Manual de Gestão de Riscos

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Manual de Gestão de Riscos
Manual de Gestão de Riscos
Junho 2016
Sumário
• Nossos Conceitos de Riscos
• Governança de Riscos
• Setor de Riscos
• Risco de Liquidez
• Risco de Mercado
• Risco de Crédito e Contraparte
• Risco de Processos
• Riscos Tecnológicos
Sumário
• Nossos Conceitos de Riscos
• Governança de Riscos
• Setor de Riscos
• Risco de Liquidez
• Risco de Mercado
• Risco de Crédito e Contraparte
• Risco de Processos
• Riscos Tecnológicos
Somos extremamente diligentes em nossos processos de
investimento
Acreditamos que se nos mantivermos coerentes com nossa filosofia e formos disciplinados ao cumprir nossos
processos de análise com diligência, teremos retornos consistentes ao longo do tempo. Reconhecemos que mesmo
excelentes filosofias e processos poderão gerar resultados ruins em algumas ocasiões, mas não no longo prazo. Por
isso, temos um processo de análise bem definido que prevê uma série de etapas que todos devemos seguir, de modo
que haja um alinhamento interno que mitigue o risco de fugirmos de nossa filosofia e o risco de negligenciarmos algo
importante nos nossos cases de investimento.
“Any individual decisions can be badly thought through, and yet be successful, or exceedingly well
thought through, but be unsuccessful, because the recognized possibility of failure in fact occurs. But
over time, more thoughtful decision-making will lead to better overall results, and more thoughtful
decision-making can be encouraged by evaluating decisions on how well they were made rather than
on outcome”.
– Robert Rubin (Harvard Commencement Address, 2001)
“In too many cases, investors dwell solely on outcomes without appropriate consideration of process.
The focus on results is to some degree understandable. Results - the bottom line - are what ultimately
matter. And results are typically easier to assess and more objective than evaluating processes”.
– Michael Mauboussin (More Than You Know, 2008)
“Better is possible. It does not take genius. It takes diligence”.
― Atul Gawande (Better: A Surgeon's Notes on Performance, 2007)
Não tememos ficar na contramão do mercado
Não nos consideramos investidores “contrarians”, porém, estamos perfeitamente confortáveis em fugir dos modismos
do mercado em situações onde temos convicção de um determinado investimento e de que nossa análise foi feita de
forma diligente. Sabemos que isto pode gerar volatilidade e que no curto prazo podemos ter uma performance
relativa pior em relação aos nossos peers, mas não enxergamos isto como um risco dentro do que nos propomos a
fazer para nossos clientes.
“In order to be a superior investor, you need the strength to diverge from the herd, stand by your
convictions, and maintain positions until events prove them right. (…)Unconventional behavior is the
only road to superior investment results, but it isn't for everyone. In addition to superior skill,
successful investing requires the ability to look wrong for a while”.
– Howard Marks (Memo to Oaktree clients – “Dare to be Great II”, 2014)
“(…) active management strategies demand uninstitutional behavior from institutions, creating a
paradox that few can unravel. Establishing and maintaining an unconventional investment profile
requires acceptance of uncomfortably idiosyncratic portfolios, which frequently appear downright
imprudent in the eyes of conventional wisdom”.
– David Swenson (Pioneering Portfolio Management, 2000)
“Only by standing against the prevailing winds — selectively, but resolutely — can an investor prosper
over time. But for awhile, a value investor typically underperforms”.
– Seth Klarman (Outstanding Investor Digest – Volume XXII, 2009)
Entendemos risco como a possibilidade de perda
permanente de capital, e não como volatilidade
Nosso compromisso é com preservação de capital e ganhos reais no longo prazo. Portanto, os humores e oscilações
de curto prazo dos mercados não afetarão nossas decisões de investimento.
“Finance departments teach that volatility equals risk. Now they want to measure risk. And they
don't know any other way - they don't know how to do it, basically. So they say that volatility
measures risk.
I've often used the example of the Washington Post stock when we first bought it: In 1973, it had
gone down almost 50% - from a valuation of the whole company of close to say $180 or $175 million
down to maybe $80 million or $90 million. And because it happened very fast, the beta of the stock
had actually increased. A professor would have told you that the stock of the company was more
risky if you bought it for $80 million than if you bought it for $170 million - which is something that
I’ve thought about ever since they told me that 25 years ago. And I still haven’t figured it out.”
- Warren Buffett (Outstanding Investor Digest, 1997)
“Value investors have a perspective that allows them not to suffer these interim losses, but to relish
or at least appreciate them — because interim price declines allow an investor to average down, to
buy more at an even better price, which results in much greater profits over time than if prices had
not declined at all. (…) you cannot forecast the vagaries of the market, which in any case are an
opportunity and not a problem for value investors”.
– Seth Klarman (Outstanding Investor Digest, 2009)
Preferimos um portfólio concentrado em vez de
diversificado
Entendemos que a diversificação é uma forma de se mitigar basicamente dois tipos de risco: primeiro, o risco do
imprevisível; E segundo – e talvez principal –, o risco proveniente da insegurança que se tem dos fundamentos das
empresas de um portfólio. Quanto ao primeiro, sabemos que é impossível dimensionar de forma precisa todos os
riscos de um negócio. Mas, por outro lado, procuramos investir apenas em empresas em que temos um profundo
conhecimento e convicção dos fundamentos. Por isso, tipicamente teremos uma carteira de perfil mais concentrado –
em torno de 10 a 15 ações.
“Diversification is protection against ignorance. It makes little sense if you know what you are doing.
(…) I can’t be involved in 50 or 75 things. That’s a Noah’s Ark way of investing – you end up with a zoo
that way. I like to put meaningful amounts of money in a few things”.
– Warren Buffett (Warren Buffett Speaks, 2007)
“We believe that a policy of portfolio concentration may well decrease risk if it raises, as it should,
both the intensity with which an investor thinks about a business and the comfort-level he must feel
with its economic characteristics before buying into it”.
– Warren Buffett (Letter to Shareholders – 1993)
“The wise ones bet heavily when the world offers them that opportunity. They bet big when they
have the odds. And the rest of the time, they don’t. It’s just that simple".
– Charlie Munger (The Art of Value Investing, 2013)
Buscamos ser prudentes com a liquidez de nossa carteira
Temos consciência e prudência com o risco “escondido” por trás da iliquidez de determinados ativos. Isso não
significa, absolutamente, que não teremos ações ilíquidas na carteira – mas que vamos exigir mais margem de
segurança desses cases de investimento, e que mesmo tendo uma convicção grande, essas posições vão ser menores
em nosso portfólio. Acreditamos que a incapacidade de liquidar apropriadamente um ativo pode impedir o gestor de
investir em oportunidades melhores, obrigá-lo a liquidar investimentos mais líquidos mesmo que sejam relativamente
mais interessantes naquele momento e, pior, acabar tornando a carteira ainda mais ilíquida. Por isso, monitoramos a
liquidez média de nossas carteiras de forma sistemática para garantir que este risco seja reduzido o máximo possível.
“Liquidity risk is the unfailing shadow that precedes any severe market crisis. It is always the ultimate
fuse carrying the spark which explodes market and credit risks and it is often the catalyst which
transforms isolated loss events into systemic contagious breakdowns. Year 2007 makes no exception,
witnessing an unprecedented crisis in the US mortgage market and global structured credit market
where liquidity risk entered in the mispricing of illiquid instruments in the first place and then in the
panicky flight-to-quality which followed the massive repricing”.
– Acerbi & Scandolo (Liquidity Risk Theory and Coherent Measures of Risk, 2008)
Estamos sempre sujeitos ao risco de acontecimento de
eventos extremos e imprevisíveis
Não acreditamos em ferramentas ou modelos matemáticos que pretendem prever o futuro. Eventos extremos e
imprevisíveis vão sempre acontecer e, portanto, até mesmo a nossa maior convicção pode sofrer uma reviravolta.
Levamos isso em consideração quando tomamos nossas decisões de investimento, e mantemos sempre uma postura
cética quando analisamos um negócio.
“The turkey found that, on his first morning at the turkey farm, that he was fed at 9 a.m. Being a
good inductivist turkey he did not jump to conclusions. He waited until he collected a large number of
observations that he was fed at 9 a.m. and made these observations under a wide range of
circumstances, on Wednesdays, on Thursdays, on cold days, on warm days. Each day he added
another observation statement to his list. Finally he was satisfied that he had collected a number of
observation statements to inductively infer that ``I am always fed at 9 a.m.''. However on the
morning of Christmas eve he was not fed but instead had his throat cut”.
– Bertrand Russell (The Problems of Philosophy, 1957)
“Before the discovery of Australia, people in the old world were convinced that all swans were white,
an unassailable belief as it seemed completely confirmed by empirical evidence. The sighting of the
first black swan might have been an interesting surprise for a few ornithologists (and others
extremely concerned with the coloring of birds), but that is not where the significance of the story
lies. It illustrates a severe limitation to our learning from observations or experience and the fragility
of our knowledge. One single observation can invalidate a general statement derived from millennia
of confirmatory sightings of millions of white swans. All you need is one single (and, I am told, quite
ugly) black bird”.
– Nassim Taleb (The Black Swan: The Impact of the Highly Improbable, 2007)
Não abrimos mão de nossos princípios éticos
Na Itaverá não abrimos mão de nossos princípios éticos, seja na avaliação das empresas em que investimos ou nas
decisões de caráter operacional. Agimos assim acima de tudo por uma questão de princípios, e temos consciência dos
custos indiretos que atitudes antiéticas trazem não só para a nossa empresa como, sobretudo, para nossos clientes.
Por isso, somos absolutamente rigorosos na escolha de novos membros para o nosso time, e buscamos de forma
incessante fortalecer os valores éticos na nossa cultura organizacional.
“While reputation is ‘intangible’, damage to an institution’s reputation can have very tangible
consequences”.
– G. Stansfield (Some thoughts on reputation and challenges for global financial institutions, 2006).
“It takes 20 years to build a reputation and five minutes to ruin it. If you think about that you‘ll do
things differently”.
– Warren Buffett (Warren Buffett Speaks, 2007)
Monitoramos constantemente nossos riscos operacionais
Na Itaverá, temos como meta cumprir todos os processos operacionais de maneira impecável. Reconhecemos,
entretanto, que não há processo infalível. Por isso, nos mantemos em constante alerta, conscientes de quais
processos são mais sensíveis para redobrarmos nossa atenção sobre eles, sempre buscando criar redundâncias e
backups que os tornem mais consistentes e confiáveis. Temos uma metodologia proprietária de mapeamento e gestão
de processos com o objetivo de mitigar os riscos operacionais por meio de uma dinâmica de melhoria contínua.
“No matter what measures are taken, doctors will sometimes falter, and it isn't reasonable to ask
that we achieve perfection. What is reasonable is to ask that we never cease to aim for it”.
– Atul Gawande (Complications: A Surgeon's Notes on an Imperfect Science, 2003)
“Being alert to the possible negatives in any situation is the best way to bring about positive results.
Always worry. If you can't think of a thing to be worried about, worry about being overconfident”.
– Bob Knight (The Power of Negative Thinking, 2013)
Sumário
• Nossos Conceitos de Riscos
• Governança de Riscos
• Setor de Riscos
• Risco de Liquidez
• Risco de Mercado
• Risco de Crédito e Contraparte
• Risco de Processos
• Riscos Tecnológicos
Governança de Riscos
Reunião de
Sócios
Riscos dos Fundos
Liquidez
Setor de
Investimentos
Setor de Riscos
Crédito/Contraparte
Riscos Operacionais
Mercado
TI
Compliance & Normas
Processos
 Na Itaverá entendemos que a gestão de riscos deve estar presente em tudo o que fazemos e, portanto, deve ser uma atribuição de todos os seus
colaboradores sem exceção.
 Nesse contexto, o papel do Setor de Riscos é monitorar o cumprimento do Manual de Gestão de Riscos adotado internamente, elaborar relatórios
mensais de exposição a risco, mensurar os riscos inerentes a cada uma das carteiras sob gestão e, quando necessário, fazer recomendações ao Setor de
Investimentos – que está sob coordenação do Diretor de Gestão, responsável pela gestão profissional de recursos de terceiros – e à Reunião de Sócios.
 A gestão de riscos dos fundos aborda o Risco de Mercado, Risco de Liquidez/Concentração e Risco de Crédito/Contraparte.
 A gestão de riscos operacionais trata dos riscos de TI, Processos e Compliance & Normas.
 Na nossa estrutura de governança, o Setor de Riscos é segregado do Setor de Investimentos, e tem o poder de tomar decisões unilateralmente
quando julgar necessário para o cumprimento das regras de enquadramento estabelecidas no presente Manual de Gestão de Riscos da Itaverá.
 Não obstante, independentemente das diretrizes traçadas, o Diretor Responsável pela Gestão de Riscos terá sempre a independência e autonomia para
o exercício das suas funções ligadas à gestão de risco.
Sumário
• Nossos Conceitos de Riscos
• Governança de Riscos
• Setor de Riscos
• Risco de Liquidez
• Risco de Mercado
• Risco de Crédito e Contraparte
• Risco de Processos
• Riscos Tecnológicos
Setor de Riscos
Setor de Sócios
Riscos dos Fundos
Liquidez
Crédito/Contraparte
Setor de
Investimentos
Setor de Riscos
Riscos Operacionais
Mercado
TI
Compliance & Normas
Processos
Composição
 É composto por três executivos – Bernardo Miranda, Karen Harris e André Silva. A equipe tem uma experiência anterior bastante relevante, já tendo
integrado times de gestão de riscos, gestão de processos e segurança da informação. Acreditamos que as visões complementares permitem um
julgamento independente mas ainda assim próximo da realidade da gestão dos fundos.
Atribuições
 Acompanhar as métricas de riscos estabelecidas (por relatórios e controles internos) e auditar o cumprimento das políticas dos fundos. O Setor de
Riscos se reporta para o Setor de Investimentos e de Sócios, fazendo recomendações sempre que for pertinente e tendo o poder de veto sobre
qualquer operação dos fundos.
Periodicidade
 O Setor de Riscos reúne-se quinzenalmente, logo antes das reuniões de portfólio do Setor de Investimentos.
 Todos os relatórios de risco são atualizados e gerados mensalmente – com exceção dos testes de Risco de Liquidez que têm periodicidade semanal –,
e então submetidos à análise do Setor de Investimentos, contando com as conclusões do Diretor de Risco.
 O presente Manual de Gestão de Riscos é revisado anualmente.
Sumário
• Nossos Conceitos de Riscos
• Governança de Riscos
• Setor de Riscos
• Risco de Liquidez
• Risco de Mercado
• Risco de Crédito e Contraparte
• Risco de Processos
• Risco Tecnológico
Risco de Liquidez
Cálculo do número de dias para para zeragem dos ativos
 Calculamos quantos dias serão necessários para a zeragem de nossos ativos considerando a liquidação de no máximo 30% do volume médio diário
negociado mais conservador (menor) entre as janelas de 21, 42 e 63 últimos dias úteis.
 O caixa dos fundos é considerado líquido no primeiro dia. Ativos doados ou depositados como margem ou garantia são considerados nãonegociáveis no primeiro dia de liquidação.
Definição dos níveis de liquidez
 A nossa política de risco de liquidez inclui também variáveis do passivo no dimensionamento dos níveis de liquidez. Os fundos devem ser capazes
de zerar em 15 dias:
 A posição dos dois maiores cotistas (ou distribuidores) do fundo – G2;
 O valor dos resgates programados cotizando no mês corrente (ajustado para o n° de dias restantes até a cotização) – ( Resgates * ta / Ta ).
 Caso a soma dos maiores cotistas com os resgates programadas seja inferior a 25% do patrimônio do fundo, preferimos manter um nível de
liquidez conservador capaz de zerar pelo menos 25% do PL.
 Definimos o prazo para zeragem das carteiras em 15 dias considerando que, no na hipótese mais conservadora, os cotistas podem solicitar resgates
não programados que cotizam em D+15 - opção que é desincentivada mediante a exigência de pagamento de taxa de saída. Vale lembrar que
para os resgates programados, o período até a cotização é no mínimo de 2 meses – o que nos dá certo conforto para a zeragem de nossas
posições.
Risco de Liquidez
𝑁𝐿 = "Necessidade de Liquidez" = 𝑅𝑒𝑠𝑔𝑎𝑡𝑒𝑠 ∗
𝑡𝑎
+ 𝐺2
𝑇𝑎
Se 𝑁𝐿 ≤ 25% → Zeragem de 25% da carteira em 15 dias
Se 𝑁𝐿 ≥ 25% → Zeragem de 𝑁𝐿 em 15 dias
Janelas de solicitação e cotização de resgates:
tA
JA
(Enésimo dia transcorrido de Ta)
(Janela para pedidos de
resgates)
TA
(Quantidade de dias entre D0A e DCA)
Mt-1
Mt-2
Mt0
(Mês anterior)
(2º mês anterior)
(Mês Corrente)
D0A
DCA
(Dia de Cotização – 3 dias
antes do último dia do mês)
(Primeiro dia útil após a
data limite para resgates –
primeiro dia útil do mês)
DtA
(Dia atual)
Risco de Liquidez
Exemplo de relatório:
Ocultação de Ativos e Liquidez
 A CVM 555/14 diz que “Caso o fundo possua posições ou operações em curso que possam vir a ser prejudicadas pela sua divulgação, o
demonstrativo da composição da carteira pode omitir sua identificação e quantidade, registrando somente o valor e a percentagem sobre o total da
carteira”.
 Ainda de acordo com a CVM, são legítimas as justificativas baseadas: 1) na iliquidez dos ativos que compõem a carteira do fundo, desde que
apoiadas em critérios objetivos; 2) no fato de o fundo ser exclusivo ou destinado somente a investidores qualificados obrigados pelo
regulamento a realizar investimento mínimo de R$ 1 milhão, e que, adicionalmente, as cotas do fundo tenham sido distribuídas por meio de
oferta pública de esforços restritos; e 3) na existência de posições de aluguel de ações pouco negociadas.
 Não atenderiam à regra, segundo o colegiado, as justificativas baseadas na alegação: 1) genérica de iliquidez de títulos públicos federais; 2)
de que a divulgação da posição do fundo em depósitos a prazo com garantia especial (DPGE) poderia impactar o preço de mercado desses
instrumentos financeiros; 3) de que a divulgação da posição do fundo em determinado título que teve seu “rating” rebaixado poderia
resultar em prejuízos aos cotistas; e 4) de que a divulgação da composição permitiria que administradores concorrentes copiassem a
estratégia adotada pelo fundo.
Critério de Liquidez para CDA
 Entendemos que a divulgação da composição da carteira tem um alto custo para os cotistas, especialmente pela perda de oportunidades de
investimento e desinvestimento a preços favoráveis. Este custo é ainda mais elevado para os fundos de gestores que se dedicam à
análise fundamentalista baseada em valor e que são ativos em ações de 2ª e 3ª linhas (small/midcaps) e de menor liquidez.
 Desta forma, para efeitos de divulgação da composição das carteiras, consideramos líquidas as ações cuja participação acumulada, em ordem
decrescente, resulte em 50% da composição do índice Bovespa. As demais ações, portanto, serão consideradas ilíquidas.
Critério de Liquidez para CDA
Exemplo: 50% ações mais líquidas do ibovespa em 05/05/2014
Código
ITUB4
PETR4
BBDC4
ABEV3
VALE5
PETR3
VALE3
BRFS3
ITSA4
CIEL3
BVMF3
BBAS3
UGPA3
BBSE3
PCAR4
BBDC3
CCRO3
EMBR3
SANB11
Carteira Teórica do Ibovespa válida para 05/05/14
Ação
Tipo
Qtde. Teórica
ITAUUNIBANCO
PN ED N1
2.426.199.142
PETROBRAS
PN
4.035.202.846
BRADESCO
PN EJ N1
2.029.637.010
AMBEV S/A
ON ES
3.300.544.590
VALE
PNA N1
1.878.758.554
PETROBRAS
ON
2.708.517.105
VALE
ON N1
1.262.807.257
BRF SA
ON NM
624.621.521
ITAUSA
PN EB N1
3.070.948.265
CIELO
ON NM
665.068.406
BMFBOVESPA
ON NM
1.852.153.920
BRASIL
ON NM
869.869.347
ULTRAPAR
ON NM
330.466.469
BBSEGURIDADE
ON NM
675.000.000
P.ACUCAR-CBD
PN N1
159.510.159
BRADESCO
ON EJ N1
454.998.524
CCR SA
ON NM
861.282.756
EMBRAER
ON ED NM
730.421.645
SANTANDER BR
UNT N2
924.867.316
Fonte: http://www.bmfbovespa.com.br/indices/ResumoCarteiraTeorica.aspx?Indice=IBOVESPA&idioma=pt-br
Part. (%)
9,973
7,796
7,48
5,8
5,641
4,822
4,186
3,465
3,08
2,851
2,411
2,277
2,028
1,974
1,856
1,756
1,695
1,539
1,501
Part. Acumulada
9,973
17,769
25,249
31,049
36,69
41,512
45,698
49,163
52,243
Sumário
• Nossos Conceitos de Riscos
• Governança de Riscos
• Setor de Riscos
• Risco de Liquidez
• Risco de Mercado
• Risco de Crédito e Contraparte
• Risco de Processos
• Riscos Tecnológicos
Risco de Mercado
 Por se tratar de um fundo de ações fundamentalista e com horizonte de longo prazo, nós não consideramos eficientes as
ferramentas tradicionais (como VaR e/ou stop loss) para controlar o risco das operações ou para preservar capital – razões
discutidas na seção Conceitos de Risco.
 As posições do fundo são zeradas quando não enxergamos mais margem de segurança. Para nos auxiliar nesta tarefa,
desenvolvemos duas principais metodologias próprias:
 Monitoramento de Retorno dos Ativos.
 Controle de Limites de Exposição.
 Essas metodologias serão descritas a seguir.
Risco de Mercado
I - Monitoramento de Retorno dos Ativos
 Monitoramos sistematicamente o retorno/atratividade dos ativos de nossa carteira e do nosso universo de cobertura decorrente da exposição à
mudança de preços.
 Esse monitoramento é feito por meio de um relatório online que contempla uma série de métricas fundamentalistas, entre elas:
 Múltiplos;
 Medidas de retornos;
 Análises de cenários.
 Este relatório é atualizado pelo Setor de Riscos para que esteja disponível ao Setor de Investimentos antes de qualquer tomada de decisão.
 Ressaltamos que seguindo nossa filosofia de investimentos, tipicamente teremos pouco giro em nossas carteiras. No entanto, não abrimos mão de
termos as ferramentas e informações necessárias para tomarmos as melhores decisões em qualquer situação.
Risco de Mercado
II – Controle de Limites de Exposição
 Definimos limites máximos de exposição para a carteira integral e para cada posição individual – long ou short.
 A maior ou menor concentração de operações em cada estratégia depende da relação risco/retorno identificada pelo Setor de Investimentos.
 Esses limites são monitorados em tempo real no nosso sistema gerencial, além de serem controlados por um relatório interno elaborado pelo Setor
de Riscos.
Itaverá Long Biased FIA :
Portfólio Principal: Book Long
Portfólio Secundário: Book Short / Book Event
Exposição
Bruta
Líquida
Típico % PL
130% - 190%
60% - 80%
Mín, Máx % PL
67% - 230%
37% - 100%
Diversificação
Típico % PL
Máximo % PL
Book Long
Por posição líquida
Por posição ilíquida
Book Short
Por posição líquida
Book Events
por par (long e short)
5% - 20%
3% - 5%
40%
10%
1% - 5%
10%
5% - 15%
30%
Itaverá Long Only FIA :
Portfólio Principal: Book Long
Exposição
Bruta
Diversificação
Book Long
Por posição líquida
Por posição ilíquida
Portfólio Secundário: n.a.
Típico % PL
95% - 100%
Mín, Máx % PL
67% - 100%
Típico % PL
Máximo % PL
5% - 15%
3% - 5%
40%
10%
Risco de Mercado
II – Controle de Limites de Exposição - Exemplo de relatório:
Sumário
• Nossos Conceitos de Riscos
• Governança de Riscos
• Setor de Riscos
• Risco de Liquidez
• Risco de Mercado
• Risco de Crédito e Contraparte
• Risco de Processos
• Riscos Tecnológicos
Risco de Crédito e Contraparte
Risco de Crédito
 Os principais ativos dos fundos serão tipicamente ações e/ou derivativos. Caso identificado uma debênture conversível, ou warrant,
que apresente um retorno atraente para o risco corrido, o gestor poderá optar por investir.
 Nesse caso, os Setores de Riscos e de Investimentos efetuará a análise de solvência dos emissores dos títulos através de uma análise
de balanços e demonstrativos financeiros, complementada por relatórios desenvolvidos por outras fontes.
 Primeiramente, desenvolvemos uma análise de risco do emissor. Nessa etapa preparamos um estudo detalhado sobre os fundamentos
da empresa, qualidade do negócio, gestão, e governança corporativa.
 Em seguida buscamos compreender o nível de investimento da empresa, a geração de caixa, estrutura da dívida e necessidade de
capital de giro. Avaliamos também o duration do título, a presença de covenants financeiros que protejam o investidor e o rating da
empresa.
Risco de Contraparte
 Para contratos de balcão, todas as aprovações de limites por contraparte são feitas caso a caso pelo Setor de Riscos da Itaverá.
 Na avaliação são considerados, sobretudo, o rating de crédito, porte/solidez, reputação, além dos números publicados e auditados das
instituições. O Setor de Investimentos deverá solicitar esta permissão previamente à realização de qualquer operação envolvendo risco
de contraparte.
Sumário
• Nossos Conceitos de Riscos
• Governança de Riscos
• Setor de Riscos
• Risco de Liquidez
• Risco de Mercado
• Risco de Crédito e Contraparte
• Risco de Processos
• Riscos Tecnológicos
Processos
 A cultura de melhoria contínua está presente no DNA da Itaverá. Por isso, o Setor de Riscos desenvolveu uma metodologia para identificar, prevenir e
corrigir potenciais perdas resultantes de falhas ou inadequação dos processos internos.
 O nosso método é composto de três etapas:
 i) Identificação de problemas/oportunidades de melhorias;
 ii) Análise de problemas;
 iii) Solução de problemas/aplicação de melhoramentos.
 Criamos um manual específico para detalhar essas etapas, seu referencial teórico,
e o nosso padrão de modelagem de processos. Vale dizer que esses modelos
desempenham um papel muito importante de preservação do nosso capital
intelectual, ao tornar explícitos os conhecimentos que antes eram tácitos.
 O Setor de Riscos age de maneira preventiva, se reunindo periodicamente para avaliar os processos mapeados, discutir oportunidades de melhoria e
definir soluções que reduzam potencialmente os riscos operacionais. Algumas utilidades práticas que podem ser levantadas nestas reuniões são:
 Identificar processos com oportunidades de otimização e/ou automatização;
 Identificar processos que contém um número insuficiente de atividades que possam efetivamente garantir a confiabilidade de sua execução;
 Identificar a integração dos sistemas de informação envolvidos nos processos, de forma a ter uma arquitetura confiável que suporte
melhorias sistemáticas nos fluxos de informações da empresa.
Sumário
• Nossos Conceitos de Riscos
• Governança de Riscos
• Setor de Riscos
• Risco de Liquidez
• Risco de Mercado
• Risco de Crédito e Contraparte
• Risco de Processos
• Riscos Tecnológicos
Riscos Tecnológicos
 A Itaverá zela por seus sistemas internos de modo a garantir que os riscos de TI e de segurança da informação sejam minimizados ao máximo.
Trabalhamos com muitas informações sensíveis/sigilosas e dependemos de que nossa TI funcione de forma confiável. Por isso, buscamos o tempo
todo cultivar uma cultura que tenha consciência desses riscos, assumindo que a segurança não deve ser considerada um estado, mas sim uma
meta constante.
 No âmbito do Setor de Riscos da Itaverá tem um membro dedicado
exclusivamente aos riscos tecnológicos e à Gestão da Continuidade dos
Integridade
Confidencialidade
Autenticidade
Disponibilidade
Negócios. Além de monitorar os riscos, o Setor também realiza programas de
conscientização internos sobre quesitos de segurança da informação.
 Nossa metodologia de segurança de TI visa garantir que as nossas informações
sejam confidenciais, íntegras, autênticas e que sejam disponíveis a quem de
direito quando necessário.
 Para isso, desenvolvemos um Plano de Segurança que
Plano de Segurança Itaverá
contempla três macroprocessos: Prevenção, detecção e
resposta. Cada um desses macroprocessos tem controles e
Prevenção
Detecção
Resposta
ferramentas proprietários da Itaverá – que incluem controle de
acesso aos arquivos da rede, uma Política de Segurança da
• Controle de Acesso;
Informação, auditoria de registros de eventos no servidor,
• Política de Segurança da Informação.
backups diários, e um Plano de Contingência, entre outros.
• Auditoria de registro de eventos.
• Plano de Continuidade do Negócio (Contingência).
Sumário
• Nossos Conceitos de Riscos
• Governança de Riscos
• Setor de Riscos
• Risco de Liquidez
• Risco de Mercado
• Risco de Crédito e Contraparte
• Risco de Processos
• Riscos Tecnológicos
Gestor:
Itaverá Investimentos
Avenida das Américas 500, bloco 13, sala 315
Barra de Tijuca – RJ – 226400-100
Tel. (55 21) 2483-2650
www.itaverainvestimentos.com.br
[email protected]
Bernardo Miranda
[email protected]
Karen Harris
[email protected]
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