RIOs: riquezas ameaçadas

Transcrição

RIOs: riquezas ameaçadas
IS
ÁT
GR
agronegócio_
Aos 20, 30 ou mais de
40 anos, profissionais
mostram satisfação
com a escolha pelo
setor agro. Ao lado,
ex-alunos do colégio
agrícola de sta. Cruz
74
ANO VII
•p.4
abril 2012
RIOs: riquezas ameaçadas
Circulação Mensal. 12 mil exemplares
Distribuição em 26 municípios _Águas de
santa Bárbara • Assis • Agudos • Areiópolis
Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu Cândido Mota • Canitar • Chavantes • Cerqueira
César • Espírito santo do Turvo • Fartura Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos
Palmital • Piraju • santo Cruz do Rio Pardo • são
Manuel • são Pedro do Turvo • Tatuí • Timburi
Pontos Rodoviários_ Cia. da Fazenda • Graal
Estação Kafé • Orquidário Restaurante Café Rodoserv • Rodostar • Varanda do suco
www.caderno360.com.br
foto: Flávia Rocha | 350
Recado de Férias_ Paola está de
férias, mas não deixa a peteca cair. Mandou
direto de Budapeste, na Hungria, a foto que
ilustra a nossa capa. Com um recado de
cidadania, claro: olha a lixeira que ela nos
apresenta. Lá isso é coisa séria!
•p.10
LEIA POR FAVOR: Trecho do rio Paranapanema que atravessa a área urbana de Piraju. Represado de um lado da cidade por
uma usina hidrelétrica, a parte ainda natural corre risco de extinção mesmo tendo sido tombado como patrimônio histórico
do município há muitos anos. O argumento dos empreiteiros é
a geração de energia para a rede nacional. Muito perto dali, o
rio Pardo também sofre com projetos hidrelétricos de pequeno
porte que podem extinguir sua biodiversidade e causar grandes
mudanças geográficas e climáticas
errante da
West Co. nos
apresenta o
cevice à
moda do
México . Veja
essa e outras
receitas
feitas rápido,
com muito
amor e todo
bom humor
•p.7
aarte: Franco Catalano Nardo | 360
fotos: Flavia Rocha | 360
foto: FPriscila Pegorer Manfrim | 360
gastronomia_ Chincho, o herói Será mesmo necessário? Num país imenso, com diversidade
geográfica e climática suficientes, não há alternativas para se
gerar energia que sejam menos destruídoras da natureza? Com
tantos investidores dispostos em aplicar no Brasil seus bilhões?
Em pleno século 21? Com tanta tecnologia e conscientização?
Onde estão os defendores (dos setores público e privados, nacionais e estaduais) do meio ambiente? É preciso ponderar honestamente antes de se fazer algo irreversível. É ano de eleições,
vale lembrar a eleitores e candidatos.
Índice
2_ editorial _oração
_cartas
3_ ponto de vista
4_agronegócio
4_
6_gente
6_
7_ gastronomia
8_ _ meio ambiente
10_meninada
10_
11_agenda
11_
_ papo cabeça
12_onde
ir
12_
13_bem
viver
13_
CAPRICHO. Há muitos jeitos de se
fazer as coisas. E também de se olhar a
vida, o viver, o que nos cerca e nos atinge
mais ou nem tanto. A escolha da lente é
sempre particular, apesar de sofrer bastante interferência da cultura, das influências e da educação que recebemos.
Mas, por mais que sejamos criados em
ambientes negativistas, derrotistas ou
simplesmente de um jeito ruim de olhar
a vida e tudo o que há nela, somos nós
que escolhemos como olhar, viver e instigar nossa vida a partir de um certo momento. Isso graças ao nosso espírito,
nossas aptidões, nossa natureza e escolhas (o famoso livre arbítrio).
Eu não escolhi viver mal, nem triste, nem
sombria, nem vasculhando o buraco
negro dos outros, dos lugares, da vida.
Escolhi a luz, o bem, o belo, o bem feito.
Mesmo sendo tão notívaga ou sensível à
luz, é nela que reside meu ser. Eu escolhi
isso. Também escolhi ir atrás do bom e
do melhor. Afinal, por que não? Qual o
mal nisso? E também tentar sempre fazer
bem feito, do melhor jeito, disposta a
mudar sempre pra melhor.
Gosto de seguir em busca daquilo que
almejo, que acredito realizar-me, empenhada, animada, com entusiasmo, fé e,
principalmente, com muito amor. Tenho
certeza que isso torna muito, mas muito
menos feio, medonho ou sofrível qualquer momento da minha vida. Também
gosto de admitir que me arrependo sim
de muita coisa. O contrário seria dizer
que nunca errei. Ora, claro que não queria ter errado, mas errei. E, então, ciente
da minha condição de “ser errante”, digo
que faria diferente ou deixaria de fazer
muita coisa em tantas décadas de vida.
Lembro de uma delas ricamente. Pelas
imagens, as reações e principalmente, os
sentimentos que abateram meu coração
num dos momentos em que eu gostaria
de ter agido diferente. Claro que ele é justificável, mas razões não me acomodam.
Elas servem para entendermos por que
erramos. Só isso.
Eu era ainda meninota e fui mesquinha
com uma amiga, de propósito, quis desfazer dela por alguma razão. Aquilo me
feriu mais do que a ela. Não faria mais,
O capricho
de Deus está
no céu azul
lápis de cor
que nesta
terra ainda
resiste
colha de centenas de jovens que ao contrário da grande maioria, optou pelo
campo como caminho profissional, onde
o bem feito faz muita diferença. E se
atirou de corpo e alma, outro importante
requisito para se buscar o bem. Ele carece
de fé e coragem.
foto: Flavia Rocha | 360
2 • editorial
concluí logo, sem ainda ter a desenvoltura para pedir perdão ali, na mesma hora.
Escolhi nunca mais me valer desse tipo
de conduta para me sobressair ou ferir alguém. As mesquinharias ficariam para os
atos impensados, involuntários. E seriam
seguidas de desculpas, sempre. Foi o que
escolhi. Isso foi inserido à minha lente,
essa que vai se definindo ao longo da
vida até que se incorpora em nós. Como
se fosse um “auto-foco".
No trabalho, em casa, na comunidade…
fazer bem feito, com capricho, significa
fazer de bem com a vida. Cada contato,
momento, tarefa, atitude… Um bem, é
verdade, muitas vezes ofuscado e massacrado pelo estress, pela estupidez, pelo
mau humor, mas que reside ali, na essência do ser e do fazer.
Pautar-se pelo bem aumenta muito a
chance de termos um dia a dia mais feliz,
de mais safisfação com o que se é e o que
se tem, com a consciência mais tranquila.
É o que nos mostra cada edição do 360.
360
E com essa não seria diferente. A conferir
pelos textos de nossos colunistas, que nos
convidam a olharmos para nós mesmos
e vermos o que há, o que somos, como estamos sendo conosco e com os outros.
A edição traz ainda, que é muito boa a es-
Ora,
Ação!
João 14
Vs: 27
e xpediente
A edição traz ainda as questões em torno
dos nossos rios Pardo e Paranapanema,
que estão em risco em razão do assédio
de empresas afoitas por negócios lucrativos, em MEIO AMBIENTE, algo que podia
ser bem feito, mas não é. Para descontrair, GASTRONOMIA mostra novos experimentos culinários de Leo Spigariol, desta
vez acompanhado do imperdível Marcelo
Prado, e MENINADA aparece com as aventuras do Pingo e passatempos. Veja também nossa a AGENDA do mês e quem
marcou presença por aí na seção GENTE.
Repare também nas mensagens de nossos anunciantes. São eles que garantem a
independência e a ética desta publicação,
entendendo que seus anúncios não lhes
dão direito a contrapartidas na forma de
matérias, muito menos que sejam pagas.
Boa leitura!
Flávia Rocha Manfrin
diretora-editora 360
| [email protected]
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos
dou; não vo-la dou como o
mundo a dá. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize. ”
360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem desta
edição: 12 mil exemplares Circulação:• Águas de Sta. Bárbara • Agudos • Areiópolis • Assis •
Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Sto. do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos •
Palmital • Piraju • São Manuel • São Pedro do Turvo • Sta. Cruz do Rio Pardo • Tatuí • Timburi
e paradas das rodovias Castello Branco, Raposo Tavares, Eng. João Baptista Cabral Rennó e Orlando Quagliato. Redação e Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›, Luiza Sanson Menon ‹revisão›, Matheus Teixeira ‹ assistente de
produção›, Paola Pegorer ‹repórter especial›, Wladimir Soares de Oliveira Jr.‹contato publicitário›. Colunistas: José Mário Rocha de Andrade, Fernanda Lira, Tom Coelho e Tiago Cachoni.
Ilustradores: Franco Catalano Nardo, Clara Basseto, Sabato Visconti e Wellington Ciardulo.
Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados não expressam necessariamente a opinião desta publicação. • Endereço: Praça Dep. Leônidas Camarinha, 54 - CEP 18900-000 – Sta. Cruz do Rio Pardo/SP
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|abril_2012
3 • ponto
de vista
Ensinando
arte: Eugênia Castro especial para o 360
* Tom Coelho
A cada minuto de nossas vidas assumimos
dois papéis: o de professor e o de aluno.
Porém, via de regra, somos maus professores, porque pregamos a mediocridade,
inibimos a audácia, coibimos o risco. ser
medíocre é ser comum, mediano, despretensioso. É estar seguro, ainda que não se
esteja bem.
Nossas escolas de ensino fundamental
privilegiam uma alfabetização metódica,
padronizada, enquadrando nossas crianças num plano bidimensional. são ao
menos oito anos de estudos sem estímulo
à criatividade e à ousadia.
a ousar
a cantar o Hino Nacional e necessitamos
de aulas de ética e responsabilidade social.
Já o ensino médio produz exércitos dotados de baionetas com as quais assinalarão
“X” dentre cinco alternativas possíveis
para, aí sim, ingressando no chamado ensino superior, compor uma legião de empregados para um mundo sem empregos.
Nosso modelo de ensino não instiga o
pensar. História é decorada, e não entendida. Matemática aprende-se por tentativa e erro, e não por tentativa e acerto.
Abolimos as aulas de Educação Moral e
Cívica porque eram herança da ditadura,
ao invés de modernizarmos seu conteúdo. Como resultado, desaprendemos
Nossa mediocridade ensinada reflete-se
em nossas empresas que, desprovidas do
gene do empreendedorismo, deixam de
investir em idéias e inovações. Mostra-se
presente também em nossas vidas pessoais, trazendo consigo a hesitação por
uma palavra, um beijo, uma conquista
mútua. Tempera relações sem usar sal ou
pimenta, adota a monotonia e culpa a
rotina.
mos medíocres? O que nos impede de reproduzir em larga escala a criatividade de
nossa publicidade, a inteligência de nosso
design, a beleza de nossa moda?
Vivemos numa nação na qual, mesmo
após 500 anos, a terra ainda devolve com
fartura tudo o que nela se planta. Não
somos vitimados por catástrofes naturais.
somos dotados de grande simpatia e predisposição ao trabalho. Então, por quê ser-
Ou a vida é uma aventura ousada, ou não
é nada. Do contrário, não vivemos, apenas
vegetamos. Por isso, devemos encorajar o
aprendizado ao invés do ensino porque
ousadia é uma forma de ser e não de
saber.
* Empresário, consultor, professor universitário, escritor e palestrante formado em Economia pela USP,
Publicidade pela ESPM, com especialização em Marketing pela MMS/SP e em Qualidade de Vida no
Trabalho pela USP. Diretor da Infinity Consulting e Diretor Estadual do NJE/Ciesp.
Contatos: [email protected]. Visite: www.tomcoelho.com.br.
4 • agronegócio_educação
Carreira no setor agro
traz empregos e satisfação
Profissionais de diversos nichos do agronegócio contam que o setor oferece
diversidade de empregos, oportunidades de crescimento e prazer com o que se faz
Para avaliar esse caminho profissional, tratamos de ouvir exalunos da escola agrícola, no caso a de Santa Cruz do Rio
Pardo, onde estamos sediados, e a de Cândido Mota, já que
veio de lá um dos trabalhadores da Hidroceres, empresa de
produção de mudas, onde encontramos vários técnicos agrícolas atuando em diferentes funções. As idades nos permitiram verificar que, seja qual for a fase do desenvolvimento
An to n i o : s a t i s f ei t o
c o m a a ti v i da d e de
v e nd a s ex te re na s
foto: Flavia Rocha | 360
Ingressar com facilidade no mercado profissional, fazer o que
se gosta, ganhar dinheiro. Essas são premissas básicas quando
chegamos aos 16, 17 anos e temos que enfrentar um dos mais
importantes desafios da vida: decidir, por conta própria, o
rumo que iremos tomar, a profissão que iremos buscar num
futuro muito próximo e, um pouco mais além, que resultados
essa profissão irá nos trazer. Quem vive no interior é sempre
impelido a querer ir além, para a cidade grande, sagrar-se um
sucesso numa profissão imponente, de prestígio e fartos ganhos. Algo que, com o rápido correr do tempo que antecede
nossa entrada no mercado de trabalho, percebemos que não é
tão fácil, muito menos acessível. Um grande desafio que pode,
é bom lembrar, não trazer a almejada estabilidade profissional
e tudo que dela decorre, incluindo satisfação, dinheiro, felicidade. Neste contexto , o universo agro aparece como uma alternativa segura para a vida profissional, em diversos aspectos.
E as escolas agrícolas, as ETECs, mantidas pelo governo estadual, gratuitas portanto, surgem como uma real oportunidade de se iniciar um caminho no setor da agropecuária com
todo o aparato que um jovem sonha ter: conhecimento, oportunidades e rapidez para que os resultados apareçam.
profissional, há algo muito importante que eles conquistaram:
satisfação. Antonio, 20 anos, Juninho, 42 anos, Helio, 18 anos,
e Matheus, 20 anos, são unânimes em afirmar que não
tiveram dificuldade para encontrar bons empregos, saíram da
escola bem preparados para aprender e executar as tarefas que
desempenham, sentem-se realizados com o trabalho e estão
otimistas com o futuro.
Muito a oferecer — Seja aos 18, 30 ou 40 anos, viver com
todas essas vantagens permite afirmar que o meio agro é um
excelente caminho para um jovem que queira vencer na vida.
E que a escola agrícola é a melhor porta de entrada para esse
setor, mesmo para quem foi criado nele. “Talvez a grande
diferença da atividade agropecuária em relação aos outros
mercados de trabalho é que não é só um setor econômico, é
uma maneira de viver, que é maneira rural”, afirma Edvaldo
Haroldo Nicolini, diretor da ETEC de Santa Cruz e professor
do curso de Agronomia da FIO, de Ourinhos, faculdade que
oferece também o curso de veterinária.
Segundo ele, a escola dá base científica e habilidade que permitem que o aluno saia ciente do que significa trabalhar no
setor. “Seja como técnico ou agrônomo, você tem que juntar o
conhecimento e a arte do trabalho. A escola agrícola permite
isso, porque o aluno está 24 horas na escola, vivendo a realidade rural”, destaca Edvaldo. Segundo ele, o estudo técnico
facilita a vida do estudante universitário. Ele fala com propriedade. Além de ser professor numa faculdade, podendo
comparar a desenvoltura dos alunos com nível técnicos dos
leigos, ele viveu a experiência de chegar à ESALQ, a renomada
USP de Piracicaba, sem essa desenvoltura.
O mergulho no universo agro, que atrai jovens de todo o país
para as ETECs paulistas, ao que pudemos constatar, faz
mesmo a diferença. Não só para os alunos, como os funcionários da Hidroceres, que são mais seguros e confiantes,
tendo ainda a humildade de quem sabe que tem algo a aprender. A responsável pela área de Recursos Humanos da empresa, Linea Basseto, avalia que a prática pesa bastante, mas
fotos: Flavia Rocha | 360
C l a u d i a : re a l i z a da c o m
a vid a n a faze nd a
que a capacitação técnica é um diferencial na contratação, pois
o profissional tem mais facilidade de entender as razões de
cada procedimento. “O mercado hoje exige agilidade das empresas e dos funcionários. Quem vem da escola traz uma
bagagem que facilita muito o trabalho”, diz Linea.
Assim, como o diretor da escola, ela alerta que o trabalho no
campo exige dedicação. “O profissional deve saber que vir para
o campo é trabalhar muito”, afirma Linea. Quem sabe bem
como é essa realidade é Claudia Petersen, de 33 anos. Há seis
anos, a fotógrafa paulistana decidiu finalmente por em prática
seu desejo de criança: cuidar das fazendas do pai, em Piraju.
E foi através da escola agrícola que ela se inseriu no setor.
Hoje, Claudia está no último ano de agronomia e já cuida da
fazenda, tendo como parceiros o pai, que mora na capital, e o
administrador das terras. “Não entendia nada de agricultura
e nem pecuária. A escola agrícola foi uma base muito boa.
Morava lá durante a semana, estudava de tarde e de manhã
tínhamos os setores para trabalhar, era onde aprendíamos
realmente na prática. Agora, na faculdade, é uma vantagem
ter feito o curso técnico”, diz Claudia diante dos campos onde
planta café e cria gado, além de outras atividades agro que realiza em suas terras.
A futura agrônoma, também confirma que é preciso gostar
muito para viver no meio agro. “Não é uma área muito segura,
você fica na dependência de coisas que o homem não controla,
como o clima, os preços oscilam muito, os insumos são caros,
o trabalho em uma fazenda nunca acaba. Não tem sábado ou
AGENDA AGRO :
30/4 a 4/5_8h às 18h: Agrishow 2012_ 19ª Feira Internacional deTecnologia Agrícola em Ação. são 360 mil
m² de demonstrações de máquinas e equipamentos
agrícolas, rodadas de negócios e visitas técnicas. Local:
Rod. Antônio Duarte Nogueira Km 321 - Ribeirão Preto.
Ingressos: R$13 a R$26. Info: www.agrishow.com.br
14/4_20h: Concurso Rainha da Fapi. Final do Concurso
Rainha da Fapi, com mais de 100 candidatas. Local: Pavilhão da AIOR, Recinto Olavo Ferreira de sá, Ourinhos.
Info: 14 3322.6411 _ www.fapiourinhos.com.br
25/4_8h às 17h: Curso_ Capacitação em sanidade do rebanho leiteiro. Local: Casa da Agricultura de Fartura.
Público: Produtores Rurais
13/4_13h às 17h: Palestra_ Olericultura para Agricultura
Familiar. Local: Escritório de Desenvolvimento Rural de
Ourinhos Público: Produtores Rurais.
26/3_8h às 17h: Curso_ Treinamento em políticas públicas para agricultura familiar. Local: Escritório de Desenvolvimento Rural de Ourinhos. Público: Técnicos CATI
e Banco do Brasil. Info: Casa da Agricultura das cidades
e são realizados os evento
domingo. Por exemplo, se chove, você tem que começar a
adubar, na colheita trabalha-se dia e noite. E assim vai”, diz
ela que cuida das tarefas com muita satisfação.
A mesma satisfação que vimos em Antonio Adão Júnior, o
vendedor externo da Hidroceres. “Decidi fazer o colégio agrícola porque pensei no mercado de trabalho. Queria estudar e
poder ter um trabalho. Saí da escola empregado numa empresa de avicultura. Até que surgiu a oportunidade de vir para
cá, onde estou há oito anos. Na área de hortaliças não falta
emprego. No meu caso, estou tranquilo, tenho minha casa,
meu carro, tudo às custas do meu trabalho”, afirma Antonio.
H é li o, M ath eu s e J un i nh o,
c ad a u m vive nd o s eu
m omen to feli z no m ei o ag r o
Futuro promissor – Ainda iniciantes na vida profissional
Hélio Rafael e Matheus Henrique Mariano trabalham com entusiasmo e cheios de sonhos. “Estou gostando muito, era bem
o que eu queria. A gente já tem uma visão, mas muda, aprende
muito na escola. Tudo o que faço depende do meu estudo”,
afirma Hélio, que é manejador de viveiro. O colega de Cândido Mota, conta que sonha ser agrônomo. “Quero estudar
mais”, diz ele, que é monitor de ambientes, cuidando de aclimatação de mudas enxertadas. “É uma tarefa difícil, onde cada
dia é diferente do outro, então tenho que aplicar meus conhecimentos técnicos”, explica.
Com o mesmo brilho nos olhos, o chefe desses jovens, também ex-aluno da ETEC, Juninho Basseto, é exemplo de que
as oportunidades da roça podem levar o profissional a viajar
mundo. Depois de alguns empregos no setor, outros não, ele
criou sua primeira estufa de hortaliças, há 20 anos. “Desde criança gostava da horta e a escola agrícola me trouxe um aprendizado importante”, diz ele, que fez de seu empreendimento
referência nacional, atendendo, inclusive ao mercado internacional e empregando gente que acredita no mundo agro
como escolha de vida.
Neste sentido, Juninho destaca o cenário altamente favorável
do setor agro. “O Brasil tem uma responsabilidade enorme de
alimentar pessoas no mundo todo, um contingente que vem
crescendo muito. Em nosso ramo, que é a hortaliça, a demanda do mercado interno é enorme. E está carente de bons
profissionais, tanto da área técnica, como de produção”, diz .
As ETECs que oferecem cursos do setor agro, pertencem ao
Centro Paula Souza, que congrega escolas técnicas no Estado
de São Paulo, e funcionam em fazendas, onde os alunos
podem fazer o ensino médio simultaneamente. As unidades
oferecem alojamentos, alimentação e muito treinamento
prático. Info: ttp://www.centropaulasouza.sp.gov.br/cursos/etec/
6
• gente
Como escolher entre
tantos clics de gente boa,
elegante, sincera?
Tudo isso? Não sei, mas
por razões diversas, esses
são os eleitos dentre os
registros no Barrica (sábados
de pop/rock_ sta. cruz),
Taças & Cachaças
(motofest_piraju) e, claro, no
bar rural do Celsão (festas de
rock_sta. cruz). A s ele ção comp leta,
veja o n lin e ( face bo oo k e s ite 360)
Fotos:
Flávia Rocha
| 360
7 • gastronomia
ALMOçO na casa do Leo 2
Flávia Manfrin
•:360 indica
inova em petisco
Templo do bel
prazer do
comer, beber e
curtir de Piraju,
o imperdível
restaurante
Taças &
Cachaças
apronta mais
uma de dar água
na boca:
um tira gosto feito de pimenta dedo de
moça, recheada com linguiça calabreza.
Empanada, a iguaria é frita e servida
quentinha, para ser misturada ao mel a cada
bocada. Melhor impossível para degustar
acompanhada de uma cerveja muito gelada.
foto: deinha Laudacio
Arriba! Quando o assunto é mergulhar de cabeça
Marcelo Prado e Leo Spigariol são únicos. Mais um
sábado regado a investidas dos primos mais bem humorados que conheço na cozinha. O resultado vai
aparecer nesta e na próxima edição, pois rendeu
muitas gostosuras. Marcelo, sócio de Leo na West Co.
empresa do ramo de temperos picantes, como pimentas e vinagres, preparou com esmero o prato que
aprendeu em sua última viagem: o México. Aperitivo
de primeira, que ele nos ensina a seguir. Enquanto
isso, Leo estreou com sucesso na produção do arroz
tipo negro, que ficou delicioso na companhia de um
ótimo filé e de vinho tinto. Tudo muito fácil de fazer,
tudo muito simples e tudo muito sofisticado. Que
venha logo a próxima edição e mais um sábado imperdível com direito à companhia impagável do Kenji,
o bebê mais fofinho da cidade. É?!
Taças &
Cachaças
Arroz Negro com
Filé ao Creme Azedo
fotos: Flavia Rocha | 360
receita de Leo Spigariol
Cevice Mexicano
receita de Marcelo Prado
Ingredientes do Cevice Mexicano
3 a 4 filés de tilápia (também chamada st. Peter)
1,5 cebola roxa cortada ao meio e fatiada fininha
2 pimentas jalapenho (frescas ou em conserva)
1 xícara de vinagre De Cabron Rabanero e Manga
folhas de coentro
1 abacate pequeno (não muito maduro, mas firme)
1 laranja
pimenta do reino a gosto
sal a gosto obs.: se for usar a pimenta fresca, retire as sementes e as
nervuras, depois toste na chama do fogão
Preparo: faça um molho com metade da laranja espremida e
o vinagre. Reserve. Fatie o peixe em tiras diagonais e finas.
Coloque no fundo de um pirex. Polvilhe com a pimenta picada,
depois o sal e a pimenta do reino. Cubra com a cebola e depois
o abacate. Decore com rodelas de laranja e com o coentro. Marine com o molho. Leve à geladeira por 2 horas.
Ingredientes do Arroz Negro
1 copo de arroz negro (usamos o Guacira)
1 cebola roxa picadinha
2 dentes de alho laminados
2 colheres bem cheias de azeite
sal a gosto
1 xícara de tomate cereja cortado ao meio
folhas de hortelã
Preparo: Deixe o arroz de molho em água morna por 40 minutos. Refogue a cebola no azeite e acrescente o alho. Adicione
o arroz, mexa e acrescente água quente para cozinhar. Leva
mais tempo que o arroz branco tradicional. Quando estiver cozido, molhadinho, feito risoto, acrescente o tomate cereja e a
hortelã. Mexa e leve à mesa.
Ingredientes do Filé ao creme azedo
Filé mignon limpo e cortado grosso, tipo medalhão
sal a gosto
pimenta do reino a gosto
2 xícaras De coalhada
1 limão taiti
1 colher de queijo parmesão ralado
1 pimenta dedo de moça sem sementes e nervuras, picada
Preparo: Misture a coalhada com o limão, um pouco de sal, o
queijo ralado e a pimenta picadinha. Está pronto o creme azedo.
Numa panela de ferro bem quente, esquente um pouco de
azeite e depois coloque os filés. Polvilhe com sal e pimenta do
reino. A panela é que mantém o filé quente e seu cozimento
será rápido. Vire. Retire e sirva coberto com o creme azedo.
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8 • meio
ambiente
RIOs Pardo e Paranapanema
ganham documentários
O Paranapanema visto do
Parque da Fecapi, centro de
Piraju. Natureza ameaçada
fotos: Flavia Rocha | 360
cidadãos dispostos a fazer sua parte e
manter elevada a bandeira do questionamento junto às comunidades e autoridades locais, estaduais e nacionais.
A batalha de pessoas conscientes da
fragilidade ecológica e econômica dos
projetos de instalação de PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas – que vêm
sendo insistentemente apresentados às
comunidades de Piraju e Santa Cruz do
Rio Pardo (e região) parece estar longe
de chegar ao fim. Cientes disso, e do
poder financeiro das empreiteiras intessadas a instalar grandes barreiras em
trechos ainda intactos dos rios Pardo e
Paranapanema, este já bastante represado, inclusive em Piraju, onde há um
hidrelétrica funcionando há décadas,
Eventos e documentários – Além de
eventos chamando a comunidade para
literalmente “botar a mão na água”, no
sentido de limpar as margens dos rios de
lixo urbano, onde a mensagem da preservação é transmitida com integridade e
argumentos consistentes, os rios Pardo
e Paranapanema estão prestes a ganhar
as telas dos cinemas, das TVs e dos computadores. Produzidos por profissionais,
os documentários estão sendo finalizados e têm o potencial de mostrar a todos
a verdade da natureza que reside no
oeste paulista. O lançamento será divulgado nas redes sociais e nas cidades
através de ações que estão sendo
orquestradas pelas secretarias de cultura
dos municípios.
A visão do Paranapanema – Segundo Fernando Franco, biólogo, jornalista e presidente da Teyquê-pê, organização sem fins lucrativos de defesa
ambiental da região, o filme sobre o rio
Paranapanema pretende contar a trajetória de luta dos pirajuenses para
preservar o último trecho de calha natural deste rio no Estado de São Paulo. A
produção e direção é da The Evil Filmes,
produtora de Curitiba, que tem no comando o pirajuense Germano Strazzi e a
produtora Susana Pedrozencko.
Para narrar a situação, Fernando conta
que o filme traz depoimentos da comunidade pirajuense, entre ambientalistas,
produtores rurais, artistas, comerciantes, trabalhadores, empresários,
donas-de-casa, pescadores, ribeirinhos,
políticos, autoridades, pensadores e gente do povo. O fio condutor é a incompatibilidade da usina hidrelétrica com os
instrumentos jurídicos locais (leis) e a
identidade cultural e histórica do pirajuense com o rio, que reflete diretamente
no seu modo de viver e pensar.
A película também vai demonstrar que a
cidade não se desenvolveu com as quatro
usinas já instaladas em seu território e
que elas impactam negativamente a vida
do povo, ao contrário do que promete as
empreiteiras. A trilha sonora é de autoria
A versão do Rio Pardo – O documentário Rio Pardo Minha História, em
fase de finalização, deverá estrear em
Santa Cruz no início de maio, com evento
que incluirá, além de sua exibição, a
venda de DVDs em tiragem limitada. A
iniciativa e produção é do ambientalista
Luiz Carlos Cavalchuki, técnico da
Sabesp e membro da Rio Pardo Vivo, organização não governamental criada
para defender o Pardo do assédio das
empreiteiras. O filme traz o ator Umberto Magnani contando a história do rio
com imagens captadas nos últimos cinco
anos. Com roteiro e direção de Beto Magnani, também da Rio Pardo Vivo, o documentário de 15 minutos terá trilha
sonora original, criada pelos músicos
Jorge Penha e Eduardo Conteira.
fotos: Flavia Rocha | 360
dos pirajuenses OswaldinhoViana, Paulo
Viggu, Mael Maranho e Eristhal Luz,
entre outros.
O Pardo e sua mata ciliar
preservada em grande parte
do trecho ameado por PCHs
10 • meninada
QUA N D O
P
I
N
G
O
l ate o P I N G O
Pingo é um cachorro de poucas palavras, quer
dizer, de poucos latidos. Se late é porque, ou está
muito bravo, ou muito feliz. Alvinho é uma criança
normal dos dias de hoje. Não tem tempo pra nada.
É um corre pra escola, pra natação, aula de inglês,
se desespera com as provas, até pro facebook ele
corre, e Pingo passou a latir mais.
Alguma coisa anda muito errada neste planeta,
late que late o Pingo e essa parece ser a tradução
dos tantos latidos que o Pingo dá.
arte: Wellington Ciardulo | 360
O que é…
PÍ
C
J
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B R A S I L
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B A R C O
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N I N A
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C A B R A L
Vo c ê
sabia?
...éramos dois irmãos unidos, os dois de uma cor. Nunca fiquei sem missa, mas meu irmão já ficou.
Para festas e banquetes a mim convidarão. Para festas de cozinha, convidarão meu irmão?
...de dia tem 4 pés e
de noite tem 6? ...em um pulo se
veste de noiva? 1 + 0 - - . $ '
2 * 0 / * ) *
3 ( ^ - $ 4 +
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5 + $ ) * - ( - 6 Á ) $ * .
7 - / REsPOsTAs_ O que é: O vinho
e o vinagre. A cama. A pipoca. 8 %
# $ * 0 - *
. 0 Á / .
9 / ' ¯ ) / $ *
10 + * - / 0 " 0
• O leite é considerado
o alimento mais
completo que existe
porque contém
proteínas, vitaminas,
cálcio, hidratos, gordura e sais minerais.
• O leite de saquinho é o mais saudável porque a
temperatura da pasteurização assegura que dure
alguns dias mantendo suas propriedades
originais e todos os nutrientes.
Ag
or a vo cê já s ab e!
.
1 5
.
PA LA VRA
CIFR ADA
Para símbolos iguais, use letras iguais.
Descobrimento do Brasill: 1. árvore que deu nome ao
nosso país. 2. estação da época do descobrimento — como
os portugueses chegaram aqui. 3. continente da nova descoberta — nome do autor a carta 4. primeiro nome do descobridor do Brasil — último sobrenome do descobridor do
Brasil. 5. nome dado ao Brasil. 6. povo encontraram aqui —
estado onde aportaram. 7. como informaram o descobrimento — o que mandaram para Portugal. 8. religiosos enviados para catequizar os índios — nome do meio do escritor
da carta à Portugal. 9. oceano que atravessaram para chegar
ao Brasil. 10. nacionalidade dos descobridores.
11 • agenda_• papo
cabeça
agenda culural ABRIL_
ASSIS
13/4_20h30. (música): Duo
Raiff e Rose. O violoncelista
Raiff Dantas Barreto, acompanhado da soprano Rose de
Souza, faz uma leitura magnífica das 16 valsas de Francisco
Mignone. O repertório inclui
Edmundo Villani-Cortes, Ernani
Aguiar, Arrigo Barnabé e Francisco Mignone. Duração: 50
min. - Classificação: Livre.
Teatro Municipal Padre Enzo
Ticinelli. Info: 18 3322.2677 /
2613 | gRátIs
BeRnaRDIno
show: 6ª in Blues_ A guitarrista Francinni Soret, o baixista
Hamilton Serrat e o baterista
Hugo Coelhor recebem convidados para uma jam de blues.
4/5 _ Quintal do Romão.
Info: 14 9627.3667
sta CRUZ
exposição:Ordem Dominicana
em Santa Cruz em Exposição No
Museu Histórico. A trajetória de
dominicanos, que em 1936, instalaram a fundação missionária
na cidade. Até 30/4 _ Museu
Histórico e Pedagógico Ernesto
Bertoldi. Visitação: 3ª a 6ª,
8h_17. Sáb./dom._ 9h_17h.
Info: 3372.8302 | gRátIs
Festa de rock. Tradicional
festa mensal do bar rural do
Celsão com com o tema “Rock
Anos 80”. Participação das
bandas Dona Tequila, No Fate,
Rolling Porks e Mafagafos.
14/3_23h convites antecipados na Ponto com a Moda
Info: 14 3373 2155 e
14 9697.2224
oURInHos
Projetos Culturais. A Secretaria de Cultura de Ourinhos
abriu inscrições para projetos
culturais. Artistas e produtores
culturais das diversas áreas
podem inscrever projetos. Os
projetos selecionados receberão
recursos para viabilizar sua execução. Interessados podem receber orientações de como
elaborar os projetos agenando
horários para esclarecer dúvidas
e amadurecer suas propostas.
Inscrições: até 30/4. Info: 14
3302.3344 I [email protected].
8º Festival Curta ourinhos.
Cinema é Diversidade.
Inscrições: até 30/4.
Info: 14 3302 3344.
Videoclube LUMe_
10/04: a Última estação.
Direção: Michael Hoffman (Alemanha/Russia, 2009 - 113 min.)
Nos últimos anos de sua vida,
Leo Tolstoi se vê dividido entre
sua doutrina da pobreza e da
castidade e a realidadede de sua
enorme riqueza, seus 13 filhos
e uma vida de hedonismo.
17/04: a Riviera não é aqui.
Direção: Dani Boon (França,
20078 - 106 min.)
Uma lição de amizade, companheirismo e sobretudo amor,
mas que consegue divertir.
24/04: VIPs. Direção: Toniko
Melo (Brasil, 2011 - 96 min.)
Inspirado na vida do golpista
Marcelo Nascimento da Rocha,
que ganhou fama no país após
aplicar uma série de golpes em
que usava identidades falsas,
como a de filho do dono da
companhia aérea Gol.
LUMe: toda 3ª-feira_ 20h_
Sala 5 Colégio COC (Av. Rodrigues Alves, 121) | gRátIs
Divulgue seu evento aqui! G RÁTI
S
RÁ TIS
[email protected]
RETORNO ao
*Tiago Cachoni
jardim de INFâNCIA
Semanas atrás, fui a uma formatura, aquele
evento em que senhores carrancudos colocam
peruca, óculos gritantes, plumas e soltam a
franga, e senhoras distintas dançam loucamente
ao som do Sidney Magal. Tá tudo muito bom, tá
tudo muito bem, mas realmente... Começo a me
atentar para uma sequência de refrões que têm
me intrigado já há algum tempo:
- “Tche tche rere tche tche tche… Gusttavo Lima e você”;
- “Eu vou zoar e beber / Vou locar uma van / E levar a
mulherada lá pro meu apê / Que é pra gente beber / E depois paragadá, parará, parará / E depois paragadá,
parará, parará”;
- “Eu quero tchu, eu quero tcha, eu quero tchu tcha tcha
tchu tchu tcha”;
- “Lê lê lê, lê lê lê, se eu te pegar você vai ver / Lê lê lê, lê
lê lê, você jamais vai me esquecer”;
- “Olha pra frente, pra frente, cintura, cabeça, tchubirabirom”;
- “Eu tô chapado, eu tô chapadão / Eu tô chapado, chapado, chapado, tira o pé do chão / Então pula! Pula, filha
da pula! Pula! Pula!”.
Fiquei embasbacado com a poesia dos versos
transcritos acima. À exceção do último refrão,
todos os outros são de músicas recentes, que te
atingem a qualquer momento, a qualquer hora,
no consultório do dentista, no churrasco do tio,
na padaria da esquina. Tudo sem carinho, sem
preliminares, assim, de sopetão!
Não quero parecer um intelectualoide, um nostálgico, saudosista (“na minha época...”), mesmo
porque ainda tenho 27 anos e ouço muita
tosqueira, mas a coisa anda feia, rapaziada!
Esses moços, pobres moços! Quando é que a
música pop se perdeu a tal ponto?
Chegamos ao formato mínimo da música: as
onomatopeias que fizemos quando aprendemos a balbuciar os primeiros fonemas. Afinal,
qual a diferença de fundo entre um tchu tcha e
um gu-gu da-da?
Hoje, escutamos música da forma mais passiva
do mundo. Não se questiona, não se processam
os dados, nada recebe atenção. A música virou
um meio, deixou de ser um fim. “Música de Churrasco”, como tem feito tão “bem” o Seu Jorge.
Precisamos urgentemente formar e colocar num
programa de mestrado o forró, o sertanejo e o
samba universitários. Pior: com os garotos do
Restart entrando na casa dos 20 anos, teremos
agora o rock universitário? Nada é tão ruim que
não possa piorar.
E fala sério, rapaziada, o que é aquela dancinha
com o punho fechado na testa?
*músico deletante e ouvinte persistente. Tem ótimo humor, mas tudo tem limite.
Onde IR!
CIn
eMas
CI neMas
avaré: 14 3732.5058
Piraju:
Piraju: 14 3351.1555
ourinhos: 14 3325.1266
s.Cruz: 14 3373.2910
CaFeteRIas
A VARé
estação Café_Salgados,
doces, sucos e cafés.
2ª_sab. após 10h, dom
após 19h. F: 14 3731.2828
O URINHOS
estação Baguete_Salgados, sucos e cafés. Todo dia
6h30_22h | F: 3325.4124
Dona Ica Café_ Cafés,
doces e salgados. Todo dia
8h-19h. | F: 14 3326.3498
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sabor da Fazenda_ Bom
cardápio e ambiente gos-
toso. 2ª a 6ª : 8h_18h | sab:
9h_15h | F:14 3372.3871
Res
Re s t a URantes
B ERNARDINO
Donana_Peixes, risotos,
massas. 3ª/sab: 18h_ 22h
dom: 12h_15h |
F: 14 3346.1888
O URINHOS
al Faiat_Cozinha diferenciada. Boa carta de vinhos
F: 14 3326-9700
Hikariya_ Comida japonesa no jantar e almoço
variado. 2ª- sab. 19h_0h |
F.: 14 3322.7553
La Parrill_ Comida argentina. 3ª/sab:11h_16h
|19h dom: 11h _16h. |
F.: 14 3324.9075
Le Lui_Ambiente e cardápio sofisticados | 3ª- sab:
11h30 e 18h30 | dom.
11h30. F.: 14 3326.3762
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noturna à beira do Paranapanema. 3ª a dom. |
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torre de Pisa_ Pizzaria
com forno a lenha. Chopp e
porções. 3ª a dom. _19h
F: 14 3351.2684
S TA . B áRBARA
nossa Chácara_Buffet de
prratos quentes e saladas .
Ligue antes de ir. Local
bucólico dentro da cidade.
5ª a dom. | F: 14 3765.1545
S TA . C RUz
Pizzaria alcatéia_Pizzas
crocantes, massas e carnes
à beira da piscina. 3ª-dom.
19h _23h. F: 14 3372.2731
torre de Pisa_ Pizzas,
chopp e porções diversas.
F: 14 3372.8860
Rancho do Peixe_ Cozinha caseira caprichada.
2ª/dom. 8h30_14h30_
2ª/sab. 17h30_ 0h. |
F: 14 3372.4828
S. P EDRO DO T URVO
Restaurante Rosinha_
Deliciosa comida caseira. 2ª
a sáb: 11h30 às 15h |
F: 14 3377.1241
BaRes
P IRAjU
adrenalina’s_ Tilápia no
alho maravilhosa. 2ª a sab.
após 17h | F: 14 3351.3370
taças e Cachaças_
Cachaças, petiscos, pratos.
Atendimento diferenciado.
2ª_6ª: 18h | sab/dom: 10h
F: 14 3351.0811
B ERNARDINO
dientes naturais. Todo dia
9h_23h | F: 14 3372.3644
B ERNARDINO
Pastelaria Bagdá_ Melhor pastel da região 360. 2ª
a sab. hor. comercial.
RoDoVIas
P IRAjU -O URINHOS
| sP 270 ‹RaPoso taVaRes›
Cia. da Fazenda_Km
334: Lanches e refeições
com destaque para pratos
levando palmito.|
F: 14 3346.1175
O URINHOS -S.C RUz
sP 352 ‹o. QUagLIato›
Restaurante Cruzadão_
Km 16: Restaurante 24h. |
Quintal do Romão_Bar
com som ao vivo, vale visitar.. 6a.s e sab. 23h_4h
F.: 14 91328035
S TA . C RUz
Bar da neusa (Bairro de
sodrélia)_ Todo dia 8h_
20h ou até o último cliente.
Sinuca e salgados.
Bar do Celsão (Bairro
dos andrades)_ Drinks,
assados, porções. Almoço
aos dom. (a confirmar), no
2º sáb. mês, festa de rock.
23h às 4h | F: 14 9697.2224
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F: 14 3372.1353.
orquidário Restaurante
Café_ Km 14: Lanches,
sucos, refeições, orquidário.
Todo dia 7h_19h |
F: 14 9782.0043
Varanda do suco_Km
27,5: Refeições, sucos, salgados e doces. Todo dia.
9h_19h | F: 14 8125.3433
S TA . C RUz -S. P EDRO
Pesqueiro Paulo andrade (entRe sta.CRUZs.PeDRo) Peixes frescos,
aves e assados ‹sob encomenda›. F: 14 9706.6518
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viver
A lua, os terráqueos
e o Millôr
arte: Clara Basseto | 360
13 • bem
*José Mário Rocha de Andrade
A lua crescente começa
como uma letra C magrinha, engraçadinha, serelepe, ganha chapéu, olhos,
cílios, nariz, boca, ganha
charges com caras alegres,
tristes, ganha até um menino pescando em sua curva
inferior, mas pouco a pouco
vai ganhando barriga e
deixa de ser esbelta, fica
gordinha, vira um D invertido, continua engordando
até se completar na lua
cheia, redonda, prateada,
amarelo-ouro, vermelholaranja pra ganhar suspiros, mãos dadas, olhares
que são verdadeiras janelas
da alma, e vêm as canções,
a poesia e a terra não se
move por um instante para
escutar: “Se a lua nasce por
detrás da verde mata mais
parece um sol de prata,
prateando a solidão. E a
gente pega na viola e ponteia e a canção e a lua
cheia, a nascer no coração.”
Lady V. cai do cavalo Fernanda Lira* aborda a dependência emocional em
historietas que ela tira de hoje e de ontem
arte: Wladimir Oliveira Jr.
Lady V. resolveu variar. E partiu rumo ao
campo, contradizendo seu senso de conforto e luxo típicos da cidade grande. Claro que ela não partiu para a roça por conta própria, afinal, ela gosta mesmo é de
sangrar os bolsos e o espírito alheio. Ela
foi montada na sua mais nova conquista,
um deus do olimpo radicado no campo.
Lindo, olhos azuis, cabelos cacheados
soltos ao vento, ora arrumados por um
boné, ora por um chapéu, calçando jeans
surrado e estilosas botas de cavaleiro, o
seu novo amor era para ser o derradeiro,
afinal, tinha terra que não acabava mais.
Lady V. ciente de sua capacidade de con-
quistar e manipular as pessoas, jogou a
sua grande rede, tecida de muito charme,
boas doses de humor e uma frieza mordaz disfarçada de temperamento afetado.
Rapaz vivido, de boa índole, o moçoilo
não demorou a cair de amores por aquela
porção de diversão, amor e sexo. Logo,
estava cercado.
Instalada no casarão da fazenda onde ele
morava, Lady V. quis saber de tudo.
Primeiro, quanto valiam as coisas. As
vacas, os cavalos, os pés de laranja que
fervilhavam pelos campos a perfumar a
primavera de modo especial. Também
quis saber de fazer as contas. E dividir
tudo. Ela gastava, escolhia exigia. E ele,
pagava, pagava, pagava. Muito justa a divisão, pensava ela.
O tempo passou e Lady V. acreditou que
nunca mais ficaria pobre, triste ou sozinha. Só esqueceu-se de que sobre areia
nada se estabelece. Logo seus trejeitos,
chiliques e sua irrefreável mania de
grandeza foram causando espanto ao
“agrogato”, que era simples, sincero, mas
não era nada bobo.
Desiludido, ele deu um basta. E botou
Lady V. num busão de volta à capital.
Seria o fim as armações de Lady V.? Estaria ela desmascarada e destruída? Criaria juízo e seria mais honesta com os
outros? Não perca o próximo capítulo,
quando Lady V. surta à beira da represa.
*jornalista paulistana que adora o interior | [email protected]
Nessa semana a lua estava
magrinha e acolheu em seu
regaço a estrela Dalva, o
planeta Vênus. Na saída do
trabalho era noite e elas
brilhavam aconchegantes,
Venus escorregando para
dentro do C e, fascinado, eu
as mostrei com alegria na
alma para um amigo que
respondeu confiante em
sua erudição: é a bandeira
da Turquia.
Minha alegria tornou-se espanto frente a tamanha lucidez e nenhuma insensatez e pensei tentando entender: o que é que há de er-
rado conosco, os terráqueos? Um é Anteu, filho de
Gaia, a mãe Terra, pés no
chão, a ela sempre conectado. O outro levita, mora
no mundo da Lua, acredita
ouvir estrelas sussurrando:
“as coisas boas da vida são
as que a loucura dita e a
razão escreve”.
E escrevi a lição: para olhar
e bem enxergar a lua, desconecte-se da mãe Terra,
feche as janelas do conhecimento e, como diria o
querido Millôr, sinta-se indecentemente feliz.
*médico santa-cruzense radicado em Campinas | [email protected]

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