construção civil - CREA-PA

Transcrição

construção civil - CREA-PA
DEFESA
REAPA
Revista
Luciano Guedes
detalha o
trabalho da
Adepará
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará
Junho 2016– Ano V – nº 20
Pag. 16
Raio-X da
construção civil
foto:123RF
Levantamento feito junto às
entidades ligadas ao setor mostra
que a situação econômica brasileira
afetou sobremaneira a construção
civil paraense, seja no setor
imobiliário ou de obras públicas.
Pag. 10
ÁGUAS
À DISTÂNCIA
82 ANOS
Belém abre eventos Cursos de póspreparatórios ao
graduação on line
Fórum Mundial
são ótima opção
Pag. 22
Pag. 24
Crea-PA foi
homenageado com
sessão solene na ALEPA
Pag. 06
PALAVRA DO PRESIDENTE
Prezado profissional,
E
ste ano, o Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia do Pará
(Crea-PA) completou 82 anos.
Somos um dos Creas mais antigos e
queremos reforçar o compromisso de
proporcionar aos nossos profissio-
nais, usuários e sociedade em geral o
melhor atendimento. Devemos sempre buscar melhorias e avanços em
nossa estrutura, fiscalização, inspetorias e concentramos nossos esforços
para alcançar esses objetivos.
Como parte das comemorações, o
Crea-PA foi homenageado com uma
sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, momento
que muito nos honrou.
No mês de maio realizamos as reuniões preparatórias para o 9º Congresso
Estadual dos Profissionais (CEP). Estivemos nos municípios de Paragominas,
Marabá e Santarém. As reuniões foram
eventos importantes, onde pudemos nos
aproximar dos profissionais que atuam
no interior do estado para debatermos
os caminhos que estamos percorrendo e
os desafios que nos aguardam.
Merece destaque também a participação dos estudantes durante os even-
tos. É sempre estimulante estar em contato com a nova geração de profissionais.
As reuniões preparatórias culminam
com a realização do 9º CEP, em Belém.
É mais uma oportunidade de reunir
profissionais competentes e participativos para a compilação de propostas e
ideias que serão enviadas para o Congresso Nacional de Profissionais (CNP),
em setembro, em Foz do Iguaçu. Essas
discussões são de extrema importância
e nortearão as atualizações e mudanças
necessárias à legislação profissional.
Nesta edição da nossa revista trazemos um panorama sobre a defesa
agropecuária no Pará, as conquistas e
os desafios que ainda precisam ser enfrentados. Na coluna “Mercado de Trabalho”, o ensino à distância é o assunto
da vez, como mais uma ferramenta
para o crescimento profissional.
Aproveite o conteúdo e boa leitura.
Um abraço,
ENGENHEIRO AGRÔNOMO ELIAS LIMA
PRESIDENTE DO CREA-PA
10
16
NOSSAS SEÇÕES
19
CONSTRUÇÃO
Em Curso
4
Expressas
5
Artigo Técnico
9
Mercado de Trabalho 24
Por Dentro do Crea
26
Livros
27
ENTREVISTA
PARQUES
22
ÁGUAS
EM CURSO
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará
SEDE: Tv. Doutor Moraes, 194 • Nazaré • Belém-PA • CEP 66.035-080
FONE/FAX: (91) 3219-3402 / 3219-3403 / 3219-3404 / 3219-3408
FUNCIONAMENTO: 2ª a 6ª feira. Das 8h às 14h
E-MAIL: [email protected]
OUVIDORIA: (91) 3219-1132 / 3219-1136 ou
[email protected] / www.creapa.com.br
DIRETORIA 2016
Presidente
Eng. Agrônomo Elias da Silva Lima
1º Vice-Presidente
Eng. Civil Maria do Carmo Pereira de Melo
2º Vice-Presidente
Engenheiro Sanitarista Augusto Alves Ordonez
1º Secretário
Eng. Agrônomo Pedro Paulo da Costa Mota
2º Secretário
Eng. Civil Dionisio Bentes Rodrigues do Couto Júnior
1º Tesoureiro
Eng. Agrônomo Roberto das Chagas Silva
2º Tesoureiro
Eng. de Produção Vitor William Batista Martins
CÂMARAS ESPECIALIZADAS
Câmara Especializada de Agronomia e Engenharia Florestal
Coordenador: Eng. Agrônomo Dilson Augusto Capucho Frazão
Adjunto: Eng. Agrônomo Raimundo Cosme de Oliveira Jr.
Câmara Especializada de Engenharia Civil, Segurança do Trabalho,
Geologia e Minas
Coordenador: Eng. Civil Antonio dos Santos Ferreira Neto
Adjunto: Eng. Civil José da Silva Neves
Câmara Especializada de Engenharia Elétrica
Coordenador: Eng. Eletricista José Emmanoel de Carvalho Mesquita Jr.
Adjunto: Eng. Eletricista Fernando Augusto Silva de Lima
Câmara Especializada de Engenharia Mecânica e Metalúrgica
Coordenador: Eng. Naval Juarez Botelho da Costa Jr.
Adjunto: Eng. Mecânico Grácio Paulo Pessoa Serra
Revista
REAPA
COMISSÃO EDITORIAL
Coordenador
Eng. Agrônomo Dilson Augusto Capucho Frazão
Coordenador Adjunto
Geólogo José Waterloo Lopes Leal
Coordenador do Núcleo de Relações Institucionais - NRI
Relações Públicas Marcelo Rodrigo da Silva Pantoja
Ascom CREA-PA: Ercília Wanzeler
Esta é uma publicação do Conselho Regional
de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA)
executada pela Holy Comunicação e Editora
(Rua Manoel Barata, 1569. Reduto. CEP 66053-320. Fone 91 3218-4698)
Diretores: Alexandre e Olinda Mendes
Edição: Mara Góes DRT/PA 1.430 / Produção: Luciana Cavalcante
Reportagens e textos: Elielton Amador
Fotos: Ascom CREA-PA,
Agência Pará, e banco de imagens
Diagramação e arte: Holy Comunicação
Tratamento de imagens: Elias Portilho
Comercialização: Olinda Rodrigues e Rodrigo Pinho
Impressão: Gráfica Halley
4
Revista
CONFEA
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia
PA
S11D
O projeto Ferro Carajás S11D, em fase de
implantação simultaneamente no Pará e no Maranhão, promete aumentar a produção de minério
de ferro de maior qualidade do planeta. Para o
gerente-executivo de Planejamento Estratégico e
Desenvolvimento de Negócios Ferrosos da Vale,
Lúcio Cavalli, o projeto é vital também para a manutenção e até mesmo a ampliação da produção
de minério de ferro em Minas Gerais. Segundo
ele, as siderúrgicas não consomem somente
minérios de alto teor ou de baixo teor, mas sim
um produto intermediário. “A proposta é entregar
a carga do alto-forno pronta, nos teores certos”,
afirmou o executivo. Nesse sentido, o minério
produzido no Pará, de alto teor, é complementado
pelo minério de teor menor de Minas Gerais.
Com uma carga metálica média, em torno de
62% de ferro, “vamos tirar a competitividade dos
[mineradores] australianos”, declarou durante o
Fórum Minas e Mineração no Século XXI, realizada em Belo Horizonte em meados de junho.
PACTO
O Programa Municípios Verdes está percorrendo várias cidades paraenses para a renovação
do Pacto pelo Meio Ambiente, uma parceria com
as secretarias municipais de Meio Ambiente, que
está readequando as demandas locais às metas
que visam o controle do desmatamento e o desenvolvimento econômico de cada cidade, de forma
legal e sustentável. Em 2016 já renovaram o pacto
municípios como Dom Eliseu, Rondon do Pará,
Abaetetuba, Moju, Marabá, Rurópolis, Itupiranga,
Novo Progresso, Itaituba, Redenção, entre outros.
AÇÃO
Investidores da Vale nos Estados Unidos querem um ressarcimento de mais de US$ 1 bilhão
na ação coletiva movida contra a mineradora
no país. O montante, segundo os acusadores, é
referente à desvalorização das ADRs preferenciais
e ordinárias da companhia no período abordado
pelo processo, que vai de novembro de 2013 a
novembro de 2015. Segundo os investidores, a
desvalorização das ações aconteceu depois que o
mercado tomou conhecimento dos “comunicados falsos e enganosos publicados pela Vale sobre
seu suposto compromisso com segurança e meio
ambiente e sobre sua responsabilidade pela barragem do Fundão”. As declarações constam no texto
do processo consolidado contra a mineradora,
ajuizado na Justiça americana em maio e assinado
pelo escritório de advocacia americano
Bernstein Litowitz Berger & Grossmann.
GT TAPAJÓS
Por meio do Decreto n° 1.535, o Governo
do Estado criou o Grupo de Trabalho Permanente do Tapajós com a finalidade de estabelecer
estratégias de atuação, com ações dirigidas ao
desenvolvimento sustentável da região. O GT
pretende identificar problemas e desafios para
atuar, a partir de uma proposta comum de
trabalho, possuindo foco na mineração, assim
como articular, integrar, acompanhar e gerir as
ações necessárias para solucionar as questões
decorrentes da atividade de mineração, além de
promover a implementação de um plano de ação
para aprimorar a governança no território.
FALHAS
Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria apontou que 67% das empresas
que utilizam a eletricidade como principal fonte
em seu processo produtivo sofrem prejuízos
por causa das falhas no fornecimento de energia
elétrica. E esse problema, por incrível que pareça, é
mais frequente na região Norte, onde o percentual
de empresas que reclamam das falhas chega a 69%.
Na sequência, aparecem o Centro-Oeste (55%),
Sudeste (49%), Sul (45%) e Nordeste (42%). Os
setores que acumularam maiores perdas em razão
de quedas na distribuição são os de extração de minerais não metálicos, de plásticos e de metalurgia.
FLEXIBILIDADE
Em outra pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria em parceria
com o IBOPE, desta vez sobre flexibilidade no
mercado de trabalho, apontou que mais de 70%
dos entrevistados gostariam de ter liberdade para
definir horário e local de trabalho. Outro desejo
é poderem dividir os 30 dias anuais de férias em
mais de dois períodos. Ou seja, ter mais opções
para sua rotina, mesmo que isso signifique flexibilizar regras trabalhistas. A pesquisa mostra ainda
que 58% dos entrevistados gostariam de reduzir
o intervalo de almoço para sair mais cedo para,
por exemplo, evitar o horário de pico no trânsito,
enquanto 63% concordariam em trabalhar mais
horas por dia para poder tirar folgas depois. Para
a CNI, modernizar e desburocratizar as relações
do trabalho no Brasil é urgente e necessário, uma
vez que o mundo do trabalho evoluiu ao passo
que as leis trabalhistas continuam antigas. Mas é
claro, é preciso ter segurança para que empresas
e sindicatos de trabalhadores negociem rotinas
de trabalho, como as especificadas na pesquisa,
mesmo que haja normas trabalhistas contrárias,
respeitando o legítimo interesse das partes.
FORDLÂNDIA
A Justiça Federal ordenou ao Instituto
de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan) e ao município de Aveiro, no oeste do
Pará, que promovam medidas emergenciais
para a preservação do patrimônio histórico de
Fordlândia, cidade criada por Henry Ford na
década de 1920. A decisão coloca em xeque a
morosidade do Iphan em concluir o tombamento do local, iniciado em 1990, e da falta de
cuidados da prefeitura, o que vem provocando o
deterioramento rápido da cidade.
EXPRESSAS
CREA-PA promove Congresso
Estadual de Profissionais
A nona edição do CEP - Congresso Estadual de Profissionais do CREA-PA movimentou o auditório Lourival Bahia, na sede do Crea-PA, em
Belém, entre os dias 27 a 29 de junho.
Trabalhando a temática “Defesa da
Engenharia e da Agronomia Brasileira”, através dos três eixos temáticos
aprovados - Defesa e Fortalecimento
da Engenharia e da Agronomia junto
à Sociedade; Tecnologia e Inovação;
e Carreira e Prerrogativas da Engenharia e da Agronomia, o 9º CEP é a
culminância dos encontros regionais
preparatórios ocorridos no mês de
maio em Paragominas (4), Marabá
(10) e Santarém (24), quando o Conselho Regional e a Caixa de Assistência Mútua estiveram presentes, conduzindo debates, esclarecendo dúvidas,
aprovando pautas que representem
os anseios dos profissionais e, ainda,
elegendo delegados estaduais.
Ainda durante as reuniões preparatórias os profissionais também
participaram de palestras de interesse
do Sistema Confea/Crea/Mútua, como
“Programa Estadual de Agricultura de
Baixo carbono - ABC/PA”, com o Eng.
Agr. Carlos Damasceno, e “A riqueza
mineral do estado do Pará”, com José
Maria do Nascimento Pastana.
O 9º CEP é um importante fórum
de debate das pautas norteadas pelos
eixos temáticos já mencionados, motivo do convite para que os profissionais
da área Tecnológica se façam presentes, contribuindo efetivamente com o
propósito do evento, que é discutir e
deliberar questões e propostas dentro
dos assuntos elencados, em prol de
toda classe tecnológica do estado. As
propostas aprovadas no CEP serão
levadas ao Congresso Nacional de
Profissionais (CNP), que será realizado nos dias 2 e 3 de setembro, na
73ª Semana Nacional da Engenharia e
Agronomia (Soea), em Foz do Iguaçu.
Para o presidente do CREA-PA, Eng. Agrônomo Elias Lima, é
necessário buscar alternativas e esses
eventos locais são importantes para
o crescimento da engenharia. “A engenharia é a locomotiva do país. Sem
engenharia não há desenvolvimento.
E precisamos opinar e mostrar a
realidade de cada região e área
de atuação”, afirmou.
Confea e Ordem
dos Engenheiros de
Portugal definem
requisitos para
emissão de registro
profissional recíproco
O trânsito de engenheiros entre
Brasil e Portugal está mais facilitado.
O Conselho Federal de Engenharia e
Agronomia (Confea) e a Ordem dos
Engenheiros de Portugal (OEP) aprovaram no dia 15 de abril regras para
emissão de registros de engenheiros,
com base no Termo de Reciprocidade
assinado pelas duas entidades
em setembro de 2015.
De acordo com as regras, os candidatos à mobilidade profissional deverão
estar regularmente registrados nas
duas entidades e precisarão apresentar
formulário de requerimento preenchido
com informações pessoais e profissionais, anexado de foto e cópia autenticada do passaporte e da cédula profissional. Devem ser profissionais graduados
que tenham cursado, no mínimo,
3.600 horas no Brasil, e cinco anos de
estudos em Portugal. Para o presidente
do Confea, o acordo irá proporcionar
novas oportunidades de emprego para
os brasileiros. “Especialmente para os
jovens engenheiros, o Termo de Reciprocidade abre as portas do mundo, a
começar por Portugal”, disse o eng. civ.
José Tadeu da Silva.
Diretoria visita o “Mangueirinho”
FOTO: ASCOM/CREA-PA
CREA-PA
O presidente, diretores e conselheiros do Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia do Pará visitaram
o Ginásio Poliesportivo do Estádio Olímpico do Pará,
o “Mangueirinho”, e conheceram em detalhes o projeto
executado pelas empresas paraenses Lage Engenharia, Mape
e Quadra Engenharia. A obra, orçada em R$ 94 milhões,
com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), iniciou em 2013 e segue os
padrões internacionais de infraestrutura. Tem capacidade
para receber 11.970 pessoas e uma composição que respeita
a questão da acessibilidade, com banheiros adaptados para
portadores de deficiência, vestiários e lugares reservados na
arquibancada. O ginásio, construído dentro do complexo
esportivo do Mangueirão, também será o primeiro do Estado completamente refrigerado. Um espaço moderno, com
placar eletrônico de última geração e cadeiras antifogo.
Revista
REAPA 5
Prêmio Mútua de Empreendedorismo
Consulta Pública
Uma novidade irá compor a programação da Mútua na 73ª Semana Oficial da
Engenharia e da Agronomia (Soea), em
Foz do Iguaçu (PR): a primeira edição do
“Prêmio Mútua de Empreendedorismo”,
uma parceria com a Associação Nacional
de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).
Profissionais registrados nos Creas e
estudantes de nível médio, tecnológico,
graduação e pós-graduação de cursos
reconhecidos pelo Confea e de pós-graduação de áreas correlatas e afins ao
Sistema Confea/Crea e Mútua poderão
inscrever projetos relacionados a processos, produtos e serviços inovadores,
para serem identificadas como iniciativas passíveis de apoio. Autores dos três
melhores projetos, a serem julgados pelo
corpo técnico da Anprotec, serão levados
para a 73ª Soea - de 29 de agosto a 1º de
A Lei da Biodiversidade,
“Lei nº 13.123, de 20
de maio de 2015, que
dispõe sobre o acesso
ao patrimônio genético,
sobre a proteção e o
acesso ao conhecimento
tradicional associado
e sobre a repartição de
benefícios para conservação
e uso sustentável da
biodiversidade” está
em consulta pública.
Os interessados em
opinar podem enviar
suas contribuições via
patrimoniogenetico@
presidencia.gov.br
Preservar o meio ambiente e incentivar a arborização da cidade. Esses
foram alguns dos objetivos que uma
parceria entre o Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia do Pará, a Mútua-PA e a Embrapa Amazônia Oriental
projetou através de doações de mudas
de árvores nativas da Amazônia, em
comemoração ao Dia Mundial do Meio
Ambiente, celebrado dia 5 de junho.
A ação principal foi realizada no dia
4 de junho, na Praça Batista Campos,
com a doação à população de mudas
de espécies como açaí, mamorana, pau
preto, ipês. Mas a doação continuou
6
Revista
PA
Projeto brasileiro é reconhecido como mais
inovador na América Latina
A Votorantim Cimentos recebeu
o Prêmio Clemente Greco, na categoria Melhor Projeto de Inovação,
Ambiental ou de Sustentabilidade do
Cimento. O projeto vencedor “Uso de
escórias não tradicionais como adição
aos cimentos da Votorantim Cimentos”
apresenta uma inovação de impacto
tanto na destinação do passivo das
grandes mineradoras – as escórias
ácidas – quanto no meio ambiente, já
que o cimento é produzido com menos
emissão de CO2. Implantado com
sucesso nas fábricas da Votorantim
Cimentos, o uso das escórias como
adição já provocou uma queda de 10%
no uso do clínquer das fábricas da Votorantim Cimentos da Região Sudeste.
Esta ação é resultante da calcinação de
uma mistura de calcário, argila e de
componentes químicos como o silício,
o alumínio e o ferro, entre 2013 e 2015.
Lideranças do Sistema traçam
estratégias de manutenção da ART
Gilberto Lopes e o filho com suas mudas
Entidades promovem
ação pelo Dia do
Meio Ambiente
Vai até o dia 29 de julho a III Campanha de Conciliação do CREA-PA voltada
aos profissionais do Sistema com atraso na anuidade ou com algum auto de infração
pendente. Para fazer a conciliação o profissional precisa ir à sede do Crea, em Belém,
ou nas inspetorias regionais. Também é possível fazer a conciliação pelo Sitac, através
do site do Crea-Pa.
FOTOS MÚTUA-PA
FOTOS MÚTUA-PA
setembro deste ano - para apresentação
da proposta e recebimento do certificado
da premiação. Além disso, a ideia é que
a Anprotec direcione os projetos vencedores a instituições de fomento (parques
tecnológicos, incubadoras, aceleradoras,
entre outras), para oportunizar apoio e
parceria para futuros negócios.
O projeto poderá ser encaminhado
individualmente ou por equipe, sendo
que em ambos os casos o autor principal
deve ser profissional registrado e adimplente com o Crea ou estudantes de nível
médio (técnicos), superior (tecnólogos
ou graduação) ou de pós-graduação. As
inscrições estarão abertas até 31 de julho.
Os interessados devem enviar a proposta
em formulário próprio disponível no
www.anprotec.org.br, devidamente preenchido, exclusivamente, para o e-mail:
[email protected]..
Conciliação
EMBRAPA, CREA-PA e MÚTUA-PA durante ação na Praça Batista Campos
até o dia 10, na sede da Mútua-PA. A
iniciativa atraiu a atenção de quem
passava pelo local. O engenheiro civil
Gilberto Lopes e seu filho Gilberto Elano, 2 anos, escolheram duas espécies.
“Adorei esta ação. Estou levando mudas
de cumaru e pau preto para plantar em
uma área próxima à minha casa, assim
o benefício será de todos”, afirmou.
A diretora geral da Mútua-PA,
Eng. Agr. Ana Maria Faria também
ressaltou a importância da conscien-
tização ambiental. “A preocupação
com o meio ambiente não é só nossa,
queremos chamar atenção da sociedade para a causa, para a importância
de plantar árvores”. As mudas foram
disponibilizadas pelo Laboratório
de Sementes Florestais, da Embrapa.
Segundo a pesquisadora Noemi Viana, o trabalho do laboratório envolve
a pesquisa de espécies da floresta e
o incentivo ao plantio de árvores de
espécies nativas da Amazônia.
Lideranças do Sistema Confea/Crea e
Mútua reuniram-se em abril, na sede da Caixa
de Assistência, em Brasília (DF), para definir
estratégias conjuntas de defesa da Engenharia e
da sociedade, com a manutenção da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). As
instituições do Sistema realizam campanha de
valorização da taxa, mostrando sua importância para salvaguarda da sociedade e dos profissionais da área tecnológica, além de promover
iniciativas institucionais e jurídicas.
“Desde que a Lei nº 6.496, de 7 de
dezembro de 1977, instituiu a ART e
autorizou o Confea a criar a Mútua - o que
foi efetivado por meio da Resolução nº 252,
de 17 de dezembro de 1977 -, o objetivo
do legislador foi o de defender a sociedade,
estabelecendo a responsabilidade técnica
entre o profissional e seu cliente. De fato,
temos de defender a ART, pois, assim,
estamos defendendo a sociedade”, destacou
o presidente da Mútua, Paulo Guimarães.
Na avaliação do presidente do Confea,
José Tadeu, não só o Sistema Confea/Crea
e Mútua, mas a organização profissional
como um todo passa por um momento
singular. “Observamos um movimento em
favor da desregulamentação profissional
e de extinção dos conselhos. Temos que
lutar pela permanência da regulamentação
profissional. No caso do Sistema Confea/
Crea e Mútua, somos lideranças, eleitas pelos profissionais para defendê-los. E vamos
fazer isso”, disse José Tadeu, completando:
“A ART é fiscalização, o que nos remete
aos nossos fiscais e o importante trabalho
que executam. Vemos que muitos falam de
ART de forma distorcida. A ART é a garantia de profissionais e empresas certificadas e
qualidade para a sociedade”.
FOTOS ASCOM CREA-PA
GECOM/2016
FOTOS ASCOM CREA-PA
Após a Sessão foi cortado o bolo comemorativo
Algumas personalidades foram homenageadas pelo Crea-Pa
Sessão Solene na Alepa homenageia
os 82 anos do Conselho
Os 82 anos do Crea-PA, completados no dia 23 de abril, foram comemorados em uma Sessão Solene no plenário Newton Miranda, na Assembleia
Legislativa do Estado do Pará (Alepa),
no dia 25 de abril. Funcionários, colaboradores e conselheiros participaram
da sessão, proposta pelo deputado Celso
Sabino e aprovada por unanimidade. A
deputada Cilene Couto presidiu a sessão
a parabenizou a iniciativa. “É uma
homenagem justa, meritória e legítima”,
afirmou.
A presidente em exercício do Crea-PA, Eng. Civ. Maria do Carmo Pereira
de Melo dedicou a homenagem aos
funcionários do Conselho e destacou a
relevância do momento. “O Crea-PA se
sente honrado com a homenagem, que
mostra a importância da engenharia
para o mundo. Ela (engenharia) está
em todos os lugares e esse reconhecimento valoriza os trabalhos, que
contribuem diretamente para o desenvolvimento do Estado”.
O trabalho desenvolvido pelo Conselho foi elogiado pelo deputado Celso
Sabino. Ele lembrou a importância das
profissões abrangidas pela área tecnológica. “Estou feliz por estarmos hoje
comemorando os 82 anos do Crea-PA,
sobretudo pelo papel da instituição
na fiscalização de obras do Estado.
Recebam o reconhecimento dos parlamentares que aprovaram a realização
desta sessão”.
Também esteve presente na sessão
o chefe da Casa Civil da Governadoria
do Estado, José Megale, que destacou
a presença do Crea-PA em grandes
projetos desenvolvidos no Pará, além
da relevância dos trabalhos dos profissionais para o crescimento do mesmo.
“O Crea-PA é um pilar da construção
deste Estado”, ressaltou.
Prestigiaram ainda a sessão solene o
presidente do Clube de Engenharia do
Pará, Gilmário Drago; o vice-reitor da
Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Paulo Santos; Ana Maria
Pereira de Faria, diretora da Mútua-PA; o Capitão de Mar e Guerra do 4º
Distrito Naval, Alberto da Silva Santos;
o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Pará (Aeapa),
Amintas de Oliveira Brandão; Pedro
Paulo Mota, coordenador da Comissão de Relações Públicas do Crea-PA;
e José Waterloo Leal, presidente da
APGAM.
A Mútua-PA tem orgulho
de ser parceira do
2º Congresso Amazônico
de Meio Ambiente e
Energias Renováveis.
Inscreva-se, faça a
diferença e participe!
Realização
AGENDA
Curso GESTÃO PÚBLICA POR RESULTADOS dias 18 e
19 de julho, em Brasília, no Centro de Treinamento da One
Cursos. Informações [email protected] e cursos@
onecursos.com.br.
XIX CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS e XX Encontro Nacional de Perfuradores
de Poços, de 20 a 23 de setembro, em Campinas/SP.
Informações no www.abas.org/xixcabas/
Curso ORÇAMENTO DE OBRAS E CÁLCULO DO
BDI, nos dias 29 e 30 Julho, pelo IBEC (Instituto Brasileiro
de Engenharia de Custos), de São José dos Campos/SP.
Informações (12) 3027-5040.
Curso de AUDITORIA AMBIENTAL, em Belém, dias 11 e 12 de
julho, no Hotel Sagres. Inscrições pelo site www.maxiambiental.com.
13º COBEE – Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e
ExpoEficiência 2016, dias 30 e 31 de agosto, em São Paulo.
8
Patrocínio
Informações:
www.camaer.com.br
[email protected]
(91) 99303-2905
Apoio
WORD MINING CONGRESS (WMC 2016), um dos mais
importantes eventos de mineração do mundo, entre 18 e 21
de outubro, no Rio de Janeiro/RJ. Informações e inscrições no
site do IBRAM (www.ibram.org.br).
Avenida Gen�l Bi�encourt, 237 - Nazaré - Belém-PA - CEP.: 66.035-340
Tel.: (91) 3212-8222 / (91) 3212-8180 - [email protected]
Revista
PA
Raio-X
da construção
civil no Pará
Empresários e sindicalistas falam sobre as
causas e como o mercado deve superar a
crise que afeta fortemente o setor
Revista
10
FOTO :123RF
CAPA
ELIELTON ALVES AMADOR
D
emissões, recuo nas vendas de
unidades, queda nos lucros e escândalos políticos envolvendo as
maiores empreiteiras do Brasil atormentam hoje o mercado da construção civil
no Brasil. A crise econômica, agravada
pela crise política brasileira, afeta drasticamente o setor produtivo e consequentemente a engenharia paraense de modo
amplo. Para ter uma dimensão do desemprego provocado, em 2015 estima-se
que 1,7 milhão de brasileiros perderam o
emprego. Engenheiros recém-formados
que antes podiam escolher onde trabalhar agora encontram dificuldades para
se posicionar no mercado de trabalho.
Segundo dados do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), de 2003 a
2013, com o aquecimento da economia,
o número de empregos para engenheiros
subiu cerca de 87%. Mas em 2014 o número de profissionais demitidos superou
o número de contratados. Entre os 52.012
contratados e os 55.160 demitidos houve
um saldo negativo de 3.148. O saldo permaneceu negativo no ano passado e as
demissões continuam este ano. As empresas demitem os mais novos profissionais e
isso cria instabilidade e preocupação.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará
(Sinduscon-PA), Marcelo Gil Castelo
Branco, estima que o setor perdeu apenas este ano na Região Metropolitana
de Belém cerca de 20 mil empregos. Dos
cerca de 100 mil postos de trabalho que
existiam há três anos no Estado, hoje
permanecem apenas a metade. Segundo ele, o setor precisa principalmente de decisões de governo para reagir
e para ele a crise é de confiança.
O balanço do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) afirma que o setor
acumula nos últimos 12 meses a perda de
26 mil postos de trabalho. O último levan-
tamento, realizado em março, constatou
um saldo negativo de 1.333 postos, quando comparado o número de admissões
(4.229) contra os desligamentos (5.562).
No mesmo período do ano passado,
também houve saldo negativo entre contratados e demitidos, mas ele foi bem menor, num total de 792, na diferença entre
6.080 admissões contra 6.872 desligamentos. Ou seja, além do saldo ser menor, o
total absoluto de contratações ainda demonstrava certo volume de trabalho.
Ainda segundo o Dieese-PA, em
toda a Região Norte apenas os estados
de Tocantins (122) e Roraima (61) tiveram saldo positivo naquele mês. Dos
sete estados, o Pará teve o maior déficit,
com número negativo quase cinco vezes maior do que o segundo colocado
no ranking dos piores, o estado de Rondônia, que teve 277 postos perdidos no
mês. Provavelmente essa colocação negativa no Pará se deve ao fato do Estado
ainda concentrar investimentos principalmente em obras de infraestrutura.
Para se ter uma ideia mais clara do
cenário enfrentado na construção civil
por aqui, o Sinduscon-PA tem hoje 128
associados. Muitas dessas empresas surgiram no boom do crescimento imobiliário. “As nossas (empresas paraenses e
filiadas) devem sobreviver porque são
as fortes. Mas ainda há muita desunião
no nosso setor”, afirma o presidente
do Sinduscon Marcelo Gil.
Outro índice que mostra que o mercado não vai bem pode ser constatado
nos cartórios de registro de imóveis, onde
a referência é o Imposto de Transmissão
de Bens Imóveis (ITBI). Segundo Marcelo
Gil, houve 30% de queda na arrecadação
desse tributo. “Quando existe desconfiança tudo cai, ainda mais com a limitação
do crédito, aí mesmo é que as coisas pioram. Com juros altos e sem crédito, não
tem comprador, se não tem investimento,
caem as vendas no comércio também, enfim, toda a cadeia sofre”, explica.
Revista
PA
PA
11
Obra pública também enfrenta
dificuldades e paralisação de projetos
O presidente da Associação das
Construtoras de Obras Públicas do Estado do Pará (ACOP-PA), Luiz Maia Jr.,
garante que o setor de obras públicas
(ligado principalmente à estradas, portos e outras) está bagunçado. “A gente
não tem uma resposta efetiva do governo, não sabe se vai continuar ou como
vai continuar, porque o governo, em
todas as esferas, municipal, estadual ou
federal, não chama a gente para conversar e renegociar as obras”, reclama.
Para ele, existem obras de prograRevista
12
PA
mas que são consideradas prioridades,
mas as prioridades não são comunicadas. “Essas (obras) que são prioridades
continuam recebendo, mas as outras
ficam paradas sem respostas à nossa demanda. É uma situação drástica, em que
falta confiança e seriedade para definir
as coisas”, opina.
O programa que ainda sustenta
parte do setor no Pará é o Minha Casa,
Minha Vida, onde há cerca de 50 mil
unidades sendo construídas, aproximadamente 10 mil estão em Belém.
Alex Carvalho, que é vice-presidente do Sinduscon tem uma empresa que
trabalha com o programa e afirma que
houve momentos difíceis no passado,
entre 2014 e 2015, mas que o governo
está repactuando as obras especificamente desse programa. “Foram anos
dificílimos quando tivemos altos investimentos em nível de competência
e, por outro lado, uma lucratividade
baixíssima. E no último ano eleitoral
houve muitos atrasos nos pagamentos”,
contou.
O que garantiu a continuidade do Minha Casa, Minha
Vida foi a medida do Governo Federal, que em novembro do
ano passado, permitiu que recursos do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) fossem usados para obras de cunho
social como as do programa. “Foi então que conseguimos repactuar esses contratos, em seis meses, oito meses. É menos
pior ter esse tipo de prejuízo do que não ter recurso suficiente
para tocar as obras. Para as empresas que se planejam, esses são contratos de extremo risco porque a gente compra
material em larga escala”, explicou Carvalho.
Dos entrevistados pela Revista CREA-PA para fazer
esse panorama da crise no setor, o presidente da Associação de Dirigentes de Empreendimentos Imobiliários (Ademi), Andrei Morgado, foi o mais otimista. Basicamente,
ele afirmou que o setor vai se recuperar em algum tempo.
Ele também disse que a Caixa não está cumprindo muitos
contratos hoje, mas isso é por causa do momento de instabilidade e porque teve que redirecionar recursos para outros programas. Mas Morgado acredita que assim que a
estabilidade do governo for retomada, a iniciativa privada
e os bancos públicos devem voltar a investir.
“Os bancos privados que ainda não estão investindo com
força poderão voltar a investir tão logo a crise política passe.
Os bancos nunca pararam de investir, na verdade. Diminuíram apenas os investimentos, hoje com a situação instável
não é tão fácil conceder crédito porque muita gente está no
vermelho, mas as coisas podem melhorar. O déficit habitacional é muito grande e isso não vai mudar de uma hora para
outra, vai ser preciso voltar a construir”, resumiu.
Já para o empresário Alex Carvalho a crise política-econômica ainda vai piorar bastante antes do País se estabilizar. Ele lembrou que parte da situação foi promovida
pela relação promíscua entre o governo e a iniciativa privada. “O noticiário é claro. A Operação Lava Jato tem punido não somente no setor político como também no setor
empresarial. As relações precisam ser renascidas porque o
sistema está desgastado. É preciso que as relações entre setor público e setor privado sejam renascidas dentro de um
critério da prática de boas condutas”, afirmou.
O empresário concluiu sua entrevista com uma reflexão
sobre a questão. “Essa talvez seja a maior crise que o Brasil
já enfrentou. Para que a gente possa sair dela, temos que ter
equilíbrio, bom senso, e trabalhar o máximo na razoabilidade, porque é preciso ter um esforço coletivo e o setor da construção precisa se engajar procurando cada vez mais ações
éticas, respaldadas. É preciso cumprir os contratos e fazer
a sua parte. Acho que nos cabe, assim como a todos os entes
do setor produtivo, fazer uma reflexão sobre o que se pode
fazer melhor em prol do Brasil. O Brasil só vai conseguir
sair dessa crise se a sociedade organizada e cada indivíduo
procurar fazer o melhor para sair dessa crise”, resumiu.
SUPER
MASSA
ARTIGO TÉCNICO
REFLORESTAR É PRECISO: PRODUÇÃO E PESQUISAS COM
SEMENTES DE ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS DO PARÁ
Noemi Vianna Martins Leão
Pesquisadora do Laboratório
de Sementes Florestais da Embrapa
Amazônia Oriental
P
esquisas de silvicultura tropical na
Amazônia Oriental tiveram um marco
inicial na implantação de estudos na região de Santarém, oeste do Pará, pela chamada
“Missão FAO”, na década de 50. Essas pesquisas
tiveram grande avanço na década de 70 com
os experimentos implantados em Santarém
e Belterra (PA), pelo PRODEPEF (Projeto de
Desenvolvimento e Pesquisas Florestais), com
a realização de estudos de métodos silviculturais visando apoio de projetos de reflorestamento e de povoamentos florestais com
espécies nativas da região, posteriormente repassados para a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (EMBRAPA), criada em 1973.
A partir de 1979 foram iniciadas pesquisas
com sementes de espécies florestais nativas, na
Embrapa Amazônia Oriental, priorizando aquelas com alto valor econômico e silvicultural. No
início da década de 80 foi implantado o “Parque
Fenológico”, da Floresta Nacional do Tapajós
(FLONA Tapajós). A área experimental com um
total de 400 hectares foi selecionada em mata de
terra firme, localizada no Km 67, da Rodovia
Santarém-Cuiabá, para desenvolver pesquisas
sobre fenologia reprodutiva de espécies florestais
nativas de valor econômico e ecológico.
Na década de 90, no ano de 1996 foi inaugurado o Laboratório de Sementes e Mudas
Florestais, na Embrapa Amazônia Oriental,
em Belém (PA) e, em 1997, mais um Laboratório de Sementes Florestais foi instalado em
Benevides (PA), através de uma iniciativa da
AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Pará), em parceria
técnica com a Embrapa Amazônia Oriental,
e, recursos financeiros da Secretária Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente
(SECTAM), do Estado do Pará e, do Ministério do Meio Ambiente (MMA)/Fundo
Nacional do Meio Ambiente (FNMA).
O trabalho em parceria continuou, na
região sudeste do Estado do Pará, onde os
índices de desmatamento são elevados e com
registro de muitas serrarias e siderurgias atuando na área. Essas empresas demandam grande quantidade de madeira e de carvão para
seu funcionamento, havendo necessidade de
fortalecer ações que viabilizassem projetos de
Revista
14
PA
silvicultura de produção. Com essa finalidade
foi implantado um Laboratório de Sementes
Florestais, na cidade de Marabá, em 2002, em
parceria técnica com a Embrapa Amazônia
Oriental e suporte financeiro da Prefeitura Municipal de Marabá, da ASSIMAR (Associação
das Indústrias Madeireiras de Marabá e Região),
e do MMA, através do FNMA.
Em 2006, a ELETRONORTE inaugurou
um Laboratório de Sementes Florestais, em
sua sede, no município de Tucuruí (PA), além
de um completo Banco de Germoplasma Florestal instalado na área de influência da UHE
Tucuruí, em parceria com a Embrapa Amazônia Oriental, a Universidade Federal Rural da
Amazônia (UFRA) e o Museu Paraense Emílio
Goeldi. Com relação à produção de sementes
florestais foram introduzidas “Áreas de Coleta de Sementes (ACS)” nas chamadas Base 3 e
Base 4, além da Ilha de Germoplasma, totalizando 467 hectares de florestas nativas inventariadas, demarcadas e com matrizes selecionadas,
dos quais 200ha nas duas bases e mais 67ha na
Ilha. Complementarmente, um programa de
capacitação em fenologia reprodutiva, coleta de
sementes e produção de mudas foi implementado para dar suporte às ações de reflorestamento
e recuperação de áreas alteradas na região do
entorno do lago formado pela hidrelétrica.
Deve-se ressaltar a preocupação com as populações tradicionais que mantém preservadas
extensas áreas de floresta nativa e que precisam
gerar renda para sua manutenção. Por esta razão, foi firmada parceria entre o Programa
Parakanã e a Embrapa Amazônia Oriental, a
UFRA e o Museu Emílio Goeldi para a instalação de ACS, na Terra Indígena Parakanã, em
Novo Repartimento (PA), que tem uma área
total igual a 360.000 hectares, com tipologias
florestais representativas da região e muito bem
preservadas. Este trabalho foi pensado devido
à necessidade de promover ações produtivas e
de geração de renda visando à manutenção da
floresta em pé e promover o desenvolvimento
sustentável da Terra Indígena Parakanã.
Pesquisas com fenologia reprodutiva foram realizadas, além de testes de germinação
de sementes, métodos de colheita e produção
de mudas de diferentes espécies. Um programa de capacitação em manejo de produtos
florestais não-madeireiros, com ênfase na
coleta de frutos e sementes foi desenvolvido
e mais de 50 indígenas foram capacitados
para os trabalhos de colheita de sementes nas
copas das árvores para manter o programa
de produção de sementes florestais.
Outro aspecto relevante foi o aumento e a
consolidação do fomento florestal através da
doação das mudas, após a avaliação dos experimentos. Anualmente, mais de 25 mil mudas
de, pelo menos, quarenta espécies têm sido
distribuídas a interessados, desde o pequeno
produtor até comunidades tradicionais dispostas a plantar árvores em suas propriedades.
A silvicultura urbana também tem sido bem
fortalecida por este programa de distribuição
de mudas de espécies arbóreas nativas.
As pesquisas com sementes florestais têm
grande importância nas atividades silviculturais. A partir do novo marco legal, com a aprovação da Lei 12.651, de 25 de maio de 2012, e,
alterada pela Lei 12.727, de 17 de outubro de
2012, chamada de “Novo Código Florestal”,
ficou evidente a necessidade de desenvolver
estratégias de atendimento aos programas de
reflorestamento para a recuperação de áreas
alteradas em Áreas de Preservação Permanente (APP) e em Áreas de Reserva Legal (RL),
esta última representando 80% da propriedade rural na Amazônia. Aumentou a demanda
por sementes e mudas de espécies nativas de
boa qualidade física e fisiológica para serem
utilizadas nos plantios, conhecendo-se a sua
tecnologia e os métodos adequados de armazenamento. Sementes de alto valor permitem um aumento do potencial de plantação e
uma redução nos custos de implantação.
Neste ano de 2016, no mês de junho, o
Laboratório de Sementes e Mudas Florestais
da Embrapa Amazônia Oriental completa 20
anos de atuação efetiva no apoio ao reflorestamento com espécies nativas no Pará e na
região amazônica. Há muito a ser feito, o trabalho continua sempre contando com parcerias institucionais e projetos de diversas fontes
de fomento. O importante é lembrar que a
região precisa e “reflorestar é preciso”.
Luciano Guedes
Diretor Geral
da Adepará
M
ineiro nascido em Teófilo Otoni, Luciano
Guedes está no Pará há quase 30 anos, tendo como base a região sul paraense, onde já
desenvolveu muitas atividades, desde produtor rural, passando pela presidência do Sindicato Rural de Redenção, até prefeito do município de
Pau D’arco e presidente da Associação dos Municípios do Araguaia-Tocantins (AMAT).
Desde janeiro de 2015 ele assumiu a
direção geral da Agência de Defesa
Agropecuária do Estado do Pará
(Adepará), e hoje ainda acumula a vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária
do Pará (Faepa). Toda essa
experiência faz de Guedes
um gestor técnico à frente
da Adepará, ou seja, aquele que entende do assunto e
sabe exatamente o que precisa ser feito para garantir
a proteção animal e vegetal, e assim conquistar
novos e melhores mercados para a produção
rural e da agroindústria
paraense. Confira a seguir a entrevista.
FOTOS ASCOM ADEPARÁ
ENTREVISTA
Qual o papel da Adepará para os
paraenses, para o Estado?
A Adepará cuida da sanidade animal e vegetal em todo o território paraense e certifica
a qualidade dos alimentos comercializados
dentro do Estado através da realização da
inspeção animal e vegetal. Colocando todos
os produtos alimentares produzidos no Pará
em conformidade com as exigências dos
mercados nacional e internacional.
Como agência de defesa, o órgão é relativamente novo e muita gente confunde
as atividades da Adepará com outros órgãos do governo ligados à agropecuária.
Qual a diferença primordial da Adepará?
A Adepará acompanha o produtor rural
e a indústria nos processos de produção desde o uso dos insumos, manejo e
procedimentos quanto à manipulação
dos alimentos até o transito animal e
vegetal em todas as etapas. Entretanto,
a atribuição da Agência sempre está relacionada com a qualidade dos alimentos produzidos, preservando a saúde
de quem consome, mantendo sempre a
preocupação com o meio ambiente e a
qualidade de vida da sociedade.
Hoje é cada vez maior a preocupação
das pessoas com o que estão comendo,
se está dentro dos padrões sanitários.
Com o Estado do tamanho do nosso,
como a Adepará implementa as políticas sanitárias necessárias?
Temos uma capilaridade imensa no estado
do Pará com mais de 195 pontos de atendimento para os produtores rurais e público em geral. São 20 gerências regionais, 65
unidades locais de sanidade agropecuária
(Ulsas), 88 escritórios de atendimento, 22
postos de fiscalização agropecuária nas
divisas estaduais, além de indústrias inspecionadas nas áreas de laticínios, frigoríficos, e agroindústrias de produtos animais
e vegetais. Temos uma equipe grande de
servidores, são cerca de 1.100 em várias
áreas: médicos veterinários, engenheiros
agrônomos, zootecnista, agentes de fiscalização agropecuária, além de administrativos e estagiários. Temos áreas complexas
como a Gerência de Trânsito, que movimenta dezenas de veículos, embarcações e
até aeronaves todos os dias por distâncias
continentais, e a Coordenadoria de Educação Sanitária, que educa e prepara crianças
e adultos para compreender a importância
da sanidade para o dia a dia. Temos ainda a
Gerência de Tecnologia da Informação, que
leva nosso sistema a pontos distantes para
O trabalho da Adepará é
de grande importância,
especialmente para que
tenhamos alimentos
seguros na mesa do
consumidor
que os produtores rurais acessem e fiquem
em dia com as vacinações e campanhas de
prevenção. Temos também as áreas fins que
são a Defesa e Inspeção Animal e também
a Vegetal, que garantem a segurança alimentar para todos os cidadãos paraenses,
brasileiros e até estrangeiros. Digo isso porque o Pará já se tornou grande exportador
de carne, açaí e cacau, dentre outros. Nosso desafio é grande, mas nossa disposição
para resolvê-los é maior ainda.
A Adepará tem pouco mais de uma década de existência e junto com o crescimento da agência o Pará conquistou a certificação de Livre de Febre Aftosa. Essa é hoje
a maior conquista da Agência?
É uma das grandes conquistas, pois a certificação como livre de febre aftosa com
vacinação deu ao Pará acesso aos mercados
da carne e subprodutos da pecuária bovina.
E como produzimos um excedente muito
grande, necessitamos dos mercados externos. Mas temos outras também, como a
expansão dos grãos no Estado, já que a soja
avança e nos propicia divisas importantes.
Em breve, vamos nos tornar o maior produtor de cacau, já somos o segundo maior
produtor nacional. Temos ainda várias outras atividades, tais como a citricultura, que
já desponta como uma importante área
a receber centenas de milhões de dólares
em investimento nos próximos anos, os
pescados também estão sendo trabalhados
e, em breve, terão papel de destaque nacional. Enfim, a vocação do Pará é a produção agropecuária e esta atividade tem
excelente condição natural do Estado, a
localização estratégica e a vocação do povo
paraense em trabalhar e produzir.
Com um estado tão grande e cheio de
particularidades, qual o desafio enfrentado para manter o status e livre de aftosa e ainda garantir o posto de maior
exportador de carne bovina no Brasil?
Contamos com a colaboração de cada servidor e de cada produtor rural. Precisamos
bater metas e manter nosso gado com sanidade. A exportação necessita de cumprir
protocolos nacionais e internacionais. O
Pará assina estes protocolos de compromissos comerciais nacionais com outros estados
e com vários países do mundo. A Adepará
tem a função e a responsabilidade de certificar esses acordos para que nós tenhamos
a garantia de ocupar esses mercados com a
nossa produção agropecuária. Não só com
a produção de produtos primários, mas
também com produtos industrializados da
agroindústria originários do estado do Pará.
Revista
PA
17
agricultor familiar não tem a sua produção
certificada. Para resolver a questão, estamos no campo com equipes qualificadas,
para termos a condição de certificar esses
produtores de pequena escala, para que eles
possam comercializar a sua produção. A
agricultura familiar é viável sim desde que
tecnificada e certificada para que o produtor
não apenas possa produzir de forma economicamente viável, mas também comercializar o produto de acordo com o mercado,
que exige essa certificação sanitária, seja ela
na área animal, seja ela na área vegetal.
Existe hoje um calcanhar de Aquiles para a Adepará na questão da
defesa agropecuária? Qual é?
Calcanhar de Aquiles é quando existe um
problema que não é resolvido. Na Agência
não temos isso. Existem problemas difíceis,
mas nada é impossível de ser solucionado.
Nossa luta é diária diante de graves problemas de toda ordem, mas nossa gestão não
se intimida diante das dificuldades.
Hoje a Adepará tem seis linhas de frente: educação sanitária, defesa animal,
inspeção animal, defesa vegetal, inspe-
ção vegetal e trânsito. Qual dessas categorias requer hoje maior atenção?
Todas são importantes. Elas estão interligadas para cumprir sua própria meta. Com
certeza, a defesa animal e a defesa vegetal
são os nossos objetivos. Diante dessa priorização, a agência inteira se movimenta
para adequar seu trabalho e cumprir as
exigências dessas duas áreas. A inspeção
e a educação sanitária também são fundamentais. O trabalho da Adepará é de grande importância, especialmente para que
tenhamos alimentos seguros na mesa do
consumidor, ou seja, possamos garantir a
segurança alimentar do cidadão paraense e
do consumidor nacional e internacional da
nossa produção agropecuária.
Qual o seu grande desafio à frente
da Adepará?
Temos muitos desafios, mas acredito que
um dos principais deles é, a todo dia, dar
continuidade com a formação da nossa
equipe técnica para atender às demandas
da sociedade, que, a cada dia, se torna mais
exigente na forma e qualidade de produção
dos alimentos, que devem ser socialmente
justos e ambientalmente sustentáveis.
FOTOS JÚLIO MOMONUKI PARA ASCOM PARAGOMINAS
O Pará tem uma cultura culinária forte,
com vários alimentos produzidos de
forma artesanal. Hoje a Adepará vem
desenvolvendo protocolos para garantir a qualidade desses produtos, como
é o caso da farinha, goma de mandioca, tucupi, maniva, caranguejo e queijo do Marajó. Como vem sendo feito
esse trabalho junto aos produtores,
revendedores e consumidores?
Nós temos vários polos de produção da agricultura familiar no estado. Como é de baixa
escala, tem dificuldade para conseguir certificação. Para isso nós temos dois programas
específicos, a certificação de produtos artesanais na área animal e da área vegetal, voltados para a agricultura familiar. Nós estamos
dando a condição para aquele que produz
em pouca quantidade, certificar a sua produção e garantir que seu produto possa ser
comercializado. Um exemplo disso é a merenda escolar. Para que o produtor consiga
fornecer para a merenda escolar, é preciso
estar com a produção certificada e, por lei,
no mínimo 30% da merenda escolar tem
que ser adquirida da agricultura familiar.
Grande parte dos municípios paraenses não
consegue adquirir esta produção porque o
ESPECIAL
Parque Ambiental de Paragominas
Parques
ambientais
Preservação de recursos naturais = qualidade de vida social
ELIELTON ALVES AMADOR
P
assear em um parque, sozinho ou
com a família, é um momento bastante prazeroso. Isso porque o parque
ambiental é um espaço que qualifica a vida,
a sociabilidade e mantém as reservas florestais e de recursos naturais imprescindíveis,
como água potável, oxigênio, áreas verdes,
etc. Essas coisas que são fundamentais à
vida. E o grande diferencial desses espaços
que ficam na cidade ou nas áreas ao entorno, diferente de outras unidades de preservação mais distantes, têm o ser humano como
parte integrante do ecossistema.
Tomemos como exemplo, em nosso
contexto amazônico, o município de Paragominas, que durante muito tempo o
drama ambiental e social. Desde os anos
1980 até a década de 1990 ficou conhecida como “Paragobala”, uma cidade que
era dominada pela exploração irrefreada e ilegal de madeira, onde prosperava
o crime e quase nenhuma sociabilidade
urbana. Hoje a cidade é bem urbanizada
e modelo de gestão municipal.
Essa virada ocorreu dentro da própria
sociedade local, que elegeu governantes
que decidiram debater e apontar soluções
para os problemas comuns. Uma delas foi
a legislação que dividia com a população
a responsabilidade de reflorestamento e
arborização da cidade. O resultado disso
já é história. Paragominas se transformou
em Município Verde e virou referência
para o mundo todo, além de modelo do
programa do Governo do Estado.
Monumento vivo dessa história é o Parque Ambiental Adhemar Monteiro. Criado
em 2005, teve como uma das funções a educação ambiental nas escolas do município.
No parque é possível encontrar diversos
animais típicos da região, como araras, coelhos, cutias e outras aves que passeiam pelo
Revista
PA
19
mata ciliar”, conta o secretário, ressaltando
que o parque fica às margens do Rio Uraim,
que corta a cidade. São 13 hectares, sendo
que destes 10 são urbanizados, isto é, possuem estrutura de passeio, que inclui lagos
artificiais com pedalinhos, brinquedos,
pontes, trapiches, lanchonete, etc.
Pela importância e representatividade
que tem para a população local, o parque
é uma das “sete maravilhas do Estado do
Pará”, de acordo com a Secretaria Estadual
de Turismo. Aos domingos, lota com centenas dos mais de 110 mil habitantes da
cidade. “Eu vim com a minha família aqui
no parque. É uma delícia. Aqui você respira a natureza”, diz a assistente social Jaciara Barbosa em um vídeo institucional do
local que pode ser visto na internet.
Pouco conhecido da população de
Belém, o parque Gunnar Vingren existe
desde 1991 e ocupa uma imensa área de
39 hectares entre os bairros da Marambaia
e Val-de-Cans, envolvendo os conjuntos
habitacionais Médici, Bela Vista, o Centro
de Adestramento da Marinha e a avenida
Júlio Cezar, influenciando no ecossistema
ambiental da capital. Abriga o Igarapé do
Burrinho, com rico bioma e ecossistema
de característica Amazônica, com floresta
de terra firme e uma floresta de várzea predominante, nascente que origina o canal
São Joaquim virando esgoto em seu prolongamento até a baía do Guajará.
Criado por Lei Municipal, a área foi
doada á Prefeitura pela Associação dos
Moradores do Conjunto Médici, que
reivindicavam a criação do Parque Ecológico para preservar a biodiversidade
local. Mas cercado de áreas periféricas,
o parque fica um tanto escondido da dinâmica social da capital paraense. Quase
esquecido. Tanto que o conselho gestor
só foi instituído uma única vez, por portaria, em 2010. Existiu no papel por dois
anos e não funcionou mais.
No ano passado, a Prefeitura de BeRevista
20
FOTO: AGÊNCIA BELÉM
Em Belém, Utinga e Gunnar Vingren
estão inseridos em áreas estratégicas
Convênio assinado entre Ideflor-Bio e PMB vai revitalizar o Gunnar Vingren
lém retomou o debate com a sociedade
para recriar o conselho gestor. Ana Lúcia
Muniz, engenheira florestal concursada
que responde atualmente pela Chefia da
Divisão de Parques da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), explica que ainda faltavam, até o final do mês
de maio deste ano, duas entidades para
compor o conselho, que é paritário. Hoje
o conselho consultivo conta com repre-
sentantes da Embrapa, Ideflor-bio, CREA-PA, Ministério Público e da Ordem dos
Advogados do Brasil, entre outros.
Com a estrutura prejudicada, o parque
não está aberto ao público. A prefeitura aguardava o repasse de R$ 100 mil por meio de um
convênio com o Ideflor-bio
(Instituto de Desenvolvimento Florestal
e da Biodiver-
UTINGA
O contexto de Belém é mesmo complexo do ponto de vista ambiental. O Parque
Estadual do Utinga, por exemplo, é área de
proteção ambiental que, além de servir à
população pela própria área verde, guarda
o manancial que fornece água potável para
toda a Região Metropolitana. Pela lateral
dele passa a obra de extensão da Avenida
João Paulo II, administrada pelo Núcleo de
Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), do governo estadual.
A obra já foi tema de reportagem da
Revista CREA-PA por conta da polêmica
causada pela construção prevista de um sistema de fitorremediação – espécie de tratamento de água por meio de plantas aquáticas
que foi questionado por um pesquisador da
UFPA. Como a área é cercada por
uma invasão que não tem tratamento
de esgoto, os dejetos acabam indo parar
dentro do manancial. O problema é de longa
data e já foi identificado. A solução final é de
competência da Companhia de Saneamento do Pará, dentro do colegiado que gere o
parque, também de maneira paritária.
Ainda está nos planos para o Utinga, um “amazonário”, um centro turístico
de referência internacional que terá uma
amostra de espécies da Amazônia. A obra,
idealizada pelo arquiteto e secretário de
cultura Paulo Chaves, demanda recursos
que o Estado ainda não tem. Por enquanto, as obras previstas são o centro de acolhimento e a reforma da pista central do
parque, que está fechado para reforma.
Júlio Meyer, gerente das Unidades de
Conservação da Região Administrativa de
Belém do Ideflor-bio, explica que as obras
acontecem fragmentadas em vários órgãos e
ocorrem pela dinâmica de gestão compartilhada. “A crítica do pesquisador da UFPA reverberou, mas é preciso entender que isso criou
uma ideia de que a obra de fitorremediação era
a única solução, o que não é verdade. A obra
foi necessária por causa do planejamento da
Avenida João Paulo II, porque foi feito um l
evantamento e foi constatado isso”, comenta.
Para Meyer, as ações do NGTM não
tiram a responsabilidade da Cosanpa, que
precisa fazer o sistema de esgotamento sanitário no local. Enquanto isso não acontece
(está nos planos, mas por falta de
recurso não foi feita), o
sistema de fitorremediação vai amenizar o
problema. “Dentro de
um planejamento e do
diagnóstico compartilhado por todos os órgãos
e entidades que participam
do conselho gestor do Utinga,
inclusive a UFPA. Agora, claro que
não podemos ter todos os pesquisadores
da UFPA no conselho”, explica.
O Parque do Utinga faz parte da Área de
Proteção Ambiental da Região Metropolitana
de Belém. Mas a região tem ainda outra APA,
a da Ilha do Combu; e o Refúgio de Vida Silvestre da Amazônia, que era a antiga Área da
Pirelli, em Marituba. Nessa extensão de terra
de 15 mil hectares existem mais de 14 quilômetros de trilhas que já podem ser percorridos por grupos interessados. O Ideflor treinou
15 agentes condutores de trilha que estarão
disponíveis daqui a um mês, segundo Meyer,
agendando o serviço com os interessados.
Nessa extensão de mata, tem registros
de onça pintada, sucuris, pirarucus, 200 espécies de aves e todo tipo de fauna amazônica de pequeno, médio e grande porte. Um
passeio, portanto, mais complexo do que
um “domingo no parque com a família”.
FOTO: AGÊNCIA PARÁ
espaço livremente. O secretário municipal
de urbanismo Odilson Picanço, que também é engenheiro agrônomo, explica que
o parque era uma área antropizada, particular, que foi incorporada pela dinâmica
de recuperação das áreas verdes da cidade.
“Grande parte da vegetação não é nativa,
mas há muitas partes ainda onde se pode
ver a vegetação original, principalmente na
sidade do Estado do Pará), que é o órgão
estadual que responde pela área ambiental.
E no dia do Meio Ambiente, no Bosque Rodrigues Alves, foi assinado o convênio para
a revitalização do parque. Serão investidos
R$ 115 mil para a revitalização da área, sendo R$ 100 mil repassados pelo Ideflor-bio,
através do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal do Pará (FUNDEFLOR),
e R$ 15 mil de contrapartida da PMB.
O valor será aplicado na melhoria das
principais estruturas onde as atividades
fundamentais do parque acontecerão após
sua reabertura, aumentando o número
de visitas e de práticas de educação ambiental, além de dar maior funcionalidade
ao remanescente florestal existente nesta
área urbana, possibilitando atividades de
educação ambiental e proteção da área.
O engenheiro agrônomo Pedro Paulo
Mota, conselheiro do CREA-PA, é um dos
integrantes do conselho gestor do Gunnar
Vingren, explica que a ideia sempre foi de
que o parque deve fazer parte do cotidiano
da cidade. “Era quase esquecido. A estrutura
lá dentro estava abandonada. Agora com a
ampla reforma vai ter restaurante, academia
ao ar livre e trilhas, com visitação”, conta.
Mas Ana Lúcia alerta que esse sistema é o
ideal, mas ainda não estará funcionando completamente este ano. “Temos o ano eleitoral,
que limita o orçamento e as obras. Esperamos
que até agosto elas comecem. Depois dessas
obras iniciais, aumentarão as visitas dos estudantes, supervisionadas. Mas abrir totalmente, esse ano ainda não acontecerá”, explicou.
No Utinga, muitas pessoas fazem caminhadas e trilhas e praticam ciclismo
Revista
PA
PA
21
O futuro se constrói
ÁGUA
Norte das Águas
Engenharia Civil Engenharia de Produção
Engenharia Ambiental e Sanitária Gestão Ambiental
apresentou propostas para o
8º Fórum Mundial da Água
Revista
22
PA
FOTOS: RAY NONATO
O
Fórum Mundial da Água, importante por buscar dar reconhecimento global à temática
dos recursos hídricos, será realizado pela
primeira vez na América Latina, desta
vez em Brasília, em março de 2018. Mas
até lá, vários eventos preparatórios serão
realizados, a fim de reunir propostas que
serão debatidas na oitava edição do Fórum. Belém foi a primeira de seis cidades escolhidas a debater o tema água, em
evento ocorrido no início de junho, de
onde resultou a Carta de Belém, assinada
no dia 11 de junho, no encerramento dos
debates interativos propostos pelo evento
Rumo a Brasília/Norte das Águas.
O documento foi resultado de discussões com pesquisadores renomados,
representantes dos Ministérios Públicos do Estado e Federal, secretários de
Estado, além de representantes da sociedade, operadores de água, esgoto e
resíduos, representantes da academia,
reguladores, investidores, financiadores,
sindicatos e fornecedores de soluções.
O governador do Conselho Mundial da Água (CMA), Newton Azevedo
disse que o evento atingiu o objetivo que
foi produzir conhecimento, debater propostas e formatar soluções para o melhor
uso dos recursos hídricos em Belém, na
região Norte, no Brasil e no mundo.
A assinatura da Carta de Belém marcou o penúltimo dia da programação
do Norte das Águas, que contou com
atividades como oficinas nas áreas de
jornalismo, cinema e fotografia. A gastronomia também teve vez, com alunos
de escolas públicas estaduais participando de uma oficina gastronômica com o
chef de cozinha Thiago Castanho, além
de regata na Baía do Guajará e show com
artistas da terra.
A programação do Norte das Águas
vai continuar em setembro, na cidade
de Tijuana, no México. Em novembro,
irá até Salvador, Bahia. Já em 2017, será
a vez de Santiago, no Chile, no mês de
março; de Foz do Iguaçu, Paraná, no mês
de julho e em novembro, o ciclo de debates com vistas ao Fórum Mundial da
Água será encerrado em São Paulo. Em
cada uma dessas cidades, no final do
evento, será produzida uma carta com
todas as opiniões e reflexões acerca das
atividades realizadas. Os documentos
vão ajudar a formular a proposta brasileira e da América Latina a ser discutida
no Fórum Mundial, que pela primeira
vez será realizado no hemisfério sul.
A 8ª edição do Fórum Mundial da
Água terá como tema “Compartilhando
Newton Azevedo, governador do Conselho
Mundial da Água, e Adenauer Góes,
secretário de Turismo do Estado, que
representou o governador Simão Jatene na
assinatura da Carta de Belém.
a Água”. O evento é promovido a cada
três anos e foi realizado pela última vez
em abril de 2015, nas cidades de Daegu
e Gyeongbuk, na Coreia do Sul.
A escolha do Estado do Pará para
sediar o pontapé dos debates que antecedem o evento não poderia ser mais precisa para o governador do Conselho Mundial da Água, Newton Azevedo. “Foram
três dias muito úteis, nos quais pudemos
ter uma visão da água em toda a sua dimensão, em sua relação com saneamento, energia e alimento. Foi fundamental
também a participação das comunidades
ribeirinhas e povos indígenas nos debates. Saio daqui muito satisfeito”, disse.
Na FAMAZ, conhecimento, inovação e tecnologia se unem
compondo cursos transformadores, que constroem um
futuro melhor para todos. Informe-se. Toda tradição em
qualidade de ensino da FAMAZ está à sua disposição.
A FAMAZ faz mais por você
vestibularfamaz.com.br
4020 7525
FOTO: 123RF
MERCADO DE TRABALHO
O ensino à distância oferta uma
série de variedade de cursos em diversas instituições brasileiras, que
oferecem desde a qualificação em níveis técnicos até pós-graduações. O
tema vinha causando preocupação nos
CREAs e no Confea quanto à formação dos profissionais na graduação em
engenharias. Tanto que em agosto de
2015 o GT Educação à Distância do
Confea apresentou o relatório final
sobre o assunto. O relatório concluiu
que não há base legal para indeferir
o registro de egressos de cursos de
graduação nessa modalidade.
O documento do GT traz os resultados de ampla pesquisa a respeito
do histórico sobre a Educação à Distância e dados sobre a modalidade
no Brasil e outros documentos. Mas
é bom deixar claro, que a Decisão
Plenária resultante do relatório apresentado determina que os Creas ca-
Educação à distância:
ferramenta para o
desenvolvimento
profissional
U
ma nova realidade vem ganhando
cada vez mais corpo no âmbito da
formação profissional. Com o avanço da tecnologia no mundo virtual o ensino a distância (EaD) se transformou em
aliado para quem quer estudar, continuar a
se qualificar, mas não tem muito tempo ou
disponibilidade para cursar a modalidade
tradicional, a presencial. Através da EaD é
possível incrementar o currículo e abrir caminhos para novas áreas de atuação.
O ensino a distância começou a dar
seus primeiros passos no Brasil no final da
década de 1990, quando recebeu incentivo
a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Desde então cresce a cada
ano, principalmente porque é uma opção
viável de formação quando há limitações
físicas, geográficas e até mesmo econômicas. Mas é bom deixar claro que nessa
modalidade quem almeja o crescimento
profissional ou o reposicionamento na carreira deve manter o foco nos estudos, com
Revista
24
PA
disciplina, assiduidade e determinação, afinal os resultados só dependem do próprio
esforço.
Num mercado competitivo como
o que vivemos atualmente, quem está
melhor preparado tem mais chances de
conquistar as vagas existentes. E não é
por acaso que a dedicação exercida no
EaD tem conquistado pontos no mercado de trabalho, onde os recrutadores enxergam um possível colaborador cheio
de determinação e disciplina.
No EaD encontra-se uma variedade de
cursos e instituições, que oferecem qualificação desde níveis técnicos até graduações
e pós-graduações. Isto amplia muito mais o
campo de atuação e leva oportunidade de
aprendizado a pessoas em locais que não teriam chances de conquistar este novo mundo ao utilizar o ensino presencial. “Essa é
uma saída democrática para a qualificação
de muitas pessoas, afinal, é impossível pensar em educação num país continental sem
CONFEA tem posição definida sobre EaD
esses recursos tecnológicos”, afirma Leonardo Moraes, diretor de Pós-Graduação e
Pesquisa do IPOG, instituição com unidade de ensino em Belém e que possui convênio com o Crea-PA e MÚTUA-PA.
“A procura por cursos nessa modalidade vem crescendo no Brasil e no mundo. O
aumento do número de usuários conectados à internet por computadores e dispositivos móveis, certamente contribuíram
para esse cenário. Por isso, o IPOG atende
a essa demanda. São novos paradigmas a
serem enfrentados em um mercado cada
vez mais dinâmico em que nossos alunos,
certamente, não abrirão mão de uma experiência de aprendizagem sedutora, capacitada, com qualidade e responsabilidade”,
afirma Carlo Guizeline, diretor de Graduação do IPOG, lembrando que a instituição
recebeu nota máxima do Ministério da
Educação no credenciamento para oferta
de cursos de pós-graduação lato sensu na
modalidade EaD.
dastrem as instituições de ensino e os
cursos de educação à distância (EaD)
que tenham o devido reconhecimento
pelos órgãos competentes (Ministério
da Educação, Secretarias de Educação, Conselho Nacional de Educação,
etc), exigindo, no momento do cadastramento, os documentos que comprovem esse reconhecimento. Considerando a natureza e a complexidade
do ensino à distância no segmento
da área tecnológica, o GT fez outras
recomendações, conforme explicou
o eng. agr. Daniel Salati, conselheiro
federal e um dos integrantes do grupo de trabalho. “O balizamento dos
cursos na modalidade EaD também
deve seguir as Diretrizes Curriculares
Nacionais e a legislação profissional.
Na etapa de cadastramento, os Creas
devem verificar se laboratórios, docentes, tutores e bibliotecas estão de
acordo com a legislação”, orientou.
VANTAGENS DO USO DA
TECNOLOGIA NA EAD
•Os métodos de ensino utilizados
na EaD possibilitam a troca de
experiências entre os alunos;
•As mídias e os ambientes
virtuais permitem a interação
entre o aluno e o professor em
tempo real;
•Através dos tutores que ficam
disponíveis nos ambientes
virtuais, os estudantes tem
a possibilidade de tirar suas
dúvidas no momento que
necessitarem;
•As aulas ficam disponíveis para
qualquer aluno que desejar
acessá-las novamente, e, com
isso, aqueles que perderam
alguma aula ou não entenderam
algum conteúdo poderão
revisá-los quando necessário.
LIVROS
POR DENTRO DO CREA
A
P
Fiscalização é instrumento
de defesa profissional
“A
tividade que envolve a inspeção e o controle técnicos
sistemáticos de obra ou serviço, com a finalidade de examinar ou
verificar se sua execução obedece ao
projeto e às especificações e prazos estabelecidos”. Essa é a definição básica
da atividade de fiscalização exercida
pelo Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia, em conformidade à Resolução nº 1010 do Conselho Federal de
Engenharia e Agronomia, Anexo I.
Já na Lei Federal nº 8666, a fiscalização é considerada um serviço técnico
profissional especializado. Somadas à
Lei nº 5.194, de 1966, que dá competência aos CREAs para fiscalizar, e ao art. 77
da Lei nº 5.194, que confere a prerrogativa de designar funcionários com atribuições para lavrar autos de infração às
disposições da lei, a fiscalização exercida
pelo Conselho é um instrumento de defesa dos profissionais e da sociedade.
“Ou seja, todas as leis reunidas reRevista
26
forçam o papel legal do ato da verificação
do exercício profissional da Engenharia
e Agronomia, a fim de que a prestação de
serviços nestas áreas seja feita por profissional habilitado e qualificado, com
observância de princípios éticos, econômicos, tecnológicos e ambientais compatíveis com as necessidades da sociedade”,
explica o coordenador de Fiscalização
do CREA-PA, Manolo Costa.
Hoje o Conselho utiliza duas formas de fiscalização: orientativa ou preventiva, que é praticada no sentido de
orientar e informar aos profissionais e
empresas; e a punitiva, iniciando com
a aplicação do auto de infração, multa e
instauração de processo fiscal.
“Estamos trabalhando também
para conscientizar os profissionais sobre a importância do exercício legal da
profissão. Pois quando efetuamos a fiscalização, seja ela em obras civis, públicas ou em qualquer área das profissões
que têm registro no Conselho, tanto
nas cidades como em zonas rurais, estamos impedindo a atuação de leigos
e garantindo a atuação no mercado de
trabalho para os profissionais legalmente habilitados. Para a comunidade, a atuação do CREA significa segurança e qualidade nas obras e serviços
prestados”, reforça Manolo Costa.
Ainda de acordo com o coordenador de Fiscalização, as principais dificuldades enfrentadas para exercer o serviço no Pará são a extensão territorial do
estado e o acesso a áreas remotas, além
da pouca integração entre órgãos fiscalizadores municipais, estaduais e federais.
“Estamos buscando fazer parcerias para
desenvolvermos ações conjuntas, o que
vai melhorar o serviço prestado à população”, afirma, lembrando que nas obras
e serviços públicos, por exemplo, a fiscalização reveste-se de grande importância
social, pois os recursos públicos devem
ser utilizados seguindo os princípios da
economicidade, eficiência e eficácia.
ETRÓLEO E GÁS - PRINCÍPIOS DE
EXPLORAÇÃO PRODUÇÃO E REFINO, de Marcelo Gauto e editado pela
Bookman, aborda os conceitos de toda a
cadeia petroquímica: exploração, produção e refino de petróleo e gás. O texto utiliza esquemas, fluxogramas e destaques
para as principais ideias com o objetivo de
reforçar o aprendizado. Os capítulos seguem a sequência dos eventos da indústria,
de forma que o leitor perceba como a cadeia do petróleo está estruturada, desde a
exploração das jazidas até os derivados que
chegam ao mercado consumidor.
G
ESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
EM TEMPOS DE CRISE, da Artmed,
discute a escassez e a má qualidade em quase
todas as águas interiores do planeta, bem como
auxilia na busca de soluções. Inicia abordando
a importância ambiental das reservas de água
doce e resume os principais problemas por
elas enfrentados. Também são discutidas alternativas para superar a atual crise das águas
– com destaque para as vertentes educação, ciência, tecnologia e governança –, encerrando
com um alerta sobre como seria nosso futuro
sem o equilíbrio e a abundância de recursos
que tivemos nas últimas décadas.
proposta básica de MATERIAIS E DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS - 4ª ED. é introduzir
os materiais e dispositivos eletrônicos no estágio
inicial dos cursos de graduação de engenharia elétrica, eletrônica e de computadores, física, informática e outros cursos de ciências e engenharia. A
compreensão da finalidade e da operação básica
dos dispositivos é essencial para projetar equipamentos eletrônicos. Entretanto, as disciplinas
de dispositivos, quando constam dos currículos,
exigem inúmeros pré-requisitos que acarretam
sua apresentação em estágio avançado dos cursos
universitários. O livro tem caráter introdutório e
não entra nos detalhes técnicos mais específicos
dos dispositivos e dos métodos de fabricação de
materiais. Editora Livraria da Física.
A
obra HIGIENE E SEGURANÇA DO
TRABALHO tem como objetivo suprir
a ausência de um livro texto que pudesse
ser utilizado nos cursos de graduação de
engenharia de produção das universidades
brasileiras. Ele é fruto da contribuição de 23
autores e coautores de diversas instituições
de ensino e pesquisa do país e com diferentes formações e experiências profissionais e
acadêmicas. Sua estrutura contempla de forma instigante para o leitor, através dos seus
17 capítulos, os campos de conhecimentos
vivenciados pelo profissional de Engenharia
durante a sua atuação em estudos de HST.
C
om linguagem simples e didática, METROLOGIA NA INDÚSTRIA - 10ª ED. auxilia
no trabalho de medições, de modo que elas sejam
exatas, consistentes e compatíveis com as normas
vigentes. Discorre sobre unidades de medida,
sua correta aplicação e a maneira de falar e de
escrevê-las. Descreve os instrumentos de uso comum nos laboratórios e indústrias, manipulação
para minimizar os erros e cuidados na utilização
e no armazenamento. Trata ainda da questão da
instrumentação industrial, enfatizando o funcionamento de sensores, transdutores, transmissores, controladores programáveis e programas de
monitoramento e controle, e explana o conceito
e a prática do instrumento virtual.
Revista
PA
PA
27

Documentos relacionados

Energia paraense - CREA-PA

Energia paraense - CREA-PA Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, Metalurgia e Química Coordenador: Eng. Mecânico Eduardo Barros Virgolino Adjunto: Eng. Naval Juarez Botelho da Costa Jr.

Leia mais

Untitled - CREA-PA

Untitled - CREA-PA obrigatoriamente na obra ou serviço e ser devolvida ao CREA-PA quando do término da responsabilidade do profissional na obra/serviço objeto da ART, passo este necessário para a obtenção da Certidão...

Leia mais