Madredeus, Frei Fado delRei
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Madredeus, Frei Fado delRei
Madredeus, Frei Fado delRei Arquivo de letras de música 28 de Janeiro de 2002 1 Conteúdo A andorinha da primavera A dança dos jograis . . . Ainda . . . . . . . . . . Ajuda . . . . . . . . . . Alfama . . . . . . . . . . Amargura . . . . . . . . Amores do Douro . . . . Amor popular . . . . . . Ao longe o mar . . . . . A praia do mar . . . . . As cidades e os campos . As cores do sol . . . . . A vaca de fogo . . . . . Céu da Mouraria . . . . Culpa . . . . . . . . . . Destino . . . . . . . . . Deusa de azul . . . . . . Donzela . . . . . . . . . Em Coimbra serei tua . . Guitarra . . . . . . . . . Haja o que houver . . . . Memórias de um trovador Menino do mar . . . . . Milagre . . . . . . . . . O ladrão . . . . . . . . . O mar . . . . . . . . . . O Menino . . . . . . . . O paraíso . . . . . . . . O Pastor . . . . . . . . . Os senhores da guerra . . O Tejo . . . . . . . . . . Perdi meu amor no mar . Pregão . . . . . . . . . . Rabelo . . . . . . . . . . Sentimento . . . . . . . Silêncio . . . . . . . . . Sonho azul . . . . . . . . Vem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 A andorinha da primavera Música: Carlos Maria Trindade Letra: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: ’Paraíso’, 1997 Victor Almeida Andorinha de asa negra aonde vais? que andas a voar tão alta Leva-me ao céu contigo, vá Qu’eu lá de cima digo adeus ao meu amor Ó andorinha da Primavera Ai quem me dera também voar Que bom que era Ó andorinha na Primavera também voar 3 A dança dos jograis Vem Música: José Flávio Martins; Ricardo Costa; Carla Lopes; Quico Letra: José Flávio Martins Intérprete: Frei Fado d’El Rei In: ’Danças no tempo’, 1995 Música: Pedro Ayres Magalhães; Rodrigo Leão; Gabriel Gomes Letra: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: Espírito da Paz José Ferreira Alves (latim) Nocte in aula iaculator Divina est sua saltatio Luna fulgere fortior Odor festi est!... Vem Alem de toda a solidão perdi a luz do teu viver perdi o horizonte Está bem Prossegue lá até quereres Mas vem depois iluminar Um coração que sofre Pertenço-te Até ao fim do mar Sou como tu Da mesma luz Do mesmo amar Por isso vem Porque te quero Consolar Se não está bem deixa-te andar a navegar Risus lenis glutinatus Poetæ animam vocat Lætitia quæ superfundit Fabula quæ non peccat! 4 41 Sonho azul Ainda Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Né Ladeiras In: Né Ladeiras, ’Sonho Azul’ Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus Victor Almeida Vou dizendo Certas coisas Vou sabendo Certas outras São verdades Amizades Aventuras Quem alcança Mora longe Da mudança Do seu nome Alegria Vã tristeza Fantasia Incerteza São verdades São procuras Amizades Aventuras Quem avança Guarda o amor Guarda a esperança Sem favor Ainda Ainda Ainda Ainda Levei-o no meu sonho azul Azul, Azul Da cor do céu Levei-o comigo Sonhou um sonho Da cor do meu Deitados no leito da lua Na frescura, que tremor... Trocava a vida toda Pela vida deste amor Meu Sonho Azul Levei-o no meu sonho azul Azul, azul Da cor do mar Levei-o comigo Sonhou um sonho De apaixonar Deitados na noite das ilhas Na frescura, que tremor... Trocava a vida toda Pela vida deste amor Meu Sonho Azul 40 5 Ajuda Silêncio Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: Espírito da Paz Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: Espírito da Paz Alfredo Domingues A cantar Lá vou nesta terra Ao meio do mundo E amanhece, O futuro Sou assim Sou este mistério Maior que tudo Que acontece No meu mundo Vontade, Mistério Verdade, Ajuda Assim, pouco a pouco escolhi, o presente Silêncio Silêncio, tão pouco querido oh, derradeiro momento Silêncio, Momento, Silêncio 6 39 Sentimento Alfama Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: Espírito da Paz Música: Pedro Ayres Magalhães; Rodrigo Leão Letra: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus Perfeito e bom sentimento Em mim morou Que amor maior nunca houve E o fim, chegou Estranho favor fez o vento Vento que o tempo esqueceu Venham de longe me ouvir Que eu também vou cantar alto Ah, já vi, O meu fado Agora, que lembro, As horas ao longo do tempo; Desejo, Voltar, Voltar a ti, desejo-te encontrar; Esquecida, em cada dia que passa, nunca mais revi a graça dos teus olhos que eu amei. Má sorte, foi amor que não retive, e se calhar distrai-me... - Qualquer coisa que encontrei. 38 7 Amargura Rabelo Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: Espírito da Paz Música: José Flávio Martins; Quico Letra: José Flávio Martins Intérprete: Frei Fado d’El Rei In: ’Danças no tempo’, 1995 José Ferreira Alves Amargura, descansada triste Parece lonjura ou medo? É quase certo, Que nada existe Nada está perto, Nem eu estou triste Meu destino Quem mo dera Se o comprar Meu rio espera... Tenho horas de caminho Tanto rio percorrido! O sol foge Vai pro mar É de noite O meu luar... E tão longe o cais me aguarda Ansiosa esta chegada! Meu barco está cheio De vinho sagrado E o Porto está longe De ser alcançado Tocam sinos Corre o povo Chega o vinho O Porto é novo Serei tua luz Que ao Porto te leva O cais está perto Meu barco navega Tocam sinos Corre o povo Chega o vinho O Porto é novo 8 37 Pregão Amores do Douro Letra e música: Francisco Ribeiro Intérprete: Madredeus In: Espírito da Paz Música: Ricardo Costa; Carla Lopes Letra: popular Intérprete: Frei Fado d’El Rei In: ’Danças no tempo’, 1995 [email protected] (Alfredo Domingues) José Ferreira Alves Olha a estrela de Alba Chama de amanha Ó amanha, o teu abraço Oxalá, me não apague A paixão na minha alma Ó paixão, nem a manha Apaga a luz que tem a chama do teu belo olhar Já é hora da chamada Alto cantei Ó meu amor se te fores Leva-me no teu coração Eu navego nos teus olhos E tu no meu coração O meu coração é terra Hei-de mandar cavá-lo Para semear saudades Que tenho de te falar Lá vai o rio correndo Oh, quem mo dera agarrar O amor é como um rio Vai-se e não torna a voltar Ó rio que vais correndo Levas meu bem que eu adoro Se te faltarem as águas Leva as lágrimas que choro Aí vai meu coração Se o quiseres matar, podes: Olha que estás dentro dele Se o matas também morres 36 9 Amor popular Perdi meu amor no mar Música: Carla Lopes Letra: José Flávio Martins Intérprete: Frei Fado d’El Rei In: ’Danças no tempo’, 1995 Música: José Flávio Martins Letra: José Flávio Martins; Cristina Bacelar Intérprete: Frei Fado d’El Rei In: ’Danças no Tempo’, 1985 José Ferreira Alves Trago no rosto um desgosto Que se afasta com um beijo. Meu amor não se afastou Quem lucrou foi meu desejo... Perdi meu amor no mar Tão cedo não volto a vê-lo Se a onda não mo tragar Eu quero voltar a tê-lo Corações, pedras caladas, Namoram longe o adeus, Sentem o aroma de amor Amor não há como o meu... Se o meu amor não regressa Para o reino que é sagrado Jurar-me-sei uma promessa De voto tão castrado Mas se fico longe eu choro Por este amor popular, Sinto o gosto que é amar A vontade de ficar... Ai, Deus! Ai, Deus! Traz-mo de volta à terra Ai, Deus! Ai, Deus! Que o meu amor também erra Esperei o sol raiar E o meu amor não surgiu Sozinha e a desejar Que o meu coração partiu 10 35 O Tejo Ao longe o mar Música: José Peixoto Letra: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: Espírito da Paz Madrugada, Descobre-me o rio que atravesso tanto para nada, Porto calmo de abrigo De um futuro melhor(maior) Porventura(Ainda não está) perdido No presente temor Não faz muito sentido Não esperar (Já não espero) o melhor Vem da nevoa saindo A promessa anterior Quando avistei ao longe o mar Ali fiquei, Parada a olhar Sim, eu canto a vontade Canto o teu despertar E abraçando a saudade Canto o tempo a passar Quando avistei ao longe o mar Ali fiquei, Parada a olhar Quando avistei ao longe o mar Sem querer, deixei-me ali ficar E este encanto, prende por um fio, é a testemunha do que eu sei dizer. E a cidade, chamam-lhe Lisboa, mas é só o rio que é verdade, só o rio, é a casa de água, casa da cidade em que vim nascer. Tejo, meu doce Tejo, corres assim, corres há milénios sem te arrepender, és a casa da água onde há poucos anos eu escolhi nascer. 34 11 A praia do mar Os senhores da guerra Música: José Peixoto Letra: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: ’Paraíso’, 1997 Música: Francisco Ribeiro Letra: Pedro Ayres Magalhães; Francisco Ribeiro Intérprete: Madredeus In: Espírito da Paz Victor Almeida [email protected] (Alfredo Domingues) Corre menina à beira do mar corre, corre, pela praia fora que belo dia que está, não está e o primeiro a chegar não perde La fora estão os senhores da guerra E cantam já hinos de vitória Qual é a historia desta terra? É o medo, ali mesmo Cá dentro estão os homens á espera Unidos no destino da terra Já não há memoria, de paz na terra É o medo, ali mesmo Ó terra, Mais um dia a nascer Ai, é menos um dia a morrer É tão pouca a gloria duma guerra E os os homens que as fazem sem vitorias Já não há memoria, de paz na terra É o medo, ali mesmo Andam as ondas a rebentar e o relógio a marcar horas a sombra é quente, e quase não há e o sol a brilhar já ferve Corre a menina à beira do mar corre enquanto a gaivota voa vem o menino para a apanhar e a menina sentindo Anda o barquinho a navegar vem do Porto pra Lisboa foge a menina da beira mar foge logo quando a maré sobe Andam a brincar na praia do mar as ondas do mar andam a rebentar na praia do mar andam a brincar as ondas do mar andam a rebentar as ondas do mar andam a rebentar E é tão bonita a onda que vem como a outra que vejo ao fundo a espuma branca que cada tem é a vida de todo o mundo Nota: Saiu ontem (Segunda) o ultimo álbum dos MadreDeus, ’O Paraíso’, um álbum diferente dos anteriores pois não tem a 12 33 O Pastor Música: Madredeus Letra: Pedro Ayres Magalhães In: MadreDeus-Existir 90 jj(Dez-95) O Pastor Ai que ninguém volta ao que já deixou ninguém larga a grande roda ninguém sabe onde é que andou Ai que ninguém lembra nem o que sonhou (e)aquele menino canta a cantiga do pastor presença do acordeão nem do violoncelo, mas com duas presenças novas: Carlos Maria Trindade nos sintetizadores (o rapaz foi dos Heróis do Mar) e do Fernando Júdice (T rovante) no baixo. O álbum, como disse, é diferente, mas um diferente lindíssimo. E é tão bom ouvir novamente a Teresa :) Os ’novos’ MadreDeus são: Teresa Salgueiro: Voz Pedro Ayres Magalhães: Guitarra clássica José Peixoto: Guitarra clássica Carlos Maria Trindade: Sintetizadores Fernando Júdice: Baixo ’Salvé, Esta é a musica que escrevemos para todos que nos receberam. O nosso lema foi: EVITAR A SOLUÇÃO FINAL. Estou convencido que estas canções continuarão a crescer com a água da vossa atenção. Muito obrigado pelo entusiasmo.’ Ao largo ainda arde a barca da fantasia e o meu sonho acaba tarde deixa a alma de vigia Ao largo ainda arde a barca da fantasia e o meu sonho acaba tarde acordar é que eu não queria 32 13 As cidades e os campos O paraíso Letra e música: Francisco Ribeiro Intérprete: Madredeus Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: ’Paraíso’, 1997 Victor Almeida Longe das aldeias, longe das casas Ouvimos cantar todas as fontes E na solidão dos velhos montes Beijamos as águas dos ribeiros Mas de tudo já esqueceste Neste mundo tudo muda Agora estou triste e sozinho Nesta cidade escura e fria Onde a vida é uma agonia Minha vida Vida Subi a escada de papelão Imaginada Invocação Não leva a nada Não leva não É só uma escada de papelão Há outra entrada no paraíso Mais apertada Mais sim senhor Foi inventada por um anão E está guardada Por um dragão Eu só conheço Esse caminho Do paraíso 14 31 O Menino As cores do sol Música: Francisco Ribeiro Letra: popular Intérprete: Madredeus In: MadreDeus-Existir 90 (canção infantil) Música: Pedro Ayres Magalhães; Gabriel Gomes Letra: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: Espírito da Paz jj(Ago-95) Meu Padre-nosso pequenino que tem a chave do menino -Quem lha deu, quem lha daria, foi S.Pedro, Santa Maria Cruzei montes, cruzei fontes, que o pecado não encontre nem de dia nem de noite nem ao pino do meio dia Já os galos pretos cantam já os anjos se alevantam já o Senhor subiu à cruz para sempre Amen Jesus 30 Ao cair da tarde Penso sempre mais E a luz que me invade São as cores naturais Cada figura que passa por mim nem me perturba e eu fico assim Longe me leva este silêncio e o sentir que se altera são as cores do sol E eu fico encantada e eu sinto-me a arder quando o dia se apaga fica tanto por fazer 15 A vaca de fogo O mar Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: ’Os dias de Madredeus’ Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: Espírito da Paz À porta daquela igreja vai um grande corropio À volta duma coisa velha reina grande confusão Os putos já fogem dela deita o fogo a rebentar soltaram uma vaca em chamas com um homem a guiar Não é nenhum poema o que vos vou dizer Nem sei se vale a pena Tentar-vos descrever O Mar, O Mar E eu fui aqui ficando só para O poder ver E fui envelhecendo sem nunca o perceber O Mar, O Mar São voltas Ai amor são voltas sete voltas são as voltas da maralha Ai são voltas Ai amor são voltas são as voltas são as voltas da canalha No largo daquela igreja vive o ser tradicional à volta duma coisa velha e não muda a condição 16 29 O ladrão Céu da Mouraria Música: Madredeus Letra: Pedro Ayres Magalhães; Teresa Salgueiro; Francisco Ribeiro In: MadreDeus-Existir 90 Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus jj(Dez-95) Quando Lisboa acordar Do sono antigo que é seu, Hei-de ser eu a cantar, Que eu tenho um recado só meu. Basta-me um segundo Saio porta fora Quando o tribunal Acordar a senhora Céu da Mouraria... ouve, Vai chegar o dia novo! (e) vou ser eu quem conta tudo ao sr. polícia a acordar a esquadra a trazer a milícia E o sol, das madrugadas todas, Névoa de um povo a sonhar, Os teus mistérios, Lisboa São, as pombas que ainda há... A porta fechou-se e ninguém lhe bateu o senhor ladrão nem sequer apareceu Abriu-se a janela veio o jardineiro agarrou-se a ela não sei que lhe deu -Ah mas onde é que estão as aldeias todas? não veio o ladrão já não há pessoas? A porta fechou-se e ninguém lhe bateu o senhor ladrão nem sequer apareceu Oh Sr. Sinistro tenha lá cuidado que o melhor do mundo é não ser enganado... -Ah mas onde é que estão as aldeias todas? não veio o ladrão já não há pessoas? 28 17 Culpa Milagre Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: Espírito da Paz Música: Rodrigo Leão Letra: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus Culpa que me segues sem eu querer Jura que me deixas decidir Aceitas ou não que nunca é tarde aceitas ou não que voltarei Se calhar, se calhar Amanha há-de haver mais, mas eu não sei Se calhar, devagar Vou voltar á magoa que deixei É grande o silêncio, Aguardo o milagre, chegas amor finalmente, Ó meu amor, mesmo tarde; E vou livremente, contigo a meu lado, tenho o meu mundo contente, neste sonhar acordado. - Onde está a tua voz, quero ouvir a tua voz... - Onde está a tua voz, queria ouvir a tua voz... O desejo pretende, louvar a saudade, A tua voz anda ausente, e eu estar contigo é milagre. 18 27 Menino do mar Destino Música: Carla Lopes Letra: Carla Lopes Intérprete: Frei Fado d’El Rei In: ’Danças no tempo’, 1995 Letra e música: Pedro Ayres Magalhães Intérprete: Madredeus In: Espírito da Paz Alfredo Domingues (jeito de jj, Luís Jordão) José Ferreira Alves Águas paradas, Claro mar um quase nada, muito melhor Nesta viagem que comecei Grave miragem a mim chamei Se foi meu destino contar com uma historia tão breve e longo o caminho mas a alma quer Se foi meu destino Cantar com uma voz que me chora e longo caminho Mas a alma adora Ai menino pequenino Que nasceu pra cá do mar Ai agora vais dormir As ondas vão-te embalar Ai menino pequenino Que cresceu pra lá do mar Agora não vais dormir Agora vais trabalhar Só o vento só o vento E a chuva para brincar Corre o negro vem depressa Não te deixes apanhar Ai menino pequenino Que ficou em alto mar Ai agora vais dormir Os anjos vão-te embalar 26 19 Deusa de azul Memórias de um trovador Música: José Flávio Martins; Carla Lopes Letra: José Flávio Martins Intérprete: Frei Fado d’El Rei In: ’Danças no tempo’, 1995 Música: José Flávio Martins Letra: José Flávio Martins Intérprete: Frei Fado d’El Rei In: ’Danças no tempo’, 1995 José Ferreira Alves José Ferreira Alves Na água me escondo Entre cardumes e corais Meu caminho é bem longo Longo demais!... Por um reinado homens lutavam Por uma honra homens sonhavam Diz-me meu rei qual o caminho Que eu seguirei forte e sozinho Na onda me enrolo E o mar é meu O céu traz-me ao colo Julga-me seu! Sou trovador Sirvo o meu rei Faço canções e nunca amei Subo a calçada Não ligo a nada Mas vou cantando na doce chegada Se triste me encontras No azul do mar Uma história me contas Pra me encantar Versos de um dia poemas de outrora Minha melodia acabou-se agora Para outro reino eu vou chegando Sempre cantando mui nobre senhor Se eu voar Teu nome hei-de lembrar No céu, no mar Onde o amor me deixar! Sou trovador Sirvo o meu rei Faço canções e nunca amei Subo a calçada Não ligo a nada Mas vou cantando na doce chegada 20 25 Haja o que houver Donzela Letra e música: Pedro Ayres Magalhães In: ’O Paraíso’, 1997 Música: Carla Lopes Letra: José Flávio Martins Intérprete: Frei Fado d’El Rei In: ’Danças no tempo’, 1995 Victor Almeida Haja o que houver eu estou aqui haja o que houver espero por ti Volta no vento Ó meu amor Volta depressa por favor Há quanto tempo já esqueci Porque fiquei longe de ti Cada momento é pior Volta no vento por favor José Ferreira Alves Donzela de corpo frio Diz-me onde te encontrar O teu novelo sem fio E um sorriso de encantar Se eu soubesse onde estavas Teu castelo eu trepava Só pra sentir o teu sorrir E te amar, bem devagar Eu sei, eu sei Quem és para mim Haja o que houver volta para mim 24 21 Em Coimbra serei tua Guitarra Música: Né Ladeiras; Pedro Ayres Magalhães Letra: Pedro Ayres Magalhães Música: Pedro Ayres Magalhães; Rodrigo Leão Letra: popular: poetas do fado Intérprete: Madredeus Victor Almeida Três luzes acesas Serão o meu sinal Quando me cantares A serenata dos teus desejos Guitarras tremendo baixinho À noite naquele choupal Quando uma guitarra trina Nas mãos de um bom tocador A própria guitarra ensina A cantar seja quem for Em Coimbra serei tua Em Coimbra serei tua Eu quero que o meu caixão Tenha uma forma bizarra A forma de um coração A forma de uma guitarra Num barco sózinho Desceremos o Mondego Quando me cantares A serenata dos teus desejos Guitarras tremendo baixinho À noite naquele choupal Guitarra, guitarra querida Eu venho chorar contigo Sinto mais suave a vida Quando tu choras comigo Em Coimbra serei tua Em Coimbra serei tua Nota: Acerca deste album deixa-me acrescentar que reuniu do que melhor há em termos de instrumentistas em Portugal, a ver: Mário Laginha e António Emiliano no piano, Tomás Pimentel, Edgar Caramelo e Carlos Taínha nos metais e outras cornetas, António José de Almeida na bateria Pedro Ayres de Magalhães (sintetizadores e guitarras) e Ricardo Camacho (sintetizadores). ’Este disco pertence a todas as pessoas que, desde o dia 10 de Agosto de 1959, fizeram do cinzento um «Sonho Azul» (não vale a pena acusar-Vos, Vocês sabem muito bem quem são!)... e ao Miguel, porque é meu filho, tendo sido meu sonho.’ Né Ladeiras 22 23