Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo
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Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo
Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo Os alvos e as estratégias dos grandes fabricantes Metodologia do estudo e fontes de dados Para ser incluída na lista “Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo”, a empresa precisa ser classificada como fabricante. Então, cada organização foi analisada para que fosse determinado se a maior parte do volume de suas vendas no ano de 2006 derivou-se de produtos de consumo, ou seja, fabricados para e adquiridos por consumidor final. A lista não inclui fabricantes contratados – organizações que elaboram produtos sob contrato para outras companhias – e inclui somente as indústrias cujos produtos finais carregam suas marcas. Também não estão inclusos os veículos motorizados, porque essa indústria não é representativa para a maioria do público-alvo deste relatório. As empresas, cujo principal negócio é a venda de produtos de consumo, foram incluídas entre as 250 maiores tomandose por base o total de suas vendas líquidas no ano de 2006, podendo contemplar vendas tanto de produtos comerciais e industriais quanto de produtos de consumo. Várias fontes foram consultadas para a elaboração da lista das 250 maiores empresas e das tabelas e dos gráficos deste relatório. Quando possível, os dados foram extraídos diretamente dos relatórios anuais, comunicados à imprensa e outras fontes de informação das empresas. Entre as outras fontes estão Hoovers, Factiva, OneSource, Amadeus e a lista das Maiores Empresas Privadas da revista Forbes. Para efeito de análise, os dados de períodos anteriores (exercício de 2005) foram registrados conforme divulgados originalmente e não refletem alterações feitas pelas empresas em períodos subseqüentes. Exceto se de outra forma observado, as médias de dados deste relatório são simplesmente aritméticas e não ponderadas. Com o intuito de fornecer uma base comum para classificar empresas, as vendas das companhias não americanas foram convertidas em dólares norte-americanos. As taxas de câmbio, portanto, têm impacto significativo sobre os resultados. O site oanda.com foi a fonte usada para as taxas de câmbio. O câmbio médio diário correspondente ao ano fiscal de cada empresa foi usado para converter os resultados obtidos em dólares norte-americanos. Contudo, as taxas de crescimento e outros indicadores foram calculados pela moeda local das empresas. Nota: Considerando que as empresas avaliadas neste estudo utilizam períodos diferentes para o início e término do seu ano fiscal, as referências sobre 2006 (ou “ano fiscal 2006”) inseridas neste relatório dizem respeito ao último período fiscal encerrado até junho de 2007. Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 Determinantes da competitividade É com orgulho que a Deloitte apresenta esta primeira edição do relatório “Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo”. Valendo-se da experiência adquirida na elaboração de 11 edições do relatório “Os Poderosos do Varejo Global”, a Deloitte parte, neste momento, para esta nova iniciativa, com foco na análise das indústrias fornecedoras do varejo. Além disso, a publicação apresenta uma importante mensuração sobre valores intangíveis das indústrias, por meio da aplicação do conceito de “Quociente Q”, assim chamado pelo economista James Tobin, ganhador do prêmio Nobel. O trabalho se propõe, ainda, a indicar as principais tendências a serem experimentadas futuramente pelo setor. Este relatório identifica quais são as 250 maiores fabricantes de produtos de consumo no mundo, com base em informações públicas divulgadas ao longo do ano fiscal de 2006. Neste conjunto de gigantes figuram as brasileiras Sadia (193ª) e Perdigão (246ª), ambas do segmento de alimentos, e a InBev, empresa de bebidas de capital belgo-brasileiro, na 37ª colocação. Nos próximos anos, serão imensos os desafios enfrentados pela indústria de produtos de consumo na competição para obter e manter mercados. Cada vez mais, as empresas brasileiras enfrentarão concorrentes externos ávidos por expandir suas operações locais e, em outra ponta, terão de atuar na disputa global como forma, inclusive, de garantir sua existência. Exatamente por isso, a Deloitte entende que esta publicação pode ser uma importante contribuição para a competitividade das indústrias nacionais de produtos de consumo. Sumário As 250 maiores empresas de produtos de consumo......................................... 4 Um olhar sobre os líderes................................................................................. 9 Os poderosos por região................................................................................. 10 Domínio de alimentos, bebidas e tabaco........................................................ 13 As dez maiores por setor................................................................................ 14 O valor dos intangíveis................................................................................... 17 As tendências para a indústria de produtos de consumo................................ 19 Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 As 250 maiores empresas de produtos Aumentos dos gastos com produtos de consumo impulsionam crescimento A economia mundial esteve forte nos últimos anos, o que se mostrou mais evidente no período-base deste estudo (janeiro de 2006 a maio de 2007), com o Produto Interno Bruto (PIB) global, em 2006, crescendo surpreendentes 5,4%, uma das taxas mais elevadas já registradas. A expansão econômica relativamente alta se deu em países de economias de perfis distintos, como Argentina, Canadá, China, Alemanha, Índia, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Em muitos países, os preços elevados dos imóveis residenciais contribuíram de maneira considerável para a prosperidade do consumidor, estimulando, assim, a ampliação do consumo. Mesmo os Estados Unidos, que ainda viviam os últimos suspiros da bolha do setor imobiliário e os consumidores contavam com bastante dinheiro em mãos. Os grandes mercados emergentes continuaram a vivenciar rápido crescimento na renda dos consumidores, com milhões passando da condição de pobreza para a de classe média. Economicamente, foi um bom momento para o mercado de produtos de consumo. Cenário de pressões e lucros Apesar do ambiente econômico positivo, a indústria de produtos de consumo enfrenta enormes desafios. Concorrência das marcas próprias, aumento dos preços das commodities, questões de integridade de produtos, redução do retorno sobre o desenvolvimento de novos produtos e queda da produtividade de programas tradicionais de marketing são somente alguns dos fatores que pressionaram o setor. No entanto, os fortes gastos com produtos de consumo resultaram em crescimento saudável para as maiores empresas, em 2006. O total de vendas das 250 maiores empresas de produtos de consumo ultrapassou US$ 2,67 trilhões em 2006. A média do crescimento ano a ano do grupo alcançou a sólida taxa de 8,5%. Contudo, nem todas as indústrias experimentaram forte expansão. Em 41 delas, ou 16% das 250 maiores, foi registrada redução nas vendas em 2006. Ganhos de primeira linha traduziram-se em sólida lucratividade para a maioria das empresas. Apesar dos desafios já observados, a margem média de lucro líquido das 221 que divulgaram balanços foi de 6%. Dessas empresas, 24 (ou 11%) registraram prejuízo líquido, em 2006. A lucratividade foi ligeiramente mais baixa em comparação ao ano anterior, quando a margem média de lucro líquido foi de 6,1% e metade das empresas não obteve lucro. Em consonância com esses resultados, o retorno sobre os ativos foi, em média, 5,9%, em 2006, modesto declínio em relação aos 6% observados no ano anterior. As empresas de produtos de consumo tiveram alta alavancagem, com coeficiente médio de alavancagem financeira de 4 vezes (total de ativos/patrimônio líquido). Isso resultou em retorno médio de 18,3% sobre o patrimônio. Para se classificar entre as 250 maiores, o total de vendas deveria ser, no mínimo, de US$ 2,36 bilhões, em 2006. O volume médio do grupo foi de US$ 10,7 bilhões. Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 de consumo Ranking (2006) Empresa (Origem) Setor(es) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 Altria (Estados Unidos) HP (Estados Unidos) Samsung (Coréia do Sul) Nestlé (Suíça) Matsushita (Japão) Procter & Gamble (Estados Unidos) Sony (Japão) Toshiba (Japão) Dell (Estados Unidos) Nokia (Finlândia) Unilever (Reino Unido) LG (Coréia do Sul) Motorola (Estados Unidos) Japan Tobacco (Japão) Canon (Japão) PepsiCo (Estados Unidos) Philips (Holanda) Sharp (Japão) Bridgestone (Japão) Tyson Foods (Estados Unidos) Coca-Cola Company (Estados Unidos) Fujifilm (Japão) Imperial Tobacco (Reino Unido) Mars (Estados Unidos) Michelin (França) Goodyear (Estados Unidos) Christian Dior (França) L’Oreal (França) Coca-Cola Enterprises (Estados Unidos) Apple (Estados Unidos) Sanyo (Japão) SABMiller (Reino Unido) Whirlpool (Estados Unidos) British American Tobacco (Reino Unido) Danone (França) Kimberly-Clark (Estados Unidos) InBev (Brasil/Bélgica) Nike (Estados Unidos) Henkel (Alemanha) Anheuser-Busch (Estados Unidos) Altadis (Espanha) Gallaher (Reino Unido) Heineken (Holanda) Lenovo (Hong Kong) Diageo (Reino Unido) Kirin Brewery (Japão) Electrolux (Suécia) Svenska Cellulosa (Suécia) Sony Ericsson (Reino Unido) Cadbury Schweppes (Reino Unido) Kodak (Estados Unidos) Masco (Estados Unidos) Pepsi Bottling (Estados Unidos) Adidas (Alemanha) General Mills (Estados Unidos) Asahi Breweries (Japão) Sara Lee (Estados Unidos) Colgate-Palmolive (Estados Unidos) Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Produtos de higiene pessoal ou de casa Produtos eletrônicos Produtos eletrônicos Produtos eletrônicos Produtos eletrônicos Produtos de higiene pessoal ou de casa Produtos eletrônicos Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Produtos eletrônicos Pneus Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Pneus Pneus Moda Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Móveis e eletrodomésticos Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Moda Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Produtos de higiene pessoal ou de casa Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Utensílios para casa e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Moda Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Vendas em 2006 (US$ milhões) 101.407 91.658 90.551 78.625 77.966 76.476 64.777 60.916 57.420 51.657 49.799 49.120 42.879 40.826 35.748 35.137 33.888 26.774 25.725 25.559 24.088 23.818 21.028 21.000 e 20.582 20.258 20.120 19.836 19.804 19.315 18.964 18.620 18.080 17.991 17.679 16.747 16.718 16.326 16.004 15.717 15.707 15.483 14.860 14.590 14.456 14.327 14.109 13.782 13.767 e 13.688 13.274 12.778 12.730 12.668 12.442 12.439 12.278 12.238 e=estimativa Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 Ranking (2006) Empresa (Origem) Setor(es) 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 Seiko Epson (Japão) ConAgra Foods (Estados Unidos) Smithfield Foods (Estados Unidos) FEMSA (México) Tchibo (Alemanha) Acer (Taiwan) Kellogg (Estados Unidos) Associated British Foods (Reino Unido) Kao (Japão) BSH (Alemanha) Dean Foods (Estados Unidos) Swift (Estados Unidos) Ajinomoto (Japão) Groupe Lactalis (França) Vion (Holanda) Reckitt Benckiser (Reino Unido) H.J. Heinz (Estados Unidos) Fortune Brands (Estados Unidos) Avon (Estados Unidos) Reynolds American (Estados Unidos) Pernod Ricard (França) Nippon Meat Packers (Japão) Nintendo (Japão) Dr. August Oetker (Alemanha) Orkla ASA (Noruega) Uni-President Enterprises (Taiwan) Mohawk (Estados Unidos) Sherwin-Williams (Estados Unidos) Arla Foods (Dinamarca) S.C. Johnson & Son (Estados Unidos) Campbell Soup (Estados Unidos) Land O’Lakes (Estados Unidos) Coca-Cola (Grécia) Nikon (Japão) The Estee Lauder (Estados Unidos) BenQ (Taiwan) Carlsberg (Dinamarca) Pioneer (Japão) CJ (Coréia do Sul) Black & Decker (Estados Unidos) Yamazaki Baking (Japão) Beiersdorf (Alemanha) Alticor (Estados Unidos) Newell Rubbermaid (Estados Unidos) Richemont (Suíça) Dole Food (Estados Unidos) V.F. (Estados Unidos) Ferrero (Itália) Scottish & Newcastle (Reino Unido) Pirelli (Itália) Meiji Dairies (Japão) Shiseido (Japão) TCL (China) Royal Friesland Foods (Holanda) Bimbo (México) Molson Coors Brewing (Estados Unidos) Hormel Foods (Estados Unidos) Mattel (Estados Unidos) Steinhoff (África do Sul) Casio (Japão) Pilgrim’s Pride (Estados Unidos) Constellation Brands (Estados Unidos) Maple Leaf Foods (Canadá) Lexmark (Estados Unidos) Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Móveis e eletrodomésticos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Utensílios para casa e ferramentas Utensílios para casa e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Produtos de higiene pessoal ou de casa Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Utensílios para casa e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Produtos de higiene pessoal ou de casa Produtos de higiene pessoal ou de casa Moda Alimentos, bebidas e tabaco Moda Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Pneus Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Móveis e eletrodomésticos Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Vendas em 2006 (US$ milhões) 12.121 12.028 11.911 11.574 11.354 11.350 10.907 10.775 10.544 10.437 10.099 10.000 9.917 9.422 9.222 9.071 9.002 8.769 8.677 8.510 8.413 8.366 8.274 8.081 8.051 7.923 7.906 7.810 7.663 7.500 7.343 7.275 7.055 7.043 7.038 6.988 6.920 6.783 6.637 6.447 6.443 6.432 6.300 6.201 6.192 6.171 6.138 6.136 6.133 6.081 6.016 5.946 5.884 5.873 5.845 5.845 5.745 5.650 5.344 5.314 5.236 5.216 5.200 5.108 e e e e e e e e e=estimativa Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 Ranking (2006) Empresa (Origem) Setor(es) 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 Kohler (Estados Unidos) Liz Claiborne (Estados Unidos) Bacardi (Bermuda) Morinaga Milk (Japão) Hershey (Estados Unidos) Arcelik Anonim Sirketi (Turquia) San Miguel (Filipinas) Parmalat (Itália) Clorox (Estados Unidos) Yamaha (Japão) Wm. Wrigley Jr. (Estados Unidos) Jones Apparel (Estados Unidos) Sumitomo (Japão) Skandinavisk Tobakskompagni (Dinamarca) Modelo (México) Campina Melkunie (Holanda) Chiquita (Estados Unidos) Hanesbrands (Estados Unidos) Itoham Foods (Japão) Sony BMG (Estados Unidos) Polo Ralph Lauren (Estados Unidos) Yokohama Rubber (Japão) Bongrain (França) Stanley Works (Estados Unidos) Levi Strauss (Estados Unidos) Hallmark Cards (Estados Unidos) Husqvarna (Suécia) Gateway (Estados Unidos) PepsiAmericas (Estados Unidos) Namco Bandai (Japão) Q.P. (Japão) Nichirei (Japão) Mccain Foods (Canadá) Terrena (França) Swatch (Suíça) Jarden (Estados Unidos) Fenaco (Suíça) Alberto-Culver (Estados Unidos) TCL (Hong Kong) Sapporo (Japão) Foster’s (Austrália) Vestel (Turquia) Nisshin Seifun (Japão) Miele & Cie (Alemanha) Harman (Estados Unidos) Schwan Food (Estados Unidos) B & C Tönnies (Alemanha) Austria Tabak (Áustria) Red Bull (Áustria) Armstrong (Estados Unidos) EMI (Reino Unido) Del Monte Foods (Estados Unidos) Perdue Farms (Estados Unidos) Funai Electric (Japão) Essilor (França) Meiji Seika Kaisha (Japão) Hankook Tire (Coréia do Sul) Kikkoman (Japão) Rolex (Suíça) RPM (Estados Unidos) Coca-Cola Amatil (Austrália) SEB (França) ONA (Marrocos) Royal Numico (Holanda) Utensílios para casa e ferramentas Moda Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Produtos de lazer Alimentos, bebidas e tabaco Moda Pneus Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Moda Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Moda Pneus Alimentos, bebidas e tabaco Utensílios para casa e ferramentas Moda Produtos de lazer Utensílios para casa e ferramentas Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Moda Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Utensílios para casa e ferramentas Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Pneus Alimentos, bebidas e tabaco Moda Utensílios para casa e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Vendas em 2006 (US$ milhões) 5.000 e 4.994 4.967 e 4.950 4.944 4.885 4.883 4.875 4.847 4.711 4.686 4.670 4.593 4.587 e 4.574 4.552 e 4.499 4.403 e 4.317 4.314 e 4.295 4.258 4.193 4.109 4.107 4.100 e 3.995 3.981 3.972 3.930 3.918 3.918 3.911 3.894 e 3.849 3.846 3.789 e 3.772 3.758 3.742 3.741 3.672 e 3.580 e 3.578 e 3.551 3.500 e 3.459 3.435 3.430 3.426 3.423 3.415 3.400 e 3.396 3.379 3.371 3.363 3.361 3.350 e 3.339 3.331 3.331 3.326 3.321 e=estimativa Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 Ranking (2006) Empresa (Origem) Setor(es) 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 Charoen Pokphand (Tailândia) SanDisk (Estados Unidos) Inventec Appliances (Taiwan) Coty (Estados Unidos) Barilla (Itália) La Coop Federee (Canadá) Sadia (Brasil) Hasbro (Estados Unidos) Electronic Arts (Estados Unidos) Energizer Holdings (Estados Unidos) Ebro Puleva (Espanha) Nissin (Japão) Carolina (Estados Unidos) Research In Motion (Canadá) Gree Electric (China) KT&G (Coréia do Sul) Katokichi (Japão) Swarovski (Áustria) Puma (Alemanha) Ashley (Estados Unidos) E. & J. Gallo (Estados Unidos) Interstate Bakeries (Estados Unidos) Pactiv (Estados Unidos) Cremonini (Itália) JELD-WEN (Estados Unidos) PT Gudang Garam (Indonésia) Citizen (Japão) World (Japão) Lion (Japão) Coca-Cola West (Japão) Gruma (México) Techtronic (Hong Kong) Brown-Forman (Estados Unidos) Videocon (Índia) Toyo Suisan Kaisha (Japão) Toyo Tire & Rubber (Japão) ITC (Índia) Onward Kashiyama (Japão) McCormick (Estados Unidos) Scotts Miracle (Estados Unidos) Cooper Tire & Rubber (Estados Unidos) Ito (Japão) Hunter Douglas (Holanda) Dairy Crest (Reino Unido) Irish Dairy Board (Irlanda) Thai Beverage (Tailândia) Unicharm (Japão) Yves Rocher (França) Glen Dimplex (Irlanda) Spectrum Brands (Estados Unidos) Tiger Brands (África do Sul) GuangDong (China) Valentino (Itália) Qingdao Haier (China) Triumph (Suíça) Nordmilch (Alemanha) Furniture Brands (Estados Unidos) PT Indofood Sukses Makmur (Indonésia) Prima Meat Packers (Japão) Perdigão (Brasil) Rich (Estados Unidos) Makita (Japão) Snow Brand (Japão) Quiksilver (Estados Unidos) Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Produtos eletrônicos Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Produtos de lazer Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Móveis e eletrodomésticos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Moda Moda Móveis e eletrodomésticos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Utensílios para casa e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Moda Moda Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Utensílios para casa e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Pneus Alimentos, bebidas e tabaco Moda Alimentos, bebidas e tabaco Utensílios para casa e ferramentas Pneus Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Produtos de higiene pessoal ou de casa Móveis e eletrodomésticos Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Moda Móveis e eletrodomésticos Moda Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Utensílios para casa e ferramentas Alimentos, bebidas e tabaco Moda Vendas em 2006 (US$ milhões) 3.304 3.258 3.235 e 3.200 3.182 e 3.176 3.160 3.151 3.091 3.077 3.076 3.067 3.056 3.037 2.989 2.985 2.979 e 2.977 e 2.976 2.964 e 2.927 e 2.917 2.917 2.903 2.900 e 2.897 2.878 2.854 2.841 2.819 2.816 2.809 2.806 2.785 2.751 2.743 2.741 2.728 2.716 2.697 2.676 2.652 2.629 2.608 2.606 2.586 2.584 2.572 2.566 2.552 2.532 2.529 2.466 2.464 2.455 2.438 e 2.418 2.414 2.405 2.400 2.400 e 2.396 2.374 2.362 e=estimativa Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 Um olhar sobre os líderes As dez maiores empresas registraram, juntas, vendas no total de US$ 751 bilhões, em 2006, ou 28,1% do total das vendas líquidas das 250 maiores. O faturamento desse grupo cresceu, em média, 8,6%, ligeiramente à frente dos 8,5% registrados pelas 250 maiores. Essas potências de produtos de consumo contaram com uma variedade de estratégias de crescimento para atingir os status atuais. Marcas líderes de mercado favorecidas pelos grandes varejistas, produtos inovadores que oferecem benefícios exclusivos ao consumidor, aquisições e parcerias estratégicas e a entrada em áreas geográficas com grandes oportunidades ajudaram a manter essas empresas entre as maiores. Ao mesmo tempo, reestruturação contínua e medidas de simplificação auxiliaram a manter a capacidade dessas corporações de rapidamente reagir às tendências de mercado, sempre com cortes de custos. O Grupo Altria (ex-Philip Morris Companies) foi considerado a maior empresa de produtos de consumo do mundo, em 2006. Esse dado foi, entretanto, alterado quando a gigante do tabaco efetuou a cisão de sua divisão Kraft Foods, em março de 2007. A Kraft, quando listada separadamente, irá provavelmente se posicionar entre as 20 maiores. O Grupo Altria planeja também efetuar a cisão de seu braço internacional da Philip Morris, de crescimento vigoroso, para separá-lo dos negócios de tabaco, em declínio nos Estados Unidos. Quando isso acontecer, a empresa ficará bem abaixo das dez maiores. A Altria é uma das duas empresas dos setores de alimentos, bebidas e tabaco a figurar no grupo líder das dez maiores. A Nestlé ocupa a quarta posição. A maior potência global na área de alimentos ficou ainda maior com a aquisição recente da Gerber Products, em setembro de 2007. O crescimento relativamente forte da Nestlé ante a quinta colocada – a Matsushita, fabricante de produtos eletrônicos –, em 2006, alçou a gigante suíça a uma posição acima da que ocupava no ano anterior. Sete das dez maiores são fabricantes de eletrônicos. Isso não é surpresa, especialmente considerando-se que os volumes de vendas dessas empresas incluem produtos e serviços tanto para empresas quanto para consumidores. Com a aquisição da Compaq, em 2002, a HP (No 2) agora lidera o grupo, seguida de perto pela Samsung, da Coréia do Sul. O Japão é sede de três das maiores empresas mundiais de produtos eletrônicos: Matsushita (No 5), Sony (No 7) e Toshiba (No 8). A Dell figura na nona colocação, apesar dos decepcionantes volumes de vendas e lucros em 2006. A Nokia, maior fabricante de telefones celulares do mundo, chegou forte para terminar na décima posição. A Procter & Gamble (P&G), líder mundial no fornecimento de produtos de cuidados pessoais e para casa, figura na sexta posição entre o grupo líder. Uma série de aquisições, incluindo a Gillette, em 2005, foi seguida por agressiva racionalização da marca, com foco em marcas de bilhões de dólares norteamericanos. Como resultado, a P&G praticamente dobrou de tamanho nos últimos cinco anos. A média de 7,4% de margem de lucro líquido das dez maiores é maior do que os 6% do grupo como um todo. Isso se traduziu em retorno superior sobre os ativos e sobre o patrimônio em relação às 250 maiores. Entretanto, com exceção de Toshiba e Dell, o grupo líder teve menor alavancagem financeira. As dez maiores empresas globais de produtos de consumo Ranking Empresa País Setor(es) (2006) 1 Altria Estados Unidos Alimentos, bebidas e tabaco 2 HP Estados Unidos Produtos eletrônicos 3 Samsung Coréia do Sul Produtos eletrônicos 4 Nestlé Suíça Alimentos, bebidas e tabaco 5 Matsushita Japão Produtos eletrônicos 6 Procter & Gamble Estados Unidos Produtos de higiene pessoal ou de casa 7 Sony Japão Produtos eletrônicos 8 Toshiba Japão Produtos eletrônicos 9 Dell Estados Unidos Produtos eletrônicos 10 Nokia Finlândia Produtos eletrônicos 10 maiores 250 maiores Concentração econômica das dez maiores Vendas/2006 Crescimento (US$ milhões) ano a ano 101.407 3,6% 91.658 5,7% 90.551 5,9% 78.625 8,1% 77.966 2,4% 76.476 12,1% 64.777 13,1% 60.916 12,2% 57.420 2,9% 51.657 20,3% 751.453 2.674.602 28,1% 8,6% 8,5% Margem de lucro 12% 6,8% 9,6% 10% 2,7% 13,5% 1,7% 2,2% 4,5% 10,6% 7,4% 6,0% Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 Os poderosos por região Domínio com desempenho tímido Por região geográfica, as 94 empresas do continente norteamericano (90 dos Estados Unidos) dominam em número, mas a região registrou a média mais baixa de crescimento de vendas, em 2006, de 7,4%. As organizações da região também ficaram atrás de suas concorrentes européias e latino-americanas em termos de lucratividade. A Europa, sede de 70 das 250 maiores, viu as vendas crescerem 9,1%, em média. O forte crescimento foi impulsionado por corporações alemãs e britânicas, mas, de certa forma, foi freado por empresas francesas. As empresas da África e do Oriente Médio registraram a média mais alta de crescimento de vendas, em 2006, de 14,3%. As empresas das regiões da África/Oriente Médio e da América Latina são as menores, em média. A participação delas entre as 250 foi mais do que o dobro de sua participação no volume de vendas das 250 maiores. As empresas do Reino Unido são as maiores, com vendas médias excedendo US$ 15 bilhões. As asiáticas, especialmente aquelas sediadas no Japão, foram as que registraram as menores margens de lucro. Isso se deu em parte porque muitas dessas companhias operam no setor de baixa margem dos eletrônicos. Alemães se destacam por seus altos retornos sobre os ativos, quase o dobro do retorno verificado para todas as 250 maiores empresas. Desempenho por região Região América do Norte Ásia/Pacífico Europa América Latina África/Oriente Médio 250 maiores Número de empresas Crescimento médio Margem média entre as 250 maiores das vendas de lucro 94 7,4% 6,4% 75 8,9% 3,6% 70 9,1% 8,3% 6 8,5% 9,7% 5 14,3% 6% 2508,5%6% Porte médio (US$ milhões) 11.075 11.032 10.775 5.363 3.952 10.698 Desempenho nos principais países País Estados Unidos Japão Reino Unido Alemanha França Número de empresas entre as 250 maiores 90 49 13 10 11 Crescimento médio das vendas 7,4% 7,4% 10,0% 11,6% 7,1% As 250 maiores empresas por país/região (%) Margem média de lucro 6,4% 3,2% 9% 8,7% 8,5% Porte médio (US$ milhões) 11.397 11.820 15.142 7.743 10.311 A distribuição das vendas das 250 maiores empresas (%) 1,2 2,4 Estados Unidos 5,2 7,4 Alemanha França 38,3 36,0 14,4 Canadá Outros Ásia/Pacífico 0,7 2,0 4,0 19,6 1,6 África/Oriente Médio 9,3 10,4 10 Japão 13,7 Outros Europa 4,4 0,6 21,7 4,2 2,9 Reino Unido América Latina Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 As lideranças por continente As dez maiores empresas da América do Norte, da Europa e da região Ásia/Pacífico ocupam todas as posições entre as 34 empresas globais de produtos de consumo. Fora desses mercados, a mais bem posicionada empresa de produtos de consumo é a mexicana FEMSA (Fomento Económico Mexicano), 62ª no ranking e maior companhia de bebidas da América Latina. No continente norte-americano, todas as dez maiores empresas do setor estão nos Estados Unidos. A menor desse grupo está em 26° lugar entre as 250 maiores. Oito dessas corporações pertencem aos setores de alimentos, bebidas e tabaco e ao setor de produtos eletrônicos. Nenhuma pertence, porém, ao grupo de produtos para casa, moda ou lazer. Os poderosos da indústria de produtos de consumo estão bastante espalhados geograficamente na Europa, embora as empresas britânicas e francesas sejam predominantes. A maior delas, nessa região, é a suíça Nestlé (n° 4). A Christian Dior, fornecedora de artigos de luxo, é a única empresa do setor de moda a aparecer entre as dez maiores em todos os grupos regionais. Já na região da Ásia/Pacífico, oito das dez maiores empresas ficam no Japão e duas estão estabelecidas na Coréia do Sul. Todas, com exceção da Japan Tobacco e da Bridgestone, são fabricantes de eletrônicos. Entre as 250 maiores organizações, a América Latina comparece com seis, quatro das quais sediadas no México. Todas as seis corporações operam no setor de alimentos, bebidas e tabaco. Só a FEMSA está entre as 100 maiores empresas de produtos de consumo. A região da África/Oriente Médio, a menor em termos de número de empresas e tamanho médio, conta com cinco empresas. As duas maiores são fabricantes de móveis e eletrodomésticos: Steinhoff International, com sede na África do Sul, e Arçelik, turca, produtora de eletrodomésticos. América do Norte Empresa Classificação Altria 1 HP 2 Procter & Gamble 3 Dell 4 Motorola 5 PepsiCo 6 Tyson 7 Coca-Cola 8 Mars 9 Goodyear 10 Classificação entre Setor(es) as 250 maiores 1 Alimentos, bebidas e tabaco 2 Produtos eletrônicos 6 Produtos de higiene pessoal ou de casa 9 Produtos eletrônicos 13 Produtos eletrônicos 16 Alimentos, bebidas e tabaco 20 Alimentos, bebidas e tabaco 21 Alimentos, bebidas e tabaco 24 Alimentos, bebidas e tabaco 26 Pneus País Vendas em 2006 (US$ milhões) Estados Unidos 101.407 Estados Unidos 91.658 Estados Unidos 76.476 Estados Unidos 57.420 Estados Unidos 42.879 Estados Unidos 35.137 Estados Unidos 25.559 Estados Unidos 24.088 Estados Unidos 21.000 e Estados Unidos 20.258 e=estimativa Europa Empresa Classificação Nestlé 1 Nokia 2 Unilever 3 Philips 4 Imperial Tobacco 5 Michelin 6 Christian Dior 7 L’Oreal 8 SABMiller 9 BAT 10 Classificação entre Setor(es) as 250 maiores 4 Alimentos, bebidas e tabaco 10 Produtos eletrônicos 11 Produtos de higiene pessoal ou de casa 17 Produtos eletrônicos 23 Alimentos, bebidas e tabaco 25 Pneus 27 Moda 28 Produtos de higiene pessoal ou de casa 32 Alimentos, bebidas e tabaco 34 Alimentos, bebidas e tabaco País Suíça Finlândia Reino Unido Holanda Reino Unido França França França Reino Unido Reino Unido Vendas em 2006 (US$ milhões) 78.625 51.657 49.799 33.888 21.028 20.582 20.120 19.836 18.620 17.991 11 Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 Ásia/Pacífico Empresa Classificação Samsung 1 Matsushita 2 Sony 3 Toshiba 4 LG 5 Japan Tobacco 6 Canon 7 Sharp 8 Bridgestone 9 Fujifilm 10 Classificação entre Setor(es) as 250 maiores 3 Produtos eletrônicos 5 Produtos eletrônicos 7 Produtos eletrônicos 8 Produtos eletrônicos 12 Produtos eletrônicos 14 Alimentos, bebidas e tabaco 15 Produtos eletrônicos 18 Produtos eletrônicos 19 Pneus 22 Produtos eletrônicos País Coréia do Sul Japão Japão Japão Coréia do Sul Japão Japão Japão Japão Japão Vendas em 2006 (US$ milhões) 90.551 77.966 64.777 60.916 49.120 40.826 35.748 26.774 25.725 23.818 Classificação entre Setor(es) as 250 maiores 62 Alimentos, bebidas e tabaco 113 Alimentos, bebidas e tabaco 125 Alimentos, bebidas e tabaco 137 Alimentos, bebidas e tabaco 193 Alimentos, bebidas e tabaco 217 Alimentos, bebidas e tabaco 246 Alimentos, bebidas e tabaco País México México Bermuda México Brasil México Brasil Vendas em 2006 (US$ milhões) 11.574 5.845 4.967 e 4.574 3.160 2.816 2.400 América Latina Empresa Classificação FEMSA 1 Grupo Bimbo 2 Bacardi 3 Grupo Modelo 4 Sadia 5 Gruma 6 Perdigão 7 e=estimativa África/Oriente Médio Empresa Classificação Steinhoff International 1 Arçelik 2 Vestel 3 Groupe ONA 4 Tiger Brands 5 Classificação entre Setor(es) as 250 maiores 117 Móveis e eletrodomésticos 128 Móveis e eletrodomésticos 164 Produtos eletrônicos 185 Alimentos, bebidas e tabaco 237 Alimentos, bebidas e tabaco País África do Sul Turquia Turquia Marrocos África do Sul Vendas em 2006 (US$ milhões) 5.344 e 4.885 3.672 e 3.326 2.532 e=estimativa Crescimento mais vigoroso nos emergentes As 50 empresas de produtos de consumo com mais forte crescimento, em 2006, viram suas vendas aumentar, em média, 25%, três vezes a taxa de 8,5% das 250 maiores. Analisando somente as dez empresas com maior vigor expansivo, as vendas subiram 45,2%. Em comparação, a evolução das dez maiores empresas foi de 8,6%. A Nintendo, primeira do ranking, foi bastante bem-sucedida ao expandir os jogos para as massas, revertendo um longo declínio na indústria de videogames portáteis. A empresa registrou ótimo desempenho com os produtos Nintendo DS e Wii. As aquisições elevaram as vendas para muitas das 50 empresas com mais vigoroso crescimento, incluindo a segunda de mais forte expansão, a Adidas (comprou a Reebok, em 2006), a Glen Dimplex, a Royal Numico e a Whirlpool (comprou a Maytag, em 2006), entre outras. 12 O foco em produtos novos e originais também resultou em forte evolução para empresas, como a Research In Motion (dispositivos blackberry), a SanDisk (memória flash), a Apple (iPod, iTunes, iTV iPhone) e a Red Bull (bebidas energéticas). Geograficamente, as empresas instaladas em mercados emergentes cresceram rapidamente, como era esperado. As duas indústrias indianas incluídas na lista das 250 maiores estão entre as 50 com mais forte evolução, assim como três das cinco fabricantes chinesas e duas das quatro de Taiwan. Além disso, quase um terço das corporações do Reino Unido consta da lista de empresas de forte crescimento. Do ponto de vista do produto, os dois setores domésticos estão sobre-representados. A participação das empresas de moda também é desproporcional entre as 50 com crescimento mais vigoroso. Essas conclusões apontam para uma classe média em expansão no mundo, com mais renda disponível para gastar com artigos para casa e vestuário. Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 Domínio de alimentos, bebidas e tabaco distorcido pelo rápido crescimento das vendas da Nintendo. Ambos apresentaram também lucratividade acima da média. O segmento de produtos de higiene pessoal ou de casa, com 27 empresas, de modo geral cresceu em par de igualdade com as 250 maiores. As empresas desse grupo tendem a ser de porte acima da média. As empresas de alimentos, bebidas e tabaco formam, de longe, o maior grupo de produtos – reunindo quase metade das 250 maiores empresas. Os processadores de alimentos totalizam o maior subgrupo desse setor, com 85 organizações, seguidos pelos fabricantes de bebidas, com 24 empresas, e pelos fabricantes de cigarro, com 13 corporações. Esse enorme setor registrou uma média de crescimento de vendas de 5,8%, em 2006, a mais fraca entre todos os segmentos. Os dois setores de artigos para casa também apresentaram ganhos sólidos, mas as margens médias de lucro foram significativamente mais altas para o grupo de utensílios para casa e ferramentas em comparação com as empresas de móveis e eletrodomésticos. Fabricantes de produtos eletrônicos tendem a ser, em média, maiores do que as empresas pertencentes a qualquer outro grupo, com porte médio de US$ 23,5 bilhões. Isso se deve, em grande parte, ao fato de que o total de vendas dessas corporações inclui vendas significativas para pessoas jurídicas e para o consumidor final. Esse setor, representado por 36 empresas, apresentou forte crescimento, mas as margens de lucro dessa indústria extremamente competitiva foram pequenas. Apenas o grupo de pneus, com média negativa da margem de lucro líquido, apresentou pior lucratividade. Portanto, para fins de análise, as 250 maiores empresas foram distribuídas em oito principais setores: Produtos eletrônicos Moda Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Utensílios para casa e ferramentas Produtos de lazer Produtos de higiene pessoal ou de casa Pneus Entre os oito grupos, o setor de produtos de lazer obteve o crescimento mais forte, seguido pelos produtos de moda. O resultado do grupo de produtos de lazer foi, porém, muito Desempenho por setor Classificação no setor Produtos eletrônicos Moda Alimentos, bebidas e tabaco Móveis e eletrodomésticos Utensílios para casa e ferramentas Produtos de lazer Produtos de higiene pessoal ou de casa Pneus 250 maiores Número de empresas Crescimento Margem entre as 250 maiores médio das vendas média de lucro 36 12,3% 3,3% 20 12,8% 7,8% 123 5,8% 6,7% 15 12,3% 3,6% 13 8,7% 9,7% 7 15,5% 8,1% 27 8,2% 7,1% 9 8,9% -0,5% 2508,5%6,0% As vendas por setores das 250 maiores (%) Porte médio (US$ milhões) 23.499 5.640 9.000 6.486 5.047 4.701 11.414 10.031 10.698 As 250 maiores por setor (%) 2,5 5,2 10,8 3,6 4,2 6,0 8,0 1,2 2,8 Utensílios para casa e ferramentas Móveis e eletrodomésticos 11,5 Moda Produtos eletrônicos 14,8 32,5 Pneus Alimentos, bebidas e tabaco 48,8 3,6 Produtos de lazer 41,1 Produtos de higiene pessoal ou de casa 3,4 13 Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 A lista das dez maiores empresas de produtos eletrônicos é muito parecida com a das dez maiores no geral. A HP, a melhor posicionada nesse grupo, está em disputa apertada com a Samsung. Além das empresas eletrônicas representadas na série das dez maiores no geral, estão a LG Electronics, a Motorola e a Canon. Todas as dez maiores corporações de eletrônicos estão no grupo das 15 maiores empresas de produtos de consumo do mundo. No segmento das dez maiores empresas de alimentos, bebidas e tabaco, as dez maiores organizações ocupam da primeira à 32ª posição entre as 250 maiores. Seis são dos Estados Unidos. Quatro das dez maiores são fabricantes de bebidas, três são empresas na área de alimentos e três de produtos de tabaco. O grupo de indústrias de produtos de higiene pessoal ou de casa é liderado pela Procter & Gamble (P&G), seguida pela Unilever. Nove das dez maiores estão sediadas na Europa e nos Estados Unidos. Por sua vez, o setor de moda (principalmente fabricantes de vestuário e calçados) conta com 20 organizações na lista. Em média, essas empresas tendem a ser de pequeno porte. A maior, a Christian Dior, ocupa a 27ª posição. Somente três das dez maiores desse setor – Dior, Nike e Adidas – registraram em 2006 vendas que ultrapassaram US$ 10 bilhões. Todas as dez estão sediadas na Europa ou na América do Norte (sete estão nos Estados Unidos). A lista das dez maiores do setor de móveis e utensílios domésticos é dominada pelos fabricantes de utensílios domésticos. Esse é um grupo muito mais diversificado geograficamente, com empresas de quatro regiões. A Sanyo, ocupando a 31ª posição, é a líder do setor, seguida de perto pela Whirlpool. Já a arena de produtos de Utensílios para casa e ferramentas é comandada por empresas norte-americanas. A sueca Husqvarna é a única de fora dos Estados Unidos com representatividade entre as dez maiores nesse setor. No setor de produtos de lazer encontra-se com o de pneus, o menor número de empresas na lista das 250 maiores, com sete e nove companhias, respectivamente. A Nintendo é a maior empresa no setor de lazer, ocupando a 81ª posição do ranking geral, seguida da fabricante de brinquedos Mattel. Todas as empresas nesse pequeno grupo estão sediadas no Japão (brinquedos e jogos eletrônicos) ou nos Estados Unidos. Entre fabricantes de pneus, a japonesa Bridgestone ocupa a posição de líder, posicionada na 19ª colocação geral. A Michelin e a Goodyear disputam palmo a palmo a segunda e a terceira posições, respectivamente, com vendas acima de US$ 20 bilhões – muito acima da italiana Pirelli, a próxima grande concorrente. As empresas asiáticas respondem por mais da metade dos fabricantes de pneus da lista das 250 maiores. As dez maiores por setor Produtos eletrônicos Empresa HP Samsung Matsushita Sony Toshiba Dell Nokia LG Motorola Canon Classificação no setor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Classificação entre País as 250 maiores 2 Estados Unidos 3 Coréia do Sul 5 Japão 7 Japão 8 Japão 9 Estados Unidos 10 Finlândia 12 Coréia do Sul 13 Estados Unidos 15 Japão Vendas em 2006 (US$ milhões) 91.658 90.551 77.966 64.777 60.916 57.420 51.657 49.120 42.879 35.748 Classificação no setor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Classificação entre País as 250 maiores 1 Estados Unidos 4 Suíça 14 Japão 16 Estados Unidos 20 Estados Unidos 21 Estados Unidos 23 Reino Unido 24 Estados Unidos 29 Estados Unidos 32 Reino Unido Vendas em 2006 (US$ milhões) 101.407 78.625 40.826 35.137 25.559 24.008 21.028 21.000 e 19.804 18.620 Alimentos, bebidas e tabaco Empresa Altria Nestlé Japan Tobacco PepsiCo Tyson Foods Coca-Cola Company Imperial Tobacco Mars Coca-Cola Enterprises SABMiller e=estimativa 14 Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 Produtos de higiene pessoal ou de casa Empresa Procter & Gamble Unilever L’Oreal Kimberly-Clark Henkel Svenska Cellulosa Colgate-Palmolive Kao Reckitt Benckiser Avon Classificação no setor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Classificação entre País as 250 maiores 6 Estados Unidos 11 Reino Unido 28 França 36 Estados Unidos 39 Alemanha 48 Suécia 58 Estados Unidos 67 Japão 74 Reino Unido 77 Estados Unidos Vendas em 2006 (US$ milhões) 76.476 49.799 19.836 16.747 16.004 13.782 12.238 10.544 9.071 8.677 e=estimativa Moda Empresa Christian Dior NIKE Adidas Richemont VF Liz Claiborne Jones Apparel Hanesbrands Polo Ralph Lauren Levi Strauss Classificação no setor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Classificação entre País as 250 maiores 27 França 38 Estados Unidos 54 Alemanha 103 Suíça 105 Estados Unidos 124 Estados Unidos 134 Estados Unidos 140 Estados Unidos 143 Estados Unidos 147 Estados Unidos Vendas em 2006 (US$ milhões) 20.120 16.326 12.668 6.192 e 6.138 4.994 4.670 4.403 e 4.295 4.107 e=estimativa Móveis e eletrodomésticos Empresa Sanyo Whirlpool Electrolux BSH Steinhoff International Arçelik Miele & Cie SEB Gree Electric Ashley Classificação no setor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Classificação entre País as 250 maiores 31 Japão 33 Estados Unidos 47 Suécia 68 Alemanha 117 África do Sul 128 Turquia 166 Alemanha 184 França 201 China 206 Estados Unidos Vendas em 2006 (US$ milhões) 18.964 18.080 14.109 10.437 5.344 e 4.885 3.578 e 3.331 2.989 2.964 e e=estimativa Utensílios para casa e ferramentas Empresa Masco Mohawk Sherwin-Williams Black & Decker Kohler Stanley Works Husqvarna Armstrong RPM JELD-WEN Classificação no setor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Classificação entre País as 250 maiores 52 Estados Unidos 85 Estados Unidos 86 Estados Unidos 98 Estados Unidos 123 Estados Unidos 146 Estados Unidos 149 Suécia 172 Estados Unidos 182 Estados Unidos 211 Estados Unidos Vendas em 2006 (US$ milhões) 12.778 7.906 7.810 6.447 5.000 e 4.109 3.995 3.426 3.339 2.900 e e=estimativa 15 Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 Produtos de lazer Empresa Nintendo Mattel Yamaha Hallmark Cards Namco Bandai Hasbro Electronic Arts Classificação no setor 1 2 3 4 5 6 7 Classificação entre País as 250 maiores 81 Japão 116 Estados Unidos 132 Japão 148 Estados Unidos 152 Japão 194 Estados Unidos 195 Estados Unidos Vendas em 2006 (US$ milhões) 8.274 5.650 4.711 4.100 e 3.930 3.151 3.091 e=estimativa Pneus Empresa Bridgestone Michelin Goodyear Pirelli Sumitomo Yokohama Rubber Hankook Tire Toyo Tire & Rubber Cooper Tire & Rubber 16 Classificação no setor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Classificação entre País as 250 maiores 19 Japão 25 França 26 Estados Unidos 108 Itália 135 Japão 144 Japão 179 Coréia do Sul 222 Japão 227 Estados Unidos Vendas em 2006 (US$ milhões) 25.725 20.582 20.258 6.081 4.593 4.258 3.363 2.743 2.676 Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 O valor dos intangíveis Entenda o “Quociente Q” No ambiente atual de negócios, os fabricantes de produtos de consumo estão em constante batalha contra a comoditização. Em virtude dos avanços da tecnologia de fabricação e da onipresença do varejo de descontos com ofertas de produtos de marca própria a baixo preço, os consumidores passaram a esperar alta qualidade e preços baixos. Como resultado, eles não estão necessariamente convencidos de que uma marca difere de seus concorrentes simplesmente pela boa qualidade. O problema com a comoditização é que ela acaba com a margem de preço da concorrência. A única forma de evitar que isso aconteça é criar uma marca irresistível, produtos claramente diferenciados e uma melhor experiência do consumidor. Isso significa inovação em design e tecnologia, marketing inteligente, afinidade com o consumidor e excelência na gestão de marcas. Essa é uma meta difícil de ser cumprida, mas as empresas que puderem fazer isso alcançam poder de obter lucro com a elevação de preço (pricing power), margens mais altas, melhores retornos para os acionistas e maior capitalização de mercado. Seria de utilidade para os acionistas observar os ganhos no valor da empresa que emanam desses ativos intangíveis, como marcas fortes, inovação, diferenciação, vantagem do pioneirismo e liderança de mercado. Essas forças são cruciais em um ambiente caracterizado por pressões de preço, concorrência pela marca própria e comoditização. O valor desses atributos não está refletido na demonstração dos ativos da empresa. Em vez disso, o valor é capturado no valor de mercado determinado pelos mercados financeiros. Como tal, o índice de capitalização de mercado para os ativos, chamado de “Quociente Q” pelo economista James Tobin, ganhador do prêmio Nobel, é um bom indicador da capacidade da empresa de gerar valor para os acionistas a partir de intangíveis como marca, inovação e outros. A Deloitte decidiu mensurar o “Quociente Q” das principais empresas mundiais de produtos de consumo. Já havíamos aplicado esse método na análise das 190 empresas de capital aberto da nossa lista das 250 maiores empresas de produtos de consumo. Para calcular o “Quociente Q”, consideramos a capitalização de mercado (preço da ação multiplicado pelo número de ações) em 8 de outubro de 2007 e dividimos pelos ativos informados nas demonstrações do exercício fiscal de 2006. Nossa análise das principais empresas mundiais de produtos de consumo rendeu algumas observações interessantes. O “Quociente Q” composto para todas as 190 empresas foi de 1,51. Em outras palavras, na média, as principais empresas mundiais de produtos de consumo geram aproximadamente um terço do seu valor financeiro de mercado a partir de ativos intangíveis, como a marca. Das 190 empresas, 99 apresentaram “Quociente Q” maior do que 1 e 91 empresas apresentaram “Quociente Q” menor do que 1. Quando o “Quociente Q” é menor do que 1, significa haver uma oportunidade arbitrária, ou seja, teoricamente, a empresa poderia ser comprada e os ativos vendidos para obtenção do lucro. Existem diferenças entre as taxas de “Quociente Q” das empresas dependendo do país e do setor: Em média, as empresas sediadas na América do Norte e na Europa apresentam “Quocientes Q” mais altos do que as organizações em outras regiões. As sediadas no Reino Unido, na Alemanha e nos Estados Unidos apresentam “Quocientes Q” altos, enquanto os quocientes das corporações com sede no Japão são, em média, baixos. Naturalmente, existem exceções particulares significativas nessas médias. As empresas no setor de produtos de lazer apresentam as médias mais altas de “Quociente Q”. Isso não é surpresa porque essas empresas dependem da força de suas marcas. Além disso, as empresas nos setores de produtos de cuidados pessoais e para casa e de alimentos, bebidas e tabaco apresentam “Quociente Q” relativamente alto. Em comparação, a média de “Quociente Q” para empresas de móveis, utensílios para casa e ferramentas e pneus é baixa. É interessante notar que as empresas com alta capitalização de mercado apresentam, em média, um alto “Quociente Q”. As corporações com valores baixos de mercado apresentam baixas médias do indicador. Por outro lado, as empresas consideradas grandes em termos de receita, em média, não apresentam “Quociente Q” significativamente diferente daquelas com receita baixa. As duas empresas da lista com o maior “Quociente Q” (Research In Motion e Apple) são as que apresentam tecnologias inovadoras e divulgadas, marcas bem-sucedidas e se diferenciam claramente de suas concorrentes. A importância do “Quociente Q” não deve ser superestimada. As diferenças entre as empresas podem surgir de fatores como ativos próprios ou alugados ou se os processos são feitos internamente ou terceirizados. Ainda assim, o quociente fornece alguma indicação do grau da capacidade da empresa com relação ao sucesso de sua marca, diferenciação, inovação e realização de outras ações necessárias à manutenção do poder de obter lucro com elevação dos preços e evitar a comoditização. 17 Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 As 25 principais empresas de acordo com o “Quociente Q” Empresa Research In Motion Apple ITC Nintendo Nokia Coca-Cola Company Colgate-Palmolive PepsiCo Beiersdorf Reckitt Benckiser Wm. Wrigley Jr. Electronic Arts Essilor Swatch Carolina Puma Avon Compagnie Financiere Richemont Royal Numico Nike Tiger Brands Brown-Forman L’Oreal KT&G Hershey País Canadá Estados Unidos Índia Japão Finlândia Estados Unidos Estados Unidos Estados Unidos Alemanha Reino Unido Estados Unidos Estados Unidos França Suíça Estados Unidos Alemanha Estados Unidos Suíça Holanda Estados Unidos África do Sul Estados Unidos França Coréia do Sul Estados Unidos Principal setor Produtos eletrônicos Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Produtos eletrônicos Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de lazer Produtos de higiene pessoal ou de casa Moda Alimentos, bebidas e tabaco Moda Produtos de higiene pessoal ou de casa Moda Alimentos, bebidas e tabaco Moda Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Produtos de higiene pessoal ou de casa Alimentos, bebidas e tabaco Alimentos, bebidas e tabaco Quociente Q 21,322 8,487 6,945 5,115 4,955 4,504 4,018 3,990 3,979 3,941 3,854 3,547 3,330 3,302 3,177 3,160 3,088 3,052 3,046 2,800 2,798 2,593 2,539 2,530 2,445 As cinco principais empresas por setor de acordo com o “Quociente Q” Produtos eletrônicos Empresa Research In Motion Apple Nokia Harman Nikon Móveis e eletrodomésticos Quociente Q 21,32 8,49 4,95 2,26 1,98 Empresa Hunter Douglas SEB Arcelik Anonim Sirketi Electrolux Whirlpool Produtos de higiene pessoal ou de casa Quociente Q 1,36 1,13 0,75 0,72 0,53 Moda Empresa Quociente Q Swatch 3,3 Puma 3,16 Compagnie Financiere Richemont 3,05 Nike 2,8 Polo Ralph Lauren 2,08 Utensílios para casa e ferramentas Empresa Quociente Q Husqvarna 2,37 Makita 2,03 Sherwin-Williams 1,74 Scotts Miracle 1,26 Stanley Works 1,19 Alimentos, bebidas e tabaco Empresa Quociente Q ITC 6,95 Coca-Cola 4,5 PepsiCo 3,99 Wm. Wrigley Jr. 3,85 Carolina 3,18 Produtos de lazer Empresa Nintendo Electronic Arts Hasbro Namco Bandai Yamaha 18 Empresa Colgate-Palmolive Beiersdorf Reckitt Benckiser Essilor Avon Quociente Q 4,02 3,98 3,94 3,33 3,09 Pneus Empresa Hankook Tire Michelin Cooper Tire & Rubber Sumitomo Yokohama Rubber Quociente Q 0,98 0,93 0,68 0,63 0,55 Quociente Q 5,12 3,55 1,49 1,10 0,97 Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 As tendências para a indústria de produtos de consumo 1. Inflação e deflação pressionam os fornecedores Nos últimos 20 anos, o mundo testemunhou uma nova era de inflação excepcionalmente baixa. Isso se deveu principalmente a duas razões. Primeiro, os países adotaram políticas monetárias sensatas destinadas a manter a inflação baixa e o crescimento econômico estável. Segundo, a entrada na economia global de quase um bilhão de trabalhadores de ex-economias fechadas (Rússia, Europa Central, China e Índia) pressionou para baixo os salários globais e permitiu imensas melhorias na eficiência econômica. Essa nova era de inflação baixa fez com que os consumidores se tornassem mais atentos aos preços, os fornecedores mais prevenidos aos custos e os varejistas mais voltados para oferecer mais valor. Quem saiu ganhando com tudo isso foi o consumidor. Já para os fornecedores, a baixa inflação dos preços dos produtos criou novas dores de cabeça. A ampliação do crescimento econômico nos países emergentes, por exemplo, elevou os preços das commodities. A combinação de pressão para cima nos preços dos insumos e pressão para baixo nos preços dos produtos comprimiu as margens de lucro dos fornecedores. No futuro, os fornecedores bem-sucedidos serão aqueles que conseguirem transitar nesse campo minado mantendo os custos baixos e o valor da marca alto. 2. Preocupações com saúde e obesidade Em discussões com executivos de empresas fornecedoras de alimentos processados, uma questão que continua presente é a obesidade. Esse problema de saúde pública atingiu proporções alarmantes nos Estados Unidos e está se tornando de importância crucial em muitos outros mercados desenvolvidos e mesmo em alguns mercados emergentes. O custo relativamente baixo e a fácil disponibilidade de alimentação rápida e gordurosa (fast/fatty food) e o estilo de vida cada vez mais sedentário de muitos trabalhadores contribuíram para esse problema. O aumento da obesidade ameaça elevar rapidamente a incidência de doenças graves como o diabetes. Isso poderá resultar no declínio da expectativa de vida e em grandes aumentos dos gastos com saúde pública. A obesidade entre crianças é particularmente preocupante. À medida que os consumidores e os governos começam a se interessar por esse problema, muitos fornecedores de alimentos estão respondendo com a mudança da combinação de ingredientes e produtos. Uma possível abordagem governamental para essa questão seria um imposto penalizante, similar ao que é aplicado ao tabaco, ao álcool e ao jogo. O desafio será atender às rigorosas demandas de sabor de consumidores volúveis e ao mesmo tempo fornecer uma experiência de alimentação mais saudável. Isso é particularmente difícil à medida que muitos consumidores têm um certo grau de dissonância cognitiva. Isto é, indicam um desejo por alimentos saudáveis, mas continuam a comprar e gostar de alimentos relativamente não saudáveis. 3. Como atingir a população pobre do mundo? Nos últimos anos, os mercados emergentes, em especial a China e a Índia, têm aumentado sua participação no crescimento global dos gastos dos consumidores. Isso provavelmente irá continuar. Conseqüentemente, os fornecedores de produtos de consumo se voltarão para esses mercados para buscar uma participação maior de seu crescimento futuro. De particular interesse será o aumento da renda dos consumidores mais pobres nesses países. O desafio será desenvolver produtos em grande escala que sejam acessíveis a consumidores com renda relativamente baixa. Muitos esforços nesse sentido já estão sendo feitos. Na Índia, há um plano para desenvolver um automóvel de menos de US$ 2 mil. Em muitos países, os fabricantes de computador oferecem computadores pessoais por menos de US$ 200. Mesmo quando se trata de produtos de higiene pessoal ou de casa, os fabricantes tentam encontrar maneiras de fabricar a custos bastante baixos e vender 19 Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 produtos com o mínimo de embalagem (já que essa quase sempre é responsável por grande parte do custo total). Esse esforço provavelmente se intensificará nos próximos anos. Além disso, pode resultar em produtos inovadores e de custo mais baixo voltados também para mercados afluentes. 4. Consolidação do varejo impulsiona consolidação dos fornecedores Normalmente chamada de “efeito Wal-Mart”, a ascensão de alguns fortes varejistas com preços baixos causou estragos às empresas de produtos de consumo. Essa consolidação se deu por meio de fusões e aquisições e também pelo forte crescimento orgânico das maiores empresas do mercado. Os grandes varejistas, em virtude de seu tamanho, alteraram o equilíbrio de poder na cadeia de fornecimento. Ao focar em grandes volumes e baixos preços, pressionaram os fornecedores em relação aos preços e deslocaram os custos para o início da cadeia de suprimentos. Ao desenvolver marcas próprias fortes, os varejistas passaram a concorrer diretamente com seus fornecedores de marcas. Nas principais categorias de produtos, alguns desses varejistas reduzem o número de fornecedores com os quais trabalham. A meta é diminuir custos de distribuição e também criar uma variedade mais direcionada para os consumidores. Assim, os varejistas estão selecionando seus fornecedores favoritos em cada categoria de venda, o que significa menor necessidade de fornecedores. E que muitos fornecedores precisam lutar para conseguir espaço nas prateleiras, além de os grandes varejistas exigirem produtos personalizados, desempenhando papel ativo no desenvolvimento de produtos. Tradicionalmente, os varejistas costumam vetar as iniciativas de produtos dos fornecedores. Um efeito da consolidação do varejo tem sido fazer com que os fornecedores se tornem altamente dependentes dos principais varejistas. Por exemplo, somente o Wal-Mart é responsável por cerca de 14% a 18% das vendas de muitos grandes fornecedores de produtos de consumo. Em alguns casos, a participação é muito maior. Além disso, a consolidação do varejo está se dando em escala global – inclusive nos mercados emergentes. Para os fornecedores de produtos de consumo, essas tendências resultaram em fusões e aquisições. Isso tem sido importante por diversas razões: primeira, para contrabalançar a alteração do equilíbrio de poder criando organizações maiores de fornecedores; segunda, para reduzir os custos gerais indiretos por meio de eficiência de escala; e terceira, para criar organizações que estejam entre os poucos fornecedores prediletos dos grandes varejistas. No entanto, a consolidação dos fornecedores sozinha não é suficiente. Afinal, os varejistas continuam a administrar e definir as relações com os consumidores. Para os fornecedores, o desafio é sair desse dilema construindo relações diretas com os consumidores e oferecendo produtos e marcas que sejam 20 adequadamente diferenciados. Ao fazer isso, os fornecedores teriam condições de exercer influência sobre os varejistas. Para fazer isso é preciso ter mais informação sobre os consumidores, em especial sobre suas motivações. É necessário inovar para que se possa diferenciar. Para que essa estratégia seja sustentável, o processo de inovação precisa ser, entretanto, institucionalizado. 5. Inovação para crescimento de longo prazo Os consumidores de todo o mundo estão ficando mais ricos – em especial nos mercados emergentes. Mesmo nos países desenvolvidos e ricos, muitos consumidores intensificaram seus gastos em virtude do aumento da riqueza associada com suas casas e carteiras financeiras. Essa maior afluência não resultou, no entanto, necessariamente na expansão das compras de produtos tradicionais. Afinal, há um número limitado de vezes que se pode lavar o cabelo ou limpar o chão. Em vez disso, a maioria dos gastos incrementais está relacionada com produtos eletrônicos inovadores, moda e serviços, como viagens, alimentação fora do domicílio e entretenimento. O desafio para as empresas de produtos de consumo é encontrar maneiras de atrair parte desses gastos extras. Isso significa criar marcas e produtos inovadores e mais sofisticados. Não necessariamente haverá mais eventos voltados para o tratamento de cabelos, por exemplo, mas talvez os consumidores possam ser estimulados a gastar mais nesses eventos. A triste alternativa para os fornecedores é reduzir drasticamente o custo de produção e, portanto, gerar margens maiores na faixa existente. Embora essa seja uma boa idéia, é um negócio de uma tacada e não é compatível com crescimento de longo prazo. Em outras palavras, não é suficiente. Um problema é que os varejistas de produtos estão dedicando mais espaço para o tipo de produto no qual os consumidores fazem gastos incrementais. Isso significa menos espaço dedicado a alimentos e outros bens de consumo não duráveis e mais espaço dedicado a vestuário, eletrônicos, utensílios domésticos e jogos. Para os fornecedores de bens de consumo não duráveis isso significa concorrência por mais espaço. Representa também um maior imperativo para ter idéias que se diferenciem da multidão – em particular idéias que envolvam marcas premium com preços premium. O desafio para os fornecedores tradicionais é adquirir novas marcas ou desenvolver outras que atendam às necessidades do consumidor. 6. Fragmentação da experiência do consumidor Ao mesmo tempo em que os segmentos do varejo se consolidam, os consumidores têm à disposição uma gama mais ampla de formatos de varejo para cada categoria de mercadoria. Os consumidores que compram alimentos e produtos domésticos, por exemplo, podem escolher entre hipermercados, centros de compra, clubes de atacadistas, lojas de hard discount, lojas de preço único, supermercados, drogarias, lojas de conveniência e websites. Em outras categorias as opções também são muitas. Além disso, parece que os consumidores estão cada vez mais menos leais a Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 determinados formatos ou bandeiras – e isso vale em especial para os consumidores mais jovens. Os consumidores estão também cada vez mais buscando locais alternativos para produtos baratos e caros. No setor de produtos mais baratos, o surgimento das lojas de hard discount e lojas de preço único causou problemas para os varejistas e fornecedores tradicionais. No setor de produtos mais caros, os varejistas de especialidades oferecem categorias e marcas alternativas, como produtos orgânicos, não transgênicos e produtos de especialidade sofisticados. Mais uma vez, isso deixa as empresas tradicionais com uma participação menor da carteira. 7. Questão de preço Depois de muitos anos de aumento da participação de mercado dos varejistas de desconto, os consumidores do mundo todo passaram a ser condicionados a esperar preços baixos mesmo para mercadorias com relativa alta qualidade. De fato, muitos consumidores sofisticados mudaram de formatos tradicionais para formatos de desconto – mesmo quando se trata de vestuário de moda e decoração da casa. Assim, os fornecedores estão sob pressão dos varejistas e dos consumidores para oferecer um sentido de valor mais alto. Esse sentido pode emanar de preços baixos, mas o foco apenas no preço levará inevitavelmente a margens mais baixas. Esse problema deriva do fato de que os consumidores têm sido treinados por varejistas orientados por preços. Esses varejistas têm focado no preço à exclusão de muitas outras coisas, criando a impressão de que todos os produtos são commodities e que as decisões de compra são tomadas somente com base no preço. De fato, alguns grandes varejistas reconhecem que criaram um monstro e estão interessados em ter marcas premiums diferenciadas que os ajudaria a aumentar as margens. Isso representa uma oportunidade para os fornecedores. Por outro lado, o sucesso de alguns varejistas em criar marcas próprias para diferentes públicos de consumidores indica que de fato podem ser mais bem-sucedidos com a segmentação do consumidor do que seus fornecedores tradicionais. 8. Alternativas ao marketing tradicional Nos últimos anos, o poder do marketing de massa diminuiu drasticamente. O surgimento de novas tecnologias permitiu aos consumidores obterem entretenimento de muitas e diversas maneiras do que contavam no passado. A proliferação dos canais de televisão a cabo e por satélite, da internet, de DVDs e videogames significa que os canais de marketing estão se tornando fragmentados e menos produtivos. Isso é especialmente válido quando se trata do tão cobiçado consumidor jovem. Além disso, a tecnologia agora permite que os consumidores evitem a propaganda “zapeando”, gravando programas ou comprando entretenimento online. Para os fornecedores, isso significa que as abordagens alternativas são essenciais. Isso pode envolver publicidade na internet, publicidade no cinema, colocação de produtos em filmes e jogos, eventos especiais e promoções vinculadas a outras marcas (tie-ins). 9. O dilema do talento Nos Estados Unidos, cerca de 60% dos novos MBAs vão trabalhar em bancos ou consultorias. Muitos outros desejam trabalhar na área de tecnologia ou mídia. Nesse ambiente, é difícil para as empresas de produtos de consumo atrair os melhores e mais brilhantes. O problema vai, entretanto, além da concorrência por talentos. Muitos talentos existentes estão envelhecendo e próximos da aposentadoria. A geração baby boom dos Estados Unidos e da Europa Ocidental em breve irá se aposentar e será sucedida por uma geração menor e, portanto, por um conjunto menor de talentos. Para as empresas de produtos de consumo, o desafio então é reter e transferir conhecimento do grupo, atrair grandes talentos e administrar de maneira apropriada uma força de trabalho geográfica e culturalmente diversa. Esse último aspecto será crucial, pois grande parte da transferência de conhecimento envolverá transferência de talentos para o exterior, em especial para nações emergentes, como a Índia e a China. Alguns desses talentos no exterior estarão envolvidos com a administração de novas oportunidades de negócio em mercados emergentes. Em alguns casos, poderá haver a transferência de funções inteiras para os mercados emergentes. 10. Gestão das relações entre varejistas e fornecedores Infelizmente para os fornecedores, grande parte da relação varejista-fornecedor será conduzida pelo comportamento do varejista. Este, cada vez mais concentrado e poderoso, se mantém focado em administrar e comercializar suas próprias marcas. Além disso, os varejistas estão agora contratando executivos de marketing de fora das empresas de produtos de consumo para melhorar suas marcas próprias. Se os varejistas se aperfeiçoarem na administração de suas marcas próprias, vão se tornar concorrentes mais sérios para as empresas de produtos de consumo. Isso não quer dizer que os fornecedores não têm opções. Responsáveis pelo fornecimento das principais marcas, em especial daquelas que contam com consumidores fiéis, terão mais força para negociar com os varejistas. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de marcas de nicho focadas em públicos de consumidor pequenos e específicos ampliará a participação de mercado. Isso fará, no entanto, com que as marcas nacionais de segunda linha tenham de lutar para sobreviver. Muitas, na verdade, não sobreviverão. Ficarão presas no meio de marcas lideres, marcas próprias e marcas de nicho. Pode ser que a estratégia ótima para os fornecedores seja racionalizar sua carteira de marcas livrando-se de marcas de segunda linha. Eles se sairão melhor concentrando-se em marcas líderes e em marcas de nicho e inovadoras. Assim, uma parte importante na administração das relações do varejo será a gestão bem-sucedida da carteira de marcas. Outra parte importante da administração das relações do varejo será a gestão de novos tipos de varejistas. Uma parcela desproporcional do crescimento dos gastos dos consumidores será provavelmente aquela induzida pelos de novos canais varejistas de alimentos orgânicos e relacionados com a saúde, 21 Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 lojas sofisticadas e de especialidades, e varejistas voltados para consumidores de baixa renda (como as lojas de preço único). Esse tipo de administração exigirá algumas abordagens novas. 11. Oportunidades da “cauda longa” Não há muitas oportunidades para se diferenciar e ao mesmo tempo atingir o público de massa. Portanto, mais diferenciação provavelmente significará mais vendas de nicho. Isso significa explorar a tão discutida “cauda longa”. Especificamente, supondo que a maioria dos públicos de consumidores (definidos por renda, estilo de vida ou interesses) está distribuída em uma curva em forma de sino, o mercado de massa está geralmente no meio do sino. Hoje, esse meio está quase sempre saturado e cada vez mais comoditizado. A “cauda longa” nas duas extremidades do sino, no entanto, pode oferecer oportunidades que não tenham sido bem exploradas. É provavelmente na “cauda longa” que residirão as futuras oportunidades de crescimento lucrativo. Isso se confirma em especial à medida que os consumidores continuam a se fragmentar em grupos mais estreitamente definidos. A fragmentação da mídia de massa reflete e estimula essa tendência. Assim, voltar-se para a “cauda longa” também envolverá ficar mais próximo de um consumidor mais estreitamente definido por meio de novas formas de marketing. Como os fornecedores vão lidar com a “cauda longa”? Não há uma solução única. Pelo contrário, as oportunidades na “cauda longa” podem ser exploradas por meio de inovação orgânica, aquisição de negócios existentes ou alguma combinação dessas. Por exemplo, uma grande empresa de produtos de consumo pode ser uma ferramenta de financiamento para pequenos empreendedores com idéias inovadoras. A chave é descobrir a combinação certa de esforços orgânicos, aquisição e parcerias. Isso exige flexibilidade e abertura a novas idéias. 12. Responsabilidade social Em muitas partes do mundo os consumidores estão se tornando cada vez mais conscientes do impacto que as empresas têm na sociedade – e preocupados com isso. Isso inclui inquietação com a segurança e a saúde de trabalhadores na linha fabril, o impacto no ambiente físico de produção e o impacto no ambiente do consumo de bens e disposição do lixo. Essa preocupação reflete-se também cada vez mais nas políticas dos governos. Além disso, há uma expectativa de que as futuras iniciativas de políticas serão mais agressivas e, potencialmente, mais dispendiosas para as empresas. Até hoje, a ação dos governos nessa área tem sido mais compensadora do que retaliatória – deduções para propriedades com eficiência energética, créditos de energia solar e títulos de energia limpa e renovável. 22 As empresas se conscientizam cada vez mais que ser proativa nessa área pode ser um bom negócio. Primeiro, agir agora pode reduzir custos regulatórios futuros ou, pelo menos, diluir o custo no decorrer do tempo. Segundo, agir agora pode aumentar o valor da marca, em especial para os consumidores que estão particularmente preocupados com essas questões. Por fim, agir pode na verdade reduzir os custos de produção – em especial quando se trata de embalagens. Muitas empresas já mensuram seu impacto na sociedade e nomearam altos executivos para se concentrarem nas questões de responsabilidade social. Esse enfoque provavelmente crescerá no futuro. 13. Marca, mais importante do que nunca Nesse ambiente, o valor da marca se torna crucial. Uma marca, é claro, é simplesmente uma informação eficiente que define os fatores diferenciadores sobre um produto ou serviço. Em um mundo comoditizado, os consumidores estão cada vez mais indiferentes às mensagens das marcas, à notável exceção dos produtos de luxo. O surgimento de lojas de desconto, marcas próprias, marcas “sem nome” e lojas de preço único reflete essa indiferença. Nesse cenário, as marcas têm hoje importância ainda maior para empresas voltadas para o consumidor do que no passado. O desafio é maior do que simplesmente construir um valor de marca: é criar fatores diferenciadores para atrair o consumidor-alvo, utilizar novas ferramentas de marketing para envolver o consumidoralvo em um diálogo, utilizar esse diálogo para construir uma marca que transmita os fatores diferenciadores e executar a estratégia para convencer os consumidores da confiabilidade da marca. Trata-se de uma difícil incumbência. Os Poderosos da Indústria de Produtos de Consumo 2008 23 www.deloitte.com.br A Deloitte oferece serviços nas áreas de Auditoria, Consultoria Tributária, Consultoria em Gestão de Riscos Empresariais, Corporate Finance, Consultoria Empresarial, Outsourcing, Consultoria em Capital Humano e Consultoria Atuarial para clientes dos mais diversos setores. Com uma rede global de firmas-membro em 140 países, a Deloitte reúne habilidades excepcionais e um profundo conhecimento local para ajudar seus clientes a alcançar o melhor desempenho, qualquer que seja o seu segmento ou região de atuação. Os 165 mil profissionais da Deloitte estão comprometidos a tornarem-se o padrão de excelência do mercado e estão unidos por uma cultura colaborativa, que encoraja a integridade, o comprometimento, a força da diversidade e a geração de valor aos clientes. Eles vivenciam um ambiente de aprendizado contínuo, experiências desafiadoras e oportunidades de carreira enriquecedoras, dedicando-se ao fortalecimento da responsabilidade corporativa, à conquista da confiança do público e à geração de impactos positivos em suas comunidades. No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte é uma das líderes de mercado e seus mais de 3.500 profissionais são reconhecidos pela integridade, competência e habilidade em transformar seus conhecimentos em soluções para seus clientes. Suas operações cobrem todo o território nacional, com escritórios em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Joinville, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e Salvador. A Deloitte refere-se a uma ou mais Deloitte Touche Tohmatsu, uma verein (associação) estabelecida na Suíça, e sua rede de firmas-membro, sendo cada uma delas uma entidade independente e legalmente separada. Acesse www.deloitte.com/about para a descrição detalhada da estrutura legal da Deloitte Touche Tohmatsu e de suas firmas-membro. Para mais informações, contate-nos pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 5186-6686. © 2008 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.