2009 REFLEXOS 1. REFLEXO DE PREENSÃO PALMAR: O dedo
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2009 REFLEXOS 1. REFLEXO DE PREENSÃO PALMAR: O dedo
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE UNIDADE DE TRAUMA ORTOPÉDICO Hospital Universitário Miguel Riet Corrêa - Rua Visconde de Paranaguá, 102 Rio Grande, RS – CEP 96200/190 Telefone: (53)32338800 PROVAS NEUROMUSCULARES1 2009 REFLEXOS O córtex cerebral é responsável pelo controle das funções neuromusculares, mas no recém-nascido (RN) o córtex é imaturo e portanto os núcleos subcorticais é que são responsáveis pelos padrões de conduta característico do RN. A medida que o córtex vai desenvolvendo-se ocorre inibição dos núcleos sub-corticais e as funções neuromusculares vão se especializando em sentido cefalocaudal. 1. REFLEXO DE PREENSÃO PALMAR: O dedo do examinador ou objeto (um lápis por exemplo) colocado na palma da mão do RN, faz flexão dos dedos e segura o objeto, podendo até ser levantado pelo examinador, sendo que a cabeça deve ficar na linha média. Esse reflexo desaparece ± aos 4 meses. • Sua permanência pode indicar paralisia cerebral espástica; • Caso assimétrico: espástica hemiplegia 1 Caso ausente de um lado pode indicar uma paralisia flácida (principalmente paralisia obstétrica do plexo braquial ) Fig 1. 1 Prof. Flavio Hanciau 2. REFLEXO DA PREENSÃO PLANTAR Flexão e adução tônica após ligeira pressão digital na superfície plantar do pé (em toda porção distal). Esse reflexo é normal até 1 ano. Fig 2. 2 3. REFLEXO MORO: Está presente até os 3 meses e desaparece gradativamente até os 6 meses. Desencadeado pelo puxar do lençol ou queda da cabeça. (rompimento do equilíbrio). Consiste em: abdução e extensão dos quatro membros extensão da coluna com extensão e abertura em leque das mãos respeitando a flexão das falanges distais do indicador e 3 polegar, seguindo de adução e flexão das extremidades como se fosse dar um abraço Fig. 3 e 4. Alterações: • + 6 meses: maturação retardada sistema nervoso central (paralisia cerebral). 4 • Assimétrico: lesão nervo periférico (par. obst. plexo braquial, fratura clavícula; hemiplegia espástica). • Aumentado: em hipertonicidade grave. • Deficiente (não abre as mãos) > hipertonicidade. • Ausente ou diminuído > debilidade muscular generalizada, hipotonia notável. 4. REFLEXO DO SUSTO Desencadeado por um ruído agudo ou um pequeno golpe no esterno. Aparece após os 3 meses de idade, quando começa desaparecer o reflexo de Moro. Diferencia-se do reflexo de Moro porque as mãos ficam fechadas. 5. REFLEXO DA MARCHA Lactente suspenso apoiando a planta do pé sobre a mesa, desencadeará a marcha automática com flexão e extensão recíproca das extremidades inferiores. Desaparece até os 2 meses. Fig.5. 5 6. REAÇÃO DE COLOCAÇÃO: 1. membro Inferior: sustentar o RN pela cintura e colocar a região distal da perna e o pé em contato com a borda da mesa. O lactente flexiona o membro 6 colocando o pé sobre a mesa e estende o membro inferior. Fig. 6. 2. membro Superior: o examinador coloca o dorso da região cubital do RN em 7 contato com a borda da mesa e este reagirá colocando a mão sobre a mesa. Fig.7. Esta reação existe em todo RN à termo e sua ausência sugere lesão cerebral. 7. REFLEXO DA EXTENSÃO CRUZADA (Reflexo Philippson): O Examinador exerce pressão na planta do pé com a perna em extensão com isso o RN flexiona e aduz a perna contralateral e em seguida estende o membro como se quisesse retirar a mão do examinador. Também pode ser desencadeado pressionando fortemente a região inguinal. É normal no 1 ° mês, sua persistência indica 8 lesão raquidiana parcial (fig.8). 8. REFLEXO RETIRADA: O RN faz flexão da perna, coxa, quadril e dorsiflexão do pé após estimulado com objeto pontiagudo na planta do pé. É ausente ou débil em lactentes com mielomeningocele ou paralisia por outra lesão extra raquidianas. 9. REFLEXO 'I'ÔNICO DO PESCOÇO : Estes podem ser: Assimétrico ou Simétrico. A. REFLEXO TÔNICO DO PESCOÇO ASSIMÉTRICO: Lactente em decúbito dorsal com rotação da cabeça, sem flexão, conservando-a por 5 - l0 seg. Se positivo o braço e a perna do lado nasal se estendem e o braço e a perna do lado occipital flexionam. Esse reflexo desaparece normalmente entre 4 - 6 meses em estados patológicos persiste e pode aumentar (ex. 9 paralisia cerebral). Quando o reflexo é débil os únicos dados presentes podem ser o aumento do tônus flexor (occipital) e extensor (nasal) (Fig 9). B. REFLEXO TÔNICO DO PESCOÇO SIMÉTRICO: Paciente em decúbito ventral sobre o colo do examinador.Quando estende a cabeça e pescoçobraços e pernas estendem. Quando flexiona a cabeça e pescoço, braços e pernas estendem. É normal até os 6meses porém não há uma época absoluta para que desapareçam(Fig. 10). 10 11. Reflexo de Galant e inclinação do tronco: Paciente em decúbito ventral estimulando a superfície lateral do dorso e região lombar com dedo indicador. Quando positivo o tronco flexiona do lado do estímulo (fig.11) 12. Reflexo sucção: Todos RN a termo o possuem, desencadeia-se ao introduzir-se o dedo do paciente na boca. Sua ausência indica prematuridade notável ou grave defeito no desenvolvimento.