VIII Vitrine do Milho Silagem
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VIII Vitrine do Milho Silagem
Edição 310 . Ano XXIII . Março de 2015. Viçosa - MG VIII Vitrine do Milho Silagem Arthur Frederico Magalhães Estudante de Medicina Veterinária No dia 4 de março de 2015 ocorreu a VIII Vitrine do Milho Silagem na área da Agronomia/ Aeroporto da UFV, em Viçosa/MG. Com participação de diversas empresas de semente de milho, fertilizantes e defensivos agrícolas, o dia de campo contou com aproximadamente 200 presentes, dentre eles, produtores, assistidos pelo PDPL/PCEPL, técnicos, estagiários, estudantes e professores da UFV. A atividade faz parte do calendário de eventos do Programa, tendo como objetivo central a apresentação de novas tecnologias a serem aplicadas na produção de milho para silagem aos produtores e estudantes, afim de maximizar os rendimentos apresentando custos compatíveis. O evento contou com a presença do Vice Reitor Prof. João Carlos Cardoso Galvão e do pró-reitor de Ciências Agrárias Prof. Rubens Alves de Oliveira, onde ambos frisaram a excelência do evento para a divulgação de novas tecnologias, além da capacitação técnica dos estagiários. A abertura realizada pelo Coordenador Geral do PDPL/PCEPL Prof. Adriano Provezano confirmou a importância do evento para a região, visto que é o maior dia de campo voltado para silagem de milho da Zona da Mata Mineira, e inteirou que o mesmo fora conduzido integralmente pelos estagiários do Programa como complementação de sua formação profissional. O coordenador técnico Christiano Nascif relatou os baixos índices pluviométricos atingidos na safra 2014/2015, que não foram superiores à 50% do volume total esperado para a período, salientando os impactos pelo segundo ano consecutivo do veranico na região, confirmando a importância da elaboração de um planejamento de volumosos, assim como a utilização da safrinha de milho ou sorgo como estratégia para complementar a produção, otimizando a produtividade da terra, visto seu elevado valor, intensificando o seu uso na produção de alimentação volumosa para o rebanho. Encerrando as apresentações iniciais os participantes foram divididos em dez grupos que em um sistema de rodízio percorreram as estações (Pionner: Ponto de colheita e qualidade da silagem; UFV: Estágios fenológicos da cultura do milho; Agroceres: Importância da plantabilidade no aumento da produtividade; Biomatrix: Uso de aditivos e inoculantes na silagem; A coleta de dados da lavoura foi realizada no dia 03 de março juntamente com a determinação da matéria seca (MS) dos híbridos, utilizando o Koster. Segue abaixo, os resultados preliminares, sendo que as análises bromatológicas serão posteriormente divulgadas. Tratamentos Produtividade Ton MN/ ha Produtividade Ton MS/ ha Nº Empresa Híbrido 1 Riber KHS RB 9004 PRO 65,2 18,25 2 Agroeste AS 1581 PRO 55,6 17,52 3 Santa Helena SH 7090 PRO 2 54,2 17,32 4 Syngenta FEROZ VIP 56,9 17,3 5 Agroceres AG 7098 PRO 54,09 17,3 6 Pioneer P 3862 H 53,3 17,14 7 Biogene BG 7049 H 52,11 17,12 8 Biomatrix BM 3063 PRO 2 50,85 16,27 Stoller: Adubação Foliar; Riber KWS: Boas práticas X Efeitos Climáticos; Syngenta: Principais doenças na cultura do milho e seu controle; Biogene: Manejo Integrado de Pragas; Agroeste: Transgenia na cultura do milho; Santa Helena: Manejo de resistência de plantas daninhas) recebendo informações técnicas e aplicadas sobre a produção de milho para silagem. Segundo Thiago Camacho, Engenheiro Agrônomo e técnico do PDPL/PCEPL: “O produtor deve sempre buscar o aumento da produtividade de suas lavouras, afim de reduzir os custos de produção, aplicando tecnologias disponíveis compatíveis com a sua realidade”. Já para a estudante de Agronomia e estagiária do Programa, Marcela França, o evento além de contar com a divulgação de novas tecnologias, contribuiu para o aprendizado teórico e auxílio ao produtor rural na tomada de decisão para futuros plantios. Apesar de possuírem condições semelhantes de plantio, é possível observar a variação na produtividade final, seja em matéria natural (MN) ou matéria seca (MS), o que evidencia a particularidade de cada hídrido, sendo fundamental complementar com o resultado da análise bromatológica. Porém, o básico não deve ser esquecido, uma correta amostragem do solo, sua eficiente correção, e um plantio bem feito implicam significativamente no resultado final da lavoura. Foi determinado o custo de produção da lavoura, para efeitos de cálculo os valores para ensilagem foram estimados. Totalizando R$68,75 a ton/MN e R$219,95 a ton/MS. Descrição Custo de formação/ha Custo/ha (Gastos estimados com a ensilagem) Custo/ton MN (Gastos estimados com a ensilagem) Custo/ton MS (Gastos estimados com a ensilagem) Valores (R$/ha) 2686,90 3800,00 68,75 219,95 Vista parcial da vitrine Veja também nesta edição Dica do Agrônomo: Produtores: atentem-se ao cadastramento no CAR 2 Momento do Produtor: Conheça o Sítio Aurora 3 A influência da chuva na produção de volumosos na região de Viçosa 5 Como reduzir a CCS de uma propriedade leiteira 6 Cadastro Ambiental Rural – CAR Produtores atentem-se ao cadastramento no CAR, a data final é no dia 05 de maio de 2015. Henrique Raimundi Estudante de Agronomia O CAR é um registro eletrônico de abrangência nacional junto ao órgão ambiental competente (SINIMA), obrigatório para todos os imóveis rurais, com o objetivo de integrar as informações ambientais das propriedades rurais, gerando dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e o combate ao desmatamento. O produtor que não realizar o cadastro pode ficar impedindo de obter crédito junto aos órgãos das instituições financeiras. O passo a passo que o produtor deve seguir é: 1. Inscrição do imóvel rural SICARMG. Documento emitido atestando a inscrição do imóvel no sistema. 2. Recibo de inscrição do imóvel no CAR. Recibo emitido após a integração dos dados inscritos no SICARMG com o SICAR Nacional. 3. Recibo Homologado. Documento emitido pelo órgão ambiental ou por instituição por ele habilitada. Informativo da Produção de Leite 4. Reserva Legal. Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos desta lei, (Não pode fazer uma cerca de árvores, pois ambientalmente não tem utilidade). 5. Área de Preservação Permanente – APP. Área coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade. 6. Área rural consolidada. Área de imóvel rural com ocupação, como por exemplo, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, no caso do sistema agrossilvipastoris tem a adoção do regime de pousio (Não tinha na área ambiental). 7. Pousio (Prática Cultural). Prática de interrupção temporária de atividades ou de usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, por, no máximo, cinco anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do solo. 8. Módulo Rural. É calculado para cada imóvel rural em separado, e sua área reflete o tipo de exploração predominante no imóvel rural (um módulo fiscal é uma área onde uma família consegue ter subsistência, sobreviver, dignamente). Áreas de Preservação Permanente – APPs: As faixas marginais de qualquer curso de água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros ( forma na hora em que está chovendo), desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: 30 metros, para os cursos de água de menos de 10 metros de largura; 50 metros, para os cursos de água que tenham de 10 a 50 metros de largura; 100 metros, para os cursos de água que tenham de 50 a 200 metros de largura. As áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 metros. Reserva Legal: Devem-se observar os seguintes percentuais mínimos, em relação à área do imóvel. Na Zona da Mata o percentual mínimo em relação à área do imóvel é de 20%. A novidade na nova Lei Florestal é a possibilidade de se contabilizar as APPs na reserva legal desde que: Não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo (não pode suprimir a vegetação em troca por APP). A APP a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação. O imóvel esteja incluído no Cadastro Ambiental Rural – CAR. A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de vegetação nativa pelo proprietário do imóvel rural, possuidor ou ocupante a qualquer titulo, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado. O SICAR – MG (Sistema de Cadastro Ambiental Rural) possui um programa on-line o SISEMANET, onde numa prestação de serviço deve ser feito o cadastro em nome do produtor, criando uma senha + login. Para obter mais informações sobre o CAR (Cadastro Ambiental Rural) o produtor deve procura o sindicato rural de seu município. Você sabe o quanto sua vaca produz? Tainara Santiago Estudante de Zootecnia Gabriel Mafia Estudante de Agronomia Em um mercado cada vez mais competitivo e especializado, onde os menos eficientes não têm espaço, é impossível imaginar um sistema de produção onde o produto principal não tenha sua produção mensurada. E tratando-se da produção leiteira, como saber se uma vaca está sendo rentável ou não dentro da sua fazenda? Para isso existem o controle leiteiro e a lactação encerrada que são duas ferramentas imprescindíveis para o sucesso da produção. O controle leiteiro consiste na mensuração da produção de uma vaca no rebanho, e o ideal é que seja feito no mínimo uma vez por mês. Este controle pode ser feito de várias maneiras como, por exemplo, em sistemas de ordenha balde ao pé e ordenha manual, onde pode ser medido na lata de leite; ou mesmo em um balde graduado, em sistemas de ordenha canalizada, que pode usar o copo medidor; e em algumas ordenhas mais sofisticadas o medidor automático. Mas, independente de qual seja o tipo de ordenha, é indispensável que o controle seja feito. Essa ferramenta ainda auxilia o produtor a dividir os lotes, de forma que a distribuição da alimentação seja feita de acordo com a produção, podendo também avaliar a eficiência da dieta. No exemplo de controle leiteiro, existe um espaço observação onde o ordenador pode anotar qualquer anormalidade, que explicaria a queda do leite como por exemplo; Cio, ocorrência de mastite ou qualquer outra doença ocorrida com animal. Com o controle leiteiro em mãos podemos assim determinar a produção total de uma vaca durante uma lactação chamamos essa ferramenta de lactação encerrada. Essa ferramenta tem a finalidade de identificar animais superiores no seu rebanho possibilitando o produtor criar critérios para descarte dos inferiores contribuindo na seleção do seu rebanho. Essa ferramenta possui ainda duas variáveis a lactação encerrada corrigida para 305 dias e a lactação encerrada por intervalo entre partos. A lactação encerrada corrigida para 305 dias tem por finalidade criar uma base comparativa entre indivíduos, é uma simulação como se todos os animais tivessem uma lactação ideal que durasse 305 dias (Considerando que o animal ficasse seco 60 dias).Já na lactação encerrada por intervalo entre parto, considera-se a produção final dividida pelo intervalo de partos em meses e multiplica-se o valor por 12, gerando um índice em que é possível comparar os animais com maior produção e melhor desempenho reprodutivo, dentro do intervalo de 1 ano. Além disso, com a ajuda desses dois índices Controle leiteiro e Lactação encerrada é possível identificar o ponto de cobertura total por animal, que seria o mínimo de produção que o animal precisaria para cobrir todos os seus custos tanto fixos quanto variáveis. Uma vez que um produtor tem conhecimento do quanto uma vaca lhe gera de renda e quanto é o seu custo, podemos determinar o lucro que ela produz. Assim selecionamos os animais realmente rentáveis dentro de um rebanho e identifica-se os animais que estão gerando prejuízo. Contudo, foi demonstrada a grande importância de se realizar o controle leiteiro e de encerar as lactações individualmente. Assim o produtor que tem conhecimento da produção de seus animais e o custo de produção dos mesmos, tem uma excelente ferramenta de tomada de decisões para sua propriedade. Exemplo de um controle Leiteiro: Pesagem 10/03/2015 Fazenda: Bela Vista Proprietário: José Afonso Frederico Animal 1º ordenha 2ºordenha Jacobina 16 litros 9 litros Jade 13 litros 9,4 litros Jalinda 15 litros 5 litros Observação Mastite Exemplo de uma planilha de Lactação encerrada: Vaca Intervalo entre partos Dias em lactação Argila 12,5 meses 301 Deusa 20 meses Gislaine 12,1meses Lactação encerrada Corrigida em 305 dias Corrigida por intervalo de partos 7.964,0 8.074,0 7.524,2 385 11.242,0 6.093,6 6.744,5 309 9.552,3 9.423,9 9.448,8 Total Olá, pessoal! Este mês vamos visitar o Sítio Aurora, propriedade dos senhores Alvimar Sérgio e Paulo, localizada no município de Teixeiras/MG. Produtores assistidos pelo PDPL/PCEPL desde abril de 2007. Sr. Alvimar Sérgio e vista panorâmica da propriedade. A fazenda possui uma área total de 40 héctares, sendo 12,4ha destinados ao plantio de milho para silagem, com o uso de 4,8ha na safrinha para plantio de milho e sorgo; 1,6ha de canavial, 0,3ha de capineira, 19ha de pastagem formada e 0,9ha de benfeitorias. Sr. Paulo e técnico André Navarro no XXV Torneio Leiteiro PDPL, recebendo o prêmio do 2º Lugar Primeira Cria 2 Ordenhas até 35Kg A produção atual é de 550 litros/dia, volume esse igual ao ponto de nivelamento da propriedade, com média de 15,2 litros/VL/dia e 12,2 litros/ VT/dia. O objetivo do produtor é atingir 1.000 litros/dia, produção essa correspondente ao ponto ótimo econômico da fazenda, o que ocorrerá em cerca de 3 anos, uma produção superior a essa é economicamente inviável devido aos grandes investimentos necessários. O rebanho da propriedade é composto por animais das raças Holandês, Jersolando e Girolando, com grau de sangue entre 5/8HZ e PC, além de 1/4HJ e 31/32HJ. O acasalamento da propriedade está sendo dirigido, com o objetivo de alcançar o grau de sangue entre 3/4HZ e 7/8HZ, utilizando para isso touros holandeses e girolandos. Nas novilhas têm-se optado pelo uso de sêmen sexado holandês, visando uma reposição mais rápida do rebanho. Lote 1 de vacas em lactação Um ponto forte da propriedade é o ganho de peso dos animais, atualmente o ganho de peso ponderal médio, dos últimos 12 meses, é de 0,630Kg, levando a uma idade de primeiro parto prevista de aproximadamente 25,2 meses – o que mostra uma melhora visto que a atual idade de parto das novilhas é de 29,5 meses. novilhas da propriedade Um outro ponto forte da propriedade é a qualidade do leite, que na média, dos anos 2014/2015, obteve os seguintes valores para CCS e CBT, respectivamente, 205 mil células somáticas/ml e 83 mil unidades formadoras de colônias/ml, índices esses já abaixo dos parâmetros preconizados pela IN-62 para julho de 2016. Ainda falando da qualidade do leite, outro indicador é a porcentagem de perda obtido com a análise do CMT que sempre gira abaixo de 1%. Além de ótimos valores para sólidos do leite, gordura e proteína. Uma das grandes razões para esses bons índices de qualidade é a dedicação e a higiene adotadas pelos funcionários: Regiane, Aloísio e Marcelino. O acompanhamento de todas as atividades desenvolvidas na propriedade pelos produtores, Alvimar Sérgio e Paulo, associada à assistência técnica e gerencial oferecida pelo PDPL/PCEPL, vêm contribuindo para o crescimento da propriedade. Técnico Marcus Vinícius e fuincionários da fazenda durante o XXV Torneio Leiteiro do PDPL Arthur Frederico Magalhães Estudante de Medicina Veterinária Nathália Cecília da Silva Gonzaga Estudante de Zootecnia A influência das chuvas na produção de volumosos na região de Viçosa Júlio Montezano Rossi Estudante de Agronomia Produtividade e Perda acumulada decorrentes da deficiência hídrica (%) na cultura do milho A agricultura a cada ano tem se mostrado mais eficiente na produção de volumosos, a partir do momento em que os produtores passaram a adotar técnicas de implantação e manejo importantes para o sucesso das culturas em suas propriedades. Entretanto nem tudo está passível de ser controlado, como por exemplo, a época e quantidade de chuvas em determinada região. São apresentados os dados da precipitação em milímetros (mm), com redução de 36,5% da safra 2013/2014 para a safra 2014/2015. Em detrimento a este baixo e desuniforme índice pluviométrico (quantidade de água por metro quadrado), o plantio do milho da primeira safra foi mais tardio, em meados de novembro chegando até meados de dezembro (Figura 1). As culturas como cana de açúcar e pastagens, que no momento das chuvas estão em crescimento vegetativo acelerado, tiveram quedas em produtividade e qualidade. Vale salientar que a falta de chuvas também ocasiona um aumento significativo de insetos-praga nas lavouras, devendo o produtor ficar atento ao nível de ataque a fim de evitar o dano econômico. Na cultura do milho, cuja exigência é de 500 a 800 mm por ciclo, a falta de água não só ocasiona uma germinação desuniforme, como afeta também as fases críticas da cultura, florescimento e enchimento de grãos, podendo chegar esta última, a aproximadamente 30% de perdas, como ocorrido nesta última safra (Figura 2). Os resultados alcançados em produti- vidade influenciam diretamente no planejamento de volumosos e acima de tudo no custo de produção. Reduções significativas de produtividade e qualidade diminuem a oferta de alimento para os animais, atingindo sua produção final (litros de leite e ganho de peso), além de aumentar os gastos com concentrado. Como exemplo, podemos citar o produtor assistido pelo PDPL/PCEPL, Sr. José Maria de Barros (Faz. Lima Itapeva), de Presidente Bernardes, MG. Foram destinadas duas áreas da fazenda para o plantio do milho silagem, utilizando híbridos simples e seguindo as recomendações de plantio (espaçamento, número de sementes por metro, adubação, etc.) e técnicas de controle de pragas. O detalhe da fazenda está no sistema de irrigação por aspersão adotado em uma das áreas, cuja produtividade alcançada na área não irrigada e irrigada foi 52 ton/ha e 63 ton/ha, a um custo por tonelada de matéria natural (R$/ ton MN) de R$71,25 e R$56,95, respectivamente. Esses resultados só reforçam a importância da técnica da irrigação, conseguindo suprir as exigências em água da cultura, garantindo maiores produtividades, refletindo um menor custo de produção da mesma. Portanto, você produtor que quer garantir o seu sucesso na pecuária leiteira, fique atento com a próxima safra. Planeje a compra dos insumos (calcário, fertilizantes, inseticidas, etc.) na entressafra, não deixe de seguir as recomendações técnicas para a implantação e manejo das culturas em sua propriedade. Devendo ficar atento às condições climáticas para planejar melhor o plantio e a colheita. Curso de Inseminação: Capacitação da mão de obra Bruno Marzullo Ribeiro Estudante de Medicina Veterinária A inseminação artificial é uma das principais ferramentas para melhorar a genética dos rebanhos. É um mercado que movimenta por ano, cerca de R$ 400 milhões, entretanto, apesar de ser uma técnica que garante melhorias genéticas e lucro financeiro, apenas 10% das matrizes dos rebanhos no Brasil são inseminadas. E um dos principais entraves encontrados pelo pecuarista é a falta de mão de obra qualificada. Em várias propriedades, tanto de gado leiteiro quanto de corte, para aumentar a eficiência produtiva do rebanho, têm-se decidido por investir em cursos de capacitação de mão de obra. Ainda que muitos não dêem a devida importância para este assunto, poupando investimentos no curto prazo, é possível perceber que há um considerável aumento de custo devido à baixa produtividade, falta de qualidade e alta rotatividade. Dessa forma, capacitar funcionários é um investimento com retorno garantido para a empresa, influenciando significativamente os seus resultados e o seu crescimento. Observando que as soluções podem vir através de parcerias com todos os envolvidos na cadeia produtiva do leite o Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira – PDPL, acreditando no desenvolvimento e crescimento sustentável da pecuária leiteira, oferece serviços de forma a promover o desenvolvimento, crescimento e aumento da renda e da lucratividade do produtor de lei- te. Dentre os serviços disponibilizados, está o Curso de Inseminação Artificial oferecido aos produtores e funcionários conveniados com o programa. Esse curso conta com uma parte prática e uma parte teórica, ministrada na própria propriedade. Os alunos do curso, que podem ser os reitireiros das propriedades ou os próprios produtores, primeiramente são orientados sobre as vantagens, desvantagens e os fatores determinantes para o sucesso da técnica, por meio de uma palestra, posteriormente os alunos treinam passar a cervix, montar e utilizar corretamente o aplicador de sêmen em peças anatômicas de úteros de vacas e posteriormente seguem o mesmo protocolo da Inseminação Artificial, treinados anteriormente, em animais devidamente selecionados. Após a confirmação dos monitores do curso, de que os alunos estão aptos a inseminar, eles já podem exercer o papel de inseminador nas propriedades que trabalham e ainda recebem um certificado de conclusão do curso. E é com esse emprenho e dedicação que o PDPL nesse ano, já atendeu há 8 propriedades, formando e capacitando 8 alunos, tornando se parte de mais uma tecnologia utilizada nas propriedades. Muitas vezes os melhores treinamentos acontecem na beira do cocho, dentro da sala de ordenha, em cima do caminhão de adubo. O principal benefício não está no conforto, mas, sobretudo, na satisfação pessoal das pessoas que passam a tornar-se “entendidos” daquelas que são suas atividades e as realizam com prazer e sabedoria. Como reduzir a CCS de uma propriedade leiteira Letícia Magri P. Ramos Estudante de Zootecnia no leite. O passo seguinte é a imersão dos tetos em solução desinfetante (Pré-dipping) seguida da secagem dos tetos com papel toalha descartável. As teteiras são acopladas e, após a ordenha completa, devem ser retiradas e os tetos passarão por uma nova imersão em solução desinfetante (Pós-dipping). 3. Tratamento dos casos de mastite clínica: O tratamento dos casos visa curar casos de mastite clínica de maneira rápida e eficiente, diminuindo o desconforto e assegurando o bem estar animal; eliminar a infecção, prevenir sua recorrência, diminuir sua disseminação para quartos sadios e para as outras vacas do rebanho. Restaurando assim a qualidade do leite dos quartos infectados. 4. Terapia da vaca seca: A terapia da vaca seca tem como objetivo curar as infecções sub clínicas existentes e prevenir novas infecções durante o período seco, já que nessa fase há possibilidade de utilizar antibióticos que permanecem maior tempo no úbere do animal. 5. Limpeza e manutenção dos equipamentos de ordenha: A ordenha deve ser realizada de forma a minimizar lesões nos tetos e reduzir a transferência de bactérias entre vacas durante a ordenha. Portanto, o equi- pamento de ordenha deve ser dimensionado de acordo com padrão e a realidade de cada propriedade; e a assistência técnica programada deve ser uma realidade da fazenda. 6. Segregação e descarte dos animais com mastite crônica: O descarte dos animais com mastite crônica é uma das práticas mais importantes de controle de mastite contagiosa, no entanto, é muito pouco adotada nas fazendas. Obviamente o descarte deverá considerar outros fatores como idade, estágio de lactação, valor zootécnico etc. A segregação ou separação de animais com mastite para que estes sejam ordenhados por último, também é uma prática bastante importante, principalmente em rebanhos com alta prevalência de infecções causadas por agentes contagiosos. Hoje, deveríamos considerar ainda um sétimo ponto no programa, correspondente ao treinamento de mão de obra, que é cada vez mais crucial na atividade leiteira. Os funcionários, gerentes e proprietários devem estar cientes da importância de seguir os protocolos, garantindo que o programa funcione e que seja corrigido o mais rápido possível, caso algum ponto venha a falhar. REPRODUÇÃO Nos anos recentes, vem aumentando a demanda por produtos lácteos de alta qualidade, tanto pelos consumidores, quanto pela indústria. Essa busca é refletida na realidade do produtor e cada vez mais existe a necessidade de matéria prima (leite cru) de boa procedência. Alguns fatores, como a segurança do ponto de vista da saúde pública, direcionam o uso da contagem de células somáticas (CCS) como medida da qualidade do leite. A CCS no leite é um sinal de inflamação da glândula mamária da vaca, quando os microrganismos invadem um quarto do úbere e começam a se multiplicar, o organismo da vaca responde aumentando o número de células de defesa para combater a infecção. A principal razão com a preocupação em manter baixos os níveis de CCS nos rebanhos é econômica. Há uma perda crescente de produção de leite à medida que aumenta a CCS do leite total do rebanho. A interferência direta de altas CCS com a composição química do leite e a relação entre altas CCS e as taxas de infecção dos quartos mamários são outras razões para a necessidade de redução da CCS. Quando existe no rebanho um problema de alta CCS uma série de fatores devem ser avaliados. As medidas de controle são conhecidas desde a década de 60-70 e podem ser aplicadas de forma efetiva tanto em rebanhos pequenos ou grandes, confinados ou a pasto. Este conjunto de medidas é conhecido como Programa dos 6 Pontos, que abrange as seguintes medidas: 1. Higiene e conforto dos animais: A correta rotina inicia-se antes dos animais chegarem à sala de ordenha, sendo importante que as vacas permaneçam em local limpo, seco, tranqüilo, confortável, com boa disponibilidade de água e área de cocho adequada. A ordenha deve ser um processo rotineiro, para evitar os fatores que podem interferir com o sistema imune e os mecanismos de defesa da glândula mamária, aumentando o risco de infecções intramamárias. 2. Rotina de ordenha: O primeiro passo para iniciar a ordenha é a higienização das mãos dos operadores. O procedimento a partir deste ponto segue uma sequência lógica que se inicia no teste da caneca de fundo escuro, objetivando a observação de grumos As 10 maiores produtividades do mês de Fevereiro de 2015 As 10 maiores produtividades do mês de Fevereiro de 2015 Ord Produtor Município Produção 1 Antônio Maria Cajuri 134200 2 Joaquim Júnior Dores do Turvo 52933 3 Hermann Muller Visc. do Rio Branco 52481 4 Marco Túlio Oratórios 48693 5 Rafaela Araújo Guaraciaba 43072 5 6 Paulo Cupertino Coimbra 43100 6 7 Cristiano Lana Piranga 31117 7 8 Sérgio Maciel Coimbra 23140 8 9 Cláudio Cacilhas Visc. do Rio Branco 20618 10 Ozanan Moreira Ubari 19859 Ord Produtor Município Produtividade por vaca em lactação Produtividade por total de vacas 1 Antônio Maria Cajuri 24,8 22,2 2 Rafaela Araújo Guaraciaba 21,8 17,9 3 Áureo de Alcântara Guaraciaba 19,0 16,4 4 Paulo Cupertino Coimbra 18,9 16,2 Rogério Barbosa Teixeiras 19,5 16,1 José Maria de Barros Pres. Bernardes 19,3 15,5 José Francisco Gomide Cajuri 17,5 14,3 Ozanan Moreira Ubari 20,4 13,9 9 Cláudio Cacilhas Visc. do Rio Branco 15,1 12,8 10 João Bosco Porto Firme 14,7 12,5
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