Assembleia Municipal de 29 Junho 2010

Site Distrital da Guarda - Bloco de Esquerda
Assembleia Municipal de 29 Junho 2010
Enviado por BE- Guarda
07-Jul-2010
Actualizado em 08-Jul-2010
Ter
escravos não é nada, mas o que se torna intolerável é ter escravos
chamando-lhes cidadãos.
É
com esta citação de Diderot que iniciamos a nossa intervenção nesta Assembleia
Municipal de um mês de Junho na freguesia do Marmeleiro.
Para
os habitantes da freguesia vão as nossas saudações.
Pena
é que esta não seja uma Assembleia de comemoração.
Será
antes de contestação.
Pena
é que viver e trabalhar nesta ou noutra qualquer freguesia seja uma tragédia.
Não grega, de uma qualquer peça de teatro na forma
de drama, que se caracteriza pela sua seriedade e dignidade, envolvendo um
conflito entre uma personagem e um poder ou o destino ou a sociedade.
Mas real. Bem real.
Infelizmente,
o tão anunciado progresso tarda em aparecer. As notícias não são animadoras.
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Criado em: 1 October, 2016, 10:12
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Num recente estudo sobre desenvolvimento regional, acentuava-se
a crítica a um país cada vez mais macrocéfalo e que põe as cidades,
designadamente as do interior mais dependentes dos serviços públicos.
O centralismo "quase
genético" ganhou novo alento com a União Europeia e com a globalização,
alicerçado numa política regional ausente.
A grande
dificuldade destas áreas urbanas é sobreviver sem a dependência do investimento
público.
"Superconcentrado"
durante o Estado Novo, continua macrocéfalo. Não trava o despovoamento do
interior: é um país "dependente" dos serviços públicos para
sobreviver.
Pergunta-se:
para que servem as comissões de coordenação e desenvolvimento das regiões?
Coordenam o
quê?
Promovem o quê?
Promovem-se e
auto promovem-se com nomeações e mais nomeações.
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Criado em: 1 October, 2016, 10:12
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Até há pouco
tempo os presidentes das comissões de coordenação e desenvolvimento regionais
"eram eleitos pelos autarcas da área correspondente.
Agora passaram
as ser nomeados pelo Governo.
Lugares
políticos os tais jobs of the boys!!!
É precisamente
de investimento e público que falamos aqui mais uma vez.
Já se percebeu
que sem ele, sem investimento as cidades, os concelhos a região desaparecerá.
Seremos,
provavelmente, os últimos moicanos de uma reserva.
Fala-se na portagem das scuts. Esquece-se que
foi um ministro do PS, João Cravinho que disse, aquando do lançamento das
parcerias público privadas de construção das auto estradas que, imagine-se, o
investimento pagar-se-ia a ele próprio.
Enganou-se.
Pedem-nos 700 milhões de euros, por ano até, pasme-se 2037.
Depois vieram
com a conversa da treta, eleitoralista, que nenhuma região teria portagens
enquanto o seu desenvolvimento não atingisse a média nacional.
Quanto às Scut,
deverão permanecer como vias sem portagem enquanto se mantiverem as condições
que justificaram, em nome da coesão nacional e territorial, a sua
implementação, quer no que se refere aos indicadores de desenvolvimento
socioeconómico das regiões em causa, quer no que diz respeito às alternativas
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Criado em: 1 October, 2016, 10:12
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de oferta do sistema rodoviário, dizia-se no programa eleitoral do PS.
Mentiram. Agora
queriam os chips.
Para depois,
inventarem a trapalhada que querem fazer dos cidadãos que são pagadores e não moradores
e dos moradores que não são pagadores.
A confusão para
tudo se conseguir à custa de mais e mais taxas para dar ênfase ao célebre
slogan publicitário, do utilizador pagador.
Só que portagem
é sacanagem. Aqui, agora.
Para alguma coisa servem as
parcerias público privadas.
'CIDADÃOS TÊM DIREITO A CIRCULAR NO PAÍS': Manuel Frexes Pres.da Câmara
do Fundão
Também é um princípio universal que todos os cidadãos tenham o direito de
se deslocar no território nacional sem pagar portagem. Ora, se nós não temos
estradas alternativas às Scut, naturalmente que, enquanto elas não forem
feitas, estaremos isentos de pagar.
Depois, não satisfeitos com as
portagens alguém se lembrou de um hospital.
Não, não é um novo hospital.
Nada disso.
Nem tão pouco da ampliação e/ou
remodelação do actual hospital distrital da Guarda.
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Criado em: 1 October, 2016, 10:12
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Falamos de uma ideia de um
malabarista que exige um hospital central para a Covilhã.
Fundamentam tal teoria com o
facto de chamarem sua a uma faculdade de medicina que a principal condição
nessa altura colocada pela Guarda e por Castelo Branco para a sua viabilização
foi a de jamais a Covilhã se arrogar o direito de um dia lhe chamar sua.
Esquecem-se os promotores dessa
ilusão que a citada faculdade só funciona devido a competências existentes
noutras cidades.
A Covilhã sabe do que quer e
como a quer,
Sabe como consegui-lo.
Desenganem –se os mais optimistas.
A Covilhã tudo fará para
conseguir o hospital central.
Tem argumentos e principalmente
saberes persuasores para convencer quem manda.
A megalomania de Carlos Pinto é
compreensível. Tudo lhe é dado e oferecido.
Veja-se o caso das verbas do PIDDAC
que ultrapassaram e muito as dotações conseguidas a todas as cidades vizinhas.
E porque falámos em verbas que
dizer dos constrangimentos orçamentais impostos às autarquias pelo PEC que, só
no concelho da Guarda vai determinar uma redução de 4% nas verbas previstas no
OE.
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Criado em: 1 October, 2016, 10:12
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Uma perda para a autarquia no
valor de 564 mil euros.
Pergunta-se: em que áreas vai a
câmara diminuir a sua actividade face aos cortes?
Espera-se e deseja-se que não
seja nos apoios sociais, na educação e noutras rubricas tão importantes ao
concelho.
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Criado em: 1 October, 2016, 10:12