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Durango Duarte
Durango Duarte
Durango Martins Duarte é
pesquisador e publicitário, nascido em 11
de novembro de 1963 na cidade de
Cachoeira do Sul (RS). A transferência
militar de seu pai o trouxe para Manaus em
1975, onde cursou o antigo ginasial no
Colégio Militar. De volta para Porto Alegre
em 1979, concluiu o científico, hoje ensino
médio, retornando para o Amazonas em
julho de 1982, fixando residência.
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PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
INFORMAÇÃO É TUDO!
Na Universidade Federal do
Amazonas (UFAM) cursou Engenharia
Civil, Matemática e Jornalismo e neste
período atuou como dirigente do PCdoB,
partido a que permaneceu filiado até 1988.
INFORMAÇÃO
É TUDO!
PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
É diretor-presidente da Perspectiva
desde sua fundação em julho de 1993, já
tendo coordenado e dirigido centenas de
pesquisas de opinião pública e de mercado
nos estados do Norte e Nordeste.
Paralelamente, atuou como professor na
área de pesquisa e publicidade.
Pertence aos quadros da Sociedade
Brasileira de Pesquisa de Mercado (SBPM),
entidade que congrega os pesquisadores
de mercado, opinião e mídia e a empresa
que dirige é filiada à Associação Brasileira
de Empresas de Pesquisa (ABEP).
Além da área de pesquisa, atua na
consultoria de marketing político,
desenvolvimento de projetos de
geoprocessamento e de database
marketing e na criação de planos de
negócios.
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DURANGO DUARTE
INFORMAÇÃO
É TUDO!
PESQUISAS −ELEIÇÃO 2004−MANAUS
MANAUS/2005
Copyright © 2005 by Durango Duarte
Capa: Nádia Saraiva
Produção gráfica: Nádia Saraiva
Ilustrações (tabelas e gráficos): Carolina Paese
Revisão: Solange Elias
Impressão: Editora Novo Tempo
Ficha Catalográfica
D812i
Duarte, Durango Martins.
Informação é tudo ! Eleição 2004 Manaus. / Durango Martins Duarte;
apresentação Tenório Telles. Manaus: 2005
120p.
1. Pesquisa Eleitoral
2. Campanha Eleitoral
I. Titulo
CDU 342.843 (811.3Manaus)”2004”
CDD 659.10928113
Ycaro Verçosa dos Santos
Bibliotecário CRB-11 287
Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo eletrônico, digital ou mecânico
(sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, xerográficos, de fotocópia, fonográficos e de gravação,
videográficos), sem a prévia autorização por escrito do autor.
Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e sua editoração.
Rua Prof.º Samuel Benchimol, 477 - Parque 10 de Novembro - CEP: 69055-705
Manaus-Amazonas-Brasil
e-mail: [email protected]
Agradecimentos
A todos que gentilmente colaboraram
com dados, informações e conhecimento
para a elaboração deste trabalho.
Especialmente as co-responsáveis pelo projeto:
Carol Paese, Nádia Saraiva e Solange Elias.
In memoriam
Jôner Martins Veiga Duarte (irmão)
e Yonne Veiga Duarte (pai).
Ao futuro:
Luiza Ynne Souza Duarte (filha).
Prefácio
O conhecimento é o antídoto para os males que nos afligem nestes dias de conflitos e incertezas. O ser humano que não
dispõe de informações sobre a realidade que o cerca, em especial sobre o processo social e suas implicações políticas, está
fadado a viver sua história de forma secundária e a tomar decisões equivocadas que se reverterão negativamente para a sua
existência. O filósofo inglês Francis Bacon expressou de forma inequívoca a importância e a natureza política do saber: “O
conhecimento também é poder”.
O livro Informação é tudo!..., do pesquisador Durango Duarte, é uma evidência dessa assertiva. A obra é um painel
ilustrativo do processo político regional, tendo como contexto o período democrático, iniciado em 1982 “com o
restabelecimento das eleições diretas para os cargos executivos no País”. O mérito deste trabalho está exatamente em
apresentar para os leitores, sobretudo aqueles que se interessam pela história política local, dados e informações indispensáveis
para a compreensão da dinâmica e engrenagem das eleições.
Para demonstrar o seu compromisso com a veracidade das informações geradas sob a sua responsabilidade e a isenção
com que trata o jogo entre as forças e personagens que se confrontam no processo eleitoral amazonense, o autor disponibiliza
para os leitores os métodos, as regras e os procedimentos técnicos que enformam as pesquisas de opinião. Ilustra os
interessados, ainda que de forma tópica, com informações históricas sobre a realidade política nacional e local, bem como os
aspectos éticos e as dúvidas recorrentes sobre as pesquisas eleitorais.
O livro de Durango Duarte cumpre um papel pedagógico relevante, sobretudo porque desmistifica a 'mágica' dos
números que envolvem as pesquisas e o comportamento dos eleitores, assim como os fatos e as circunstâncias que
determinam a atitude e o ponto de vista dos cidadãos. Por tudo isso, Informação é tudo!... é um texto de leitura obrigatória para
todos os que se interessam pelo fenômeno político, indispensável para os jornalistas, estudiosos em geral, para os que sonham
com a atividade política e, principalmente, para os cidadãos que têm compromisso com o aprimoramento das instituições
políticas da nossa terra.
Ao apresentar aos leitores as regras e os artifícios do jogo pela conquista do poder, Duarte oferece igualmente o
antídoto e os instrumentos para uma leitura crítica dos fatos que envolvem as disputas políticas, portanto, para a sua própria
defesa. Tinha razão o sábio Aristóteles quando afirmou: “O homem de sabedoria sabe como deve comportar-se quando é
exaltado e quando é humilhado”.
*Tenório Telles é escritor, professor de Literatura Brasileira e membro da Academia Amazonense de Letras.
Sumário
Prefácio ...............................................................................................................................................................05
Introdução ...........................................................................................................................................................09
CAPÍTULO I
Roteiro Para Uma Melhor Compreensão das Pesquisas Eleitorais..........................................................11
Aspectos éticos..........................................................................................................................................14
Regras para divulgação de pesquisas .........................................................................................................15
Metodologias básicas de pesquisa .............................................................................................................16
Dúvidas mais freqüentes ...........................................................................................................................22
Outras importantes questões a serem consideradas ao observar resultados de pesquisas eleitorais.......24
CAPÍTULO II
Pesquisas Eleitorais Quantitativas e Resultado da Eleição de 2004 ........................................................25
Parte I – Tracking (1.º turno) .................................................................................................................26
Parte II – Painel contínuo (2.º turno) ......................................................................................................38
– Perfil bairro a bairro (2.º turno) ..............................................................................................40
Parte III – Resultado das eleições de 2004 – 1.º turno ...........................................................................44
– Resultado das eleições de 2004 – 2.º turno ...........................................................................47
CAPÍTULO III
Fatos Importantes da Eleição de 2004 .........................................................................................................49
Parte I – Perguntas temáticas realizadas em blocos no Tracking............................................................50
Parte II – Operação Albatroz..................................................................................................................62
– Caso Soraia..............................................................................................................................67
– Debates na TV no 2.º turno ....................................................................................................69
– Credibilidade das pesquisas publicadas ...................................................................................71
– Oportunismo ou medo ...........................................................................................................72
CAPÍTULO IV
Outras Pesquisas, Geomarketing, Dados Secundários e Tendências ......................................................73
Pesquisas para vereador ...........................................................................................................................74
Pesquisas qualitativas ................................................................................................................................76
Geomarketing ...........................................................................................................................................78
Dados secundários − Indicadores de Manaus ..........................................................................................82
Avaliação das administrações ....................................................................................................................88
Cenário de 2006 .......................................................................................................................................92
CAPÍTULO V
Dados Eleitorais da Cidade de Manaus: Prefeito e Vereadores (1982-2004).........................................97
Parte I – Prefeito ....................................................................................................................................98
Parte II – Vereador ................................................................................................................................106
– Quociente eleitoral e partidário – O que é e como fazer .....................................................115
Introdução
Informação é tudo!..., é um trabalho que não tem a pretensão de ser uma obra literária e nem de me transformar em um
escritor, fiquem tranqüilos. A idéia deste projeto advém da enorme desinformação sobre o universo das pesquisas, no que
tange às metodologias usadas, a interpretação dos resultados ou o melhor aproveitamento destes na sua aplicabilidade no
mundo dos negócios ou da política.
Organizei este livro por blocos, em cinco capítulos. O primeiro aborda o aspecto teórico das pesquisas de forma
didática, de maneira que o leitor adquira conhecimento suficiente para compreender melhor os capítulos seguintes.
O Capítulo II apresenta de maneira comentada a maioria das pesquisas, da Perspectiva e das principais empresas
nacionais, para o cargo majoritário de prefeito em Manaus. Ao mesmo tempo, traz o resultado das eleições de 2004
segmentado geograficamente.
O terceiro Capítulo contém um conjunto de perguntas temáticas, cuja aplicação foi realizada simultaneamente com as
pesquisas quantitativas (tracking) para prefeito, além disso, analisamos as duas principais polêmicas da campanha (Operação
Albatroz e Caso Soraia) e acrescentamos outros estudos, que tornam mais fácil compreender o comportamento político da
população de Manaus.
No Capítulo IV discorremos um pouco sobre as pesquisas para vereador e qualitativas, sobre o geomarketing e suas
aplicações, a importância dos dados secundários, a avaliação das administrações públicas, federal, estadual e municipal e
fechamos com um esboço do cenário das eleições de 2006.
O último Capítulo inclui uma retrospectiva dos resultados das últimas seis eleições municipais em Manaus com
comentários informais e uma explicação sobre como calcular o tão falado quociente eleitoral e partidário.
A maioria das informações apresentadas nos Capítulos II e III foi registrada no Cartório de Registros de Títulos e
Documentos (RTD), já que sua divulgação não poderia ser feita à época, em decorrência dos contratos de exclusividade. Entre
os documentos inscritos em Cartório, o último, registrado no dia 29 de outubro, sob o nº 00345032, no livro B-1576, já
continha o indicativo de vitória de Serafim Corrêa, com a pesquisa realizada 18 dias antes do 2.º turno.
Todas as opiniões e análises que apresento neste livro são passíveis de uma outra leitura. Não existe, na realidade, uma
verdade absoluta sobre a interpretação dos dados coletados pelas pesquisas. O interesse maior é o de, exatamente, contribuir
para o debate sobre a temática tratada e não o de impor uma linha de raciocínio totalitária.
Informação é tudo!..,É provável que este conceito já faça parte do seu dia-a-dia e este livro somente venha reforçar sua
opinião mas, se você é dos que não concordam com esta máxima, quem sabe ele seja um instrumento de reflexão que indique o
valor do conhecimento num mundo globalizado.
09
CAPÍTULO I
Roteiro Para Uma Melhor
Compreensão
das Pesquisas Eleitorais
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
A partir de 1982, com o restabelecimento das eleições diretas para os cargos executivos no País, todas as ferramentas
de marketing político e eleitoral evoluíram concomitantemente com o avanço da democracia. Uma delas, a pesquisa, foi a que
mais se destacou. Em pouco mais de 20 anos, o número de empresas que atuam nessa área passou de cerca de duas dezenas
para mais de 400, em todo o Brasil, dando um salto gigantesco, quantitativa e qualitativamente. A aplicação e o
desenvolvimento de múltiplas metodologias e a ampla divulgação dos resultados dos trabalhos produzidos, através dos meios
de comunicação, transformaram a pesquisa em um dos principais instrumentos das campanhas eleitorais.
Ela interessa principalmente aos candidatos e sua assessoria que, a partir dos resultados, definem suas estratégias de
campanha, aos agentes financiadores e aos militantes, que reproduzem no ambiente externo os altos e baixos da candidatura.
Também o público eleitor se acostumou a falar em pesquisa, a discutir seus resultados e a acompanhar a evolução de seus
candidatos através da mídia. Pensar em eleição, hoje, é também pensar em pesquisa.
Existem vários critérios para uma pesquisa ser consistente e o primeiro é que ela seja realizada por uma empresa
responsável, que tenha profissionais com experiência comprovada e que, de preferência, seja filiada à ABEP – Associação
Brasileira das Empresas de Pesquisas.
A validade das pesquisas de opinião pública depende de quatro fatores principais:
1. da natureza das técnicas de pesquisa utilizadas e da eficácia com que são aplicadas;
2. da honestidade e objetividade do pesquisador que realiza o projeto de pesquisa;
3. do modo de apresentação e divulgação dos resultados;
4. da utilização que se dá a esses resultados.
Tais fatores garantem que todo o processo de pesquisa seja realizado através de técnicas estatísticas específicas.
Pesquisas malfeitas acarretam prejuízo principalmente para os candidatos. Não são poucas as histórias de quem,
fundamentado em uma pesquisa mal executada, viu sua candidatura (e com ela suas estratégias e investimentos!) ruir.
Com o objetivo de oferecer subsídios para a compreensão de uma pesquisa eleitoral, este capítulo será dedicado às
questões mais importantes que dizem respeito ao assunto.
Pela complexidade do tema, não bastaria explicar alguns termos utilizados na área, a exemplo do que fazem alguns livros
técnicos, para que o leitor comum entendesse com clareza as pesquisas eleitorais e aprendesse a decifrá-las.
Assim sendo, optamos por apresentar um roteiro básico, guiando o leitor passo a passo neste processo, de maneira que,
ao final da leitura, ele seja capaz de interpretar os resultados de uma pesquisa de maneira clara, simples e eficiente.
Este roteiro é uma reprodução adaptada do “Guia ABEP para Divulgação de Pesquisas Eleitorais”, uma das poucas
publicações disponíveis no mercado brasileiro voltada para o cidadão comum, cioso de entender os mecanismos envolvidos
em uma pesquisa eleitoral.
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CAPÍTULO I – ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS PESQUISAS ELEITORAIS
Durango Duarte
Aspectos Éticos
REGRAS GERAIS
!A pesquisa eleitoral deve sempre ser realizada objetivamente e de acordo com princípios científicos estabelecidos.
!A pesquisa eleitoral deve sempre estar de acordo com a legislação existente.
DIREITO DOS ENTREVISTADOS
!Participação consentida – A participação do entrevistado em uma pesquisa eleitoral deve ser completamente consentida
e livre de pressão em todas as fases. Ele não deve ser enganado quando pedida sua cooperação.
!Garantia de anonimato – O anonimato do entrevistado deve ser totalmente preservado.
!Preservação da integridade e privacidade do entrevistado – O pesquisador deve tomar todas as precauções
consideradas razoáveis para assegurar que o entrevistado não seja, sob nenhuma circunstância, prejudicado por sua
participação.
!O pesquisador deve tomar todas as precauções para que o entrevistado não se sinta pressionado por quaisquer pessoas ou
fatos de natureza política ao participar de uma pesquisa eleitoral.
!O entrevistado, ao participar de uma pesquisa eleitoral, deve fazê-lo sem a presença de terceiros, ou seja, somente o
pesquisador deve ter acesso às suas respostas.
!O entrevistado deve ter acesso a instrumentos que permitam checar a identidade do pesquisador, bem como seu vínculo
com a empresa de pesquisa.
RESPONSABILIDADE DOS PESQUISADORES
!O pesquisador não deve, de forma consciente ou negligente, agir de qualquer modo que possa trazer descrédito à pesquisa
ou levá-la a uma perda de credibilidade pública.
!O pesquisador não deve fazer afirmações falsas sobre habilidades e experiências suas ou da organização a que está ligado.
!O pesquisador não deve criticar de forma injustificável outros pesquisadores.
!O pesquisador deve garantir a segurança de todos os registros da pesquisa que estão em seu poder.
!O pesquisador não deve permitir, conscientemente ou por negligência, a publicação ou disseminação de conclusões que não
estejam embasadas por dados. Deve sempre estar preparado para tornar disponível a informação técnica necessária para
avaliação de qualquer informação publicada.
!O pesquisador (no exercício da profissão) não pode empreender quaisquer atividades que não sejam as de pesquisa, como
vendas, cadastro para marketing direto, propaganda ou arrecadação de recursos para determinado candidato ou partido.
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INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
!Qualquer infração aparente, que se aplique somente às atividades dentro do País, deve ser relatada imediata e formalmente
à ABEP, que emitirá o seu parecer expresso.
DIREITOS E RESPONSABILIDADES MÚTUAS DOS PESQUISADORES E CLIENTES NA CONTRATAÇÃO DE
PESQUISAS ELEITORAIS
!O pesquisador deve informar ao cliente se o trabalho a ser realizado será compartilhado ou combinado aos de outros
contratantes, mas não deverá revelar a identidade dos demais clientes.
!O cliente não tem o direito, sem acordo prévio entre as partes, ao uso exclusivo dos serviços do pesquisador, seja no todo ou
em parte. Ao realizar trabalhos para diferentes clientes, no entanto, o pesquisador deve esforçar-se para evitar possíveis
conflitos de interesse entre os diferentes projetos.
!O pesquisador deve fornecer ao cliente todos os detalhes técnicos adequados de qualquer projeto de pesquisa realizado por
ele.
!O pesquisador, ao passar ao cliente informações sobre uma pesquisa, deve fazer clara distinção entre resultados,
interpretações e recomendações nela baseados.
!Sempre que quaisquer resultados de um projeto de pesquisa forem publicados pelo cliente, este tem a responsabilidade de
assegurar que eles não sejam enganosos. O pesquisador deve ser consultado e concordar previamente com a forma e o
conteúdo da publicação. Além disso, deve tomar medidas para corrigir quaisquer declarações enganosas a respeito da
pesquisa e seus resultados.
Regras para Divulgação de Pesquisas
REGRAS GERAIS
A empresa de pesquisa deve suprir seus clientes e veículos de comunicação com todos os elementos considerados pela
ABEP como indispensáveis na divulgação dos resultados de uma pesquisa, de acordo com o descrito em seu Guia de Divulgação
de Pesquisas: “O público deve ter acesso a todas as informações necessárias para entender, interpretar e avaliar os dados
publicados de forma adequada”.
REQUISITOS PARA DIVULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO
Itens de inclusão recomendada na publicação e divulgação de pesquisas eleitorais:
a. Nome da empresa de pesquisa responsável pela realização do estudo;
b. Nome do patrocinador/solicitante do estudo;
c. Universo representado;
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CAPÍTULO I – ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS PESQUISAS ELEITORAIS
Durango Duarte
d. Tamanho da amostra e sua cobertura geográfica;
e. Datas de realização de campo;
f. Erro amostral/margem de erro (essa informação não substitui a necessidade de especificação do tamanho da amostra);
g. Método de amostragem;
h. Método de coleta da informação;
i. Critérios de ponderação, caso existam;
j. Sempre que os resultados divulgados disserem respeito a algum segmento da amostra e não à sua totalidade, isso deve ser
explicitado;
k. Sempre que houver divulgação dos resultados de determinado segmento (ex.: sexo, faixa etária, região etc.), indicar o
número de entrevistas que deu origem ao resultado (base);
l. Explicitar a taxa de “não resposta”, ou seja, a porcentagem de respostas “não sabe”, sempre que ela puder afetar
significativamente a interpretação do resultado;
m. Informações sobre o número de cidades, locais ou pontos amostrais;
n. Participação de um profissional estatístico na empresa.
Metodologias Básicas de Pesquisa
1. QUALITATIVA X QUANTITATIVA
1.1 Vantagens da pesquisa qualitativa
! Atinge motivações não explícitas, menos racionalizadas, ou mesmo não totalmente conscientes.
! Ideal para explorar os “porquês” de determinadas atitudes e opiniões expressas.
! A não padronização da coleta permite verificar dinâmicas (ida e volta de argumentos, estímulos etc.).
1.2 Vantagens da pesquisa quantitativa
!A padronização do questionário e a amostragem permitem projeção/generalização dos resultados com precisão.
!Ideais para conhecer “grandezas” da presença de determinadas opiniões/atitudes/hábitos.
!Fornecem índices que podem ser comparados diretamente (análises evolutivas, testes de diferenças).
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INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
2. PESQUISAS ELEITORAIS QUALITATIVAS
2.1 Grupo de discussão ou “Focus Group”
!Grupos homogêneos de eleitores (de acordo com o perfil sócio-demográfico e outras variáveis políticas, conforme
objetivo), compostos por no mínimo 8 e no máximo 12 pessoas (número suficiente para análise consistente).
!Recrutamento de participantes deve ser realizado por empresas especializadas, de acordo com os “Padrões de
Qualidade em Pesquisa” estabelecidos pela ABEP.
!Moderador profissional e especializado que utiliza roteiro de tópicos a serem abordados e explorados com os
grupos, sem rigidez de ordem, nem padronização na formulação de perguntas/estímulos à “conversa informal”.
!Local previamente preparado para registro de discussão em áudio/vídeo/notas taquigráficas. Existem salas especiais,
com espelho one-way para observação.
3. PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS
3.1 Um pouco de história
!1824 Delaware Watchan fez e publicou a primeira “enquete popular”.
!1932 “The Literary Digest” com milhares de questionários acerta com boa precisão o vencedor da eleição
presidencial americana.
!1935 George Gallup funda o “American Institute of Public Opinion”.
!1936 “The Literary Digest” com 2.376.583 questionários devolvidos prevê vitória de Landon sobre Roosevelt,
errando por uma margem de 19 pontos percentuais.
!1936 Na mesma eleição, Gallup com 3.000 entrevistas acerta em cheio o resultado da eleição, utilizando-se de
critérios probabilísticos.
3.2 Enquete x Pesquisa
ENQUETE
PESQUISA POR AMOSTRAGEM
Auto-seleção = probabilidades
desconhecidas.
Seleção por critérios científicos = probabilidades
conhecidas.
Possibilidade de viés sem mecanismos
para perfil representativo.
Mecanismos padronizados para perfil
representativo.
Sem limitação de número de entrevistas.
Quanto mais, melhor.
Menor número de entrevistas possível para
a precisão pretendida (eficiência).
NÃO REPLICÁVEL
REPLICÁVEL
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Durango Duarte
CAPÍTULO I – ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS PESQUISAS ELEITORAIS
3.3 Amostra
3.3.1 Tamanho
O tamanho ideal da amostra é definido por:
!Margem de erro amostral aceitável e nível de precisão necessária para os resultados da pesquisa.
!Detalhamento desejado para análise dos resultados (segmentação).
!Recursos e tempo disponível para coleta de dados.
Exemplos de amostras de eleitores:
!Brasil 2.000 casos.
!USA 800 casos.
!No caso de Manaus, as amostras ficam entre 500 e 1.200 entrevistas.
3.3.2 Representatividade
Os critérios básicos são:
!Todos os indivíduos da população devem ter chance de serem selecionados na amostra.
!A probabilidade de seleção de cada elemento da amostra deve ser conhecida.
!Os princípios acima incorporados na seleção de modo a garantir que todos os subgrupos do eleitorado entrem
na amostra em proporções praticamente idênticas às do universo pesquisado.
3.3.3 Tipos de amostra
Técnicas de Amostragem
Não-Probabilística
Por conveniência
ou Intencional
Por Cotas
Tipo Bola
de Neve
Técnicas de Amostragem
Probabilística
Aleatória
Simples
Seleção do
Respondente
Estratificada
Por Conglomerado
Simples
Por
Conglomerado
Probabilística
Proporcional
ao Tamanho
Múltiplos estágios: combinação desses vários procedimentos
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Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
3.3.4 Polêmica das cotas
! Leslie Kish, um dos estatísticos mais respeitados no mundo, defende o uso de cotas na prática das pesquisas
por amostragem, no livro Survey Sampling.
! A utilização de cotas no último estágio, para seleção do entrevistado, também é avalizada por instituições
brasileiras e internacionais de pesquisa que utilizam esse método há mais de 50 anos.
! Na Inglaterra e na Alemanha foram feitos estudos comparativos com amostras simultâneas de cotas e
probabilísticas em situações eleitorais. As amostras por cotas se aproximaram mais dos resultados das
eleições do que as amostras probabilísticas.
3.3.5 Erro amostral
! O erro amostral é calculado em função de:
1. Tamanho da amostra, ou seja, número de entrevistas.
2. Heterogeneidade da amostra, ou seja, distribuição das opiniões.
! Não existe erro único para toda a pesquisa, pois cada opinião tem distribuição própria. Para cada percentual
obtido na amostra há um erro diferente.
! Erros só podem ser calculados após termos os resultados daquela amostra.
3.3.6 Erros não-amostrais
Existem erros que não podem ser calculados, embora possam ser controlados e minimizados. São os chamados
erros não-amostrais, resultantes de situações como:
! Dados demográficos ou eleitorais desatualizados usados na elaboração das amostras.
! Questionários mal elaborados (perguntas que induzem a determinadas respostas, falta de objetividade,
ordem inadequada, vocabulário inacessível etc.).
! Entrevistadores mal treinados.
! Ocorrências inesperadas ligadas ao tema da pesquisa.
Os erros não-amostrais quando não controlados podem alterar radicalmente os resultados e, conseqüentemente, a interpretação e análise de uma pesquisa.
3.3.7 Intervalo de confiança
! Para as pesquisas eleitorais divulgadas (e registros junto aos Tribunais Eleitorais) trabalha-se com uma
aproximação do erro amostral considerando-se a máxima heterogeneidade da amostra.
! A cada modelo amostral corresponde uma fórmula de cálculo, mas para modelos mais complexos
(amostragem estratificada, por conglomerados etc.) não é possível calcular a estimativa do erro amostral a
priori. Por isso, utiliza-se a fórmula para amostras aleatórias simples como uma aproximação.
! A partir do erro amostral estabelece-se um intervalo de confiança: limites para mais ou para menos em torno
do resultado obtido na amostra, para projetá-lo para o total do eleitorado pesquisado.
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Durango Duarte
CAPÍTULO I – ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS PESQUISAS ELEITORAIS
Fórmula do intervalo de confiança para amostra aleatória simples
d0 =
ONDE:
d0 = intervalo de confiança
Z0 = coeficiente associado ao nível de confiança desejado
(para nível de confiança de 95%, Z0 = 1,96 usual)
p = proporção encontrada (em decimais)
q = “1 - p”
n = número de casos da amostra
p*q
* Z0
n
Relação entre erro, o grau de confiabilidade e número de elementos da amostra de populações
com mais de 100 mil habitantes
ERRO
GRAU DE CONFIABILIDADE
68%
95%
99,7%
1%
2.500
10.000
22.500
2%
625
2.500
5.625
3%
278
1.112
2.502
4%
156
624
1.404
5%
100
400
900
6%
70
280
630
7%
51
204
459
8%
39
156
351
9%
31
124
279
10%
25
100
225
Exemplo:
Se utilizarmos uma amostra de 624
entrevistas com um grau de confiabilidade
de 95% teremos que a cada 100 entrevistas
realizadas, 95 estariam dentro da margem
de erro de 4%.
3.3.8 Empate técnico
É considerado empate técnico quando a diferença entre os candidatos se encontra dentro das margens de erro
das pesquisas, ou seja, quando há superposição dos respectivos intervalos de confiança dos candidatos.
Suponha que em determinada pesquisa a margem de erro seja de 3 pontos percentuais e o candidato “A” tenha
27% das intenções de voto e o candidato “B” tenha 30%. Os intervalos de confiança construídos para cada um
deles são os seguintes:
Candidato “A”: [27% - 3% ; 27% + 3%] = [24% ; 30%]
Candidato “B”: [30% - 3% ; 30% + 3%] = [27% ; 33%]
[24% ; 25% ; 26% ; [27% ; 28% ; 29% ; 30%] ; 31% ; 32% ; 33%]
Superposição
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Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Existe uma superposição nos dois intervalos de confiança; portanto, pode-se dizer que existe um empate técnico
entre os dois candidatos.
Na realização de uma nova pesquisa, o candidato “A” poderia ter 29% e o candidato “B” também 29%, ou o
candidato “A” ter 30% e o candidato “B” 27% das intenções de voto.
3.4 Questionário e Material de Apoio
!Instrumentos padronizados: permitem replicação, minimizam interferências “externas” na medição.
!Cartelas com alternativas de resposta.
!Escalas.
!Discos com nomes dos candidatos para não haver nenhuma influência de ordem.
3.5 Coleta de dados
3.5.1 Pessoal/Telefônica/Internet/Mala Direta
!Entrevista Pessoal: única que garante chance de seleção a todos os eleitores no Brasil.
!Entrevista Telefônica: problema de acesso, porém mais viável com evolução da cobertura no país.
!Internet: problema de acesso e auto-seleção.
!Mala Direta: auto-seleção.
3.5.2 Abordagem Domiciliar/Pontos de Fluxo
Podem ser ambas com seleção de conglomerados, mas a “unidade amostral” pode ser diferente:
!Setores censitários.
!Logradouros públicos.
!Quarteirões.
3.5.3 Controle de Campo
A qualidade do trabalho de campo exige:
!Treinamento adequado aos entrevistadores.
!Instruções de campo a cada pesquisa.
!Técnicas de abordagem e padrões éticos: eliminar influências sobre o entrevistado (outras pessoas perto,
propaganda, tom/postura do entrevistador), assegurar confidencialidade das respostas individuais.
!Fiscalização independente (revisita e checa respostas).
!Crítica dos questionários: perguntas deixadas em branco, incoerências, volta-se a campo quando necessário.
21
CAPÍTULO I – ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS PESQUISAS ELEITORAIS
Durango Duarte
Dúvidas mais Freqüentes
Cada vez mais a população tem acesso a diversos resultados de pesquisas eleitorais, publicados pelos mais variados tipos de
mídias e veículos de comunicação. Abaixo estão apresentadas as respostas para as perguntas mais freqüentes relacionadas a
pesquisas eleitorais.
1. Por que eu ou meus amigos nunca fomos incluídos nas pesquisas eleitorais?
A razão é bastante simples. Há 908.435 eleitores com domicílio eleitoral em Manaus aptos a votar (2004). A média das
amostras realizadas em nossa cidade é de 800 pessoas. Isto significa que apenas um habitante em 1.135 será incluído em
qualquer pesquisa em Manaus.
Esclarecendo de outro modo, seriam necessárias 1.135 pesquisas com amostras de 800 pessoas para que os pesquisadores
pudessem atingir todos os eleitores de Manaus e isto presumindo que ninguém fosse entrevistado duas vezes.
Ainda que diversas pesquisas sejam realizadas a cada eleição, a probabilidade de um indivíduo participar é muito pequena.
Cabe ainda ressaltar que, aproximadamente 50 mil eleitores residem em condomínios fechados (residenciais e prediais),
dificultando o acesso dos pesquisadores.
2. Como uma amostra de 800 pessoas pode refletir verdadeiramente as opiniões dos 908 mil eleitores de
Manaus? Uma amostra maior não é sempre melhor que uma menor?
A confiabilidade ou precisão dos métodos de pesquisa e suas amostras são derivadas de uma ciência matemática chamada
Estatística. Na raiz da confiabilidade estatística está a probabilidade, isto é, a possibilidade de obter-se um determinado
resultado, apenas por casualidade.
É importante lembrar que as estimativas de erro de amostragem potenciais sempre presumem amostras aleatórias. Até
mesmo em amostras totalmente aleatórias, a precisão pode ser comprometida por outros fatores, como a redação das
perguntas ou a ordem na qual foram feitas.
Não há um tamanho de amostra ideal. Amostras de qualquer tamanho têm algum grau de precisão. A pergunta sempre será
se há precisão suficiente para tirar conclusões conforme determinado pela teoria estatística.
O aspecto mais importante em amostragem não é a quantidade de respondentes, mas como são selecionados. Uma
amostra fidedigna seleciona os respondentes de uma pesquisa aleatoriamente ou de uma forma que assegure que todos na
área que está sendo pesquisada tenham a mesma chance de ser selecionados.
3. Por que muitas vezes os resultados das pesquisas são diferentes do que eu e as pessoas que conheço pensamos?
É improvável que se tenha um círculo de amigos tão diverso quanto uma amostra representativa da população estudada.
Isto significa conhecer pessoas de todas as idades, em todos os bairros, de todos os níveis socioeconômicos. Assim, na
próxima vez que você vir uma pesquisa mostrando apenas 30% de acordo com seu ponto de vista, lembre-se de que,
embora você possa não estar na maioria, isto ainda significa que 272 mil eleitores de Manaus pensam como você.
22
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
4. Quão precisos são os resultados das pesquisas brasileiras?
Um estudo desenvolvido pela ABEP analisou 469 pesquisas no período de 1982 a 1998, comparando as diferenças entre as
estimativas das pesquisas de intenção de voto nas duas semanas anteriores à eleição e os percentuais efetivamente
verificados.
Concluiu-se que, no Brasil, com base nesses 16 anos de pesquisa eleitoral em eleições para Prefeito, Governador e
Presidente da República, o erro amostral ficou em torno de 3 pontos percentuais, podendo ir, em 95% dos casos, até cerca
de 6 pontos. Quando excluídos os votos em branco, nulo e indecisos, recalculando-se os percentuais para esse novo total, o
erro amostral cai para cerca de 2 pontos, ficando 95% dos desvios entre 0 e 5,5.
Os resultados, assim, estão perfeitamente compatíveis com os padrões nacional e internacionalmente aceitos.
5. A formulação das perguntas pode influenciar os resultados das pesquisas?
A forma como são redigidas as perguntas numa pesquisa é tão importante quanto o procedimento de amostragem na
obtenção de resultados.
A maioria das organizações de pesquisa profissional e os seus clientes revisam o teor das perguntas tão cuidadosamente
quanto os editores examinariam um manuscrito antes da publicação. Este processo exige normalmente a revisão de várias
minutas antes da realização do campo de uma pesquisa. As perguntas são verificadas quanto ao equilíbrio, quer dizer, se são
formuladas de forma neutra e se as opções de resposta também são balanceadas.
A ordem das perguntas deve obedecer a uma lógica. Por exemplo, perguntas sobre a aprovação global do trabalho de um
governante devem ser feitas antes das perguntas específicas que podem lembrar os respondentes acerca dos sucessos ou
fracassos do titular.
As perguntas devem ser elaboradas usando linguagem clara, inequívoca e concisa para assegurar que todos os
respondentes, não importando seu nível educacional, possam compreendê-la.
6. Por que eu deveria responder a uma pesquisa?
A cada ano, dezenas de milhares de brasileiros respondem às entrevistas de pesquisa sobre assuntos de interesse nacional e
regional. Responder a uma pesquisa é uma maneira de se fazer ouvir, de contribuir e participar sobre questões importantes
da atualidade.
7. Quais informações eu devo verificar quando leio resultados de uma pesquisa eleitoral?
Um ponto fundamental é distinguir entre uma pesquisa verdadeira e uma pseudopesquisa. Os resultados de
pseudopesquisas são muitas vezes divertidos, mas quase sempre sem fundamentação. Uma grande diferença entre as duas
é a escolha dos respondentes. Em uma pesquisa, o pesquisador identifica e seleciona as pessoas a serem entrevistadas. Em
uma pseudopesquisa, os respondentes normalmente “oferecem” suas opiniões, selecionando a si próprios. Os melhores
exemplos são as “enquetes” de emissoras de rádio e televisão e de sites.
8. Como a pesquisa pode indicar a possibilidade de um 2.º turno?
Para poder afirmar que uma eleição acabará no 1.º turno, a diferença entre a intenção de voto do primeiro colocado e a
soma das demais candidaturas deve ser superior à margem de erro da pesquisa.
23
CAPÍTULO I – ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS PESQUISAS ELEITORAIS
Durango Duarte
9. Qual é a diferença entre “zero absoluto” e “zero relativo” no resultado das pesquisas eleitorais?
O zero absoluto significa que nenhuma das pessoas entrevistadas citou determinado candidato ou alternativa de resposta.
No caso das pesquisas eleitorais, geralmente na tabela de intenção de voto consta uma observação dizendo que apesar de o
candidato constar do disco apresentado aos entrevistados, ele não foi citado por nenhum deles, razão pela qual o referido
candidato não aparece no corpo da tabela.
O zero relativo significa que o candidato foi citado, mas não obteve citações suficientes para atingir 1% dos entrevistados.
10. Por que o resultado das pesquisas pode totalizar um valor diferente de 100%?
É muito comum em pesquisas com amostra de 400 entrevistas encontrar tabelas que totalizam 98% ou até 102%,
principalmente quando a quantidade de alternativas de respostas é grande. Por exemplo, caso existam vários candidatos
com 0,5% de intenções de voto, todos eles sairão com 1% nas tabelas, fazendo com que a soma das percentagens possa
chegar a 102%.
Isto acontece porque as percentagens que variam de 0,0% a 0,4% são arredondadas para 0% nas tabelas e as que vão de
0,5% a 0,9% são arredondadas para 1%.
Outras Importantes Questões a Serem Consideradas
ao Observar Resultados de Pesquisas Eleitorais
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
Se a pesquisa está devidamente registrada no Tribunal Regional Eleitoral ou Tribunal Superior Eleitoral.
Nome da empresa responsável pela realização da pesquisa.
Se a empresa ou profissional responsável subscreve algum código de ética regulador da atividade de pesquisa.
Nome do patrocinador do estudo.
Quantas pessoas foram entrevistadas.
Como estas pessoas foram escolhidas.
Área geográfica (cidade, Estado ou região) e em que grupo (professores, advogados, eleitores etc.) estas pessoas foram
escolhidas.
Se os resultados se basearam na resposta de todas as pessoas entrevistadas ou em algum segmento (ex.: mulheres,
universitários, evangélicos etc.).
Data da realização do campo da pesquisa.
Método de abordagem dos entrevistados (telefone, entrevistas pessoais).
Perguntas que foram feitas e sua ordem no questionário.
24
CAPÍTULO II
Pesquisas Eleitorais
Quantitativas e Resultado
da Eleição de 2004
PARTE I
Tracking (1.º turno)
Tracking (seqüência em inglês) é um tipo de pesquisa que apresenta um fluxo constante e periódico das informações, em
intervalos regulares, de maneira a permitir uma avaliação contínua em um determinado espaço de tempo. É denominada, por
muitos autores, como “Pesquisa Contínua” e é constantemente utilizada para monitorar a participação (market share) de um
produto e/ou serviço, grau de satisfação com marcas, produtos e serviços, perfil de cliente/consumidor e tamanho do mercado.
Em campanhas eleitorais, este tipo de metodologia também é bastante utilizado pelas empresas de pesquisa. Sua
principal vantagem é a de acompanhar, de forma minuciosa e sistemática, o dia-a-dia do cenário político, captando as tendências
e variações da campanha eleitoral e mostrar o reflexo dos acontecimentos na intenção de voto do eleitor.
Assim como em 2004, este tipo de metodologia também foi utilizado por nossa empresa na eleição de 2002.
Acompanhamos a evolução dos candidatos ao cargo de governador durante 63 dias, com a realização de 300 entrevistas diárias.
No dia 4 de outubro, último relatório do Tracking de 2002, os números apontavam a vitória de Eduardo Braga com 42% dos
votos, seguido de Gilberto Mestrinho com 23%. O resultado oficial do TRE-AM, divulgado dia 6 de outubro, confirmou o
resultado da pesquisa: Eduardo Braga venceu com 42,1% e Gilberto Mestrinho ficou em 2.º lugar com 23,3% dos votos
válidos. Os votos dos indecisos deslocaram-se para as candidaturas de Serafim Corrêa e João Pedro, comprovando uma teoria
da Perspectiva de que esse público, quase em sua totalidade, acaba votando na oposição. Isto vem sendo observado em todas as
últimas eleições em Manaus.
Na eleição de 2004, monitoramos a evolução dos candidatos a prefeito, realizando 400 entrevistas diariamente. No 4.º
dia de pesquisa foi feito o primeiro relatório, referente aos três dias pesquisados anteriormente (dias 1, 2 e 3). A partir daí, as
400 entrevistas do dia I foram substituídas pelas 400 entrevistas do dia 4, e foi realizado um novo relatório (dias 2, 3 e 4), e assim
sucessivamente. A pesquisa foi realizada todos os dias, com exceção dos domingos e do feriado do dia 7 de setembro,
totalizando assim, no dia 1.º de outubro, 64 dias de campo, ou seja, 25.600 questionários, com 62 relatórios. A margem de erro
para cada relatório (1.200 entrevistas) foi de 2,9%, para mais ou para menos, e o grau de confiabilidade foi de 95,5%.
A metodologia utilizada foi probabilística por conglomerados (clusters). Neste método, dividem-se os bairros da cidade
em clusters que são sorteados aleatoriamente e nestas quadras são realizadas cinco entrevistas (ver Capítulo IV, página 79). A
seleção dos domicílios de cada quadra obedece a um critério técnico que garante que todos os moradores tenham a mesma
probabilidade de serem escolhidos. A primeira entrevista é realizada na terceira casa no sentido norte da quadra e, seguindo em
sentido horário, a cada três casas é realizada uma nova entrevista, de maneira que se completem as cinco previstas. Há casos
em que, no domicílio selecionado, não existe o perfil desejado ou trata-se de um estabelecimento comercial. Nestes casos, a
entrevista é realizada na casa ao lado.
As entrevistas envolveram todas as zonas da cidade de Manaus onde qualquer habitante da área urbana com idade
superior a 16 anos e eleitor da capital teve chance de ser entrevistado. A amostra foi dividida proporcionalmente ao número de
habitantes e de eleitores de cada uma das seis zonas da cidade de Manaus, com uma variação de, mais ou menos, 2%.
26
Durango Duarte
SETEMBRO
AGOSTO
JULHO
DIA
21
22
23
24
26
27
28
29
30
31
02
03
04
05
06
07
09
10
11
12
13
14
16
17
18
19
20
21
23
24
25
26
27
28
30
31
01
02
03
04
06
08
09
10
11
13
14
15
16
17
18
20
21
22
23
24
25
27
28
29
30
01 / OUTUBRO
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Am azonino
Mendes
25
Serafim
Corrêa
40
Vanessa
Grazziotin
65
Plínio
Valério
43
Artur
Bisneto
45
Herbert
Am azonas
16
Ainda não pensei /
Indecisos
16,8%
3,8%
5,8%
1,0%
0,6%
0,5%
71,5%
18,4%
3,9%
6,1%
1,4%
0,6%
0,3%
69,3%
20,2%
3,8%
5,8%
1,2%
0,4%
0,3%
68,3%
20,9%
4,6%
6,8%
0,9%
0,3%
0,3%
66,3%
21,4%
4,5%
7,1%
0,4%
0,3%
0,2%
66,2%
23,5%
4,8%
7,0%
0,4%
0,4%
0,3%
63,6%
25,4%
4,3%
6,7%
0,8%
0,3%
0,5%
62,1%
24,7%
3,8%
6,2%
1,0%
0,3%
0,5%
63,7%
23,1%
3,7%
6,2%
1,5%
0,2%
0,4%
65,0%
22,5%
4,8%
6,8%
1,8%
0,2%
0,2%
63,8%
22,6%
4,8%
7,0%
1,8%
0,3%
0,0%
63,5%
23,3%
5,0%
7,1%
1,3%
0,2%
0,1%
63,1%
24,3%
3,8%
5,5%
1,0%
0,3%
0,1%
65,1%
24,7%
3,8%
5,8%
1,2%
0,1%
0,1%
64,5%
24,3%
3,8%
5,7%
1,4%
0,3%
0,0%
64,7%
24,3%
4,3%
5,9%
1,8%
0,3%
0,0%
63,6%
25,9%
5,1%
5,5%
1,7%
0,4%
0,0%
61,4%
27,7%
5,4%
5,6%
1,8%
0,4%
0,3%
58,8%
27,9%
5,1%
4,8%
1,2%
0,4%
0,3%
60,3%
27,4%
5,8%
5,8%
1,2%
0,3%
0,5%
59,1%
28,1%
6,1%
5,8%
1,3%
0,3%
0,3%
58,2%
28,2%
6,7%
7,5%
1,6%
0,3%
0,3%
55,4%
28,0%
6,2%
7,3%
1,3%
0,4%
0,3%
56,6%
27,1%
6,3%
8,0%
1,5%
0,6%
0,3%
56,3%
29,2%
6,1%
7,8%
1,6%
0,8%
0,2%
54,5%
31,2%
6,7%
8,3%
2,4%
0,8%
0,1%
50,5%
33,0%
7,1%
7,8%
2,8%
0,8%
0,0%
48,4%
32,2%
8,8%
8,2%
3,2%
1,2%
0,1%
46,4%
32,8%
9,7%
7,6%
2,6%
1,1%
0,2%
46,2%
31,6%
7,9%
7,5%
2,1%
1,2%
0,3%
49,5%
32,8%
7,8%
7,1%
2,4%
1,2%
0,3%
48,5%
32,3%
7,0%
7,0%
2,8%
1,5%
0,2%
49,2%
33,1%
9,1%
6,6%
3,2%
1,5%
0,2%
46,4%
32,4%
10,3%
7,7%
3,1%
1,5%
0,4%
44,7%
31,5%
12,0%
7,3%
2,8%
1,2%
0,4%
44,8%
30,9%
11,8%
7,1%
2,7%
1,0%
0,4%
46,2%
31,4%
12,2%
7,7%
2,8%
0,8%
0,1%
45,2%
31,3%
11,8%
7,9%
3,5%
0,9%
0,2%
44,4%
33,1%
10,9%
8,2%
3,3%
1,1%
0,2%
43,3%
32,9%
11,1%
8,3%
3,5%
1,0%
0,3%
42,9%
34,4%
10,8%
9,3%
3,8%
0,9%
0,3%
40,4%
33,3%
10,6%
10,3%
4,5%
0,8%
0,3%
40,3%
32,8%
10,3%
9,1%
5,1%
1,2%
0,1%
41,5%
33,0%
9,6%
8,7%
5,4%
1,3%
0,2%
41,8%
32,9%
10,4%
8,8%
5,4%
1,7%
0,3%
40,5%
33,9%
11,4%
8,5%
5,2%
1,6%
0,3%
39,2%
35,4%
12,3%
7,8%
4,7%
1,3%
0,1%
38,5%
37,2%
13,8%
6,6%
4,7%
1,2%
0,1%
36,6%
38,3%
13,9%
7,9%
3,9%
1,2%
0,2%
34,7%
36,8%
14,5%
8,2%
4,4%
1,3%
0,3%
34,6%
36,0%
13,9%
9,0%
4,9%
1,1%
0,3%
34,8%
36,4%
14,0%
7,4%
5,8%
0,9%
0,2%
35,3%
36,3%
14,2%
7,8%
5,3%
1,0%
0,1%
35,3%
38,9%
15,4%
7,8%
4,4%
0,8%
0,1%
32,5%
39,0%
16,3%
8,0%
4,9%
1,1%
0,3%
30,4%
40,3%
16,3%
7,4%
5,2%
1,2%
0,3%
29,4%
39,0%
16,1%
7,5%
5,8%
1,3%
0,3%
30,2%
39,0%
16,2%
9,4%
5,5%
1,4%
0,3%
28,2%
38,1%
17,7%
10,5%
5,2%
1,3%
0,6%
26,7%
38,5%
18,1%
11,1%
5,6%
1,5%
0,6%
24,7%
40,4%
20,1%
9,8%
5,8%
1,5%
0,6%
21,8%
41,6%
21,1%
9,3%
6,8%
2,6%
0,4%
18,2%
Tracking
Espontânea
Na pergunta com
resposta espontânea, o
entrevistado cita o
nome de quem
pretende votar sem o
estímulo de nenhum
recurso verbal ou visual
(cartela). Ela deve ser
realizada em uma única
opção e logo no início
do questionário para
que não haja nenhum
contágio. A pergunta da
tabela ao lado foi
formulada da seguinte
maneira: “Para qual dos
candidatos a prefeito de
Manaus você pretende
dar o seu voto nesta
eleição?”.
Os primeiros números
coletados indicavam no
dia 21/7 que 71,5% dos
eleitores estavam
indecisos. Apenas 10
dias depois, em 31 de
julho, esse percentual
caiu para 63,8%, ou
seja, aproximadamente
58.000 eleitores se
decidiram por um
candidato. Em agosto,
o número de indecisos
caiu para 46,2%. Em
setembro, atingiu
21,8%, isto é, cerca de
176.000 eleitores
definiram seu voto.
Quarenta e oito horas
antes da eleição ainda
existiam 18,2% de
eleitores que se
declaravam indecisos e
é exatamente esse
público que gerou a
diferença entre os
resultados das
pesquisas e o resultado
final da eleição.
É bom lembrar que os
números coletados na
pesquisa espontânea
sempre serão menores
que na estimulada.
27
Durango Duarte
CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004
Tracking
Espontânea
1
80%
71,5%
Com a intenção de
mostrar os números de
uma forma mais
compreensível e tornar
a visualização do
desempenho dos
candidatos durante
todo o período eleitoral
mais fácil, optamos por
transformar os dados
da tabela anterior em
gráficos de evolução.
Dividimos a tabela da
pergunta espontânea
em quatro seqüências
de dados, sendo as
duas primeiras (gráficos
1 e 2) apresentando os
resultados de 16 dias
cada uma e as outras
duas (gráficos 3 e 4)
com 15 dias.
As linhas, no gráfico 2,
indicavam claramente
que nos cinco primeiros
dias após o início da
veiculação da
propaganda eleitoral, os
números dos indecisos
caíam em média 2% ao
dia, porém o
indiciamento de Bosco
Saraiva, Ari Moutinho,
Isper Abrahim e
Fernando Elias, como
desdobramento da
Operação Albatroz, fez
com que parte do
eleitorado voltasse a
ficar indecisa, durante
quatro dias, sem,
entretanto, alterar as
porcentagens dos
candidatos. É
interessante destacar
que o impacto de todos
os fatos ocorridos na
campanha de 2004
gerou, em até 72 horas,
uma oscilação de aproximadamente 3% na
opinião dos eleitores.
28
69,3%
68,3%
66,3%
66,2%
63,6%
63,7%
62,1%
65,0%
63,8%
63,5%
63,1%
23,1%
22,5%
22,6%
23,3%
7,1%
65,1%
64,5%
64,7%
63,6%
60%
40%
20%
16,8%
5,8%
18,4%
20,2%
20,9%
21,4%
23,5%
25,4%
24,7%
6,1%
5,8%
6,8%
7,1%
7,0%
6,7%
6,2%
6,2%
6,8%
7,0%
22/jul
23/jul
24/jul
26/jul
27/jul
28/jul
29/jul
30/jul
31/jul
02/ago
24,3%
24,7%
24,3%
24,3%
5,5%
5,8%
5,7%
5,9%
04/ago
05/ago
06/ago
3,8%
0%
21/jul
Amazonino Mendes - 25
Artur Bisneto - 45
Serafim Corrêa - 40
Herbert Amazonas - 16
03/ago
Vanessa Grazziotin - 65
Ainda não pensei
07/ago
Plínio Valério - 43
2
80%
Operação
Albatroz
61,4%
58,8%
60,3%
60%
59,1%
Início da
Propaganda
Eleitoral
58,2%
55,4%
56,6%
56,3%
54,5%
2.º
programa
3.º
programa
50,5%
48,4%
Indiciamento
de Bosco
e Ari
Indiciamento
de Isper e
Fernando
4.º
programa
5.º
programa
49,5%
46,4%
49,2%
48,5%
46,2%
40%
33,0%
25,9%
27,7%
27,9%
27,4%
28,1%
28,2%
28,0%
7,5%
7,3%
29,2%
31,2%
32,2%
32,8%
8,2%
7,6%
7,5%
23/ago
24/ago
31,6%
32,8%
32,3%
27,1%
20%
5,5%
5,6%
4,8%
5,8%
5,8%
8,0%
7,8%
8,3%
7,8%
7,0%
7,1%
0%
09/ago
10/ago
11/ago
Amazonino Mendes - 25
Artur Bisneto - 45
12/ago
13/ago
14/ago
16/ago
17/ago
Serafim Corrêa - 40
Herbert Amazonas - 16
18/ago
19/ago
20/ago
21/ago
Vanessa Grazziotin - 65
Ainda não pensei
25/ago
Plínio Valério - 43
26/ago
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Tracking
Espontânea
3
60%
7.º
programa
6.º
programa
46,4%
44,7%
44,8%
46,2%
8.º
programa
45,2%
44,4%
9.º
programa
43,3%
11.º
programa
10.º
programa
42,9%
40,4%
40,3%
41,5%
41,8%
12.º
programa
40,5%
39,2%
40%
33,1%
32,4%
31,5%
30,9%
31,4%
11,8%
12,2%
34,4%
33,1%
32,9%
10,9%
11,1%
31,3%
33,3%
32,8%
33,0%
33,9%
32,9%
38,5%
35,4%
20%
12,0%
9,1%
11,8%
10,3%
10,8%
10,6%
10,3%
6,6%
7,7%
7,3%
7,1%
7,7%
7,9%
8,2%
8,3%
9,3%
28/ago
30/ago
31/ago
01/set
02/set
03/set
04/set
06/set
10,3%
9,1%
11,4%
10,4%
9,6%
8,7%
8,8%
12,3%
8,5%
7,8%
13/set
14/set
0%
27/ago
Amazonino Mendes - 25
Artur Bisneto - 45
Serafim Corrêa - 40
Herbert Amazonas - 16
08/set
09/set
10/set
Vanessa Grazziotin - 65
Ainda não pensei
11/set
Plínio Valério - 43
4
50%
13.º
programa
40%
37,2%
14.º
programa
38,3%
36,8%
36,4%
36,3%
34,7%
34,6%
34,8%
35,3%
35,3%
39,0%
39,0%
32,5%
30,4%
30%
29,4%
Último programa
para o cargo
majoritário
18.º
programa
40,3%
38,9%
36,0%
36,6%
17.º
programa
16.º
programa
15.º
programa
30,2%
39,0%
38,1%
40,4%
41,6%
38,5%
Dia 26 / 9
Debate na TV A Crítica
Dia 30 / 9
Debate na Rede
Amazônica
28,2%
26,7%
24,7%
21,8%
20%
13,8%
10%
6,6%
13,9%
14,5%
7,9%
8,2%
16/set
17/set
15,4%
13,9%
9,0%
14,0%
16,3%
17,7%
16,3%
16,1%
21,1%
18,1%
20,1%
16,2%
18,2%
14,2%
7,4%
7,8%
7,8%
8,0%
20/set
21/set
22/set
23/set
9,4%
7,4%
7,5%
24/set
25/set
10,5%
11,1%
9,8%
9,3%
30/set
01/out
0%
15/set
Amazonino Mendes - 25
Artur Bisneto - 45
18/set
Serafim Corrêa - 40
Herbert Amazonas - 16
27/set
Vanessa Grazziotin - 65
Ainda não pensei
28/set
29/set
Plínio Valério - 43
Percebe-se uma
constância na linha de
intenção de votos dos
candidatos no gráfico
3, no período de 27/8
a 14/9, o que garante
que os programas
eleitorais deste
período não tiveram a
capacidade de
conquistar o voto dos
eleitores. Isso significa
que as ações do
marketing para a
televisão e o rádio
eram ineficazes. Tanto
que o desempenho de
Amazonino se manteve
na casa dos 30% e os
outros cinco
candidatos juntos não
ultrapassavam 27%.
O único que conseguiu
quebrar essa inércia foi
o candidato Plínio
Valério cujos
percentuais aparecem
em crescimento ao
final da seqüência.
No gráfico 4,
observamos que os
números de
Amazonino ultrapassaram os dos indecisos e
estes, a partir do 16.º
programa eleitoral, em
2/9, caíram 14,3% em
apenas nove dias.
Serafim consolidou
definitivamente sua
tendência de crescimento, garantindo por
antecipação sua vaga
no 2.º turno, ao ponto
de crescer 1% ao dia
nos últimos cinco dias
do 1.º turno. O que
significa a conquista
espontânea de 7.500
eleitores diariamente.
29
Durango Duarte
CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004
Tracking
Estimulada
30
JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
Na pergunta com
resposta estimulada, o
entrevistado recebia
uma cartela contendo o
nome e a foto dos seis
candidatos, para indicar
em qual deles pretendia
votar.
Os resultados do
primeiro dia do Tracking
apresentaram uma
semelhança com os
números finais obtidos
por quatro candidatos
no 1.º turno.
Amazonino começou
com 42,8% das
intenções de votos e
obteve 43,50%.
Vanessa largou com
16,2% e ao final atingiu
13,76%, sendo a única
a perder pontos
durante a campanha.
Bisneto e Herbert se
mantiveram estáveis
durante todo o período
eleitoral. Somente
Serafim e Plínio
melhoraram seus
desempenhos. O primeiro começou com
16,3% e cresceu
12,4% no decorrer do
período eleitoral,
chegando a 28,77% no
1.º turno. Plínio
conseguiu duplicar seu
desempenho, passando
de 5,1% no primeiro
dia para 10,24% no
final.
Podemos afirmar que a
qualidade da comunicação e o conteúdo do
discurso desenvolvido
pelas duas chapas
determinaram esse
crescimento e, com
certeza, captaram da
melhor maneira
possível, o sentimento
e o desejo de mudança
do eleitor de Manaus.
DIA
21
22
23
24
26
27
28
29
30
31
02
03
04
05
06
07
09
10
11
12
13
14
16
17
18
19
20
21
23
24
25
26
27
28
30
31
01
02
03
04
06
08
09
10
11
13
14
15
16
17
18
20
21
22
23
24
25
27
28
29
30
01 / OUTUBRO
Amazonino
Mendes
25
Serafim
Corrêa
40
Vanessa
Grazziotin
65
Plínio
Valério
43
Artur
Bisneto
45
Herbert
Amazonas
16
Nulo /
Branco
Indeciso /
Não sabe dizer
42,8%
16,3%
16,2%
5,1%
2,7%
0,5%
7,0%
9,4%
42,5%
16,0%
15,8%
6,0%
2,5%
0,7%
7,1%
9,4%
44,7%
16,4%
15,5%
5,5%
2,0%
0,6%
6,1%
9,3%
45,8%
16,7%
15,8%
5,1%
1,4%
0,6%
5,3%
9,4%
45,6%
17,4%
15,8%
4,8%
1,5%
0,5%
4,8%
9,5%
45,0%
17,5%
16,6%
4,8%
1,5%
0,6%
5,1%
8,9%
45,3%
16,1%
16,4%
5,4%
1,5%
0,8%
5,3%
9,3%
45,7%
16,3%
17,7%
4,7%
1,5%
0,5%
4,3%
45,3%
15,8%
17,8%
5,5%
1,7%
0,3%
4,8%
8,8%
43,7%
16,2%
18,1%
5,4%
1,6%
0,3%
4,8%
10,0%
43,4%
15,8%
17,4%
5,5%
1,8%
0,3%
5,6%
10,3%
43,6%
15,4%
17,3%
4,7%
1,7%
0,4%
5,0%
12,0%
45,2%
15,9%
16,3%
4,8%
2,0%
0,5%
5,0%
10,3%
45,4%
15,9%
16,0%
4,7%
1,5%
0,4%
4,8%
11,3%
45,8%
16,3%
15,6%
4,6%
1,6%
0,4%
4,8%
11,1%
46,0%
15,8%
15,2%
4,7%
1,3%
0,3%
4,4%
12,3%
46,2%
16,2%
15,3%
4,4%
1,3%
0,3%
5,6%
10,8%
46,4%
15,9%
14,6%
4,3%
1,3%
0,3%
5,4%
11,7%
46,6%
16,0%
14,7%
3,8%
1,3%
0,5%
5,5%
11,7%
45,3%
15,8%
13,9%
4,5%
1,5%
0,6%
6,3%
12,2%
44,9%
15,8%
12,9%
5,2%
1,8%
0,8%
7,2%
11,4%
43,8%
15,9%
13,3%
5,0%
1,7%
0,8%
9,1%
10,6%
44,3%
16,4%
13,7%
4,6%
1,9%
0,7%
6,7%
11,8%
44,3%
16,5%
15,2%
4,7%
1,6%
0,6%
4,5%
12,7%
45,5%
16,4%
15,6%
5,1%
1,9%
0,6%
2,1%
12,8%
46,2%
16,0%
16,1%
5,8%
1,7%
0,6%
1,8%
11,9%
46,2%
15,8%
15,9%
5,7%
1,8%
0,3%
2,8%
11,6%
44,5%
16,1%
15,6%
5,8%
2,3%
0,3%
3,9%
11,5%
44,5%
16,6%
15,9%
5,3%
2,5%
0,4%
3,9%
10,8%
46,1%
16,2%
15,8%
5,4%
2,3%
0,3%
3,2%
10,8%
46,3%
16,2%
15,7%
5,4%
2,4%
0,4%
2,9%
10,8%
45,7%
15,5%
14,6%
5,2%
2,7%
0,5%
3,5%
12,4%
45,3%
16,1%
14,3%
5,3%
2,7%
0,5%
3,4%
12,4%
44,4%
16,3%
14,6%
5,4%
2,6%
0,7%
3,5%
12,6%
43,9%
17,8%
13,4%
5,8%
2,2%
0,4%
4,2%
12,3%
44,8%
18,3%
12,6%
6,1%
2,1%
0,4%
3,9%
11,9%
44,7%
19,3%
13,3%
5,7%
1,8%
0,2%
4,3%
10,8%
45,0%
19,3%
14,1%
7,0%
2,2%
0,3%
3,3%
8,9%
45,7%
18,9%
13,8%
7,3%
2,3%
0,3%
3,2%
8,6%
45,4%
18,9%
13,8%
8,3%
2,5%
0,3%
2,8%
7,9%
45,2%
17,8%
14,8%
8,3%
2,6%
0,3%
2,4%
44,1%
17,4%
15,6%
8,3%
2,5%
0,3%
2,5%
9,4%
43,9%
17,1%
14,2%
8,8%
2,6%
0,1%
2,0%
11,3%
45,4%
15,7%
13,8%
9,3%
2,7%
0,3%
2,3%
10,7%
43,3%
16,3%
14,2%
9,0%
3,1%
0,4%
3,0%
10,7%
43,4%
17,1%
14,0%
9,3%
2,8%
0,4%
3,6%
9,4%
45,2%
18,4%
13,1%
8,8%
2,5%
0,3%
3,1%
8,8%
47,2%
20,0%
11,3%
9,8%
2,3%
0,3%
2,1%
7,2%
47,7%
19,5%
11,7%
8,4%
2,5%
0,3%
1,8%
8,2%
46,3%
20,8%
11,8%
8,3%
2,4%
0,3%
2,1%
7,9%
46,4%
19,6%
13,0%
8,3%
2,0%
0,3%
2,0%
8,4%
46,8%
20,1%
11,8%
9,9%
1,8%
0,3%
2,0%
7,3%
45,8%
20,1%
12,2%
10,8%
1,8%
0,2%
1,8%
7,3%
46,8%
21,1%
11,8%
10,3%
1,6%
0,2%
1,8%
6,3%
46,3%
21,8%
11,3%
10,4%
1,8%
0,3%
1,8%
6,3%
47,6%
21,3%
10,4%
9,4%
1,8%
0,3%
2,0%
7,1%
46,8%
21,3%
9,6%
9,4%
2,2%
0,5%
2,4%
7,8%
47,0%
21,2%
11,3%
9,0%
2,3%
0,8%
1,9%
6,7%
46,4%
23,2%
12,3%
8,8%
1,9%
1,1%
1,5%
4,8%
46,0%
24,1%
13,8%
9,2%
2,1%
0,9%
0,8%
3,2%
47,0%
24,5%
12,3%
8,5%
1,9%
0,8%
0,9%
4,2%
46,7%
24,7%
11,2%
8,8%
3,1%
0,4%
1,5%
3,8%
9,5%
8,7%
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Tracking
1
Estimulada
60%
44,7%
45,8%
45,6%
45,0%
45,7%
45,3%
45,3%
43,7%
42,8% 42,5%
43,4%
43,6%
45,2%
45,4%
45,8%
46,0%
40%
20%
16,3%
16,2%
16,0%
15,8%
16,4%
15,5%
16,7%
17,4%
17,5%
15,8%
15,8%
16,6%
17,7%
16,4%
16,3%
16,1%
17,8%
15,8%
18,1%
16,2%
17,4%
15,8%
17,3%
15,4%
16,3%
16,0%
16,3%
15,8%
15,9%
15,9%
15,6%
15,2%
0%
21/jul
22/jul
23/jul
24/jul
Amazonino Mendes - 25
Artur Bisneto - 45
26/jul
27/jul
28/jul
29/jul
Serafim Corrêa - 40
Herbert Amazonas - 16
30/jul
31/jul
02/ago
03/ago
Vanessa Grazziotin - 65
Nulo / Branco
04/ago
05/ago
06/ago
07/ago
Plínio Valério - 43
Indeciso / NSD
2
60%
46,2% 46,4%
46,6%
45,3%
44,9%
43,8%
44,3%
Operação
Albatroz
40%
44,3%
15,9%
16,0%
15,8%
15,8%
15,9%
16,5%
16,4%
46,2%
46,2%
44,5%
2.º
programa
Início da
Propaganda
Eleitoral
20%
16,2%
45,5%
44,5%
46,1%
4.º
programa
3.º
programa
Indiciamento
de Bosco
e Ari
16,1%
16,4%
16,0%
46,3%
16,6%
16,2%
45,7%
5.º
programa
Indiciamento
de Isper e
Fernando Elias
16,2%
15,5%
15,8%
0%
09/ago
10/ago
11/ago
Amazonino Mendes - 25
Artur Bisneto - 45
12/ago
13/ago
14/ago
16/ago
17/ago
Serafim Corrêa - 40
Herbert Amazonas - 16
18/ago
19/ago
20/ago
21/ago
Vanessa Grazziotin - 65
Nulo / Branco
23/ago
24/ago
25/ago
Plínio Valério - 43
Indeciso / NSD
26/ago
Observando as duas
seqüências de dados
nos gráficos 1 e 2,
notamos que os
candidatos Serafim
Corrêa e Vanessa
Grazziotin disputavam
acirradamente o 2.º
lugar durante os 32
primeiros dias pesquisados. Tanto que a
diferença no primeiro
dia de pesquisa era de
apenas 0,1%. Somente
durante 10 dias, de um
total de 62 dias
pesquisados, Vanessa
conseguiu ficar na
frente de Serafim e a
maior vantagem obtida
foi de apenas 2%.
Após o surgimento da
Operação Albatroz, os
votos em branco e nulo
chegaram a 9,1% no
dia 14 de agosto.
Quatro dias depois
despencam para 1,8%,
mantendo-se dentro da
oscilação da margem de
erro de 2,9% até o
final do 1.º turno.
Uma das características
mais interessantes do
Tracking é a possibilidade de identificar a
inalterabilidade no
desempenho dos seis
candidatos nesse
período, tornando até
monótona a análise do
cenário eleitoral.
Acredito, com base na
experiência de outras
eleições, que logo após
o registro das candidaturas, mais de 75% dos
eleitores já têm uma
idéia em quem votar,
fazendo com que na
verdade, a disputa se
concentre na conquista
dos votos de apenas
25% do eleitorado.
31
Durango Duarte
CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004
Tracking
Estimulada
3
60%
Serafim conseguiu
manter uma boa
distância em relação a
Vanessa, contudo no
dia 6 de setembro as
linhas voltaram a ficar
próximas, com uma
diferença de 3%. O
candidato Plínio Valério
teve um crescimento
significativo a partir de
1.º de setembro e
Amazonino continuou
com seu desempenho
sem alterações.
Na última seqüência de
dados da estimulada,
gráfico 4, Serafim alcança uma boa margem de
vantagem e liderou,
tranqüilamente, o 2.º
lugar até o final, terminando com 24,7% das
intenções de voto.
Vanessa ficou ameaçada
pelo candidato Plínio
Valério e os dois chegaram a ficar empatados
tecnicamente no dia 25
de setembro com
9,6% e 9,4%, respectivamente. Após a
exibição do 1.º debate,
a candidata conseguiu
abrir uma pequena vantagem, porém
terminou a pesquisa
com apenas 2,4% de
diferença em relação a
Plínio e, no resultado
do TRE, a diferença
ficou em 3,52%.
Nas 48 horas, incluindo
o dia da eleição, é o
momento onde ocorre
as oscilações quase
imperceptíveis no voto
do eleitor. O ápice do
debate político impacta,
de maneira mais
agressiva, a opinião e a
decisão de voto de
cada um.
32
45,3%
44,4%
43,9%
20%
16,1%
16,3%
44,7%
17,8%
18,3%
45,0%
45,7%
19,3%
19,3%
45,4%
45,2%
9.º
programa
8.º
programa
7.º
programa
6.º
programa
40%
44,8%
18,9%
18,9%
44,1%
43,9%
17,4%
45,2%
43,3%
11.º
programa
10.º
programa
17,8%
45,4%
43,4%
12.º
programa
17,1%
17,1%
15,7%
18,4%
16,3%
0%
27/ago
28/ago
30/ago
31/ago
Amazonino Mendes - 25
Artur Bisneto - 45
01/set
02/set
03/set
04/set
Serafim Corrêa - 40
Herbert Amazonas - 16
06/set
08/set
09/set
10/set
11/set
Vanessa Grazziotin - 65
Nulo / Branco
13/set
14/set
Plínio Valério - 43
Indeciso / NSD
4
60%
47,2%
40%
47,7%
13.º
programa
46,3%
46,4%
14.º
programa
46,8%
45,8%
46,8%
46,3%
46,8%
17.º
programa
16.º
programa
15.º
programa
47,6%
47,0%
46,4%
46,0%
Último
programa para
o cargo
majoritário
18.º
programa
Dia 26 / 9
Debate na TV A Crítica
23,2%
20,0%
19,5%
11,3%
11,7%
20%
20,8%
11,8%
19,6%
13,0%
20,1%
20,1%
11,8%
12,2%
21,1%
21,8%
11,8%
11,3%
21,3%
10,4%
21,3%
24,1%
47,0%
46,7%
Dia 30 / 9
Debate na Rede
Amazônica
24,5%
24,7%
21,2%
11,3%
12,3%
13,8%
12,3%
11,2%
9,6%
0%
15/set
16/set
17/set
Amazonino Mendes - 25
Artur Bisneto - 45
18/set
20/set
21/set
22/set
Serafim Corrêa - 40
Herbert Amazonas - 16
23/set
24/set
25/set
27/set
Vanessa Grazziotin - 65
Nulo / Branco
28/set
29/set
30/set
Plínio Valério - 43
Indeciso / NSD
01/out
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Evolução dos três principais candidatos nos últimos 14 dias
do 1.º turno e a comparação com o resultado final
60%
AMAZONINO MENDES
49,6%
47,7%
46,8%
46,4%
46,3%
46,8%
45,8%
46,3%
47,6%
46,8%
47,0%
46,4%
46,0%
47,0%
46,7%
43,50%
43,8%
40%
28,77%
27,6%
SERAFIM CORRÊA
20%
19,5%
11,7%
20,8%
19,6%
13,0%
11,8%
20,1%
20,1%
11,8%
12,2%
21,1%
11,8%
21,8%
11,3%
24,1%
23,2%
21,3%
21,3%
10,4%
9,6%
24,7%
24,5%
21,8%
21,2%
11,3%
13,8%
12,3%
13,76%
14,1%
12,3%
11,2%
8,3%
VANESSA GRAZZIOTIN
0%
16/set
17/set
18/set
20/set
21/set
22/set
23/set
24/set
25/set
27/set
28/set
29/set
30/set
01/out
03/out
Margem de erro de 2,9% para mais ou para menos.
Intervalo entre a maior e a menor porcentagem obtida pelos
seis candidatos durante 62 dias do 1.º turno do Tracking
MENOR
PORCENTAGEM
MAIOR
PORCENTAGEM
VARIAÇÃO
RESULTADO
TRE
Amazonino Mendes ― 25
42,5%
47,7%
5,2%
43,50%
Serafim Corrêa ― 40
15,4%
24,7%
9,3%
28,77%
Vanessa Grazziotin ― 65
9,6%
18,1%
8,5%
13,76%
Plínio Valério ― 43
3,8%
10,8%
7,0%
10,24%
Artur Bisneto ― 45
1,3%
3,1%
1,8%
3,33%
Herbert Amazonas ― 16
0,1%
1,1%
1,0%
0,41%
CANDIDATOS
Os números obtidos no
último relatório da
pesquisa Tracking
(1.º/10) já considerando
a margem de erro de
2,9%, para mais ou
para menos, comprova
a qualidade da metodologia e do trabalho de
campo da Perspectiva.
A diferença mínima
entre os números do
relatório do dia 1.º/10
para o resultado da
eleição é totalmente
aceitável exatamente
pela ausência da
pesquisa nos dias 2 e 3
de outubro. A pesquisa
Tracking é uma
fotografia diária e a
tendência dos resultados é mais facilmente
previsível. Serafim vinha
numa constante
crescente dia-a-dia ao
ponto de podermos
afirmar que no dia 2
teria mais de 25% e no
dia 3 mais de 26%. A
mesma lógica ocorreu
com Amazonino que
registrava queda já no
último dia pesquisado.
A dinâmica do processo
eleitoral é o elemento
mais fascinante do
universo do marketing
político. Em poucos
dias, é possível reverter
um quadro desfavorável
ou, ao contrário,
perder vantagens
conquistadas. Ao longo
de 62 dias de pesquisa,
Serafim aproveitou as
oportunidades nos
momentos decisivos da
campanha, obtendo
assim o maior
crescimento da
intenção de votos do
1.º turno.
33
Durango Duarte
CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004
Tracking
Rejeição
dupla
34
JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
A soma das
porcentagens da tabela
ao lado ultrapassa
100% devido à
possibilidade de o
entrevistado responder
mais de um nome. Os
quatro gráficos,
semelhantes aos que
foram apresentados nas
páginas anteriores, não
constam no livro por
falta de espaço, o que
não prejudicará a
compreensão dos
resultados.
A candidata Vanessa
Grazziotin é o melhor
exemplo de como uma
única atitude pode
destruir uma candidatura. Ela foi minada por
uma rejeição “construída” antes mesmo de
sua chapa ser lançada
oficialmente. Logo após
a votação do salário
mínimo, quando votou
a favor dos R$ 260,
apresentados pelo
Governo Lula, jornais e
apresentadores de
televisão e de rádio
potencializaram o fato
criando uma contradição com sua história
política de defesa dos
interesses dos trabalhadores. Artificialmente,
conseguiram imprimir
na mente da população
uma “traição”. Antes
dos registros das
candidaturas, Vanessa
tinha uma rejeição
abaixo de 15% e
depois dos sucessivos
ataques durante todo o
período eleitoral,
chegou ao último dia de
pesquisa com mais de
40%.
DIA
21
22
23
24
26
27
28
29
30
31
02
03
04
05
06
07
09
10
11
12
13
14
16
17
18
19
20
21
23
24
25
26
27
28
30
31
01
02
03
04
06
08
09
10
11
13
14
15
16
17
18
20
21
22
23
24
25
27
28
29
30
01 / OUTUBRO
Amazonino
Mendes
25
Serafim
Corrêa
40
Vanessa
Grazziotin
65
Plínio
Valério
43
Artur
Bisneto
45
Herbert
Amazonas
16
Não rejeita
nenhum
Rejeita todos
os outros
20,8%
13,5%
26,3%
14,6%
28,6%
29,3%
14,3%
9,1%
21,1%
14,1%
27,2%
14,1%
28,5%
28,6%
13,6%
9,2%
19,6%
14,0%
28,0%
12,1%
28,4%
26,8%
14,9%
9,6%
19,4%
13,2%
28,2%
13,7%
29,7%
27,2%
14,3%
9,2%
19,1%
12,9%
27,4%
14,7%
30,2%
29,2%
13,9%
19,7%
13,8%
30,3%
14,9%
30,8%
29,2%
12,0%
9,3%
19,3%
14,5%
30,3%
15,2%
30,8%
28,9%
11,0%
11,0%
17,6%
14,3%
33,1%
15,0%
29,6%
28,5%
11,5%
9,9%
16,8%
12,5%
30,2%
16,5%
27,5%
28,9%
13,3%
10,3%
18,3%
12,4%
30,9%
16,3%
27,1%
28,8%
12,9%
9,5%
19,5%
12,3%
30,3%
16,3%
26,5%
27,0%
13,3%
10,3%
18,8%
12,3%
31,7%
14,5%
27,4%
26,8%
13,3%
10,1%
15,7%
12,4%
32,6%
14,4%
28,5%
25,7%
14,6%
10,0%
16,5%
12,3%
31,1%
14,3%
29,8%
25,8%
14,2%
9,6%
16,8%
11,5%
32,8%
15,3%
29,4%
25,0%
12,9%
9,8%
17,9%
10,6%
32,6%
14,1%
29,7%
23,7%
13,2%
9,9%
16,3%
11,0%
35,1%
13,8%
28,0%
24,3%
13,2%
10,7%
16,6%
11,6%
35,3%
14,4%
30,3%
23,2%
13,7%
10,4%
15,2%
12,2%
35,7%
15,0%
29,9%
24,4%
13,8%
10,0%
17,1%
11,5%
36,1%
14,2%
31,8%
25,3%
13,0%
8,6%
18,8%
10,9%
34,9%
12,4%
28,7%
26,6%
12,2%
10,5%
20,5%
11,4%
35,8%
13,2%
29,2%
26,5%
10,1%
11,6%
20,7%
11,1%
34,0%
15,3%
28,3%
26,9%
9,9%
11,9%
21,3%
10,8%
34,1%
15,6%
30,3%
25,2%
9,9%
10,9%
20,8%
9,8%
34,3%
15,4%
31,5%
26,2%
10,3%
10,3%
20,8%
10,4%
34,4%
13,7%
31,9%
24,8%
10,4%
10,3%
19,3%
10,8%
33,9%
12,6%
31,0%
25,7%
11,3%
10,0%
21,9%
10,2%
34,1%
10,8%
30,5%
24,8%
11,3%
9,3%
22,3%
10,6%
35,7%
11,3%
30,5%
24,7%
11,2%
8,9%
21,8%
11,6%
36,8%
14,3%
30,2%
26,1%
10,8%
7,6%
20,6%
11,1%
36,1%
14,3%
30,5%
24,8%
11,9%
7,8%
19,3%
10,8%
36,2%
13,5%
32,1%
25,9%
12,3%
8,1%
17,8%
10,3%
36,3%
13,4%
32,1%
26,5%
12,5%
8,7%
20,6%
11,3%
35,5%
13,5%
32,0%
27,0%
10,8%
8,6%
21,5%
11,0%
34,4%
13,2%
31,8%
25,8%
10,8%
8,7%
24,2%
11,4%
34,3%
13,3%
32,2%
24,6%
10,6%
8,3%
23,3%
11,2%
34,9%
12,8%
34,7%
25,9%
9,8%
8,2%
24,5%
11,5%
36,5%
12,9%
34,3%
25,8%
9,8%
7,8%
22,3%
12,2%
38,4%
12,7%
34,7%
25,8%
8,8%
7,7%
24,8%
12,1%
37,8%
12,4%
30,6%
26,8%
8,7%
7,8%
24,7%
12,3%
37,9%
12,3%
31,0%
27,6%
8,2%
6,9%
26,7%
11,5%
36,4%
11,6%
31,0%
28,2%
9,0%
6,4%
24,0%
11,8%
38,6%
11,3%
32,9%
26,2%
9,9%
6,3%
23,4%
12,3%
37,7%
12,0%
32,4%
26,3%
8,8%
7,5%
23,3%
12,0%
35,7%
11,4%
30,8%
26,0%
9,1%
9,1%
23,8%
10,8%
36,2%
11,0%
30,2%
26,8%
9,4%
9,3%
23,0%
9,5%
35,8%
10,0%
30,3%
25,8%
10,6%
9,0%
23,3%
10,3%
40,0%
10,2%
30,7%
26,3%
9,3%
7,4%
23,4%
10,3%
38,2%
10,8%
30,3%
25,7%
10,0%
7,0%
23,6%
11,1%
37,8%
10,8%
29,8%
27,0%
9,9%
6,8%
24,2%
10,3%
35,4%
11,0%
29,3%
27,8%
10,6%
6,7%
23,9%
11,8%
37,1%
11,0%
29,6%
27,3%
9,8%
6,9%
25,3%
11,1%
37,2%
11,8%
30,5%
26,6%
9,8%
6,8%
24,7%
11,8%
38,7%
11,8%
32,2%
24,4%
9,8%
7,8%
26,0%
10,8%
37,8%
11,2%
31,8%
26,1%
9,9%
7,1%
25,5%
11,1%
39,0%
10,4%
30,4%
25,5%
9,8%
8,1%
25,3%
10,8%
38,5%
11,8%
29,0%
28,2%
9,5%
7,6%
24,9%
10,9%
38,3%
11,5%
29,0%
26,8%
9,7%
8,4%
26,2%
10,6%
37,7%
13,3%
28,9%
27,8%
10,1%
7,2%
26,6%
10,3%
36,9%
13,1%
31,4%
28,4%
10,7%
5,6%
26,3%
10,2%
39,7%
13,8%
31,2%
29,3%
9,9%
4,4%
27,4%
11,5%
40,2%
13,8%
29,7%
27,6%
8,9%
4,8%
9,8%
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Cruzamento da 1.ª com a 2.ª opção da pergunta
estimulada considerando os últimos 12 dias do Tracking
e uma análise da transferência de votos para o 2.º turno
PREFEITO
ESTIMULADA
1.ª OPÇÃO
PREFEITO ESTIMULADA ― 2.ª OPÇÃO
Serafim
Corrêa
40
Amazonino
Mendes
25
Plínio Valério
43
Vanessa
Grazziotin
65
Artur Bisneto
45
Herbert
Amazonas
16
Nenhum
Não sabe
dizer
Amazonino Mendes ― 25
24,2%
X
14,5%
13,5%
4,0%
0,4%
37,5%
5,8%
Serafim Corrêa ― 40
X
18,2%
21,3%
23,7%
7,1%
0,3%
25,2%
4,2%
Vanessa Grazziotin ― 65
40,6%
17,4%
12,5%
X
4,4%
0,3%
21,3%
3,4%
Plínio Valério ― 43
28,3%
21,5%
X
9,9%
7,0%
1,5%
27,6%
4,2%
Artur Bisneto ― 45
21,7%
21,7%
11,3%
14,2%
X
0,9%
24,5%
5,7%
Herbert Amazonas ― 16
13,3%
0,0%
26,7%
20,0%
0,0%
X
40,0%
0,0%
Amostra: 4.800 entrevistas.
NOMES
AMAZONINO
VOTOS ― 1.º TURNO
TRANSFERÊNCIA
%
Vanessa Grazziotin ― 65
17,4%
103.333
17.980
2,39%
Plínio Valério ― 43
21,5%
16.533
2,20%
Artur Bisneto ― 45
21,7%
5.425
0,72%
39.938
5,31%
x
=
76.896
25.001
TOTAL
RESULTADO 1.º TURNO
Amazonino Mendes ― 25
Amazonino Mendes ― 25
43,50%
% DA TRANSFERÊNCIA
+
5,31%
TOTAL
=
48,81%
RESULTADO 2.º TURNO
TOTAL DA
TRANSFERÊNCIA
DIFERENÇA
48,32%
48,81%
0,49%
Esta tabela representa
um estudo de cenário
de transferência de
votos e esclarece a
importância de
perguntar ao
entrevistado qual a sua
segunda opção, caso
queira ou vá mudar seu
voto. Utilizando como
exemplo o deslocamento de votos dos
eleitores de Vanessa
observamos que de
cada 100, 17 votariam
em Amazonino como
segunda opção.
Com base nessa
mesma proporção
calculamos uma
estimativa para o 2.º
turno, em que dos
103.333 votos que a
deputada obteve no
1.º turno, 17.980
poderiam ter migrado
para Amazonino, o que
representa 2,39% do
total de votos válidos.
A somatória da
transferência de votos
de Vanessa, Plínio e
Bisneto, nesta
simulação, já permitia
apontar que além dos
43,5% obtidos no 1.º
turno, Amazonino
poderia contar com
5,31%, significando
39.938 votos computados a mais no seu
desempenho no 2.º
turno. Isso resultaria
em 48,81%, portanto
uma diferença de
apenas 0,49% em
relação ao resultado
oficial do TRE, que foi
de 48,32%.
35
Durango Duarte
CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004
Cruzamento das variáveis utilizadas como referência
de análise dos últimos 12 dias do Tracking
Amazonino
Mendes
25
Serafim
Corrêa
40
Vanessa
Grazziotin
65
Plínio
Valério
43
Artur
Bisneto
45
Herbert
Amazonas
16
Nenhum
Não sabe
dizer
Leste
51,3%
17,8%
10,5%
10,3%
1,6%
0,6%
1,2%
6,6%
Sul
43,1%
23,4%
11,7%
10,6%
2,6%
0,3%
1,9%
6,6%
Norte
48,7%
19,1%
11,6%
8,5%
2,0%
0,2%
1,3%
8,5%
Oeste
50,0%
22,0%
11,2%
8,2%
2,1%
0,4%
1,7%
4,4%
Centro-Oeste
42,3%
24,2%
15,6%
8,3%
1,5%
0,6%
2,7%
4,8%
Centro-Sul
37,5%
27,5%
15,0%
8,8%
1,5%
1,1%
2,9%
5,9%
Masculino
44,9%
23,0%
12,3%
8,8%
2,0%
0,8%
2,0%
6,3%
Feminino
48,0%
20,2%
11,9%
9,8%
1,9%
0,2%
1,5%
6,6%
De 16 a 24 anos
45,7%
21,7%
13,8%
10,7%
2,9%
0,7%
1,4%
3,2%
De 25 a 44 anos
44,0%
23,1%
12,3%
9,9%
1,6%
0,4%
1,6%
7,1%
Mais de 45 anos
52,7%
17,9%
9,7%
6,5%
1,7%
0,4%
2,4%
8,7%
Analfabeto/1.ª a 4.ª
62,9%
12,1%
9,2%
5,9%
1,9%
0,2%
1,1%
6,8%
5.ª a 8.ª série/ginasial
53,7%
17,6%
9,8%
8,9%
2,1%
0,3%
1,2%
6,5%
1.º ao 3.º colegial
41,6%
24,2%
12,6%
11,0%
2,0%
0,5%
1,8%
6,3%
Superior
29,4%
31,9%
19,7%
5,5%
1,8%
1,0%
4,9%
5,8%
Manaus
44,2%
23,3%
12,6%
9,6%
2,3%
0,6%
1,8%
5,6%
Interior do Amazonas
50,8%
19,6%
11,0%
9,1%
1,3%
0,1%
1,6%
6,6%
Estados do Norte
48,4%
18,3%
11,1%
9,6%
1,6%
0,3%
2,0%
8,7%
Outros Estados
48,1%
20,2%
12,9%
7,3%
1,4%
0,6%
1,5%
8,2%
Católico
46,3%
20,9%
12,9%
9,9%
1,9%
0,3%
1,3%
6,5%
Evangélico
48,0%
23,8%
9,6%
7,5%
1,8%
0,7%
2,0%
6,8%
Outros
43,9%
18,8%
12,8%
11,0%
3,1%
0,8%
4,5%
5,2%
Até R$ 424
54,5%
16,3%
9,3%
9,1%
2,0%
0,6%
1,4%
6,9%
De R$ 425 a R$ 1.669
43,6%
24,3%
12,4%
10,4%
1,9%
0,1%
1,4%
6,0%
Mais de R$ 1.670
35,8%
26,4%
17,6%
7,1%
2,1%
1,2%
3,5%
6,4%
PREFEITO MANAUS
ZONA
Com o mesmo
universo de 4.800
entrevistas da tabela
anterior, este quadro
permite conhecer de
forma detalhada o perfil
do eleitor de cada
candidato sob a ótica
de sete variáveis, sendo
que os cortes selecionados pela Perspectiva
são os mais
recomendados para
Manaus (ex.: 16 a 24
anos; 25 a 44 anos e
mais de 45 anos).
Historicamente,
Amazonino tem força
entre o eleitorado de
baixa renda e escolaridade, concentrado
principalmente na Zona
Leste, assim como
entre as pessoas com
mais de 45 anos e
nascidas no interior do
Estado.
Já Serafim e Vanessa,
juntos, tinham mais
aceitação entre o
público de nível
superior, morador da
Zona Centro-Sul e com
renda acima de
R$ 1.670,00.
Essa análise dos últimos
12 dias do Tracking
confirma que não
houve grandes
alterações no perfil do
eleitorado manauara
nos últimos anos,
indicando certa
fidelidade do eleitor a
seu candidato.
36
SEXO
IDADE
ESCOLARIDADE
LOCAL DE NASCIMENTO
RELIGIÃO
RENDA
Amostra: 4.800 entrevistas
PARTE II
2.º TURNO
Painel Contínuo
Assim como no Tracking, esta pesquisa teve como objetivo acompanhar a intenção de votos dos eleitores dia-a-dia, além
de aferir o day after recall (audiência) da propaganda eleitoral veiculada no 2.º turno e qual foi o melhor programa de acordo
com a opinião dos entrevistados.
No Painel Contínuo foram realizadas 500 entrevistas por dia, sem substituição da amostra, realizadas entre os dias 13 e
29 de outubro. No total foram 17 dias de pesquisa, ou seja, 8.500 entrevistas. A margem de erro foi de 4,5%, para mais ou para
menos, para cada dia. A metodologia utilizada foi a mesma do Tracking, isto é, probabilística por conglomerados (clusters).
Foi utilizada uma cédula para verificar as intenções de voto do eleitor de Manaus quanto às eleições de 2004 para a
Prefeitura Municipal, simulando o ato de votar.
A cédula continha o nome, o número e a foto dos dois candidatos que concorreram no 2.º turno: Amazonino Mendes e
Serafim Corrêa. O critério utilizado para a colocação dos nomes na cédula obedeceu à ordem crescente dos números dos
partidos e as fotos contidas na cédula foram retiradas do site do Tribunal Superior Eleitoral, as mesmas que foram utilizadas na
urna eletrônica. Após marcar o número do seu candidato, longe do olhar do pesquisador, o eleitor dobrava a cédula e colocava
dentro de uma urna.
Perfil Bairro a Bairro
Trata-se de uma pesquisa que também foi realizada por meio de cédula eleitoral, com uma amostra total de seis mil
entrevistas. A margem de erro desta pesquisa foi de 1,3%, para mais ou para menos, e o grau de confiabilidade foi de 95%.
Neste projeto, o resultado final obtido pelos dois candidatos foi produto de uma seqüência de cálculos e procedimentos.
Em primeiro lugar, tomou-se como base o total de eleitores que votaram em um dos seis candidatos no 1.º turno por
bairro. Este número serviu como referência para a estimativa por bairro, por zona e, finalmente, pela cidade (resultado final).
A amostra em cada bairro não foi necessariamente ponderada pelo número de habitantes ou de eleitores, sendo que
foram realizadas no mínimo 40 entrevistas nos bairros de menor densidade eleitoral (ex.: Chapada) e no máximo 600
entrevistas nos de maior densidade eleitoral (ex.: Cidade Nova). Em apenas quatro bairros não foram realizadas entrevistas:
Distrito Industrial e Vila Buriti (número de eleitores é muito pequeno e de difícil acesso) e Colônia Santo Antônio e Ponta Negra
(não existem locais de votação, com isso os eleitores votam em outras seções eleitorais diferentes do domicílio).
Na seqüência, eliminaram-se os votos em branco e nulo das cédulas entregues aos entrevistados, obtendo assim a
porcentagem dos votos válidos por bairro da pesquisa. Esse valor foi multiplicado pelo total de eleitores do 1.º turno.
A diferença em votos apresentada foi a favor de um ou outro candidato e a soma final foi o resultado da pesquisa
transformado em porcentagem. Assim o resultado desta pesquisa foi: Serafim com 50,93% e Amazonino com 49,07%. Com
essa metodologia a diferença foi de apenas 0,75% em relação aos números do TRE.
37
Durango Duarte
CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004
Painel Contínuo com 17 rodadas de 500 entrevistas diárias
60%
SERAFIM
50%
48,2%
50,6%
48,8%
49,0%
48,2%
46,4%
46,6%
51,6%
50,2%
52,0%
50,8%
49,0%
49,0%
46,6%
47,8%
47,2%
AMAZONINO
40%
52,2%
47,0%
47,6%
46,8%
47,2%
48,0%
48,4%
47,8%
49,2%
49,0%
49,0%
48,0%
48,6%
49,0%
49,5%
49,0%
48,4%
47,6%
Penúltima
Propaganda
Eleitoral
Debate na
TV Rio Negro
(Serafim não
compareceu)
Caso
Soraia
Início da
Propaganda
Eleitoral
46,2%
48,6%
30%
20%
10%
BRANCOS / NULOS
5,4%
4,6%
2,8%
2,8%
2,0%
3,8%
3,8%
2,4%
1,6%
1,0%
3,4%
3,8%
1,8%
3,0%
1,8%
3,0%
2,0%
2,9%
0%
13/out
14/out
15/out
16/out
17/out
18/out
19/out
Acredito que entre todas as pesquisas realizadas durante o ano de
2004, com os mais diversos métodos e cenários possíveis, as
executadas durante estes 17 dias foram as que refletiram mais
fielmente a opinião e o sentimento dos eleitores e, por conseqüência,
as que mais se aproximaram do resultado final.
Os números do primeiro dia desta seqüência de pesquisas, que
ocorreu exatamente 10 dias após o 1.º turno, já apontava a vitória de
Serafim Corrêa, com 2% de vantagem. Esse percentual é exatamente
o mesmo da média dos 17 dias pesquisados, sendo que nos 12 dias
iniciais Serafim esteve à frente. No dia 22 de outubro ele obteve sua
maior diferença em relação a Amazonino, com 6%.
O coordenador-geral da campanha de Amazonino Mendes tinha
acesso a esses números todas as noites quando era entregue o
relatório do Painel Contínuo. Porém não conseguiu, em nenhum
momento, reagir corretamente e montar uma tática que revertesse a
vantagem de Serafim ou, quem sabe, preferiu levar em consideração
os números divulgados pela mídia que indicavam a vitória de
Amazonino. Os diversos fatos ocorridos neste período como o Caso
Soraia, a situação do IPTU de Amazonino e o desempenho no debate
da Rede Amazônica simplesmente serviram para consolidar a vitória
de Serafim, cuja tendência estava nítida desde os primeiros dias de
pesquisa do 2.º turno.
38
20/out
21/out
22/out
23/out
24/out
25/out
26/out
27/out
28/out
29/out
MÉDIA
VOTOS VÁLIDOS
2.º TURNO
SERAFIM
40
AMAZONINO
25
DIFERENÇA
13/out
51,0%
49,0%
2,0%
14/out
51,2%
48,8%
2,4%
15/out
50,4%
49,6%
0,8%
16/out
52,1%
47,9%
4,2%
17/out
51,2%
48,8%
2,4%
18/out
50,9%
49,1%
1,8%
19/out
52,3%
47,7%
4,6%
20/out
52,7%
47,3%
5,4%
21/out
51,6%
48,4%
3,2%
22/out
53,0%
47,0%
6,0%
23/out
50,9%
49,1%
1,8%
24/out
50,3%
49,7%
0,6%
25/out
49,7%
50,3%
0,6%
26/out
49,5%
50,5%
1,0%
27/out
49,9%
50,1%
0,2%
28/out
49,9%
50,1%
0,2%
29/out
50,0%
50,0%
0,0%
MÉDIA
51,0%
49,0%
2,0%
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Ontem você assistiu na televisão
o horário eleitoral?
45%
363.380
40,0%
334.310
40%
36,8%
314.324
305.239
35%
290.704
34,6%
337.943
32,0%
272.535
30,0%
261.634
30%
28,8%
31,6%
287.070
29,6%
268.901
27,6%
25%
27,2%
26,4%
250.732
23,4%
20%
15%
37,2%
33,6%
239.831
247.098
25,2%
23,0%
228.929
212.577
208.944
Serafim
Amazonino
10%
14/out 15/out 16/out 17/out 18/out 19/out 20/out 21/out 22/out 23/out 24/out 25/out 26/out 27/out 28/out 29/out
Obs.: O gráfico acima representa o número de pessoas que disseram “sim”, ou seja, que assistiram ou ouviram o horário eleitoral no dia anterior à
pesquisa. As cores indicam os dias em que o programa de cada candidato foi melhor avaliado.
Qual dos candidatos, na sua opinião, apresentou
o melhor programa?
MELHOR
PROGRAMA
BASE DE
RESPOSTA
Amazonino
25
Serafim
40
Não sabe
opinar
14 / out
160
46,3%
15 / out
144
52,1%
16 / out
138
47,1%
43,5%
4,3%
1,4%
3,6%
17 / out
184
46,2%
43,5%
4,3%
1,6%
4,3%
18 / out
117
54,7%
36,8%
6,0%
0,9%
1,7%
19 / out
148
46,6%
44,6%
3,4%
1,4%
4,1%
20 / out
168
47,6%
46,4%
1,2%
0,0%
4,8%
21 / out
132
49,2%
45,5%
0,0%
0,8%
4,5%
22 / out
150
42,7%
46,0%
3,3%
1,3%
6,7%
23 / out
126
40,5%
49,2%
2,4%
1,6%
6,3%
24 / out
115
43,5%
52,2%
0,9%
0,9%
2,6%
25 / out
173
53,8%
45,7%
―
―
0,5%
26 / out
136
51,5%
44,1%
0,7%
0,7%
2,9%
27 / out
158
49,4%
43,7%
1,3%
1,3%
4,4%
28 / out
186
53,8%
42,5%
1,1%
―
2,7%
29 / out
200
48,0%
52,0%
―
―
―
Os dois
Nenhum
38,8%
8,1%
0,6%
6,3%
35,4%
7,6%
―
4,9%
Obs.: Pergunta filtro. Somente para as pessoas que disseram “sim”, ou seja, que assistiram ou ouviram o horário eleitoral.
Os números em
vermelho referem-se à
quantidade estimada de
pessoas que teriam
assistido ao programa
eleitoral no dia anterior,
em qualquer um dos
horários exibidos
(manhã ou noite). Essa
estimativa é resultado
da multiplicação da
porcentagem da
audiência pelo número
de eleitores de Manaus
(908.435).Observamos
que o menor índice de
audiência foi de 23%,
no dia 24/10, e o maior
de 40%, no último dia
pesquisado. Números
baixos, com certeza,
mas não diferentes da
realidade nacional. A
título de informação, as
inserções de 30” obtêm
melhores resultados de
comunicação.
Lamentavelmente, os
marketeiros de plantão
em nossa cidade
costumam superestimar
o poder dos programas
do horário eleitoral,
considerando-os quase
que a única ferramenta
capaz de determinar a
vitória de um candidato. Tanto que, como
indica a tabela ao lado,
o programa de
Amazonino foi apontado como o melhor, até
por boa parte dos
eleitores de Serafim,
em 12 dos 16 dias
avaliados. O eleitor até
reconhece a superioridade técnica de um
programa, mas não faz
sua opção ou altera seu
voto com base nesse
conceito. A avaliação do
melhor programa, no
dia 29, apontou uma
diferença de apenas
0,32% do resultado
oficial da eleição.
39
Durango Duarte
CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004
Perfil Bairro
a Bairro
(2.º turno)
40
SUL
BETÂNIA
2
CACHOEIRINHA
3
CENTRO
4
COL. OLIVEIRA MACHADO
5
CRESPO
6
EDUCANDOS
7
JAPIIM
8
MORRO DA LIBERDADE
9
N. SRA. APARECIDA
10
PETRÓPOLIS
11
PRAÇA 14 DE JANEIRO
12
PRESIDENTE VARGAS
13
RAIZ
14
SANTA LUZIA
15
SÃO FRANCISCO
16
SÃO LÁZARO
1
COMPENSA
2
GLÓRIA
3
LÍR
IO DO VALE
4
NOVA ESPERANÇA
5
SANTO AGOSTINHO
6
SANTO ANTÔNIO
7
SÃO JORGE
8
SÃO RAIMUNDO
9
TARUMÃ
10
VILA DA PRATA
48
49
45
62
48
51
46
50
43
45
52
50
49
46
43
52
SUBTOTAL
TOTAL DE VOTOS
VÁLIDOS
NO 1º TURNO
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
47,24%
3.814
10.344
17.639
3.445
3.058
7.178
14.088
5.541
2.311
16.940
4.406
2.307
2.413
5.853
6.525
4.145
4.131
10.767
21.558
2.111
3.312
6.897
16.539
5.541
3.064
20.704
4.067
2.307
2.511
6.871
8.650
3.827
-317
-423
-3.919
1.334
-254
281
-2.451
0
-753
-3.764
339
0
-98
-1.018
-2.125
318
7.945
21.111
39.197
5.556
6.370
14.075
30.627
11.082
5.375
37.644
8.473
4.614
4.924
12.724
15.175
7.972
110.007
122.857
-12.850
232.864
22.372
4.689
4.477
4.076
3.514
6.931
9.804
5.365
542
3.611
2.856
599
-344
-159
-753
577
-755
684
466
-774
47.600
9.977
8.610
7.993
6.275
14.439
18.853
11.414
1.550
6.448
65.381
2.397
133.159
3.222
2.304
13.879
8.781
2.498
320
20.815
3.815
3.719
2.035
749
-1.571
2.395
102
359
1.735
1.453
1.211
8.479
5.357
26.187
19.957
5.098
999
43.365
9.083
8.649
59.353
8.468
127.174
39.499
4.084
858
1.420
2.275
-1549
2043
376
463
1284
77.449
10.211
2.092
3.303
5.834
48.136
2.617
98.889
14.479
2.190
9.147
3.363
12.141
590
0
-2524
-1213
-934
29.548
4.379
15.770
5.513
23.348
41.320
-4.081
78.558
4.794
5.024
616
8.628
6.248
12.757
5.012
-1027
-1674
-170
-1848
-1724
-3134
-911
8.561
8.374
1.062
15.408
10.772
22.380
9.113
56,93%
43.079
-10.488
75.670
50,93%
380.126
-13.937
746.314
SERAFIM
% dos votos válidos
52
51
55
38
52
49
54
50
57
55
48
50
51
54
57
48
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
52,76%
OESTE
-5,52%
53
53
48
49
44
52
48
53
65
44
SUBTOTAL
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
50,90%
25.228
5.288
4.133
3.917
2.761
7.508
9.049
6.049
1.008
2.837
67.778
47
47
52
51
56
48
52
47
35
56
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
49,10%
LESTE
1,80%
1
ARMANDO MENDES
2
COL. ANTÔNIO ALEIXO
3
COROADO
4
JORGE TEIXEIRA
5
MAUAZINHO
6
PURAQUEQUARA
7
SÃO JOSÉOPERÁRIO
8
TANCREDO NEVES
9
ZUMBI DOS PALMARES
62
57
47
56
51
68
52
58
57
SUBTOTAL
%
%
%
%
%
%
%
%
%
53,33%
5.257
3.053
12.308
11.176
2.600
679
22.550
5.268
4.930
67.821
38
43
53
44
49
32
48
42
43
%
%
%
%
%
%
%
%
%
46,67%
NORTE
6,66%
1
CIDADE NOVA
2
COL. TERRA NOVA
3
MONTE DAS OLIVEIRAS
4
NOVO ISRAEL
5
SANTA ETELVINA
49
60
59
57
61
SUBTOTAL
%
%
%
%
%
51,32%
37.950
6.127
1.234
1.883
3.559
50.753
51
40
41
43
39
%
%
%
%
%
48,68%
CENTRO-OESTE
2,65%
CENTRO-SUL
A metodologia que
analisa as intenções de
votos bairro a bairro
permite indicar com
alto grau de precisão o
possível resultado de
uma eleição. Esse
método tem como
parâmetro os resultados do 1.º turno. A
Perspectiva utilizou essa
técnica na eleição de
2000. Naquele ano,
Alfredo vencia Braga
por uma diferença de
1,51% e o resultado
final registrou uma
diferença de 1,56%.
Nas eleições de 2004, o
mesmo método foi
aplicado. A vitória de
Serafim era certa nas
Zonas Sul com 52,7%
e o resultado final foi
de 53,6%; CentroOeste, onde ele tinha
52,6% e obteve 54,4%
e na Centro-Sul, onde
registrou 56,9% e ficou
com 55,8%. A pesquisa
apontava com certeza a
vitória de Amazonino
apenas na Zona Leste,
com 53,3% e o resultado final foi de 53,7%.
A vantagem que
Amazonino obteve na
Zona Norte não se
confirmou pelo
desempenho abaixo do
esperado em todos os
bairros pesquisados. Já
na Zona Oeste,
esperava-se que
Amazonino ganhasse
em cinco bairros,
porém em Santo
Antônio e São
Raimundo, não foi o
que aconteceu.
% dos votos válidos
1
DIFERENÇA
EM VOTOS
AMAZONINO
ZONAS / BAIRROS
1
ALVORADA
2
DA PAZ
3
DOM PEDRO
4
PLANALTO
5
REDENÇÃO
51
50
42
39
48
SUBTOTAL
%
%
%
%
%
47,40%
15.069
2.190
6.623
2.150
11.207
37.239
49
50
58
61
52
%
%
%
%
%
52,60%
-5,19%
1
ADRIANÓPOLIS
2
ALEIXO
3
CHAPADA
4
FLORES
5
N. SRA. DAS GRAÇAS
6
PARQUE DEZ DE NOVEMBRO
7
SÃO GERALDO
44
40
42
44
42
43
45
SUBTOTAL
%
%
%
%
%
%
%
43,07%
3.767
3.350
446
6.780
4.524
9.623
4.101
32.591
56
60
58
56
58
57
55
%
%
%
%
%
%
%
-13,86%
TOTAL GERAL
49,07%
366.189
-1,87%
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Resultado comparativo das pesquisas da Perspectiva
com o resultado final da eleição
Votos válidos
Serafim
40
Amazonino
25
PERFIL: MANAUS BAIRRO A BAIRRO ― (6.000 entrevistas)
50,93%
49,07%
PAINEL CONTÍNUO ― (média dos votos válidos das 8.500 entrevistas)
51,00%
49,00%
PESQUISA REGISTRADA (N.º 229/2004) ― (625 entrevistas)
49,58%
50,42%
BOCA DE URNA (N.º 228/2004) ― (1.000 entrevistas)
49,80%
50,20%
MÉDIA
50,33%
49,67%
RESULTADO TRE ― 2.º TURNO
51,68%
48,32%
2.º TURNO
DIFERENÇA ENTRE A MÉDIA E O RESULTADO FINAL DO TRE
1,35%
No Amazonas há um estigma sobre as pesquisas: elas não são confiáveis, são manipuláveis ou “compradas”. Se você é contratado
por qualquer político, seja ele da situação ou da oposição, todos os outros que não estão do seu lado, junto com seu séquito e boa
parte dos profissionais de comunicação, começam afirmar que você está vendendo resultados. Quem sabe parte desse
pensamento possa ser explicada pela seqüência de pesquisas erradas, divulgadas nas últimas oito eleições. A nossa empresa, a
Perspectiva, não escapa dessa tentativa de generalização, de que pesquisa não é coisa séria.
Em 1994, a Perspectiva, recém-fundada, realizou poucas pesquisas, todas com 100% de acerto, sobre as quais podem
testemunhar os nossos primeiros clientes: o senador Bernardo Cabral e o deputado federal Pauderney Avelino.
A Perspectiva encarou sua prova de fogo em 1996, quando sozinha acertou que Alfredo Nascimento e Serafim Corrêa iriam
disputar o 2.º turno para a Prefeitura e posteriormente a vitória de Alfredo. Em 1998 apontamos que a vitória de Amazonino sobre
Eduardo Braga para o governo seria apertadíssima e que Gilberto perderia por uma grande diferença para Marcus Barros, na
capital. Em 2000, contrariando a maioria das opiniões de que Eduardo ganharia de Alfredo, a Perspectiva indicou a reeleição do
prefeito. E mais: dos 33 vereadores da época, acertamos o nome de 27. Em 2002, todas as nossas estimativas se confirmaram.
Nesta última eleição, como atestam os resultados acima, acertamos quem seria o prefeito de Manaus.
Assim estamos construindo nosso maior patrimônio: a credibilidade. Nosso desafio é o de incorporar novas técnicas e aumentar a
qualidade e quantidade de informações estratégicas para nossos clientes.
41
Durango Duarte
CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004
Pesquisas realizadas por outras empresas
42
22 e 23 / ago
Registro n.º 144/2004
31 / ago a 2 / set
1.º TURNO
Registro n.º 145/2004
7 a 9 / set
Registro n.º 149/2004
14 a 16 / set
Registro n.º 152/2004
21 e 22 / set
Registro n.º 164/2004
1 e 2 / out
Registro n.º 170/2004
Resultado TRE
8 e 9 / out
2.º TURNO
Registro n.º 174/2004
14 e 15 / out
Registro n.º 202/2004
21 e 22 / out
Registro n.º 219/2004
30 / out
Registro n.º 230/2004
Resultado TRE
16 a 18 / jul
1.º TURNO
Registro n.º 131/2004
13 a 15 / ago
Registro n.º 140/2004
24 a 26 / set
Registro n.º 169/2004
Resultado TRE
2.º TURNO
O jornal Diário do
Amazonas contratou o
Vox Populi e a Rede
Amazônica o Ibope. O
valor total dos contratos com o Vox Populi
foi de R$ 314.800,00,
por 10 pesquisas e
R$ 88.571,40 com o
Ibope, por três
pesquisas.
No mês de agosto,
Amazonino apareceu
com 60% das intenções de votos, segundo
o Vox Populi, e 55%,
segundo o Ibope. Se
qualquer pessoa que
não trabalhe com
pesquisas, mas conheça
um pouco do cenário
político local, considera
esses números irreais,
imagine nossa empresa
que acompanhou a
sucessão municipal
desde julho de 2003!
Os percentuais
divulgados na véspera
da eleição, pelo Vox
Populi, apontavam a
vitória de Amazonino
enquanto Serafim teria
apenas 41%. Com
51,68% dos votos
válidos, são extremamente compreensíveis
as declarações de
Serafim contra os
institutos nacionais de
pesquisa.
Prefiro acreditar que
não houve fraude. Os
institutos dominam as
técnicas, mas não
conhecem as
características culturais
e comportamentais do
nosso povo, em relação
às pesquisas eleitorais.
Parte dos manauaras,
por ser dependente da
estrutura do poder
público, muitas vezes
mente ou omite sua
opinião.
Amazonino
Mendes
Serafim
Corrêa
Vanessa
Grazziotin
Plínio
Valério
Artur
Bisneto
Herbert
Amazonas
Ninguém /
Branco /
Nulo
Não sabe /
AMOSTRA E
Não
MARGEM DE ERRO
respondeu
60%
15%
9%
3%
3%
0%
3%
7%
504 | 4,4%
50%
16%
11%
5%
2%
-
2%
14%
800 | 3,5%
46%
18%
12%
6%
3%
0%
4%
4%
800 | 3,5%
46%
17%
11%
7%
3%
1%
4%
11%
802 | 3,5%
44%
21%
9%
8%
3%
0%
3%
12%
800 | 3,5%
46%
21%
12%
11%
3%
1%
2%
4%
1.100 | 3,0%
43,50%
28,77%
13,76%
10,24%
3,33%
0,41%
4,88%
―
―
46%
47%
―
―
―
―
1%
6%
800 | 3,5%
51%
42%
―
―
―
―
2%
5%
801 | 3,5%
54%
38%
―
―
―
―
1%
7%
800 | 3,5%
52%
41%
―
―
―
―
3%
4%
1.100 | 3,0%
48,32%
51,68%
―
―
―
―
1,74%
―
―
Amazonino
Mendes
Serafim
Corrêa
Vanessa
Grazziotin
Plínio
Valério
Artur
Bisneto
Herbert
Amazonas
Branco / Nulo
Não sabe /
Não opinou
AMOSTRA E
MARGEM DE ERRO
48%
16%
10%
4%
3%
1%
10%
8%
602 | 4,0%
55%
14%
7%
6%
2%
0%
8%
7%
602 | 4,0%
47%
20%
10%
10%
1%
0%
3%
9%
602 | 4,0%
43,50%
28,77%
13,76%
10,24%
3,33%
0,41%
4,88%
―
―
ᒈ REGISTROU UMA PESQUISA PARA O 2.º TURNO NO DIA 16/10/2004, SOB O N.º 216/2004, PORÉM SOLICITOU O CANCELAMENTO DA MESMA JUNTO AO CARTÓRIO DA
59.ª ZONA ELEITORAL DO ESTADO DO AMAZONAS, NO DIA 19 DE OUTUBRO DE 2004.
2.º TURNO
1.º TURNO
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Amazonino
Mendes
Serafim
Corrêa
Vanessa
Grazziotin
Plínio
Valério
Artur
Bisneto
Herbert
Amazonas
Nenhum /
Nulo
Não sabe /
Não
respondeu
AMOSTRA E
MARGEM DE ERRO
15 / jun
51,2%
20,0%
13,3%
5,9%
0,9%
0,3%
4,9%
3,9%
800 | 3,5%
11 e 12 / set
47,8%
17,9%
12,0%
7,7%
2,7%
0,5%
3,1%
8,3%
800 | 3,5%
18 e 19 / set
48,2%
19,1%
11,5%
7,9%
2,0%
0,5%
3,0%
7,8%
800 | 3,5%
29 e 30 / set
48,8%
22,2%
11,4%
9,6%
2,0%
0,3%
1,8%
3,9%
1.698 | 2,4%
Resultado TRE
43,50%
28,77%
13,76%
10,24%
3,33%
0,41%
4,88%
―
―
18 a 20 / out
43,7%
43,1%
―
―
―
―
1,4%
11,8%
1.225 | 2,8%
22 e 23 / out
46,6%
40,8%
―
―
―
―
1,9%
10,7%
1.203 | 2,8%
26 e 27 / out
51,8%
40,5%
―
―
―
―
2,9%
4,8%
1.634 | 2,5%
27 e 28 / out
54,3%
43,0%
―
―
―
―
2,1%
0,6%
1.607 | 2,5%
Resultado TRE
48,32%
51,68%
―
―
―
―
1,74%
―
―
OBS.: Pesquisas não registradas no TRE.
Resultado comparativo das pesquisas das outras empresas
Votos válidos
Serafim
40
Amazonino
25
VOX POPULI
44%
56%
GPP
44%
56%
MÉDIA
44,14%
55,86%
RESULTADO TRE - 2.º TURNO
51,68%
48,32%
2.º TURNO
DIFERENÇA
7,54%
O Instituto GPP é uma
empresa que está há 13
anos no mercado, tem
reconhecimento
nacional e sede em
Campinas. É dirigida
pelo estatístico Paulo
Guimarães.
Os resultados de suas
pesquisas eram usados
internamente na
campanha de Amazonino e nenhuma delas
foi registrada no TRE.
O GPP passou pelas
mesmas dificuldades do
Vox Populi e do Ibope,
de captar de maneira
precisa a opinião
eleitoral do manauara.
Qual é então a vantagem de se conhecer
Manaus muito bem? Na
tabela ao lado, temos
que a diferença entre os
resultados dos institutos
nacionais e o oficial da
eleição foi de 7,54% e
a dos resultados da
Perspectiva foi de
1,35% (p. 65). O
domínio da realidade
local nos leva a acertar
os resultados dentro da
margem de erro, que é
uma obrigação, e mais
próximos do final.
Este é o grande diferencial da Perspectiva,
que ao longo dos
últimos anos, com a
realização de mais de
1.000 projetos de
pesquisas eleitorais e de
opinião, atingiu um alto
nível de conhecimento
da realidade do povo e
da cidade de Manaus.
Nas últimas quatro
eleições, a diferença
entre os resultados dos
institutos nacionais e os
da Perspectiva oscilou
entre 6% e 10% e
nesta não foi diferente:
ficou em 6,19%.
43
PARTE III
Resultado das Eleições de 2004
O Tribunal Regional Eleitoral divulga os resultados das eleições pelo total geral e pelas zonas eleitorais, que no caso de
Manaus, atualmente, são 12. A divisão geográfica das zonas eleitorais não permite uma melhor compreensão do perfil do
eleitor. Para conhecer geopoliticamente o eleitor manauara, tomamos como base os 340 locais de votação (colégios eleitorais)
existentes nessa eleição, dos quais 325 estão na área urbana do município e 15 na rural, agrupamos os votos obtidos por cada
candidato pelas seis zonas administrativas e pelos 56 bairros oficialmente existentes na cidade. Somente dois bairros não estão
no estudo, pois não possuem locais de votação: Ponta Negra e Colônia Santo Antônio.
A Zona Sul possui um pouco mais de 31% dos eleitores, apesar de concentrar menos de 23% da população. Isto ainda
acontece porque milhares de eleitores preferem não transferir seus títulos para outros locais de votação, principalmente no
bairro do Centro, onde o número de eleitores é maior do que o de moradores em aproximadamente 15.000 pessoas. Este fato
também ocorre na Zona Oeste.
Já a Zona Norte é a região da cidade que possui a maior diferença entre o número de habitantes e o de eleitores, seguido
da Zona Leste. Exatamente nessas áreas, Amazonino obteve o seu melhor desempenho no 1.º turno. Enquanto que no 2.º
turno, somente ganhou na Zona Leste, com 53,7%. Serafim atingiu o melhor índice no 1.º turno nas Zonas Centro-Sul (32,8%)
e Sul (30,8%). Repetiu o bom desempenho no 2.º turno com 55,8% na Zona Centro-Sul, seguido da Zona Centro-Oeste com
54,4%.
A candidata Vanessa Grazziotin também teve o seu melhor desempenho na Zona Centro-Sul (15,0%). Plínio Valério
atingiu seu melhor índice na Zona Leste, 11,9%, uma região caracterizada por um eleitorado de menor poder aquisitivo e
escolaridade. Artur Bisneto oscilou entre 3,1% e 3,5% em todas as zonas e Herbert Amazonas obteve seu melhor
desempenho na Zona Sul (0,5%).
Na Zona Rural, de 2.723 votos válidos no 1.º turno, Amazonino obteve 68,2% e no 2.º turno, ficou com 69,1%, de um
total de 2.569 votos válidos.
No 1.º turno, Amazonino ganhou em todas as zonas eleitorais, sendo que a zona 68 foi a única com mais de 50% dos
votos válidos. Plínio Valério ficou em 3.º lugar em duas zonas: 59.ª e 68.ª. Serafim tradicionalmente manteve seu melhor
desempenho na 1.ª e na 2.ª zonas e venceu no 2.º turno em 8 das 12 zonas eleitorais, alcançando a maior vantagem na 2.ª zona,
com 13%.
O bairro com o maior número de eleitores é a Cidade Nova com 92.861, seguido pela Compensa com 57.707 e São José
Operário com 53.242. E os com maior número de locais de votação são: Cidade Nova (29); Compensa (25); Centro (19); São
José Operário (18) e Japiim (15).
Para Amazonino ganhar a eleição no 2.º turno era necessário crescer, no mínimo, 6,5% e ainda não perder nenhum voto
que recebeu no 1.º turno. Somente em três bairros ele atingiu esta porcentagem: Vila Buriti, Morro da Liberdade e Armando
Mendes. Em 31 bairros, seu crescimento foi inferior a 5,0%. Dos 54 bairros possíveis de serem estudados, ele ganhou a eleição
em 20 e perdeu em 34.
44
Durango Duarte
BAIRRO
ADRIANÓPOLIS
ALEIXO
ALVORADA
ARMANDO MENDES
BETÂNIA
CACHOEIRINHA
CENTRO
CHAPADA
CIDADE NOVA
COL. ANTÔNIO ALEIXO
COL. OLIVEIRA MACHADO
COL. TERRA NOVA
COMPENSA
COROADO
CRESPO
DA PAZ
DISTRITO INDUSTRIAL I
DOM PEDRO
EDUCANDOS
FLORES
GLÓRIA
JAPIIM
JORGE TEIXEIRA
LÍRIO DO VALE
MAUAZINHO
MONTE DAS OLIVEIRAS
MORRO DA LIBERDADE
N. SRA. APARECIDA
N. SRA. DAS GRAÇAS
NOVA ESPERANÇA
NOVO ISRAEL
PARQUE DEZ DE NOVEMBRO
PETRÓPOLIS
PLANALTO
PRAÇA 14 DE JANEIRO
PRESIDENTE VARGAS
PURAQUEQUARA
RAIZ
REDENÇÃO
SANTA ETELVINA
SANTA LUZIA
SANTO AGOSTINHO
SANTO ANTÔNIO
SÃO FRANCISCO
SÃO GERALDO
SÃO JORGE
SÃO JOSÉ OPERÁRIO
SÃO LÁZARO
SÃO RAIMUNDO
TANCREDO NEVES
TARUMÃ
VILA BURITI
VILA DA PRATA
ZUMBI DOS PALMARES
ZONA RURAL
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
N.º
ELEITORES
10.342
9.886
35.016
10.149
9.414
25.315
48.381
1.244
92.861
6.963
6.761
12.710
57.707
31.370
7.780
5.172
1.178
18.747
17.095
18.589
11.962
36.603
26.088
10.154
6.460
2.669
13.306
6.473
12.937
9.399
3.995
26.736
45.005
6.410
10.149
5.546
1.323
5.926
27.729
7.258
15.385
7.692
17.134
18.013
10.994
22.779
53.242
9.589
13.649
11.506
1.935
1.656
7.785
10.512
3.756
Amazonino
25
Serafim
40
Vanessa
65
Plínio
43
Bisneto
45
Herbert
16
VOTOS
%
VOTOS
%
VOTOS
%
VOTOS
%
VOTOS
%
VOTOS
%
3.228
3.269
12.923
4.636
3.423
8.842
15.446
438
33.089
2.690
2.913
5.199
21.918
11.186
2.789
1.841
436
6.085
6.358
6.716
4.537
12.283
10.762
3.414
2.495
1.093
4.864
2.142
4.339
3.225
1.582
8.540
15.012
1.903
3.270
1.897
658
2.170
9.360
3.050
5.685
2.748
6.230
6.221
3.723
7.939
20.708
3.229
4.979
4.589
896
534
2.774
4.576
1.857
37,7%
39,0%
43,7%
54,7%
43,1%
41,9%
39,4%
41,2%
42,7%
50,2%
52,4%
50,9%
46,0%
42,7%
43,8%
42,0%
45,5%
38,6%
45,2%
43,6%
45,5%
40,1%
53,9%
39,7%
48,9%
52,2%
43,9%
39,9%
40,3%
40,3%
47,9%
38,2%
39,9%
34,5%
38,6%
41,1%
65,9%
44,1%
40,1%
52,3%
44,7%
43,8%
43,1%
41,0%
40,9%
42,1%
47,8%
40,5%
43,6%
50,5%
57,8%
48,2%
43,0%
52,9%
68,2%
3.085
2.801
8.499
1.584
2.290
6.403
13.253
340
21.080
1.145
1.424
2.216
13.349
7.653
1.715
1.201
235
5.305
4.364
4.429
2.724
9.246
3.804
2.800
1.196
421
3.364
1.771
3.609
2.478
728
7.692
11.335
1.910
2.724
1.492
110
1.432
6.863
1.193
3.814
1.917
4.273
4.860
2.866
5.713
11.037
2.346
3.390
2.129
273
233
1.869
1.790
330
36,0%
33,4%
28,8%
18,7%
28,8%
30,3%
33,8%
32,0%
27,2%
21,4%
25,6%
21,7%
28,0%
29,2%
26,9%
27,4%
24,5%
33,6%
31,0%
28,7%
27,3%
30,2%
19,1%
32,5%
23,5%
20,1%
30,4%
32,9%
33,5%
31,0%
22,0%
34,4%
30,1%
34,6%
32,1%
32,3%
11,0%
29,1%
29,4%
20,4%
30,0%
30,5%
29,6%
32,0%
31,4%
30,3%
25,5%
29,4%
29,7%
23,4%
17,6%
21,0%
29,0%
20,7%
12,1%
1.198
1.113
3.979
927
951
3.071
5.830
164
11.997
625
531
1.198
5.935
3.278
771
607
74
2.582
1.610
2.237
1.225
4.527
2.127
1.201
686
287
1.327
813
1.559
1.120
400
3.677
5.918
959
1.267
643
76
679
3.558
582
1.527
760
1.998
2.277
1.424
2.745
5.166
1.103
1.556
1.024
142
182
912
911
297
14,0%
13,3%
13,5%
10,9%
12,0%
14,5%
14,9%
15,4%
15,5%
11,7%
9,6%
11,7%
12,5%
12,5%
12,1%
13,9%
7,7%
16,4%
11,4%
14,5%
12,3%
14,8%
10,7%
13,9%
13,5%
13,7%
12,0%
15,1%
14,5%
14,0%
12,1%
16,4%
15,7%
17,4%
15,0%
13,9%
7,6%
13,8%
15,2%
10,0%
12,0%
12,1%
13,8%
15,0%
15,6%
14,6%
11,9%
13,8%
13,6%
11,3%
9,2%
16,4%
14,1%
10,5%
10,9%
691
869
3.244
1.075
994
1.914
3.023
95
8.225
700
499
1.260
4.703
2.956
844
548
173
1.174
1.237
1.539
1.126
3.275
2.543
897
600
236
1.210
418
743
913
472
1.530
3.949
527
826
417
137
455
2.600
801
1.291
633
1.386
1.273
750
1.759
4.970
991
1.102
1.042
201
116
685
1.087
172
8,1%
10,4%
11,0%
12,7%
12,5%
9,1%
7,7%
8,9%
10,6%
13,1%
9,0%
12,3%
9,9%
11,3%
13,2%
12,5%
18,0%
7,4%
8,8%
10,0%
11,3%
10,7%
12,7%
10,4%
11,8%
11,3%
10,9%
7,8%
6,9%
11,4%
14,3%
6,8%
10,5%
9,6%
9,7%
9,0%
13,7%
9,2%
11,1%
13,7%
10,1%
10,1%
9,6%
8,4%
8,2%
9,3%
11,5%
12,4%
9,7%
11,5%
13,0%
10,5%
10,6%
12,6%
6,3%
321
289
803
227
256
788
1.435
24
2.734
181
176
291
1.548
1.011
230
164
37
564
466
435
337
1.046
658
268
104
46
283
204
458
226
117
841
1.274
191
353
149
17
168
877
190
364
188
487
488
313
638
1.285
271
343
257
38
39
184
259
60
3,7%
3,5%
2,7%
2,7%
3,2%
3,7%
3,7%
2,3%
3,5%
3,4%
3,2%
2,8%
3,3%
3,9%
3,6%
3,7%
3,9%
3,6%
3,3%
2,8%
3,4%
3,4%
3,3%
3,1%
2,0%
2,2%
2,6%
3,8%
4,3%
2,8%
3,5%
3,8%
3,4%
3,5%
4,2%
3,2%
1,7%
3,4%
3,8%
3,3%
2,9%
3,0%
3,4%
3,2%
3,4%
3,4%
3,0%
3,4%
3,0%
2,8%
2,5%
3,5%
2,9%
3,0%
2,2%
38
33
100
30
31
93
210
1
324
16
13
47
147
103
21
18
4
60
40
52
28
250
63
30
17
9
34
27
64
31
4
100
156
23
33
16
1
20
90
18
43
29
65
56
37
59
199
32
44
42
0
4
24
26
7
0,4%
0,4%
0,3%
0,4%
0,4%
0,4%
0,5%
0,1%
0,4%
0,3%
0,2%
0,5%
0,3%
0,4%
0,3%
0,4%
0,4%
0,4%
0,3%
0,3%
0,3%
0,8%
0,3%
0,3%
0,3%
0,4%
0,3%
0,5%
0,6%
0,4%
0,1%
0,4%
0,4%
0,4%
0,4%
0,3%
0,1%
0,4%
0,4%
0,3%
0,3%
0,5%
0,5%
0,4%
0,4%
0,3%
0,5%
0,4%
0,4%
0,5%
0,0%
0,4%
0,4%
0,3%
0,3%
Votos
Válidos
8.561
8.374
29.548
8.479
7.945
21.111
39.197
1.062
77.449
5.357
5.556
10.211
47.600
26.187
6.370
4.379
959
15.770
14.075
15.408
9.977
30.627
19.957
8.610
5.098
2.092
11.082
5.375
10.772
7.993
3.303
22.380
37.644
5.513
8.473
4.614
999
4.924
23.348
5.834
12.724
6.275
14.439
15.175
9.113
18.853
43.365
7.972
11.414
9.083
1.550
1.108
6.448
8.649
2.723
Resultado
do 1.º turno
por Bairro
A tabela ao lado mostra
os votos válidos e os
percentuais dos seis
candidatos em 54
bairros. Em oito deles,
Amazonino teve mais
de 50%: Puraquequara,
Tarumã, Armando
Mendes, Jorge Teixeira,
Zumbi, Col. Oliveira
Machado, Santa
Etelvina e Monte das
Oliveiras.
Serafim obteve mais de
33% em seis bairros:
Adrianópolis, Planalto,
Centro, Dom Pedro,
N. Sra. das Graças e
Aleixo.
Os melhores
desempenhos de
Vanessa aconteceram
no Planalto, Dom
Pedro, Parque Dez e
Vila Buriti, com
percentuais acima de
16%.
Os eleitores de Serafim
e Vanessa são, em sua
maioria, de classe
média, o que explica o
bom desempenho de
ambos no bairro
Planalto, formado
essencialmente pelos
conjuntos Jardim de
Versalles, Flamanal,
Vista Bela, Belvedere e
Campos Elíseos.
Plínio Valério saiu-se
bem em seis bairros
onde conseguiu mais de
13% dos votos e
destacou-se no Distrito
Industrial I. A votação
de Artur Bisneto foi
melhor nos bairros N.
Sra. das Graças e P.14
e Herbert Amazonas
registrou sua melhor
performance no Japiim.
45
Durango Duarte
CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004
Resultado do 1.º turno por zona administrativa
ZONA
ADMINISTRATIVA
Amazonino
25
N.º
ELEITORES
Serafim
40
Vanessa
65
Plínio
43
Bisneto
45
Herbert
16
VOTOS
%
VOTOS
%
VOTOS
%
VOTOS
%
VOTOS
%
VOTOS
%
Votos
Válidos
NORTE
119.493
44.013
44,5%
25.638
25,9%
14.464
14,6%
10.994
11,1%
3.378
3,4%
402
0,4%
98.889
SUL
283.575
97.514
41,5%
72.301
30,8%
33.101
14,1%
22.905
9,7%
8.027
3,4%
1.083
0,5%
234.931
LESTE
157.613
62.300
49,0%
30.448
23,9%
14.820
11,7%
15.110
11,9%
3.999
3,1%
497
0,4%
127.174
OESTE
160.196
58.660
44,1%
38.786
29,1%
17.594
13,2%
13.405
10,1%
4.257
3,2%
457
0,3%
133.159
CENTRO-OESTE
93.074
32.112
40,9%
23.778
30,3%
11.685
14,9%
8.093
10,3%
2.599
3,3%
291
0,4%
78.558
CENTRO-SUL
90.728
30.253
40,0%
24.822
32,8%
11.372
15,0%
6.217
8,2%
2.681
3,5%
325
0,4%
75.670
ZONA RURAL
3.756
1.857
68,2%
330
12,1%
297
10,9%
172
6,3%
60
2,2%
7
0,3%
2.723
Resultado do 1.º turno por zona eleitoral
ZONA
ELEITORAL
N.º
ELEITORES
Amazonino
25
Serafim
40
Vanessa
65
Plínio
43
Bisneto
45
Herbert
16
VOTOS
%
VOTOS
%
VOTOS
%
VOTOS
%
VOTOS
%
VOTOS
%
Votos
Válidos
ZONA 1
114.971
37.859
39,8%
31.321
32,9%
14.245
15,0%
7.743
8,1%
3.611
3,8%
448
0,5%
95.227
ZONA 2
58.466
19.164
39,7%
16.108
33,4%
7.499
15,5%
3.564
7,4%
1.710
3,5%
217
0,4%
48.262
ZONA 31
71.550
26.472
44,6%
17.602
29,7%
7.049
11,9%
6.222
10,5%
1.816
3,1%
193
0,3%
59.354
ZONA 32
66.881
24.123
43,2%
16.480
29,5%
7.688
13,8%
5.486
9,8%
1.843
3,3%
199
0,4%
55.819
ZONA 37
77.696
26.243
40,3%
20.290
31,1%
9.832
15,1%
6.357
9,8%
2.188
3,4%
262
0,4%
65.172
ZONA 40
61.700
21.753
41,8%
15.828
30,4%
7.206
13,9%
5.507
10,6%
1.541
3,0%
192
0,4%
52.027
ZONA 58
116.026
42.468
44,2%
25.362
26,4%
14.111
14,7%
10.540
11,0%
3.307
3,4%
398
0,4%
96.186
ZONA 59
77.979
30.743
47,7%
16.242
25,2%
7.515
11,7%
7.599
11,8%
2.069
3,2%
237
0,4%
64.405
ZONA 62
62.431
22.186
42,6%
14.810
28,4%
7.573
14,5%
5.689
10,9%
1.698
3,3%
183
0,4%
52.139
ZONA 63
56.297
19.391
41,9%
13.240
28,6%
6.559
14,2%
5.300
11,4%
1.532
3,3%
308
0,7%
46.330
ZONA 65
64.135
24.254
45,8%
14.838
28,0%
6.683
12,6%
5.275
10,0%
1.694
3,2%
168
0,3%
52.912
ZONA 68
80.303
32.053
50,7%
13.982
22,1%
7.373
11,7%
7.614
12,0%
1.992
3,1%
257
0,4%
63.271
46
Durango Duarte
BAIRRO
ADRIANÓPOLIS
ALEIXO
ALVORADA
ARMANDO MENDES
BETÂNIA
CACHOEIRINHA
CENTRO
CHAPADA
CIDADE NOVA
COL. ANTÔNIO ALEIXO
COL. OLIVEIRA MACHADO
COL. TERRA NOVA
COMPENSA
COROADO
CRESPO
DA PAZ
DISTRITO INDUSTRIAL I
DOM PEDRO
EDUCANDOS
FLORES
GLÓRIA
JAPIIM
JORGE TEIXEIRA
LÍRIO DO VALE
MAUAZINHO
MONTE DAS OLIVEIRAS
MORRO DA LIBERDADE
N. SRA. APARECIDA
N. SRA. DAS GRAÇAS
NOVA ESPERANÇA
NOVO ISRAEL
PARQUE DEZ DE NOVEMBRO
PETRÓPOLIS
PLANALTO
PRAÇA 14 DE JANEIRO
PRESIDENTE VARGAS
PURAQUEQUARA
RAIZ
REDENÇÃO
SANTA ETELVINA
SANTA LUZIA
SANTO AGOSTINHO
SANTO ANTÔNIO
SÃO FRANCISCO
SÃO GERALDO
SÃO JORGE
SÃO JOSÉ OPERÁRIO
SÃO LÁZARO
SÃO RAIMUNDO
TANCREDO NEVES
TARUMÃ
VILA BURITI
VILA DA PRATA
ZUMBI DOS PALMARES
ZONA RURAL
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
N.º
ELEITORES
10.342
9.886
35.016
10.149
9.414
25.315
48.381
1.244
92.861
6.963
6.761
12.710
57.707
31.370
7.780
5.172
1.178
18.747
17.095
18.589
11.962
36.603
26.088
10.154
6.460
2.669
13.306
6.473
12.937
9.399
3.995
26.736
45.005
6.410
10.149
5.546
1.323
5.926
27.729
7.258
15.385
7.692
17.134
18.013
10.994
22.779
53.242
9.589
13.649
11.506
1.935
1.656
7.785
10.512
3.756
Serafim ― 40
Amazonino ― 25
Votos Válidos
VOTOS
%
VOTOS
%
4.962
4.642
15.062
3.248
4.059
11.181
22.377
594
40.442
2.438
2.359
4.487
22.697
13.760
3.159
2.277
488
9.089
6.910
7.983
4.868
16.884
8.162
4.638
2.340
950
5.427
3.038
5.991
4.271
1.506
13.048
20.864
3.327
4.773
2.498
309
2.520
12.803
2.439
6.277
3.199
7.455
8.182
4.995
9.950
20.916
4.320
5.764
4.075
550
487
3.313
3.620
794
58,2%
55,4%
51,2%
38,6%
51,3%
52,9%
56,8%
56,4%
52,6%
45,2%
42,8%
44,8%
48,2%
52,3%
50,1%
52,2%
50,1%
57,6%
49,4%
52,2%
48,7%
55,1%
40,8%
54,9%
46,4%
45,7%
48,7%
56,5%
55,3%
54,4%
48,4%
58,1%
55,5%
60,4%
56,2%
54,3%
30,7%
51,1%
55,2%
43,2%
49,5%
51,1%
52,0%
54,2%
55,0%
52,7%
48,2%
54,3%
51,4%
44,9%
36,3%
44,1%
51,2%
42,9%
30,9%
3.559
3.744
14.369
5.172
3.858
9.973
17.013
459
36.510
2.955
3.151
5.539
24.417
12.529
3.146
2.089
486
6.698
7.092
7.313
5.118
13.761
11.832
3.812
2.703
1.129
5.721
2.343
4.841
3.575
1.604
9.396
16.754
2.179
3.717
2.100
698
2.412
10.406
3.204
6.415
3.060
6.880
6.909
4.087
8.939
22.496
3.639
5.453
4.999
964
617
3.158
4.812
1.775
41,8%
44,6%
48,8%
61,4%
48,7%
47,1%
43,2%
43,6%
47,4%
54,8%
57,2%
55,2%
51,8%
47,7%
49,9%
47,8%
49,9%
42,4%
50,6%
47,8%
51,3%
44,9%
59,2%
45,1%
53,6%
54,3%
51,3%
43,5%
44,7%
45,6%
51,6%
41,9%
44,5%
39,6%
43,8%
45,7%
69,3%
48,9%
44,8%
56,8%
50,5%
48,9%
48,0%
45,8%
45,0%
47,3%
51,8%
45,7%
48,6%
55,1%
63,7%
55,9%
48,8%
57,1%
69,1%
8.521
8.386
29.431
8.420
7.917
21.154
39.390
1.053
76.952
5.393
5.510
10.026
47.114
26.289
6.305
4.366
974
15.787
14.002
15.296
9.986
30.645
19.994
8.450
5.043
2.079
11.148
5.381
10.832
7.846
3.110
22.444
37.618
5.506
8.490
4.598
1.007
4.932
23.209
5.643
12.692
6.259
14.335
15.091
9.082
18.889
43.412
7.959
11.217
9.074
1.514
1.104
6.471
8.432
2.569
Resultado
do 2.º turno
por Bairro
No 2.º turno repetimos
o estudo sobre a
votação bairro a bairro
e, na tabela ao lado,
identificamos que
Serafim obteve seu
melhor desempenho no
Planalto (60,4%), com
uma diferença de
20,85% em relação à
votação de Amazonino.
Serafim conseguiu
também índices altos
no Adrianópolis, Parque
Dez, Dom Pedro e
Centro.
Em termos percentuais,
o bairro Puraquequara
foi o que registrou
índices mais altos para
Amazonino (69,3%),
embora isso tenha
representado apenas
389 votos. Na seqüência, Tarumã, Armando
Mendes, Jorge Teixeira
e Colônia Oliveira
Machado, repetiram a
boa votação de
Amazonino no 1.º
turno.
Em números absolutos,
Serafim obteve 25.187
votos a mais que
Amazonino e é possível
apontar que essa
diferença aconteceu
principalmente nos
bairros Centro (5.364
votos), Petrópolis
(4.110), Cidade Nova
(3.932), Parque 10
(3.652), Japiim (3.123),
Redenção (2.397) e
Dom Pedro (2.391),
cuja soma dos votos é
de 24.969. Imaginandose que estes sete
bairros ficassem fora do
2.º turno, ainda assim
Serafim ganharia a
eleição por 218 votos.
47
Durango Duarte
CAPÍTULO II – PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS E RESULTADOS DA ELEIÇÃO DE 2004
Resultado do 2.º turno por zona administrativa
ZONA
ADMINISTRATIVA
N.º
ELEITORES
NORTE
Serafim ― 40
Amazonino ― 25
Votos Válidos
VOTOS
%
VOTOS
%
119.493
49.824
50,9%
47.986
49,1%
97.810
SUL
283.575
125.803
53,6%
109.107
46,4%
234.910
LESTE
157.613
58.868
46,3%
68.196
53,7%
127.064
OESTE
160.196
66.705
50,5%
65.376
49,5%
132.081
CENTRO-OESTE
93.074
42.558
54,4%
35.741
45,6%
78.299
CENTRO-SUL
90.728
42.215
55,8%
33.399
44,2%
75.614
ZONA RURAL
3.756
794
30,9%
1.775
69,1%
2.569
Resultado do 2.º turno por zona eleitoral
48
ZONA
ELEITORAL
N.º
ELEITORES
ZONA 1
Serafim ― 40
Amazonino ― 25
Votos Válidos
VOTOS
%
VOTOS
%
114.971
53.383
56,0%
42.009
44,0%
95.392
ZONA 2
58.466
27.343
56,5%
21.042
43,5%
48.385
ZONA 31
71.550
29.352
49,6%
29.876
50,4%
59.228
ZONA 32
66.881
28.644
51,6%
26.903
48,4%
55.547
ZONA 37
77.696
35.757
54,9%
29.366
45,1%
65.123
ZONA 40
61.700
27.425
53,2%
24.126
46,8%
51.551
ZONA 58
116.026
48.771
51,2%
46.409
48,8%
95.180
ZONA 59
77.979
30.526
47,5%
33.719
52,5%
64.245
ZONA 62
62.431
27.232
52,6%
24.557
47,4%
51.789
ZONA 63
56.297
24.555
53,1%
21.660
46,9%
46.215
ZONA 65
64.135
25.403
48,4%
27.062
51,6%
52.465
ZONA 68
80.303
28.376
44,9%
34.851
55,1%
63.227
CAPÍTULO III
Fatos Interessantes
da Eleição de 2004
㄰
㤵
㜵
㈵
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔰⁁
PARTE I
Perguntas Temáticas Realizadas
em Blocos no Tracking
A primeira parte deste capítulo, contém informações referentes ao período de 62 dias de pesquisas realizadas no 1.º
turno através do Tracking (ver capítulo II). Nele, coletamos concomitantemente uma série de opiniões que foram agrupadas, na
maioria das vezes, em três dias seguidos de pesquisas. Como se pode ver nas duas tabelas ao lado, a base de respondentes é de
1.200 entrevistados, ou seja, foram aplicados 400 questionários por dia.
Estas perguntas de conteúdo temático complementavam o questionário básico aplicado durante o Tracking, permitindo
um diferencial na análise do panorama político das eleições municipais.
Nem todas as perguntas adicionais estão contidas neste livro, mas agrupamos temas relevantes em nove rodadas
definidas pelas datas de realização da pesquisa, demonstradas abaixo de cada tabela juntamente com a quantidade de
entrevistas realizadas (amostra).
A reação da população a eventos acontecidos durante o 2.º turno é estudada na segunda parte deste capítulo. Neste
bloco avaliamos o impacto da Operação Albatroz e do Caso Soraia sobre a opinião pública, além dos debates do 2.º turno, da
credibilidade das pesquisas divulgadas e do oportunismo ou medo da população em relação ao seu voto. Apesar de a Operação
Albatroz ter sido deflagrada ainda no 1.º turno, tornou-se imperativo avaliar novamente qual seu impacto sobre a candidatura
de Amazonino.
O questionário sobre a Operação Albatroz foi aplicado nos dias 10 e 11 de outubro e o Caso Soraia foi avaliado nos dias
20 e 21 de outubro.
Em algumas tabelas deste capítulo, a partir da página 58, algumas perguntas são feitas apenas para os entrevistados que
responderam anteriormente a uma pergunta-filtro, como a da página 57.
Como conseqüência deste corte, temos duas maneiras de interpretar os resultados: uma que representa o grupo cuja
opinião nos interessava, chamada de freqüência relativa, e a outra que engloba o total da amostra, chamada de freqüência
absoluta.
Embora a freqüência relativa seja a mais usada e fácil de entender, a freqüência absoluta é extremamente importante
porque é a base para o cálculo da estimativa do total de eleitores.
㄰
㤵
㜵
㈵
50
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔰⁁
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Você sabe dizer qual é o número do candidato...?
Disse o número
Respondeu outro
número
Disse somente o
nome do partido
Não soube dizer
Amazonino Mendes | N.º 25 | PFL
16,6%
6,6%
5,4%
71,4%
Serafim Corrêa | N.º 40 | PSB
14,1%
6,2%
2,3%
77,4%
Vanessa Grazziotin | N.º 65 | PC do B
4,5%
7,7%
5,9%
81,9%
Artur Bisneto | N.º 45 | PSDB
3,2%
5,3%
4,9%
86,7%
Herbert Amazonas | N.º 16 | PSTU
1,3%
5,7%
1,4%
91,7%
Plínio Valério | N.º 43 | PV
1,3%
6,3%
6,5%
85,9%
NÚMERO DO ....
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
DIA: 19, 20 e 21 de julho de 2004
AMOSTRA: 1.200 entrevistas
Quem você acha que vai disputar o 2.º turno
com Amazonino: Serafim ou Vanessa?
Total de citações
%
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Serafim Corrêa
499
41,6%
311.875
Vanessa Grazziotin
459
38,3%
286.875
Outro candidato vai disputar
20
1,7%
12.500
Não vai haver 2.º turno
112
9,3%
70.000
Não sabe dizer
110
9,2%
68.750
2.º TURNO: AMAZONINO X …
RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA
DIA: 19, 20 e 21 de julho de 2004
AMOSTRA: 1.200 entrevistas
Somente às vésperas da
eleição o eleitor
brasileiro costuma
associar seu candidato
ao número que terá
que digitar na urna
eletrônica. A 70 dias do
1.º turno, apenas
Amazonino e Serafim
tinham mais de 14% de
recall do número do
partido e Vanessa
sequer chegou a 5%.
Vale lembrar que
Serafim tem fixado o
número 40 em todas as
suas campanhas, com o
gesto dos quatro
dedos, o que deveria
apontar uma lembrança
mais efetiva, já que seu
eleitorado tem um
perfil socioeconômico
mais elitizado.
Apenas 9,3% dos
eleitores acreditavam
que a eleição seria
decidida no dia 3 de
outubro. O que estava
em jogo era se Serafim
ou Vanessa disputariam
o segundo round,
contra Amazonino,
Apesar do empate
técnico de 41,6%
versus 38,3% já era
possível, naquele
momento, considerando a margem de
erro de 2,9%, dizer
que Serafim é quem iria
para o 2.º turno, com
9,1% de vantagem
sobre Vanessa.
Somente 1,7%
apontava que um outro
nome teria chance de
passar para o 2.º turno
e 9,2% não tinha a
mínima idéia do que
ocorreria.
51
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔰⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004
O apoio de Lula, de
Eduardo Braga e do exprefeito Carijó era
pouco percebido pelos
eleitores. Mesmo Braga
indicando o vice e
participando da convenção que homologou a
candidatura de
Amazonino, menos de
40% da população
desconhecia seu vínculo
com a chapa. Menor
ainda era a percepção
sobre quem Carijó
apoiava, apesar de ter
sido eleito prefeito
pelos vereadores
ligados a Amazonino.
E mais da metade dos
entrevistados não sabia
que o presidente Lula
apoiava Vanessa.
E qual candidato está sendo apoiado por...?
CANDIDATO APOIADO POR...
Eduardo Braga
Carijó
Lula
Amazonino Mendes
57,4%
28,4%
-
Vanessa Grazziotin
-
-
31,8%
Respondeu outro candidato
5,4%
6,8%
16,5%
Não sabe dizer
37,2%
64,8%
51,8%
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
DIA: 19, 20 e 21 de julho de 2004
AMOSTRA: 1.200 entrevistas
Pelo que você tem observado, qual dos candidatos
a Prefeito de Manaus tem, neste momento, mais material
de campanha nas ruas?
Vinte dias após o início
oficial da campanha
eleitoral, havia a
percepção de que
Amazonino tinha muito
mais material nas ruas,
quase 43%. Na
prática, a quantidade
colocada naquele
momento não era tão
grande, mas as
candidaturas ditas
oficiais criam no
imaginário das pessoas
a idéia de onipresença.
Interessante apontar
que logo no 1.º dia,
Vanessa colocou
militantes, bandeiras e
faixas nas ruas e
provocou surpresa na
população por utilizar
a cor azul, no lugar do
vermelho tradicional
do PCdoB.
52
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔱⁁
MATERIAL DE CAMPANHA
NAS RUAS
Total de citações
%
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Amazonino Mendes ― 25
513
42,8%
320.625
Vanessa Grazziotin ― 65
196
16,3%
122.500
Serafim Corrêa ― 40
21
1,8%
13.125
Artur Bisneto ― 45
7
0,6%
4.375
㤵
Plínio Valério ― 43
5
0,4%
3.125
㜵
458
38,2%
286.250
Não sabe dizer
㄰
㈵
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
DIA: 26, 27 e 28 de julho de 2004
AMOSTRA: 1.200 entrevistas
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
O não comparecimento de um ou mais candidatos
a debates nos meios de comunicação, na sua opinião,
ajuda, prejudica ou não interfere na campanha
dos candidatos que não comparecem?
NÃO COMPARECIMENTO
NOS DEBATES
Total de citações
%
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Ajuda
90
7,5%
56.250
Prejudica
705
58,8%
440.625
Não interfere em nada
343
28,6%
214.375
Não sabe dizer
62
5,2%
38.750
RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA
DIA: 26, 27 e 28 de julho de 2004
AMOSTRA: 1.200 entrevistas
Na sua opinião, o uso da abelha como símbolo
da campanha de Amazonino é uma atitude positiva
ou negativa?
ABELHA COMO SÍMBOLO
Positiva
Total de citações
%
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
792
66,0%
495.000
Negativa
163
13,6%
101.875
Não sabe dizer
245
20,4%
153.125
RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA
DIA: 26, 27 e 28 de julho de 2004
AMOSTRA: 1.200 entrevistas
É difícil afirmar o que é
mais desgastante para
um candidato: não
comparecer a um
debate ou participar e
ser alvo preferencial
dos ataques num
combate tipo “todos
contra um”. Para
quase 60% da
população, é
prejudicial faltar aos
debates. Ela considera
fundamental essa
iniciativa e exige a
presença do candidato
para que ele
demonstre que não
tem medo de encarar
os adversários, mesmo
que a situação seja uma
arapuca.
O uso recorrente de
ícones ou slogans nas
campanhas eleitorais de
qualquer candidato gera
polêmica por sua
dicotomia. Há quem
aponte que o uso
excessivo da mesma
marca leva ao desgaste
e quem defenda a
criação de uma marca
nova a cada campanha.
Essa discussão também
permeou o comando
de campanha de
Amazonino e, embora
ele não tenha perdido a
eleição pelo uso ou não
da abelhinha, a decisão
de usar esse símbolo foi
convergente à opinião
de mais de 60% dos
eleitores.
53
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔱⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004
De cada 20 pessoas,
somente uma acredita
totalmente nos planos
de governo apresentados em períodos eleitorais e mais de um terço
da população simplesmente não acredita em
nada. Prova maior é
que Serafim Corrêa se
elegeu prefeito sem
nenhuma proposta
detalhada ou conteúdo
específico. O conceito
de “mudança” e “ética
e transparência” de seu
discurso foi mais forte
do que os diversos
projetos pormenorizados de Amazonino e
Vanessa. Isto é um
alerta para alguns
marketeiros: nem só
com estética e qualidade das produções é que
se ganha uma eleição.
Você diria que... nos programas e planos
de governo apresentados pelos candidatos
durante campanhas eleitorais?
PROGRAMAS E PLANOS
DE GOVERNO
Total de citações
%
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Acredita totalmente
61
5,1%
38.125
Acredita em parte
685
57,1%
428.125
Não acredita nem um pouco
434
36,2%
271.250
Não sabe dizer
20
1,7%
12.500
RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA
DIA: 26, 27 e 28 de julho de 2004
AMOSTRA: 1.200 entrevistas
Você sabe dizer quem é o candidato a vice do (a)... ?
Como em muitas
outras eleições, os
vices pouco ou quase
nada contribuíram
eleitoralmente com o
cabeça de chapa. Havia
três parlamentares, um
professor universitário,
um funcionário público
federal e um músico
concorrendo como
vices, contudo, 94%
da população, em
média, não soube dizer
o nome destes. Um
exemplo disso é o do
atual vice-prefeito
Mário Frota, que já foi
candidato ao Senado,
vereador por dois
mandatos e deputado
federal por três vezes
e, no entanto, menos
de 4% dos entrevistados sabia que ele era
vice de Serafim.
54
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔱⁁
VICE DO (A)...
Acertou
Errou
Não sabe dizer
Amazonino Mendes | Bosco Saraiva
17,5%
1,5%
81,0%
Serafim Corrêa | Mário Frota
3,6%
0,4%
96,0%
Vanessa Grazziotin | Beto Michiles
8,1%
0,9%
91,0%
㄰
Artur Bisneto | José Carlos Lima
0,8%
0,1%
99,2%
Herbert Amazonas | Sidney Veiga
0,1%
0,0%
99,9%
Plínio Valério | Tony Medeiros
0,5%
0,8%
98,8%
㤵
㜵
㈵
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
DIA: 29, 30 e 31 de julho de 2004
AMOSTRA: 1.200 entrevistas
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Você sabe dizer qual dos candidatos a Prefeito
de Manaus está sendo apoiado por... ?
APOIADO POR...
Jefferson Péres
Omar Aziz
Lino Chíxaro
Amazonino Mendes ― 25
2,0%
9,6%
3,2%
Serafim Corrêa ― 40
10,5%
1,3%
0,7%
Vanessa Grazziotin ― 65
3,3%
10,2%
2,0%
Plínio Valério ― 43
0,4%
0,2%
0,5%
Artur Bisneto ― 45
1,0%
0,5%
2,3%
Herbert Amazonas ― 16
0,2%
0,1%
0,3%
Não sabe dizer
82,7%
78,3%
91,1%
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
DIA: 2, 3 e 4 de agosto de 2004
AMOSTRA: 1.200 entrevistas
Você acha que o Prefeito de uma cidade como Manaus
tem condições de administrar bem o município
sem a ajuda do Governo do Estado?
O PREFEITO PODE ADMINISTRAR
SEM A AJUDA DO GOVERNO
Total de citações
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
%
Sim
273
22,8%
170.625
Não
900
75,0%
562.500
Não sabe dizer
27
2,3%
16.875
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
DIA: 2, 3 e 4 de agosto de 2004
AMOSTRA: 1.200 entrevistas
A exatos 60 dias do 1.º
turno, três outras
lideranças importantes
do cenário político
local, o senador
Jefferson Péres, o vicegovernador Omar Aziz
e o deputado estadual
Lino Chíxaro, pouco
eram associados a
alguma das seis candidaturas. Péres obteve a
melhor relação com
10,5% vinculando seu
nome ao de Serafim
Corrêa e ao longo da
campanha esse índice
cresceu exponencialmente. Omar dividia
tecnicamente, na
mente dos eleitores, o
seu apoio entre Vanessa
e Amazonino. O
deputado Lino Chíxaro
apoiou Artur Bisneto,
mas por pertencer ao
grupo de Eduardo
Braga teve o maior
índice de citações com
o nome de Amazonino.
Nos anos de 95, 96 e
97 a iniciativa da “ação
conjunta” entre Estado
e Prefeitura formou no
seio da população a
idéia de que a administração municipal
precisa, necessariamente, de ajuda do governo
estadual para executar
um bom trabalho.
Mesmo isso tendo
ocorrido há quase dez
anos, a impressão
permanece já que de
cada quatro entrevistados, três acreditam que
a Prefeitura não tem
condições de atender
sozinha às demandas
socioeconômicas e
infra-estruturais da
cidade.
55
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔲⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004
Com esta avaliação,
aferimos a importância
do apoio de Jefferson e
Alfredo às candidaturas
de Serafim e Vanessa,
respectivamente, com
um terço do eleitorado
indicando que o apoio
dos dois políticos
ajudaria as
candidaturas. Mas, o
senador tinha uma
influência maior, pois
de cada vinte eleitores
apenas um acreditava
que seu apoio
prejudicaria Serafim,
enquanto que no caso
de Alfredo um de cada
cinco entrevistados o
considerava prejudicial
à chapa encabeçada
por Vanessa.
Mais de 20 dias depois
do início da
propaganda eleitoral
no rádio e televisão,
aproximadamente
40% dos eleitores
identificavam que havia
algum candidato
criticando ou falando
mal dos outros, o que
não é estranho ao
processo político. Esta
questão é o exemplo
de “pergunta-filtro”
citado na introdução
deste capítulo. As duas
seguintes só foram
aplicadas aos que
responderam “sim”, ou
seja, 776 citações em
2.000 entrevistados.
56
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔲⁁
O fato de (Jefferson/Alfredo) apoiar a candidatura
de (Serafim/Vanessa), na sua opinião... na decisão
e na vontade de votar dos eleitores?
Jefferson Péres
a Serafim
Alfredo Nascimento
a Vanessa
Ajuda
36,2%
32,9%
Prejudica
5,2%
20,5%
Não interfere em nada
45,2%
35,1%
Não sabe dizer
13,5%
11,5%
APOIO DE...
RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA
AMOSTRA: 1.200 entrevistas
DIA: 5, 6 e 7 de agosto de 2004
Pelo que você sabe pelos meios de comunicação
ou de comentários de amigos e parentes,
há algum candidato a Prefeito falando mal
de outros candidatos?
ALGUM CANDIDATO FALANDO
MAL DE OUTRO
Total de citações
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
%
㄰
Sim
776
38,8%
291.000
Não
893
44,7%
334.875
Não sabe nada sobre a campanha eleitoral
331
16,6%
124.125
㤵
㜵
㈵
RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA
DIA: 6 a 11 de setembro de 2004
AMOSTRA: 2.000 entrevistas
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
E qual candidato está falando mal dos outros?
QUAL CANDIDATO
ESTÁ FALANDO MAL
Total de citações
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 776)
(divisão p/ 2.000)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Vanessa Grazziotin ― 65
489
63,0%
24,5%
183.375
Serafim Corrêa ― 40
120
15,5%
6,0%
45.000
Herbert Amazonas ― 16
53
6,8%
2,7%
19.875
Plínio Valério ― 43
46
5,9%
2,3%
17.250
Amazonino Mendes ― 25
44
5,7%
2,2%
16.500
Artur Bisneto ― 45
19
2,4%
1,0%
7.125
Todos
5
0,6%
0,3%
1.875
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
DIA: 6 a 11 de setembro de 2004
FILTRO: 776 entrevistas
Somente para quem disse que sabe que tem algum candidato falando mal de outro.
E de que candidato estão falando mal?
DE QUE CANDIDATO
ESTÃO FALANDO MAL
Total de citações
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 776)
(divisão p/ 2.000)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Amazonino Mendes ― 25
697
89,8%
34,9%
261.375
Vanessa Grazziotin ― 65
56
7,2%
2,8%
21.000
Serafim Corrêa ― 40
10
1,3%
0,5%
3.750
Artur Bisneto ― 45
5
0,6%
0,3%
1.875
Herbert Amazonas ― 16
2
0,3%
0,1%
750
Todos
6
0,8%
0,3%
2.250
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
DIA: 6 a 11 de setembro de 2004
FILTRO: 776 entrevistas
Somente para quem disse que sabe que tem algum candidato falando mal de outro.
Entre os 776
entrevistados que
disseram saber que
algum candidato estava
falando mal de outro, a
candidata Vanessa
Grazziotin foi apontada
por mais de 60%
como a que mais
acusava adversários, já
que desde o início seu
programa apresentou
críticas ao dito
“candidato oficial”.
A população
identificou que Serafim
Corrêa também usou
deste expediente, mas
de forma mais amena.
Tanto que seu
percentual foi de
apenas 15,5%.
Na pergunta seguinte,
quando da
identificação de quem
seria o alvo principal
das críticas,
Amazonino Mendes
apareceu com quase
90% das citações, o
que não chegou a
surpreender, haja vista
que tanto suas
administrações quanto
as de seus aliados são
constantemente
criticadas durante os
períodos de
campanhas eleitorais.
Uma análise mais
atenta sobre a
combinação das duas
respostas permite a
avaliação de que
Vanessa era a que mais
atacava Amazonino. O
que está implícito é tão
ou mais importante do
que é revelado
diretamente nas
tabelas.
57
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔲⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004
As informações mais
relevantes num
trabalho de pesquisa
são produtos da análise
dos múltiplos
cruzamentos possíveis
de serem feitos. Nesta
tabela, os números
indicam que 27,2% não
acreditavam em
nenhuma das acusações
que um candidato fez a
outro. Esse percentual
não diz muito. Após o
cruzamento deste dado
com a variável “Prefeito
estimulada”
identificamos que a
maioria que apontou a
opção “totalmente
falsas” votava em
Amazonino e os que
disseram “totalmente
verdadeiras”, eram de
oposição.
Esta tabela é uma
referência de que o
eleitor é, por natureza,
contraditório. Ele
indica, com mais de
75%, que “falar mal”
de outro candidato é
prejudicial, mas, na
prática, reage de outra
maneira. Tanto que
votou num discurso
que fazia críticas
constantes e que se
utilizava do recurso de
provocar a reflexão
sobre os problemas da
cidade e os seus
responsáveis.
Para não se
comprometer, o
eleitor assume uma
postura politicamente
correta, mas na
verdade ele prefere o
embate entre os
candidatos, ele gosta
de saber dos “podres”
dos políticos.
58
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔳⁁
E você acha que as acusações que o (a)...
está fazendo contra o (a)... são...?
AS ACUSAÇÕES SÃO...
Total de citações
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 776)
(divisão p/ 2.000)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Totalmente verdadeiras
108
13,9%
5,4%
40.500
Parcialmente verdadeiras
323
41,6%
16,2%
121.125
Totalmente falsas
211
27,2%
10,6%
79.125
Não sabe dizer
134
17,3%
6,7%
50.250
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
FILTRO: 776 entrevistas
Somente para quem disse que sabe que tem algum candidato falando mal de outro.
DIA: 6 a 11 de setembro de 2004
Na sua opinião, fazer campanha política falando mal
dos outros candidatos faz com que o candidato
ganhe mais votos ou perca?
CAMPANHA FALANDO
MAL DOS OUTROS
Total de citações
%
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Ganha mais votos
165
8,3%
61.875
Perca mais votos
1.531
76,6%
574.125
204
10,2%
76.500
㄰
㤵
Não interfere em nada
㜵
Não sabe dizer
100
5,0%
37.500
㈵
RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA
DIA: 6 a 11 de setembro de 2004
AMOSTRA: 2.000 entrevistas
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Você acha que vai haver 2.º turno nesta eleição?
Total de citações
%
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Sim
1.396
58,2%
436.500
Não
803
33,5%
251.250
Não sabe dizer
201
8,4%
63.000
VAI TER 2.º TURNO
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
DIA: 20 a 25 de setembro de 2004
AMOSTRA: 2.400 entrevistas
Cruzamento:
Prefeito estimulada – 1.ª Opção x Vai haver 2.º turno
PREFEITO MANAUS:
ESTIMULADA ― 1.ª OPÇÃO
2.º TURNO
Sim
Não
Não sabe dizer
Amazonino Mendes ― 25
45,8% ( 515)
45,6% ( 513)
8,5% ( 96)
Serafim Corrêa ― 40
75,4% ( 383)
19,5% ( 99)
5,1% ( 26)
Vanessa Grazziotin ― 65
71,6% ( 184)
22,2% ( 57)
6,2% ( 16)
Plínio Valério ― 43
69,6% ( 165)
23,6% ( 56)
6,8% ( 16)
Artur Bisneto ― 45
62,2% ( 28)
24,4% ( 11)
13,3% ( 6)
Herbert Amazonas ― 16
50,0% ( 4)
37,5% ( 3)
12,5% ( 1)
Nenhum
39,2% ( 20)
33,3% ( 17)
27,5% ( 14)
Não sabe dizer
57,1% ( 97)
27,6% ( 47)
15,3% ( 26)
A análise de um
determinado tema
pode ser abordada de
duas ou mais formas,
resultando em números
diferentes, sem que isto
represente contradição
entre uma e outra.
Esta tabela é um
exemplo desta
possibilidade. Como se
pode observar, o
percentual de eleitores
que disseram que não
haveria 2.º turno
(33,5%), aparentemente contradiz o da
página 51 (9,3%), mas
neste caso não houve
afirmação de que
haveria 2.º turno, como
anteriormente.
Simplesmente foi feito
um questionamento
sobre se o eleitor
acreditava ou não em
uma segunda etapa na
disputa. Mesmo com
este outro sentido,
prevaleceu a opinião de
que haveria 2.º turno
com uma vantagem de
mais de 24%.
Pelos resultados do
cruzamento da variável
“Prefeito estimulada”
com a tabela acima,
uma média de apenas
21,4% dos eleitores da
oposição acreditavam
que Amazonino
ganharia no 1.º turno.
Essa percepção de
vitória acontece
quando, em uma
eleição, há uma
candidatura teoricamente muito forte.
Cabe aqui uma boa
dica: pergunte a 10
pessoas “quem irá
ganhar a eleição?”.
Depois “quantos irão
votar no candidato
apontado pela
maioria?”. A diferença é
mais verdadeira!
59
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔳⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004
Você assistiu ao debate entre candidatos
a Prefeito de Manaus realizado na...?
Neste período, a
eleição já estava
concentrada entre
Amazonino e Serafim,
mas a opinião dos
eleitores sobre os
debates organizados
pelas emissoras de
televisão revelou uma
surpresa: o candidato
que teve o melhor
desempenho, segundo
a população
pesquisada, em ambos
os eventos, foi Artur
Bisneto! O que
comprova que não há
relação direta entre
melhor participação e
aumento na densidade
eleitoral, já que seus
índices de
desempenho foram até
oito vezes maiores que
seus percentuais de
intenção de voto. Até
porque, por motivos
variados, o nosso
eleitor aplica o voto
útil sempre que pode.
Bisneto venceu, mas
não conquistou votos.
A vinculação do grupo
Calderaro à candidatura de Serafim e
contra a de Amazonino
era acintosa. Portanto,
por mais que este
tivesse um motivo justificável, sua ausência
no debate organizado
pela TV A Crítica
provocou um desgaste,
conforme comprova a
opinião constatada na
página 53.
No outro debate, a
expectativa era de que
Amazonino poderia
recuperar o prejuízo,
mas isso não ocorreu.
60
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔳⁁
TV A Crítica
ASSISTIU O DEBATE NA...
Rede Amazônica
Sim
190
23,8%
246
61,5%
Não
610
76,3%
154
38,5%
RESPOSTA ÚNICA E
ESTIMULADA
RESPOSTA ÚNICA E
ESTIMULADA
DIA: 27 e 28 de setembro de 2004
DIA: 1 de outubro de 2004
AMOSTRA: 800 entrevistas
AMOSTRA: 400 entrevistas
Na sua opinião, qual dos candidatos
obteve o melhor desempenho no debate do 1.º turno?
TV A CRÍTICA
MELHOR DESEMPENHO
%
Amazonino Mendes – 25
Serafim Corrêa – 40
REDE AMAZÔNICA
ESTIMULADA
1.ª OPÇÃO
Não compareceu no debate
32,1%
24,1%
%
ESTIMULADA
1.ª OPÇÃO
30,1%
46,7%
13,0%
24,7%
㄰
Vanessa Grazziotin – 65
21,6%
13,8%
15,9%
11,2%
Plínio Valério – 43
7,9%
9,2%
8,9%
8,8%
Artur Bisneto – 45
16,3%
2,1%
18,7%
3,1%
Herbert Amazonas – 16
5,8%
0,9%
㤵
㜵
Não foi convidado para
participar do debate
㈵
PARTE II
4Operação Albatroz
4Caso Soraia
4Debates na TV no 2.º turno
4Credibilidade das Pesquisas Publicadas
4Oportunismo ou Medo
㄰
㤵
㜵
㈵
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔴⁁
Durango Duarte
CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004
Operação
Albatroz
Os questionamentos
mais presentes, uma
semana após o 1.º
turno eram: Amazonino
deveria trocar seu vice?
A Operação Albatroz
retirou votos de sua
candidatura? As
decisões que parcela
significativa dos aliados
de Amazonino esperava
com esta pesquisa, não
foram consumadas pelo
comando da campanha.
As informações
coletadas apontavam
que quase 90% dos
eleitores tinham
conhecimento da
Operação e 40%
destes sabiam, inclusive,
que o valor seria de R$
500 milhões. A história,
quem sabe, irá
comprovar que este
valor possivelmente
não chegue a 10% do
que foi divulgado.
Entretanto essa cifra
vultosa, divulgada como
verdade absoluta e de
forma repetitiva, gerou
na maioria dos eleitores
um sentimento de
revolta e indignação,
reforçando o discurso
de mudança,
transparência e ética do
candidato Serafim.
A título de curiosidade,
raros são os fatos que
ultrapassam, dentro do
processo eleitoral,
índices de
conhecimento superior
a 50%. E entre os que
dizem saber sobre uma
determinada situação,
pode-se afirmar que a
maioria a conhece
apenas
superficialmente.
62
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔴⁁
Há 2 meses a Polícia Federal realizou uma operação
denominada Albatroz, onde foram presos empresários
e funcionários públicos do Estado.
O deputado Antônio Cordeiro foi apontado
como principal suspeito de ter
desviado milhões de reais dos cofres do Estado.
Você teve conhecimento deste fato?
CONHECIMENTO DA
OPERAÇÃO ALBATROZ
Total de citações
%
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Sim
849
87,5%
656.250
Não
121
12,5%
93.750
RESPOSTA ÚNICA
E ESPONTÂNEA
AMOSTRA: 970 entrevistas
Você sabe dizer qual foi o valor divulgado pelos meios
de comunicação deste suposto desvio de dinheiro?
QUANTO FOI O
VALOR DIVULGADO
Total de citações
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 849)
(divisão p/ 970)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
R$ 500 milhões
340
40,0%
35,1%
263.250
㄰
Menos de R$ 500 milhões
166
19,6%
17,1%
128.250
㤵
Mais de R$ 500 milhões
12
1,4%
1,2%
9.000
Não sabe informar
331
39,0%
34,1%
255.750
㜵
㈵
RESPOSTA ÚNICA
E ESPONTÂNEA
FILTRO: 849 entrevistas
Somente para quem disse que tem conhecimento sobre a Operação Albatroz.
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Operação
Albatroz
Além do deputado Antônio Cordeiro,
qual outro nome foi mais citado
como envolvido na Operação Albatroz?
OUTRO NOME MAIS
CITADO NA OPERAÇÃO
Total de citações
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 849)
(divisão p/ 970)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Bosco Saraiva
209
24,6%
21,5%
161.250
Amazonino Mendes
52
6,1%
5,4%
40.500
Ari Moutinho
51
6,0%
5,3%
39.750
Romero Mendonça
33
3,9%
3,4%
25.500
Cortez
24
2,8%
2,5%
18.750
Alfredo Paes
20
2,4%
2,1%
15.750
Edinéia Cordeiro
12
1,4%
1,2%
9.000
Eduardo Braga
6
0,7%
0,6%
4.500
Gilberto Benzecry
5
0,6%
0,5%
3.750
Issac Benzecry
3
0,4%
0,3%
2.250
Lúcio Flávio
2
0,2%
0,2%
1.500
Paulo Nasser
2
0,2%
0,2%
1.500
Sabino
2
0,2%
0,2%
1.500
Outros
14
1,6%
1,4%
10.500
Não sabe informar
414
48,8%
42,7%
320.250
RESPOSTA ÚNICA
E ESPONTÂNEA
FILTRO: 849 entrevistas
Somente para quem disse que tem conhecimento sobre a Operação Albatroz.
A propaganda eleitoral
dos candidatos de
oposição e a divulgação
constante dos fatos
pela imprensa local,
não só evidenciaram os
nomes constantes do
relatório da Polícia
Federal, mas também
os vincularam à figura
de Amazonino. Essa
relação ficou clara para
os eleitores que
apontaram Bosco
Saraiva como o nome
mais lembrado, até
porque era o vice da
chapa, e Amazonino
em seguida. O terceiro
nome de maior
associação foi o do exsecretário de Estado e
vereador Ari
Moutinho, homem de
confiança de Eduardo
Braga. Cabe ressaltar
que as respostas foram
espontâneas.
Confirmando a pouca
penetração das
informações entre o
eleitorado, os índices
demonstram que
quase a metade dos
entrevistados (48,8%)
não sabia citar nenhum
outro nome envolvido
na Operação Albatroz,
além do deputado
Antônio Cordeiro. Em
pesquisa realizada no
1.º turno, no final de
agosto, o ex-parlamentar encabeçava o
ranking dos mais
lembrados
espontaneamente.
63
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔴⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004
Operação
Albatroz
O fatalismo desta e de
outras denúncias, muito
comuns em campanhas,
é como um diagnóstico
de câncer. Mesmo que
haja cura, parcela da
população já considera
o paciente em fase
terminal. Da mesma
maneira, uma denúncia
tem o poder de
sentença, ainda que
esteja sob investigação.
Este, quem sabe, seja o
maior estrago que se
pode provocar na
imagem de uma pessoa:
o pré-julgamento.
Pelo que você sabe estas denúncias já foram
comprovadas ou ainda estão sendo investigadas
pela Polícia Federal e a Justiça?
AS DENÚNCIAS....
Total de citações
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 849)
(divisão p/ 970)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Já foram comprovadas
122
14,4%
12,6%
94.500
Ainda estão sendo investigadas
612
72,1%
63,1%
473.250
Não sabe informar
115
13,5%
11,9%
89.250
RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA
FILTRO: 849 entrevistas
Somente para quem disse que tem conhecimento sobre a Operação Albatroz.
Você sabe quem é o candidato a vice de...?
A máxima política de
que “vice não apita
nada”, do ex-vice
presidente Aureliano
Chaves, continua em
pleno vigor. No 1.º
turno, 96% dos
eleitores (página 54)
não sabiam quem era o
vice de Serafim e no
2.º, o percentual dos
que ignoravam a
participação de Mário
Frota na eleição
continuou muito alto:
71,9%. E Bosco só
alcançou a “fama”
porque foi citado na
Operação Albatroz.
Tanto que em julho,
antes da operação,
mais de 80% não sabia
que ele era vice de
Amazonino.
64
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔵⁁
VICE DE...
Mário Frota
Bosco Saraiva
Serafim Corrêa
Amazonino Mendes
26,0%
–
–
58,4%
㄰
Respondeu outro nome
2,2%
2,8%
㤵
㜵
Não sabe dizer
71,9%
38,9%
㈵
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
AMOSTRA: 970 entrevistas
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Bosco Saraiva foi indiciado pela Operação Albatroz.
Pelo que é do seu conhecimento, este fato fez com que
Amazonino perdesse votos seguros no 1.º turno?
PERDA DE VOTOS POR CAUSA
DO INDICIAMENTO DE BOSCO
Total de citações
%
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Sim
493
50,8%
381.000
Não
456
47,0%
352.500
Não sabe dizer
21
2,2%
16.500
AMOSTRA: 970 entrevistas
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
Pela legislação eleitoral um candidato a Prefeito pode
mudar de vice no decorrer da campanha. Você acha que
Amazonino deve manter Bosco Saraiva ou deve trocar
de vice para não prejudicar mais a sua candidatura?
TROCAR OU NÃO O VICE
Deve manter Bosco Saraiva
Total de citações
170
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 493)
(divisão p/ 970)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
34,5%
17,5%
131.250
Deve trocar de vice
280
56,8%
28,9%
216.750
Não sabe opiniar
43
8,7%
4,4%
33.000
RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA
FILTRO: 493 entrevistas
Somente para quem disse que Amazonino perdeu votos seguros no 1.º turno
por causa do indiciamento de Bosco.
Operação
Albatroz
O índice de quase 51%
dos que disseram que
Amazonino perdeu
votos foi gravíssimo.
Numa analogia,
podemos considerar
que a Albatroz foi a
primeira de uma série
de “bombas” lançadas
sobre a campanha de
Amazonino. Além dos
estragos internos,
serviu para elevar o
moral do adversário,
municiando-o com a
concretização dos
argumentos contra a
honestidade do grupo a
que Bosco pertencia,
desfiados ao longo dos
últimos anos.
Na época, de cada dez
eleitores quase seis
achavam que
Amazonino deveria
trocar seu candidato a
vice, contra
aproximadamente
35% que preferia
mantê-lo. Mas nunca
poderemos afirmar se
esta mudança teria
alterado o destino
desta eleição. Até
porque se essa troca
fosse concretizada,
parcela da população,
assim como os
adversários, se
utilizariam para
reafirmar que Bosco e
outras pessoas
influentes do governo
Eduardo Braga,
estavam realmente
envolvidos nas
denúncias.
65
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔵⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004
Através da imprensa e dos programas eleitorais,
Amazonino afirma não ter nada a ver com
a Operação Albatroz e que este fato foi usado
para prejudicar sua candidatura.
Você acredita nele?
Operação
Albatroz
A ação da Polícia
Federal ocorreu em
um momento muito
estranho, já que era
uma investigação que
vinha sendo feita há
vários meses. Por que
ela não foi revelada
bem antes ou após a
eleição? Haveria
ingerência do Planalto
para favorecer uma
determinada
candidatura?
As manchetes dos
jornais correspondiam
ao conteúdo das
matérias?
Independente das
respostas, um dos
efeitos concretos da
Operação Albatroz
pode ser chamado de
“efeito velcro”: colou
na figura de
Amazonino. Tanto que
podemos ressaltar que
até parte do eleitorado
dele (32,7%) não
conseguia acreditar
que ele não estivesse
envolvido.
Esta pesquisa, realizada
em 10 e 11 de outubro
de 2004, gerou uma
redução na confiança
dos partidários mais
empedernidos de
Amazonino. Dois dias
depois, o sentimento
se materializou,
quando o primeiro
relatório do Painel
Contínuo (Capítulo II,
página 38),
demonstrou que
Serafim já estava em
vantagem, virando o
jogo de forma rápida e
inédita.
66
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔵⁁
VOCÊ ACREDITA QUE AMAZONINO
NÃO ESTÁ ENVOLVIDO
Total de citações
%
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Sim
370
38,1%
285.750
Não
542
55,9%
419.250
Não sabe dizer
58
6,0%
45.000
AMOSTRA: 970 entrevistas
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
Cruzamento:
Prefeito estimulada – 1.ª opção x Acredita
que Amazonino não está envolvido
PREFEITO MANAUS:
ESTIMULADA – 1.ª OPÇÃO
AMAZONINO NÃO ESTÁ ENVOLVIDO
Sim
Não
Não sabe dizer
Amazonino
61,3% (276)
32,7% (147)
6,0% ( 27)
Serafim
17,3% ( 80)
78,6% (364)
4,1% ( 19)
Em branco/Nulos
24,6% ( 14)
54,4% ( 31)
21,1% ( 12)
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Você tomou conhecimento de uma denúncia envolvendo
o candidato Serafim Corrêa em um suposto caso com
a médica Soraia e de um filho que os dois teriam juntos?
DENÚNCIA CONTRA
SERAFIM
Total de citações
%
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Sim
680
68,0%
510.000
Não
320
32,0%
240.000
RESPOSTA ÚNICA
E ESPONTÂNEA
AMOSTRA: 1.000 entrevistas
Você acredita neste fato?
ACREDITA
Total de citações
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 680)
(divisão p/ 1.000)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Sim, totalmente
85
12,5%
8,5%
63.750
Sim, parcialmente
101
14,9%
10,1%
75.750
Não
Não sabe dizer
RESPOSTA ÚNICA
E ESPONTÂNEA
379
115
55,7%
16,9%
37,9%
11,5%
284.250
86.250
FILTRO: 680 entrevistas
Somente para quem disse que tomou conhecimento de uma denúncia contra Serafim.
Caso
Soraia
Para entender melhor
as próximas tabelas é
preciso conhecer um
pouco mais do Caso
Soraia, a segunda
grande bomba a
explodir sobre a
candidatura de
Amazonino. No dia
15/11/04, o vereador
Sabino anunciou que
iria revelar no seu
programa um escândalo
envolvendo um político
local. No domingo (18),
o jornal A Crítica,
trincheira segura de
Serafim, publicou
matéria sobre o
“marketeiro” Egberto
Baptista dizendo que
ele iria usar um golpe
semelhante ao Caso
Miriam, quando o então
candidato Fernando
Collor acusou Lula de
incentivar um aborto.
Além de achincalhar
Egberto, a matéria
desarticulou a denúncia
de Sabino, pois
antecipou que o golpe
atingiria a família de
Serafim.
Como uma “Crônica da
burrice anunciada”, o
vereador insistiu e
levou ao ar uma história
sem pé, nem cabeça,
com uma pessoa sem
credibilidade e cujo
nome já estivera
envolvido em confusão
semelhante em Recife.
Até hoje nada foi
provado, o caso entrou
para o anedotário
político local e acabou
como tema de enredo
da Banda da Bica de
2005.
67
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔶⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004
Caso
Soraia
O Caso Soraia foi um
verdadeiro tiro no pé.
Os números são muito
claros: 68% dos
entrevistados
souberam da denúncia
contra Serafim, e
destes 55,7% não
acreditaram e 58,6%
não consideraram
prejudicial a ele. Em
contrapartida, 59%
acreditavam que
Amazonino estava
envolvido na denúncia
e 54,6% avaliaram essa
participação como
prejudicial.
A denúncia teve o
efeito contrário. Ela
criou um sentimento
de mágoa,
principalmente dentro
das famílias de classe
média, e gerou revolta
pela invasão de
privacidade. Não havia
um sentimento contra
a possibilidade de
Serafim ter um filho
bastardo, mas sim
contra a exposição
pública do fato e o
constrangimento
causado em sua família.
De “bandido”, Serafim
saiu do episódio como
“vítima” de uma
armação.
Três dias após a
divulgação do caso,
Serafim atingiu 6% de
diferença, a maior de
todo o 2.º turno. O
feitiço de um tal “el
brujo” virou encanto
da bruxa Keka
(programa da Xuxa) ou
da Efigênia, a gênia
estagiária (Zorra Total).
68
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔶⁁
Esta denúncia, na sua opinião, pode prejudicar
a candidatura de Serafim Corrêa?
PODE PREJUDICAR
A CANDIDATURA
DE SERAFIM
Total de citações
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 186)
(divisão p/ 1.000)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Sim
47
25,3%
4,7%
35.250
Não
109
58,6%
10,9%
81.750
Não sabe dizer
30
16,1%
3,0%
22.500
RESPOSTA ÚNICA
E ESPONTÂNEA
FILTRO: 186 entrevistas
Somente para quem disse que acredita totalmente ou parcialmente na denúncia.
Você acredita que o Amazonino tem algum envolvimento
com esta denúncia?
ENVOLVIMENTO DE
AMAZONINO
Total de citações
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 680)
(divisão p/ 1.000)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Sim
401
59,0%
40,1%
300.750
Não
169
24,9%
16,9%
126.750
Não sabe dizer
110
16,2%
11,0%
82.500
RESPOSTA ÚNICA
E ESPONTÂNEA
FILTRO: 680 entrevistas
Somente para quem disse que tomou conhecimento de uma denúncia contra Serafim.
Este envolvimento de Amazonino pode prejudicar
sua candidatura?
PREJUDICAR
SUA CANDIDATURA
Total de citações
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 401)
(divisão p/ 1.000)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
㄰
㤵
㜵
Sim
219
54,6%
21,9%
164.250
Não
107
26,7%
10,7%
80.250
Não sabe dizer
75
18,7%
7,5%
56.250
㈵
FILTRO: 401 entrevistas
Somente para quem disse que Amazonino está envolvido na denúncia contra Serafim.
RESPOSTA ÚNICA
E ESPONTÂNEA
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Debate
na TV no
2.º Turno
Você assistiu ao debate entre candidatos
a Prefeito de Manaus realizado na...?
TV Rio Negro
ASSISTIU O DEBATE NA...
Rede Amazônica
Sim
206
41,2%
826
63,5%
Não
294
58,8%
474
36,5%
RESPOSTA ÚNICA E
ESPONTÂNEA
RESPOSTA ÚNICA E
ESPONTÂNEA
DIA: 22 de outubro de 2004
DIA: 30 de outubro de 2004
AMOSTRA: 500 entrevistas
AMOSTRA: 1.300 entrevistas
Como você avalia o desempenho de Amazonino?
TV Rio Negro
DESEMPENHO DE
AMAZONINO
Total de citações
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 206)
(divisão p/ 500)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Ótimo / Bom
81
39,3%
16,2%
121.500
Regular
52
25,2%
10,4%
78.000
Ruim / Péssimo
33
16,0%
6,6%
49.500
Não sabe avaliar
40
19,4%
8,0%
RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA
DIA: 22 de outubro de 2004
FILTRO: 206 entrevistas
Somente para quem disse que assistiu o debate na TV Rio Negro.
60.000
Os debates expuseram
uma prática comum na
imprensa local: o uso
de dois pesos e duas
medidas. No 1.º Turno,
Amazonino não foi ao
debate da TV A Crítica,
por motivos óbvios, e
foi condenado por isso
de todas as formas. No
2.º turno, o primeiro
debate foi realizado na
TV Rio Negro,
considerada aliada de
Amazonino. Serafim
exigiu a presença de
um mediador de outro
Estado, assinou
documento garantindo
sua presença, mas não
compareceu ao debate.
Os ditos formadores de
opinião não se deram
ao trabalho de esconder seu partidarismo.
Quando Amazonino
faltou ao debate foi
considerado “covarde”,
mas quando Serafim fez
o mesmo, é porque
“tinha um encontro
com o presidente”.
Na TV Rio Negro,
Amazonino teve tempo
suficiente para expor
livremente sua opinião
e seus projetos, mas
àquela altura isso pouco
importava porque os
fatos que corriam
paralelos à campanha já
haviam corroído, em
muito, sua candidatura.
A diferença entre os
que consideraram o seu
desempenho “regular /
ruim / péssimo” em
relação ao “ótimo /
bom” é muito próximo
da diferença final da
eleição.
69
䍁偟䥉
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠㄰㨰ㄺ㔷⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004
Debate
na TV no
2.º Turno
No último debate, já
quase não havia eleitor
racional. Ele se transformou num torcedor.
Pura emoção. Como se
estivesse assistindo a
um Flamengo X Vasco,
Palmeiras X Corinthians
ou Grêmio X Internacional. Para a torcida, o
melhor lance do jogo
foi de Serafim. Mais
uma vez bem informado, ele afirmou que
Amazonino não pagou
IPTU de um de seus
imóveis. A repercussão
deste episódio ainda
deve ser melhor
analisada.
De cada 100 eleitores
de Serafim, somente
dois admitiram que, em
algum momento do
debate, tiveram
vontade de mudar de
voto, contra quase seis
de Amazonino. O que
é mais fácil de ter ocorrido? Serafim ganhou o
debate por 1,8% e se
você subtrair a diferença final (3,36%) pela do
desempenho, a obviedade se materializa.
A nossa empresa
captou ao longo das
últimas eleições, que o
efeito do último debate
altera o resultado final,
em média, em até 2%.
E, geralmente, os
favoritos são surpreendidos. Em 1986 e
1996, por exemplo, a
expectativa era de que
Artur Neto derrotaria
Amazonino e Serafim a
Alfredo, respectivamente, exatamente o
que não ocorreu.
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Quem ganhou o debate na sua opinião?
Rede Amazônica
QUEM GANHOU O DEBATE
Total de citações
Freq. Relativa (%)
Freq. Absoluta (%)
(divisão p/ 826)
(divisão p/ 1.300)
Estimativa baseada em
750.000 votos válidos
Serafim Corrêa
400
48,4%
30,8%
230.769
Amazonino Mendes
385
46,6%
29,6%
222.115
Nenhum
20
2,4%
1,5%
11.538
Não sabe avaliar
21
2,5%
1,6%
12.115
RESPOSTA ÚNICA E ESTIMULADA
FILTRO: 826 entrevistas
Somente para quem disse que assistiu o debate na Rede Amazônica.
DIA: 30 de outubro de 2004
Você que assistiu ao debate da Rede Amazônica,
em algum momento teve vontade de mudar o seu voto?
ELEITOR DE...
Serafim Corrêa
Sim
Não
2,0%
98,0%
㄰
㤵
Amazonino Mendes
5,5%
94,5%
㜵
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
DIA: 30 de outubro de 2004
FILTRO: 826 entrevistas
Somente para quem disse que assistiu o debate na
Rede Amazônica.
㈵
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Você acredita que Amazonino esteja com mais de 10%
de vantagem sobre Serafim, como tem sido publicado
na imprensa local, ou seja, Amazonino ganharia
com mais de 70 mil votos de diferença?
ELEITOR DE...
Sim
Não
Serafim Corrêa
1%
99%
Amazonino Mendes
12%
88%
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
AMOSTRA: 500 entrevistas
DIA: 29 de outubro de 2004
Você confia nas pesquisas eleitorais divulgadas na cidade
de Manaus no período das eleições?
Não
74%
Sim
26%
RESPOSTA ÚNICA E ESPONTÂNEA
DIA: 29 de outubro de 2004
AMOSTRA: 500 entrevistas
Credibilidade
das Pesquisas
Publicadas
Pode parecer
paradoxal uma
empresa de pesquisa
questionar se o eleitor
confia nas pesquisas
eleitorais, mas a
Perspectiva fez essas
perguntas por três
motivos: para registro
histórico; para detectar
se a população duvida
das pesquisas ou dos
números absurdos
divulgados em alguns
projetos e, por fim,
para mostrar aos
pseudo-marketeiros
que não se consegue
mudar a opinião da
população “inventando” números que
dão idéia de vitória
fácil.
Por mais que a
população não
entenda, tecnicamente,
de pesquisas ela tem
feeling, vê que os
números divulgados
não encontram base
em seu cotidiano.
Não é em pesquisa
que ela não acredita. É
em mentira!
Exatamente para se
afastar deste estigma
pré-eleitoral é que a
Perspectiva direciona
mais de 95% de seus
contratos de prestação
de serviço para o
consumo interno de
seus clientes e tem a
confiança absoluta
destes. Esta clientela é
composta, diga-se de
passagem, por todas as
correntes partidárias.
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㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO III – FATOS INTERESSANTES DA ELEIÇÃO DE 2004
Oportunismo
ou medo
De cada 100 carros, quantos tinham adesivo dos candidatos
Amazonino Mendes e Serafim Corrêa nos dias... ?
Ao longo das últimas
duas décadas a maioria
da população recebeu
do “big father” (o
Estado) quase tudo, ou
seja, o terreno, a
madeira, as telhas, a
infra-estrutura do
bairro, os programas
sociais, a água, a luz etc.
Sem pagar sequer
IPTU, é normal que
essa “massa” tenha
medo de assumir o seu
desejo de mudança e
perder o que ganhou, já
que tudo que recebeu
foi da mão do poder
público.
Em contrapartida, a
chamada “classe média”
dança conforme a
música, revelando seu
oportunismo. Até
porque também é
dependente das
benesses públicas.
Para confirmar esse
comportamento,
desenvolvemos duas
pesquisas: a primeira
mostra que três dias
antes da eleição, de
cada 100 carros 11
exibiam adesivos de
Amazonino e dois de
Serafim. Após o
resultado, houve uma
inversão conforme o
gráfico acima.
A segunda pesquisa
revela que as pessoas
têm vergonha de
assumir seu voto. Com
a vitória de Serafim, de
cada 100 domicílios, 65
afirmaram ter votado
nele, ou seja, os
eleitores de Amazonino
sumiram. Entretanto,
em março de 2005,
quem desapareceu foi o
eleitor de Serafim.
12
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11
10
Serafim
Amazonino
9
8
6
4
2
2
1
0
28/out
01/nov
3 dias antes da eleição no 2.º turno
1 dia após a eleição
(*) Os dados foram coletados em cinco pontos de fluxo, nos horários de rush, totalizando uma amostra de 1.000 veículos. A escala acima está
adequada para uma melhor visualização.
Em cada 100 domicílios, quantos se diziam
eleitores de... (Amazonino/Serafim) em...?
100
80
35
58
60
㄰
㤵
40
65
㜵
42
20
0
㈵
nov/04
mar/05
Serafim
Amazonino
CAPÍTULO IV
Outras Pesquisas,
Geomarketing,
Dados Secundários
e Tendências
㄰
㤵
㜵
㈵
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CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS
Durango Duarte
Pesquisas para Vereador
Pouquíssimas empresas no Brasil realizam pesquisas para cargos proporcionais (deputado federal, deputado estadual e
vereador). Os motivos são vários: O primeiro é, evidentemente, o custo. Uma pesquisa com uma amostra de mais de 5.000
entrevistas, o que garante um índice de acertos maior, não sai por menos de R$ 40.000,00 e ainda exige um tempo mínimo de
dez dias para ser executada.
O segundo, é a dificuldade de realizá-la, ou seja, é preciso captar as intenções de votos em todos os bairros, conjuntos,
áreas de invasão de uma cidade (no caso de vereador) ou de todas as cidades de um Estado (no caso de deputados). Essa
pesquisa exige um nível de detalhamento que obriga os questionários a serem aplicados rua por rua. Se não for assim, o
resultado certamente vai apresentar distorções graves. Vejamos o caso da Compensa, onde existem muitas lideranças com
mais de 500 votos. Numa rua há possibilidade de encontrarmos apenas eleitores de Glória Carrate, em outra de Costinha, mais
adiante de Tio Raul e ainda outra com eleitores de Bacelar. É o que se chama “camburões eleitorais”, muito comuns em Manaus
onde os vereadores são candidatos distritais, ou seja, eleitos por uma comunidade e não por votos de toda a cidade. Tanto isso
acontece que pelo menos 20 vereadores da atual legislatura foram eleitos dessa forma. Por essa necessidade de preciosismo, às
vezes é preferível reduzir o número de entrevistas por rua e aumentar o número de ruas pesquisadas, para garantir um retrato
fiel da intenção de voto da população.
A terceira maior dificuldade é o grande número de combinações possíveis para a divisão das vagas existentes. A
legislação eleitoral brasileira possui um sistema que privilegia os partidos ou coligações em detrimento do desempenho de cada
candidato, ou seja, nem sempre os mais votados são eleitos. A divisão das vagas é feita pelo cálculo do quociente eleitoral e
partidário, que teremos oportunidade de ver no Capítulo V, página 115.
O quarto fator complicador é que, em Manaus, 20% dos eleitores define seu voto somente no dia da eleição. Sendo
assim, é impossível captar o voto desses eleitores. Na última eleição, este percentual representou aproximadamente 150 mil
eleitores, que definiram seu candidato no intervalo entre o ato de acordar e o de votar no dia do pleito.
Como quinto obstáculo, temos a dificuldade em identificar o candidato a que o eleitor se refere, às vezes pela
coincidência de alguns nomes, apelidos desconhecidos e números incorretos dos candidatos. Em 2004, por exemplo, foi
preciso localizar cada candidato escolhido pelo eleitor-pesquisado numa lista de mais de 800 nomes.
Resumo da ópera: esta pesquisa envolve múltiplos fatores que a tornam arriscada, entretanto é a que mais fascina os
candidatos ao cargo majoritário e a que mais gera polêmica entre os proporcionais. Principalmente, se for observado que todos
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㄰
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Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
estes afirmam estar eleitos. Se você puder desperdiçar seu tempo somando os votos anunciados por todos, o total é, no
mínimo, quatro vezes maior que o número de eleitores.
A melhor maneira de se estimar a real quantidade de votos de um candidato é multiplicar o número de votos que
ele diz ter, por no máximo 40% e no mínimo 10%. Exemplo que se aplica na maioria dos casos: se um candidato disser que
terá 8 mil votos, há 90% de chances de ele ter entre 800 e 3.200. Nas próximas eleições, faça este teste. Você irá
comprovar que é assim que acontece.
Outro aspecto dessas pesquisas é que elas favorecem uma atitude pragmática na hora da definição da ajuda
financeira e material concedida pelos candidatos a prefeito aos candidatos a vereadores. Isto é possível através do
cruzamento da intenção de voto de um com outro, revelando o “nível de vinculação” entre eles. Tive oportunidade de
presenciar muitos candidatos proporcionais saindo de salas de tesoureiros de campanhas falando cobras e lagartos sobre
nossas pesquisas, exatamente porque elas revelavam o baixo nível de vinculação deles com o majoritário, gerando a
redução do valor dos recursos financeiros destinados ao potencial “traíra”.
Estas pesquisas para vereadores e deputados, foram aprimoradas nas últimas duas eleições. Em 2002, acertamos
os nomes de 22 das 24 vagas da Assembléia Legislativa e todos os oito nomes eleitos para a Câmara Federal. Inclusive na
época, enviamos milhares de e-mails, dois dias antes da eleição, apresentando a lista dos prováveis vitoriosos.
Contrariando o que se comentava nos bastidores políticos sobre o favoritismo de Sabino Castelo Branco para a ALEAM,
em nenhum dos nossos estudos seu nome tinha a garantia de vitória. O que acabou se confirmando com a sua quinta
suplência.
Na eleição de 2004, realizamos cinco grandes rodadas para vereador. A primeira com amostra de 5.000 entrevistas
e as outras quatro com 7.200, ou seja, mais de 33 mil questionários aplicados em quatro meses, o que é um número
extraordinário. Nessa eleição, dos 37 vereadores, acertamos 34, sendo que em apenas um caso podemos assegurar que
houve “erro”: Fausto Souza. Nos outros dois, os nomes não foram descartados de fato, ou seja, ainda disputavam a vaga,
mas não se podia assegurar qual dos concorrentes iria ganhar, porque os índices de intenção de votos eram muito
próximos.
Para alcançar esta quantidade de acertos, a Perspectiva trabalha com dois instrumentos fundamentais: o primeiro,
é um plano amostral detalhado setor por setor da cidade de Manaus e uma ponderação de entrevistas, por área, que
utiliza-se de um sistema de geoprocessamento e o segundo é um banco de dados com o resultado de todas as eleições,
estruturado e analisado por zona eleitoral, por bairro, por colégio eleitoral e até por seção, tornando possível elaborar um
histórico do comportamento do eleitor para o desempenho de cada político.
A combinação dessas duas ferramentas é que permite à nossa empresa apresentar uma fotografia mais aproximada
da realidade eleitoral, para cargos proporcionais. Temos que ressaltar que, sozinho, o resultado do trabalho de campo não
é suficiente para afirmar quantas vagas cada partido ou coligação irá obter ou quem serão os eleitos.
Um dos prazeres adicionais dessas pesquisas é a quantidade de apostas que eu ganho, sem querer apostar, muito
embora não receba a grande maioria delas. Mais do que o dinheiro em si, vale o desafio e o gosto de ver os sorrisos
amarelos dos apostadores após os resultados. Em 2006, só aceitarei apostas registradas em cartório, mesmo sem ter
validade judicial porque o jogo é ilegal no Brasil ou com depósitos antecipados a um fiel depositário que tenha credibilidade
para receber o apurado.
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CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS
Durango Duarte
Pesquisas Qualitativas
Nem tudo são números no universo das pesquisas. Para compreender as motivações e os sentimentos de uma
população usamos a pesquisa qualitativa, que apresenta duas técnicas: a “entrevista em profundidade” que investiga e extrai
respostas detalhadas de um único indivíduo de cada vez e o “focus group” que, como o próprio nome diz, consiste na formação
de grupos de discussão. O grupo é como se fosse uma “amostra” de um determinado segmento da população cuja opinião
queremos conhecer melhor, como “mulheres entre 25 e 40 anos, residentes nos bairros da Zona Norte, com Ensino Médio e
com renda de dois salários mínimos” ou “homens das classes A e B, residentes na Ponta Negra e proprietários de pick-up.
A “quali”, como é chamada, permite o registro de detalhes que não são totalmente captados por uma pesquisa
quantitativa. Em épocas eleitorais analisa cenários de alianças políticas, atributos da imagem de um político, os programas
pilotos e os fatos importantes que ocorrem durante uma campanha, como exemplos a Operação Albatroz e o Caso Soraia, na
eleição de 2004, entre outros. A cada eleição a pesquisa qualitativa tem sido cada vez mais utilizada como uma ferramenta que
trabalha em conjunto, podendo ser realizada antes, simultaneamente ou após uma quantitativa, dependendo da necessidade
eleitoral. As metodologias combinadas favorecem uma melhor interpretação do momento político.
As qualitativas exigem o cumprimento de algumas etapas: definição do objetivo e do roteiro pré-estabelecido entre o
cliente e empresa de pesquisa; qual o target (público alvo); selecionar os participantes (entre 8 a 12 pessoas), viabilizar a
locomoção dos participantes e a indicação de um moderador experiente, familiarizado com o tema.
O local da pesquisa deve ter uma sala com espelho one-way também chamado de “espião”. Por trás desse espelho, uma
sala de observação abriga o equipamento de gravação. Neste local, assistem ao debate os auxiliares que irão elaborar o
relatório e, às vezes, os profissionais de marketing do cliente. Deve-se oferecer brindes e um coffee-break aos convidados.
O valor cobrado por cada grupo de quali oscila entre R$ 2,5 mil a R$ 4 mil no mercado de Manaus. Para que esse trabalho
seja executado com qualidade, é necessário movimentar um número mínimo de 10 pessoas. Numa campanha política, onde
tudo é solicitado e contratado “para ontem”, é possível realizar até quatro grupos de quali em um mesmo dia.
A Perspectiva realizou diversos grupos de qualitativa tanto no 1.º quanto no 2.º turnos, mas aceitou um desafio de
realizar grupos de quali sem toda a estrutura tecnológica exigida e levou o debate para o próprio ambiente dos participantes.
Reuniu os moradores na casa de um deles, mantendo as demais regras inalteradas.
No início 2.º turno, no dia 10/10/2004, às 9h30, o primeiro grupo realizado foi no bairro Lírio do Vale, onde foram
selecionados somente eleitores que votaram em Vanessa, Plínio e Bisneto no 1.º turno. Após cem minutos de conversa, a
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Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
sensação que se tinha era de que se fosse oferecido ar condicionado central em Manaus ou qualquer benefício em
dinheiro, não haveria a menor possibilidade de mudar a opinião dos participantes, em seu desejo de votar na mudança, ali
representada por Serafim. Todos os argumentos contra Serafim, como a falta de experiência, um projeto administrativo
sem conteúdo detalhado, seu passado supostamente vinculado aos serviços de informação da ditadura militar ou a falta de
uma bancada consistente para viabilizar sua administração, sequer triscou na certeza inabalável dos presentes. Pareciam
estar convertidos messianicamente a ponto de se imolar pelo que acreditavam. Fui o moderador deste grupo e no trajeto
da casa para o meu carro disse às minhas duas assistentes: “Inês é morta!”.
Além do relatório descritivo, as pesquisas qualitativas das eleições de 2004 foram apresentadas pela primeira vez
aos nossos clientes, num modelo de análise chamado de SWOT, que é uma ferramenta muito utilizada pelas empresas
como parte do planejamento estratégico de negócios. O termo SWOT vem do inglês e representa as iniciais das palavras
Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).
A análise é dividida em duas partes: o ambiente externo à organização, no caso a campanha (oportunidades e
ameaças) e o ambiente interno à organização (pontos fortes e pontos fracos).
Tendo como exemplo o candidato Amazonino Mendes, selecionamos os elementos relevantes obtidos nos mais de
40 grupos realizados durante os dois turnos. A cada conjunto de cinco grupos, era possível apresentar um relatório com
este modelo que aqui descrevemos:
Pontos fortes: Elevado recall do nome e do número; significativa percepção dos projetos que desenvolveu
enquanto governador e prefeito; imagem associada ao trabalho e ao empreendedorismo além de sua competência
administrativa; percepção de ousado na execução de projetos inovadores; propostas eleitorais com maior consistência de
conteúdo e detalhes; melhor qualidade na produção das peças publicitárias; boa estrutura de campanha e tempo maior de
exposição na propaganda eleitoral, entre outros.
Pontos fracos: Desgaste da imagem em função do longo tempo de presença no poder; percepção de que ele é
excessivamente poderoso e desonesto; associação a um vice cujo nome foi citado na Operação Albatroz; fraco
desempenho nos debates; críticas às obras inacabadas em seu governo; frustração em relação à participação mais ativa do
candidato nas ruas; vinculação de políticos de baixa credibilidade à sua imagem, entre outros.
Oportunidades: Utilizar a “Ação Conjunta” como instrumento de desenvolvimento da cidade de Manaus;
demonstrar que tem a maior experiência e conhecimento dos problemas da cidade; explorar a insegurança do eleitor em
relação ao futuro da capital, passando a idéia de que “Manaus não pode parar”; demonstrar a importância histórica de suas
realizações para o Estado, durante suas administrações; usar a presença mais efetiva de Eduardo Braga na campanha, entre
outros.
Ameaças: Surgimento de novas denúncias no processo eleitoral; construção de um sentimento forte de mudança e
desenvolvimento de um consenso na maioria da população de que as críticas de todos os adversários eram verdadeiras;
surgimento de fatos imprevisíveis e não controláveis; percepção de desorganização no comando de campanha e nas bases
eleitorais, entre outros.
Devemos considerar que este material é uma ferramenta para tomada de decisões, o que não implica,
necessariamente, no uso obrigatório de seu conteúdo. A dinâmica do processo político não permite, muitas vezes, numa
campanha, o uso de todas as informações disponíveis.
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CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS
Durango Duarte
Geomarketing
No mundo onde os avanços tecnológicos se processam em questão de segundos e as decisões a serem tomadas exigem
a maior quantidade possível de informações, a variável espacial ganhou uma dimensão superlativa para a imensa maioria dos
habitantes do planeta. Hoje, através de um telefone celular, pode-se localizar em que rua uma determinada pessoa se encontra
no exato momento da busca. Você, uma empresa ou qualquer órgão de governo utiliza-se, de maneira organizada ou não, de
um sistema de informação para tomar decisões.
A tecnologia permitiu o desenvolvimento de uma ferramenta chamada SIG −Sistema de Informação Geográfica na qual
é possível visualizar todos os dados disponíveis simultaneamente, facilitando a análise, a gestão ou a representação do espaço e
dos fenômenos que nele ocorrem. O geomarketing é uma disciplina que encontrou campo aberto dentro do SIG e seu
desenvolvimento, gerou incontáveis aplicações, inclusive no campo político.
Desde 2000, a Perspectiva possui um departamento de GEO que desenvolve estudos de potencial de mercado,
projetos de roteirização, mapas temáticos, estudos de demandas públicas para melhor localização de escolas, hospitais,
delegacias etc. No universo da política, conseguimos mapear o perfil e as necessidades do eleitor de Manaus de maneira
geográfica.
Selecionamos três exemplos de aplicabilidade de nosso trabalho: no primeiro, na página ao lado, utilizamos uma imagem
de satélite (Quickbird dez/03) para mostrar como é realizado o trabalho de campo, isto é, em que sentido o pesquisador deve
selecionar os domicílios a serem pesquisados. O ponto em vermelho na imagem é o ponto inicial e a partir dali o pesquisador irá
realizar as entrevistas conforme a metodologia estabelecida (ver Capítulo II, página 26). Além disso, ilustramos a tendência dos
sistemas de informação que, em um futuro próximo, poderão registrar detalhes sobre cada indivíduo de uma cidade, que não
podem ser revelados pelo mundo da pesquisa, já que esta não permite a quebra da privacidade do mesmo.
O segundo mapa localiza espacialmente, através de coordenadas geográficas (latitude e longitude), qualquer atividade
econômica existente num determinado bairro. No exemplo, localizamos os principais serviços públicos do bairro Praça 14 com
o eixo vetorial das ruas e, na cor cinza, os lotes residenciais e comerciais da área.
Por último, apresentamos um mapa temático com o resultado eleitoral do candidato Serafim Corrêa no 1.º turno,
bairro a bairro. Estes foram divididos em seis grupos: em azul estão os 22 bairros onde o candidato obteve seu melhor
desempenho e em vermelho as piores votações. A Perspectiva pode aprofundar este tipo de análise a ponto de detalhar com
precisão os votos depositados para um ou outro candidato em cada local de votação.
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Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Método de arrolamento de campo
PONTO INICIAL
Ponto norte mais
a esquerda
Sentido do
Arrolamento
O FUTURO
Tendência
Eleitoral:
Contra o candidato
do governo
㄰
Nome: Raimundo Nonato
CPF: 700171500/99
RG: 9191467-4
Idade: 35 anos
Profissão: Funcionário Público
Renda Familiar: + de R$3.000,00
Moradia: Própria
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Imagem de satélite Quickbird, dez/2003.
ESCALA: 1:2.800
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CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS
Durango Duarte
Localização dos serviços que o Bairro Praça 14 possui:
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Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Desempenho do candidato Serafim Corrêa no 1.º turno − Eleição de 2004
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CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS
Durango Duarte
Dados Secundários
Indicadores de Manaus
Uma coisa deve ficar bem clara: absolutamente nenhum governante ou político em nosso Estado trabalha corretamente
com a gestão da informação. O planejamento público é uma verdadeira peça de ficção, um exercício de “chutorologia”. Os
dados utilizados para elaborá-lo, em sua maioria são incompletos, imprecisos e de fontes duvidosas.
A atividade empresarial não fica distante desta realidade. Existe um padrão cultural que trata com desprezo a questão da
informação, como ferramenta na tomada das múltiplas decisões do dia-a-dia.
Você saberia dizer, por exemplo, qual foi a inflação do mês passado na cidade de Manaus? Quantas ruas a cidade de
Manaus possui? Qual a renda per capita na cidade de Manaus em 2004? Você não é obrigado a saber, mas se precisar de uma
dessas informações, os órgãos oficiais não irão lhe informar.
Não tenho dúvidas de que poderia, pessoalmente, listar com enorme facilidade mais de 100 perguntas sem respostas.
O anedotário local abriga excelentes exemplos de como funciona o “achismo”. Você lembra da história de um
governador que afirmou haver 2 milhões de jacarés em Nhamundá? Como foi feita a contagem dos répteis?
Enquanto não existir estruturas independentes e sérias na coleta permanente de dados, na sistematização dos mesmos
e na análise dos resultados para contribuir com o desenvolvimento econômico do nosso Estado, continuaremos a viver sob a
égide do faz-de-conta.
A nossa empresa tem um conceito de trabalhar com a gestão estratégica da informação, seja no tratamento dos dados
secundários (aqueles levantados de outras fontes) ou através da coleta de dados primários (aqueles coletados pelo pesquisador
para resolver um problema específico), gerando um outro conjunto significativo de informações para qualquer situação da
realidade humana.
A título de curiosidade e até para consultas acadêmicas, apresentamos alguns indicadores da cidade de Manaus, que
revelam características da divisão socioeconômica do nosso povo, através dos seguintes gráficos e tabelas: Indicadores da
evolução da população da cidade de Manaus (1900 a 2004); Evolução do eleitorado da cidade de Manaus (1982 a 2004);
Distribuição da população por zona e bairro e Distribuição da população por faixa etária, ambos baseados em estimativas da
Perspectiva e Modelos de segmentação da população por classe e renda, principalmente o Critério de Classificação Econômica
Brasil − CCEB, mais conhecido por sua aplicação na divisão das “classes sociais”.
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Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Evolução da população de Manaus (1900-2004)
1.592.555
1.600.000
1.405.835
1.157.357
1.200.000
1.011.501
800.000
633.383
311.622
400.000
173.703
106.399
139.620
1920
1940
1950
1960
1970
1980
1991
1996
2000
2004
50,5%
40,5%
31,2%
24,4%
79,4%
103,3%
59,7%
14,4%
21,5%
13,3%
50.300
75.704
1900
0
EVOLUÇÃO
Fonte: IBGE.
Evolução do eleitorado de Manaus (1982-2004)
1.000.000
844.789
800.000
744.602
579.874
600.000
482.005
381.531
400.000
908.450
760.925
629.074
510.554
399.798
㄰
298.541
㤵
200.000
㜵
-
1982
EVOLUÇÃO
1986
27,8%
1988
4,8%
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
20,6%
5,9%
13,6%
8,5%
18,4%
2,2%
11,0%
7,5%
㈵
Fonte: TRE-AM.
83
䍁偟䥖
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔳⁁
Durango Duarte
CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS
Distribuição da população por zona e bairro (2004)
ZONA
SUL
ZONAS / BAIRROS
RENDA MÉDIA DO
CHEFE DO DOMICÍLIO
2000
MÉDIA DE MORADORES
POR DOMICÍLIO
2000
1
BETÂNIA
12.301
R$ 634,41
4,39
2
CACHOEIRINHA
27.586
R$ 831,57
4,04
3
CENTRO
38.026
R$ 1.396,06
3,75
4
COL. OLIVEIRA MACHADO
12.830
R$ 441,01
4,71
5
CRESPO
8.942
R$ 608,88
4,31
6
DIST. INDUSTRIAL I / II
17.521
R$ 388,62
4,40
7
EDUCANDOS
18.119
R$ 465,77
4,50
8
JAPIIM
59.332
R$ 933,29
4,34
9
MORRO DA LIBERDADE
15.405
R$ 478,39
4,58
10
N. SRª APARECIDA
6.262
R$ 1.503,73
3,99
11
PETRÓPOLIS
47.531
R$ 654,55
4,29
12
PRAÇA 14 DE JANEIRO
13.573
R$ 819,85
4,04
13
PRESIDENTE VARGAS
10.305
R$ 701,52
4,34
14
RAIZ
19.849
R$ 766,36
4,07
15
SANTA LUZIA
9.504
R$ 535,92
4,24
16
SÃO FRANCISCO
17.936
R$ 743,66
4,35
17
SÃO LÁZARO
12.123
R$ 741,33
4,23
18
VILA BURITI
2.143
R$ 1.256,92
3,92
SUBTOTAL
ZONA
OESTE
2004
349.293
R$ 804,68
4,24
1
COMPENSA
85.556
R$ 638,10
4,68
2
GLÓRIA
9.546
R$ 521,01
4,74
3
LÍRIO DO VALE
21.946
R$ 593,40
4,38
4
NOVA ESPERANÇA
20.104
R$ 801,94
4,39
5
PONTA NEGRA
1.660
R$ 4.547,62
3,82
6
SANTO AGOSTINHO
14.858
R$ 638,20
4,41
7
SANTO ANTÔNIO
21.865
R$ 684,47
4,28
8
SÃO JORGE
28.484
R$ 993,40
4,14
9
SÃO RAIMUNDO
17.734
R$ 713,98
4,31
10
TARUMÃ
8.259
R$ 538,20
4,07
11
VILA DA PRATA
12.496
R$ 629,28
4,34
242.508
R$ 723,35
4,44
SUBTOTAL
84
䍁偟䥖
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔴⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
ZONA
LESTE
ZONAS / BAIRROS
ZONA
NORTE
MÉDIA DE MORADORES
POR DOMICÍLIO
2000
ARMANDO MENDES
22.665
R$ 449,73
4,41
2
COL. ANTÔNIO ALEIXO
14.132
R$ 313,27
4,55
3
COROADO
51.100
R$ 645,63
4,30
4
JORGE TEIXEIRA
89.075
R$ 355,08
4,40
5
MAUAZINHO
17.024
R$ 389,45
4,47
6
PURAQUEQUARA
3.554
R$ 284,30
4,46
7
SÃO JOSÉ OPERÁRIO
95.712
R$ 521,79
4,29
8
TANCREDO NEVES
40.523
R$ 364,45
4,39
9
ZUMBI DOS PALMARES
34.365
R$ 398,49
4,66
368.150
R$ 450,84
4,39
1
CIDADE NOVA
219.189
R$ 619,65
4,15
2
COL. SANTO ANTÔNIO
14.099
R$ 524,26
4,24
3
COLÔNIA TERRA NOVA
30.751
R$ 400,78
4,27
4
MONTE DAS OLIVEIRAS
20.513
R$ 383,79
4,23
5
NOVO ISRAEL
16.331
R$ 385,87
4,55
6
SANTA ETELVINA
18.665
R$ 434,17
4,52
319.549
R$ 558,43
4,21
SUBTOTAL
ZONA
CENTROOESTE
RENDA MÉDIA DO
CHEFE DO DOMICÍLIO
2000
1
SUBTOTAL
1
ALVORADA
75.326
R$ 724,75
4,32
2
DA PAZ
13.927
R$ 1.006,31
4,27
3
DOM PEDRO
17.970
R$ 1.970,36
4,29
4
PLANALTO
15.125
R$ 1.956,77
4,30
5
REDENÇÃO
37.405
R$ 672,65
4,43
159.752
R$ 997,65
4,34
SUBTOTAL
ZONA
CENTRO-SUL
2004
1
ADRIANÓPOLIS
10.365
R$ 3.637,50
3,84
2
ALEIXO
21.843
R$ 2.083,65
4,15
3
CHAPADA
8.929
R$ 2.039,92
3,12
4
FLORES
38.904
R$ 1.221,55
3,80
5
N. SRª DAS GRAÇAS
15.283
R$ 2.646,21
3,83
6
PARQUE 10
37.176
R$ 2.116,91
3,96
7
SÃO GERALDO
7.955
R$ 946,79
4,10
R$ 1.959,22
3,88
SUBTOTAL
140.455
ZONA RURAL
12.848
R$ 376,16
-
TOTAL
1.592.555
R$ 806,97
4,26
㄰
㤵
㜵
㈵
Fonte: IBGE/Perspectiva − Estimativas da população de 2004 por bairro produzidas pelos estudos de geoprocessamento.
85
䍁偟䥖
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔶⁁
Durango Duarte
CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS
Distribuição da população por faixa etária (2004)
2004
FAIXA ETÁRIA
%
Urbana
Rural
Total
0 a 4 anos
188.245
1.733
189.978
11,9%
5 a 9 anos
174.147
1.700
175.847
11,0%
10 a 14 anos
163.969
1.449
165.417
10,4%
717.121
15 anos
36.241
278
36.519
2,3%
45,0%
16 a 17 anos
72.606
585
73.190
4,6%
18 a 19 anos
75.622
547
76.170
4,8%
20 a 24 anos
179.505
1.251
180.756
11,4%
25 a 29 anos
150.077
999
151.076
9,5%
30 a 34 anos
126.678
825
127.503
8,0%
722.636
35 a 39 anos
109.315
787
110.102
6,9%
45,4%
40 a 44 anos
86.956
637
87.593
5,5%
45 a 49 anos
65.051
555
65.606
4,1%
50 a 54 anos
46.126
421
46.547
2,9%
55 a 59 anos
31.438
351
31.789
2,0%
60 a 64 anos
24.686
291
24.978
1,6%
65 a 69 anos
18.142
182
18.324
1,2%
70 a 74 anos
13.426
123
13.550
0,9%
75 a 79 anos
8.783
66
8.848
0,6%
Mais de 80 anos
8.693
68
8.761
0,6%
TOTAL
1.579.707
12.848
1.592.555
100%
152.798
9,6%
㄰
㤵
㜵
㈵
Fonte: IBGE/Perspectiva − Estimativas da população de 2004 por bairro produzidas pelos estudos de geoprocessamento.
86
䍁偟䥖
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔶⁁
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Modelos de segmentação da população por classe e renda
CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA BRASIL (CCEB)
— 2003
RENDA MÉDIA
FAMILIAR
MANAUS
ESTIMATIVA
HABITANTES
2004
A1 | 30-34
R$ 7.793,00
1%
15.926
3.738
R$ 29.133.289,00
A2 | 25-29
R$ 4.648,00
6%
95.553
22.430
R$ 104.256.276,62
B1 | 21-24
R$ 2.804,00
10%
159.256
37.384
R$ 104.824.512,21
B2 | 17-20
R$ 1.669,00
18%
286.660
67.291
R$ 112.308.773,03
C | 11-16
R$ 927,00
35%
557.394
130.844
R$ 121.292.129,05
D | 6-10
R$ 424,00
24%
382.213
89.721
R$ 38.041.877,18
E | 0-5
R$ 207,00
6%
95.553
22.430
R$ 4.643.082,89
100%
1.592.555
373.839
CLASSE |
PONTOS
TOTAL
QTD. APROXIMADA
DE FAMÍLIAS (*)
ESTIMATIVA RENDA POR
MÊS
R$ 514.499.939,98
IBGE DE 2000
RENDA MÉDIA FAMILIAR
(Salário mínimo = R$ 151,00)
MANAUS
ESTIMATIVA HABITANTES
2004
QTD. APROXIMADA DE
FAMÍLIAS (*)
Mais de 20 salários mínimos
3%
52.873
12.411
De 10 a 20 salários mínimos
6%
89.979
21.122
De 3 a 10 salários mínimos
26%
420.275
98.656
Até 3 salários mínimos
65%
1.029.428
241.650
100%
1.592.555
373.839
TOTAL
ESTUDO PERSPECTIVA DE 2002
RENDA MÉDIA FAMILIAR
MANAUS
ESTIMATIVA HABITANTES
2004
㄰
QTD. APROXIMADA DE
FAMÍLIAS (*)
㤵
Mais de R$ 4.001,00
4%
63.702
14.954
De R$ 2.001,00 a 4.000,00
6%
95.553
22.430
De R$ 1.001,00 a 2.000,00
15%
238.883
56.076
Até R$ 1.000,00
75%
1.194.416
280.379
100%
1.592.555
373.839
㜵
㈵
TOTAL
(*) Este cálculo tem como base a divisão da estimativa de habitantes em 2004 por 4,26 moradores por domicílio.
87
䍁偟䥖
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔷⁁
Durango Duarte
CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS
Avaliação das Administrações
Com o objetivo de acompanhar passo-a-passo o desempenho administrativo do presidente da República, do
governador do Amazonas e do prefeito de Manaus, desde o ano de 2003 a Perspectiva realiza, com recursos próprios e de
forma independente uma pesquisa que avalia, mês a mês, o grau de satisfação da população de Manaus em relação à
administração dos governantes.
Esta pesquisa, realizada na última semana de cada mês, é probabilística por conglomerados, com uma amostra mensal
de 625 entrevistas e tem uma margem de erro de mais ou menos 4,0%.
A pergunta padrão utilizada para captar essa avaliação é: “Você diria que a administração do... (presidente, governador e
prefeito) neste momento está ótima, boa, regular, ruim ou péssima?”.
Na tabela e nos gráficos apresentados, para efeito de uma melhor compreensão, agrupamos as respostas “ótima” e
“boa” como aprovação e “ruim” e “péssima” como rejeição.
Os governantes locais têm se utilizado de uma prática pouco recomendável para divulgar a avaliação de suas
administrações, que é a de somar o “regular” ao “bom” e o “ótimo”, como se tudo fosse aprovação.
Outro aspecto interessante é que o amazonense é extremamente benevolente com as notas e conceitos que emite
sobre os administradores públicos. Constantemente, suas avaliações são bem mais favoráveis do que a média nacional.
AVALIAÇÃO
2005
LULA
jan
fev
EDUARDO BRAGA
mar
jan
fev
mar
SERAFIM CORRÊA
jan
fev
㄰
mar
㤵
Aprovação
(ótimo+bom)
51%
47%
46%
55%
55%
61%
31%
33%
38%
㜵
Regular
40%
42%
43%
36%
38%
32%
37%
32%
28%
Rejeição
8%
10%
11%
9%
7%
6%
26%
31%
33%
1%
1%
0%
0%
0%
1%
6%
4%
1%
(ruim+péssimo)
㈵
Não sabe dizer
88
䍁偟䥖
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㜺㔸⁁
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
60%
60%
56%
56%
50%
50%
38%
40%
37%
36%
33%
33%
30%
53%
50%
50%
35%
50%
34%
27%
20%
10%
47%
16%
9%
7%
4%
4%
10%
11%
2%
3%
MAR
ABR
8%
3%
15%
47%
42%
2%
45%
43%
39%
30%
15%
8%
5%
46%
9%
10%
1%
2%
2%
1%
AGO
SET
OUT
NOV
13%
2003
PRESIDENTE
70%
3%
0%
FEV
MAI
Aprovação (ótimo+bom)
JUN
Regular
JUL
Rejeição (ruim+péssimo)
DEZ
Não sabe dizer
PRESIDENTE
60%
53%
50%
50%
48%
49%
43%
40%
39%
45%
42%
38%
35%
40%
16%
45%
37%
36%
39%
14%
16%
48%
44%
31%
30%
20%
20%
30%
20%
49%
17%
18%
53%
30%
20%
32%
29%
17%
16%
11%
14%
10%
0%
1%
1%
JAN
1%
1%
MAR
ABR
2%
2%
1%
1%
2%
1%
2%
1%
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
2004
JAN
㄰
㤵
㜵
㈵
FEV
MAI
JUN
JUL
Aprovação (ótimo+bom)
Regular
Rejeição (ruim+péssimo)
Não sabe dizer
89
䍁偟䥖
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㠺〰⁁
Durango Duarte
CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS
2003
GOVERNADOR
70%
60%
56%
58%
55%
51%
58%
59%
54%
51%
49%
50%
50%
51%
48%
40%
40%
32%
30%
24%
20%
14%
34%
31%
30%
27%
27%
13%
15%
6%
5%
2%
3%
MAR
ABR
16%
15%
10%
4%
35%
36%
25%
15%
11%
32%
8%
4%
14%
11%
1%
1%
3%
10%
10%
1%
2%
3%
OUT
NOV
DEZ
0%
JAN
FEV
MAI
Aprovação (ótimo+bom)
2004
GOVERNADOR
JUN
Regular
JUL
AGO
SET
Rejeição (ruim+péssimo)
Não sabe dizer
70%
69%
60%
61%
69%
67%
64%
63%
60%
57%
50%
57%
56%
55%
51%
40%
36%
32%
29%
30%
27%
20%
11%
10%
0%
6%
1%
JAN
2%
10%
2%
1%
MAR
ABR
30%
27%
㄰
22%
18%
20%
6%
28%
26%
33%
8%
2%
10%
3%
17%
13%
12%
12%
12%
2%
1%
0%
1%
0%
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
9%
2%
㤵
㜵
㈵
FEV
MAI
JUN
JUL
Aprovação (ótimo+bom)
90
䍁偟䥖
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㠺〳⁁
Regular
Rejeição (ruim+péssimo)
Não sabe dizer
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
70%
67%
64%
60%
50%
55%
63%
63%
61%
63%
63%
60%
58%
62%
57%
40%
33%
32%
29%
30%
24%
25%
11%
11%
27%
29%
24%
27%
27%
9%
9%
1%
1%
AGO
SET
26%
27%
20%
11%
9%
13%
7%
10%
2%
4%
1%
1%
MAR
ABR
8%
1%
2%
MAI
JUN
9%
1%
9%
8%
0%
1%
1%
OUT
NOV
DEZ
2003
PREFEITO
0%
FEV
Aprovação (ótimo+bom)
Regular
JUL
Rejeição (ruim+péssimo)
Não sabe dizer
70%
62%
PREFEITO
60%
60%
53%
48%
50%
Carijó assume no
lugar de Alfredo
51%
50%
52%
26%
20%
32%
32%
34%
40%
34%
30%
26%
15%
14%
14%
11%
10%
0%
32%
32%
26%
13%
1%
49%
38%
36%
31%
51%
44%
40%
30%
48%
1%
1%
10%
6%
12%
4%
13%
4%
15%
3%
16%
14%
13%
2%
1%
0%
0%
SET
OUT
NOV
DEZ
2004
JAN
㄰
㤵
㜵
㈵
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
Aprovação (ótimo+bom)
Regular
Rejeição (ruim+péssimo)
Não sabe dizer
91
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CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS
Durango Duarte
Cenário de 2006
Um bom ditado popular no Amazonas diz que “no mundo político, boi voa”. Esse aforismo indica que não existem
alianças impossíveis nem combinações impensáveis dentro dos padrões éticos partidários. Ao contrário, você deve se lembrar
de alguns acordos eleitorais nunca imaginados e que, depois de consolidados, foram aceitos pela maioria.
Os políticos do Amazonas irão sempre conversar entre si, publicamente ou não, para definir o que é melhor para seus
interesses. Nessas conversas, a pesquisa eleitoral é usada como um trunfo no jogo político para determinar quem está em
melhor ou pior situação.
No início da partida, as lideranças políticas obviamente ainda não contam com um quadro seguro sobre quem serão os
melhores parceiros. Trabalham então com tendências. É recomendável a realização de pelo menos cinco pesquisas em
intervalos regulares de no máximo 30 dias para obtermos uma tendência da opinião pública, em ano não eleitoral. As pesquisas
para governador, senador e deputado federal, que apresentamos nas próximas duas páginas não formam uma tendência e sim
um flash da conjuntura política. Em outubro de 2005, quando já estarão definidos as regras eleitorais - principalmente no que
se refere à continuação ou não da verticalização - e o quadro de filiações partidárias, certamente o cenário estará mais nítido
para admitir algumas inferências sobre a sucessão eleitoral.
Em abril de 2005, a percepção que tenho sobre a realidade política estadual aponta para as seguintes direções: Gilberto
Mestrinho tem pouquíssimas chances de viabilizar sua reeleição; Jefferson Péres se esquivará de concorrer ao Governo do
Estado, prefere, com certeza, um projeto nacional; Alfredo Nascimento tem maior probabilidade de concorrer a uma vaga no
Legislativo; o senador Artur Neto só se envolverá efetivamente no processo local se receber uma missão do PSDB nacional
para coordenar uma campanha tucana ou ser o candidato do partido; Plínio Valério continuará acreditando que é o mais forte
candidato ao Senado, mas suas chances são melhores para deputado; Pauderney Avelino, Francisco Garcia e Átila Lins irão
trabalhar com a possibilidade de serem candidatos a senador e o nome de Marcus Barros será o coringa do PT na composição
das alianças, contudo, seu projeto, pelo visto, é de continuar em Brasília.
㄰
㤵
㜵
Podemos ainda observar que quase todos os deputados estaduais, bem como a maioria dos vereadores da capital e a
quase totalidade dos prefeitos do interior marcharão ao lado de Eduardo Braga, em sua caminhada para a reeleição.
Independente disso, é Amazonino, mais uma vez, quem vai criar a maior expectativa, até junho de 2006. Sua decisão, de
concorrer ou não e que cargo disputará, é que irá nortear todos os demais movimentos do tabuleiro.
Ao longo de 2005, iremos disponibilizar algumas pesquisas eleitorais no site www.perspectiva.inf.br.
92
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㈵
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Em qual desses candidatos, você votaria para
governador na eleição de 2006?
mínimo de 47%
máximo de 53%
máximo de 52%
Amazonino Mendes
mínimo de 48%
0%
20%
Eduardo Braga
40%
60%
80%
100%
mínimo de 38%
máximo de 62%
máximo de 42%
Alfredo Nascimento
mínimo de 58%
0%
20%
Eduardo Braga
40%
60%
80%
100%
mínimo de 35%
máximo de 65%
máximo de 40%
Jefferson Péres
mínimo de 60%
0%
20%
Eduardo Braga
40%
60%
80%
100%
mínimo de 32%
máximo de 68%
máximo de 37%
Arthur Neto
mínimo de 63%
0%
20%
Eduardo Braga
40%
60%
80%
100%
Realizamos três
pesquisas quantitativas
na cidade de Manaus
sobre a intenção de
voto para governo.
Uma no mês de
dezembro de 2004,
outra em março e a
última em abril de
2005. Cada rodada teve
uma amostra de 500
entrevistas. O
resultado, apresentado
nos gráficos ao lado, é a
variação entre o menor
e o maior índice obtido
sob a forma de votos
válidos. Nas quatro
simulações realizadas,
consideramos sempre
Eduardo Braga como
candidato à reeleição
confrontando um
oponente a cada vez.
No embate contra
Amazonino, fica claro
que a diferença entre
ambos é mínima. Neste
caso, os votos do
interior seriam
decisivos. Nos outros,
Eduardo abre vantagem
significativa em relação
aos seus hipotéticos
adversários, o que não
quer dizer uma
consumação de vitória.
Este quadro pode
mudar até outubro de
2006 e, pela dinâmica
do processo político
local, essa diferença de
mais de 20% na média
dos três cenários,
deverá, no mínimo, ser
reduzida pela metade.
Alertamos que esta
análise tem como
referência apenas os
números da capital.
Ocorrendo três
candidaturas fortes, o
2.ºturno é certo.
93
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㄰
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㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS
Em qual desses candidatos, você votaria para
senador na eleição de 2006?
Na pesquisa de março
de 2005, em que foram
aferidas as intenções de
voto para governador,
incluímos perguntas
sobre senador e
deputado federal.
Na próxima eleição, os
eleitores só terão
direito a escolher um
senador. O ocupante
deste mandato, hoje, é
Gilberto Mestrinho.
Caso a verticalização
nas regras eleitorais não
se efetive e Amazonino
não se candidate ao
Senado, é muito
provável que teremos a
eleição mais acirrada da
história recente, devido
à grande quantidade de
candidatos com
potencial efetivo de
votos. O cenário 2 é o
melhor exemplo disso.
Com 19 possíveis
candidatos disputando
as oito vagas do
Amazonas na Câmara
Federal, identificamos
uma perda de
densidade eleitoral
significativa de Vanessa
e Carlos Souza em
relação a 2002. Alfredo
Nascimento se elegeria
e, quem sabe, salvaria a
reeleição de Humberto
Michiles. Átila Lins tem
sua base eleitoral no
interior e, com certeza,
se viabilizaria para mais
um mandato.
Lupércio teria
dificuldades de retornar
e Carijó surgiria como
forte concorrente.
Omar teria um
mandato quase na mão,
mas dificilmente
deixaria de ser vice de
Eduardo, para encarar
esta disputa.
94
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CENÁRIO 1
CENÁRIO 2
Amazonino
Mendes
Plínio Valério
Gilberto
Mestrinho
Marcus
Barros
41%
23%
20%
16%
Alfredo
Nascimento
Plínio Valério
Gilberto
Mestrinho
Francisco
Garcia
Praciano
27%
26%
23%
14%
10%
Em qual desses candidatos, você votaria para deputado
federal na eleição de 2006, com até 2 opções?
POTENCIAL em % e VOTOS
CANDIDATOS
MÍNIMO
MÁXIMO
%
estimativa
%
estimativa
Alfredo Nascimento
14%
105.000
22%
165.000
Carlos Souza
13%
97.500
20%
150.000
Vanessa Grazziotin
11%
82.500
19%
142.500
Omar Aziz
5%
37.500
12%
90.000
Carijó
4%
30.000
11%
82.500
Praciano
4%
30.000
10%
75.000
Pauderney Avelino
3%
22.500
12%
90.000
Silas Câmara
3%
22.500
8%
60.000
Francisco Garcia
3%
22.500
9%
67.500
Mário Frota
3%
22.500
7%
52.500
Sinésio Campos
2%
15.000
5%
37.500
Lino Chíxaro
2%
15.000
5%
37.500
Ari Moutinho
2%
15.000
5%
37.500
Beto Michiles
2%
15.000
5%
37.500
Lupércio Ramos
1%
7.500
4%
30.000
Marcelo Serafim
1%
7.500
3%
22.500
Átila Lins
1%
7.500
4%
30.000
Massami Miki
1%
7.500
3%
22.500
Paulo De Carli
1%
7.500
3%
22.500
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Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
1982
CANDIDATO
Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo
Josué Cláudio de Souza Filho
Osvaldo Gomes Coelho
Plínio Ramos Coelho
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
PMDB
201.182
50,15%
53,66%
PDS
164.190
40,93%
43,79%
PT
5.352
1,33%
1,43%
4.203
1,05%
1,12%
VOTOS VÁLIDOS
PTB
374.927
93,47%
100%
26.198
6,53%
―
TOTAL
401.125
100%
―
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
PMDB
270.875
47,92%
54,28%
Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
PSB
209.716
37,10%
42,02%
Marcus Luiz Barroso Barros
PT
15.942
2,82%
3,19%
PDS
2.494
0,44%
0,50%
499.027
88,28%
100%
66.256
11,72%
―
565.283
100%
―
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
Gilberto Mestrinho Raposo
PMDB
332.085
49,52%
57,57%
Wilson Duarte Alecrim
PSDB
202.976
30,27%
35,19%
José Mário Frota
PMN
34.529
5,15%
5,99%
Deusamir Pereira
PRN
7.231
1,08%
1,25%
576.821
86,02%
100%
93.753
13,98%
―
670.574
100%
―
Em branco/Nulos
1986
CANDIDATO
Amazonino Armando Mendes
Djalma Vieira Passos
VOTOS VÁLIDOS
Em branco/Nulos
TOTAL
1990
CANDIDATO
VOTOS VÁLIDOS
Em branco/Nulos
TOTAL
HISTÓRICO
DAS ELEIÇÕES
PARA
GOVERNADOR
Nos últimos 23 anos,
tivemos seis eleições
para governador.
Amazonino ganhou
três, Gilberto duas e
Eduardo Braga, uma.
Ou seja, não houve
nenhuma alternância no
poder. A matriz
ideológica e administrativa dos três é a
mesma, guardadas as
devidas particularidades. Gilberto foi
governador na década
de 50 e em 1982 como
líder da oposição,
venceu Josué Filho por
36.992 votos. Em 1986,
ocorreu a primeira
cisão no núcleo do
PMDB, com a indicação
de Amazonino para o
Governo, o que
provocou a saída de
Artur Neto, Mário
Frota, Félix Valois,
entre outros.
Amazonino derrotou
Artur por 61.159 votos,
tendo como vice
Vivaldo Frota que
assumiu o governo no
último ano do mandato.
Gilberto retornou ao
governo com apoio de
Amazonino e se elegeu
pela terceira vez,
derrotando o candidato
do prefeito Artur Neto,
o médico Wilson
Alecrim, por 129.109
votos. Nessas três
eleições, nunca surgiu
uma terceira força
viável. Os votos dos
demais concorrentes,
que sempre foram dois,
nunca ultrapassaram
7%. E os votos em
branco e nulo cresciam
a cada eleição.
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呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㠺〸⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO IV − OUTRAS PESQUISAS, GEOMARKETING, DADOS SECUNDÁRIOS E TENDÊNCIAS
1994
HISTÓRICO
DAS ELEIÇÕES
PARA
GOVERNADOR
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
PPR
406.060
50,79%
62,26%
Raimundo Nonato Marreiros de Oliveira
PL
196.456
24,57%
30,12%
Aloysio Nogueira de Melo
PT
49.654
6,21%
7,61%
VOTOS VÁLIDOS
652.170
81,57%
100%
147.371
18,43%
―
TOTAL
799.541
100%
―
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
Amazonino Armando Mendes
PFL
418.373
43,15%
51,13%
Carlos Eduardo de Souza Braga
PSL
390.214
40,24%
47,69%
Herbert Amazonas Massulo
PSTU
6.380
0,66%
0,78%
Raimundo Carvalhedo de Macedo
PRN
3.271
0,34%
0,40%
818.238
84,39%
100%
151.410
15,61%
―
969.648
100%
―
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
PPS
568.111
47,65%
52,37%
PMDB
226.193
18,97%
20,85%
Serafim Fernandes Corrêa
PSB
225.491
18,91%
20,79%
João Pedro Gonçalves da Costa
PT
62.715
5,26%
5,78%
CANDIDATO
Amazonino Armando Mendes
Numa frente de apoio
que incluía o
governador Gilberto
Mestrinho e o prefeito
Eduardo Braga,
Amazonino venceu,
em 1994, a eleição
mais fácil para
governador, dos
últimos tempos, tendo
como vice Alfredo
Nascimento. Com
62% dos votos válidos,
exatamente 209.604
votos a mais que
Nonato Oliveira, ele
assumiu seu segundo
mandato. Os
senadores eleitos à
época foram Bernardo
Cabral e Jefferson
Péres.
Em 1998, com a
instituição da reeleição
Amazonino pôde
concorrer novamente
e derrotou Eduardo
Braga, seu ex-aliado,
por 28.159 votos. A
primeira eleição que
Amazonino perdeu na
capital foi a de 98,
embora hoje exista um
mito de que ele
“sempre” perdeu as
eleições em Manaus.
Quando a imensa
maioria da população
descartava uma chapa
encabeçada por Braga
e apoiada por
Amazonino, por causa
da troca de pesadas
acusações na eleição
anterior, foi surpreendida com uma nova
aliança entre ambos.
Em 2002, Eduardo
elegeu-se derrotando
Mestrinho, Serafim,
João Pedro e Herbert.
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䍁偟䥖
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨱㠺〸⁁
Em branco/Nulos
1998
CANDIDATO
VOTOS VÁLIDOS
Em branco/Nulos
TOTAL
2002
CANDIDATO
Carlos Eduardo de Souza Braga
Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo
Herbert Amazonas Massulo
PSTU
VOTOS VÁLIDOS
Em branco/Nulos
TOTAL
2.202
0,18%
0,20%
1.084.712
90,98%
100%
107.596
9,02%
―
1.192.308
100%
―
㄰
㤵
㜵
㈵
CAPÍTULO V
Dados Eleitorais
da Cidade de Manaus:
Prefeito e Vereadores
(1982-2004)
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㜵
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PARTE I
Prefeito
Estamos apresentando os dados eleitorais relativos à disputa pela Prefeitura de Manaus desde o ano de 1985, quando
ocorreu a primeira eleição direta pós-regime militar, até 2004.
Até a década de 50, os prefeitos de Manaus eram escolhidos indiretamente. A primeira eleição direta para prefeito
ocorreu em 1961, com o radialista Josué Cláudio de Souza derrotando o ex-governador Plínio Coelho. Josué renunciou em
novembro de 64 e seu mandato foi concluído por João Zany dos Reis.
Em 1965, Vinícius Monteconrado Gomes derrotou João Braga Júnior e foi o último prefeito eleito diretamente, antes do
regime militar. Renunciou no mesmo ano e foi substituído por Paulo Pinto Nery.
Durante a maior parte do regime militar, os governadores eram indicados e referendados pela Assembléia Legislativa. A
partir de 1965, os prefeitos das capitais também passaram a ser escolhidos indiretamente pelos militares e referendados pelos
parlamentos estaduais.
A Lei da Anistia, de 28 de agosto de 1979, e o fim do bipartidarismo, em 29 de novembro de 1979, marcaram o grande
momento da redemocratização do país.
Três anos depois, Gilberto Mestrinho derrotou Josué Filho, Osvaldo Coelho e Plínio Coelho e se tornou o primeiro
governador eleito diretamente pela população. Ele indicou para prefeito de Manaus o advogado Amazonino Mendes, que
substituiu o empresário João de Mendonça Furtado.
Em 1985, aconteceu a terceira eleição direta para prefeito da capital e a primeira pós-regime militar, para um mandato
de três anos. Foi eleito o vice-governador Manoel Henriques Ribeiro, tendo como vice Aristides Queiroz, ex-prefeito de Silves.
No último ano de seu mandato, Manoel Ribeiro sofreu uma intervenção de seis meses em sua administração. A prefeitura foi
ocupada pelo atual ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, por indicação do então governador Amazonino Mendes.
Em 1988, foi realizada a quarta eleição direta e a unificação das eleições municipais da capital e do interior, para
mandatos de quatro anos. O ex-deputado federal Artur Neto, tendo como vice Félix Valois, derrotou o ex-governador
Gilberto Mestrinho, que tinha como vice Josué Filho, por uma diferença de 28.786 votos (um pouco mais de 10% dos votos
válidos).
Se naquela eleição já houvesse a instituição do 2.° turno, que só ocorreu após a promulgação da Constituição de 1988,
Artur Neto teria de enfrentar Gilberto Mestrinho no 2.º turno, já que obteve menos de 50% dos votos válidos. Cabe aqui
observar que as pesquisas da época, publicadas nos jornais e divulgadas nos bastidores, davam como certa a vitória de Gilberto
Mestrinho, começando uma longa seqüência de erros de algumas empresas de pesquisa em nossa cidade, prejudicando a
credibilidade deste instrumento científico e dificultando a consolidação de empresas novas, como a Perspectiva que surgiria no
ano de 1993.
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Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
TOTAL DE 339.313 ELEITORES
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
PMDB
131.508
54,12%
57,66%
PDS
47.124
19,39%
20,66%
PT
28.570
11,76%
12,53%
PDT
20.854
8,58%
9,14%
228.056
93,85%
100%
Em branco
5.953
2,45%
―
Nulos
8.996
3,70%
―
243.005
100%
―
CANDIDATO
Manoel Henriques Ribeiro
Amine Daou Lindoso
Aloysio Nogueira de Melo
Raimundo Theodoro Botinelly Assumpção
VOTOS VÁLIDOS
TOTAL
ELEIÇÕES
1985
DIA DA ELEIÇÃO: 15 / NOV
DIA DA ELEIÇÃO: 15 / NOV
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
PSB
138.256
41,80%
48,30%
Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo
PMDB
109.470
33,09%
38,25%
Raimundo Nonato Marreiros de Oliveira
PL
25.038
7,57%
8,75%
José de Oliveira Fernandes
PDT
7.269
2,20%
2,54%
José de Oliveira Barroncas
PT
4.747
1,44%
1,66%
Âmina Zacarias de Oliveira
PMC
1.449
0,44%
0,51%
286.229
86,53%
100%
Em branco
31.707
9,59%
―
Nulos
12.849
3,88%
―
330.785
100%
―
CANDIDATO
Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
VOTOS VÁLIDOS
1988
ELEIÇÕES
TOTAL DE 399.798 ELEITORES
㄰
㤵
㜵
㈵
TOTAL
99
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㌹⁁
Durango Duarte
CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004)
1.º TURNO
1992
ELEIÇÕES
Naquele ano, o prefeito
Artur Neto fez uma
composição com
Gilberto Mestrinho,
que havia sido eleito
governador em 1990,
derrotando o médico
Wilson Alecrim,
candidato de Artur
Neto. Os dois lançaram
uma chapa da
“situação”, encabeçada
pelo deputado federal
José Cardoso Dutra,
tendo como vice
Wilson Alecrim.
O candidato que
representou a
“oposição” foi o então
senador Amazonino
Mendes, que trouxe
como vice o deputado
federal Eduardo Braga,
depois de uma disputa
interna acirrada pela
vaga, envolvendo
Klinger Costa, Lupércio
Ramos, Ronaldo
Tiradentes e outros.
Nesta campanha, os
profissionais e as
agências de publicidade
locais ganharam uma
nova dimensão de
importância. A
qualidade dos trabalhos
produzidos renderam
reconhecimento
profissional e bons
novos contratos.
100
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㌹⁁
TOTAL DE 510.554 ELEITORES
DIA DA ELEIÇÃO: 3 / OUT
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
PSL
151.806
37,96%
42,60%
PMDB
94.283
23,58%
26,46%
PL
81.383
20,35%
22,84%
Elizabeth Azize
PDT
24.545
6,14%
6,89%
Ilonita Ramos da Silva
PMN
4.302
1,08%
1,21%
356.319
89,11%
100%
Em branco
19.910
4,98%
-
Nulos
23.629
5,91%
-
399.858
100%
-
CANDIDATO
Amazonino Armando Mendes
José Cardoso Dutra
Raimundo Nonato Marreiros de Oliveira
VOTOS VÁLIDOS
TOTAL
2.º TURNO
TOTAL DE 510.554 ELEITORES
DIA DA ELEIÇÃO: 15 / NOV
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
Diferença
PSL
205.185
53,59%
57,59%
54.092
PMDB
151.093
39,46%
42,41%
15,18%
356.278
93,05%
100%
―
Em branco
4.427
1,16%
―
―
Nulos
22.164
5,79%
―
―
382.869
100%
―
―
CANDIDATO
Amazonino Armando Mendes
José Cardoso Dutra
㄰
VOTOS VÁLIDOS
TOTAL
Esta eleição iniciou a tradição de 2.º turno em Manaus. O deputado estadual Nonato Oliveira atingiu o seu melhor
desempenho eleitoral nesta eleição, ficando menos de 4% atrás de José Dutra. Em virtude do baixo desempenho
refletido nas urnas, a deputada federal Beth Azize e a deputada estadual Ilonita Ramos praticamente encerraram as suas
participações na política local.
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
1.º TURNO
TOTAL DE 629.074 ELEITORES
DIA DA ELEIÇÃO: 3 / OUT
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
Alfredo Pereira do Nascimento
PPB
160.163
32,53%
34,19%
Serafim Fernandes Corrêa
PSB
134.475
27,31%
28,71%
Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo
PMDB
125.119
25,41%
26,71%
Raimundo Nonato Marreiros de Oliveira
PDT
44.285
8,99%
9,45%
Irinéia Vieira dos Santos
PSTU
1.713
0,35%
0,37%
Evandro das Neves Carreira
PMN
1.602
0,33%
0,34%
Cândido Honório Ferreira Filho
PT DO B
671
0,14%
0,14%
Danizio Valente Gonçalves Filho
PRTB
367
0,07%
0,08%
468.395
95,12%
100%
Em branco
4.129
0,84%
―
Nulos
19.885
4,04%
―
492.409
100%
―
CANDIDATO
VOTOS VÁLIDOS
TOTAL
2.º TURNO
TOTAL DE 629.074 ELEITORES
DIA DA ELEIÇÃO: 15 / NOV
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
Diferença
Alfredo Pereira do Nascimento
PPB
235.508
48,94%
50,27%
2.558
Serafim Fernandes Corrêa
PSB
232.950
48,40%
49,73%
0,54%
468.458
97,34%
100%
―
Em branco
2.886
0,60%
―
―
Nulos
9.921
2,06%
―
―
481.265
100%
―
―
CANDIDATO
VOTOS VÁLIDOS
TOTAL
1996
ELEIÇÕES
O vice-governador
Alfredo Nascimento foi
escolhido pelo
governador
Amazonino Mendes
para ser o “candidato
de consenso” do seu
grupo político e o
deputado estadual
Omar Aziz, de maneira
obstinada, tomou a
vaga de vice. O
prefeito Eduardo Braga
assumiu a coordenação
plena da campanha de
Alfredo.
Mestrinho concorreu
sozinho e perdeu para
Serafim Corrêa, na
última semana, a
possibilidade de
disputar o 2.º turno.
Nonato Oliveira, que
tinha como vice João
Pedro, obteve seu pior
desempenho eleitoral e
praticamente encerrou
sua carreira. Alfredo
derrotou Serafim por
2.558 votos (0,54%).
Este resultado iniciou a
tradição de eleições
acirradas na capital,
com menos de 4% de
diferença para o
vencedor no 2.º turno.
101
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐰⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004)
1.º TURNO
2000
ELEIÇÕES
Candidato à reeleição,
Alfredo Nascimento
enfrentou Eduardo
Braga e Serafim
Corrêa. Em 1998,
Eduardo e Serafim,
juntos, haviam
derrotado Amazonino e
Samuel Hanan na
capital, na disputa para
o governo. Na disputa
pela prefeitura, Alfredo
construiu uma nova
imagem, deslocada de
Amazonino e voltada
para o social, tendo
como carro-chefe o
programa “Médico da
Família”. Alfredo ficou
bem perto de ganhar a
eleição no 1.º turno,
mas sua comunicação,
nos últimos dias, falhou
ao responder a algumas
situações, como o caso
do menino Anderson.
No 2.º turno, Eduardo
estava com a eleição
ganha ao meio-dia
(51% a 49%) e
desmobilizou sua
estrutura de campanha,
já contando com a
vitória. Alfredo
permaneceu nas ruas
até o último minuto e
venceu por 9.868 votos
(1,56%).
102
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐰⁁
TOTAL DE 760.925 ELEITORES
DIA DA ELEIÇÃO: 1 / OUT
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
Alfredo Pereira do Nascimento
PL
287.754
45,08%
47,47%
Carlos Eduardo de Souza Braga
PPS
193.779
30,36%
31,97%
Serafim Fernandes Corrêa
PSB
98.602
15,45%
16,27%
PSDB
13.874
2,17%
2,29%
PC do B
9.409
1,47%
1,55%
Herbert Amazonas Massulo
PSTU
1.151
0,18%
0,19%
Eliúde Bacelar de Oliveira
PRN
945
0,15%
0,16%
Francisco Virgílio Melo da Silva
PGT
632
0,10%
0,10%
606.146
94,97%
100%
Em branco
7.487
1,17%
―
Nulos
24.620
3,86%
―
638.253
100%
―
CANDIDATO
George Tasso Lucena Sampaio Calado
Eronildo Braga Bezerra
VOTOS VÁLIDOS
TOTAL
2.º TURNO
TOTAL DE 760.925 ELEITORES
DIA DA ELEIÇÃO: 29 / OUT
㄰
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
Diferença
Alfredo Pereira do Nascimento
PL
319.987
49,87%
50,78%
9.868
Carlos Eduardo de Souza Braga
PPS
310.119
48,33%
49,22%
1,56%
630.106
98,20%
100%
―
Em branco
5.312
0,83%
―
―
Nulos
6.224
0,97%
―
―
641.642
100%
―
―
CANDIDATO
VOTOS VÁLIDOS
㤵
㜵
㈵
TOTAL
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
1.º TURNO
TOTAL DE 908.435 ELEITORES
DIA DA ELEIÇÃO: 3 /OUT
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
Amazonino Armando Mendes
PFL
326.709
41,38%
43,50%
Serafim Fernandes Corrêa
PSB
216.103
27,37%
28,77%
PC do B
103.333
13,09%
13,76%
PV
76.896
9,74%
10,24%
Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Bisneto
PSDB
25.001
3,17%
3,33%
Herbert Amazonas Massulo
PSTU
3.062
0,39%
0,41%
751.104
95,12%
100%
Em branco
7.555
0,96%
―
Nulos
30.938
3,92%
―
789.597
100%
―
CANDIDATO
Vanessa Grazziotin
Francisco Plínio Valério Tomaz
VOTOS VÁLIDOS
TOTAL
2.º TURNO
TOTAL DE 908.435 ELEITORES
DIA DA ELEIÇÃO: 31 /OUT
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos
válidos
Diferença
Serafim Fernandes Corrêa
PSB
386.767
50,78%
51,68%
25.187
Amazonino Armando Mendes
PFL
361.580
47,48%
48,32%
3,36%
748.347
98,26%
100%
―
Em branco
3.814
0,50%
―
―
Nulos
9.422
1,24%
―
―
761.583
100%
―
―
CANDIDATO
VOTOS VÁLIDOS
TOTAL
Quais são os 10 motivos principais da vitória de Serafim Corrêa, por ordem decrescente? Quais os fatos não divulgados
que afetaram o desempenho dos candidatos? Que traições existiram nos bastidores? Com certeza algum tempo será
necessário para uma conclusão racional e inteligente para explicar a vitória de um e a derrota de outro.
2004
ELEIÇÕES
Após ser derrotado em
5 eleições majoritárias
seguidas (94, senado,
96, prefeito, 98, vicegovernador, 2000,
prefeito e 2002,
governador), Serafim
Corrêa obteve no 1.º
turno a mesma
porcentagem de votos
(28,7%) de 1996,
quando concorreu a
prefeito pela primeira
vez. A deputada
Vanessa, que até a
votação do salário
mínimo no Congresso
obtinha melhores
índices de intenção de
votos do que Serafim,
encerrou sua
participação com
menos da metade dos
votos de Serafim. O
vereador Plínio Valério
se tornou o primeiro
“quarto colocado” a
obter mais de 10%
dos votos. Todas as
pesquisas da
Perspectiva indicavam
que Amazonino teria
no máximo 52% e no
mínimo 48%, em um
2.º turno. No
resultado final, ele
ficou no limite mínimo.
103
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐱⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004)
Distribuição dos candidatos em 4 grupos
nas últimas 5 eleições municipais
Nas eleições da capital,
podemos, por
coincidência, agrupar as
forças políticas em
quatro grandes blocos
por desempenho.
O bloco A (de Artur,
Amazonino e Alfredo)
sempre obteve os
melhores resultados no
1.º turno. Nas eleições
de 92, 96 e 2000, o
primeiro colocado no
1.° turno manteve a
supremacia no 2.°
turno. A exceção
ocorreu na eleição de
2004, com a derrota de
Amazonino.
O bloco B (de Gilberto,
Dutra, Eduardo e
Serafim) atinge de 26 a
38% dos votos e
representa a segunda
força eleitoral em cada
uma dessas eleições.
Nas eleições de 92 e
96, os candidatos que
representavam a
terceira força
polarizaram com os do
bloco B, com
diferenças mínimas. Os
“outros” englobam os
partidos nanicos e/ou
projetos aventureiros,
sem nenhuma
densidade eleitoral.
Em 1992, Amazonino
enfrentou Dutra no 2.°
turno e foi acusado de
ter um castelo na
Europa e ser dono de 6
quilômetros de praias
em São Paulo. Um
vídeo mostra-o se
dizendo o “homem
mais rico do
Amazonas”. Apesar
disso, Dutra sofreu a
maior derrota eleitoral
em um 2.º turno.
104
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐱⁁
CANDIDATO/
GRUPO
1988
1992
1996
2000
2004
48,30%
42,60%
34,19%
47,47%
43,50%
Arthur Neto
Amazonino Mendes
Alfredo Nascimento
Alfredo Nascimento
Amazonino Mendes
38,25%
26,46%
28,71%
31,97%
28,77%
Gilberto Mestrinho
Dutra
Serafim Corrêa
Eduardo Braga
Serafim Corrêa
8,75%
22,84%
26,71%
16,27%
13,76%
Nonato Oliveira
Nonato Oliveira
Gilberto Mestrinho
Serafim Corrêa
Vanessa Grazziotin
4,70%
8,10%
10,38%
4,29%
13,97%
José Fernandes / Barroncas / Âmina
Beth Azize / Ilonita Ramos
A
B
C
Outros
Nonato / Irinéia / Evandro Carreira / Tasso / Eron / Herbert / Bacelar
Cândido Honório / Danízio Valente
/ Virgílio Melo
Plínio Valério / Bisneto /
Herbert
Diferença entre os candidatos no 2.º turno
nas eleições de 1992 a 2004
20%
( 54.092 )
15,18%
15%
10%
㄰
( 25.187 )
5%
( 9.868 )
( 2.558 )
0,54%
3,36%
㤵
㜵
1,56%
0%
1992
1996
2000
2004
Amazonino
x
Dutra
Alfredo
x
Serafim
Alfredo
x
Eduardo Braga
Serafim
x
Amazonino
㈵
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Em branco/
Nulo
Abstenção
1985
1.º turno
6,15%
28,38%
1988
1.º turno
15,57%
17,31%
1992
1.º turno
10,89%
21,68%
2.º turno
6,95%
25,01%
1996
1.º turno
4,88%
21,72%
2.º turno
2,66%
23,49%
2000
1.º turno
5,03%
16,12%
2.º turno
1,80%
15,67%
2004
Porcentagem dos votos em branco/nulo e abstenção
(1985-2004)
Eleições
para Prefeito
1.º turno
4,88%
13,08%
2.º turno
MÉDIA DO 1.º TURNO
MÉDIA DO 2.º TURNO
1,74%
16,17%
7,9%
19,7%
3,3%
20,1%
Até 1994, o voto era
manuscrito. Grande
parte dos eleitores
tinha dificuldades para
preencher os diversos
campos da cédula
eleitoral e as mesas
apuradoras em decifrar
o nome ou número dos
candidatos, gerando
enormes possibilidades
de fraudes e um
número maior de votos
em branco e nulo.
Estes oscilavam entre 6
e 16% e a abstenção
era de 20 a 29%.
Com a introdução das
urnas eletrônicas a
partir de 1996, esses
números começaram a
cair. Os votos em
branco e nulo se
estabilizaram em torno
de 5% no 1.° turno e
2% no 2.º turno, em
média.
Outra variável do
processo eleitoral é a
abstenção, que teve seu
maior índice em 1985
com 28,38% e o
menor em 2004, com
13,08%.
Na eleição
disputadíssima de 2000,
o trabalho de Alfredo
Nascimento e de
Eduardo Braga para
mobilizar os eleitores a
votarem fez com que,
pela primeira vez na
história, o
comparecimento no 2.º
turno fosse maior do
que no 1.º turno.
105
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐱⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
PARTE II
Vereador
Até 1972, a Câmara Municipal de Manaus tinha apenas 11 vereadores, sendo que naquela legislatura havia 6 vereadores
do MDB e 5 da Arena. Na eleição de 1976, esse número foi ampliado para 21. A Arena obteve 11 vagas e o MDB 10.
O mais votado do pleito foi Josué Filho, da Arena, que obteve 15.030 votos, tornando-se, proporcionalmente, o
vereador mais votado da história de Manaus, com mais 15% dos votos válidos, e também se elegeu presidente da CMM. O
segundo vereador mais votado daquele pleito foi Fábio Lucena, que obteve 10.385, Francisco Queiroz foi o terceiro, com
5.854, e Beth Azize foi a quarta, com 4.926 votos. Os três eram do MDB.
Em 1980 não houve eleição para vereador. O mandato dos vereadores foi prorrogado para coincidir com as eleições
gerais de 82 (de vereador a governador). Em 1986 também não houve eleição para vereador. O mandato dos vereadores foi
prorrogado para coincidir com as eleições de prefeito de 88.
Na eleição de 1982, o PMDB, que sucedeu ao MDB, fez 14 vereadores, enquanto o PDS, sucedâneo da Arena, fez 7
vereadores. A mais votada do pleito foi Otalina Aleixo, esposa do ex-vereador Raimundo Aleixo, que obteve 6.800 votos.
Apesar da instituição do pluripartidarismo, os partidos comunistas (PCB e PCdoB) continuaram ilegais e “obrigados” a
atuar dentro do PMDB.
Naquela eleição geral, os comunistas do PCB lançaram João Thomé (deputado estadual) e Celso Seixas (vereador),
enquanto o PCdoB lançou João Pedro (deputado estadual) e Antônio Lira (vereador). Os quatro foram eleitos.
Em 1982, foi a primeira vez que votei e, seguindo a orientação do PCdoB, onde atuava como militante, dei meu voto a
João Pedro e Antônio Lira. O camarada Lira, que deveria dar 50% de qualquer vencimento obtido durante o mandato para o
“fundo coletivo” do PCdoB, não só se negou a fazer a transferência do valor, assim que recebeu o “auxílio-paletó” como
rompeu definitivamente com a direção do partido. Foi a primeira vez que me senti “traído” eleitoralmente. Apesar de ter tido
um mandato de seis anos, Antônio Lira jamais voltou à cena política como a maioria dos que se tornam vereadores.
O que se tem observado ao longo das últimas eleições é que o índice de renovação tem sido muito alto. Poucos
vereadores conseguem obter a reeleição, apesar da existência de veteranos como Leonel Feitoza, Jorge Maia e Ari Moutinho,
com mais de três mandatos.
O mandato de vereador também tem sido utilizado como trampolim para deputado estadual. A maioria dos vereadores
concorre ao cargo, mas poucos obtêm êxito. Da legislatura de 82, dois vereadores se elegeram deputado em 86: Eduardo
Braga e Sebastião Reis. Da legislatura de 88, três vereadores se elegeram deputado em 90: Edvar Martins, Messias Sampaio e
Miquéias Fernandes. Em 94, três obtiveram sucesso, em 98, cinco, e em 2002, novamente três.
㄰
㤵
㜵
㈵
106
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐲⁁
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos dos
eleitos
Otalina Loureiro Aleixo
PMDB
6.800
2,93%
9,11%
Bianor Garcia
PMDB
4.706
2,03%
6,30%
Júlio Celso Lima Seixas
PMDB
4.614
1,99%
6,18%
PDS
4.413
1,90%
5,91%
Paulo Segadilha Franca
PMDB
4.411
1,90%
5,91%
Francisco Nascimento Marques
PMDB
4.181
1,80%
5,60%
Antônio Lira Neto
PMDB
3.913
1,69%
5,24%
Carrel Ypiranga Benevides
PMDB
3.712
1,60%
4,97%
Antônio Paulo Batista Carioca
PMDB
3.597
1,55%
4,82%
Ivanildo Gomes Cavalcante
PMDB
3.325
1,43%
4,45%
Edmilson Fumaça Moreno de Araújo
PMDB
3.254
1,40%
4,36%
Emílio Soares Santiago
PMDB
3.183
1,37%
4,26%
Américo Loureiro da Silva
PMDB
2.992
1,29%
4,01%
PDS
2.992
1,29%
4,01%
Nilton Cortez da Silva
PMDB
2.912
1,26%
3,90%
Ademir Carioca Martins
PMDB
2.849
1,23%
3,82%
Maria de Lourdes Lopes de Oliveira
PDS
2.831
1,22%
3,79%
Edvar Martins de Mesquita
PDS
2.779
1,20%
3,72%
Sebastião da Silva Reis
PDS
2.499
1,08%
3,35%
Raimundo do Vale e Sena
PDS
2.352
1,01%
3,15%
Judicael da Silva Almeida
PDS
2.349
1,01%
3,15%
—
131.248
56,62%
—
205.912
88,82%
100%
Em branco
14.243
6,14%
—
Nulos
11.663
5,03%
—
231.818
100%
—
CANDIDATO
Raul de Queiroz Menezes Veiga
Carlos Eduardo de Souza Braga
Outros Candidatos
VOTOS VÁLIDOS
TOTAL
1982
ELEIÇÕES
TOTAL DE 21 VAGAS
DIA DA ELEIÇÃO: 15 / NOV
Nesta época, as
eleições eram mais
acirradas em função da
distribuição equitativa
dos votos dos
concorrentes. Neste
ano, por exemplo, a
diferença entre o 2.º e
o 21.º vereadores
eleitos não superava a
marca dos 2.500 votos.
Só se podia apontar os
vitoriosos após a
contagem das últimas
urnas, o que conferia
mais emoção ao pleito.
Gostaria de lembrar o
nome de alguns
conhecidos e amigos
que tiveram o seu
batismo, naquela
eleição: Nestor
Nascimento (26.ª
colocação, com 2.439
votos), Romerito Brito
(42.ª colocação, 1.909
votos), Simão Pessoa
(45.ª colocação, 1.839
votos), Plínio Júnior
(mais votado do PTB
com 941 votos), Nilton
Masulo e Ivanci Vieira
(os dois mais votados
do PT, com 271 e 267
votos). Nestor,
Romerito e Plínio
faleceram
precocemente.
107
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐲⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004)
1988
ELEIÇÕES
Presidente do
Sindicato dos
Metalúrgicos, Ricardo
Moraes obteve 5.567
votos pelo PT, mas o
partido não conseguiu
obter o quociente
eleitoral (votos
suficientes para
garantir uma vaga) e
ele não foi eleito,
apesar de ter sido o
segundo mais votado
do pleito. O atual vicegovernador Omar Aziz
foi o nono mais votado
do pleito, mas também
não foi eleito e ficou na
1.ª suplência do PDC.
Serafim Corrêa obteve
sua primeira vitória
eleitoral, elegendo-se
vereador com 1.826
votos, bem como o
atual senador Jefferson
Péres, que se elegeu
com 1.238 votos,
ambos apoiando Artur
Neto. Dois anos
depois, Jefferson Péres
se candidatou ao
Senado pelo PSC e
obteve 80.207 votos e
perdeu para
Amazonino Mendes
(PDC, 338.631 votos)
e Marlene Pardo (PT,
109.376 votos).
108
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐳⁁
TOTAL DE 21 VAGAS
DIA DA ELEIÇÃO: 15 / NOV
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos dos
eleitos
PSDB
13.349
4,04%
24,38%
PC do B
3.368
1,02%
6,15%
Antônio Paulo Batista Carioca (*)
PDC
3.291
0,99%
6,01%
Edvar Martins de Mesquita (*)
PDC
3.201
0,97%
5,85%
João Batista Freitas Noronha
PDC
2.830
0,86%
5,17%
Messias da Silva Sampaio
PDC
2.668
0,81%
4,87%
Domingos Sátiro Leite Filho
PDC
2.574
0,78%
4,70%
Maria de Lourdes Lopes de Oliveira (*)
PFL
2.463
0,74%
4,50%
PMDB
2.020
0,61%
3,69%
César Roberto Cerqueira Bonfim
PFL
1.992
0,60%
3,64%
Robério dos Santos Pereira Braga
PFL
1.968
0,59%
3,59%
Serafim Fernandes Corrêa
PSB
1.826
0,55%
3,33%
Manoel Marçal de Araújo
PMDB
1.801
0,54%
3,29%
PC do B
1.796
0,54%
3,28%
PMDB
1.732
0,52%
3,16%
PL
1.449
0,44%
2,65%
Otalina Loureiro Aleixo (*)
PMDB
1.441
0,44%
2,63%
Vilson Gomes Benayon
PMDB
1.437
0,43%
2,62%
PTB
1.409
0,43%
2,57%
PSDB
1.238
0,37%
2,26%
PDT
901
0,27%
1,65%
—
234.274
70,82%
—
㤵
289.028
87,38%
100%
㜵
Em branco
20.505
6,20%
—
Nulos
21.252
6,42%
—
330.785
100%
—
CANDIDATO
José Mário Frota Moreira
Vanessa Grazziotin
Manoel de Castro de Paiva
João Pedro Gonçalves da Costa
José Antônio Verçosa de Medeiros Raposo
Roberto Alexandre Alves Barbosa
Johnny Eduardo De Carli
José Jefferson Carpinteiro Péres
㄰
Miquéias Matias Fernandes
Outros Candidatos / Legenda
VOTOS VÁLIDOS
TOTAL
(*) TOTAL DE VEREADORES REELEITOS: 4
㈵
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos dos
eleitos
Omar José Abdel Aziz
PSL
5.098
1,27%
7,41%
Vanessa Grazziotin (*)
PC DO B
4.231
1,06%
6,15%
Raimundo Socorro Figueiredo de Castro
PSDB
3.298
0,82%
4,79%
José Jefferson Carpinteiro Péres (*)
PSDB
3.100
0,78%
4,50%
Ari Jorge Moutinho da Costa Júnior
PSL
2.651
0,66%
3,85%
Fernando de Oliveira Trigueiro
PSL
2.358
0,59%
3,43%
PSDB
2.268
0,57%
3,30%
Sebastião Gilberto dos Santos Martins
PL
2.186
0,55%
3,18%
César Roberto Cerqueira Bonfim (*)
PFL
2.177
0,54%
3,16%
João Leonel de Britto Feitoza
PSN
2.157
0,54%
3,13%
Roberto Sabino Rodrigues
PL
2.106
0,53%
3,06%
Eliúde Bacelar de Oliveira
PSN
2.076
0,52%
3,02%
Miguel Carrate Neto
PSN
2.067
0,52%
3,00%
Renato Araújo de Queiroz
PSDB
2.037
0,51%
2,96%
Ana Maria Nascimento de Oliveira
PMDB
1.986
0,50%
2,89%
Sildomar Abtibol
PMDB
1.958
0,49%
2,84%
João Bosco Gomes Saraiva
PMDB
1.945
0,49%
2,83%
Raimundo Olímpio Furtado Neto
PSDB
1.941
0,49%
2,82%
Robério dos Santos Pereira Braga
PFL
1.923
0,48%
2,79%
Antônio Santino de Souza
PSD
1.860
0,47%
2,70%
Massami Miki
PMDB
1.819
0,45%
2,64%
Jorge Cézar Sarmento Nicolau
PMDB
1.797
0,45%
2,61%
Maurício George de Moura Costa Filho
PSL
1.699
0,42%
2,47%
Francisco de Assis Farias Rodrigues
PSL
1.688
0,42%
2,45%
Rosaline Pinheiro de Lima
PSL
1.644
0,41%
2,39%
Serafim Fernandes Corrêa (*)
PSB
1.639
0,41%
2,38%
Expedito Teodoro
PL
1.575
0,39%
2,29%
Eduardo José Cavalcante Monteiro de Paula
PL
1.460
0,37%
2,12%
Aloysio Nogueira de Melo
PT
1.424
0,36%
2,07%
José Braz de Chermont Raiol
PMN
1.402
0,35%
2,04%
Nelson Cavalcante Campos
PMN
1.137
0,28%
1,65%
Washington Luís Régis da Silva
PPB
1.084
0,27%
1,57%
Flaviano Bivaqua de Araújo
PTB
1.035
0,26%
1,50%
Outros Candidatos
—
225.304
56,35%
—
Votos de Legenda
—
35.690
8,93%
—
CANDIDATO
Maria das Graças Costa Alecrim
VOTOS VÁLIDOS
329.820
82,48%
100%
Em branco
43.265
10,82%
—
Nulos
26.773
6,70%
—
399.858
100%
—
TOTAL
(*) TOTAL DE VEREADORES REELEITOS: 4
1992
ELEIÇÕES
TOTAL DE 33 VAGAS
DIA DA ELEIÇÃO: 3 / OUT
Em 1992, o número de
vereadores aumenta de
21 para 33 vereadores.
Os dois mais votados
(Omar Aziz e Vanessa
Grazziotin) eram
lideranças estudantis
nos anos 80 e
militavam no mesmo
partido, o PCdoB.
Nessa legislatura, o expresidente da CMM,
César Bonfim,
reelegeu-se vereador e
depois foi cassado, por
iniciativa do exvereador Francisco
Praciano, por
malversação de
dinheiro público. Filho
do pastor Alcebíades,
presidente da
Assembléia de Deus, o
jornalista Hiel Levy
obteve a 44.ª
colocação, com 1.365
votos. Porta-voz do
prefeito Artur Neto,
Jefferson Coronel
obteve a 45.ª
colocação, com 1.346
votos. Ex-deputado
federal, Mário Frota
ficou na 66.ª colocação,
com 1.124 votos,
depois de concorrer a
governador dois anos
antes.
109
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐳⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004)
1996
ELEIÇÕES
Vanessa Grazziotin foi a
mais votada do pleito,
com um crescimento
de mais de 300% dos
votos em relação à
eleição anterior. O PT
elegeu pela primeira
vez dois vereadores,
Sinésio Campos e
Francisco Praciano. O
trotskista Herbert
Amazonas e o excamarada Luiz Alberto
Carijó estrearam na
política, o primeiro,
com 326 votos, e o
segundo com 2.966
votos, ficando na
quinta suplência. O
radialista Wallace
Souza, do programa
“Canal Livre”, ficou na
125.ª colocação, com
898 votos. Dois anos
depois, ele se tornaria
o deputado estadual
mais votado na história
do Amazonas, com
51.181 votos. Os
vereadores Artur
Onuki e Marcos
Cavalcante
renunciaram a seus
mandatos após graves
denúncias publicadas
nos jornais locais.
110
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐴⁁
TOTAL DE 33 VAGAS
DIA DA ELEIÇÃO: 3 / OUT
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos dos
eleitos
PC DO B
16.465
3,34%
11,42%
PSDB
8.143
1,65%
5,65%
Ana Maria Nascimento de Oliveira (*)
PTB
6.170
1,25%
4,28%
Marcos Antônio Cavalcante
PPB
5.362
1,09%
3,72%
Nelson Cavalcante Campos (*)
PFL
5.137
1,04%
3,56%
Robson Roberto Tiradentes
PPB
5.112
1,04%
3,55%
João Bosco Gomes Saraiva (*)
PSL
5.046
1,02%
3,50%
Jorge Maia da Silva
PPB
5.042
1,02%
3,50%
PL
4.822
0,98%
3,34%
PSDB
4.792
0,97%
3,32%
Eliúde Bacelar de Oliveira
PFL
4.678
0,95%
3,24%
Rosaline Pinheiro de Lima (*)
PPB
4.633
0,94%
3,21%
Edilson Gurgel Noronha
PDT
4.578
0,93%
3,17%
Francisco do Nascimento Gomes
PL
4.270
0,87%
2,96%
Sinésio da Silva Campos
PT
4.208
0,85%
2,92%
Paulo Jorge de Souza
PSDC
3.788
0,77%
2,63%
João Leonel de Britto Feitoza (*)
PSDB
3.575
0,73%
2,48%
Joel Pereira Silva
PSL
3.316
0,67%
2,30%
Gilson Nascimento Gonzalez
PTB
3.205
0,65%
2,22%
Messias da Silva Sampaio
PRP
3.089
0,63%
2,14%
José Antônio Verçosa de Madeiros Raposo
PMDB
2.965
0,60%
2,06%
Vicente Lopes de Souza
PMDB
2.835
0,58%
1,97%
Edmilton Nobre de Oliveira
PMN
2.503
0,51%
1,74%
Ari Jorge Moutinho da Costa Júnior (*)
PPB
4.632
0,94%
3,21%
Renato Araújo de Queiroz (*)
PPB
4.276
0,87%
2,97%
Francisco Ednaldo Praciano
PT
3.290
0,67%
2,28%
Isaac Tayah
PFL
3.227
0,66%
2,24%
Arthur Seiji Onuki
PTB
3.177
0,65%
2,20%
Marco Antônio Souza Ribeiro da Costa
PSC
2.456
0,50%
1,70%
Vítor Gomes Monteiro
PL
2.408
0,49%
1,67%
Marco Rinaldo Colares Lopes
PL
2.404
0,49%
1,67%
Sérgio Augusto Pinto Cardoso
PSDB
2.341
0,48%
1,62%
PSB
2.244
0,46%
1,56%
Outros Candidatos
—
263.820
53,58%
—
Votos de Legenda
—
44.380
9,01%
—
CANDIDATO
Vanessa Grazziotin (*)
Luís Ricardo Saldanha Nicolau
José Wanderley Dallas Rei Dias
Amauri Batista Colares
Joaquim de Lucena Gomes
VOTOS VÁLIDOS
452.389
91,87%
100%
Em branco
15.129
3,07%
—
Nulos
24.891
5,05%
—
492.409
100%
—
TOTAL
(*) TOTAL DE VEREADORES REELEITOS: 8
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004)
2004
ELEIÇÕES
O número de
vereadores aumenta de
33 para 37. Com a
proliferação de
programas televisivos
semelhantes ao “Canal
Livre”, foram eleitos
três apresentadores:
Sabino Castelo Branco,
do “Bronca na TV”,
com uma votação
abaixo da expectativa
criada nos bastidores da
campanha, Mirtes
Salles, do “Exija Seus
Direitos”, cria de Omar
Aziz e Marcos Rotta, e
Conceição Sampaio, do
“Câmera 13”, cria de
Lupércio Ramos. A
grande surpresa foi a
derrota de Fausto
Souza, irmão mais velho
de Carlos e Wallace,
que ficou como 1.º
suplente. Ele foi
derrotado pelo
radialista Elias Emanuel,
apresentador de
telejornalismo da TV
Amazonas. A família De
Carli voltou à cena
política, com Paulo,
filho do ex-senador
Carlos Alberto, eleito
pelo partido do senador
Jefferson Péres (PDT).
112
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐵⁁
TOTAL DE 37 VAGAS
DIA DA ELEIÇÃO: 3 /OUT
CANDIDATO
Raimundo Sabino Castelo Branco Maués (*)
Francisco Ednaldo Praciano (*)
Maria Mirtes Salles de Oliveira
Paulo Nasser (*)
Nelson Amazonas Azedo
Ari Jorge Moutinho da Costa Júnior (*)
Maria da Conceição Sampaio Moura
Amauri Batista Colares
Marco Antônio de Souza Ribeiro da Costa (*)
Ana Cláudia Melo dos Santos
João Leonel de Britto Feitoza (*)
Isaac Tayah (*)
Fabrício Silva Lima
Francisco do Nascimento Gomes (*)
Josué Cláudio de Souza Neto
Gilmar de Oliveira Nascimento
Maria Rejane Guimarães Pinheiro (*)
José Ricardo Wendling
José Irailton Guimarães Sena
Massami Miki
José Vicente da Costa Filho
Jéferson Anjos da Silva
Sildomar Abtibol (*)
Carmen Glória Ribeiro de Almeida Carratte (*)
Francisco Barbosa da Silva (*)
Elias Emanuel Rebouças de Lima
Jorge Luiz Pinto Costa
Jorge Maia da Silva (*)
Paulo Carlos De Carli
Antônio Carlos de Almeida Ferreira (*)
Roberto Sabino Rodrigues
Luiz Fernando Moraes da Costa (*)
Francisco Alcides da Cruz Braga
Lúcia Regina Antony
Ayr José de Souza
Francisco Braz Pereira da Silva
Williams Coelho da Silva
Outros Candidatos
Votos de Legenda
VOTOS VÁLIDOS
Em branco
Nulos
TOTAL
PARTIDO
VOTOS
% geral
% votos dos
eleitos
PP
PT
PPS
PSC
PFL
PPS
PT do B
PSC
PPS
PPS
PDT
PFL
PSDB
PFL
PFL
PMDB
PMN
PT
PT do B
PSL
PMDB
PDT
PRTB
PP
PAN
PHS
PL
PL
PDT
PP
PP
PTN
PP
PC do B
PV
PP
PSDC
—
—
58.703
12.502
10.303
9.456
9.127
8.248
7.861
6.943
6.550
6.270
6.195
6.123
6.095
6.036
5.994
5.889
5.852
5.793
5.684
5.678
5.564
5.346
5.340
5.313
5.123
5.105
5.083
5.007
4.799
4.532
4.263
3.654
3.394
3.387
2.877
2.718
2.249
440.040
56.056
765.152
12.173
12.272
789.597
7,43%
1,58%
1,30%
1,20%
1,16%
1,04%
1,00%
0,88%
0,83%
0,79%
0,78%
0,78%
0,77%
0,76%
0,76%
0,75%
0,74%
0,73%
0,72%
0,72%
0,70%
0,68%
0,68%
0,67%
0,65%
0,65%
0,64%
0,63%
0,61%
0,57%
0,54%
0,46%
0,43%
0,43%
0,36%
0,34%
0,28%
55,73%
7,10%
96,90%
1,54%
1,55%
100%
21,82%
4,65%
3,83%
3,51%
3,39%
3,07%
2,92%
2,58%
2,43%
2,33%
2,30%
2,28%
2,27%
2,24%
2,23%
2,19%
2,18%
2,15%
2,11%
2,11%
2,07%
1,99%
1,98%
1,97%
1,90%
1,90%
1,89%
1,86%
1,78%
1,68%
1,58%
1,36%
1,26%
1,26%
1,07%
1,01%
0,84%
—
—
100%
—
—
—
㄰
㤵
㜵
㈵
(*) TOTAL DE VEREADORES REELEITOS: 15
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Votos de legenda dos Partidos com candidatos majoritários
(resultado no 1.º turno)
PARTIDO
VOTOS
Legenda p/
vereador
Alfredo Pereira do Nascimento
PPB
160.163
9.177
5,73%
Serafim Fernandes Corrêa
PSB
134.475
3.103
2,31%
Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo
PMDB
125.119
5.453
4,36%
Raimundo Nonato Marreiros de Oliveira
PDT
44.285
2.827
6,38%
Irinéia Vieira dos Santos
PSTU
1.713
2.938
171,51%
1996
CANDIDATO
Evandro das Neves Carreira
PMN
1.602
815
50,87%
Cândido Honório Ferreira Filho
PT DO B
671
533
79,43%
Danizio Valente Gonçalves Filho
PRTB
367
285
77,66%
468.395
25.131
—
PARTIDO
VOTOS
Legenda p/
vereador
%
Alfredo Pereira do Nascimento
PL
287.754
25.469
8,85%
Carlos Eduardo de Souza Braga
PPS
193.779
17.617
9,09%
Serafim Fernandes Corrêa
PSB
98.602
6.431
6,52%
PSDB
13.874
1.612
11,62%
VOTOS VÁLIDOS
2000
CANDIDATO
George Tasso Lucena Sampaio Calado
Eronildo Braga Bezerra
PC do B
9.409
1.067
11,34%
Herbert Amazonas Massulo
PSTU
1.151
425
36,92%
Eliúde Bacelar de Oliveira
PRN
945
233
24,66%
Francisco Virgílio Melo da Silva
PGT
632
—
—
606.146
52.854
—
VOTOS VÁLIDOS
PARTIDO
VOTOS
Legenda p/
vereador
%
Amazonino Armando Mendes
PFL
326.709
20.107
6,15%
Serafim Fernandes Corrêa
PSB
216.103
11.018
5,10%
PC do B
103.333
5.213
5,04%
PV
76.896
4.595
5,98%
Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Bisneto
PSDB
25.001
1.924
7,70%
Herbert Amazonas Massulo
PSTU
3.062
421
13,75%
751.104
43.278
—
CANDIDATO
2004
%
Vanessa Grazziotin
Francisco Plínio Valério Tomaz
VOTOS VÁLIDOS
Na eleição municipal,
vota-se primeiro para
vereador (cinco dígitos)
e depois para prefeito
(dois dígitos).
Entretanto, muitos
eleitores, principalmente os de baixa
instrução, acabam
votando “duas vezes
para prefeito”. Isso
acontece porque, sem
levar “cola” com o
número do vereador,
eles digitam o número
do candidato majoritário primeiramente,
sendo este computado
como voto de legenda.
Quando a tela com a
opção real para prefeito
é aberta, os eleitores
repetem o voto.
Isso penaliza os partidos que não têm
candidatos majoritários
ou que têm candidato
majoritário inexpressivo, já que o “voto de
legenda” é computado
no cálculo do quociente
eleitoral. Em 2000, por
exemplo, os “votos de
legenda” de Alfredo
Nascimento elegeram
um e meio vereador e
os de Eduardo Braga
elegeram um.
Na eleição de 2004, o
número 25 de
Amazonino permitiu ao
PFL eleger uma das
quatro vagas obtidas.
Serafim foi o que
menos obteve “votos
de legenda” nas últimas
três eleições. Isso não
exclui a existência de
eleitores que votam
propositadamente num
partido e não em um
candidato.
113
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㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004)
Indicadores Eleitorais
Eleições para
Vereador
1982
1988
1992
1996
2000
2004
Comparecimento
231.818
330.785
399.858
492.409
638.253
789.597
Votos Válidos
205.912
289.028
329.820
452.389
618.770
765.152
Em branco / Nulo
25.906
(11,18%)
41.757
(12,62%)
70.038
(17,52%)
40.020
(8,13%)
19.483
(3,05%)
24.445
(3,10%)
Total de candidatos
194
576
752
470
587
835
Candidato por vaga
9,2
27,4
22,8
14,2
17,8
22,6
Total da % dos votos
dos vereadores eleitos
32,21%
16,55%
17,21%
29,28%
35,47%
34,08%
Entre 1982 e 2004, ocorreram seis eleições para o cargo de vereador. Nesse mesmo período, o número de eleitores quase quadruplicou e,
em 2006, Manaus estará próxima de atingir 1 milhão de eleitores.
Os votos em branco e nulo simbolizam dois grandes comportamentos: o primeiro é representado pela dificuldade de saber votar dos
eleitores de baixa ou nenhuma escolaridade quando, principalmente, as eleições eram realizadas através do sistema de cédula em papel. O
segundo comportamento é um ato de rejeitar e de não aceitar os nomes apresentados. Na eleição de 1992, quase 18% (mais de 70 mil votos)
de todos os eleitores votaram em branco ou nulo para vereador. Com a implantação da urna eletrônica, em 1996, este número caiu para
menos de 3% na última eleição.
As regras eleitorais, em geral, sofrem mudanças a cada dois anos, alterando os indicadores a cada eleição (candidato por partido e/ou
coligação, candidato por vaga, quociente eleitoral, entre outros). Em 1982, somente quatro partidos participavam da eleição para vereador.
Hoje, o total de partidos legalizados no Brasil é de 27. A proporção de candidatos por vaga na Câmara Municipal de Manaus teve, em 1982, o
seu menor número (9,2) e o maior, em 1988 (27,4). Na eleição de 2004, o número de candidatos que concorreram a uma das 37 vagas foi de
835, sendo o maior da história da cidade de Manaus.
Os vereadores eleitos nas últimas seis legislaturas representam, em média, 27% dos votos válidos. Isso significa dizer que a cada quatro votos
depositados, um foi para algum dos eleitos. No ano de 2000, esta proporção atingiu o seu maior índice, com 35,47%, e na eleição de 1998 o
menor, com 16,55%.
114
䍁偟
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㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
Quociente Eleitoral e Partidário – O que é e como fazer
HISTÓRICO DO QUOCIENTE ELEITORAL
1982
1988
1992
1996
2000
2004
10.484
14.740
11.306
14.167
18.751
20.680
De acordo com a Lei n.º 4.737/65 (Art. 186), os votos apurados, inclusive os em branco, determinavam o quociente eleitoral e
partidário. Dessa forma, nas eleições de 1982, 1988, 1992 e 1996 para o cargo de vereador, os votos em branco estão incluídos no
cálculo do quociente. A partir de 1997, com a Lei n.º 9.504/97 (Art. 5.º), os votos em branco foram excluídos do cálculo, ou seja,
contam-se como válidos somente os votos dados aos candidatos e os votos para a legenda do partido.
O quociente eleitoral de 1992 caiu em relação a 1988 em virtude do aumento do número de vagas oferecidas (21 para 33). Apesar do
crescimento do número de eleitores a cada quatro anos ser significativo, o pequeno crescimento observado no quociente entre 2000
e 2004 foi decorrente do aumento do número de vagas (33 para 37).
Total de eleitores registrados
em 2004
Abstenção
-
=
118.838
908.435
Comparecimento
789.597
1.ª OPERAÇÃO
Comparecimento (1)
787.465
Votos em branco e nulo
-
22.313
Votos válidos
=
765.152
Determina-se o
número de votos
válidos, deduzindo do
comparecimento os
votos em branco e nulo
(Art. 106, § único, do
Código Eleitoral e Art.
5.º, da Lei n.º 9.504, de
30/9/97).
(1) Para o cálculo do quociente eleitoral, o valor apresentado do comparecimento não computou os votos de dois candidatos que
foram impugnados pelo TRE: Ronaldo Tabosa (2.046) e Rômulo Fernandes (86), totalizando 2.132 votos.
㄰
2.ª OPERAÇÃO
Votos válidos
765.152
Número de cadeiras
÷
37
Quociente eleitoral
=
20.680
Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas
partidárias. (Lei n.º 9.504/97, Art. 5.º).
Determina-se o
quociente eleitoral
dividindo-se o número
de votos válidos
apurados pelo de vagas
a preencher em cada
município, desprezada
a fração se igual ou
inferior a meio e
considerada
equivalente a um, se
superior (Código
Eleitoral, Art. 106).
115
䍁偟
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㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004)
Determinam-se os
quocientes partidários
dividindo-se a votação
de cada partido (votos
nominais + legenda)
pelo quociente
eleitoral (Art. 107, do
Código Eleitoral).
Despreza-se a fração,
qualquer que seja.
Distribuição das
sobras de lugares
não preenchidos pelo
quociente partidário.
Dividem-se os votos
válidos de cada partido
pelo número de lugares
por ele obtido, mais
um, cabendo ao
partido que apresentar
a maior média, um dos
lugares a preencher
(Art. 109, I, do Código
Eleitoral).
Repete-se a mesma
operação para a
distribuição de cada um
dos lugares, assim os
candidatos dos partidos
contemplados
preenchem as vagas
segundo a ordem de
votação e somente
concorrem à
distribuição dos lugares
os partidos e coligações
que tiverem obtido
quociente eleitoral.
116
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐷⁁
3.ª OPERAÇÃO
Partidos / Coligações
Votação
Quociente
Partidário
Quociente Eleitoral
PP
106.346
5,1
5
PFL
77.573
3,8
3
PPS/PTB
73.439
3,6
3
PDT/PSB
67.209
3,2
3
PHS/PSC
59.730
2,9
2
PT/PC do B
55.905
2,7
2
PL/PRTB
55.484
2,7
2
PMDB
45.142
2,2
2
PT do B/PCB
37.960
1,8
1
PV
31.018
1,5
1
PSL
29.933
1,4
1
PSDB
27.357
1,3
1
PTN
25.507
1,2
1
PSDC
22.865
1,1
1
PAN/PRONA
21.967
1,1
1
PMN/PRP/PTC
26.907
1,3
1
PSTU
810
0,0
0
TOTAL
765.152
37
30
÷ 20.680 =
-
4.ª OPERAÇÃO
Partidos / Coligações
Votação
Total de votos ÷ quociente
partidário + 1
Médias
PP
106.346
5
(5+1)
6
17.724
PFL
77.573
3
(3+1)
4
19.393
PPS/PTB
73.439
3
(3+1)
4
18.360
PDT/PSB
67.209
3
(3+1)
4
16.802
PHS/PSC
59.730
2
(2+1)
3
19.910
PT/PC do B
55.905
2
(2+1)
3
18.635
PL/PRTB
55.484
2
(2+1)
3
18.495
PMDB
45.142
2
(2+1)
3
15.047
PT do B/PCB
37.960
1
(1+1)
2
18.980
PV
31.018
1
(1+1)
2
15.509
PSL
29.933
1
(1+1)
2
14.967
PSDB
27.357
1
(1+1)
2
13.679
PTN
25.507
1
(1+1)
2
12.754
PSDC
22.865
1
(1+1)
2
11.433
PAN/PRONA
21.967
1
(1+1)
2
10.984
PMN/PRP/PTC
26.907
1
(1+1)
2
13.454
PSTU
810
0
(0+1)
1
810
31
ELIAS
EMANUEL
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
5.ª OPERAÇÃO
Partidos / Coligações
Votação
Total de votos ÷ quociente
partidário + 1
Médias
PP
106.346
5
(5+1)
6
17.724
PFL
77.573
3
(3+1)
4
19.393
32
PPS/PTB
73.439
3
(3+1)
4
18.360
JOSUÉ NETO
PDT/PSB
67.209
3
(3+1)
4
16.802
PHS/PSC
59.730
3
(3+1)
4
14.933
PT/PC do B
55.905
2
(2+1)
3
18.635
PL/PRTB
55.484
2
(2+1)
3
18.495
PMDB
45.142
2
(2+1)
3
15.047
PT do B/PCB
37.960
1
(1+1)
2
18.980
PV
31.018
1
(1+1)
2
15.509
PSL
29.933
1
(1+1)
2
14.967
PSDB
27.357
1
(1+1)
2
13.679
PTN
25.507
1
(1+1)
2
12.754
PSDC
22.865
1
(1+1)
2
11.433
PAN/PRONA
21.967
1
(1+1)
2
10.984
PMN/PRP/PTC
26.907
1
(1+1)
2
13.454
PSTU
810
0
(0+1)
1
810
6.ª OPERAÇÃO
Partidos / Coligações
Votação
Total de votos ÷ quociente
partidário + 1
Médias
PP
106.346
5
(5+1)
6
17.724
PFL
77.573
4
(4+1)
5
15.515
PPS/PTB
73.439
3
(3+1)
4
18.360
PDT/PSB
67.209
3
(3+1)
4
16.802
PHS/PSC
59.730
3
(3+1)
4
14.933
PT/PC do B
55.905
2
(2+1)
3
18.635
PL/PRTB
55.484
2
(2+1)
3
18.495
PMDB
45.142
2
(2+1)
3
15.047
PT do B/PCB
37.960
1
(1+1)
2
18.980
33
IRAILTON SENA
PV
31.018
1
(1+1)
2
15.509
PSL
29.933
1
(1+1)
2
14.967
PSDB
27.357
1
(1+1)
2
13.679
PTN
25.507
1
(1+1)
2
12.754
PSDC
22.865
1
(1+1)
2
11.433
PAN/PRONA
21.967
1
(1+1)
2
10.984
PMN/PRP/PTC
26.907
1
(1+1)
2
13.454
PSTU
810
0
(0+1)
1
810
㄰
㤵
㜵
㈵
117
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐷⁁
Durango Duarte
CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004)
7.ª OPERAÇÃO
Partidos / Coligações
Votação
Total de votos ÷ quociente
partidário + 1
Médias
PP
106.346
5
(5+1)
6
17.724
PFL
77.573
4
(4+1)
5
15.515
PPS/PTB
73.439
3
(3+1)
4
18.360
PDT/PSB
67.209
3
(3+1)
4
16.802
PHS/PSC
59.730
3
(3+1)
4
14.933
PT/PC do B
55.905
2
(2+1)
3
18.635
34
PL/PRTB
55.484
2
(2+1)
3
18.495
LÚCIA ANTONY
PMDB
45.142
2
(2+1)
3
15.047
PT do B/PCB
37.960
2
(2+1)
3
12.653
PV
31.018
1
(1+1)
2
15.509
PSL
29.933
1
(1+1)
2
14.967
PSDB
27.357
1
(1+1)
2
13.679
PTN
25.507
1
(1+1)
2
12.754
PSDC
22.865
1
(1+1)
2
11.433
PAN/PRONA
21.967
1
(1+1)
2
10.984
PMN/PRP/PTC
26.907
1
(1+1)
2
13.454
PSTU
810
0
(0+1)
1
810
8.ª OPERAÇÃO
118
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐸⁁
Partidos / Coligações
Votação
Total de votos ÷ quociente
partidário + 1
Médias
PP
106.346
5
(5+1)
6
17.724
PFL
77.573
4
(4+1)
5
15.515
PPS/PTB
73.439
3
(3+1)
4
18.360
PDT/PSB
67.209
3
(3+1)
4
16.802
PHS/PSC
59.730
3
(3+1)
4
14.933
PT/PC do B
55.905
3
(3+1)
4
13.976
PL/PRTB
55.484
2
(2+1)
3
18.495
35
PMDB
45.142
2
(2+1)
3
15.047
JORGE MAIA
PT do B/PCB
37.960
2
(2+1)
3
12.653
PV
31.018
1
(1+1)
2
15.509
PSL
29.933
1
(1+1)
2
14.967
PSDB
27.357
1
(1+1)
2
13.679
PTN
25.507
1
(1+1)
2
12.754
PSDC
22.865
1
(1+1)
2
11.433
PAN/PRONA
21.967
1
(1+1)
2
10.984
PMN/PRP/PTC
26.907
1
(1+1)
2
13.454
PSTU
810
0
(0+1)
1
810
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
INFORMAÇÃO É TUDO! PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
9.ª OPERAÇÃO
Partidos / Coligações
Votação
Total de votos ÷ quociente
partidário + 1
Médias
PP
106.346
5
(5+1)
6
17.724
PFL
77.573
4
(4+1)
5
15.515
PPS/PTB
73.439
3
(3+1)
4
18.360
36
PDT/PSB
67.209
3
(3+1)
4
16.802
CLÁUDIA JANJÃO
PHS/PSC
59.730
3
(3+1)
4
14.933
PT/PC do B
55.905
3
(3+1)
4
13.976
PL/PRTB
55.484
3
(3+1)
4
13.871
PMDB
45.142
2
(2+1)
3
15.047
PT do B/PCB
37.960
2
(2+1)
3
12.653
PV
31.018
1
(1+1)
2
15.509
PSL
29.933
1
(1+1)
2
14.967
PSDB
27.357
1
(1+1)
2
13.679
PTN
25.507
1
(1+1)
2
12.754
PSDC
22.865
1
(1+1)
2
11.433
PAN/PRONA
21.967
1
(1+1)
2
10.984
PMN/PRP/PTC
26.907
1
(1+1)
2
13.454
PSTU
810
0
(0+1)
1
810
10.ª OPERAÇÃO
Partidos / Coligações
Votação
Total de votos ÷ quociente
partidário + 1
Médias
PP
106.346
5
(5+1)
6
17.724
37
PFL
77.573
4
(4+1)
5
15.515
BRAZ SILVA
PPS/PTB
73.439
4
(4+1)
5
14.688
PDT/PSB
67.209
3
(3+1)
4
16.802
PHS/PSC
59.730
3
(3+1)
4
14.933
PT/PC do B
55.905
3
(3+1)
4
13.976
PL/PRTB
55.484
3
(3+1)
4
13.871
PMDB
45.142
2
(2+1)
3
15.047
PT do B/PCB
37.960
2
(2+1)
3
12.653
PV
31.018
1
(1+1)
2
15.509
PSL
29.933
1
(1+1)
2
14.967
PSDB
27.357
1
(1+1)
2
13.679
PTN
25.507
1
(1+1)
2
12.754
PSDC
22.865
1
(1+1)
2
11.433
PAN/PRONA
21.967
1
(1+1)
2
10.984
PMN/PRP/PTC
26.907
1
(1+1)
2
13.454
PSTU
810
0
(0+1)
1
810
㄰
㤵
㜵
㈵
119
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐹⁁
Durango Duarte
CAPÍTULO V − DADOS ELEITORAIS DA CIDADE DE MANAUS: PREFEITO E VEREADORES (1982-2004)
Quadro da distribuição final das vagas
por Partido/Coligação em 2004
Partidos / Coligações
Quociente
Partidário
Sobras
Total
PP
5
1
6
PFL
3
1
4
PPS (4) / PTB (0)
3
1
4
PDT (3) / PSB (0)
3
PHS (2) / PSC (1)
2
1
3
PT (2) / PC do B (1)
2
1
3
PL (2) / PRTB (1)
2
1
3
PMDB
2
PT do B (2) / PCB (0)
1
PV
1
1
PSL
1
1
PSDB
1
1
PMN (1) / PRP (0) / PTC (0)
1
1
PTN
1
1
PSDC
1
1
PAN (1) / PRONA (0)
1
1
PSTU
0
0
TOTAL
30
3
2
1
7
2
37
Dos 27 partidos que concorreram às eleições, 19 elegeram pelo menos um vereador. Nunca na história de Manaus
tantos partidos conseguiram viabilizar essa composição política na Câmara. Tive a oportunidade de prestar consultoria
a diversos candidatos ao cargo de vereador, quando do prazo final de filiação eleitoral em outubro de 2003,
identificando o melhor partido para cada um deles. A grande maioria obteve sucesso exatamente por optar
corretamente por um partido que viabilizasse sua candidatura, conforme o seu potencial de voto.
Através de um estudo detalhado da história das eleições, do perfil dos candidatos que permanentemente concorrem e
de outras pesquisas, foi possível elaborar o cenário mais favorável para cada um dos clientes.
120
䍁偟
呵敳摡礬⁁灲楬‱㤬′〰㔠ㄱ㨵㠺㐹⁁
㄰
㤵
㜵
㈵
Durango Duarte
Durango Duarte
Durango Martins Duarte é
pesquisador e publicitário, nascido em 11
de novembro de 1963 na cidade de
Cachoeira do Sul (RS). A transferência
militar de seu pai o trouxe para Manaus em
1975, onde cursou o antigo ginasial no
Colégio Militar. De volta para Porto Alegre
em 1979, concluiu o científico, hoje ensino
médio, retornando para o Amazonas em
julho de 1982, fixando residência.
䍁偁
呵敳摡礬⁁灲楬‱㈬′〰㔠㐺ㄷ㨴㔠偍
PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
INFORMAÇÃO É TUDO!
Na Universidade Federal do
Amazonas (UFAM) cursou Engenharia
Civil, Matemática e Jornalismo e neste
período atuou como dirigente do PCdoB,
partido a que permaneceu filiado até 1988.
INFORMAÇÃO
É TUDO!
PESQUISAS − ELEIÇÃO 2004 − MANAUS
É diretor-presidente da Perspectiva
desde sua fundação em julho de 1993, já
tendo coordenado e dirigido centenas de
pesquisas de opinião pública e de mercado
nos estados do Norte e Nordeste.
Paralelamente, atuou como professor na
área de pesquisa e publicidade.
Pertence aos quadros da Sociedade
Brasileira de Pesquisa de Mercado (SBPM),
entidade que congrega os pesquisadores
de mercado, opinião e mídia e a empresa
que dirige é filiada à Associação Brasileira
de Empresas de Pesquisa (ABEP).
Além da área de pesquisa, atua na
consultoria de marketing político,
desenvolvimento de projetos de
geoprocessamento e de database
marketing e na criação de planos de
negócios.
㄰
㤵
㜵
㈵

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