SHAVUOT A outorga da Torá - Revista Nascente

Transcrição

SHAVUOT A outorga da Torá - Revista Nascente
SHAVUOT
A outorga
da Torá
Iyar / Sivan 5776
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Iyar / Sivan 5776
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Iyar / Sivan 5776
Editorial
Um filho
de três anos
Para elucidar mel hor o conceito
c os t u m ava
de punição, o melhor é lembrar-se do
brincar próximo a uma janela de vidro.
exemplo do pai que educa seu filho. Ao
Batucava com sua mão no vidro, às ve-
educar uma criança, explicar, advertir,
zes chutava-o, e chegava até a experi-
fixar limites, corrigir e castigar são os
mentar o barulho que a cabeça emitia
maiores símbolos do amor que o pai
contra o vidro.
sente pelo filho. Assim também, há re-
Percebendo o risco iminente, o pai
médios muito amargos aplicados com
explicou ao garotinho o perigo da brinca-
muito carinho. Quase sempre os trata-
deira. Mas não adiantou. Então o pai or-
mentos corretivos – físicos ou não – são
denou que o menino parasse de brincar.
mais dolorosos para o pai amoroso do
Ele não deu ouvidos. O pai levantou a voz,
que para o filho.
dando um pequeno susto no filho. Nada.
A atenção que o pai concede ao filho
Afastou-o da janela. Ele voltou. Deixou-o
é prova de sua preocupação e carinho.
de castigo por cinco minutos. Meia hora
Deixar o filho agir a bel-prazer, sem qual-
depois lá estava ele novamente. Nada de
quer reprimenda ou corretivo, é prova de
doces até o fim do dia!
crueldade.
Que pai amoroso deixaria seu filho
Em Shavuot costuma-se ler Megui-
comer qualquer coisa, frequentar qual-
lat Rut. Este livro representa o símbolo
quer ambiente, viajar de carro em meio
de chêssed – da bondade. Em Shavuot
a uma tempestade?
comemoramos a Outorga da Torá. Como
D’us não prescreveu punições a Seus
a Torá manifesta a Bondade Divina do
filhos que transgridem Sua vontade por
começo ao fim, estudamos Meguilat Rut
mal, por vingança, mas unicamente por
justo nesta oportunidade.
Sua Bondade absoluta.
Cientes da característica absoluta de
D’us, que criou o mundo, o corpo e a
Bondade Divina, muitos yehudim afir-
alma das pessoas, conhece os melhores
mam: “Eu não cumpro todos os manda-
caminhos e os melhores corretivos para
mentos da Torá, mas não consigo acredi-
o corpo e para a alma.
tar que receberei punições por isso. D’us
Ao comemorarmos Shavuot, lembre-
não é cruel! Certamente Ele não me casti-
mos da Bondade Divina e dos corretivos
garia nem Se vingaria de mim porque eu
consequentes dela. Lembremos também
não cumpro o Shabat e não como casher!”.
que um pai bondoso incentiva, premia e
Este argumento é forte e parte de
acaricia com muito mais veemência do
uma premissa certa: D’us não é cruel e
que pune. Lembremos, principalmente,
não faz o mal a alguém por não cumprir
de agradecer e agradar a nosso Pai, cuja
Sua vontade.
Bondade é infinita.
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Nº 144
SHAVUOT
A outorga
da Torá
Capa:
Nesta Edição
Shavuot
Comemorando I,
pág. 18.
Expediente
A revista Nascente
é um órgão bimestral de divulgação da
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08
Pensando Bem I
“Dois nomes, um povo!”.
A história de um Berit Milá
após um atentado terrorista
supervisão: Rabino Isaac Dichi
diretor de redação: Saul Menaged
colaboraram nesta edição:
Ivo e Geni Koschland
e Silvia Boklis
projeto gráfico e editoração: Equipe Nascente
editora: Maguen Avraham
tiragem: 10.500 exemplares
O conteúdo dos anúncios
e os conceitos emitidos nos artigos
assinados são de inteira responsa­bilidade
de seus autores, não representando,
necessariamente, a opinião da diretoria da
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de seus associados.
Os produtos e estabelecimentos casher
anunciados não são de responsabilidade da
Revista Nascente. Cabe aos leitores indagar
sobre a supervisão rabínica.
A Nascente contém termos sagrados.
Por favor, trate-a com respeito.
Variedades II
Variedades I
“Esses Carros
Curiosos!...”
“Frutas Exóticas”.
18
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51
“A Outorga da Torá”.
“Lembrete”.
Datas e horários
judaicos, parashiyot
e haftarot para os
meses de Shevat e
Adar.
Comemorando I
Rabino I. Dichi
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14
Comemorando II
Datas & Dados
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Variedades III
“Maravilhoso
Mundo Animal”.
30
Nossa Gente
Acontecimentos que
foram destaques na
comunidade.
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Dinheiro em Xeque
De Criança
para Criança
“Nome do Filho”.
A lei judaica sobre casos
monetários polêmicos
do dia a dia.
“Chocolate
Amargo”.
Chayim Walder
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“Diamantes
ou Conforto?”.
“Shavuot”.
Era Uma Vez
Guimatriyá
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49
“A Importância
das Berachot”.
“Palavras
Cruzadas e
Ilusão de Ótica”.
Leis e
Costumes
Passatempos
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Pensando
Bem II
“Pensamentos”.
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Visão Judaica
“A Outra Realidade”.
Yochanan David Salomon
Rabino I. Dichi
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P ensando Bem I
Dois Nomes,
Um Povo!
Dois dias após um trágico atentado terrorista
em Chevron, a família Rosen, em Miami, recebeu a
inspiração necessária para dar o “nome certo” a seu filho
recém-nascido – uma surpreendente homenagem a três
almas judias – mesmo sem saberem.
Em
novembro de 2015 a família Rosen,
de Miami, Flórida, estava celebrando
o nascimento de seu filho, um menino cujo nome
ainda não haviam decidido. Todos estavam realmente muito animados. Já tinham feito todos os
preparativos para o Berit Milá, mas ainda não
sabiam que nome dar à criança.
Indecisos, os Rosen procuraram um rabino a
fim de obterem alguma ajuda na escolha do nome.
O rabino lhes respondeu que todo pai e mãe judeus são abençoados com a inspiração Divina no
momento em que escolhem um nome para seus
filhos. Um nome judaico não é apenas um apelido
que se atribui a alguém, mas um nome sagrado,
que surge com um propósito e uma missão específicas nesse mundo – o nome de um indivíduo
descreve de fato a sua essência.
“Andrew Rosen e sua esposa não sabiam
que nome dar ao seu filho, até que
tiveram uma ‘inspiração’.”
Após esta conversa, os pais da criança se
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Pensando Bem I
puseram a rezar para encontrar o
“nome certo”.
Em uma quinta-feira, três dias
antes do Berit Milá, a Sra. Rosen
conversou com o seu pai sobre sua
indefinição na escolha do nome do
bebê. Seu pai mencionou a ela sobre um avô que ele teve, que fora
uma pessoa muito especial, digno
de homenagens. Seu nome era David Chay. Caso eles decidissem dar
o nome do avô a este novo descen-
“Quando a Maguen David Adom chegou, já não havia mais
tempo para salvar Yaakov e Netanel.”
“Caso eles decidissem dar o
nome do avô, David Chay, este
certamente seria um grande
mérito para sua alma.”
Mais tarde, naquele mesmo dia, a
Pai e filho, Yaacov (44) e Netanel
Sra. Rosen recebeu um telefonema de
(18) Litman, haviam sido assassi-
sua mãe. Ela estava muito emociona-
nados dois dias antes daquele Berit
da e orgulhosa de sua filha. A mãe
Milá, no dia 13 de novembro, em um
da Sra. Rosen recebera um telefone-
atentado terrorista na cidade de Che-
ma de uma amiga elogiando muito
vron. Toda a família Litman estava
o nome que tinham escolhido para
dentro do carro a caminho do “Sha-
o bebê. Disse que fora muito nobre
bat Chatan” – o Shabat anterior ao
e louvável da parte da família Rosen
casamento de uma das filhas da fa-
escolher os nomes das vítimas de um
mília – quando foram surpreendidos
atentado terrorista em Israel na sex-
por um grupo de palestinos armados
ta-feira anterior ao Berit.
que não hesitou em abrir fogo contra
dente, certamente seria um grande
mérito em memória de sua alma,
além de servir como bom exemplo e
influência para a criança.
No domingo, dia 15 de novembro
de 2015, durante o Berit Milá, eis
que chega o momento de nomear
o bebê. O Sr. Andrew Rosen, agora
bastante seg u ro q uanto ao nome
escolhido, dita o nome de seu filhinho para o rabino repetir: “Netanel
Yaacov”!
O s pa i s n ã o s a bi a m de onde
havia surgido o nome mas, de alguma maneira, algo em seu íntimo
dizia ser o “nome certo” para aquele
“Seu filho mais velho, Netanel, ainda teve tempo de entrar em
contato com as autoridades, mas logo foi abatido.”
bebê.
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Pensando Bem I
cimentos não haviam chegado aos
ouvidos dos Rosen antes do Berit
Milá. Eles nunca pensaram em homenagear as vítimas do brutal atentado terrorista.
A história por si só já parecia
bastante fascinante, a ponto de os
pa is começa rem a pesq u isa r em
suas árvores genealógicas se havia
algum registro de um nome similar,
mas não acharam nada. Decidiram
então estender suas buscas para os
artigos publicados sobre a família
“Era como se o avô David Chay tivesse escolhido a dedo
o nome dos dois mártires para a criança!”
vítima do atentado. Foi então que
ficaram pasmos ao descobrir que os
dois homens que foram assassinados no atentado não tinham apenas
“Ficaram pasmos ao descobrir
que os dois homens que foram
assassinados possuíam um
segundo nome.”
o carro de Yaacov Litman. Seu filho
um nome. Cada um deles possuía
mais velho, Netanel, ainda teve tempo
um segundo nome: Rabi Yaacov cha-
de entrar em contato com as auto-
mava-se “Yaacov David”, enquanto
ridades, mas foi logo abatido pelos
Netanel chamava-se Netanel Chay!
terroristas. Em um ato de bravura, o
Era como se o avô David Chay, que
filho mais novo de Yaacov conseguiu
eles pensaram em homenagear a
chamar a Maguen David Adom, mas
princípio, tivesse escolhido a dedo
quando a ambulância chegou já não
o nome dos dois már tires para a
havia tempo para salvar seu pai e
criança!
irmão. Ele, sua mãe e as irmãs mais
O vivo e o morto, o assassinado
novas, de 11, 9 e 5 anos, escaparam
e o recém-nascido, as gerações pas-
do massacre. É possível que os terro-
sadas e futuras do povo judeu estão
ristas não os tenham visto no banco
de fato conectadas. Mesmo separa-
traseiro, por conta do vidro escuro
das por fusos horários, oceanos e
adesivado do carro. A irmã mais ve-
continentes, a alma do povo judeu
lha, que se preparava para casar, não
é uma só e está ligada em todo o
estava no carro.
mundo, seja em momentos alegres
Entretanto, esses tristes aconte-
ou tristes.
Parabeniza a Congregação
pela divulgação dos valores
judaicos!
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Iyar / Sivan 5776
Personal diet
Reeducação alimentar
Obesidade, Hipertensão, Diabetes,
Colesterol, Triglicerídeos
[email protected]
Portal judaico brasileiro
(11) 99138-2476
Aqui você encontra as últimas edições da sua revista Nascente e muito mais:
Fotos e vídeos dos eventos da comunidade judaica
Áudios e vídeos com ensinamentos do Rabino Isaac Dichi
Aulas de Daf Hayomi com o Rabino Daniel Faour
www.revistanascente.com.br
E muito mais!
D inheiro em Xeque
Nome do Filho
Sará
era uma senhora viúva que sofria
pedido era injusto. Dizia que seu pai merecia esta
muito com o recente falecimento de
linda homenagem.
Efráyim, seu querido marido.
Mas, Baruch Hashem, logo ela foi brindada com
o nascimento de um lindo netinho.
A alegria em toda a família foi enorme!
O dia do Berit Milá aproximava-se e Reuven foi
perguntar ao seu rabino se deveria dar o nome de
seu pai para o bebê ou se deveria escutar sua mãe e
não dar o nome de Efráyim para o filho.
Seu filho Reuven e todos os demais familiares
queriam muito homenagear o falecido pai dando
O Veredicto
seu nome para o bebê. Porém, quando ficou saben-
O Rav Yitschac Zilberstein Shelita fez esta per-
do, Sará pediu ao filho para não dar à criança o
gunta ao seu cunhado, o Gaon Rav Chayim Ka-
nome de seu falecido marido. Ela alegava que, toda
nievsky Shelita, que respondeu para não dar o nome
vez que fosse olhar para seu neto, iria se lembrar
do falecido para o bebê. Apesar de ser uma mitsvá
de Efráyim e começaria a chorar.
honrar o pai falecido desta forma, isso machucaria a
Reuven ficou muito chateado com o pedido da
mãe. Ele achava que ela não tinha razão e que seu
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viúva. Neste caso, devemos nos preocupar mais com
o seu sofrimento, e abdicar de honrar o pai.
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Dinheiro em Xeque
O c oment a r i s t a do Shulch an
após a morte, de qualquer maneira,
Aruch Shabetay Cohen (o Shach),
a honra principal que precisa ser
esc reveu ( Yorê Deá 240, 20) q ue
concedida é em vida.
apesar de um filho estar isento de
Sendo assim, o f il ho deve dar
honrar um pai malvado, de todos os
preferência à honra da mãe, uma
modos está proibido de lhe causar
vez que está viva, em detrimento à
um sofrimento.
honra do pai, que já faleceu.
O Kêssef Mishnê (Hilchot Muma-
Independente d isso, supomos
rim 6, 7) diz que, para não causar
também que Efráyim, agora no seu
sofrimento ao pai, o filho deve estar
descanso eterno, ficaria muito feliz
disposto a perder todo o dinheiro do
em não receber essa homenagem,
mundo.
sabendo que com isso evitaria o so-
Por t a nto, de todas essas opi-
frimento de Sará.
niões, aprendemos que devemos nos
Finalmente, uma última conside-
preocupar mais com o sofrimento do
ração é levar em conta que a opção
que com a honra dos pais.
de nomear um filho com o nome de
Além disso, podemos acrescen-
Efráyim permanece, uma vez que no
tar às palavras do Rav Kanievsky
futuro o filho ainda poderá ganhar
Shelita o que foi dito pelo concei-
outros bebês e homenagear o pai
tuado sábio “Nodá Bihudá”. No caso
sem causar sofrimento à mãe, uma
de pais separados que solicitam si-
vez que a dor da perda do marido
multaneamente favores ao filho, ele
não estará tão recente.
Mauricio Dayan
AULAS DE
BAR-MITZVAH
TEL: 99933-8828/ 3666-0438
pode decidir a quem quer obedecer
primeiro. Porém, no caso de u ma
viúva é diferente. Suponhamos que
o pai lhe ordenou, ainda em vida,
que seguisse determinado comportamento após sua morte. Se a mãe
viúva lhe ordenar algo diferente, então o filho precisa abrir mão da honra do pai e deve honrar a mãe, pois
é melhor honrar uma pessoa viva do
que a uma pessoa morta.
Apesar de que precisamos honrar os pais tanto em vida q uanto
Iyar / Sivan 5776
Do semanário “Guefilte-mail”
([email protected]).
Traduzido de aula ministrada pelo Rav
Hagaon Yitschac Zilberstein Shelita
Os esclarecimentos dos casos estudados
no Shulchan Aruch Chôshen Mishpat são
facilmente mal-entendidos. Qualquer
detalhe omitido ou acrescentado pode
alterar a sentença para o outro extremo.
Estas respostas não devem ser utilizadas na
prática sem o parecer de um rabino com
grande experiência no assunto.
LEILÃO DE IMÓVEIS
Sami Raicher
LEILOEIRO OFICIAL | JUCESP 930
e-mail: [email protected]
www.raicherleiloes.com.br
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Variedades I
Entre as maravilhas do Universo,
estão as belas e saudáveis
F R UTA S
EXÓTICA S
A diversidade das frutas é enorme. O que é comum aqui, pode ser considerado
uma iguaria bastante rara do outro lado do mundo.
Embarque conosco nessa viagem pelos continentes, conheça um pouco sobre
as frutas mais exóticas que existem por aí e descubra um novo mundo de
formas, cores e sabores!
MALÁSIA
Rambutão
Nephelium lappaceum
Malásia
Nome científico:
Natural de:
Conhecida também como “delícia do pacífico”, essa
frutinha avermelhada se assemelha bastante à lichia e ao
longan, com uma casca grossa (não comestível) e polpa
bastante doce.
Adepto ao clima tropical, o rambutão já teve seu plantio
introduzido no Brasil para cultivo comercial. Apesar de
poder ser utilizado na produção de sucos e sobremesas, o
mais comum é o consumo in natura.
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Variedades I
INDONÉSIA
Salak
Salacca zalacca
Indonésia
Nome científico:
Natural de:
Oriundo das ilhas da Indonésia, mais exatamente de
Java e Sumatra, o salak é também conhecido como
“fruta-cobra”, por conta de sua casca que se assemelha
às escamas de uma serpente.
Essa frutinha exótica tem a crocância de uma maçã e
um aroma que se assemelha bastante ao de um lírio.
É rica em cálcio, ferro, potássio, vitamina C, betacaroteno e, principalmente, em carboidratos.
GUINÉ
Ackee
Blighia sapida
Costa da Guiné
Nome científico:
Natural de:
Apesar de a fruta ser nativa da África, seu consumo é
muito apreciado na Jamaica, onde o ackee é ingrediente
do principal prato da culinária local, servido com
bacalhau.
Apesar da aparência vistosa e suculenta, seu consumo
deve ser feito de maneira cautelosa, já que apenas a
polpa branca é apta para o consumo. Já a semente
preta e a parte alaranjada são repletas de um veneno
conhecido como “hipoglicina”, capaz de causar vômito
e até levar ao óbito quando ingerido em grandes
quantidades.
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Variedades I
Kino
Cucumis metuliferus
África do Sul
Nome científico:
Natural de:
Também conhecido como “pepino africano” ou
“chifrudo”, o kino tem a sua casca coberta por pequenos
espinhos, enquanto o interior lembra bastante um
pepino ou um maxixe.
Se colhido verde, para amadurecer separado da planta,
possui um sabor similar ao do kiwi. Se for colhido já
maduro, seu paladar se acentua e lembra bastante o
gosto da banana.
ÁFRICA
DO SUL
INDONÉSIA
Durião
Durio zibethinus
Brunei, Indonésia e
Nome científico:
Natural de:
Malásia
Conhecido como “o rei das frutas”, o durião lembra
bastante uma jaca, tanto na aparência quanto no
tamanho. Sua marca registrada é o seu cheiro forte,
geralmente associado à carne podre. Não por acaso é
proibido transportá-lo em alguns ambientes públicos
na Ásia.
Nativos locais descrevem seu sabor e textura como um
creme de ovos com um toque de amêndoas. Se você
estiver interessado em aventurar-se e provar o durião,
comece com a fruta verde, de sabor menos acentuado...
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Variedades I
FRUTAS BRASILEIRAS
Umbu
Spondias tuberosa
Caatinga
Nome científico:
Natural de:
O umbuzeiro é denominado por muitos autores como
a “árvore sagrada do sertão”. O nome da fruta vem do
tupi-guarani, “ymbu”, que quer dizer “árvore que dá de
beber”.
De textura aveludada e sabor levemente azedo, o umbu
é bastante rico em vitamina C e utilizado em doces e
geleias.
Buriti
Mauritia flexuosa
Cerrado
Nome científico:
Natural de:
O buriti é o fruto de uma palmeira bastante alta que
pode ser encontrada por toda a região do cerrado
brasileiro.
Rico em vitaminas A, B e C, o fruto do buriti é bastante
utilizado na produção de doces, sucos, sorvetes, licores e
vinhos. O óleo extraído da fruta é rico em caroteno.
Bacuri
Scheelea phalerata
Cerrado / Mata dos Cocais
Nome científico:
Natural de:
O bacuri é uma das frutas mais populares da região
norte e de outros estados vizinhos à região amazônica,
sendo inclusive o símbolo da cidade de Teresina, no
Piauí.
A fruta mede em torno de 10 cm de diâmetro e tem uma
casca bastante dura e resinosa. Tanto o óleo quanto a
manteiga de bacuri têm aplicações fitoterápicas.
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Comemorando I
A Outorga da Torá
D’us prefere, quase sempre, que Suas vontades se
realizem sem que sejam milagres aparentes; que sejam
encobertas pelo meio comum – a natureza – que é
comandada por Ele.
Rabino Isaac Dichi
Em
Shavuot comemora-se a Outorga da
teúdo e as condições de uma proposta antes de
Torá. Vejamos algumas considerações
comprometerem-se a cumpri-la. Porém, antes de
sobre este magno acontecimento e sobre os Dez
o Todo-Poderoso outorgar a Torá, o povo, ao ser
Mandamentos.
consultado, disse: “Naassê venishmá” – faremos e
Em Parashat Vaetchanan, que aborda os Dez
ouviremos. Estavam dispostos a aceitar os manda-
Mandamentos, a Torá pede para que sempre nos
mentos sem contestá-los e somente depois saber do
recordemos do que nossos olhos viram quando
que se tratava.
D’us outorgou a Torá no Monte Sinai (Devarim
Sobre isso, o Talmud relata que D’us exclamou:
04:09): “Rac hishámer lechá ushmor nafshechá
“Quem contou aos Meus filhos o segredo dos anjos?”
meod pen tishcash et hadevarim asher raú enê-
Pois os anjos não têm vontade própria. Estão sem-
cha ufen yassúru milevavechá col yemê chayêcha
pre fazendo a vontade do Criador. No momento em
vehodatam levanêcha velivnê vanêcha” – Somente
que os Filhos de Israel disseram “faremos e ouvire-
guarda-te a ti mesmo e guarda muito tua alma,
mos”, D’us constatou que eles estavam se conduzin-
para que não esqueças as coisas que os teus olhos
do como os anjos. Observariam Suas vontades sem
viram e que não saiam de teu coração todos os
contestar. Então o Todo-Poderoso “Se perguntou”:
dias de tua vida e as farás conhecer aos teus fi-
“Quem é que descobriu esta fórmula: a de anular to-
lhos e aos filhos de teus filhos.
talmente as próprias vontades perante as vontades
Três dias antes da Outorga da Torá, o Todo-Po-
de D’us e aceitar a Torá sem questionar?” Este foi
deroso disse a Moshê que avisasse o povo para que
um sinal de que naquele momento atingiram o nível
se preparasse de forma adequada para recebê-la.
dos anjos, que não possuem vontade própria e estão
Um acontecimento de tamanha importância não
sob controle da vontade de D’us. Somente naquele
poderia ser realizado repentinamente, sem os devi-
instante os judeus atingiram este grau.
dos preparativos.
Normalmente as pessoas querem saber o con18
Sabemos que estavam presentes no Matan Torá
– a Outorga da Torá – todas as pessoas que saíram
Iyar / Sivan 5776
Comemorando I
do Egito (600.000 homens entre 20
Shechiná – a Presença Divina – pode-
mez – uma referência – de que exis-
e 60 anos, mais idosos, mulheres e
ria pousar e o cume da montanha era
tem 613 mandamentos na Torá. Isso
crianças) e também todas as almas ju-
como se fosse o Côdesh Hacodashim
porque o valor das letras da palavra
dias que já passaram por este mundo
– o lugar mais sagrado –, pois foi de
Torá é 611 ( ‫ =ת‬400 + ‫ = ו‬6 + ‫ = ר‬200 +
ou ainda passarão. Como consequên-
lá que o Todo-Poderoso transmitiu os
‫ = ה‬5). Substituindo a palavra “Torá”
cia, não somente aqueles que saíram
Dez Mandamentos.
neste versículo por seu valor numéri-
do Egito se comprometeram com o
A Presença Divina no Grande
co, temos: “Seiscentos e onze (man-
“faremos e ouviremos”, mas nós tam-
Templo era mais concentrada, ape-
damentos) nos foram outorgados por
bém participamos desta declaração
sar de sabermos que a Shechiná – a
intermédio de Moshê”. Porém, dois
e incluímo-nos neste compromisso.
Presença Divina – está em todos os
mandamentos foram transmitidos
Por isso, todo o judeu possui dentro
lugares. É nesse sentido, então, que o
diretamente pelo Todo-Poderoso (os
de si uma força de vontade embutida
Har Sinay era como um pequeno Bêt
dois primeiros dos Dez Mandamen-
para cumprir as mitsvot, mesmo que
Hamicdash, pois foi o lugar da con-
tos): “Eu sou o Eterno teu D’us” e “Não
eventualmente queira primeiro saber
centração da Presença Divina na Ou-
terás outros deuses diante de Mim”.
os motivos.
torga da Torá.
Após ouvir estes dois mandamen-
Diz o Rambam zt”l – o Maimô-
Vemos desta ocasião e de algumas
tos, diretamente do Todo-Poderoso,
nides – que devemos cumprir a Torá
outras, que o fogo é um símbolo na
o povo, muito assustado, pediu que
porque nossos antepassados a recebe-
Torá. Na primeira vez que o Todo-Po-
Moshê fosse o intermediário para os
ram no Monte Sinai e porque a acei-
deroso apareceu a Moshê foi por in-
demais mandamentos.
tamos, declarando “faremos e ouvi-
termédio de um arbusto que ardia em
Os Dez Mandamentos não são
remos”. Porém, isso não nos exime de
fogo, mas não se consumia. O elemen-
mais importantes do que as outras
tentar compreender o conteúdo sagra-
to que mais desperta medo no homem
mitsvot da Torá. De certa forma, eles
do da Lei de D’us. Temos uma obriga-
é sem dúvida o fogo; um medo até ins-
englobam os 613 mandamentos, mas
ção de dia a dia procurar entender os
tintivo. Esta era uma forma que D’us
não têm mais valor que outros. Na
mandamentos da Torá. Evidentemen-
poderia mostrar para a humanidade
real idade, nós não sabemos q ual
te, quando o indivíduo compreende
Sua santidade e o quanto é elevado.
a recompensa por cada mitsvá da
os mandamentos, mesmo que apenas
Algo que o ser humano pudesse com-
Torá.
uma parte de sua essência, cumpre
preender.
-os com muito mais entusiasmo e de-
Refletindo um pouco sobre os Dez
O interessante é que Moshê en-
Mandamentos, chegamos à conclusão
trou no meio desse fogo para subir
que o mais difícil de ser aceito é o últi-
O “faremos e ouviremos” é o sím-
no monte. Para que Moshê entrasse,
mo: “Não cobiçarás”. Os nove primei-
bolo do judeu. Caso alguém diga que
D’us fez uma passagem. Ele poderia
ros são relativamente fáceis de serem
só cumprirá as mitsvot depois de en-
ter feito com que Moshê entrasse no
aceitos. Vejamos: basta ter fé para
tendê-las, talvez nem procure seu sig-
fogo sem nenhuma passagem e que
acreditar no primeiro mandamento
nificado e passe a vida inteira sem as
ele milagrosamente não se queimas-
(Eu sou teu D’us que te tirei do Egito)
cumprir.
se. Contudo não optou por esse cami-
e aceitar o segundo (Não terás outros
dicação.
A Torá nos conta que o Monte Si-
nho; o Criador sempre prefere a for-
deuses). Com um pouco de dignida-
nai era o mais baixo dos montes; no
ma mais natural, a que seja “menos
de compreendemos que não podemos
entanto, foi ele o escolhido para a Ou-
milagrosa”. D’us dá preferência, sem-
usar o nome de D´us jurando em vão
torga da Torá. O Todo-Poderoso quis
pre que possível, que Suas vontades
(o terceiro mandamento). Vemos que
assim ensinar a virtude da humilda-
se realizem sem que sejam milagres
existem muitas pessoas cumprindo o
de.
aparentes; que sejam encobertas pelo
Shabat e que para elas não é tão di-
meio comum – a natureza – que é co-
fícil; pelo contrário, é até um grande
mandada por Ele.
prazer. Sobre a mitsvá de honrar os
Este monte estava totalmente envolvido pelo fogo e no seu pico ele era
mais intenso. Nossos sábios dizem
Existe um versículo na Torá que
pais, dizem nossos sábios que esta
que o Har Sinay era um “mini” Bêt
diz (Devarim 33:04): “Torá tsivá lánu
mistvá é chamada “mitsvá sichlit” –
Hamicdash (Templo Sagrado). O mon-
Moshé” – A Torá nos foi outorgada por
uma mitsvá racional – mesmo que
te era o Bêt Hamicdash, lugar onde a
Moshê. Este versículo nos dá um rê-
ela não tivesse sido escrita na Torá, a
Iyar / Sivan 5776
19
Comemorando I
consciência do ser humano o obriga-
um mandamento entre o homem e
ria a respeitar quem o trouxe para o
seu próximo, mas está na primeira
mundo e o criou. Não é difícil também
pedra. Sabemos, todavia, que exis-
compreender e cumprir o preceito de
tem três “sócios” responsáveis pelo
não matar. Não adulterar (o sétimo
nascimento do ser humano: o pai, a
mandamento) é um conceito que pes-
mãe e o Criador. Sendo assim, esse
Garanta uma elevação na qualidade
e redução nas despesas da administração
de seu condomínio!
soas de boa formação compreendem
mandamento é um elo entre as mit-
perfeitamente – não somente porque
svot do ser humano para com seu
a Torá prescreve, mas também pela
semelhante e as mitsvot do ser hu-
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própria consciência. Seria necessário
mano para com o Criador. Por isso,
ter muita vontade de prejudicar al-
hon rar o pai e a mãe é o ú lt i mo
guém para transgredir o oitavo ou o
mandamento da pr i mei ra ped ra,
nono mandamento (não sequestrar e
ligando estes dois tipos de manda-
não prestar falso testemunho).
mentos. Sobre uma família na qual
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Administração de Carteiras de Locação
Locação e Vendas
O último mandamento (não cobi-
o filho respeita seus pais, o Talmud
çar), no entanto, é de difícil observân-
expl ica q ue é como se o própr io
cia.
D’us morasse com eles e estivesse
O sábio Rabi Avraham Even Ezra
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20
sendo honrado. Por isso, esta não é
zt” l, contemporâneo de Rambam,
uma mitsvá apenas entre o ser hu-
explica os Dez Mandamentos e se
mano e seu semelhante – honra-se,
prolonga neste último. Diz que mui-
ao mesmo tempo, a D’us.
tas pessoas estranham como a Torá
A i nda sobre o q u i nto manda-
pode proibir que uma pessoa cobice
mento, obser vamos que a Torá se
algo bom. Respondendo a isso, ele
refere, neste caso, primeiramente
traz o exemplo de um camponês que
ao pai e depois à mãe (honrarás o
vê todas as virtudes na filha do rei.
teu pai e a tua mãe). No entanto, em
Nunca passaria pela sua cabeça que
outra oportunidade (Vayicrá 19:03)
um dia o rei lhe daria sua filha em
consta: “Ish imô veaviv tirau” – A
casamento. Assim também devem
tua mãe e a teu pai temerás. Quan-
ser vistas as coisas que pertencem
do refere-se a “honrar”, a Torá cita
ao próximo – analogamente à filha
primeiramente o pai, e quando refe-
do rei. Os bens mater iais, assi m
re-se a “temer”, cita a mãe primeiro.
como uma esposa bonita, são dá-
Por mais singela que seja a lingua-
divas Divinas e não dependem dos
gem da Torá, todos os detalhes têm
esforços das pessoas. Assimilando
seus motivos. O Talmud explica que
esta forma de encarar os fatos, pas-
o Todo-Poderoso sabe que o f ilho
sa-se a ter consideração pelos bens
tem com a mãe mais contato, mais
do próximo e a considerá-los intocá-
intimidade. Honrar significa ajudar,
veis, sabendo que se o outro os pos-
servir, e normalmente a tendência é
sui é porque D’u assim quis.
honrar mais a mãe e temer mais o
Sobre o quinto mandamento, de
pai. Por isso a Torá inverte a posição
honrar o pai e a mãe, observamos
das referências, manifestando com
u m fato i nteressante. Os manda-
isso: Já que você respeita sua mãe,
mentos da primeira pedra são pre-
cuide-se para respeitar igualmente
ceitos entre o homem e o Criador
seu pai – citado antes neste caso. Da
e os da seg u nda, ent re o homem
mesma forma, procure temer tam-
e seu próx imo. Aparentemente, o
bém a sua mãe – citada antes nesta
mandamento de honrar os pais é
outra oportunidade.
Iyar / Sivan 5776
C omemorando II
Lembrete
Qual o nome daquela flor, mesmo?
Conta-se
uma história sobre um
Rosa! Qual é mesmo o nome do restaurante onde
senhor idoso que rela-
comemos ontem à noite?
ta a seu amigo sobre um excelente restaurante.
* * *
– A comida lá é ótima! – diz o homem.
– Os preços são razoáveis e o ambiente é realmente elegante!
Em nosso afã diário, esquecemos muitas coisas
Seu amigo lhe pergunta o nome do restaurante e
e não paramos para pensar, para fazer balanços
o senhor idoso faz um enorme esforço tentando lem-
e autoavaliações. Às vezes precisamos de um pe-
brar. Então, pedindo ajuda ao amigo, ele pergunta:
queno lembrete – mesmo para as coisas evidentes,
– Existe uma flor com belas pétalas...
que já sabemos. E isso nos traz a festa de Shavuot.
Ela tem um cabo longo... Cheio de espinhos!...
Shavuot é um lembrete anual que D’us deu a Torá
Como se chama mesmo?
– Seria uma rosa? – sugere o amigo.
ao povo judeu e que o estudo da Torá é o “sangue
de nossas veias”!
– Sim! É isso mesmo! – diz o senhor enquanto
se volta em direção à cozinha. Então ele grita: – Ei,
Iyar / Sivan 5776
Meor Hashabat Semanal
21
E ra Uma Vez
Diamantes ou Conforto
No século passado, eram muito comuns as grandes feiras comerciais
de produtos específicos, inclusive de joias e pedras preciosas, que
atraíam comerciantes de várias cidades, próximas ou não.
22
Iyar / Sivan 5776
Era Uma Vez
amenizadas pelo fato de o comer-
não foi confortável.
ciante viajar de primeira classe, re-
Em uma das pousadas, aproxi-
pousando nos melhores hotéis das
mou-se do comerciante u m rapaz
cidades intermediárias.
que o conhecia como um rico ho-
Durante uma semana, o comer-
mem de negócios, perguntando-lhe:
ciante negociou com vários vende-
– Desculpe a minha curiosidade
dores de pedras preciosas e reali-
e a minha intromissão... mas eu sei
zou bons negócios. No último dia da
quem é o senhor e sei também que
feira, todo o dinheiro que trouxera
não deveria estar hospedado nesta
destinado para as compras tinha se
pensão. O que houve?
esgotado. Sobrara apenas o neces-
O comerciante contou ao jovem
sário para gastar com o transporte
sobre o ocorrido e sobre a sua de-
e os hotéis durante a viagem de re-
cisão. Intrigado com a situação, o
gresso.
rapaz disse:
No final do dia, quando o comer-
– Entendo sua posição, mas ago-
ciante dava uma última volta para
ra que a decisão foi tomada, como
despedir-se dos amigos, um dos ven-
o senhor consegue suportar os mo-
dedores conhecidos aproximou-se
mentos de aperto? O senhor não pa-
dele com uma oferta irrecusável. O
rece angustiado!...
vendedor lhe ofereceu um magnífi-
– De fato – respondeu o comer-
co lote de brilhantes por um preço
ciante – tenho passado por várias
muito abaixo do mercado. Já estava
situações dif íceis. Mas quando eu
no final da feira e o homem estava
começo a ficar aborrecido, faço algo
ansioso por vender sua mercadoria.
que logo me reanima. Eu abro minha
Então, resolveu fazer uma última
bagagem e pego a caixinha que con-
proposta irresistível para conseguir
tém aqueles lindíssimos diamantes.
o dinheiro à vista que necessitava.
Então eu fico observando as pedras
Como o comerciante dispunha
apenas do dinheiro necessário para
preciosas até sentir-me revigorado
para seguir a viagem.
uma viagem confortável para a sua
cidade, viu-se em um dilema. Se re-
* * *
cusasse a oferta, certamente per-
Como
deria um dos melhores negócios da
Muitas vezes, em nossa “viagem”
sua vida. Se aceitasse, teria de abrir
por este mundo, nós abrimos mão de
mão de qualquer comodidade du-
vários confortos para poder cumprir
rante a viagem de volta. O dinheiro
da melhor forma nossas obrigações.
que lhe restaria caso comprasse os
Nossos f il hos, nossas mitsvot, as
brilhantes, mal e mal seria suficien-
boas ações que realizamos e o estu-
te para viajar de última classe, per-
do da Torá são muito mais valiosos
de costu me, u m
noitando em hospedagens populares
que as mais raras pedras preciosas.
bem-sucedido ne-
e fazendo refeições leves.
Então, quando, em algum momento,
gociante de joias pôs-se a caminho
O comerciante demorou alguns
sentimo-nos aborrecidos ou angus-
de uma cidade comercial a fim de
minutos aflito até tomar a decisão
tiados, basta passar algum tempo
participar da feira anual de pedras
corajosa. Passaria alguns apertos
examinando essa fortuna para con-
preciosas. Como sempre, apesar da
durante a viagem em troca da re-
seguirmos recobrar o ânimo e o vi-
moderna carruagem na qual viajou,
compensa que obteria, depois, com
gor para seguir a viagem.
o percurso demorou vários dias. As
os valiosos brilhantes.
dificuldades da longa viagem eram
Iyar / Sivan 5776
De fato, a viagem de reg resso
Baseado no Chafets Chayim
23
Pensando Bem II
Pensamentos
Cuide para que suas palavras sejam doces e macias;
nunca se sabe quando terá de tornar a engoli-las.
Você não conseguirá uma segunda oportunidade
para causar uma primeira impressão!
A dor na vida é inevitável.
Sofrer, não!
As maiores alegrias e satisfações da vida
são obtidas com os maiores esforços.
Existem duas maneiras de fracassar:
agir sem pensar e pensar sem agir!
PRESTIGIE
OS ANUNCIANTES DA
preferência
Dê Dê
preferência
a quem
a quem
com
colabora
com
colabora
a divulgação
a divulgação
valores
valores
dosdos
judaicos
judaicos
24
Iyar / Sivan 5776
Variedades II
esses carros
curiosos!...
Para alguns, o carro serve apenas como meio de transporte
e utilitário doméstico. Já para uma outra parte da população
mundial, os carros são verdadeiros xodós, totalmente customizáveis
para atender a todas as necessidades de seus donos. Confira abaixo
alguns veículos bastante curiosos e suas histórias.
O maior
Reparou que o carro da
foto ao lado tem outros dois
carros menores sob seu chassi? Pois é, e não são de brinquedo não!
O monstro da foto ao lado
é uma réplica de um Dodge
Power Wagon, porém oito
vezes maior que o original e
pesando mais de cinquenta
toneladas.
Com todo esse tamanho,
será que o dono dele consegue
encontrar vagas para estacionar?
O mais leve da
atualidade
O Renault Twizzy é, atualmente, o carro
mais leve produzido em escala industrial.
Construído em aço e recoberto de plástico e
fibra, o pequeno notável mede apenas 2,32m
de comprimento. Totalmente elétrico, o Twizzy
pesa apenas 450kg, pouco menos da metade do
peso médio de um carro “tradicional”.
Suas características peculiares fizeram
com que vários órgãos regulamentadores o
incluíssem no grupo dos quadriciclos, em vez
de compará-lo aos demais carros.
Iyar / Sivan 5776
25
Variedades II
O carro de madeira
Você já tinha visto um Chevy Cavalier com
a carroceria toda feita em madeira?
A raridade ao lado é o fruto de um ano de
trabalho do norte-americano George Heslop,
responsável pelo design e produção de todas as
peças. Pelo nível de detalhes dos ornamentos,
vê-se que George, além de apaixonado por carros, é um excelente artesão.
O carro voador
O carro ao lado é um exemplar da
série TF-X, cuja patente pertence à
empresa norte-americana Terrafugia.
As protuberâncias nas laterais, entre
o espaço que normalmente seria da
porta traseira e o porta-malas, na verdade correspondem às asas dobráveis
do protótipo.
Ainda não há uma data prevista
para a entrada do TF-X no mercado,
mas já é possível encontrar vídeos de
testes tripulados na Internet.
O supersônico
O Thrust SSC (“SuperSonic Car”) foi o primeiro veículo em terra a quebrar a barreira do
som (de aproximadamente 1235 km/h), atingindo impressionantes 1.149,29 km/h, em 1997.
Não satisfeitos com a marca, a equipe britânica responsável pela supermáquina foi para
as pistas novamente após um mês e obteve impressionantes 1.228 km/h, marca que ainda não
foi quebrada.
Atualmente a mesma equipe está desenvolvendo um novo modelo do SSC, chamado
“Bloodhound”, cuja meta é bater os 1.600 km/h.
26
Iyar / Sivan 5776
Variedades II
O modelo Mini
O Peel P50 é um microcarro com apenas três
rodas, que foi comercializado entre 1962 e 1965
pela Peel Engineering Company.
Em 2010 o P5 entrou para o livro dos recordes
como o menor carro do mundo produzido em larga
escala, com apenas 1,37m de comprimento.
Uma curiosidade sobre o P5 é que ele não possui a marcha ré. Em seu lugar, na parte de trás do
carro, há uma alça para que o carro seja “manobrado” de forma manual.
O primeiro de muitos
Embora existam relatos de que o automóvel já estava dentro dos planos do inventor Leonardo Da Vinci
durante o século XV, o mais provável é que os créditos
da invenção do carro como o conhecemos hoje pertençam a Karl Benz, inventor alemão do século XIX.
Na foto ao lado vemos um dos primeiros modelos
de um carro movido a gasolina, com produção em
série durante o ano de 1886.
Será que muita coisa mudou nesses últimos 130
anos?
O barco com rodas
Mark Ray havia feito uma aposta com a
sua família, de que seria capaz de transformar um velho barco em um carro que pudesse
trafegar pelas ruas de forma legal. Depois de
gastar cerca de £6.000, o projeto ficou pronto
e recebeu até mesmo propostas de compra de
colecionadores.
Iyar / Sivan 5776
27
L eis e Costumes
A Importância
das Berachot
As berachot equivalem ao cumprimento
de todas as mitsvot!
Rabino I. Dichi
As berachot equivalem ao cumprimento de
todas as mitsvot!
a respeito do capítulo 16 do Tehilim: “Disse o Santo,
bendito seja Ele: ‘Se comeste e disseste: Baruch Atá
“Ta’amu Ur’u ki tov Hashem” – Provai (saboreai)
Hashem (Bendito és Tu, Hashem) – ‘Tovati bal alê-
e vede que D’us é bom (Tehilim 34:9). “Disse o Todo
cha’ – não penses que te fiz um favor em te dar de
-Poderoso: ‘Cumpre todas as mitsvot que te dei na
comer do que é Meu; pois comeste do que é teu, e é
Torá. Se comeres dos frutos da terra ou das árvores,
como se tiveste cumprido toda a Torá, conforme está
recita a berachá sobre eles, pois se os comeres e
escrito: ‘Veachaltá vessaváta uverachtá’ (Devarim,
não fizeres a berachá, estarás roubando os frutos,
Parashat Êkev, cap. 8, versículo 10) – Comerás, satis-
a árvore e a terra, Àquele Que os faz crescer. Se, no
fazer-te-ás e abençoarás – e pouco antes no capítulo
entanto, o indivíduo comer e recitar a berachá, ele
8, versículo 1 está escrito: ‘Col hamitsvá...’ (Devarim,
coroa Aquele Que os criou. Por isso, provai (sabo-
Parashat Êkev, 8:1) – Toda a mitsvá...”
reai) e vede que D’us é bom.’” (Yalcut Shim’oni, para
Tehilim 34).
Portanto, aquele que faz a berachá sobre os alimentos, é como se tivesse obtido licença de D’us para
O comentário Záyit Raanan sobre o Yalcut
tirar proveito do Seu mundo. Faz com que a comida
Shim’oni (Tehilim 34), declara: “‘Todas as mitsvot’
seja considerada sua e dessa maneira não a está
significa que se recitares as devidas berachot sobre
roubando de D’us. E mais ainda: seu mérito é tão
todas as coisas, é como se cumpriste todas as mits-
grande, como se ele tivesse cumprido toda a Torá.
vot.”
Por que o peso das berachot equivale ao cumprimen-
Pelas palavras do Yalcut Shim’oni e do Zayit
to de todas as mitsvot da Torá?
Raanan conclui-se, que aquele que recita as devidas
berachot antes de comer, alcança um grau muito
As berachot levam à fé em D’us
elevado e se compara àquele que cumpre todas as
Na continuação do midrash trazido no Yalcut
mitsvot da Torá. Por que será?
28
Shim’oni está escrito: “Outra explicação para ‘Bal
O Rabi Yaacov Chayim Sofer Shelita, em seu livro
alêcha’ – é somente de você: Yuvelu col hatovot shel-
Ner Yehudá, escreve, que esse midrash ajusta-se
chá vivalu vach. Ainda outra explicação: mevalê ani
perfeitamente com o que o Yalcut Shim’oni escreve
col hatovot shebegufechá vegufechá enô balê.”
Iyar / Sivan 5776
Leis e Costumes
O livro Alê Shur (parte 2 pág. 316)
mos um versículo inteiro na Torá que
equiparada à diferença entre a vida e
explica as palavras do midrash: “Por
nos ordena a fazer berachá sobre o
a morte. A berachá traz vida e a falta
intermédio das berachot podemos
alimento, concluímos que temos uma
dela é comparada à morte, porque
degustar a bondade Divina na fruta da
obrigação veemente em tomar cuidado
aquele que comeu (sem fazer a bera-
qual tiramos proveito: cada prazer e
com as berachot obrigatórias e tam-
chá), transgride o mandamento Divi-
o seu gostinho especial. Se comermos
bém com as berachot de deleite. Todo
no que ordena fazermos a berachá,
sem fazer a berachá, estamos simples-
aquele que zela pelas berachot, mani-
ficando somente com o lado físico,
mente ingerindo um bom alimento.
festa sua fé e a pureza de seu coração,
absolutamente destituído de espiri-
Em contrapartida, aquele que faz a be-
e demonstra que seu judaísmo tem
tualidade.
rachá coroando o Criador e perceben-
raízes fortes e que ele é um chassid
Rabi Yehonatan Eibeschütz zt”l
do que está comendo coisas sagradas,
(pio, devoto) e yerê chet (temente ao
escreve em seu livro Yearot Devash,
acaba por experimentar a essência da
pecado).
parte 1, derashá 11: “Deve-se tomar
bondade Divina dentro do seu prazer.
Ou seja, o modo pelo qual o indi-
cuidado em não transgredir os precei-
Assim, adquire mais fé e reconheci-
víduo faz a berachá e o costume de
tos Divinos, estudar as leis da Torá e
mento da benevolência de D’us em
fazer questão de recitar a berachá com
resguardar os pequenos pecados que
cada prazer que tiver neste mundo.”
intenção e fervor, demonstram sua fé e
se costuma desprezar – principalmen-
Baseando-se em suas palavras,
seu temor a D’us. Ser temente a D’us e
te as leis de Shabat e yom tov e as leis
podemos deduzir que as berachot são
temer o pecado é facilmente reconhe-
de birchot hanehenin.
a chave para uma compreensão mais
cido pela maneira com que o indivíduo
De acordo com suas palavras, a
aprofundada e para uma sensação
faz a berachá. É algo que atesta a inte-
chave para o serviço Divino é o co-
mais clara da Providência Divina no
rioridade do homem.
nhecimento das leis de forma clara.
mundo. Ou seja; aquele que come algo
Subentende-se que há também
Afinal, não há meios de servir o Rei
e deixa de fazer a berachá, acaba fican-
um caminho do exterior para o inte-
sem saber qual é a Sua vontade. As-
do somente com o lado material, físico.
rior, ou seja, aquele que faz questão
sim também, não há possibilidade de
Em compensação, a consciência de
de prestar atenção ao significado das
cumprir as mitsvot de Hashem sem
que tudo aquilo que o homem alcança,
berachot, acabará sentindo a bonda-
saber de forma clara os detalhes das
emana da bondade Divina, fortifica-se
de Divina; e seu amor e seu temor
mitsvot que Ele quer que cumpra-
dentro daquele que faz a berachá do
a D’us ficarão cada vez mais fortes.
mos, e os detalhes das proibições que
fundo de seu coração antes de comer.
Quanto maior for a intenção, mais sa-
Ele está interessado que nos distan-
Esta contemplação incute no coração
grado será seu interior e mais ligado
ciemos. As leis de Shabat e yom tov
do homem uma fé concreta em D’us,
estará a D’us.
são leis que possuem muitos detalhes
reconhecimento de Sua bondade e
O Midrash Tanchumá (Parashat
e, sem conhecimento claro, é muito
sentimentos de gratidão para com Ele.
Vayêshev, 7) escreve sobre a declara-
fácil errar. As leis de berachot tam-
As berachot que fazemos com fervor e
ção da Torá “A morte e a vida estão
bém são muito complexas, e, sem
com atenção, nos conduzem a um reco-
nas mãos da língua e aqueles que a
conhecimento profundo, é muito fácil
nhecimento geral da bondade Divina, a
amam comerão dos seus frutos”. “Diz
enganar-se. A forma de passar por
uma ligação espiritual mais profunda
Rabi Chiyá bar Abá: ‘Alguém tem um
estas leis sem incorrer em obstácu-
com a Torá e também ao cumprimento
alimento feito com figos perante si. Se
los é estudá-las minuciosamente.
mais preciso das mitsvot de Hashem.
comer dele sem fazer a berachá – a
Aquele que é perito, poderá seguir o
Portanto, vemos que as berachot real-
morte está nas mãos da língua [a mor-
caminho das mitsvot, sem tropeçar.
mente podem nos levar a cumprir todas
te como ausência de espiritualidade;
O indivíduo não deve se iludir, que
as mitsvot. Agora, o midrash que inter-
insensibilidade e apatia aos fatos espi-
sem conhecimento profundo das leis,
liga as duas coisas torna-se bem claro.
rituais]. Se, no entanto, fizer a berachá
ele também cumpre as mitsvot devi-
antes de comer – a vida está nas mãos
damente. As coisas não são assim e
da língua.’”
a experiência atesta que somente a
A berachá e seu significado –
Vemos, pelas palavras do mi-
perícia na lei é a garantia para im-
O livro “Cad Hakêmach” traz, no
drash, que a diferença entre a bera-
pedir que sucumbamos à cilada dos
verbete “berachá”: “Já que encontra-
chá e a falta dela é tão decisiva que é
pecados.
uma chave para o serviço Divino
Iyar / Sivan 5776
29
Nossa Gente
Nascimentos
• Mazal tov pelo berit milá para as famílias: Avraham Yeshayáhu Behar, Edy Isaac Kayeri, Ezra Dayan, Felipe Spett, Marcelo Feldman
e Tony Shayo.
• Mazal tov pelo nascimento da filhinha para a família Avraham Behar.
No Berit Milá do filho do R. Yossef Sisro
Iyar / Sivan 5776
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Nossa Gente
No Berit Milá do filho de Ezra Dayan
31
Veja 10 fotos e 2 vídeos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
No Berit Milá do filho de
Avraham Yeshayáhu Behar na Argentina
Victor Cohen, como sandac,
deu berachot no Berit Milá de seus netos
Bar Mitsvá
• Mazal tov aos jovens benê mitsvá: Baruch Jankovits, Gabriel Yair Dlin, Shlomo Mordechay Reichman e Yaakov Harari.
No bar mitsvá de Ori Fridlin em Israel
Veja 11 fotos e 3 vídeos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
No bar mitsvá de Yaakov Harari em Israel
Veja 5 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
32
Iyar / Sivan 5776
Casamentos
Nossa Gente
• Mazal tov pelos noivados para as famílias:Nasser e Chouveke (Efraim e Michal),Karaguila e Chammah (Chaim e Rivka),Ades e Azrak (Daniel e Denise),
Manela e Sarue (Yuri e Alessandra).
• Mazal tov pelos casamentos para as famílias: Muhafra e Tawil (David e Sara), Sisro e Michanie (Mike e Shiri), Dabbah e Szajnbok (Eliel e
Yentel), Meta e Nehmad (David e Miriam Hodaya) Hefetz e Farhi (Mark David e Esther), Jankovits e Tyberg (Yisrael e Chana Rachel), Meyer
e Hassid (Elchanan Simcha e Mimi), Raichik e Steinmetz (Yossef Yitzchak e Chana), Kraus e Junger (Eliyáhu e Necha).
No casamento de Mike e Shiri Sisro
Veja 25 fotos e 1 vídeo no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
Iyar / Sivan 5776
33
Nossa Gente
Purim na Yeshivá Guevohá
Veja 12 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
Purim na Yeshivá Shaarê Dáat em Israel
34
Veja 4 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
Nossa Gente
Shuc Shushan de Purim na Escola Maguen Avraham
Veja 13 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
Iyar / Sivan 5776
Nossa Gente
No Movimento Infantil Darkênu
Veja 7 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
Purim na Congregação
Veja 14 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
A Família Sterenfeld
Deseja
Chag Shavuot
Samêach para
toda a kehilá
36
Iyar / Sivan 5776
Guimatriyá
Shavuot
A festa de Shavuot é comemorada cinquenta dias após a
noite do Sêder de Pêssach e consagra a plenitude da alma
que, neste dia, brilha como uma luz pura e abre ao judeu
as portas da eternidade.
Rabino Isaac Dichi
As
festas de Pêssach e Shavuot estão ligadas
coração” (lev tov – ‫טוב‬‫)לב‬. A soma dessas letras é uma
pelos 49 dias da contagem do Ômer. Nes-
alusão aos 49 dias de preparação.
tes dias deve acontecer um refinamento das virtu-
‫( ל‬30) + ‫( ב‬2) = 32
des humanas, como preparativo para a Outorga da
‫( ט‬9) + ‫( ו‬6) + ‫( ב‬2) = 17
Torá em Shavuot.
Total: 32 + 17 = 49
Outro nome da festa de Shavuot é Atsêret. O pequeno número de Atsêret (‫ )עצרת‬é igual ao de Pêssach
De fato, lev tov – um bom coração – é uma quali-
(‫)פסח‬, o que mostra a ligação entre Pêssach e Atsêret,
dade fundamental para todas as outras. Aprendemos
ambos ligados às 22 letras do alfabeto hebraico e a
isso em uma das mishnayot do Pirkê Avot (2:13):
todos os múltiplos sentidos profundos envolvidos.
“Ele (Raban Yochanan ben Zacai) lhes disse:
‫( ע‬7) + ‫( צ‬9) + ‫( ר‬2) + ‫( ת‬4) = 22
Observai qual o bom caminho a que se deve ape-
‫( פ‬8) + ‫( ס‬6) + ‫( ח‬8) = 22
gar o homem. Rabi Eliêzer diz: um bom olho; Rabi
Yehoshua diz: um bom companheiro; Rabi Yossê diz:
O sentido literal de Atsêret expressa a idéia
um bom vizinho; Rabi Shim’on diz: aquele que prevê
de “assembleia, reunião de pessoas”. Isso indica a
o que vai acontecer; Rabi El’azar diz: um bom cora-
união das diferentes partes do povo neste mês de
ção. Disse-lhes (Raban Yochanan ben Zacai): prefiro
sivan – sob o signo “teomim” (gêmeos) – e demonstra
a opinião de El’azar ben Arach às vossas, pois nela
o sentimento de unidade que reina no povo.
já estão contidas as vossas.”
É esta unidade que faz de Israel “uma realeza
Sendo que ter um bom coração é uma qualidade
de sacerdotes”. A própria palavra Atsêret expressa
que é um fundamento para todas as outras, “lev
também a idéia de realeza, já que o herdeiro da co-
tov” (‫טוב‬‫ – לב‬bom coração) e “midá” (‫ – מדה‬qualidade)
roa é chamado de “yoresh êtser” – príncipe herdeiro.
somam o mesmo valor.
Portanto, a unidade e a realeza, dois sentidos
da palavra Atsêret, estão ligados. Encontramos esse
‫( ל‬30) + ‫( ב‬2) + ‫( ט‬9) + ‫( ו‬6) + ‫( ב‬2) = 49
‫( מ‬40) + ‫( ד‬4) + ‫( ה‬5) = 49
mesmo elo de outra forma interessante: nas letras
da palavra “mêlech” (‫ – מלך‬rei), anagrama da palavra
A preparação para a outorga da Torá durante os
“culam” (‫ – כלם‬todos). Quando “todos” estão unidos,
quarenta e nove dias do Ômer deve passar por um
o “rei” pode governar de forma eficiente.
refinamento das qualidades humanas, que são um
pré-requisito para a Torá, como nos ensinam nossos
A festa de Shavuot chega após 49 dias de preparação, durante os quais o homem prepara um “bom
Iyar / Sivan 5776
sábios: “Dêrech êrets cadmá Latorá – a civilidade
precede a Torá”.
37
Guimatriyá
Sendo assim, a expressão “lev tov
– bom coração”, incitou o Benê Yissa-
pressão: “Kel Chay” (‫ – קל חי‬o D’us vivo).
‫( א‬1) + ‫( ל‬30) + ‫( ח‬8) + ‫( י‬10) = 49
char a dividir o período de preparação
O “D’us vivo” reside no meio de nós
de 49 dias em duas partes, cada uma
durante os 49 dias de preparação para
em alusão a uma dessas palavras.
Shavuot.
A primeira, desde o primeiro dia do
Ômer até Lag Baômer, não incluído,
O Ômer (a oferenda de cevada que
ou seja, de 32 dias, correspondente ao
era feita na época do Templo Sagrado)
valor de “lev” (‫ – לב‬32). E uma segun-
é o símbolo do “yesh”, da materiali-
da parte, de Lag Baômer até Shavuot,
dade. Essa idéia transparece no valor
ou seja, de 17 dias, correspondente ao
numérico de “Ômer” (‫)עמר‬, que é igual
valor de “tov” (‫ – טוב‬17).
ao valor da palavra “yesh” (‫)יש‬.
‫( ע‬70) + ‫( מ‬40) + ‫( ר‬200) = 310
Em Lag Baômer foi revelada a tra-
‫( י‬10) + ‫( ש‬300) = 310
dição esotérica, a parte mais oculta
da Torá, por Rabi Shim’on Bar Yochai
As letras guturais são intercam-
que, conforme esta mesma tradição,
biáveis, e cada letra gutural é mais
era a reencarnação da alma de Moshê
forte que a precedente na série álef
Rabênu.
(‫)א‬, áyin (‫)ע‬, chet (‫)ח‬. Sendo assim, a
A importância de Lag Baômer
palavra “Ômer” (‫ )עמר‬está entre “omer”
transparece no seu valor numérico,
(‫ – אמר‬dizer) e “chômer” (‫ – חמר‬matéria).
igual ao de Moshê e ao dos nomes Di-
Omer (‫ – אמר‬dizer) representa o
vinos “Kel Shacay”.
fundamento espiritual do mundo,
‫( ל‬30) + ‫( ג‬3) + ‫( ב‬2) + ‫( ע‬70) + ‫( מ‬40) +
criado pelas dez palavras Divinas.
+ ‫( ר‬200) = 345
Durante a contagem do Ômer (‫ )עמר‬se
‫( מ‬40) + ‫( ש‬300) + ‫( ה‬5) = 345
purifica o chômer (‫ – חמר‬matéria) para
‫(א‬1) + ‫( ל‬30) + ‫( ש‬300) + ‫( ד‬4) + ‫(י‬10) = 345
formar omer (‫ – אמר‬dizer), as palavras
da Torá que recebemos na Outorga da
Estes 49 dias do Ômer também são
Torá. Isso acontece após o refinamento
dias de julgamento. Como o Todo-Po-
das qualidades morais durante as sete
deroso Se aproxima de Seu povo du-
semanas da contagem do Ômer.
rante este período, a proximidade da
Santidade implica em maiores exigências morais e espirituais. Esta idéia
transparece no valor numérico da ex-
Vita S. Gomel
Baseado no livro “La Guematria”,
do rabino Matityahu Glazerson
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Iyar / Sivan 5776
Variedades III
A intervenção direta de um Autor do Universo
pode ser constatada na imensidão das galáxias,
na perfeição do corpo humano, na maravilhosa
diversidade da botânica e na observação do
extraordinário e impressionante
MUNDO
ANIMAL
fishnado
A foto ao lado é o
registro de um momento
raríssimo em que os
peixes jack se agrupam
para um ritual de
acasalamento conhecido
como “agregação”.
O registro foi feito pelo
pesquisador Octavio
Aburto, que só teve
êxito em sua missão
depois de inúmeras
tentativas.
Entre a imprensa
mundial, o fenômeno
acabou apelidado como
fishnado, o “tornado de
peixes”.
Iyar / Sivan 5776
39
só de olho
Variedades III
Isso que você está vendo
não é uma máscara
milenar enterrada na areia,
mas sim um exemplar de
peixe carnívoro da espécie
miracéu esperando por
alguma presa incauta.
Sua estratégia é justamente
enterrar-se por inteiro na
areia, deixando apenas os
seus olhos de fora, pronto
para dar o bote. Uma vez
que o ataque vem de baixo
para cima, dificilmente há
chance de escapatória.
UM BARATÃO
Apesar de ser parecido co
m
um tatuí gigante, o “bich
inho”
da foto ao lado está mais
para
um grande baratão mesm
o.
O isópode gigante pode
chegar
a medir até 60 centímetro
s de
comprimento e vive no fu
ndo
do oceano, alimentandose de
peixes mortos e outros de
tritos
que encontra pelo caminh
o.
A espécie já era conhecida
desde o século XIX, ma
s só
foi vista em vídeo há po
uco
tempo, quando um subm
arino
japonês de alta profundid
ade
decidiu registrar o que
acontecia com um peixe
morto
no oceano.
40
Iyar / Sivan 5776
Em algum momento
da sua vida adulta, os
salmões do Oceano
Pacífico retornam para
os córregos montanhosos
onde nasceram, com o
objetivo de desovar e
perpetuar a sua espécie.
Quem mais se beneficia
com este evento chamado
piracema são os ursospardos do Alasca, que
ficam literalmente
parados e de boca aberta,
apenas esperando que
o almoço vá direto de
encontro a eles.
É MEU!
PIRACEMA
Variedades III
Iyar / Sivan 5776
O norte-americano
Dan Carlin estava
posando para uma
foto com o peixe
que havia acabado
de fisgar, quando foi
atacado por um leão
marinho faminto.
O susto foi imenso,
principalmente porque
Dan, de 62 anos,
acabou arrastado
para a água até uma
profundidade de
seis metros, quando
conseguiu se soltar.
41
A zona abissal é a região
mais profunda dos
oceanos, abaixo de dois mil
metros de profundidade.
Além de possuir pressão
extremamente alta, é muito
fria e escura.
Lá são encontrados animais
surpreendentes adaptados.
A bioluminescência, a
capacidade de emitir luz,
é uma das estratégias que
facilita a atração de presas.
O peixe da foto é um
“peixe pescador”, que
recebeu este nome por
conta da “vara luminosa”
existente em sua testa.
migração
ZONA ABISSAL
Variedades III
42
Todos os anos, milhões
de caranguejos vermelhos
deixam as suas tocas
na Ilha Christmas, na
Austrália, e vão de
encontro ao mar para
colocar seus ovos.
A migração sincronizada
é tão grande que a
população local é
obrigada a criar barreiras
naturais nas ruas e
estradas para evitar
acidentes e que muitos
exemplares morram.
Iyar / Sivan 5776
Visão Judaica
A Outra Realidade
Existem mapas detalhados de todo o mundo.
Onde, então, é o lugar do Gan Êden?
R. Yochanan David Salomon
No começo
Porém, é difícil incluir nestes mundos espirituais um
shit” a Torá des-
Gan Êden que contenha lindas árvores que nascem da
creve que D’us criou o homem e colocou-o no “Gan
terra. Além disso, que sentido faz, num mundo total-
Êden” – o Jardim do Éden. Lá, D’us fez nascer da
mente espiritual, onde não existe fome ou sede, algo
terra todos os tipos de árvores agradáveis à vista
que seja agradável à vista ou bom ao paladar?
do livro de “Bere-
e com saborosas frutas. O local geográfico do Gan
Há algumas dezenas de anos alguém poderia
Êden está descrito detalhadamente na Torá. Esta
simplesmente responder que este lindo jardim se
descrição usa, como base, lugares e rios bastantes
encontra em algum lugar distante e não conheci-
conhecidos. Depois disso, quando o homem pecou,
do do globo. Hoje, no entanto, é quase impossível
foi expulso do Gan Êden e nunca mais lhe foi per-
aceitar esta resposta. Existem mapas detalhados de
mitido voltar.
todo o mundo. Cada metro de terra já foi revelado e
fotografado por aviões e submarinos. Nada escapa
Uma Pergunta Geográfica
às suas lentes e radares. Onde, então, é o lugar do
Algumas vezes, no jardim de infância, depois
Gan Êden no mundo?
que a professora conta esta história da Torá, uma
das crianças faz uma pergunta simples, mas não
As Camadas da Cebola e o Mundo
fácil: Onde é o Gan Êden?
Em princípio, a existência física da matéria não
A professora fica confusa. O que responder à
criança?
nos deixa dúvidas sobre a sua realidade, já que esta
existência é captada por nossos sentidos – vemos e
O que nós responderíamos? “O Gan Êden está no
sentimos os objetos. No entanto, parece que as coi-
céu” não é absolutamente uma resposta! Afinal, está
sas não são assim tão simples. Retire de um quarto
escrito claramente na Torá que as árvores cresciam
toda a sua mobília. Dizemos que este quarto ficou
“da terra” e que seu fruto era de sabor agradável.
totalmente vazio. Esta afirmativa, porém, não é exa-
Então, como dizer que este lugar está no céu?
ta. O quarto pode estar vazio de objetos que nos são
Admitamos a verdade! Nós também temos dificul-
visíveis, mas ele está repleto de ar. A maior parte da
dade em aceitar esta resposta. É certo que reconhece-
história se passou até que o homem percebesse que
mos que existem mundos espirituais ocultos a nós. Os
vive num gigantesco oceano de ar.
mundos espirituais estão distantes da nossa realidade
No passado, os homens conseguiam notar o ar
em todos os sentidos, de modo que todas as caracte-
apenas em movimento, na forma de vento, mas pa-
rísticas físicas deste nosso mundo não existem neles.
rado não percebiam a sua existência. Com o passar
Iyar / Sivan 5776
43
Visão Judaica
do tempo, o homem entendeu que a
aumentam o alcance de percepção de
visão e o tato não são os únicos meios
nossos sentidos, acrescentando novas
de se captar a realidade.
partes à realidade física que, primiti-
Mesmo que conseguíssemos reti-
vamente, não conhecíamos. Ninguém
rar todo o ar do quarto e então um ho-
pode afirmar que não continuaremos
mem do século passado poderia jurar
a descobrir outras formas de existên-
que o quarto está realmente vazio, ain-
cia que no momento nem desconfia-
da assim ele estaria enganado. Qual-
mos que existam.
quer criança nos nossos dias sabe que
A realidade é constituída de cama-
o vazio do quarto está repleto de ondas
das, assim como as camadas de uma
eletromagnéticas de um sem número
cebola. Camada após camada ela vai
de estações de rádio, cada uma com a
se desvendando diante da ciência do
sua freqüência. Um cientista dos nos-
homem, que escava em busca do inte-
sos dias explicaria que o quarto está
rior desta realidade. Nós temos a obri-
repleto de energias de diferentes tipos
gação de conhecer o mundo em que
e com freqüências distintas. Parte des-
vivemos em todas as suas diferentes
tas energias podem ser transformadas,
camadas para podermos adaptar nos-
através do rádio, em vozes de todas as
sos atos de acordo com esta realidade.
línguas e acordes musicais. Outra parcela desta energia pode ser transfor-
44
Bendito que Faz o Cego Ver
mada em imagens. Outras formas de
A Torá nos conta que Hagar, escra-
energia conhecidas hoje, tais como a
va de Avraham, e seu filho perambula-
radiação, podem ser percebidas com
vam pelo deserto sem água. Então D’us
outros aparelhos diversos.
ouviu as suas preces (Bereshit 21:19):
O homem conseguiu aperfeiçoar
“E abriu D’us seus olhos e viu um poço
seus sentidos através de uma apare-
de água”. Não está escrito que foi cria-
lhagem avançada que inventou, au-
do um poço de água para dar-lhes de
mentando assim o alcance da rea-
beber, mas sim que Hagar pôde ver um
lidade perceptível. O telescópio, o
poço que já estava ali desde a Criação
microscópio, aparelhos que captam
do Mundo. Sobre isto, disseram nossos
raios infravermelhos e tantos outros
sábios: “Todos estão sob o vigor da ce-
Iyar / Sivan 5776
Visão Judaica
mento de que existe um mundo espiri-
nhante de Elishá tiveram o privilégio
Outro acontecimento parecido
tual elevado e sublime, conhecido e en-
desta fantástica capacidade de visão
encontramos no livro de Melachim II
tendido por homens também elevados.
apenas por alguns instantes uma úni-
(cap. 6). O jovem que acompanhava
Este mundo espiritual está separado
ca vez, o homem elevado, como o pro-
o Profeta Elishá acorda, levanta-se
do nosso mundo material, pois só pode
feta, tem este mérito por muito tempo.
e vê um forte exército com cavalos e
ser percebido pela mente, enquanto
Antigamente, o profeta era chamado
carros de guerra, do inimigo Arameu,
que, no mundo físico, a realidade é
também de “o que vê”, pois ele conse-
que cercava a cidade. Elishá acalma o
percebida pelos nossos sentidos.
guia ver o que acontecera no passado
gueira até que D’us abra seus olhos”.
rapaz dizendo: “Não temas, pois são
No entanto, notamos agora, que
em lugares distantes de onde estava
mais os que nos acompanham do que
existe mais uma realidade física, que
(Shemuel I, 9:20) e o que aconteceria
os que estão com eles”. Então, Elishá
normalmente nos é invisível, porém
no futuro (idem 10:2).
faz uma prece para D’us: “Abre seus
é perceptível aos sentidos de quem é
Os limites de tempo e lugar são
olhos e ele verá”. E abriu D’us os olhos
meritório de tal visão. O poço visto por
limites impostos por nossos sentidos
do moço e ele viu o monte repleto de
Hagar é um poço visível a olhos reais,
neste mundo material e limitado. Po-
cavalos e carros de guerra de fogo.
com águas que podem ser bebidas e
rém, numa existência mais elevada
Lembramos também que o perver-
que matam a sede. Deste poço Hagar
não existem estas limitações. Com
so Bilam não percebeu a presença do
encheu seu odre para o resto da sua
a luz criada pelo Todo-Poderoso na
anjo que obstruía seu caminho até que
viagem. As camadas da realidade físi-
Criação, podia-se ver de um lado ao
a Torá relata (Bamidbar 32:31): “E des-
ca “comum” são reveladas através de
outro do mundo; ou seja, essa era a
vendou D’us os olhos de Bilam e viu o
diversas aparelhagens exteriores que
capacidade visual natural do homem
anjo de D’us parado no caminho com
aumentam o alcance da nossa percep-
em sua criação. D’us, no entanto, es-
sua espada desembainhada na mão.”
ção. A “outra” realidade física é revela-
condeu essa luz de forma a não ser
Assim, parece claro que existe
da através da extensão da capacidade
permitido a qualquer pessoa utilizá
uma realidade, na qual vivemos, que
dos nossos próprios sentidos. Esta am-
-la, exceto os tsadikim (Chaguigá 12).
nos é invisível por algum impedimen-
pliação dos sentidos ocorre por meio
Adam, o homem da primeira geração
to do nosso sentido visual. Quando a
de um processo interior, como a prece
da Criação, podia ver e contemplar
visão encoberta é desvendada, pode-
no caso de Hagar ou a profecia no caso
além dos limites de tempo e espaço.
mos ver esta outra realidade da mes-
de Elishá, e de várias outras maneiras.
O midrash nos conta que ele viu todos
os seus descendentes no decorrer de
ma forma que percebemos a realidade
a qual estamos habituados.
Estamos acostumados ao pensa-
O que Vê
toda a história, geração após geração
Enquanto que Hagar e o acompa-
(Bereshit Rabá 24).
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45
Visão Judaica
E Cheirará seu Temor a D’us
seus sentidos estavam desenvolvidos
pessoas de espírito superior, pode ser
Quando o Profeta Yeshayáhu (cap.
em toda a potencialidade de um ser
exclusiva daquele que tem esse mérito,
11) conta sobre o Mashiach, o grande
criado pelas mãos de D’us, e funcio-
enquanto que pessoas que estão junto
tsadic que será reconhecido por todos
navam conforme este potencial. Ele
deste nada vêem. Quando Avraham,
os povos, ele relata suas característi-
passeava por este “campo abençoado
acompanhado por seu filho Yitschac,
cas e seu nível espiritual. Entre outras
por D’us” e comia dos frutos de suas
aproximou-se do local indicado por
coisas, Yeshayáhu escreve: “E cheirará
árvores. Quando pecou e comeu da ár-
D’us, “viu o lugar de longe”. Avrah-
seu temor a D’us, e não pela visão de
vore proibida, sua materialidade se so-
am e Yitschac viram a singularidade
seus olhos julgará e não pela audição
brepôs à espiritualidade, seus sentidos
do lugar – uma nuvem estava ligada
de seus ouvidos advertirá”. O Mashia-
enfraqueceram, sua visão se enevoou
à montanha segundo a explicação de
ch não se baseará sobre a visão, que é
e o Gan Êden que existia à sua volta
Rashi. Avraham percebeu, porém, que
algo superficial, mas sim “cheirará” o
desapareceu.
seus outros acompanhantes, “homens
A visão elevada, alcançada pelas
temor a D’us da pessoa que estiver na
Um exemplo semelhante é o de um
ligados a matéria”, não viam nada, e
sua frente. Isto nos mostra que o temor
homem que se encontra sentado num
então disse para eles: “Sentem aqui
a D’us é algo que pode ser cheirado;
salão de concertos e ouve uma músi-
com o burro...” (N.T.: chamor, burro
porém, a fragilidade do nosso sentido
ca magnífica. De repente, ele pega dois
em hebraico, está relacionado aqui
olfativo nos impede de fazer isto.
tampões e cobre os seus ouvidos. Ain-
com a palavra chômer, matéria).
Quando Yaacov entrou na tenda de
da que os músicos continuem tocando e
Yitschac para receber as bênçãos antes
lindas melodias flutuem à sua volta, ne-
Surdos: Ouçam!
do falecimento do seu pai, estava vesti-
nhum som chega aos seus ouvidos. Para
ele, é como se a música não existisse.
Quando uma pessoa morre, sua
do como seu irmão Essav e com os bra-
voz vai de um lado ao outro do mun-
ços e mãos cobertos com peles de bode
Na realidade, o homem não foi
do (Yomá 20b). Quem escuta esta voz?
arrancados pouco antes. É sabido que o
expulso do Gan Êden, mas sim o Gan
Quem dera nós possuíssemos uma ca-
cheiro dos bodes é dos mais desagradá-
Êden foi expulso pelo homem de seu
pacidade auditiva elevada além das li-
veis. Mas eis que Yitschac fala (Bereshit
meio. O Jardim do Éden certamente
mitações materiais, então poderíamos
27:27): “Veja! O cheiro de meu filho é
continua existindo como antes, porém,
ouvir esta voz. Certamente, as pessoas
como o cheiro do campo abençoado por
em relação ao homem que pecou, o ho-
que a guemará conta que ouviram vo-
D’us”. Sobre isso, Rashi explica que jun-
mem materialista, ele deixou de existir.
zes saídas do céu – denominadas no
to com Yaacov entrou o cheiro do Gan
No princípio o homem foi criado com
Talmud de “bat col” – eram capazes de
Êden. O sentido olfativo de Yitschac,
sentidos elevados, que o permitiam ter
ouvir também esta voz. Nas histórias de
em seu nível superior, permitiu que ele
uma visão de uma outra realidade na
grandes tsadikim ouvimos muitas ve-
sentisse o cheiro elevado do Gan Êden.
qual ele vivia naturalmente. O pecado
zes sobre o sentimento do bem causado
Este cheiro maravilhoso se sobrepôs ao
do homem foi o que tampou seus ouvi-
pela saída da alma de outro tsadic deste
cheiro dos couros de bode eliminando
dos, encobriu seus olhos e o impediu
mundo. Uma pessoa com sentidos ele-
-o, assim como o cheiro de um ótimo
de perceber a realidade que o rodeia.
vados percebe a bondade que envolve o
perfume se sobrepõe a outro cheiro
mundo quando um tsadic morre.
mais fraco deixando-o imperceptível.
Quando um homem isolado consegue se elevar e se purificar, pode
Todos os dias uma voz sai do Monte
Surge, no entanto, uma pergun-
alcançar um degrau elevado e mais
Chorev anunciando e dizendo: “Coitadas
ta: De onde veio este cheiro do Gan
próximo do nível de Adam Harishon
das criaturas pela vergonha da Torá”
Êden que, segundo Rashi, entrou com
antes do pecado. Nesta situação vol-
(Avot 6), porém nossos ouvidos materiais
Yaacov na tenda de Yitschac? Afinal,
tam a ele, ainda que apenas um pouco
estão tapados para ouvi-la. Há quem
desde que Adam e sua mulher foram
e parcialmente, alguns dos sentidos e
diga que esta voz não é perdida. Sem que
expulsos do Gan Êden, não foi mais
qualidades do primeiro homem, con-
a pessoa saiba, esta voz é captada por
permitido a ninguém entrar lá.
forme sua natureza original e conforme foi criado no princípio.
sua alma, e é a fonte dos pensamentos de
Antes de responder a esta pergun-
teshuvá, de retorno ao caminho correto,
ta, façamos algumas considerações.
Yaacov Avínu, em seu nível ele-
que aparecem naturalmente no coração
Adam Harishon estava num degrau
vadíssimo, não voltou mesmo para o
de todas as pessoas.
espiritual muito elevado. Todos os
Gan Êden, porém o cheiro deste jar-
46
Iyar / Sivan 5776
Visão Judaica
dim o acompanhava quando entrou
formada por várias camadas, uma
vido uma voz quase obrigatória saída
na tenda de seu pai. Um homem qual-
encobrindo a outra. Nós só podemos
do Monte Chorev.
quer não poderia sentir este cheiro,
perceber e sentir a realidade estrita-
Quem teve o mérito de ao menos
mas Yitschac, em seu degrau elevado,
mente material. Existem, no entanto,
espiar a outra realidade percebe que
pôde senti-lo. Era o cheiro fantástico
muitos pontos de ligação entre nossa
todas as experiências de tempo e es-
e sublime que envolvia o primeiro ho-
realidade material, na qual vivemos,
paço não existem lá. Antigamente, as
mem no princípio de sua vida. Assim,
e a outra realidade. Existe aquele que
pessoas iam a Jerusalém nas festas e
com espanto e alegria, Yitschac disse:
ouve uma voz vinda do Além e aque-
se ajuntavam apertadas aos milhares
“Veja! O cheiro de meu filho é como o
le que tem o mérito de ver o Profeta
no pátio do Templo Sagrado. No en-
cheiro do campo abençoado por D’us!”
Eliyáhu. Há quem beba das águas do
tanto, durante as orações, no momen-
Um homem que se elevou espiri-
poço de Miryam e quem acorde com
to que precisavam se ajoelhar, mila-
tualmente pode se isolar por comple-
um pensamento de teshuvá por ter ou-
grosamente havia um espaço de dois
to da sua existência física comum e
continuar a sua vida numa existência
diferente, mais espiritual. É como se
este homem apoiasse um de seus pés
nesta existência mais elevada e pu-
De
Caminha
xasse o outro pé, tirando-o da nossa
realidade material. Nessa existência
diferenciada, mais elevada, não exis-
Cadeira para
em um click !
te doença ou morte. Quem retorna à
realidade do Gan Êden pode continuar
a viver eternamente, conforme o que
fora programado para o homem antes
do pecado.
Cor
Nova
Assim aconteceu com o Profeta
Eliyáhu. Ele está na outra realidade
existente aqui conosco em nosso mundo, porém nós não podemos vê-lo. Da
mesma forma que se enfraqueceram
nossos sentidos materiais nos impedindo de perceber a luz oculta, assim
também não podemos ver o profeta Eli-
Rocker Napper 3 em 1
Muda de cadeirinha para caminha em um único CLIK!
revela àqueles que se elevam um pouco
• Bouncer converte-se facilmente em uma cadeira estável ou caminha
• Movimento calmante opicional em todas as 3 posições
• Encostro plano (180º) com bordas levantadas, para uma soneca segura e confortável
• Brinquedo eletrônico
• Exclusivo prendedor de chupetas
acima das nossas fronteiras materiais.
Conheça a linha Rocker Napper:
yáhu, que também foi ocultado (Rashi,
Melachim II, 2:16). No entanto, ele se
Estas pessoas podem sentir um pouco
das delícias do mundo onde ele vive.
Eliyáhu Hanavi não é uma alma
sem corpo. Ele vive, assim parece,
Cozy Rocker Napper
num corpo, e deve cumprir os man-
Para ver a coleção completa acesse:
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damentos da Torá, mas sua vida é comandada por uma realidade que não
é captada pelos nossos sentidos.
Assista o vídeo:
Tempo e Espaço
A realidade do nosso mundo é
Iyar / Sivan 5776
47
Visão Judaica
metros para cada pessoa. Isto ocorria
consumo, da mesma forma que não
da não é casher somente através dos
para que um não ouvisse as confis-
se precisa advertir alguém com olfa-
exames e critérios materiais que nos
sões e os pecados do outro (Yomá 21
to normal para não comer um peixe
revela a lei judaica e não por uma sen-
e Rashi no local). As pessoas perce-
estragado.
sação direta do que é ou não é casher.
biam, então, que o conceito de espa-
Grandes tsadikim tiveram o mé-
Guiamo-nos segundo o relógio e o ca-
ço era totalmente diferente na outra
rito de sentir o aspecto negativo que
lendário para saber quando começará
realidade.
acompanha uma comida proibida. Um
o Shabat e então cumprimos suas leis
Quando um judeu tem o mérito de,
pouco deste sentido recaiu até mesmo
especiais. Nós, judeus comuns, não
no dia do Shabat, se abrigar à sombra
sobre seus animais. Conta-se sobre o
possuímos um sentimento direto da
de um dos tsadikim da geração e tem a
burro de Rabi Pinechas ben Yair que
santidade do Shabat. Desta forma, a
oportunidade de, com sua alma com-
ele se recusou a ingerir uma comida
Torá é o nosso plano de vôo.
plementar desse dia, sentir a essência
da qual não se havia tirado o dízimo
do Shabat, ele sente que se encontra
(Chulin 7a). Também é conhecida a
numa esfera temporal tirada de uma
história da vaca de um chassid que,
Toda a humanidade anseia, a maio-
outra existência, da eternidade.
mesmo depois de vendida para um
ria sem ter pleno conhecimento, voltar
Pilotando Segundo a Halachá
gentio, se recusou a trabalhar no Sha-
ao nível do primeiro homem antes do
Guiado por Instrumentos
bat (Midrash Assêret Hadibrot, quarto
pecado. Desta forma o homem poderia
Nossas ações e nossos pensamen-
mandamento). Parece que a vaca sen-
completar sua jornada através de sen-
tos têm efeito em nosso mundo ma-
tiu a presença especial do Shabat. A
sações diretas da realidade em que vive.
terial e também na outra realidade
essa conclusão chegou também o gen-
Enquanto isso, enquanto não vol-
oculta que nos cerca. Nesta situação,
tio que comprou a vaca. Ele acabou
tamos a esse nível ideal, não há nada
parecemo-nos com um piloto que faz
se convertendo graças a este aconte-
como o direcionamento que nos dá a
um vôo cego guiado apenas pelos ins-
cimento, estudou Torá e se tornou um
halachá, a lei judaica. Ela nos garan-
trumentos e aparelhagens de coman-
dos sábios de Israel.
te que agimos conforme o que deve
Nós, judeus comuns, não chega-
ser feito e nos afastamos daquilo que
mos nem mesmo ao nível do burro de
nos é prejudicial. A precisão com que
todos os caminhos de nossas vidas,
Rabi Pinechas ben Yair e nem ao ní-
cumprimos as leis judaicas é vital
de forma que nossos atos combinem
vel da vaca daquele chassid. Nós não
para nós assim como a precisão da
com a outra realidade, ainda que não
sentimos diretamente a outra reali-
aparelhagem para o piloto quando
possamos vê-la. Se nos fosse possível
dade. Nossos atos são dirigidos con-
tudo o que vê à sua frente é neblina.
perceber a aparência na outra reali-
forme exames materiais, avaliações
Pilotar a vida segundo a lei judai-
dade de uma comida que não é casher,
das informações que chegam a nós em
ca é o que precede o desenvolvimento
não precisaríamos saber as leis de
nossa realidade puramente material
dos nossos sentidos espirituais e abre
cashrut. Não precisaríamos tampouco
e pelos caminhos em que a lei judaica
a cortina que nos separa da realidade
ouvir advertências a respeito de seu
nos guia. Nós sabemos que uma comi-
completa na qual vivemos.
do do avião.
A Torá nos indica o que fazer em
Saiba mais,
acesse o site
48
www.fivebras.com.br Tel.: 11 3207-9444
Iyar / Sivan 5776
Passatempos
P A L A V R A S
C R U Z A D A S
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Passatempos
ILUSÃO DE ÓTICA
Percorra com os olhos rapidamente as figuras do quadro abaixo.
Qual delas está girando?
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Iyar / Sivan 5776
Iyar
5776
Datas & Dados
09 de Maio de 2016 a
06 de Junho de 2016
ROSH CHÔDESH
Domingo e segunda-feira, dias 8 e 9 de maio.
Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera.
Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon.
Acrescenta-se Halel Bedilug em Shachrit.
Acrescenta-se a oração de Mussaf.
Albert Choueke
e família
Parabenizam a
Congregação Mekor Haim
pelo belíssimo trabalho de
divulgação da nossa
sagrada Torá
BIRCAT HALEVANÁ
PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUA
Início (conforme costume sefaradi):
Sábado, 14 de maio, às 18h13m
(horário para São Paulo).
Final: Manhã de sábado, 21 de maio,
às 6h36m (em São Paulo).
PÊSSACH SHENI
Domingo, 22 de maio – não se fala Tachanun.
Na época do Bêt Hamicdash, esta data representava
uma segunda chance de trazer a Oferenda Pascal
a quem não tivera a oportunidade de fazê-lo em Pêssach.
LAG BAÔMER
Quinta-feira, 26 de maio – não se fala Tachanun
(nem em Minchá da véspera).
Lag Baômer é uma alegre comemoração realizada no
33º dia da Sefirat Haômer.
A Sefirat Haômer é a contagem de 49 dias desde o dia em que era
realizada a oferenda do Ômer no Bêt Hamicdash, no segundo dia
de Pêssach, até a festa de Shavuot. Esta contagem é uma mitsvá
da Torá. Durante os dias da Sefirat Haômer procuramos nos elevar
espiritualmente, aprimorando nossas virtudes interiores, para que
estejamos preparados para o dia de Shavuot, no qual se
comemora a outorga da Torá.
Dois motivos tornam o dia de Lag Baômer festivo:
1. Neste dia cessou a epidemia que atacou os
discípulos de Rabi Akivá.
2. É o dia da morte do grande sábio Rabi Shimon bar Yochai.
Antes da sua morte, Rabi Shimon pediu que o dia de seu passamento
fosse comemorado com grande alegria e não com tristeza.
Iyar / Sivan 5776
Jacob Freilich
e Família
desejam paz
e prosperidade
para toda
a kehilá!
Sra. Rina Hamoui
deseja paz, saúde
e muitas alegrias
para toda a
comunidade
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Datas & Dados
Sivan
5776
07 de Junho de 2016 a
06 de Julho de 2016
ROSH CHÔDESH
Terça-feira, 7 de junho.
Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera.
Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon.
Acrescenta-se Halel Bedilug em Shachrit.
Acrescenta-se a oração de Mussaf.
TACHANUN
Edmond Khafif
e família
Congratulam-se com a kehilá
pela passagem da festa de
Shavuot desejam muita
paz e saúde
para todo
Am Yisrael!
Não se recita Tachanun
nos 12 primeiros dias de sivan,
até 18 de junho, inclusive.
SHAVUOT
Domingo e segunda-feira, 12 e 13 de junho.
Recita-se o Halel completo nos dois dias.
Shavuot comemora o majestoso acontecimento testemunhado
pelo povo de Israel sete semanas
depois de sua saída do Egito, quando estava acampado
ao pé do Monte Sinai. Nesta ocasião,
D’us manifestou Sua vontade a Israel e nos revelou
os Dez Mandamentos.
Embora estes mandamentos não cons­tituam toda a Torá,
que consiste de 613 mandamentos – taryag mitsvot – eles são
o seu fundamento. Esses dez mandamentos se tornaram a base
das leis de grande parte da civilização ocidental. O nome Shavuot,
pelo qual a Torá se refere a esta data, significa sim­plesmente
“semanas” e deriva do fato de Shavuot ser observado
depois de se contar sete semanas completas, a partir
do segundo dia de Pêssach.
Ticun Lêl Shavuot: Durante a primeira noite de Shavuot
existe o bonito costume de se passar a noite em claro,
estudando Torá e mishná. Este ano, o estudo se realizará
na sábado à noite, dia 11 de junho.
Shavuot é chamada também de “Chag Habicurim”
(Festa das Primícias), “Chag Hacatsir” (Festa da Ceifa do Trigo)
e “Zeman Matan Toratênu” (Época da Outorga da nossa Torá).
BIRCAT HALEVANÁ
PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUA
Início (conforme costume sefaradi):
Domingo, 12 de junho, a partir das 17h57m
(horário para São Paulo).
Final: Madrugada de segunda-feira, 20 de junho, até 1h06m
(horário para São Paulo).
52
Iyar / Sivan 5776
Datas & Dados
HORÁRIO DE ACENDER AS VELAS DE
SHABAT E YOM TOV EM SÃO PAULO
12 de junho
17 de junho
24 de junho
01 de julho
08 de julho
15 de julho
13 de maio - 17h13m
20 de maio -
27 de maio -
03 de junho -
10 de junho -
11 de junho -
17h10m
17h08m
17h07m
17h07m
17h07m
Próximas Comemorações Judaicas
- a partir de 18h07m
-
17h08m
-
17h09m
-
17h11m
-
17h14m
-
17h17m
PARASHAT HASHAVUA
14 de maio - Parashat: Kedoshim
Haftará: Halidrosh Oti Atem Baim (sefaradim)
21 de maio - Parashat: Emor
Haftará: Vehacohanim Halviyim
28 de maio - Parashat: Behar
Haftará: Vayômer Yirmeyáhu
04 de junho - Parashat: Bechucotay
Haftará: Hashem Uzi Umauzi
11 de junho - Parashat: Bamidbar
Haftará: Vehayá Mispar Benê Yisrael
18 de junho - Parashat: Nassô
Haftará: Vayhi Ish Echad Mitsor’á
25 de junho - Parashat: Behaalotechá
Haftará: Roni Vessimchi Bat Tsiyon
02 de julho - Parashat: Shelach Lechá
Haftará: Vayishlach Yehoshua Bin Nun
09 de julho - Parashat: Côrach
Haftará: Vayômer Shemuel el Haam
16 de julho - Parashat: Chucat
Haftará: Veyiftach Haguil’adi
23 de julho - Parashat: Balac
Haftará: Vehayá Sheerit Yaacov
HORÁRIO DAS TEFILOT
Shachrit -De segunda a sexta-feira - 20 min. antes do nascer do Sol (vatikim), 06h20m (Midrash Shelomô Khafif), 06h50m (Zechut Avot) e 07h15m (Ôhel Moshê).
Aos sábados - 08h15m (principal), 08h20m (Zechut Avot), 08h40m (infanto-juvenil) e 08h45m (ashkenazim).
Aos domingos e feriados - 20 min. antes do nascer do Sol, 07h30m e 08h30m.
Minchá - De domingo a quinta - 15min. antes do pôr do sol.
Arvit
- De domingo a quinta - 10 min. após o pôr do sol, 19h00m e 20h00m (de segunda a quinta).
MINCHÁ DE ÊREV SHABAT
13 de maio
20 de maio
27 de maio
03 de junho
10 de junho
17 de junho
24 de junho
01 de julho
08 de julho
15 de julho
Iyar / Sivan 5776
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17h13m
17h10m
17h08m
17h07m
17h07m
17h08m
17h09m
17h11m
17h14m
17h17m
MINCHÁ DE SHABAT
14 de maio - 16h50m
21 de maio - 16h45m
28 de maio - 16h45m
04 de junho - 16h45m
11 de junho - 16h45m
18 de junho - 16h45m
25 de junho - 16h45m
02 de julho - 16h50m
09 de julho - 16h50m
16 de julho - 16h55m
53
Datas & Dados
Tabela de Horários IYAR / SIVAN 5776
Julho
Junho
Maio
Alot
São Dia HasháPaulo char
9 5:21
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10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
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25
26
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28
29
30
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1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
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16
17
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19
20
21
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30
1
2
3
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5
6
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5:22
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5:37
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5:38
5:38
5:38
Nets
Sof Zeman Keriat Shemá
Zeman Hachamá
Tefilin (nasc. Sol) de alot de alot a do nets
a tset tset (72m) à shekiá
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5:41 6:31 8:31 8:43 9:16
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Sof Zeman Amidá
Minchá Sof Zem. Mussaf Pêleg Haminchá Shekiá
de alot do nets Chatsot Guedolá de alot do nets do nets de alot (pôra tset à shekiá
a tset à shekiá à shekiá a tset do-sol)
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De Criança Para Criança
“Chocolate Amargo”
Chayim Walder
Meu nome é Yoav.
Eu moro em Zichron Yaacov.
Estou escrevendo esta carta no meu quarto. São oito da noite. Eu estou muito tenso e com medo.
Há uma hora, meu pai foi para a reunião de pais e mestres.
Quando saiu de casa, ele se aproximou de mim, abraçou-me e disse:
– Estou indo encher meus bolsos de satisfações!
Aí ele beliscou minha bochecha com carinho e saiu alegremente.
Eu fiquei aqui, com meu coração batendo selvagemente. Estou muito tenso e
triste.
Sabem por quê? Porque meu pai não retornará tão feliz. Ele voltará triste e,
provavelmente, me punirá com muitos castigos. Ele ouvirá coisas muito graves
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Vocês podem perguntar por que ele saiu com tanta alegria... eu explico:
Eu era considerado um bom aluno. Em todas as provas recebia boas notas. Sempre preparava minhas lições de casa com boa letra e meus boletins estavam cheios de
“Muito Bom” e “Excelente”.
Sempre que papai voltava da reunião de pais e mestres, ele brilhava de tanta satisfação. Abria o caderno de anotações e lia tudo de bom que ouvira. Depois, ele me dava
uma deliciosa barra de chocolate que comprava no caminho de casa.
Porém, desta vez estou com medo do “presente” que ele me trará, e mais ainda, da
decepção que ele terá de mim.
Nos últimos dois meses decaí muito nos estudos. Preparei as lições de casa com
desleixo. Recebi notas que até tenho vergonha de contar. Em muitas aulas eu fiquei sonhando, e por diversas vezes os professores chamaram minha atenção.
Até hoje eu não entendo por que decaí nos estudos. A verdade é que eu nunca parei
para pensar por que estou estudando menos do que antes e por que eu não preparo as
lições.
Agora eu também sinto muito por não ter falado com meu pai, para que ele me
desse algum conselho. Mas é tarde demais. Ele já deve ter ouvido toda a verdade... Ih!
Acho que estou escutando um barulho... Sim! Ele está chegando! Voltarei a escrever mais
tarde!...
Dez da noite:
Pronto. Agora tudo já passou, graças a D’us!
Há uma hora, papai bateu à porta do meu quarto. Abri com medo e receio. Papai
olhou para mim e disse:
– Se você está esperando por um presente, então pegue.
Ele colocou a mão no bolso e tirou uma barra de chocolate. Depois, virou-se e começou a sair.
Corri atrás dele, chorando, e agarrei-o.
– Papai, fale comigo, não vá embora assim!
– Você já ganhou o chocolate – ele disse. – O que mais você quer?
– O caderno de anotações – respondi. – Eu quero saber o que está escrito no seu
caderno de anotações sobre o que falaram de mim na reunião.
– Mas você já deve saber muito bem – disse papai, entrando novamente no meu
quarto.
Bem baixinho, meu pai leu no caderno tudo o que contei antes.
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Ao terminar, ele se dirigiu a mim e disse:
– Yoav, eu não estou bravo pelo seu declínio nos estudos. Eu estou triste por isso,
mas não bravo. O que me deixa bravo é ter ouvido tudo isso com um atraso de dois
meses, e não da sua boca.
– Eu tinha medo de lhe contar, papai – eu disse choramingando.
– Tinha medo?! De mim? Você acha mesmo que eu o castigaria se você tivesse me
contado que estava decaindo nos estudos?
Eu não tinha o que responder.
– Será que eu não tentaria ajudá-lo? – ele continuou a perguntar.
Continuei calado. Eu definitivamente sabia que meu pai tinha toda a razão.
Ele se sentou na cama, ao meu lado, e me abraçou com força. De repente, me senti
tão seguro, tão amado... eu sabia que daquele momento em diante teria a força de inverter a situação e começar a ser aplicado novamente.
Depois disso, conversei com papai sobre como poderei voltar a obter bons resultados nos estudos. Papai me contou que ele também tinha recaídas nos estudos na sua
infância. Ele disse que isso ocorre com quase todo mundo. Papai me explicou exatamente
como acontece de cairmos nos estudos e me disse novamente que ele não estava bravo
pelo declínio em si, mas pelo fato de que eu o escondi dele e da mamãe.
No final, meu pai disse que poderia ficar comigo quase todos os dias para revisarmos a matéria e me ajudar a preparar as lições.
Ao terminarmos a conversa, papai me deu um beijo e foi saindo do quarto. Antes
que ele saísse, eu exclamei:
– Papai!
Ele se virou.
– P... P... Por que você comprou o chocolate? – perguntei.
Ele riu e disse:
– Eu o comprei porque gosto de você.
– Mas você ouviu coisas que não são boas, e eu não mereço!
– Ah! – ele disse. – olhe bem para o chocolate e entenderá que, de qualquer forma,
eu lhe dei uma dica.
Disse e saiu.
Tirei o chocolate do saquinho e entendi tudo. Era um chocolate amargo...
Tradução de Guila Koschland Wajnryt
Permissões exclusivas para a Nascente
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Leiluy Nishmat
Aldo Michel Mizan ben Olga z ’’l
Israel Iossef ben Isser z ’’l
Nissim ben Emilie z’’l
Raffaele ben Salha Piciotto z ’’l
Samuel Michel Mizan ben Olga z’’l
Victor Haim ben Ester z’’l
Ester bat Sofi Shafia z ’’l
Regina Malca bat Adele z ’’l
Rita bat Salma z’’l
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