Programa para prevenção de ATs com perfurocortantes

Transcrição

Programa para prevenção de ATs com perfurocortantes
Programa para prevenção de ATs
com perfurocortantes
Érica Lui Reinhardt
Pesquisadora - Fundacentro
Ambiente Ocupacional Saudável
Respeito
Programas integrados
PPRA, PCMSO, PGRSS...
Visão holística do serviço de saúde
conhecimento da realidade do serviço
ações sistêmicas e não só ações pontuais
posição proativa e não reativa somente
2
Diretrizes no uso de perfurocortantes
Conhecer a realidade do serviço
Identificar as situações de risco para ATs: circunstâncias,
categorias, materiais implicados, setores, etc
Identificar padrões de ocorrência e tendências
Avaliar as estratégias de prevenção existentes
Comparar os dados entre instituições
Intervenção no ambiente de trabalho: hierarquia de
controles
Eliminação do risco
Controles de engenharia e administrativos
Controle nas práticas de trabalho e EPIs
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Análise do Cenário Inicial
Registro, notificação e investigação de ATs e
situações de risco
Protocolo e formulário de notificação de ATs e
situações de risco
Procedimentos de registro de ATs e situações de
risco
Procedimentos de investigação de ATs e situações
de risco
mapas ou fluxogramas de processo, diagramas
espinha de peixe, diagramas de afinidade, análise de
causa raiz
4
Análise do Cenário Inicial
Panorama de como os acidentes estão ocorrendo
Quais funções e categorias ocupacionais sofrem ATs mais
frequentemente?
Onde esses acidentes ocorrem com maior frequência?
Quais são os principais perfurocortantes envolvidos?
Quais circunstâncias ou procedimentos contribuem para a
ocorrência de acidentes com perfurocortantes?
Quais acidentes possuem maior risco de transmissão de um
patógeno veiculado pelo sangue?
Há outros fatores de risco importantes?
5
Análise do Cenário Inicial
Análise dos dados sobre ATs com perfurocortantes da
instituição
Levantamento dos dados
Análise de dados
tabelas de frequência, tabulação cruzada
Cálculo das taxas de incidência
gerais para a instituição e específicas por função, setor,
etc
Gráficos ou cartas de controle para monitoramento
Comparação com outras instituições
6
Acidentes por Ocupação
Rapparini & Reinhardt, 2010
7
Acidentes por Setor
Rapparini & Reinhardt, 2010
8
Acidentes por Circunstância
Rapparini & Reinhardt, 2010
9
Acidentes em tarefas e situações
Atividade/situação
Ocorrências
% aproximadas
Ação inadequada no procedimento
12
25
Durante o procedimento
11
23
Descarte inadequado por outro
9
19
Movimento inesperado do paciente
6
12,5
Auxiliando procedimento
4
8
Posicionamento no paciente
2
4
No descarte
2
4
Após o procedimento
1
2
Outro
1
2
Total
48
100
Descrição de ATs pelos trabalhadores do HU-USP em São Paulo em 2001
Fonte: Balsamo AC, Felli VEA (2006) Rev. Latino-Am. Enfermagem 14 (3): 346-353
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Perfurocortantes envolvidos
11
Risco de AT por perfurocortante
12
Análise do Cenário Inicial
Panorama das atuais estratégias de prevenção
A instituição implementou ações para diminuir o uso
desnecessário de perfurocortantes? Se sim, como?
Quais perfurocortantes com dispositivo de segurança foram
implementados?
Há uma lista de práticas para prevenir ATs?
Quais meios e ferramentas de comunicação foram usados
para promover o manuseio seguro de perfurocortantes?
Há uma política/procedimento para determinar a localização
adequada dos coletores?
Quem é o responsável por recolher/substituir estes coletores?
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Hierarquia de Controles
Eliminação do risco
Uso de sistemas de administração IV sem agulhas ou
sem acesso a elas
Eliminação de materiais perfurocortantes nos
procedimentos, quando viável
Eliminação de procedimentos desnecessários
necessidade real do procedimento
fazer uma coleta única para vários exames
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Hierarquia de Controles
Controles de engenharia e administrativos
Controles de engenharia
perfurocortantes com dispositivos de segurança
capacitação
coletores de descarte
Controles administrativos
aspectos físicos do ambiente de trabalho
organização do trabalho e aspectos psicossociais
demonstração do comprometimento com a segurança
gestão do conjunto das medidas implantadas
capacitação
15
Dispositivos de segurança
Dispositivos de segurança são apenas um item
entre os vários itens e medidas que devem ser
implantados
Talvez não sejam alcançados os resultados
almejados se eles forem utilizados isoladamente
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Coletores de Descarte
Rígidos, resistentes à ruptura, punctura e
vazamento, com tampa como parte integral,
devidamente identificados
NBR 13853/1997
material compatível com os padrões de qualidade
ambiental, sem halogenados e poliuretanos
Localização próxima ao ponto de geração
Limite máximo de enchimento 5 cm abaixo do
bocal
Em suporte exclusivo e em altura que possibilite
visualização do bocal
Proibido esvaziamento ou reaproveitamento
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Controles Administrativos
Aspectos físicos do ambiente de trabalho
Materiais acessíveis, em quantidade suficiente, bem
distribuídos e sinalizados: EPIs e materiais de trabalho
Instalações favoráveis ao uso seguro de perfurocortantes:
circulação, adequação e disposição de móveis, iluminação
Organização do trabalho e aspectos psicossociais
Tempo e sobrecarga
Divisão adequada das tarefas
Comunicação e relacionamento entre os membros das
equipes de trabalho e com os superiores
equipes e locais adequados para notificação dos ATs e
acolhimento do trabalhador acidentado
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Comprometimento com a Segurança
Inclusão da segurança na missão e políticas do serviço
Envolvimento da gestão nos programas de segurança
Garantir boa posição e reconhecimento para os
responsáveis pelos programas
Campanhas e divulgação constante sobre o assunto
Ênfase em reconhecer e premiar o desempenho individual
seguro ao invés de só empregar medidas punitivas
Participação do trabalhador no planejamento do programa
influência das opiniões e crenças dos colegas
situar as práticas no contexto específico
Promoção do comprometimento e da responsabilidade de
cada pessoa com a segurança
termo de compromisso com a segurança
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Capacitação
Tópicos considerados relevantes pelos
trabalhadores
Conhecimento prático
Conteúdo deve refletir as experiências pessoais
Envolvimento ativo no processo de aprendizado
Respeito aos trabalhadores
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Capacitação
Descrição dos acidentes notificados pelos
trabalhadores
quantidade; ocupações/funções, perfurocortantes e
procedimentos envolvidos; circunstâncias mais frequentes
Informações sobre a hierarquia de controles
Capacitação sobre as precauções padrão
Ações administrativas desenvolvidas no programa
responsáveis pelo desenvolvimento do programa
procedimentos de registro e notificação
iniciativas para estimular a adesão às medidas de segurança
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Controle nas Práticas de Trabalho
Estimular e exigir a completa adesão às precauções padrão
monitorar essa adesão
divulgar resultados da eficácia da adoção das medidas
Estimular a adesão à vacinação contra hepatite B
Estimular e exigir que comuniquem todo e qualquer AT, mesmo
sem afastamento ou se o paciente for negativo
divulgar os resultados do monitoramento dos ATs
Realizar a vigilância de saúde e estimular que prossigam no
tratamento pós-exposição
acompanhar a adesão ao tratamento
Fornecer EPIs e calçados fechados apropriados e confortáveis
monitorar o uso adequado
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Precauções Padrão
Para transmissão a partir do sangue e outros fluidos,
secreções e excretas
No atendimento a todos pacientes
Lavagem freqüente das mãos, mesmo usando luvas
Uso de EPIs e aventais adequados, íntegros e limpos
Manuseio seguro de equipamentos e perfurocortantes
Limpeza, desinfecção e esterilização adequados
Descarte adequado e manuseio seguro de tecidos sujos com
sangue
Quando necessário, isolamento de pacientes
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NR 32 e as Precauções Padrão
Quarto Privativo: quando necessário
Perfurocortantes: manuseio mais seguro
proibidos o reencape e a desconexão de agulhas (item
32.2.4.15)
descarte: responsabilidade de quem usou (item 32.2.4.14)
e próximo à fonte geradora (item 32.5.3)
recipiente de descarte apropriado (item 32.5.3), limite
para enchimento (item 32.5.3.2), localização em suporte e
visualização (item 32.5.3.2.1)
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NR 32 e as Precauções Padrão
Feridas e lesões em mãos e braços: liberação após
avaliação médica (item 32.2.4.4)
Lavagem freqüente das mãos
Anexo IV da Portaria 2.616/MS/GM de 1998
em lavatório exclusivo (itens 32.2.4.3 e 32.2.4.3.1)
antes e depois do uso de luvas (item 32.2.4.3.2)
Luvas, respirador, óculos ou protetor facial (item
32.2.4.7): quando necessários
Avental, outras vestimentas (32.2.4.6 – item e subitens):
limpos; retirar quando sujo
conforto, fornecimento, armários e vestiários,
higienização
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NR 32 e as Precauções Padrão
Artigos e equipamentos de assistência ao paciente: limpeza e
desinfecção (item 32.2.4.8, alínea a)
Controle do ambiente: limpeza e desinfecção (item 32.2.4.1 –
medidas de proteção; 32.2.4.13 – item e subitem: colchões; item
32.5 e subitens – resíduos; item 32.8 e subitens – limpeza e
conservação)
uso de pias, fumo, adornos, lentes de contato, alimentos,
bebidas e calçados (item 32.2.4.5)
Roupas e tecidos sujos: invólucros e recipientes de forma a
prevenir a exposição na manipulação e transporte (item
32.2.4.8, alínea b); especificações de lavanderias (item 32.7 e
subitens)
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Gestão do Conjunto de Medidas
Competência e
capacitação
Monitoramento
e medição do
desempenho
Participação
Prestação de
contas
Documentação
Infraestrutura
e materiais
Vigilância em
saúde
Recursos
financeiros
Comunicação
Fonte:
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/CTN/seleciona_livro.asp?Cod=218
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Prioridades de Intervenção
ATs com maior risco de transmissão
Procedimentos ou situações com maior frequência
de ATs
Problemas ou situações específicas que
contribuem para alta ocorrência de ATs
Melhorias nos processos do programa
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Planos de Ação
Planos para reduzir ATs
Estabelecer metas para redução de acidentes
Especificar quais intervenções serão usadas
Identificar indicadores de desempenho
Estabelecer cronogramas e definir responsabilidades
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Planos de Ação
Planos para melhorar o desempenho do programa
Listar as prioridades de melhoria, identificadas na
avaliação inicial
Especificar quais intervenções serão usadas
Identificar indicadores de desempenho
Estabelecer cronogramas e definir responsabilidades
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Monitoramento do Programa
Implantação de planos de ação para
monitoramento
Desenvolver um checklist das ações
Criar e monitorar um cronograma de
implementação
Revisar de forma periódica o cronograma para
avaliar as melhorias do desempenho do programa
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Manual – ATs com Perfurocortantes
Programa de prevenção alinhado com sistema de
gestão
Manual de implementação: programa de prevenção
de acidentes com materiais perfurocortantes em
serviços de saúde
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/CTN/sele
ciona_livro.asp?Cod=251
www.riscobiologico.org
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