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PRAMELHOR – PRODUÇÃO DE RAINHAS AUTÓCTONES
MELHORADAS
Federação Nacional dos Apicultores de Portugal: [email protected]
* Universidade de Évora, Centro de Estudos e Experimentação da Mitra, 7002-554 Évora,
Portugal; Coordenador Científico: António Murilhas: [email protected]
As abelhas melíferas (Apis mellifera L.), nomeadamente a subespécie autóctone nacional (Apis
mellifera iberiensis), sempre têm sabido evoluir num contexto de permanente alteração
ambiental, de modo a garantirem a perpetuação da espécie. Todavia, esta capacidade de
sobrevivência não é sinónimo de ajustamento às enormes exigências actuais e futuras da
apicultura nacional. Bem pelo contrário. Por exemplo, a elevada tendência para a enxameação
que a generalidade das colónias nacionais apresenta, embora importante para a manutenção da
espécie, coloca grandes entraves à obtenção de uma produtividade unitária média compatível
com
a
sobrevivência
explorações
apícolas
económica
nacionais.
das
Esta
situação tende a agravar-se num contexto
de
livre
concorrência
entre
blocos
comerciais.
A melhoria do potencial para a produção
de mel, sendo actualmente essencial para
que
Apiário de testes – CHAVES
a
apicultura
nacional
possa
competir/sobreviver no contexto global, é
correctamente identificada pela generalidade dos apicultores profissionais nacionais como o
principal contributo para a viabilização económica das suas actuais explorações.
Não existindo actualmente no mercado
nacional
rainhas
geneticamente
a
melhoradas
partir
de
raças
autóctones, algumas importações de
rainhas
estrangeiras
têm
sido
efectuadas, com elevado risco sanitário
para
a
apicultura
implicações
na
nacional
e
com
“manutenção”
das
nossas raças autóctones.
Apiário de testes – NISA
Acresce que a apicultura nacional (particularmente no caso dos apicultores profissionais ou
semi-profissionais) está crescentemente confrontada com a insuficiência de “soluções” para
lutar eficazmente contra um número crescente de doenças. Este programa de melhoramento
contribuirá também para uma menor necessidade de aplicação de medidas de luta química,
melhorando aspectos higio-sanitários nas próprias colónias (melhor comportamento higiénico e,
por essa via, maior capacidade intrínseca de convivência com essas mesmas patologias).
Pretende-se com este projecto dinamizar o sector apícola nacional, tornando-o mais competitivo
e mais profissional. Criará sobretudo postos de trabalho qualificado no domínio da produção e
comercialização de rainhas melhoradas certificadas, contribuindo para a modernização da
apicultura nacional e, através dela, para o desenvolvimento socioeconómico de várias regiões
do país.
É nosso entendimento que este é um
projecto pioneiro no contexto nacional.
Pela
primeira
implementação
produção
de
(geneticamente
comercialmente
Avaliação de colónias
vez
de
se
um
rainhas
propõe
sistema
a
de
acasaladas
melhoradas
certificadas)
que
e
é
cientificamente competente e capaz de
conduzir
a
resultados
(rainhas)
directamente utilizáveis pelo sector apícola nacional. Infelizmente, um sistema credível de
melhoramento e de multiplicação certificada de rainhas autóctones acasaladas não existe ainda
no país, o que tem gorado as expectativas da generalidade dos apicultores profissionais.
OBJECTIVOS DO PROJECTO E MAIS VALIAS
O Projecto PRAMELHOR será pioneiro na introdução de sistemas credíveis de avaliação de
rainhas. Ao identificar as rainhas que se destacarem na produção de mel, e promovendo um
acompanhamento controlado para certificação de desempenhos, assegurar-se-á que se
atingirão os objectivos.
As mais valias deste projecto prendem-se com introdução de critérios objectivos de selecção
de rainhas, ou seja, com a definição de aspectos a avaliar, bem como a fundamentação dos
procedimentos para valorização das rainhas. Tal permitirá aperfeiçoar os esquemas de
multiplicação de rainhas acasaladas, fazendo a identificação de pontos críticos, ao mesmo
tempo que se faz a incorporação de maior valor genético nas rainhas produzidas. Em
simultâneo ajudará a consolidação de um mercado nacional de rainhas melhoradas, através da
comercialização de rainhas virgens e acasaladas ou de alvéolos reais.
MELHORAR O QUÊ E COMO?
Para que os objectivos inerentes a este projecto venham a ser atingidos, são vários os aspectos
que se pretendem avaliar, e dessa forma basear a escolha das rainhas a reproduzir:
1. A quantidade média de mel produzido por colónia e ano;
2. O estado sanitário geral dos apiários;
3. O fenómeno de enxameação;
4. O comportamento defensivo das colónias;
5. A utilização de raças autóctones.
Introduzir-se-á assim, uma importante componente de melhoramento nos efectivos nacionais,
pelo que se avaliarão os seguintes items:
-
-
Produção de mel
ƒ
Ganhos médios diários
ƒ
Primeira cresta
Comportamento higiénico
ƒ
-
Enxameação
ƒ
-
Ponderações para o índice de
selecção
Tira de cabedal
Padrões raciais A. m. iberiensis
ƒ
-
Monitorização da rainha em avaliação
Comportamento defensivo
ƒ
-
Remoção criação morta
Morfometria
Ponderações (%) para “Índices de Selecção”
CALENDARIZAÇÃO DO PROJECTO
O Projecto PRAMELHOR completa-se ao longo de 3 anos, encontrando-se actualmente em
plena execução (2º ano). No primeiro ano de execução, ou seja, desde Setembro de 2007 a
Agosto de 2008, foi efectuada a
contratualização com o programa de
financiamento, e entre as entidades
parceiras
corresponde.
na
Foi
implementação
feita
ainda
a
aquisição e instalação dos meios
materiais
necessários
à
sua
execução, bem como se procedeu à
montagem
da
colaboração on-line.
plataforma
de
Avaliação de colónias
Actualmente encontra-se em execução a avaliação controlada de rainhas nos apiários de teste,
tendo em vista a selecção, com base em critérios suportados cientificamente, daquelas que
apresentem
melhores
performances
produtivas
(mel),
bem
como
das
restantes
“comportamentos” em estudo. Seguidamente serão calculados os índices de selecção, e iniciarse-á a multiplicação e distribuição
das rainhas seleccionadas.
No último ano do projecto terá inicio
a multiplicação e distribuição das
rainhas seleccionadas por apicultores
das
diferentes
organizações
nacionais. Será também a altura de
realizar novas etapas de avaliação às
rainhas nos apiários de teste.
Rainha
EQUIPA EXECUTORA
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
FNAP (Federação Nacional dos Apicultores de Portugal, Lisboa)
ƒ
Liderança e coordenação global
ƒ
Coordenação financeira global
ƒ
Coordenação de actividades de divulgação/formação
UE (Universidade de Évora, Évora)
ƒ
Acompanhamento de aspectos de natureza técnico-científica
ƒ
Sugestão de rainhas progenitoras a “multiplicar”
ƒ
Participação em actividades de divulgação / formação
APILEGRE (Associação dos Apicultores do Nordeste do Alentejo, Nisa)
ƒ
Gestão global da avaliação de rainhas
ƒ
Multiplicação e expedição global de rainhas “PRAMELHOR”
ƒ
Avaliação de rainhas na Região Centro
MONTIMEL (Cooperativa de Apicultores do Alto Tâmega, Chaves)
ƒ
Gestão regional da avaliação de rainhas
ƒ
Avaliação de rainhas na Região Norte
AAPNSACV (Associação dos Apicultores do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e
Costa Vicentina, Odemira)
ƒ
Gestão regional da avaliação de rainhas
ƒ
Avaliação de rainhas na Região Sul
ƒ
Organizações de Apicultores (Associações / Cooperativas, Portugal)
ƒ
Apicultores individuais (Portugal)
ƒ
Recepção de rainhas produzidas pelo projecto
ƒ
Registo contextualizado de produções (mel) e/ou comportamentos exibidos

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