Jogadas explosivas da I-formation

HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE
25 de janeiro de 2016
APRESENTAÇÃO DO AUTOR
Coach Tom Osborne escreveu esse artigo em 1987, quando era head coach da
universidade de Nebraska. Tom começou sua carreira como treinador na própria
universidade, como assistente, em 1964. Anos depois foi promovido a coordenador
ofensivo e finalmente a head coach, em 1973.
Lá ele ficou até 1997, quando finalmente deixou de ser treinador. Sob seu
comando, Nebraska alcançou três títulos nacional (94, 95 e 97), além de diversos
títulos de conferência e bowls. Coach Osborne foi premiado com diversos títulos
individuais, entre eles o prêmio de Treinador da Década de 90, dado pela ESPN. Ele foi
introduzido no Hall da Fama do College Football em 1999.
Mais conteúdo de qualidade em www.headcoachbrasil.com
1
HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE
25 de janeiro de 2016
“Jogadas explosivas da I-Formation”
TOM OSBORNE
Eu gostaria de apresentar a mais consistente big play que nós tivemos por muitos anos e sua jogada de passe
“parceira”. É importante que você considere tanto a corrida quanto o passe juntos, pois separadamente eles não seriam tão
efetivos.
Nós tivemos muitas temporadas com a nossa Counter Sweep com uma média de 7 a 11 jardas por carregada. E o
bootleg1 que parte dessa jogada, a jogada “parceira”, tem tanto sucesso quanto ela. Nós executamos a Counter Sweep com
diferentes corredores em diferentes formações; no entanto, o bloqueio básico é sempre o mesmo.
COUNTER SWEEP
A figura 1, A e B, ilustra uma Counter Sweep básica partindo da I-formation contra defesas 50 e 43. A seguir, as
atribuições de cada jogador de ataque na jogada:
Flanker – Bloqueia o primeiro defensor da secundária.
1
Ato de o quarterback fingir uma corrida com um running back e correr na direção oposta para, na maioria das vezes, fazer um passe.
Mais conteúdo de qualidade em www.headcoachbrasil.com
2
HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE
25 de janeiro de 2016
Tight end – Bloqueia o quadril externo do DT. Se o defensor fizer um slant2 para dentro e cruzar a face do OT, o TE
“raspa” nele partindo para o LB. Se o OT estiver descoberto, ou seja, com ninguém a sua frente, o TE bloqueia o primeiro LB
interno.
Right Tackle – Pisa com o pé de dentro e bloqueia a metade interna do DT. Se o defensor fizer um slant pra dentro,
então o OT fica com ele. Se o DT não fizer slant, o OT larga o defensor para partir na direção do OLB e depois para o LB do
backside3, caso o LB de dentro flutue. Se o OT estiver descoberto, ele bloqueia por dentro.
Right Guard – Se descoberto, bloqueia o NT. Se o NT fizer um slant para fora, o OG raspa ele e parte para o LB. Se
coberto, bloqueia o defensor que estiver nele.
Center – Se coberto, dá um contato no NT e volta para o LB mais próximo ou o DT que tiver fazendo slant. Se
descoberto, bloqueia o gap deixando pelo Guard fazendo o pull4.
Left Guard – Faz um pull para a direita e bloqueia o DE. Corta o DE por dentro caso o defensor permaneça na linha.
Faz um kick-out block5 caso ele ultrapasse a scrimmage.
Left Tackle – Faz um pull para a direita, usando um pouco mais de terreno que o LG. Se o LG cortar o DE por dentro,
o LT lê por fora do defensor e bloqueia o SS. Se o LG bloquear o DE para fora, o LT procura o SS por dentro.
Split end – Bloqueia o primeiro jogador da secundária.
Fullback – Bloqueia o primeiro homem que aparecer atrás do LT que está fazendo o pull.
I-back – Dá três passadas na direção do LT e volta para a direita para receber o handoff. Ele lê o bloqueio do LG (não
do LT), pois tanto o back quanto o LT dependem do bloqueio do LG para saber o que fazer na jogada.
Quarterback – Abre para a esquerda, faz o handoff para o back e finge um bootleg para a esquerda.
2
Tipo de stunt defensivo que consiste em atacar um gap ou zona do campo diagonalmente.
Lado oposto de onde a jogada foi desenhada para acontecer.
4
Movimentação de um jogador de linha ofensiva, que passa por trás de seus companheiros buscando ganhar um ângulo favorável para
um bloqueio em outra zona do campo.
5
Tipo de bloqueio que consiste em bloquear o defensor da ponta da linha, geralmente um DE, para fora, criando um caminho por dentro
para um running back, por exemplo.
3
Mais conteúdo de qualidade em www.headcoachbrasil.com
3
HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE
25 de janeiro de 2016
Nós executamos a Counter Sweep saindo de várias formações com muitos diferentes corredores. Na figura 2 você
pode ver como nós correríamos contra uma defesa Eagle.
Mais conteúdo de qualidade em www.headcoachbrasil.com
4
HEAD COACH BRASIL – FUTEBOL AMERICANO INTELIGENTE
25 de janeiro de 2016
BOOTLEG DA COUNTER SWEEP
O bootleg da Counter Sweep coloca uma grande carga de stress sobre os linebackers e deixa mais lento a
perseguição da Counter Sweep. Veja a figura 3 para saber como essa jogada funciona contra uma defesa 50.
O bloqueio é o mesmo da Counter Sweep, exceto pelo Center, que, após dar um contato no NT, sai para na direção
da flat6 e age como um “bloqueador pessoal” para o quarterback. A primeira opção do quarterback é correr com a bola. A
segunda é lançar para o TE cruzando o campo. E a terceira opção é lançar para o SE correndo uma rota comeback longa.
6
Zona “baixa” do campo próxima a sideline e a linha de scrimmage.
Mais conteúdo de qualidade em www.headcoachbrasil.com
5