a duke energy - Global Reporting Initiative
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a duke energy - Global Reporting Initiative
O RI LA TÓ RE DE E AD LID Y BI TA EN ST SU G D EN U ER KE G UK R 14 20 UHE Salto Grande 2 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 ÍNDICE 4 SOBRE O RELATÓRIO 8 A DUKE ENERGY Principais indicadores 12 MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO 14 ESTRATÉGIA CORPORATIVA 18 EXCELÊNCIA EM GESTÃO 19 Relacionamento com partes interessadas 21 GOVERNANÇA CORPORATIVA 23 Comportamento ético 25 Gestão de riscos 27 DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO 32 EXCELÊNCIA OPERACIONAL 36COMERCIALIZAÇÃO 38Clientes 40CRESCIMENTO 41 Pesquisa & Desenvolvimento CAPITAL HUMANO 53 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 54Sociedade 59Fornecedores 60 Meio ambiente 66 ÍNDICE DE CONTEÚDO GRI G4 73 BALANÇO SOCIAL IBASE 75 INFORMAÇÕES CORPORATIVAS 3 SOBRE O RELATÓRIO Pelo terceiro ano consecutivo, a Duke Energy International Geração Paranapanema S.A. apresenta seu Relatório de Sustentabilidade, que compreende informações do desempenho econômico, social e ambiental referentes ao período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2014, com abrangência sobre as oito usinas hidrelétricas operadas pela companhia ao longo do Rio Paranapanema, no Estado de São Paulo. |GRI G4-28, G4-30| Destinado a promover a transparência sobre suas atividades com seus públicos de relacionamento, o documento segue as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), um padrão de indicadores de monitoramento e gestão de impactos adotado por diferentes setores empresariais e organizações não governamentais em todo o mundo. Nesta edição, o relatório segue as diretrizes da geração 4 da GRI (GRI G4), cuja premissa é abordar os aspectos mais relevantes e de maior impacto para a companhia e seus stakeholders. Os dados financeiros seguem as normas internacionais de contabilidade International Financial Reporting Standards (IFRS) e as demonstrações financeiras do exercício passaram por auditoria da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. Os indicadores socioambientais foram levantados internamente, seguindo normas brasileiras nos aspectos de relações trabalhistas e saúde e segurança e a metodologia do GHG (Greenhouse Gas) Protocol para os dados de emissões atmosféricas. Todas as informações referem-se exclusivamente à Duke Energy International Geração Paranapanema S.A. |GRI G4-33, G4-17| 4 Materialidade e limites |GRI G4-18| Para garantir um conteúdo representativo, a Duke desenvolveu o relatório de acordo com os temas mais relevantes na percepção de seus principais stakeholders. O processo de definição de aspectos materiais e estruturação de conteúdo, realizado por consultoria externa, contou com quatro etapas: identificação de temas, priorização, validação e análise. Por meio de consulta a diversas fontes – canal Fale Conosco da Duke, relatórios de sustentabilidade do setor e RepRisk, ferramenta utilizada para a identificação de riscos socioambientais das empresas candidatas ao Dow Jones Sustainability Index, entre outras – foram levantados diversos temas, agrupados posteriormente por aspectos. Na etapa de priorização, foi considerada a importância dos impactos para o negócio e para os stakeholders, por meio do engajamento de seus públicos de interesse. Foram consultadas 114 pessoas, entre representantes de comunidade local, entidades de classe, ONGs, funcionários, prestadores de serviço, diretores/gerentes, acionistas, clientes, órgão regulador, entidade setorial e associação de classe. DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 MATRIZ DE MATERIALIDADE |GRI G4-19| MAIS IMPORTANTE IMPORTÂNCIA PARA OS STAKEHOLDERS ECONÔMICO AMBIENTAL SOCIAL EFLUENTES E RESÍDUOS ÁGUA IMPACTOS ÀS COMUNIDADES SAÚDE E SEGURANÇA CORRUPÇÃO DISPONIBILIADE DE ENERGIA MUDANÇAS CLIMÁTICAS FUNCIONÁRIOS E CONDIÇÕES DE TRABALHO RELACIONAMENTO COM A SOCIEDADE SATISFAÇÃO DO CLIENTE CONFORMIDADE MENOR IMPACTO MAIOR IMPACTO MENOR IMPACTO NO NEGÓCIO DA DUKE ENERGY LIMITES DOS TEMAS MATERIAIS |GRI G4-27| Os aspectos foram alocados aos temas estratégicos da companhia: Excelência Operacional; Excelência em Gestão; Desenvolvimento do Capital Humano; Comercialização; Responsabilidade Socioambiental e Crescimento. Pilares estratégicos Aspecto |GRI G4-19| Impacto dentro da Duke Energy |GRI G4-20| Impacto fora da Duke Energy |GRI G4-21| Conteúdos GRI relacionados Excelência em Gestão Relacionamento com a sociedade Todos os negócios Todos os stakeholders G4-48, G4-SO11, G4-PR7 Corrupção Todos os negócios Governo, funcionários G4-SO3, G4-SO4, G4-SO5 Excelência Operacional Conformidade Todos os negócios Comunidades, funcionários, governo G4-SO8, G4-EN29 Efluentes e resíduos Todos os negócios Todos os stakeholders G4-EN22, G4-EN23, G4-EN26 Saúde e Segurança Todos os negócios Funcionários, parceiros e sociedade G4-LA5, G4-LA6, G4-LA7 Confiabilidade de energia Comercialização Clientes, governo EU6, EU8, EU10 Comercialização Satisfação do cliente Comercialização Clientes G4-9, G4-PR5 Desenvolvimento de Capital Humano Funcionários e Condições de Trabalho Todos os negócios Funcionários G4-LA1, G4-LA3, G4-LA4, G4-LA9, G4-LA10, G4-LA11, EU14 Responsabilidade Socioambiental Impactos às comunidades Todos os negócios Comunidades locais G4-SO1, G4-SO2, G4-EC7, G4-EC8 Água: qualidade, disponibilidade Todos os negócios Comunidades locais e governo G4-EN8, G4-EN9, G4-EN10 Mudanças climáticas Todos os negócios Todos os stakeholders G4- EN15, G4-EN16, G4-EN17, G4-EN18, G4-EN19, G4-EC2 5 Missão |GRI G4-56| Oferecer energia acessível, confiável e cada vez mais limpa, de forma segura, sustentável e em tempo integral para nossos clientes. Apoiar carreiras promissoras e significativas para nossos empregados. Promover saúde e desenvolvimento às nossas comunidades. Norteadores comuns a todas as empresas controladas pela Duke Energy Corporation no mundo, a missão e os valores corporativos, estabelecidos pela matriz nos Estados Unidos e divulgados internamente, orientam as relações institucionais e comerciais mantidas por empregados e representantes da companhia e os objetivos estratégicos definidos localmente. 6 Entregar resultados de alta qualidade aos nossos investidores e outras partes interessadas. DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Valores Segurança A segurança de nossos companheiros de equipe e de todas as pessoas é a nossa maior prioridade. Integridade Nosso comportamento é ético e a confiança é o núcleo principal dos nossos relacionamentos. Responsabilidade Fazemos o que falamos e assumimos tudo o que fazemos. Respeito Quando respeitamos uns aos outros, ouvimos atenta e abertamente a opinião de cada pessoa e apoiamos seus pontos fortes. Comunicação Comunicamos de forma clara, frequente e aberta e trabalhamos muito para garantir que cada voz seja ouvida. Inclusão Respeitamos nossas diferenças e aprendemos com elas. Trabalho em equipe Formamos um time que trabalha de forma eficiente. 7 A DUKE ENERGY A Duke Energy International Geração Paranapanema S.A. atua na geração e comercialização de energia elétrica, e administra oito usinas hidrelétricas (UHEs) instaladas no Rio Paranapanema, no Estado de São Paulo e Paraná, que juntas somam 2.241,3 MW de capacidade total instalada. Sociedade por ações, é subsidiária e principal investimento internacional da Duke Energy Corp, uma das maiores companhias energéticas dos Estados Unidos. |GRI G4-3, G4-4, G4-6, G4-7, EU1| No encerramento de 2014, empregava 405 pessoas, sendo 322 colaboradores próprios, 75 contratados de terceiros e oito estagiários. No ano, gerou 11.195 GWh de energia, comercializados com distribuidoras de energia e clientes do mercado livre instalados em diferentes regiões do Brasil. |GRI G4-8, G4-9, EU2| Ratings As usinas são operadas a partir de dois contratos de concessão assinados com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O primeiro corresponde às UHEs Jurumirim, Chavantes, Salto Grande, Capivara, Taquaruçu e Rosana e tem prazo de 30 anos, a ser encerrado em 2029. Já as usinas Canoas I e Canoas II, operadas em sistema de consórcio com a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), têm prazo de 35 anos (encerramento em 2033). A CBA detém 50,3% de capacidade instalada, equivalente a 53,8 MW médios. Devido à localização privilegiada, a capacidade total de armazenamento de energia nos reservatórios das oito usinas representa cerca de 6% do subsistema Sudeste/Centro-Oeste. Mesmo com o cenário e desempenho desfavoráveis, as agências de classificação de risco Standard & Poor’s e Moody’s reafirmaram os ratings da Duke Energy como investment grade (grau de investimento), com base na solidez da estrutura de capital e das métricas de crédito, no baixo nível de endividamento e na estabilidade da geração de caixa. A companhia obteve o grau de investimento Aaa.br da Moody’s Investors Service e sustentou a mesma classificação brAAA já obtida da Standard & Poor’s. RATING DE CRÉDITO CORPORATIVO Escala Global Escala Nacional 8 Agência Rating Perspectiva Data de referência Standard & Poor’s BBB- Estável 22/12/2014 Moody’s Baa3 Estável 11/04/2014 Standard & Poor’s brAAA Estável 22/12/2014 Moody’s Aaa.br Estável 11/04/2014 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Destaques de 2014 |GRI G4-9, EU1, EU2, EU30| TOTAL 405 322 Pessoas Empregados próprios 75 Contratados de terceiros 11.195 GWh 2.241,3 MW Capacidade total instalada gerados 91,45% de disponibilidade de geração R$ 1.375 milhões de receita operacional bruta 8 Estagiários 1.008,8 MW médios disponíveis para comercialização 92,3% de garantia física contratada R$ 286 milhões de lucro líquido 9 Prêmios e reconhecimentos 2014 Great Place to Work Pelo décimo ano consecutivo, a Duke Energy esteve entre as 30 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, de acordo com a pesquisa conduzida pelo Instituto Great Place to Work em parceria com a revista Época. Com base na avaliação da percepção de funcionários, clima organizacional e políticas de Recursos Humanos, a companhia conquistou a 6ª colocação na categoria Médias e Pequenas Empresas Multinacionais (100 a 999 empregados). 50 Melhores Empresas Psicologicamente Saudáveis Mais uma vez, a Duke Energy foi destacada no ranking promovido pela revista Gestão RH, em reconhecimento às práticas que proporcionam um bom nível de qualidade de vida aos empregados. 100+ Inovadoras no Uso de TI Prêmio Benchmarking Ambiental Brasil 2014 A Duke Energy conquistou a 6ª colocação na categoria “Médias e Pequenas Empresas Multinacionais” entre as melhores empresas para se trabalhar no Brasil Os projetos Circuito de Educação Ambiental e Gibi – A Reprodução dos Peixes foram classificados na 7ª e 16ª posições, respectivamente, pelo prêmio que reconhece as melhores iniciativas de gestão socioambiental do Brasil. Pela 12ª vez, a Duke Energy compôs o ranking do estudo, que é o principal reconhecimento da aplicabilidade da tecnologia em inovação empresarial. Prêmio TOP de Marketing 2014 Com o case Guia do Cliente Livre, a empresa foi contemplada com o prêmio promovido pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVBSP), na categoria Ação de Marketing. O case contempla um aplicativo móvel que visa fornecer informações básicas e necessárias aos processos decisórios das empresas. 10 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Principais indicadores |GRI G4-9| 2012 2013 2014 Variação 2013/2014 1.103.168 1.216.036 1.222.998 0,6% Resultado operacional 441.723 595.097 395.117 -33,6% EBITDA 767.991 913.664 703.697 -23,0% Lucro líquido 324.648 418.251 285.578 -31,7% Dívida bruta 950.163 1.111.133 1.195.937 7,6% Dívida líquida 780.611 499.463 1.054.546 111,1% 1,02 0,55 1,50 172,7% Ativos totais 4.174.371 4.510.311 3.843.843 -14,8% Patrimônio líquido 2.467.554 2.423.270 1.869.566 -22,8% Margem EBITDA 69,60% 75,10% 57,50% -23% Margem líquida 29,40% 34,40% 23,40% -32% 12.469,88 12.650,00 11.195 -12% 311 314 322 2,5% 9 10 8 -20,0% Investimentos em meio ambiente (R$ mil) 3.558 3.946 4.023 2,0% Investimento social externo (R$ mil) 3.633 3.605 4.057 12,5% Econômico-financeiros (R$ mil) Receita operacional líquida Dívida líquida/EBITDA (vezes) Margens Operacionais Energia gerada (GWh) Socioambientais Número de colaboradores próprios Número de estagiários 11 MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO O ano de 2014 ficará na memória como um dos mais difíceis para o setor elétrico brasileiro e exemplo de como a Duke preparou-se para enfrentar cenários desafiadores. O período foi marcado por uma das piores secas registradas no Brasil, o que determinou restrições de geração hidráulica, a principal fonte de energia elétrica do país. Essa condição foi agravada pelas consequências das mudanças regulatórias iniciadas no final de 2012, desencadeando uma crise financeira que chegou a colocar em risco a sobrevivência de algumas empresas do setor. Mesmo que nossa bacia hidrográfica tenha sido menos afetada, porque recebe contribuições de regimes hidrológicos do Sul e do Sudeste, a característica do sistema de geração brasileiro de operar como um condomínio significou que todas as geradoras foram igualmente impactadas. Em todos os meses de 2014, a geração do Sistema Interligado Nacional (SIN) ficou abaixo da garantia física das hidrelétricas, com GSF (Generation Scaling Factor) inferior a 1. Para nós, na Duke, esse fator não correspondeu à perda de receita, que evoluiu 1,5%, para R$ 1,4 bilhão, mas em outras geradoras significou importante impactos nos resultados. Nosso desempenho reflete medidas conservadoras adotadas previamente, pois já vislumbrávamos o cenário negativo de 2014. Assim, diminuímos o volume de energia contratada para termos mais flexibilidade no enfrentamento de volatilidades típicas de momentos de crise. O alto Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) que vigorou durante o ano, chegando ao máximo de R$ 822,83/MWh, mostrou o acerto da estratégia de reduzir nossa exposição ao mercado. Se tivéssemos comprometido toda nossa energia em contratos prévios, seríamos obrigados a comprar a esse preço mais alto para entregar aos clientes. Apesar da medida que permitiu mitigarmos o impacto da crise, ainda assim sofremos uma redução de 32% em nosso lucro líquido, que totalizou R$ 286 milhões. Como boa notícia em meio à crise, nossos contratos bilaterais 12 |GRI G4-1, G4-2| apresentaram inadimplência zero, reflexo de uma boa carteira de clientes e desempenho a comemorar em um ambiente de negócios tão desafiador. Tivemos ainda uma queda na geração de caixa, com EBITDA de R$ 704 milhões, o que significa uma redução de 23% sobre 2013. No entanto, nossos ratings de crédito foram mantidos no nível Triple A. Essa condição possibilitou realizarmos uma emissão de debêntures no valor de R$ 479 milhões, a taxas extremamente competitivas, de CDI + 0,89% ao ano e IPCA + 7,01% ao ano, com demanda superior à oferta inicial. Esses recursos foram utilizados para alongamento de perfil e redução de custos de endividamento. “Mantivemos firme nossa estratégia amparada em seis conjuntos de iniciativas, com metas consensadas em toda a companhia.” Mantivemos firme nossa estratégia amparada em seis conjuntos de iniciativas – excelência em gestão e operacional, comercialização, crescimento, desenvolvimento de capital humano e responsabilidade socioambiental – com metas condensadas em toda a companhia. Como avanço, em 2014, definimos ajustes, correções necessárias e estabelecemos métricas referentes a cada objetivo em uma visão de longo prazo, entendendo a sustentabilidade como um aspecto que faz parte de todas essas frentes. Dirigimos nosso foco para a qualidade da gestão. Demos continuidade à repotenciação da Usina de Chavantes, que inclui a substituição das turbinas, o que possibilitará maior rendimento e aumento da energia disponível no sistema. O foco na excelência DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 operacional levou a um alto desempenho dos nossos equipamentos, com disponibilidade de 91,45%. A gestão dos nossos recursos humanos garantiu o sexto lugar no Great Place to Work. Pelo décimo ano consecutivo, a Duke está entre as melhores empresas para trabalhar no Brasil, de forma alinhada aos nossos objetivos estratégicos de engajar os empregados e manter um alto índice de clima organizacional. Avançamos também em nosso relacionamento com as comunidades. Desenvolvemos 247 iniciativas voltadas à população de 74 municípios, impactando positivamente cerca de 80 mil pessoas. Isso representa uma atuação em 96% de nossa área de influência na Região do Paranapanema. Ainda em 2014, a nossa Usina de Salto Grande recebeu o selo ABNT NBR 16001:2012 – Gestão da Responsabilidade Social – de forma pioneira no setor de geração, no escopo de processos de operação, manutenção e administração para a geração de energia elétrica. Esta ação evidencia o compromisso para que nossos processos sejam executados em conformidade com os mais elevados padrões de gestão. aprofundamento da crise, inclusive com medidas de restrição da demanda para que possa haver um equilíbrio na oferta de energia em decorrência de continuidade de seca. Mas o cenário de médio e longo prazo é favorável para o crescimento e, na Duke Energy, reunimos condições diferenciadas para capturar essas oportunidades. Sinergia será a palavra-chave do ano. Temos cerca de 2,3 GW de capacidade instalada e oito usinas para gerir, um portfólio extremamente saudável. E contamos com uma robusta carteira de clientes e uma equipe excepcional de profissionais, comprometidos em construir resultados que signifiquem criação de valor sustentável para nossos acionistas e toda a sociedade. Armando de Azevedo Henriques Presidente O ano também foi de comemoração. Celebramos 15 anos do início das operações da Duke Energy no Brasil durante um encontro de negócios que bateu recorde de público, com a presença de cerca de 550 pessoas, entre clientes, prospects, parceiros de negócios e profissionais do setor elétrico, para uma reflexão sobre o cenário político, econômico e setorial comandada pelo apresentador Jô Soares. O aniversário de 15 anos também foi celebrado com o lançamento de um livro que reuniu 15 formadores de opinião do país, discorrendo sobre 15 temas relevantes do atual cenário brasileiro, entre eles a jornalista Lucia Hippolito, o repórter Maurício Kubrusly, a filósofa Viviane Mosé, o astronauta Marcos Pontes e o ex-piloto Emerson Fittipaldi. Na visão de curto prazo, a perspectiva de 2015 é de um ano ainda mais difícil para o setor elétrico brasileiro. Continuamos preparados para enfrentar um 13 ESTRATÉGIA CORPORATIVA Para prover o desenvolvimento contínuo e a perenidade dos negócios, a Duke Energy conta com uma sólida gestão estratégica, ilustrada pela imagem de um cubo em que cada um de seus lados representa um vetor essencial para a sustentabilidade da empresa: excelência operacional, comercialização, excelência em gestão, desenvolvimento de capital humano, responsabilidade socioambiental e crescimento. A estratégia considera os riscos inerentes do negócio, a visão dos stakeholders e o ambiente em que a empresa está inserida, abrangendo fatores regulatórios, socioculturais, macroeconômicos e tecnológicos. Adicionalmente, a responsabilidade socioambiental é integrada à estratégia e à todas as diretrizes que orientam a gestão na empresa.|GRI G4-2, G4-DMA| A estratégia considera os riscos inerentes ao negócio, a visão dos stakeholders e o ambiente em que a empresa está inserida. UHE Jurimirim 14 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Pilares estratégicos 1 Maximizar o valor para o acionista e gerenciar proativamente os processos, os riscos corporativos e os recursos com eficiência, integridade, ética e transparência. OBJETIVOS nn nn nn nn nn Fortalecer relacionamento com partes interessadas – CVM, acionistas, agências de rating, bancos, clientes, fornecedores, colaboradores, comunidades, entre outros. Gerenciar e proteger os ativos preservando seus valores, bem como os recursos financeiros e conformidades. Aumentar a eficiência dos processos aprimorando os controles internos e atendendo às partes interessadas. Gerar informações relevantes, acuradas e oportunas (em prazos adequados) para tomada de decisões. Preservar o padrão elevado de ética e gerenciar proativamente os riscos corporativos. AVANÇOS EM 2014 nn nn nn nn nn nn nn 2 EXCELÊNCIA EM GESTÃO Engajamento formal com as partes interessadas, que resultou no levantamento dos principais temas relevantes. Índice de Gestão com Sustentabilidade de 63% (meta 75%). Índice de Gestão de Ativos de 33% (meta 100%). Índice de Gestão de processos de 63% (meta 100%). Índice de gestão de Melhores Práticas de 75% (meta 80%). Índice de Compliance de 100% (meta 99%). Índice de Gestão de Riscos 89% (meta 90%). EXCELÊNCIA OPERACIONAL Operar nossas usinas com excelência e segurança, respeitando todos os requisitos regulatórios e condicionantes ambientais. OBJETIVOS nn Garantir disponibilidade dos ativos físicos. nn Otimizar a geração por meio do melhor uso da água. nn Implantar projetos para maximizar valor e gerenciar riscos. nn Garantir o cumprimento das diretrizes regulatórias, operativas e de meio ambiente – projetos e procedimentos. nn Alcançar uma cultura de zero lesão e ter uma equipe de trabalho saudável. AVANÇOS EM 2014 nn Índice de disponibilidade de 91,45%, acima da meta de 91%. nn Atendimento de Condicionantes Ambientais 100% (meta 100%). nn Cumprimento da meta de TICR (taxa total de acidentes) em 0,27% para empregados e 0,83% contratados. METAS PARA 2015 nn Índice de Disponibilidade de 89,5%. nn Manter os indicadores de segurança no trabalho. nn Obter aprovação do amento da garantia física das UHEs Taquaruçu e Rosana. nn Obter aprovação da possibilidade de aumento da garantia física da UHE Capivara com a troca das turbinas hidráulicas. 15 Pilares estratégicos 3 Comercializar nossa energia, garantindo elevados padrões de excelência e satisfação do cliente. OBJETIVOS nn 4 COMERCIALIZAÇÃO Ampliar vendas no Ambiente de Contratação Livre (ACL). nn Desenvolver novos produtos para o ACL. nn Monitorar vendas no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e fortalecer rede de relações. nn Fortalecer o posicionamento da marca no mercado. nn Alcançar um padrão elevado de Excelência Operacional na Comercialização (certificação ISO). nn Alcançar elevados níveis de satisfação dos clientes atuais e em prospecção. nn Manter excelência na inteligência da Regulação. CRESCIMENTO Apoiar a estratégia dos acionistas, considerando as oportunidades de crescimento disponíveis no mercado. OBJETIVOS nn A estratégia relativa ao crescimento está em desenvolvimento pela matriz e teve como etapa inicial o projeto Reflections and Visions, que surgiu como um processo estruturado com a participação de executivos da companhia e da matriz, assistidos por especialistas no tema. Juntos, desenvolveram uma análise profunda, estruturada e focada do mercado energético brasileiro a fim de determinar quais devem ser os caminhos da Duke Energy rumo a um futuro rentável e sustentável no Brasil. AVANÇOS EM 2014 nn Índice de Satisfação do Cliente com a Qualidade Percebida (ISCQP) de 91,7%, na pesquisa bianual realizada em 2013. nn Manutenção da Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, com base na norma NBR ISO 9001:2008. METAS PARA 2015 nn Manter o Índice de Satisfação do Cliente maior que 90%, na pesquisa que será realizada em 2015. nn Manter a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, com base na norma NBR ISO 9001:2008. 16 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 5 6 DESENVOLVIMENTO DE CAPITAL HUMANO RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Garantir a continuidade dos negócios por meio de atração, retenção e desenvolvimento do capital humano equilibrando suas aspirações e as necessidades da organização. Gerar oportunidades para o fortalecimento e a transformação das comunidades onde atuamos contribuindo para o seu desenvolvimento humano e ambiental. OBJETIVOS OBJETIVOS nn Buscar, desenvolver e preservar as competências necessárias para a evolução da organização. nn Manter e promover um clima organizacional construtivo e favorável. nn Fortalecer a cultura de alto desempenho. nn Manter a remuneração competitiva para atrair e reter profissionais. nn Fomentar os canais de comunicação existentes e o diálogo aberto entre todos os níveis da organização. nn Estabelecer um processo dinâmico de engajamento com partes interessadas, para mitigar riscos e obter a licença social para operar. nn Incentivar a adoção de práticas de sustentabilidade em todos os eixos da empresa: Governança, Comunidades, Pessoas, Negócios e Meio Ambiente. nn Estabelecer um elevado padrão de práticas de sustentabilidade reconhecido pelo mercado. AVANÇOS EM 2014 nn Implantação de Sistema de Gestão Integrado na UHE Salto Grande. nn Certificação do Sistema de Gestão Integrado relacionado a: ABNT NBR ISO 14001:2004 (Meio Ambiente), OHSAS 18001:2007 (Saúde e Segurança Ocupacional) e ABNT NBR 16001:2012 (Responsabilidade Social). nn Desenvolvimento da Política de Mudanças Climáticas. nn Aderência ao GHG Protocol nos inventários de emissões de GEE. AVANÇOS EM 2014 nn Índice de Clima Organizacional de 84%, maior que a meta de 80%. nn 6ª posição na pesquisa do Instituto The Great Place to Work (meta Top 5). 17 1 EXCELÊNCIA EM GESTÃO Com a finalidade de garantir a integração de processos, o sucesso das atividades e a execução dos seus planos estratégicos, o modelo de gestão da Duke Energy é estruturado em práticas e princípios relevantes ao negócio, que orientam procedimentos e normas, sistemas de gestão e indicadores de desempenho. A gestão na empresa também contempla a sustentabilidade como fator relevante para o desenvolvimento dos negócios. Em 2014, a empresa cumpriu a meta de implementar o Sistema de Gestão Integrado (SGI) na hidrelétrica de Salto Grande e obteve as certificações ABNT NBR ISO 14001:2004 (Meio Ambiente), OHSAS 18001:2007 (Saúde e Segurança Ocupacional) e ABNT NBR 16001:2012 (Responsabilidade Social). |GRI G4-DMA| Relacionamento com partes interessadas A Duke Energy reconhece como públicos prioritários, com quem estabelece diálogo, acionistas, clientes, colaboradores, fornecedores, imprensa, comunidades do entorno, representantes de autoridades governamentais, associações setoriais e organizações do terceiro setor nacionais e internacionais. Esses públicos contemplam análise da estratégia organizacional e os impactos gerados pela companhia, assim como a influência que exercem sobre o negócio. 2 Avaliação: as partes interessadas são agrupadas e a avaliação ocorre com base no nível de influência, impacto financeiro e intensidade da pressão exercida. As informações são coletadas por meio de pesquisa com os responsáveis de todas as áreas da empresa e inseridas na matriz de partes interessadas. 3 Classificação: a etapa contempla a definição de quais partes interessadas devem ser diretamente engajadas para levantamento de expectativas. As partes consideradas imprescindíveis são então acessadas bianualmente, por meio de painéis, pesquisa com formulários eletrônicos ou abordagem pessoal, e são também atendidas sob demanda, sempre que solicitarem, pelo Canal Gestão da Responsabilidade Social. As demais partes são engajadas sob demanda e podem encaminhar suas questões por meio do Canal Gestão da Responsabilidade Social no website da companhia (www.duke-energy.com.br). A empresa desenvolveu um procedimento sistêmico para o mapeamento e engajamento de partes interessadas, que foi incorporado ao Sistema de Gestão Integrado para a Usina de Salto Grande. Certificado em 2014 pela Norma NBR 16001 – Responsabilidade Social, esse sistema será ampliado para toda a empresa. O mapeamento é realizado em três etapas: 1 |GRI G4-24, G4-25, G4-26| Identificação: são consideradas as partes interessadas sobre as quais a Duke Energy tenha responsabilidade financeira, legal ou operacional e as partes direta ou indiretamente afetadas pelas operações da companhia. RELACIONAMENTO COM PÚBLICOS ESTRATÉGICOS |GRI G4-24, G4-25, G4-26| Parte interessada Canais de relacionamento Ações de engajamento Clientes Contato mensal com os gestores de contrato e equipe de ativação de vendas | Questionário eletrônico | Fale Conosco | Pesquisa de Satisfação 29ª e 30ª edições do evento Encontros de Negócios | Livro Duke Energy Brasil - 15 anos Colaboradores (322 empregados, 9 estagiários e 75 prestadores de serviço) Intranet | Reuniões trimestrais com o presidente | Blogs, comunicados por e-mail| Mural eletrônico | Intranet | Blogs, comunicados por e-mail| Mural eletrônico |Questionário eletrônico | Pesquisa de Clima | Relatório de Sustentabilidade Planejamento e Desenvolvimento de Carreira e Profissional | Comunicação | Equilíbrio TrabalhoVida | Aplicação do Código de Ética à rotina | Três Reuniões de Interação com o Presidente | Festa de Comemoração dos 15 anos da empresa no Brasil | Evento de final do ano, que contou com a Premiação dos Programas Gestores do Ano | Programa de Melhoria Contínua | Talentos Duke | Comemorações de outras datas relevantes Fornecedores (1.178 ativos) Reuniões mensais presenciais de acompanhamento de cumprimento de contrato | Reunião anual presencial para avaliação do desempenho no período e desenvolvimento de ações para o próximo ano| Código de Conduta de Fornecedor (disponível no website da Duke Energy) Evento de sensibilização e engajamento dos fornecedores aos padrões de saúde e segurança da companhia ▶ 19 ▶ RELACIONAMENTO COM PÚBLICOS ESTRATÉGICOS |GRI 4.16, 4.17| Parte interessada Canais de relacionamento Acionistas (8.898) Comunicação via Relações com Investidores | Assembleias Gerais | Reunião de Conselho de Comunicados ao Mercado | Formulário de Administração e Conselho Fiscal | Website da Referência | Reuniões do Conselho Fiscal companhia e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) | Relatório Anual | Relatório de Sustentabilidade Reuniões | Relatórios | Telefonemas | Associações setoriais: E-mails) | Relatório de Sustentabilidade Associação dos Produtores Independentes de Energia (Apine), Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), Associação Brasileira de Concessionárias de Energia (ABCE) e Instituto Acende Brasil Ações de engajamento 29ª E 30ª Edições do Encontro de Negócios | Livro Duke Energy Brasil – 15 Anos Comunidade (associações, lideranças dos 72 municípios vizinhos aos reservatórios) Reuniões | Comunicação por escrito | Website| Mídias sociais: Twitter, blog e YouTube| Telefonemas| E-mails | Fale Conosco | TeleCheias Atividades educacionais, esportivas e culturais | Evento de Encerramento da Primeira Edição do Prêmio Duke Energy Energia da Inovação e lançamento da 2ª edição do Prêmio| Apoio à inauguração do Centro Cultural de Porecatu (SP)| Lançamento do Programa Empreendedoras Latinas, em Rosana (SP) | Patrocínios a eventos diversos | Circuito Cultural Duke Energy| Doações de móveis e equipamentos a instituições de saúde Órgãos de governo Fale Conosco (website) | Reuniões | Comunicação por escrito | Relatório de Sustentabilidade | Press releases | Contatos 29ª e 30ª Edições do Encontro de Negócios | Livro Duke Energy Brasil - 15 Anos Órgãos reguladores Reuniões | Encontros setoriais | Comunicação por escrito | Relatório de Sustentabilidade 29ª e 30ª Edições do Encontro de Negócios | Livro Duke Energy Brasil - 15 Anos Organizações do terceiro setor (entidades sociais e ambientais) Reuniões |Comunicação por escrito | Website| Mídias sociais: Twitter, blog e YouTube| Telefonemas| E-mails | TeleCheias| Fale Conosco | Relatório de Sustentabilidade Encerramento da Primeira Edição do Prêmio Duke Energy Energia da Inovação e lançamento da 2ª edição do Prêmio | Assinatura do convênio para a realização, em parceria com o Instituto Pesquisas Ecológicas (Instituto IPE), do projeto Um Pontal Bom para Todos: Restauração de Paisagens e Envolvimento Comunitário no Pontal do Paranapanema Imprensa Press releases | Entrevistas | Visita às usinas e aos programas ambientais | Mídias sociais: Twitter, YouTube e blog | Website | Relatório de Sustentabilidade II Workshop com jornalistas 20 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 GOVERNANÇA CORPORATIVA Alinhada à sua estratégia de excelência em gestão, a Duke Energy segue as práticas recomendadas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), que contemplam a avaliação por empresa independente de balanços e demonstrações financeiras, entre outras. Também atende às exigências da Lei Sarbanes-Oxley (SOX) e mantém processos e sistemas automatizados de controle. Além disso, possui política de atos e fatos relevantes e segue o sigilo de informações, caso acionistas controladores, debenturistas ou integrantes do Conselho de Administração julguem necessário e oferece treinamento aos colaboradores sobre aspectos relacionados à Proibição de Práticas de Corrupção no Exterior (lei norteamericana Foreign Corrupt Practices Act – FCPA). Estrutura de governança |GRI G4-34| Os negócios da Duke Energy são conduzidos pelo Conselho de Administração e pela Diretoria. Para fiscalizar as atividades da administração e analisar as demonstrações financeiras, o Estatuto Social prevê um Conselho Fiscal de caráter não permanente, instalado nos exercícios em que for convocado mediante deliberação dos acionistas. Conselho de administração Responsável por estabelecer as diretrizes gerais dos negócios, eleger e substituir os membros da DiretoriaExecutiva, bem como definir suas atribuições e fiscalizar seu desempenho, o Conselho de Administração (CA) tem seus membros eleitos em Assembleia Geral para mandatos de três anos, sendo permitida a reeleição. É constituído por cinco membros e respectivos suplentes, sendo um integrante e um suplente indicados pelos colaboradores. Entre os outros quatro, dois são executivos da Geração Paranapanema e dois, da Duke Energy International. O CA é liderado pelo diretor-presidente para assegurar o alinhamento de todos os órgãos sociais da companhia e não possui membros independentes nem comitês de apoio. No exercício, compunham o CA quatro homens (67%) e duas mulheres (33%), todos brancos, dois (33%) com idades entre 30 e 50 anos e quatro (67%) com mais de 50. |GRI G4-38, G4-39| 93+2+14 COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA 94,28% Duke Energy International Brasil Ltda. 1,40% Cia. Metropolitano de São Paulo 0,78% Duke Energy International BraziL Holdings Ltd. 3,54% Demais pessoas físicas e jurídicas Além de outras atribuições, também cabe ao Conselho de Administração evitar que haja conflitos de interesse, por meio da garantia de que normas legais, regulamentos e disposições contratuais sejam rigorosamente observados, considerando, inclusive, os valores de ética e integridade assumidos pela companhia. De acordo com o artigo 156 da Lei nº 6.404/76, também é vedado aos administradores intervir em operações em que tiver interesses conflitantes com os da empresa. |GRI G4-41| Adicionalmente, para assegurar os interesses da empresa, dos acionistas e dos administradores, é mantida uma Política de Transações com Partes Relacionadas, que contempla a proibição de voto de qualquer membro do CA ou da Diretoria em qualquer assembleia ou reunião de ambos os órgãos, no caso de operações ou negócios nos quais existam interesses conflitantes com os da companhia. |GRI G4-41| Diretoria-Executiva À Diretoria-Executiva compete administrar os negócios e executar as deliberações do Conselho de Administração. Em dezembro de 2014, era composta por cinco integrantes eleitos pelo Conselho para mandatos de dois anos, sendo permitida a reeleição. Cabe ao diretor-presidente designar as funções e atribuições de cada diretorexecutivo. O cargo de diretor de Relações com Investidores poderá ser cumulado com os cargos de diretor-presidente ou diretor-executivo. 21 Baseada em princípios de meritocracia, estabelecidos por meio de parâmetros que visam reconhecer a qualificação e o desempenho, a companhia possui um mecanismo de avaliação individual de seus empregados e membros da Diretoria. Os resultados da avaliação interferem na elegibilidade de cada empregado para incrementos no salário individual, assim como para o recebimento do bônus anual. Conselho fiscal Em 28 de abril de 2014, por deliberação da Assembleia Geral Ordinária de Acionistas, o Conselho Fiscal foi instalado com três membros efetivos e três suplentes, sendo responsável, entre outras tarefas, pela análise das demonstrações financeiras e fiscalização dos atos dos administradores. Em vigor até a Assembleia Geral Ordinária de 2015, o Conselho Fiscal é autônomo em relação à Administração e aos auditores independentes. Remuneração |GRI G4-51, G4-52| Além de tópicos como destinação de lucro líquido e assuntos relevantes aos acionistas, a fixação da remuneração global anual dos membros da Administração também é estipulada por Assembleia Geral Ordinária. No exercício, a remuneração global foi aprovada em R$ 10,6 milhões, sendo até R$ 1,6 milhão para o Conselho de Administração, até R$ 8,0 milhões para a Diretoria-Executiva e até R$ 990 mil para o Conselho Fiscal. Auditoria externa UHE Jurumirim 22 Com princípios que preservam a independência de auditores, a contratação de serviços de auditoria externa garante que o auditor não audite seu próprio trabalho, não exerça funções gerenciais na companhia e não promova interesses dela. Em 2014, a auditoria das demonstrações financeiras anuais e a elaboração da revisão limitada das informações trimestrais foram realizadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, cujos honorários representaram o montante de R$ 288,9 mil. DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Comportamento ético |GRI G4-DMA, G4-56| Desde 2001, a Duke Energy possui um Código de Ética nos Negócios que, alinhado aos valores da empresa, contempla diretrizes relacionadas ao comportamento esperado de todos os colaboradores. O documento reúne normas e princípios éticos que influenciam as decisões da companhia, sendo a atuação apoiada por políticas e procedimentos que envolvem ética e compliance, financeiro, comercial, recursos humanos e outros setores e processos da empresa. Para orientação acerca de questões éticas, jurídicas e relativas às políticas da empresa e a seus posicionamentos, há o canal Linha de Conduta Ética, disponível 24 horas. Acessível de qualquer telefone ou e-mail externo, a ferramenta é destinada a receber denúncias acerca de condutas antiéticas, que permanecem sob anonimato.|GRI G4-58| Combate à corrupção |GRI G4-SO3, G4-SO4, G4-SO5| A Duke Energy realiza avaliações de riscos relacionados à corrupção em 100% de suas unidades, bem como treinamento com 100% dos colaboradores, presencial ou online, no qual aborda o Código de Ética e aspectos relacionados à Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), lei federal norte-americana sobre proibição de práticas de corrupção no exterior. Além disso, para fomentar a conduta ética na empresa, trimestralmente a área de Controles Internos envia um e-mail a 100% dos empregados relembrando esses conceitos. Aos fornecedores, entre as iniciativas de combate à corrupção está a realização de due diligence (avaliação prévia) dos prestadores de serviços, bem como a exigência em contratos de cumprimento à FCPA e à Lei Anticorrupção brasileira. A companhia também realiza o monitoramento da publicação de novas legislações e obriga, por meio de cláusula contratual, que seus fornecedores, clientes e empregados cumpram a legislação em vigor. Ainda segue procedimentos alinhados às leis brasileiras aplicáveis ao combate ao suborno de funcionários públicos em operações comerciais. Um Sistema de Doações garante a rastreabilidade de tudo o que é doado pela organização, assim como uma política interna contempla os procedimentos que devem ser adotados para a realização de doações. Além disso, todas as entidades donatárias são checadas sobre à aderência à FCPA. Em relação aos patrocínios, também é realizada due diligence anticorrupção e há aprovação prévia pela Diretoria. No exercício, não foram observados casos de corrupção ou fraude envolvendo empregados ou parceiros de negócios. Como forma de tratar possíveis ocorrências dessa natureza, caso sejam comprovadas após profunda investigação, os funcionários ou fornecedores envolvidos são desligados e têm seus contratos rescindidos, respectivamente, e estão sujeitos a medidas legais. Comunicação transparente |GRI G4-DMA| Mais do que um documento para os colaboradores, o Código de Ética oferece premissas para garantir a transparência acerca das operações da companhia. Aplicado em todas as ações de marketing, o Código determina que contratos e comunicações com clientes sejam claros e simples, de fácil entendimento e que sigam os regulamentos para que não haja práticas enganosas. Também devem ser completos, sem omissão de elementos relevantes, e disponíveis na página da empresa na internet. A confidencialidade e o sigilo das informações de dados referentes ao negócio e aos clientes também são uma premissa do Código e são tratados por meio de cláusula presente em todos os contratos de compra e venda de energia elétrica. Alterações de contratos ou mudanças nas condições econômicas e técnicas de prestação de serviços ou venda de produto são comunicadas em tempo hábil, assim como resultados dos controles de conformidade. Quanto às campanhas e peças publicitárias, a Duke Energy segue os padrões éticos de propaganda adotados no Brasil, definidos pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e Declaração dos Direitos Humanos. Também seguem a Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), a Política de Patrocínios Corporativos, a Política de Compras e os Procedimentos de Contratação. 23 Compromissos |GRI G4-16| Para promover uma interação estratégica com o mercado e estabelecer uma atuação coletiva, a Duke Energy participa de uma série de entidades. Compliance |GRI G4-DMA| Para a Duke Energy, mais do que garantir a conformidade, compliance consiste em conduzir os negócios com integridade, obedecendo as leis, o Código de Ética e as políticas da companhia. Por isso, conta com um programa, cujo objetivo é disseminar a Cultura de Compliance entre os empregados, medir a performance de compliance na empresa e premiar o esforço em estar aderente aos valores da Duke. RIR PROMOVER Integra o Conselho de Administração e comitês da Associação dos Produtores Independentes de Energia (Apine); e faz parte de comissões e grupos temáticos da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage). Além disso, é associada das seguintes entidades: PROGRAMA DE COMPLIANCE Associação Brasileira das Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE), Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (AmCham), Comitê Nacional Brasileiro de Produção Políticas Diretrizes e Transmissão de Energia Elétrica (Cigré), Instituto Legitimidade Acende Brasil, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Código Liderança Paranapanema, Comitês de Bacias Hidrográficas de conduta ABELECER do Estado de São Paulo e Paraná, Câmara de E ST Comercialização de Energia (CCEE), Conselho da Área de Proteção Ambiental (APA) Tejupa, Objetivo Integridade Permeabilidade Auditoria Conselho do Parque Estatual Morro do Diabo e metas (PEMD), Câmara Técnica de Energia, Fundação Coge e Fundação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp). Ainda negocia acordos Ethics Treinamentos com o Sindicato dos Engenheiros no Estado de Line São Paulo (SEESP), Sindicato dos Eletricitários de Controle Leis e Tomada de Ipaussu e Sindicato dos Eletricitários de Campinas. regulamento decisões Além disso, conta com representantes em todos os seis Comitês de Bacias Hidrográficas com atuação ao longo do Paranapanema e é membro titular nos comitês das bacias do Em 2014, quando o programa completou um Piraponema e do Norte Pioneiro, no Paraná, e ano, foi realizado o Compliance Day, um dia do Paranapanema, no âmbito federal. Com isso, de conscientização e engajamento em que foi realiza palestras acerca de Contingenciamento para relembrada a importância da conformidade com as Períodos de Secas e Cheias com as autoridades regras e valores da Duke e foram comemorados os locais de áreas possivelmente afetadas. resultados atingidos: neste um ano de existência, a Duke Energy Brasil conseguiu atingir 99,65% Também integra a Câmara Ambiental do Setor da meta estabelecida para compliance. de Energia, na Cetesb, cujo objetivo é incluir a variável ambiental no planejamento e na aplicação Com o mote Faça a coisa certa! Feche com a de projetos de energia no Estado de São Paulo; e Duke, a ocasião contou com a participação dos o Grupo de Trabalho de Meio Ambiente (GTMA) funcionários de Chavantes e São Paulo, que da Abrage, Apine e ABCE, que discute temas receberam camisetas personalizadas e um cadeado, ambientais relacionados ao setor elétrico. representando o ato de “fechar” com a Duke. CU M P 24 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Gestão de riscos |GRI G4-DMA, G4-2| Alinhado a área de Risk Management da Duke Energy Corp, o gerenciamento de riscos da Duke Energy no Brasil tem como referência as diretrizes da norma ISO 31000:2009. Para controlar os riscos administrativos e financeiros, a empresa utiliza o padrão Coso, do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission, que criou uma ferramenta para ajudar empresas a avaliar e aperfeiçoar seus sistemas de controles internos. A companhia está ampliando e aprimorando o monitoramento dos seus riscos por meio do projeto de gestão integrada Enterprise Risk Management (ERM), iniciado em 2012. Acompanhadas pelo Conselho de Administração, as atividades do projeto, que integra iniciativas de Pesquisa e Desenvolvimento, devem ser concluídas em 2016, quando os riscos passarão a ser avaliados com o horizonte de cinco anos. Após o piloto realizado em 2013, eles estão sendo mensurados para um prazo de três anos. Em 2014, o foco esteve no desenvolvimento de um sistema adequado à indústria de energia que poderá ser utilizado também por outras empresas como apoio ao processo decisório sobre riscos a minimizar e mitigar. Os principais riscos aos quais a empresa está exposta compreendem: Setoriais Hidrológicos – Risco está associado à escassez de água destinada à geração de energia. A mitigação ocorre no conjunto do Sistema Interligado Nacional (SIN), por meio do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), que compartilha os riscos hidrológicos das usinas despachadas de forma centralizada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Já de maneira corporativa, controla esse risco por meio do planejamento energético, para garantir um nível de contratação de energia ótimo em relação à garantia física das usinas. Em 2014, por exemplo, a energia previamente contratada foi equivalente a 92,3% da garantia física e para 2015 será de 91%. Esse processo está em permanente aperfeiçoamento e atualmente tem como apoio cinco diferentes metodologias. Conta ainda com intenso monitoramento climatológico e, por meio de modelos computacionais e análises, monitora o risco de uma alteração no regime hidrológico dos tributários do Rio Paranapanema. Dessa forma, pode adotar as estratégias necessárias, com antecedência, para reduzir possíveis impactos ocasionados por eventos climáticos extremos nos ativos da companhia. (Mais informações em meio ambiente/mudanças climáticas) |GRI G4-EC2| Regulatórios – As atividades da Duke Energy são regulamentadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Dessa forma, alterações no ambiente regulatório podem exercer impacto sobre o desempenho. Para acompanhar as determinações do órgão regulador e promover a conformidade nas suas operações, a companhia possui uma área específica de regulação e participa das entidades setoriais de geração de energia. Empresariais Financeiros – Incluem riscos de mercado (como juros, preços e câmbio), crédito e liquidez, e são gerenciados com base em políticas aprovadas pelo Conselho de Administração. O impacto de juros sobre a emissão de debêntures, por exemplo, é minimizado pela remuneração das aplicações financeiras pela variação dos Certificados de Depósito Bancário (CDB), enquanto os reajustes dos preços nos contratos bilaterais e de leilão são indexados à variação dos índices IPCA ou IGP-M. Na gestão do risco de crédito que envolva bancos e instituições financeiras, são aceitos somente títulos de entidades independentemente classificadas com rating mínimo A. Já a avaliação da qualidade do crédito do cliente leva em consideração sua posição financeira e experiência passada, entre outros fatores. Nos contratos fechados com as distribuidoras por meio de leilão público, os riscos são minimizados com o uso de mecanismos de garantia baseados em recebíveis. Os contratos com clientes livres utilizam mecanismos que podem ser fiança bancária, cessão do CDB ou fiança corporativa. De forma a assegurar caixa suficiente para atender às necessidades operacionais, as 25 previsões de liquidez levam em consideração os planos de financiamento da dívida, cumprimento de cláusulas restritivas (covenants) e metas internas do quociente do balanço patrimonial e, se aplicável, exigências regulatórias externas ou legais. O excesso de caixa é investido em contas com incidência de juros, depósitos a prazo, depósitos de curto prazo e títulos e valores mobiliários, escolhendo instrumentos com vencimentos apropriados ou liquidez adequada. Monitoramento e manutenção preventiva dos ativos críticos asseguram disponibilidade de geração. rio. Uma série de procedimentos busca assegurar a integridade física dos empreendimentos, no caso de eventos extremos como secas e cheias, associados a mudanças climáticas. Para auxiliar o processo de execução de controle de cheias durante o período úmido e o gerenciamento dos níveis de armazenamento dos reservatórios durante o período seco, a Duke Energy possui um contrato de prestação de serviços de informações meteorológicas com o Instituto Simepar, que fornece diariamente a previsão de chuvas. |GRI G4-DMA| Planos de contingência são previstos no Sistema de Operação em Situação de Emergência (Sosem), no qual estão pré-estabelecidas as diretrizes e os princípios básicos para enfrentar situações de cheias nos reservatórios, assim como a capacitação de todos os funcionários das áreas operacionais das usinas. Engenheiros especializados em segurança de barragens fazem o constante monitoramento da integridade física dessas estruturas e cuidam para que estejam de acordo com os padrões estabelecidos pela regulamentação em vigor. Há ainda o Plano de Resposta para Emergências (PRE) e Plano de Continuidade de Negócios (PCN). |GRI G4-DMA| Centro de Operação da Geração – UHE Chavantes Operacionais – Atividades de monitoramento e manutenção preventiva dos ativos críticos asseguraram o fornecimento de energia elétrica ao SIN e lastreiam os contratos de compra e venda de energia elétrica, além de reduzir custos e paradas não programadas de suas unidades geradoras. Há planejamento e diagnóstico plurianual com revisão anual da programação de manutenção e investimentos nas usinas. É mantida uma rede telemétrica para planejar e executar a operação das usinas, constituída de 39 estações pluviométricas e 17 estações fluviométricas instaladas estrategicamente na bacia hidrográfica do Rio Paranapanema, que tem área aproximada de 100 mil quilômetros quadrados, e por meio da qual monitora em tempo real o volume de chuvas ocorridas e as vazões nos principais tributários do 26 Socioambientais e patrimoniais – A Política de Meio Ambiente, Saúde, Segurança e Responsabilidade Social reforça o compromisso organizacional com a gestão de riscos e impactos sociais e ambientais, decorrentes principalmente da operação das usinas, como variação do nível de reservatórios e volume de água vertida. Com a obrigação de fiscalizar e zelar pelo seu patrimônio, incluindo as áreas do entorno de seus reservatórios, cujo perímetro soma cerca de 5 mil quilômetros, a Duke Energy mantém uma equipe destinada ao engajamento com as populações ribeirinhas, municipalidades, Ministério Público e órgãos ambientais com a finalidade de desenvolver iniciativas para cuidar do patrimônio sob sua concessão. Imagem e reputação – A companhia monitora notícias de jornais, rádios, revistas, televisão e redes sociais para acompanhar a percepção da imagem e estabelecer a melhor estratégia com suas partes interessadas. Promove pesquisas estruturadas com esses públicos e difunde normas de conduta entre os empregados e fornecedores, ressaltando ética e respeito ao ser humano e ao meio ambiente, para que esses aspectos estejam sempre associados ao seu nome. DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO LUCRO LÍQUIDO Em 2014, a Duke Energy registrou lucro líquido de R$ 285,6 milhões, redução de 31,7% em relação a 2013. A queda devese, principalmente, ao aumento das despesas operacionais sobre energia comprada para revenda, em decorrência do cenário hidrológico desfavorável causado pela baixa estiagem. As despesas operacionais totalizaram R$ 736,1 milhões, aumento de 41,6% em relação ao ano anterior. De acordo com seu Estatuto Social, a companhia destina 100% do lucro líquido ao pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio, após constituição da reserva legal. Receita (R$ milhões) 418,3 324,6 285,6 281,3 180,5 2010 2011 2012 2013 2014 |GRI G4-9| A receita operacional bruta em 2014 foi de R$ 1.374,9 milhões, o que representa crescimento de R$ 20,3 milhões, ou 1,5%, em relação ao ano anterior. O impacto positivo referente ao aumento de volume e preço nos contratos bilaterais foi parcialmente compensado pela redução da quantidade de energia vendida no mercado de curto prazo. Neste contexto, o alto Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) que vigorou durante o ano, chegando ao máximo de R$ 822,83/ MWh, mostrou o acerto da estratégia de reduzir a exposição ao mercado, com 92,3% da garantia física da companhia contratada. As deduções à receita operacional aumentaram R$ 13,3 milhões, ou 9,6%, em relação a 2013. O crescimento ocorreu principalmente devido a alteração da composição da receita operacional nas linhas de Mercado de Curto Prazo (MCP), Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e no Ambiente de Contratação Livre (ACL). A receita operacional líquida mantevese praticamente estável entre 2014 e 2013, com uma variação de 0,6% entre os R$ 1.223,0 milhões e R$ 1.216,0 milhões registrados, respectivamente. RECEITA OPERACIONAL BRUTA (R$ milhões) 1.354,6 1.374,9 2013 2014 1.218,9 1.063,6 964,9 2010 2011 2012 COMPOSIÇÃO RECEITA BRUTA (%) 6 37 4 36 8 32 57 60 60 10 7 16 19 77 71 Contratos bilaterais Contratos leilões 2010 2011 2012 2013 2014 27 PLD, MRE, outras DESPESAS OPERACIONAIS (R$ MIL) Despesas operacionais 2014 Variação % (17.033) (233.647) 1.271,7 (217.436) (216.784) -0,3 2013 Energia elétrica comprada para revenda Depreciação e amortização Encargos de uso da rede elétrica (77.604) (81.761) 5,4 Pessoal (73.397) (77.328) 5,4 Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos (62.024) (57.792) -6,8 Serviços de terceiros (40.542) (44.914) 10,8 Outras (11.109) (8.807) -20,7 Seguros (4.364) (4.843) 11,0 Taxa de fiscalização da Aneel (4.190) (4.073) -2,8 Material (4.025) (3.997) -0,7 Aluguéis (3.741) (3.604) -3,7 Provisões para riscos fiscais, trabalhistas e ambientais (4.714) (333) -92,9 371 1.798 384,6 Reversão de estimativa para créditos de liquidação duvidosa EBITDA (R$ MIL) E MARGEM EBITDA (%) 2013 2014 Variação % Lucro líquido do exercício 418.251 285.578 -31,70% Imposto de renda e contribuição social 176.846 109.539 -38,10% Resultado financeiro (líquido) 101.131 91.796 -9,20% Depreciação e amortização 217.436 216.784 -0,30% Ebitda 913.664 703.697 -23,00% Margem Ebitda 75,10% 57,50% As despesas operacionais totalizaram R$ 736,1 milhões, aumento de 41,6% em relação ao ano anterior (R$ 519,8 milhões), principalmente em decorrência do aumento da energia elétrica comprada para revenda, que representou R$ 233,6 milhões nos custos da empresa, resultado do cenário hidrológico adverso que afetou todo o setor. As demais despesas gerais e administrativas aumentaram basicamente em razão dos reajustes inflacionários. Ebitda O Ebitda (Lajida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é calculado como o lucro líquido acrescido de resultado financeiro líquido, Imposto de Renda e Contribuição Social, depreciação e amortização. A medição não contábil é calculada com base nas disposições da Circular CVM nº 01/2008 e não deve ser considerada como uma alternativa ao fluxo de caixa como indicador de liquidez. No ano, o Ebitda apresentou redução de 23,0% em comparação ao exercício de 2013, principalmente em decorrência do aumento da energia comprada para revenda. A administração da companhia acredita que o Ebitda fornece uma medida útil de seu desempenho, que é amplamente utilizado por investidores e analistas para avaliar resultados e comparar empresas, entretanto, não é uma medida reconhecida pelas práticas contábeis adotadas no Brasil e que pode ser calculado de forma diferente por diferentes companhias. EBTIDA E MARGEM (R$ milhões) 69,5% 72,7% 69,6% 75,1% 57,5% 599,6 696,6 768,0 913,7 703,7 Ebitda Margem Ebitda 2010 28 2011 2012 2013 2014 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Resultado financeiro RESULTADO FINANCEIRO (R$ mil) O resultado financeiro apresentado em 2014 foi negativo em R$ 91,8 milhões, o que representa redução de 9,2% na comparação com 2013. As receitas financeiras totalizaram R$ 75,9 milhões, aumento de 100,4% sobre o registrado em 2013 decorrente das aplicações financeiras. As despesas, por sua vez, alcançaram R$ 167,8 milhões, acréscimo de 20,7% em comparação ao exercício anterior, proveniente da elevação dos índices inflacionários. Endividamento |GRI G4-9| Com acréscimo de 7,6% sobre 2013, a dívida bruta totalizou R$ 1.195,9 milhões ao final de 2014. O aumento é, principalmente, consequência da nova captação de debêntures, no valor de R$ 479 milhões, ocorrida em maio de 2014, compensada parcialmente pelos pagamentos de juros da 3ª Emissão e quitação da 2ª Emissão ocorridos em julho e agosto de 2014, respectivamente. A dívida financeira líquida, composta pelo endividamento deduzindo recursos de caixa e equivalentes de caixa, aumentou 111,1% em 2014, comparado ao exercício de 2013. A variação decorre, principalmente, da diminuição dos valores de caixa e equivalentes de caixa. DÍVIDA LÍQUIDA (R$ milhões) 2013 Receitas 600,9 499,5 341,4 37.928 75.992 100,4 (139.059) (167.788) 20,7 Resultado financeiro líquido (101.131) (91.796) -9,2 FATOR DE CORREÇÃO DA DÍVIDA EM 2014 23+22+212014 • • • • • 23,3% 4ª Emissão Série 2 – IPCA 22,0% 4ª Emissão Série 1 – CDI 21,4% 5ª Emissão Série 2 – IPCA 20,1% 5ª Emissão Série 1 – CDI 13,2% 3ª Emissão Série Única – CDI PERFIL DA DÍVIDA - DEBÊNTURES (R$ mil) |GRI G4-9| Emissão Série Remuneração Vencimento 2013 2014 2ª Única Variação IGP-M + 8,59% ao ano 16/07/2015 432.780 - 3ª Única Variação CDI + 1,15% ao ano 10/01/2017 156.621 158.320 4ª 1 Variação CDI + 0,65% ao ano 16/07/2018 260.331 262.876 4ª 2 Variação IPCA + 6,07% ao ano 16/07/2023 261.401 278.688 5ª 1 Variação CDI + 0,89% ao ano 20/05/2019 - 240.357 5ª 2 Variação IPCA + 7,01% ao ano 20/05/2021 - 255.696 Total 2010 2011 2012 2013 Variação % Despesas 1.054,5 780,6 2014 1.111.133 1.195.937 2014 29 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (R$ mil) |GRI G4-EC1| Valor adicionado Indicador da riqueza agregada pela atividade empresarial, o valor adicionado totalizou R$ 858,8 milhões, frente ao R$ 1,0 bilhão registrado em 2013. O valor representa a diferença entre a receita bruta e os valores pagos por materiais e serviços adquiridos de terceiros, depreciação e amortizações. Do total, 38,8% foram distribuídos ao governo e à sociedade, na forma de impostos, taxas e contribuições; 8,0% a colaboradores (salários, benefícios e encargos sociais); 20,0% a financiadores (juros, despesas financeiras e aluguéis); 39,5 % a acionistas (dividendos e juros sobre capitais próprios); e -6,3% como lucro retido. 2012 2013 2014 Receita 1.244.630 1.381.998 1.415.378 Receita de vendas 1.218.836 1.337.386 1.370.125 20.667 44.241 43.455 5.127 371 1.798 Insumos adquiridos de terceiros -226.254 -202.150 -420.538 Energia comprada e encargos de uso da rede -144.903 -94.637 -315.408 Materiais e serviços de terceiros -45.443 -44.567 -48.911 Outros custos operacionais -15.241 -18.705 -43.455 Construção de ativos próprios -20.667 -44.241 -12.764 1.018.376 1.179.848 994.840 -222.849 -217.436 -216.784 795.527 962.412 778.056 65 57 119 42.248 37.928 75.992 17.175 4.685 42.313 55.160 80.796 837.840 1.017.572 858.852 Receita relativa à construção de ativos próprios Estimativa para créditos de liquidação duvidosa Valor adicionado bruto Depreciação e amortização Valor adicionado líquido gerado Aluguéis Receitas financeiras Outras Valor adicionado recebido/ cedido em transferência Valor adicionado total a distribuir DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (R$ milhões) 1.017,6 728,0 837,8 464,1 858,8 377,5 339,6 341,2 142,8 149,2 135,3 171,4 391,4 333,6 305,1 263,0 Remuneração de capitais próprios Remuneração de capitais de terceiros Governo e sociedade Pessoal 2011 30 48,5 -59,9 2012 58,9 -52,8 2013 65,1 -45,8 2014 68,2 -54 Lucros retidos DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (R$ mil) |GRI G4-EC1| 2012 2013 2014 Pessoal 58.943 65.125 68.241 Remuneração direta 34.308 37.417 41.845 Benefícios 7.229 8.379 8.249 FGTS 3.243 3.777 3.815 Provisão para gratificação (bônus) 7.601 7.365 7.516 Participação nos resultados 3.443 4.668 3.596 3.119 3.519 3.220 Governo e sociedade (impostos, taxas e contribuições) Encargos sociais (exceto INSS) 305.057 391.396 333.641 Federais 299.261 375.075 314.864 5.665 16.182 18.627 131 139 150 149.192 142.800 171.392 3.525 3.741 3.604 Estaduais Municipais Remuneração de capitais de terceiros Aluguéis Juros sobre debêntures 90.982 91.792 125.081 Variação monetária sobre debêntures 46.733 35.996 33.798 7.952 11.271 12.340 377.473 464.077 339.618 86.690 66.953 62.703 Dividendos 290.783 397.124 276.915 Outros -52.825 -45.826 -54.040 Lucros retidos -52.825 -45.826 -54.040 Valor adicionado total distribuído 837.840 1.017.572 858.852 Outras despesas financeiras Remuneração de capitais próprios Juros sobre capital próprio DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 39+33+208 UHE Chavantes Investimentos Em 2014, a reforma geral e a modernização da usina de Chavantes (SP), iniciadas em 2012, continuaram a ser o principal investimento da companhia. O investimento total é de cerca de R$ 70 milhões e inclui a substituição das turbinas hidráulicas e dos rolamentos dos geradores, que devem promover um rendimento melhor e eficiência no uso de água para produzir energia. O ativo imobilizado contemplou no período adições totais de R$ 43,5 milhões (R$ 44,2 milhões em 2013). • • • • 38,8% Governo e sociedade 33,3% Acionistas 20,0% Terceiros 7,9% Pessoal 31 2 EXCELÊNCIA OPERACIONAL Em 2014, a Duke Energy gerou 11.195 GWh, 11,5% abaixo do exercício anterior e equivalente a 2,1% da energia elétrica produzida no país no período. O volume foi 18% superior à energia assegurada/garantia física para o ano, fixada em 9.510 GWh, correspondendo a 1.085,6 MW médios. O decréscimo na geração decorreu da condição adversa de hidrologia. Com o nível dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) abaixo da média, o Operador Nacional do Sistema (ONS) determinou menor geração de fonte hídrica e maior despacho de usinas térmicas, como forma de preservar o armazenamento dos reservatórios e o pleno atendimento da demanda de energia elétrica. PRODUÇÃO DE ENERGIA DISPONIBILIDADE DE GERAÇÃO |GRI G4-EU30| (GWh) |GRI EU2| Parada planejada (horas) Parada não planejada (horas) Disponibilidade média (%) 2013 2014 13.500,29 17.630,66 2013 2.404,22 2.953,82 564,0 92,1 91,45 Na Bacia do Paranapanema, onde estão localizadas as oito usinas da Duke Energy, a afluência verificada no ano foi abaixo da média (85% da Média de Longo Termo - MLT) e apesar da modulação mensal da produção de energia, os reservatórios encerraram 2014 com 21,5% de volume armazenado, inferior à média histórica de 64,1%. O destaque do ano foi o desempenho operacional dos ativos da companhia, com disponibilidade de 91,45%, e a menor taxa de falha nas unidades geradoras dos últimos sete anos. O índice é resultado da experiência acumulada, capacidade técnica, comprometimento dos colaboradores, política consistente de dispêndio de capital – que inclui melhorias nos sistemas operacionais – e eficiente manutenção dos equipamentos. |GRI G4-EU30| Nesse sentido, vale ressaltar que a companhia desenvolve diversos projetos para a melhoria de sua capacidade produtiva, com foco na confiabilidade e disponibilidade de suas instalações, como no caso da reforma geral e de repotenciação da UHE Chavantes. Os principais projetos de 2014 em modernização de equipamentos envolveram a reforma geral e repotenciação da Usina Chavantes, das comportas do vertedor da usina Rosana, substituição dos reguladores de tensão e velocidade das unidades geradoras 1 de Canoas II, e 3 da usina Rosana. 461,5 Jurumirim 1.842,9 1.661,6 Chavantes 491,5 507,0 636,8 485,4 Salto Grande 428,2 Canoas II 544,3 Canoas I 3.795,8 3.458,7 Capivara 2.520 Garantia física A garantia física das UHEs Taquaruçu e Rosana foi revisada extraordinariamente pela Portaria nº 184 do Ministério de Minas e Energia (MME), de 27 de dezembro de 2012, o que resultou na alteração da garantia física total da companhia de 1.087 MW para 1.085,6 MW. Desse volume, reservou-se para comercialização 1.008,8 MW, visto que 53,8 MW oriundos do consórcio das usinas Canoas I e Canoas II foram alocados para a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e 23,0 MW foram usados para consumo interno e perdas no sistema. 2014 2.186,6 Taquaruçu 2.292,1 1.968,3 Rosana 33 Programa de melhoria contínua Inspeção Subaquática das Grades de Adução das UGs das Usinas Canoas I e II Como apoiador de cinco projetos campeões, já visitei os Estados Unidos, o Peru, a Guatemala e agora em 2014 fui para o Equador, sendo que todas essas viagens me deixaram lembranças positivas. Participar de cada projeto é uma experiência única, pois é muito gratificante ter realizado algo positivo para a melhoria do nosso trabalho”. Carlos Alberto Ramos está na empresa há 29 anos. Fica na usina de Chavantes mas também atua nas usinas de Jurumirim, Salto Grande, Canoas I, Canoas II, PCH Palmeiras e Retiro. Foi muito empolgante participar de um projeto como o de Inspeção Subaquática, que além de retorno financeiro, possibilitou a redução de homens-hora em exposição ao risco. Já o reconhecimento pessoal que a premiação trouxe é tão interessante quanto o material: abre novos horizontes, dá outras perspectivas e nos faz querer chegar mais longe, buscando novos desafios pessoais e profissionais. Utilizei o dinheiro na obra da minha casa e é um grande orgulho fazer parte deste time da Duke Energy, um time de vencedores”. Osmar Parra de Lima Júnior tem 30 anos e está na Duke desde os 23. É técnico de manutenção mecânica na Usina Canoas II. Ter meu trabalho reconhecido é muito importante e me dá ainda mais prazer em executá-lo, além de essas conquistas fazerem eu me sentir realmente parte da família Duke. Com a premiação, pude realizar alguns desejos, como comprar um novo veículo e fazer uma viagem fantástica, na qual houve troca de culturas e conheci parceiros de outros países”. Ricardo de Souza Garcia tem tem 35 anos e trabalha na Duke há quatro anos. Atualmente está na área de operação da UHE Canoas I. O PMC é um diferencial excelente da Duke, muito importante para o funcionário. É gratificante poder contribuir com o desenvolvimento sustentável da empresa e foi uma honra ser reconhecido em nível internacional. Com a premiação em dinheiro pude desfrutar ainda mais em uma viagem de férias que havia planejado”. Wagner Costa Ribeiro tem 30 anos e ingressou na Duke há seis, como Operador de Usina e Subestação na Usina Canoas-II, onde atualmente tem a função de Técnico Eletroeletrônico. 34 Essa revisão da garantia física, desde a data de sua publicação, vem sendo discutida pela companhia com os órgãos competentes, não havendo mudança de status. Ao final de 2014, a revisão foi prorrogada para dezembro de 2015 e deve contemplar uma nova metodologia. Já a garantia física da UHE Chavantes, após a execução do projeto de reforma geral e repotenciação, passará de 172 MW médios para 177,5 MW médios (mais informações em Desempenho Econômico-financeiro). Programa de melhoria contínua Para estimular o aperfeiçoamento das rotinas de trabalho, o Programa de Melhoria Contínua (PMC) avalia desde o ano 2000 projetos para a otimização e simplificação dos processos de trabalho e rapidez na implantação de mudanças. Com o auxílio de um apoiador, os projetos são desenvolvidos por grupos de até três empregados que caso sejam vencedores recebem quantias em dinheiro e uma viagem internacional para participar do evento de reconhecimento corporativo. Em 2014, 17 projetos foram inscritos, os seis melhores foram escolhidos pelo grupo de gerentes-gerais da companhia e, dentre eles, a Diretoria elegeu dois vencedores. Os vencedores receberam R$ 36 mil cada, além de uma viagem a Guayaquil, no Equador. Os dois grupos eram integrados por: nn Inspeção Subaquática das Grades de Adução das UGs das Usinas Canoas I e II. Apoiador: Carlos Alberto Ramos. Grupo: Wagner Costa Ribeiro; Ricardo de Souza Garcia; Osmar Parra de Lima Junior. nn Conjunto de içamento para acesso ao tubo de sucção. Apoiador: Alex Ribeiro Daquila. Grupo: Marco Antônio Leão, José Antônio de Toledo; Giovane Jesus Caldana. Ambiente econômico O ano de 2014 foi marcado por um cenário modesto para o crescimento econômico mundial. A China registrou o menor nível de crescimento dos últimos 24 meses e, enquanto os Estados Unidos elevaram sua taxa de crescimento no ano, devido principalmente à redução da taxa de desemprego e pelo aumento de consumo, a Zona do Euro registrou baixa recuperação econômica, principalmente pelo alto nível de desemprego e investimentos desacelerados. No Brasil não foi diferente. O exercício não trouxe resultados favoráveis para o cenário econômico e financeiro do Brasil e eventos como Copa do Mundo e eleições presidenciais acentuaram a redução da atividade econômica do país. A expectativa do mercado para o PIB de 2014 é de -0,5% ante 2,3% de crescimento registrado em 2013 e a inflação medida pelo Índice Geral de Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), atingiu 3,7%, abaixo da taxa do ano anterior de 5,5%. DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Programa de melhoria contínua Conjunto de içamento para acesso ao tubo de sucção Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2014 em 6,4%, acima da taxa de 2013 de 5,9%. Adicionalmente, na persistência em intensificar o ajuste monetário para conter a inflação, o Banco Central deu continuidade à elevação das taxas de juros iniciada em abril/2013, saindo do patamar de 7,3% ao ano para 11,8% ao ano em dezembro/2014. Ambiente regulatório Em 2014, entre os temas de maior destaque e impacto sobre o ambiente relatório vigoraram o cenário hidrológico e os efeitos da Lei 12.783/2013, de novembro de 2012, que dispôs sobre renovação de contratos de concessão de geração e transmissão de energia que venceriam entre 2015 e 2017 e reduziu encargos setoriais. Entretanto, como as concessões da Duke foram outorgadas depois de 1995, a companhia não foi atingida diretamente pela medida. O cenário adverso, ilustrado pela crise hídrica e aumento expressivo do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD – mercado de curto prazo) em 2014, levaram a Aneel a aprovar, após uma consulta pública ao final do ano, novos preços de energia no mercado de curto prazo para 2015. Com redução de 53% do teto de custo de energia, o PLD passará de R$ 822,83 por MWh para R$ 388,48 MWh. O preço mínimo, por sua vez, foi elevado de R$ 15,62 MWh para R$ 30,26 MWh. Participar de um projeto PMC traz duas satisfações: a de realizar um trabalho em equipe em prol de outras pessoas e a de ser reconhecido pelo projeto. Já ganhei cinco vezes e tem sido uma experiência excelente. Esse ano, além de estar junto com os executivos da empresa, pude visitar o Equador e conhecer uma usina termoelétrica”. Jose Antônio de Toledo tem 47 anos e trabalha no departamento de produção da UHE Taquaruçu desde 2011. Participo do PMC desde a sua criação, já ganhei o prêmio principal quatro vezes e quando não estou entre os projetos vencedores, sinto-me incentivado a tentar com mais força no ano seguinte. Hoje, o PMC está pronto para novos desafios, principalmente tecnológicos. Trabalhamos em plantas já com certa idade e a utilização de novas tecnologias é um desafio, mas é fundamental para que tenhamos ganhos de qualquer natureza”. Marco Antônio Leão, tem 43 anos de idade e trabalha em usinas há 26 anos. Desde 2012 atua na Engenharia em Chavantes. Para reduzir sua vulnerabilidade ao mercado de curto prazo, a companhia anteviu o cenário de 2014 e reduziu no exercício o volume de energia contratada, de forma a prover mais flexibilidade no enfrentamento de volatilidades típicas de momentos de crise. Desta forma, a companhia teve 92,3% de sua garantia física contratada no ano. Adicionalmente, mesmo que a bacia hidrográfica da empresa tenha sido menos afetada, por receber contribuições de regimes hidrológicos do Sul e do Sudeste, a característica do sistema de geração brasileiro de operar como um condomínio significou que todas as geradoras foram igualmente impactadas. Em todos os meses de 2014, a geração do Sistema Interligado Nacional (SIN) ficou abaixo da garantia física das hidrelétricas, com GSF (Generation Scaling Factor) inferior a 1. Neste sentido, vale ressaltar que em períodos de geração hidráulica excedente o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) distribui ganhos às usinas participantes desse sistema, mas o contrário ocorre em períodos de escassez hidrológica em que o déficit de geração hidráulica é descontado da garantia física das usinas provocando perdas de receita. Em 2014, esse déficit de geração foi provocado principalmente pelo baixo nível de armazenamento dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN), que vem ocasionando no alto despacho de usinas termelétricas disponíveis. 35 3 COMERCIALIZAÇÃO Em 2014, a energia disponível para comercialização foi de 1.008,8 MW médios e a companhia teve 92,3% de sua garantia física contratada. O percentual, inferior ao de 2013, seguiu a estratégia de preservar os ativos da empresa por meio da destinação de 7,7% do volume de energia disponível para a venda para o hedge hidrológico, dada a condição hídrica adversa verificada no ano, o que resultou na mitigação da exposição financeira relativa ao Mercado de Curto Prazo (MCP) e manteve a estabilidade do fluxo de receitas. Em 2014, a energia disponível para comercialização foi de 1.008,8 MW médios e a companhia teve 92,3% de sua garantia física contratada. O percentual, inferior ao de 2013, seguiu a estratégia de preservar os ativos da empresa por meio da destinação de 7,7% do volume de energia disponível para a venda para o hedge hidrológico, dada a condição hídrica adversa verificada no ano, o que resultou na mitigação da exposição financeira relativa ao Mercado de Curto Prazo (MCP) e manteve a estabilidade do fluxo de receitas. Favoreceu esse desempenho o programa de fortalecimento da marca e o estabelecimento de novos contratos com consumidores livres, demais comercializadores e Produtores Independentes de Energia Elétrica (PIE). A concentração de esforços de comercialização e marketing no Ambiente de Contratação Livre (ACL) possibilitou que, até o final do período, fossem celebrados 44 contratos de venda nesse ambiente de contratação e para entrega simbólica no centro de gravidade das Regiões Sudeste e Centro-Oeste, com preço médio superior ao de 2013. ENERGIA CONTRATADA 2015 91% 2016 88% 2017 80% 2018 58% 2019 44% As vendas representaram 76,9% da receita oriunda de suprimento de energia elétrica, sendo que as vendas no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) às empresas de distribuição de energia elétrica representaram 16,3% desta receita. Em 31 de dezembro de 2014, foram encerrados os contratos no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), cujo período de fornecimento compreendia os anos de 2006 a 2014, mas a Duke Energy mantém atualmente níveis satisfatórios de contratação de longo prazo. Os resultados estão alinhados à estratégia de ampliar o volume de receitas no ACL, tendo em vista que os termos e as condições dos contratos firmados nesse ambiente são mais aderentes ao perfil da empresa em razão da flexibilidade de negociação. Quanto à mitigação de exposições financeiras na CCEE, o balanço geral entre as receitas e despesas oriundas do exercício do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) e de Liquidações no Mercado de Curto Prazo (MCP) representaram um resultado negativo de 7,9% do total da receita de vendas de contratos ao ACL e ACR. Tanto o exercício do MRE quanto os resultados do MCP dependem das condições do Sistema Interligado Nacional (SIN) no que tange às condições de armazenamento dos reservatórios entre os subsistemas elétricos, previsões de afluências e Preço de Liquidação das Diferenças (PLD). 37 Clientes A Duke Energy busca estabelecer uma relação de confiança com os clientes e demais agentes de mercado, apoiada na afinidade entre missão e valores das contrapartes e posicionada em um nicho de mercado de empresas extremamente responsáveis. Além disso, pela natureza de seu negócio, seu baixo índice de emissão de carbono (CO2) é um ponto a favor no mercado. Satisfação dos clientes |GRI G4-PR5| A fim de promover melhoria contínua na oferta de seus serviços, a companhia apura o nível de satisfação de seus clientes por meio de uma pesquisa de periodicidade bianual. Com a última edição realizada em 2013, a pesquisa apontou Índice de Satisfação do Cliente com a Qualidade Percebida (ISCQP) de 91,7%, valor acima da média de mercado Business to Business (B2B), que foi de 85% no mesmo ano. A pesquisa analisou as percepções de três perfis de clientes: comercializadores, distribuidores e consumidores livres de energia elétrica, que representaram 15,4%, 38,5% e 46,2% dos respondentes, respectivamente. A empresa foi bem avaliada quanto a Imagem Corporativa, Processo de Faturamento, Serviços de Monitoramento de Energia e Relacionamento PósVenda. Também foram identificadas oportunidades de melhoria, como a capacidade do gerente de conta em dar assessoria técnica e comercial e flexibilizar condições comerciais de forma a tornar viável a negociação. A empresa já estabeleceu e colocou em prática um plano de ação de melhorias para atender esses apontamentos. No ano de 2015 será realizada nova pesquisa cujo resultado deverá estar disponível a partir de maio. Além da pesquisa também vale considerar o Sistema de Gestão da Qualidade baseado na norma ISO 9001:2008, em que são registrados todos os apontamentos recebidos dos clientes. 38 Relacionamento |GRI G4-DMA| A fim de manter um relacionamento próximo e transparente com seus clientes, a companhia conta com gestores de contrato competentes, que observam todos os estágios do processo para atender suas dúvidas e necessidades. Para que os clientes possam acessar informações, acompanhar seu perfil de consumo de energia elétrica e se informar acerca do comportamento esperado para o mês, a empresa ainda possui um canal de relacionamento intensivo por meio de monitoramento online do consumo das unidades produtivas pertencentes aos consumidores livres. Desta forma, além de gerir riscos, a ferramenta contribui para a tomada de decisões e ocasional antecipação na compra de quantidade adicional de energia. Adicionalmente, a companhia ainda conta com o aplicativo Guia do Cliente Livre, que fornece de forma clara a legislação aplicável ao Ambiente de Contratação Livre (ACL). Com foco em diversos públicos, o documento pode ser acessado em mídias digitais em formato para tablets e smartphones e é permanentemente atualizado a partir das rotineiras alterações ocorridas na legislação vigente. Em 2014 foram feitos cerca de 20 mil downloads do aplicativo Guia do Cliente Livre, o que proporcionou à Duke o prêmio Top de Marketing da Associação de Dirigentes de Vendas do Brasil (ADVB). DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Compromisso com a confidencialidade |GRI G4-DMA| Para a Duke Energy, a ética deve permear todos os negócios da empresa e com os clientes não é diferente. A companhia tem como premissa o tratamento cuidadoso e confidencial de dados referentes aos clientes, com todos os contratos de compra e venda de energia elétrica contemplados por cláusula específica de confidencialidade. Neste sentido, a companhia possui certificação NBR ISO 9001:2008 para o escopo de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente de Contratação Livre (ACL) e Ambiente de Contratação Regulado (ACR), em que um dos requisitos é a garantia de confidencialidade das informações de clientes. Amyr Klink A comunicação com este público também é uma preocupação. As informações relativas a eventuais alterações de contratos ou mudanças em condições econômicas e técnicas de prestação de serviços são transmitidas em tempo hábil, assim como os resultados de controles de conformidade. Encontros de negócios Por meio da iniciativa pioneira do Encontro de Negócios, a companhia busca promover o câmbio de experiências entre diversos representantes do setor elétrico no país, de forma a estreitar relacionamento com clientes, parceiros de negócios e prospects, além de trazer elementos para a tomada de decisões de compra e venda de energia por líderes e atores do mercado nacional. Em 2014, foram realizadas duas edições do encontro (29ª e 30ª), considerado um dos mais relevantes do setor. O tema do primeiro – Economia, Clima e o Futuro – foi debatido com a presença do professor e administrador da Fundação Dom Cabral, Paulo Vicente dos Santos, do economista Edmar Bacha e do navegador Amyr Klink. Plateia do 30º Encontro de Negócios A última edição celebrou os 15 anos da Duke Energy Brasil e contou com um talk show comandado pelo apresentador Jô Soares, que entrevistou a cientista política Lúcia Hipólito; Hermes Chipp, diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS); e Sigmar Malvezzi, professor do Instituto de Psicologia da USP, acerca de aspectos políticos, operação do setor elétrico e ética no Brasil, respectivamente. A edição obteve recorde de público – 550 participantes. 39 4 CRESCIMENTO Melhorias contínuas nos processos de geração, a partir de critérios relacionados à eficiência operacional, estão constantemente no radar da companhia. Por isso, busca promover a modernização de suas usinas por meio de investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e manutenção de seu parque gerador, o que contribui para o índice satisfatório de disponibilidade. Além disso, mantém relacionamento com clientes, agentes de mercado e reconhecidas entidades de pesquisa para criar soluções e visa aprimorar seus processos por meio de novas tecnologias. |GRI G4-DMA| Pesquisa & Desenvolvimento |GRI G4-DMA| A Duke Energy desenvolve uma série de projetos de P&D alinhada à regulamentação estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que determina a destinação de 1% da receita operacional líquida a iniciativas de P&D. Desde o início de sua atuação no mercado brasileiro, a empresa prioriza estudos destinados a promover mais qualidade e eficiência do sistema elétrico, além de contribuir para a preservação do meio ambiente. Em 2014, os recursos destinados para a área chegaram a R$ 6,7 milhões, valor abaixo dos R$ 7,7 milhões aplicados no ano anterior. Foram finalizados seis projetos e a meta regulatória de investimentos em P&D foi superada em 36%, com destaque para a permanente inovação em processos e serviços que representam importantes oportunidades de ganhos de eficiência não apenas para a empresa como para todo o setor elétrico brasileiro. Avaliações internas e o contato com universidades, fabricantes e institutos de pesquisa norteiam as iniciativas e a companhia possui grupo coordenador do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento, formado por diretores e gerentes-gerais, para avaliar o elemento estratégico e o risco associado a cada projeto. As principais linhas de pesquisa são: Fontes Alternativas; Gestão de Bacias e Reservatórios; Planejamento de Sistemas de Energia Elétrica; Operação de Sistemas de Energia Elétrica; e Supervisão, Controle e Proteção de Sistemas de Energia Elétrica. No atual ciclo de P&D, um dos principais projetos em execução tem como objetivo criar um sistema global de gerenciamento de riscos setoriais para mapear e quantificar os principais fatores que impactam nossas atividades, assim como apontar as melhores formas de mitigar efeitos negativos sobre o desempenho sustentável do negócio. Projeto avalia gaseificação de biomassas, como canade-açúcar Projetos de P&D LINHA DE PESQUISA: ENERGIA RENOVÁVEL Mais eficiência na energia de biomassas: busca o desenvolvimento de um processo integrado de gaseificação de biomassas (cana-de-açúcar, palha de arroz, capim elefante e cavacos de madeira) com eficiência energética superior em relação aos atuais meios de conversão de biomassa em energia via produção de gás. Tem como base a aplicação da tecnologia de plasma e pretende avaliar o uso de diferentes tipos e misturas de biomassa, identificar melhorias de aproveitamento e eficiência. Custo total: R$ 4.520.475,00. Modelagem de energia por meio do empuxo: iniciado em 2009, em sua segunda fase busca analisar a viabilidade técnico-econômica de obter energia diretamente a partir do empuxo. Visa projetar modelos do dispositivo para aplicação prática em usinas que tenham excedente de vazão, que é normalmente vertida ao longo de quase todo o ano. Custo total: R$ 2.870.283,70. 41 LINHA DE PESQUISA: PESQUISA ESTRATÉGICA Geração de energia a partir do gás natural: busca pesquisar os benefícios de uma maior inserção de térmicas a gás natural na matriz elétrica brasileira e desenvolver alterações regulatórias que permitam a contratação de geração a gás natural nos leilões de energia nova, além de pesquisar e desenvolver alterações regulatórias nos setores de gás natural e de eletricidade. Custo total: R$ 188.148,00. Ampliação do parque gerador: busca o desenvolvimento de metodologias e critérios que poderão servir de base para o aprimoramento dos processos de licitação de expansão da geração a serem realizados no futuro. Prevê a elaboração de um software para simular e comparar os efeitos de várias possíveis alternativas de incorporação das questões relativas aos leilões. Custo total: R$ 92.812,93. Gerenciamento de riscos corporativos: propõe a criação de metodologia de identificação, análise, priorização, tratamento e gestão de riscos e oportunidades, amparada por ferramenta tecnológica, voltada à elevação das expectativas de sucesso, medição e gerenciamento de indicadores correlacionados ao tripé da sustentabilidade – econômico, social e ambiental. Custo total: R$ 2.761.459,50. Gestão estratégica de negócios: visa o desenvolvimento e a implementação de um modelo de simulação capaz de prover informações para a gestão estratégica operacional e financeira das distribuições de oportunidades do negócio criadas pela exposição da empresa a direcionadores de valor e de risco, como taxas de juros, índices de inflação, taxas de câmbio, diferentes níveis de endividamento do negócio, preço da energia elétrica, nível de crescimento econômico e social do mercado consumidor, entre outros. Custo total: R$ 1.085.436,00. Formação de portfólios de geração complementares: busca desenvolver uma metodologia e um sistema computacional para operacionalizar a análise de riscos de comercialização, incorporando tratamento de dados da energia eólica e sua incerteza característica, que impõe medidas de proteção adequadas na formação de portfólio de fontes de geração complementares. Custo total: R$ 885.332,00. Precificação de contratos bilaterais: objetiva assegurar mais clareza e segurança quanto às premissas e aos critérios utilizados na formação do preço do MWh a ser considerado para a celebração de contratos, diferenciando o valor da energia elétrica a ser entregue em razão do período de suprimento e do intervalo de tempo existente entre a celebração do contrato e o início da entrega física da eletricidade. Custo total: R$ 795.680,00. Modelo computacional de otimização de despacho: consiste em um modelo computacional de despacho hidrotérmico que, a partir dos resultados obtidos na primeira fase, visa a implementação de avanços metodológicos capazes de melhorar a geração de cenários, permitindo análises mais detalhadas das séries sintéticas, com o fim de reduzir o tempo computacional e refinar o processo de otimização. Outra proposta é a incorporação de variáveis de natureza físicometeorológica na análise das Energias Naturais Afluentes (ENAs). Custo total: R$ 5.842.917,06. Gestão de riscos e amparada por ferramenta tecnológica 42 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 LINHA DE PESQUISA: MEIO AMBIENTE Identificação de peixes para repovoamento: busca ampliar as informações sobre a ictiofauna da Bacia do Rio Paranapanema e subsidiar o desenvolvimento de ações ambientais para conservar a diversidade, preservar e recuperar áreas importantes para a manutenção de espécies de peixes, dessa e de outras bacias hidrográficas. Custo total: R$ 1.200.100,00. Monitoramento do entorno de reservatórios: LINHA DE PESQUISA: PROJETO ESTRATÉGICO objetiva desenvolver metodologia que possibilite, a partir da utilização de imagens de satélite, a identificação de alterações nas áreas sob concessão dos reservatórios de usinas hidrelétricas, verificando seus usos e suas ocupações, de modo a monitorar ocorrências capazes de comprometer ou colocar em risco o patrimônio sob concessão. Custo total: R$ 2.282.249,84. Impacto das mudanças climáticas: visa quantificar as possíveis alterações de energias asseguradas das usinas hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN) das bacias dos rios Paraná, Xingu, Tocantins, São Francisco, Uruguai e Iguaçu, considerando projeções de mudanças climáticas de modelos atmosféricos integradas com modelos hidrológicos distribuídos de grande escala para a geração de vazões afluentes. Custo total: R$ 510.028,89. Mais atenção ao controle de erosões: visa criar mecanismos de orientação ao tratamento de questões relacionadas aos processos de erosão marginal em reservatórios formados para geração de energia hidrelétrica. É centralizado no estudo da erosão marginal, que contribui para o aumento da carga de fundo dos canais de drenagem e provoca a destruição progressiva da área de entorno. Custo total: R$ 1.746.293,60. LINHA DE PESQUISA: SUPERVISÃO, CONTROLE E PROTEÇÃO LINHA DE PESQUISA: SUSTENTABILIDADE Previsões de chuvas mais precisas: contempla nova Custo-benefício de projetos socioambientais: UHE Capivara abordagem no uso de estimativas e previsões de precipitação na modelagem hidrológica operacional. O novo método equacionará as estimativas de chuva dos radares meteorológicos de Bauru (SP), Presidente Prudente (SP) e Teixeira Soares (PR) com a rede de estações pluviométricas da Duke Energy e do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), levando a uma matriz de chuva com alta resolução sobre a Bacia do Paranapanema. Custo total: R$ 945.440,00. busca desenvolver uma matriz paramétrica de custo-benefício de programas sociais e ambientais no entorno de usinas hidrelétricas, além de uma metodologia para a avaliação desses programas. Conta com uma pesquisa de opinião in loco para a análise dos benefícios, que produzirá como produto secundário um conjunto de questionáriospadrão que mapeiam as diversas tipologias de programas. Custo total: R$ 2.128.928,00. 43 5 CAPITAL HUMANO Com uma política de gestão de pessoas baseada nos valores corporativos Segurança, Integridade, Responsabilidade, Respeito, Comunicação, Inclusão e Trabalho em Equipe, a Duke Energy investe no fortalecimento dos conceitos de prevenção, de forma a aperfeiçoar e sedimentar os padrões e processos relacionados à segurança, saúde e qualidade de vida de seus trabalhadores, próprios ou prestadores de serviço. A companhia valoriza o clima organizacional, buscando criar um ambiente participativo, de confiança mútua, compartilhando suas conquistas e desenvolvendo programas de capacitação e aprimoramento profissional, saúde, lazer e bem estar. Está comprometida com a geração de oportunidades iguais de emprego e apoia a filosofia de criação e manutenção de um ambiente inclusivo, onde contribuições são reconhecidas e todas as pessoas são valorizadas e respeitadas, tendo oportunidades que permitam realização profissional. |GRI G4-DMA| Atuando para manter os melhores talentos, monitora o desempenho dos temas prioritários para recursos humanos em um mapa estratégico por meio de três instrumentos de avaliação, que se completam e se validam: uma pesquisa de opinião, uma pesquisa de clima e o ranking das melhores empresas para se trabalhar do Instituto Great Place to Work® (GPTW). Em 2014, a Duke Energy foi considerada a sexta melhor empresa para se trabalhar no País na categoria Médias e Pequenas Multinacionais do GPTW. A colocação é inferior ao quarto lugar obtido em 2013, que abrangeu cerca de menos 300 empresas. O GPTW avalia a percepção dos funcionários, o clima organizacional e as políticas de Recursos Humanos que privilegiam qualidade de vida, remuneração e benefícios competitivos em relação ao mercado, e a possibilidade de desenvolvimento profissional. Já a pesquisa de clima apontou um Índice de Clima Organizacional (ICO) ainda melhor que os 82,8% registrados no ano anterior: o ICO de 2014 foi de 84%. UHE Rosana Emprego |GRI G4-DMA| No final de 2014, a Duke Energy contabilizava uma força de trabalho de 405 pessoas, sendo 322 colaboradores próprios (em horário integral, com contrato permanente), oito estagiários e 75 prestadores de serviço. Foram contratados 33 profissionais no ano – dos quais 61% com curso superior e, entre eles, 10% pós-graduados – e sete estagiários. Todos receberam o Manual de Integração e o Código de Ética dos Negócios, que expõem as diretrizes e os comportamentos desejados pela companhia, além de treinamentos que incluíram temas como saúde e segurança do trabalho e práticas anticorrupção. Foram desligados 25 empregados e nove estagiários no período. A Duke Energy possui ações de recolocação profissional para os colaboradores desligados. Nos níveis gerenciais, empresas especializadas são contratadas para auxiliá-los no processo. A empresa tem ainda como prática desligar os aposentados para que possam receber a multa sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 45 TOTAL DE COLABORADORES EMPREGADOS POR GÊNERO Empregados Estagiários Terceiros Jovens aprendizes 391 394 405 71 70 75 7 9 7 10 7 8 82,6% 17,4% Homens 304 307 315 2012 2013 2014 Mulheres NÚMERO DE EMPREGADOS |GRI G4-10| 2012 Por contrato e tipo de emprego Diretores celetistas 1 Gerentes (alta gerência e gerência) Consultores (supervisão/coordenação) Administrativos Operacionais/técnicos Jovens-aprendizes Estagiários Prestadores de serviço contratados de terceiros 2 Total Por região 3 São Paulo – sede Região do Paranapanema – usinas Total 1 2013 2014 Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total 3 1 4 5 1 6 Homens Mulheres 5 1 Total 6 34 13 79 120 1 3 10 43 1 6 6 44 13 122 121 7 9 32 16 79 121 1 5 10 0 42 1 6 5 42 16 121 122 7 10 36 15 80 120 1 7 12 0 45 1 6 1 48 15 125 121 7 8 - - 71 60 10 70 64 11 75 253 67 391 319 75 394 328 77 405 Homens 61 189 250 Mulheres 49 12 61 Total 110 201 311 Homens 62 192 254 Mulheres 48 12 60 Total 110 204 314 Homens Mulheres 60 49 197 16 257 65 Total 109 213 322 Além de seis diretores celetistas, a companhia tem cinco diretores estatutários. 2 Em 2012 a empresa não tinha o controle de gênero dos prestadores de serviços. 3 Sem estagiários e terceiros. 46 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 ROTATIVIDADE Número de admissões TEMPO MÉDIO DE ATUAÇÃO |GRI G4-LA1| Dos empregados que deixaram a empresa (em meses) Rotatividade total Número de desligamentos Idade 40 Mais de 50 anos 7,8% 7,1% Total 377,5 400 Homens Mulheres 377,5 – 350 33 300 23 5,4% 25 250 20 200 17 150 De 30 a 50 anos Até 30 anos 2012 2013 110,3 133,4 100 18,2 46,8 50 22,6 9,5 2014 ROTATIVIDADE |GRI G4-LA1| Total de empregados Novas contratações Desligados Rotatividade 322 33 25 7,76% 74 24 9 12,16% 188 9 15 7,98% 60 0 1 1,67% Homens 257 18 15 5,84% Mulheres 65 15 10 15,38% São Paulo – sede 109 13 12 11,01% Região do Paranapanema – usinas 213 20 13 6,10% Rotatividade Total Por faixa etária Menos de 30 anos de idade Entre 30 e 50 anos Mais de 50 anos Por gênero Por região 47 Saúde e segurança |GRI G4-DMA| A Duke Energy trabalha para fortalecer os conceitos de prevenção, aperfeiçoar e sedimentar os padrões e processos relacionados à segurança, saúde e qualidade de vida de seus trabalhadores próprios ou prestadores de serviço. Possui um Sistema de Gestão de Meio Ambiente, Saúde e Segurança (SGMASS) com dois comitês de análise crítica e gestão (Gestor e Operacional). Os integrantes dos Comitês de Saúde e Segurança têm autonomia para informar a direção da organização sobre ações que considerem necessárias na área. Há ainda comitês de Standard Behavior Settings (SBS), ou padrão de comportamento de segurança, e de Programa de Segurança no Trânsito (PST), além de comitês de emergência, como Gestão de Crises, Sistema de Operação em Situação de Emergência (Sosem), Plano de Resposta para Emergências (PRE) e Plano de Continuidade de Negócios (PCN). Os sistemas de prevenção e acompanhamento das atividades se dão por meio de inspeções, treinamentos e programas de SST, utilização da planilha de avaliação de perigos e riscos ocupacionais, análise preliminar de risco e treinamentos online do SGMASS (procedimentos operacionais). Realizadas por um grupo da área de Saúde e Segurança que vai às usinas trimestralmente, as inspeções gerais avaliam as condições físicas, de meio ambiente, e de saúde e segurança das plantas. Com Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) proativas atuando em todas as áreas operacionais e administrativas e representando 100% dos empregados, a Duke Energy desenvolveu diversas iniciativas para incentivar a saúde, segurança e qualidade de vida de seus empregados, como palestras sobre o tema nas Semanas Internas de Prevenção de Acidentes (Sipats). |GRI G4-LA5| Uma grande conquista de 2014 foi a obtenção da certificação de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional OSHAS 18001 na unidade de Salto Grande, que também obteve a certificação ambiental (ISO 14001) e de responsabilidade social (NBR 16001). Desenvolvido de maneira piloto nessa unidade, o processo de certificação consolidou o Sistema de Gestão Integrado (SGI), significando a evolução da gestão iniciada em 2004. 48 Outro destaque é o programa Ops, Quase! Iniciado em 2013, consiste no relato de situações de quase acidentes ou incidentes, de forma a identificar causas e tendências de ocorrências e melhorar o desempenho de segurança. Em 2014, em seu primeiro ciclo completo, o Ops, Quase! contabilizou 170 registros de situações perigosas, que após serem analisadas foram divulgadas entre os colaboradores com o objetivo de fortalecer a cultura da prevenção. Em 2014, as equipes de saúde e segurança buscaram estar mais próximas da força de trabalho e das atividades externas às usinas. A empresa manteve as ações que regem sua cultura de Zero Enfermidade e Lesão. Embora tenha o objetivo filosófico de zero acidente, a empresa define uma meta numérica para avaliar seu desempenho. Em 2014, alcançou a meta traçada de taxa total de acidentes (TICR) de 0,27 para empregados próprios e de 0,83 para terceirizados. O indicador, que mede taxa total de acidentes ocorridos, foi considerado satisfatório tendo em vista o número de funcionários, o tipo do risco de exposição – que envolve atividades de manutenção industrial, manutenção civil, implementação de programas ambientais e deslocamentos – e a dimensão: a força de trabalho da Duke Energia se submete a 720 mil horas de exposição ao risco por ano e percorre mais de 3 mil quilômetros com veículos da frota. Para mitigar esse risco de deslocamento, o programa de direção defensiva, voltado para evitar acidentes de trânsito no trajeto entre as plantas realizado em estradas e áreas rurais, incorporou um novo sistema de monitoramento. A partir de 2014, os motoristas que já eram capacitados, monitorados e avaliados periodicamente sobre os riscos do trânsito passaram a ter que responder um formulário com questões de segurança antes de cada viagem de carro. DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 INDICADORES DE SEGURANÇA |GRI G4-LA6| 2013 2014 Empregados Empregados Total Homens Mulheres Acidentes com afastamento 0 0 Paranapanema (usinas) 0 0 Parceiros Total Homens Mulheres Total 0 0 3 0 3 0 0 3 0 3 São Paulo (sede) 0 0 0 0 0 0 0 Acidentes sem afastamento 0 0 0 0 1 0 1 Paranapanema (usinas) 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 Taxa de Lesão (Taxa de Frequência) 1,38 0 0 0 7,55 0 0 Paranapanema (usinas) 2,12 0 0 0 7,71 0 7,71 0 0 0 0 0 0 0 Taxa de Gravidade (TG) 8.262 0 0 0 58 0 58 Paranapanema (usinas) 12.730 0 0 0 59 0 59 0 0 0 0 0 0 0 São Paulo (sede) São Paulo (sede) São Paulo (sede) Taxa de doenças ocupacionais 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% Paranapanema (usinas) 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% São Paulo (sede) 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% Total de dias perdidos 6.000 0 0 0 31 0 31 Paranapanema (usinas) 6.000 0 0 0 31 0 31 0 0 0 0 0 0 0 Taxa de dias perdidos (LWCR) 0,28 0 0 0 1,51 0 1,51 Paranapanema (usinas) 0,42 0,27 0 0,27 1,54 0 1,54 São Paulo (sede) 0 0 0 0 0 0 0 Taxa total de acidentes (TICR) 0,28 0 0 0 1,51 0 1,54 Paranapanema (usinas) São Paulo (sede) 0,42 0 0 0 1,54 0 1,51 São Paulo (sede) 0 0 0 0 0 0 0 Fatalidades (óbitos) 1 0 0 0 0 0 0 Paranapanema (usinas) 0 0 0 0 0 0 0 São Paulo (sede) 0 0 0 0 0 0 0 Taxa de absenteísmo Atualmente não há cálculo de absenteísmo registrado na empresa. 49 Qualidade de vida nn Campanhas relacionadas à Saúde: A Duke Energy investe em ações que promovam a qualidade de vida de seus empregados pois acredita na importância de construir um ambiente de trabalho acolhedor. Embora não haja empregados com alta incidência ou alto risco de doenças relacionadas à sua ocupação, a empresa realiza exames periódicos relacionados aos riscos das atividades que cada colaborador desenvolve. |GRI G4-LA7| exames periódicos, check ups, saúde ativa e campanha de vacinação incluindo empregados, dependentes e terceiros. Treinamento e desenvolvimento |GRI G4-DMA; G4-LA10| Paralelamente, incentiva as pessoas a adotarem hábitos saudáveis por meio do Programa de Saúde e Interação Social, que é focado em prática de esportes, interação com a sociedade e adoção de hábitos alimentares saudáveis. O programa oferece ajuda mensal de R$ 120,00 para que todos os empregados realizem atividades sociais ou esportivas, como aulas de teatro ou academia. Em 2014, o programa contou com a adesão média de 175 pessoas. A Duke Energy investiu R$ 1,53 milhão em treinamentos, reciclagens e programas de educação em 2014, que representam 177 horas (ou 22 dias) por profissional. A empresa possui programas e ferramentas contínuas voltadas à aquisição e aprimoramento de competências, seja por meio de apoio financeiro à capacitação, cursos desenvolvidos internamente, com fornecedores externos ou, até mesmo em outros países, como o International Assigment, que possibilita que os empregados da Duke Energy no Brasil sejam enviados para unidades em outros países para programas de curta duração. O empregado preserva suas responsabilidades locais e, ao mesmo tempo, aprimora conhecimento de idioma ou desenvolve trabalhos técnicos específicos da sua área. Há ainda projetos de assistência aos empregados nos casos de doenças graves que incluem educação, aconselhamento, prevenção e controle de riscos e tratamento. Outras iniciativas desenvolvidas em 2014 foram: nn Superseguro: programa incentiva comportamento seguro reconhecendo os empregados considerados referência em saúde e segurança; nn Desafio da Segurança: incentivo a novas ideias para assegurar a segurança com contratados; nn CIPA e Sipat: promovem reuniões e palestras periódicas; HORAS DE TREINAMENTO |GRI G4-LA9| 2013 Categoria Diretores Gerentes (alta gerência e gerência) 2014 Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total 71,4 67 70,67 106,4 102 105,67 76,13 76,6 76,24 117,28 228 144,96 98,31 - 98,31 65,93 0 65,93 Administrativos 254,72 154,55 219,95 250,68 110,89 200,5 Operacionais/técnicos 159,95 960 166,51 177,14 1010 184,02 - - - 5 194,33 167,29 Consultores (supervisão/coordenação) Jovens-aprendizes 50 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Chamado de Exercício de Sucessão, esse planejamento identifica por meio de uma metodologia desenvolvida internamente os potenciais sucessores em diferentes áreas, com o objetivo de garantir a continuidade do negócio. Com base nas capacidades e nos conhecimentos, é traçada uma estratégia de investimento em treinamento e capacitação, desencadeando uma série de ações de desenvolvimento para: Ainda com o propósito de contribuir para o desenvolvimento profissional, é mantido o Programa Bolsa-Auxílio Educação, com cobertura parcial dos custos de cursos de graduação, extensão e idiomas (80% do curso limitado a R$ 600). Em dezembro de 2014, cerca de 25% da força de trabalho aderiu ao incentivo. Já quando é identificado um grande contingente de pessoas aptas à aposentadoria, a Duke Energy conta com um programa de Renovação da Força de trabalho, que compreende preparar essas pessoas para uma segunda carreira, apoio à aposentadoria e formação/capacitação de profissionais para assumir novas posições (mapeadas no planejamento sucessório). No caso específico de aposentadoria, existe um programa para preparação composto por palestras e vivências que tem duração de três dias. nn Capacitar os colaboradores analíticos operacionais; nn Desenvolver a liderança dos gestores; nn Investir para transformar os executivos. Para 2015, a Duke Energy planeja investir ainda mais no desenvolvimento dos empregados utilizando conhecimento e tecnologia interna. Para isso, a empresa está desenvolvendo dois programas, o Fórum de Liderança, para aprimorar aptidões de gestores; e a Oficina de Saber, para compartilhar o conhecimento técnico. Todas as iniciativas de desenvolvimento e capacitação da Duke Energy são pautadas, principalmente, pelos processos de Avaliação de Competências 360º que avalia os empregados a cada dois anos. Porém, a empresa realiza anualmente a Gestão do Desempenho e o Planejamento Sucessório, que fornecem inclusive subsídio à elaboração do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI). Já os programas Escola de Negócios – que desenvolve profissionais em início de carreira para atuação em áreas-chaves como Comercial, Regulatório, Risco e Finanças – e a Escola de Operações – iniciativa que forma operadores para trabalhar nas usinas – continuam entre os recursos de gestão de pessoas, podendo ser aplicados quando necessários. ANÁLISE DE DESEMPENHO |GRI G4-LA11| Nº de empregados Categoria Diretores Gerentes (alta gerência e gerência) Homens Mulheres Nº de avaliados Total Homens Mulheres Porcentual de avaliados Total Homens Mulheres Total 5 1 6 5 1 6 100,0% 100,0% 100,0% 36 12 48 36 12 48 100,0% 100,0% 100,0% Consultores (supervisão/coordenação) 15 0 15 15 0 15 100,0% - 100,0% Administrativos 80 45 125 77 39 116 96,3% 86,7% 92,8% 120 1 121 116 1 117 96,7% 100,0% 96,7% Operacionais/ técnicos Jovens-aprendizes Total de empregados 1 6 7 0 0 0 0,0% 0,0% 0,0% 257 65 322 249 53 302 96,9% 81,5% 93,8% 51 Remuneração e benefícios Os salários pagos pela Duke Energy são compatíveis aos de seus segmentos de atuação e a composição da remuneração busca garantir a competitividade do pacote total comparado com o mercado, permitindo a retenção e a motivação dos talentos. Dessa forma, além do salário, os colaboradores têm participação nos resultados e bônus – cuja metodologia de apuração considera o alcance de metas individuais e coletivas. Os benefícios concedidos também vão além dos determinados pela legislação, como assistência médica e odontológica, alimentação, transporte, seguro de vida e previdência complementar. Em 2014, esses benefícios representaram recursos equivalentes a 10,7% da folha salarial. Em relação às licenças maternidade e paternidade, dos seis empregados que tiveram direito a elas em 2014 (cinco homens e uma mulher), todos usufruíram da licença, retornaram ao trabalho após esse período e continuaram na Duke Energy por pelo menos 12 meses após o retorno ao trabalho. |GRI G4-LA3| Relações sindicais |GRI G4-DMA| Permanentemente aberta ao diálogo com as representações de trabalhadores, a Duke Energy relaciona-se com os sindicatos no dia a dia de trabalho. A empresa defende a livre associação sindical de colaboradores e parceiros, tanto que convida os empegados a participarem de reuniões de negociação de Acordo Coletivo, que cobre 100% dos empregados. |GRI G4-11| Embora todas as mudanças relevantes na empresa sejam comunicadas diretamente ao sindicato e informadas a todos os empregados, os acordos não contemplam cláusulas que especifiquem forma ou prazo mínimo de notificações sobre mudanças operacionais significativas. A Duke Energy possui um portal interno gerenciado pela área de Relações Institucionais onde todas as informações, notícias e campanhas são divulgadas. Além disso, existe clipping de notícias, jornal digital e envio de e-mails corporativos em tempo real. |GRI G4-LA4| 52 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 6 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL A política de Meio Ambiente, Saúde, Segurança e Responsabilidade Social da Duke Energy, dentre outros compromissos, considera a prevenção de impactos socioambientais e riscos ocupacionais na gestão de seus processos. Esse princípio é garantido pelo foco no mapeamento e levantamento de expectativas de partes interessadas, bem como pela manutenção de sistemas de gestão integrados que contam com ferramentas para identificar e avaliar a significância dos diferentes impactos e riscos, sejam eles decorrentes de atividades rotineiras, não rotineiras ou situações emergenciais. Para fomentar o desenvolvimento local e ainda atuar na prevenção ou mitigação desses elementos, a organização mantém canais de comunicação, investe em programas e ações de desenvolvimento local e estabelece procedimentos operacionais e emergenciais diversos. |GRI G4-14| SOCIEDADE |GRI G4-DMA, G4-SO1| A Duke Energy desenvolve diversas ações ligadas aos quatro pilares que sustentam sua política de Investimento Social Privado: Vitalidade Comunitária, Promoção Ambiental, Educação e Cidadania e Capacitação e Geração de Renda. PILARES DO INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO Vitalidade Comunitária Projetos relacionados à melhoria de qualidade de vida das comunidades, com experiências culturais, esportivas e recreativas que colaborem para a formação de um cidadão mais completo, com horizontes e perspectivas mais amplos. Inclui a contribuição para instituições beneficentes de saúde, de caridade ou assistência social. Capacitação e Geração de Renda Investimento na qualificação de lideranças e profissionais locais, de modo a desenvolver a gestão pública e em especial aquela com participação comunitária. Apoio a projetos para a criação ou ampliação de renda para famílias, principalmente aquelas em condições de risco social. Promoção Ambiental Iniciativas de educação e conscientização ambiental, assim como estímulo de práticas de preservação do meio ambiente adotadas por moradores e proprietários do entorno, academia ou parceiros técnicos. Abrange temas como gestão ambiental, preservação das bordas dos reservatórios, melhor uso da água, pesquisa e desenvolvimento tecnológico e eficiência energética. Educação e Cidadania Ações ligadas à educação de jovens e adultos, ao apoio ao trabalho de Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e projetos sociais com viés educacional. 54 Em outubro de 2014, obteve a certificação ABNT NBR 16001:2012 de excelência em gestão da Responsabilidade Social. De maneira pioneira no setor, foi a primeira empresa certificada por um ativo em operação, no caso a Usina Hidrelétrica de Salto Grande. A certificação reforça ainda um ambiente focado no pleno relacionamento entre a empresa e as comunidades próximas de suas unidades. Com diversas iniciativas de engajamento e desenvolvimento local realizadas ao longo dos anos, a empresa a cada ano consolida esse processo, tornando-o sistêmico, estruturado em um ciclo composto por pesquisas periódicas e fomento a projetos sociais alinhados à toda a Duke Energy International que respondam de forma devolutiva aos anseios das comunidades de entorno. Esse ciclo busca englobar as comunidades do entorno de suas oito usinas e para 2015 o objetivo é tornar ainda mais eficiente essa comunicação com a sociedade. O piloto do Sistema de Gestão Integrado (SGI) está sendo aplicado na Usina de Salto Grande, e a ideia é estendê-lo às demais usinas nos próximos anos. Atualmente, a Duke Energy possui um canal de comunicação em seu website, via Fale Conosco, para identificação e tratamento de demandas de partes interessadas, incluindo as externas à organização. Também está presente em redes sociais por meio de contas corporativas no YouTube e Twitter (@dukeenergybr) e do blog www.dukeenergybr.wordpress.com. Conta ainda com canais ligados a temas mais específicos de interesse das comunidades: para atendimento às expectativas ligadas à condição de seus reservatórios, disponibiliza o TeleCheia (0800-770-2428) ou ainda um canal destinado às orientações sobre uso e ocupação de bordas dos reservatórios (Campanha Espaço Legal). A Duke Energy possui ainda um canal corporativo para tratamento de manifestações diversas, o Ethics Line. De alcance internacional, DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 funciona em período integral e é acessível por telefone ou e-mail, sendo possível manter o anonimato nas manifestações de qualquer empregado. Em 2014, o Ethics Line recebeu uma única denúncia relativa à fraude, que foi investigada e se mostrou improcedente. Por meio de canais direcionados a stakeholders externos, a empresa foi questionada respeito de uma determinada reponsabilidade de caráter patrimonial, relativa a uso e ocupação de bordas, que evoluiu para uma preocupação coletiva e foi tratada em reuniões públicas. Atualmente, a ocorrência segue os trâmites normais de gestão patrimonial. |GRI G4-SO11| Impactos |GRI G4-SO2| Nas atividades atuais, focadas na geração hidrelétrica, os impactos da Duke Energy estão principalmente relacionados à operação das usinas (nível de reservatórios e volume de água vertida) em decorrência do excesso ou escassez de água em cada período do ano – em especial de novembro a março, no chamado período úmido. Com o objetivo de orientar sobre o modelo de operação das usinas e eventuais impactos às comunidades derivados de secas ou cheias na bacia do Paranapanema, a companhia realiza anualmente ciclos de palestras nas comunidades do entorno de seus empreendimentos. Essas reuniões acontecem sempre em ambientes públicos, são abertas e reúnem lideranças locais, defesa civil, imprensa e comunidade em geral, abordando temas como: modelo de gestão e funcionamento das hidrelétricas; previsão de cenário climatológico e impactos do mesmo no modo de operação das usinas, com os respectivos eventuais desdobramentos para comunidades - que são via de regra, durante períodos secos, a baixa do volume de água nos reservatórios de acumulação ou, nos períodos com excesso de chuvas, o risco do aumento do nível das águas UHE Canoas I abaixo das usinas, pelo alto vertimento, com eventuais inundações de áreas de margem. A empresa, em ambos os casos, atua de modo a prevenir e educar as comunidades para estes impactos, disponibilizando canais de comunicação e produzindo boletins diários para autoridades, em épocas de cheia, informando sobre os níveis de vazão, para acompanhamento e atuação preventiva das defesas civis dos diversos municípios. Investimento social |GRI G4-DMA, G4-EC7| Embora não identifique impactos negativos às comunidades oriundos de sua operação, a Duke Energy busca fomentar e ser partícipe do desenvolvimento local e de melhores condições de oferta/conforto de serviços públicos às comunidades. Como exemplos, mantém uma ação anual de voluntariado, destinada principalmente ao apoio a projetos/instituições beneficentes, e em 2014, em outro exemplo, doou equipamentos de infraestrutura para a Polícia Ambiental local, reforçando assim a capacidade de atuação desse órgão. Entre ações de voluntariado e doações diversas, destinou R$ 134.100,00 em 2014. 55 INVESTIMENTOS SOCIAIS |GRI G4-EC7| Iniciativa Objetivo Ações em 2014 Beneficiados Doação para a promoção ambiental Estreitar relacionamento com stakeholders técnicos, ambientais e da esfera pública, promovendo melhores práticas. O trabalho de fiscalização de bordas de reservatórios, combate à pesca predatória e orientação aos frequentadores das margens e águas do Paranapanema é em grande parte desenvolvido pela Polícia Militar Ambiental. Há convergência de esforços para promover melhores práticas e proteger o meio ambiente ao longo do Paranapanema, por esta razão, em 2014 a empresa doou um barco em alumínio, com capacidade para cinco pessoas e carreta para transporte. Polícia Militar Ambiental de Ourinhos Doações a hospitais e casa terapêutica Investir na melhoria da qualidade de vida pela promoção de saúde e bem-estar social A Duke Energy colaborou com a doação de equipamentos para infraestrutura hospitalar de três instituições (unidades de saúde/Santas Casas), em Inajá, Taguaí e Sandovalina. Em Ourinhos, apoiou um projeto de recuperação de alcóolatras e dependentes de drogas - Casa terapêutica Missão Vida - com doação de cadeiras estofadas para escritório e auditório. Quatro instituições; 40 beneficiados diretos e 4.800 indiretos Voluntariado Incentivar boas práticas de promoção social e cidadania. Nove instituições foram beneficiadas pelas ações do Programa de Voluntariado, promovido anualmente por empregados da Duke Energy. Via de regra, as mesmas se concentram na reforma de instalações (pintura, elétrica, hidráulica) e na doação de mobiliários e equipamentos eletrodomésticos. Ocorreu em instituições nos municípios de Chavantes, Assis, Piraju, Porecatu, Rosana, São Paulo, Salto Grande e Teodoro Sampaio. Nove instituições beneficiadas; 152 voluntários (entre empregados e familiares); 749 pessoas diretamente beneficiadas Entre as 245 iniciativas desenvolvidas em 2014 – as quais impactaram quase 80 mil pessoas – duas foram destaque: a segunda edição do Prêmio Duke Energy – Energia da Inovação e o lançamento do programa Empreendedoras Latinas. Ambos os projetos, que atendem ao pilar Capacitação e Geração de Renda, impactaram economicamente de maneira significativa as comunidades onde foram realizados. |GRI G4-EC8| Neuzemere Maria da Silva, beneficiada do assentamento Nova Pontal, em Rosana (SP) 56 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Prêmio Duke Energy Prêmio Duke Energy - Energia da Inovação Realizado em parceria com a organização não governamental (ONG) Alfasol, o Prêmio Duke Energy – Energia da Inovação tem duração média de 24 meses e teve um novo edital e concurso aberto no segundo semestre de 2014, para a execução dos projetos ao longo de 2015. Foram inscritos 11 projetos de extensão universitária com atuação nas comunidades locais, com três vencedores. Todo o trabalho visa identificar oportunidade de desenvolver as economias locais, promovendo a capacitação e investimentos que levem à geração de renda às famílias de baixa renda ou às margens da cadeia produtiva. A Duke Energy investe R$ 50 mil em cada uma das ações, e ainda patrocina a Universidade Solidária (UniSol) para o gerenciamento de todo o projeto, levando orientação técnica aos estudantes, professores e comunidades, zelando pelo desenvolvimento e obtenção das metas estipuladas. Na primeira edição, concluída em abril de 2014, três projetos universitários tornaram-se sustentáveis. Eles envolvem gestão de resíduos sólidos por catadores de lixo em Andirá, proposto pela Faculdade do Norte Pioneiro (Fanorpi), de Santo Antônio da Platina (PR); o desenvolvimento de turismo promovido pela Unesp, campus de Rosana (SP); e capacitação de jovens para gestão em eventos, da Fatec de Presidente Prudente (SP). O projeto de Andirá, por exemplo, já se desdobrou em várias outras iniciativas com o apoio do Ministério Público e do Governo no Estado. Ao longo de 2015, os projetos vencedores do novo ciclo serão desenvolvidos em ações que envolvem três temas distintos: nn Gestão do lixo e de cooperativas associadas – Projeto Apoio técnico e capacitação de catadores/as para implantação da Coleta Seletiva Solidária em Piraju (SP), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Ourinhos (SP). nn Melhoria da produtividade de pequenos agricultores – Projeto Renda Solar: Secagem de Alimentos por Fonte de Energia Renovável (Solar) possibilitará geração de renda para o pequeno produtor rural de Jacarezinho (PR), da Faculdade do Norte Pioneiro (Fanorpi) / Instituto Federal do Paraná (IFPR) de Jacarezinho (PR). nn Inclusão da comunidade surda no mercado de trabalho – Projeto: Prosurdo – capacitação da comunidade surda de Ibiporã (PR), da Faculdade de Ciências Educacionais e Sistemas Integrados (Facesi) do mesmo município. O prêmio Duke Energy proporcionou relevantes contribuições tanto para a comunidade acadêmica da Fanorpi como para o grupo beneficiado, pois criou condições adequadas para o desenvolvimento sustentável da comunidade dos catadores de resíduos sólidos, com a constituição da Associação dos Recicladores de Resíduos de Andirá e Região (Recriar). Foi possível melhorar efetivamente a qualidade de vida e de trabalho destas pessoas e propiciar um aprendizado ímpar e empírico aos universitários, que envolveram-se por um mesmo ideal ao presenciar dificuldades e conquistas durante a execução do projeto. A partir desse prêmio, os acadêmicos passaram a entender o seu papel de protagonista e multiplicadores de boas práticas. À Duke Energy, nosso muito obrigada”. Lucyellen Roberta Dias Garcia, professora de Direito Ambiental, mestre em Ciências Jurídicas e coordenadora do projeto vencedor da 1ª Edição do Prêmio Duke Energy – Energia da Inovação Gestão Estratégica dos Resíduos Sólidos pelos Catadores de Lixo no Município de Andirá, da Faculdade do Norte Pioneiro (FANORPI) de Santo Antonio da Platina (PR). A expectativa é que a segunda edição do prêmio seja tão relevante para a comunidade quanto à primeira. Mais detalhes podem ser conhecidos no site http://premioduke-energy.com/. 57 OUTRAS INICIATIVAS SOCIAIS Empreendedoras Latinas Pilar Ações em 2014 Vitalidade Comunitária Realizado com o incentivo fiscal Lei Rouanet, o Circuito Cultural Duke Energy visitou 70 municípios no ano com a sala móvel de cinema e teatro, batendo um novo recorde. O projeto possibilitou a exibição do média-metragem As Viagens de Jerê, sobre as lendas do Paranapanema, a um público de mais de 46 mil espectadores em quase 300 sessões gratuitas. O filme foi produzido pela própria comunidade, após uma série de oficinas de cinema que abordaram temas como roteiro e cenário, que aconteceram por meio de uma parceria com a ONG Teatro de Tábuas, de Campinas. 4ª edição da Corrida e Caminhada Ecológica de Avaré contou com quase 1.000 participantes e os ciclistas da DukeBike fizeram 3.167 empréstimos de bicicletas. Apoio à inauguração da Casa de Cultura de Porecatu (PR), com exposição permanente e acesso gratuito para toda a comunidade. Como a capacitação, o empoderamento e a melhoria da qualidade de vida de mulheres e famílias de baixa renda e situação de vulnerabilidade social, o Empreendedoras Latinas tem o objetivo de fomentar a economia e a geração de renda apoiando iniciativas de mulheres com perfil de empreendedoras. Promoção Ambiental Educação e Cidadania Apoio ao esforço para reabertura do Jardim Botânico de Londrina (PR) que recebeu mais de 30 mil visitantes no ano. Em outros municípios de Paraná e São Paulo, foram realizadas dezenas de palestras sobre preservação ambiental e reciclagem, além da visita de centenas de estudantes na estação de Piscicultura em Salto Grande. Investimento em 16 novos projetos focados na atuação dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCAs), beneficiando diretamente 2.896 crianças e adolescentes. Ampliação do Projeto Guri para o polo de Sandovalina (SP), aumentando o potencial de vagas para 1.013 crianças e adolescentes que recebem aulas de cantos e musicalização em quatro polos. Apoio à formação de 150 crianças do Projeto Educando pelo Esporte viabilizado pela Lei de Incentivo ao Esporte. Programa de visitação às usinas recebeu 6.764 pessoas. 2ª edição do Prêmio Duke Energy Capacitação e Geração de Renda Energia da Inovação. Empreendedoras Latinas. 58 Criado pela Duke Energy International e com aplicação no Brasil a partir de 2014, é desenvolvido por meio de ações de engajamento com prefeituras dos municípios onde a companhia está presente. A primeira iniciativa é o apoio a projeto de panificação de um assentamento de Rosana (SP), realizado pela Organização das Mulheres Unidas do Setor II da Gleba XV de Novembro (Omus). Composta por aproximadamente 20 mulheres (entre associadas e parceiras), a entidade existe há 25 anos e funciona como uma cooperativa que produz pães, bolos e doces vendidos em feiras e distribuídos como merenda escolar. O Empreendedoras Latinas visa aprimorar o modelo de negócio existente e, consequentemente, a produtividade e lucratividade. A empresa vai doar equipamentos para reformulação e ampliação da capacidade da cozinha industrial do assentamento, além de patrocinar a capacitação na gestão de pequenos negócios e empreendedorismo das mulheres por meio de uma parceria com o SEBRAE. A aula inaugural ocorreu em dezembro de 2014 e o treinamento se estenderá por todo o ano de 2015. Diagnóstico cultural |GRI G4-DMA, G4-SO1| Com investimento de R$ 100 mil, via Lei Rouanet, a Duke contribuiu para a realização de um Diagnóstico Cultural em 22 municipios da Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar), no norte paranaense. Por meio de pesquisas, a empresa identificou os ativos culturais, como equipamentos e patrimônio histórico, e traçou um perfil de hábitos e desejos culturais das populações de Alvorada do Sul, Porecatu, Primeiro de Maio, Sertanópolis, Bela Vista do Paraíso, Cafeara, Cambé, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho, Londrina, Lupionópolis, Arapongas, Miraselva, Pitangueiras, Prado Ferreira, Rolândia, Sabáudia e Tamanara. O estudo iniciado em 2013 mapeou tanto os ativos físicos, como teatros e museus para fomentar o turismo, quanto a quantidade de grupos de teatro e duplas sertanejas de cada localidade. Também identificou, por exemplo, que 95% dessa população nunca foi ao cinema. As informações foram compiladas no livro Diagnóstico Cultural dos Municípios da Amepar, publicado no segundo semestre de 2014. O diagnóstico foi utilizado em capacitações às prefeituras e secretarias de culturas municipais a fim de que elas possam pleitear mais recursos nas esferas estadual e federal para o desenvolvimento da cultura. DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 FORNECEDORES A Duke Energy procura manter relacionamentos sólidos e duradouros com seus fornecedores, baseados na confiança, nos princípios de igualdade e na transparência. Os parceiros devem estar previamente aprovados no Cadastro de Fornecedores e um dos critérios é a adesão total aos princípios éticos e aos compromissos socioambientais estabelecidos pela companhia. A seleção e a habilitação são automatizadas por meio do sistema PeopleSoft. A estratégia de priorizar empresas próximas às suas usinas hidrelétricas atende ao objetivo de manter um bom relacionamento com as comunidades, além de fomentar a economia dos municípios do entorno das operações. Entretanto, todos os contratos são fechados conforme a política de melhor custo benefício, ou seja, embora busque fornecedores locais, também são feitas cotações com empresas de outras localidades e a Duke Energy opta pelo fornecedor com as melhores condições de preço, qualidade, prazo de entrega, garantias e manutenção. O destaque na gestão de suprimentos em 2014 foi o início do projeto Req to Pay, criado com o objetivo de trazer mais agilidade, transparência, comunicação, integração e sinergia ao processo de compras. Com regras claras e treinamentos, redesenhou o modelo de acompanhamento de contratos e agora todas as etapas do processo de compras são rastreadas em tempo real. A ferramenta já possibilitou diminuir, em média, 15 dias úteis no tempo de contratação. Trouxe ainda, por meio da desburocratização, a economia anual de R$ 45 mil com a redução de 50% do tempo dedicado às atividades de cadastro de fornecedores. O Jurídico da empresa, que a partir de julho de 2015 concentrará as áreas de compras, contratos e almoxarifado, foi fundamental na elaboração do Req to Pay, pois revisitou todos os contratos até então considerados como padrão, criando novos critérios que possibilitaram um maior portfólio de fornecedores homologados. A companhia relacionou-se diretamente com 430 fornecedores de compras e 205 de contratos (serviços e projetos) em 2014, para os quais efetuou pagamentos que totalizaram R$ 48,9 milhões. Já a cadeia completa contava com 1.178 fornecedores ativos. Composta por pequenas, médias e grandes empresas da região Sudeste do Brasil, a cadeia é formada por empreiteiros, prestadores de serviço, consultores, fabricantes, distribuidores, revendedores, varejistas, atacadistas que desempenham as seguintes atividades: |GRI G4-12| nn Prestação de serviços: manutenção das plantas; consultoria; projetos, construção, modernização e repotenciação de usinas; manutenção (facilities); manutenção civil, elétrica e hidráulica; reflorestamento; consultoria jurídica; vigilância; nn Materiais: peças e materiais para reparos e obra; veículos da frota; equipamentos de informática; químicos e lubrificantes; equipamentos de proteção individuais (EPIs). Início do projeto Req to Pay foi destaque na gestão de suprimentos 59 MEIO AMBIENTE Gestão |GRI G4-DMA| A Duke Energy investe na proteção dos recursos naturais do entorno de suas usinas hidrelétricas, na preservação de seus ativos e na gestão do patrimônio. A área de Meio Ambiente é responsável pelas ações ambientais voltadas à gestão de reservatórios e bordas – que levam à obtenção e manutenção das licenças de operação (LOs) de todas as usinas – e também pelo chamado meio ambiente industrial, que segue os procedimentos corporativos definidos no Sistema de Gestão Integrado (SGI), que tem como principal referência a certificação ambiental ABNT NBR ISO 14.001. Um dos destaques do ano foi justamente a obtenção da 14001 pela Usina de Salto Grande. A companhia tem um plano de conquistar a certificação também nas outras usinas, porém ainda não há cronograma definido nesse sentido. A gestão ambiental e patrimonial da Duke Energy segue sendo aprimorada. Em 2014, a consultoria Sistêmica foi contratada para visitar todos os processos da área e elaborar um diagnóstico, com avaliação, propostas de melhorias e elaboração de indicadores de performance. Apresentado a alta direção no final de 2014, o diagnóstico trouxe evoluções na gestão e no monitoramento que serão executadas ao longo de 2015. Entretanto, o gerenciamento já incluía vários monitoramentos ambientais e programas focados na regularização hidrológica, no controle de erosão e assoreamento, na não contaminação dos recursos hídricos, na conservação de espécies vegetais e animais, além da manutenção da diversidade genética. Os principais são: Programa de Revegetação, Programa de Promoção Florestal, Programa de Manejo e Conservação de Ictofauna, Programa de Educação Ambiental e Ações de Sustentabilidade. Avanços Entre as iniciativas de 2014, destacam-se as 191 ações de inspeções em todos os reservatórios, a conservação ambiental de 10,4 mil hectares de ativo florestal, a proteção contra incêndios de 159 hectares, manutenção de 15.380 metros de cercas contra invasão territorial, lançamento do Guia Espaço Legal – com foco nos principais usuários que utilizam os reservatórios e a troca contínua de informações com órgãos de fiscalização ambiental, para identificar e regularizar o uso e ocupação nas áreas sob concessão da empresa. Além disso foi realizada a soltura de 1,5 milhão de peixes nativos, houve o envolvimento de 4 mil pessoas no Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental, foi feito o enriquecimento florestal de aproximadamente 30 hectares na área de conservação Jurumirim-Piraju, a doação de cerca de 160 mil mudas florestais, o lançamento dos Planos de Educação Ambiental (PEA) e Mudanças Climáticas e o ingresso no Programa Brasileiro GHG Protocol de Mudanças Climáticas. |GRI G4-15| No ano, as licenças ambientais das Usinas Canoas I e Canoas II foram renovadas pelo prazo de 10 anos. A Duke Energy realizou diversas reuniões com órgãos ambientais, como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), além da frequente presença nas agências regionais, tendo iniciado a pauta de renovação Licença de Operação (LO) da UHE Capivara. De acordo com o Sistema Nacional de Unidades Conservação (SNUC) não há unidades de conservação na área da companhia. Contudo, são áreas intimamente ligadas a áreas protegidas, como, por exemplo, Morro do Diabo e Estação Ecológica Caiuá. Possibilitando ainda que a empresa mantivesse a condução dos diversos programas ambientais de acordo com suas legislações específicas, foram concedidas outras 13 autorizações para realização de estudos de fauna; monitoramentos de ictiofauna; controle de macrófitas; manejo de vegetação em APP; destinação de resíduos (Cadri); captura, coleta e transporte de material biológico. Para 2015, além de obter a renovação da LO da UHE Capivara, a empresa tem como meta realizar o pedido para iniciar o processo de renovação da licença da usina de Chavantes, que expira no começo de 2016. Represa de Jurumirim 60 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Mudanças climáticas |GRI G4-EC2| A Duke Energy, com o auxílio de uma empresa especializada, realizou em 2014 um estudo estratégico sobre Mudanças Climáticas e sua interface com o negócio. Apresentado ao Grupo Estratégico de Sustentabilidade, o documento evidenciou que o tema não é relevante do ponto de vista de mitigação devido às baixas emissões de GEE das operações das usinas hidrelétricas atuais e de que não há expectativa de crescimento das emissões por meio da aquisição ou construção de novas usinas. Mesmo assim, a empresa reconhece a importância do tema, monitorando os aspectos regulatórios referentes à questão climática e realizando anualmente, desde 2008, o Inventário de Emissões de GEE, de forma que justifiquem a ausência de ações diretas de mitigação de GEE em sua estratégia de negócios. (Mais informações em Gestão de Riscos) A empresa também participa das seguintes iniciativas: desenvolvimento de metodologia para monitoramento e avaliação de GEE em reservatórios de usinas hidrelétricas brasileiras; e efeitos de mudanças climáticas no regime hidrológico de bacias hidrográficas e na energia assegurada/garantia física de aproveitamentos hidrelétricos (fase de elaboração da proposta). Participou em 2014 pela primeira vez do GHG Protocol, apresentando voluntariamente as suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) no sistema público de registro, no qual obteve a classificação prata, de inventário completo. Em um cenário em que a redução da geração de energia pelas usinas da Duke Energy chegue a 50%, devido a mudanças em extremos de secas ou de precipitação, é possível estimar que as receitas perdidas seriam em torno de R$ 1,26 bilhão por evento (valor projetado com a produção de 12.650.003 MWh e preço médio de 200 R$/MWh). Na gestão de aspectos relacionados a mudanças climáticas, a companhia investe anualmente cerca de R$ 7 milhões nas iniciativas de prevenção e monitoramento de seca extrema e aumento da precipitação e R$ 50 mil em atividades de gestão de imagem/reputação. Nos anos de 2013 e 2014 foram investidos R$ 293 mil em impostos sobre o carbono, Esquema Cap & Trade e imagem/transparência. Emissões |GRI G4-DMA| Com o objetivo de melhorar o desempenho da Duke Energy no que se refere às emissões de gases de efeito estufa (GEE) e para reduzir essas emissões, por meio da Política de Mudanças Climáticas e da manutenção do Sistema de Gestão Integrado, a empresa começou a acompanhar o indicador que monitora o total de emissões das fontes críticas do escopo 1. Nesse sentido, foram consideradas críticas de emissão as fontes móveis de combustão (frota própria de veículos) e as emissões fugitivas de hexafluoreto de enxofre (SF6). A frota própria da empresa representa aproximadamente 70% do total de emissões diretas (escopo 1) e 5% do total geral de GEE emitidos pela empresa (soma dos escopos 1, 2 e 3). Já as emissões fugitivas, embora não sejam fonte significativa, possuem potencial de aquecimento global de 22.800 em comparação ao CO2. Portanto, devido a esse grau de risco, foram consideradas como fontes críticas a serem monitoradas. O monitoramento ocorre de forma trimestral e calcula a tonelada de dióxido de carbono equivalente (tCO2e) das duas fontes de emissão. A meta definida para as duas fontes é o resultado menor ou igual a 451,58 tCO2e, tomando como referência a soma do resultado obtido no Inventário de 2012 para as fontes móveis de combustão (=378,62 tCO2e) e no Inventário de 2013 para emissões fugitivas (= 72,96 tCO2e). No período, a companhia observou redução de 2,40% nas emissões de fontes móveis e de 20,27% nas emissões fontes estacionárias, conforme tabela na página seguinte. |GRI G4-EN19| Adicionalmente, como forma de reduzir as emissões, a companhia conta com salas de videoconferência em todas as unidades, para reduzir o deslocamento; promove a modernização da frota de veículos, com prioridade aos veículos flex (gasolina e etanol); e a instalação de lâmpadas mais eficientes. 61 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS (tCO2e) 2012 2013 2014 Escopo 1 - Emissões diretas |GRI G4-EN15| 520,22 491,34 604,25 Fonte móvel (frota própria de veículos) 378,62 345,43 337,14 Fonte estacionária (óleo diesel nos geradores) 15,6 12,36 14,90 Alimentação (consumo de GLP) 6,33 6,33 (*) Emissões fugitivas (CO2 – extintores) 6,33 6,46 5,78 66,32 72,96 145,92 Gás isolante (SF6 em transformadores e disjuntores) 0,13 0,1 0 Tratamento de efluentes Gases de corte e solda (acetileno) 46,89 47,71 100,51 Escopo 2 - Emissões indiretas |GRI G4-EN16| 12,53 23,51 28,03 Consumo de energia elétrica 12,53 23,51 28,03 5. 823,15 6.138,88 1.898,66 Escopo 3 - Emissões Indiretas |GRI G4-EN17| Compra de combustíveis por empresas terceirizadas a serviço da Duke 87,23 78,25 (**) Transporte e distribuição por empresas terceirizadas a serviço da Duke 2.086,93 2.189,22 1.425,86 Transporte coletivo terceirizado 320,98 311,51 304,54 Viagens aéreas de funcionários 137,55 227,99 162,61 Geração de resíduos sólidos Uso de produto vendido (no processo de geração de energia) Perdas (perdas do sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica) 0,19 0 0 3.177,96 3.326,81 (**) 12,33 5,1 5,65 (*) A partir de 2014, o consumo de GLP do refeitório passa a ser contabilizado em fontes estacionárias (conforme padronização do Programa Brasileiro GHG Protocol) (**) Não contabilizado em 2014 INTENSIDADE DE EMISSÕES |GRI G4-EN18| Emissões de CO2 por MWh (tCO2e) Geração líquida de energia (MWh) Emissões totais (t CO2e) Emissões por energia gerada (tCO2e/MWh) 62 2012 2013 2014 12.439.083,94 12.619.247,94 11.164.701,45 6.355,92 6.653,74 2.530,94 0,000510964 0,000527269 0,000226691 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Água |GRI G4-DMA| O consumo de água da Duke Energy totalizou 159.826 metros cúbicos em 2014, 10,2% mais que no exercício anterior. Esses totais consideram o consumo para uso humano e esgotamento sanitário pois a água usada na geração de energia é devolvida ao rio nas mesmas condições do momento de captação. Sete usinas sob concessão da Duke Energy possuem sistema de captação de água subterrânea por poços tubulares para abastecimento e esgotamento sanitário. A exceção é a UHE Canoas II, que capta água superficial do Rio Paranapanema para fins de esgotamento sanitário. O rio é um manancial de vida e biodiversidade, cuja fauna de peixes possui cerca de 155 espécies identificadas. Suas águas também são utilizadas para lazer, turismo e geração de renda (geração de energia elétrica, piscicultura em tanque rede, pesca). |GRI G4-EN9| Regularizadas por meio de outorgas de direito de uso do Departamento de águas e energia elétrica (DAEE) e Instituto Ambiental do Paraná (IAP), as captações utilizam as seguintes fontes: Jurumirim (Aquífero da Formação Botucatu), Chavantes (Aquífero da Formação Serra Geral), Salto Grande (Aquífero da Formação Serra Geral), Canoas II (Rio Paranapanema), Canoas I (Aquífero da Formação Serra Geral), Capivara (Aquífero da Formação Serra Geral), Taquaruçu (Aquífero da Formação Serra Geral) e Rosana (Aquífero da formação Caiuá). Não é possível estimar o volume de água armazenado nesses aquíferos, uma vez que variam suas profundidades uniformemente, conectam-se a outros aquíferos e os limites subterrâneos não são bem definidos. |GRI G4-EN9| CONSUMO DE ÁGUA (m3) |GRI G4-EN8| Subterrânea 2012 2013 2014 116.621 138.805 152.626 Abastecimento municipal 1.160 1.076 1.200 Água mineral engarrafada 4.513 5.150 6.000 122.294 145.031 159.826 2013 2014 Total CONSUMO DE ÁGUA NAS USINAS Subterrânea (m3) |GRI G4-EN8| 2012 UHE Jurumirim 14.088 20.718 23.678 UHE Chavantes 36.288 60.187 71.935 UHE Salto Grande 12.470 6.070 5.297 UHE Canoas Il 5.263 5.461 2.673 UHE Canoas l 2.187 2.860 2.415 UHE Capivara 2.790 2.480 1.641 UHE Taquaruçu 25.672 25.116 19.764 UHE Rosana 17.863 15.913 23.209 116.621 138.805 152.626 Total 95+4+1 CONSUMO DE ÁGUA |GRI G4-EN8| • • • 95,5% Subterrânea 3,8% Água mineral engarrafada 0,8% Abastecimento municipal 63 Efluentes e resíduos |GRI G4-DMA| Em 2014, os efluentes líquidos tratados lançados pela Duke Energy no corpo hídrico ou infiltrados no solo totalizaram 139.870 metros cúbicos. Esse cálculo é realizado pelos dispositivos calha parshall ou placa vertedoura e considera 80% da vazão captada como a vazão de efluentes tratados que são lançados – como o volume diário é baixo, a medição é considerada difícil. A metodologia é a mesma utilizada por concessionárias de saneamento devidamente regulamentadas pelos órgãos ambientais que, assim como a Duke, representam baixas contribuições no descarte de efluentes. |GRI G4-EN22| Direcionados a pontos de lançamento no rio Paranapanema ou infiltrados no solo, todos os efluentes sanitários passam antes por sistema de tratamento de esgoto. Nesse processo, o acréscimo de carga orgânica torna o impacto ao rio insignificante. Os lançamentos são regularizados por outorgas da Agencia Nacional das águas (ANA). Os efluentes sólidos presentes nos sistemas de tratamentos são coletados periodicamente por empresa especializada. |GRI G4-EN26| Periodicamente, a Duke Energy monitora os parâmetros de lançamento desses materiais, que devem estar em conformidade com o estabelecido pela Resolução Conama 430/2011. O mesmo acontece com os efluentes decorrentes do processo de infiltração e auscultação da barragem, que são direcionados para o poço de drenagem e monitorados antes do lançamento. São avaliados os parâmetros de entrada e saída dos efluentes nos sistemas de tratamentos e nos poços de drenagem, considerando padrões físico-químicos, demanda bioquímica de oxigênio, óleos e graxas e materiais flutuantes. São amostrados também o corpo d’água receptor (um ponto a montante e outro a jusante do ponto de lançamento). Os resíduos são destinados de acordo com a legislação vigente, sendo transportados por empresas licenciadas para esse tipo de operação. 64 139.870 m3 de efluentes líquidos tratados foram lançados pela Duke Energy no corpo hídrico ou infiltrados no solo em 2014 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 PESO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS |GRI G4-EN23| Resíduos perigosos 2012 2013 2014 Panos e estopas contaminadas (kg) 5.000 0 0 Coprocessamento 600 0 0 Coprocessamento 3.900 0 0 Coprocessamento Amianto (kg) 400 0 0 Aterro Classe 1 Baterias e pilhas (kg) 350 0 0 Aterro Classe 1 Eletroeletrônicos (kg) 1.770 0 0 Aterro Classe 1 Reator de Iluminação (kg) 380 0 0 Aterro Classe 1 Escova de carvão (kg) 100 0 0 Aterro Classe 1 2.200 0 0 Aterro Classe 1 300 0 0 Aterro Classe 1 6.000 unidades 0 1.890 kg 15.000 9.700 0 0 0 88.370 2012 2013 2014 Sucata de Cobre (kg) - 900 14.270 kg Venda Sucata de aço (diversos) (kg) - 64.940 71.120 kg Venda Sucata de bens patrimoniais móveis (kg) - 115 0 Venda Materiais recicláveis (papelão/plástico/etc.) (kg) - 8.847 0 Doação EPIs (kg) Químicos (latas vazias) (kg) Solo contaminado por PCB (ascarel) (kg) Aparelhos telefônicos (kg) Lâmpadas fluorescentes Peso total dos resíduos perigosos transportados (kg) Óleo lubrificante e isolante (litros) Resíduos não perigosos Destinação Descontaminação Rerrefino Destinação *A última destinação de resíduos ocorreu no ano de 2012, quando o espaço de armazenamento estava muito cheio. Uma nova destinação deverá ocorrer em 2015. 65 SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI G4 OPÇÃO “DE ACORDO” ESSENCIAL |GRI G4-32| CONTEÚDOS-PADRÃO GERAIS Conteúdos-padrão gerais Página Verificação externa ESTRATÉGIA E ANÁLISE G4-1 – Declaração do principal tomador de decisão da organização sobre a relevância da sustentabilidade para a organização e sua estratégia de sustentabilidade 12 Não G4-2 – Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades 12, 14, 25 Não G4-3 – Nome da organização 8 Não G4-4 – Principais marcas, produtos e serviços 8 Não G4-5 – Localização da sede da organização 74 Não G4-6 – Número de países nos quais a organização opera e nome dos países nos quais as suas principais operações estão localizadas ou que são especialmente relevantes para os tópicos de sustentabilidade abordados no relatório 8 Não G4-7 – Natureza da propriedade e forma jurídica da organização 8 Não G4-8 - Mercados em que a organização atua (com discriminação geográfica, setores abrangidos e tipos de clientes e beneficiários) 8 Não G4-9 – Porte da organização, incluindo: número total de empregados, número total de operações, vendas líquidas, capitalização total discriminada em termos de dívida e patrimônio líquido, quantidade de produtos e serviços prestados) 8, 9, 11, 27 e 29 Não G4-10 – Número total de empregados, discriminados por contrato de trabalho e gênero; número total de empregados próprios, discriminados por tipo de emprego e gênero; força de trabalho total, discriminada por trabalhadores próprios e terceirizados e por gênero; força de trabalho total, discriminada por região e gênero. Relato se uma parte substancial do trabalho da organização é realizada por trabalhadores legalmente reconhecidos como autônomos ou por indivíduos que não sejam empregados próprios ou terceirizados, inclusive funcionários e empregados contratados de empresas terceirizadas. Relate sobre quaisquer variações significativas no número de empregados 46 Não G4-11 – Percentual do total de empregados cobertos por acordos de negociação coletiva 52 Não G4-12 – Descrição da cadeia de fornecedores da organização 59 Não PERFIL ORGANIZACIONAL G4-13 – Mudanças significativas ocorridas no decorrer do período coberto pelo relatório em relação ao porte, estrutura, participação acionária Não ocorreram ou cadeia de fornecedores da organização, inclusive: mudanças na localização ou nas operações da organização, como abertura, fechamento em 2014 ou ampliação de instalações; mudanças na estrutura do capital social e de outras atividades de formação, manutenção ou alteração de capital (para organizações do setor privado); mudanças na localização de fornecedores, na estrutura da cadeia de fornecedores ou nas relações com fornecedores, inclusive no seu processo de seleção e exclusão Não G4-14 – Relato se e como a organização adota a abordagem ou princípio da precaução 53 Não G4-15 – Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa 60 Não G4-16 – Participação em associações e organizações nacionais ou internacionais de defesa em que a organização: tem assento no conselho de governança; participa de projetos ou comissões; contribui com recursos financeiros além da taxa básica como organização associada; considera estratégica a sua participação 24 Não EU1– Capacidade instalada (MW), por fonte de energia primária e regime regulatório 8, 9 Não EU2 – Produção líquida de energia, por fonte de energia primária e regime regulatório 8, 9, 33 Não EU5 – Alocação de permissões de emissões de equivalentes de CO2, discriminadas por estrutura do mercado de créditos de carbono A Duke Energy não comercializa créditos de carbono. 66 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Verificação externa Conteúdos-padrão gerais Página Omissões Verificação Página ASPECTOS MATERIAIS IDENTIFICADOS E LIMITES G4-17 – Entidades incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas ou documentos equivalentes da organização. Informação sobre se qualquer entidade incluída nas demonstrações financeiras consolidadas ou documentos equivalentes da organização não foi coberta pelo relatório 4 Não - G4-18 – Processo adotado para definir o conteúdo do relatório e os limites dos aspectos e como a organização implementou os Princípios para Definição do Conteúdo do Relatório 4 Não - G4-19 – Aspectos materiais identificados no processo de definição do conteúdo do relatório 5 Não - G4-20 – Para cada aspecto material, o limite do aspecto dentro da organização (lista de entidades ou grupos de entidades incluídos no ponto G4-17 para os quais o aspecto não é relevante ou lista de entidades ou grupos de entidades para os quais o aspecto é relevante). Relato de qualquer limitação específica relacionada ao limite do aspecto dentro da organização 5 Não - G4-21 – Para cada aspecto material, o limite fora da organização, com identificação das entidades, grupos de entidades ou elementos para os quais o aspecto é material. Localização geográfica na qual o aspecto é relevante para as entidades identificadas. Relato de qualquer limitação específica relacionada ao Limite do Aspecto fora da organização 5 Não - G4-22 – Efeito de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para essas reformulações Não ocorreram alterações. Não - G4-23 – Alterações significativas em relação a períodos cobertos por relatórios anteriores em escopo e limites do aspecto Não ocorreram alterações. Não - G4-24 – Lista de grupos de stakeholders engajados pela organização 19 Não - G4-25 – Base usada para a identificação e seleção de stakeholders para engajamento 19 Não - G4-26 – Abordagem adotada pela organização para engajar stakeholders, inclusive a frequência do seu engajamento discriminada por tipo e grupo, com uma indicação de que algum engajamento foi especificamente promovido como parte do processo de preparação do relatório 19 Não - G4-27 – Principais tópicos e preocupações levantadas durante o engajamento de stakeholders e as medidas adotadas pela organização para abordar esses tópicos e preocupações, inclusive no processo de relatá-las. Relate os grupos de stakeholders que levantaram cada uma das questões e preocupações mencionadas 5 Não - G4-28 – Período coberto pelo relatório para as informações apresentadas 4 Não - G4-29 – Data do relatório anterior mais recente Ano de 2013. Não - G4-30 – Ciclo de emissão de relatórios 4 Não - G4-31 – Ponto de contato para perguntas sobre o relatório ou seu conteúdo 74 Não - G4-32 – Opção “de acordo” escolhida pela organização. Sumário de Conteúdo da GRI para a opção escolhida. Referência ao Relatório de Verificação Externa, caso o relatório tenha sido submetido a essa verificação 66 Não - G4-33 – Política e prática corrente adotadas pela organização para submeter o relatório a uma verificação externa. Se essa informação não for incluída no relatório de verificação que acompanha o relatório de sustentabilidade, relato do escopo e da base de qualquer verificação externa realizada. Relação entre a organização e a parte responsável pela verificação externa. Relato se o mais alto órgão de governança ou altos executivos estão envolvidos na busca de verificação externa para o relatório de sustentabilidade da organização 4 Não - 21 Não - ENGAJAMENTO DE STAKEHOLDERS PERFIL DO RELATÓRIO GOVERNANÇA G4-34 – Estrutura de governança da organização, incluindo os comitês do mais alto órgão de governança responsáveis pelo assessoramento na tomada de decisões que possuam impactos econômicos, ambientais e sociais 67 Verificação externa Conteúdos-padrão gerais Página Omissões Verificação Página G4-38 – Composição do mais alto órgão de governança e dos seus comitês, por: função executiva ou não executiva; independência; mandato; outras funções e compromissos importantes de cada indivíduo, bem como a natureza desses compromissos; gênero; participação de grupos sociais sub-representados; competências relacionadas a impactos econômicos, ambientais e sociais; e participação de stakeholders 21 Não - G4-39 – Indicação caso o Presidente do mais alto órgão de governança também seja DiretorExecutivo (e, nesse caso, sua função na gestão da organização e as razões para esse acúmulo) 21 Não - G4-41 – Processos usados pelo mais alto órgão de governança para garantir a prevenção e administração de conflitos de interesse. Relate se conflitos de interesse são revelados aos stakeholders, incluindo ao menos: participação cruzada em outros órgãos de administração (participação em outros conselhos, acumulação de cargos de diretoria e conselhos, etc.); participação acionária relevante cruzada com fornecedores e outros stakeholders; existência de acionista majoritário e/ou acordo de acionistas; divulgação de informações sobre partes relacionadas 21 Não - G4-48 – Órgão ou o cargo de mais alto nível que analisa e aprova formalmente o relatório de sustentabilidade da organização e garante que todos os aspectos materiais sejam abordados Diretoria da companhia, inclusive o presidente. Não - G4-51 – Políticas de remuneração aplicadas ao mais alto órgão de governança e a executivos seniores para os seguintes tipos de remuneração: Salário fixo e remuneração variável – remuneração baseada no desempenho; remuneração baseada em ações (ações ou opções de ações); bônus; ações exercíveis ou diferidas –; Bônus de atração ou pagamentos de incentivos ao recrutamento; Pagamentos de rescisão; Clawbacks; Benefícios de aposentadoria, inclusive a diferença entre plano de benefícios e taxas de contribuições para o mais alto órgão de governança, altos executivos e todos os demais empregados. Relato como os critérios de desempenho da política de remuneração aplicam-se aos objetivos econômicos, ambientais e sociais do mais alto órgão de governança e executivos seniores. 22 Não - G4-52 – Processo adotado para a determinação da remuneração. Relato se consultores de remuneração são envolvidos na determinação de remunerações e se eles são independentes da administração. Relato sobre quaisquer outras relações entre os consultores de remuneração e a organização 22 Não - G4-56 – Valores, princípios, padrões e normas de comportamento da organização, como códigos de conduta e de ética 6, 23 Não - G4-58 – Mecanismos internos e externos adotados pela organização para comunicar preocupações em torno de comportamentos não éticos ou incompatíveis com a legislação e questões relacionadas à integridade organizacional, como encaminhamento de preocupações pelas vias hierárquicas, mecanismos para denúncias de irregularidades ou canais de denúncia 23 Não - ÉTICA E INTEGRIDADE CONTEÚDOS-PADRÃO ESPECÍFICOS Verificação externa Aspectos materiais Conteúdos-padrão específicos Página G4-DMA – Forma de gestão G4-EC2 – Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização em decorrência de mudanças climáticas Omissões Verificação Página 14, 18, 25, 61 Não - 25, 61 Não - CATEGORIA ECONÔMICA Desempenho econômico 68 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Verificação externa Aspectos materiais Conteúdos-padrão específicos Página Impactos econômicos indiretos G4-DMA – Forma de gestão Disponibilidade e confiabilidade Pesquisa e desenvolvimento Omissões Verificação Página 54, 55, 58 Não - G4-EC7 – Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e serviços oferecidos 55, 56 Não - G4-EC8 – Impactos econômicos indiretos significativos, inclusive a extensão dos impactos 58 Não - G4-DMA – Forma de gestão 41 Não - EU10 – Capacidade planejada em comparação à projeção de demanda de eletricidade em longo prazo, discriminada por fonte de energia e sistema regulatório Não há projeto significativo de expansão de capacidade Não - G4-DMA – Forma de gestão 26 Não - G4-DMA – Forma de gestão 63 Não - G4-EN8 – Total de retirada de água por fonte 63 Não - CATEGORIA AMBIENTAL Água G4-EN9 – Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água 63 Emissões Efluentes e resíduos Conformidade G4-EN10 – Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada - G4-DMA – Forma de gestão 60, 61 Informação atualmente não disponível. Não - Não - Não - G4-EN15 – Emissões diretas de gases de efeito estufa (GEE) (escopo 1) 62 Não - G4-EN16 – Emissões indiretas de GEE provenientes da aquisição de energia (escopo 2) 62 Não - G4-EN17 – Outras emissões indiretas de GEE (escopo 3) 62 Não - G4-EN18 – Intensidade de emissões de GEE 62 Não - G4-EN19 – Redução de emissões de GEE 61 Não - G4-DMA – Forma de gestão 64 Não - G4-EN22 – Descarte total de água, por qualidade e destinação 64 Não - G4-EN23 – Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição 65 Não - 64 G4-EN26 – Identificação, tamanho, status de proteção e valor da biodiversidade de corpos d’água e habitats relacionados significativamente afetados por descargas e drenagem de água realizados pela organização Não - G4-DMA – Forma de gestão 24, 60 Não - G4-EN29 – Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias aplicadas em decorrência da não conformidade com leis e regulamentos ambientais Autos de Infração lavrados pelo IAP e pelo Ibama, relativos a supostas infrações ambientais ocorridas nas usinas Chavantes, Canoas I, Canoas II, Taquaruçu e Capivara levaram a cobranças que totalizam R$ 34,7 milhões. Porém, tais multas ainda estão sendo questionadas pela empresa na esfera administrativa ou judicial, dependendo de cada caso. Não - 69 Verificação externa Aspectos materiais Conteúdos-padrão específicos Página Omissões Verificação Página CATEGORIA SOCIAL PRÁTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTE Emprego Relações trabalhistas Saúde e segurança no trabalho Treinamento e educação G4-DMA – Forma de gestão 45 Não - G4-LA1 – Número total e taxas de novas contratações de empregados e rotatividade de empregados por faixa etária, gênero e região 47 Não - G4-LA3 – Taxas de retorno ao trabalho e retenção após uma licença maternidade/paternidade, por gênero 52 Não G4-DMA – Forma de gestão 52 Não - G4-LA4 – Prazo mínimo de notificação sobre mudanças operacionais e se elas são especificadas em acordos de negociação coletiva 52 Não - G4-DMA – Forma de gestão 48 Não - G4-LA5 – Percentual da força de trabalho representada em comitês formais de saúde e segurança, compostos por empregados de diferentes níveis hierárquicos, que ajudam a monitorar e orientar programas de saúde e segurança no trabalho 48 Não - G4-LA6 – Tipos e taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e número de óbitos relacionados ao trabalho, por região e gênero 49 Não - G4-LA7 – Empregados com alta incidência ou alto risco de doenças relacionadas à sua ocupação 50 Não - G4-DMA – Forma de gestão 50 Não - G4-LA9 – Número médio de horas de treinamento por ano por empregado, por gênero e categoria funcional 50 Não - G4-LA10 – Programas de gestão de competências e aprendizagem contínua que contribuem para a continuidade da empregabilidade dos empregados em período de preparação para a aposentadoria 50 Não - G4-LA11 – Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira, por gênero e categoria funcional 51 Não - G4-DMA – Forma de gestão 54, 58 G4-SO1 – Percentual de operações com programas implementados de engajamento da comunidade local, avaliação de impactos e desenvolvimento local 54, 58 Não - G4-SO2 – Operações com impactos negativos significativos reais e potenciais nas comunidades locais 55 Não - Não há controle de absenteísmo. Os dados não estão disponíveis. SOCIEDADE Comunidades locais 70 - DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 Verificação externa Aspectos materiais Combate à corrupção Conformidade Mecanismos de queixas e reclamações relacionadas a impactos na sociedade Conteúdos-padrão específicos Página G4-DMA – Forma de gestão 23, 24 Verificação Página G4-SO3 – Número total e percentual de operações submetidas a avaliações 23 de riscos relacionados à corrupção e os riscos significativos identificados Não - G4-SO4 – Comunicação e treinamento políticas e procedimentos de combate à corrupção 23 Não - Não G4-SO5 – Casos confirmados de corrupção e medidas tomadas 23 G4-DMA – Forma de gestão 24 G4-SO8 – Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias aplicadas em decorrência da não conformidade com leis e regulamentos Não foram registradas Omissões - - Não - G4-DMA – Forma de gestão 54 G4-SO11 – Número de queixas e reclamações relacionadas a impactos na sociedade registradas, processadas e solucionadas por meio de mecanismo formal 55 Não - - 38 Não - RESPONSABIIDADE PELO PRODUTO Rotulagem de produtos e serviços Comunicações de marketing G4-DMA – Forma de gestão G4-PR5 – Resultados de pesquisas de satisfação do Cliente 38 Não - G4-DMA – Forma de gestão 23 Não - Não - G4-PR7 – Número total de casos de não conformidade com regulamentos Não foram registradas. e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultados CONTEÚDO ADICIONAL Aspectos não materiais Verificação externa Conteúdos-padrão específicos Página Omissões Verificação G4-DMA – Forma de gestão 14, 18, 25 G4-EC1– Valor econômico direto gerado e distribuído 30, 31 Não G4-DMA – Forma de gestão 26 Não 8, 33 Não CATEGORIA ECONÔMICA Desempenho econômico CATEGORIA SOCIAL SOCIEDADE Prevenção e preparação para emergências e desastres RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO Acesso EU30 – Fator de disponibilidade média da usina, discriminado por fonte de energia e sistema regulatório. 71 Página BALANÇO SOCIAL IBASE 1 - Base de Cálculo Receita líquida (RL) Resultado operacional (RO) Folha de pagamento bruta (FPB) 2013 Valor (Mil reais) 2014 Valor (Mil reais) 1.216.036 1.222.998 696.228 486.913 73.397 77.328 2 - Indicadores Sociais Internos Alimentação Encargos sociais compulsórios 3.400 3.904 15.568 16.122 Previdência privada 1.156 962 Saúde 3.499 3.075 Segurança e saúde no trabalho 439 534 Educação 546 760 Cultura Capacitação e desenvolvimento profissional Creches e/ou auxílio-creche Participação nos lucros e resultados Outros Total - indicadores sociais internos - - 815 922 71 62 4.668 3.596 7.618 7.761 37.780 37.698 3 - Indicadores Socias Externos Educação Cultura Saúde e saneamento Esporte 638 621 2.555 2.745 - 500 412 407 Combate à fome e segurança alimentar - - Outros - 330 3.605 4.603 Total das contribuições para a sociedade Tributos (excluídos encargos sociais) Total - indicadores sociais externos - - 3.605 4.603 4 - Indicadores Ambientais investimentos relacionados com a produção/operação da empresa Investimentos em programas e/ou projetos externos Total dos investimentos em meio ambiente Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção / operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa: 5 - Indicadores do Corpo Funcional Nº de empregados (as) ao final do exercício Nº de admissões durante o exercício Nº de empregados (as) terceirizados (as) 827 610 3.119 3.413 3.946 ( ) não possui metas ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 51 a 75% ( X ) cumpre de 76 a 100% 4.023 ( ) não possui metas ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 51 a 75% ( X ) cumpre de 76 a 100% 2013 2014 314 322 20 33 Não Disponível Não Disponível Nº de estagiários (as) 10 8 Nº de empregados (as) acima de 45 anos 86 96 Nº de mulheres que trabalham na empresa % de cargos de chefia ocupados por mulheres Nº de negros (as) que trabalham na empresa % de cargos de chefia ocupados por negros (as) Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais 72 60 65 17,00% 18,84% 29 32 3,00% 4,35% 7 7 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa Número total de acidentes de trabalho TÍPICO 2014 Metas 2015 38,5 38,5 Sem afastamento Com Afastamento - - Funcionários Contratados TÍPICO Funcionários - - - - 1 3 Sem afastamento Com Afastamento Funcionários - - Funcionários - - Contratados - - Contratados - - TRAJETO Contratados Sem afastamento Com Afastamento TRAJETO Sem afastamento Com Afastamento Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por: ( ) direção ( X ) direção e gerências ( ) todos (as) empregados (as) ( ) direção ( X ) direção e gerências ( ) todos (as) empregados (as) Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: ( X ) direção e gerências ( ) todos (as) empregados (as) ( ) todos (as) + CIPA ( X ) direção e gerências ( ) todos (as) empregados (as) ( ) todos (as) + CIPA Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos (as) trabalhadores (as), a empresa: ( ) não se envolve ( ) segue as normas da OIT ( X ) incentiva e segue a OIT ( ) não se envolve ( ) segue as normas da OIT ( X ) incentiva e segue a OIT A previdência privada contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências ( X ) todos (as) empregados (as) ( ) direção ( ) direção e gerências ( X ) todos (as) empregados (as) A participação dos lucros ou resultados contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências ( X ) todos (as) empregados (as) ( ) direção ( ) direção e gerências ( X ) todos (as) empregados (as) Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: ( ) não são considerados ( ) são sugeridos ( X ) são exigidos ( ) não são considerados ( ) são sugeridos ( X ) são exigidos Quanto à participação de empregados (as) em programas de trabalho voluntário, a empresa: ( ) não se envolve ( ) apóia ( X ) organiza e incentiva ( ) não se envolve ( ) apóia ( X ) organiza e incentiva Número total de reclamações e críticas de consumidores (as) na empresa NA no Procon NA na Justiça NA na empresa NA no Procon NA na Justiça NA % de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: na empresa NA no Procon NA na Justiça NA na empresa NA no Procon NA na Justiça NA Valor adicionado total a distribuir (em mil R$) R$ 858.852 Não Disponível Distribuição do Valor Adicionado (DVA) 38,8% governo 8,0% colaboradores (as) 39,5% acionistas 20,0% terceiros - 6,3% retido Não Disponível 7 - Outras Informações Setor econômico: Geração de Energia Elétrica - SP - Sede São Paulo - CNPJ: nº 02.998.301/0001-81 Esta empresa não utiliza mão de obra infantil, trabalho degradante e análogo à escravidão, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual da criança ou adolescente e não está envolvida com corrupção. Nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente. 73 INFORMAÇÕES CORPORATIVAS Conselho de Administração Armando de Azevedo Henriques - Presidente Andrea Elizabeth Bertone - Membro efetivo Elizabeth Christina DeLaRosa - Membro efetivo Osvaldo Esteban Clari Redes - Membro efetivo Gláucio João Agostinho - Membro efetivo Paulo Nicácio Júnior - Membro suplente Conselho Fiscal Jarbas Tadeu Barsanti Ribeiro - Presidente Marcelo Curti - Conselheiro efetivo François Moreau - Conselheiro efetivo Ary Waddington - Conselheiro suplente Edmundo Falcão Koblitz - Conselheiro suplente Murici dos Santos - Conselheiro suplente Diretoria Estatutária Armando de Azevedo Henriques – Diretor-Executivo Presidente Angela Aparecida Seixas – Diretora-Executiva Financeira e de Controles Internos e Diretora Executiva de Relações com Investidores Carlos Alberto Dias Costa – Diretor-Executivo de Operações Jairo de Campos – Diretor-Executivo de Recursos Humanos, Administração, Compras e Informática Duke Energy International, Geração Paranapanema |GRI G4-5| Av. das Nações Unidas, 12.901 Torre Norte, 30º andar CEP 04578-000 São Paulo – SP www.duke-energy.com.br CRÉDITOS Coordenação: Gerência de Relações Institucionais Conteúdo e redação: Editora Contadino Diagramação: Multi Design Fotografias: Adriano Gambarini, Jairo de Campos, Paulo Migue e acervo Duke Energy Geração Paranapanema Dúvidas sobre o relatório e seu conteúdo podem ser esclarecidas por meio do e-mail [email protected] |GRI G4-31| 74 DUKE ENERGY RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014 U Centro Empresarial Nações Unidas (CENU) - Torre Norte Av. Nações Unidas, 12.901 - 30º andar - 04578-000 - São Paulo - SP www.duke-energy.com.br Copyright Duke Energy Brasil 2014 • Todos os direitos reservados