Estudo VLT Uberlandia – Livro II

Transcrição

Estudo VLT Uberlandia – Livro II
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Instituto de Geografia
ESTUDO PRÉVIO DE VIABILIDADE TÉCNICA
PARA A IMPLANTAÇÃO DE VEÍCULO LEVE SOBRE
TRILHOS – VLT EM UBERLÂNDIA-MG
LIVRO II – IMPACTOS AMBIENTAIS
(Versão 1.0 para a discussão pública)
Uberlândia, Minas Gerais
Novembro de 2014
EXPEDIENTE
Universidade Federal de Uberlândia
Instituto de Geografia
Comissão de Trabalho Interdisciplinar
Estudo Prévio de Viabilidade Técnica para Implantação de Veículo Leve sobre Trilhos em Uberlândia
Uberlândia, 2014
Elmiro Santos Resende
REITOR DA UFU
Claudio Di Mauro
DIRETOR DO INSTITUTO DE GEOGRAFIA
Marlene T. de Muno Colesanti
COORDENADORA GERAL DO PROJETO VLT
Adaílson Pinheiro de Mesquita
COORDENADOR TÉCNICO
Edson Claudio Pistori
COORDENADOR EXECUTIVO
Beatriz Ribeiro Soares
William Rodrigues Ferreira
INSTITUTO DE GEOGRAFIA
Fernando Garrefa
Maria Eliza Alves Guerra
FACULDADE DE ARQUITETURA, URBANISMO E DESIGN
José Aparecido Sorratini
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL
Fábio Henrique Bittes Terra
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL
LIVRO II – IMPACTO AMBIENTAL - RELATÓRIO DO PROJETO VLT – UBERLÂNDIA 2014
Estudo Prévio de Viabilidade Técnica para a Implantação do Veículo Leve sobre Trilhos - VLT em Uberlândia - 2014
Portaria UFU R nº 1.132 de 26 de junho de 2013 e Portaria UFU R nº 817 de 28 de agosto de 2014.
161 páginas. Domínio Público. Anotação de Responsabilidade Técnica CREA-MG nº 14201400000002172617
Universidade Federal de Uberlândia: Instituto de Geografia, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design, Faculdade de
Engenharia Civil, Instituto de Economia e Faculdade de Engenharia Elétrica.
Instituições convidadas: UNITRI - Curso de Arquitetura e Urbanismo e Prefeitura Municipal de Uberlândia.
Coordenação Geral: Profa. Dra. Marlene Teresinha de Muno Colesanti.
Comissão de Trabalho Interdisciplinar: Docentes da UFU: Beatriz Ribeiro Soares, Darizon Alves De Andrade, Fábio Henrique Bittes
Terra, Fernando Garrefa, José Aparecido Sorratini, José Roberto Camacho, Maria Eliza Alves Guerra e William Rodrigues Ferreira.
Profissionais convidados: Adailson Pinheiro Mesquita, Bruno Del Grossi Michelotto, Edson Claudio Pistori e Gustavo Malagoli Buiatti.
Representantes do Poder Público Municipal: Alexandre de Souza Andrade, Iraci José da Silva Filho, Ronaldo Dalvo de Aquino Pereira e
Márcia Cristina Medeiros de Freitas.
Equipe técnica do Projeto VLT
Elaboração dos Estudos Técnicos: Engenharia Civil: Dr. Adailson Pinheiro Mesquita, Engenharia Civil: Dr. José Aparecido Sorratini, Geografia:
Dra. Beatriz Ribeiro Soares, Geografia: Dr. William Rodrigues Ferreira, Geografia: Msc. Bruno Del Grossi Michelotto, Arquitetura e Urbanismo:
Dra. Maria Eliza Alves Guerra, Arquitetura e Urbanismo: Dr. Fernando Garrefa e Economia: Dr. Fábio Henrique Bittes Terra.
Redação de Textos: Adailson Pinheiro Mesquita, Fernando Garrefa, Bruno Del Grossi Michelotto, Paulo Alexandre Elias Passos, Letícia Del Grossi
Michelotto e Edson Claudio Pistori.
Estudantes de pós-graduação (mestrado e doutorado): Geog. Ms. Caroline Ferreira de Morais, Arq. Urb. Esp. Clayton França Carili, Geog. Dhulia
Alves de Souza, Geog. Ms. Edson Claudio Pistori, Geog. Filipe Antunes Lima, Ms. Eng. Civil Jardel Inácio Moreira Vieira, Arq. Urb. Luciana Mendes
Carvalho Petraglia, Geog. Esp. Luiz Felipe Vasconcelos Costa, Eng. Civil Melissa Mariana Ferreira Silva, Eng. Civil Geog. Ms. Priscila Alves, Rodrigo
Borela Valente e Geog. Esp. Flaviane Fernandes Bernardes, Paulo Alexandre Elias Passos, Ms. Letícia Del Grossi Michelotto.
Estudantes de graduação: Aline Macedo Queiroz, Amanda Oliveira Gonçalves, Ana Carolina da Silva, Ana Laura Fernandes Barbosa, André
Lemos Nardi, Artur Cruz Bertolucci, Camila Garcia Cavesan, Cássio Henrique Naves Mota, Damaris da Silva Costa, Fernanda Oliveira Borges,
Glaycon Vinícios Antunes de Souza, Gustavo de Melo Marques, Herivelton Pereira Pires, Isadora Afonso Torres, Júlia Petrél Fernandes, Júlia
Maria Alves, Ladeira Júlia Saccardo Campos, Marina Miranda Gaioto, Maryelly Silva Faria, Patrícia Aparecida Mendes, Paulo Otávio Oliveira
Godoy, Pedro Henrique Kelmer, Rafael Pessoa Londe, Rafael Santana, Rafhael Ribeiro Mascarenhas, Robert Soares de Lima e Tatiana Tiemi
Kazeoca.
Ilustrações: Paulo Cesar, Adailson Pinheiro Mesquita, Guilherme Clementeda Silva Neto, Ana Carolina Souza Silva, Luís Carlos Alves Junior,
Carlos Vinicius Varaldo, Mariana Araújo Souza, Dhulia Alves de Souza e Júlia Saccardo Campos. Empresas: Oficina 3D LTDA e Georreferencia
LTDA.
 Versão digital deste relatório disponível em http://www.vltuberlandia.com
SUMÁRIO
RELATÓRIO DO PROJETO VLT – LIVRO II
Estudo Prévio de Impactos Ambientais Potenciais para a implantação de Veículo Leve Sobre
Trilhos - VLT em Uberlândia. 2014
Apresentação
Introdução
CAPÍTULO I
Diagnóstico Ambiental do Meio Físico
1.1 Clima e condições meteorológicas
1.2 Geologia
1.2.1. Geotecnia
1.3 Geomorfologia
1.3.1 Terrenos Interceptados
1.4 Pedologia
1.5 Recursos Hídricos
CAPÍTULO II
Diagnóstico Ambiental do Meio Biótico
2.1 Vegetação
2.1.1 Breve histórico do desmatamento na região de Uberlândia
2.1.2 Caracterização fitofisionomias presentes no município de Uberlândia
2.2 Caracterização da Fauna Silvestre de Uberlândia
2.2.1 Herpetofauna
2.2.2 Aves
2.2.3 Mamíferos
2.2.4 Fauna de interesse epidemiológico
CAPÍTULO III
Diagnóstico Ambiental do Meio Socioeconômico
3.1 Aspectos históricos e culturais
3.2 Aspectos demográficos
3.3 Indicadores sociais e econômicos
3.4 Uso e ocupação do solo na área interceptada pelos traçados propostos
CAPÍTULO IV
Identificação e Avaliação de Impactos Ambientais
4.1 Identificações das Ações Impactantes
4.2 Identificação dos Componentes Ambientais
4.3 Identificação e Avaliação de Impactos Ambientais
4.3.1 Impactos no Meio Físico
4.3.2 Impactos no Meio Biótico
4.3.3 Impactos no Meio Antrópico
CAPÍTULO V
Definição das áreas de influência do empreendimento
CAPÍTULO VI
Proposta para elaboração do Plano Básico Ambiental
CAPÍTULO VII
Considerações Finais Provisórias
Referências
Introdução
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Este Livro II tem por objetivo apresentar a avaliação preliminar dos impactos
potenciais decorrentes das obras de implantação e operação do VLT no município de
Uberlândia.
Além da avaliação de impactos, inclui um amplo conjunto de levantamentos
técnicos que resultaram na elaboração de um diagnóstico ambiental sucinto da área
interceptada pelas diretrizes de traçado propostas para o empreendimento.
Os resultados consolidados nos capítulos que seguem foram conduzidos por
equipe multidisciplinar e realizados concomitantemente com os demais estudos de
viabilidade apresentados neste documento.
As equipes especializadas foram mobilizadas a partir do levantamento de
informações das características básicas do projeto disponibilizadas na fase atual dos
estudos, o que não contempla informações executivas de engenharia.
Para a condução dos estudos e levantamentos, foi definida como Área de Estudo
(AE) o município de Uberlândia, com ênfase em sua mancha urbana, e Área
Diretamente Afetada (ADA), a área a ser ocupada pelas estruturas inerentes ao
projeto, permanentes e temporárias, assim como os traçados preferenciais definidos
nas seções anteriores (ver Figura 1.a).
Os dados secundários que subsidiaram o levantamento de informações gerais
sobre Área de Estudo foram obtidos a partir de levantamento bibliográfico e consulta
aos bancos de dados de instituições governamentais em suas diferentes esferas.
Neste aspecto, salienta-se que foram desenvolvidas pesquisas bibliográficas
complementares e o levantamento de informações de fontes estatísticas em
instituições oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de
Minas Gerais, Fundação João Pinheiro, IBAMA, ICMBio, entre outros.
Os dados obtidos subsidiaram a elaboração final do diagnóstico ambiental da
Área de Estudo (AE). Foram também efetuadas pesquisas específicas para
levantamentos das bases cartográficas, mapeamentos de referência e de banco de
dados geográficos disponibilizados por instituições oficiais como INPE, IBGE,
GEOMINAS, entre outros.
Os levantamentos de dados em fontes secundárias foram complementados com
a obtenção de informações em reuniões e diálogos com lideranças setoriais, técnicos e
autoridades do município de Uberlândia, incluindo a Universidade Federal.
Paralelamente ao levantamento de dados secundários, procedeu-se o
planejamento das atividades de campo necessárias ao diagnóstico ambiental da Área
Diretamente Afetada (ADA) pelo empreendimento. Os levantamentos de campo
contemplaram a realização de visitas de reconhecimento e campanhas de obtenção de
dados primários relativos aos componentes ambientais dos meios físico, biótico e
socioeconômico.
Para representação cartográfica dos mapeamentos efetuados na Área de Estudo
foi adotada a escala compatível com respectivas temáticas. Tais mapeamentos foram
produzidos a partir dos levantamentos de campo e da interpretação das imagens
orbitais disponíveis.
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Consolidado o diagnóstico ambiental das unidades de análise inicialmente
estabelecidas, procedeu-se à identificação e avaliação dos impactos ambientais. Tal
procedimento teve como referência inicial a caracterização detalhada do
empreendimento, a individualização das ações de potencial impactante e dos
componentes ambientais caracterizados ao longo do diagnóstico ambiental. O
cruzamento entre ações impactantes e componentes ambientais através de matriz de
interação possibilitou a identificação dos potenciais impactos socioambientais
decorrentes da implantação e da operação do VLT.
A partir desse processo de identificação e análise dos impactos ambientais
potenciais, foi desenvolvida a proposta de Plano Básico Ambiental, que inclui um
amplo conjunto de medidas que objetivam prevenir, mitigar ou compensar os
impactos identificados anteriormente.
Por fim, desenvolveu-se a avaliação final dos impactos resultantes sobre cada
componente ambiental, o que pressupõe a correta aplicação dos Programas
Ambientais propostos.
Assim, a análise da magnitude, da abrangência e de outros atributos dos
impactos ambientais tem como foco a avaliação do impacto residual, ou seja,
considerando um cenário em que o impacto potencial previsto foi devidamente
mitigado.
Neste livro encontram-se estruturadas 5 capítulos. Nos capítulos iniciais (I, II e III)
são apresentados os resultados do diagnóstico ambiental para cada meio, a saber:
físico, biótico e socioeconômico.
No capítulo IV, apresenta-se a metodologia de avaliação de impactos, a definição
das ações impactantes, dos componentes ambientais e os resultados encontrados,
sendo que, no capítulo V, foram definidas as áreas de influência do empreendimento.
O capítulo VI integra a proposta de Plano Básico Ambiental e seus respectivos
Programas Ambientais, cujo detalhamento deverá ser realizado, quando da obtenção
da Licença de Operação, conforme rito processual vigente de licenciamento ambiental.
Finalmente, no capítulo VII e VIII apresentam-se, respectivamente, as
considerações finais e a blibliografia utilizada.
CAPÍTULO I
Diagnóstico Ambiental
do Meio Físico
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2.1 Clima e Condições Meteorológicas
Considerações Gerais
Para a caracterização climática da Área de Estudo, foi realizado um levantamento acerca
do clima em escala regional e feita uma descrição dos principais sistemas de circulação
atmosférica atuantes na região. Foram consultados, dentre outros, os trabalhos de NIMER
(1977), MONTEIRO (1973), SANT’ANA NETO (2009), DEL GROSSI (1992), SÁ JUNIOR (2009), o
Mapa de Climas do Brasil na escala 1:5.000.000 (IBGE, 2002), além do modelo de classificação
climática de Koeppen (KOEPPEN, 1948; THORNTHWAITE; MATHER, 1951; ROLIN et al., 2007,
PEEL et. al., 2007). As análises também se pautaram nas informações disponibilizadas no
Zoneamento Ecológico Econômico do Estado de Minas Gerais (2008).
Na seqüência, foram levantados os dados de estações meteorológicas presentes na área
de estudo e analisados os resultados dos parâmetros coletados. Para tanto, foram utilizadas as
Normais Climatológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET, 1992) e consultados o
banco de dados do BRSIL/MCT (2014), Agência Nacional de Águas (BRASIL, 2011).
Clima Regional
Com base nos critérios definidos por Koppen (simplificados por Setzer, 1966), o
município de Uberlândia encontra-se em área de transição climática, onde o regime térmico e
de precipitação define as tipologias climáticas regionais. Conforme o Zoneamento Climático do
Estado de Minas Gerais proposto por Sá Júnior (2009) – apresentado na Figura 1.1.a – a área
de estudo encontra-se sob o domínio de dois sub-tipos climáticos, descritos a seguir:
Cwa – Clima subtropical quente com inverno seco. Predomina na maior parte da bacia, à
exceção do extremo norte e extremo sul da mesma. Este tipo de clima é caracterizado por
temperaturas inferiores a 18 ºC no mês mais frio e superiores a 22 ºC no mês mais quente. No
mês mais seco, é usual a ocorrência de totais pluviométricos inferiores a 30 mm.
Aw – Clima tropical com inverno seco. Neste tipo de clima, a temperatura média do mês
mais frio é igual ou superior a 18 ºC e a temperatura média do mês mais quente é sempre igual
ou superior a 22 ºC. Em relação à distribuição das chuvas, observam-se invernos secos, quando
as precipitações não ultrapassam os 60 mm médios mensais no mês mais seco.
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Figura 1.1.a
Classificação climática de Koppen para o Estado de Minas Gerais
Município de
Uberlândia
Fonte: SÁ JÚNIOR, 2009.
De acordo com a classificação climática do IBGE (2005), que leva em consideração o
regime de precipitações, a área em questão está sob o domínio de climas úmidos e semiúmidos, que diferenciam-se, sobretudo, em relação ao regime térmico. Observa-se a atuação
do clima Quente semi-úmido, com 4 a 5 meses secos e com temperatura superior a 18 ºC em
todos os meses do ano. Nessas áreas, o inverno é ameno e a sensação de frio somente se
verifica em forma de ondas espasmódicas por ocasião das invasões do anticiclone polar.
Outro tipo de clima atuante é o Subquente semi-úmido, também com 4 a 5 meses secos,
porém com temperatura média entre 15 e 18 ºC em pelo menos 1 mês do ano. Neste tipo de
clima, a menor freqüência de temperaturas elevadas no verão e temperaturas mais amenas no
inverno deve-se, principalmente, à influência da altitude .
De acordo com a classificação de Thornthwaite e Mather (1955), apresentada na Figura
2.1.b, o município de Uberlândia encontra-se em área de transição entre o domínio do subtipo climático B2, onde as médias anuais da temperatura e da precipitação acumulada são da
são da ordem de 19,0 a 20 ºC e 1500 a 1600 mm, respectivamente. Por sua vez a
evapotranspiração potencial segue valores relativamente mais baixos, com deficiência hídrica
anual no solo agrícola da ordem de 87 mm (DANTAS et all, 2007).
Destaca-se, contudo, que, na região em estudo, estas condições climáticas já possuem
características marcantes de desenvolvimento sócio-econômico devido à melhoria das
condições naturais auto-sustentáveis, a exemplo das áreas com agricultura tecnificada
observada na região.
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Figura 2.1.b
Classificação climática do Estado de Minas Gerais segundo Thornthwaite e Mather
Fonte: DANTAS et al, 2007.
De maneira geral, o que particulariza as diferenciações climáticas na região de
Uberlândia é a amplitude altimétrica, que atua como um fator de abrandamento do caráter
tropical do clima. Conforme diversos estudos clássicos da geografia física brasileira (AB’SABER,
1967; NIMER, 1979; MONTEIRO, 1973; SANT’ANA NETO, 2009), nenhuma outra região do
Brasil sofre influência tão nítida deste fator estático, que comanda a distribuição espacial das
temperaturas e das precipitações.
Apesar da grande influência deste fator estático sobre o clima da região, no entanto,
além da sua localização tropical, apenas estes fatores não permitem uma maior compreensão
do clima da região. A seguir são descritos sucintamente os principais sistemas de circulação
atmosférica.
Circulação Atmosférica
Para a caracterização sinótica do clima na região de Uberlândia, foram considerados os
principais sistemas de circulação atmosférica que, por sua atuação direta, exercem um
importante papel na variação das composições climáticas do estado de Minas Gerais, e da
região Sudeste de forma geral, tanto no tempo como no espaço.
Em relação aos principais parâmetros de larga escala que comandam o regime climático
diário e sazonal, destacam-se os sistemas de alta pressão e os sistemas de frentes, que se
alternam ao longo do ano ocasionando as linhas de instabilidade (chuvas) e as condições de
alta pressão (tempo bom).
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O primeiro aspecto a destacar é que o clima regional é marcado pela nitidez de estações
secas e úmidas. Isto se deve aos sistemas de circulação atmosférica que determinantes dos
tipos habituais que se expressam pelo domínio de massas de ar. Assim, a sazonalidade
marcante das precipitações se deve a influência das massas tropicais e polares. Na Figura
2.1.c, apresenta-se o comportamento habitual das massas de ar na América do Sul.
Figura 2.1.c
Comportamento habitual dos sistemas atmosféricos na América do Sul
Ea:Equatorial Atlântico, Ec: Equatorial Continental, Ta: Tropical Atlântico, Tc: Tropical Continental, Pa: Polar Atlântico, Ep:
Equatorial Pacífico, Tp: Tropical Pacífico, Pp: Polar Pacífico.
Fonte: SANT´ANA NETO (2009)
Durante o inverno na região do Triângulo Mineiro, o tempo é estável, o céu é limpo,
com acentuado aquecimento diurno por insolação e com resfriamento noturno e ausência de
chuvas. É quando domina, na região, a massa Tropical atlântica (mTa), que juntamente com a
massa Polar atlântica (mPa), lidera a circulação atmosférica nessa época do ano. A mTa, ao
atingir o continente, nessa época resfriado, sofre também resfriamento basal, tendendo a
estabilizar-se. Parte de sua umidade é condensada por efeito orográfico, ocorrendo
precipitações no litoral e chegando ao interior já bem mais seca.
Por outro lado, as precipitações produzidas no avanço da massa polar são também mais
abundantes nas proximidades do litoral, no contato mais direto com a mTa. Assim, durante o
inverno, os índices pluviométricos são advindos apenas da frente polar. Como a região de
Uberlândia fica a maior parte do tempo, nesse período, sob o domínio da mTa, prevalecem as
condições de estabilidade. Podem ocorrer, no entanto, precipitações ocasionais de origem
frontal durante os avanços esporádicos da mPa.
No verão, também se observa o domínio da mTa, pois, com o aquecimento do
continente, enfraquece-se o abastecimento do ar polar. Esse aquecimento provoca
instabilidade na mTa que se reproduz em precipitações. Mesmo nesta estação, as chuvas da
mTa matem íntima conexão com os fenômenos da frente polar, especialmente em decorrência
da sua instabilidade pré frontal. As ondas de frio, nesse período, são fracas e não atingem a
região que, todavia, é atingida por ondas de calor vindas do Noroeste, provocadas pelas linhas
de instabilidade tropicais ocasionando fortes aguaceiros, sobretudo convectivos.
Desse modo, constata-se, como demonstrou Monteiro (1969), que o mecanismo de
circulação durante o ano surge sob as mesmas bases, não existindo, na verdade, uma inversão
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de circulação. As diferentes condições do tempo, notadamente entre o verão e inverno,
decorrem das modificações que as massas de ar apresentam em suas fontes e também pelas
modificações impostas durante os seus deslocamentos.
Em síntese, pode-se concluir que as condições de tempo e a típica sazonalidade
climática na região do Triângulo Mineiro decorrem da atuação dos seguintes fenômenos
sinóticos:
Sistemas de alta pressão: também chamados de anticiclones, são responsáveis por
estabilizar a atmosfera e estão associados às massas de ar Subtropical Atlântica. São, portanto,
denominados sobre a latitude da área em questão, de Anticiclones Subtropical Marítimo do
Atlântico Sul. Ao girarem no sentido anti-horário, divergem o ar do centro para as suas bordas.
Este sistema produz estabilidade do tempo, provocando aumento das temperaturas e
diminuição da umidade pelo efeito adiabático ao longo de sua trajetória. Em função da
rugosidade do terreno, este sistema deixa parte de sua umidade a cada vertente a barlavento,
e ao transpor-las provoca ressecamento adiabático nas vertentes a sotavento, além de
aquecimento nos vales encaixados (SANT’ANA NETO, 2009).
Possuem raio médio horizontal de 1.000 km conforme a época do ano. Ao se
deslocarem um pouco para o continente, em fins de outono e nos meses de inverno,
promovem a ocorrência de tempo seco sobre a região. Tem orientação SE-NW, deslocando-se
de sudeste para nordeste ou leste. Essas invasões ocorrem por todo o ano, sendo mais
freqüentes e extensas no inverno, onde os anticiclones polares penetram no continente sul
americano, atingindo as cinco regiões brasileiras. A região sudeste é totalmente atingida pela
Frente Polar.
Sistemas de frentes: estão associados às áreas de baixa pressão, formadas a partir do
encontro da Massa Polar Atlântica e do ar úmido e quente do Brasil Central. Das Correntes
Perturbadas, as que atuam mais diretamente sobre o território do Triângulo Mineiro são as
Correntes Perturbadas de Oeste e Sul. As Correntes Perturbadas de Oeste correspondem às
Linhas de Instabilidade Tropical (LIT) ou Instabilidades Tropicais (IT), originadas na Massa
Equatorial Continental. Ocorrem no interior do Brasil, entre meados da primavera a meados
do outono, sendo mais freqüentes no verão. Provocam chuvas intensas, localizadas,
acompanhadas de trovoadas e, algumas vezes, granizo, conhecidas como chuvas de verão.
Estes sistemas de baixas pressões giram no sentido horário, convergindo o ar quente e
úmido para o seu centro e com isso aumentam a nebulosidade e intensificam a velocidade do
vento. Possuem um raio médio horizontal em torno de 600 km. Têm a sua maior freqüência de
atuação durante a primavera e no verão. Esta condição acontece, porque o núcleo do
anticiclone se desloca para superfície oceânica, permitindo o avanço da massa de ar equatorial
quente e úmida, responsável pelas freqüentes ocorrências de precipitações do tipo convectiva.
O mês de Dezembro é o que representa maior número de passagens deste tipo de frente,
responsável pela ocorrência dos tempos instáveis.
Além dos sistemas atmosféricos da baixa troposfera, a ZCAS (Zona de Convergência do
Atlântico Sul) alimenta e intensifica a perturbação frontal, notadamente nos estados de São
Paulo e Minas Gerais. Atuam também, na região, as linhas de instabilidade do ar tropical e os
Complexos Convectivos de Meso-escala (SANT’ANA NETO, 2009).
Em síntese, no período de primavera/verão, o anticiclone migratório polar é responsável
pelo avanço das frentes frias que atuam na região, por mecanismos de circulação superior do
ar e pelo deslocamento do equador térmico para o hemisfério norte. No outono/inverno, os
bloqueios das frentes tornam-se mais frágeis e o anticiclone polar avança para latitudes mais
baixas, deixando terreno para a evolução da massa polar, que traz episódios de temperaturas
mais amenas.
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Parâmetros Meteorológicos
Os dados históricos utilizados no presente diagnóstico são aqueles coletados na Estação
Climatológica do Laboratório de Climatologia e Recursos Hídricos da Universidade Federal de
Uberlândia, operada em parceria com o INMET. Os dados compreendem o período entre 19812003 e são relativos às médias mensais. Os dados da estação climatológica supracitada
encontram-se apresentados na Tabela 2.1.a. Estes dados foram assumidos como
representativos do comportamento do regime climático dominante na região de estudo.
Tabela 2.1.a
Dados relativos à Estação Climatólogica A507 – Uberlândia/MG
Estação
Uberlândia
Código
A507
Latitude
18.91S
Longitude
48.25W
Responsável
INMET/UFU
Operadora
INMET/UFU
Altitude
869,00 m
Parâmetros Utilizados
Precipitação, Umidade Relativa e Temperatura do Ar
Fonte: INMET (2014).
Precipitação
A distribuição da precipitação, bem como de outros elementos climáticos, é bastante
irregular junto à superfície terrestre. Isso se deve, em princípio, à existência de alguns
fenômenos que tendem a modificar a normalidade de ocorrência da precipitação e
consequentemente dos períodos de estiagem.
Na região Sudeste, a irregularidade da precipitação está diretamente relacionada com o
deslocamento de sistemas circulatórios de escala sinótica, associados à formação de linhas de
instabilidades locais, principalmente no Verão devido à oscilação da Zona de Convergência do
Atlântico Sul, ZCAS. Da mesma, forma a altitude imprime a influência do fator estático na
distribuição das chuvas, que compreendem o elemento climático de maior importância na
definição do clima regional.
Nota-se, fundamentalmente, que tal distribuição implica duas estações bem definidas:
verões chuvosos e períodos de estiagem no inverno. Quanto à época dos mínimos, ela se dá de
maio a setembro, relacionando-se à ausência quase completa de chuvas de IT, ficando a região
na dependência quase que exclusiva das instabilidades frontais representadas pelas correntes
perturbadas de sul. Por outro lado, observa-se que o trimestre dezembro-janeiro-fevereiro
representa os meses mais chuvosos, quando as precipitações ultrapassam facilmente os 170
mm mensais.
Cabe destacar, porém, que o mecanismo atmosférico, na região de Uberlândia e na
região tropical de forma geral, caracteriza-se por sua notável irregularidade, podendo
apresentar comportamentos bem distintos de um ano para o outro. Disto resulta que as
precipitações em cada ano estão, consequentemente, sujeitas a totais bem distintos, podendo
se afastar grandemente dos valores normais (NIMER, 1979).
Na Tabela 2.1.b é ilustrada a distribuição anual das precipitações médias no município
de Uberlândia. Dadas as características citadas, verifica-se que o mês de dezembro é o mais
chuvoso: 318,9 mm. Ademais, observam-se totais elevados em outubro, novembro, janeiro,
fevereiro e março, quando as alturas médias são sempre superiores a 200 mm.
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Em relação ao período seco, observam-se os menores valores entre maio e setembro,
sendo as precipitações médias inferiores a 60 mm. Junho, julho e agosto são os meses mais
secos (precipitações médias <30 mm), refletindo a atuação do Anticiclone Tropical Semi-fixo
do Atlântico Sul que caracteriza o sub-tipo climático “w” já descrito neste estudo.
No que diz respeito às médias anuais, verifica-se que, na estação climatológica em
análise ocorrem alturas médias de 1.583 mm, em acordo com as Normais Climatológicas do
INMET (1992).
Em síntese, confirmar-se a sazonalidade climática típica da região, fato explicado tanto
por fatores estáticos, como pela posição geográfica e a altitude quanto por fatores dinâmicos
associados à atuação dos sistemas de circulação atmosférica.
Tabela 2.1.b
Precipitação média mensal (mm). Uberlândia (A507) 1981-2003
Meses do ano
Precipitação média (mm)
Jan
311,6
Fev
201,0
Mar
228,2
Abr
78,7
Mai
39,7
Jun
15,3
Jul
8,7
Ago
15,5
Set
52,6
Out
110,4
Nov
203,0
Dez
318,9
Total médio anual
1.583,6
Fonte: INMET, 2014.
Temperatura
A temperatura do ar se constitui na capacidade de um corpo em receber ou transmitir
calor. Trata-se de um parâmetro termodinâmico (uma função de estado) que representa o
grau de equilíbrio da atmosfera e indica a variação da energia cinética das moléculas do ar
durante a sensação de frio e quente. É, portanto, um parâmetro de interesse para os estudos
de meio ambiente.
As temperaturas mais elevadas, em geral, estão associadas à formação de movimentos
verticais ascendentes na troposfera (ocorrências de chuvas e tempestades) e, ao contrário, as
baixas temperaturas são indicadoras de movimentos verticais descendentes que inibem a
velocidade horizontal do vento, sendo um indicador de condição menos favorável à dissipação
de calor, caracterizando uma condição de atmosfera estável sujeita a períodos prolongados de
estiagens (AYOADE, 1996).
Em relação às temperaturas no estado de Minas Gerais, enfatiza-se que as diferenças
térmicas regionais, assim como as pluviométricas, são extremamente diversificadas. A
extensão latitudinal associada às altitudes elevadas do relevo exercem importante papel na
distribuição das temperaturas médias anuais. A variação térmica implica temperaturas mais
elevadas entre os meses de setembro a dezembro, quando os valores médios se elevam entre
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26 e 28 ºC, e temperaturas mais amenas entre junho, julho e agosto, quando estas
aproximam-se dos 14 ºC médios no sul de Minas (INMET, 1992; NIMER, 1977).
A distribuição temporal das temperaturas médias, máximas e mínimas é apresentada na
Tabela 2.1.c. A média térmica mensal é de 22,3 ºC. De forma geral, verificam-se valores mais
elevados entre outubro e março; porém o mês mais quente é o de outubro com média de 23,9
ºC, sendo as médias máximas de 30,7 ºC.Junho e julho são os meses mais frios, quando os
valores mínimos médios apresenta-se na faixa dos 14 ºC.
De forma geral, verifica-se que as médias do ano exprimem bem a predominância de
temperaturas medianas a elevadas durante quase todo o ano. Observa-se, no entanto, mais
comumente que estas são mais predominantes entre a primavera e o verão, quando a
incidência dos raios solares se verifica em ângulos maiores e em períodos mais prolongados.
Por outro lado, no restante dos meses do ano, principalmente entre maio e agosto, as
temperaturas são mais amenas em função de diversos fatores, os quais destacam-se a maior
inclinação dos raios solares em função dos solstício de inverno, redução da intensidade da
radiação solar incidente nesta época do ano e avanços mais rigorosos das massas de ar frio de
origem polar.
Tabela 2.1.c
Temperatura média mensal, máxima média mensal e mínima média mensal (ºC). Uberlândia
(A507) 1981-2003
Meses do ano
Média
Máxima média
Mínima média
Jan
23,4
29,2
19,6
Fev
23,7
29,9
19,5
Mar
23,5
29,5
19,4
Abr
22,,8
29,2
18,3
Mai
20,7
27,5
15,8
Jun
19,3
26,7
14,3
Jul
19,4
27,0
14,0
Ago
21,1
29,0
15,3
Set
22,8
30,1
17,3
Out
23,9
30,7
18,9
Nov
23,6
29,8
19,3
Dez
23,5
29,1
19,4
Média mensal
22,3
28,9
17,5
Fonte: INMET, 2014.
Umidade relativa do ar
A umidade relativa do ar define-se como a relação percentual entre a quantidade de ar
úmido presente em um dado volume de ar e a quantidade que esse volume poderia conter se
estivesse saturado. É um parâmetro variável, sendo que sua concentração depende de
diversos fatores, como a continentalidade, altitude e latitude.
A distribuição anual dos valores da umidade relativa do ar em Uberlândia é apresentada
na Figura 2.1.d. Da mesma forma que ocorre com os totais pluviométricos, a distribuição da
umidade relativa do ar caracteriza-se pelos valores elevados durante o verão, e que decrescem
durante os meses do outono inverno em função da ausência de chuvas nesses período.
Conforme os dados históricos do INMET (1992) a umidade relativa do ar média na região varia
17
entre 70 e 75% durante o ano, valores estes condizentes com aqueles registrados em
Uberlândia (70,5%).
De forma semelhante à distribuição dos totais pluviométricos, os meses de maior
umidade compreendem o período entre dezembro e março, com pico no mês de janeiro
(80%). O mês de agosto é o mais seco, quando se observou valores médios de 58%.
Os meses mais úmidos estão associados à atuação dos sistemas de correntes
perturbadas que ocasionam chuvas, enquanto que os meses mais secos relacionam-se à
atuação dos sistemas de alta pressão responsáveis por estabilizar a atmosfera nestas regiões
do Brasil central. De toda forma, e como já descrito anteriormente, são comuns desvios anuais
em relação às normais e períodos críticos de úmidade já foram observados na região, quando
os valores absolutos da umidade relativa do ar permanecem abaixo dos 30% no fim da estação
seca (agosto/setembro).
Dentre os motivos que explicam os valores não tão elevados da umidade do ar, quando
comparados com outras localidades do estado, destacam-se a posição latitudinal com intensa
radiação solar e o efeito de continentalidade, que diminui consideravelmente a influência das
massas úmidas durante os meses de inverno.
Tabela 2.1.d
Umidade relativa do Ar. Médias mensais (%). Uberlândia (A507) 1981-2003
Meses do ano
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Média mensal
Umidade relativa do ar (%)
80
77
79
73
71
68
62
58
61
66
73
79
70,5
Fonte: INMET, 2014.
Nível ceráunico
O nível ceráunico mede a quantidade de descargas atmosféricas em uma determinada
área, avaliada a partir do número de dias de tempestades por ano em uma região.
Em linhas gerais, a formação de uma descarga atmosférica acontece quando existem
nuvens intensamente carregadas (tempestades) e massa de ar úmida, com carga negativa em
parte inferior, que cria uma descarga piloto em direção à terra. Em contrapartida, um caminho
ionizado inicia-se da terra em direção à nuvem e vai se desenvolvendo até encontrar a
descarga piloto. Neste momento, forma-se um caminho completo que dá origem a primeira
descarga (líder) possibilitando, então, a corrente de retorno (terra para a nuvem) de maior
intensidade.
18
Devido à densidade de descargas atmosféricas para a terra ser expressa pelo número de
raios por quilômetro quadrado, o valor dessa densidade, para uma dada região, é função
direta do número de dias de trovoadas por ano (Nível Ceráunico).
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), através do Grupo de Eletricidade
Atmosférica (ELAT), monitora as descargas elétricas na região Centro Sul, incluindo a região de
Uberlândia. De acordo com dados disponibilizados pelo referido Instituto, a quantidade de
raios no município de Uberlândia, no ano de 2013, foi de 7,08 descargas/km²/ano, para uma
área de 4.130 km².
Balanço hídrico
Levando-se em conta os parâmetros meteorológicos apresentados e as respectivas
distribuições ao longo do ano, tem-se o balanço hídrico climatológico para a região de
Uberlândia. Foi utilizada a proposta metodológica de Thornthwaite e Mather (1955) e a
Capacidade de Água Disponível Padrão (CAD) de 125 mm (ROLIN et al., 2007). Os resultados
são apresentados na Figura 2.1.d.
Figura 2.1.d
Balanço hídrico climatológico para a localidade de Uberlândia (CAD 125 mm)
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
250
200
mm
150
100
50
0
-50
-100
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
DEF(-1)
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
EXC
O balanço hídrico climatológico, desenvolvido por Thornthwaite e Mather (1951) é uma
das várias maneiras de se monitorar a variação do armazenamento de água no solo. Através da
contabilização do suprimento natural de água ao solo pela chuva (P) e da demanda
atmosférica, pela evapotranspiração potencial (ETP), e com um nível máximo de
armazenamento ou capacidade de água disponível (CAD) apropriada ao estudo em questão, o
balanço hídrico fornece estimativas da evapotranspiração real (ETR), da deficiência hídrica
(DEF), do excedente hídrico (EXC) e do armazenamento de água no solo (ARM), podendo ser
elaborado desde a escala diária até a mensal (ROLLIN; SENTELHAS, 1999).
De forma geral, o período de deficiência hídrica, na localidade em estudo, é compatível
com a distribuição dos totais pluviométricos e atuação dos sistemas de circulação atmosférica
ao longo do ano. Em Uberlândia, o período de deficiência hídrica é observado entre abril e
19
setembro, sendo outubro e novembro meses de reposição. O pico de deficiência hídrica ocorre
em agosto (41,1 mm). Os meses de dezembro (198,4 mm) e janeiro (199,8 mm) são os que
apresentam os maiores excedentes.
Em síntese, apresenta-se na Figura 2.1.e o climograma representativo do
comportamento térmico e pluviométrico na cidade de Uberlândia.
Figura 2.1.e
Climograma da cidade de Uberlândia
Fonte: INMET (2014); Queiroz (2009).
1.2 Geologia
Para a caracterização do substrato rochoso foram consultados o Mapa Geológico da
Folha Goiânia SE.22 da Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo (FARACO et al., 2004) e o
Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais, bem como o texto explicativo deste último
(COMIG, 1994). Complementarmente, consultou-se os mapeamentos realizados pelo CETEC e
artigos científicos que versam sobre a área (SOARES, 2002; BACCARO, 1994; NISHIYAMA, 1989;
DEL GROSSI, 1992). Também foi consultado o mapeamento disponibilizado no Zoneamento
Ecológico Econômico do Estado de Minas Gerais (2008). A análise foi complementada com
estudos expeditos em campo durante os meses de setembro de 2014.
Considerando-se as Províncias Estruturais, a área de estudo situa-se na Província Paraná,
que abrange grande parte do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. A complementação do
nome Província Paraná, com a designação Província Sedimentar Meridional, realizada por
Bahia et al (2003), teve como objetivo enfatizar o estudo das bacias que a compõe, cada qual
com seu processo de formação e constituição distintos.
Esta província compreende três áreas de sedimentação independentes, separadas por
profundas discordâncias: Bacia do Paraná propriamente dita, uma área de sedimentação que
primitivamente se abria para o oceano Panthalassa a oeste (Milani e Ramos, 1998); a Bacia
Serra Geral, compreendendo os arenitos eólicos da Formação Botucatu e os derrames
basálticos da Formação Serra Geral; e a Bacia Bauru, uma bacia intracratônica.
20
O substrato da província compreende blocos cratônicos e maciços alongados na direção
NE–SW (Rio Apa, Rio Aporé, Triângulo Mineiro, Rio Paranapanema, Guaxupé, Joinville e
Pelotas), separados por faixas móveis brasilianas: de norte para sul, Paraguai–Araguaia, Rio
Paraná, Apiaí e Tijucas (Milani e Ramos, 1998). Del Grossi (1992) ressalta que a base
deposicional das rochas desta Província no Triângulo Mineiro é constituída de rochas
metassedimentares dos Grupos Araxá, Canastra e Bambuí de idade Pré-Cambriana
Proterozóica e de rochas do Complexo Goiano de idade Arqueana.
Na Figura 2.2.a está sistematizada a proposta de compartimentação da Província
Paraná, de acordo com Bahia et al (2003).
Figura 2.2.a
Esboço geológico da Província Paraná
Fonte: Bahia et al (2003)
21
Conforme a compartimentação apresentada, verifica-se que o município de Uberlândia
insere-se na Bacia Bauru, assim designada por Fernandes e Coimbra (1998), inteiramente
contida na seqüência neocretácea (Épsilon, de Soares et al. 1974) da “Bacia do Paraná” (Milani,
1997). O seu substrato é composto pelas rochas vulcânicas da Formação Serra Geral (Grupo
São Bento). De acordo com Fernandes e Coimbra (1998, 2000), a espessura máxima das suas
rochas sedimentares sobrepostas (300 m) compõe duas unidades correlatas: o Grupo Caiuá e o
Grupo Bauru.
A seguir, são descritas as áreas de ocorrência e as principais características das unidades
litoestratigráficas verificadas no município de Uberlândia, com ênfase em sua área urbana. A
distribuição espacial dessas unidades pode ser verificada no Mapa de Geologia (Figura 2.2.b),
cuja elaboração foi baseada no trabalho de COMIG(1994). Este trabalho também é referência
para os valores das datações radiométricas relacionadas à formação das litologias.
A seguir são descritas as litologias que ocorrem nas áreas de estudo, as quais são
também apresentadas sucintamente na Tabela 2.2.a.
Tabela 2.2.a
Unidades Litoestratigráficas que ocorrem na área urbana do município de Uberlândia
Unidades Litoestratigráficas
Litotipos
Datações (106
anos)
Qa¹
Sedimentos de canais fluviais e
planícies de inundação
1.75 - atual
Depósitos aluvionares
–
Idades
Quaternário
Neogeno/Quater-
NQd
Coberturas detríticas
Depósitos
colúvio-eluviais
eventualmente lateríticas
e,
K2m
Formação Marília
Arenitos com intercalações
laminito arenoso
de
K1βsg
Formação Serra Geral
Basalto com intercalações de arenito
e diques de diabásio
±1.75
nário
±65
Cretáceo Superior
±135 - 96
Cretáceo Inferior
¹Não mapeadas na escala de trabalho.
Fonte: FARACO et al. (2004).
Qa – Depósitos aluvionares
Os sedimentos aluviais são inconsolidados, têm baixa capacidade de suporte, sendo
constituídos por areia fina argilosa, argila orgânica, argila siltosa e, por vezes, cascalhos. Os
sedimentos aluviais têm espessuras que podem superar 3 m, ocorrendo na base camadas de
areias e cascalhos finos. Esses depósitos formam planícies fluviais estreitas e descontínuas, às
vezes em forma de leques, que conformam pequenos bancos arenosos ao longo dos coletores
hidrográficos.
NQd – Coberturas detríticas
A cobertura detrítica que recobre as superfícies de topos planos da bacia em estudo é
formada por sedimentos terciários e quaternários, de identificação contravertida. Feltran Filho
(1997) considerou os sedimentos como pertencentes ao Cretáceo, enquanto RADAMBRASIL
(1983) e Nishiyama (1989) mapearam-na como sendo composta por sedimentos do Terciário
e/ou Quaternário. Para o primeiro autor, os sedimentos encontrados recobrindo o material
considerado da Formação Marília são alterações “in situ” da própria Formação.
De forma semelhante aos sedimentos aluviais, os sedimentos detríticos apresentam-se
quase sempre inconsolidados. Sua constituição é bastante variável, englobando desde seixos
22
mais grosseiros de quartzo, quartzito e sílex até areia grossa e solos argilosos de cor
avermelhada.
K2m – Formação Marília
Como já mencionado anteriormente, a Bacia Bauru, assim chamada por Fernandes &
Coimbra (1998), é inteiramente contida na seqüência neocretácea da “Bacia do Paraná”
(MILANI, 1997). Estes autores atribuem à Bacia Bauru duas fases de deposição: a primeira fase
compreende um trato de sistema desértico; e a segunda, podendo ser representada também
pela Formação Marília, um trato de sistema flúvioeólico, proveniente do nordeste
(FERNANDES & COIMBRA, 2000.), em bancos de espessura média entre 1 e 2 m (NISHIYAMA,
1989).
A Formação Marília é representada por arenitos, arenitos cineríticos, conglomerados, às
vezes calcíferos, lentes de calcários, siltitos e argilitos. Entre outros, destacam-se os seguintes
constituintes mineralógicos: quartzo, sericita, plagiocásio olivina, calcita e minerais de argila
(FERNANDES & COIMBRA, op. cit.).
No âmbito do Projeto Radam Brasil (RADAMBRASIL, 1983, p. 30), a Formação Marília
aparece descrita como sendo constituída de arenitos finos a grosseiros, predominantemente
mal selecionados, vermelhos, róseos e esbranquiçados; arenitos argilosos, argilitos, siltitos,
lamitos, conglomerados polimíticos comumente desagregados e brechas comglomeráticas.
Subordinadamente aparecem níveis lenticulares e concreções de calcário e chert. As rochas
desta unidade aparecem limonitizadas e em pacotes geralmente maciços, com estratificação
cruzada de pequeno e médio porte.
Nishiyama (1989) descreve a Formação Marília como sendo arenitos conglomeráticos,
com grãos angulosos, teor variável de matriz, seleção pobre, ricos em feldspatos, minerais
pesados e minerais instáveis. Esses sedimentos ocorrem em bancos maciços ou com
acamamento incipiente subparalelo e descontínuo, raramente apresentando estratificação
cruzada de médio porte, com seixos concentrados nos estratos cruzados e com raras camadas
descontínuas de lamitos vermelhos e calcários. Em algumas áreas, os arenitos da Formação
Marília, sobretudo nos topos de chapadas, encontram-se recobertos por sedimentos
Cenozóicos.
A primeira descrição formal da Formação Marília, no entanto, deve-se a Soares et al
(1974), que a definiram como uma unidade composta por arenitos grosseiros a
conglomeráticos, com grãos angulosos, teor de matriz variável, apresentando seleção pobre
com abundância de feldspato, minerais pesados e instáveis. São característicos da unidade os
nódulos carbonáticos, que aparecem dispersos ou em zonas concentradas, apresentando
freqüentemente cimento carbonático.
Em relação ao ambiente de deposição, existe o consenso, na literatura consultada, que
este desenvolveu-se em embaciamento restrito, em regimes torrenciais característicos de
leques aluviais e com a deposição de pavimentos detríticos, durante a instalação progressiva
de clima semi-árido, o qual teria propiciado a cimentação dos detritos por carbonatos.
Os arenitos conglomeráticos e conglomerados com seixos de argilito, típicos desta
formação, atestam períodos de sazonalidade climática marcados por inundações e períodos de
aridez alternados. A estrutura das rochas remonta a um ambiente fluvial com canais
anastomasados associados a leques aluviais e planícies de inundação.
SOARES et al (1974) sugeriram que as rochas desta formação foram depositadas por
correntes de alta energia, com transporte fora de canais em extensos lençóis de escoamento;
o que implica reconhecer a importância dos leques aluviais como ambiente de sua formação.
23
Na região do Triângulo Mineiro, Barcelos, Landim e Suguio (1981 apud RADAMBRASIL,
1983) propuseram a designação de Fácies Serra da Galga para caracterizar um pacote de
sedimentos com espessura em torno de 50-70m, constituídos predominantemente por
arenitos grosseiros, feldspáticos, argilosos, conglomeráticos, coloração vermelho rósea com
níveis cinza-esbranquiçado, grãos angulosos e subangulosos, mal selecionados, carbonáticos,
com recorrência da fácies basal (Ponte Alta) representada por nódulos e concreções
carbonáticas.
Essa Formação é distribuída nas áreas mais elevadas do município, sustentando
modelados planos, suavemente ondulados e levemente convexos.
K1βsg – Formação Serra Geral
O Grupo São Bento compreende as formações Botucatu e Serra Geral e se integra
cronologicamente ao período Jurássico/ Cretáceo Inferior (SILVA et al. 2003).
Com a abertura do Oceano Atlântico Sul, as antéclises limitantes da Província
Sedimentar Meridional foram reativadas e transformadas nos arcos homônimos. Com o
rebaixamento do fundo da bacia, houve a formação de ampla depressão topográfica, onde se
depositaram arenitos de granulação fina a média, os quais, de acordo com Scherer (2002, apud
SILVA et al. 2003), podem ser separados em duas unidades genéticas: uma inferior, com
espessura máxima de 100 m, correspondente à Formação Botucatu e discordante sobre a
Bacia do Paraná, que inicia com depósitos de rios efêmeros e lençóis de areia, seguido por
arenitos eólicos; e outra superior, consistindo de lentes de arenitos eólicos, intercaladas nas
rochas vulcânicas da Formação Serra Geral (SILVA op. cit.).
A Formação Serra Geral, de caráter vulcânico, consiste em derrames basálticos
continentais, que formam uma das grandes províncias ígneas do mundo (SAUNDERS et al.
1992, apud SILVA et al. 2003), quando um imenso volume de lava fora expelido através de
gigantescas fissuras (NISHIYAMA, 1989). Compreende sucessão de derrames com cerca de
1.500 m de espessura, de que Leinz & Amaral (1985) consideram 650 m como sendo a
espessura média dos derrames.
As principais feições da formação indicam que os basaltos se originaram do
extravasamento rápido de lava muito fluida através de geoclases e de falhas menores. Como
não há o conhecimento de produtos erosivos no interior da formação, deduz-se não ter havido
hiatos significativos durante a atividade vulcânica. A existência das intercalações eólicas
comprova o predomínio das condições desérticas durante o vulcanismo.
ALMEIDA (1967) admite que esta formação resultou de um intenso vulcanismo básico
fissural derivado da Reativação Wealdeniana da Plataforma Barasileira, o que teria provocado
a formação de grandes geoclases, “através dos quais extravasaram lavas basálticas toleíticas
em ambiente desértico”. A presença dos intertrapes de arenitos sugere que esta condição
teria persistido durante a época do vulcanismo, como aqueles característicos da Formação
Botucatu.
O produto deste magmatismo está constituído por seqüência toleítica bimodal onde
predominam basaltos a basalto andesitos (acima de 90% em volume), superpostos por riolitos
e riodacitos (4% em volume). Com base em características químicas e isotópicas, é dividido
como proveniente de dois reservatórios magmáticos distintos: alto e baixo TiO2,
compreendendo oito subtipos com características químicas e reológicas distintas (PEATE et al.
1992). De acordo com as datações radiométricas realizadas, estima-se seu início em 137,4 Ma
e seu encerramento em torno de 128,7 Ma (TURNER et al. 1994).
24
Com relação à composição petrográfica, as rochas da Formação Serra Geral apresentamse de forma simples, sendo constituídas, essencialmente, de labradorita zonada associada a
clinopiroxênios (augita e às vezes pigeonita). De forma associativa, ocorrem titano-magnetita,
apatita, quartzo e raramente olivina. Na área de abrangência deste estudo, a Formação Serra
Geral possui aspecto maciço, uniforme, amigdaloidal, vesicular, formando espessuras variáveis
de derrames, com intercalações lenticulares de arenito. Possuem fraturas irregulares a
subconchoidais.
Os derrames são constituídos por rochas de cores escuras a cinza escuro, por vezes
vítreas e granulação variando de fina a média. São afaníticas, porém, ocasionalmente
porfiríticas. Adquirem colorações vermelho amareladas quando alteradas superficialmente,
com as amígdalas preenchidas por quatzo, calcita ou minerais verdes.
Os basaltos da Formação Serra Geral encontram-se ao longo dos afluentes dos rios
Uberabinha e Araguari, sendo também aflorantes em alguns pontos da cidade como nas
regiões dos bairros Lídice e Vigilato Pereira.
1.2.1 Geotecnia
A soma dos aspectos físicos (tipo de solo, tipo de rocha e tipo de relevo e fatores
climáticos) possibilita elaborar uma caracterização geotécnica com o objetivo de subsidiar a
compreensão das características geotécnicas dos materiais constituintes ao longo das áreas
interceptadas pelos traçados do VLT.
Primeiramente, cumpre salientar que na Área de Estudo a sazonalidade marcante do
clima faz com que as rochas apresentem comportamento diferenciado frente aos distintos
processos de intemperismo e de dinâmica superficial.
Durante a época de estiagem, que compreende os meses de abril a setembro
(aproximadamente), a ausência de precipitações favorece o intemperismo físico que propicia a
desagregação mecânica generalizada das rochas, sendo responsável pela formação das areias
constituídas por grande quantidade de grão de quartzo e feldspatos; dos pavimentos
detríticos; além de favorecer a manutenção de extensos afloramentos rochosos.
Já durante o período das chuvas, a maior disponibilidade de água favorece o
intemperismo químico das rochas, a formação de solos mais espessos e a ocorrência de
processos erosivos do tipo rastejo, pequenos escorregamentos, escoamento superficial
laminar e em sulcos mais frequentes.
De acordo com o exposto anteriormente, as rochas que ocorrem na Área de Estudo
constituem quatro agrupamentos distintos quanto às características da alteração e ao seu
comportamento frente às diferentes atividades antrópicas, destacando-se: arenitos, basaltos;
coberturas detrito-lateríticas e sedimentos aluvionares pouco consolidados. As características
desses agrupamentos são descritas a seguir.
Arenitos
As rochas areníticas que ocorrem associadas às unidades da Formação Marília, têm
granulação variando de muito fina a grossa incluindo também arenitos conglomeráticos
restritos, predominando os arenitos finos e médios. Os arenitos apresentam diferentes graus
de coerência dependendo geralmente da intensidade e tipo de cimentação.
Os solos superficiais dos arenitos são classificados como de primeira categoria para
escavação sendo o solo de alteração considerado de segunda categoria (escavação com
escarificador). Os conglomerados constituem materiais de segunda categoria de escavação.
25
Os solos dos arenitos geralmente apresentam baixa coesão, dificultando a escavação de
fundação em tubulões, podendo ser também necessários escoramentos das escavações para
construção de sapatas.
Basaltos
Compreendem rochas vulcânicas, toleíticas em derrames basálticos de coloração cinza a
negra, associados aos derrames da Formação Serra Geral. No contato entre derrames não é
rara a ocorrência de feições amigdaloidais.
Os contatos entre derrames sempre são uma feição de descontinuidade, uma vez que se
trata de uma nova fase de lava liquida e ou pastosa inconsolidada sendo depositada sobre um
derrame (lava consolidada) já existente. Os contatos poderão ter os mais diferentes tipos
interação rocha a rocha, influindo assim na adoção de parâmetros de coesão e ângulo de atrito
do maciço rochoso.
O solo superficial corresponde, na sua maior parte, aos depósitos coluvionares; é de
natureza argilosa com porcentagens variadas de areia; coloração vermelha escura.
Cobertura Detrito-Lateríticas
As coberturas detrito lateríticas são constituídas de areias inconsolidadas, argilas,
concreções ferruginosas, lentes conglomeráticas; com espessos lateritos ferruginosos; e uma
zona superior, com solo argilo-arenoso com blocos e nódulos de concreções lateríticas e níveis
de seixos de quartzo, que recobrem o horizonte de argila mosqueado, ocorrem
preferencialmente nos divisores de águas.
Nos topos do relevo plano em que ocorrem, esses materiais dão origem a solos argilosos
a muito argilosos, Latossolos Amarelos, de alta permeabilidade, que inibe a ocorrência de
processos erosivos e o escoamento superficial favorecendo a infiltração. Nos locais de
afloramento das concreções ferruginosas, no entanto, a baixa permeabilidade favorece o
escoamento superficial com ocorrência de processos erosivos de baixa a média intensidade.
Sedimentos Aluvionares
Os sedimentos aluviais são inconsolidados, com baixa capacidade de suporte, sendo
constituídos de: areia fina silto-argilosa, argila orgânica, argila siltosa e cascalhos. Os
sedimentos aluviais têm espessuras variadas, tendo, na base, camadas de areias e cascalhos
finos.
A distribuição dos sedimentos aluviais na Área de Estudo ocorre associada às
características dos canais fluviais, havendo trechos com planícies largas e contínuas e trechos
com sedimentação restrita, quando do predomínio de canais fluviais erosivos.
Esses materiais geralmente constituem solos moles que apresentam estabilidade
precária das paredes de escavação e que podem causar recalque de fundações. Também se
associam à presença de áreas alagadiças com freático elevado, suscetíveis ao risco de
contaminação do lençol freático.
Com base nos atributos do embasamento rochoso e dos sedimentos que ocorrem na
área de estudo, foi feita uma caracterização dos possíveis problemas e fragilidades associados
a esses materiais, bem como estabelecidas diretrizes e orientações gerais de manejo, a fim de
minimizar os impactos e degradações ambientais, quando da interferência sobre os diferentes
terrenos, conforme sintetizado na Tabela 2.2.b.
26
Tabela 2.2.b
Atributos, solos associados, características geotécnicas e medidas preventivas para a
ocupação de áreas constituídas por tipos de rocha que ocorrem na Área de Estudo
TIPOS DE MATERIAIS
Arenitos
Rochas sedimentares com
porcentagem maior que 80%
de areia e quartzo, que
podem ocorrer intercalados
com outras rochas, porém
subordinadas.
O solo de alteração pode ser
arenoso,
areno-siltoso
e
areno-argiloso conforme a
composição
ou
rocha
associada.
Basaltos
Rochas vulcânicas toleíticas
em derrames basálticos de
coloração cinza a negra,
textura
afanítica,
com
intercalações de arenitos
intertrapeanos,
finos
a
médios, de estratificação
cruzada tangencial e esparsos
níveis
vitrofíricos
não
individualizados.
Depósitos Detrito-Lateríticos
Constituídos na base por
areias inconsolidadas, argilas,
concreções ferruginosas e
eventuais
lentes
conglomeráticas; na zona
média, apresentam espessos
lateritos ferruginosos; e na
zona superior, solo argiloarenoso
e
concreções
ferruginosas.
PROBLEMAS ESPERADOS
RECOMENDAÇÕES
Podem
apresentar
instabilidade com quedas de
blocos e rupturas clássicas
devido ao diaclasamento ou o
acamamento desfavorável e a
presença de planos de
percolação.
- Recalque diferencial devido à
baixa densidade do solo de
alteração;
- Ocorrência de processo de
piping que pode provocar
erosão remontante.
- Os solos de alteração
francamente arenosos são
muito sensíveis a erosão
laminar e em sulcos.
- Rastejo nos setores mais
declivosos das encostas e nas
cabeceiras de drenagem.
- Os escorregamentos de solo
são pouco freqüentes e
restritos
aos
trechos
escarpados
do
compartimento.
- Queda de detritos associada
à erosão diferencial.
- Baixa susceptibilidade à
erosão em sulcos e ravinas,
que
só
tendem,
eventualmente, a ocorrer
como
conseqüência
de
intervenções.
- Drenar os locais com
surgência d’água.
- Em subleito de vias usar
revestimento com argila para
melhorar a capacidade de
suporte e a resistência a
erosão. Nas rampas, utilizar
revestimento granular para
melhorar a aderência.
- Adotar cuidados especiais de
drenagem (coleta, condução
lançamento e dissipação de
águas pluviais) e proteção
superficial nas obras de terra.
- Dificuldade para a abertura
de cavas e canais devido à
presença
de
horizontes
espessos de laterita;
- Processos erosivos em áreas
de solo exposto (jazidas),
devido ao uso da laterita
como material para agregado
de pavimentação.
- Desenvolver estudos do
comportamento do maciço
devido à existência de falhas e
diáclases.
- Disciplinar as intervenções
que impliquem em alterações
drásticas no
comportamento
do
escoamento superficial.
- Preservar a vegetação nativa
(de preferência arbórea) nos
trechos escarpados.
- Estabelecer faixas de
segurança, com critérios
especiais de ocupação, a
montante e a jusante dos
trechos escarpados.
- Os solos argilosos associados
podem ser usados como
núcleo de aterro.
- Retaludamento, restauração
da cobertura de solo e de
vegetação nas áreas de solo
exposto das jazidas de laterita
(agregado).
27
TIPOS DE MATERIAIS
PROBLEMAS ESPERADOS
De
modo
subordinado
ocorrem sedimentos argiloarenosos com blocos e
nódulos
de
concreções
lateríticas e níveis de seixos de
quartzo, que recobrem o
horizonte
de
argila
mosqueado.
Sedimentos aluviais
- Enchentes sazonais.
Presença
de
áreas
Areia fina, areia argilosa e alagadiças, freático elevado e
argila siltosa, matéria orgânica solos moles;
e ocasionalmente cascalhos - Erosão lateral e vertical do
em planícies de inundação e canal e das margens.
baixo terraços.
- Estabilidade precária das
paredes de escavação.
- Recalque de fundações.
- Danificação das redes
subterrâneas por recalque.
- Danificação do subleito das
vias devido à saturação do
solo.
- Risco de contaminação do
lençol freático.
RECOMENDAÇÕES
- Evitar a ocupação, proteger e
recuperar as planícies de
inundação, os fundos de vale
e as matas ciliares e implantar
projetos que evitem a
ocupação por residências,
industrias e sistema viário e
evitem a degradação dos
recursos hídricos.
- Promover a estabilidade e
proteção contra a erosão das
margens dos cursos d’água.
- Adotar medidas que
acelerem a estabilização dos
recalques e melhorem as
condições de suporte e
resistência do solo nos
projetos de aterros.
- Adotar medidas adequadas
para minimizar os recalques e
evitar a danificação de
tubulações.
- Implantar sistemas de
drenagem
superficial
e
subterrânea eficientes, de
modo a evitar a saturação do
subleito viário.
Fonte: Compilado de Campos (1988), SHDU/ CSTDE/ EMPLASA/ IPT (1990) e Nakazawa (1994).
1.3 Geomorfologia
A caracterização do relevo na Área de Estudo teve como principal referência os estudos
realizados por BACCARO (1991, 2004), DEL GROSSI (1992), SOARES (2002), CARRIJO (2003),
FERREIRA et al (2007) e RODRIGUES et al (2004). Também foram consultados os mapeamentos
geomorfológicos do CETEC (1982), do Laboratório de Geomorfologia e Erosão de Solos da
Universidade Federal de Uberlândia, além do Modelo Digital de Elevação do Terreno
(RSTM/NASA). Os estudos expeditos em campo complementaram a descrição apresentada a
seguir.
A área do empreendimento em pauta está localizada nas bacias hidrográficas dos rios
Uberabinha e Araguari, inserida no domínio morfoclimático dos Chapadões Tropicais,
recobertos por cerrados e penetrados por florestas galerias, cujos relevos são caracterizados
28
por planaltos de estruturas complexas, capeados ou não por lateritas de cimeira e por
planaltos sedimentares (AB'SABER, 1973). Nesse Domínio, ocorre clima tropical com duas
estações bem definidas, conforme colocado Seção 1.1.1 (Clima).
Os planaltos apresentam interflúvios muito largos, vales bastante espaçados, níveis de
pedimentos escalonados e de terraços com cascalhos. As vertentes têm forma de rampas
suaves e com muito pouca mamelonização, que refletem uma evolução condicionada pela
ação de processos morfoclimáticos que foram responsáveis pela elaboração de níveis de
aplainamento regional e recuo das grandes escarpas, que estão sendo dissecados pela
drenagem atual.
O relevo atual da área é resultado da evolução passada e presente, condicionado pela
geologia e pelos processos morfoclimáticos. No Domínio Morfoclimático do Cerrado, em que o
Triangulo Mineiro está inserido, atualmente, a ação da água trabalha como principal agente
modelador da paisagem, seja por meio de canais de escoamento ou em forma de chuva.
Considerando-se a existência de áreas aplainadas, de relevo suave e áreas dissecadas ou
rebaixadas em função da resistência litológica, a visão de conjunto possibilitada pela
correlação das informações geomorfológicas e geológicas torna evidente a influência da
estrutura geológica no processo de formação do relevo.
Ab’Saber (1971) salientou que após a deposição do Grupo Bauru, representado nesta
área pela Formação Marília, ocorreu uma lenta degradação e rebaixamento das superfícies
anteriormente formadas, bem como a formação de extensas crostas lateríticas, devido ao
clima semi-árido ou de savana (BACCARO, 1989). Estas lateritas em particular, formam
patamares abruptos nas vertentes, que podem manter declividades mais elevadas em relação
ao restante da encosta.
A seguir, são descritos as Unidades Geomorfológicas identificadas na Área de Estudo:
Planalto Tabular e Relevo Dissecado em Patamares Estruturais. Cabe ainda salientar que, ao
longo do médio e alto curso do córrego São Pedro e outros afluentes do rio Uberabinha,
ocorre a presença de áreas úmidas, que também serão descritas ao longo deste estudo.
Na Figura 2.3.a, apresenta-se o Mapa Geomorfológico da Área de Estudo.
Planalto Tabular (Planalto de Uberlândia)
O Planalto Tabular é caracterizado pela baixa variação na declividade, que se apresenta
inferior a 12 %, e pela ocorrência de topos amplos e com feições tabulares. Este
compartimento corresponde a uma superfície denudacional praticamente plana. Tem como
processo principal, na remoção dos detritos, o escoamento superficial pluvial laminar e difuso,
agindo, assim, de forma menos intensa quando comparado aos relevos dissecados. O relevo
dessa área é predominantemente esculpido em formas tabulares amplas, apresentando
escarpas com desníveis superiores a 150 m.
Conforme a classificação de Baccaro (1991), esta área foi denominada de Áreas Elevadas
de Cimeira com topos planos, amplos e largos, entre 950 e 1050m de altitude, marcada pela
baixa densidade e ramificação da drenagem. As vertentes, sustentadas por arenitos da
Formação Marília (predominantemente recobertos por sedimentos cenozóicos), são de baixa
declividade, apresentando-se em formas retilíneas, côncavas ou convexas (FERREIRA et al,
2007).
Em continuidade aos trabalhos de Baccaro, FERREIRA (2001) denominou a área de
Planalto Tabular, aplicando a linha taxonômica de classificação de relevo proposta por Ross
29
(1992). Os níveis altimétricos mais elevados deste modelado estão assentados diretamente
sobre arenitos cretáceos da Formação Marília, que repousando sobre os derrames basálticos
da Formação Serra Geral, constituem patamares em cotas em torno 800m.
Verifica-se a presença de extensas rampas coluvionares que transgridem do contato do
arenito com o basalto, marcando transições suaves. Estas rampas constituem extensos
depósitos que foram constituídos pelo retrabalhamento da superfície sulamericana no fim do
Terciário e início do Cretáceo.
As formas de relevo configuram-se como modelados suavemente ondulados com
declividades de 1 à 10% onde o entalhamento dos vales é de fraco à médio e a dimensão
interfluvial é de grande à média. Esse modelado abrange áreas das nascentes e médio-curso
dos principais afluentes do Araguari.
Nos amplos interflúvios os vales são rasos, circundados por campos úmidos, onde
ocorrem os solos hidromórficos. Cabe ainda destacar que, em áreas depressionais de topo,
ainda podem ser encontradas lagoas, hoje em processo de ressecamento, conectadas ou não à
rede de drenagem.
Os cursos d’água, apresentam baixo gradiente e correm sobre as rochas sedimentares
da Formação Marília. Em algumas situações, como no caso do córrego São Pedro e Jataí, os
canais já apresentam algum aprofundamento, cortando o pacote de solos hidromórficos e
originando barrancas sujeitas a desmoronamento. Salienta-se, porém, que grande parte dessas
áreas já encontram-se alteradas pelos processos de ocupação urbana.
Vale enfatizar que, em razão do modelado de declive suave, esta unidade é ocupada
amplamente pela mancha urbana de Uberlândia e serviu de vetor para seus sucessivos
processos de expansão.
Planalto Dissecado em Patamares Estruturais
Os processos de formação de Unidades de Relevo Dissecadas são principalmente o
escoamento superficial pluvial difuso e concentrado, e é neste compartimento que os
processos erosivos se apresentam mais agressivos. O Planalto Dissecado se caracteriza por
uma maior rugosidade da superfície, com declividades mais intensas, variando de 12 a 40 %.
Na cidade de Uberlândia, o Planalto Dissecado coincide topograficamente com as áreas
de nascentes dos tributários no baixo curso do córrego São Pedro. No que diz respeito à
hipsometria da região, o Planalto Dissecado se localiza entre 700 e 800 m de altitude.
Esta Unidade é caracterizada por um maior entalhamento dos canais, que se
apresentam com maior gradiente e drenagens mais ramificadas em função da composição
estrutural. Os vales se apresentam encaixados e definidos, sendo que os canais cortam os
pacotes sedimentares da Formação Marília no alto curso e correm sobre os basaltos da
Formação Serra Geral.
A presença de soleiras rochosas e patamares com ondulações suaves, resultado do
trabalho erosivo nas camadas horizontalizadas dos basaltos (mais resistentes ao poder erosivo
da água), proporcionaram rupturas e formações de cachoeiras, como aquelas observadas ao
longo do córrego Lagoinha.
Em relação aos processos de intemperismo, vale salientar que a pedogenização dos
basaltos resultou em solos mais férteis e mais estáveis em função dos teores elevados de
argila, enquanto que aqueles originados dos pacotes sedimentares são mais pobres, como no
restante das áreas onde predominam as litologias das Formação Marília.
30
Áreas Úmidas
As áreas úmidas aparecem interpenetrando as áreas de topo plano do Planalto Tabular,
acentuando-se no médio curso dos afluentes do rio Uberabinha, com especial destaque para o
córrego São Pedro. Sempre relacionadas à intensa umidade, caracterizam-se por brejos que
aparecem nas áreas deprecionais nos fundos de vale, assim como nas regiões de nascentes.
Apesar de existirem nas áreas de relevo Dissecado em Patamares Estruturais, apresentam-se
extremamente restritas às proximidades dos canais.
Destaca-se, no entanto, que ao longo do traçado proposto para o empreendimento
estas áreas já encontram-se alteradas pela ocupação urbana. Na avenida Anselmo Alves dos
Santos observa-se fragmentos dessas áreas ainda não ocupadas nas proximidades do
cruzamento com a avenida João Naves de Ávila.
1.3.1 Terrenos Interceptados
A análise integrada dos atributos do meio físico na Área de Estudo teve por base os
dados obtidos da pesquisa bibliográfica e os estudos executados para a AID, sobre o substrato
rochoso, o relevo e o solo, sendo o resultado final apresentado na escala 1:25.000. A
metodologia utilizada foi obtida junto aos estudos de Pires Neto (2008, 2009, 2010).
A análise realizada teve os seguintes objetivos:



Estabelecer tipos de terrenos com base nos seus elementos constituintes;
Estabelecer a fragilidade e/ou o grau de risco a processos erosivos e de deposição
nos terrenos e avaliar o seu potencial de uso;
Subsidiar a avaliação dos impactos ambientais e a elaboração de prognósticos
resultantes da implantação do empreendimento.
Para se atingirem tais objetivos foi adotado o conceito de terreno (Mabbutt, 1968;
Austin e Coocks, 1978; e Zonneveld, 1992), sendo que para a definição e caracterização dos
terrenos, foi utilizado o método paramétrico que é baseado no estudo em separado e na
classificação individual dos atributos apresentados nos estudos e mapas de relevo, do
substrato rochoso, dos solos, na dinâmica superficial e em seus recursos. Segundo estes
autores:

Os terrenos são áreas ou regiões que podem ser facilmente reconhecidas pela sua
fisionomia tanto no campo quanto por meio de imagens de sensores remotos, sendo
caracterizadas com base na forma de relevo, solo e vegetação (Zonneveld, 1992).

São áreas onde seus principais componentes são interdependentes e tendem a
ocorrerem correlacionados.

São áreas relacionadas e uniformes pelo tipo de relevo, solo e vegetação, que podem
ser descritas simultaneamente em relação às suas feições mais significativas e com
relação a um propósito prático (Austin & Coocks, 1978).

O uso do terreno e os impactos associados dependem das combinações e interações
de efeitos dos seus vários atributos (Mabbutt, 1968).
O conceito de terreno é fundamentado no estudo descritivo e qualitativo dos
parâmetros ambientais: substrato rochoso, relevo, solos e vegetação. O estudo do terreno
classifica o espaço segundo suas condições ambientais predominantes, suas qualidades
ecológicas e avalia seu potencial de uso, bem como o de suas várias partes.
31
Tais estudos têm sido utilizados para fornecer uma visão sintética do meio, para estudos
científicos e aplicados ao planejamento das atividades antrópicas no meio físico.
Com base nesses elementos, foram diferenciados, na Área de Estudo do
empreendimento, quatro Tipos de Terrenos: Chapadas com Latossolos, Rampas com
Latossolos, Patamares com Cambissolos e Latossolos associados e Planícies Fluviais. O Mapa de
Terrenos pode ser visualizado na Figura 2.3.1.a.
A seguir, descrevem-se as unidades de terrenos identificadas.
Chapadas com Latossolos
As Chapadas com latossolos apresentam amplitude de relevo de 15 a 40 metros,
inclinação de 0 a 5%, e ocorrem acima dos 900m de altitude. São sustentadas por arenitos da
Formação Marília e sedimentos recentes que a capeiam.
Predominam os latossolos vermelhos distróficos típicos, com boa permeabilidade que
constituem área de recarga do sistema aqüífero Bauru. Em relação à dinâmica superficial,
destaca-se que os processos erosivos laminares e em sulco são ocasionais e de média a baixa
intensidade, assim como o são os reentalhes dos canais. Essa unidade será interceptada na
região do interflúvio Uberabinha/Araguari.
A Tabela 2.3.1.a sintetiza as características da unidade Chapada com Latossolos.
Tabela 2.3.1.a
Características e atributos das Chapadas com Latossolos
RELEVO
SUBSTRATO
ROCHOSO,
SEDIMENTOS E
COBERTURAS
UNIDADES DE
SOLOS
DINÂMICA
SUPERFICIAL
POTENCIALIDADES
RECOMENDAÇÕES
OCORRÊNCIA
Chapadas com Latossolos
Amplitude: 15 a 40 m
Topos extensos e aplainados. Vertentes
Compr. rampa : > 3000 m
com perfis retilíneos a convexos. Vales
Inclinação: 0 a 5%
abertos com planícies aluviais. Drenagem
Altitude: 900 a 1050 m
de baixa densidade, padrão subdendrítico,
retangular e paralelo.
Arenitos de granulação fina a grossa, compreendendo bancos maciços com
tênues estratificações cruzadas de médio porte, incluindo lentes e
intercalações subordinadas de siltitos, arenitos muito finos com estratificação
planoparalela e freqüentes níveis rudáceos. Presença comum de níveis
carbonáticos.
Aquífero de boa permeabilidade, ampliada localmente quando associada ao
material poroso do manto de intemperismo. O aquífero é heterogêneo e com
fluxo descontínuo, tem extensão local, com comportamento livre, por vezes
confinado em função de camadas arenosas limitadas por camadas
siltoarenosas compactas.
LATOSSOLO VERMELHO distroférrico típico A moderado textura argilosa
LATOSSOLO VERMELHO distrófico típico A moderado textura média
-Reentalhe de canal ocasional e de baixa intensidade.
-Erosão laminar e em sulcos, ocasionais e de média a baixa intensidade.
Alto potencial de uso agrícola e pastagens devido capacidade de
armazenamento de água e perfil de solo profundo. Associam-se largos
interflúvios propícios à mecanização e à expansão urbana.
-Alocar especial atenção à densidade dos solos de alterações que, às vezes,
podem apresentar recalques diferenciais.
-Ocorrência de processo de piping que pode provocar erosão remontante e;
-Os solos de alteração francamente arenosos são muito sensíveis à erosão
laminar e em sulcos.
Áreas de relevo tabular que ocorrem nas áreas mais elevadas do município,
notadamente acima da cota 900, onde as declividades não ultrapassam 5,0%.
32
Rampas com Latossolos
Caracterizam as superfícies intermediárias entre as Chapadas com Latossolos e os
Patamares com Cambissolos e Latossolos associados, que ocorrem entre as cotas 900 e 840m
e declividades de 5 a 15%. As superfícies apresentam convexidade predominante, e também
ocorrem trechos com formas côncavas onde se desenvolvem processos de deposição de
material de colúvio. Observa-se a tendência de equilíbrio entre os processos de pedogênese e
morfogênese nestes segmentos, sendo os últimos condicionados às formas convexas.
O relevo plano e inclinado permite a preservação dos latossolos vermelhos distróficos
típicos. Ocorrem também solos mais rasos, e, em seus limites com as áreas mais
dissecadas da Área de Estudo, cambissolos háplicos e afloramentos ocasionais de rochas
basálticas podem ser observados.
Nos trechos constituídos por solos mais arenosos, a susceptibilidade à erosão é alta,
sendo que, nos segmentos com maiores teores de argila no solo os processos erosivos em
sulcos ou laminares possuem intensidade média a baixa. Erosão remontante dos canais pode
ser observada nas cabeceiras de drenagem.
Dispõem-se ao longo de quase toda a avenida Floriano Peixoto e vias paralelas,
compondo grande parte do relevo da mancha urbana do município de Uberlândia.
Na Tabela 2.3.1.b, apresentam-se as características desta unidade de terreno.
Tabela 2.3.1.b
Características e atributos das Rampas com Latossolos
RELEVO
SUBSTRATO
ROCHOSO,
SEDIMENTOS E
COBERTURAS
UNIDADES DE
SOLOS
DINÂMICA
SUPERFICIAL
Rampas com Latossolos
Amplitude: 10 a 60 m
Vertentes retilíneas a convexas em
Compr. rampa : 250 a 1400 m
direção ao vale do coletor principal. Pode
Inclinação: 5 a 15%
apresentar trecho com concavidade
Altitude:900 a 840 m
suave. Presença de cabeceiras de
drenagem. Tendência de equilíbrio entre
pedogênese e morfogênese.
Arenitos de granulação fina a grossa, compreendendo bancos maciços com
tênues estratificação cruzadas de médio porte, incluindo lentes e
intercalações subordinadas de siltitos, siltitos e arenitos muito finos com
estratificação planoparalela e freqüentes níveis rudáceos. Presença comum
de níveis carbonáticos.
Rochas vulcânicas toleíticas em derrames basálticos de coloração cinza a
negra, textura afanítica, com intercalações de arenitos intertrapeanos, finos a
médios, de estratificação cruzada tangencial e esparsos níveis vitrofíricos não
individualizados.
Aqüífero de boa permeabilidade, ampliada localmente quando associada ao
material poroso do manto de intemperismo. O aqüífero é heterogêneo e com
fluxo descontínuo, tem extensão local, com comportamento livre, por vezes
confinado em função de camadas arenosas limitadas por camadas
siltoarenosas compactas. Nos afloramentos de basalto a recarga e o
confinamento das águas subterrâneas estão condicionados à presença de
diáclase e falhamentos, e que acabam por orientar a drenagem superficial.
LATOSSOLO VERMELHO distroférrico típico A moderado textura argilosa
LATOSSOLO VERMELHO distrófico típico A moderado textura média
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO eutrófico típico A moderado textura
média/argilosa
CAMBISSOLO HÁPLICO eutrófico típico
-Processos erosivos em sulco e laminar de baixa a média intensidade nas
vertentes convexas.
33
POTENCIALIDADES
RECOMENDAÇÕES
OCORRÊNCIA
-Nos trechos de solos mais arenosos a susceptibilidade à erosão é alta.
-Quando da ocorrência de escoamento superficial concentrado, sulcos e
ravinas desenvolvem-se e, sem as devidas medidas de contenção, tendem a
evoluir para processos de voçorocamento.
-Instabilização de taludes de corte, devido à erodibilidade dos solos.
-Os processos são mais intensos nos cortes que nos aterros, que podem ser
compactados.
-Nas superfícies com maior concavidade predominam processos
deposicionais.
Médio potencial de uso agrícola em função de solos férteis do basalto, que se
limita, todavia, em função de áreas com maior declividade e solos rasos e
pedregosos. Nas áreas de contato com a Unidade Chapadas com Latossolo, as
declividades baixas favorecem o uso agrícola do solo e a urbanização.
-Evitar a concentração demasiada do escoamento superficial.
-Instalar sistemas adequados de drenagem, concomitante a abertura de vias
de acessos e outras obras que impliquem concentração de escoamento.
-Adotar cuidados especiais relativos à dissipação de energia em todo e
qualquer ponto de lançamento de águas superficiais.
Ocorrem nas superfícies intermediárias entre as áreas de topo de chapadas e
as zonas estruturadas em patamares. Distribuem-se amplamente nas
vertentes que drenam ao rio Uberabinha, e nos interflúvios do córrego São
Pedro e Cajubá.
Patamares com Latossolos e Cambissolos Associados
Constitui a unidade mais dissecada da Área de Estudo, com amplitude e inclinação que
variam entre 70 e 140m e 30 a 45%, respectivamente. É sustentada por rochas basálticas da
Formação Serra Geral que originaram solos residuais e solos coluvionares, especialmente nas
áreas mais deprimidas, próximas ao leito do rio Uberabinha e córrego São Pedro.
A drenagem apresenta-se com maior densidade, orientada, preferencialmente, em
virtude das falhas e diáclases desta Formação.Os afloramentos rochosos são comuns, assim
como a presença de cambissolos háplicos de textura muito argilosa. De forma associada
ocorrem latossolos vermelhos.
É comum a presença de rupturas, que refletem o sequenciamento dos derrames de lava
e condicionam estruturalmente o relevo nesta unidade. Nestes trechos, pode ocorrer
escorregamento de solos e queda de materiais detríticos. Erosões em sulcos e ravinas são de
baixa intensidade em função da característica argilosa do material intemperizado.
Tais processos, quando ocorrentes, estão vinculados à intervenção antrópica, como no
caso de abertura de vias e escavações.
Na Tabela 2.3.1.c, apresentam-se as características da unidade de terreno Patamares
com Latossolos e Camibssolos associados.
Tabela 2.3.1.c
Características e atributos das Patamares com Latossolos e Cambissolos Associados
RELEVO
SUBSTRATO
ROCHOSO,
Patamares com Latossolos e Cambissolos Associados
Amplitude: 70 a 140 m
Dissecação em derrames basálticos da
Compr. rampa : 240 a 620 m
Formação Serra Geral. Relevo estruturado
Inclinação: 30 a 45%
em patamares com vertentes côncavoAltitude:840 a 700 m
convexas e presença de rupturas
sustentadas por basaltos.
Rochas vulcânicas toleíticas em derrames basálticos de coloração cinza a
negra, textura afanítica, com intercalações de arenitos intertrapeanos, finos a
34
SEDIMENTOS E
COBERTURAS
UNIDADES DE
SOLOS
DINÂMICA
SUPERFICIAL
POTENCIALIDADES
RECOMENDAÇÕES
OCORRÊNCIA
médios, de estratificação cruzada tangencial e esparsos níveis vitrofíricos não
individualizados.
Nos afloramentos de basalto a recarga e o confinamento das águas
subterrâneas estão condicionados à presença de diáclase e falhamentos, que
acabam por orientar a drenagem superficial.
LATOSSOLO VERMELHO distroférrico típico A moderado textura argilosa
LATOSSOLO VERMELHO distrófico típico A moderado textura média
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO eutrófico típico A moderado textura
média/argilosa
CAMBISSOLO HÁPLICO eutrófico típico
GLEISSOLO MELÂNICO distrófico típico
-Rastejo nos setores mais declivosos da encosta e nas cabeceiras de
drenagem.
-Os escorregamentos de solo são pouco freqüentes e restritos aos poucos
trechos escarpados do compartimento.
-Queda de detritos associada à erosão diferencial.
-Baixa susceptibilidade à erosão em sulcos e ravinas, que só tendem,
eventualmente, a ocorrer como conseqüência de intervenções.
-Áreas de preservação ambiental, com restrições à urbanização em função
das declividades do terreno.
-Desenvolver estudos do comportamento do maciço devido à existência de
falhas e diáclases.
-Disciplinar as intervenções que impliquem em alterações drásticas no
comportamento do escoamento superficial.
-Preservar a vegetação nativa (de preferência arbórea) nos trechos
de maior declividade.
-Estabelecer faixas de segurança, com critérios especiais de ocupação.
Ocorre nas áreas do médio curso do córrego São Pedro, nas imediações dos
bairros Lídice, Tabajara e Vigilato Pereira.
Planícies Fluviais
As planícies fluviais ocorrem ao longo do rio Uberabinha e de seus afluentes na área
urbana de Uberlândia, com destaque para o córrego São Pedro e Jataí. São, geralmente,
estreitas em função do encaixamento dos vales e encontram-se amplamente alteradas pela
ocupação urbana, inclusive, com canalização dos leitos naturais.
São formadas pela planície de inundação e pequenos terraços que correspondem às
áreas que são susceptíveis a inundações nos períodos chuvosos. Apresentam trechos
alagadiços devido ao afloramento do lençol freático.
São constituídas predominantemente por argilas e siltes, com eventuais níveis de areia
fina, ocorrendo ocasionalmente seixos e concentração de matéria orgânica. Sobre esses
materiais desenvolvem-se comumente gleissolos.
Predominam declividades menores que 2 %; freático elevado, alagadiços e enchentes
sazonais com deposição de finos durante as enchentes por decantação e de areias por
acréscimo lateral, erosão lateral e vertical do canal. De toda forma, cumpre salientar que tais
processos encontram-se totalmente alterados pela implantação das estruturas urbanas em
praticamente todos os trechos das bacias contribuintes do rio Uberabinha.
Constituem áreas muito susceptíveis à ocupação devido à constituição dos sedimentos,
à ocorrência de cheias anuais e à presença de lençol freático elevado. Os principais problemas
observados quando da interferência com esses terrenos são:
35




Contaminação devido à presença do nível freático próximo à superfície e à porosidade
elevada dos solos.
Recalque de fundações e estabilidade precária das paredes de escavação devido à
presença de solos moles.
Danificação das redes subterrâneas por recalque.
Riscos de assoreamento intenso e aterramento de APP.
Na Tabela 2.3.1.d, são apresentadas as características da unidade de terrenos Planícies
Fluviais.
Tabela 2.3.1.d
Características e atributos das Planícies Fluviais
RELEVO
SUBSTRATO
ROCHOSO,
SEDIMENTOS E
COBERTURAS
UNIDADES DE
SOLOS
DINÂMICA
SUPERFICIAL
POTENCIALIDADES
RECOMENDAÇÕES
OCORRÊNCIA
Planícies Fluviais
Inclinação: < 2%
Terrenos planos formados pela planície de
Altitudes 700 a 770 m
inundação que é susceptível à enchentes
no período chuvoso, contendo ainda
brejos e baixos terraços que são restritos
no baixo curso dos afluentes.
Predominam sedimentos aluviais recentes: areia fina argilosa, argila orgânica,
argila siltosa e cascalhos.
GLEISSOLO MELÂNICO distrófico típico A proeminente
GLEISSOLO HÁPLICO distrófico típico A moderado
ORGANOSSOLOS HÁPLICO sáprico típicos e terricos
-Inundações periódicas nas planícies e nos alagadiços, deposição de finos e
matéria orgânica por decantação durante as cheias.
-Solapamento e escorregamentos são localizados e de baixa intensidade nas
margens da planície e dos baixos terraços. No período de estiagem as
margens da planície são estáveis.
-Nos terraços baixos a erosão laminar e em sulcos são processos localizados e
de baixa intensidade.
-Locais de empréstimo de material, particularmente arenosos, que podem ser
utilizados na construção civil.
-Cuidados especiais para a ocupação devidos às enchentes sazonais,
alagadiços e solos moles, erosão lateral e vertical do canal e das margens,
deposição de finos durante as enchentes,
-Possuem estabilidade precária das paredes de escavação, recalque de
fundações, danificação das redes subterrâneas por recalque.
-Freático elevado.
-Áreas favoráveis ao assoreamento
-Solos com fertilidade geralmente baixa
-Áreas de Preservação Permanente (APP)
Ocorrem ao longo do córrego São Pedro, Jataí e, de forma restrita, no rio
Uberabinha.
1.4 Pedologia
Para a caracterização dos solos na Área de Estudo foram adotados como referências o
Mapa de Solos do Brasil, na escala 1:5.000.000 (IBGE/EMBRAPA, 2001) e Mapa de Solos do
Estado de Minas Gerais na escala 1:650.000 (UFV, 2010).
No município de Uberlândia estão presentes as seguintes tipologias de solos, conforme
apresentado na Tabela 2.4.a.
36
Tabela 2.4.a
Unidades de Solos Mapeados da Área de Estudo
Símbolo
LVdf2
LVd1
LVd2
GMd3
Legenda do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos – SiBCS (2006)
LATOSSOLO VERMELHO distroférrico típico A moderado textura argilosa
+ ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO eutrófico típico A moderado textura
média/argilosa + CAMBISSOLO HÁPLICO eutrófico típico A chernozêmico
textura média/argilosa, fase pedregosa; todos fase cerrado e floresta
caducifólia, relevo plano e suave ondulado e ondulado.
LATOSSOLO VERMELHO distrófico típico A moderado textura média; fase
floresta subcaducifólia, relevo plano e suave ondulado.
LATOSSOLO VERMELHO distrófico típico A moderado textura argilosa;
fase cerrado, relevo plano e suave ondulado.
GLEISSOLO MELÂNICO distrófico típico A proeminente + GLEISSOLO
HÁPLICO distrófico típico A moderado + ORGANOSSOLOS HÁPLICO sáprico
típicos e terricos; todos fase campestre, relevo plano.
Fonte: EMBRAPA (2006).
A seguir, descrevem-se as classes de solos identificadas na Área de Estudo.
Latossolos
Compreendem solos minerais e não hidromórficos com horizonte B latossólico. Têm
grande homogeneidade de características ao longo do perfil, mineralogia da fração argila
predominantemente caulinítica ou caulinítica-oxídica, que se reflete em valores de relação Ki
baixos, inferiores a 2,2, e praticamente ausência de minerais primários e secundários pouco
resistentes ao intemperismo. Diferenciam-se principalmente pela coloração e teores de óxidos
de ferro que determinaram a sua separação em quatro classes distintas ao nível de subordem
(EMBRAPA, 2006). Em geral, apresentam capacidade de troca de cátions da fração argila baixa
(<17cmolc/kg).
Correspondem a solos profundos a moderadamente profundos, porosos e com boa
drenagem, o que resulta em menor suscetibilidade à erosão devido à textura uniforme ao
longo do perfil. Por outro lado, a textura média confere macroporos preponderantes e rápida
permeabilidade que, somados à baixa capacidade adsortiva, podem elevar as possibilidades de
contaminação de aqüíferos, apesar da grande espessura (OLIVEIRA, 1999).
Em geral, são solos com boas condições físicas que ocorrem em terrenos planos ou
suavemente ondulados. A principal limitação ao uso desses solos se deve à sua acidez e baixa
fertilidade, que é mais acentuada nos solos de textura média, os quais também são mais
susceptíveis à erosão.
Na Área de Estudo são encontrados latossolos distroférricos e distróficos vermelhos,
que constituem solos de coloração vermelha, geralmente com grande profundidade,
homogêneos, de boa drenagem e quase sempre com baixa fertilidade natural, necessitando de
correções químicas para aproveitamento agrícola (EMBRAPA, 2006). Distribuem-se de forma
generalizada em todo o município de Uberlândia, em particular, nas áreas planas e
suavemente onduladas do Planalto Tabular.
Argissolos
Constituem solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural imediatamente
abaixo de horizonte A ou E, o que possibilita uma distinta individualização dos horizontes. São
solos profundos a pouco profundos, porosos e com boa até imperfeita drenagem. A textura no
horizonte A é variável predominando a arenosa, sendo média ou argilosa no horizonte B. Este
37
gradiente textural conduz à maior suscetibilidade ao processo erosivo, constituindo a sua
principal limitação.
Maior relação textural entre os horizontes B e E ou A ocorre nos Argissolos VermelhoAmarelos, quando comparados aos Argissolos Vermelhos, sendo os primeiros, portanto, mais
suscetíveis à erosão. Quando a mudança textural é abrupta a erodibilidade é exacerbada
(OLIVEIRA, 1999). São solos com grande diversidade de características e que ocorrem em
diferentes relevos de modo que não se podem generalizar suas qualidades e limitações para o
uso agrícola.
De modo geral são solos muito susceptíveis à erosão, que quando associados a terrenos
mais ondulados e à presença de cascalhos, não são recomendáveis para a agricultura,
prestando-se para pastagem e reflorestamento e, no caso de terrenos muito inclinados, para
preservação da flora e da fauna. Em terrenos mais suaves podem ser usados para diversas
culturas, devendo, no entanto, ser feita correção de acidez e adubação, bem como práticas de
conservação de solos devido à sua susceptibilidade à erosão.
Na Área de Estudo, identificou-se o argissolo vermelho-amarelo, que ocorre em
associação com o latossolo vermelho e cambissolo háplico. Neste solo, as cores do horizonte
Bt são vermelho-amareladas, no horizonte A, porém, são sempre mais escurecidas. A
profundidade dos solos é variável, mas, em geral, são pouco profundos e profundos
(EMBRAPA, 2006).
Cambissolos
Os Cambissolos são solos constituídos por material mineral, com horizonte B incipiente
subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial. Comporta solos desde fortemente até
imperfeitamente drenados, de rasos a profundos, de cor bruna ou bruno-amarelada até
vermelho escura, com saturação por bases variada, bem como, de alta a baixa atividade de
argilas. Podem ocorrer com e sem pedregosidade e em diversos relevos, desde plano até
montanhoso.
Apresentam sequência de horizontes A-Bi-C, transições normalmente claras entre os
horizontes e derivados de materiais relacionados a rochas de composição e natureza bastante
variáveis. O comportamento físico do horizonte Bi é muito variado, principalmente em função
da natureza do material originário. A drenagem, por exemplo, pode variar de acentuada, nos
solos de textura média com grau de floculação elevado, a imperfeita nos solos gleicos, vérticos
e/ou solódicos. Com relação ao tipo de horizonte A, no semi-árido, predomina o do tipo A
fraco e A moderado e na zona úmida costeira, o do tipo A moderado e em poucos casos A
proeminente.
Ocorrem associados a latossolos vermelhos e argissolos vermelho amarelos, de forma
generalizada, em todo o município de Uberlândia.
Gelissolo Melânico
São solos característicos de áreas alagadas ou sujeitas a alagamento como margens de
rios, ilhas ou grandes planícies. Apresentam cores acinzentadas, azuladas ou esverdeadas,
dentro de 50 cm da superfície. Podem ser de alta ou baixa fertilidade natural e têm nas
condições de má drenagem, a sua maior limitação de uso. Na Área de Estudo, o Gleissolo tem
característica Melânica, que remete à coloração escura ou negra do solo devido à
incorporação de matéria orgânica (EMBRAPA, 2006). É encontrado próximo às calhas do rio
Uberabinha e afluentes, com especial destaque para o córrego São Pedro, em seu médio e alto
curso.
38
Organossolos
São solos constituídos por material orgânico, que apresentam horizonte O ou H, com
teor de matéria orgânica maior ou igual a 0,2kg/kg de solo (20% em massa), com espessura
mínima de 40cm, quer se estendendo em seção única a partir da superfície, quer tomado
cumulativamente dentro de 80cm da superfície do solo, ou com no mínimo 30cm de
espessura, quando sobrejacente a contato lítico.
Compreendem solos pouco evoluídos, constituídos por material proveniente de
acumulações de restos vegetais em grau variado de decomposição, acumulados em ambientes
mal a muito mal drenados, de coloração preta, cinzento muito-escura ou marrom e com
elevados teores de carbono orgânico. Usualmente, são solos fortemente ácidos, apresentando
alta capacidade de troca de cátions e baixa saturação por bases.
São solos muito problemáticos e ainda pouco conhecidos no que diz respeito a sua
utilização como substrato para o cultivo de lavouras, além de serem, quase sempre, parte
importante de delicados ecossistemas que se encontram naturalmente sob tênue equilíbrio.
Os háplicos apresentam horizonte sulfúrico e/ou materiais sulfídricos e estão saturados
por água por período inferior a 30 dias consecutivos. São de constituição essencialmente
orgânica, resultante de acumulações sucessivas de restos orgânicos em ambientes de grande
umidade que geralmente se tratam de planícies de inundação de rios e córregos ou áreas
deprimidas.
As cores são geralmente pretas e o lençol freático está à superfície pela maior parte do
tempo. Ocorrem em condição de relevo plano, associados aos gleissolos.
1.5 Recursos Hídricos
Para a caracterização dos recursos hídricos superficiais na Área de Estudo, foram
consultados os dados consolidados da Agência Nacional de Águas – ANA - (BRASIL/ANA, 2005;
2007a; 2007b; 2007c; 2009), e dos Resumos Técnicos ou Cadernos Regionais da Região
Hidrográfica do Paraná que subsidiaram a elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos
(MMA/SRH, 2005; 2006). Também foram utilizadas as informações disponibilizadas nos
Relatórios Técnicos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM – (IGAM, 2009; 2008;
2007) e nos Relatórios Técnicos das Bacias Hidrográficas do rio Paranaíba (CBH/Paranaíba,
2009) e do rio Araguari (CBH/Araguari, 2008).
As informações concentram-se em dados indicativos do enquadramento das bacias nas
unidades de planejamento e de suas características fisiográficas.
A Área de Estudo está situada na Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos
Hídricos PN2 Rio Araguari (IGAM, 2009) – 174 (ANA, 2005), inserida na Sub-região Hidrográfica
(60) do Rio Paranaíba, que pertence à Região Hidrográfica (6) do Rio Paraná. Cabe ressaltar
que, neste trabalho, adotou-se a metodologia de aproximações sucessivas, considerando-se,
portanto, desde as características da divisão hidrográfica nacional até aquelas compatíveis
com a escala da bacia hidrográfica do rio Uberabinha e seus afluentes.
Em linhas gerais, dois diplomas legais orientaram a divisão hidrográfica e o
enquadramento dos corpos hídricos neste estudo: a Lei 9.433/97, de âmbito nacional, e a Lei
13.199/99 que pertence à esfera estadual. Vale enfatizar, no entanto, que ao longo dos anos
diversas Resoluções e Deliberações Normativas foram sancionadas e aplicadas para fins de
planejamento territorial, tanto pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos quanto pelos
órgãos e instituições pertencentes as unidade federativas.
39
A Divisão Hidrográfica Nacional foi instituída pela Resolução No. 32/2003 do Conselho
Nacional de Recursos Hídricos. Com referência a esta divisão físico-territorial, é apresentado
na Figura 2.5.a, a seguir, o mapa com as 12 Regiões Hidrográficas de Planejamento, onde
aparece em destaque a Região Hidrográfica do Paraná.
Figura 2.5.a
Divisão Hidrográfica Nacional (sem escala)
Fonte: ANA, 2011.
De acordo com ANA (2009), a Região Hidrográfica do Rio Paraná é divida em 6 Subunidades Hidrográficas 1 de Planejamento: Grande, Iguaçu, Paraná, Paranaíba, Paranapanema
e Tietê. As Sub-unidades Hidrográficas da RH do Rio Paraná são apresentadas na Figura 2.5.b.
Esta Área de Estudo está alocada na Sub-unidade 1 do rio Paranaíba, que aparece em destaque
na figura.
40
Figura 2.5.b
Sub-unidades Hidrográficas de Planejamento. Região Hidrográfica do Rio Paraná (sem escala)
Fonte: ANA, 2005.
As seis unidades apresentadas são dividas em 53 Sub-unidades Hidrográficas 2. A divisão
referente à Sub-unidade 1 Paranaíba, onde situa-se a Área de Estudo, é discriminada na Tabela
2.5.a, onde destacam-se também dados de área e relação dos principais rios.
Tabela 2.5.a
Dados e principais rios da Sub-unidade Hidrográfica 2 do rio Paranaíba
Sub 1
Paranaíba
2
Sub 2
Código
Área (km )
Araguari
Bois
174
175
21.635
34.692
Corumbá
176
35.581
Meia Ponte
177
19.041
Paranaíba 1
178
37.412
Paranaíba 2
179
23.001
Paranaíba 3
180
51.405
Principais rios e sua localização
(UF)
MG: Araguari, Quebra Anzol
GO: dos Bois, Turvo, Verde
GO/MG: Paranaíba; GO:
Conrumbá, Piracanjuba; GO/DF:
São Bartolomeu
GO/MG: Paranaíba; GO: Meia
Ponte
GO/MG: Paranaíba, São Marcos;
MG: Dourados
GO/MG: Paranaíba; MG: Tijuco, da
Prata; GO: Preto
GO/MG/MS: Paranaíba; GO/MS:
Aporé ou do Peixe; GO: Corrente,
Verde, Claro, Doce Bonfim, Jacuba,
Formoso
Fonte: ANA, 2005.
A partir da observação da localização dos principais corpos d’água da Área de Estudo do
empreendimento, é possível verificar que estes fazem parte da Sub-unidade 2 do rio Araguari
(174).
41
Em atendimento às conformidades da Lei Nacional No. 9.433/97, e da Lei Estadual No.
13.199/99, que implantam, respectivamente, a Política e o Sistema de Gerenciamento
Nacional e Estadual dos Recursos Hídricos; o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH)
através da Deliberação Normativa 06/02, estabelece as Unidades de Planejamento e
Gerenciamento dos Recursos Hídricos (UPGRH) em Minas Gerais, apresentada na Figura 2.5.c.
Figura 2.5.c
Divisão hidrográfica de Minas Gerais (sem escala)
Pardo
Jequitinhonha
São Francisco
Paranaíba
Do Leste
Doce
Grande
Paraíba do Sul
Fonte: Adaptado de IGAM (2009).
Em consonância com a divisão nacional, na divisão hidrográfica do Estado de Minas
Gerais, a bacia hidrográfica em estudo está alocada na UPGRH do rio Paranaíba,
especificamente na Sub-unidade de Planejamento PN2 Rio Araguari (em destaque), conforme
colocado anteriormente.
A seguir, descrevem-se sumariamente as bacias hidrográficas onde o empreendimento
está inserido, bem como aquelas diretamente interceptadas pelo traçado proposto.
Bacia Hidrográfica do rio Araguari
O rio Araguari tem suas nascentes localizadas no município de São Roque de Minas, na
região da Serra da Canastra. Afluente da margem esquerda do rio Paranaíba, sua bacia ocupa
uma área de 20.186 km2, integrando parte ou a totalidade dos municípios de Araguari, Araxá,
42
Campos Altos, Ibiá, Indianópolis, Iraí de Minas, Nova Ponte, Patrocínio, Pedrinópolis, Perdizes,
Pratinha, Rio Paranaíba, Sacramento, Santa Juliana, Serra do Salitre, Tapira, Tupaciguara,
Uberaba e Uberlândia.
Entre seus principais formadores, destacam-se os rios Quebra Anzol pela margem
direita, e o Uberabinha pela margem esquerda. Possui orientação predominante SE-NW e
apresenta grande potencial hidrelétrico, marcado pela presença de quatro UHEs: Miranda,
Nova Ponte, Capim Branco I e Capim Branco II.
Em relação à dinâmica fluvial e aos aspectos fisiográficos desta bacia, destaca-se que ao
escavar as rochas de diferentes litologias o rio Araguari deixou feições por todo o vale. Uma
das características mais importantes pode ser associada às suas formas meandrantes e
numerosas ilhas, muitas delas suprimidas pelos barramentos supracitados.
Para fins de planejamento e gestão, a bacia do rio Araguari foi dividida em 18 subbacias, considerando-se, basicamente, as áreas de drenagem, conforme apresentado na Figura
2.5.d e Tabela 2.5.b a seguir.
Figura 2.5.d
Localização das sub-bacias na bacia hidrográfica do rio Araguari
Fonte: Monte Plan, 2009
Tabela 2.5.b
Divisão das sub-bacias na bacia hidrográfica do rio Araguari
Código
Bacia
Área (km2)
Perímetro (km)
01
Foz do Araguari
685,69
133,36
02
Rio Uberabainha
2.188,86
291,41
03
AHEs Capim Branco
1.178,89
161,82
04
Médio Araguari
1.744,98
352,00
05
Ribeirão das Furnas
284,67
104,47
43
06
Rio Claro
1.162,16
194,33
07
Baixo Quebra Anzol
2.103,91
363,95
08
Ribeirão Santa Juliana
484,56
115,34
09
Ribeirão Santo Antônio
842,95
142,27
10
Alto Araguari
3.028,15
381,02
11
Rio Galheiro
774,42
144,08
12
Rio Capivara
1.359,65
197,06
13
Ribeirão do Salitre
612,82
128,44
14
Ribeirão do Inferno
564,29
145,91
15
Alto Quebra Anzol
2.302,62
303,24
16
Ribeirão Grande
249,69
79,80
17
Rio São João
962,12
151,59
18
Rio Misericórdia
1.411,23
188,91
Fonte: Monte Plan, 2009
Com regime hídrico típico de rios tropicais, no Araguari e em seus afluentes, as cheias
são observadas no fim do período chuvoso, enquanto que as menores vazões médias são
observadas no fim do período seco, ou seja, entre os meses de agosto e setembro
(ANA/HIDROWEB, 2014).
Os resultados do projeto “Revisão das séries de vazões naturais das principais bacias do
Sistema Interligado Nacional”, apresentado em ANA (2005), calculou as vazões naturais entre
os principais aproveitamentos hidrelétricos do país para o período compreendido entre os
anos de 1931 e 2001. Na Tabela 2.5.c, são apresentados os dados de vazão da sub-unidade 2
Rio Araguari.
Tabela 2.5.c
Vazão Qm, Q95 e q para a Sub-unidade Hidrográfica 2 Rio Araguari
Sub-unidade
Hidrográfica 2
Araguari – 174
Qm (m3/s)
Q95 (m3/s)
Q (l/s.km2)
432,5
180,3
19,99
Fonte: ANA, 2005
Verifica-se que a vazão média na bacia (Qm), considerando-se apenas a área de
drenagem na Sub-unidade, é de 432,5 m3/s, e a vazão específica por unidade de área é de
19,99 l/s.km2. Em relação à vazão crítica de referência (ou de estiagem), adotada como
disponibilidade hídrica, observa-se que, na bacia, esta é de 180,3 m3/s.
Conforme dados da ANA (2014), a irrigação agrícola responde pelas maiores vazões de
retirada, perfazendo mais de 40% do total. Em segundo plano, aparece o uso urbano com
aproximadamente 30% seguido pelo uso industrial e dessedentação animal. O uso rural é o
menos significativo na bacia, respondendo por apenas 2% do total.
Bacia Hidrográfica do rio Uberabinha
O rio Uberabinha é afluente da margem esquerda do rio Araguari. Possui comprimento
longitudinal de aproximadamente 142,7 km, desde suas nascentes (cota 978,00 m) no
44
município de Uberaba até a sua foz no remanso da UHE de Itumbiara (cota 550,00 m). Em seu
alto curso, o rio Uberabinha recebe as contribuições dos córregos do Caroço, do Roncador,
Fortaleza e Beija Flor, todos pela margem esquerda. De todo modo, o seu principal
contribuinte é o ribeirão Bom Jardim já nas proximidades do sítio urbano de Uberlândia. Sua
área de drenagem é de aproximadamente 2.188,56 km².
Na área urbana do município de Uberlândia, destacam-se as contribuições dos córregos
Cajubá, Tabocas, São Pedro (totalmente canalizados) e córregos Liso, do Óleo, Vinhedo, do
Salto, Guaribas, Bons Olhos, Cavalo e Lagoinha. Uma série de outros tributários aporta a este
canal a jusante da área urbana de Uberlândia.
Em relação à compartimentação do canal em função da orientação predominante do
talvegue, observa-se que, desde a nascente, o canal segue na orientação SE-NW até
aproximadamente 60 km, quando inflete para E e percorre, nesta direção, 20 km
aproximadamente, até a confluência com o ribeirão Bom Jardim. Deste ponto em diante, o
canal assume novamente a orientação SE-NW até a sua foz junto ao remanso da UHE de
Itumbiara.
Em relação aos aspectos geológicos, a bacia encontra-se assentada sob os sedimentos
Mesozóicos do Grupo Bauru (Formação Marília e Adamantina) e rochas básicas da Formação
Serra Geral (Grupo São Bento). Coberturas Holocências e Cenozóicas são observadas na maior
parte da bacia, capeando as litologias supracitadas.
O relevo da bacia é caracterizado por amplos chapadões de topo plano separados por
extensos interflúvios, particularmente no alto curso. No médio e baixo curso, observam-se
áreas levemente à intensamente dissecadas, sendo que o grau de dissecação é função das
condicionantes geológicas.
O regime hídrico é caracterizado pela sazonalidade típica do clima Tropical atuante na
região do Triângulo Mineiro. A época das cheias ocorre entre dezembro e abril sendo que o
restante do ano caracteriza o período de estiagem.
No que tange aos aspectos do uso e ocupação do solo, cumpre registrar que seu
processo de ocupação acompanhou o conjunto de políticas públicas de incentivo à produção
nos Cerrados, desde meados da década de 1970. Atualmente, os relevos de topo plano
localizados no alto curso do canal são intensamente ocupados pela agricultura modernizada
típica do Brasil central.
Por fim, cumpre destacar que o rio Uberabinha e seu principal afluente, o ribeirão Bom
Jardim, são os principais mananciais de abastecimento público no município de Uberlândia.
Bacia Hidrográfica do córrego Buriti
De acordo com a compartimentação proposta no Plano da Bacia Hidrográfica do rio
Araguari (Monte Plan, 2009), a bacia hidrográfica do córrego Buriti insere-se na Sub-bacia 03
AHEs Capim Branco, que drena uma área de aproximadamente 1.178 km².
Especificamente, a Área de Estudo encontra-se na micro-bacia do córrego São José e
Perpétua, que, em conjunto com o córrego Buracão formam o córrego Buriti, que aporta à
margem esquerda do rio Araguari na área de influência do reservatório da UHE Amador Aguiar
II.
A área de drenagem do córrego Buriti é de cerca de 59,86 km². Possui comprimento
longitudinal de aproximadamente 20,556 km, desde suas nascentes (cota 914,00 m) no bairro
Aclimação (município de Uberlândia) até a sua foz no remanso da UHE Amador Aguiar II (cota
45
575,00 m). Em seu alto curso, o córrego Buriti é denominado de córrego Perpétua e recebe as
contribuições do córrego São José nas imediações da coordenada UTM 791235 E / 7914138 S.
Na área urbana do município de Uberlândia, o córrego Buriti drena parte dos seguintes
bairros: Minas Gerais, Umuarama, Buritis, Alto Umuarama, Granja Marileusa, Bosque dos
Buritis, Aclimação, além das áreas onde se localizam os condomínios Paradiso e Terra Nova.
Em função da orientação predominante do talvegue, observa-se que, desde a nascente,
o canal segue na orientação S-NE até aproximadamente 14 km de suas nascentes, quando
inflete para NW. Nesta direção, percorre aproximadamente 2,3 km, quando seu canal inflete
para E até as imediações da coordenada UTM 793290 E / 7921831, quando assume novamente
a direção S-NE até a sua foz.
Em relação aos aspectos geológicos, a bacia encontra-se assentada sob os sedimentos
Mesozóicos do Grupo Bauru (Formação Marília) e rochas básicas da Formação Serra Geral
(Grupo São Bento). Coberturas Holocências e Cenozóicas são observadas no alto curso da
bacia, capeando as litologias supracitadas.
O relevo da bacia é caracterizado por amplos chapadões de topo plano nas nascentes,
sendo que, no restante da área, observam-se relevos dissecados em função das
condicionantes geológicas. Cumpre ressaltar que, no médio/baixo curso, a bacia já insere-se no
compartimento Canyon do rio Araguari, onde é comum a presença de rochas cristalinas
associadas aos gnaisses e granitos da Formação Jurubatuba e xistos do Grupo Araxá.
O regime hídrico é caracterizado pela sazonalidade típica do clima Tropical atuante na
região do Triângulo Mineiro. A época das cheias ocorre entre dezembro e abril sendo que o
restante do ano caracteriza o período de estiagem.
No que tange aos aspectos do uso e ocupação do solo, cumpre registrar a áreas de
nascentes já encontram-se urbanizadas, sendo que, no restante da bacia, predominam os usos
agropecuários e presença de matas semidecíduas nas áreas mais íngremes, localizadas junto às
vertentes dissecadas nos lineamentos das drenagens.
Destaca-se ainda a presença da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Aclimação nas
proximidades das coordenadas 793787 E / 7912136 S. Além disso, seus afluentes recebem
contribuições difusas do escoamento superficial no alto curso provenientes das áreas urbanas,
o que, eventualmente, compromete a qualidade de suas águas.
O córrego São José tem aproximadamente 2,167 km de extensão, sendo suas nascentes
localizadas na cota 900 m e sua foz na cota 745 m. Seu gradiente médio é de 71 m/km, o que
reflete o padrão morfológico do canal onde existem rupturas de declive associadas à
transposição dos derrames basálticos da Formação Serra Geral. Sua área de drenagem perfaz
um total de quase 6 km², incluindo as contribuições de seu único afluente que aporta à sua
margem direita nas imediações da coordenada UTM 791674 E / 7913595 S.
Bacia Hidrográfica do córrego São Pedro, Jataí e Tabocas
O córrego São Pedro é um dos principais afluentes da margem direita do rio Uberabinha
que intercepta a área urbana de Uberlândia. A imposição de sua estrutura e a orientação de
seu canal servem aos sistemas de circulação NE-SW da cidade, uma vez que encontra-se
totalmente canalizado ao longo da avenida Rondon Pacheco.
Seus principais formadores são o córrego Jataí e Lagoinha, sendo que ambos aportam à
sua margem esquerda. A área de drenagem do córrego São Pedro é de aproximadamente
50,48 km².
46
Suas características naturais foram francamente alteradas pelos processos de
urbanização da cidade de Uberlândia, particularmente entre as décadas de 1970 e 1980,
quando concluíram-se as obras de canalização e retificação de parte de seu leito.
A bacia do córrego São Pedro drena integralmente ou parte dos seguintes bairros do
município de Uberlândia: Umuarama, Alto Umuarama, Ipanema, Mansões Aeroporto, Brasil,
Tibery, Nossa Senhora Aparecida, Cazeca, Centro, Saraiva, Fundinho, Lídice Tabajara, Vigilato
Pereira, Patrimônio, Jardim Inconfidência, Morada da Colina, Jardim Karaiba, Laranjeiras,
Granada, São Jorge, Santa Luzia, Pampulha, Lagoinha, Carajás, Segismundo Pereira, Santa
Mônica, e Alvorada.
Suas nascentes estão localizadas no Bairro Custódio Pereira, nas imediações da BR-050
na El. 900 m, sendo sua foz no rio Uberabinha na El. 780 m. O comprimento do canal principal
é de cerca de 7 km, interceptando litologias associadas aos depósitos cenozóicos, sedimentos
da Formação Marília e rochas basálticas da Formação Serra Geral. Originalmente,
predominavam gleissolos muito úmidos que atualmente encontram-se drenados em função
dos equipamentos urbanos instalados.
Conforme estudos morfométricos realizados por Andrade et.al. (2014), a bacia
apresenta coeficiente de compacidade (Kc) de 1,12, aproximando-se da unidade o que reflete
sua alta tendência a eventos de inundação. De modo semelhante, o fator de forma da bacia é
superior à unidade, caracterizando uma condição natural de grande probabilidade a
enchentes.
Somam-se aos fatos acima apresentados os altos índices de impermeabilização da bacia,
o que diminui o tempo de concentração das águas precipitadas sobre sua área de drenagem,
facilitando os fenômenos de elevação dos níveis de água no fundo do vale.
Cumpre ainda ressaltar que, no seu médio/baixo curso, encontram-se as áreas de maior
declividade da mancha urbana de Uberlândia, sendo que nestas áreas a urbanização encontrase plenamente consolidada. Fatos estes que incrementam a vulnerabilidade da bacia a
enchentes, particularmente quando da ocorrência de chuvas intensas.
Conforme já mencionado, o córrego São Pedro recebe os aportes do córrego Jataí e
Lagoinha. O córrego Jataí tem suas nascentes localizadas nas proximidades do entroncamento
da BR-050 com a BR-452, nas imediações do Parque do Sabiá. Nesta unidade, o córrego Jataí
encontra-se regularizado por barramentos que formam a lagoa do Parque, cuja área é de
aproximadamente 2,6 km²
A jusante do Parque do Sabiá, o córrego Jataí encontra-se canalizado, onde atualmente
encontra-se instalada a avenida Anselmo Alves dos Santos. Sua foz localiza-se nas imediações
desta avenida com a avenida Rondon Pacheco. O comprimento médio do canal é da ordem de
4,5 km, sendo os principais bairros interceptados o Custódio Pereira, Santa Mônica e Tibery.
Já o córrego Lagoinha localiza-se na porção sudeste da área urbana e drena uma área
aproximada de 21,18 km². Em decorrência do intenso processo de urbanização e
impermeabilização ocorrido na bacia de contribuição, são grandes os impactos no fundo do
vale e na APP – Área de Preservação Permanente do Lagoinha, causados sobretudo pelo fluxo
de águas pluviais e pelo lançamento de resíduos às suas margens, com finalidade de
aterramento, que se refletem em áreas de instabilidade e constantes desmoronamentos de
taludes.
A nascente, originalmente situada na cota altimétrica 910 m, sofreu ao longo do tempo,
um recuo a jusante de mais de 200 metros, estando situada atualmente na cota 900 m. Este
rebaixamento, provavelmente foi causado pelos impactos de uma série de intervenções
antrópicas, tais como o aterramento para construção da BR 050 que fica a menos de 500
metros, o desmatamento de cabeceira para formação de pastagens, pisoteio e compactação
47
do solo pelo gado e implementos agrícolas, dentre outros, que afetou o nível do lençol
freático.
Com aproximadamente 7 km de extensão, o Lagoinha tem seu trecho final canalizado e
deságua no Córrego São Pedro, sob a Avenida Rondon Pacheco, na cota 790 m. Se principal
afluente é o córrego Mogi, que aporta pela sua margem esquerda.
Os problemas socioambientais da microbacia do Lagoinha são considerados graves,
sobretudo aqueles associados a ocupações irregulares, enxurradas e inundações provocadas
por chuvas intensas, uma vez que sua área impermeável já supera 43%, com tendência
iminente de crescimento, o que provoca a saturação da vazão máxima de suas galerias,
estimada em 35 m³/s (SOARES et al, 2009).
Outros afluentes de menor porte são ainda interceptados pelo traçado proposto, com
destaque para o córrego Cajubá (canalizado sob a avenida Getúlio Vargas) e o córrego das
Tabocas, canalizado pela avenida Minervina Cândida de Oliveira, junto às BRs-365/452.
O córrego das Tabocas tem área de drenagem de aproximadamente 8,13 km², e aporta
ao rio Uberabinha através de sua margem direita nas imediações do cruzamento das BRs
supracitadas com a Marcos de Freitas Costa.
As altitudes na bacia variam entre 950 m na região das nascentes e 750 m na foz, sendo
que aproximadamente 50% da área da bacia situa-se entre 850 e 900 m de altitude. De acordo
com levantamentos sobre o uso e ocupação do solo realizados por Queiroz (2009), apenas 24%
da área encontra-se permeável. Apesar das declividades médias da bacia caracterizarem
relevos suave ondulados e planos, o alto grau de impermeabilização e as declividade
superiores a 12% observadas no baixo curso do canal, implicam em eventos de enchentes com
agravamento das estruturas de circulação, conforme já registrado historicamente.
Na Figura 2.5.e apresenta-se o mapa da rede hidrográfica da Área de Estudo.
CAPÍTULO II
Diagnóstico Ambiental
do Meio Biótico
49
2.1 Vegetação
O município de Uberlândia insere-se no Bioma Cerrado, um dos três biomas presentes
no Estado de Minas Gerais, representando mais da metade do território mineiro, reconhecido
internacionalmente por sua grande riqueza biológica e alta pressão antrópica a que vem sendo
submetido (MYERS et al. 2000).
Compreendido como um complexo vegetacional que possui relações ecológicas e
fisionômicas com outras savanas da América tropical e de continentes como África e Austrália
(Beard, 1953; Cole, 1958; Eiten 1972, 1994; Allem & Valls, 1987), o Cerrado ocorre em
altitudes que variam de cerca de 300 m, a exemplo da Baixada Cuiabana (MT), a mais de
1600m, na Chapada dos Veadeiros (GO). Abrange, como área contínua, os estados de Goiás,
Tocantins e o Distrito Federal, parte dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rondônia e São Paulo, além de ocorrer em enclaves
nos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, e em pequenos fragmentos no Paraná.
A flora do Cerrado é característica e diferenciada dos biomas adjacentes, embora muitas
fisionomias compartilhem espécies com outros biomas (Heringer et al, 1977; Rizzini, 1979;
Prado & Gibbs, 1993; Oliveira Filho & Ratter, 1995). Além do clima, que segundo Eiten (1994)
tem efeitos indiretos sobre a vegetação, pois age sobre o solo (intemperismos), a química e a
física do solo, a disponibilidade hídrica e de nutrientes, a geomorfologia e a topografia
condicionam a composição da flora. A sua distribuição é ainda condicionada pela latitude,
freqüência de queimadas, profundidade do lençol freático, pastejo e inúmeros fatores
antrópicos, como mineração, agricultura, pecuária, silvicultura e queimadas.
A sazonalidade climática, típica do interior da região sudeste do Brasil, também
influencia na distribuição das formações florestais (florestas estacionais), formações savânicas
(cerradão e cerrado sentido restrito) e campestres do Cerrado (RIBEIRO; WALTER, 2008).
2.1.2 Breve histórico do desmatamento na região de Uberlândia
O histórico de desmatamento, no município de Uberlândia, confunde-se com a história
recente da ocupação dos cerrados no Triângulo Mineiro. A incorporação de novas tecnologias
de produção no campo, aliada às possibilidades de circulação da produção - favorecida em
parte pela posição estratégica da região – culminaram em um processo contínuo de supressão
dos ambientes naturais, especialmente nas áreas de chapadas, dando origem às modernas
lavouras de grãos e pastagens tecnificadas observadas na região atualmente. Deve-se,
portanto, à modernização da agricultura o papel de força motriz do desmatamento na região
que, entre 1979 e 2001, transformou, por completo, a paisagem natural do município.
É sobretudo, na década de 1970, que a região do Triângulo Mineiro passa por profundas
transformações, com a refuncionalização dos centros urbanos atrelada intimamente com os
processos de modernização das atividades agrícolas, que fariam da região a pioneira na
ocupação dos Cerrados brasileiros, no que tange à agricultura moderna. Movimento que
alavancou o crescimento de muitas cidades, ao mesmo tempo em que condenou a
morosidades diversas outras. A modernização do campo provocou a expulsão de parcelas da
população e as direcionou para as cidades que cresceram significativamente, aumentando a
especialização, diversificação dos serviços, fluxos de transporte e comunicação, aumentando a
diferenciação dos centros urbanos, e os papéis por eles representados.
A renovação da base material que sustenta a produção agrícola moderna se deu, em
grande parte, pelas vias de atuação do Estado, que através de políticas creditícias e de projetos
de ocupação, desenhou um novo uso do calendário agrícola nas áreas de Cerrado como um
todo, e especialmente no Triângulo Mineiro, que outrora foi uma das fronteiras agrícolas. Deve
se lembrar que esse novo desenho da produção no campo, e, por conseqüência, das cidades
50
também, se deu em cima de um espaço herdado, com características próprias e singularidades
de todas as formas, e, assim, a atuação do Estado como agente ativo da modernização,
também não se deu de forma homogênea, sendo que determinadas regiões foram mais
beneficiadas do que outras, como dito anteriormente (Michelotto, 2008).
É senso comum entre os analistas da modernização agrícola dos cerrados o papel dos
créditos para o setor. O Sistema Nacional de Crédito Rural, criado em 1960, foi o responsável
pelo custeio, comercialização e principalmente investimento na agropecuária, representando o
subsídio, no sentido estrito da palavra, priorizando a mecanização e a generalização do uso de
insumos. Somente os proprietários mais adaptados a essas reformas, comumente os grandes,
foram beneficiados, mostrando, conforme Pessôa (1988), que existe uma estreita relação
entre o crédito agrícola e o uso de insumos e equipamentos modernos. Integram-se, dessa
forma, a agricultura e a indústria, em uma relação de subordinação da última em relação à
primeira, ampliando as formas capitalistas de produção, processamento e comércio dos
produtos, que evidentemente assumem formas espaciais condizentes com a grande
propriedade e o inchaço urbano.
Conforme Guimarães (1991), outro ponto consensual diz respeito à contribuição do
Estado em relação aos aspectos infra-estruturais, eixos centrais das transformações. No plano
estadual, destacam-se programas de crédito dirigido e os de infra-estrutura. Iniciado em 1972,
o Programa de Crédito Integrado (PCI) tinha como objetivo promover a agricultura de mercado
com intensa utilização de capital, abrangendo inicialmente o Triângulo, para depois se
estender para outras regiões fisiográficas do Estado. O Primeiro Plano Mineiro de
Desenvolvimento Econômico, referente a 1972-76, objetivava criar infra-estrutura para os
polos de desenvolvimento, além do crédito agrícola.
Com o objetivo de colonização agrícola, O Programa de Assentamento Dirigido do Alto
Paranaíba (PADAP, de cunho federal; década de 1970), concentrou-se na região de São
Gotardo, favorecendo o surgimento de várias empresas agrícolas e núcleos de colonização.
Particularmente, o Programa Nipo-brasileiro para o Desenvolvimento do Cerrado (PRODECER),
financiado pela Agência Japonesa de Cooperação e Desenvolvimento Internacional (JICA),
“promoveu o assentamento de agricultores experientes do Sudeste e Sul do país na região do
cerrado” (WWF, 1995), com relativa preferência aos japoneses e nisseis. Com formas de
crédito supervisionado, empréstimos fundiários e de cobertura de despesas operacionais,
incentivou a colonização e usos agrícolas do cerrado, especulando sob suas potencialidades
futuras.
Essas políticas de ocupação e desenvolvimento agrícola estão no cerne do II Plano
Nacional de Desenvolvimento (II PND) que, em 1975, procurava, segundo PESSÔA (2007),
“definir áreas prioritárias, vinculadas a corredores de abastecimento, e exportação ao destacar
o esforço de modernizar e dotar de bases empresariais o setor agropecuário, principalmente
no Centro-Sul”. Neste sentido, reflete como a modernização do território originada pela
expansão agrícola moderna não foi homogênea, beneficiando determinadas regiões, produtos,
fases do processo produtivo e, inclusive, produtores.
Tais políticas criaram as condições para a modernização do espaço agrícola, pelo
incremento de tecnologias, infraestrutura e disponibilidade de capitais. Uma das etapas mais
importantes dessa fase foi à implantação do Programa de Desenvolvimento dos Cerrados, o
POLOCENTRO, criado em 1975, sendo o responsável pelos maiores impactos sobre a
agricultura do cerrado. Basicamente o programa de fortes subsídios federais incorporou
diretamente cerca de 2,4 milhões de hectares entre 1975 e 1980, acelerando o processo de
transformação espacial das regiões atingidas, marcadamente pela implantação de grandes
obras de infra-estruturas, investimentos em pesquisas agropecuárias e crédito; renovando
parte das bases materiais do território e especializando outras.
51
As cidades da região mudaram seus perfis em decorrência das demandas e dos novos
fluxos gerados pela produção agrícola moderna. O desenvolvimento deste setor, em sintonia
com a produção industrial, implantou sistemas técnicos para garantir o processamento dos
produtos, ao mesmo tempo em que diversificou o setor terciário, alavancando o crescimento
de muitas cidades. Os municípios que mais se beneficiaram, foram aqueles localizados nos
entroncamentos ou rotas viárias, e os que dispunham de condições naturais extremamente
favoráveis à reprodução do capital agrícola, como no caso de Uberlândia e Uberaba, além de
outras cidades do Triângulo.
Acentuaram-se as disparidades entre as áreas dotadas de equipamentos e estratégias
capitalistas, e as não dotadas; a concentração fundiária aumentou a luta pela posse da terra, e
orientada pelo capital, chega a reinventar a natureza, causando desequilíbrios nos sistemas
naturais (supressão de áreas de cerrado, drenagem dos covoais, ocupação das áreas de
recarga de lençol freático, uso intenso de herbicidas e fungicidas, etc); as áreas mecanizadas e
em vias de mecanização ampliaram o problema do desemprego e migração campo cidade;
num desenho regional que se espacializou de forma concentrada e excludente, acompanhando
a tendência histórica do desenvolvimento regional que é por natureza internamente desigual.
Neste sentido, temos um processo de atualização histórica das revoluções tecnológicas
que afetam a produção do espaço no Triângulo Mineiro, caracterizada pela incorporação de
tecnologias aos sistemas produtivos das áreas defasadas, condicionando as potencialidades
locais a vínculos e interesses externos.
Um primeiro rebatimento que pode ser identificado, dadas as conseqüências da
substituição dos padrões produtivos, encontra-se nas novas formas de utilização dos sistemas
naturais, que fariam dos novos complexos agrícolas vetores da transformação das redes e dos
núcleos urbanos. A produção voltada para o mercado externo que atende às demandas do
capital sustenta-se pelas tentativas de aceleração do processo produtivo; daí que a natureza
também pode ser internamente referida a esse processo (Michelotto, 2008).
Aumenta-se o controle sob os sistemas naturais que são remodelados para atender às
novas velocidades da produção. A remodelação é desenvolvida pela incorporação de ciência e
tecnologia nos fluxos naturais de energia e matéria, corrigindo-se os solos, construindo-se
barragens, mecanismos de geração de energia, espécies geneticamente modificadas, entre
outros. Além disso, essa remodelação incorpora-se na reconstrução dos sistemas de
transportes e infraestruturas que amenizam os efeitos negativos da distância, consumindo a
agricultura moderna, cada vez mais, espaços em menos tempo.
No Triângulo, a agricultura moderna rompe com os sistemas tradicionais de uso e
ocupação do solo (Michelotto, 2008), bem como com suas formas espaciais associadas. Antes
da chegada dos pacotes tecnológicos, eram os vales fluviais de solos mais férteis e as vertentes
cobertas por matas os locais preferenciais para a prática agrícola, enquanto que a criação de
gado era praticada de forma extensiva, aproveitando-se os pastos naturais das extensas
chapadas sedimentares. Com a modernização agrícola, tem-se a inversão do uso do solo, de
forma que as áreas de menor declividade, compreendidas pelos largos interflúvios, passam a
ser destinadas para o uso agrícola mecanizado; assim, os vales tornam-se áreas menos
valorizadas e destinadas à produção de subsistência ou com baixa mecanização, e para criação
de gado.
Foram superadas as adversidades naturais negativas ao aproveitamento dos solos do
cerrado, pelo incremento de tecnologia e ciência e também pelo aumento da capacidade do
homem em manipular a natureza conforme as demandas geradas pela sociedade capitalista.
52
As culturas também foram substituídas, as mais rentáveis pelas menos rentáveis, em
que “as culturas tradicionais (feijão, mandioca, etc) são substituídas por culturas
agroindustrializáveis (soja, milho, pinus, café, cana, etc)” (GARLIPP, 1999). Os efeitos da
modernização nas lógicas da relação capital, terra e trabalho, podem ser grosseiramente
resumidos pela incorporação por parte dos novos atores (produtores capitalizados) das
características do agronegócio globalizado: mecanização da produção com diminuição nos
postos de trabalho e expulsão de pequenos proprietários frente às dificuldades financeiras de
acompanhar as mudanças de base técnica e, não menos importante, supressão da vegetação
natural.
Em síntese, pode-se concluir que o histórico do desmatamento na região do Triângulo
Mineiro, que inclui o município de Uberlândia, é o histórico da modernização da agricultura.
Em relação aos componentes naturais, observa-se que as áreas de chapada, constituídas por
relevos tabulares e latossolos (ver seção 1.1.3 e 1.1.4) foram as mais atingidas pelo
desmatamento, pois são as mais favoráveis para a mecanização. Enquanto isso, as áreas
dissecadas, apesar de constituídas por solos basálticos mais férteis, ainda apresentam
pequenos fragmentos de cerrado nativo.
2.1.3 Caracterização fitofisionomias presentes no município de Uberlândia
Conforme já colocado, o município de Uberlândia está localizado predominantemente
sobre as áreas de domínio do bioma dos Cerrados, ainda que existam fragmentos isolados de
vegetação associados ao bioma Atlântico.
A vegetação predominante do bioma Cerrado é formada por um mosaico heterogêneo
de fisionomias vegetais, com as formações campestres em uma extremidade e as formações
florestais em outra extremidade, formando um gradiente de altura/densidade.
Embora existam diferenças quanto à classificação das vegetações lenhosas, podemos
ordenar as fitofisionomias vegetais sem subclassificações em seis tipos principais: cerrado,
cerradão, floresta estacional semidecidual, floresta estacional decidual, floresta ciliar e mata
de galeria.
Na bacia do rio Araguari e região, concentram-se as fitofisionomias do tipo floresta
estacional decidual e cerrado, sendo que grande parte das pesquisas e levantamentos
florísticos está vinculada a estas duas formações.
A fisionomia tipo cerrado e suas subdivisões (campo sujo, campo limpo e cerradão)
estão localizadas em áreas de relevo plano com ou sem afloramento rochoso, sobre solos
distróficos e mesotróficos, em maioria distribuída sobre uma paisagem fragmentada por
monoculturas e pastagens. Os fragmentos da região são caracterizados com espécies lenhosas
compondo uma formação vegetal de estrutura que não ultrapassa 6 metros de altura.
Apresentam espécies típicas e indicadoras da fitofisionomia como Qualea grandiflora (pauterra), Brysonima crassa (murici), Caryocar brasiliense (pequi), Boudichia virgilioides (sucupirapreta), Magonea pubescens (saco de boi), Tabebuia ochracea (ipê amarelo), Anona cacans
(araticum), Diospyros hispida (caqui-bravo). Em áreas de transição com a floresta estacional
passam a incorporar em sua composição vegetal espécies de maior porte como Sclerolobium
paniculatum (carvoeiro), Pterodon pubescens (sucupira-branca) e Virola sebifera (virola). Na
transição, caracterizado como Cerradão (subclassificação do cerrado) apresentam espécies
vegetais tanto de sistemas florestais como do cerrado sentido restrito, sendo que o fator
limitante para a distribuição das espécies está nas características químicas do solo,
principalmente a variação do teor de alumínio, considerado um nutriente indicativo e seletivo
na fisionomia cerrado.
53
A fisionomia secundária de cerradão é marcada por ilhas espaçadas de árvores em uma
matriz de gramíneas exóticas. Em solo distrófico, permaneceram algumas árvores testemunhas
como Qualea grandiflora (pau-terra), Caryocar brasiliense (pequi) e principalmente Pterodon
pubescens (sucupira).
A fisionomia floresta estacional decidual é caracterizada por uma acentuada
estacionalidade climática e pela caducifólia pronunciada, que atinge 50% ou mais dos
indivíduos que constituem o estrato dominante. Na região, a floresta estacional decidual é
encontrada sobre solos ricos derivados principalmente do basalto, localizados em área de
encostas voltadas para cursos fluviais, formando fragmentos lineares que acompanham as
encostas de vales acidentados e bem encaixados da região, a exemplo do vale do rio Araguari e
afluentes. Devido à estratégia adaptativa das espécies (perda das folhas), a floresta estacional
decidual torna-se evidente durante o período de seca, facilitando sua classificação. Além disso,
por estar localizada em um ambiente de pouca disponibilidade hídrica provida pelo solo raso, a
floresta apresenta reduzida diversidade florística e dominância de duas espécies
(Anadenanthera colubrina e Myracroduon urundeuva) consideradas espécies-chave de ligação
entre as florestas decíduas do Brasil.
O termo floresta/mata ciliar definido pela ACIESP (1997) tem sido substituído por
floresta/mata ripária, reservando o termo floresta/mata ciliar usado na legislação atual para
designações mais genéricas, de uso popular já consagrado, de qualquer formação florestal
ocorrendo ao longo do curso d’água. O termo mata ciliar utilizado pela legislação atual apenas
faz menção ao nome popularmente consagrado, não aos tipos de matas ciliares.
Entre os vários tipos de mata ciliar destaque para a mata ciliar de cerrado, formação
florestal densa e alta que acompanha os rios de médio e grande porte, composta de árvores
eretas com altura predominante entre 20 e 25 metros, onde as copas das árvores formam ou
não galerias sobre a água.
Esta formação florestal apresenta características vegetacionais definidas por uma
complexa interação de fatores dependentes das condições ambientais ciliares, tais como
características geológicas, geomorfológicas, climáticas, hidrológicas e hidrográficas, atuando
como modeladores da paisagem (RODRIGUES, 2000; RODRIGUES; NAVE, 2000).
Sob as florestas ciliares, ocorre uma significativa variação de solos, originados,
essencialmente, em função do maior ou menor grau de hidromorfismo que acontece nesses
terrenos. Além disso, a natureza do material originário é outro fator importante na distinção
dos grupos de solo (JACOMINE, 2000).
As florestas ciliares exercem funções relevantes para a biodiversidade local, agem como
estabilizadoras das ribanceiras dos rios, como tampão e filtro entre os terrenos mais altos e o
ecossistema aquático, atuam diminuindo e filtrando o escoamento superficial. Dessa maneira,
contribui-se para a manutenção da qualidade da água e integração com a superfície da água,
proporcionando cobertura e alimentação para a fauna aquática, interceptação de radiação
solar, proporcionando estabilidade térmica em pequenos cursos d’água (LIMA, 1989). Segundo
Redford e Fonseca (1996), tais florestas provêm refúgio, água e alimento para a fauna de
mamíferos das regiões do cerrado e caatinga.
3.1.4 Caracterização da vegetação nos corredores propostos
A caracterização da vegetação ao longo dos corredores propostos para a implantação do
VLT foi realizada mediante estudos expeditos em campo e interpretação de imagens de
sensores remotos.
54
Primeiramente, cumpre salientar que, na área urbana de Uberlândia, a vegetação
natural encontra-se altamente alterada, substituída por sistemas de engenharia inerentes à
dinâmica urbana, tais como aqueles vinculados à circulação, habitação, comércio, indústria,
entre outros.
Não menos importantes, todavia, são as áreas verdes contíguas presentes na diretriz de
traçado, com destaque para aquelas observadas junto ao Parque do Sabiá, Parque Linear do
rio Uberabinha e cabeceiras do córrego Perpétua/São José. No que se refere às praças
públicas, foram identificados os seguintes espaços ao longo dos corredores e/ou em suas
imediações:
Linha Lilás
















Poliesportivo do Bairro Custórido Pereira
Praça Hermínia Zocolli
Praça da Participação
Praça Nossa Senhora Aparecida
Praça Oswaldo Vieira Gonçalves
Praça Sérgio de Freitas Pacheco
Praça Professor Jacy de Assis
Praça Oswaldo Cruz
Praça Tubal Vilela
Praça Luiz de Freitas Costa
Praça Lindolfo França
Praça Rui Barbosa
Praça Adolfo Fonseca
Praça Clarimundo Carneiro
Praça Cícero Macedo
Praça Coronel Carneiro
Linha Verde















Praça Hélvio Cardoso
Praça Américo Ferreira de Abreu
Praça Dr. Manuel Crozara
Praça Rubens Pereira Rezende
Praça Ana Moraes
Praça Bercário Gomes Corrêa
Praça Telmo Gomes Corrêa
Praça Virgilato Orizombo Pereira
Praça Lusencourt Guimarães Borges
Praça Jair Moreira Rodrigues
Praça Prof. Henckmar Borges
Praça José Motta
Praça Canto Maior dos Palmares
Praça José Esteves de Ávila
Praça Sebastião José Naves
55




Praça Primo Crozara
Praça Cataguases
Praça Montese
Praça das Pioneiras
Na Tabela 3.1.4.a apresentam-se as espécies mapeadas em cada traçado proposto.
56
Tabela 3.1.4.a
Espécies vegetais identificadas ao longo dos traçados propostos (em centímetros)
Linha
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Espécie
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
CAP 1
40
30
42
40
39
40
25
25
25
25
25
38
41
43
36
38
41
44
43
40
36
38
37
41
42
46
52
52
46
46
52
52
CAP 2
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
5,00
4,00
3,00
3,50
4,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
3,00
3,00
3,00
3,50
3,50
3,00
3,00
3,00
3,50
3,50
3,50
4,00
3,00
3,50
7,00
7,00
8,00
7,00
7,00
9,00
9,00
DAP 1
12,73
9,55
13,37
12,73
12,41
12,73
7,96
7,96
7,96
7,96
7,96
12,10
13,05
13,69
11,46
12,10
13,05
14,01
13,69
12,73
11,46
12,10
11,78
13,05
13,37
14,64
16,55
16,55
14,64
14,64
16,55
16,55
DAP 2
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 3
0,00
0,00
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0,005
0,005
0,005
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0,022
0,017
0,017
0,022
0,022
57
Linha
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Espécie
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
CAP 1
72
64
80
84
60
194
120
129
80
140
70
84
69
126
90
80
120
168
40
240
116
100
140
140
152
300
90
110
25
30
25
24
30
18
CAP 2
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
8,00
9,00
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10,00
10,00
11,00
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9,00
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10,50
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11,00
10,50
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12,00
9,50
9,00
9,50
9,50
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8,50
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4,00
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6,00
5,00
DAP 1
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25,46
44,56
22,28
26,74
21,96
40,11
28,65
25,46
38,20
53,48
12,73
76,39
36,92
31,83
44,56
44,56
48,38
95,49
28,65
35,01
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7,96
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5,73
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DAP 4
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DAP 5
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AB 1
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0,051
0,115
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0,458
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0,156
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0,096
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0,005
0,005
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AB 2
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0,000
0,000
0,000
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0,000
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0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
AB 3
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0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
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0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
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0,000
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0,000
0,000
AB 4
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0,000
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0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 5
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0,000
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0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
AB Total
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0,051
0,056
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0,299
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0,132
0,051
0,156
0,039
0,056
0,038
0,126
0,064
0,051
0,115
0,225
0,013
0,458
0,107
0,080
0,156
0,156
0,184
0,716
0,064
0,096
0,005
0,007
0,005
0,005
0,007
0,003
58
Linha
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Espécie
Cedrela fissilis Vell.
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
Michelia champaca L.
CAP 1
150
170
89
64
72
56
48
112
60
34
48
35
32
23
64
56
42
64
30
136
54
42
66
32
40
60
40
40
50
80
64
50
46
30
CAP 2
CAP 3
56
40
42
40
24
70
36
58
58
CAP 4
CAP 5
Altura
12,00
12,00
12,00
8,00
7,00
6,00
6,00
11,00
6,00
5,50
5,00
6,00
4,00
2,50
7,00
9,00
5,00
9,00
3,50
3,50
7,00
5,50
7,50
5,00
9,50
8,00
9,00
4,00
6,50
11,00
6,00
5,00
5,00
5,00
DAP 1
47,75
54,11
28,33
20,37
22,92
17,83
15,28
35,65
19,10
10,82
15,28
11,14
10,19
7,32
20,37
17,83
13,37
20,37
9,55
43,29
17,19
13,37
21,01
10,19
12,73
19,10
12,73
12,73
15,92
25,46
20,37
15,92
14,64
9,55
DAP 2
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
17,83
12,73
0,00
12,73
7,64
0,00
0,00
22,28
11,46
18,46
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
18,46
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 3
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
13,37
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 4
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0,00
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0,00
0,00
0,00
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0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
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DAP 5
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AB 1
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0,029
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AB 3
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AB 5
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0,000
0,000
0,000
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AB Total
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0,018
0,022
0,013
0,004
0,033
0,064
0,024
0,059
0,007
0,147
0,023
0,014
0,035
0,008
0,040
0,029
0,013
0,013
0,020
0,051
0,033
0,020
0,017
0,007
59
Linha
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Lilás
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Michelia champaca L.
Michelia champaca L.
Morta
Morta
Pachira aquatica Aubl.
Schinus molle L.
Schinus molle L.
Schinus molle L.
Schinus molle L.
Spathodea campanulata P.Beauv.
Syzygium cumini (L) Skeels
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth
Terminalia catappa L.
Terminalia catappa L.
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.
Arecaceae sp1
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
CAP 1
54
30
56
74
76
44
26
38
42
84
57
16
67
70
18
110
20
28
33
18
27
33
49
49
46
45
60
36
76
104
56
50
39
43
CAP 2
24
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
4,50
4,00
3,50
7,00
8,00
5,00
3,50
3,50
4,50
11,00
7,00
5,00
7,00
7,00
2,00
10,00
3,50
5,00
5,00
3,50
5,00
5,00
5,00
3,00
3,50
6,00
5,50
10,50
8,00
11,00
6,00
4,00
4,50
4,00
DAP 1
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9,55
17,83
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14,01
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12,10
13,37
26,74
18,14
5,09
21,33
22,28
5,73
35,01
6,37
8,91
10,50
5,73
8,59
10,50
15,60
15,60
14,64
14,32
19,10
11,46
24,19
33,10
17,83
15,92
12,41
13,69
DAP 2
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
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DAP 3
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0,00
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0,00
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DAP 4
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DAP 5
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AB 1
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0,011
0,014
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0,009
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0,019
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AB 2
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AB 4
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AB 5
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0,000
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0,025
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0,046
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0,010
0,011
0,014
0,056
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0,039
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0,096
0,003
0,006
0,009
0,003
0,006
0,009
0,019
0,019
0,017
0,016
0,029
0,010
0,046
0,086
0,025
0,020
0,012
0,015
60
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
CAP 1
54
39
42
30
40
50
57
30
37
30
52
57
56
17
19
23
29
42
40
46
64
37
54
50
58
56
19
21
59
43
46
49
40
37
CAP 2
30
19
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
5,50
3,50
5,50
4,00
5,00
6,50
6,00
5,50
3,50
3,00
4,50
5,00
5,00
3,00
2,50
3,50
4,00
4,50
4,50
3,50
6,50
3,50
4,00
6,00
4,00
4,50
2,00
3,50
6,50
6,00
6,00
5,50
6,00
5,00
DAP 1
17,19
12,41
13,37
9,55
12,73
15,92
18,14
9,55
11,78
9,55
16,55
18,14
17,83
5,41
6,05
7,32
9,23
13,37
12,73
14,64
20,37
11,78
17,19
15,92
18,46
17,83
6,05
6,68
18,78
13,69
14,64
15,60
12,73
11,78
DAP 2
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0,00
0,00
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AB 1
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0,007
0,011
0,007
0,022
0,026
0,025
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0,007
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0,011
AB 2
0,000
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AB 3
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AB 4
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AB 5
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AB Total
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0,007
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0,002
0,003
0,004
0,007
0,014
0,013
0,017
0,033
0,011
0,023
0,020
0,027
0,025
0,003
0,011
0,028
0,015
0,017
0,019
0,013
0,014
61
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Bauhinia blakeana Dunn.
Caesalpinia echinata Lam.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Cassia fistula L.
Cecropia glaziovii Snethl.
Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna
Citrus sp.
Croton floribundus Spreng.
Delonix regia Boj.
Delonix regia Boj.
Ficus benjamina L.
Ficus benjamina L.
Ficus benjamina L.
Ficus sp.
Ficus sp. 2
Guarea guidonea L.
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) Mattos
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) Mattos
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) Mattos
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
CAP 1
30
19
96
70
90
56
147
50
69
67
147
54
58
38
188
38
56
68
63
60
162
90
32
60
30
25
20
46
29
38
42
38
80
50
CAP 2
CAP 3
47
74
84
60
90
58
64
CAP 4
CAP 5
39
49
66
30
36
27
40
Altura
4,00
3,00
6,00
6,50
7,00
5,50
8,00
7,00
11,00
10,00
12,00
5,00
5,50
6,50
9,00
4,00
6,00
3,50
5,50
6,50
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7,00
5,50
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7,00
3,00
4,00
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DAP 1
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15,92
21,96
21,33
46,79
17,19
18,46
12,10
59,84
12,10
17,83
21,65
20,05
19,10
51,57
28,65
10,19
19,10
9,55
7,96
6,37
14,64
9,23
12,10
13,37
12,10
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DAP 2
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
18,46
0,00
0,00
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0,00
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0,00
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DAP 3
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0,00
0,00
0,00
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DAP 4
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12,41
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0,00
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DAP 5
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15,60
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0,00
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AB 1
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0,172
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0,011
0,281
0,011
0,025
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0,209
0,064
0,008
0,029
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0,005
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0,014
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AB 2
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0,000
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0,000
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AB 3
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AB 4
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0,000
0,000
0,000
AB 5
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AB Total
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0,025
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0,146
0,092
0,172
0,023
0,027
0,011
0,281
0,011
0,084
0,037
0,032
0,063
0,209
0,072
0,062
0,029
0,007
0,011
0,003
0,017
0,007
0,011
0,014
0,011
0,051
0,020
62
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
CAP 1
60
61
36
41
27
30
51
47
63
48
70
73
88
52
75
91
87
45
80
73
75
104
69
73
93
54
50
61
45
68
54
60
71
41
CAP 2
18
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
7,00
7,00
5,00
5,50
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5,00
4,00
6,00
5,00
6,00
6,00
7,00
6,00
6,00
7,00
7,00
7,00
8,00
7,50
8,00
9,00
7,50
7,50
6,50
7,00
7,50
5,50
6,00
6,00
7,00
6,50
7,50
6,50
DAP 1
19,10
19,42
11,46
13,05
8,59
9,55
16,23
14,96
20,05
15,28
22,28
23,24
28,01
16,55
23,87
28,97
27,69
14,32
25,46
23,24
23,87
33,10
21,96
23,24
29,60
17,19
15,92
19,42
14,32
21,65
17,19
19,10
22,60
13,05
DAP 2
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0,00
0,00
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0,032
0,018
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0,022
0,045
0,066
0,060
0,016
0,051
0,042
0,045
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0,038
0,042
0,069
0,023
0,020
0,030
0,016
0,037
0,023
0,029
0,040
0,013
AB 2
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0,000
0,000
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0,000
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0,020
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0,016
0,037
0,023
0,029
0,040
0,013
63
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
CAP 1
38
59
95
47
86
79
75
17
19
86
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46
63
60
94
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62
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94
90
103
88
57
98
70
39
46
40
89
123
64
34
59
89
CAP 2
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
6,00
7,00
8,00
6,00
8,00
8,00
6,00
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3,50
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5,00
5,00
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7,00
3,00
4,00
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7,50
6,00
10,50
8,50
6,50
4,50
3,00
8,00
9,50
4,50
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5,50
7,50
DAP 1
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18,78
30,24
14,96
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6,05
27,37
19,10
14,64
20,05
19,10
29,92
15,92
19,74
28,65
29,92
28,65
32,79
28,01
18,14
31,19
22,28
12,41
14,64
12,73
28,33
39,15
20,37
10,82
18,78
28,33
DAP 2
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0,003
0,059
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0,070
0,064
0,084
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0,026
0,076
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0,017
0,013
0,063
0,120
0,033
0,009
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0,063
AB 2
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AB 3
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AB 4
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AB 5
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0,017
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0,063
0,120
0,033
0,009
0,028
0,063
64
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Indeterminada sp.
Jacaranda mimosaefolia D.Don
CAP 1
55
139
39
28
19
79
84
69
94
59
46
79
66
175
118
43
48
43
119
60
149
63
43
46
70
79
17
96
103
78
53
45
46
52
CAP 2
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
4,50
9,50
4,50
3,50
2,50
7,50
10,00
6,00
9,50
5,00
4,00
8,00
6,50
7,50
11,00
6,00
6,00
7,00
10,50
6,00
8,50
6,00
4,00
3,50
7,50
8,00
3,00
12,00
12,00
7,50
6,00
5,50
3,50
4,50
DAP 1
17,51
44,25
12,41
8,91
6,05
25,15
26,74
21,96
29,92
18,78
14,64
25,15
21,01
55,70
37,56
13,69
15,28
13,69
37,88
19,10
47,43
20,05
13,69
14,64
22,28
25,15
5,41
30,56
32,79
24,83
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14,32
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0,022
AB 2
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0,000
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0,000
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0,000
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AB 3
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 4
0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
AB 5
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0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
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0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB Total
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0,050
0,035
0,244
0,111
0,015
0,018
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0,113
0,029
0,177
0,032
0,015
0,017
0,039
0,050
0,002
0,073
0,084
0,048
0,022
0,016
0,017
0,022
65
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
CAP 1
51
68
74
45
65
66
47
37
50
83
16
45
40
25
83
31
25
29
35
40
49
86
23
60
54
60
46
60
68
29
59
84
63
46
CAP 2
50
21
38
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
5,00
5,00
6,00
7,00
6,00
6,00
5,00
5,00
5,00
6,00
5,00
5,00
5,00
3,00
6,00
3,00
2,50
3,00
4,00
6,00
6,00
8,00
4,00
5,50
5,00
7,50
4,50
6,00
7,50
4,00
6,50
8,50
6,00
6,00
DAP 1
16,23
21,65
23,55
14,32
20,69
21,01
14,96
11,78
15,92
26,42
5,09
14,32
12,73
7,96
26,42
9,87
7,96
9,23
11,14
12,73
15,60
27,37
7,32
19,10
17,19
19,10
14,64
19,10
21,65
9,23
18,78
26,74
20,05
14,64
DAP 2
0,00
0,00
0,00
15,92
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
6,68
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
12,10
0,00
DAP 3
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 4
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 5
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
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0,00
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0,00
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0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
AB 1
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0,044
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0,035
0,018
0,011
0,020
0,055
0,002
0,016
0,013
0,005
0,055
0,008
0,005
0,007
0,010
0,013
0,019
0,059
0,004
0,029
0,023
0,029
0,017
0,029
0,037
0,007
0,028
0,056
0,032
0,017
AB 2
0,000
0,000
0,000
0,020
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,004
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,011
0,000
AB 3
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 4
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 5
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB Total
0,021
0,037
0,044
0,036
0,034
0,035
0,018
0,011
0,020
0,055
0,002
0,016
0,016
0,005
0,055
0,008
0,005
0,007
0,010
0,013
0,019
0,059
0,004
0,029
0,023
0,029
0,017
0,029
0,037
0,007
0,028
0,056
0,043
0,017
66
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Leptolobium elegans Voguel.
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
CAP 1
56
33
36
48
40
34
68
29
58
57
63
58
44
39
80
35
78
54
42
46
36
30
28
31
27
25
28
24
52
22
18
40
46
38
CAP 2
35
21
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
3,50
7,50
7,50
7,00
4,50
3,00
7,00
3,00
7,00
5,00
7,00
5,00
6,00
4,00
7,00
5,00
7,00
6,00
6,00
5,50
6,00
6,00
6,00
6,00
4,00
5,00
5,00
5,00
7,00
4,00
4,00
5,00
5,00
3,50
DAP 1
17,83
10,50
11,46
15,28
12,73
10,82
21,65
9,23
18,46
18,14
20,05
18,46
14,01
12,41
25,46
11,14
24,83
17,19
13,37
14,64
11,46
9,55
8,91
9,87
8,59
7,96
8,91
7,64
16,55
7,00
5,73
12,73
14,64
12,10
DAP 2
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
11,14
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
6,68
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 3
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 4
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 5
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
AB 1
0,025
0,009
0,010
0,018
0,013
0,009
0,037
0,007
0,027
0,026
0,032
0,027
0,015
0,012
0,051
0,010
0,048
0,023
0,014
0,017
0,010
0,007
0,006
0,008
0,006
0,005
0,006
0,005
0,022
0,004
0,003
0,013
0,017
0,011
AB 2
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,010
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,004
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 3
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 4
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 5
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB Total
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0,010
0,018
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0,009
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0,007
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0,026
0,032
0,027
0,015
0,012
0,051
0,010
0,048
0,023
0,024
0,017
0,010
0,007
0,006
0,008
0,006
0,005
0,006
0,005
0,022
0,007
0,003
0,013
0,017
0,011
67
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
Melia azedarach L.
Melia azedarach L.
Melia azedarach L.
Michelia champaca L.
Michelia champaca L.
Michelia champaca L.
Morta
Morta
Morta
Morta
morta
Morus nigra L.
CAP 1
22
60
47
36
79
49
40
60
30
40
31
45
26
40
64
24
34
42
48
68
38
48
50
64
88
42
80
77
20
22
45
38
39
30
CAP 2
54
32
28
70
CAP 3
CAP 4
35
45
56
26
51
34
40
48
26
63
20
37
53
56
32
49
52
28
CAP 5
Altura
2,00
9,50
6,00
5,00
4,50
5,00
5,50
6,50
4,50
7,00
6,00
7,00
3,00
6,00
6,50
2,50
2,50
13,50
9,00
3,50
6,50
4,00
5,00
6,00
8,50
4,50
5,00
6,00
4,00
3,00
7,00
4,00
4,00
4,50
DAP 1
7,00
19,10
14,96
11,46
25,15
15,60
12,73
19,10
9,55
12,73
9,87
14,32
8,28
12,73
20,37
7,64
10,82
13,37
15,28
21,65
12,10
15,28
15,92
20,37
28,01
13,37
25,46
24,51
6,37
7,00
14,32
12,10
12,41
9,55
DAP 2
0,00
17,19
10,19
8,91
22,28
0,00
14,32
17,83
8,28
16,23
10,82
12,73
0,00
16,87
17,83
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 3
0,00
0,00
11,14
0,00
0,00
0,00
0,00
15,28
8,28
20,05
6,37
11,78
0,00
10,19
15,60
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 4
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
16,55
8,91
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 5
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
AB 1
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0,029
0,018
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0,050
0,019
0,013
0,029
0,007
0,013
0,008
0,016
0,005
0,013
0,033
0,005
0,009
0,014
0,018
0,037
0,011
0,018
0,020
0,033
0,062
0,014
0,051
0,047
0,003
0,004
0,016
0,011
0,012
0,007
AB 2
0,000
0,023
0,008
0,006
0,039
0,000
0,016
0,025
0,005
0,021
0,009
0,013
0,000
0,022
0,025
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 3
0,000
0,000
0,010
0,000
0,000
0,000
0,000
0,018
0,005
0,032
0,003
0,011
0,000
0,008
0,019
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 4
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,022
0,006
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 5
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB Total
0,004
0,052
0,035
0,017
0,089
0,019
0,029
0,093
0,024
0,065
0,020
0,040
0,005
0,043
0,077
0,005
0,009
0,014
0,018
0,037
0,011
0,018
0,020
0,033
0,062
0,014
0,051
0,047
0,003
0,004
0,016
0,011
0,012
0,007
68
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Morus nigra L.
Morus nigra L.
Myrtaceae sp.
Myrtaceae sp.
Myrtaceae sp.
Pachira aquatica Aubl.
Persea americana Mill.
Persea americana Mill.
Plumeria rubra L.
Punica granatum L.
Punica granatum L.
Rubiaceae sp.
Schinus molle L.
Syzygium cumini (L) Skeels
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia roseoalba (Ridl.)
CAP 1
38
49
46
68
80
30
49
50
20
31
43
151
31
90
63
46
58
50
68
32
57
33
50
33
62
48
32
29
40
50
43
51
48
39
CAP 2
38
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
4,50
3,50
5,50
6,50
7,50
4,00
4,50
7,00
3,00
5,00
5,50
7,00
5,00
6,00
5,50
5,00
6,50
5,50
7,50
5,00
6,50
4,00
5,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
5,00
7,00
5,00
6,50
5,50
5,50
DAP 1
12,10
15,60
14,64
21,65
25,46
9,55
15,60
15,92
6,37
9,87
13,69
48,06
9,87
28,65
20,05
14,64
18,46
15,92
21,65
10,19
18,14
10,50
15,92
10,50
19,74
15,28
10,19
9,23
12,73
15,92
13,69
16,23
15,28
12,41
DAP 2
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
12,10
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 3
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 4
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 5
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
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0,00
0,00
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0,00
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0,00
0,00
0,00
AB 1
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0,017
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0,020
0,003
0,008
0,015
0,181
0,008
0,064
0,032
0,017
0,027
0,020
0,037
0,008
0,026
0,009
0,020
0,009
0,031
0,018
0,008
0,007
0,013
0,020
0,015
0,021
0,018
0,012
AB 2
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,011
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 3
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0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
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0,000
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0,000
0,000
0,000
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0,000
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AB 4
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0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 5
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
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0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB Total
0,011
0,019
0,017
0,037
0,051
0,007
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0,020
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0,031
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0,008
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0,020
0,015
0,021
0,018
0,012
69
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Tabebuia roseoalba (Ridl.)
Tabebuia roseoalba (Ridl.)
Tabebuia roseoalba (Ridl.)
Tabebuia roseoalba (Ridl.)
Tabebuia roseoalba (Ridl.)
Tabebuia roseoalba (Ridl.)
Tabebuia roseoalba (Ridl.)
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
Tabebuia sp
CAP 1
37
42
49
47
25
50
47
96
76
48
63
42
76
60
93
47
63
36
43
78
46
50
53
60
48
36
85
50
46
39
38
43
49
52
CAP 2
40
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
5,00
5,00
6,00
5,00
4,00
3,00
4,00
11,00
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4,00
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3,50
9,00
3,00
8,00
4,00
6,50
3,50
5,00
5,50
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6,00
6,00
6,50
4,50
5,00
5,50
5,50
3,50
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6,50
6,00
DAP 1
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20,05
13,37
24,19
19,10
29,60
14,96
20,05
11,46
13,69
24,83
14,64
15,92
16,87
19,10
15,28
11,46
27,06
15,92
14,64
12,41
12,10
13,69
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16,55
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0,00
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0,00
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0,00
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0,032
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0,015
0,048
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0,022
0,029
0,018
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0,046
0,029
0,069
0,018
0,032
0,010
0,015
0,048
0,017
0,020
0,022
0,029
0,018
0,023
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0,020
0,017
0,012
0,011
0,015
0,019
0,022
70
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth
Terminalia catappa L.
Annona muricata L.
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
CAP 1
38
28
17
25
58
35
58
60
55
49
38
40
60
53
50
45
50
45
70
80
56
55
56
70
78
66
65
63
59
63
56
36
56
81
CAP 2
48
CAP 3
CAP 4
CAP 5
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3,00
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4,00
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5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
2,50
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9,00
9,00
9,00
9,00
7,00
7,50
8,00
8,00
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5,00
8,00
9,00
DAP 1
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11,14
18,46
19,10
17,51
15,60
12,10
12,73
19,10
16,87
15,92
14,32
15,92
14,32
22,28
25,46
17,83
17,51
17,83
22,28
24,83
21,01
20,69
20,05
18,78
20,05
17,83
11,46
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25,78
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AB 5
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0,029
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0,020
0,016
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0,024
0,025
0,039
0,048
0,035
0,034
0,032
0,028
0,032
0,025
0,010
0,025
0,052
71
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
CAP 1
71
75
75
78
46
49
42
63
65
69
65
25
36
64
76
56
59
53
54
59
52
52
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36
64
68
64
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55
52
54
59
56
58
CAP 2
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
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9,00
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6,00
7,00
8,00
8,00
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6,00
8,00
9,00
9,00
8,00
8,00
8,50
9,00
8,00
7,50
4,00
7,50
8,00
8,00
8,50
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7,00
7,00
7,00
7,00
7,50
DAP 1
22,60
23,87
23,87
24,83
14,64
15,60
13,37
20,05
20,69
21,96
20,69
7,96
11,46
20,37
24,19
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18,78
16,87
17,19
18,78
16,55
16,55
17,83
11,46
20,37
21,65
20,37
17,83
17,51
16,55
17,19
18,78
17,83
18,46
DAP 2
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DAP 4
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AB 5
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0,000
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0,000
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0,045
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0,022
0,023
0,028
0,022
0,022
0,025
0,010
0,033
0,037
0,033
0,025
0,024
0,022
0,023
0,028
0,025
0,027
72
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Arecaceae sp1
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Bauhinia blakeana Dunn.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
CAP 1
57
53
65
69
63
56
69
63
68
67
64
68
49
46
48
45
76
64
66
48
89
60
61
56
50
63
86
60
90
36
64
80
66
168
CAP 2
63
47
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
8,00
8,00
8,50
7,50
7,00
7,00
8,00
8,00
7,00
8,00
8,50
8,50
8,50
8,00
8,00
7,00
5,50
6,00
5,50
5,00
6,50
4,50
7,00
6,00
7,00
7,00
10,00
7,50
14,00
5,00
8,00
9,50
7,00
13,00
DAP 1
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16,87
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20,05
17,83
21,96
20,05
21,65
21,33
20,37
21,65
15,60
14,64
15,28
14,32
24,19
20,37
21,01
15,28
28,33
19,10
19,42
17,83
15,92
20,05
27,37
19,10
28,65
11,46
20,37
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21,01
53,48
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20,05
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DAP 5
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0,00
AB 1
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0,036
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0,018
0,016
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0,033
0,035
0,018
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0,030
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0,059
0,029
0,064
0,010
0,033
0,051
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AB 2
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0,000
0,000
0,000
0,000
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0,032
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0,000
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0,000
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AB 4
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0,000
AB 5
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0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
AB Total
0,026
0,022
0,034
0,038
0,032
0,025
0,038
0,032
0,037
0,036
0,033
0,037
0,019
0,017
0,018
0,016
0,046
0,033
0,035
0,018
0,063
0,029
0,061
0,043
0,020
0,032
0,059
0,029
0,064
0,010
0,033
0,051
0,035
0,225
73
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Caesalpinia pluviosa DC.
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Carica papaya L.
Cassia fistula L.
Cassia fistula L.
Cassia fistula L.
Cassia fistula L.
Cassia fistula L.
Ficus benjamina L.
Ficus benjamina L.
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
CAP 1
180
123
60
46
136
38
40
50
42
40
55
42
42
46
40
38
60
36
36
46
50
240
228
30
36
30
50
43
41
55
53
48
49
54
CAP 2
CAP 3
52
20
40
38
42
48
35
29
64
CAP 4
CAP 5
Altura
13,00
7,00
5,50
5,50
4,00
4,50
4,50
6,00
5,00
4,50
7,00
6,00
4,50
4,50
4,00
6,00
7,00
3,00
3,00
4,50
11,00
12,00
11,00
4,00
4,00
5,00
6,00
5,00
5,50
5,00
5,50
6,00
5,50
7,00
DAP 1
57,30
39,15
19,10
14,64
43,29
12,10
12,73
15,92
13,37
12,73
17,51
13,37
13,37
14,64
12,73
12,10
19,10
11,46
11,46
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11,46
9,55
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15,60
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DAP 2
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AB 5
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0,024
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0,018
0,019
0,023
74
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
CAP 1
54
66
49
46
46
65
59
47
43
36
54
60
27
56
62
56
42
42
36
57
59
64
46
92
49
54
58
42
46
63
57
56
58
67
CAP 2
CAP 3
24
46
28
34
50
46
54
53
CAP 4
CAP 5
Altura
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6,00
6,00
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8,50
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6,50
7,00
7,00
5,50
8,50
6,00
5,00
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4,00
8,00
7,00
7,50
7,50
8,00
5,00
5,50
7,00
5,00
5,50
6,50
5,50
6,00
6,50
7,50
DAP 1
17,19
21,01
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14,64
14,64
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18,78
14,96
13,69
11,46
17,19
19,10
8,59
17,83
19,74
17,83
13,37
13,37
11,46
18,14
18,78
20,37
14,64
29,28
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17,19
18,46
13,37
14,64
20,05
18,14
17,83
18,46
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DAP 2
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0,00
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0,00
0,00
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DAP 3
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0,00
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0,00
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DAP 4
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DAP 5
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AB 2
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0,000
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0,000
0,000
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AB 3
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AB 4
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0,000
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0,000
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0,000
0,000
0,000
AB 5
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0,000
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0,000
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0,000
0,000
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0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
AB Total
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0,019
0,017
0,017
0,034
0,028
0,018
0,015
0,021
0,040
0,029
0,032
0,045
0,031
0,025
0,014
0,037
0,010
0,026
0,028
0,033
0,039
0,067
0,019
0,023
0,027
0,014
0,017
0,032
0,026
0,025
0,027
0,036
75
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
CAP 1
24
36
34
36
68
56
32
46
42
19
46
70
60
78
58
80
76
19
58
46
50
19
72
23
49
36
56
74
76
28
37
60
56
29
CAP 2
40
40
63
42
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
3,50
6,00
5,50
4,50
7,50
5,50
6,00
4,50
4,00
3,00
5,50
7,00
7,50
7,50
6,00
9,00
9,00
4,00
4,50
4,50
6,00
2,50
8,00
4,50
5,50
4,00
6,00
6,00
7,50
4,00
4,50
6,50
6,00
4,50
DAP 1
7,64
11,46
10,82
11,46
21,65
17,83
10,19
14,64
13,37
6,05
14,64
22,28
19,10
24,83
18,46
25,46
24,19
6,05
18,46
14,64
15,92
6,05
22,92
7,32
15,60
11,46
17,83
23,55
24,19
8,91
11,78
19,10
17,83
9,23
DAP 2
0,00
12,73
12,73
0,00
0,00
0,00
20,05
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
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0,000
0,000
AB 4
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0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 5
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB Total
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0,023
0,022
0,010
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0,025
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0,014
0,003
0,017
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0,003
0,027
0,017
0,020
0,003
0,041
0,004
0,019
0,010
0,025
0,044
0,046
0,006
0,011
0,029
0,025
0,007
76
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Indeterminada sp.2
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
CAP 1
56
60
56
46
23
70
53
64
64
38
42
42
58
36
53
33
30
50
60
25
30
31
36
45
31
32
54
51
30
36
56
39
54
59
CAP 2
CAP 3
50
50
58
23
31
32
30
50
30
21
45
29
36
CAP 4
CAP 5
Altura
6,00
7,00
7,50
5,50
2,00
7,50
6,00
6,50
8,00
4,50
3,50
6,00
6,50
4,00
7,00
6,00
7,00
7,00
6,00
5,00
6,00
6,00
7,00
6,50
3,00
3,00
6,00
6,50
4,50
2,50
5,00
6,00
4,50
6,50
DAP 1
17,83
19,10
17,83
14,64
7,32
22,28
16,87
20,37
20,37
12,10
13,37
13,37
18,46
11,46
16,87
10,50
9,55
15,92
19,10
7,96
9,55
9,87
11,46
14,32
9,87
10,19
17,19
16,23
9,55
11,46
17,83
12,41
17,19
18,78
DAP 2
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
15,92
0,00
0,00
18,46
7,32
9,87
10,19
9,55
15,92
0,00
0,00
0,00
0,00
9,55
6,68
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 3
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
14,32
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
9,23
0,00
0,00
0,00
0,00
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11,46
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 4
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0,00
0,00
0,00
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0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 5
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0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
0,00
AB 1
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0,029
0,025
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0,033
0,033
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0,014
0,027
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0,010
0,016
0,008
0,008
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0,007
0,010
0,025
0,012
0,023
0,028
AB 2
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,020
0,000
0,000
0,027
0,004
0,008
0,008
0,007
0,020
0,000
0,000
0,000
0,000
0,007
0,004
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 3
0,000
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0,000
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0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,016
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,007
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0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 4
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 5
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB Total
0,025
0,029
0,025
0,017
0,004
0,039
0,022
0,052
0,033
0,011
0,014
0,014
0,027
0,010
0,022
0,045
0,007
0,020
0,055
0,009
0,015
0,016
0,024
0,036
0,008
0,008
0,023
0,021
0,025
0,014
0,025
0,012
0,023
0,028
77
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Manguifera indica L.
Manguifera indica L.
CAP 1
60
62
70
51
36
46
86
48
40
36
62
54
48
36
55
56
32
74
62
66
40
36
54
55
35
40
35
51
46
46
48
50
118
123
CAP 2
CAP 3
40
70
40
43
50
40
45
23
CAP 4
CAP 5
Altura
4,50
4,50
4,50
4,50
4,50
4,00
10,50
5,00
5,00
2,50
6,00
5,00
6,50
7,00
5,50
6,00
6,00
6,00
5,00
5,50
4,50
4,50
4,50
4,50
4,50
4,50
4,00
7,00
5,00
4,50
5,00
5,50
12,00
12,00
DAP 1
19,10
19,74
22,28
16,23
11,46
14,64
27,37
15,28
12,73
11,46
19,74
17,19
15,28
11,46
17,51
17,83
10,19
23,55
19,74
21,01
12,73
11,46
17,19
17,51
11,14
12,73
11,14
16,23
14,64
14,64
15,28
15,92
37,56
39,15
DAP 2
0,00
0,00
0,00
12,73
0,00
22,28
0,00
0,00
0,00
12,73
0,00
0,00
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AB 4
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0,000
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0,000
AB 5
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0,000
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0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
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AB Total
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0,025
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0,010
0,023
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0,010
0,013
0,010
0,035
0,037
0,017
0,031
0,036
0,111
0,120
78
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Melia azedarach L.
Michelia champaca L.
morta
Pachira aquatica Aubl.
Pachira aquatica Aubl.
Pachira aquatica Aubl.
Pachira aquatica Aubl.
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
CAP 1
92
72
80
128
120
63
60
46
30
36
34
34
36
35
34
32
31
38
34
35
34
34
33
33
35
35
35
37
38
35
36
36
34
34
CAP 2
CAP 3
54
76
CAP 4
CAP 5
Altura
4,00
5,00
4,50
8,00
8,00
7,00
9,00
6,50
2,50
2,50
2,00
2,00
1,50
2,00
2,00
2,00
2,00
2,00
1,00
1,50
1,50
2,00
2,00
2,00
2,00
2,00
1,50
1,50
1,00
2,00
2,00
2,00
2,00
2,00
DAP 1
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19,10
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10,82
10,82
11,46
11,14
10,82
10,19
9,87
12,10
10,82
11,14
10,82
10,82
10,50
10,50
11,14
11,14
11,14
11,78
12,10
11,14
11,46
11,46
10,82
10,82
DAP 2
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
17,19
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 3
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
24,19
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
0,00
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0,00
0,00
DAP 4
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0,00
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0,00
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0,00
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0,00
0,00
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
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0,00
DAP 5
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0,00
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0,00
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0,00
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AB 1
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0,009
0,009
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0,010
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0,009
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0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
AB 3
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0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 4
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0,000
0,000
0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
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0,000
0,000
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0,000
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0,000
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0,000
0,000
AB 5
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0,000
0,000
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0,000
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0,000
0,000
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0,000
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0,000
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0,000
0,000
0,000
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AB Total
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0,051
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0,017
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0,009
0,010
0,010
0,009
0,008
0,008
0,011
0,009
0,010
0,009
0,009
0,009
0,009
0,010
0,010
0,010
0,011
0,011
0,010
0,010
0,010
0,009
0,009
79
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
CAP 1
35
30
36
34
34
36
35
34
32
31
38
34
35
34
34
33
33
35
35
35
37
38
35
36
36
34
34
35
37
38
33
35
36
34
CAP 2
CAP 3
CAP 4
CAP 5
Altura
2,00
2,00
1,50
2,00
2,00
2,00
2,00
2,00
1,00
1,50
1,50
2,00
2,00
2,00
2,00
2,00
1,50
1,50
1,00
2,00
2,00
2,00
2,00
1,00
1,50
1,50
2,50
2,50
2,50
2,00
2,50
2,00
2,00
2,00
DAP 1
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9,55
11,46
10,82
10,82
11,46
11,14
10,82
10,19
9,87
12,10
10,82
11,14
10,82
10,82
10,50
10,50
11,14
11,14
11,14
11,78
12,10
11,14
11,46
11,46
10,82
10,82
11,14
11,78
12,10
10,50
11,14
11,46
10,82
DAP 2
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0,00
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DAP 3
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DAP 4
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0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
DAP 5
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
AB 1
0,010
0,007
0,010
0,009
0,009
0,010
0,010
0,009
0,008
0,008
0,011
0,009
0,010
0,009
0,009
0,009
0,009
0,010
0,010
0,010
0,011
0,011
0,010
0,010
0,010
0,009
0,009
0,010
0,011
0,011
0,009
0,010
0,010
0,009
AB 2
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 3
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 4
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB 5
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB Total
0,010
0,007
0,010
0,009
0,009
0,010
0,010
0,009
0,008
0,008
0,011
0,009
0,010
0,009
0,009
0,009
0,009
0,010
0,010
0,010
0,011
0,011
0,010
0,010
0,010
0,009
0,009
0,010
0,011
0,011
0,009
0,010
0,010
0,009
80
Linha
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Verde
Espécie
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Phoenix roebelenii O'Brien
Plumeria rubra L.
Plumeria rubra L.
Plumeria rubra L.
Salix babylonica L.
Salix babylonica L.
Salix babylonica L.
Salix babylonica L.
Salix babylonica L.
Salix babylonica L.
Salix babylonica L.
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia roseoalba (Ridl.)
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth
CAP 1
35
34
34
34
34
34
31
26
60
32
60
47
50
60
54
58
48
36
43
36
70
49
32
74
74
60
40
80
50
54
48
52
62
36
CAP 2
CAP 3
CAP 4
46
50
46
43
42
CAP 5
Altura
2,00
1,50
2,00
2,00
2,00
2,00
2,00
3,00
4,50
4,00
3,00
3,50
4,50
5,50
3,00
3,50
2,50
8,00
6,00
7,00
6,50
4,50
5,00
7,00
6,50
5,50
5,00
9,00
6,50
6,00
5,00
7,00
8,00
5,50
DAP 1
11,14
10,82
10,82
10,82
10,82
10,82
9,87
8,28
19,10
10,19
19,10
14,96
15,92
19,10
17,19
18,46
15,28
11,46
13,69
11,46
22,28
15,60
10,19
23,55
23,55
19,10
12,73
25,46
15,92
17,19
15,28
16,55
19,74
11,46
DAP 2
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
14,64
13,69
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
13,37
DAP 3
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
14,64
DAP 4
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
15,92
DAP 5
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
AB 1
0,010
0,009
0,009
0,009
0,009
0,009
0,008
0,005
0,029
0,008
0,029
0,018
0,020
0,029
0,023
0,027
0,018
0,010
0,015
0,010
0,039
0,019
0,008
0,044
0,044
0,029
0,013
0,051
0,020
0,023
0,018
0,022
0,031
0,010
AB 2
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,017
0,015
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,014
AB 3
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,017
AB 4
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,020
AB 5
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
0,000
AB Total
0,010
0,009
0,009
0,009
0,009
0,009
0,008
0,005
0,029
0,008
0,029
0,018
0,020
0,029
0,023
0,027
0,018
0,010
0,032
0,025
0,039
0,019
0,008
0,044
0,044
0,029
0,013
0,051
0,020
0,023
0,018
0,022
0,031
0,061
81
Linha
Verde
Verde
Verde
Espécie
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth
Terminalia catappa L.
CAP 1
40
26
94
CAP 2
22
CAP 3
50
CAP 4
38
CAP 5
Altura
5,50
4,00
11,00
DAP 1
12,73
8,28
29,92
DAP 2
7,00
0,00
0,00
DAP 3
15,92
0,00
0,00
DAP 4
12,10
0,00
0,00
DAP 5
0,00
0,00
0,00
AB 1
0,013
0,005
0,070
AB 2
0,004
0,000
0,000
AB 3
0,020
0,000
0,000
AB 4
0,011
0,000
0,000
AB 5
0,000
0,000
0,000
AB Total
0,048
0,005
0,070
82
Na Tabela 3.1.4.b apresenta-se a síntese das informações levantadas em relação ao
número de espécies e área basal.
Tabela 3.1.4.b
Síntese do levantamento de indivíduos arbóreos ao longo dos traçados propostos
Espécie
Annona muricata L.
Arecaceae sp1
Bauhinia blakeana Dunn.
Caesalpinia echinata Lam.
Caesalpinia pluviosa DC.
Callistemon viminalis G. Don ex Loud
Carica papaya L.
Cassia fistula L.
Cecropia glaziovii Snethl.
Cedrela fissilis Vell.
Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna
Citrus sp.
Croton floribundus Spreng.
Delonix regia Boj.
Ficus benjamina L.
Ficus sp.
Ficus sp. 2
Guarea guidonea L.
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) Mattos
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Indeterminada sp.
Indeterminada sp.2
Jacaranda mimosaefolia D.Don
Jacaranda mimosaefoliaD.Don
Leptolobium elegans Voguel.
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Manguifera indica L.
Melia azedarach L.
Michelia champaca L.
Morta
Morus nigra L.
Myrtaceae sp.
Pachira aquatica Aubl.
Persea americana Mill.
Phoenix roebelenii O'Brien
Plumeria rubra L.
Punica granatum L.
Rubiaceae sp.
Salix babylonica L.
Schinus molle L.
Spathodea campanulata P.Beauv.
Syzygium cumini (L) Skeels
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo
Tabebuia roseoalba (Ridl.)
Tabebuia sp
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth
Terminalia catappa L.
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.
Total
Abundância
1
111
59
1
54
17
1
6
1
1
1
1
1
2
5
1
1
1
5
205
1
1
54
13
1
84
16
4
7
8
3
3
6
2
68
4
2
1
7
5
1
2
34
9
27
8
4
1
851
Área Basal (cm²)
0,028
2,672
1,108
0,003
5,788
0,229
0,011
0,205
0,011
0,179
0,281
0,011
0,084
0,068
1,216
0,062
0,029
0,007
0,054
7,088
0,017
0,045
1,267
0,125
0,013
2,374
0,590
0,181
0,191
0,166
0,038
0,105
0,427
0,039
0,655
0,045
0,022
0,181
0,163
0,059
0,056
0,090
0,760
0,147
0,752
0,141
0,172
0,003
27,961
No geral, observa-se que a maioria das espécies identificadas é relativa a indivíduos
exóticos, utilizados em arborização urbana. No total, foram identificados 851 indivíduos
83
arbóreos ao longo dos traçados propostos, sendo que parte deles poderá sofrer supressão em
função da necessidade de implantação das estruturas inerentes ao empreendimento, tais
como estações de transbordo, implantação de trilhos e sistemas de drenagem, e fiação
elétrica.
2.2 Caracterização da Fauna Silvestre de Uberlândia
Apresenta-se a seguir uma sucinta caracterização da fauna silvestre (répteis, anfíbios,
aves e mamíferos), presente na área urbana de Uberlândia, baseada em dados secundários,
depoimentos pessoais, registros técnicos pessoais, além de observações de campo realizadas
em trabalhos anteriores.
Preliminarmente cumpre destacar que a composição faunística da cidade está
drasticamente reduzida em relação à biodiversidade original, em decorrência do processo de
urbanização que afetou negativamente os diversos ecossistemas e fitofisionomias que
originalmente cobriam o seu território.
Processo similar ao registrado no próprio bioma Cerrado, que abrangia mais de 23% de
todo o território brasileiro, ocupando extensas áreas contínuas dos estados da Bahia, Ceará,
Goiás, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí,
Rondônia, São Paulo e Tocantins. Ocorria também em áreas isoladas dos estados do Amapá,
Amazonas, Pará, Roraima e Paraná, com inserções na Floresta Amazônica, Floresta Atlântica,
Pantanal e Caatinga (EITEN, 1994).
Atualmente, estima-se que mais de 80% da área total do Cerrado já tenha sido alterada
por ações humanas (MYERS, 2000), sendo a região sudeste a mais altamente fragmentada e
ocupada por agricultura, pecuária e expansão urbana (CAVALCANTI; JOLY 2002). Dados do
Ministério do Meio Ambiente apontam para uma taxa anual de desmatamento do Cerrado de
6.200 Km2, no período de 2009 a 2010, uma taxa bem menor do que registrado no período
2002-2008, quando segundo a mesma fonte, superou 21.000 Km2.
Para efeito ilustrativo, essa taxa de desmatamento anual corresponde a praticamente
três vezes o tamanho do Parque Estadual do Pau Furado, único parque estadual do Triângulo
Mineiro, localizado às margens do rio Araguari, entre os municípios de Uberlândia e Araguari,
distante cerca de 20 km do centro da cidade de Uberlândia.
Ressalte-se, ainda, que o Triângulo Mineiro é umas das regiões de Minas Gerais com as
menores taxas de cobertura vegetal original (FAGRO, 2007) e, consequentemente, com várias
espécies da flora nativa e fauna silvestre relacionadas em listas nacionais e internacionais de
espécies ameaçadas de extinção (IUCN, 2014).
Nesse contexto de evidente depreciação das características ambientais originais, a
capacidade de suporte ecológico à vida silvestre, nos pequenos e fragmentados
remanescentes de habitats, é reduzida e comprometida pelo uso e ocupação do solo urbano.
Isto se reflete na prevalência de espécies mais adaptadas ao ambiente urbano, também
chamadas de sinantrópicas.
As aves constituem o grupo mais frequente, significativo e com a maior diversidade
relativa em função da presença de diversos remanescentes de ecossistemas associados aos
cursos d’água, da existência de unidades de conservação, como o Parque do Sabiá, Parque
Victorio Siquierolli, Parque Santa Luzia, Parque Linear do rio Uberabinha, da existência de
algumas praças bem arborizadas e da própria arborização urbana, além de veredas e áreas
verdes remanescentes.
A despeito do intenso grau de antropização na mancha urbana, é possível inferir que a
criação de mais áreas naturais protegidas e o incremento da arborização urbana ao longo do
84
sistema viário podem colaborar para uma recomposição ambiental parcial da cidade,
ampliando a capacidade de suporte ecológico, não somente para a avifauna, mas também
para os outros animais.
2.2.1 Herpetofauna
Composta pelos anfíbios e répteis, a herpetofauna está presente em praticamente todas
as comunidades terrestres. Mundialmente, são identificadas mais de 6.400 espécies de
anfíbios (FROST, 2009) e mais de 8.800 espécies de répteis (UETZ et al, 2009). No Brasil, são
cerca de 850 espécies de anfíbios (SBH, 2009) e 708 espécies de répteis (BÉRNILS, 2009).
A presença e diversidade de répteis, além de importante para a manutenção do
equilíbrio ecológico dos ecossistemas, pode ser um indicador biológico da qualidade das
condições do ambiente. Por serem animais arredios, de hábitos e aparência mimética, sua
visualização no ambiente natural é difícil e rara. Além disso, a identificação taxonômica
também apresenta algumas dificuldades, pois a distinção entre espécies, muitas vezes, é feita
após demoradas campanhas de captura e por análise de detalhes morfológicos, aos quais só
estão familiarizados os herpetólogos especializados.
De acordo com os dados bibliográficos, na região de Uberlândia, há registros da
presença de pelo menos 54 espécies de anuros (rãs e pererecas), 47 espécies de cobras, 15
espécies de lagartos, 01 de quelônio (jabuti) e uma espécie de jacaré. Nos levantamentos
realizados durante a elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual do Pau Furado, foram
registradas 22 espécies de anuros e 17 espécies de répteis.
Na área urbana do município de Uberlândia são, no entanto, registradas principalmente
as espécies mais comuns e adaptadas às alterações antrópicas. Dentre elas, destacam-se os
lagartos Calango (Tropidurus torquatus), Lagarto-Bico-Doce (Ameiva ameiva) e Teiú
(Tupinambis merianae). Dentre as serpentes com registro comprovado na área urbana, estão a
Coral-Verdadeira (Micrurus sp), a Falsa-Coral (Erytrolamprus sp), a Dormideira (Sibynomorphus
sp), a jibóia (Boa constrictor), a sucuri (Eunectes murinus), a Cascavel (Crotalus durissus), a
Jararaca (Bothrops sp) e a Caninana (Spilotes pulatus).
2.2.2 Aves
A avifauna brasileira registra a presença de aproximadamente 1.700 espécies (MARÇAL
JÚNIOR; FRANCHIN, 2003), uma das três mais ricas do mundo. No bioma Cerrado, são 837
espécies (KLINK; MACHADO; 2005) e em Minas Gerais, 753 (ANDRADE 1997), o que representa
mais de 45% das espécies encontradas no país (SICK, 1997).
Importantes na análise da qualidade ambiental dos ecossistemas naturais ou
antropizados, as aves estão entre os animais mais susceptíveis aos impactos ambientais
provocados, também pelo uso de agrotóxicos e pela fragmentação de habitats (MACHADO,
2000, MARINI, 2001). Talvez por isso, este grupo de animais tem buscado refúgio em
ambientes urbanos, para o que contribuem as áreas protegidas, praças, áreas de preservação
permanentes às margens dos córregos e rios urbanos, quintais e vias públicas bem
arborizadas.
Regionalmente, diversos trabalhos científicos com aves já foram publicados, em especial
sobre parques urbanos, praças e áreas rurais de Uberlândia (FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR,
2002; 2004, VALADÃO et al, 2006a;b, TORGA et al, 2005) e poucos realizados em áreas
naturais (MELO; MARINI, 1997; MARINI 1996). Na área urbana, já foram registradas mais de
140 espécies de aves, enquanto no diagnóstico do Plano de Manejo do Parque Estadual do Pau
85
Furado foram registradas 162 espécies de 41 famílias. Segundo o site Wikiaves
(www.wikiaves.com), 280 espécies de aves já foram fotografadas no município de Uberlândia.
Essa diversidade é favorecida, sobretudo, pela existência das unidades de conservação,
parques lineares, córregos urbanos e também porque a área urbana é rota de vôo entre locais
de alimentação e repouso localizados no “chapadão” e vales dos rios Araguari e Uberabinha.
Segue a lista das espécies de aves encontradas em Uberlândia (Tabela 3.2.2.a).
Tabela 3.2.2.a
Lista de aves encontradas na cidade de Uberlândia/MG
Lista de Aves encontradas na cidade de Uberlândia, MG
Ordem Tinamiformes
Família Tinamidae
Crypturellus parvirostris (inhambu-chororó)
Nothura maculosa (codorna-amarela)
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Dendrocygna viduata (irerê)
Ordem Pelecaniformes
Família Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus (biguá)
Família Anhingidae
Anhinga anhinga (biguatinga)
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Butorides striata (socozinho)
Bubulcus ibis (garça-vaqueira)
Ardea alba (garça-branca-grande)
Syrigma sibilatrix (maria-faceira)
Egretta thula (garça-branca-pequena)
Família Threskiornithidae
Mesembrinibis cayennensis (coró-coró)
Theristicus caudatus (curicaca)
Ordem Cathartiformes
Família Cathartidae
Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-preta)
Ordem Falconiformes
Família Accipitridae
Ictinia plumbea (sovi)
Rupornis magnirostris (gavião-carijó)
Buteo albicaudatus (gavião-asa-de-telha)
Família Falconidae
Caracara plancus (caracará)
Milvago chimachima (carrapateiro)
Herpetotheres cachinnans (acauã)
Falco sparverius (quiri-quiri)
Falco femoralis (falcão-de-coleira)
Ordem Gruiformes
Família Rallidae
Aramides cajanea (saracura-três-potes)
Família Cariamidae
Cariama cristata (seriema)
Ordem Charadriiformes
Família Charadriidae
Vanellus chilensis (quero-quero)
86
Lista de Aves encontradas na cidade de Uberlândia, MG
Ordem Columbiformes
Família Columbidae
Columbina talpacoti (rolinha-roxa)
Columbina squammata (fogo-apagou)
Patagioenas picazuro (pomba-asa-branca)
Patagioenas cayennensis (pomba-galega)
Zenaida auriculata (pomba-de-bando)
Leptotila verreauxi (juriti-pupu)
Ordem Psittaciformes
Família Psittacidae
Diopsittaca nobilis (maracanã-pequena)
Aratinga leucophthalma (periquitão-maracanã)
Aratinga auricapillus (jandaia-de-testa-vermelha)
Aratinga aurea (periquito-rei)
Forpus xanthopterygius (tuim)
Brotogeris chiriri (periquito-de-encontro-amarelo)
Amazona aestiva (papagaio-verdadeiro)
Ordem Cuculiformes
Família Cuculidae
Piaya cayana (alma-de-gato)
Crotophaga ani (anu-preto)
Guira guira (anu-branco)
Tapera naevia (saci)
Ordem Strigiformes
Família Tytonidae
Tyto alba (suindara)
Família Strigidae
Athene cunicularia (coruja-buraqueira)
Ordem Caprimulgiformes
Família Caprimulgidae
Chordeiles pusillus (bacurauzinho)
Nyctidromus albicollis (curiango)
Ordem Apodiformes
Família Trochilidae
Phaethornis pretrei (rabo-branco-acanelado)
Aphantochroa cirrochloris (beija-flor-cinza)
Chlorostilbon lucidus (besourinho-de-bico-vermelho)
Amazilia fimbriata (beija-flor-de-garganta-verde)
Heliomaster squamosus (bico-reto-de-banda-branca)
Ordem Coraciiformes
Família Alcedinidae
Megaceryle torquata (martim-pescador-grande)
Chloroceryle amazona (martim-pescador-verde)
Família Momotidae
Baryphthengus ruficapillus (juruva-verde)
Ordem Galbuliformes
Família Galbulidae
Galbula ruficauda (ariramba-de-cauda-ruiva)
Família Bucconidae
Nystalus chacuru (joão-bobo)
Ordem Piciformes
Família Ramphastidae
Ramphastos toco (tucanuçu)
Família Picidae
Melanerpes candidus (birro, pica-pau-branco)
Colaptes melanochloros (pica-pau-verde-barrado)
87
Lista de Aves encontradas na cidade de Uberlândia, MG
Colaptes campestris (pica-pau-do-campo)
Ordem Passeriformes
Família Thamnophilidae
Thamnophilus doliatus (choca-barrada)
Thamnophilus pelzelni (choca-do-planalto)
Herpsilochmus atricapillus (chorozinho-de-chapéu-preto)
Família Dendrocolaptidae
Lepidocolaptes angustirostris (arapaçu-de-cerrado)
Família Furnariidae
Furnarius rufus (joão-de-barro)
Synallaxis frontalis (petrim)
Phacellodomus ruber (graveteiro)
Hylocryptus rectirostris (fura-barreira)
Família Tyrannidae
Leptopogon amaurocephalus (cabeçudo)
Hemitriccus margaritaceiventer (sebinho-de-olho-de-ouro)
Todirostrum cinereum (sebinho-relógio)
Phyllomyias fasciatus (piolhinho)
Myiopagis caniceps (guaracava-cinzenta)
Elaenia flavogaster (guaracava-de-barriga-amarela)
Elaenia spectabilis (guaracava-grande)
Elaenia parvirostris (chibum)
Elaenia chiriquensis (guaracava-de-bico-curto)
Camptostoma obsoletum (risadinha)
Suiriri suiriri (siriri-cinza)
Tolmomyias sulphurescens (bico-chato-de-orelha-preta)
Myiophobus fasciatus (filipe)
Lathrotriccus euleri (enferrujado)
Cnemotriccus fuscatus (guaracavuçu)
Knipolegus lophotes (maria-preta-de-penacho)
Xolmis cinereus (primavera)
Xolmis velatus (noivinha-branca)
Gubernetes yetapa (tesoura-do-brejo)
Fluvicola nengeta (lavadeira-mascarada)
Colonia colonus (viuvinha)
Machetornis rixosa (suiriri-cavaleiro)
Myiozetetes cayanensis (bentevizinho-de-asa-ferrugínea)
Myiozetetes similis (bentevizinho-de-penacho-vermelho)
Pitangus sulphuratus (bem-te-vi)
Myiodynastes maculatus (bem-te-vi-rajado)
Megarynchus pitangua (neinei)
Empidonomus varius (peitica)
Griseotyrannus aurantioatrocristatus (peitica-de-chapéu-preto)
Tyrannus albogularis (siriri-de-garganta-branca)
Tyrannus melancholicus (siriri)
Myiarchus swainsoni (irré)
Myiarchus ferox (maria-cavaleira)
Myiarchus tyrannulus (maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado)
Família Pipridae
Antilophia galeata (soldadinho)
Família Vireonidae
Cyclarhis gujanensis (pitiguari)
Vireo olivaceus (juruviara)
Família Corvidae
Cyanocorax cristatellus (gralha-do-campo)
Cyanocorax cyanopogon (gralha-cancã)
88
Lista de Aves encontradas na cidade de Uberlândia, MG
Família Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca (andorinha-pequena-de-casa)
Stelgidopteryx ruficollis (andorinha-serradora)
Progne tapera (andorinha-do-campo)
Progne chalybea (andorinha-azul-grande)
Tachycineta albiventer (andorinha-do-rio)
Família Troglodytidae
Troglodytes musculus (corruíra)
Pheugopedius genibarbis (garrinchão-pai-avô)
Cantorchilus leucotis (garrinchão-de-barriga-vermelha)
Família Polioptilidae
Polioptila dumicola (balança-rabo-de-máscara)
Família Turdidae
Turdus rufiventris (sabiá-laranjeira)
Turdus leucomelas (sabiá-barranco)
Turdus amaurochalinus (sabiá-poca)
Família Mimidae
Mimus saturninus (sabiá-do-campo)
Família Coerebidae
Coereba flaveola (cambacica)
Família Thraupidae
Thraupis sayaca (sanhaçu-cinzento)
Thraupis palmarum (sanhaçu-do-coqueiro)
Tangara cayana (saíra-amarela)
Tersina viridis (saí-andorinha)
Conirostrum speciosum (figuinha-de-rabo-castanho)
Família Emberizidae
Zonotrichia capensis (tico-tico)
Ammodramus humeralis (tico-tico-do-campo)
Sicalis flaveola (canário-da-terra-verdadeiro)
Volatinia jacarina (tiziu)
Sporophila lineola (bigodinho)
Sporophila nigricollis (baiano)
Sporophila caerulescens (coleirinha)
Coryphospingus cucullatus (tico-tico-rei)
Família Cardinalidae
Saltator similis (trinca-ferro-verdadeiro)
Cyanoloxia brissonii (azulão)
Família Parulidae
Parula pitiayumi (mariquita)
Basileuterus hypoleucus (pula-pula-de-barriga-branca)
Basileuterus flaveolus (canário-do-mato)
Família Icteridae
Cacicus haemorrhous (guaxe)
Icterus cayanensis (encontro)
Gnorimopsar chopi (pássaro-preto)
Molothrus bonariensis (vira-bosta)
Família Fringillidae
Euphonia chlorotica (fim-fim)
89
2.2.3 Mamíferos
Em ambientes alterados pela ação humana, os registros de mamíferos silvestres são
relativamente raros, uma vez que, em geral, esses animais têm hábitos noturnos e não são
gregários.
Dentre os vários grupos animais, os mamíferos costumam ser considerados como
indicadores do estado de conservação de determinados ecossistemas (Soulé & Wilcox, 1980),
particularmente porque muitas espécies da mastofauna interagem dinamicamente com a
vegetação, além de se mostrarem muito vulneráveis à degradação ambiental, à caça e à
captura.
A manutenção da diversidade de árvores em áreas florestais depende, em parte, da
ação de mamíferos frugívoros e herbívoros, para a dispersão e propagação de sementes (Dirzo;
Miranda, 1990; Fragoso, 1994). Por outro lado, os mamíferos carnívoros, por meio da
predação regulam as populações de herbívoros e frugívoros (Emmons, 1987; Terborgh et al.,
1992, Guimarães, J. F., 2009). Nas Florestas Neotropicais, os pequenos roedores e marsupiais
são considerados bons indicadores ecológicos, influenciando na dinâmica das florestas e nas
alterações de paisagem, por meio da predação e dispersão de sementes, plântulas e fungos
(Martinez-Gallardo, 1998; Pardini, Umetsu, 2006; Sánchez-Cordero, Tabarelli et al., 2004;
Vieira et al., 2003).
Além dos mamíferos terrestres, os mamíferos voadores (morcegos) também prestam
serviços ambientais importantes como o controle populacional de insetos, a polinização e a
dispersão de sementes, o que os torna muito úteis para a recuperação de áreas degradadas,
tanto em áreas rurais, quanto urbanas. Estimativas apontam que uma colônia de morcegos
pode consumir cerca de seis mil toneladas de insetos ao ano, o que os habilita como grandes
predadores dessa classe de animais. Ao comerem os insetos exercem o controle biológico de
potenciais pragas que prejudicam as culturas agrícolas, podendo contribuir com a redução dos
custos de produção (Reis et al., 2007; Romano et al., 1999; Novas, 2008).
A diversidade biológica do Brasil é considerada uma das maiores do planeta,
contribuindo com aproximadamente 10% da biota mundial (Mittermeier et al., 1998; Myers et
al., 2000; Lewinsohn e Prado, 2002). No que se refere aos mamíferos, são mais de 530 espécies
descritas no país, com possibilidades reais de que novas espécies sejam descobertas (Reis, N.L.
et al., 2006).
Somente no estado de Minas Gerais estão descritas 243 espécies de mamíferos
terrestres e voadores, número elevado, que provavelmente se justifica pela presença de vários
biomas no estado, o que amplia a complexidade estrutural do ambiente e a riqueza da fauna
(Machado et al., 1998).
Segundo os dados secundários disponíveis para a região de Uberlândia, existem 26
espécies de mamíferos terrestres e 55 espécies de morcegos descritas, de um modo geral,
contudo, apenas as mais comuns e bem adaptadas às condições adversas impostas pela
antropização, podem ser encontradas regularmente no perímetro urbano.
Como já mencionado anteriormente, a existência de unidades de conservação e áreas
naturais relativamente preservadas às margens dos córregos e do rio Uberabinha, o perímetro
urbano de Uberlândia favorece a sobrevivência das espécies de mamíferos registradas.
Destacam-se dentre elas, o sagüi-de-tufos-pretos (Callithrix penicillata), o macaco-prego
(Cebus apella), a Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), o preá (Cavia aperea), os ratossilvestres do gênero Calomys sp, o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o gambá (Didelphis
albiventris), o tatu-peba (Euphractus sexcinctus), a irara (Eira barbara), o quati (Nasua nasua),
o mão-pelada (Procyon cancrivorus), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o
90
tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), sendo que os dois últimos figuram na lista de
espécies ameaçadas de Minas Gerais, sob a classificação de em perigo.
A seguir apresenta-se na Tabela 3.2.3.a a lista de mamíferos terrestres registrados em
Uberlândia.
Tabela 3.2.3.a
Lista de mamíferos terrestre encontrados em Uberlândia/MG
Lista de Mamíferos terrestres encontrados em Uberlândia, MG
Ordem Carnívora
Família Canidae
Pseudalopex vetulus
Cerdocyon thous
Chrysocyon brachyurus
Família Felidae
Puma yagouaroundi
Lepardus pardalis
Puma concolor
Família Mustelidae
Eira bárbara
Lontra longicaudis
Família Procyonidae
Nasua nasua
Procyon cancrivorus
Ordem Cingulata
Família Dasypodidae
Euphractus sexcicntus
Dasypus sp.
Cabassous unicinctus
Ordem Pilosa
Família Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla
Tamandua tetradactyla
Ordem Artiodactyla
Família Tayassuidae
Pecari tajacu
Família Cervidae
Mazama americana
Mazama gouazoubira
Ordem Primates
Família Cebidae
Cebus apela
Callithrix penicillata
Ordem Rodentia
Família Cuniculidae
Cuniculus paca
Família Dasyproctidae
Dasyprocta azarae
Família Erethizontidae
Coendou prehensilis
Família Hydrochaeridae
Hydrochaeris hydrochaeris
Ordem Didelphimorphia
Família Didelphidae
Didelphis albiventris
Ordem Lagomorpha
Família Leporidae
91
Lista de Mamíferos terrestres encontrados em Uberlândia, MG
Sylvilagus brasilensis
2.2.4 Fauna de interesse epidemiológico
Um dos aspectos relevantes associados à fauna silvestre na análise da viabilidade
ambiental de empreendimentos de infraestrutura se refere à fauna de interesse
epidemiológico, devido às implicações sanitárias e impactos sobre a saúde coletiva,
decorrentes das transformações na paisagem e nos ecossistemas. É que eventuais
desmatamentos e perturbações ambientais provocados pelas obras podem desencadear
surtos de doenças até então latentes ou sem registro. Além das doenças, também pode
ocorrer o incremento de acidentes com animais peçonhentos.
O eventual deslocamento de animais silvestres de suas áreas de origem pode
desencadear surtos de enfermidades em populações de animais domésticos e seres humanos
residentes ou trabalhadores da região. Isto porque os mesmos poderiam atuar como
reservatórios ou hospedeiros de determinados agentes patogênicos, apenas no ciclo silvestre,
mas, com as perturbações provocadas, passam a assumir importância médica.
Outro fator importante refere-se à possibilidade de que equipamentos implantados
criem novos habitats com condições ecológicas propícias à reprodução e proliferação de
mosquitos, artrópodes e moluscos de importância médica, criando condições favoráveis para o
desenvolvimento das fases reprodutivas, desde ovos, estágios larvares, pupas e fases adultas.
Da mesma forma, as intervenções podem propiciar a proliferação de carrapatos, mosquitos,
pernilongos e borrachudos que, além do incômodo causado pelas picadas, podem ser vetores
de transmissão de agentes patogênicos causadores de enfermidades graves nos humanos,
como malária, leishmanioses, febre maculosa, febre amarela, dengue, malária, filariose e febre
chikungunya.
A despeito de a região de Uberlândia não ser considerada endêmica para chagas,
malária, febre amarela ou leishmaniose e da intensa antropização, os principais gêneros de
dípteros vetores, triatomíneos silvestres e alguns moluscos hospedeiros, como
Anophelesdarlyngi,
Phlebotomus,
Triatomasordidus,
Biomphalariatenagophila
e
Biomphalariastraminea estão presentes no município. Mas, em termos epidemiológicos, devese destacar que, isoladamente, a simples existência de um vetor ou hospedeiro intermediário
não cria as condições para o surgimento de surtos de doenças, pois, além da presença do
mesmo, é essencial a presença do agente patogênico, de condições ambientais favoráveis à
transmissão e acima de tudo de indivíduos suscetíveis.
Assim, cuidados profiláticos, diagnósticos e epidemiológicos devem ser rigorosamente
adotados para se prevenir a incidência de agravos, detectarem indivíduos infectados e
adotarem-se as medidas sanitárias e médicas adequadas.
É recomendável, portanto, que à época da implantação do empreendimento seja feito
um rigoroso acompanhamento da mão de obra contratada, com inclusão de exames
diagnósticos para malária, febre amarela, chagas, esquistossomose e leishmanioses nos
procedimentos admissionais e demissionais. Tais cuidados são importantes tanto para o
diagnóstico e isolamento de doentes quanto para a adoção de procedimentos sanitários e
higiênicos que evitem a instalação das premissas epidemiológicas necessárias ao surgimento
de surtos, como também para minimizar a sobrecarga sobre os serviços de saúde do
município.
Para efeito ilustrativo da importância de tais cuidados, vale lembrar dois episódios
ocorridos em anos recentes na região, o primeiro refere-se à ocorrência de surtos isolados de
malária no município de Uberlândia, após a construção da UHE Miranda, pois doentes
92
infectados em outras regiões do país possibilitaram a contaminação dos anofelinos e a
transmissão autóctone. Felizmente, a vigilância epidemiológica e o bloqueio sanitário foram
eficazes na erradicação dos focos, mas o precedente demonstra que o cuidado é pertinente.
O segundo episódio, também ocorrido no município de Uberlândia, mais precisamente
no distrito de Tapuirama, refere-se a uma investigação epidemiológica da ocorrência de
esquistossomose. Detectou-se em uma instalação industrial, operários contratados oriundos
do município de Jacobina, interior da Bahia, com elevada incidência da doença. Para agravar a
situação, notou-se que muitos tinham resistência cultural em utilizar os vasos sanitários
instalados pelo empreendedor e continuavam a defecar no ambiente natural, fator de risco
para o surgimento de focos da referida doença, em razão da existência de moluscos do gênero
Biomphalaria, hospedeiro intermediário do agente Schystosoma mansoni.
Principais doenças
Dentre as principais doenças associadas a este contexto, estão as arboviroses
hemorrágicas, enfermidades provocadas por vírus transmitidos por artrópodes, como os
carrapatos e mosquitos, daí o seu nome em inglês (arthropod borne virus). Há também
doenças bacterianas como a febre maculosa, veiculada pelo carrapato estrela (Amblyoma
caienensis) ectoparasita frequentemente encontrado em capivaras, roedor silvestre facilmente
encontrado às margens do rio Uberabinha, no Parque do Sabiá e no Parque Santa Luzia, no
perímetro urbano de Uberlândia, o que justifica atenção especial no monitoramento
populacional da espécie, como parte integrante da vigilância epidemiológica, visando a
prevenir surtos dessa febre.
Uma das arboviroses mais importantes regionalmente é a dengue, uma zoonose
cosmopolita transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, mas de importância, sobretudo,
urbana, dado o grau de antropofilia e domiciliação deste inseto culicídeo de hábitos diurnos.
Na manutenção do ciclo silvestre dessa doença, assume importância a espécie Aedes
albopictus que preferencialmente habita áreas florestadas e ambientes rurais. Há registros de
ocorrência dessa espécie para os Distritos de Martinésia e Cruzeiro dos Peixotos em
Uberlândia, há questionamentos, todavia, sobre a veracidade de tais registros, carecendo,
portanto, de validação pela comunidade científica.
Outra enfermidade importante no contexto é a Febre Amarela, uma arbovirose
infecciosa grave que, no ciclo silvestre, pode ser transmitida por mosquitos dos gêneros Aedes,
Haemagogus, Sabethes e outros. A doença de ciclo silvestre é mantida pela contaminação de
insetos culicídeos e infecção de primatas não humanos. Quando os seres humanos se
encontram em áreas silvestres ou frequentam as mesmas, seja a trabalho, seja para lazer,
podem ser picados e estabelecer-se o ciclo periurbano ou rural da doença, que pode se
urbanizar e assumir grande importância na saúde pública.
A região de Uberlândia é epizoótica para a Febre Amarela, ou seja, tem o ciclo silvestre
estabelecido, principalmente entre primatas não humanos. Isto associado à presença do inseto
vetor Aedes aegypti, aumenta a gravidade da introdução de casos importados de febre
amarela, mesmo que isolados, pois podem facilitar o surgimento de um surto epidêmico de
Febre Amarela Urbana, devido ao encontro entre vírus, vetor, população sensível e situação
ambiental favorável. Tal circunstância endossa a recomendação de se ampliar a vigilância
epidemiológica.
A presença de Aedes aegypti foi registrada pela primeira vez, em Uberlândia, no ano de
1986, e o primeiro caso autóctone de dengue em 1993. Desde então, a dengue tornou-se
endêmica, com número crescente de casos anualmente e eventuais epidemias. Outra
arbovirose importante recentemente introduzida na região e também transmitida pelo Aedes
93
aegypti é a Febre Chikungunya, que tem despertado especial atenção pelas autoridades de
saúde e equipes de vigilância epidemiológica do município.
Há registros esporádicos de leishmaniose tegumentar e de leishmaniose visceral em
vários municípios da região do Triângulo Mineiro, inclusive, Uberaba e Uberlândia. Há que se
destacar que a principal espécie de flebotomíneo incriminada na transmissão da leishmaniose
visceral, a Lutzomyia longipalpis, ocorre na região da bacia do rio Araguari (LEMOS et al, 2003),
o que amplia o risco de surgimento da doença autóctone e justifica a ampliação do devido
monitoramento de insetos flebotomíneos, dos animais reservatórios, como gambá, raposa,
preguiça, tamanduá, e roedores (SILVA JR. et al., 2005), e, principalmente, do diagnóstico
precoce de casos em humanos e cães domésticos. Não se deve, porém, considerar alarmante a
simples ocorrência do inseto, uma vez que o mesmo está presente, inclusive, em regiões
metropolitanas, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Fortaleza.
Os insetos simulídeos, conhecidos como borrachudos, podem ter importância médica,
pela possibilidade de veiculação de parasitas do gênero Onchocerca volvulus e Mansonella
ozzardi, que provocam um agravo importante chamado oncocercose, que pode provocar até a
cegueira em casos extremos. No entanto, como não há registro dessa parasitose na região do
Triângulo Mineiro, esses insetos, regionalmente apenas podem causar grande incômodo e
reações alérgicas em pessoas mais sensíveis.
Os caramujos susceptíveis à infecção pelo Schistossoma mansoni das espécies
Biomphalaria tenagophila,B. straminea e B. glabrata são registrados para o município de
Uberlândia, mas a esquistossomose não é endêmica. Contudo, é preciso estar atento aos casos
importados e à possibilidade de proliferação do caramujo hospedeiro, pois, caso as fezes de
indivíduos infectados venham a contaminar coleções hídricas infestadas por caramujos
susceptíveis, poderia se estabelecer o ciclo de transmissão da doença. Hipótese pouco
provável, devido ao elevado nível de saneamento básico da cidade de Uberlândia.
Outra enfermidade importante a ser considerada é doença de Chagas, que no passado
foi endêmica em todo o território mineiro, inclusive no Triângulo Mineiro, mas que, em
decorrência do intenso trabalho de controle do barbeiro (Triatoma infestans), principalmente
na década de 1990, teve a sua transmissão vetorial drasticamente reduzida a tal ponto, que a
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em 2001, reconheceu Minas Gerais como o
oitavo estado brasileiro a interromper a transmissão vetorial da doença, junto com Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Pernambuco e Paraíba
(MS/FUNASA/ Eliminação da Doença de Chagas em Minas Gerais).
Atualmente, a transmissão da Doença de Chagas se dá principalmente por via vertical,
ou seja, mães infectadas transmitem ao feto por via placentária ou aos bebês por meio da
amamentação. Outras possibilidades de transmissão são por via hematológica, em transfusões
sanguíneas, ou por via oral, quando acidentalmente barbeiros contaminados são triturados no
preparo de alimentos, por exemplo, caldo de cana ou pasta de açaí.
É importante destacar que, a despeito da drástica redução de novos casos, a doença de
Chagas continua sendo uma das principais causas de morte por doença infecciosa e parasitária
nas cidades da região, devido à existência de milhares de portadores infectados pelo
Trypanosoma cruzzi com miocardiopatia chagásica e outras complicações de saúde.
Vale registrar que T. Infestans não é a única espécie que atua como vetor dessa doença.
Outras espécies de insetos triatomíneos, que comprovadamente ocorrem na região da bacia
do rio Araguari, como Triatoma sórdida, Panstrongylus megistus,Rhodnius negletus e Triatoma
imaculata também podem ser vetores do parasita no ciclo silvestre, o que justifica que sejam
alvo de monitoramento entomológico e epidemiológico sistemático. Corrobora com esta
recomendação, o fato de que pesquisas parasitológicas realizadas em 1999, no âmbito do
94
Plano de Controle Ambiental da UHE Capim Branco I, detectaram que aproximadamente 5%
dos insetos examinados estavam infestados por T. Cruzzi.
Outra doença que assume grande importância na região, no contexto de implantação de
obras e empreendimentos que venham a causar impactos sobre a biota é a Hantavirose, uma
virose emergente cuja transmissão está associada a roedores silvestres que atuam como
reservatórios do agente patogênico, responsável pela Síndrome Cárdio Pulmonar por
Hantavírus (SCPH), doença aguda e grave com elevada letalidade.
É evidente que as perturbações ecológicas causadas pela intervenção humana tem
importância na disseminação da enfermidade, pouco se conhece, entretanto, sobre a sua
epidemiologia. Sabe-se que roedores das espécies Bolomys lasiurus, Oligorizomys sp e Calomys
tener, ocorrem na região e são geralmente reservatórios assintomáticos do hantavirus.
A SCPH foi identificada pela primeira vez, em 1993, nos Estados Unidos, e, desde então,
passou a ser identificada em muitos outros lugares das Américas e várias espécies de vírus
passaram a ser descobertos. No Brasil, os primeiros casos foram registrados também em 1993,
no estado de São Paulo e posteriormente em outros estados (MS/FUNASA Viroses Emergentes
– Hantaviroses). No Triângulo Mineiro, a microrregião de Uberlândia é considerada um dos
maiores focos de hantaviroses do Brasil, juntamente com alguns municípios de São Paulo. Isto
devido ao número de casos confirmados que, no período de 1998 a 2005 atingiram 23 pessoas,
sendo 9 autóctones e 3 importados de outros municípios mineiros, 2 de Tupaciguara e um de
Serra do Salitre (LIMONGI et al, 2007).
Um dos fatores que favorece a transmissão da doença decorre do fato de que grande
parte das residências das propriedades rurais não são habitadas permanentemente, pois seus
donos residem nas cidades. Assim, permanecem fechadas a maior parte do tempo, o que
favorece a infestação por roedores silvestres e o acúmulo de poeira e excrementos, que
podem ser inaladas ao se abrir e limpar a casa.
Outro grupo de animais que pode assumir importância epidemiológica na implantação
de empreendimentos hidrelétricos são os morcegos, devido à perturbação de habitats
provocada por desmatamentos, demolições de edificações ou enchimento de reservatórios.
Tais alterações podem expulsar as colônias desses mamíferos alados que habitam cavernas,
fendas, cavidades ou alojadas em edificações abandonadas, vãos de viadutos e pontes. O
desalojamento dessas colônias provoca desequilíbrios e a dispersão de colônias de
hematófagos, podendo desencadear surtos de raiva animal e humana, doença incurável e
letal, que somente pode ser prevenida com vacinação.
A despeito desse risco, é relevante reconhecer as importantes funções ecológicas
desempenhadas por esses mamíferos alados, especialmente na polinização e propagação de
plantas, no controle de insetos e manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.
Segundo Stutz et al (2004), no município de Uberlândia ocorrem 41 espécies,
distribuídas em 26 gêneros e quatro famílias (Phyllostomidae, Molossidae, Vespertilionidae e
Noctilionidae). Informações complementares obtidas junto ao Laboratório de Manejo de
Animais Peçonhentos e Quirópteros (LMAPQ) da Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia,
um dos principais núcleos de referência em pesquisas sobre morcegos do Brasil, mais 14
espécies foram registradas no município desde a publicação do referido trabalho, o que eleva
para 55 o número de espécies presentes regionalmente.
As três espécies hematófagas registradas para o Brasil Desmodus rotundus,Diphylla
ecaudata eDiaemus youngi, ocorrem no Triângulo Mineiro e o vírus rábico já foi isolado em
todas elas, contudo, a única envolvida diretamente na transmissão da raiva é D. rotundus,
razão pela qual a doença em bovinos, equinos e outros animais de rebanho é também
chamada de raiva desmodina. Habitualmente, ele se alimenta do sangue de mamíferos
95
domésticos, mas eventualmente pode atacar seres humanos, assumindo extrema importância
médica na transmissão da raiva animal e humana. As outras duas espécies predam
essencialmente aves, fato, inclusive, registrado no município de Uberaba por Uieda (1987),
que encontrou Diaemus youngi em galinheiro.
A despeito de apenas D. rotundus ser diretamente responsável pela transmissão da
doença, epidemiologicamente, outras espécies são importantes na manutenção do ciclo da
enfermidade, pois as colônias de morcegos são compartilhadas por várias espécies e o vírus
pode ser detectado laboratorialmente em espécies frugívoras e insetívoras dos gêneros
Artibeus, Lasiurus, Nyctinomops, Eumops, Molossus, Diphylla e Tadarida. Em atualização
recente da lista de espécies de morcegos positivas para raiva no Brasil, Sodré et al (2010)
identificaram 41 espécies de 25 gêneros e 3 famílias (Phyllostomidae, Vespertilionidae e
Molossidae). Não há registro de positividade para espécies da família Família Noctilionidae.
A região é satisfatoriamente atendida por assistência técnica veterinária e os rebanhos
são sistematicamente vacinados, o que se confirma com a falta de notificação de casos de
raiva no município, informação confirmada pelo escritório regional do IMA – Instituto Mineiro
de Agropecuária.
No contexto ora apresentado, é possível inferir com relativa segurança que são muito
pequenos os riscos de surtos, introdução ou recrudescimento de doenças como malária,
leishmanioses, febre amarela, filarioses, chagas, esquistossomose, raiva ou hantaviroses em
Uberlândia. Dadas, porém, as incertezas em relação ao comportamento epidemiológico diante
das perturbações e impactos de grandes obras de infraestrutura, especialmente de
enfermidades emergentes e pouco conhecidas como as hantaviroses, torna-se altamente
recomendável que sejam aperfeiçoados os serviços de vigilância entomológica, epidemiológica
e monitoramento de grupos faunísticos de interesse epidemiológico. Com destaque para os
vertebrados envolvidos na manutenção do ciclo silvestre de determinadas enfermidades, e
para os insetos, moluscos e artrópodes envolvidos na transmissão de doenças e agravos.
CAPÍTULO III
Diagnóstico Ambiental
do Meio Socioeconômico
97
3.1 Aspectos históricos e culturais
A ocupação efetiva da região ocorreu a partir do século XIX, com a instalação das
sesmarias e fazendas. Anteriormente, era território indígena, a cuja população não se podem
imputar formas de alteração da natureza pelos padrões atuais. Estava na rota dos
bandeirantes paulistas, mineradores, aventureiros e tropeiros que se dirigiam para as minas de
Goiás e Mato Grosso. Para facilitar esse movimento, foi aberta, em 1722, a estrada do
Anhanguera para acesso a esses estados.
Conhecido como “sertão da farinha podre”, o território era pouco habitado até o final
do século XVIII, contando com aldeamentos indígenas (especialmente de grupos étnicos
Caiapó) e escassos núcleos de povoamento fundados pelos bandeirantes, para servir de ponto
de apoio e descanso das caravanas, bem como, de defesa dos caminhos da mineração.
Desde os primórdios de sua ocupação, é um território de passagem, de posição
geográfica estratégica para a circulação de pessoas e mercadorias, estimuladas pela robustez
das transações mercantilistas estimuladas pelo Estado minerador. Características marcantes
que se consolidaram ao longo do tempo e prevalecem até os dias atuais.
No século XVIII, surgiram, na região, três núcleos de povoamento originados pelo
assentamento do homem branco: Desemboque (1750), Araxá (1792) e Patrocínio (1793). No
século seguinte, com a ampliação dos fluxos pelo interior, foram sendo criados novos núcleos
urbanos como Uberaba, Prata, Campo Florido, Ibiá, Araguari e Uberlândia.
Contribuiu com esse processo, o declínio das jazidas de ouro na região central de Minas
Gerais, que ocasionou um deslocamento de populações em direção ao oeste, especialmente a
região do Triângulo Mineiro, para onde se dirigem as correntes demográficas da capitania, os
chamados ‘Geralistas’.
Essa migração ‘geralista’ foi a força propulsora que efetivou a ocupação regional. O
povoamento passa a ter uma nova característica determinada pela afetividade que liga o ser
humano ao espaço habitado. Graças à existência de condições naturais favoráveis, como
pastagens naturais e águas salitrosas e abundantes, desenvolveu-se a criação de gado e a
agricultura de subsistência. Os primeiros povoadores, através de suas necessidades e
percepções, foram descobrindo diferentes maneiras de interagir no ambiente que os
cercavam.
Ocuparam o solo, inicialmente, de acordo com as possibilidades mais evidentes e
seguindo as tradições culturais dos grupos aos quais pertenciam.
Após a proclamação da independência do Brasil, começaram a chegar à região, oriundos
do sul de Minas, as famílias que receberam sesmarias e deram início ao processo de
estruturação fundiária e produção econômica organizada de mandioca, cereais e gado. As
famílias Carrejo, Alves Carrejo e Pereira, chegaram de Campo Belo e Perdões e
posteriormente, outras como Peixoto, Morais, Rodrigues e Carvalho, também provenientes do
sul de Minas se estabeleceram na região.
Por volta de 1830, João Pereira da Rocha instalou-se na Sesmaria de São Francisco, que
posteriormente foi adquirida por Felisberto Alves Carrejo, em conjunto com outras terras,
formando uma grande gleba. As terras divididas entre os quatro irmãos deram origem às
fazendas Olhos D’Água, Lage, Marimbondo e Tenda.
Na fazenda Tenda formou-se um povoado que recebeu o nome de Arraial de Nossa
Senhora do Carmo de São Sebastião da Barra de São Pedro.
Em 1846, na “Fazenda do Salto”, localizada à direita do Rio Uberabinha, foi construída a
primeira capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião, sendo responsáveis por
sua edificação, Felisberto Alves Carrejo e Francisco Alves Pereira. Em 1858, segundo Jerônimo
98
Arantes, Dr. Constantino José da Silva Braga assinou sentença reconhecendo o novo nome de
Patrimônio de Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião da Barra de São Pedro do Uberabinha.
Posteriormente, chamada de São Pedro do Uberabinha, o lugar foi progressivamente se
transformando num centro comercial expressivo e, por influência dos líderes políticos locais,
foi alçada à categoria de Vila em 07 de junho de 1888.
A criação do município se deu em 31 de agosto de 1888. Em 1929, após a realização de
um concurso e por determinação da Lei nº 1.128, de outubro do mesmo ano o município
passou a se chamar Uberlândia.
Nesse período, final do século XIX, transformações econômicas, políticas e sociais
importantes afetaram a produção em todo o território brasileiro. Tais mudanças se fazem
sentir no Triângulo Mineiro, especialmente pela chegada da ferrovia, por meio da Companhia
Mogiana de Estradas de Ferro, que, em 1889, atingiu a cidade de Uberaba, estendendo-se nos
anos seguinte até Uberlândia e Araguari, integrando a região aos núcleos mais dinâmicos da
economia brasileira.
A Cia. Mogiana tinha como ponto inicial a cidade de Campinas (SP) e final em Araguari,
sendo que esta, como ponta dos trilhos, serviu de base para a ferrovia. A facilidade de acesso
atraiu imigrantes e atividades econômicas que viriam a ser fortalecidas a partir de 1928, com a
implantação da Estrada de Ferro Goiás que instalou sua sede em Araguari estabelecendo o
entroncamento ligando o Triângulo Mineiro ao estado de Goiás.
Ainda na década de 1920, a Cia. Mineira de Auto Viação Municipal, sediada em
Uberlândia, criou uma rede de rodovias pioneiras na região, interligando os municípios
mineiros entre si e com vários municípios goianos. O Triângulo Mineiro passou, nesse
momento, a controlar os fluxos de mercadorias entre são Paulo, Minas Gerais e Goiás.
É nesse período de abertura de estradas de rodagem que é construída, na década de
1920, uma ponte de concreto armado sobre o Rio Araguari ligando esse município a
Uberlândia. Essa histórica ponte ficou popularmente conhecida como Ponte do Pau Furado
nome que também serve de designação à estrada de ferro, a fazendas da região e hoje ao
Parque Estadual. A ponte do Pau Furado foi demolida em 2005, em decorrência das obras da
Usina Hidrelétrica Capim Branco I.
Favorecida pela posição geográfica estratégica, no caminho das rotas mercantes; pela
disponibilidade de terras; recursos naturais e ausência de resistências socioculturais, a região
foi inserida de modo inconteste na economia nacional.
A construção de Brasília e a conseqüente interiorização da urbanização brasileira vieram
fortalecer a importância da região. O processo de diversificação da economia foi intensificado,
aumentando o consumo e destacando o papel das empresas atacadistas, no comércio e na
circulação de pessoas e mercadorias, período de início das atividades de grandes empresas do
setor.
A partir da década de 1970, a região passou por profundas mudanças oriundas da
modernização agrícola, que provocou êxodo rural e urbano-urbano, ocasionando o aumento
significativo de algumas cidades da região, em especial Uberlândia.
A região do Triângulo Mineiro continuou a apresentar rápido e intenso desenvolvimento
econômico em conseqüência da expansão industrial. Destacam-se na agroindústria (grãos,
carne, frutas, vegetais e laticínios), assim como na biotecnologia e tecnologias de informação e
comunicação. Esta expansão foi acompanhada de significativa ampliação e diversificação do
setor terciário e de agentes financeiros.
Atualmente, a cidade de Uberlândia é categorizada como Capital Regional B, vinculada
ao raio de ação da cidade de São Paulo (Grande Metrópole Nacional). Pertence à Região IV
99
(Triângulo e Alto Paranaíba), 170a microrregião (Uberlândia) do Estado de Minas Gerais. Possui
área de 4.115 km2 (sendo 219 km² de área urbana e 3.896 km² rural) distribuída em cinco
distritos: a Sede, Cruzeiro dos Peixotos, Martinésia, Miraporanga e Tapuirama. Faz divisa com
os Municípios de Araguari (ao norte), Uberaba (a sudeste), Tupaciguara (a noroeste),
Indianópolis (a leste), Prata (a sudoeste), Veríssimo (ao sul) e Monte Alegre de Minas (a oeste).
As coordenadas Geográficas do ponto central da Sede na Igreja Matriz Santa Terezinha,
Praça Tubal Vilela, são: Latitude 18º 55’23” Sul e Longitude 48º 17’19” Oeste e UTM: N =
7.905.823,5 e E = 786.796,5 com Z = 855 m. (Fonte: IBGE/BIM, 2 ed., 2000).
Devido à sua estratégica posição geográfica em relação aos principais centros
consumidores do país e contínuos investimentos, o Município é considerado um importante
entroncamento intermodal de transportes rodoviário, ferroviário e aéreo (Figura 4.1.a).
Figura 4.1.a
Infra-estrutura e logística de Uberlândia em relação aos principais portos e sistema
intermodal de transportes
Aeroportos
Portos
Portos
Marítimos
Hidroviários
Ferrovias
Iturama
247 km
Chaveslândia
Brasília
336 km
Galeão
677 km
Confins
454 km
Viracopos
472 km
Guarulhos
537 km
Goiânia
288 km
1.080 km
Rio
Porto
Seco
UBERLÂNDIA
Santos
Belo
Horiz.556
km
874
km
Rodovia
Brasília
s
Brasília
435 km
Curitiba
979 km
1.218 km
Santos
851 km
São Paulo
660 km
Paranaguá
709 km
Vitória
1.070 km
271 km
Congonhas
552 km
Belo Horiz.
477 km
Hidrovia
Campinas
FERROVIA
942 km
s
S
Rio de Jan.
600 km
Rio
Fe,0
Vitória
960 km
Rodovias
Santos
662 km
São Paulo
590 km
Vitória
1.081 km
1.579 km
MERCOSUL
Fonte: Prefeitura de Uberlândia / Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo – BDI 2008
Consagrado como um dos principais centros de comércio atacadista da América do Sul,
ainda destaca-se pela pujante produção pecuária e agrícola, capacidade de armazenamento de
grãos e indústrias associadas ao cluster produtivo do agronegócio.
Sua economia diversificada e bem estruturada consolida a cidade na rede urbana
brasileira, como polo regional, graças a significativos investimentos em biotecnologia,
telecomunicações, serviços médicos especializados, turismo de eventos e educação de nível
superior, com destaque para a Universidade Federal de Uberlândia.
100
Atualmente, grandes corporações nacionais e transnacionais estão estabelecidas no
município, além de instituições de ensino e pesquisa, o que cria um ambiente favorável à
continuidade de aportes e aprimoramento do desenvolvimento local sustentável.
3.2 Aspectos demográficos
Nas Tabelas 6.2.a, 4.2.b e 4.2.c estão sintetizados os aspectos mais relevantes
relacionados ao crescimento populacional de Uberlândia, que teve um ritmo acelerado no
período de 1996 a 2000, com um incremento superior a 14% no período, que representa uma
taxa anualizada de 3,31%. Entre 2000 e 2010, verifica-se um arrefecimento das taxas de
crescimento, todavia, com maior incremento relativo de população, com crescimento
acumulado de 20,5% e taxa anual de 2,051%.
O atual quadro das características demográficas do município de Uberlândia é
semelhante ao panorama encontrado na maior parte do país, caracterizando-se por um
processo de aceleração e generalização do fenômeno urbano. Nos últimos quarenta anos,
foram significativas as mudanças na dinâmica demográfica que podem ser verificadas através
da análise da evolução das taxas de crescimento populacional, do grau de urbanização e dos
índices de densidade populacional.
O fato mais marcante do processo de urbanização é dado pelos movimentos
migratórios, ou seja, saída da população das pequenas cidades da região, saída da população
do campo em razão da modernização agropecuária e pela chegada de imigrantes de outros
estados.
Tabela 4.2.a
Evolução da População do Município de Uberlândia – 1996 a 2010
Crescimento Populacional/Ano
4
Área
1996¹
2000²
2001³
2002³
2003³
2004³
2005³
2006³
2010
Urbana
431.744
488.982
505.167
521.888
539.162
556.133
570.982
585.719
587.266
Rural
7.242
12.232
12.637
13.055
13.487
13.909
14.280
14.649
16.747
438.986
501.214
517.804
534.943
552.649
570.042
585.262
600.368
604.013
Total
Fonte:
Nota:
IBGE/Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano
1. Contagem populacional/IBGE/1996.
2. Censo Demográfico/IBGE/ 2000
3. Estimativa Populacional
4. Censo Demográfico/IBGE/2010
Tabela 4.2.b
Evolução da Densidade Demográfica do Município de Uberlândia – 1996 a 2010
Densidade Demográfica
habitantes / km²
Área
Superfície
(km²)
Urbana
219,00
Rural
3.896,82
2,85
3,13
3,24
3,35
3,46
3,57
3,66
3,76
Total
4.115,82
106,66
121,77
125,80
129,97
134,27
138,50
142,20
145,87
1996¹
2000²
2001³
2002³
2003³
2004³
2005³
2006³
2010
4
1.971,43 2.232,79 2.306,70 2.383,05 2.462,00 2.539,42 2.607,22 2.674,51 2.681,57
Fonte: IBGE
Nota:
¹Contagem Populacional/IBGE - 1996
² Censo Demográfico/IBGE - 2000
³ Estimativa Populacional
4
Censo Demográfico/IBGE/2010
4,29
142,71
101
Tabela 4.2.c
Crescimento Populacional em Uberlândia (1996-2010)
Censo
Taxas de Crescimento
1
2
2000
2010
Anual
Período
501.214
604.013
2,051%
20,5%
Fonte: IBGE
Nota: ¹Censo Demográfico/IBGE – 2000.
²Censo Demográfico/IBGE – 2010.
A pirâmide etária da população mostra que o município apresenta alteração na forma
piramidal típica das regiões em desenvolvimento econômico acentuado, ou seja, a base da
pirâmide apresenta totais populacionais inferiores às faixas etárias subseqüentes o que denota
um arrefecimento do crescimento vegetativo desses municípios. Por outro lado, melhores
condições de atendimento à saúde e acesso de melhores condições de moradia, prolongam
expectativa de vida e acentuam a participação das faixas etárias do topo da pirâmide,
conforme na Figura 4.2.a.
Figura 4.2.a
Pirâmide etária do município de Uberlândia – MG
Fonte: Censo Demográfico/IBGE/2010.
102
3.3 Indicadores sociais e econômicos
Índice de Desenvolvimento Humano – Municipal (IDH-M)
O IDH-M é um indicador sintético, de utilização mundial, que permite a avaliação
simultânea de algumas condições básicas de vida da população de uma dada localidade,
abrangendo uma síntese dos índices de longevidade, educação e renda para caracterizar o seu
grau de desenvolvimento humano dessas localidades.
Além do IDH-M para os municípios, obteve-se o Índice de Desenvolvimento Humano –
IDH do Estado de Minas Gerais para comparação da situação dos municípios frente ao Estado,
conforme observado nas Tabelas 4.3.a e 4.3.b.
Tabela 4.3.a
Comparativo do Índice de Desenvolvimento Humano de Uberlândia (MG) com o Estado
de Minas Gerais e Brasil – 1970/2010
Índice - IDH
1970
Município de Uberlândia
1980
1991
2000
2010
Estado
2010
Brasil
2010
Total
Renda
Longevidade
Educação
Ranking no Brasil
Ranking no
Estado
0, 567
0, 587
0, 490
0, 625
-
0, 746
0, 954
0, 600
0, 683
-
0,789
0,776
0,885
0,716
71°
0, 731
0, 730
0, 838
0, 638
9º
0, 727
0, 739
0, 710
0, 637
-
3°
-
-
3º
0, 777
0, 726
0, 758
0, 848
76º
1º
0, 830
0, 768
0, 802
0, 920
134º
3º
7º
Fonte: IPE, Ministério do Planejamento, 2010. Org.: Michelotto, 2014.
Tabela 4.3.b
Evolução dos indicadores componentes do IDH-M de Uberlândia (MG) – 1970/2010
Componentes do IDHM
1970
1980
1991
2000
2010
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
0, 567
0, 756
0, 778
0,830
0,789
54,38
61,01
0, 490
0, 625
0, 587
0, 600
0, 683
0, 954
70,45
91,5
71,31
306,29
0, 758
0, 848
0, 728
3º
73º
73,11
94,55
86,97
389,32
0, 802
0, 920
0, 768
7º
131º
78,09
95,87
89,98
1001,45
0,885
0,716
0,776
3°
71°
Esperança de vida ao nasce (em anos)
Taxa de alfabetização de adultos (%)
Taxa Bruta de Frequência Escola (%)
Renda per capita (em R$ de 2000)
Índice de longevidade (IDHM-L)
Índice de educação (IDHM-E)
Índice de renda (IDHM-R)
Classificação em Minas Gerais
Classificação no Brasil
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013. Org.: Michelotto, 2014.
Em 2000, Uberlândia com IDH-M de 0,83, alcançou o índice relativo às localidades com
alto desenvolvimento humano (0,800 a 1,000) apresentando, inclusive, índice superior à média
do Estado de Minas Gerais (0,766).
103
Índice Mineiro de Responsabilidade Social – IMRS
O Índice Mineiro de Responsabilidade Social - IMRS é a primeira iniciativa estratégica do
DATAGERAIS para criar um indicador que expresse o nível de desenvolvimento de cada
município mineiro. O cálculo do IMRS abrange as dimensões educação, saúde, segurança
pública, emprego e renda, gestão, habitação, infraestrutura e meio ambiente, cultura, lazer e
desporto. Na Tabela 4.3.c, encontram-se os índices relativos a Uberlândia.
Tabela 4.3.c
Índice Mineiro de Responsabilidade Social, IMRS – Uberlândia: 2000, 2002 e 2004.
ANO
IMRS
UBERLÂNDIA
Renda e Emprego
Saúde
Educação
Habitação e Meio Ambiente
Segurança Pública
Cultura
Desporto e Lazer
Gestão
2000
0,622
0,672
0,651
0,657
0,679
0,376
0,726
0,904
2001
0,748
0,743
0,693
0,772
0,553
0,549
0,895
0,954
2002
0,716
0,844
0,694
0,719
0,526
0,613
0,859
0,610
2004
0,710
0,784
0,639
0,759
0,502
0,602
0,834
0,950
2010
0,854
0,695
0,564
0,730
0,426
0,747
0,791
0,638
Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social. Versão 1.0, 2010. Org.: Michelotto, 2014.
Para caracterizar os principais aspectos da economia do município no contexto regional,
estadual e nacional, foram selecionados alguns indicadores representativos da estrutura
econômica encontrada.
Produto Interno Bruto – PIB
Nas Tabelas 4.3.d, 4.3.e e 4.3.f, apresenta-se o PIB de Uberlândia a preços correntes em
relação a Minas Gerais, Sudeste e Brasil e, também o PIB a preços correntes segundo os
setores de atividade econômica de Uberlândia.
Tabela 4.3.d
Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes (em R$ 1.000,00) - Uberlândia, Minas Gerais,
Sudeste e Brasil – 1999 a 2010
Anos
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Uberlândia
4.460.554
5.265.292
5.580.741
6.226.439
7.485.592
7.904.609
9.196.238
10.344.790
12.499.059
14.270.392
16.165.950
Minas Gerais
93.748.370
106.168.725
113.529.800
125.388.846
144.544.822
166.510.000
192.639.255
214.753.978
241.293.053
282.520.745
287.054.747
Sudeste
567.221.454
636.394.495
684.730.535
758.374.273
858.723.000
970.244.552
1.792.049.000
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação Contas Nacionais, 2010. Org.: Michelotto, 2014.
Brasil
973.845.470
1.101.254.907
1.198.736.188
1.346.027.825
1.556.182.000
1.766.621.000
1.937.598.000
2.370.000.000
2.661.000.000
3.032.000.000
3.143.000.000
104
Tabela 4.3.e
Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes segundo setores de atividade econômica de
Uberlândia (em R$ 1.000,00) – 1999 a 2010
Agropecuária
Indústria
Serviços
Outros
Total
1999
174.247
1.422.416
2.284.283
579.608
4.460.544
2000
159.450,39
1.988.603,83
2.528.696,32
588.541,46
5.265.292,00
2001
215.482
1.909.794
2.767.840
667.625
5.560.741
2002
228.371
2.283.798
3.100.875
613.395
6.226.439
2003
269.840
2.896.533
3.479.713
845.806
7.485.592
2004
365.223
2.891.595
3.800.764
847.027
7.904.609
2010
400.279
3.723.421
10.304.347
4.225.130
18.673.177
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação Contas Nacionais, 2010. Org.: Michelotto, 2014.
Tabela 4.3.f
PIB per capta a preços correntes (em R$ 1000,00) - Uberlândia, Minas Gerais, Sudeste e Brasil
– 1999 a 2010
Anos
Uberlândia
Minas Gerais
Sudeste
Brasil
1999
9.009
5.269
7.881,12
5.770,80
2000
10.327
5.888
8.713,46
6.429,56
2001
10.598
6.215
9.239,88
6.896,34
2002
11.537
6.775
10.086,43
7.630,93
2003
13.490
7.709
11.257
8.694,48
2004
13.867
8.766
12.540
9.743,05
2010
30.516
19.573
25.984
24.000
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação Contas Nacionais, 2010. Org.: Michelotto, 2014.
Verifica-se que, para o ano de 2010 o PIB de Uberlândia aproximava-se de 19 bilhões de
reais, com ênfase na prestação de serviços e atividades industriais. Em relação ao PIB per
capita, verifica-se que em Uberlândia este índice é superior quando comparado com aqueles
relativos à esfera estadual e federal.
4.4 Uso e ocupação do solo na área interceptada pelos traçados propostos
O mapeamento do uso e ocupação do solo ao longo dos traçados interceptados foi
realizado a partir da interpretação de imagens de sensores remotos, cujos resultados foram
aferidos em campo.
Os resultados estão apresentados na Figura 4.4.a.
105
CAPÍTULO IV
Identificação e Avalição
de Impactos Ambientais
106
A metodologia adotada no âmbito deste documento tem por objetivo identificar,
descrever e quantificar (quando possível) o conjunto de impactos ambientais decorrentes das
interferências e procedimentos operacionais do empreendimento em estudo.
O procedimento de análise pautou-se em um método paramétrico que teve por objetivo
identificar um conjunto de varáveis independentemente, fato que forneceu subsídios para
uma posterior análise sistêmica e integrada do conjunto de relações entre elas.
Importantes referências bibliográficas serviram de base para a estruturação
metodológica da avaliação aqui apresentada, tais como os trabalhos de Sánchez (2006),
Morgan (2002), Porter & Fittipaldi (1998), Canter (1996), Wood (1995), Morris & Therivel
(1995), Turnbull (1992), World Bank (1991) e Leopold et al. (1971).
Cumpre ressaltar, no entanto, que na fase atual dos estudos não foram ainda
desenvolvidos os projetos básicos de engenharia para a implantação do VLT, de sorte que os
procedimentos de identificação e avaliação de impactos foram realizados com base na
experiência da equipe envolvida e a partir da avaliação criteriosa de outros empreendimentos
de mesmo porte e magnitude do aqui proposto.
No Capítulo V, apresenta-se o conjunto de medidas preventivas, mitigadoras e
compensatórias propostas para os impactos aqui identificados, sendo que o detalhamento das
mesmas deverá ser realizado, eventualmente, quando da fase de obtenção das Licenças de
Instalação do empreendimento, conforme as diretrizes dos diplomas legais incidentes e de
acordo com o rito processual de licenciamento ambiental.
Para o desenvolvimento das análises foram cumpridas as seguintes etapas
metodológicas:
1. Identificação e caracterização das ações impactantes
Nesta etapa inicial, foram identificadas e caracterizadas as ações inerentes ao
empreendimento, consideradas como fatores e/ou ações indutoras de impacto ambiental.
Tendo em vista que o empreendimento encontra-se na fase inicial de seus estudos, as ações
com o referido potencial foram consideradas para as fases de planejamento, construção e
operação do VLT.
2. Identificação e caracterização dos componentes ambientais
Os componentes ambientais foram identificados durante o desenvolvimento da linha
base (diagnóstico) relacionados aos aspectos do meio físico, biótico e socioeconômico. Esta
variável relaciona-se ao universo passível de receber alterações decorrentes da implantação e
operação do VLT.
3. Identificação e caracterização dos impactos ambientais
A identificação dos impactos ambientais foi realizada mediante a correlação entre as
ações geradoras de impactos e o universo passível de ser alterado, ou seja, os componentes
ambientais. Nesta análise, foram levados em consideração a Área de Estudo definida, os
aspectos ambientais diagnosticados e seus distintos graus de vulnerabilidade. Considerando a
inexistência dos projetos de engenharia, os impactos identificados foram aqueles que
puderam ser razoavelmente previstos e que têm probabilidade significativa de ocorrência.
Para fins de análise, interpretação e checklist dos impactos potenciais, foi confeccionada uma
matriz de interação Ação X Componente (ver seção 7.0),
4. Avaliação dos impactos resultantes
O impacto resultante é entendido como o impacto residual após a aplicação do conjunto
de Programas Ambientais e suas respectivas medidas de prevenção, mitigação e compensação.
107
A aplicação desta técnica permite uma visão sistêmica dos grupos de impactos afins,
facilitando a proposição e operacionalização dos Programas Ambientais.
Para a avaliação dos impactos resultantes, foram utilizados os seguintes critérios
(atributos):

Expressão ou natureza do impacto: descreve o caráter negativo (N) ou positivo (P) de
cada impacto.

Incidência: Trata-se da causa ou fonte do impacto, direto (D) ou indireto (L).

Abrangência: caracteriza a abrangência territorial da ocorrência do impacto, local (L)
ou entorno (E).

Duração: é o “tempo de vida” estimado do impacto, curto prazo (C), médio prazo (M) e
longo prazo (LP).

Reversibilidade: reversível (R) e não reversível (NR).

Magnitude: refere-se à grandeza de um impacto em termos absolutos, baixa
magnitude (BM), média magnitude (MM) e alta magnitude (AM).

Significância: resultado da combinação dos valores a ele atribuídos, baixa (B), média
(M) e alta imporância (A).
De forma a garantir e checar que todo impacto ambiental identificado seja alvo de
algum programa ou medida de prevenção, controle ou compensação, foi desenvolvida uma
matriz que correlaciona todos os impactos potenciais e todas as medidas ambientais cabíveis
(ver seção 6.4.3), a ser apresentada ao final deste Capítulo.
4.1 Identificação das Ações Impactantes
A seguir, são descritas todas as ações com potencial de causar impactos ambientais. De
forma a sistematizar esta descrição, optou-se por dividir as ações impactantes em função das
etapas de consolidação do empreendimento, contemplando as seguintes fases: préconstrutiva (planejamento), construtiva (implantação) e fase de operação.
Não estão incluídas nesta descrição as ações consideradas complementares e/ou
opcionais, que serão tratadas como medidas preventivas, mitigadoras e de compensação, que
deverão ser detalhadas durante o processo de licenciamento ambiental e que são inerentes
aos procedimentos de controle, como, por exemplo a implantação de dispositivos de
drenagem provisória para contenção de processos erosivos.
Na Tabela 5.1.a, estão listadas as ações com potencial de causar impactos ambientais,
organizadas por fase de consolidação do empreendimento.
Tabela 5.1.a
Ações com potencial de causar impactos ambientais
Fase do Empreendimento
Ap.1.Planejamento
Ac.2.Construção
AÇÕES IMPACTANTES
Ap.1.01 Divulgação do empreendimento
Ap.1.02 Levantamentos geotécnicos e topográficos
Ap.1.03 Contratação de mão-de-obra
Ac.2.01 Delimitação das faixas de intervenção
Ac.2.02 Desvios e interrupções provisórias do trânsito local
Ac.2.03 Sinalização durante a fase de construção
108
Fase do Empreendimento
Ao.3.Operação
AÇÕES IMPACTANTES
Ac.2.04 Limpeza dos terrenos e remoção de vegetação
Ac.2.05 Substituição e/ou correção de solos moles
Ac.2.06 Movimentação de terras
Ac.2.07 Habilitação e utilização de áreas de apoio
Ac.2.08 Transporte de materiais
Ac.2.09 Interferências com redes de saneamento e outras estruturas
Ac.2.10 Desapropriação de áreas urbanas
Ac.2.11 Implantação do sistema de trilhos
Ac.2.12 Implantação das áreas de transbordo
Ac.2.13 Pavimentação
Ac.2.14 Montagem eletromecânica
Ac.2.15 Implantação de projetos paisagísticos e recuperação das áreas
provisórias
Ac.2.16 Desmobilização de mão-de-obra
Ao.3.01 Operação do VLT
Ao.3.02 Planejamento e controle operacional
Ao.3.03 Conservação rotineira
Ao.3.04 Operação das retro-áreas
Ap.1 – Ações da Fase de Planejamento
Ap.1.01 – Divulgação do empreendimento
Esta ação refere-se a toda e qualquer forma de divulgação prévia do empreendimento,
incluindo desde as manifestações oficiais do empreendedor ou de outros órgãos autorizados
por ele, até a colocação de placas informativas sobre os procedimentos a serem realizados.
Inclui-se nestas ações a utilização de qualquer tipo de mídia local e/ou regional, com o objetivo
de manter a população informada à respeito das características de intervenções e padrão
operativo do VLT.
Ap.1.02 – Levantamentos geotécnicos e topográficos
Incluem-se, nesta ação, as atividades necessárias aos levantamentos geotécnicos e
topográficos necessários ao desenvolvimentos dos projetos executivos. Englobam a perfuração
para estudos de sondagem dos solos, demarcação topográfica das áreas que, em certos casos,
demandarão interferência com o tráfego local e eventuais remanejamentos de estruturas
urbanas (pavimentos, redes de distribuição de água, esgoto, entre outras).
Ap.1.03 – Mobilização de mão de obra
Engloba as ações de recrutamento, seleção e contratação da mão de obra direta a ser
empregada na implantação do empreendimento, incluindo os empregos diretos e indiretos.
Deverá ser priorizado como centro de recrutamento o município de Uberlândia, o que não
exclui a possibilidade de contratação de mão de obra especializada externa.
Também incluem-se, nesta ação, os contratos a serem estabelecidos com os
fornecedores de insumos e serviços que o porte do empreendimento exige, particularmente
no que se refere a materiais para a construção civil e contratos com empresas fornecedoras
dos veículos elétricos.
109
Ac.2 – Ações da Fase de Construção
Ac.2.01 Delimitação das faixas de intervenção
Esta ação refere-se à marcação e delimitação das faixas de intervenção para a
implantação dos trilhos do VLT, onde serão realizadas as atividades construtivas necessárias.
Incluem-se, ainda, a delimitação das áreas de apoio, retro-áreas e demais áreas necessárias ao
desenvolvimento das obras, tais como as áreas administrativas e estações de transbordo, onde
serão instalados tapumes, cerquites e/ou outros materiais convenientes com este tipo de
intervenção (alambrados, muros, etc).
Ac.2.02 Desvios e interrupções provisórias do trânsito local
Constituem os procedimentos necessários à interrupção do trânsito de pedestre e
principalmente veículos nos locais onde serão realizadas as obras. Engloba a implantação de
desvios temporários de fluxo, inclusive, do transporte coletivo e pontos de embarque, quando
necessários.
Ac.2.03 Sinalização durante a fase de construção
Compreende o conjunto de ações necessárias à organização do trânsito nas áreas de
intervenção, de forma a orientar o fluxo nos locais onde será necessária a implantação de
desvios. Inclui, ainda, todo e qualquer tipo de sinalização de obras, como aquelas destinadas
aos procedimentos de segurança e educação ambiental. Além da implantação de placas
informativas, esta ação compreende a utilização de tintas e demais solventes para a promoção
da sinalização horizontal nas vias interceptadas.
Ac.2.04 Limpeza dos terrenos e remoção de vegetação
Esta ação abrange os procedimentos de demarcação topográfica e supressão da
vegetação nas áreas diretamente afetadas pelas estruturas do VLT e áreas de apoio. Incluemse, nestes polígonos, as áreas a serem ocupadas pelos trilhos, estações de transbordo, canteiro
de obras, áreas administrativas, assim como outras áreas que demandarem este tipo de
intervenção.
Além do corte, as ações incluirão a destoca, separação e transporte dos materiais até as
áreas de deposito temporário e destino final.
Ac.2.05 Substituição e/ou correção de solos moles
Considera-se, nesta ação, as atividades de remoção do horizonte orgânico do solo e o
seu transporte até os locais devidamente licenciados para a deposição deste material. É
possível, no entanto, que este material seja estocado temporariamente para posterior uso na
recuperação de áreas degradadas, não havendo necessidade da alocação de uma área
específica para seu destino final. Destaque para as áreas interceptadas ao longo das avenidas
Rondon Pacheco e Anselmo Alves dos Santos, onde naturalmente ocorrem solos moles. Além
disso, não se descarta a ocorrência deste tipo de solo nas vertentes do bairro Fundinho que
drenam ao córrego São Pedro, onde historicamente, foram realizadas atividades de
rebaixamento de lençol e dreno de áreas úmidas.
110
Ac.2.06 Movimentação de terras
Envolve todas as atividades de terraplenagem e escavações obrigatórias a serem
realizadas a céu aberto, para a implantação das estruturas inerentes ao projeto, incluindo as
estações de transbordo, habilitação das retro-áreas, nivelamento dos pavimentos, etc.
É bastante provável que as escavações serão realizadas sobre os mantos de alteração,
incluindo os solos coluvionares e residuais. Dadas as características geotécnicas da área, não
será necessário proceder escavação em rocha. Nos taludes laterais escavados no manto de
alteração e/ou solos coluvionares, serão adotadas práticas usuais de contenção, como
instalação dos sistemas de drenagem, além da contenção física das paredes.
Ac.2.07 Habilitação e utilização de áreas de apoio
Incluem-se, nesta atividade, a habilitação das áreas de apoio à implantação do
empreendimento, incluindo os canteiros de obras e áreas destinadas às atividades
administrativas.
Nestas áreas, serão realizadas todas as atividades de suporte às obras, incluindo-se o
estoque de insumos perigosos ou não, refeitórios, pátios de armação e carpintaria que o porte
do empreendimento exige. Provavelmente não será necessária a instalação de centrais
industriais, sendo que o concreto e a pedra britada poderão ser adquiridos de terceiros
devidamente licenciados para este fim.
Estas áreas deverão ser providas de dispositivos de distribuição de água em
conformidade com a legislação pertinente. Igualmente, serão instalados banheiros químicos,
de forma a suprir toda e qualquer necessidade sanitária do grupo de trabalhadores. A
operação de tais instalações irá gerar efluentes domésticos que serão periodicamente
transportados para os locais de disposição final por empresa devidamente licenciada para este
tipo de atividade.
Ac.2.08 Transporte de materiais
Esta atividade consiste no transporte de materiais até as frentes de obra, conforme as
necessidades relacionadas ao andamento das obras. O transporte será realizado
prioritariamente por veículos pesados.
A distância percorrida irá variar em função da localização das jazidas e das centrais de
concreto e britagem. O transporte de materiais escavados excedentes também irá variar em
função tanto da distância com as áreas de destino quanto em função do balanço de materiais
projetado para as obras. Nos dois casos, cabe destacar a geração de poeira, aumento das
vibrações e o aumento do tráfego de veículos pesados nos acessos existentes.
Ac.2.09 Interferências com redes de saneamento e outras estruturas
Em função das demandas de obras, particularmente no que se refere às escavações
obrigatórias e terraplenagem, não se descarta a possibilidade de interferência com redes de
abastecimento público, tais como água e esgoto. Durante a montagem eletromecânica, poderá
ocorrer interferência com a rede de distribuição de energia.
111
Ac.2.10 Desapropriação de áreas urbanas
Esta ação refere-se a todos os procedimentos necessários para a desapropriação de
áreas necessárias à implantação do empreendimento, particularmente aquelas demandadas
para a construção das estruturas de transbordo e retro-áreas.
Ac.2.11 Implantação do sistema de trilhos
A implantação dos sistemas de trilhos necessários à movimentação dos veículos
elétricos está vinculada às atividade de escavação e terraplenagem anteriormente descritas,
preparação dos greides, implantação de pavimentos rígidos, assim como a movimentação,
transporte e lançamento das vigas metálicas. Durante este tipo de atividade é provável que
ocorram interrupções temporárias no tráfego em função do porte e tamanho das vigas, o que
poderá gerar incômodos no fluxo de veículos.
Ac.2.12 Implantação das áreas de transbordo
Envolve todas as atividades civis necessárias à implantação das estruturas de
transbordo, como a execução de fundações, formas e atividades de carpintaria, concretagem e
montagem de elementos pré-moldados. Inclui-se, ainda, todas as atividades de instalação de
rede elétrica, dispositivos de iluminação pública e aqueles destinados à propaganda comercial.
Ac.2.13 Pavimentação
Nas áreas onde serão necessárias as intervenções para a implantação dos trilhos, será
necessário proceder aos ajustes nos pavimentos, incluindo a preparação do greide. Poderão
ser utilizadas motoniveladoras, caminhões basculantes, espargidores de emulsão asfáltica,
tratores com grade, distribuidores de agregados, além de rolos compressores com alto poder
de causar vibrações nas áreas lindeiras.
Ac.2.14 Montagem eletromecânica
Esta ação remete a todas as atividades a serem realizadas para a instalação
eletromecânica dos equipamentos e componentes do VLT, incluindo as estruturas de
distribuição de energia elétrica. Deverão ser utilizados guindastes, soldadoras, máquinas
perfuratrizes, chumbadoras e outros equipamentos auxiliares.
As ações envolverão a utilização de graxas e solventes diversos para a montagem e
lubrificação das peças.
Ac.2.15 Implantação de projetos paisagísticos e recuperação das áreas provisórias
Envolve todas as atividades de limpeza e remoção total da infra-estrutura dos canteiros
de obra e outras estruturas provisórias utilizadas durante as obras. Esta ação envolverá a
utilização de caminhões basculantes, pás carregadeiras, demolidores, caminhões pipas e
outros equipamentos necessários, e o transporte dos resíduos até a destinação final.
Além de atividades de conformação geométrica das áreas, como retaludamento,
descompactação de solos, ainda envolve os procedimentos de reconstituição dos teores
orgânicos dos solos e atividades de forração e plantio de vegetação natural.
112
Incluem-se, ainda, a implantação dos projetos paisagísticos que deverão compor
esteticamente as áreas por onde irão transitar os veículos elétricos, a partir da utilização de
espécies forrageiras, grama em placa e espécies arbóreas, preferencialmente nativas e típicas
da região dos cerrados.
Ac.2.16 Desmobilização de mão de obra
Consiste nas ações de desmobilização de mão de obra, que terão início ainda no último
ano do período de construção.
Ao.3 Ações da Fase de Operação
Ao.3.01 Operação do VLT
Refere-se às ações de rotina de uso do VLT por parte da população para a circulação, de
acordo com o padrão operacional estabelecido para o empreendimento.
Ao.3.02 Planejamento e controle operacional
Abrangem as atividades de gestão e operação do VLT que objetivam seu bom
funcionamento em operações de rotina, assim como no caso de situações emergenciais.
Durante estas atividades, serão detalhadas a programação dos serviços de conservação
e manutenção viária e outras afins, assim como atividades de fiscalização, serviços de
assistência ao usuário, vigilância patrimonial e operações de sinalização e campanhas
educativas e de informação.
Ao.3.03 Conservação rotineira
Esta ação é relativa a toda e qualquer atividade e/ou serviços que deverão ser
executados de forma permanente durante a vida útil do empreendimento, de forma a garantir
o seu bom funcionamento. Inclui as ações de limpeza dos trilhos, estações, retro-áreas,
correções pontuais no traçado, manutenção das áreas com vegetação, substituição de
componentes, reparos em pinturas e sinalização, reparos na iluminação, demais sistemas
elétricos e outras atividades afins.
Ao.3.04 Operação das retro-áreas
São as ações destinadas à manutenção dos veículos elétricos que envolverão a utilização
de graxas e solventes, equipamentos mecânicos, além do estoque de materiais de consumo
direto.
Nas áreas destinadas à manutenção dos veículos deverão ainda ser desenvolvidas
atividades de lavagem de limpeza e lavagem das composições, o que poderá implicar a
geração de resíduos sólidos e águas residuais.
113
5.2 Identificação dos Componentes Ambientais
Define-se, nesta avaliação, componente ambiental como sendo o universo passível de
alterações positivas ou negativas decorrentes da implantação e operação do VLT. Constitui-se
de um conjunto relativamente homogêneo de elementos que compõem os meios físico,
biótico e antrópico e que, potencialmente, poderão ser impactados pelo empreendimento.
Embora a apresentação dos elementos constituintes dos componentes seja feita de
forma paramétrica, a compreensão de suas interações com as ações do projeto implica uma
análise integrada e sistêmica.
Os componentes ambientais considerados nesta avaliação são:
Meio Físico
Recursos hídricos superficiais
Relevo e solos (Terrenos)
Clima e qualidade do ar
Meio Biótico
Cobertura vegetal
Fauna
Meio Socioeconômico
Dinâmica demográfica e condições de vida
Atividades econômicas e finanças públicas
Uso e ocupação do solo
Infraestrutura e serviços públicos
Paisagem
A seguir, descrevem-se os componentes ambientais passíveis de serem alterados pelas
ações descritas anteriormente. Cabe ressaltar que esta descrição tem por objetivo subsidiar a
análise do grau de fragilidade dos componentes. A partir desta análise, serão identificados os
impactos potenciais a serem apresentados na seção seguinte do presente capítulo.
Cp.1 – Componentes do meio físico
Cp.1.01 – Recursos hídricos superficiais
Este componente é constituído, no âmbito da Área de Estudo, pelas bacias hidrográficas
do rio Uberabinha e seus afluentes da margem direita, a saber: córrego São Pedro e seus
afluentes, córrego Cajubá e córrego das Tabocas. Além destes, inclui-se ainda os formadores
do córrego Buriti (São José e Perpétua), afluente da margem esquerda do rio Araguari.
114
Na região onde está proposto o traçado, o Uberabinha apresenta um tipo de canal com
presença de ilhas e ilhotas que se associam trechos com pedrais e rápidos, desenvolvendo-se
rupturas no contato com os derrames basálticos.
Seus afluentes encontram-se canalizados em todo o traçado proposto, à exceção do
córrego Jataí, no interior do Parque do Sabiá. Na bacia do rio Araguari, os afluentes do córrego
Buriti ainda correm sobre seus canais naturais, todavia já com influências de regime em função
do lançamento de águas pluviais provenientes das áreas urbanas impermeabilizadas.
Em relação à qualidade das águas, todos os cursos d’água supracitados provavelmente
apresentam padrões não conformes com a legislação (CONAMA 357/05), fato este
comprovado através da cor e odor de suas águas. Além disso, destaca-se a presença de
resíduos sólidos em abundância.
Cp.1.02 – Relevo e solos (terrenos)
As obras de implantação das estruturas do VLT se desenvolverão em diferentes tipos de
terrenos, predominando aqueles associados a modelados planos e suave ondulados, como no
caso das chapadas com latossolos e rampas com latossolos. Em função das condicionantes
topográficas, a ocorrência de processos erosivos de grande magnitude nestes terrenos é
pouco freqüente e de baixa intensidade.
Será também interceptada a unidade patamares com latossolos e cambissolos
associados, nas imediações do bairro Fundinho e Lídice, onde as declividades poderão
acentuar os processos erosivos, ainda que predominem solos argilosos derivados do basalto.
Ao longo das avenidas Anselmo Alves dos Santos e Rondon Pacheco, a Linha Verde irá
interceptar a unidade das planícies fluviais onde, conforme já relatado durante o diagnóstico,
existe a tendência de ocorrência de enchentes devido aos parâmetros morfométricos das
bacias, assim como em função de suas alterações antrópicas. Nestes locais, a presença elevada
do freático pode condicionar a possibilidade de contaminação das águas quando das
atividades construtivas.
Cp.1.03 – Clima e qualidade do ar
No contexto da Área de Estudo, a dinâmica climática é caracterizada por apresentar
duas estações bem definidas, marcadas pela concentração dos totais pluviométricos entre
setembro e março e período de estiagem no restante do ano.
A alteração da qualidade do ar é função basicamente das emissões veiculares e
queimadas. Essas ações se tornam mais críticas durante o período de estiagem, quando se
verificam baixas taxas de umidade relativa do ar e pouca precipitação, o que dificulta a
dispersão de poluentes. Em todo caso, são raros os episódios de alteração significativa da
qualidade do ar ao longo dos traçados propostos.
Menção especial deve ser dada à avenida Floriano Peixoto, que já apresenta níveis de
serviço viário próximos de sua capacidade, desde as imediações do cruzamento com a rua
Cruzeiro dos Peixotos até a Praça Rui Barbosa, o que inclui seu cruzamento com a avenida João
Naves de Ávila. Fato este ocorrente particularmente durante as horas de pico, quando as
emissões veiculares atingem seus máximos e comprometem a qualidade do ar
temporariamente.
115
Cp.2 – Componentes do meio biótico
Cp.2.01 – Cobertura vegetal
Os traçados propostos para o VLT localizam-se em áreas urbanas consolidadas ou em
estágio de consolidação, onde a vegetação natural já encontra-se significativamente alterada.
Não está prevista a interceptação de áreas verdes contíguas, de sorte que a cobertura vegetal
passível de ser impactada pelo empreendimento é aquela localizada nos locais projetados para
a implantação das estruturas de transbordo e retro-áreas. Na seção 6.2.1.4 foram identificados
mais de 800 indivíduos arbóreos, os quais poderão ser suprimidos de forma restrita durante as
atividades de obra.
Cp.2.02 – Fauna
No escopo deste trabalho, o componente fauna foi delimitado como sendo o conjunto
de animais silvestres que integram os grupos da herpetofauna (anfíbios e répteis), avifauna
(aves) e mastofauna (mamíferos não voadores e voadores), existentes ou de provável
ocorrência na área afetada e de influência do empreendimento.
No que se refere à herpetofauna, destacam-se os lagartos Calango (Tropidurus
torquatus), Lagarto-Bico-Doce (Ameiva ameiva) e Teiú (Tupinambis merianae). Dentre as
serpentes com registro comprovado na área urbana, estão a Coral-Verdadeira (Micrurus sp), a
Falsa-Coral (Erytrolamprus sp), a Dormideira (Sibynomorphus sp), a jibóia (Boa constrictor), a
sucuri (Eunectes murinus), a Cascavel (Crotalus durissus), a Jararaca (Bothrops sp) e a Caninana
(Spilotes pulatus).
Na área urbana já foram registradas mais de 140 espécies de aves, enquanto no
diagnóstico do Plano de Manejo do Parque Estadual do Pau Furado foram registradas 162
espécies de 41 famílias. Segundo o site Wikiaves (www.wikiaves.com), 280 espécies de aves já
foram fotografadas no município de Uberlândia.
Em relação aos mamíferos, destacam-se algumas espécies já registradas na mancha
urbana de Uberlândia, particularmente ao longo do rio Uberabinha e afluentes, como o sagüide-tufos-pretos (Callithrix penicillata), o macaco-prego (Cebus apella), a Capivara
(Hydrochoerus hydrochaeris), o preá (Cavia aperea), os ratos-silvestres do gênero Calomys sp,
o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o gambá (Didelphis albiventris), o tatu-peba
(Euphractus sexcinctus), a irara (Eira barbara), o quati (Nasua nasua), o mão-pelada (Procyon
cancrivorus), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o tamanduá-mirim
(Tamandua tetradactyla), sendo que os dois últimos figuram na lista de espécies ameaçadas de
Minas Gerais, sob a classificação de em perigo.
Incluem-se ainda, neste componente, as espécies vetores de doenças, conforme
descrito na Seção 3.2.4.
Cp.3 – Componentes do Meio Socioeconômico
Cp.3.01 – Dinâmica demográfica e condições de vida
Este componente engloba a população do município de Uberlândia, incluindo aquela
que habita a zona rural e freqüenta o meio urbano.
116
Destacam-se os aspectos e indicadores que caracterizam a população afetada, com
especial atenção à dinâmica demográfica e condições de vida. Dentre os aspectos já descritos
anteriormente, destacam-se as taxas de crescimento da população residente, de urbanização,
distribuição por sexo e idade, índice de desenvolvimento humano e renda per capita.
Em relação à qualidade de vida da população diretamente afetada, podem ser incluídos
no componente em pauta aspectos associados aos incômodos decorrentes do tráfego de
obras, poluição gerada pelos veículos e ressuspensão de poeira, danificação dos acessos aos
locais de moradia e trabalho, ou seja, perturbações que afetem a vida cotidiana dessas
pessoas. Por outro lado, durante a operação do empreendimento, impactos positivos na
qualidade ambiental serão efetivamente consolidados.
Cp.3.02 – Atividades econômicas e finanças públicas
Inclui o conjunto de atividades produtivas, abrangendo bens e serviços, desenvolvido no
município de Uberlândia. Destaca-se que este componente relaciona-se à geração de
empregos diretos e indiretos e consumo de materiais e serviços em decorrência das
necessidades de obras, o que pode implicar em dinamização da economia local.
Em relação à operação, incorpora-se neste componente a geração e disponibilização de
sistema de transporte de qualidade, em conformidade com padrões internacionais, o que
poderá impulsionar novos investimentos e geração de empregos.
No que tange à arrecadação pública, este componente é representado pelos aspectos
relacionados à arrecadação de impostos em função do consumo de materiais e serviços
durante a etapa de construção.
Cp.3.03 – Uso e ocupação do solo
Este componente associa-se às características atuais de uso e ocupação do solo nas
imediações do empreendimento. A implantação da estrutura do sistema de transporte e de
suas áreas de apoio e irão incorporar novos elementos à organização do espaço local. Fato
este que poderá impulsionar alterações nos padrões de uso e ocupação do solo, incluindo
processos de valorização do solo urbano.
Cp.3.04 – Infra-estrutura e serviços públicos
Engloba-se, neste componente, a situação atual dos serviços de assistência à população
do município de Uberlândia. Consideram-se os sistemas de saúde pública e privada,
saneamento ambiental, educação e assistência social, ou seja, os serviços de atendimento às
necessidades básicas da população.
Aqui, incorporam-se também os equipamentos infraestruturais disponíveis para a
circulação de pessoas e mercadorias, capitais e informação, como sistema viário, comunicação
e transmissão de dados.
No caso em estudo, dentre o conjunto de equipamentos que podem ser afetados pelo
empreendimento, destacam-se os sistemas de saúde municipais que poderão ser acionados
para atendimento de acidentes e eventuais casos de doenças transmissíveis durante a etapa
de construção, os sistemas de abastecimento e, particularmente, o sistema de transporte
coletivo
117
Cp.3.05 – Paisagem
Este componente engloba os aspectos intrínsecos à composição fisiográfica e cultural da
paisagem na Área de Estudo. Além do aspecto estético que a particulariza, este componente
abrange os processos dinâmicos e interativos que resultam na composição e organização do
espaço.
Neste sentido, consideram-se tanto os elementos de ordem física (relevo, solo, geologia,
clima, etc) quanto aqueles de natureza humana como a organização social e produtiva
observada na área. Neste sentido, também há que se considerar a paisagem como resultado
de um processo histórico de formação e apropriação do espaço, ou seja, uma herança de
tempos passados que atualmente são trabalhados pela lógica do modo de produção vigente.
Ressalta-se que, durante a fase de construção, verificar-se-ão mudanças na paisagem
em decorrência da necessidade inerentes às escavações obrigatórias, implantação dos
canteiros de obra e estruturas componentes do sistema, que irão transformar a paisagem
local. Durante a etapa de operação, destaca-se que a permanência das estruturas do projeto
alterará, em definitivo, a paisagem do local, tanto em relação a seus aspectos físicos quanto
socioeconômicos.
A seguir descrevem-se os impactos identificados, potencialmente resultantes da
implantação do empreendimento.
4.3 Identificação e Avaliação de Impactos Ambientais
Esta seção tem por objetivo apresentar os impactos potencialmente decorrentes das
atividades de planejamento, construção e operação do empreendimento. A partir da listagem
de todas as ações indissociáveis ao empreendimento e de suas relações com os componentes
ambientais passíveis de serem impactos, chegou-se a identificação de 21 impactos potenciais.
Na Matriz 5.3.a apresenta-se a correlação das ações impactantes com os componentes
ambientais passíveis de serem impactados e na Matriz 5.3.b a relação entre os impactos
ambientais e os programas ambientais propostos.
Na sequência, apresenta-se a lista dos impactos ambientais potenciais identificados e
sua descrição detalhada.
Meio Físico
1.0 Recursos Hídricos Superficiais
1.01 Alterações nas propriedades físico-químicas e na qualidade da água superficial 1.02
Assoreamento durante a fase construtiva
2.0 Relevo e solos
2.01 Indução de processos erosivos durante as obras
2.02 Alteração do risco de contaminação do solo durante as obras
118
3.0 Clima e qualidade do ar
3.01 Alteração na qualidade do ar durante as obras
3.02 Alteração na qualidade do ar durante a operação
Meio Biótico
4.0 Cobertura vegetal
4.01 Redução da cobertura vegetal nativa
5.0 Fauna
5.01 Perturbação e afugentamento da fauna durante as obras
Meio Antrópico
6.0 Dinâmica demográfica e condições de vida
6.01 Geração de empregos diretos e indiretos durante a construção
6.02 Geração de empregos diretos e indiretos durante a operação
6.03 Geração de expectativas da população sobre o empreendimento
6.04 Incômodos devidos a alterações em acessos e travessias durante as obras
6.05 Incômodos devido à geração de ruídos e vibrações
7.0 Atividades econômicas e finanças públicas
7.01 Aumento das receitas fiscais durante a construção e a operação
7.02 Dinamização das economias locais durante a construção
7.03 Desaquecimento das economias locais ao final da fase de construção
8.0 Uso e ocupação do solo
8.01Substituição de usos nas áreas de intervenção
9.0 Infraestrutura e serviços públicos
9.01 Apropriação da capacidade e deterioração das vias locais por veículos a serviço das
obras
9.02 Geração e risco de disposição inadequada de resíduos sólidos durante as obras
9.03 Ampliação da oferta de transporte no sistema urbano
10.0 Paisagem
119
10.01 Alterações na paisagem durante a construção e a operação
120
Matriz 5.3.a
Matriz de interação entre Ações X Componentes Ambientais
121
Matriz 5.3.b
Matriz de interação entre Impactos X Medidas Ambientais
122
4.3.1 Impactos no Meio Físico
1. Recursos Hídricos Superficiais
1.01 Alterações nas propriedades físico-químicas e na qualidade da água superficial
As alterações nas propriedades físico-químicas e na qualidade da água superficial
decorrem de um amplo conjunto de atividades a serem desenvolvidas durante a etapa de
construção da VLT, incluindo aquelas relacionadas à instalação e operação dos canteiros de
apoio e supressão de indivíduos arbóreos na área de intervenção direta.
As escavações obrigatórias também são atividades potencialmente indutoras do
impacto em tela, tanto em função da movimentação de terra quanto da exposição de
horizontes mais erodíveis dos solos. De toda forma, as escavações previstas ocorrerão em
solos residuais e/ou coluvionares de rochas basálticas, com grande quantidade de argila, o que
os tornam relativamente menos erodíveis quando comparados com solos arenosos ou
francamente siltosos. No caso dos solos arenosos, as intervenções serão realizadas em relevos
planos e suave ondulados, o que poderá diminuir a intensidade dos processos.
Apesar desta característica, certas áreas de intervenção, como no caso no bairro
Fundinho, apresentam maiores declividades o que pode aumentar a indução do transporte de
materiais.
É importante ressaltar, no entanto, que a dimensão deste impacto está relacionada
diretamente com a sazonalidade climática da região que se caracteriza pela distribuição
irregular das chuvas ao longo do ano. Durante a estação chuvosa (setembro a março), a
ocorrência de precipitações é fator indutor de escoamento superficial, o que pode aumentar a
quantidade de material escoado para os cursos d’água, alterando a qualidade de suas águas.
Por outro lado, neste período verificam-se maiores níveis de vazão nos canais que
apresentam maior capacidade de carreamento de materiais sólidos e dissolvidos.
A readequação dos acessos existentes consiste também em atividades potencialmente
indutoras de carreamento de materiais para os canais. Nestes casos, o aporte de sólidos e a
conseqüente alteração na qualidade das águas será função da existência de dispositivos
adequados de retenção de sedimentos e orientação adequada da drenagem nas plataformas
transitáveis.
Cabe ainda considerar que entre os aspectos físicos, são fatores representativos deste
impacto as alterações na turbidez, na cor e na concentração de sólidos. Já os aspectos
químicos estão relacionados ao aporte de nutrientes presentes nos sedimentos. Comumente,
estas alterações ocorrem de forma associada, uma vez que o transporte tanto de sedimentos
quanto de nutrientes ocorre simultaneamente.
Em relação às alterações químicas, destaca-se que a mudança nas concentrações
matéria orgânica, plâncton, além de fósforo e nitrogênio pode induzir processos
eutrofização, principalmente nos afluentes de pequeno porte com baixa capacidade
dissolução. Alterações no pH e DBO também são potencialmente esperadas em função
aporte de matéria orgânica.
de
de
de
do
As alterações físicas poderão resultar em uma maior absorção de luz e redução da
transparência na coluna d’água. Destaca-se que tanto as alterações químicas como as físicas,
além de ocorrerem de forma associada, poderão implicar a modificação dos habitats
aquáticos, com conseqüências para as comunidades que os habitam.
123
Nos canteiros de obra, haverá a manipulação e uso de produtos com potencial
contaminante, como combustíveis, óleos e outros produtos químicos de uso restrito
(solventes). Também há de se considerar que a possibilidade de contaminação das águas
superficiais advém do risco de acidentes durante o transporte desses produtos entre as áreas
de estoque e as frentes de obra.
A operação das instalações sanitárias, a serem localizadas no interior dos canteiros e nas
frentes de obra, também apresenta potencial de contaminação em função do descarte
inadequado dos efluentes. No caso empreendimento, serão utilizadas instalações móveis
(banheiros químicos) que serão removidos periodicamente de acordo com as normas vigentes.
Durante as atividades de instalação das estruturas de concreto existe a possibilidade de
vazamento de águas residuais com alto potencial de alteração das propriedades químicas e
físicas das águas. O mesmo aplica-se para as pilhas de insumos que poderão ser carreadas
durantes eventos de precipitação intensa.
Durante a operação, a possibilidade de contaminação das águas está associada à
operação das retro-áreas onde haverá procedimentos de manutenção veicular com utilização
de graxas e solventes, além das atividade de lavagem das composições com geração de água
residual. Em todo caso, tais locais deverão estar providos de sistemas de tratamento e caixas
separadoras, em conformidade com a legislação e normas técnicas.
Para a prevenção, controle e mitigação dos impactos acima referenciados estão
previstas as medidas do Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico, com especial
destaque para as seguintes: controle de erosão e assoreamento, manejo de instalações
auxiliares, controle de qualidade das águas, manejo de resíduos sólidos e controle de
derrames.
Não menos importantes são as medidas integrantes do Plano de Supervisão e
Monitoramento Ambiental das Obras e o Plano de Contingência das Obras e Operação do VLT.
Considerando a aplicação das medidas acima propostas, o impacto é avaliado como
sendo de natureza negativa, indireto, com média probabilidade de ocorrência, todavia,
temporário. Sua área de abrangênia poderá, em casos extremos, extrapolar a AID do
empreendimento, sendo sua magnitude considerada média, assim como sua significância.
As demais características desse impacto estão resumidas em sua matriz de consolidação.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto:1.01 Alterações nas propriedades físico-químicas e da qualidade da água superficial
Componente: Cp.1.01 Recursos Hídricos Superficiais
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Média
Natureza
AID
Magnitude
Duração
Temporário
Negativo
Indireto
Média
Reversível
Não
Sim
Média
124
1.02 Assoreamento durante a fase construtiva
O assoreamento dos canais poderá ocorrer, quando, em decorrência do aporte de
sólidos, a capacidade de transporte de sedimentos do rio for ultrapassada. De forma
semelhante ao impacto anterior, todas as atividades que envolvem a movimentação de terras,
limpeza dos terrenos, escavações e outras ações que envolvem a exposição dos horizontes
erodíveis do solo, poderão ser indutoras do assoreamento dos canais.
Dado o porte do empreendimento e o tipo de intervenções que exige a instalação dos
componentes do VLT, é possível a ocorrência de processos erosivos laminares e em sulco, com
conseqüente retirada, transporte e deposição de sedimentos nos corpos d’água diretamente
afetados pelas obras.
Os processos de assoreamento poderão ser mais intensos no período de estiagem,
quando a capacidade de transporte dos canais diminui em função da diminuição dos níveis de
vazão. Neste mesmo período observam-se menores índices pluviométricos, o que atenua a
possibilidade de indução de processos erosivos nas vertentes.
Durante as atividades de terraplenagem, a ocorrência de eventos de precipitação
intensas pode induzir ao carreamento de materiais e a conseqüente deposição no leito dos
canais.
Tratando-se do impacto em pauta, este tipo de atividade é considerado um importante
fator de risco. Cumpre destacar que as áreas de intervenção direta das obras estão localizadas
em vias urbanas pavimentadas, sendo os principais cursos d’água interceptados os córregos
São Pedro e Jataí. Nestes casos, o acumulo de sólidos ao longo das galerias poderá
comprometer as respectivas capacidades de suporte, aumentando a probabilidade de
inundações ao longo da avenida Rondon Pacheco e Anselmo Alves dos Santos.
No caso das intervenções para a implantação da retroárea na região do Alto Umuarama,
as cabeceiras dos córregos Perpétua e São José estarão susceptíveis a este impacto. Neste
caso, cumpre destacar o caráter erosivo do alto curso desses canais, o que facilita o transporte
de sedimentos.
O acúmulo de materiais nos canais poderá causar processos de alteração na morfologia
dos canais, principalmente pelo aparecimento de pacotes e ilhas restritas de sedimentos
capazes de obstruir o fluxo de água. Neste caso, novas áreas de retirada e acúmulo poderão
aparecer em trechos a jusante.
As áreas fonte, porém, serão limitadas ao período de obras. Espera-se ainda que, caso
ocorra, este tipo de impacto poderá ser revertido gradativamente pela dinâmica fluvial,
implicando no restabelecimento das condições anteriores ao início das obras.
A prevenção de tais impactos está a cargo do Programa de Manejo Ambiental do Meio
Físico, particularmente das medidas de controle de erosão e assoreamento e manejo de vias
utilizadas. No âmbito do Programa de Manejo Ambiental do Meio Biótico, há destaque para a
medida de controle de supressão de vegetação. Igualmente, o Plano de Supervisão e
Monitoramento Ambiental das Obras permitirá a identificação de eventuais focos de
assoreamento para que os procedimentos de recuperação sejam desenvolvidos.
Trata-se, portanto, de um impacto negativo, restrito ao período de obras, indireto, mas
reversível, sendo considerado de média importância devido à presença de galerias de
drenagem, de baixa magnitude. A matriz a seguir resume as demais características do impacto.
125
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 1.02 Assoreamento durante a fase construtiva
Componente: Cp.1.01 Recursos Hídricos Superficiais
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Baixa
Natureza
AID
Magnitude
Duração
Temporário
Negativo
Indireto
Média
Reversível
Não
Sim
Média
2.0 Relevo e solos
2.01 Indução de processos erosivos durante as obras
Dado o porte do empreendimento, espera-se a ocorrência de processos indutores de
erosão nas áreas diretamente afetadas pelas obras. Uma gama variada de ações com potencial
impactante será desenvolvida, destacando-se as atividades de terraplenagem e movimentação
de terra, limpeza dos terrenos, além das escavações obrigatórias.
Tais atividades se darão desde o início da instalação dos canteiros de obra até a
recuperação das áreas a serem desenvolvidas na etapa final da construção.
A ocorrência de processos erosivos poderá resultar no desencadeamento de outros
impactos, como alteração nas propriedades físico-química das águas superficiais (Impacto
1.01) e assoreamento durante a fase de obras (Impacto 1.02), conforme já descrito
anteriormente.
A magnitude dos processos erosivos está associada às condições físicas dos terrenos
interceptados pelas obras. A maioria das intervenções se dará sobre unidades de relevos
planos e suaves ondulados, como as chapadas e rampas com latossolos, onde a intensidade e
freqüência desses processos são baixas, todavia existentes.
Parte das intervenções se desenvolverá nas planícies fluviais que ocorrem ao longo da
Linha Verde. Nestes terrenos, os materiais inconsolidados e de característica arenosa,
poderão favorecer a erosão quando das intervenções. A concentração do escoamento nestas
áreas também é fator indutor de processos.
Em síntese, é importante mencionar que a adoção de medidas preventivas e de
contenção irá definir a intensidade de trais processos. Assim, convém destacar que estes serão
mais intensos durante a estação chuvosa, quando se observa a concentração dos totais
pluviométricos.
Para a prevenção e controle de tais impactos, estão previstas as seguintes medidas:
Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico
Controle de erosão e assoreamento
126
Manejo de vias de acesso
Controle de qualidade das águas
Manejo de bota fora
Programa de Manejo Ambiental do Meio Biótico
Controle de supressão de vegetação
Recomposição florestal e recuperação de áreas afetadas
Plano de Supervisão e Monitoramento Ambiental das Obras
Considerando as medidas propostas, trata-se de um impacto de vetor negativo, com
média probabilidade de ocorrência, de indução direta, todavia reversível e temporário. Dessa
forma, este impacto foi considerado como sendo de média magnitude e média significância.
Na matriz de consolidação encontram-se as demais características atribuídas a este
impacto.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 3.01 Indução de processos erosivos durante as obras
Componente: Cp.1.02 Relevo e Solos (terrenos)
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Média
Natureza
ADA
Magnitude
Duração
Temporário
Negativo
Direto
Média
Reversível
Não
Sim
Média
2.02 Alteração do risco de contaminação do solo durante as obras
Durante a fase de obras, serão transportados e manipulados produtos tóxicos de
elevado potencial de contaminação dos solos e das águas, como combustíveis, solventes, óleos
e outros insumos exigidos pelo porte do empreendimento.
A alteração do risco de contaminação do solo pode ocorrer de duas formas. Primeiro,
em função de eventuais acidentes durante o transporte desses produtos que ocasionem
vazamentos. Segundo, nos locais de manuseio e estocagem, a inexistência de mecanismos de
contenção (como bandejas e caixas separadoras), quando da ocorrência de acidentes, pode
aumentar o risco de contaminação.
A contaminação do solo poderá ser mais intensa nos terrenos estruturados em materiais
permeáveis, como aqueles observados nas áreas de topo, quando comparados com aqueles
estruturados sob as rochas basálticas.
127
Apesar da existência do risco e do potencial grau de alteração do mesmo, é de se
esperar que, caso ocorram acidentes com materiais perigosos, os impactos serão restritos e de
fácil mitigação. Serão adotados procedimentos preventivos nos canteiros de obra, como
impermeabilização das áreas de estocagem e manipulação de produtos com potencial
contaminante.
Os Programas Ambientais propostos para o controle do impacto em pauta são os
mesmos relacionados ao impacto anterior (Impacto 2.01), com destaque para o Plano de
Contigência do VLT.
De forma que este impacto foi considerado como sendo de baixa probabilidade de
ocorrência, sendo sua prevenção factível mediante a aplicação das medidas acima propostas.
Trata-se de um impacto de baixa magnitude e significância, cujas demais características estão
apresentadas em sua matriz de consolidação, a seguir.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 2.02 Alteração do risco de contaminação do solo durante as obras
Componente: Cp.1.03 Relevo e Solos (terrenos)
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Baixa
Natureza
ADA
Magnitude
Duração
Temporário
Negativo
Indireto
Baixa
Reversível
Não
Não
Baixa
3.0 Clima e qualidade do ar
3.01 Alteração na qualidade do ar durante as obras
Os veículos a serviço das obras, as atividades de terraplenagem e escavações, assim
como a operação dos canteiros são algumas das atividades que provocarão a suspensão de
poeira e aumento de material particulado no ar, influenciando em sua qualidade.
O transporte de materiais entre as áreas fonte de matéria prima e os locais de depósito
de material excedente costuma ser uma atividade com alto potencial de suspensão de poeira.
Em relação aos materiais pulverolentos, destaca-se que a não adoção das medidas
adequadas de estoque e manuseio também constitui outra atividade com potencial de
emissão de particulados no ar.
As emissões de gases por parte dos veículos e maquinários em geral também serão
responsáveis por alterações potenciais na qualidade do ar nas áreas de interferência direta das
obras. Durante a fase de instalação dos canteiros de apoio, assim como nas frentes de obra
desprovidas de energia elétrica, a utilização de grupos de geradores a diesel também é
considerada uma ação contaminante através da queima de combustível fóssil.
A magnitude da ocorrência deste impacto relaciona-se diretamente com a sazonalidade
climática, sendo que no verão, quando da ocorrência de chuvas e movimentos verticais na
atmosfera, a probabilidade de eventos críticos é menor. Já no período de estiagem, além da
128
pouca precipitação, verifica-se a baixa velocidade média dos ventos, o que dificulta a dispersão
dos poluentes por advecção.
Então, este tipo de impacto será restrito ao período de obras, desaparecendo durante a
operação do empreendimento. Sua mitigação está associada às ações de controle ambiental,
particularmente aquelas relacionadas ao controle de emissões atmosféricas, assim como às
medidas de comunicação social.
Trata-se de um impacto negativo, de incidência direta, com alta probabilidade de
ocorrência, porém reversível.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 3.01 Alteração na qualidade do ar durante as obras
Componente: Cp.1.03 Clima e Qualidade do ar
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Médio
Natureza
AID
Magnitude
Duração
Temporário
Negativo
Direto
Alta
Reversível
Não
Não
Baixa
3.02 Alteração na qualidade do ar durante a operação
A alteração da qualidade do ar durante a operação se dará principalmente pela redução
das quantidades de emissões de combustíveis fósseis, uma vez que o VLT é movido a energia
elétrica.
A redução na quantidade de veículos de transporte coletivo (ônibus) ao longo dos
traçados propostos poderá implicar situações de maior conforto ambiental, tanto pela
ausência de emissões quanto pela redução dos níveis de ruído ambiental.
Outro fator importante de ser mencionado é a melhoria significativa dos níveis de
serviço das vias utilizadas, com conseqüente incremento nas velocidades medidas de
deslocamento, particularmente no que se refere ao transporte público nas áreas centrais.
Quando da execução dos projetos executivos de engenharia, será possível a
quantificação em detalhe do total de emissões a serem reduzidas com a implantação do VLT.
Trata-se de um impacto positivo, de ocorrência direta, de alta significância e que irá se
manifestar ao longo de toda a vida útil do empreendimento, justificando, inclusive, a sua
implantação.
Na matriz de consolidação apresentam-se as demais características atribuídas ao
Impacto 3.02.
129
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 3.01 Alteração na qualidade do ar durante a operação
Componente: Cp.1.03 Clima e Qualidade do ar
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Médio
Natureza
AID
Magnitude
Duração
Temporário
Positivo
Direto
Certa
Reversível
Sim
Não
Alta
4.3.2 Impactos no Meio Biótico
4.0 Cobertura vegetal
4.01 Redução da cobertura vegetal
Conforme descrito anteriormente, os corredores propostos para a implantação do VLT
não irão interceptar áreas com vegetação contígua, assentando-se sobre áreas de urbanização
e vias de circulação já consolidadas.
Nesse contexto, são esperados impactos diretos ocasionados pela supressão de
vegetação mediante o corte de indivíduos isolados que porventura estiverem localizados nos
locais de implantação das retro-áreas e estações de transbordo e eventualmente nas áreas de
apoio. Poderá ainda ser realizado a poda seletiva como forma de minimizar efeitos negativos
sobre este componente.
A referida supressão da vegetação será irreversível e permanente. De toda forma, a
maioria das espécies que venham a ser suprimidas são exóticas, conforme apresentado na
seção de diagnóstico (ver seção 6.2.1). Os impactos indiretos estão relacionados à diminuição
do índice de área verde nas áreas interceptadas.
Em todo caso, poderão ser realizados programas de plantio compensatório nas áreas
urbanas e limítrofes aos traçados proporcionando a melhoria das condições de arborização.
Destaque para as medidas de controle de supressão de vegetação e recomposição das
áreas afetadas e também aquelas associadas à implantação do projeto paisagístico.
Este é um impacto considerado negativo, direto, irreversível, de baixa magnitude e
significância dadas as demandas do empreendimento. Sua abrangência espacial é restrita à
área de intervenção direta. Por outro lado, é plenamente passível de mitigação e controle por
parte das medidas propostas.
Os atributos deste impacto estão sintetizados em sua matriz de consolidação,
apresentada a seguir.
130
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 4.01 Redução da cobertura vegetal nativa
Componente: Cp.2.01 Cobertura vegetal
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Baixa
Natureza
ADA
Magnitude
Duração
Permanente
Negativa
Direto
Certa
Irreversível
Sim
Sim
Baixa
5.0 Fauna
5.01 Perturbação e afugentamento da fauna durante as obras
Este impacto está relacionado ao aumento da circulação por parte dos veículos
envolvidos nas atividades de obra e intervenções diretas a serem realizadas para a
implantação das estruturas inerentes ao VLT, como as estações de transbordo e retro-áreas.
Dentre as ações com maior potencial impactante, destacam-se as atividades de corte e
poda de vegetação, atividades de escavação e de terraplenagem, assim como aquelas que
exigem a utilização de maquinário pesado que serão responsáveis pelo aumento gradativo do
ruído e que implicarão em impactos diretos no que diz respeito à presença de indivíduos da
fauna nas áreas de intervenção.
O aumento do número e concentração de pessoas a serviço das obras também poderá
atrair animais domésticos, resultando, no aumento potencial da competição entre as espécies
da fauna terrestre. Alguns animais domésticos poderão ainda tornar-se fator de risco à
proliferação de doenças, como cães e gatos que são vetores.
Considerando que as obras de implantação se darão em áreas urbanas consolidadas,
onde a presença de fauna nativa é bastante restrita, este impacto é considerado como sendo
de baixa importância e baixa magnitude, conforme apresentado em sua matriz de
consolidação.
Não se exime, todavia, a necessidade da implantação de medidas de sinalização, bem
como aquelas associadas aos procedimentos de supressão de vegetação, particularmente no
que diz respeito à presença de ninhos. As medidas de comunicação e educação ambiental irão
complementar as atividades de mitigação do impacto em pauta.
Trata-se de um impacto negativo, de incidência direta com alta probabilidade de
ocorrência. São impactos temporários que cessarão ao final das atividades de obra, sendo que
não são esperados efeitos durante a fase de operação do VLT.
Apesar da alta probabilidade de ocorrência desses impactos, eles não foram qualificados
como cumulativos nem sinérgicos, sendo a sua significância considerada baixa, conforme já
mencionado.
131
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 5.01 Perturbação e afugentamento da fauna durante as obras
Componente: Cp.2.02 Fauna
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Baixa
Natureza
ADA
Magnitude
Duração
Permanente
Negativa
Direto
Alta
Reverssível
Não
Não
Baixa
4.3.3 Impactos no Meio Antrópico
6.0 Dinâmica demográfica e condições de vida
6.01 Geração de empregos diretos e indiretos durante a construção
O impacto em pauta está associado aos efeitos decorrentes da mobilização do
contingente de mão de obra durante a fase de construção do VLT.
Na fase atual dos estudos, é impossível estimar a quantidade de mão de obra direta a
ser empregada nas obras. Dadas as características e o porte do empreendimento em pauta,
espera-se, no entanto, que para cada posto direto de trabalho gerado, associem-se dois postos
indiretos.
Do total de trabalhadores empregados, estima-se que apenas 30% sejam qualificados,
sendo o restante de trabalhadores pouco qualificados que serão destinados ao trabalho
pesado da construção civil. Espera-se que os efeitos da geração de empregos diretos e
indiretos sejam mais intensos na sede urbana de Uberlândia, não se descartando a vinda de
parte da mão de obra de outras localidades próximas.
Trata-se de um impacto positivo e direto, todavia de caráter temporário. Sua magnitude
é média assim como sua significância. Será de suma importância a aplicação das medidas de
comunicação social e educação ambiental para a potencialização deste impacto. As demais
características do impacto em tela estão resumidas na matriz de consolidação apresentada a
seguir.
132
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 6.01 Geração de empregos diretos e indiretos durante a construção
Componente:Cp.3.01 – Dinâmica demográfica e condições de vida
Fase de Ocorrência: Planejamento/Construção
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Média
Natureza
AII
Magnitude
Duração
Temporário
Positivo
Dir/ind
Certa
Reversível
Sim
Sim
Média
6.02 Geração de empregos diretos e indiretos durante a operação
Dadas as características dos equipamentos a serem instalados e utilizados para
operação do VLT, haverá a demanda de profissionais com certo grau de qualificação, incluindo
engenheiros de transporte e segurança, especialista em sistemas de informação geográfica,
entre outros profissionais qualificados.
Os cargos que exigirem maior qualificação poderão ser ocupados por profissionais de
outras localidades, sendo a maioria dos postos de trabalho gerados provavelmente ocupados
por mão de obra regional.
Outros profissionais serão demandados para cumprirem funções operacionais, de
gerenciamento de tráfego, manutenção rotineira, limpeza, comunicação, fiscalização,
atividades de gerenciamento financeiro, entre outras funções.
Destaca-se, no entanto, que, diferentemente da etapa de construção, os empregos a
serem gerados durante a fase de operação serão permanentes.
É um impacto positivo, direto e permanente, cuja reversibilidade é função da vida útil do
empreendimento. É um impacto de média magnitude e média significância, em função do
porte do empreendimento.
As medidas de comunicação social poderão potencializar os efeitos positivos deste
impacto.
133
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 6.02 geração de empregos diretos e indiretos durante a operação
Componente: Cp.3.01 Dinâmica demográfica e condições de vida
Fase de Ocorrência: Operação
Ações Impactantes
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Média
Natureza
AII
Magnitude
Duração
Permanente
Positivo
Direto/Indireto
Certa
Reverssível
Sim
Sim
Média
6.03 Geração de expectativas da população sobre o empreendimento
Expectativas negativas e positivas poderão ser geradas em decorrência das notícias de
implantação do empreendimento.
No caso de Uberlândia, que já possui um histórico particular com obras relacionadas a
empreendimentos de transportes, é natural que surjam expectativas em relação ao projeto,
todavia, proporcional ao seu porte.
Expectativas positivas poderão ser igualmente geradas, principalmente pela
possibilidade da geração de empregos e dinamização das economias locais durante a fase de
construção (sobretudo) e operação.
No contexto fiscal, a implantação do empreendimento poderá gerar expectativas por
parte da comunidade política local e órgãos fiscalizadores interessados na captação de
impostos a serem pagos durante as fases do empreendimento
É um impacto de natureza negativa e positiva, de incidência direta, com probabilidade
de ocorrência certa, sendo seus efeitos controlados pelas medidas de comunicação social.
Trata-se de um impacto de média magnitude e média significância, conforme
apresentado na matriz de consolidação, a seguir.
134
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 6.03 Geração de expectativas da população sobre o empreendimento
Componente: Cp.3.01 Dinâmica demográfica e condições de vida
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/Curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Média
Natureza
AII
Magnitude
Duração
Temporário
Negativa e
Positiva
Direta
Certa
Reversível
Não
Não
Média
6.04 Incômodos devidos a alterações em acessos e travessias durante as obras
O porte do empreendimento proposto exige a circulação de veículos pesados que farão
o transporte de materiais até as frentes de obra, e destas até os locais de depósito de
materiais excedentes.
As matérias primas a serem utilizadas nas obras serão provenientes de fornecedores
locais devidamente licenciados para este fim, não havendo, portanto, a necessidade da
abertura de novas jazidas, particularmente de areia e brita.
Os caminhos existentes serão utilizados pelos veículos a serviço das obras, mormente
para o transporte de funcionários, maquinários e outros insumos industriais necessários.
Para a execução das escavações obrigatórias e implantação dos trilhos será necessária a
interrupção temporária do fluxo nas vias interceptadas, com implicações negativas para a
dinâmica do trânsito na cidade como um todo, haja visto que os traçados propostos
interceptam algumas das principais vias urbanas.
Neste aspecto, não se descarta a deterioração das vias diretamente afetadas, assim
como a diminuição dos níveis de serviço de vias próximas que deverão ser utilizadas como
alternativas de traçado.
Particularmente, deverão ser adotadas medidas de sinalização e comunicação para que
os usuários dos sistemas de transporte e circulação permaneçam cientes e prevenidos dos
transtornos a serem causados pelas obras.
Espera-se que, ao final das obras, as condições de acessibilidade sejam melhores que as
atuais, sendo que a magnitude deste impacto dependerá das ações de controle a serem
empreendidas pela construtora com base nos programas de prevenção e mitigação de
impactos.
É um impacto negativo, temporário e passível de mitigação de acordo com as medidas
propostas, sendo considerado como de alta magnitude e alta significância.
135
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 6.04 Incômodos devidos a alterações em acessos e travessias durante as obras
Componente: Cp.3.01 Dinâmica demográfica e condições de vida
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/Curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Alta
Natureza
AID
Magnitude
Duração
Temporário
Negativa
Direto
Baixa
Reversível
Não
Não
Alta
6.05 Incômodos devido à geração de ruídos e vibrações
Durante a etapa de construção do VLT, a geração de ruídos e vibrações irá aumentar
devido à movimentação de veículos pesados nas frentes de obra, com impactos indiretos
sobre a qualidade de vida e conforto da população residente nas imediações das intervenções.
A grande maioria das atividades de obra é geradora de ruídos, destaque deve ser dado,
todavia, àquelas associadas à utilização de máquinas de grande porte, especialmente as que
serão demandadas para a movimentação de terras; movimentação e transporte de materiais
até as frentes de obras e destes locais aos depósitos de material excedente; além de ruídos
comuns e inerentes às atividades a serem realizadas nas áreas de apoio às obras.
Na fase atual dos estudos e considerando os resultados apresentados no Diagnóstico do
Meio Físico, não estão previstas atividades com uso de explosivos para a implantação do VLT.
De acordo com a NBR 10151, que fixa as condições de exigíveis para avaliação da
aceitabilidade do ruído em comunidades, os níveis de ruído a serem admitidos durantes as
atividade de obra são os seguintes:
Área estritamente residencial urbana ou de hospitais
ou de escolas
Área mista, predominantemente residencial
Área mista, com vocação comercial e administrativa
Área mista, com vocação recreacional
Diurno
Noturno
50
45
55
60
65
50
55
55
Além da legislação incidente, cumpre considerar que o plano de trabalho a ser
desenvolvido para as obras terá por função apresentar os procedimentos de controle de ruído,
inclusive, com as diretrizes de segurança para os trabalhadores envolvidos diretamente com as
atividades geradoras de ruído (uso de equipamentos de segurança individual e coletivo). As
medidas de comunicação social, além de disponibilizarem informações sobre os
procedimentos operacionais das obras, irão oferecer um mecanismo de consulta e
reclamações, o que poderá atenuar os efeitos desse impacto.
136
Apesar das previsões iniciais indicarem que os padrões de ruído serão atendidos na
maior parte do tempo, a natureza das atividades de construção implica que níveis de ruído
fora dos limites permitidos poderão ocorrer de forma pontual, restrito a certas localidades e
períodos de tempo.
De forma semelhante, o uso de maquinário pesado poderá gerar vibrações, com
potencial de impactos ao patrimônio edificado, onde não se descarta a ocorrência de trincas e
outros tipos de danificações. Destaque para as atividades de construção dos pavimentos e subpavimentos que demanda uso de rolos compactadores com alto potencial de causar este tipo
de impacto.
Cabe ainda destacar que, durante a operação do VLT, tais impactos terão efeito
contrário, uma vez que o sistema de transporte com veículos pesados (ônibus) será substituído
a partir da utilização de Veículo Leve, com baixo potencial de geração de ruído. No que tange
às vibrações, as tecnologias e materiais disponíveis para a execução dos trilhos e cruzamentos
em diferentes tipos de pavimentos, proporcionam-se efeitos particularmente positivos sobre a
geração de vibrações.
Complementarmente, o plano de monitoramento ambiental das obras e operação será
posto em prática a fim de garantir que os níveis de ruído sejam aqueles compatíveis com a
legislação incidente, assim como garantir que as vibrações causadas não impliquem em danos
ao patrimônio edificado. No caso da ocorrência dos mesmos, um plano de ação deverá ser
desenvolvido de forma a indicar a relação real com as atividades de obra e as possibilidades de
compensação.
Por fim, é preciso frisar que o traçado proposto, em especial a Linha Lilás, irá interceptar
áreas de patrimônio histórico tombado, a exemplo da Praça Tubal Vilela e edificações
localizadas no bairro Fundinho. Quando da definição dos projetos executivos, será possível
prever em detalhe a dimensão das interferências e, assim, desenvolver medidas de prevenção,
controle e compensação de qualquer impacto de caráter negativo que venha a ocorrer.
As características atribuídas a este impacto estão sintetizadas em sua matriz de
consolidação, apresentada a seguir.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 6.05 Incômodos devidos geração de ruídos e vibrações
Componente: Cp.3.01 Dinâmica demográfica e condições de vida
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/Curto
Magnitude
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Média
Natureza
ADA
Duração
Temporário/Permanente
Negativa e
Positiva
Direto
Certa
Reversível
Não
Não
Média
137
7.0 Atividades econômicas e finanças públicas
7.01 Aumento das receitas fiscais durante a construção e a operação
Uma grande variedade de ações a ser realizada para a implantação do VLT implicará a
geração de receitas por parte do município de Uberlândia. Além das receitas a serem
arrecadadas diretamente pelos cofres do município, existem aquelas a serem repassadas de
forma indireta pela esfera estadual e federal.
Em alguns casos haverá arrecadação de Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis
(ITBI), de competência impositiva do município da situação dos bens imóveis a eles relativos
(art. 156, § 2º, II da Constituição Federal), uma vez que as terras onde serão implantadas as
estruturas inerentes ao empreendimento são de posse do empreendedor.
No município ainda haverá o aumento do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza
(ISS e ISSQN) em todas as etapas da fase construtiva. Esta alíquota varia entre 2 e 5% do valor
total dos serviços declarados em contrato, ficando a cargo do município a sua definição.
Outras atividades implicarão a arrecadação de ICMS, conforme explicitado no Decreto
Estadual N° 43.080, de 13 de dezembro de 2002.
Outras fontes de receitas derivarão de produtos e serviços terceirizados contratados
pela construtora. Na esfera da União, destacam-se o IPI, IPVA, CIDE e IRRF e outros encargos
sociais provenientes da contratação de mão de obra (PIS, COFINS, CLLS). Dos impostos que
incidem sobre renda e outros proventos (IRRF, IRPJ) e produtos industrializados, 23% são
repassados ao Fundo de Participação dos Municípios (Artigo 159 da Constituição Federal).
Caso haja registros de veículos no território do município, esse tem direito a 50% do
IPVA. Em relação à CIDE, 29% do total arrecadado serão repassados ao estado de Minas
Gerais, sendo o restante do município.
O incremento das receitas será mais intenso durante a fase de construção. Espera-se
que o aumento das receitas provoque investimentos em infra-estrutura e necessidades mais
emergenciais deste município. De forma indireta, também será beneficiada a instância
estadual.
Para otimizar este impacto positivo, estão previstas medidas de comunicação social, de
forma que este impacto foi qualificado como sendo de natureza positiva, incidência indireta,
cuja probabilidade de ocorrência é certa. É um impacto de alta magnitude e alta significância,
sendo suas demais características apresentadas na matriz de consolidação, a seguir.
138
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 7.01 Aumento das receitas fiscais durante a construção e a operação
Componente: Cp.3.02 Atividades economias e finanças públicas
Fase de Ocorrência: Implantação e Operação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/Curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Alta
Natureza
AII
Magnitude
Duração
Médio/Longo
Positiva
Indireto
Certa
Reversível
Sim
Sim
Alta
7.02 Dinamização das economias locais durante a construçãoA dinamização das
economias locais durante a fase de construção está associada ao aumento da massa salarial e
moeda corrente na economia municipal.
O incremento da massa salarial no município irá aumentar o poder de compra dos
consumidores, movimentando a economia local em termos quantitativos. Espera-se, assim,
incremento das atividades de prestação de serviços e materiais de construção, o que
movimentará o comércio local.
Materiais e serviços com maior especificidade técnica tenderão a ser adquiridos fora do
município. É um impacto positivo, de incidência indireta, todavia temporário, sendo restrito ao
período de obras do VLT. Considerando o montate de trabalhadores a serem empregados e o
porte do empreendimento, trata-se de um impacto de média magnitude e média significância.
Caberá às medidas de comunicação social otimizarem as características positivas desse
impacto.
Na matriz de consolidação apresentada a seguir, estão sintetizadas as demais
características do Impacto 7.02.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 7.02 Dinamização das economias locais durante a construção
Componente: Cp.3.02 Atividades economias e finanças públicas
Fase de Ocorrência: Planejamento e Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/Curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Média
Natureza
AII
Magnitude
Duração
Temporário
Positiva
Direta
Certa
Reversível
Sim
Sim
Média
139
7.03 Desaquecimento das economias locais ao final da fase de construção
Com o final das obras e o início da operação do empreendimento, tanto as receitas
fiscais quanto a massa salarial sofrerão diminuições, provocando efeitos contrários àqueles
citados no Impacto 7.02.
Espera-se que, com a diminuição do número de trabalhadores, ocorra a diminuição da
demanda por bens e serviços, o que provocará a reorganização das economias locais.
Em função das medidas a serem adotadas pelo empreendedor na fase pré-construtiva, é
possível que grande parte dos novos investimentos seja planejada prevendo-se sua
descontinuidade, diminuindo os efeitos negativos deste impacto.
Dessa maneira, a intensidade desses impactos será tanto maior quanto for a intensidade
do Impacto 7.02, ou seja, quanto maior for o crescimento da economia na fase de construção,
maiores serão os impactos de desaceleração com o fim das obras.
Não se descarta, no entanto, que em função do porte da cidade de Uberlândia, e suas
características eminentes voltadas à prestação de serviços, que a operação do VLT implique
processos de reformulação das atividades urbanas, com impactos positivos na economia.
De forma semelhante, a prevenção de efeitos negativos ficará a cargo das medidas de
comunicação social que objetivam otimizar as características positivas desse impacto.
O Impacto 7.03 foi tratado, no âmbito desta avaliação, como sendo de baixa magnitude
e baixa significância. As demais características são apresentadas na matriz de consolidação a
seguir.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 7.03 Desaquecimento das economias locais ao final da fase de construção
Componente: Cp.3.02 Atividades economias e finanças públicas
Fase de Ocorrência: Final da Implantação/Operação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/Curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Baixa
Natureza
AII
Magnitude
Duração
Temporário
Negativo
Indireto
Alta
Reversível
Sim
Sim
Baixa
8.0 Uso e ocupação do solo
8.01Substituição de usos nas áreas de intervenção
Este impacto está relacionado às áreas a serem ocupadas pelos componentes da VLT. A
implantação das estruturas permanentes e de suas áreas de apoio durante a fase de
construção constitui em ações indutoras de substituição de uso e ocupação do solo. Eventuais
necessidades de intervenção nos caminhos de acesso e redes de infraestrutura provocarão
impactos igualmente previsíveis.
140
No que se refere à operação do empreendimento, a valorização/desvalorização do solo
urbano causará efeitos de alteração de uso e ocupação, que somente poderão ser
comprovados através do monitoramento durante esta fase.
Em função das demandas diminutas de supressão da vegetação, não são esperadas
alterações de cobertura vegetal significativa, sendo considerada ainda a possibilidade de
plantio compensatório para as espécies suprimidas.
Trata-se, de fato, de um impacto cuja natureza é positiva e negativa, de incidência
indireta, com probabilidade certa de ocorrência, sendo suas demais características
apresentadas na matriz de consolidação a seguir.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 8.01 Substituição de usos nas áreas de intervenção
Componente: Cp.3.03 Uso e ocupação do solo
Fase de Ocorrência: Implantação/Operação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Longo
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Média
Natureza
AID
Magnitude
Duração
Permanente
Negativa e
Positiva
Direto
Certa
Irreversível
Sim
Sim
Média
9.0 Infraestrutura e serviços públicos
9.01 Apropriação da capacidade e deterioração das vias locais por veículos a serviço das
obras
O tipo de obra que o empreendimento exige implicará o uso constante de veículos
pesados e equipamentos de grande porte, com potencial de danificar os caminhos de acessos
comuns, inclusive com interrupções temporárias no trânsito, conforme já mencionado.
O tráfego intenso e o peso dos veículos a serviço das obras são fatores potenciais de
deterioração das vias de acesso. Além do uso, as intervenções para a readequação dos acessos
poderá causar processos erosivos que, mesmo que em pequenas dimensões, poderão
comprometer a qualidade dos leitos carroçáveis, além de gerar impactos sobre os sistemas de
drenagem e canais fluviais.
Cumpre registrar, porém, que os principais caminhos a serem utilizados pelos veículos a
serviço das obras localizam-se nas áreas centrais da cidade. As vias nas imediações
provavelmente serão comprometidas, com seus níveis de serviço viário deteriorados, como as
avenidas paralelas à Floriano Peixoto, assim como as pistas de rolamento das avenidas
Anselmo Alves dos Santos e Rondon Pacheco.
Medidas de sinalização e comunicação social, assim como aquelas inerentes à
engenharia de segurança das obras serão de fundamental importância para contornar os
efeitos negativos deste impacto.
141
Trata-se de um impacto de temporário, com abrangência geográfica na AII do
empreendimento, sendo, portanto, considerado como de média magnitude. A probabilidade
de ocorrência de deterioração do pavimento e capacidade da via pode ser considerada como
média. Este impacto de incidência indireta é plenamente reversível quando considerada a
aplicação das medidas citadas. Considera-se baixa a sua significância.
Espera-se que o final das obras e início de operação do sistema, as condições de tráfego,
assim como das vias, apresentem melhoras dos níveis de serviço.
Na matriz de consolidação apresentada a seguir, estão as demais características desse
impacto.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 9.01 Apropriação da capacidade e deterioração das vias locais por veículos a serviço das
obras
Componente: Cp.3.04 Infraestrutura e serviços públicos
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Curto/Médio
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Média
Natureza
AII
Magnitude
Duração
Temporário
Negativo
Indireto
Média
Reversível
Não
Não
Baixa
9.02 Geração e risco de disposição inadequada de resíduos sólidos durante as obras
Durante a etapa de obras do VLT, as atividades construtivas e a operação dos canteiros
de obra irão produzir resíduos sólidos dos mais variados tipos, incluindo restos de entulho,
vergalhões, resíduos domésticos, resíduos de materiais hospitalares, restos de EPIs, além de
embalagens residuais contaminadas com óleos, graxas e combustíveis, entre outros.
A construtora será a responsável pela implantação de sistemas adequados de coleta e
disposição desses resíduos, promovendo, sempre que possível, a separação dos recicláveis.
Não se descarta, no entanto, a possibilidade da ocorrência de disposição inadequada de
resíduos nos locais de intervenção e junto aos cursos d’água e/ou sistemas de drenagem que
poderão ser eventualmente contaminados, sobretudo por solventes, graxas e óleos
combustíveis. Todas essas ocorrências apresentam potencial de degradar a qualidade dos
recursos naturais na escala local.
Teoricamente, os resíduos devem ser coletados já separados e transportados para um
aterro licenciado.
142
A correta aplicação das medidas de manejo de resíduos sólidos não exime o caráter
negativo da geração e risco de disposição inadequada de resíduos nas frentes de obra. Indica,
no entanto, que a sua reversibilidade é plenamente possível. Trata-se de um impacto
temporário e restrito à ADA, o que configura a sua baixa magnitude. A incidência deste
impacto é tida como indireta e sua probabilidade de ocorrência é média. O Impacto 9.02 foi
considerado como sendo de baixa significância dado a eficácia reconhecida das ações de
controle de resíduos.
Complementarmente, será de fundamental importância a aplicação das medidas de
comunicação social e educação ambiental.
Na matriz de consolidação apresentam-se as demais características desse impacto.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 9.02 Geração e risco de disposição inadequada de resíduos sólidos durante as obras
Componente: Cp.3.04 Infraestrutura e serviços públicos
Fase de Ocorrência: Implantação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/Curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
Significância
Baixa
Natureza
ADA
Magnitude
Duração
Temporário
Negativo
Indireto
Média
Reversível
Não
Não
Baixa
9.03 Ampliação da oferta de transporte no sistema urbano
Este será um dos principais impactos positivos do empreendimento, sendo a sua
justificativa fundamental.
Em conjunto com outros sistemas de transporte já implantados e/ou em implantação na
cidade de Uberlândia, como o BRT, por exemplo, este impacto tende a aumentar a
disponibilidade da oferta no sistema.
A operação do empreendimento deverá contribuir com a ampliação da capacidade de
suporte do sistema atual, garantindo, inclusive, o atendimento às demandas futuras conforme
apresentado ao longo deste documento.
Deverá incrementar a eficiência do sistema e a confiança de investidores no município
como um todo. A ampliação da oferta de transporte poderá garantir o crescimento das
atividades econômicas além de auxiliar nas metas do projeto de universalização dos acessos à
cidade e à mobilidade urbana. Vale ainda lembrar que durante a fase de obras, serão geradas
receitas municipais importantes para o município de Uberlândia.
As medidas de comunicação social deverão informar a população sobre os benefícios do
empreendimento, potencializando os seus objetivos. Durante a fase de operação, será
necessária a adoção criteriosa de um plano de contingência, o que garantirá o pleno
funcionamento do empreendimento como um todo.
143
Este é um impacto positivo, de alta magnitude, de manifestação direta e de abrangência
difusa, uma vez que beneficiará o município. É considerado como de alta significância.
A matriz apresentada a seguir consolida as qualificações do Impacto 9.03.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 9.03 Ampliação da oferta de transporte no sistema urbano
Componente: Cp.3.04 Infraestrutura e serviços públicos
Fase de Ocorrência: Operação
Temporalidade
Positiv
o
Permanente
Alta
Dir
eto
Cer
ta
Rever
sível
Sinérgico
Significância
Imediato/Curto
Cumulativo
Duração
Probabilidade
de Ocorrência
Incidência
Natureza
AII
Manifestação
Magnitud
e
Reversibilidad
e
Localiz
ação
Sim
Si
m
Alta
10.0 Paisagem
10.01 Alterações na paisagem durante a construção e a operação
As alterações na paisagem na ADA do VLT serão iniciadas durante a fase de instalação
dos canteiros de obra e áreas de apoio, e se prolongarão durante toda a fase de construção.
Dentre as ações com maior potencial impactante, destaca-se a limpeza das áreas, a
demarcação das áreas de intervenção dos traçados, a construção das estações de transbordo e
implantação das retro-áreas.
Do conjunto de alterações na paisagem, cabe diferenciar aquelas que terão caráter
provisório daquelas que permanecerão definitivamente no local. As atividades de obra serão
temporárias, incluindo o aumento da circulação nas vias de acesso do entorno, em função das
necessidades de interrupção do tráfego local.
As alterações permanentes serão aquelas associadas às novas estruturas que irão
compor o espaço urbano e que são inerentes ao funcionamento do sistema, de sorte que
passarão a compor o conjunto de formas urbanas e o padrão de organização social do espaço.
O controle deste tipo de impacto é difuso, todavia cabe considerar as medidas de
comunicação social que deverão auxiliar a população e os demais atores sociais a
compreenderem o processo.
De modo que este impacto apresenta alta magnitude e alta significância. Além de sua
incidência direta, trata-se de um impacto irreversível, de probabilidade de ocorrência certa e
que pode apresentar efeitos cumulativos e sinérgicos.
A seguir, apresenta-se a matriz de consolidação do impacto resultante sobre a
paisagem.
144
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 10.01 Alterações na paisagem durante a construção e a operação
Componente: C.p3.05 Paisagem
Fase de Ocorrência: Implantação e Operação
Temporalidade
Localização
Manifestação
Imediato/Curto
Incidência
Probabilidade de
Ocorrência
Reversibilidade
Cumulativo
Sinérgico
ISignificância
Alta
Natureza
AID
Magnitude
Duração
Permanente
Negativo e
Positivo
Direto
Certa
Reversível
Sim
Sim
Alta
145
CAPÍTULO V
Definição das áreas de
influência do empreendimento
146
Com base nas informações sobre as dinâmicas dos componentes ambientais e a partir
dos resultados das análises de impacto ambiental, foram definidas as áreas de influência do
empreendimento.
Trata-se de um aspecto básico na condução dos Estudos de Impacto Ambiental. Na
prática, tal procedimento constitui-se na definição das unidades espaciais de análise adotadas
nos estudos, norteando não apenas a elaboração do diagnóstico ambiental, mas
principalmente a avaliação dos impactos ambientais potencialmente decorrentes do
planejamento, da implantação e da operação do empreendimento.
Cabe destacar que a delimitação proposta neste estudo não levou em conta somente o
caráter espacial dos componentes socioambientais identificados e descritos, ou seja, somente
a sua dimensão geográfica. Por outro lado, procurou-se utilizar critérios outros, inerentes ao
conceito de escala, que envolvem o seu caráter operacional e, por conseguinte, apresentam
níveis de resolução dos problemas compatíveis com a magnitude e ordem de relações entre as
variáveis envolvidas (tanto as de ordem física quanto as de natureza social, econômica e
política). Nesse sentido, o conceito de escalas de trabalho aqui adotado, permite reconhecer
não só a natureza estática das áreas de influência, mas também como se desenvolvem as
interações entre elas que, de fato, são responsáveis pela estruturação orgânica do espaço
geográfico estudado – o município de Uberlândia
Atendendo a essa diretriz geral, e em conformidade com os aspectos legais vigentes,
foram identificados dois níveis de influência do empreendimento, nos quais as características
particulares dos meios físico, biótico e socioeconômico foram tratadas e diferenciadas.

AID – Área de Influência Direta

AII – Área de Influência Indireta
Conforme já mencionado, em relação ao componente metodológico, as pesquisas que
subsidiaram a elaboração do diagnóstico foram delimitadas pelo conceito de Área de Estudo e
Área Diretamente Afetada (ADA), apresentadas no início deste capítulo.
A seguir, apresenta-se a descrição sumária das áreas de influência definidas para as
obras de implantação e operação do VLT.
AII
A Área de Influência Indireta é definida em função da susceptibilidade potencial aos
impactos indiretos derivados das ações de planejamento, instalação e operação do
empreendimento.
As características físicas e bióticas, assim como os impactos potenciais sobre esses
componentes, têm, tipicamente, padrões de distribuições espaciais diferentes quando
comparadas às características socioeconômicas. Dessa forma, diferentes limites da Área de
Influência Indireta foram adotados.
Conforme sugerido no Artigo 5º da Resolução CONAMA Nº 1/86, foi estabelecido como
AII dos meios físico e biótico, a área de drenagem da margem direita do rio Uberabinha,
compreendida entre a foz do córrego São Pedro (inclusive) e a foz do córrego da Tabocas
(inclusive). Soma-se a esta área a bacia do córrego Buriti, afluente da margem esquerda do rio
Araguari, particularmente as micro bacias de seus afluentes do alto curso, ou seja, os córregos
São José e Perpétua.
Para os impactos relacionados ao meio socioeconômico, definiu-se como AII o município
de Uberlândia.
147
AID
A Área de Influência Direta (AID) constitui o espaço sujeito aos impactos diretos
decorrentes da implantação e operação do empreendimento, que potencialmente poderão vir
a alterar a qualidade e o estado de conservação do ambiente.
Para este estudo foi definido que a Área de Influência Direta do VLT engloba as
estruturas da ADA, acrescida de um buffer de 500 m. Esta área contempla os locais que
poderão sofrer os impactos diretos da implantação e operação do sistema.
Na Figura 6.a, apresenta-se a delimitação das Áreas de Influência do Empreendimento.
148
CAPÍTULO VI
Proposta para a elaboração
do Plano Básico Ambiental
149
Apresenta-se, a seguir, uma proposta sumária para a execução de um Plano Básico
Ambiental que servirá para prevenção, controle, mitigação e compensação dos impactos
negativos inerentes ao empreendimento, assim como para propor medidas de potencialização
dos efeitos positivos decorrentes das suas diferentes fases de implantação.
Este Plano provavelmente sofrerá alterações futuras quando da disponibilização dos
projetos executivos de implantação do sistema e deverá ser detalhado em acordo com o rito
processual normal de licenciamento ambiental, ou seja, quando da obtenção da respectiva
Licença de Operação. Em todo caso, constitui esforços de linha base que poderão orientar
e/ou subsidiar as ações futuras no sentido de garantir o balanço ambiental positivo da
implantação do VLT no município de Uberlândia/MG.
O desenho proposto para o Plano Básico Ambiental foi traçado considerando a
identificação dos impactos potenciais, apresentados na seção anterior. A estruturação do
Plano buscou garantir ao mesmo tempo concisão e abrangência suficientes para contemplar
todos os impactos significativos, diretos e indiretos do empreendimento.
O conjunto de medidas abarca todo o escopo do empreendimento, em suas várias
etapas de implementação, incluindo desde o planejamento, as fases construtivas e a operação
da VLT.
Cabe registrar que o cumprimento do Plano Básico Ambiental será de responsabilidade
do empreendedor e de seus contratados, configurando, portanto, compromissos vinculados ao
licenciamento ambiental e funcionamento regular do empreendimento.
Para cumprir os objetivos acima mencionados, o Plano Básico Ambiental foi estruturado
da seguinte forma, como demonstrado Tabela 6.a.
Tabela 6.a
Proposta de Estrutura do Plano Básico Ambiental
Plano Básico Ambiental
Medidas
M1.01 Controle de erosão e assoreamento
M1.02 Manejo de instalações auxiliares
M1.03 Manejo de vias de acesso
M1.04 Controle de emissões atmosféricas
P1 – Programa de Manejo Ambiental do Meio
M1.05 Controle de qualidade das águas
Físico
M1.06 Manejo de resíduos sólidos
M1.07 Manejo de bota fora
M1.08Sinalização
M1.09 Controle de derrames
M2.01 Controle de supressão de vegetação
M2.02 Recomposição florestal e recuperação de
P2 – Programa de Manejo Ambiental do Meio áreas afetadas
Biótico
M2.03 Compensação ambiental
M2.04 Monitoramento, captura e deslocamento
de fauna
M3.01 Comunicação social
P3 – Programa de Manejo Ambiental do Meio M3.02 Educação ambiental
Socioeconômico
M3.03 Capacitação e monitoramente em saúde e
segurança do Trabalho
P4 – Plano de Supervisão e Monitoramento Ambiental das Obras
P5 – Plano de Contingência do VLT
Componente
A seguir, são descritas sucintamente as propostas no âmbito deste Plano Básico
Ambiental.
150
6.1 Programas de Manejo Ambiental
Conforme colocado, a formulação do Plano de Manejo Ambiental proposto para o VLT
Uberlândia foi definida em função dos resultados obtidos durante o processo de identificação
e avaliação de impactos e considerando as medidas pertinentes para prevenir, mitigar e
compensar os efeitos sobre os componentes do meio físico, biótico e socioeconômico.
Para tanto, este Plano deverá ser entendido como uma ferramenta dinâmica, variável no
tempo, o qual deverá ser atualizado conforme as demandas de implantação e operação do
projeto. Isto implica que o empreendedor deverá ter um compromisso com o melhoramento
contínuo dos aspectos ambientais na área afetada direta e indiretamente, pelo projeto em
pauta.
O Plano de Manejo Ambiental está estruturado em Programas Ambientais conforme os
componentes passíveis de receberem impactos do empreendimento, a saber:
- Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico
- Programa de Manejo Ambiental do Meio Biótico
- Programa de Manejo Ambiental do Meio Socioeconômico
Objetivos
O Plano foi desenvolvido baseado nos seguintes objetivos:
- Prevenir, mitigar, compensar os impactos ambientais decorrentes da implantação e
operação do projeto
- Assegurar o cumprimento das exigências legais vigentes
Alcance
A abrangência espacial do Plano de Manejo Ambiental se limita às áreas de influência
direta e indireta do Projeto. Em relação ao fator temporal, a maioria das ações propostas é
referente à fase de implantação, uma vez que grande parte dos impactos será temporária. Em
todo caso, medidas de monitoramento também deverão ser previstas para os primeiros anos
de operação, de forma a acompanhar aqueles efeitos negativos que poderão ser permanentes
e/ou de longo prazo.
P1 - Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico
O Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico tem por objetivo prevenir, mitigar e
compensar os possíveis impactos ambientais no meio físico, que eventualmente possam
ocorrer em função das atividades construtivas e de operação do VLT.
No âmbito desse Programa, são apresentadas medidas factíveis a serem implementadas
em conjunto para cumprir com os objetivos supramencionados. Sua execução poderá ser feita
por empresas terceirizadas, desde que aprovadas pelo empreendedor e em conformidade com
a legislação vigente.
O Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico contempla as seguintes medidas, cujos
objetivos estão resumidos na Tabela 6.1.a, a seguir.
151
Quadro 6.1.a
Medidas e objetivos gerais do P1 - Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico
Medidas
M1.01 Controle de erosão e assoreamento
M1.02 Manejo de instalações auxiliares
M1.03 Manejo de vias de acesso
M1.04 Controle de emissões atmosféricas
M1.05 Controle de qualidade das águas
M1.06 Manejo de resíduos sólidos
M1.07 Manejo de bota fora
M1.08 Sinalização
M1.09 Controle de derrames
Objetivos Gerais
Evitar/minimizar a ocorrência de processos de
erosão, desestabilização de solos que poderiam
comprometer a estrutura dos componentes do
projeto e a qualidade ambiental do entorno,
assim como prevenir, monitorar e remediar
processos de aporte de sedimentos em canais
hídricos e áreas do entorno.
Estabelecer medidas para prevenir e mitigar os
impactos decorrentes da operação das instalações
auxiliares, como canteiro de obras e instalações
sanitárias.
Prevenir e mitigar os impactos potenciais
decorrentes da abertura de novos acessos e
adequação de acessos existentes.
Estabelecer medidas de proteção da qualidade do
ar decorrentes da suspensão de particulados e
emissões de máquinas e equipamentos a serviço
das obras.
Estabelecer medidas de prevenção e mitigação de
impactos sobre a qualidade das águas superficiais
e subterrâneas
Minimizar qualquer impacto adverso sobre a
saúde humana e ambiente originados pela
geração, manipulação e disposição de resíduos
sólidos gerados pelas atividades do projeto.
Prevenir e mitigar quaisquer efeitos que poderão
ocorrer durante a disposição de material
excedente.
Oferecer estrutura de sinalização interna e nos
caminhos de acesso às obras de forma a informar
os trabalhadores da obra e terceiros sobre as
atividades desenvolvidas.
Minimizar a probabilidade de derrames acidentais
e suas conseqüências.
P2 - Programa de Manejo Ambiental do Meio Biótico
Esta seção apresenta as medidas que permitirão prevenir, mitigar e compensar os
possíveis efeitos sobre a flora e fauna que possam vir a ocorrer em decorrência da implantação
e operação do VLT.
Para se garantir os objetivos deste Programa, foram propostas atividades específicas de
manejo ambiental do meio biótico, com objetivos específicos direcionados aos componentes
supracitados. Esta característica, todavia, não exclui a necessidade do desenvolvimento
conjunto de tais medidas com aquelas propostas no âmbito dos demais Programas deste Plano
Básico Ambiental.
Este Programa deverá ser implantado pelo empreendedor e/ou por empresas
terceirizadas legalmente licenciadas para esta atividade.
O Plano de Manejo Ambiental do Meio Biótico contempla as seguintes medidas, cujos
objetivos estão resumidos na Tabela 7.1.b, a seguir.
152
Tabela 6.1.b
Medidas e objetivos gerais do P2 - Programa de Manejo Ambiental do Meio Biótico
Medidas
M2.01 Controle de supressão de vegetação
M2.02 Recomposição florestal e recuperação de
áreas afetadas
M2.03 Compensação ambiental
M2.04 Monitoramento, captura e deslocamento
de fauna
Objetivos Gerais
Prevenir e mitigar a supressão desnecessária da
vegetação e garantir a adoção de medidas que
minimizem os impactos sobre a flora
Estabelecer medidas que visem a recomposição
da vegetação nas áreas de intervenção direta,
evitar processos erosivos e proporcionar
ambientes para a fauna. Tem ainda por objetivo
garantir a recuperação ambiental das áreas que
possam vir a ser degradadas
Compensar os impactos negativos permanentes e
irreversíveis decorrentes da supressão da
vegetação
Prevenir, controlar e mitigar os impactos sobre a
fauna decorrentes das atividades de implantação
do empreendimento
P3 - Programa de Manejo Ambiental do Meio Socioeconômico
De maneira semelhante aos demais programas de manejo apresentados anteriormente,
o Programa e Manejo Ambiental do Meio Socieconômico tem por objetivo prevenir e mitigar
os impactos adversos decorrentes da implantação e operação do VLT.
Dentre seus objetivos específicos, o presente Programa visa a informar a população em
geral e os grupos de interesse sobre as características do empreendimento e proporcionar um
mecanismo de consulta e reclamação por parte dos interessados.
Visa, ainda, a cumprir com as determinações legais que o porte do empreendimento
exige. Por outro lado, algumas medidas propostas no âmbito deste Programa têm o caráter de
reforçar os impactos positivos do projeto, tais como a geração de empregos diretos e indiretos
e o aumento da oferta de disponibilidade no transporte público.
A área de abrangência deste Programa extrapola as áreas de intervenção direta do
empreendimento, contemplando os componentes do meio socioeconômico que serão
indiretamente atingidos pela implantação e operação do sistema, ou seja, a população do
entorno, o município de Uberlândia e as demais entidades civis interessadas.
Ficará a cargo do empreendedor a execução do Programa de Manejo Ambiental do Meio
Socioeconômico, sendo possível a contratação de empresa terceirizada especializada em suas
atividades.
Na Tabela 6.1.c estão elencadas as principais medidas propostas no âmbito deste
Programa, com seus respectivos objetivos gerais
153
Tabela 6.1.c
Medidas e objetivos gerais do P3 - Programa de Manejo Ambiental do Meio Socioeconômico
Medidas
M3.01 Comunicação social
M3.02 Educação ambiental
M3.03 Monitoramento e capacitação em saúde e
segurança do trabalho
Objetivos Gerais
Estabelecer os procedimentos de comunicação
social e informar a população e grupos de
interesse sobre as características do projeto do
VLT. Estabelecer um mecanismo de reclamação e
sugestões.
Capacitar a população do entorno, grupos de
interesse e trabalhadores envolvidos com as
atividades de obra a respeito das questões
ambientais
Garantir a implementação de ações que previnam
a ocorrência de acidentes de trabalho e demais
tipos de ocorrências vinculadas à transmissão de
doenças
infecto-contagiosas.
Garantir
as
condições de saúde dos trabalhadores envolvidos
com as atividades de obra, assim como dos
ambientes de trabalho.
P4 - Plano de Supervisão e Monitoramento Ambiental das Obras
O Plano de Supervisão e Monitoramento Ambiental das Obras será a principal
ferramenta de gestão ambiental das obras. Dentre os seus principais objetivos destacam-se:

Monitorar o andamento das obras e verificar a implantação das medidas de
prevenção, controle e mitigação de impactos previstas neste PBA.

Identificar e notificar a ocorrência de impactos ambientais e situações de riscos
ambientais iminentes decorrentes das atividades de obra.

Produzir provas documentais dos fatos, com especial atenção à implantação das
medidas de prevenção, controle e mitigação de impactos.

Analisar as alterações reais decorrentes das atividades de obras a partir do registro
prévio dos locais de intervenção.

Indicar a responsabilidade pela ocorrência de impactos e propor as medidas
compatíveis para sua resolução.
A execução da supervisão e monitoramento ambiental das obras poderá ficar a cargo,
de preferência, de empresa terceirizada a ser contratada para a avaliação e registro das
atividades indicadas no presente PBA.
P5 - Plano de Contingência do VLT
O Plano de Contingência do VLT é um documento interno que será utilizado como guia
no caso de emergência ou eventos fortuitos tais como desastres naturais e acidentes
ambientais. O Plano está desenhado para se por em prática ações imediatas quando
verificadas situações emergenciais que necessitem a sua aplicação.
Em termos gerais, este Plano tem a intenção de apresentar as medidas de prevenção e
ação de resposta imediata ante a situações de contingência, para controlar de maneira
oportuna e eficaz eventos que possam ocorrer durante a implantação e operação da VLT.
Visa prevenir e mitigar os danos causados por desastres e/ou acidentes ambientais,
cumprindo com os procedimentos técnicos de controle de segurança.
154
Dentre seus objetivos específicos, destacam-se:




Identificar áreas mais vulneráveis a acidentes/desastres, estabelecendo medidas
e ações correspondentes.
Estabelecer ações de controle e resgate durante e após a ocorrência de eventos.
Garantir a integridade física dos trabalhadores envolvidos com as atividades de
obra e terceiros.
Minimizar eventuais impactos sobre o meio ambiente.
155
CAPÍTULO VII
Considerações finais provisórias
156
Com o objetivo de permitir uma consistente análise de viabilidade ambiental do
empreendimento VLT Uberlândia, este documento compila as informações e resultados
obtidos com a realização do diagnósico ambiental da Área de Esudo definida para a condução
das investigações sócio-ambientais.
Na identificação e avaliação dos impactos potenciais do empreendimento, foram
analisados os componentes ambientais e ações impactantes inerentes a cada fase do projeto,
conforme apresentado na seção 6.4. No total, foram identificados 21 impactos,sendo 6
incidentes sobre o meio físico, 2 sobre o meio biótico e 13 sobre o meiosocioeconômico.
Em função do porte e magnitude dos impactos identificados, a equipe técnica definiu as
áreas de influência do empreendimento, o que poderá subsidiar uma futura avaliação
ambiental integradados potenciais efeitos cumulativos e sinérgicos sobre os componentes
ambientais descritos.
Da avaliação consolidada dos impactos resultou a proposição do arcabouço de
programas e medidas propostos para minimizar os impactos potencialmente negativos do
projeto e potencializar os impactos positivos e benefícios socioambientaisesperados com a
implantação e operação do VLT Uberlândia.
Conforme colocado anteriormente, o conjunto de programas e medidas proposto no
âmbito deste documento deverá ser detalhado futuramente conforme o rito processual de
licenciamento ambiental e demais solicitações pertinentes a serem exigidas pelo órgão
ambiental competente.
Considerando as diferentes escalas de influência apresentadas, verifica-se que em
relação aos aspectos dos meios físico e biótico, a maioria dos impactos concentra-se na Área
Diretamente Afetada e Área de Influência Direta, mesmo porque trata-se de intervenções
propostas em áreas urbanizadas, onde os efeitos de alteração das dinâmicas naturais já foram
majoritariamente conduzidos pela imposição dos sistemas de engenharia próprios da cidade.
Em relação aos impactos no meio socioeconômico, os de maior significância
identificados para a fase de obra estão associados à geração de empregos e incômodos
gerados pela necessidade de alterações e desvios no tráfego, além de possíveis interferências
em redes de serviços. De qualquer modo, estes impactos serão de caráter temporário e
passíveis de mitigação. Já os associados à fase de operação terão uma abrangência espacial de
maior escala e serão difusos, implicando efeitos de mobilidade e circulação na cidade como
um todo.
Destacam-se os efeitos do aumento da oferta e melhoria nas condições do transporte
público, assim como os resultados do processos de requalificação urbana a serem,
provavelmente, desencadeados pela operação do sistema. Neste aspecto, cumpre ainda
destacar o balanço positivo das emissões de combustíveis fósseis o que poderá proporcionar
uma condição de melhor conforto ambiental, diretamente relacionada aos aspectos de
sustentabilidade na cidade de Uberlândia.
Em todo caso, as análises aqui apresentadas não eximem o desenvolvimento de estudos
futuros de maior detalhe, quando da disponibilização dos projetos executivos de engenharia,
quando será possível proceder às análises quantitativas do balanço ambiental geral
decorrentes das fases de implantação e operação do empreendimento.
Considerando-se o conjunto de aspectos apresentados, pode-se concluir que o VLT
Uberlândia é um empreendimento viável do ponto de vista ambiental, desde que atendidas as
recomendações apresentadas. O conjunto de Programas Ambientais propostos deverá
contribuir para a efetiva mitigação e controle dosimpactos ambientais esperados, e deverá ser
desenvolvido em sinergia com os demais aspectos de engenharia de projeto.
157
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INSTITUTO DE GEOGRAFIA
Universidade Federal de Uberlândia
Câmpus Santa Mônica, Bloco H
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