Hurricane
Transcrição
Hurricane
Anos 2000 Operação Hurricane A operação foi desencadeada pela Polícia Federal (PF) no dia 13 de abril de 2007, em quatro estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Distrito Federal. A Operação Hurricane (“furacão”, em inglês) colocou 25 pessoas na cadeia. As investigações duraram cerca de um ano, a partir de dados recolhidos nas operações Gladiador e Cerol, que prenderam policiais e outros servidores públicos ligados aos bingos e à máfia dos caça-níqueis. O objetivo da operação era desarticular uma organização criminosa de exploração do jogo ilegal e crimes contra a administração pública. A operação, que foi considerada a maior operação de combate à corrupção no Judiciário, revelou o envolvimento de vários políticos com os bicheiros. Foi constatado que autoridades do Judiciário vendiam sentenças, enquanto outros integrantes da organização passavam informações privilegiadas para bicheiros e donos de casas de bingo e de máquinas caça-níqueis. O grupo também foi acusado de lavagem de dinheiro e corrupção, entre outros crimes. A Polícia cumpriu 70 mandados de busca e apreensão na operação, resultando em 25 pessoas presas. Entre os presos estavam o ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-RJ), o desembargador José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador Ricardo Regueira, também do TRF do Rio; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas (SP); o procurador Regional da República, João Sérgio Leal Pereira e o delegado da PF de Niterói, Carlos Pereira. O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Medina, foi investigado por conceder liminar liberando 900 máquinas caça-níqueis apreendidas na 1 operação Vegas 2 da PF; seu irmão, o advogado Virgílio de Oliveira Medina, foi preso, pois escutas gravadas pela PF revelaram que Virgílio negociou uma decisão judicial por R$ 1 milhão. Foram presos também três contraventores da cúpula do jogo do bicho do Rio, Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, presidente da Liga das Escolas de Samba; Aniz Abrahão David, o Anísio presidente da Beija-Flor; e Antônio Petrus Kalil, o Turcão, acusados de pagarem propina em troca de medidas judiciais para facilitar o funcionamento de bingos e bares com máquinas caça-níqueis. Três delegados federais e outras 14 pessoas, algumas ligadas a casas de bingo e bancas do bicho no Rio, também foram presas. Os nomes de vários delegados da polícia também foram mencionados. Na casa de um dos bicheiros, Júlio Cesar Guimarães Sobreira, sobrinho de Capitão Guimarães, foram recolhidos R$ 9 milhões. A PF apreendeu R$ 10 milhões, uma frota de carros de luxo e relógios que foram avaliados em R$ 2,7 milhões. Durante a semana seguinte às prisões da Hurricane, surgiram suspeitas de que outras autoridades estariam envolvidas na organização criminosa, como o assessor especial do ministro da Justiça, Tarso Genro; o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, delegado Zaqueu Teixeira; a deputada federal e inspetora licenciada da Polícia Civil Marina Maggessi e o ex-secretário de Segurança Pública do Rio delegado, José Roberto Precioso Jr. Na prisão dos 25 suspeitos da Hurricane, a Polícia Federal alegou que aquele se tratava apenas do primeiro passo para desarticular uma rede criminosa que estaria infiltrada nos poderes Judiciário e Executivo do Rio, tendo outros futuros desdobramentos. Fontes: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/04/25/295505056.asp http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/06/01/296004751.asp http://www.muco.com.br/materia.aspx?id=21496&idCanal=13 2