novo mundo.
Transcrição
novo mundo.
¦' ¦ ... ". '¦'¦ ctt " 5| 4 -i 1 *y Entertd according to A et o/ Congress, in the Ytar 187a, by J. C. Rodrigues, in the Ojffice 0/ the Librarian 0/ Congress, at Washington. VOL. II.-N°. 24. -'¦:Mh -' ..-U NEW YORK, 23 DE SEPTEMBRO DE 1872. ¦ /¦ ' O Príncipe .*, Bismarck. [Com Süpplemento.] -.- 206 >-, O NOVO MUNDO- [ ESTADOS. UNIDOS. Retrospecto Mensal. apenas seis semanas para a eleição I 7ALTAM do seguinte Presidente dos Estudos Unidos, e nos achaem na anclosa expectativa geral quo mos para desde já sabermos quem será o eleito, olhamos cõin summo Interesse para as eleições internas do vários Estados, as quaes indicam pelo menos qual o lado du opinião publica quo 6 mais forte. Neste mez houve eleições no Vermont o no Maine. Em 186K, os Republicanos ganharam n eleição no primeiro desses Estados pela maioria de 27,000 votos: os Liberaes esperavam agora reduzil-a a 20,000, mas só conseguiram cortar-lho 3,000 votqs,- doixando-lhe 24,000; o novo partido, porém, se conforta com este resultado, pequeno como seja; porquanto a mesma proporção na reducção da maioria Republicana de outros Estados será bastante para ganhal-os á sua òausu, ou ao partido Greeley, Na eleição do Máine aconteceu o mesmo: os Liberaes esperavam reducir a maioria de Mr. Grant, de 20,000, que era, a 12,000; mas "ó conseguiram reduzil-a por 4,000 votos. Esta mesma reducção na Indiana e na Pennsylvania será sufiiciente, dizem os Liberaes, para transferir estes Estados para o lado dos que sustentam Mr. Greeley. A campanha nestes dous Estados continua acerrima, pois ha razão de suppôr-se que ellas vão decidir do resultado da eleição presidencial. —Alguns Democratas, desgostosos com a escolha que o seu partido fez de Mr. Greeley para seu candidato á Presidência, e animados pelo partido de Grant pretenderam crear um terceiro partido de "Democratas-puros," e para.este fim se reuniram em convenção na cidade de Louísville, denunciaram fortemente a convenção regular dos Democratas de Baltimore e formaraní nova chapa. Mas esta convenção foi um completo insuecesso, nenhum dos cândidatos propostos tendo acceitado a nomeação e faltando-lhe completamente força moral. —Publicou-se o texto da sentença arbitrai do Tribunal de Genebra, pela qual o Governo da Gran-Bretanha deverá pagar ao dos Estados Unidos como indemnizaçãò de todos os prejuizos, de que se queixava, a somma redonda de trinta e um mil contos. Estas negociações foram feitas pelo Presidente Grant e agora que a imprensa de cada um dos lados político tomou posições extremas e exaggeradas sobre todas as questões internas de importância actual, é diflicillimo saber-se si este paiz realmente fica agradado con o resultado do arbitramento. Todavia, ousamos dizer que a decisão de Genebra será ulteriormente bem recebida. —Foi notável este mez por trez grandes desastres marítimos, de vapores americanos. No principio do mèz, o Melis um dos excellentes paquetes que navegam en ore New York e o porto de Providencia, no Estado de Rhode-Island, foi abalsoado por uma escuna, e em poucas horas começou a submergir-se, causando a perda de quarenta a Cincoenta passageiros. Os outros sálvaramfse em escaleres, ém taboas, em balas de algodão e, principalmente, na tolda do navio, que se despregara do casco durante a submersão.—Outro paquete a vapor, oBienville, da linha de New York e Panamá, queimou-se em alto mar, tendo-se perdido quarenta e duas pessoas.—No porto de Shanghai, na China, também incendio-se um paquete dos Estados Unidos, o America que tinha a bordo cerca de dous mil contos de reis em moeda não se poude salvar.' Felizmente neste ultimo não morreu ninguém. ;.. , dade foi sempre o esperamos (pio continuará a ser a mira principal do nosso programma;— mas também confessamos quo ser-nos-hiu dilllcil demarcar as raias da nossa ambição do reuli/ar o ideal, quo tomos em vista;' e o facto 6 que nós não tomos do quo nos queixar, o, pensando como pensamos, cremos que nunca tercmos: o Novo Mundo é uma mercadoria como outra qualquer, subjeita a certas leis de demanda, quo não nos são desconhecidas. Entretanto protestamos que nunca modificaremos o nosso programma em seus pontos principaes para conseguir o que chamamos "agrodar a opinião publica": este periódico não reproduz a "opinião publica," sinão como facto do historia; e só é orgam,—rude, mus franco,— do que para o seu Redactor é Amor, Justiça e Verdade. Procuraremos sempre melhorar a qualidade da mercadoria, mas sem tocar-lhe no que, para nós, é-lhe essencial E como sabemos bem o que dizia S. Pedro, que a verdadeira graça consiste em conservarmo-nos firmes, fazemos ardentes votos para que nunca nos apartemos, por qualquer consideração que seja, da procura sincera da Verdade, e para que nunca nos' falhe a independência de proclamal-a,—tudo isto feito, todavia, naqueile espirito de fraternidade çhristan que devemos curar de conservar sempre. BAR0NAT08 B C0MMENDAS. PAQUETE do mez passado nos 0 trouxe uma lista de talvez oitocentos Europeus, alguns poucos Brazileiros, e' um ou dous cidadãos dos Estados Unidos a quem Sua Magestade o Imperador do Brazil creou Barões, Grão-Dignitariosj etc.; e posto que a folha oíficial não nol-o '' diga, sabe-se bem que estas graças foram dispensadas por attenções pessoaes que o Imperador recebeu na Europa durante a sua ultima viagem. Nós temos que censurar vivamente esta desnecessária humilhação a que foi ' 'prosubjeito o nome Brazileiro com esta ducção graciosa" por atacado; e, sendo irresponsável a pessoa imperial, queixar-nos-hemos dos seus Ministros, que referendaiam os decretos. p]stes Ministros vêem ou devem ver que nestes últimos tempos se tem desenvolvido muito desgosto no paiz com o que se chama '' poder pessoal'' do Imperador. Homens muito respeitáveis teem sahido dos concelhos da coroa para denunciarem logo a indébita influencia que esta exerce em muitos negócios: nósmesmos cremos que o defeito é mais das instituições do paiz do que do próprio Imperador, e assim temol-o dicto; mas não podemos negar que homens muito sizudos estão convencidos que a falta é do soberano, e que um grande numero de Brazileiros pensam a mesma cousa. W7fq Como quer que seja, o Ministério actual, para ser leal ás instituições que jurou guardar e por que os Ministros pesSEPTEMBRO, 23, 1872. soalmente parecem ter tanto amor, devia H^'-:.' ;¦ .ter muito cuidado em sustar a marcha ADVERTÊNCIAS. impetuosa desta onda do desgosto publiGompletando-se com este numero o co, e arredar da sua administração tudo aquillo que aviventasse a causa deste des[;-;. segundo anno do. Novo Mundo, os seus gosto. Mas o Ministério actual, ou não BBJJafflM assignantes que • desejam continuar a rece- tem olhos para reconhecer as signaes do não tem a necessária indepenbel-o, são rogados a mandarem, reformar tempo, ou dencia de character para aconselhar o as suas assignaturas em caza dos respecti- Imperador a que não faça o que não lhe ¦vos Agentes, a este lhe pareça conpara que não lhes seja inter- convém, ainda que vir. Nós preferimos pensar que elle não " :- rompida a remessa do periódico. quer vêr as signaes do tempo. uma viagem Com efíeito, mal chegava da Europa o mais Assim houver que ÉÜfflfl J8@h Estado, o seu medico particular mensal na linha dos paquetes da mala re- chefe de era logo despachado Ministro de Agriguiar dos Estados Unidos e Brazil (o que cultura, Commercio e Obras Publicas, e consta que será breve), publicar-se-ha o outro medico, que na sua vida não foi sinão medico e professor de medicina, reNovo Mundo duas vezes por mez,—sem cebeu a nomeação de Presidente de uma augmento no preço actual da assignatura. das mais importantes Provincias do Imperio. Longe de nós negarmos as habilitações scientificas destes dous caYalheiDOUS ANNOS. ros: não se tracta aqui de saber si elles este numero o nosso"segun- são dignos de oecuparem os altos cargos foram nomeados,—pois então ¦.'¦if COMPLETANDO do volume, é-nos grato recordar que o be- para que nada teríamos que dizer; mas o que susnévolo acolhimento que ao principiar-mos esta tentamos, e o que realmente não podemos publicação prestou-nos o publico não tem negar, é que estas nomeações de dous decrescido, ao contrario se vai augmentando Barões, médicos, que teem accompanhaconstantemente. E' verdade que ainda não nos do a Sua Magestade em suas viagens e foram facilitados os meios de que desejamos que não desempenhavam papel de impordispor, para fazel-a mais útil á classe de leito- tancia na política do paiz, estas nomeatores á que se destina,—porquanto a sua útili- ções mostram claramente o que bem' po'¦¦¦:¦ ¦'-¦¦¦¦ 1IÜ demos chamar poder, pessoal: ollas se lizoram somente porque os nomeados são amigos do Monarcha, e os Ministros actimes assentaram de agradar o Monarcha deste modo. ' Mas isto não foi tudo: não bastou que se dissesse no estrangeiro (como se tom dicto) que "o moderno Pedro o Grande" tendo voltado para a pátria o querendo introduzir muitos melhoramentos, nomeou para Ministro um dos companheiros de suas viagens. Não bastou isto: era preciso mais alguma cousa. Parece que não ficou na. Europa um só astrônomo ou sabio ou lettrado que cortejasse o Imperador do Brazil, que os recentes decretos de graças não incluísse com alguma commenda. Todos os Enviados Extraordinarios Brazileiros que tiveram a fortuna de encóntrar-sc com Sua Magestade na Europa (excepto somente o de Berlim, que não o quiz) foram leitos Barões. Agora, muitos no Brazil crêem sinceramente que estas "graças" fazem o paiz muito conhecido e estimado na Europa; ¦ 'agraciados'' fica inteque cada um dos ressado nos seus negócios, e o defenderá sempre. Mas isto é um engano, em que cahem todos os que não conhecem a natureza humana. Certo litterato de Pariz sabe muito bem que elle não prestou jámais serviço algum ao Estado do Brazil, sabe que elle fallou ao Imperador, quando esteve na sua cidade, e agora recebe uma communicação que o enche de pasmo dizendo que d'ora em diante elle é um dos Dignatarios da ordem da Rosa do Império do Brazil:—perguntamos nós: este litterato, por esse facto, fará alta idéa da nossa chára pátria? D.efendel-a"raça ha, quando ouvir fallar da nossa ' ' 'povo de escravos,'' 'povo affeminada,'' que tudo deve ao sábio Imperador que tem," etc. etc? Não. Nós que habitamos entre estrangeiros e que sofíremos dores e humilhações pela nossa pátria, affirmamos que estas condecorações foram um crime de leso-patriotismo. Ellas farão, sim, o Imperador mais popular do que já o é justamente entre os homens cultos da Europa; mas dão uma idéa muito vil da civilização e instituições brazileiras. Ellas reforçam a crença já agora tão espalhada que os Brazileiros devem a Sua Magestade tudo o que teem e o que são de bons. Ellas procuram exaltar o Monarcha á custa dos seus concidadãos. Mas estas condecorações não ofíéndem smiente o bom-gosto: em nosso entender ellas foram illegaes, sinão ferindo a lettra das leis do Brazil, de certo attacando o seu espirito. A Constituição do Estado estabeleceu "títulos, honras, ordens militares e distineções," mas'"emrecompensa dos serviços feitos áo Estado,'' e não de cortesias feitas especialmente ao Imperador do Brazil, na sua viagem democratica pela Europa. Seria realmente bonito no Imperador que elle mostrasse sua gratidão por serviços pessoaes, ou pelo apreço pessoal em que tem a certos litteratos e astrônomos da Europa, mandando-lhes particularmente qualquer testemunho destes seus sentimentos; o Ministério actual, porém errou grosseiramente fazendo-o distribuir-lhes distineções do Estado por considerações pessoaes. Em Dezembro de 18*11, promulgou-se um Decreto regulando os casos em que se podem conceder as condecorações das ordens honoríficas do Império. Este acto do Poder Executivo interpretou bem o pensamento da Constituição, que estas ordens seriam conferidas por serviços prestados ao paiz, e por algum tempo todos os Decretos de graças foram publicados, cremos nós, mostrando o serviço especial do agraciado. Agora, porém, a practica é muito diversa, como acabamos de ver. "Poder pessoal" não é o exercício de certas attribuições que o Imperador crê e que elle que a Constituição lhe conferiu, "poder interprete mal; ventura por pessoai," humiíhador para o Brazileiro fora do seu paiz, é esta chuva de graças, estas nomeações de médicos e amigos pessoaes, de que acabamos de fallar; e ao Ministério presidido pelo Sr. Paranhos devemos inculpar tudo, isto até que nos convençam que erramos. E para que nos convençam da sabedoria ou da necessidade destas graças, não nos venham fallar de tradicções que se acham em antagonismo com o espirito do Novo Mundo, com o espirito, sinão com [SÊUTKMHRO; 23, 1872 a lettra da constituição brazileira, u final Provem-nos antes de com o bom gosto. tudo a necessidade que havia do ajudarso a que a Europa tenha do Brazil uma idéa muito diffbrento do quo elle ó realmento, com osta concessão de condecorações que afinal do contas não querem, dizer cousa alguma, em si. mesmas. OS ifBGÜGIOS 1)0 PRATA; sempre julgáramos, a desavença o Brazil e a Republica Argcnentre J (10MO tina foi removida pela diplomacia no Rio de Janeiro. Desde o principio desta quêstão, víamos que a Republica Argentina teria de ceder da posição falsa em que a collocou o mesmo General Mitre, que ago'víamos ra solveu a dilíiculdade; e isto porque a Republica, alem de não ter forças que possam hombrear-sc com as do Brazil, não tinha razão alguma nos protestos virulentos com que por intermédio de Tejedok procurou irritar o seu vizinho. A Republica Argentina, aproveitandose da lettra do Tractado de 18 de Maio queria obrigar o Brazil a prestar-lhe apoio em sustentar suas reclamações contra o Paraguay, depois de ter feito com este paiz uma paz preliminar, uma de cujas condições era a renúncia do direito de conquistador, de sua parte. Tendo-se expressamente declarado naqueile Tractado que o fim da alliança não era a conquista, e o Paraguay tendo já expresso sua vontade de snbmetter-se a todas as condições de paz que lhe propuzeram os alliados com toda a solemnidade, o Brazil nunca poderia ajudar a sua alliada nas suas pretenções tão absurdas e injüstas. Ha poucos escriptores de Direito Internacional que dêem interpretação mais lata aos direitos dos belligerantes do que Bynkershoek e é elle mesmo que, tractando de concessões feitas a inimigos, diz: "Concedo toda a espécie de engano, excepto a pertidia, não porque haja cousa que não seja legal a um inimigo; mas porque quando nus lhe damos a nossa, fé. elle deixa de ser inimigo, se lhe applica.á- nossa promessa." tanto quanto "Wheàton, ed. cie Lawrence, IV. (V. também II § 18.) Assim, o Brazil não podia ser forçado a obrigar o Paraguay pela força a acceitar as condições da Republica Argentina, tendo-lhe promettido com a Republica discutir os seus direitos sobre o Chaco; e isto antes que houvesse qualquer discussão, e a promessa tendo sido feita solemnemente ri'um convênio de paz. -Alem disto, como é que o Brazil poderia "garantir" á Republica Argentina a posse de um território, que ambos os paizes se comprometteram a estudar e a decidir directamente com o Paraguay, e isto antes que chegasse a esta decisão? O mesmo citado Wheaton diz-nos:— "Garantias só se ap;licama direitose posses existentes ao tempo em: que são estipuladas." (id. III, II, § 12.) Em nosso caso, pois, depois de feita a promessa juneta dos alliados de ouvir e pesar os títulos, que o Paraguay apresentaria sobre a propriedade do território contestado, uma obrigação de garantia prévia, como a Republica Argentina queria que o Brazil desse, seria uma obligação de commetter uma injustiça,—e sabe-se muito bem ou deve-se sabe-lo pelo menos, que tal contracto não seria válido em direito. Demais, os Argentinos perderam de vista que a questão principal dos alliados com o Paraguay não foi j.mais (pelo menos não foi-o formalmente) a questão de limites; o Tractado do 1" de Maio declara que o fim de alliança era obter reparação de Lopez, sem attacar a independencia e integridade do Paraguay. Logo, da do Brazil, consese pois, que, parte guiu o fim da alliança e os Paraguayo» se mostraram desejosos de dar ao salliados as reparações que elles lhes pediram, um dos alliados não tem o direito de voltar atraz, e de querer obrigar que o outro ou os outros alliados se colloquem outra vez em posição hostil contra o inimigo da vespeirá, que se acha vencido e a quem se fizeram concessões, que, aliás não estavam no tractado da alliança oflénsiva. Os Argentinos teem tido uma idéa muito incorrecta do que seja uma alliança,—do vaPorque lor de um tractado de alliança. mmmtm<u,m<'X,ulriàf.rrtí rj,,T,.fli.i^&-7m ¦¦ Septembro, 23, 1872.] uma nação fez com outra ura pacto do ailiança defensiva e ollensiva, não se segue (pio uma esteja obrigada a defender cogamento a todas as que attaqucm a alliada, ou o offendcr a todos a quem ella olfender. E esta ó a droctrina expressa claramente em Wattkl quando diz (11.1, (1,90,) quando o aluado dá no inimigo justa causa do guerra, o outro álliddo deve Ôbrigal-o á dar-lhe unia satisfacção razonavel. Assim tampem, em o nosso caso, o Brazil teve o direito de recusar o seu auxilio ri' uma preterição manifestamente injusta. Como quer que fosse, parece que u desuvcnnça se ajustou de todo no Rio de Janeiro. O que agora se exijo do Sr. Paranhos é—bòa-fr. Não nos importa saber o que é que elle pensa do Tractado de 1" de Maio, dos erros das negociações (pie não foram feitas por elle-mesrno, dos interesses do Brazil no Rio da Prata, etc. etc. O facto é simplesmente este: o espirito do tractado, e sobretudo, o dever de honra, que deve estar acima de tochis 'outras considerações, exijem que o as Brazil se mostre inteiramente e realmente neutro nesta questão de limites entre a Republica Argentina e as do Paráguay e da Bolivia. Não basta que ò Sr. Ministro de Estrangeiros do Rio de Janeiro nos repita mil vezes que "á Republica Argentina é livre abrir negociações com"o Paráguay como nós fizemos." Estas declarações nã© valem nada quando o mesmo Sr. Ministro entra em discussão com a Republica, negando-lhe os seus titulos sobre o Chaco. O maior interesse do Brazil no Rio da Prata não ó sahir-se bem de difficuldades technicas da diplomacia, como neste caso; é proceder honradamente, sem enganar a seus visinhos e sem intrometer-se naquellas questões que se travam entre elles e que só a elles compete decidii-. PKOGRKSSO. SOCIAL. i PPLAUDINDO o modo por que teí\ mos dirigido esta publicação, um distineto estadista do Norte do Brazil extranha, todavia, que não appliquemos aos negócios politicos do paiz o mesmo rigor de juizo com que accompanhamos o seu movimento religioso; e acerescenta que, si estivéssemos no Brazil, de certo uniriamos ás suas as nossas amargas queixas do, mau estado em que param aquelles negócios. Agora, o que é verdade, é que nós mes: mos não duvidamos que isto acontecesse assim: não ignoramos que em presença, de males, acobardamo-nos não raramente e, em vez de procurar-lhes o allivion'uma cura paciente e intelligente, desvanecemo-nos em lamentos, e gritos e imprecaçõés. Nesta distancia, porem, em que nos achamos, donde pesamos as cousas mais fria e calmamente, e procuramos leval-as á luá dos, para,<oós, verdadeiros principios 0*0 progresso social, desta distancia não podemos ser tão pessimistas como o deseja o nosso correspondente. Não desconhecemos a importância do papel destes murmuradores na sociedade, assim também como reconhecemos a do dos optimistas, que entendem, com Leibnitz, quo ' 'este mundo é o melhor de todos os mundos possíveis." Uns enchemnos de zelo para conservarmos as graças, os privilégios .«'bençams da vida; os outros conservam sempre fresco o conhecimento do mal moral que soffremos na hora presente e nos ajudama não contentarmo-nos com o que já temos adiantado na estrada do.bem. ( O facto, porém, é que nem uns nem outros nos ensinam a sorver o problema do progresso social: elles representam a consciência e a esperança mas não o proprio progresso, nem nos mostram como é que ellas podem caminhar junetas, animando-se a aperfeiçoando-se mutuamente. E' a mesma cousa que acontece na esphera moral do individuo: um aviventar contínuo do mal, do peccado actual, e uma esperança vaga, uma aspiração sem objecto próprio; mas não o meio ou a arte de dar expressão á esta esperança nem de alliviar o peso da consciência. Necessários como sejam, pois, a verdade não esta em nenhum delles. Nem Leibnitz tem razão em ver tudo còr de rosa, nem a tem Ha.mleto, tecendo no seu c 1 para gloria sua, o como irmãos mais moços de Jesus Christo, o Primogênito. Ora, pois, tem o nosso correspondente a razão do que ello entende por condeseendencia nossa ern negócios politicos, e rigoroso juizo em matérias religiosas: os defeitos do nossa systema religioso ,tedm alcance muito maior do que os do systema Mais ainda: estes últimos são, político. no Brazil, a conseqüência dos outros. Para nós, ti reforma religiosa é a baze de todo o trabalho sério, que se queira fazer. Parecerá ar muitos que exaggeramos a sua importância; mas temos convicção profunda que n'uih futuro mais ou menos próximo so achará que estas nossas palavras foram verdadeiras. A RKPUBLIOA f. : .,..:¦¦¦- 207 O NOVO MUNDO. monólogo a philosophia da molancholia. Desde que appareceu na torra Jesus Christo, ensinaudo-nos a baze do todo o desenvolvimento moral, mio ha mais neccssiâadé do cahirmòs cm alguma das duas tendências extremas o íatacs; não precisamos cahir entre Soylla o Oliarybdis: o nosso caminho, a verdade, está entre a tentação de excluir ou menosprezár a idéadÒínal, o a tentação do excluir a idéa da possibilidade, e da facilidade comparativa do seu remédio. Podemos asseguramos do nosso correspondente do Brazil que, porque o Sr. Pabanhos nos deu a lei de 28 de Septembro, porque o paiz começa a ter estradas de ferro e telegrapiios, c porque vai acordando ã necessidade da instrucção publica, nem por isso vemos tudo ganho no presente, e tudo róseo, no futuro. Mas tambem é certo que, porque não temos a emancipação completa, estamos sujeitos a prejuízos grosseiros de Religião, não practicamos ao menos as liberdades que já temos e não temos outras, indispensáveis ao nosso completo desenvolvimento,—nem por tal vemos tudo tão negro no presente, que não lobriguemos uma luz no futuro. Qual é o ser moral, qual o paiz que não está assaltado constantemente destes tremendos problemas do progresso social, —onde é que ha uma consciência pública satisfeita com sigo mesma ? E como é que os estadistas do Brazil já podem descansar alegres da sua tarefa, n'um paiz de cincoenta annos de existência, que veio •ao.circulo dos nações, todo cumulado da grande mancha da escravidão humana e de tantos outros defeitos ? Os melhores patriotas dos Estados Unidos se queixam dolorosamente da corrupção geral; na França, elles maldizem a sua condescendencia com o cesarismo, na Inglaterra e na Allemanha, as questões sociaes do trabalho, e outras muitas enchem os espiritos de sérias apprehensões; todos os paizes teem que resolver seus graves problemas; e nós só é que nos deitaríamos debaixo da nossa figueira, comendo e bebendo ? As questões sociaes do Brazil, não ha duvida, são muito difficeis. E'elle um paiz novo, que se cr 3 estabelecido sobre a baze da liberdade, e que nella quer fundar todas as suas instituições, mas que a cada passo dá com um ponto falso na sua baze, com alguma contradicção inexplicável; e isto fal-o naturalmente inquieto, e por vezes frenético. Dahi vem que é nosso character nacional este descontentamentv este resmungar continuo com tudo e com todos. Não há verdadeira alegria no povo do Brazil; todos trazem tristes o semblante, e, quando muito não saibam, ao menos são peritos na arte de fallar do ' 'mau estado do nosso paiz. -' 0 remédio para tudo isto é o mesmo que emprega o mathematico que não- chega a suas conclusões esperadas: é ir examinando os seus cálculos até achar-lhes o erro ou erros, pois que há erro, a'prova o Assim também no Brazil, o remediz. dio destes excessos do poder, deste excessivo descontentamento latente, mas geral, não está na preferencia destes e daquelles homens, deste ou daquelle dos nossos partidos actuaes; não está também, pelo meaios não esta exclusivamente na Republir ca ou na Monarchia, porquanto a forma governo não pode mudar por si só á essencia das cousas, e o character nacional; o remédio também não está a nosso ver em boas leis, n'uma constituição reforma-* da, porque tudo isto pode ser somente a mentira. A reforma que queremos é mais individual,—é a do mesmo Homem. Desejamos que cada Brazileiro participe da herança da liberdade e responsabilidade christan, que nos foi ensinada e que foi practicada pelo maior de todos os homens; desejamos que cada Brazileiro fortifique seu coração nesta fé do puro Christianismo què sacode-lhe todo o descontentamento e as preoecupações inúteis, e o deixa livre para procurar desnodadamente o seu progresso e o dá sua pátria; desejamos que os Brazileiros recusem as mil superstições que agora lhes são ofTerecidas como matéria de fé, e procurem por si mesmos a Verdade, cuja luz rutila sobre todos; desejamos que,,;animados por esta mesma Verdade, todos os Brazileiros se unam estreitamente n'um só amplexo, não como filhos fieis de um padre ituliano, mas como filhos do Senhor, que creou C FIIANOKZA. suas freqüentes commoções, pela virulência de suas paixões e pelo conPELAS sequente extremo de todas as suas revoluções nestes últimos cem annos, o povo francez tinha conseguido convencer aos observadares superficiaes das suas instituições que era impossível estabelecer-se no Para o mundo em seu seio. a Republica. geral, os Francezes se representavam como um povo que só podia ser governado pela mão de ferro de um tyranno, ou de um César, e este modo de ver era até o de muitos Americanos que entretanto professam acreditar nas instituições livres,—como por exemplo o General Banks e Mr. Wendei.l Phillips. Era debalde que os melhores patriotas francezesdemonstravam que depois de todas as suas revoluções o seu paiz nunca era deixado entregue a si mesmo, que logo um usurpador se apoderava do seu governo, ora com o titulo de direito divino hereditário; ora com o da vontade popular, ora com o dictador necessário pelas circunstancias do paiz: estes estadistas criam e ainda crêem que a França precisava da tutella do Cesarismo; e ultimamente nós vimos aquelle impostor, Napoleão III, aproveitando-se desta noção geral e por vinte annos estragando todas as energias nobres do povo francez para provar ao mundo a sua verdade. Guerras, .revoluções, tudo fabricou ellle para demonstrar que elle era um homem necessario, até que a sua ignominiosa queda de Sedan desmascarou-o e galardou devidamente o seu egoísmo, e todas sas suas mais baixezas. Mas no fim da guerra com a Allemanha, os estadistas da França, achando-se no meio de uma tremenda crise, fizeram um pacto em Bordéos, para o fim de cuidarem apenas da conclusão da paz e da reconstrucção do paiz, deixando intacta a questão da fôrma. de governo para ser decidida pelo povo francez, elle mesmo. Para se conseguir aquelles fins, Mr. Thiers, como uma espécie de chefe do poder executivo, e uma Assambléa como poder legislativo, começaram a trabalhar junetos, a principio em Bordéos e , depois em Versalhes. Emquanto se refere á reconstrucção administrativa dó paiz e á conclusão definitiva da paz, este "pacto de Bordeòs" tem sido executado á risca com o melhor êxito pssivel: e ainda agora o Governo levantou em poucas horas um empréstimo enorme, sem recorrer a mercados estranQuanto, porem, á segunda pargeiros. te do pacto, concernente á forma definiuva de Governo, si M. Thiers sè tem mostrado fiel, como folgamos de reconhecer e apezar de que parecia a principio querer quebral-o em favor dos Monarchistas,— do outro lado a Assemblea, ou antes os Conservadores deste corpo, só teem guardado uma fidelidade apparente, uma fidelidade forçada pela honestidade de M. Thiers e também pelas divergências que reinam entre elles mesmos. Os Republicanos se teem portado com muita prudencia, reconhecendo que a ordem e a esperança da França exigem que elles observem aquelle "pacto," que, alias, consagra o principio fundamental do seu credo, —a liberdade do paiz para escolher a sua fôrma de governo. Os Conservadores, ao contrario, não teem operado já uma révoluçâo por medo de perderem o seu frueto, e pela discórdia que medra no seu seio, sobre quem ha de ser o Rei. Ao passo estão anciosos em conservarem o que stalao quo de Bordéos, aceusam a M. Tiiikrs de "governo pessoal," pretendem estar governo a França sob um systema representativo-parlamontar, intrigam nos * corredores e ante-câmaras, procuram fusão de casas reaes, e, o que é mais que tudo, procuram definir-se como uma As-, sembloa «'responsável o governando o paiz com o exercício de todos os poderes da soberania. Entretanto, emquanto tem durado este pacto de Bordéos, e ao povo francez se tem dado paz, com a liberdade de pensar sobre seus destinos, observa-se uma granNas tentatide revolução nos espiritas. vas infructiíosas dos Monarchistas, os Francezes teem reconhecido a causa de todas as suas revoluções e desgraças internas,—a imposição de um governo, a despeito de voto do paiz; e na continuação pacifica, e força moral do Governo actual, elles teem-se convencido que a Republica, entendida como deve ser, não só é possivel no seu paiz, mas até, no actual estado de cousas, é o seu único, recurso possivel, si se quizer conservar a paz e á integridade nacional. A Revue de Deux Mondes, que não ha' muitos mezes publicava um artigo de M.-j E'mile deLavelleye, defendendo aíprefereneia da Monarchia limitada a todas as outras fôrmas de governo, agora advoga francamente a Republica ria França".:fella appella Conscrvadores-monarchistas para que se resignem a este regimen de com petição e liberdade, acceitem as condi- •> ções da existência politica das sociedades modernas, e renunciem á van protecção do principio hereditário que é hoje na França a causa única das divergências e do perigo. A Republica não é tal o symbolo da desordem e o synonymo da anar-/ chia, nem a Monarchia é o único talisman-maravilhoso que conserva a paz e a ordem: esta pode ser demagógica e aquelIa pode ser conservadora. Entretanto, continua o escriptor, a Republica é afórma de governo das sociedades que querem olvidar o passado e começar vida nova. .0 principio da Monarchia é a tradicção, e ha oitenta annos está quebrada na França a tradicção monarchica, e ella tem sido de facto uma nação republicana. Ha um século, teem sido debalde os esforços para se reatar o fio da herança monarchica, pois excepto Luiz XVIII, nenhum rei nesse prazo tem morrido na sua cama e no seu palácio. A França, em todo este tempo tem sido republicana no fundo, e hoje que todos os homens sensatos almejam a paz, e crêem que bastam-lhe já as muitas revoluções que tem tido, a Republica é o único refugio que lhe resta; ho^e,'como hontem, é este o único governo quê pode ser imparcial,— o único que poude impor a trégua patriótica do pacto de Bordéos e'¦'¦'*¦ que só pôde prolongal-a. A Republica é de todos, e não desanima a partido al-t gum: a França já é agora uma demqcracia, que cada vez se ha de ir democràtísando mais; e si ella nãò acceital-a, tornar-se-ha em demagogia pura,—tal é a alternativa de que'tem'de escolher. Assim, pois, a Republica, este espectro que horroris.ava os espíritos na França (graças ás exaggerações de muitos demagogos, mas pretendidos Republicanos), tornou-se agora o único expediente da salvação do paiz das garras da anarchia. Os Francezes reconhecem afinal que a monarchia é um talisman ás vezes bem enganoso, e que Republica não é um demonio tão feio como o pintam. - Ainda bem! Não ha quem tenha estudado bem a razão de todos os desastres da França neste século, que não os explique pela falta de governo do povo pelo povo, e pela sua cega vasallagem ao superabundante governo de alguém. A verdade, com effeito é que os Francezes, cuidando que são incapacez de governo, não teem querido governar-se; mas como o governo ê uma cousa imprescindível em toda a creação, alguém sempre se tem aproveitado desta verdade % e auferido a si mesmo o regimen dos negocios do paiz. Bemdicto seja o paetoji de Bordéos, bendicto seja M. Thiers, bemdictas sejam a prudência dos Republicanos e a independência dos Monarchistas,—bemdicta seja, em summa, a própria guerra, quando tudo isto faz a bella França reconhecer a verdade que seus melhores amigos lhe apontam de ha tanto tempo, e de que nós mesmos tractamos especialmente nestas columhas, em Outubro e. Dezembro de ISTO! £9 U; m * 208 O NOVO MUNDO. ü MmOílMISMÁRüK, No pWmeiro numero dosto periódico produzimos um dequono retracto do* Bismarck quo naturalmente muito deixa a dosojar aos nossos leitoros, considerada a importunciado sou assumlo. Ilojo viemos reputar a falta apresentando uma e.xcollento estampa, em quo se pode colher . .!' ' ' porfelçáo possível. Em 1870, quando chogou o momento do conclulr-se a gloriosa obra da unidado do sua pat ria, ollu achou que esta tarefa lho tinha sido facilitada pola loucura 4e Nàpolbão, quo devia então rematar a sua carrolra de crimes, consentindo quo ha França declurasos a guerra á Allomanha sem estar preparada pura isso, c sem tor causa justu. a despeito do todos os ódios o furla da opposlção. Realmente, Guiliiiírmkmostru que ó um grande homem, por oecupar a petição quo occupa o não tor ciúmes do Bismarck. 0 PAIMJUB DOS JAVALIS. Em vez do diminuir parece que o luxo dos mo- ?> 13 i^u para a dieta da Saxonia o depois para a diota gorai, ondo so tornou multo popular pela vlrulenda de soub discursos. Km 1851, comoçou eilo a prestar serviços importantes na carreira diplomatica, suecessivamento em Franckfort, Vienna, São Petersburgo o Pariz. Do posto do embaixador nesta ultima cidado foi chamado a Berlim, ha doz annos, para exercer o do Mlnis- [Skitümhro, 23, 1872 ^B^l m^rmm\ mwSm^k W\ ^^t 19 RI RI bíé^I iBiB Bm^tB "3 mWWÊSÈ pR f Wmm\ II mm BrS i| im P^ BI I 1 I w mmmtsm\ masSÊB b%^bm^í mwmi&mwm mw^M BB EB W*& W^aS BltJsPsp Wsy&vXNãEmmwm wÊ~m WÊÊÈÊÊÊÊm SllSsr^yiSrcil BB IHfl Wk^ :íjíV- jiB^B*ii*B>J1i*B*B*B*B*B*B*B*B*B*B*B*B*B*B*B ¦j^^^EEB^EB^EE^EE^EE^EE^B^r«^EEB^MnEE^EE^ff^^^^^E^^3Bir ' '-ii ^J^^Bp^Bg^i^^i^BE^BBBSiEsg^^^^^BIBsat^gBH^BBEãi^ EB l^^iSsã Ém tm mm\ mmmi£^^=^Êt mism BB EIk^ mm\ mmwíXiaxm fl BB BB mVÊ*SA B IN; B H / ¦¦¦ UM BOSQUE DE CAÇA, DO IMPERADOR DA ALLEMANHA. i v ¦ •%%i; »¦ uma idéa íbem approximada da physionomia deste primeiro estadista da nossa edade. 'Talvezse,julgue conveniente que repitamos aqui que o Principe Bismarck conta apenas 58 annos de edade, e que á villa de Schonenhaúsem, na Saxonia, cabe a honra de ser-lhe o.berço. Depois de completar os seus estudos em Gotinga, Berlim- e Greifsuald, elle entrou no exercito, servindo de tenente do lanãwehr. Contava 32 annos de edade quando foi eleito tro de Estrangeiros. A opposiçao liberal fezlhe uma guerra desabrida; mas Bismarck, dominado inteiramente pela idéa.da unidade alieman, e não podendo divulgar os seus planos ou ir discuti-los no-parlamento nacional, preferiulhes o ódio e não trepidou saltar por cima de todas as conveniências cònstitucionaes. As guerras de 1863 e 1866 contra a Dinamarca, e a Áustria, foram por elle previstas. O exercito allemão estava preparado com toda a Digamos o que quizermos do charácter virulento de Bismarck ninguém nega que elle tem sido o primeiro estadista deste século. Felizmente, o seu monarcha, o Imperador Guilherme tem sido tambem um dos grandes soberanos desta epocha. 'Ainda outro dia, M. Thiers n'uma carta escripta de Trouville a um amigo, teceu-lhe um bem merecido elogio, e fez ver a grandeza d' alma deste homem que ligou-se ao Ministro em quem confia, e foi-lhe sempre fiel, narchas f àüüropa augmentacem a civilização; e a caça è um dos seus passatempos que mais caro custam aos povos. Victor Manuel e o Imperador da Rússia são dous Nemrods que todos os annos gastam rios de dinheiros com 'suas excursões pelos bosques e "parques" de caça e o Imperador da Allemanha, apezar de seus habitos rnais sedentários, tambem é muito amante de caçar javalis. A gravura desta pagina representa um dos s^ub b03q;Í33. €**¦• yt ' Septembro, 23, 1872. ,' I' *A * •* ¦ O NOVO MUNDO. SÉ OS ill "" • 209 . J ENTENDEDORES provando vinho. prensando as uvas. „ ¦ . ' - .: ^; irai interior da adêga. ADEGAS DE VINHO, NA CIDADE DE SÃO LUIZ, MISSOURI. cl '•fl ílfc . " 1... V^i^wi-aáSte^^m^ >' "%.' ' 1 21° í "¦ ¦ [Seitiímdro, 23, 1H7: O NOVO MUNDO. '¦"*jT" w* so decidiu poillr aSpotcnciinisliinciits especiaes dos negócios da Europa. da propin cidade de Boina! Cuidava-se (pio os concelho do Ministros cuja eleições, estraiigolrassob elas jurisdlcçitò so acham I TÓPICOS DO MEZ. E'necessário quo elles se entendam préviainen- clericaes abster-so-hiiim do votar nestas ê trabalham na Itália, to sobre o suecessor do actual Papa, a quem segundo tinham promoltldo. A sua intorven- certas ordens religiosas quo celebrados com ella nrredur da politica; sobre a ção mostra duas cousas: a primeira ó quo os [ta- que rfivoguom os traetnilds JO Brazil ja deve estar eleita a nova Cainara querem de todo da sua nova liberdade a esto rospolto. dos Peplitndos om logav da que lia quatro promõttlda vingança du Pratica, o sobre as Ihinos mio podem gozar 6 Como (pior qüo soja, o Governo está dôsaprosem lueta netiva com os clot ienes, o a outra m 'aos foi dissolvida por lim acto arbitrário o re- questões sociues (pie agitam os seus paizes. " " o Ir In poder temporal priiiiulo todos os dias novos conventos, etc. lia que estes amigos do volucioimrio do Poder Moderador. A nova Calógica i m pouco apodorou-se da Casa dei Jesit, que pro o Emquanto se festejam em Berlim os Impera- mlgos da Itália já vãosubjoitaudo-seá não tem nenhum valor político; o próprio |mara ! H centro dos Jesuítas, a repartição do superior ou I Ifc .Ministério declarou pouco antes da dissolução dores, o Governo allemão annuncia quo neste rigorosa dos fuctos consummados. 'i'1! up se propunha a reformar o regimen eleitora* mez o nos seguintes augineiitará o exercito com geral da ordem, o padre Bwcx. Esto celebre Alexandre Os trabalhos do Tribunal do Arbitramento em edifício de Roma foi odillcudo por lie era mau, o portanto não se pode esperar quatro corpos ou 1 LI batalhões, e isto, einquanXVI: íonaséculo do ultima nu Farnkse parto mia saiu bom d resultado deste mesmo regimen. to os arsenaes estão remodelando as 500,000 Genebra se lindaram felizmente em meiado desahi vida ordem, o fundador Francezes durante te mez, quatro dos cinco membros do Tribuna! cio de Loyoi-a, )HsI!1I1ÍS. nãlò é do melhoramento da lei eleitoral espingardas capturadas aos •Vr idéa Fnr-sc-ha, '•& que golpe • pois, ómento quo depende a verdade practica do a guerra, o se contracta a compra de mais assignamlo a sentença arbitrai que condemna a vou o morreu. esto seu conagora vendo :! íftflvsteimi representativo no Hrazil. 5Este mesmo l,õ0(),000 que devem ser entregues no prazo do- Gran-Bretanha a pagar aos Estados Unidos a Boflreram os Jesuitas •Ministério, que fez a lei de 28 do Septembro e dous annos. Alem disto, se estão fazendo con- snninia de trinta e um mil contos de reis, como sistorio reduzido a uma repartição da guerra de .que tão brilhantemente sustentou nas Câmaras stantemente experiências com balões, pombos, indeninização do todos os prejuízos causados Victor Manuel! Assim, os Jesuitas so acham battidos de toda a lueta ipie precedeu á sua promulgação, no- torpedos e outros explosivos. No meio destes pela falta de diligencia nsquello Governo do óbAs sins constantes intrigas inãoú agora chefes de policia especialmente para preparativos continua a grande emigração de sorvar ou seus deveres do neutralidade durante a parto da Europa. contra anuidade o independência moral dos pofazer.Deputados a certos o determinados indivi. allemans para os Estados Unidos, e os que II- a ultima guerra civil dos Estados Unidos. vós,—contra a liberdade do mundo,—lhes teem se acham desgostosos. O Impes4duos. Nós poderíamos nomear uni, pêlo menos, com na pátria feito odiosos a seus olhos, c nenhum os quer ter 'que foi a unia Próvincitt lonuingua para o fim rio não tem applicado a enorme indemnisação nuwa. na OS JESUÍTAS seu seio. Repellidos de toda a porte elles em expresso de fazer o povo eleger Deputado a cer- qiia lhe pagou a Franca á reducção dos ônus só acharão abrigo na Inglaterra o, na Hesputo eavallieiro, que nunca foi a essa Província,— da guerra, mas sim ao augmento do seu poder novo do a respeito dos Jesuítas nha, no Velho Mundo, ou então na America. militar, de modo que se está propagando muito q»issd sabeniol-i) com toda a certesa. o Na Hespanha, apezar de (pie as ultimas revolImpeiio germânico foi tão perigosa que ÁATT1TUDE O que não sabemos é porque um homem já no descontentamento entre as classes operárias. -?• Governo não teve rimiedio sinão promulgar a tas Carlistas foram dirigidas por padres calhoeclinar dos dias, como o Sr. Paraniios. e que lei, de que nossos leitores já teem noticia, expul- licos, comtudo, nessa torra de reaccionarios, é dos conO resultado da ultima visita official tanto merece da civilização moderna por seus Tão importai)- provável quo encontrem excellente aeolhiniont o. serviços á liberdade humana, insista agora em servadores monarchistas da Assemblea a M. sando-os do território allemão. medida esta que a sua execu- Na Inglaterra, porem, serão obrigados a unia marear á sua gloria descendo a este logar-com- Thiers foi que elles fizeram o Presidente decla- te se considerou ü ¦\iiium federal, politica passiva si quizerem ahi permanecer, commissão uma da nossa "politica militante." De que lhe rar-se pronunchulamente pela Republica, e com ção só foi confiada a em todos os Estados da pois o Governo brítannico já tem soflVido muito ,'<'. ] vai ser o apóstolo da liberdade do escravo em- o Presidente a opinião publica. Alguns dos com alçada especial Allemanha. De toda a parte do paiz aífluem da sua influencia em outras eras, por exemplo, quanto elle ajuda a que as nações do mundo Concelhos Geraes, apezar de legalmente inhibiultramontanos as conspirações do reinado de Isabel, e as inolhem com desprezo para a já adquerida liber- dos de tractar de política, adiantaram-se e ex- agora os protestos dos Catholicos "União Catholica'' trigas políticas e religiosas do tempo (IcCarA lei. referida a dade dos seus concidadãos? puseram francamente o voto que fazem pelo contra diversos: los I. Ainda agora, os padres da Irlanda se aspectos sob cinco estabelecimento definitivo dessa fôrma dego- alleman attacou-a -*{ Afmõrte de Jüaréz seguiu-se uma éra de paz verno. Os mairés de Lyon e de Marselha pro- por ser um insulto á liberdade pessoal; por ser estão mettendó na politica activa, recorrendo violação da a censuras do púlpito, ameaças de excommunhão no México; que felizmente ainda dura. Lerdo nunciaram-se claramente pela Republica nos um acto de ingratidão; por ser uma am- 3eus discursos de inauguração. Emfim, a Revue opinião publica; por ser uma injuria á egreja para influenciarem nas eleições, e muitos teem ]' de Tejada tem observado rigorosamente a e afinal por- sido presos por violarem leis expressas sobre i.istia que concedera e até estendeu o seu prazo des Deux Mondes que ha poucos mezes publica- que approvou a ordem dos Jesuitas religiosa e na. esta matéria da eleição. Em Londres, do sou da segurança violação uma a pedido de Porfirio Diaz. Este chefe orgu- va um artigo de M. Emile de Laveleye susten- que é foi o lado, ó arcebispo Mannino está formando um e solemne, forte ¦ lhoso e rebelde tambem requererá ao actual tando que a monarchia limitada é a melhor fór- cional. Outro protesto, se Lorena, em que poderoso partido político, composto de gente propondo dos Catholicos da Alsacia e ^Presidente interino quí marcasse outro dia para ma de governo, sabe agora em campo,"Republica ao orgareligiosas ordeus as muito ignorante, a quem manda que pleitée as diz pertencem que a eleição presidencial, mais tarde do-que o que o estabelecimento definitivo de uma mais nomembros seus e são egreja eleições. da nismo Ijáigestá designado; mas neste ponto Lerdo não conservadora" na França, de tractamos em oue da fé os heroes são fundadores seus brés; que tro artigo deste numero. (deferiu o seu pedido. PROGRESSO DO JAPÃO. A verdade é que os Conservadores, graças a amor christão; que por 12 séculos teem sido No Peru tambem restabeleceu-se a ordem puexa lei da sua blica e Pardo ha dous mezes está diigindo a suas intrigas e a sua notória cobardia, estão modelos de moralidade, e que JÁ temos alludido aos grandes passos de prom administração do Estado. desmoralisados, e os Republicanos é que teem pulsão é uma injuria, diz o protesto, a 200 micomo si com effeito gresso que o Japão está fazendo nos costumes e ganho com isso: o seu comportamento modera- lhôes de Catholicos,—isto das nações que nos accosi ÍDepois de uma lueta desesperada de muitos do e sensato lhes tem attrahido a sympathia de houvesse no mundo 200-milhões dè Catholicos, na civilização histan " a chamar do Occidentè." Realmen¦ | áiinos, raia em Cuba a aurora de melhores dias,, M. Thiers, do- qual até certo ponto depende o e como si, ainda qúe os houvesse, todos elles tumamos asiático parece teip resolvido não o império te, religiosa, ordem desta , era que ao menos se procurará fazer alguma seu;futuro. Actualmente o Presidente se acha apprpvasem a politica emquanto não tiver colhido caminho em ^justiça aos patriotas, que com tanto denodo è em Tròuville a tomar fresco e assistiudo certos que tem perturbado a paz de quasi todos os Go- parar ¦ elementos bastantes que o ponham ao nível das (la terra. christãos perseverança teem protestado pela vindicação exercícios militares, e a Assemblea tambem vermos ' Esses "bons.Catholicos" se esqueceram que outras nações civilizadas, e a sua revolução mode sua independência. O actual Ministério hes- goza de algumas semanas de ferias. Os Repuda civilização panhol,—o melhor que tem havido na Hespanha blicanos bem desejam ventilar fortemente a de quem se devem queixar principalmente é do ral é um dos factos mais curiosps demonstra a sua força outro Nenhum moderna. um XIV, ha Papa Clemente o f por muitos annos,—maudou chamar de Cuba o questão da legitimidade da presente Assemblea; precedente que "Republica," efleito um é com do mais apa com. que-elle, porquanto o Sr. Aguile- mas para nãp desagradarem a M. Thiers, que século, deixou á Allemanha, quando vice-presidente da 03 desde egual, sem éspectaculo primeiros dias rã, em companhia do coronel Macias e do Sr. não a quer tocar, é provável que se subjeitem provação universal de todos os povos e Goverapresenta este ponos o ¦Francisco Fesser, e entre os Hespanhoes da ás circumstancias, tanto mais -quanto os actos nos suppriniiu a ordem dos Jesuitas, que então do Christianismo, que ilha se propagou com isto um grande pânico, do Governo nacional são actualmente de tal se acolheu sob a protecçâo da Rússia até que vo que por tantos séculos persistiu em não se ecêando elles que Ruiz Zormlla queira dar a natureza, que os não convidam muito uma alue- Pio VII os chamou outra vez á liça das intrigas deixar contaminar por influencias estrangeiras, procurar agora reformar os seus costumes os .Cuba a espécie de autonomia de que goza o Ca- ta aberta pela conquista do poder. Depois que ecclesiasticas. inveterados pelo padrão das nações euroum dos Jesuitas é Esta questão da expulsão níidá. E'de lembrar-se que quando os patriotas estiverem pagas todas asindemnizações e levandeclararam a Republica, em Abril dè 1869, o; tados todos os empréstimos, e desoccupa.lo to- daquelles grandes escândalos que. vêem experi- péas, e fazer isto com uma energia digna de Ministério hespanhol, por intermédio de uni dó o território francez, então os Republicanos mentar a fé que professamos na liberdade. O imitação até por nações christans menos adianNicòLAU Azcarate, ofiereceu-lhes essa autono- se hão de mostrar mais anciosos. Por agora, certo.ô que, por mais firme seja a confiança que tadas! O Mikado ou*Imperador do Japão que nunca mia, a qual foi declinada peremptoriamente pelo só tractam de conservar o statu quo .de M. tenha na liberdade, deve ser realmente duro a "Republica appareceu em publico, é agora visto ordináriaveuma associação, ás tolerar York, em de New Cuba" que /agente da Thiers que tão excellente mente .vai aplainando um Estado mente como e de estrangeiros qualquer outra pessoa. O actual fl o Sv. JòseMorales Lemus, e a baeta continuou q caminho a seus nobres fins de estabelecerem zes composta inteiramente 20 annos de edade, e reina ha só tem jiam-tmiío vigor que o General Prim, depois (le, a Republica na França.. Até M. GAMBETTAtem mercenários, trame com toda a impunidade con- Milkado mandar para Cuba 53,000 ^homens e de gastar sabido conter-se ultimamente n'uma posição tra a integridade nacional. Até tanto não se quatro annos. A sua dvn.ajfòia se estende á extende a liberdade de consciência, e de asso- mais de 2000 annos e por 122 gerações. Elle 80,000 v'TmeiO contos ficou convencido que o melhor respeitável pela sua moderação epatriotismo. ciação, e assini o entendem os liberaes de todos visita a Exposição das Artes dè Yeddo, e assisde acabal-a era traçtar com os rebeldes Na independência. Prim sucumbiu sob a baze da &i Em Portugal houve ultimamente tentativas os paizes. A Baviera, este redueto do catholi- te aos exames na Academia de Nankim. "distribuo deu o exemplo de de- Exposição de Flores em Kioto elle antes de concluir esta negociação, e o Governo de revolução em Lisboa e em Traz-os-Montes. cismo, foi o primeiro que de Madrid continuou a resistência até hoje, teu- Na capital os inimigos da ordem alliciaram cer- fesa própria contra os Jesuitas. A França, na prêmios ás senhoras que fazem os mais lindos l cio já mandado para Cuba, segundo os algaris- ca vinte sargentos da guárnição da cidade e qual o Papá tanto confia e que até recebeu pa- ramalhetes, e aos que cultivam melhores flores rismos do Ministro, Becerra, 113,000 homens, emprehenderam fazer uma. revolução militar. rabens delle pelo bom êxito do ultimo empresti- e fruetos. O seu Governo adopta um plano dos quaes, acerescenta elle;l35,000 teem morrido Elles não tinham ligação alguma com os actuaes mo (devido inteiramente, disse' elle, á fé catho- magnífico para a reconstrucção da parte de vsem contar ps milhares de feridos é mutilados partidos políticos do reino, pois a opposição li- lica do paiz),.a França, onde havia tantos sym- Yeddo que ultimamente foi devoradá# pelas ,'por toda a vida; e além disto esta lueta já tem beral foi à primeira a. offerecer ao Governo seu ptomas de phi o-jesuitismo, em despeito da Ita- chammas, e introduz bombas (de incêndio) a custado 140,000 contos. Como os Hespanhoes já apoio morei para Conter os revoltosos. Os Con- lia.e da Allemanha,—ella mesma mandou ago^ vapor para futuras emergências. Entretanto o fatigados destacampanha inglória e entre- servadores dizem que estas tentativas teem sido ra declarar ao Vaticano, nas palavras dé M. mesmo Governo presta attenção especial á culestão V tanto tãocruenta, e do outro lado, como Zor_ sobremaneira acoroçoadas pelas recentes e sue- Chs. deRémüsat, que, "tendo sido chamada a tura intellectual da mulher e promove o estabelerilÍíA no tempo de Prim tomou parte muito ac- cessivas amnistias concedidas por "crimes po- attenção do Governo francez para a sorte dos cimento de escholase até promulga leis para tivaná: proposta autonomia de Cuba, parece, liticos," que não passam, todavia, de crimes Jesuitas na Itália, elle se vê obrigado a declarar refrear hábitos indecorosos, como, por exemplo, como dissemos, que vai-se começar a dar á ilha communSi Esta impunidade é que tem corrom- que. a sociedade está longe de estar segura na um decreto prohibindo que as senhoras appareo que lhe pertence,' uma obra esta que só ficará pido o exercito, e o paiz. A tentativa recente França. Ultimamente se hão revelado grandes çam vestidas negligentemente deiante de hoconcluída quaiido estes Europeus maidictos,— foi descoberta em tempo: os vinte sargentos re- crimes e abusos lamentáveis, e a opinião pu- mens. No fim do anno ha, exames públicos em todos blicáem Pariz se tem tornado hostil aos Jesuios Hespanhoes— a deixarem sósinhá. ceberâm baixa, < alguns officiaes e cidadãos foa Assemblea Nacional em Versatanto tas, os collegios particulares, e aos estudantes mais M que ram deportados e aos fautores se instaurou prointerpellar o Ministério sobre lhes o pretende que habilitados se concede o privilegio da matricula Do seu paiz noticiam-nos agora que sé orga- cesso. Em Traz-os-Montes, os amotinados tennizaram sociedades de propaganda emancipa- taram incendiar ofcartorio de uma repartição propõe fazer no caso que os Jesuitas expulsos em alguma dos instituições do Governo. Bre« dora em Madrid, BárcellOha e Sevilha, e que na de fazenda, em desforra das taxas que são dei- Allemanha venham em grande numero para a veniente vão fundar-se academias de lettras,. ;5Í1 próxima sessão das Cortes, o Ministro tractará les exigidas, e que consideram tão pesadas. Os França. Perceber-se-ha, pois. que M. Thiers sciencias e artes em Gendall, Negata, Nagoya deste assumpto de um modo (afinal!) decisivo. escriptòres mais sensatos de Portugal com toda não pode inspirar confiança no publico si resol- Ohasaka, Kanagava, etc. E' escusado dizer-se que com estos benefícios f¦¦: Serftio a Hespanha^m paiz que se diz tão. ca- á razão protestam contra as actuaes luetas de ve proteger os Jesuitas."; Na Itália o povo vai a respeito do da da adiante Governo, civilização occidental, tambem se teem in. politica para tholico'e disso :se jacta, admira que ha mais partidos,—luetas inglórias, sem princípios e inministério ecclesiasticos. O vai apre. troduzido no' Japão alguns dos seus muitos vitempo não se.tivesse conformado comas bullas teiramente pessoaes, e insistem que os verdadei- com os e que ha no paiz um respeitável partido de dos.Papas, que condemnam a escravidão, asa- ros patriotas e estadistas se devem oecupar das sentar um projectó supprimindo as ordens reli- cios "emperrados" que não podem soffrer de bôa6 o na Itália, correspondente de Roma de Pio a XIV, em 1741, giesas ber\;''a de §Benedicto questões sociaes da educação e riqueza publide Trieste, assegura que vai mente esta repentina innovação de costumes. VII em 1814 e a de Gregorio XVI em 1839. cas, e estudar a cousa do descontentamento das para a Gazetta, lei especial a respeito dos Jesuitas. Mas nem esses vícios levarão a dianteira sobre uma passar populações. 'j se esterida ás províncias romã- os verdadeiros benefícios do progresso, nem esE' provavelque Não se pode negar que a reunião dos trez " 1848. de a lei O ministério se te progresso poderá ser muito impedido pelo nas pieinonteza O resultado das eleições geraes na Itália no Imperadores em Berlim teve grande alcance polírico e social. Os trez paizes lespectivos pre- mez passado foi nimiamente favorável á causa mostra disposto a consentir qne fiquem no paiz partido reacciònario, o qual não inspira ainda cisam de paz e amizade reciproca não só porque liberal do Governo. Os amigos do Vaticano não os geraes das ordens religiosas; mas duvida-se sérios receios nem é provável que os inspire daV-,: isto é bem em si-mesmo. mas em vista das cir- puderam vencer nem si quer n'um só districto que o Parlamento appróve isto. Num recente qui por diante. n P <y wí..-*-í*,,:5v ¦¦¦¦'¦: ¦- .,. ^ -, . v>». „ --,,».- Skitkmiiuo, 211, 1872.1 0 CISÜHATO CM51UCAL, O NOVO MUNDO. E' preciso que todos ullos so convençam que a sim regeneração só pode opornr-so pela vida da fumiliii. lia multa virtude 110 cloro catholico, mas os seus membros, concilie o padre IIyaointhe a sua carta, precisam rcconciliur-so aos interessos, o uírbiçõos da vida e sociodudo civil: só quebrando o áscetismo cogo o esta theocrucia que em verdade 6 muis política do que religlosa, 6 que o sacerdote, tornando-so mais liomem o cidadão, ficará também melhor sucordote. I E' escusado dizer que concordamos com todas estas idéas. O que não podemos admittir é que Hyaointiie ainda sustente com tanta emphasc que continua a ser padre catholico. Admiramos a sua hidepondenciu de character o a sua doctrina ácercu do celibato: mas é roalmente absurdo que elle negue á egreja catholica romana o direito de pautar a sua própria doctriria, como bem lhe parece. Nós respeitamos a independência do padre Hyacinthe, mas tambem devemos respeitar a da egreja romana, em declarar os dogmas e fazer os regulamentos que quizer, por mais absurdos quo nos pareçam muitos delles; e por isso é que aprediamos mais a franqueza dos que repudiam completamente a egreja romana do que a opposiçao dos que lhe querem impor as suas regras. soja melhor tio que soflrlvol. Agora os Edlcto. ros Ernesto Oiiardron ó Uaktiiólomeu II. de Moraes estão publicando em cadernotus um noCASAMENTO do Padre Hyaointiie, o us vo loxlcpn sol» o soberbo titulo do Grande Dic0 iiccusaçõos quo so lho tem feito, nos dão cionario Portuguez ou Thezouro da Lingua ensejo de continuar aqui algumas observações Portuguesa, pelo Dr. Fr. Domingos Vieira, no. que lia dous mezes começámos 11 fazer sobro o mõ nffpjmulto conhecido nas lettras portugue. Importante assumpto do cellbato. zas. Esta publicação foi encetada 110 Porto om O casamento desto celebro pregador tem sido 18ii!» o oslá hoje, nos parece, na <!()'> caderneta, increpndo com a peclip de ser o reale verdade!formando já dous volumes com cerca do 2,100 ro motivo do toda a sua opposiçao ao dogma da paginas. A iutroducçáo divlde-so em duas pariufallibiüdade, o ás tendências extremadas da tes, a primeira sobre a litteratura portugueza, esegreja romana. Um homem da força, ó nobreza cripta pelo Sr. Tiieopiiilo Braoa. O preço do de alma deste sacerdote não precisava recorrer cada caderneta do 40 paginas é, em Portugal, a estes subterfúgios, e deixaria a sua egreja de 150 reis ou 300 reis no Brazil. A obra esta tanto pelos motivos por que a deixou como por agora no fim da lettra O, o não se .1103 diz 0111 causa do celibato. quantas cadernetas ficará prompta. Sobre sou A verdade é que elle e muitos outros sacermérito não podemos emittir juizo, pois não a vidotes da egreja romana sempre sustentaram mos ainda. que os votos do celibato eram apenas volunta—Entre as recentes publicações francezas rios, e que ninguém neste mundo tem o direito contam-se: uma traducçao dos discursos de do prescrevel-os como obrigatórios. O celibato Bismarok; umas Notes Morates sur VHomme não ó uma doctrina da primitiva egreja cathoet Ia Socielé por Georoe Caumont; um estudo lica. O concilio de Ganga, em 379, anathematizou a todos que se recusavam a ministrar o geral sobre a siencia comparativa das línguas, casamento a sacerdotes, e por muito tempo depor Benloew, que resume o estado actual da sciencia da linguagem, e outra obra, muitn pois disto este assumpto ficou sendo entendido substancial, de E'mile Burnouf intitulada La assim, até que Greoorio VII fez do celibato Science des Réligions. (lGmo pags. ix e 460).—O uma regra de disciplina ecclesiastica. edictor A. Bertrand publicou uma importante Padre Hyaointiie casou-se sabendo que se O "Historia physica, politica e natural da ilha de "escanhavia de levantar muito vozear contra o NOTAS LITTERARIAS. Cuba " pelo Sr. Ramon de la Sagra, director do dalo" que dava, e como homem que é, elle af. Jardim Botânico da Havana, e por outros. A frontou tudo contentando-se com o testemunho obra compõe-se de onze volumes in 8vó. gr. e 9 da sua consciência e o juizo dos homens lhanos ESTUDOS SOBRE O BRAZIL. atlas em folio, com 274 estampas, das quaes 158 e imparciaes. Todavia, elle julgou sempre deNouvelles E' tudes sur le Brésil ClIARsão par coloridas e tocadas a pincel; e custa em Paver dizer duas palavras ao publico da França e les Pradez. Paris, Ernest Thorin, E'diteur, riz 400$.—Este mesmo edictor começou a pudos Estados Unidos, .em cartas dirigidas ao 1872—1" vol. in 12mo., pags. 268. blicar este anno um Journal de Zoologie, de 2 em Temps de Pariz, e ao Independent, desta eiTendo residido no 'Brazil por muitos annos, 2 mezes, redigido por M. Paul Gervais. Cada ' dade. o auetor, Suisso de nação, conta-nos neste vo- numero contém 4: ou 5 finas estampas sobre alNesta segunda carta, diz este homem celebre lume a sua experiência neste paiz, em duas par- gum dos ramos da sciencia a que se refere.—La muita cousa que os nossos sacerdotes do Brazil tes, oecupando-se na primeira, em descrever Fin du Monde é um pequeno e interessante vo-' devem pesar bem, e que sentimos não termos algumas scenas da vida campestre, e também a lume de E'tienne Baudry, com um prefacio de espaço para transcrever inteiramente. a vida moral dos Braziléiros; e na segunda, da Ed. Laboulaye.—Apparecéu em Pariz uma. noElle diz que vergonha e crime é, não o facto emancipação dos escravos, e cathechese dos va edicção da Bibliotheca Americana Vetust sde se collocar acima de leis humanas é comproíndios. O volume não comprehende de certo sima de Harrisse, obra que descreve os livros missos convencionaes os deyeres e direitos inaum estudo completo destes assumptos: é antes relativos á America publicadas de 1492 a 1551, lienaveis da lei natural de Deus; mas Vergonha uma collecção de esboços em que, si lhes falta e cuja primeira edicção, cremos nós, veio á luz é arrastrar sem convicção e muitas vezes sem alguma arte, ha abundância de gosto, e, sobre- em New York, ha seis annos. moralidade, as cadêas de obrigações, que cessatudo, abundância de um bello coração, quando —A cova de Mammouth, de que nos occupáram de obrigar. O celibato, como se practica getractam da condição do escravo, e do índio. ralmente, não é sinão o peccado, que merece a mos ha trez mezes, é o assumpto de um estudo reprovação e o horror de todos: é elle um dos M. Pradez não oceulta os vicios dos Brazilei- interessante folheto por A. S. Paokard Jr. è T. votos perpétuos, estes mais fataes abusos dos ro- ros; mas não se percebe em suas paginas o W. Pütnam, publicado em Salem, Mass., sob o manos. Assim, si o Padre Hyacinthe tivesse azedume com que outros costumam temperar titulo The Mammouth Cave andits Inhabitants. abandonado o púlpito da Nolre-Dame para tudo o que dizem desse paiz. Ao contrario, —A excellente obra sobre a Batata, The Modél casar-se, só teria cumprido o seu dever, como no próprio juizo do nosso auetor, transparece Potato pelo Dr. J. Mc Laurin, acaba de ser noum alto grau- de sympathia e afleição pelo seu elle o entende: mais fácil lhe seria logo declavãmente editada com numerosas annotações assumpto. rar-se Protestante, e não ficar, como crê que Dr. R. T. Trall.—Mr. T. Egleston publiO auetor se declara ardente adversário do pelo ainda o é, um Catholico fiel e decidido. Desde cou em fôrma dé livro suas prelecções de mine18 annos até 45, que é a sua edade actual, elle preconceito que existe contra a raça dos negros, ralogia, feitas na Eschola de minas de New tem guardado rigidamente os seus votos: si e tendo no Rio de Janeiro vivido muito em York (Columbia College.)—Sahiu á luz o N9 4 agora os atira de lado, é que "o casamento lhe contacto com elles, conta a sua experiência a do Catalogo illustrado do Museu de Zoologia vem batter á porta como uma daqilellas leis do seu respeito, e crê que esta raça é capaz de um Comparativa do "Harvard College," pelo conde progresso indefinido. Elle mostra como o ne. L. F. de Pourtalés. Este numero comprehengoverno moral do mundo que ninguém pode oividar sem transtornar completamente a fabrica gro é nosso irmão, moralmente fallando, e tam- de 03 coraes do fundo do mar.—O ex-Vice-predo mundo. Não digo que esta lei falia a todos, bem physicamente fallando, e explica a razão sidente dos Estados Confederados, Mr. Alexandas differenças da côr cia pelle, cabello, etc. E der H. Stephens escreveu e fez publicar um pois creio que o celibato pode ser uma gloriosa tudo isto que elle nos diz, repetimos, si não of- Comdendium oj the History ofthe United States, excepção: e que digo é que a lei me falia muito directamente Deus mandou encontrar-me ferece profundos dados scientificos, é repassado from the Earliest Settlements to 1872. Este mano meu caminho desolado umà nobre, saneta deste senso commüm, que infelizmente é ás nual é escripto sob o ponto de vista em que o muito raro á vista de antigos prejuízos. auetor considera o chamado " direito de seccesafleição, uma sublime devoção, e eu não hesito veze3 lei de 28 de Septembro, e, transcreve a Elle são."—Os edictores Harper acabam de publiem consagrar esta afleição com o casamento." achando-a defeituosa, propõe-nos um novo car sob o titulo de Smaller School History of 0 ex-monge diz mais que o celibato não é arde emancipação, bazeado na idéa princi. the United btates um resumo da historia dos tigo de fé, nem é matéria de disciplina catholica, plano da lei da Rússia, sobre o mesmo assumpto. Estados Unidos David B. Scott.—O novo mas somente da egreja latina. Ainda agora, o pai o seu projecto, as terras do proprie- apanhado mensalporde artigos das varias revistas Segundo clero catholico é casado no oriente, com inteira tario seriam divididas em dez partes, cada uma scientificas, intitulado, Popular Science Monthapproyação da saneta sé. E' verdade que o caelle seria obrigado a doar annualmen- ly vai encontrando muito favor neste samento deve preceder e não seguir-se ao sa- das quaes paiz. A te á décima parte de seus escravos, de modo revista é cramento da ordem; mas tal restricção é sómen_ por Appleton & Co., desta publicada no fim de dez annos todos os escravos es- cidade.—Estes edictores estão começando agote absurda e mostra que, aos olhos da egreja que tariam emancipados, e o proprietário- teria lu- ra a não ha verdadeira incompatibilidade entre os publicar Picturesque America, uma obra o augmento cia producção. Para es- riquissimamente crado com impressa e illustrando em bellas dous grandes sacramentos. um Código disciplinar te fim, promulgar-se-hia de madeira, e texto, os pontos mais E' admirável como entre nações christans se especial que marcaria os direitos e deveres dos gravuras dos Estados Unidos. A obra ficará arraigou similhante perversão de idéas moraes, picturescos libertos e dos senhores. completa em 40 partes que aqui se vendem a e se pretenda degradar o casamento, até o pon"concessão" Depois de completa, será uma bella mil-réis. to de afflrmar-se que elle é uma lembrança —Em fins.do século passado a Academia que da pátria podem levar seus filhos á enfermidade e ás paixões da nossa natureza. no estrangeiro. —Annuncia-se paviver Si isto jassim é realmente, a que se reduz então Real das Sciencias, de Lisboa, começou a publi- que vão o sacramento do baptismo, que a egreja pro- car o Diccionario.pov excellencia da lingua por- ra sahir á luz neste mez: um novo volume de fessa ministrar com tanta sanetidade ? A que tuguesa. Por motivos que ainda hoje-se igno- poesias de Whittier, The Pennsylvania Pilgrim se reduz então a multiplicação da espécie hu- ram, esta obra, que promettia realmente poder and other Poems, em que o auetor diz de. pasmana, si o casamento é incompatível com as comparar-se aos melhores diccionarios das lin- sagem que o céo da Pennsylvania-é tão aprocdhdições de uma vida.perfeita? guas vivas dos paizes christãos, parou na se- priado para gerar Quakers como o do Massa—uma Outro erro, muito fatal, é o de considerar-se gunda lettra do alphabeto, deixando-nos impres- chussetts para gerar fanáticos religiosos; "por ,C.,-P. o estado de celibato como capaz de ser o objec- so t penas um volume de cerca de 750 paginas. traducçao da Eneida de Virgílio to de um voto perpétuo: é justamente porque Desde então se teem feito muitas tentativas de Crancii, e novos vulumes de esboços críticos, se refere ao que ha de mais pessoal, delicado e dotar-se o Portuguez com um bom Diccionario. por Bret Harte, pela Sra. H. Beecher Stowe ; sagrado nas relações da alma com Deus, que ei- Em 1822 e 1844: duas sociedades de litteratos dé e uma obra do muito conhecido philologo amerile devia ser deixado inteiramente sob a acção Portugal começaram a publicar um Diccionario cano, o Professor W. W., Whitney, sobre o Veda graça e da liberdade. O individuo não tem Universal, mas o primeiro não passou da lettra da, o Avesta, e a Sciencia da Linguagem. —A recente obra de Hv Taine sobre a Litteradireito de abdicar absolutamente um direito que De o outro não está ainda completo, ao que nos a cada .momento pode-se-lhe tornarem dever. parece. Até hoje o melhor Diccionario da lin- tura ingleza é agora considerada como a meUm Bispo de França escreveu ha pouco ao ex- gua portuguesa ainda é o do Brazileiro Antônio lhor que existe sobre o seu assumpto. Outro monge Hyacinthe que "o casamento clerical é de Moraes Silva, apezar de que ainda deixa Francez, M. Martin Nadaud acaba de fazer pusempre permissivel, muitas vezes necessário, e muito a desejar. O de ConstanCio, excellente blicar em Pariz uma Histoire des Classes Ouvriás vezes um dever sagrado." Si a opinião pu- como seja em definições, está inçado de galli- três en Angleterre, à qual os principaes critiblica do clero não se pronuncia do mesmo mo- cismos e o seu tom dogmático é extremamente cos inglezes conc*edem a palma entre as demais do é por causa dos prejuízos, nada mais. A desagradável. Eduardo de Faria emprehen. que se tem escripto sobre esta matéria. —O Professor Fawcett é um cego, eminente França e os demas paizes catholicos romanos deu fazer um novo Diccionario, mas nem ainda precisam do exemplo Hyacinthe lhes dá agora. com as notas do Sr. Lacerda pode-se dizer que homem scientifico da Gran-Bretanha, e tàmbem um dos melhores oradores da sua Camar Comniuns. Ao publlclir-so em Londres oflel grama annuncinndo o assassinato de LiNala,* estava o professor tomo nllo chá n'uma casiM-l família, o então ouviu de uma moça de de:|dô|í annos a exclamação: "Si tivessem cahldo tlsôjl as cabeças coroadas du,Europu, a perda i|u-?| monor!" Esto dicto Impressionou o cogo (sia bio, que pediu logo que o apresentassem íar-j nlioru. Ha cinco annos esta ficou sendo a laFawoett, que, á excepção de sua irman, u?m! Anderson, é a mulher mais popular da.Inglatl| ra, e a melhor de todas as senhoras-oradorül que ali existem. —Em Berlim publicam-se actualmente 280 p|li riodicos. Ha na cidade 130 estabelecimento*' typographiCos. —Até hoje tem apparecldo á lume 272 ediès ções do Don Quixole, sendo 81 no Hespanhol ei 191 em outras línguas.—Fundou-se ha pouce' em Madrid uma sociedade, cujo fim é estudar tudo o que diz respeito a Cervantes e a suax; obra. Esta sociedade publica uma gazeta La \ Crônica de los Cervanlislas, redigida por D. Ra/: mon Leon Mainez. —Consta do Catalogo do edictor Hinrich q|p no primeiro semestre do corrente anno sahir (?Í á luz na Allemanha 4,316 obras, versando sol' |, theologia, 500; leis e sciencia social, 417; i>v/sv cina, 171; sciencias naturaes, 240; educi .r^ 550; philosophia, 91; philologia, 301; his,.^ 228; biographia, 82; geographia, 84; arte U1ÍÍÍ7 tar, 156; commercio e industria, 156; ,bellas-lettrás, 58; romances, 135; musica e dráinoas, 131; assumptos especiaes para o povo, 70, e miscelHSflM laneas, 177. —— W U CIÊNCIA.—O Professor Agassiz já está/í?1 U volta de sua viagem scientifica. Dous forai os fins principaes desta viagem: sondar o furS\ do do oceano e fazer collecções de historia ni| tural para o Muzeo de Cambridge. Por motj vos especiaes, não se poude sondar tanto |y| oceano, como se deseava; mas as collecções,ç',|! se fizeram são mais abundantes e ricas, do.iJt| se esperava, e alem disso a commissao ptesidi| da pelo sábio professor fez investigações tnuiy fi| curiosas sobre a penetração da luz e os |rai/ m actinicos,—observações que se diz que esclare^ cem esta questão como nunca o foi ainda. O^H lecções feitas sob a direcção de Agassiz dev-V. necessariamente abundar em peixes: com eft| , to, só delles a commissao traz nadâmenosA^lJ, 50,000 specimens, e, incluindo os invertebrà-|( dos, traz um total 150,000 specimens, arrecadados durante o viagem. Para conservar tudo isto a bordo, o Hassler levava 3,500 galões de aguar-^ dente. Posto que este navio fosse posto á disposição da commissao pelo Governo dos Esta i dos Unidos; todas essas despezas da expedição foram pagas por cidadãos particulares de BO5^ ton, os quaesde certo não ficam agora esperári-i do ser commendadores nem barões, e cujos nomes realmente nem sabemos. —De 12 a 17 do passado houve em Leipzigí uma exposição de publicações litterarias e ar- ; tisticas de medicina e historia natural; de mir?; croscopios; de raros produetos chimicoS„e déj| apparelhos chimicos; de objectos anatômicos^ para o ensino das faculdades, e dep»collécçõéil,' mineralogicas e geológicas, ipstrumentos cMil» gicos, apparelhos para pacientes e objeetoa:ú dos nos Lyceus para illustração do ensino scie m tifico. .... -mHb i —O sábio Professor inglez, Tyndall de chegar brevemente aos Estados Unidos,' on se propõe fazer prelecções, por seis ou sete m zes. —Muito divergem os sabias quanto á tèmpe; ratura do sol. .Seòchi, o astrônomo italiano, opi na queéde 10,000 graus (Centígrados); Dev le, da Academia Franceza achou de 6,000 «, -8,000 graus; Vaulle e Fizeau approvam maisj ou menos este calculo, ao passo que Ericsson. eV, Zõllner entendem que a temperatura é m»»^ mais moderada. —Tractando do clima do Rio de Janeiro,} celebre viajante e explorador o capitão R, IP' Burton admira-se de que o Sr. Senador Pompei^ tenha contribuido a que na Europa se forím ; péssima idea da salubridade da cidade do Rio m de Janeiro, dizendo na sua "Geographia" que o seu clima "é pouco salubre, principalmente depois dá invasão da febre amarella que ali ficou •; endêmica/' O capitão Burton entende que, •» considerando que o clima desta cidade "é.;jtáj& tíhctamentè tropical, ella é uma das mais sâifj|j bres no mundo." -Quem quizer ter bonitos taboleiros de rei-va, fará bem informar-se da superioridade Úm\ Relvador de marca "Archimedes." que o seii,, fabricante em outro lugar. Já se foi o tempo; das thezouras de aparar relva: estas pequènias is machinas prestam hoje este serviço, uão só cõ mais promptidão, mas com mais perfeição. Reívador de que falíamos é muito usado nosí| tados Unidos, e é feito na grande fabrica de á mas de Colt, cidade cie Hartford, no Estado,^"* Connecticut. K " ,,„,J'.f. . .„. „. ^.. . ,.»««,~.. h. W y. «á^f^'"»**^**'"*^^^'"'* T 1 O NOVO MUNDO. 0 FILHO [Seitemiiuo, 28, 1872. PRÓDIGO .1 ; • O .*K ¦:.- ¦w .. ¦¦"-¦¦ ' P»^» I 1W ' "T.1 * Seitembro, 23, 1872. 216 \ O NOVO MUNDO. ¦ \\ sobro maneira do sou antigo fausto no tempo do 0 CASTELLO DR WINDSOR. 0 FILHO PRÓDIGO, Gromwell. Nesse custello prodlleoto se refugiaO castello do Wlndsor, um dos mais sumptuo- ra Carlos I, com o fim do salval-o do furor poNão subornos o que poderíamos dizer aqui sanha que acabou explicando a gravura da pagina opposta. A ve- sos palácios pertencentes á coroa da Gran-Bre- pular; mas debalde: a mesma Ofi moveis, destruiu rol, dobll desae lha historiado Filho Pródigo ha do ser sempre tanha, conta muitos secules de existência o sua com a vida * •:' ¦Ay "-• ¦ ¦/-. . nova no mundo, e os artistas represehtal-a-hão de mil modos, emquanto houver natureza humana, emquanto existirem a Prudência e o Amor, de um lado, e a Inexperiência, a Paixão e o Arrepentimento, do outro. - .' .'¦ dos melhores residências roaes da Europa jos, _'| tom a harmonia que 6 indispensável ao boiutjro/ \ folto artístico. Mas quanto a seus conl 1 ha não que.1"» palácio Internos, pareço que ^ da»l^l> fallaiulo não esto, ià vantagem sobro ml dó|| '"' A. riquezas e até parte das muralhas do sumptuoso edifício. Cablos II reedificou-o, e desde então todos os monarchas da Inglaterra teem levado a cabo melhoramentos e innovações diversas no castello da sua residência. Sob o ponto de vista artístico, Winsor não é ia hiato jria está intimamente ligada á da monarchia ingleza. Ahi teem residido quasi todos os soberanos dessa nação, desde Guilherme o Conquistador, e teem oceorrido muitos feitos memoráveis que seria agora ocioso rememorar por extenso. O castello de Windsor decahiu '__ "i * _ 11 J „ _-ui..- n I ¦¦ -•>.'- vista que offerece de seus torreões e amêas. A rainha Victokia vive ordinariamente iJk, Balmoral, mas visita com freqüência este antiga castello dos seus antepassados, tão notável n historia do seu paiz. í nínfn AMA *\4¥r\-9*f\nr\ í\ r\ OAIICI 4" n %»T»/\ Ar* O i\ O YVI AoCI -, ** rmfi ¦ ¦' 4 Éfc" » *¦'¦" í$5 iSHMÉ V, »4v. í «WtO^-.í;..*»'*^* • ¦ í. --¦•w>?»»Bf|ijj& , ÊÊÊt > uMjL §4 Vm---- O- NOVO MUNDO. •o Fitimico im vinho E AS. ADEGAS DE S. LUIZ. ?\T§NDA que mui recente, a industria ^ «vinícola dos Estados Unidos tem to11*; índio já um incremento considerável. A i volmfornia produz vinhos de exquisito sasinurua falsifica com muita perfeição os que linUuz a Europa; e ultimamente o Misjiieâ e outros Estados estão também proMindo neste importante ramo da indus1 de modo que, em breves annos, o sou rimo interino dispensará em grande fite os vinhos de que actualmente vêem jpas cargas da Europa. Teste nosso numero produzimos trez iivuras representando o interior de caH de vinho na cidade de S. Luiz, que, „io sabem os nossos leitores, é a capifítlo Estado do Missouri. Esta cidade, Écuja grande ponte sobre o Mississipi, Támós ha pouco tempo, goza de muito fome pela extensão e excellencia da sua |ricação do vinho. 1. processo desta fabricação do vinho í S. Luiz é o mesmo que se segue na 'opa, com algumas , pequenas moclifiseiÇÕes, exigidas pela cultura em grande ^j ma#la. Por exemplo: para pisar a uva S]munse usa do methodo commum da Euro\.^mas sim de prensas especiaes, como . f que rima de nossas gravuras representa. Em São Luiz fabrica-se vinho de Champanha" quasi tão bom como o elhor que se produz na Europa. Para •ta qualidade emprega-se exclusivamen|à uva chamada Catawba, a qual muito 11|É>arèce á franceza, produzida na ChamPõe-se a uva n' uma espécie de 'Jinha.* .Óinho de café, o qual rompe completaí; içnte a sua pelíicula exterior. Depois, vai á prensa que a comprime, cojriva ° md*ca a gravura, e que a deixa estiá? 'uíW--.fe em grandes tanques especiaes. IpIUi / prdducto da primera pressão da Cataw' oa fôrma Champanha de primeira qualiJlade, e o da segunda fôrma uma qualida; ^tferior. Diremos agora algumas pasobre a fabricação do vinho em i fe ,h-ás do so torna turbido, com bôllins produzidas pelo gaz de ácido carbônico, e com escuma, na superlicie dos tanques A' so converte cm proporção queii o assucar .ii 1 /!„ :. i! álcool, mais o mais iquido. Quando fica ha bastante calor; o summo fermenta mais depressa, ás vezes om troz dias, quando se o passa para outros tanques ondo soo deixa por mezes, até que se tórna em vinho, c então 6 posto-em pipas, donde passa ás garrafas e aos estômagos dos filhos dos homens. Na Brazil, a cultura da vinha ainda está na; sua infância. O Governo tem procurado proinovcl-a c ha poucos mezes mandou buscar deste paiz, os Estados Unidos, muitas mudas o varas para distribuil-as pelos agricultores nacionaes. Entre nós fazem-se já excellentes variedades de brandy do caju, da mandioca, da laranja, da canna do assucar, etc.; mas ha poucos fabricantes de vinho. Na ultima Exposição universal de Pariz liouve 99 expositores de licores fermentados do Brazil: destes, apenas dous expuzeram vinho de uva, a saber, os Srs. Coronel Ignacio José de Araújo e J. A. da Silva Braga, ambos de S. Paulo. MELHORAMENTO DAS LAVOURAS. approximando-se a epocha em que o Brazileiro lavrador cuidará mais de VAI melhorar a sua cultura do que, como agora, de extendel-a. Não é a muita abundancia de certo produeto da lavoura que traz bom preço,— é a sua qualidade. No anno próximo passado o Brazil exportou para a Gran-Bretanha 113,606,000 libras de algodão que só renderam 30,000 contos de reis. Em 1810 a exportação foi de menos 30 por cento ao passo que a differença do preço foi somente de 10 por cento, e por conseguinte o fazendeiro lucrou mais em 181 Odo que em 1811, na proporção da quinta parte do seu produeto. A mesma cousa aconteceu no algodão dos Estados Unidos. O augmento em 1811 sobre 1810 foi de cerca de 48 por cento; ÍU^il. a difierença do preço foi sóiriente de mewd.t summo "a uva aQtes de ferver cha- nos de 1 por cento,— uma differença ainElle consiste principal- da maior £).&q..jnêsto. no do Brazil, onde também i' . <nferitente d' água, que conserva em solu- o augmentoqueda producção não foi tama.ífião algumas substaricias, sobretudo assu- nho. ,pr,—-assucar sob a fôrma que se chama Nesta epocha, em que ha tanta rtucosa, ou assucar de frueta. Alem dis- competição nos pois, produetos da lavoura, e g, contém gomma, círa, albumem, gor- em que, pois, ha tanta abundância delles, |à|a, etc.; ;e também ácido racemico, a questão principal para nossos fazendeimalico, malato de cal, e vários saes, rps está em offerecer |;ido *es^çomo, de primeio sal commum, o phosphato ra .qualidade,—esta produetos em melhorar a laJ;ácaj, sulphato de potassa, etc. As voura. O que causou a reducção dos prepíri^idades destes ingredientes variam ços do algodão em 1811 não foi tanto a 'P^Ôrme^a estação, e as suas propor- quantidade como o sua qualidade mean. Por uma lei providencial, acontece que J|||é^isásnão são signal da bondade í^^^^^orque ás'vezes não ha a neces- o fazendeiro que melhora a qualidade da 'ariá^fèjrmentaçãp, ou a uva não esta per- sua lavoura melhora também a sua quan'Pôr "conseguinte o summo sahe tidade. Para melhor canna ou |ll|Í;,e Mas !4í^iv; em,.geral, a uva, que tem café ou algodãoproduzir elle precisa, por exem^tstante^ assucar, é de bôa qualidade. pio, estrumar bem a terra: isto causa não r^^Q^'que em verões seccos e quentes, só mais abundância, mas também melhor, seínpresmelhor do que nos outros, qualidade do Ao contrario, o jé ||gjjívaentão produeto. a luz e o calor do sol desenvolmuito planta, sem cultura própria, ||jfo|s Éfeem as suas qualidades sacharinas. Quan- que só estraga os mercados do produeto, sem 'b a uva se humedece, :i fermentação não elle mesmo tirar vantagem alguma. (:¦"'* ° summo saüe ncítríto dissaEm qualquer ramo da cultura, o agri*f l??1^ta',e pfôsoí, e e por isso que ha annos de mau cultor precisa pôr o maior sentido em não ||ho e'foide bom vinho em cada paiz, con- deixar deteriorar-se o seu produeto, e sem a estação secca ou chuvosa. No ilfrae tractar hoje de outros meios scienquerer lllrto horive excellentes verões em 1802, tificos se obter este fim, diremos ape1803, ! 1804, 1806, 1810, 1811, 1815, nas paraos trez meios que principaes são: a «20,-22, 182T, 1830, 1840, 1842, 1850, escolha de boas sementes ou boas mudas, p:856 e por tanto o vinho destas vindi- o estrumar a terra e a rotação das lavoufiáifs éiexcellente. ras. Nos Estados Unidos a experiência jüma das maiores difficuldades do fa- tem provado que quando se tomam bem jMcante de vinho é obter o môsto no tempo estas precauções a producção augmenta Verdadeiro; e isto torna-se muito árduo pela quinta parte, e.o preço augmenta de íándó a uva não amadureceu eguálmen- 20 a 50 por cento. Si certa área de terra tfe. Si ávindima for muito temporan, a uva mal-tractada, por exemplo, produz 10 jpará azeda, e sifòr tardia, ella fermen- libras de algodão que se vendem a 3$, Rantès de tempo e também ficará azeda. esta mesma terra bem cultivada produl/De quatorze a trinta partes do summo zirá 12 libras alcançar 4$320 que poderão J/a uva constam de assucar, que todo a5$400. l§fe^e: converte em álcool quando a ferEntre nós não se dá ainda bastante imé completa. A quantidade de portancia ao estrumar a terra, e muito gpnta^ão IJ leool no vinho é a metade da do assucar. menos ainda á rotação das lavouras, e WÈ? estações em que a uva contém pouco entretanto não custam estes processos os , ssucár, costuma-se-lhe ajunetar assucar esforços que os lavradores empregam em ou passas, para augmentar-lhe augmentar e extender a área da sua la|panha, .-¦ quantidade do álcool; mas isto estraga voura. O estéreo quasi sempre se acha á piuito.o vinho. mão e a rotação faria baratos muitos geNos ] sahirtanques, em'que se escoe o summo neros por que agora elles teem de pagar o da prensa, opéra-se a fermenta- altos preços, e de que precisam para a ão sem auxilio algum de fermento, subsistência e o conforto dos seus trabapois /issuás matérias nitrogeneas são bastan- lhadores. para decompòl-o. A principio o calQuanto ao estéreo, tomemos, por exem- 1 '"**"*/ pio, a mesma lavoura do algodão: o caroço deste produeto, decomposto n'um pouco do lama de brejo e galhos o folhas seccas 6 o melhor estrume possivel para o próprio algodão. Tomemos agora a canna de assucar. A nossa gente, dopois do tirar-lhe o caldo, serve-se do bagaço como lenha de fogo, e nos Estados Unidos alguns a queimam toda para. lhe extrahir a cinza, que é bom estrume. Entretanto, com pouco maistrabalho, tem-se no bagaço da canna um estrume que excede a todos nesta cultura: basta só que se o misture com cal e com terra, e a quantidade do estrume assim formado sern suíliciente para a rirèa da plantação donde procedeu a respectiva canna. Mas não basta a bôa escolha de semente e o estrumar: é preciso que nossos agricultores se convençam que é necessario mudar de lavoura na mesma terra, si elles quizerem cultival-a com vantagem por uma série de annos. As pequenas plantações de algodão dos Estados Unidos se dividem ordinariamente em quatro secções eguaes, ou mais ou menos eguaes: n'uma plantam os lavradores o algodão, n' outra feijão, n'outra milho e na quarta gramma ou pasto; e elles alternam estas lavouras nas suas secções, e crêem que deste modo a terra produz cento por cento mais do que produziria sem a rotação. . E' um grave erro suppôr-se lá no Brazil que estas cousas todas, que nós dizemos, se applicam somente aos Estados Unidos e aos paizes onde já existe a pequena e a alta cultura. O que dizemos, são simplesmente regras geraes da sciencia, com applicação a todos os paizes. FAZENDEIROS E COMISSÁRIOS. os Estudos sobre o Brazil, feiENTRE tos por M. Chs. Pradez na sua recente obra, de que ciamos noticia n'outra columna, encontram-se umas observações interessantes sobre as relações que agora existem entre os fazendeiros e commissarios de café. O estrangeiro no Brazil se admira de encontrar tantos fazendeiros arruinados, em vez de ricos. Não teem elles escravos e terras férteis em abundancia, e não começam a ter também excellentes vias férreas? O que lhes falta pois? O auetor responde que falta-lhes sabedoria. Os nossos fazendeiros suecumbem sob a sua própria prosperidade. Sem calcularem os juros pesados que pagam, e as forças que teem para a cultura, elles compram terras e mais terras, destruem as florestas, e plantam mais café do que podem colher e abandonam as plantações antigas. Alem disto, entregam-se ao jogo, ás cabalas eleitoraes e a pleitos judiciarios com seus vizinhos desprezando o machinismo e utensis.da sua.fazenda, e edificando sumptuosas casas de vivência. Para tudo isto é preciso haver dinheiro, e para este dinheiro elles saccam sobre seus correspondentes do Rio de Janeiro, —sobre os commissarios. O resultado é que os fazendeiros se escravisam aos correspondentes, e estes também dependem inteiramente dos primeiros. Os commissarios dizem que seus clientes ou não são intelligentes e instruídos, e nem sabem, até, calcular os juros compostos; ou então são intelligentes, e neste caso só se empenham em enganal-os. Gastando mais do que ganham, pagando aitos juros, assim que vêem approximar-se a ruína, procuram por todos os meios illudir a seus credores, mandando seus cafés a outra casa, á qual não devem nada, e deste modo procurando dinheiro disponível. Si lhes pedem garantias, vão a algum compadre da vizinhança, dizem que estão arruinados sem saberem como, e inventam uma divida fictícia e hypotheca ao dicto vizinho, e então procede-se a uma liquidação, pela qual o correspondente perde, de 40 a 50 por cento do seu crédito. Agora, do outro lado, si se perguntar a um fazendeiro o que elle pensa da ciasse dos commissarios, M. Pradez cri que se ouve sempre esta historia, mais ou menos: Não se pode fazer idéa do que soffre o fazendeiro do seu banqueiro no Rio de Janeiro: elle crò que trabalha para si e seu filhos, mas só trabalha para este. Para ganhar a freguezia do fazendeiro, elle lhe faz as promessas as mais lisongeiras, dão-lhe casa, comida e re"-alos, quando "vai á corte," e tudo é.uma [Septembro 2a, 1872. doçura sem limites.. Emquanto o fazençloiro lho dovo pouco, isto anda assim'; logo, porém, quo a divida so avulta, graças aos seus juros compostos, ontão tudo vai por água abaixo: os cafés perdem todo o seu mérito, som o fazondoiro saber por que, pois o tracta do mesmo modo quo.nntigamento. E' pela falta do sabedoria o sagacidade dos fazendeiros que elles se acham arminados o hoje uma quinta parte das plantações do Rio estão á venda por minharias de dinheiro. O Governo devia procurar comprar estes cascos de fazendas, cuja venda é tão lenta c diificil, e destinal-os á immigração. Em vez de amontoar colonos em "depósitos," deviase dar-lhes logo um abrigo n' uma destas fazendas abandonadas por falta de braços ou capitães. Cada colono construirá sua casinha, e, como na Suissa, os pastos pertencerão a todos, mas cada um terá sua plantação separada. Para este fim, o Governo podia fazer um contracto com o Banco Brazil, que exigiria do colono um módico pagamento annual a titulos de juros e amortização do capital. O que é preciso no Brazil é a utilização do que ja está feito. A divisão destas propriedades tão mal administradas até aqui daria um poderoso desenvolvimento á producção. Si se quizesse sommar o valor de todas as casas, armazéns, machinas, pés de cafezeiro, etc, abandonados por falta de tracto, e si depois disto se comparasse esta somma com o que poderia tornar-se nas mãos de trabalhadores intelligentes e livres, ficar-se-hia admirado da difierença. Com este plano, os colonos não precisavam esperar quatro annos para colherem então o seu primeiro café, plantando apenas milho e mandioca e vivendo miseravelmente. Os cascos das fazendas, agora quasi sem preço no Brazil tornar-se-hia de valor inestimável, si o Governo quizesse utilizal-o em proveito da colonização. -«£> l í ® URFA. NATURESA DESTE COMBUSTÍVEL.—VÁRIOS PROCESSOS DE SUA PREPARAÇÃO. MEIO DE SE RECONHECER O VALOR ESPECIFICO DOS SEUS DEPÓSITOS. alguns mezes um dos mais distinetos HAcommerciantes do Rio de Janeiro nos dirigiu umas perguntas sobre, o modo por que neste paiz se prepara a turfa,—ou qual é o machinismo que julgamos mais apropriado para quebral-a e conserval-a para o seu uso ordinário de combustível. Ora, é fácil escrever geralmente sobre a turfa, sua naturesa; e vantagens; mas o nosso correspondente tavez não realisasse toda a difficuldade da questão que nos propôz acerca do melhor meio de se aproveitar esta formação geológica. O facto é que é então difficil responder qual é a melhor machina de se preparar a turfáy como qual é a melhor machina de tijollos ou de costura. Cada qual prefere a que possue, e todas ellas teem attinguido certo ponto de perfeição, de modo que, como suas vantagens não dependem só da sua bôa execução mechanica, torna-se muito problemática a preferencia absoluta que se queira dar a qualquer dellas. Deixando, pois, de parte este ponto especial da preferencia do machinismo queremos dar hoje uma ligeira idea do que seja a turfa, e a isto nos anima o facto que o Governo brazileiro concedeu ultimamente um privilegio para a exploração de certos depósitos na Província do Rio de Janeiro, e que o publico em geral precisa esclarecer-se sobre um produeto, do qual geralmente mal se conhece oriome. A turfa, como a madeira e o carvão, é nm combustível; e como ha varias qtíalidades de carvão e de madeira, também as ha de turfa. , Em. geral os depósitos deste produeto se compõem de hérvas, musgos e plantas aquáticas em estado de decomposição parcial por acção d' água. Com o correr do tempo, crescem novas plantas emquanto outras apodrecem, e o deposito assim formado, ps vezes muito espesso, constitue o' material conhecido por turfa. Outra qualidade de turfa é a que se fôrma de madeiras de florestas que si não soffrem actualmente, ao menos outr'ora soffreram inundação. Nos depósitos desta qualidade . predominam, está visto *-¦;. Ti- fc í \ j .pWSxwqgfW <ippnilli|J f *^#SÍMBMI iy -.4*.' « "¦$$',, ê 0 Ski-tk.miiuo, 28, 1872.1 O NOVO MUNDO. -& 1 v) '¦¦ substancias lenhosas; o olles são mais valiosos do que os da primeira qualidade, pois contcoin mais calor, nceendem-scmaisdepressa o ooiiHorvuin-se por mais tempo cm combustão. Ji. turfa o um combustível e principalmente em logarcs onde não é fácil obterse lenha ou carvão mineral, torna-se um auxilio valiosissimo e indispensável não só para ps arranjos culinários das íámilias, mas também a industria; e ainda até ' em localidadespara onde ha lenha ou carvão, a lurfa é um combustível desejável, pois tem as mesmas propriedades, que teem esses dous combustíveis e ás vezes muito mais. Onde ha turfa, lenha e carvão, o custo da extracção de cada um é que regula a sua preferencia. Desde tempo imraemorialse cou£ ,ee esta substancia e é ella empregada como combustivel; A diíficuldade que sempre tem obstado a seu uso mais geral tem sido a falta de um máchinismo que a prepare sem tirar-lhe a virtude,—a ignorância de de um processo delhèextrahir a água ede condensal-a rapidamente c por preço bastanto barato. Ha dous processos principaes pelos quaes se consegue isto sem ser por meio de machinas especiaes. O processo mais primitivo consiste apenas no emprego d'uma grande faca de dous guines com que se cortava o material, de que se usava logo. Depois deste veio outro processo não tão simples, mas mais aperfeiçoado. Consiste elle em se irrigar primeiramente o deposito de turfa com água bastante para tornar a substancia molle como o barro com que se faz tijollo, ao ser applicado á prensa; e depois quebrar-se os torrões de modo que a parte maileve e fibrosa se una bem ao resto do mas terial. Para este fim os trabalhadores devem pisar bem sobre o deposito e empregar as suas pás em esfarinhar o produeto, e amassal-o com água. Este systema é ainda hoje muito seguido nos Estados Unidos. Quando crâ-se que a turfa está bem amassada, os trabalhadores colhem porções e dão-lhe varias formas. Outras vezes elles rasgam a massa marcando-a Com com uma grande tridente de ferro. a evoporação" d'água, estes cortes, que a principio parecem inúteis em razão da pouca densidade da massa, ficam muito salientes; e no fim de uma semana de eyoporação a turfa está prompta para ser transportada para outro logar e ahi ficar -exposta ao ar, arranjada em montes. A turfa preparada destes doús. modos , perde muito de suas qualidades; mas toda via de varias e longas experiências que se teem feito deduz-se que ella é mais economica do que a lenha de bordo ou de carvalho, e tem as mesmas virtudes calo'% rificas que ellas. Também o seu preço regula quasi sempre o mesmo que o da havendo uma pequena .'{•' lenha, ás vezeè 'mais no vaíor da lenha. differença para no Massachude Worcester, Na cidade ^ ;^setts ha uma grande fabrica de fios de arame, para cuja preparação se precisa • %è fogo muito activo, que por muitos aii-i nos'tem empregado a turfa como combus>4- : . v.' . tfVOl. / ';':" Nos doze annos passados esta fabrica tem consumido vinte e quatro mil .toneladas do combustível, que tem comprado a 6$ por tonelada. Machinas.—A grande utilidade da turfa como combustível tem instigado muitas experiências em construir-se um máchinismo que com pouca despeza e trabalho, e em pouco tempo, possa compriMas este processo que mila e seccal-a. ü primeira vista parece tão simples, é ceroado realmente de muito grande difficuldade: as experiências teem mostrado que quando se comprime fortemente a turfa n'uma machina, muitas de suas particu. Ias se escapam pelos orifícios por onde deve espoar-se a água, e que isto atravanca o inutilisa a machina. De 1833 a 1836, o Governo britannico concedeu trez privilegios a um Mr. Sligt, de Edimburgo, a Niel Menzies e a Lord D'Eresby, mas nenhuma destas machinas deu bom resultado, em razão de se escapar a turfa pelos orifícios d'água. Na Allemanha, Herr Mannhardt gastou uns 16 contos a construir uma machina muito engenhosa na qual Havia uin grande còadôr cie paimo de cabello por onde elle queria vasar a água sem perder partículas de turfa; mas tudo Na Suissa, França, isto sem proveito. Hungria e outros paizes o engenho humam no tem procurado solver o problema do construir uma machina com grande pressão sobre ;,•, turfa humedeeida, o ao mesmo tempo sem que deixe escapar com a água as partículas de turfa quo procuram escoar-se com ella: de modo que, na Europa, ainda hoje o processo commum de se preparar a turfa é o antigo processo manual do que ji falíamos. Os Americanos, que teem descoberto os melhores instrumentos agrários de quo se usa hoje, e que se distinguem sobremaneira pelos inventos que diminuem o trabalho humano, conseguiram organizar as machinas de turfa mais aperfeiçoadas, que se conhecem. Ha sete annos, um Mr. Sr. Robekts de Pekin, pequena yüla no estado de New York, inventou uma machina, que trabalha com o auxilio de uma machina da vapor de força de 20 cavallos, e pela qual é feito quasi todo o serviço, incluindo o de cavar a turfa. Poucd sabemos presentemente do suecesso que ella tem obtido. O seu preço é 8,000$, na fabrica. Produz. 25 toneladas por dia. . Em Lcxington, no Massachussctts ha fabricas de turfa em grande escala que empregam as machinas de Leavitt e Bettekly, que, ambas produzem excellente, turfa, que segundo nos informam vende-se no logar a 16$ a tonelada. A machina de Leavitt talvez seja hoje a mais conhecida, não só porque é realmente bôa, mas porque o inventor tem escripto muito soUma terceira machina é a bre a turfa. de Leet, que reside na proximidade, de Springfield, outra cidade do Massachussetts, e que conseguiu separar"arranjo a fibra das mais densas da turfa, este partes muitos acham excellente, mas que que outros não consideram especialmente vantajoso. Esta e as outras machinas de que acabamos de fallar custam dez contos de reis, são movidas pela força de oito a quinze cavallos. O Dr. Rae de Syracusa, uma florescente cidade do estado do New York, inventou outra, qim tem sido muito recommendada, pela sua cfficacia e simplicidade. Não tem fôrmas portáteis, como as outras, são de diversos tamanhos, desde um cavallo e trabalhando 4 ou 5 toneladas- de turfa, por dia, ou de cinco cavallos, e produzindo então de 15 a 20 toneladas. Compõe-se de um cylindro de 6.a 10 palmos de comprimento em que gyra um eixo vertical com espadas ou facas em espiral, que cortam a turfa e que a comprimem para baixo pelos tubos que a moldam. Um Dr. Elsberg, de Belleville, .New Jersey, inventou também nma machina sob. um principio diverso dos das outras Esta é feita de modo que já descriptas. se poupa o tempo que se tem de gastar com o seccar dos tijollos oii pedaços feiPara isto, a tos por outras machinas. turfa introduzida nesta machina, é exposta ao ar no seu próprio leito, e depois de lançada no cylindro é subjeita a uma corrente de vapor e então a acçãode uma forte pressão que a faz sahir em pedaços cylindricos, e com a mesma densidade da turfa trabalhada em machinas communs. Esta turfa quando sahe da machina Rae, esta quasi prompta para serviço, mas não pode resistir á acçãb da chuva, nem manter sua cohesão quando se a expõe a muito vento. Vantagens da turfa.—As vantagens deste combustível estão comprovadas por A priuma longa serie de experiências. meira que se fez na estrada de ferro Centrai, de New York deu este resultado: um trem de oito carros sahiu de certo ponto com 120 libras, e apezar de muito vento contrario (o que tinto interrompe o fogo das caldeiras) fez 25 milhas em 40 minuítos, e isto com as caldeiras ordinárias paEm outra estrada ra carvão de pedra. dé Massachusetts em que se emprega a turfa, diz o machinista que uma tonelada e uma quarta deste combustível é equiválente a uma tonelada de carvão de pedra. Segundo o Engineer, e o Mechanical Magazine de Londres a turfa é excellente para estradas de ferro. Este ultimo periodico disse recentemente que se fizeram com ella trez esperienciasnalrlanda, todas bem suecedidas. N'uma dellas o trem fez 40 milhas por hora, n'uma subida de um em oitenta, e com 110 a 120 libras de vapor, apezar de que a porta do fogão ia aberta. Um Americano, Mr. N. W. Farwell, de Lewiston (Maine), escreveu ha pouco a um amigo dizendo quo com uma das machinas de Leavitt tem trabalhado 32 tons. de turfa humedeeida, ou 8 tons. do turfa seecu, todos os dias úteis: o custo do fabrico 6 de 0$000 por tonenftla, o que incluo todas as despezas, como juros, traEsto cavabalho manual, attricto, etc. lheiro o um fabricante em grande escala o gasta por anno 40 a 50 contos de combusti vol: na sua opinião, quando lenha de lei vai 12$, e carvão de pedra, 18$, a turfa vai 16$: Este combustível é admiravclmente apropriado para o preparo do ferro, pois não tem enxofre, como o carvão de pedra Na Inglaterra, na quasi sempre tem. Suécia e na Rússia é empregado para este fim. Os melhores arame e aço dos Estados Unidos são os de Washbíjrn & Moen, de Worcester (Mass), os quaes s') enipregani turfa para sua purificação. , A Quantidade de turra nos depósitos ó fácil de verilicar-se. N'um deposito, supponhamos, de 840 braças quadradas, acha-se ordinariamente de 350 a 1,000 toneladas de turfa sècca, em cada palmo e meio de profundidade. Si o deposito fôr de 6 palmos de fundo, no termo médio, pelo menos produzirá mil toneladas de Para turfa, prompta como combustível. se conhecer quanta turfa prompta produzirá certo deposito, por exemplo, de 840 baças quadradas, corta-se do solo um pedaço do tamamho de um palmo quadrado, sécca-se-bem este pedaço e depois tomase-lhe o peso, que então se multiplica por 66,000 que é mais ou menos o numero de palmos quadrados em cada camada de um palmo do deposito sobredicto de 840 braças quadradas, e o resultado mostrará a quantidade pura de turfa que se pode esperar. E' preciso muito cuidado, antes de se organizar uma empresa de exploração de turfa, em se verificar si ella é de bôa qualidade, pois ás vezes é ruim, tão ruim, A meque não vai a pena preparal-a. óm mais tempo lhor turfa é a que queima e com mais intensidade: para se examinar estes dous pontos, prepara-se certa quantidade de turfa, pesa-se-a, queimasé-a e depois se peza a sua cinza: faz-se isto mesmo com turfa de diversos pontos do deposito em pedaços de egual tamanho: a differença do peso das cinzas e dos pedaços, antes de queimados, mostra a qualidade da turfa,.—quanto matéria carbonifera ella contém; e a differença do peso da turfa tirada do deposito e da turfa depois de preparada, mostra a quantidade d' aguá que contém- Quanto menos água e mais matéria carbonifera tem a turfa, melhor. A que tem muita água ou muita arSa e barro, não presta. Já nos temos adiantado sobre este asTalsumpto mais do que esperávamos. vez voltemos a elle para explicar o que por ventura os nossos leitores interessados não achem claro nestas linhas. ESTIíADAS DE FERRO. O México por sua posição geographica offerece um meio curto e fácil de comiriunicação entre. as nações do antigo Oriente e a Europa. Sendo certo que o transporte por mar é muito mais barato do que por terra, o commercio-europeu e asiático deve evitar necessariamente o transporte por estrada de ferro, ou pelo menos diminuir o mais possível a sua distancia.' A estrada de ferro do Pacifico que agora une S. Francisco da Califórnia a New York só proporciona vantagem ao transporte .de mercadorias leves, pois o frete é naturalmente muito caro, a distancia sendo tamanha; Para obviar a este inconveniente é que tem-se curado seriamente de cortar pela America Central uni canal interoceânico,—uma ideáautiquissima mas que até hoje não foi ainda apresentada em termos de ser practicamente realisavel. Emquanto as cousas param neste pé alguns emprezarios do México propõem se construir uma via férrea que úna o Golpho do. México ao Pacifico. Uma comunssão do congresso nacional relatou um parecer favorável ao projecto, que, ao que se pensa, ha dé ir dar um grande impulso á sempre delinhante agricultura do paiz, .e, animando geralmente o trabalho e o espirito de industria do povo, ha de necessariamente contribuir4pelo menos, para tornar menos freqüentes as revoluções políticas desie interessante paiz. JÁ se começou a furar em Gosheueu o túnel do Monte S. Gothardo. Determinou-se préviamente a entrada do norte do túnel e a altura da estação de Gõshenen (1109). A estação de Airolo ficará a 11-16 metros acima do nivel do :—•—• *f ——±<~üjf mar. O maior ponto do túnel ó L154 metros. seu comprimento total será dt 14,900 fnutjFo, l.? llu no inuiulo inteiro 197,085 kllomctros de estradas do ferro, sendo 07,000 nn Europa,| '89,959, na America, 7,150 na Asin, 832 nu Africa e 1,971 na Austrália o nas ilhas do Sul do? Pacifico. As estradas de forro americanas sújj custam u terça parle do que custam as da Eü--| ropa; e custam a metadodo preço dus da Aslai e África. As da Austrália sd custam uinaquar-i te parte mais do que as americanas. Calculo-f ee quo todas as estradus dé ferro do mundo teem • custado 50,270,000,000 de florins ou 40,000,000? _ de contos. —O governo de Honduras recentemente?, to pretendeu levantar em Londres um empresti mo de 150,000 contos de reis para uma estrada ¦'; de ferro ao trayéz da republica, o preço da eínis- ,*'' são sendo 90 e o juros, nada menos que 10 por cento. Este empréstimo era para fazer-se uma j estrada de ferro com tal máchinismo que guindasse os navios inteiros e ps levasse de um oceano, a outro. Apezar de tão bons oflereci--.;: mentos, falhou a operação e o "ministro de liouduras retirou o empréstimo. ¦ IjrálGRÀTiTBS DE MACAU: Ha mezes reproduzimos aqui uma queixa que a imprensa em geral fazia contra o Governo portuguez em Macau pelo maltracto dos Chins.; que, por enganos e pela força, emigram para a America hespanhola. O-Relatório do Regula^ mento da Emigração Chineza que.vemos publicado naquella interessante folha portugueza de Macau, 0 Oriente, de 20 de Julho p. p., responde a estas aceusações dizendo que a catastrophe ainda recente da Nouvelle Pénélope mostra perfeitamente a sua falsidade. Este navio levava 310 colonos, que, em certo ponto pouco couhecido da costa chineza, se sublevaram, assassi•naram metade da população e obrigaram a outra metade a desembarcal-os em logar seguro. Desses 310 emigrantes, 280 voltaram a Macau e ,j deram novamente entrada nos depósitos de emi gração, sençlo descobertos logo depois como osJ| mesmos formidáveis piratas do dicto-navio, õrejàtorio nos diz que é verdade que muitos Chins chegan enganados a Macau; mas que ahi, nesta cidade, deijapparecefli a mentira 6 0 trafico:«!: Governo portuguez creou uma repartição espe-' | ciai, a Superintendência da emigração chineza 1 pára o fim expresso de garantir á liberdade mo-.' 1; ral e physica do colono. Esta "repartição gasta' dous dias consecutivos verificando á esnonfaneidade dos emigrantes, persegue impíateS^e." mente os seduetores e traficantes,' em summa. protege de todo o modo possível o» indivíduos\% que se apresentam. para emigrar;' Nestes ulti- : mns quatro annos teem emigrado de Macau pa-|l ra a America 57,882 individuos. Alem destes,!* nada menos que 15,138 homens foram repatriados por declararem não querer emigrar, depois de examinados e esclarecidos na supermtenden?' cia. Estes algarismos que o Relatório lios apresenta mostram-nos incontestavelmente qüe !í^' "'' as auetoridades portuguezas exercem uma policia activissima.sobre a emigração dos Chins; mas ao mesmo tempo nos dão tristíssima idéa do trafico humano, que realmente, existe '||\ Macau e fora de Macau, pois consta que um cie cada cinco, individuos quese apresentam ás auctoridades como quereudo .-emigrar, não querem realmente emigrar. O que é preciso ê quo a*Superintendencia publique-nos o seu regulamento , e de quando em quando nos dê provas que o ' executa fiel e honestamente. Desta: maneira ella arredará do nome Portuguez o ódio com que os mal informados teem conseguidoapresental-o perante as nações christans. : .-¦¦ IMMIGIUNTE^ALLEMNS, Apezar das medidas enérgicas com que o Go- \ verno da Allemanha tem procurado, reprezar a corrente de emigração de sua laboriosa populáçãò pára os Estados • Unidos, o influxo de emi-^' grados neste paiz continua cada vez mais cau-7 daloso. A repartição de Estaiistica em Washington mostra-nos este facto de um modo in-!?* contestável, no seu ultimo boletim:. contendo factos e algarismos sobre ha immigração no primeiro trimeste do anno corrente. Dos 46,809 immigrantes que aqui chegaram nesse período, sometite 5,403 foram Irlandezes, ao passo que •..erto da terça parte ou, exactamente, 15,300, , vieram da Allemanha. Outro facto não menos !, importante que nota-se nesta immigração alie-, mam é que somente 2,300 colonos eram trabaji-, lhadores communs, 13,000 sendo artistas ou.íá-| vradórés peritos, entre os quaes se contavam, mais de 200 alfaiates, mais de 400 carpinteiros, perto de 200 padreiros, cerca de 200 sapateiros, Todo o Reino \ e mais de 2,500 agricultores. forneceu menos mais ou o mesmo * Unido juneto vieram da.AUè- ; A iminigranteá de numero qua manha; mas entre elles havia5,000 trabalhado- v rea ignorantes e somente 800 eram lavradores; i —o que tudo deixa fórá de duvida que o melhor,. % , fnimigrante é o Allemão. --'lÉr w' •mff"-ri^ »MÍM contrar-so uma menina quo não gosto ele sua boneca, ao menos na udado tias quo representa a nossa gravura. Desde seus tenros annos a mulher precisa amar e dedicar-se. Depois desta pequena o tosca aprendizagem, a mulher procura o verdadeiro objecto do sou amor, e então 6 a cdado dos sonhos, pura cuja truiislcçáo a nossa gravura Meninice e Moci- í A 1J0NKCA KNFKRMAj-MENINICB E MOCIDADK, — I Ha nada mais tocante elo que ver-so um brlnquedo ele meninas com as suas bonecas? Os rapa• zes compõem, combinam, fa/.om barulho, grl' tom, saltam, entregam pesos, governam cavai11 fos, fazem-se soldados, etc. As meninas ja i use ¦ | Seitbmbro, 23, 1872.1 O NOVO MUNDO. 216 ¦'•-'.'. |h| • hj« ¦¦'..•..' 1 j ,'://' ' . , h \ ' S»; Ar principio dosto moz chegou a Pariz accompanhado cte um seu discípulo do uonio Leiter que dizem estar destinado aeclypsar as suas glorias no plano. —As obras posthumas do GoTTS«iiAi.K~vão ser publicadas pelo Sr. R. N. Espadem), da liavana, que foi amigo intimo elo fallecido. —Pr.riz propõe-se levantar um granelo monu. i^^mI . •" .-.v BONECA DOENTE. A edade mostram também o sublime e santo Hnessa >,papel de mães que estão destinadas arepresentar galgam, dia. Mal deixam ellas o collo da mamãe, ou o carrinho de criança, e já começam.a exercitar n'um pedaço de papelão ou porcellana to•fias as caricias, aflágos •?. cuidados que ellas ímesmas recebem. A boneca é uma grande eschola, e deve-se ensinar ás crianças a tractar bem delia e ter-lhe amor, si por acaso não o tem, pois não é realmente muito freqüente en- —Um musico allomao que outr'ora esteve no Brazil, onelo foi bom recebido o quo presentemonto resido om New York, o Sr. Huao BussMEViín, propôe-so compor uma opera brazileira, em cujo libretto já está trabalhando um dlstlncto poeta nacional. —A nova opera, Fosca, do compositor brazlloiro, o Sr. A. CaulSs Gomes será brevemente dadeük uma idéa muito exacta. 'Esse gruppo representada pela primeira vez no Scala, de Miencantador conta a sua mesma história, graças lão, onde também se está ensaiando o Lohengrin. —A " estação musical" que ora se abre em ao bem acabado do desenho e da gravura. New York é uma das mais brilhantes de que ha auetor da opera nacional brazi- noticia. Entre os cantores notam-se as Sras. leira, A-Noite de S. João, o Sr. Elias A. Carlota Patti, Lucca e Kelloo (Americana), MUSICA.—O '. IiObo, vive agora retirado em Itú, onde é mestre e o celebre e velho tenor Mario, o qual vem prodo coro da egreja de que é pastor o Sr. Padre curar refazer haveçes, perdidos ultimamente por Miguel que folgamos reconhecer como um dos vários suecessos. —O celebre Listz está agora viajando e em mais dignos sacerdotes do Brazil. i ... - *5^—J mento a Auber e Vienna outro a Beethoven. i—Por ordem do Rei da Baviera vão-se dar em Munich, e pordous annos, representaçôes-modelos das operas de Wagner. —A Rússia está fazendo esforços para crear uma "opera nacional." Ultimamente appareceram trez trabalhos " nacionales" para o theatro Maria Thereza em S. Petersburgo. —Vienna está construindo para a oceasião da Exposição um theatro para 5,000 pessoas *4 o ^C5^i_ --. ; iStí „t..;...r- ¦.-. ¦ • . ' . 217 O NOVO MUNDO. [Sbitkmhro, 28, 1872. ¦' ¦y-y-y, *> '*! *•¦ ^^mm\ >Ml Al mWfwmlã DmiLH BB^few iܧ§^! WrNiBl WVl ^h BÍÍíímB l\ ^H bhiBkSI l\ Aflfl HfMRHkflfl ^B"9^fli flfln. £mW HtK^I ^^c^fll flff^H Bp^jfl BW "";>' jM WmB mmW Êm\ /fl BHjI Hflmi HE^ B.?^R-í>sF imm\ B. Aflfl BflV BH^H • '*-»*5§"SySS vSaB tessSSs P^Im BR^áM - - Bp. fln. gSSE^»*-*yví'.v^>jB ^fl\ ¦^yr':-'^:vÃv.-..yi^^^.W B\ v; XJg^^fll BgJSJ" IBSs^S^sSS B&S>y^**V^'*^v///^v////.\v/.\v^SCTB Bfl\ '^SgSgM r5rÊ"^£JãM B^y^V/""*A*'^"*-Vr*r^ BB\ ¦*'" Bfl^B^B^B^B^B^B^B^B^B^B^fly^^^^iy'-^ /fl ^H Bi-;il8,í .^áBfcsáí B \ Tlf ¦ '>&j<!35j^BBjisssi^ BB^jãM BB flflhkr3^BÍJn^Bl SfiaSflíl BkkouMniSS bBSBje9 BS»*5£?»***' *¦*•*• ^mm\ HulutitiMBj BBS^^BB flBK."-* BBlfcaU ¦•^^Bi ^SÍjwc^*£**"rry^-*-***;'-*X*\^^i5flBBBBBfl *^*^g£r^*ÃÊs*'^J5^5ÉB Pflfy-í^^^fll^^^SÊ St^"-^^?! BBB BBm ¦PBjjpBp^BJBKB^MflJP^MflBBKiflBKlBfl mVMÍwvlí \HWIvSl8 .^v^>" famflMtmlÈty1^ —0 correspondente do Rio de Janeiro para -o Boston Daily Globe é de opinião que não se pode contestar que Brazil é um dos paizes do imundo onde reina mais gosto musical. 1 —Em Verviers houve em Julho p. p. um concurso internacional de 57 sociedades musícaes com 2,687 cantores, os quaés antes de começarem a contestar a palma, formaram-se em uma grande e importante procissão. 0 primeiro premio constou de 1,000 francos em dinheiro e de uma medalha de ouro, dada pelo Rei, e a sociedade que o alcançou foi a de Jupille. A de Bruxellas recebeu o segundo prêmio, de uma medade honra, * lha e 500 frs. No concurso superior recebeu o pre mio de 3,000 frs. a sociedade Le- X~^0^2É&y ''"^^T" • ''-'-f^f - ^,,ZtSf MH^BBBB BBT -^i^l^l^^^^^^^^^^í^^ gia de Lüttich, ao passo que a de Colônia ai- sejam, concordam em todos os pontos princicançou uma medalha de approvação. pães e substanciaes do christianismo, e só manifestam vários modos de encarar a sua VerdaReligiões nos Estados' Unidos.—Quando se de. O facto é.que a unidade dos Catholicos observa as myriadas de differenças de opinião só existe em appàréncia, no sentido em que a em .matéria religiosa nos Estados Unidos é que explicam: ella é a mesma unidade dos Presbyse pode reconhecer quão absurda é a pretenção terianos, dos Gregos, dos Methodistas e de todas que todos os habitantes de um só paiz pensem as mais egrejas.—Ha dez annos a denominação do mesmo modo sobre assunto de tamanha mon- que tinha maior numero de Crentes nos Estados ta. Os padres e os seus amigos do Brazil olham Unidos era a dos Baptistas: o arrolamento do com orgulho para a unidade da egreja catholi- anuo p. p. mostra que agora o primeiro logar ca, em opposiçao ao " protestantismo com sua pertence aos Presbyterianos, cujo numero é de Os Baptistas contam 4,362,135 cauda de innumeras seitas;" aqui nos Estados 7,142,342. Unidos o homem se sente ennobrecido pela mui- membros regulares. Os Catholicos são 1,900,514, tiplicidade das seitas, as quaes, por muitas que os Coiigregacionalistas, 1,117,212; os Episco- JÈm pães, 991,057; os Lutheranos, 977,322, eosMehodistas, 652,824. As egrejas mais ricas são a methodista, a catholica e a baptista, cuja propriedade respectivamente é de 140,000; 120,000, e 82,000 contos de reis. —A Universidade de Zurich, na Suissa, esta dando um bello exemplo as outras instituições de enseno superior, concedendo ás senhoras as Jk, mesmas regalias de que fruimos, nós os homens\. Nestes cinco annos passados, nada menos que oitenta e seis moças se teem matriculado nessa Universidade, das quaes sessenta e trez estão agora estudando Medicina e outros cursos. Das 63, 54 são naturaes da Rússia. ^ # I 0^*fi*9^%,gW*^wiV4i, ^¦í>t»|M>»? ¦'' ^^fç&fQP*** t [SKn'1'.Mimo, 23, O NOVO MUNDO. NOTAS. deste rumo, du Bolieniin, Áustria meridional, Moruvlu, o Corinthla Jú nomearam delegados a este Congresso. A Áustria está procurando fazer unia bella exposição do sua marinha de guerra, o de objeetos de eschola, — O tamanho do Prater 6 o dobro do do palacio da ultima Exposição. ha na Áustria todos os annos 831 casimeiitos Do cada 1,000 pura cada lo.ooo habitantes. homens càsavels, 030 são com offólto casados, e do mesmo numero de mulheres càsavels, 501 são casadas.—No termo médio,>r morrem por an .......... i» um uo 583, Inli pessoas, e nascem 713,821. 1872. 0 PRELO DOMÉSTICO, VENDIDO PELA COMPANHIA INTITULADA "ADAMSPMSSSCOMPANY,"' EXPOSIÇÃO DE VIENNA.—Traiiamia-si: da jf\ muito actlvamente om Vienna paru fazer 511, MiMiiuv St,, Nkvv Yohk: mais Exposição de. 1873 uma resta industrial brilhante do qüç todas ns precedentes. Em po10' o unlco pequeno riodicos allemans, princlpulmeritü m> Uluàtrirte Ò barato do quo poZeituvg, de Lelpzig, encontramos sobre o prodem usar com vauta grossso dos trabalhos multas noticias; das quaes PINANÇAS.—Devia a França antes da guerra tuiíciu os quo não 7, !»»**» milhões. l1 a enorme somma de iISsSHi*! s^'extrahimos os factos quo seguem. são typogruphos do Ajutictandò-se agora: Antes de tudo diremos que u ultima sessão do Escriptorio, no Edifieio cio 3,090 " o 1871... 1870 de Empréstimos protlssãò; e isto peCongresso dos Estados Unidos não votou ainda Divida du Est. de ferro Qslbahn 325 " NEW YORK TIMES. his razões seguiu" fundos para iis despezas da Exposição; mas é uo Banco d.i França.... 1,550 " . York a 24 de em New O Novo MundO tes: publica-se " 200 •' a cidade de Pariz provável que o faça ao reunir-se em Dezembro todòfl os mezes. O preço de sua assinatura no " 705 tlüctuante Brazil é de dez mil reis por anno, e cinco mil reis I. Ò typo flea sempre cin posição horizontal, sob p. f. Pura a ultima Exposição universal, cm " oceumilreis. Avulso, manutenção da semestre. da os olhos do ahmdor-typographo, e isto torna muito então por reis, de Pariz, elle votou 800 contos que O Rcdáctbr prestara toda a possivel attenção á fácil o suprimento de tinta e também permitte que e custo de alleman, pação vote so considerou muito pouco: agora talvez correspondência a contribuições (pie receber; não se laçam emendas nu forma, sem se a tirar do seu 2,450 " empréstimos reproduzirá trabalhos ja publicados o pairará libe- logar. 1,000 contos. Todavia, o Presidente já nomeou Empréstimo de 1872 3,500 " aos auctores dos (pie tiver estampado nas ralmcnte II. Pode-sé pôr o typo em qualquer parte da foro General T. B. Van Buren como Commissario suas columnas. Todas as opiniões são-lho intitu- ma: ao passo (pie quê, em outras prelos, para que -.—Francos 19,480 milhões. ladas a um respeito egual. Artigos curtos são Total da divida do Governo, e elle já está fazendo collecções de saia boa a impressão, é preciso qiie o typo llque sua a transportando-os e objectos de industria —Do pedido de um crédito extraordinário que mais acceitaveis do que longos, e, mais do que bem no centro. outros, os que versarem sobre o proIII. A impressão 6 por meio de cylindro, á guisa custa, ajudado, todavia, pelo Ministério de Es- ultimamente sollicitou o Ministro da Fazenda da quaesquer da civilisação no Brazil. dos melhores e maiores prelos que agora se fabrigrosso tado em tudo quamo lhe pode fazer legalmente. França pode-se avaliar (pie não é debalde que a ífítA correspondência Novo,Mundo, no que res- cíim. Para isto não é necessária tanta força, com — O Brazil já nomeou seus Commissarios, mas Allemanha se está armando até os dentes. Este peita a sua publicação, dece ser dirigida aos Agen- acontece com os prelos de outro systema. IV. O mechamsnío para regular a impressão ê tes geraes; a que toca a redacçâo pode-o ser ou a não sabemos ainda o que pretende remetter pa- credito, que se pedia, compreliendia 20 milhões elles ou directamente ao Redactor, em New York. mais' accessivel, mais simples e mais efficaz, do ra Vienna. Uma exposição nacional, quatro ou de francos para peças de artilheria; 9 bilhões Não se presta attençuò alguma a communicações (pie o de outros prelos. 'Prelo Doméstico seis mezes previamente, seria o' melhor meio de Alem oestas vantagens, o não vierem datadas e assignadas, e com a dedas e conclusão fortalezas; que das conceitos parti dos correspondentes. residência DlRADOlda BARATO, signação MAIS SIMPLES, É O DE ADAMS foros se fazer uma escolha que não deslustre os obras dos campos de Avon e Bálbòne; em Pa-, NO HA MERCADO. RO, E EFTICAZ, QUE Brazil: no MUNDO NOVO do %W São Agentes que o paiz já tem ganho. riz; um milhão para bospitaes militares; 2 mi56$000 Para.—L10ON OILLET (James Bishop & Co.) Typograqhia No. 1. —No dia V> do corrente concluiu-se o prazo lhões paru fardamento e 9 milhões para soldos. Pernambuco.—DE LAILHACAR & COMP., LiPrelo de 5x7 pollegacontém un typograpia Esta —No primeiro semestre deste anno as emis- brairie Française, Rua do Crespo, No. 9. em que o Director-geral da Exposição recebeu caixa pura do typo, compositor, uni com dus, jogo Bahia.—ALVES & FILHOS, 33, Rua Formosa. o typo, rolo, tinta, guarnições, e tinta, as listas parciaes das varias commissões da soes de fundos na Europa e America foram de pedrada — WALTER R. CASSEL, ^15, k»r'ma. Rio de Janeiro Áustria e Hungria, e o Director logo depois pu- 22 milhões e 200 mil contos de reis, dos quaes 5 Rua Direita. 70$000 Typographia No. 2. S. Paulo.-A. L. GARRAUX. blicou o plano da divisão austríaca, mostrando milhões e meio foram para empréstimos naciomesmo Prelo No. 1, dous E' accompanliadii do «ST Airente no Poirro [Portugal], ERNESTO o espaço concedido a cada gruppo e a cada dis- naes e municipnes; 4 mil' ões para instituições de typo, compositor, caixa para o typo, rolo, jogos CHARDÊON. tricto do paiz. O mesmo se fará em relação aos de credito, e o resto para estradas de ferro e ouMacau [China],—J. A. RIBEIRO DE CAR- entrelinhas, guarnições, pedra, forma e tinta. Desde o principio do anno VALHO. expositores de cada um dos paizes estrangeiros. tros fins diversos. . 120$00O Typographia No. 3. ...... —Até o dia 1" do mez passado, o local da p. p. os novos empréstimos teem importado em jO^Toda a correspondência directa com ared'uin Prelo de 8x10 Consiste pollegadas na forma) dacção deve ser endereçada assim, tendo-se cuida- de quatro jogos de typo, duas caixas para o typo, Exposição no Prater tinha sido visitado por 6,200 milhões de contos de reis. de uão omittir o numero da caixa do correio, compositor, rolo, entrelinhas e bordas, guarnição, —O valor do commercio da Gran-Bretnnlia do ajuda á 142,091 pessoas, que pagaram de entrada 18,583 promptidão da sua entrega: que pedra e tinta. no primeiro semestre ch 1872 foi, segundo o florins ou cerca de 28 contos. Ao Redactor do NO VO MUNDO, Typographia No. á. . . . . . . . 180$000 —A commissao da Rússia é presidida pelo Economist, de£295,610,449 contra£259,486,43(i N. Y. Times Builãing Contém um Prelo com a íbriníi 10x14 pollegadas. NEW YORK. P. O. Box 6001. " sete jogos de typo, trez caixas, entrelinhas e linhas conselheiro-privado Von Brutowskt, que decla- no mesmo período do anno p. p. A importação bordões, compositor, vinhetas de combinação, tinra que o seu paiz desta' vez ha de ser melhor excedeu este anno 19 milhões á do anno anteta pedra de tinha, rolo, e.galera. rior, e a exportação excedeu 17 milhões. O representado do que jamais o fora antes. 250$000Typographia No. 5. —Os artistas inglezes e3tão fazendo grandes commercio inglez, pois, excedeu nos primeiros G-CJ Este typographiíi consiste de um Prelo com a o do forma de 12xl8 pollegadas, dez jogos de typo, cinpreparativos para realçar a sua divisão especial seis mezes deste anno mais de 14 por cento co caixas para o typo, 2 compositores, linhas, enentre todas as demais, e nisto estão sendo aju- mesmo período de 1871. O Brazil tem o seu treliuhas ao bordões, um rolo grande, vinhetas de dados efiicazmente por notáveis amadores. As- nome no décimo logar da lista dos paizes de que combinação, guarnições, tinta'', pedra, um rolo pe32, Water Street, New York; sim, Sir Richard Wallace oflereceu-se a pa- importa a Gran-Bretanha, sendo precedido pelos queno e galera. Consignatarios c Exportadores de Austrália, índia, Uuidos, França, Estados algibeira todas as despezas do transgar de sua. ^tÔ^ESTAS TYPOCiltAPHIAS TEEM OS ACCENTOS QUEIJO E MANTEIGA FINA, USADOS NO PORTUGUEZ E NO IIESPANIIOL. Egypto, Allemanha, Rússia, Bélgica, e Hõllan- especialmente TODAS sporte dos artistas inglezes á Exposição. Brazil. os mercados do preparadas para —A commissao de Vienna mandou buscar de da. A importação da França que no semestre DAMOS prompto despacho a cncommendas ac- SÃO ACCOMPANHADAS-DE INSTRUCÇÔES SOBRE O MODO DE SE TRABALHAR NELLAS. Berlim/ desenhos e modelos das suas escholas de 1871 fora só de 12 milhões de libras, excedeu companhaâas de credito ou consignação de genemódicos e mais tudo Brazil ros do compelos preços coriimünaes, de tanta reputação. A mesma re- no deste anno de 19 milhões. Em 1871 o livres àe commissao. Eiicarregamo-nos de compras de £6,546,753; fora Brazil o com inercio total ao dos Estados fez ella. Commissario quisição sob módica commissao. Unidos.', As auetoridades de Berlim vão mandar este anno foi de £9,301,686,—um augmento de desenhos de dez escholas communaes e de insti- perto de 50 por cento, 6 qual refere-se principaltutos alem de um completo modelo das suas 53 mente á importação, pois ó augmento da ex(Incorporada em 1859J "Wall Estes Lápis são melhores do que quaesescholas communaes. portação para o nosso paiz não excedeu de 16 Escriptorio, No. 1, St., França ou Inglaterra, na fabricados outros —A commissao,de arte lia exposição france- porcento; de .nodo que no primeiro semestre quer Allemanha. NEW YORK, IT. E. A. za pediu ao seu Governo que lhe franquea-se as deste anno o Brazil exportou para a Gran-Bre¦ LÁPIS DE DESENHO, ESTA COMPANHIA grava e imprime todas asgallerias de arte cio Estado, para.que ellapudes- tanha mercadorias do valor de uma terça, parte ESTAMP] MIAS DO 0OKR15IO; E TAMBÉM APÓLICES PRETOS, MACIOS E DURADOUROS. ¦se represèntal-o dignamente ém Vienna. 1871. em as exportadas do mais que E NOTAS DO GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS Nós somos os maiores negociantes de PlwmE.DOS BANCOS NACIONAES. —Pretende-se fazer no Plater uma exposição bago nos Estados Unidos, e vendemos este geGrava e imprime toda a qualidade de especial dos artèfactos da mulher, è, para que nero, chi ou moido. Dirijam-se a esta idèa seja bem suceedida, os Drs* Hildhaus NOTAS DE BANCO, CERTIDOENS, THE J. DIX0N CRU0IBLE GO., —Calcúla-se que desde 1800 os Estados do e Myerk. organizaram-no Museu de Vienna uma CHEQUES, LETRAS DE BANCO, ACÇOENS, JERSEYCITY, N..J. exposição prévia de tecidos de algodão, lan e norte dá União americana teem ganho só pela immigração uma população de 17,500,000 de Diplomas, Sellos e Papeis Commerciaes. seda, e de fabricos de couro e bronze, feitos por habitantes, e uma riqueza de dez milhões de Machina de Costura Tudo feito no melhor gosto artístico ò sob gade uma secção é accompanhada mulheres. Cada contos de reis. DE rantias especiaes dé segurança, privilegiadas pela "God descrifjcão impressa do processo da fabricação, —O hymno nacional inglez, savethe FAMÍLIA Companhia para impedir que se commettam fráu" e também photographias, desenhos e ciados es- King foi composto por òccasião da escapula des no processo da'gravura e da impressão dos ti" conjuração da - tatisticos, tulos e documentos. pólvora." que illustram o respectivo ramo de do rei Tiiiago I da J83T A Companhia garante que das chapas que industria. .Na. Exposição universal vai-se ob- O autor da ode, que morreu em Antuérpia em "PONTO DE CADÊA," sahem de seus estabelecimentos 1828, era um Inglez chamado John Buli/, e tão se podem tirar mesmo methodo. servar o '"• 30,000 impressões búas, sem precisarem do reparo, ficou o seu nome qne até hoje os seus e Muda. popular —A.Itália tem envidado todos os esforços papatrícios se gloriam delle. Desafia o mundo algum. ra se fazer representada em todos os gruppos. J. H. VAN ANTWERP, Presidente. —Haem Roma propriamente* 112 ordens de em perfeição de obra solidez, beUeza do Ella distinguir-se-ha principalmente no gruppo frades, ou fraternidades, e 53 de freiras, com T. H. P0RTER, Vice-Presidente. 1 Representação do Commercio universal e His- 2,377 irmãos e 2,286 irmans,—total 4,663. Alem ponto, durabilidade JAMES MACDONOUaH, Secretario. da construcção erana Provincia ha mais de Roma, 182 contoria dos preçosl" O Secretario geral do Ministe- destes, da moção. Enpidez A. D. SHEPARD, Thezoureiro. viam-se circulares: i-io do Commercio, Suzzatti, vai á Vienna em ventos de monges e 73 de freiras, com 1,933 dõs e 1,642 destas ultimas; total 3,575. de Agenprimeiros precisam-se ^pessoa presidir á organização da exposição ita- Grande total, 8,238 frades e freiras em Roma e tes. '5 írdiana. Provincia. BLEES S. M. CO. —Q Concelho da Confederação Suissa, em —Será bom que os papistas e intolerantes rewaenra se Fabricante de toda a qualidade de 623, Broad'y, N. Y' Berne, pediu ao Congresso um credito de 160 ligiosos de nossos dias se lembrem que dè. 1481 PREGOS, TAXAS, TAXINHAS E PONTA*S contos para as despezas da Exposição federal. até 1808 foram queimadas na Hespanha 34,628 vivas, e que alem dessas foram queima Para todos os misteres da industria. O Commissario geral é o Coronel Rieter, de pessoas ~IQ- — l"1 }*-'-..éjL .-"¦ ^ri=^_3 S. das em eífigie 18049 e nada menos que 308,214' PONTAS de Pariz; PONTAS para Quadros, Vidraças. Winterthur. foram condemnadas á.prisão ou cárcere,—tu- O Caixinhas, etc. —O Governo de Sião nomeou uma commiF_ do isto obra do infernal tribunal da Inquisição. 6d td TAXAS E TAXINHAS da expulsão: fademos Não dos 624,000 Judeus já são composta dé'altas dignidad.es do Estado, LÜ 1492 e dos 900,000 Mouros, em em 160,912. de Cobre, Zinco, Aço e Ferro azues e prateadas ca para participar da grande festa. —O Dr. Glatter, director da repartição dá ^ para Esteiras, Tapetes, Oleados, Cortinais e Tapei —O Wiener-Weltaustellung-Zbitung (Jornal Estatística commercial de Vienna < 7^ Si zn caria; e Forrados de Couro, Ferro e Folhti. publicou reQ. da Exposição Uqifersal) aconselha os visi- centemente um interessante opusculo intitulado "que "Áustria em Algarismos" donde colhemos os Pregos de toda a casta para CO mandem alugar casa tantes da Exposição dados, extrahidos, seguintes diz o aüctor, do arCarpinteiros e Marceneiros, desde já, pois os preços estão subindo enormerolamento geral de 1869, e comparados com os < %n mente de dia em dia. E SAPATEIROS,' do. anteriormente feitoem ;1857. Era 1869 a cr —O Sultão da Turquia fez do seu thezouro. área da Áustria Occidental era de 5,116.50 mide Zinco, Aço e Feiro, Pregos, Pretos e Amarellos, ruma riquisima escolha de cerca de 500 objectos lhas austríacas, e a população de 20,217,531. de ferro e latão, para BAHUS e CANASTRAS;. de grande valor, alem cie muitos ornatos e jóias, Ao passo que em 1857 Havia ahi 730 cidades. Pregos de cobre e-ferro para NAVIOS, FALUAS, 1,238 mercados públicos, 47,050 villas, em 1869 antigüidades históricas, etc. O Ministro EdÍiem. ESCALERES, &. Pregos para CERCAS, RIPAS, havia um augmento dô 8 cidades,de 32 mercados 'Pasma já está reméttendo estes objectos para e de 5,830 .villas e povoados. Os paizes da HunVIGAS, ENGENHOS, ETC. CAMPO. e o MAR, e também • Vienna. the:ATRO, gria com uma arca de 5,600.40 milhas, teem de Pregos sem cabeça, e Pregos Partidos. com duplos para —Durajite a Exposição haverá diflerentes população 15,407,327 habitantes. Suas cidades vidros de patente. Com elles se jfég^Aos compradores por atacado se darão amosdistinguem objectos que estão congressos dos vários ramos de industria. Um são 867, seus mercados públicos 769, e povoatrás dos gêneros, grátis. de duas a seis milhas de distandos, 16,373.-0 numero de cazas habitadas na dos principaes será sem duvida o da industria Áustria cia. OcpijQH. e Mtnetas propios para conserDEPOSITO DA COMPANHIA, própria era em 1869 de 2.766.344 contra var a vista no mesmo grau. Bemèttèm-sè catàlodo linuo, para o qual já se estão fazendo muito 5,700,470 en 1857.—De 1857 a 1868, emigraram No. 111, Ghambers Street, New York. a quem os pedir a SEMMOSS, Ópticos Aos Os agricultores e negociantes 33,730 pessoas.— N'uma média de onze annos, gos preparativos Oculistas, «87, lírnsiclAvaj-, IVeW York; 1IEXRY T. èlkFÍNGTÒíí. i ÍN(»MÉ1D <x^m\^5tS^^é^ç» Jtell Mnnuncios. BARBAM BI\OTHEÍ\S, ,0 LÁPIS DÈ DIXON. w Em Geral. BLEES AMERICAN TACK CO, z O z scrsHo/?^ '°í^í-íc^SS ADE ROLLE^ % o o ;6íS? 0CUL0S-1?-?^ o- ç "ET:"; ' José Pinto da Fonseca Guimaraens & Co. Oidade de Porto Alegre, PROVÍNCIA DO RIO GRANDE DO SUL, MESMOS O QUE TBNDES A IMPRIMIR, COM UMA "NOVELTY." Nos Escriptorios presta um auxilio inestimável. Nas Ksciioi.as é um instructor perfeito. Na Famima é uma fonte de rccreio o mais puro e instructivo. Imprime ruiuomcos rEQUENOS, VAMimiiETOS, GiiicuLAiiES, &c. Ensina ,a toda a gente a ser Typograplio. PREÇOS DAS TYPOgHAÍMIIASCOMPETAS: $30, S3G, $40, $60, $G4 C$100. ao Pabriillustrados Mandem pedir catálogos cante BENJ. O. WOODS, 351 Federal St., Boston, W. Y. Edwards, 543 Broadway, New York; J. F. EmvAitDs, 120 N. Sixth St., St. Louis; Kelley, Howell&Ludwio, 917, MarketSt., Philadelphia; A. O. Kelloo, 172 W. Washington St., Cliicago, Agentes. 1 JB ' d.o NOVO A .genoia Pela Hotel do Commercio Excellentes commodos para Famílias e PassaFranceza. geiroé transiontes, o cozinha 1 BANCOS. MEDALHAS. CADEIRAS. OBJECTOS DB E. LEDUC & CO. GAMEWELL & CO., GYMNASTICA, TINTÉIROS. Sfe^r mi I m ^ISP RELÓGIOS. PROPRIETÁRIOS DO Escrivaninhas. MAPPAS. ESTANTES. de Alarma GLOBOS. DE E GEOMETRIA. * i . i ¦' r\ i \ : . N*>. 45, MAIDEN LANE, NEW YORK. Gamewell & Co., m DE No. 104, Centre St., New York. FUNDIÇÃO DE TYPOS Encontram-se nesta casa Objectos de Escriptorio, Carteiras, Pastas, Papel, Livros de contas, Canivetes, Tintas, Pennas, E e Empório dos Typographos ESTABELECIDO HA MEIO SECDLO. DE TODA A CASTA, PREÇOS MUITO MÓDICOS. A Esta antiga fundição, tem sempre o maior sorfcimento dos estylos mais modernos de Typospara livros, jornaes, circulares, e outras,im pressões delicadas. Encarrega-se de cumprir com «ncominenclas com promptidão e fielmente. Tambem se vendem Tinta de Francis com que . se pode reproduzir a um tempo varias copias do mesmo escripto;—Tintas de copiar de todas as cores;—Tinta Indelével preta, azul e roxa, para cancellar estampilhas do correio. AOS SRS. TYPOGRAPHOS.—Façam uso dos nossos rolos de tinta, que são os melhores que lia. FUNDASdePOMEROY Policia, Este melhoramento foi introduzido nos Estados Unidos ha dezenove annos, e está agora estabelecido nas principaes cidades. E' um systema telegraphico, barato, com caixas de alarma nas esquinas das ruas, onde se dão signaes de incêndios, que são repetidos em grandes sinos Ás especiaes, e nas estações de bombeiro. auctoridades municipaes do Brazil, que o pedirem, se mandará um pamphleto contendo todas as explicações necessárias. DESEINTIIO DIAGRAMAS. e de 3W©-ot Yorls.. OBJECTOS SINOS. Fogo de NO. 104, CENTRE ST., FRANCIS & L0UTREL, IMPRESSORES DO COMMERCIO, FABRICANTES LIVROS COMMERCIAES COM LOMBOS DE MOLA, DE PATENTE. Material de Imprimir, O ESTABELECIMENTO que fabrica estes objectos é o que forneceu a mobília das Escolas publicas da Republica Argentina e do Chile, e que fez a da nova escola Municipal de S. Rita, no Rio de Janeiro. Para facilitar a venda destes apparelhos no Brazil, o Edictor do Novo Mundo tem feito arranjo especial segundo o qual os pode vender pelo mais baixo preço possível. '^_. „ Dirijam-se ao , _ NOVO MUNDO, New Yorlt. de todo o gênero, incluindo Prelos mánuaes e a vapor de todos os fabricantes de primeira orden, e por preços muitos cômodos. . Hagar & Co., 36 & 38 Gold Street, New York. j8S=Mandai buscar o uossos Livro pe amostras, resumido, onde vereis tudo de quanto precisaes cm uma officina de impressor.— Fazemos orçamentos de despezas relativas ao negocio e osmandaremos a quem os pedir. HOOVEÍ^, CALHOUN & CO., ESTA FUNDA ACOLCHOADA é a melhor para a cura da Hérnia, Preço de cada uma, 50$: grande desconto, si por atacado. Dirijamse a POMEROY & C0„ 744 BROADWAY, TSJSW YORK. W. R. CASSELS & GO. 86, RUA DIREITA, il® de Janeiro. :B:ro£tcl*OTa,y, 362, d) CO KT©"W Yorls., s^ gpu fi" g B te o íliMNS B Oll*KCTOS»lSI"SâflWJEHltOf Feitos especialmente para os mercados do* DO SUL. E AMERICA BRAZIL SELLlKS, SELLAS, COUROS'DE PORCO, RÉDEAS, CABRESTOS, CDUR0 ENVERNIZAD0, ETC ARREIOS de toda a casta, e Ferragens para sellas e arnezes, desde os mais communs até os màís finos que se podem fazer. \ mw^li li' \ /«Illw2>\— v WMm ^§§) " y / •! / 3 / 6i- - "ffi tn wrSS 3 8^ -o tfl P rOoS ~ SP 0) H Í5J p fc*. o o Cofre de Ferro de Patente de Herring GEORGE IATHER'S Mffi ^/^fg5£g£jê~&3y FABRICANTES DE /jg™sjg«jaaaB \ Contra Fogo e Ladroons. Premiado com Medalhas na Exposição Uniyersal de Londres, na Exposição Universal de Pariz e em Exposições de New York. Tambem conseguiu o prêmio de m iMPBimBif 30,000 FRANCOS concedido na Exposição de Pariz ao fe LYTIIOGRAPHICAS TINTAS. o. te o FABRICANTES DE PRETA E DE CORES. H w Pedimos aos Negociantes da America do Sul que nos honrem com suas ordens, transmittindoEncarregam-se da compra e venda de generos as por intermédio de seus correspondentes nesta cidade. dos Estados Unidos. TINTA S A POUCA DISTANCIA DO DESEMBARQUI!, OOJ MAGNÍFICA VISTA PARA 0 MAR. Fornecidos aos Estabelecimentos do Brazil ao Mais Baixo Preço Possivel Incumbcm-Bu da venda dd gêneros por consignação VOS OBJECTOS DE ESCOLAS "1I0TKI/' DO I »AKA.- 0 MELHOR És BRAZIL. TYPOGRAPHIA V219 if O NOVO MUNDO. SBI-IKM»ito, 2IÍ, 1872.] IMPRIMI •*'" ... Melhor Gofre do Mui\dol \ Temos attestados de Cento Trinta e Cinco Fir-.. mas de Chicago, que certificam que os conteúdos de seus cofres, da nossa marca, não sóffreram injuria alguma no grande incêndio. Fabricados por HERRING FARRELL & SHERMAN, 251. Broadway, New York. FARRELL, HERRING & 00., Philadelphia. HERRING & 00., Chicago. HERRING, PARRELL & SHERMAN. N. Orleans. PRETA E DE CORES. Remettem a quem os pedir, o seu Livro d'Amostras e listas de preços. Escreva-se a: 60, JOHN STREET, NEW YORK. jsf. B.—"O Novo Mundo" é impresso com tinta fornecida por esta casa. Albany Street Iron Works, DESCAROÇAUOR DE ALGODÃO "EAGLE." Nos. 16 e 18 Albany St., New Yovlt. '¦ |; HANDI\EN~& R1PLEY, FABRICANTES DA Macl\ii\a a Vapor Xuton\atica de Rider. Que no desenbo, simplicidade e efflcacia é considerada sem' rival; do Goverpois corta o vapor em qualquer ponto da volta, pela acção condições de nador'; e pode ser perfeitamente regulada sòb quaesquer comE SIMPLES, ECONÔMICA tempo mesmo ao pressão, sendo no uso do vapor, prebendencio todas as vantagens e melhoramentos a são adaptáveis complicado, sem o emprego de mechánismo Engenhos, Fabricas, Minas, <r e não precisam de muito cuidado, por serem muito simples. Fabricam tambem as Caldeiras de Patente de Bubois tão afamadas por sua sim10* Expedimos circulares explicativas. plicidade e segurança. ^__^ >-.sadono3 últimos quarenta aaaos nio só n jí Es talós Unidos, mas tambem nos outros paizes produetoro s de Algodão.—Tem serras de 12 pollegadas de diâmetro ; não estraga a fibra do produeto, e é mui bem acabado. Seus únicos fabricantes são BATES, HYDE & CO., BRIDGEWATER, MASS. E. U. A. ^y ~\ • **" Elles esperam continuar a merecer-a extensa iregüésia que por muitos annos tem tido na America do Sul. . 3 i "'" " 220/ O NOVO MUNDO. OBJECTOS DE "PRATA ESTERLINA" SUPERIOR. Con\ 925-1,000. partes de pura prata, garantida. arAwwpa*»?? Prom The Nation, New York. " We must O pronoimco Novo Mundo a very respectablc òntorprlsò, abroast of the times, and ably cdited..., Tlmt it will bo a valuíiblc mudium for spreudinç: stiü nirthcr knowlodgo' iu Brazil of the products of American invention and skill, aheudy so popular thero, wo havo no do Prom another noticc in The Nation. Without bcing asked, wo venturc to rocoinmcnd, as wo havo dono already more than onco, O Novo Mundo the íllustrated Portugu^c (Bniziliun) newspuper.whoso otllco ia in the Times building. It lias, buy the way, entcrcd upon its second year editorial articles aro munerous, thoughtful, enlighbcned, and iu the best sonso of the terra religious...." From The Eoening Mail, Now York. "The illustratcd Portugucso O Novo Mundo, whiohs monthly for dissemination in paper South America, is doin exceedingly good work. Its sclections published ofillustrntions ia admirablo, and it lias mi88i°n in its reading matter of inercasing the knowlcdgc of thia contlnent, and cultlvatlng ffie mendly relations botween ua aiid Brazil." From The Evening Po&t, New York. "The influence of O Novo Mundo caunot fail to he in the highest degree salutary in promoting a kíndly intercourse with the resourcea and progresa of the United Statea." Pron tho Boston Post, Boaton. " It ia aflne eapecimen of arti8tic and literary excellence, well edited and beautifuUy printed." "O Novo Mundo" (The New World) is an Íllustrated joumal in the PORTUGUESE language, published ou the eve of the sailing of the regular monthly packets of the S. Thomas and Brazil line. This paper furnishes the countries and the colonies where Portuguese and Spanish are spoken, a most thorough digest of the course of events, particularly. the political and industrial progress of the United States, describing the peculiar features of American advancement and çivilization, as embodied in the Governement, and treating the topies of the day in elaborate articles, having in view the object of uniting ADDRESS P. O. Box 6,001. Septembro, 28, 1872.] more closely the existing bonds of a political, commercial and friendly character among the several countries of the Western hemisphere. "O Novo Mundo" is an Íllustrated joumal, depicting popular, historical, artistic andother subjects connecte* with the events of the day, by engravings executed in the best style of modern art, and printed with the utmost typographical neatness and Skiu. Business men desirous of introducing their manufactures to theprosperous countries of the South, will find "O Novo Mundo" a most desirable advertising médium. * TIFFANY & COMPANY, UNION SQUARS, BRAMHALL, SllTH & 00. . fabricantes e exportadores de CARRINHOS FARÁ CRIANÇAS, VELOCÍPEDES, *JBIÍScf»V/£-—Nv/ 1 \^ Brinquedos, Carroeinhas, Bonecos, Cavallos de Mola, Locomotivas, Vapores, &c. Também de Machinas de Lavar de toda a qualidade. JESSSJrSZSE:] 128 Chambers St-NEW YORK. A AFAMAM MACHINA DE COSER, DE LANCADE1RA, é a mais barata.e a melhor que se fabrica. Desafiamos o mundo inteiro a que apresente uma Machina de Costura que funccion<3 melhor, e seja construída de melhor material do que esta. , Alfaites, modistas, costureiras de collete.^, calçado e de outras costuras, todos, em fim que precisarem dé uma 22 & 23, TIMES BUILDING, NEW YORK. A COMPANHIA u NEW YORK SAFETY STEAM POWER" BÔA, MACHINAS DE WILSON. «^Cada Machina Garantida por 5 annos0®» Tanto as Machinas, como todo o material acompanha vende-se, a varejo e por atacado lojas daqueCompanhia WILSON SEWING MACINE Co. KOI Broadway, New York, U. S. A. CALDEIRAS A PROVA DE REBENTAR, verticaes, e de ferro batido; N. B. Precisamos de Agentes em todo o Brazil v.in-nos como acirrai. MACHINAS SUPERIORES-DE VAPOR Desde dous até duzentos, e mais, cavallos de força, com apparelhos especiaes e com peças soltas e em duplicata. 30 Couvtlanãt Street, NEW YORK. G. H. BABCOCK, Presidente, A. G. N1CHOLS, Secretario, S. WILCOX, Thezoureiro. 0 MELHOR ENXERGAO! CONSTRUÍDO especialmente para climas quentes; feito de molas de aço fundido, fortemente presas entre si; leve, elástico, durável e podendo-se dobrar parajnagens. , COMPÕE-SE de 88 molas de aço, suavg como as de um relógio e presas umas ás outras por garras de ferro, de modo que a pressão n'um ponto se estende egualmente por toda a cama. E' tão leve que;qualquer menino pode carregal-o, e não faz uido algum. Escre- RELVADOM "ARCHINIEDES" DE HILL. « pequena, simples e duraESTA doura Machina, agora tão usada nos Estados Unidos, apara a um tempo 14 pollegadas de um taboleiro de relva, e fal-o melhor e mais depressa do. que a thezoura ou a faca. Com esta Machina pode-se aparar a relva freqüentemente, de modo que ella flca mafis espessa, avelludàda e de um verde mais fresco. Alem disto espalha egualmente por todo o prado as aparas da herva, que tanto protegem-lhe as raizes de excessivo sol ou chuva. Um menino pode mover esta machina, que consiste principahriente de um cylindro e duas facas .espiraes"Ganhou que se revolvem mutuamente. Medalhas," dé ouro em Hamburgo, e está privilegiada em alguns paizes. E' fabricada e vendida pela THE HILLS "ARBHIMEDEÀN " LAWN MOWER CO. Colts Armory, Hartport, Conn. PREÇOS A' VAREJO EM NEW YORK. TA^J!H0 í -í SEGURA e SÍMF-LES Machina de coser de primeira qualidade, devem antes de tudo ooter uma destas CONSTEOE fortes, compactas, econômicas e bem acabadas, gastando somente de 8 a 20 centavos por dia e para cada cavallo de força. ,^-Remetteremos Catálogos Illustrados com os preços, a quem os pedir-nos. Dirijam-se á New York Safety Steara Power Co., YOB.K. A nossa Fabrica, situada nesta cidade na Prlnce Street Nos. 53 & 55, e estabelecida desde 1832, e actualmente a Maior Fabrica no Mundo qne se consagra exclusivamente á preparação de Objectos de Prata Esterlina. Ella emprega actualmente cerca de duzentos artistas hábeis que com a maior perícia preparam não só Talheres para o uso diário da meza, a preços moderados, mas também objectos de arte e gosto, que não se acham mais em parte alguma. Alguns destes objectos são modelos de perfeição artística, nos recortes e nas decorações por dourado, oxidaçao, etc. O sortimento que expomos á venda 6 talvez o maior no mundo, e comprehende desde as peças mais pequenas do uso ordinário até os maiores e mais completos serviços da meza do almoço, do jantar e do chá. A nossa fabrica executa encomendas especiaes a curto e fornecerá riscos de apna* reinos ou objectos isolados, com o orçamento dns despezas, a prazo; o quem pedir por escripto a " O Novo Mundo," MACHINAS VERTICAES DE VAPOK, BTEST7V- E. U. A. de trez palmos nove AX ' 17$*' • ** por 9, 19$;Ji por 9, 22$; 6 porpor9, 24$. palmos. Oow?^, do? 8eguilltes tamanhoa são por 26$, a ^WaBfjmmnÊÊÊÊÊmmWBBmSm JOHN STEPHENSON & GO O ftjgggdo8 sentes é de W: ,P„r ^£$$3?SS&8i!lfà&itHtBl. 94e7èpor'9| í\ Ç. BEACH & CO. Fabricantes, 131- & 183, DUANE STREET, NEW YORK. á Vapor, Moinhos para t^^^^^^^0^0^^ ^ v II-"- ' IP Milho, Caldeiras/ Rodas para j Água e Vapor. GEORGE L SQFIER & BRO., 1' :¦:¦ BÜEFALO, NEW YORK, E. U. A. Fabricam especialmente ENGENHOS OAK.de mais variedades e tamanhos do DE ASSUque qualquer outra casa no. mundo. Fornecem-os actualmente a toclos 03 paizes produetores de assucar. Seus Engenhos comprehendem os últimos descobrimentos úteis da mechanica. Um delles se desmancha em partes e pode ser levado em mulas serra acima. Preços de 80$ a 12 contos. Os tamanhos menores são muito estimaveis. Remettem catálogos explicativos. .^•Quando nos escreverdes, decla-ai onde vistes este annuncio. ^^^^^^^^^^^^S!!^^^ Ird v fi-p-l 47' EAST, 27TJT STREET, NEW I0RK. • í*f ^ •V . Septemuro, 23, 1872.] [Continuado do No. 28, Pag. 201. j MINHA MULHER E EU: Romance pela SRA. IIARRIET BEEOHER STOWE, Auctora da "Cabana do Pai Thomaz", CAPITULO IV. MINHA MULHKR-ILLU8À0. substancia na sombra? Não sei, mas podo HA ser que haja. Uma sombra, uma presença espiritual, pode accòmp.anhar-nds aonde não pisam passos mortaes; pode passear comnosco, lado a lado, no alvoroço da cidade o conversar no meio do ruído de muitas vozes; pode vir vernos ntravez de portas cerradas e assentar-se juneto de nós ao redor do fogão de Inverno; pode aconselhar-nos, inspirnr-nos, e posto que não a possamos tocar, nem apalpar, nem levantar o véo quo lhe encobre o rosto,—todavia grande é a influencia que tem esta nossa mulher do futuro para nos abençoar, e guiar, e sustentar, e consolar. Tal foi a Mulher Illusão de minha mocidade. B sabeis d'onde ella veio? Daquelle túmulosinho. Foi da'i que ella se elevou, como uma nevoa branca e pura. Ella se formou como os primeiros vapores da chuva e do orvalho daquelIas minhas lagrymas de criança. Quem vê as dores que sofl'rem até as crianças da terra, e crê no amor de um Pai no céo, reconhece logo que èllas não podem ser sinão um meio de ennobrecer o ente humano. Quanto mais nobre é a natureza, mais se lata a sua capacidade de sofTrer. Aquella angustia silenciosa e que mal podia conter foi para mim o primeiro despertar da natureza espiritual. A memória daquella linda- e amável creatura tornou-se-me um cadinho em que, por toda a puericia, refinei e purifiquei os meus sentimentos. Não sabia ainda escrever naquelle tempo, mas sentindo que o trasbordar de meu coração preCisava exprimir-se de qualquer modo que fosse, inventei eu mesmo uma espécie de manuscripto, Imitando mais ou menos as lettras do alphabeto. Comprei por seis vinténs algum papel e uma ^ela do sebo, e á noite, quando já recolhido, asS3ntava-me em camisola de dormir, accendia a rainha vela e me oecupava a escrever as minhas roniniscencias delia. Não havia nada neste mundo que me fizesse pedir á minha mãe uma Vila no quarto de dormir, depois das oito horas: pjefereria morrer a ter de explicar-lhe por que a qjeria. A compra que fiz do papel e cia vela fo. o primeiro acto de minha vida de homem inclc pwdente. Eu sentia bem que estes objectos enm meus, porque custaram o dinheiro que ti ha ganho, e não estava disperdiçando a propi edade c"e meu pai. Com e3te sentimento que si estava usando o que era meu, entreguei-me kí minhas inspirações. Escrevi minhas recordaçós delia, quando a via no meio das flores a< restes. Escrevi as suas palavras de sabedori, e os conselhos que me dava. Nenhum Mago d( Oriente, estou certo, entenderia o meu man^íeripto,—uma nova invenção em litteratura. |Ms o que sei é que neste inteiro abandono de Im jtha alma eu achava uma consolação, que não pciso explicar. Meu coração era como o Mar Cíipio, ou algum outro mar sobre que tenho lidce que tem rim canal secreto por onde se va.sai suas agüas por sob aterra. luando -acabava de escrever todas as noites, árigava mmha vela e a mettia dentro do colello pelo~alcapão ou abertura abotoada, por Otile se introduzia a palha, e se tirava para expóV-a ao ar livre. E então eu dormia em perfeila segurança e ás vezes tinha bellos sonhos i com a minha "Margarida" que se me represen! tam brincando no meio de uma multidão de | lindas' crianças, tão lindas como os brancos íyrios do valle á borda de um lago azul. | '.|/Um dia minha irman mais velha, fazendo a cama'com sua perfeição domestica, desentraj}Wu-me do colchão o toco da minha vela, e |òn ella, um maço dos meus sybillinicos ma|u3criptosI Ora, não ha poesia nenhuma nestes arranjos Inbrnos de uma casa de familia; e portanto milha irman considerou 0 assumpto prosaicameite e chamando os de casa, mostrou-lhes como taestivera conjurando contra a vida de todos Wierendo assar a todos. Minha mãe,—e ella sempre era uma mãe!— pediu a todos que não me dessem a perceber que sibiam do descobrimento que se fizera. "Eu esihi) quero fallar com elle," disse ella. E còm effeito, logo depois de deitar-me, sentou-se na minha cama e me contou tudo. E' impossível descrever como fiquei envergonhado e mortiticado, por ver assim exposto um segredo tão intimo do meu coração. Tapei-me todo debaixo dos lençóes, sem ousar dizer palavra, Mas minha mãe já tinha preparado a consolaÇão que me devia dar. Ella conseguiu fazer-me mostrar o rosto e, ainda mais, contar-lhe a minhapequena historia. Mr 0' Ò NOVO MUNDO"Meu lllho, tu deves primeiro aprender u pscrovor, o em todo o cuso não precisas comprar velas. Do nolto, sonta-to perto do mim, o eu to hei do ensinar a escrever direito." ' Logo depois disto acabei os pausinhos o comeceí o cursívo; mas n'aquolle tempo não comprehendia o que 6 que os tantos MM o NN quo fazia tão grartdos, tinham quo ver com os meus escriptos, como éolles me ajudariam a escrever melhor. Era minha mão uma daquéllns mulheres quo exercem uma espécie do influxo celestial sobre todos os quo a rodêam. Meu pai tinha uma indole impetuosa, mas magnânima; do modo que, com a sua exqulsita sensibilidade, sua calma o perseverança, ella chegou a influencial-o de tal arte, que nada fazia meu pai sem consultar com ella, a quem na verdade entregara toda a educação dos filhos. "Então," dizia-lhe minha mãe, "não previa bem que este menino seria o mais vivo de todos? Eis que vamos ter úm grande escriptor em casa." "Toma cuidado com elle," respondia-lhe meu pai. Desde que se descobriram os mauuscriptos, minha mãe estreitou suas relações commigo. Tirou-me da eschola pubnea, e me tinha constantemente a seu lado, dando-me lícções em suas horas vagas. E ella ensinou-me flté a ajudal-a no governo interno da cosa. Minhas duas irmans mais velhas tinham-nos deixado para irem fundar, naquclla vizinhança, um seminário para meninas, elevaram comsigo minha mana mais moça; de modo que minha mãe costumava dizer, rindo-se, que a necessidade a obrigava a converter-me em menina. Esta intimidade com a natureza feminil, e este contacto freqüente com mulheres, exerceram grande influencia na minha educação. Verdade é que não ha neste mundo razão alguma por que um homem, para ser homem, deva ignorar as minuciosidades da vida domestica. Quantas vezes na vida, os homens não dariam graças a suas mães, si, como n minha, lhes houvessem iniciado na mysteriosa arte mulheril, de fazer agradável a vida domestiça! Mulher intelligente que era, minha mãe serviu-se daquelle idyllio da minha meninice para estudar e dominar os meus sentimentos, desdobrando-me á vista a esperança que, quando crescesse efossehomem, encontraria uma amiga tão bôa, como Súsie o fora da minha meninice. Seu thema predilecto era fallar-me dessa mulher futura. Dizia-me que eu devia esforçar-me por fazer-me digno delia, de todos os modos. Para ella, devia ser forte, varonil, honrado, e virtuoso em pensamento, palavras e acções. Muito se falia nestes nossos dias da necessidade de se educar a mulher para que seja bôa esposa. Porque não se tracta egualmente de se educar o homem para ser bom marido? Aos rapazes deixa-se plena liberdade de pensar, ler, e dizer o que quizerem, dá-se-lhes licença de se familiarizarem com a rudeza e a impudencia; e é isto que se quer chamar uma bôa preparação para a vida intima com uma mulher virtuosa. Eu de certo não atinei ainda por que é que nos havemos de apegar á velha doctrina que o homem e a mulher para unirem-se em matrimônio devem ser, uma, chrystal puro, e o outro, um ente manchado de toda a casta de impurezas e vicios. Si >o homem tem de ser o guia e o dono de sua mulher, do mesmo modo que Christo o é da egreja, porque é que não ha de receber a sua companheira sendo ao menos tão puro como ella?.... Mas, como ia dizendo, foi assim ao lado de minha mãe qua pouco a pouco foi-se formando a minha Mulher-Illusão. Por meio desse ser illusorio é que eu estudava, e para elle é que trabalhava com constância. A idéa de tornar-me digno delle foi domando meus maus instinetos e egoismo natural. Essa mulher devia ser minha amiga, minha conselheira, e a fonte inspiradora de toda a minha vida de homem. Devia ser minha companheira, não n'um sentido só, mas em todos os meus pensamentos e obras. Eu já presentia que ella valia muito mais do que eu, e que portanto meu dever era polir-me cada vez mais, e ter sempre mais amor a esta princeza, a esta fada, digna de muitos trabalhos e attenções. Foi assim, pois, que minha Mulher-IUusão chegou gradualmente a ser o poder que me dominava. Por ella renunciei amizades e relações que não lhe poderiam ser gratas, e minha ambição era conservar o templo interno de meu coração e de meus pensamentos tão puro, que elleemfim pudesse ter direito de almejar possuil-à. CAPITULO V. Minha Partida para a Academia. Afinal chegou o tempo em que se devia acabar esta sagrada intimidade com minha mãe, e em que devia ir matricular-me na Academia de lettras. Muito maguada ficou ella com esta idéa da minha partida. Meu pai fallecêra, havia um anno, e agora mais que nunca ella precisava da /•.nmnanhia de seus filhos......xs•...-—, ,* •/' i n 221 St Morreu meu pai como sompro vivera,—rogo- arranhões o unhadas inentáes. Do facto, a pala zljnndo-so nos sons trabalhos do Evangelho o só vra do tio Jacob tornou-se para mim grando aülastimando quo não tivesse de viver com vidas ctorldade, Minha nulo mo aconselhara que coupara votal-os todas ao mesmo tlm. O seu paSsa- sultnsso com ollo om todas as minhas tentativas * mento não operou mudança nenhuma na casa httcrarlas, o, como desde o tempo em quo se quo abrigava a nossa familia: ollo deixárajt m\- descobriram minhas gnratujns dentro do colchão ... nha màe um sitio com bôa casa do vivenda.Jque da cama, nunca mo fartei mais do escrever, reagora estava á cargo de um de meus irmãos; o, corri freqüentemente á censura do tio Jacob. quanto a mim, satisfazendo Sou des'e$,constan- Durante esse tempo, escrevi poemas, ensaios, to, e o de minha mãe, estava aponto dòír ma- romunces, comédias e tragédias; demonstrei'a tricular-me na Academia e prepáràr-mé^ara a olhos vistos a immortalidade da alma, e sustentarefa ulteríor do ministério christâo. tei^à; immortalidade futura das almas dos aniMeus pais sempre conservaram á parto um mães; compuz sonetos, odes, sobre quasi todos pequeno monto de economias para a educação os assumptos da creação;—e tudo IstQ mostra"Não cessas de sujiír papel,". dos filhos. Dous do meus irmãos mais velhos se vaáo tio Jacob. tinham servido deste fundo, e, assim que ga- me dizia, piscando os olhos. "Mas emflm 6 prenhnram posições independentes na vida, tra-; .ciso que comeces deste modo: é só escrevendo ctavam logo de fazer reverter ao monte com- tolices que aprénderás a escrever cousa capaz." mum a parto que gastaram respectivamente. E então, percorrendo o meu manuscripto, elle Mas, apezar de tudo, é de dizer que este monte achava uma ou outra expressão que, dizia, "poeconômico só se mantinha á custa da mais es- ãiapaisar," e ás vezes até me dizia:—"Não tricta vigilância de nossa parte. Felizmente, o está mau para a tua edade," o que me dava muiregimen interno das nossas Academias da No- tas esperanças, e eu apreciava mais do que elova Inglaterra é tão sensato, que os estudantes glos de outro qualquer critico. Foi para mim um dia feliz o em que tive de ir podem leccionar durante trez dos mezes do inverno e deste modo não só ajudam â educação despedir-me delle, ao partir para a Academia. de outros, mas também se educam, estudando a Parece-me ainda que a estou vendo, aquella fiapreciar o valor do que estão ganhando,— o que gura magra, em pé na sala, de costas para a laresulta do habito em que ficam, de arcar com as reira, com a sua gazeta na mão, e dando-me necessidades prácticas da vida. Quando um seus últimos conselhos. Nunca mé poude esrapaz vai entrar na Academia superior de let- quecer da imagem daquelle bom velho, com seu trás, distante da casa de seus pais, é que elle olhar penetrante, como o do falcão, o seu nariz começa a sentir a valentia e fortaleza do seu aquilino, a sua vasta fronte, ensombrada com sexo: não é mais rapaz, mas um homem in- algum cabello grizalho, e a face enrugada e com plume, e desordenado, uma creatura metade do sulcos já profundos. "Muito bem! Com que então vás entrar na passado e metade do futuro. E' esse o tempo em que todos- lhe dão os parabéns por entrar Academia, heim? Pois bem, meu rapaz, sé fenesta nova phase da vida, e em que os mais ve- liz. Quanto a fazer-te recom mendações, não é lhos lhe3 ministram conselhos sobre conselhos, preciso: dentro de um anno serás mais sábio do abundantes, e communs como as amóras da sal- que teu pai, tua mãe, teu tio Jacob, e todos os sa espinhosa, no mez de Agosto. professores da Academia, e até do que Deus Ora sendo eu "o filho do nosso pastor," ver- mesmo. Has de saber tremendas objecçôes se-ha como toda a villa pensava que esta minha contra a Biblia e cuidarás com teus botões que, ida para a Academia era também negocio seu. farias cousa melhor. Pensarás também que si o "Olá, Harry: com que você sempre conseguiu Senhor te houvesse consultado, quando creou o entrar! Então, cuida que ha de ser tão esperto mundo, terias assentado a terra em melhores como o velho?" dizia um. "Estude bem, meu alicerces, e arranjadas toda a naturesa com moço; estude bem, que si eu tivesse também mais ordem. Em summa, serás um deus perestudado, na sua edade, seria agora outra cou- feito, sabedor da sciencia do bem e do mal, e sa," dizia-me o Irlandez, Jerry Smith, que ser- superior a tudo e a todos. Ora bem, rapaz, turava lenha, tocava o sino dá egreja e era o jar- do isto é necessário! Deves passar por todas dineiro de varias viuvas da vizinhança. estas cousas I E' o período febril dos conheciMas de tudo isso que se me disse, nada me mentos humanos, e, si tens saúde, tudo sahirá impressionou tanto como as.palavras de despe- direito no fim." dida do meu tio Jacob. Observei-lhe humildemente que procuraria esO tio Jacob, irmão de minha mãe, era o me- capar do período febril de que fallava. "Adeus, adeus, adeus! Então és melhor do dico não só do povoado, mas de todos aquelles arredores, no âmbito de dez milhas. No Esta- que os outros, rapaz, e crês que te has de livrar do, era muito afamado por seus conhecimentos da varíola, e dos sarampos da mocidade! Só o médicos; e os artigos que escrevia para as re- que desejamos é que não soffras muito e que vistas da sua sciencia levaram ainda mais longe não fique estragada a tua constituição. Assim, o seu renome. Si tivesse ido estabelecer-se n'al- por exemplo, has certamente deixar-te enlevar guma das grandes cidades da União, augmenta- todo de ' 'amor" por alguma mocinha, com fei-^L ria muito os lucros da sua profissão; mas o tio ções de criança, faces coradas e pestanas comJacob era philosopho, e preferia ganhar menos pridas, e, já se sabe, far-lhe-has sonetos abonaie viver á seu modo, livre das pequenas conven- naveis. Lá isto não importa-nos muito. O que ções e prejuízos dos grandes centros, e n' um é preciso é que não te cases. Olha: cura estas logar onde tivesse bonita payzagem e pudesse moléstias, como se cura a varíola: não apanhes livremente dizer as suas chalaças,—do que era resfriado e conserva os^pórosdapelle bem abermestre. tos, e o mal não te deixará peior do que estaElle tinha uma espécie de adoração secreta vas." .". ' "E "O minha mãe, elle, era indignado. ella?" o supraseque, para para perguntei-lhe summo da excellencia da mulher. A compa- nhor falia como si ella fosse de nenhuma consenhia de meu pai era-lhe muito agradável: real- quencia." "Ora, rapaz, ella também escapará do mal. mente meu pai lhe servia como de podra em que aguçava o seu chiste. O tio Jacob era O facto, Harry, é que o casamento é o que faz membro muito sério da nossa egreja; mas nas ou perde um homem, é a porta por onde ou socampinas da fé, gostava de cabriolar de vez em be ou desce, e por conseguinte elle não se deve quando, tendo discussões com meu pai, em que comprometter a fazel-o antes de ter o juizo bem ; v avançava as proposições as mais destemidas; maduro. Olha tua mãe: ja viste algum dia uma í; mas tudo isto elle fazia porque queria argumen- mulher como estajoia preciosíssima? Pois bem: (í tar: depois de saltar por cima de todos os limi- uma mulher deste quilate não se acha entre as ' tes da crença, elle se deixava enfrêár pela rédea namoradeiras de estudantes de Academia. Não theologica de meu pai, e ia-se embora sentindo- é todos os dias que acharás pérolas de subido se refrescado pelas desconcertadas cabriolas valor, como ella." metaphysicas que fizera ao redor delle. Está visto que declarei-lhe que meus pensa- ¦ Como medico, o tio Jacob era um grande. mentos estavam longe disso. "A verdade é que tú, menino, não Um dia compôz umas pilulas que declarou terem podes con- -m effeito quasi mágico; mas prescrevia sempre descender com estas loucuras de rapaz. TensUJÊ que o paciente devia usal-as tomando banhos de fazer teu caminho na vida, e £ó o consegui-1 geraes quotidianos e fazendo exercício aó ar li- rás, trabalhando com tua própria cabeça e com vre. O tio Jacob dizia sempre, piscando os olhos, as tuas próprias mãos, e desde já deves comeque estas suas pilulas tinham operado curas çar a saber que a vida é um negocio sério, muimaravilhosas em doentes chronicos de que já to sério. Tens saúde e robustez: pois bem: toma não havia esperança. Si se lhe perguntava quaes cuidado comtigo, que o Senhor só uma vez nos eram os ingredientes de suas pilulas, elle res- dá um corpo são. Ha muitos rapazes que enpondia que ahi é que estava o seu segredo. En- tram,na Academia frescos como agora estás, e tretanto, corria entre seus amigos, e isto muito que sahem curvados, amarellos, com os olhos em mysterio, que as pilulas consistiam apenas languidos, e o estômago arruinado: só de si de assucar branco, com o cheiro de alguma es- mesmos é que elles se teem de queixar. Assim sencia innocente.; que chegares á Academia, os teus collegas. te Eu tinha uma attracção especial para este meu hão de induzir logo a que fumes com elles e isto tio Jacob. Elle era para mim, uma espécie de "por mero passatempo." Calcula bem,, porém, ^ tônico mental, que me estimulava todo, com em quauto te andará este vioio. Não ha charu-""":' oeus dictos picantes e sarcásticos. ! Muitas ve- to de menos de dez centavos.e o fumante preci* ; ,zes me fazia o alvo de suas observações apimen- sa pelo menos de trez por dia, e só ahi estão tadas, e me oftendia sobremodo o ojgulho. To- dous dollars e dez centavos por semana ou cento 1 cjavia, em tudo isto, eu percebia cglíelle me es- e nove dollars e vinte centavos por anno. Nesta | iHnnnrpão. em dez annos. teráirasto muito mais .£.• •*¦ . „ "ir, :'* •U-fe;- .¦ Ui . 'A" - ¦¦ ;.tfi -i «¦WWM.,W ¦ .¦«..... .. Mmivmmmmmm wwi.ipiwwpi , ..,,.. Cá/ 5-— ¦f" .,.¦..'. ^^ijCwãfwCJiwKrfJWli I O NOVO MUNDO. .. |Sui'TKMJiuo, 23, 1872. ==: senhoras,—anhelar todo roas da minha vida do visionário. Accordol com ciam rapidamente; o depois dorovlstur-rao o acnccossarlamento uma espécie do tremor geral, similhante, talvez, quo 'do mil dollars, e estes mil dollars, postos á juros o trajo, cauilnhol, som medo nem imcledades, ao ínonastlca, solidão forçada nesta compunha quo perpassou por Adão quando, accordana ogroja, ondo me aguardava o meu assoupara n'uma caixa econômica, rendem permanentefamília. da atmosphera o vida do, achou-so ao lado do sua Eva. Não havia sempre e longo da doo estudantes congregaclonallstas banco no to, mento sessenta dollars por anno, que Sei nem brutalidade o dureza Muitos se admiram da quo duvidar: era ella mosma, era a Encarimção Acadomia. de mas alguma cousa para um homem pobre. academias; do de minha mulhor-visão; ora um semblante pumas cm- tradlcclonal dos estudantes Eu creio multo na vantagem da egreja, ao ro, espiritual, ethéreo; era um rosto grego, que tu achas tudo isto muito prosaico; ondo tudo não eu. A gonto da cidade, vllla ou povoado menos pela influencia moral da abnegação que baptisado como christão, um composto do Vebra-te quo tens do viver u'um mundo em que está locallsada uma destas Instituições, em certo dia da semana se fez a peso e medida." , uma tribu do Árabes exige. Não 6 mau quo como estudantes os tracta de ficar socogado, nus o da Virgem Maria, com seus contornos dever minha palavra •«Pois bem, meu tio: dou-lhe agentosoimponha.o aisobro sempre estão mãos taes como depois disbeber licores cs- Beduinos, cujas e concentrado por um certo praso de clássicos, puros e severos, silencioso recunão rapazes os o qua nunca hei de fumar nem cousa; guem ou alguma então uma suggestão, so tive oceasião do ver na Psyche da galloria do pirituosos." Dá.cá essa. sam o papel que assim so lhes dá. Elles se tor- tempo: talvez se receba com o Alto-Poder, Nápoles. Mas uma estatua não tem vida, e de communhão "Melhor para ti mesmo, rapaz. convite um leis, com estado, do trêmulos o pathetlcos nam um estado dentro aquelles olhos se trans- talvez que so tenha uma idéa de immortalidade, os resgatavam dagrandes, mão. Tanto precisas beber ou fumar comoa preespeciaes, que costumes e friesa. Eram uns marmórea organização esisto é muito proveitoso, assim pelo monos cisas calçar sapatos molhados. Quanto nos mysmittemde geração em geração;—um estado, e tudo as Academias da Nova Inglaterra olhos que pensavam, que penetravam entendem o ha, Si te ponto ficamos concordes. pois, senhoras. ha não eternidade,—ao em da e disso, morte, alem quo a seus estudantes a frequen- terios da vida, e da "Agoráf outra cousa. Tens muita facilidade admirar-nos é quo elles ainda que não dispensam de cousa alguma menos foi isto o que eu pensei então, ao contemvisto tenho egreja aos domingos. eu, da e regular cia que alinhar palavras, e para sejam tão sensatos polidos. com um acatamento, uma veneração reMas eu devia confessar que, em nossa egreja plal-a muitos talentos se perderem pela sua própria tendência uma Academias nas agora Nota-se Demais a mais a visão estava toda de ligiosa. de facilidade de tecer phrases e fazer boas linhas se- de admittirem moças á matricula de seus cur- da villa, havia muito pouca sympathia espiri- branco,—a côr em quo devem ser as visões. O da congregação que versos, aviso-te que, si não estudares, nao e as Academias ruraes da Nova tual com os fins principaes estudos, de escomilha, com suas flores, de sos dizer que ouvido todos se haviam, ê verdade, com seu chapelinho reunia: se ali rás cousa alguma. Não tens resultacom em feito tem o parte, a meus olhos em aureola sagrae Inglaterra já de seriedade e decência; mas se transformara exterior ar corto sacco vazio não ílca em pé ? Pois isto mesmo dos muito animadores. daquelles pas- da, tal como a que circumda as cabeças de abstinha se nós de o que te digo: estuda, estuda: observa, a naturenenhum unias tempo, "sérios." sanetos. Mas para nós, rapazes, daquelle satempos que estavam admittídos como m e practicabem os teus talentos. Siqueresser Muda Reito do tinhamfôs novas boas cas que Durante todo o resto da ministração religiosa escriptor, precisas ter sobre que escrever e para e Assim, havia grande correspondência telegra- não retirei a vista da cima delia: accompanheimães nossas de cartas das tiradas eram lher isto deves procurar conhecimentos como se cava "ilirtação" e conheci men- phica entre os olhos das raparigas da villa e alguma de e Seus olhos radiantes irmans, melhores gênios, occulto. Os d'entre nós que tinham travado rela- lhe todos os movimentos. daquelles por um thezouro"gênios com tínhamos ventura e exprimiam tanto inmuito formal, quo por alguns se debruçavam nas cos- estavam fitos no pastor, para trabalho aturado": to ellas; Harry, são os com destas é verdade ções A que villa. raparigas da frente, e nessa po teresse no que este repetia, que eu corei de pejo vê como Goethe e Milton suaram, e imita o seu as * que tinham • em.„m„„t„ ao passo que M»v, tas do banco, nenhum, ueuauiu, «tu bem p«Do« oem resuua resulta nao não relações „ -nm„n(.o bons estar constantemente passeiando com o exemplo, e então veremos certamente sição passavam a ler quietamente o romance por do moças e moços a vantajoso mais seria nada o pensamento em minhas aventuras imaginárias, fructos do teu progresso litterario. Eis ahi tão longe do assumpto de que se tractava ali. rapaz, vai que tonho a dizer-te. No mais.. meu Procurei então prender a attenção ao que teu caminho, e o Senhor te accompanhe e dizia o pastor, mas debalde: não podia pensar abençoe!" Jatio mais do sermão do que delia. Oh! como nuquelE dizendo-me estas ultimas palavras, enIa hora me senti mundano, baixo e miserável l cob abriu mão e fez-me reter um pequeno dide Como suspirei por uma espiritualidade ideal, sovolucro de papel, contendo certa quantia brenatural, por alguma cousa que me fizesse ;nheiro. "Toma isto e guarda para comprares digno de tocar-lhe a fimbria do seu vestido! teus moveis; e quando te vires apurado, não lincommóda mais a tua mãe; escreve-me logo." Quando nos levantámos da egreja, dei-me pressa a postrar-me n'um logar donde a pudesTaes foram as ultimas palavras que este bom caseu sevêrbem. Reconheci logo que não era o prihomem me dirigiu e que eu percebia pelo do peito. meiro nos meus descobrimentos; muitos outros jlor, que lhe vinham realmente mitinham deparado com a mesma estrelia e no muitas horas de conversa com 'nhaDepoi3tle meio de cotovelladas, safanões, e segredinhos, j mãe,: juneto ao fogo, ella me disse em desde porfiavam por um bom posto para vêl-a melhor pedida: "Meu filho, muitos, com ambição á sabida da egreja. serem grandes homens, teem sido infelizes; mas ser sirceramente Só com muita indolência levantou a moça os nenhum que tenha desejado ¦ eu O que olhos, ao passar pelas nossas fileiras; e como '¦ bom homem tem sido mal suecedido. por accidente elles deram em cheio, como um quero é que tu sejas um bom homem. Assim raio do sol, na pessoa de um dos nossos colleV o ajude o Senhor." ,;[ E em breve estava em caminho da Academia, gaS)__jim Fellows,— o qual também não se de-f repassando valles, descendo e morou a fazer-lhe uma grande cortezia. Ella [subindo morros despede estás respondeu graciosamente, e foi-se, com as fazes palavras ! em mèu espirito todas come Jacob tio um tanto mais rosadas, dida e admirando-me como o Jim Fellows, é escusado dizel-o, ficou sendo' hhecia tão pouco, que me julgasse capaz de logo um grande: elle conhecia a visão. "E' Miss, cahir nos laços de que fallou. Ellery, de Portland. Pois então vocês nunca Creio que na vida de um joven, não ha hora Academia a da a do ouviram fallar delia?" Disse, com ar de impor-, mais feliz, partida para que mundo do desconhecido si, de tancia. "Pois não sabem que é a grande bellé-j i onde se vê senhor no "í:> vendo e futuro za de Portland, a que chamam a pequena divine também desconhecendo-o, de sombras terra dade? No verão passado estive com ella no lá no fundo do quadro, aquella uma payzae névoas azues e radiante, como Monte Deserto," acerescentou com o garbo de, ' Que belleza, que attracção que italiana. gem quem está senhor do facto mais importante do! r-tém esta indecisão da linha divisória do possível dia, o facto de que todos os mais estão anciososi trabado faliando Balzac, não !édo possível! por saber.. lho de reduzir a escripto as suas historias, disse Desdenhoso de fazer coro com os, para mim, "imaginar; encantados: cigarros é fumar indignos commentarios que ouvia dos rapazep, que dar a fôrma da palavra ás imaginações da genesquivei-me do meio delles e accompanhei dç é que é trabalho." 0 mesmo pode-se te,—isto longe a Miss Ellery, e em pouco vi sumir-se, a 'dizer do romance dá no3sa vida: fácil éimagisua fôrma.angélica sob os cedros de inverno do nar bellos sonhos: o ponto está realizal-os. jardim da casa quadrada do diacono Brown: a Academia ia indo é*que certo Mas o para era esse o tabernaculo do anjo. muito contente, e sentindo-me feliz. Eu ia Logo depois encontrei-me na rua com Miss • schismando que neste mundo já existia a muDotha Brown, a filha mais velha do diacono, í a faterreno, lher que devia ser o meu destino uma rapariga corada, e interessante, a quem j da, bôa ou má, da minha vida. Sabe-se ainte- "Quanto sábio do que haviam-míe apresentado na semana anterior.! afazer-te recommendações, não é premo: dentro de tem anno serás mais jessánte historia da princezada China e do jo-. do e até .Deus Immediatamente descobri que tinha um interesH Academia, da que os iodos e professores teu. pai, tua mãe, teu ho, Jacob, ^yèn príncipe da Tartaria: uma bella fada os se. muito especial por esta moça. Accelerei-njej ., . -.<: kapresentou um ao outro em lindo sonhar^ e de- mesmo." a comprimental-a com toda a effusão de qm I Bois os'deixou caprichosamente a procurar em que verem-se todos os dias, sob a mesma res- que por contrabando tinham trazido na algibei. então era capaz: si ella não era a rosa, pel) o laI vão por todo o mundo e por muitos annos o ob- ponsabilidade de uma oecupação séria, e adian- ra do casaco; outros, emlim, exercitavam menos era o barro que sorvia o perfume da, rosej minha De caricaturas. meu esboçar o em parte, também sua era na Tal sonhos. estudos, dé Seus seus nos pis mutuamente tando-se jecto ; nada que, a seus olhos, o grani tendo sido educado com princípios religiosos e não duvido tideal nessa edade. Tinha visto aiguem, que de- educação superior. encontrar-me com ella reprej de "'pia de prazer estar em algum logar e a quem algum dia • Sendo as cousas como eram, firmei-me na po- muito severos, não fazia nenhuma destas coüum protesto de admiração como nunca abandonou a sentou-se-lhes "Que dia glorioso, este domingo, Miss; ^acharia. sição de um estudante muito bem comportado, sas: o mais estricto decoro "Tio Jacob tem razão no que me disse." condas admoestações do tio Jacob, minha exterioridade. Quar.to ao meu interior, pessoal. lembrando-me e, muita animação. "MuiLa "mas si ainda emquanto estunão era melhor que o dos outros: eeta: Brown!" disse-lhe com um de a sós; catadura porém, a severa com vida a contemplei jfesséi-me to glorioso," respondeu no. mesmo tom anil 1 dante, achar a verdadeira mulher, então a couNão queria saber de levar a vida va longe do grande fim para que todos íamos á mado. philosopho. espirito vagava por terras desço• com pouco caso. Na egreja passei em revista egreja. Meu "A senhora tem na sua casa, me parec jJBà é outra."- .'! domingos acadêmicos viajei Nesses as moças com um ar distante e severo, e consi- nhecidas. soberbos, castel- uma amiga muito interessante," disse eu. .CAPITULO VI. V derei-as como doudinhas creaturas de um hora, por todo o mundo, vi quadros "Quem, Miss Ellery? Oh!. sim, amais ar fuiheróe de mil romances; > Minha Mulher-Visâo. e para que não havia logar em minhas sérias los, cathedraes, etc; Dotha. nem Aristóteles escapei muitas vezes por um fio de cabello, e em vel das moças," respondeu ! /^OMECEl o meu noviciado acadêmico sob os meditações. Nem Platão disto, todavia okvi soubesse, Bem que eu já a vida de uma posi- summa, estas scenas phantasticas se me mudater contemplado me bafejava e a fortuna poderiam auspícios, elogios aos '* que lhe fez AJiss f\j melhores serena. Todos os meus ram tanto e tão facilmente como as fôrmas ca- com toda o interesse mais e alta mais areclaro, bem um Arranjei, ção quarto ! amigável. e muito me distingui prichosas das nuvens do horizonte ao cahir do Brown, e fiquei muito obrigado a estarapatfga i jado e quente e a ultima liberalidade do tio Ja- professores me gabavam, sol. E no meio de toda esta vida fictícia, eu pelo convite, com que os rematou, para ir ájshá habilitara a provel-o de todos os acon- entre os de minha classe. me cob muitas vezes na realidade de suas vi- casa visitaí-as, a ella e ás outras senhoras. Mi|s ' Mas, ai de nós! Ha dias que parecem ter si- acreditei semanas?* :^ chegos necessários. Comprei os moveis do um toda a nossa soes impalpaveis, e não raro ellas me humede- Ellery ia-se demorar por algumas o maior í mancebo que se formara e senti-me titilar de do feitos de propósito para aluir Prazer teria disse me Miss Brown que todos os propósitos que ceram os olhos. hospede. bella vaidade com a idéa que já governava casa mi- philosophia, e derribar sua á É-1; Foi durante uma das pausas destes romances em apresentar-me um bello domingo de Junho, \ nha; Com a mobília que comprei, vieram-me tenhamos feito:—n' Naquella noite, Miss Ellery1'foi o assumpto .-; o nosso bom pastor provando '! também algumas lythographias francezas, quasi quando cantava o petirôxo e asmacieras se en- e quandoouvia "o egoísmo é a essência do mal moral," que geral da conversa da nossa roda, e Jim Fellowscom suas ramagens carregadas de que •excursão' ao. • l.tòdas de bustos de mulher, olhando para o céo grinaldavam - por acaso fitando os olhos no terceiro banco contou muitos incidentes da sua revelação. ama rfesseJâiarjêcebi então grande ou flores, vivos, e negros I tom os olhos mui lado da passagem, Monte Deserto, dando a entender de um modo mui pretas e Na manhài. desse domingo fadado, escovei , abai xo dó1 meur e do .outro com mas pestanhas de indirécto e vago que a divindade lhe volvera ) [abaixados, bem, conto $ja costume, o meu cabello e, n' um deparei com uma face nova, uma face que como estava'que !. compridas. em que aprendia a arte de certo nunca estivera naquella egreja, e que era olhos favoráveis. Persuadido e desenhos pedaço''(lèe^elho, destas ria se de:ç'om gravuras Ninguém mesmo, contemplei cheio justamente o semblante de que eu precisava pa- nenhum daquelles rapazes era capaz rèinoj.'JNm conheceíl ' me tem elle anhelar o mostram qué elles ;yheus bigodes e barba, aquella creatura admirável, ethenas [de rapaz: um representar ra prehender crês percepções papel que sociedade de de esperança e [pela influencia da mulher, pela i í.- ¦ âp i /- •ÇJk MM SErrEMimo, 23, 1872] 22|| O NOVO MUNDO. r rasguei a carura sagrado ta- e, no mais clássico ostylò trágico, naquella cyscr-rae-hla o braço, mou a om limites nha luz, o não mais,—tudo sol o gor ouvir onhl então quo não. ta om pedacinhos, E dla-mo intorlormonto do indignação por razoáveis, o sómonto omquanto ostava do visita lismau; o cila suspirou e não mo disso quo dizendo. estava nica prostração da jovontudo, quando aprendosubjolto esso o quo das decurso o todo durante o, esa om vllla n' casa, uma tão monótona, coma Fui para quo "Harry, o quo 6 quo tons, quo não fallos? Quo mos pola voz primeira como a nossa abnegação accessos os com mão minha om Bor tava a nossa acadomla. Ella so aprazla férias, atormentei a mais decidida, nossos sontiinentos ainda os talachaB a rapariga?" Vós mães! goraes Pobres "Ob, ou não acho nada," respondi avaslvó- admirada, o seria talvoz uma bôa saneta na da minha febre. terrivelmente exaltados, podem não pos" Econ- ogreja da Perpetua Adoração; mas seria tão vossos filhos, volaes sobro elles, o os criaes, e mais "Não moças no ocoauo desto mundo multo entendo mente.' só vol- sar d' uma pequena gôtta o deixam, vos inquietas com estas creaturas em casamento ElleMiss de visto compromotter-so capaz tinha do d' agora. tlnuando, disso até que só as sen- tam a vós com o coração perdido por outra • como do academia, um estudante pobre relance. de ry E esta prostração ó um valle do humilhação uma menina travessa, vezes por mulher,-ás Scott. Waltor do satãs Sir heroinas do educada, bem uma um dia de viagem Ellory Joven Era Miss dizer amor e que brln- quo, quasi sompre, só dista o sabe não evitou quer que admirável tocto e um Miss Ellery com as suas quo uffavois, e bonitas piedosa maneiras multo com almo- de bollo palácio encantado, com todas como os corações, gatlnhos com "bem ca opportunidaas todas o de sompre cuidadosamente religião, do Bunyan, matéria doctrlnada em fascinações. Aquelle geographo moral, do sua parte fadinhas de alfinetes l críticos des de compromissos extraordinade quer nada sem mas indolo, bõa disse-nos que é diulcil á gente descer a este vaium uma sustentei dlclaro, da está mestras o são as ferias, Durante quer da minha: as senhoras le com graça, e que geralmente antes do ahi Tio quanto á vigor mental ou de charácter: ElMiss cora a moça eplstolar era este desejo plomacla nestes negócios. Entretanto, cahom e dão muitos chegarem, os grande correspondência que ella tinha em grau apurado na minha lery, ella sempre me respondia, fallando-me num topadas; mas, peregrinos feliz sentia-se moredeu-me a entender lhe e a todos, que agradar de que acerescenta, depois da descida, instlnctivo amida atmose encantos a com realmente, attractivos animava Brown e Miss dos companhia, fallou vago de sentido o valle offorece-lhes multas vantagens do clima o cia a reputação "a quo a exuberanindulgência, da mais moças." das amável mais zade. perfeita phera solo, que não se acham mais em parte alguma. quando a chamou E' verdade estavaenthusiasmo. se romântico do meu os todos cia a quo Ao voltar para a Academia, porém, Era sempre muito aprazível Com effeito, quando se quebra aos pedaços ¦ esse que não eraounlco a quem ella trazia preso: me aguardando uma noticia, que devia quebrar e durante olla, com contacto em bôa se espalha punham esta rai- de uma vez esta minlha bolha d' agua-e sabão. este primeiro ideal, muita cousa a seguia a corte intoera realmente que tomava e tomar orgupois grande tempo parecia pelo chão, mas tambem se abate muito o Brown. cadiacono do está na casa espelho "Olá, nha um como mas, para quadrada Adivinha essas 1 quem Harry pessoas; resse por lho dos moços, que nada perdem com isso. AlWill notava-se adoradores, nãoreos seus espirito: Entro o seu era assim imagisar!" bem polido, guns delles, apoucados pela sua própria "Não sei." sentimentos tinha traço algum do que está longe ou ausen- Marshall. Cursava ello o ultimo anno acadecertos teem nação, crêem que elles de "Adivinha." te. Dotara-lho a natureza com summa belleza, mico, e era um destes rapazes folgazôes e sacrosanetos,acima da comprehensão do resto "Não posso atinar quem seja." com aquella rara belleza quo desperta-nos o bôa índole, mas preguiçosos e inteiramente indos pobres mortaes; e começam a vida plane.sentimento do ideal e da poesia; e suas manei- capazes de todo e qual quer progresso mental. "Pois não sabes, rapaz, que o Will Marshall jando levantar um edifício com altas paredes de e riquíssimo, não era menos graças Marshall, insinuantes Will e porém, meigas ahi o pelo ras tão •está a desposar-se com a Miss Ellery ?" pedra de reticência, para enthronizárem liberalmente nos creava. belleza a pagar circúmstancia, sua a esta visões podia as que dasfaziam adorar com supremo e a quem I Alnaschar, no conto arábico, não podia ter seu idolo, a quem devera humanidade. QuanMiss Ellery gostava do receber incenso, e, a a um repetidor, qué não o deixava, da resto de o todo desdém para Este I ficado mais attonito, quando viu a sua cesta seu modo socegado tambem correspondia ao elle devia o ter passado nos sous exames. do elles descobrem que essa imagem que idolaisto sempre tudo mas fazia; lhe se amor, que travam, como divindade, não é sinão ura boné~ O £*-**>. [S* deVA estricto mais do limites dos dentro recatada co terrestre, recheado de raspas de madeira, enamabilidade muita com tractou me coro. Ella tão os muros do templo vêem abaixo, como as comminha da •e creio realmente que gostava muralhas de Jericbo, e com certa apparencio, de ou-1 dos differente ridiculo. Posto que, como todas as afflicções, panhia, pois eu era um tanto tros estudantes, seus adoradores. Tinha ardor esta lhes seja tão dura a principio, todavia, o •e enthusiasmo, e era poeta, que lhe escrevia e terreno que fica livre no seu espirito pode depois cuiella versos, guardava que dedicava muitos ser cultivado de modo que produza bons fruetos -dadosamente na escrevaninha com os outros de justiça. tropheus. Nesses versos lhe chamava de minha No meu caso, o idolo ficara todo mutilado e ¦estrella, minha luz, e, em resposta, ella fitavadesfeito a meus olhos, por que eu sabia perfeime os olhos e depois os abaixaba, como a purêfeitamente que Miss Ellery se ia casar com falta ouvir me de ella Sim: gostava aapensativa. do principal elemento do casamento. Ella estaler-lhe Tennyson, e durante muitas horas em va bem orientada da fraqueza mental do pobre pequeestudando, pela estar passeava devia que BillMarshall, e nunca reprovara o modo conpasma sala de recepção da casa de Mr. Brown, sivo com que nos referíamos a elle, em nossas . imaginando ser eu mesmo Sir Galahad, e lendo rodas em casa de Mr. Brown. Muitas vezes eu inter me Ellery Miss E quando conTemoção. faUava delle com ar de decidida superioridade, "Muito beml eu me rompia para dizer-me e me lembrava bem que ella sorria então. Quancria realmente no paraíso. do Bill tomava uma cadeira entre nós e soltava Durante lindas noites de luar, passeámos seus erros tremendos na conversação, eu me ¦junetos sob extensas alamedas de ulmeiros, e lembrava tambem . que Miss Ellery havia de me e ouvia me e ella recitava eu então poesias, olhar logo para mim. E agora pois, como tudo ¦correspondia do modo o mais ameno possivel. isto acontecia assim? Tudo o que ella disse e fez no desproporção havia E'verdade que grande era sincero, ou ella só estava representando um resme ella e va falia lhe .sentimento com que eu de theatro? Bem que queria suppol-o; papel era dizia me •pondia; mas tudo quanto ella para mas não podia. Tinha convicção que Miss Elleantigamente imim de tanto alcance como eram ry, si não fosse o dinheiro de Bill Marshall, preda respostas as Delphos dè sacerdotes os .para ferir-me-hia para seu companheiro de toda a mim, era tudo para profundo iinspirada virgem: vida: disto tinha eu orgulho secreto e gostoso. deusa. "Pelo menos eu não seria um marido imbecil," de ;porquanto eram sentenças aualysaro Tenho freqüentemente procurado pensava eu. ¦origem da illusão em que a mulher dp typo de Jim Fellows, sendo tambem de Portland, onde homens, os nós-outros, a Miss Ellery nos involve morava Miss Ellery, era uma torrente sempreencerto ha e tenho chegado á conclusão que cheia de notícias dos preparativos do noivado. canto para nós em ver este reflexo de nossos Todos nós tínhamos bolletins diários o sem i¦pensamentos e emoções, vindo de outro ente. naes da grandeza e esplendores com que se prereneste nem paixão, realidade haja ÍNão é que tendia abrilhantar a grande festa, e a tudu isio o mostra nos elle mas alma; itracto de nossa eu ouvia na indignação e amargura do meu cocodo oresplandor ifervor.de nossa imaginação, ração. •.ração, todas as florsinhasda nossa phantasia, e "Façam só idéa, rapazes, que rico presente itudo isto com admirável fidelidade. Não é symfez elle á noiva; foi um adereço de brilhantes, um n' plácido imagem a como pathia, porque, avaliado em vinte e cinco mil dollars. Bob lago, só existe emquanto estamos presentes, e, Riters o viu exposto em New York, em casa do fideli*„„ on™nrfn da fortuna, mas que si pudesse somente inscrever seu quando ausentes, reflecte com a mesma Mas Tiffany. Ella tambem tem trez dos mais ricos cha-dade o primeiro que chega logo depois. les de cashmira, que jamais se viram no Maine; «em todo o caso, nós, homens, Sempre nos deixanao. elles foram de um principe da índia, e quasi que man; e ella suspirou e não me disse que anos fascinar por mulheres como essa; sempre não se podem avaliar^ Bill vai casar-se com toesestua suppôr e que cqntinuar nada:—-fiquei a pasmo havemos e reduzida .suppômos vidros da a pompa, vão haver clarins, cymbales e dan¦ ia superfície bem lusírosa e polida é a resposta rapaz era um dos estudantes, mais populares sus e depois os noivos vão passear á Europa, e elle espalhava o seu di- pido. nós: entre havia corações. nossos "Miss que Marshall!— Will suspiram com •de sympathia por que Ellery para casar todos os reinos do mundo* e a sufi gloria." "hypo- nheiro com ampla mão, e nunca se o via monmesmo imbe- ver este com é rapazes, Muikgftüto chama essas mulheres de pois Como, Os collegas, por gracejo, O casamento de Miss Ellery era para mim um >critns\"''riavista ê umà injustiça. Ellas são no ou aborrecido. . "âmi^a:. cil....?" "Pobre Will,» e elle comeffeio egresso do mundo ideal "Sim, mas é que elle tem dinheiro," disse Jim grande despertar, aôma. reproducção de nossa imagem, chamavam-n'o essabia não "pobre," realidades externas. das coitado, pois 6 o ingresso no logo desapparece de seus co- to era bem Fellows. de sem erros grammatica, Nunca na minha vida ouvira fallar do dinheiro tBÍe»rqàgem açõèj, 6 porque a sua natureza,—fria, raza_e crever um bilhete, E dest' arte cahiu o meu idolo do seu grandiochamado. lição, do bom suecesso da vida, Meu pai, dar quando assim acabou o meu primeiro so- como a chave Éj.aJ-nio tem a faculdade de uma retenção nem podia so Ellery; pedestal: Miss de e exaltação, trabalhara semaos todo ardor pés ¦. com seu zelo, Elle rendeu-se nho. maifprófúnda. Culpa tem aquelle qüe espera seus de presentes dizer, outros, de assim para salvar econverprepara o bem .de ílnacousà mais do que a sua natureza pode abarrotou-a, porde flores e confeitps, e fez a coda embriaguez, repressão a ter os peccadores, VH. CAPITULO darfc-e"desse mal parece-me que nunca nos ha- de ramalhetes meianova e linda etc. Todos os meus e adiantamento da educação, cheira da villa comprar uma veofos^mendar. ç l;:. t Venus. de seguiram carro modo, Ò Valle da Humilhação. irmãos, educados do mesmo em caleça, digna de ser o próprio nunmas fcèvi á minha mãe sobre Miss EU$y; e isto vi eu com os meus olhos; senhora de si e egual vida de ministros do Evangelho. Não coe Tudo bantante estava conselhos, Ellery de repleta? cartas, recebi tivesse restóa uma mulher, armada do poa cabeça que Miss Ellery das cjrcumstancias para fechar a nossa bu- o-ttara, jamais, queda belleza, e ateando os mais MISS lejfcbràndo-me que na minha edade e nas minhas me atravessou um sinao pou"pobre" Marshall Will para este eólica do modo o mais amável que se pode ima- der sacramentai da mocidade, e que, aos compaixão. ou circumstancias eu não podia comprometer-me condescendência de sobre- co de Ella escreveu-me uma cartinha em pa- exaltados sentimentos encarnada da e ginar. aulas, das ^env casamento ;e alem disto pondo-me pureza e Che-ouo dia do encerramento rosa, e todo perfumado, dizendo-me olhos desta, é a forma de côr idyl. pel aviso sobre outros muitos pontos. mulher pudesse fazer mm efle puz termo á minhas experiências sempre considerado como seu das virtudes celestes, essa vergonhoso tendo-me "amável" o que, ató tr|fico I i&èpliquei á minha mãe que a mulher que Ellery. Ella foi muitos pro- de sua belleza o capital do • achara era digna de toda a dedicação de uma WMMk não se cansaram de animar-me, amigo, e tendo muitas vezes ouvido a sia sua felicidade, commu- do seu casamento, pelo qual ella troca-se do seus olhos moça fimdesejando uma meus era testos aceresceutei, Ellery, vida. Miss toda a vida—pelo dinheiro bondade chegou a ponU> de meconce. nicava-me, etc. etc. etc. E terminava assegu- mesma—e por sacrifícios tremendos "e sagrado? de noite li grande puresa e sanetidade, capaz de inspi- esua uma n' chácara, na Ha nobre e elevado; der uma entrevista rando-me que, differentes como iam ser os no. marido. em puro amor, que são líor/ar n' um homem tudo o que é a merecel-a ani- mar. Está visto que eu me julguei no empyreu offerecidos scenas novas as e que quando laços que ia formar, vos ela com ,fem summa, eu estava resolvido outra qualquer consiquando passee. todavia, não poderia esquecer-se das riveis, quando feitos por ver, ia -Ia que tivesse de executar sete vezes os sete da bemaventurança, entrevista, ultima . essa noite. Mas da nossa agradáveis horas que passara em minha compa- deração! da anjo o e deffnítivamente. $£< mulher a feabalhos de Hercules. V naturesa, nada*resultou da ordem outras, minln Na como das os mais ardentes pela votos fazia e nhia, te\-se poupadafortude bem livre soldado podia proH Minha mãè, coitada, DÍse-lhe que eu era um pobre guarda do ideal, a que conservaa seu prosperidade, etc. reinscrever nos se f-dó a anciedadeem que a puzeram estas minhas nTm mas somente vida: que da a si pudesse com isto, fanaçào poesia que maltractado oflendido, accesenti-me Eu Ellery viMiss I ' declarações. A verdade é que no meu peito, elle emprestaria grande .dia a ser min a estrella, minha inspiração, mi- orne ¦m <i ,-/?f 7 > - í, ££!¦¦¦„. ¦¦¦¦!*¦ 'íi,"..':;;'. í :,.,.,;, ....:...,)¦¦4-i--h^s "h^mwwh nu ,r O NOVO MUNDO. ^24 -»' 1 ; l§ .: • [Septembro, 23, 1872. - Não 6 sem profunda razão philosophicu quo u Esta Miss Green fallava como um pequeno piNisto dilttwm elles dos sectários do quasi "escrúpulo j|/ *' .duz a esporiinça quando olla se deixa subornar rata, vida activa do grande Homem dos Homens co- todas as outras rollgfôès. OsBrahmlriés educam suas acções som trahir Mus a algum, sua missão ? para £^. Miribas relações com Miss Ellory me arranca- foram sempre do unia moça de juizo. Ella se ineçou por uma longa Jornada errática no ele- seus filhos dó modo que elles llquom infullivelram do Isolamonto om quo vivia o puseram-ino oasou depois com um missionário do Moine o serio, estando ollo faminto o sedento o tentado mente Brahmlnes, os Judeus, do modo quo 11em contacto com toda a roda elo moças do X. ainda hoje passa vida exemplar com sou ma- pelo doinonio: porquanlo depois quo a educa- quem Judeus o nada mais, o os Mahomotanos de Quasi todas as famílias a tinham convidado rido. ção tem ostlmulacjo no homem todas as suas modo quo não sejam outra cousa sinão Malioa suas casas, e não só á rainha, mas taniboin Nessa nolto, voltei a meu quarto, mais mlsan- energias, o ollo dovo escolhor a vida em quo metanos. Só os Christãos educam sous filhos do aos sous principaes adoradores. Deste modo throplco do quo nunca; o por algum.tempo, quer desempenhar o seu papel n.i terra, vem- modo quo seguramente a metade delles so fadoutro em pouco estava ou bom Imformadò do meus pensamentos, como abelhas, estiveram a lhe também um período do quarenta dias de jo- zem professores do Nenluuna-religião. quanto se passava no mundo elas moças da nos- sogregar mel amargo, com granelo diligencia. jum, do erros, Indecisões e tentações, aos quaes Ha um livro quo o mundo Chrlstão concorda sa pequena "cidade" acadêmica. Deixoi do visitar o do tomar chá om casa das 6 muito diíllcll resistir. , em declarar qua é uma revelação infullivel do Nosso tompo era curioso notar-se como todas famílias que conhecia. Obtive um chapeo do A questão do pão quotidiano, ou de como se eco. Os criticos que teem,estudado minuciosaellas taramollavam acerca desto casamento; e abas enormes, o, comobandito, passeava na rua ha de viver, a gloria dos reinos do mundo que so mente este livro julgam que os vários escriptos se detinham a repetir toelos os pormenores elo de cima para baixo e do baixo para cima. Es- podo obter fazendo-se a vontade de Satanaz,— o de que elle se compõe excedem a tudp que se resplandor com que se ia fazer a festa. Minha crovi a minha mão cartas terriveis e subUmes impulso do vir ao mundo com tem escripto tanto sensação em mérito litterario, como grande bôa amiga, Miss Dotha, tinha recebido convite sobro a incrivel vaidade o o nada da vida huma- o açodumento,—tudo isto se reílccto na alma na puresa e elevação do sentimentos moral. E para ser uma elas damas ele honor da noiva, e na. Li muito Eschylo, Platão e Emerson, o co- do um rapaz, como se rellectlu naquella grande todavia, cousa notável, na mór parte de nossas estava agora ele volta, contando historias glo- mecei a julgar-me um velho philosopho que re- vida do Salvador. instituições litterarias, não so considera o esturiosas, e elevando ás nuvens tudo o que tinha surgira dos mortos. Nas aulas nunca mais dei No ultimo anno de minha carreira acacleml- do destas escrlpturas sagradas na sua língua visto em Portland. xei meu ar de extrema gravidade, e olhava para ca, como dizia, tudo isto me atormentava o es- original como essencial da educação de um jo"Oh! minhas amigas, vocês não fazem Idéa or calouros e segundo-annistas com uma espe- pirito. Quem é que se resigna a não ser nada ven crhistão, ao passo que se considera a litdo tamanho dos diamantes," dizia ella ás suas cie de compaixão piedosa, tal como a do sablo no grande mundo? Nenhum moço, de certo, teratura grega e a pagan, como indispensável e crédulas visinlias: "eram como caroços de mi- que tem atravessado por todas as vlcissitudes nessa edade. digna do se obter a todo o custo. lbo, e claros como água da fonte! Bill Marshall do mundo e aprendido todas as suas valdades. Durante o meu curso acadêmico, o ar estava, Minhas relações com Miss Ellery Iniciaram-me os encommendara da Europa especialmente paPode ser que o valle da humilhação tenha os nos mysterios do mundo da riqueza e das mo- sempre impregnado, por assim dizel-o, de obra este fim. Alem disto, ella tinha um enfeite muitos encantos e as muitas flores, de que das,—mundo á revelação jecções um divina estudante da Biblia. Apezar joven pode prode pérolas, dado por sua mãe, e uma grande falia Bunyan; mas um mancebo não passeia por curar esquecerquee desprezar, e que até pode es- da lealdade do meu coração, esta obra da desamathista, que sua irman lhe mandara. E si elle de muito bom grado. E entretanto, si eu tygmatisar com os mais severos aphorismas crença ou da duvida, tinha aberto insensívelvocês vissem os presentes do noivado! Era um então tivesse juizo, devia pôr-mo de joelhos e de moral, mas era summa tem immenso po- mente um grande sulco na minha cabeça. Enque perfeito bazar! OsMarshalls são riquíssimos e agradecer á Providencia pelo tremendo mallo- der para perturbar a sua alma. Ha certas tretanto naquelle tempo, eu associava a Biblia contribuíram com muita cousa. O velho tio gro que soflri. E' verdade que as vísceras da atmospheras em que a consciência de se estar com os mais puros amores da minha vida na caTom Marshall mandou um serviço completo de boneca eram raspas de macieira, mas elle não sem luvas e de roupa ruça aceusa-se tanto como sa paterna: ella se entrelaçava com recordaprata massiça, com ouro lavrado, e da tia Tabita era mais minha boneca. Não descobri isso a de Adão e Eva, de estarem nús. E' verdade ções da aquellas reuniões ao redor da altar da Marshall veio um apparelho de chá ele verdadei- quando não havia mais remédio, nem fui conque na Academia não fora eu o único economi- familia, e com as scenas, da mais profunda ra porcellana de Sévres, que pertenceu a um dos demnado a passar a vida" procurando fazer-me co: havia um bom numero de rapazes, honestos emoção que eu tinha jamais presenciado, quanreis de França e que foi tirado das Tulherias amigo vivo e quente de uma estatua de frio mar- filhos de trabalho árduo, de mérito muito solido do via meu pai e minha mãe correr a seu abrigo durante a revolução franceza." more, que vira. e qup nem por serem pobres eram menos res- e descansar sob suas promessas. A Biblia era Imaginem lá quantos suspiros, exclamações, Tenho vivido bastante para ouvir fallar dos peitados por algum. Todavia, forçoso é confes- para mim pai e uma mão, e as duvidas, as rese mais expressões de deleite não escaparam des- brilhantes saraus e esplendidos banquetes da sar que não são de todo vulgares e baixas as peitosas tentativas de incredulidade que me-aa- . se circulo de moças da villa, dando assim es- Sra. Will Marshall, que está. hoje coroada como attracções de que as riquesas habilitam a cer- saltavam aqui e ali, no curso de meus estu elos, tes relances de vista no paraíso! Rainha da Bella Vaidade elos círculos aristoera- car-se. eloíam-me tanto como si se tractasse de duvidar "Opeior ele tudo isto é que eu creio que é ticos da cidade de New York. Entre os meus collegas, nenhum havia mais ela honra e probidade, de méu pai ou de minha muito mau gosto cercar-se uma senhora de toda Desde aquelle tempo, aprendi a ser muito in- geralmente querido e estimado do que eu. Sen- mãe. esta sumptuosidade justamente quando o seu dulgente com as fraquezas das mulheres Eu nunca dava quartel a similhantes suggesque, do bom escriptor e orador, gozava muito dacoração deve estar todo tão oecupado da sua como Miss Ellery fez, usam de seus encantos quelles sinceros elogios que os rapazes fazem toes de descrença: arrancava-as de mim. O' nova aileição, que ella não pode prestar atten- como a moeda por que devem comprar as ri- uns aqs outros. Alguns delles, muito ricos, e facto é que o plano de estudos da nossa Acadeção a nada mais. Agora que Miss Ellery natu- quezas e honras do mundo. que viviam em quartos mobillados com grande mia era muito imperfeito, pois não incluía um ralm^nte está toda derretida de amor pelo Mr. Por muitos séculos, o mundo tem fechado á luxo, mas que nem por isso eram menos bons ramo especial destas matérias, uma classe em Marshall, seria mais acertado que dessem todos mulher todas as portas da abastança e da ri- estudantes ou cavalheiros, me convidavam fre- que pudéssemos estudar todas estas objecções, os presentes a alguma outra moça que não te- queza, excepto a-do casamento. Si ella quer quentemente a sua casa e faziam idéa muito ai- e adquirir conhecimentos tão importantes para nha amante." trabalhar energicamente, como um homem, é ta de mim. a nosso conforto espiritual. Sobrecarregam* Isto disse eu em tom sério, e como si estives- cóndemnada como "mulher-homem;" e Nas férias eu ia visital-os a suas casas por tanto os estudantes com outros estudos que não si perse perfeitamente convencido do que dizia. Em tence ás camadas mais refinadas da sociedade, instâncias suas e tinha visto o reposo, a finura e lhes sobeja tempo nem inclinação para estas intoda a roda das pessoas presentes circulou, a até que se degrada, seguindo \ "bôa-vida" a inqualquer quedava aposse de haveresem vestigações. principio, um sorrisso, e depois uma risada das dustria honesta e independente, e isto mesmo é mãos de quem os sabia empregar bem; Nesse Na maior parte dos casos, elles fazem o mesmoças mais joviaes. Miss Dotha disse: "tem não dizem quando que pancada na cabe- caso, pensava eu, a riqueza dá-nos opportuni- mo que eu fiz: limitam-se aos estudos que se "Ora, que idéa, Mr. Hjnderson! O Sr. é muiça." Entretanto, quando uma mulher vende sua dede de estudar e de aperfeiçoar o nosso ser lhes exigem na hora presente, e deferem indefito ferino de lingua." "Como ferino, minha Sra. ? Pois então a Sra. belleza para comprar riqueza, então tractam-n'a moral, sem que nos vejamos coactos por consi- nidamente para o porvir a acquisição dessescom certa condescencencia, e acham que este derações de despezas. conhecimentos de maior alcance,.e, suspirando pretende dizer que Miss Ellery não ama o homem meio de ganhar dinheiro é muito "próprio de sempre, Ora, á vista regressam, em vez de se adiantarem, disto, como seria possivel que com quem casou-se ?" "Ora pois," disse Miss DothaYindo-se, "esta mulher." De modo que, segundo o mundo, o fizesse idéa que o dinheiro não fosse uma cousa na sua fé. casamendo de Miss Ellery com Will Marshall digna de grandes sacrifícios nossos ? (Continúar-se-ha.) é muito bôa, Mr. Henclerson;—sabe-se muito foi muito em regra. Os meus camaradas, não ha duvida, parebem, e não se pode negar que o casamento de ciam egualmente apreciar a vida do nosso sitio, Miss Ellery não foi exactamente o que se chama ^capitulo vm. quando me vinham ver ahi. Não ha quem não ? um casamento de inclinação; eu até sei bem," seja insensível aos regalos de que goza consacerescentou com certo ar de confiança, "que O Problema da Vida. tantemente na vida, e quem não tenha appetite não foi sèm alguma reluetancia que ella assenFINAL A conclui alguma cousa nova: assim; os meus amigos satisfatoriamente por o meu ^ tiu; mas a sua familia toda instava muito a que ü. curso acadêmico. Todas as distineções se deleitavam em passar algum tempo em a se effectuasse a união, e a familia delle também que Escriptorio, no Edifício do a faculdade nossa dar, todas obtive-as podia eu. Estupequena e simples casa, no tope da serra, pensava que era melhor que o Mr. Marshall dei sempre fielmente, e ao formar^mè fui o ora- onde havia plena liberdade das convençõesiuhas 'tomasse estado,' e todo o negocio ficou con- dor do anno. NEW YORK TIMES. da vicia, e se gozava de um ar purissimo e de cluido, ella resolvendo acceder." ' 'E afinal de contas, Will Marshall é Quando voltei para casa, vinha com mais ex- uma payzagem esplendida e encantadora; onde um sub0 Novo Mundo publica-se em New York a 24 de da vida, mas também mais triste, do batíamos os campos, colhiamos maçans, viamos todos periencia os mezes. jeito bem prazenteiro," acudiu Miss Smith. preço de sua assignatura no fazer cidra doce e muita cousa mais que é real- .Brazil e de dez mil0 reis "E quem é que resiste á tentação de que a quando Academia. partira para Realpor anno, e cinco mil reis dar um mente, nos mente tão interessante para os da cidade. Mas por semestre. Avulso, mil reis. meus dous últimos annos era muito Europa?" grande gyro pela perguntou Miss subjeito a accessos de 0 Redactor prestará toda a possivel attençao á apesar do muito que elles apreciavam a nossa correspondência melancholia. Brown. a contribuições que receber- não No meu anno final muitas vezes me pergun- vida campestre, eu dizia-me a sós: E' fácil di- reproduzira trabalhos já publicados "E ella algum dia se devia casar com e pagara libealguém," tei a mim mesmo aos auetores dos que tiver estampado nas para que prestava eu neste zer-se que se gosta diste por aqui, quando se ralmente disse Miss Jones; "e a gente não pode obter tusuas columuas. Todas as opiniões são-lhe intitusente a algibeira mundo; e esta de dinheiro de e se meu pesada pergunta coração do quanto deseja. Will em todo o caso ha de acaquer ladasa um respeito egual. Artigos curtos são brunhava-o como um constante pesadelo. Ao mudar de scena. mais acceitaveis do que longos, e, mais do que tractal-a bem e fazer-lhe todas as vontades." o limiar escholastico, via tudo longe, Com efleito, lemos na historia que não foi um quaesquer outros, os que versarem sobre o òro"De minha parte," atalhou a passar bella Miss gresso da civilisação no Brazil. Green, "eu não culpo á moça nenhuma que distante, dourado, vago, e tinha a presump- pobre que começou a cruzada de S. Francisco se aproveita da oceasião de ficar riquíssima, ção que podia exercer na vida quasi todas as em favor da pobreza; foi um joven nobre que XB-A correspondência Novo Mundo, noWie rescomo Miss Ellery fez. Si eu, pobre coitada qué profissões imagináveis, para mim, o que algum até então só conhecera o fausto. Dos ricos, si peUa a sua publicação, deve ser dirigida ando sempre atirada a ura canto,- vexada e pi- homem tinha já conseguido, eu também era ca- é que de alguém, é que a nossa edade ambiciosa les geraes; a que toca a redacção pode-o aáXiqenèr\ou a deve esperar receber modelos de simplicidade e elles ou directamenie ao Redactor, em NèvoíYárk. sada; que nunca vou a parte alguma, e não ve- paz de conseguir,—nada me era impossível. Não se presta attençao alguma a communicalções A'medida, porém, que hombreei-me com ta- abnegação. E' mais fácil dar-se de mão a um jo, nem visto o que quero,—si eu também pilhasnão vierem datadas e assignàdàs, ecom TI deque refas reaes, é de se tenha me que que puz em contacto com ougozado e de que se conhecem signacão da residência dos correspondentes. T se uma opportunidade destas, não seria tola em tros neste grande redomoinho de variadas ex- bem todos os espinhos do que renunciar-se a um deixal-a escapar-se." "Bem," disse Miss Black em ar peiienciasda vida-acadêmica, na mesma pro- que só se conhece pela imaginação e de que . «5- São Agentes do NOVO MUNDO no Brazil: , "a questão é si Miss Ellery não philosophico, porção fui-me depreciando a meus próprios se haja sentido muita falta. Para.—LEON GILLET (James.Bishop & Cd.) podia ter espe- olhos, e cada dia me Assim quando entrei na Academia estava Pernambuco.—DE LAILHACAR &CÒMP.,kiparecia que algum mau rado por um homem de mais intelligencia e cose deleitava ainda muito animado mais brairie de da me Française, Rua do Crespo,, No. 9..¦' espiritualidade atormentar nas nhecimentos, aquém pudesse respeitar e amar. gênio que do\ minhas horas solitárias, Bahia.-ALVES mina toda na ávida de meus pais, o antes de conhecama e ao pé da la& FILHOS, .33, Rua Formosa. . Sendo ella tão linda, como é, e tendo modos tão reira, Rio de Janeiro.—WALTER R. CASSELS, 15, perguntando-me: "De que serves tu nes- cer o mundo já o tinha renunciado a seus praencantadores, creio que poderia achar outro ho' te mundo? Rua Dé.que servem os êncommodos que zeres, e á sua gloria. Direita. /-¦mem." \ se tem tido',' e. o dinheiro qué se tem gastado S. PAui.o.-A. L. GARRAÜX. "Sim, sim," disse Miss Dotha, "eu Quanto voltei, no fim de quatro annos, miquero sa- comtigo? J Tu nunca prestarás \ m* Agente no Porio [Portugal'!, ERNESTO para nada sinão uha fé estava titubeante e eu repugnava metter ber quem é a moça já cie vinte e trez que espera CHARDRON. para encheres de desgostos á tua mãe e de ver- hombros á saneta tarefa que me esperava, e pelo 'homem de mais intelligencia e conheciMacau [China],-J. A. RIBEIRO DE. CAR- , tio Jacob." gonhl|w para que nos primeiros anno3 olhava com tanto VALHO. mentos,' e que depois de ter apanhado um pás~— Ha angustia neste mundo que se possa com- enthusiasmo. E esta indecisão sobre o objecto saro, solta-o da mão. Will Marshall é bem bom, JISPToda a correspondência directa eom a re-\ com esta, parar quando um mancebo, com seu principal cie minha vida me causava assim mesmo como é!" dacçao deve ser endereçada assim, teudo-se cüida-í grande corpo, espirito e alma, traz o seu ser suspenso tristeza. '¦ "A que chamam as minhas senhoras do de nao omittir o numero da caixa do correio i um ho- diante de si e duvida si elle é elle mesmo, 'mem, ^ ajuda á promptidão da sua entrega: que 'bem bom?' " ou sj Ser ministro da religião christan é abraçar perguntei-lhes. toda a sua existência não é uma ruína .4o Redactor do NO VO MUNDO, . comple"E' o que vive em paz," disse Miss Green, e ta, quando elle repete e sente a verdade ela ve- uma vida de pobreza, abnegação e sacrifícios f• N. Y. Times Building i deixa a mulher fazer o que qucír, e não briga lha lamentação "melhor nunca haver nado, de toda a casta;|e para fazer-se isto com enthuque P. siasmo O. Bòx G001. NEW YORK. eleve a vida á região da poesia moque com ella." do que ter nado para nada"? ral, é preciso fé inabalável. Eu não a tinha. New York.—Typographia do Novo Juwncio.^-1872. '% M fe \ 5* •"> V .¦.". ¦ r '
Documentos relacionados
o novo mundo.
erro, deixando de propor a seus concidadãos Depois de repetidas escaramuças defronte de propor leis organizando o Septennato, aquellas mudanças constitucionaes que julga Bilbao entre as tropas do G...
Leia maiso novo mundo.
a exemplo do que fizeram os Estados Unidos e a Gran-Bretanha na questão do Alabama. Até hoje teem havido muito poucos casos de arbitramento de questões importantes. Quasi todos teem versado sobre d...
Leia maiso novo mundo.
bello exemplo do modo do attaque. Elle resonhece e confessa que a politica do Papa e dos Jesuítas é perigosa,—"é um perigo social;" elle da testemunho que a Companhia de Jesus trama contra a existe...
Leia mais