CURTAS METRAGENS | cinema emergente
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CURTAS METRAGENS | cinema emergente
CURTAS METRAGENS | cinema emergente Bathing Micky 6 Maio, 21:30, Cinema São Jorge, Sala 3 11 Maio, 18:45, Cinema São Jorge, Sala 3 Sur la Tête de Bertha Boxcar 6 Maio, 21:30, Cinema São Jorge, Sala 3 11 Maio, 18:45, Cinema São Jorge, Sala 3 Bathing Micky, de Frida Kempff, conta a história de uma mulher de idade que pertence a um grupo de banhistas que se aventuram na água todos os dias, seja qual for a estação do ano. Cá fora, ouvimo-la falar sobre o passado, as dificuldades e as mágoas associadas à experiência da 2ª Guerra Mundial. Sur la Tête de Bertha Boxcar, de Souflane Adel e Angela Terrail, Johnny Johnson, de laços cortados com a família, trabalha como inventor de máquinas e vive num mundo à parte. Certa noite, encontra Mellaz, a companhia perfeita para as suas caminhadas poéticas. Drexciya 7 Maio, 18:45, Teatro do Bairro 12 Maio, 19:00, Teatro do Bairro Swimming Away 7 Maio, 18:45, Teatro do Bairro 12 Maio, 19:00, Teatro do Bairro sans titre 7 Maio, 18:45, Teatro do Bairro 12 Maio, 19:00, Teatro do Bairro Drexciya, de Akosua Adoma Owusu, retrata uma piscina pública abandonada no Gana, evocando o mito de um continente submerso habitado pelos filhos das mulheres grávidas africanas atiradas borda fora dos navios de escravos, inventado pela banda Drexciya, um misterioso duo de música electrónica de Detroit. Em Swimming Away, de Margarita Jimeno, disputa-se um concurso de natação, cujo vencedor terá cidadania garantida no país mais cobiçado do mundo. Esta é uma reflexão sobre a pertença a uma aldeia global dormente. Com um cenário de cartão e fotografias que falseiam a vista para o exterior, Sans Titre, de Neil Beloufa, leva-nos a uma vila (de luxo) na Algéria, onde os habitantes explicam a ocupação de um edifício por terroristas. millhaven 8 Maio, 21:30, Teatro do Bairro 13 Maio, 19:00, Teatro do Bairro les voisins 8 Maio, 21:30, Teatro do Bairro 13 Maio, 19:00, Teatro do Bairro ON THE WAY TO THE SEA 8 Maio, 21:30, Teatro do Bairro 13 Maio, 19:00, Teatro do Bairro Millhaven, de Bartek Kulas, é uma animação de uma balada de Nick Cave, onde Katarzyna Groniec interpreta uma rapariga que canta o seu cruel destino. No pico do Verão, cortar a relva é tarefa difícil: Les Voisins, de Jules Zingg, é uma incursão no dia-a-dia de uma vizinhança, onde os insectos ocupam lugar de destaque. Em On The Way to The Sea de Tao Gu, o realizador leva-nos à casa dos pais, devastada pelo maior terramoto da história da China, ocorrido em Maio de 2008, na região de Wenchuan. FOCO CINEMA EMERGENTE | LE FRESNOY LE FRESNOY 1 7 Maio, 15:00, Teatro do Bairro Um grupo de trabalhadores abre Mémoire Vive, de Jean Michel Albert. Retrocedemos pouco a pouco, até percebermos o que estão a fazer. Seguem-se explosões e a destruição ocupa o primeiro plano, sublinhada pela luz. Em Courant D’air, de Nora Martirosyan, vestígios de uma infância feliz, que recorda o que se sentiu mais do que o que foi dito, invadem a casa das personagens. Inspirado na correspondência entre Fernando Pessoa e Ofélia, Aditi Singh, Michaël Kummer, trata a relação entre uma jovem secretária e o seu chefe, Rajiv, a quem envia uma carta para averiguar as intenções em relação a ela. Le Bon Français Mal Parlé, de Carlos Franklin, é uma lição da língua dada pelos alunos, que representam os primeiros passos da aprendizagem: primeiro perceber, depois falar e corrigir-se, de seguida traduzir. Chamonix, de Valérie Mrejen, é um conjunto de retratos filmados, onde os actores contam memórias, tornando difícil a distinção entre verdade e mentira. Ville Blanche, de Slavica Ceperkovic, é um exame linguístico, que mede a interacção e o potencial transformador da linguagem no ambiente em que se insere, neste caso a cidade de Belgrado, reconstruída um total de 38 vezes ao longo da sua história. Ali, a guerra é uma experiência ainda à flor da pele, mas cria-se um espaço onde o espectador é convidado a falar e a ser ouvido. LE FRESNOY 2 9 Maio, 17:00, Teatro do Bairro 13 Maio, 17:00, Teatro do Bairro Plages, de Dominique Gonzalez-Foerster, mostra-nos uma praia repleta de pessoas que festejam a noite de Ano Novo em Copacabana, iluminadas pelo fogo de artifício e pelos flashes das máquinas fotográficas. Le Pont N’est Plus Là, de Tsai Ming-Liang, balança entre o documentário e a ficção, entre aparições e desaparecimentos: uma mulher, Shiang Chyi, quer atravessar a estrada mas não consegue. Uma outra, Soudain, carrega uma mala pesada, e está na mesma situação. Em Phone Tapping, de Hee Won Lee, somos guiados pela cidade de Seoul, na Coreia, por vozes que contam histórias pessoais enquanto a câmara tenta materializar as suas palavras. Em Brises, de Enrique Ramirez, atravessamos o Palácio Presidencial no Chile, onde a memória do sítio fala mais alto: sobre o golpe de estado de que foi cenário, o regresso da democracia, as tragédias e alegrias que ali se sucederam. Planet A, de Momoko Seto, é uma simbologia de elementos: o sal, ausência de água, é a passagem do tempo, o cemitério, mas também a conservação. A água significa mão-de-obra, movimento, emoção, valor inestimável. O algodão, por seu lado, é sinónimo de corrupção, da desagregação económica e da desertificação. Em El Juego, de Benjamin Naishtat, a floresta é o campo de batalha de um grupo de homens armados que ali passeiam, perseguindo-se uns aos outros. Como em qualquer jogo, vale a lei do mais forte. LE FRESNOY 3 10 Maio, 16:45, Teatro do Bairro 15 Maio, 15:00, Teatro do Bairro O que é ser Viril? Neste filme de Damien Manivel, sete homens experimentam as possíveis respostas, fazendo sobressair a sua masculinidade, num jogo ambivalente de poder. Em Vous Êtes Vous Déjá Fait Piquer Par Une Abeille Morte?, de Jonathan Rubin, o contacto com um ambiente e cultura diferentes baralha as coordenadas de um homem que viaja até uma ilha tropical, para ir a um funeral. Close-up da solidão, Cees, de Viola Groenhart, é a proximidade que nos deixa ver com nitidez a vida e o desejo que ainda resiste num corpo próximo da decadência, uma docu-ficção que resulta da convivência, durante vários meses, da realizadora com o avô. Nous Irons À La Plage, de Samer Najari, veicula imagens e emoções, ligadas por uma subjectividade que admite, antes da prosa, a poesia, e antes da terra, o mar. Em Visités, de Clément Cogitore, uma mulher sofre um acidente e perde a visão. Segue-se o isolamento e uma forma estranha de percepção dos corpos e presenças que antes lhe eram familiares. Mademoiselle Else, de Isabelle Prim, é uma adaptação do romance Fräulein Else de Schnitzler, onde uma rapariga de boas famílias se vê obrigada, durante as férias nos Alpes, a pedir dinheiro emprestado a um amigo da família, para ajudar a pagar as dívidas do pai. Em troca do favor, ele pede para a ver nua.