programá-las na linguagem Fortran.
25
2. JUSTIFICATIVA
Tendo em vista que na atualidade o uso do computador é corriqueiro no
cotidiano dos jovens, pretende-se utilizar este recurso para expor de uma forma
mais dinâmica as fórmulas supracitadas, entendendo que nem sempre a disciplina
de física é algo fácil para os alunos.
26
3. OBJETIVOS
3.1. OBJETIVO GERAL
Apresentar fórmulas de física e programá-las na linguagem Fortran.
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•
Apresentar as fórmulas a serem utilizada, explicar para que servem;
•
Apresentar o Sistema Operacional Linux e mostrar como deverá ser utilizado;
•
Apresentar os programas a serem utilizados;
•
Programar as fórmulas anteriormente estudadas;
•
Apresentar exercícios de fixação para sanar dúvidas.
27
4. REFERENCIAL TEÓRICO
Física é a ciência que estuda a natureza em seus aspectos mais gerais, se
ocupa dos componentes fundamentais do Universo, das forças que interagem entre
si e dos efeitos das ditas forças.
É uma ciência que se originou das reflexões dos primeiros filósofos gregos,
no século VI a.C. que perguntavam sobre a natureza do universo, ou seja, do que
era feito e como se transformava. A palavra grega para natureza é physis, e dela
devirou-se a palavra física (CALÇADA; SAMPAIO, 2005).
4.1 SEGUNDA LEI DE NEWTON
Segunda Lei de Newton: a mudança de movimento é proporcional à força
motora imprimida e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é
imprimida.
“Sendo → a resultante de todas as forças que atuam em um corpo, este deve
ter uma aceleração →, proporcional a →, isto é:
→=m•→
onde a constante de proporcionalidade m
é a massa do corpo” (CALÇADA;
SAMPAIO, 2005, p. 74).
4.2 CALOR ESPECÍFICO
O calor específico de qualquer substância é definido como a quantidade de
calor requerida para alterar a temperatura de uma unidade de massa da substância
em 1 grau.
Segundo CALÇADA; SAMPAIO (2005, p. 175),” em corpos constituídos de
um único material, a capacidade térmica é proporcional à massa do corpo
C=c•m
onde a constante de proporcionalidade c é uma característica do material, isto é,
para cada material teremos um valor de c. Essa constante é chamada de calor
específico do material”.
28
4.3 PESO
Um corpo abandonado próximo a superfície da Terra, cai com movimento
acelerado, então, se existe aceleração, deve haver força. Portanto, concluímos que
a Terra atrai o corpo, ou seja, a Terra exerce sobre o corpo uma força denominada
peso do corpo que é representada por →.
O peso tem a direção de uma reta que passa aproximadamente pelo centro
da Terra e sentido para o centro dela.
Abandonando-se um corpo de massa m acima da superfície terrestre, numa
região onde se fez vácuo, a força resultante sobre o corpo é o próprio peso
→. Assim, de acordo com a segunda Lei de Segunda Lei de Newton, temos
a seguinte correspondência:
→=m•→
onde → é a aceleração da gravidade (CALÇADA; SAMPAIO, 2005, p. 78)
4.4. EQUAÇÃO HORÁRIA
A Equação horária de um movimento mostra como o espaço varia com o
tempo.
Consideramos uma partícula em movimento uniforme, com velocidade escalar
v (positiva ou negativa). Suponhamos que: ao iniciarmos a contagem dos tempos (
= 0), a partícula tenha abscissa (ou espaço) ; essa abscissa será chamada de
abscissa inicial. Algum tempo depois, no instante t, a partícula terá abscissa s.
“Como o movimento é uniforme, a velocidade instantânea coincide com a
velocidade média num intervalo de tempo qualquer. Então, entre os instantes e t
temos (CALÇADA; SAMPAIO, 2005, p. 21):
=
∆
∆
=
Daí teríamos:
− = ou
= + Essa equação é denominada equação horária da dos espaços. Ela nos
fornece o espaço s num instante qualquer t”.
29
4.5 EQUAÇÃO DA VELOCIDADE
A equação da velocidade permite a determinação da velocidade com o tempo,
pode ser representada vetorialmente por:
Há que se considerar a direção da velocidade e da aceleração. Se ambas tem
o mesmo sentido e direção, estaremos tratando de um movimento uniformemente
acelerado, ou seja, a velocidade cresce uniformemente com o tempo t. Se as duas
tem sentidos contrários, dizemos ter um movimento uniformemente retardado, neste
caso, a velocidade decresce uniformemente com o tempo t.
Uma terceira grandeza física caracterizando o movimento é a força,
representativa da interação entre os corpos, ou agindo sobre os corpos, visto que as
forças externas atuantes são as causa em si do movimento.
4.6 LEI DE HOOKE
A lei
de
Hooke consiste
basicamente
na
consideração
de
que
uma mola possui uma constante elástica k. Esta constante é obedecida até um certo
limite, onde a deformação da mola em questão se torna permanente. Dentro do
limite onde a lei de Hooke é válida, a mola pode ser comprimida ou elongada,
retornando a uma mesma posição de equilíbrio.
Segundo CALÇADA; SAMPAIO (2005, p. 96): A constante k é chamada de
constante elástica da mola e sua unidade no SI é o newton por metro (N/m).
Sendo a mola alongada ou comprimida, vale a relação:
F=k•x
onde o valor de k é o mesmo tanto no alongamento como na compressão de uma
mesma mola.
4.7 LEI DE OHM
A lei de Ohm afirma que a corrente que passa através de um dispositivo é
proporcional à diferença de potencial, ou voltagem, através do dispositivo, e
inversamente proporcional à resistência do dispositivo.
30
O físico alemão George Simon Ohm usando um resistor metálico, mantido a
uma temperatura constante, verificou que o quociente entra a d.d.p. U e a
intensidade i da corrente elétrica era constante. Verificou ainda que diversos
materiais, em sua maioria metálicos, também apresentavam essa propriedade
(CALÇADA; SAMPAIO, 2005, p.313).
4.8 RESISTÊNCIA EM SÉRIE
Na resistência em série, todos os resistores são percorridos pela mesma
corrente elétrica. Os resistores estão ligados um em seguida do outro, existindo
apenas um caminho para a corrente elétrica.
Segundo CALÇADA; SAMPAIO (2005, p.317): um grupo de resistores está
associado em série quando seus elementos estiverem conectados de tal maneira
que sejam percorridos pela mesma corrente elétrica.
A tensão total U na associação é igual à soma das tensões parciais dos
resistores associados. Essa tensão total é fornecida pelo gerador.
A resistência equivalente da associação é igual à soma das resistências
associadas.
4.9. KATE
Kate (KDE Advanced Text Editor) é um editor de texto que permite programar,
compilar e executar vários programas ao mesmo tempo.
Segundo Watts (p. 01):
O Kate e o Editor de Texto Avançado do KDE. Também oferece o
componente de edição para vários aplicativos, sob o nome KWrite.
Algumas das varias funcionalidades do Kate incluem o realce de sintaxe
configurável para as linguagens que vão do C e C++ ate ao HTML,
passando por programas em 'bash', a capacidade de criar e manter
projetos, uma interface para vários documentos (MDI) e um emulador de
terminal embutido.
Alguns recursos que o Kate oferece:
•
Programação em várias linguagens;
•
Acesso ao editor e ao terminal;
•
É possível programar, compilar e executar com a maior facilidade;
•
Tem sintaxe colorida para cada linguagem.
31
4.10 FORTRAN
O Fortran (FORmula TRANslation) é uma linguagem de programação de alto
nível voltada para problemas que possam ser formulados matematicamente, em
particular nos campos da física, engenharia, estatística e da própria matemática.
O Fortran é uma linguagem simples cujo vocabulário consiste de um com
junto de palavras, conhecidas como “palavras-chave”. Um comando Fortran é uma
sentença escrita nesta linguagem. Um programa consiste numa seqüência de
comandos, cada um escrito numa linha (SANTANA, p.09).
4.1 SHELL
Shell é um programa que recebe, interpreta e executa comandos digitados
pelo usuário; ele faz a interação entre homem e máquina.
“Shell é o elo entre o usuário e o sistema. Imaginei-o como um intérprete
entre pessoas que falam línguas diferentes. Ele traduz os comandos digitados pelo
usuário para a linguagem usada pelo kernel (núcleo do sistema) e vice-versa”
(FARIAS, p. 08).
32
5. METODOLOGIA
5.1. PRIMEIRO DIA
Em sala de aula, mostrar e explicar as fórmulas que serão utilizadas.
5.2. SEGUNDO DIA
No laboratório de informática, apresentar o sistema operacional Linux, tendo
em vista que este não é muito conhecido pelos alunos.
5.3. TERCEIRO DIA
Apresentar os programas Kate, Shell e a linguagem de programação Fortran.
5.4. QUARTO DIA
Programar as fórmulas estudadas na primeira aula, utilizando os recursos já
citados.
5.5. QUINTO DIA
Apresentar exercícios para sanar dúvidas e fixar o conteúdo.
33
6. RECURSOS
Recursos Humanos
Acadêmico: Kelly Erzinger
Professor de física: André de Campos
Recursos Materiais
Materiais Permanentes
18 Computadores
Data-show
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7. CRONOGRAMA
Atividade
Março
Orientações
Contato
com Escola
Elab.Projeto
Estágio
Apresent.
Do relatório
Abril
X
Maio
X
X
Junho
X
X
X
Julho
35
8. AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados de várias maneiras: atenção, dedicação,
comportamento, aprendizado, fatores psicológicos.
36
REFERÊNCIAS
BARRETO, Márcio. Física: Newton para o ensino médio. 1 ed. São Paulo:
Papirus, 2002.
CALÇADA, Caio Sérgio; SAMPAIO, José Luiz. Física. 2 ed. São Paulo: Atual
Editora. 2005.
FARIAS, Paulo Cesar Bento Farias. Curso Essencial de Linux. 1 ed. São Paulo:
Digerati. 2007.
FRANCO, W.O. Espaço, tempo e interações (III). Disponível em
<http://fisicabr.org/mecanica/fis13.html>. Acesso em: 26 maio 2011.
HEWITT, Paulo G. Física Conceitual. 9 ed. São Paulo: Bookman. 2002.
KÍTOR, Glauber Luciano. Lei de Hook. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/fisica/lei-de-hooke/ >. Acesso em: 25 maio 2011.
KLEINBACH, Merlin; HENRICHS, Roger A. Energia e Meio Ambiente. Tradução da
4ª ed. Americana. São Paulo: CENGAGE LEARNING.
SANTANA, Carlos. Apostila de Fortran. Disponível em:
<http://www.fisica.uece.br/graduacao/caf/sites/default/files/Apostila%20Fortran.pdf>.
Acesso em: 30 maio 2011.
WATTS, Lauri. Ubuntu manuals. Disponível em:
<http://manpages.ubuntu.com/manpages/natty/pt_BR/man1/kate.1.html>. Acesso
em: 24 maio 2011.