12/12/2007 - Edição 29 - Grupo de Poetas Livres
Transcrição
Revista do Grupo de Poetas Livres - Difundindo a poesia e fazendo amigos Florianópolis - SC - Ano IX - Julho a Dezembro de 2007 - Nº 29 Distribuição Gratuita - www.poetaslivres.com.br Fotos: Edmar Almeida Bernardes IMPRESSO Ventos do Sul Índice Editorial Homenagem - MANOEL JOVER TELES Obras em destaque – HERALDA VICTOR Entrevista - LICINHO CAMPOS É tudo verdade – Carta de Geraldo Pereira Lopes Concurso On-line - “Água, fonte de vida” Concurso “Liberte-se...nas Asas da Poesia” Sócios Correspondentes De braços abertos...estamos! Aos Poetas Mortos Promovendo... Poetas do Grupo Biblioteca dos Poetas Aconteceu Diretoria / Expediente 2 p. 3 p. 4 p. 5 p. 6 p. 7 p. 8 p. 11 p. 13 p. 17 p. 20 p. 21 p. 30 p. 31 p. 35 Editorial Caros poetamigos, Mais que verdadeira as palavras do escritor e dramaturgo Plínio Marcos. Existem várias andorinhas, caracterizadas em associações e grupos literários por este Brasil afora, fazendo a sua parte, tentando preservar a literatura, batalhando em prol da poesia, muitas vezes sem apoio, só por amor à camisa. Assim é o Grupo de Poetas Livres que, prestes a completar 10 anos de ininterruptos trabalhos, vive com o labor e a contribuição de seus sócios e ajuda de amigos, como a Rede SC/TV, na pessoa do senhor Marcello Petrelli, o Deputado Júlio Garcia, a Panificadora Vó Zulma(Bairro Abraão), a Big Pan 24 Horas(Campinas,São José), o Jornal Notícias do Dia e Jorge Wagner Behr. E o apoio da Biblioteca Pública Municipal Prof. Barreiros Filho, onde o GPL tem sua sede, em comodato com a Prefeitura. São esses parceiros, sem querer nada em troca, que ajudam a manter viva a chama do Grupo. E agora, ao findar mais um ano de atividades, além da alegria com a participação de seus membros efetivos nas reuniões e eventos, o GPL sentiu a tristeza da perda de seu poeta Manoel Jover Teles, o Manolo, e presta-lhe homenagem em página especial. No aniversário de nove anos o Grupo inovou lançando a obra “Folhetim – Cada caso, um causo”, com contos e crônicas de seus sócios. Para comemorar os 10 anos de atividades, o Grupo prepara a sua 5ª. Antologia – “Grupo de Poetas Livres 10 Anos” , seguindo a linha da poesia. Participam poetas efetivos e correspondentes. Será lançada em abril de 2008, mês do seu aniversário. O GPL comemorou os 51 anos de criação da Biblioteca Pública Municipal Prof. Barreiros Filho, em setembro, com Recital de Poesia “A utilidade da utopia”, em nova roupagem. Em outubro participou da 1ª. Feira Intermunicipal do Livro, em São José. Leia no Aconteceu. Chega-se ao fim do ano com muitas participações em eventos diversos, dando-nos a certeza de fecharmos o ano olhando para trás e observando que a nossa parte foi feita. Assim poderemos continuar preservando a nossa manifestação mais autêntica e sendo, sem dúvida, um GRUPO DE POETAS LIVRES!!! Profª. Maura Soares - Presidente “Um povo que não ama e não preserva as suas manifestações mais autênticas, jamais será um povo livre”. (Plínio Marcos, dramaturgo brasileiro) 3 Homenagem Manoel Jover Teles Manoel Jover Teles nasceu em São Paulo em 28 de julho de 1920 e faleceu em Florianópolis em 16 de junho de 2007. Dizia “nasci em São Paulo, mas sou cidadão do mundo”. Por força de seu trabalho, viveu em várias cidades do mundo; conheceu e conviveu com poetas, escritores, comerciantes, líderes de governo. Com todos conversava no mesmo nível sobre arte, política, desenvolvimento, família, em conversa de bar, de biblioteca, de escritório, em todos se saía bem. Em suas andanças pelo mundo foi amigo pessoal do poeta chileno Pablo Neruda, com quem deve ter trocado poesias, conversado sobre política, mulheres, música e sindicalismo.Para o Grupo ele veio pelas mãos de Maria de Lourdes Teixeira, recebeu o número 212 em seu cadastro, com data de admissão 10 de maio de 2002. Possuía cursos de Filosofia, História, Economia. Publicou “O movimento sindical no Brasil”; “Cuba-Pérola do Caribe”; “Evocação”; “Arroio de Esperança” e artigos e poemas publicados em jornais. Participou dos projetos do Grupo: Revista Ventos do Sul; Doce Poema; Viajando com Poesia; O escritor e sua obra; Antologias e Folhetim. Manoel participou ativamente da política partidária tendo sido integrante do Partido Comunista Brasileiro. Incorporou-se ao PC do B em 1967. Foi membro da Comissão Central Executiva do Partido, esteve preso quando o regime militar instalou-se no Brasil em 1964. Além do Grupo participou da ACPCC e da ACLA. No GPL foi um membro ativo apesar de sua idade avançada. Homem de temperamento forte, jamais esmoreceu quando a vida lhe pregou uma peça atingindo seus olhos. Foi operado, mas a alegria durou pouco, logo o problema retornou, deixando-o triste, pois uma das coisas que mais gostava era ler. Manoel saiu de nossa vida repentinamente. O Grupo prestou-lhe homenagem promovendo uma Sessão de Saudade no dia 22 de junho de 2007. Ao lado, um de seus poemas. 4 UTOPIA Tem razão o poeta ao dizer: “Eu prefiro a utilidade da utopia à inutilidade da inércia”. Sim!... Inerciar é estancar na mesmice, Na pasmaceira da inatividade, É tornar-se mero joguete dos ventos, No tempo mumificar-se. É somente olhar à retaguarda, Fugir e na vida mofar-se. É ficar sem ir, morrer sem viver, Chorar sem rir, penar e sofrer. Não!... É preciso sonhar, Andar, não parar, Gritar, não gemer, Ao futuro aspirar; E por ele lutar. A Utopia é o meu grande horizonte. Quanto mais caminho na sua direção, Mais ele se afasta de mim. Quanto mais perto penso chegar, Mais ele teima em se distanciar. Quem sabe um Dia Minha ilusão de óptica Transforma-se em Realidade... Se assim não for Não me importo, Prossigo, Pois, se a Utopia do meu sonho Não servisse para mais nada, Serve-me para caminhar, E isto me basta Para SER... Obras em destaque Há tempos o GPL recebe obras de diversos escritores, as quais dá ciência na seção Biblioteca dos Poetas, nesta RVS. Sempre agradece, seja por carta ou por e-mail e, em algumas delas se faz comentários. Por sugestão da poetisa Bernadete Campos, MG, abrimos esta seção que já estampamos no número anterior. A respeito de “TRAVESSIA DE ILUSÕES”, de HERALDA VICTOR Continuando as apresentações de comentários sobre obras lançadas por membros do GPL e outros sócios, abaixo citaremos a apresentação do escritor e poeta JÚLIO DE QUEIROZ, intitulado “Sacerdotisa do Amor”: “Mesmo quando o poeta prosa a poesia impregna seus textos, pois um poeta autêntico não sabe ser nada mais além de ser poeta. Esse ser poeta é muito mais empolgante – mesmo quando sê-lo é muito doloroso – do que ter aprendido as regras da estrofe bem-regrada para ser aplaudida. Foi isto que Beaudelaire descreveu no seu “bênção”. Afirma ele que, durante a gestação, a mãe de um futuro poeta planeja ninar um político astuto, um rico negociante, um astro famoso nos palcos, um homem ilustre.Quando pressente que dará ao mundo um poeta, não só se desencanta como amaldiçoa o fruto de seus amores. Mas “sob a tutela invisível de um anjo, o filho deserdado se embriaga de sol... brinca com o vento, conversa com nuvens e canta enquanto percorre seu calvário”, descreve o poeta dos “pequenos poemas em prosa”. Tudo o que o poeta vivencia é transbordamento. Cada beijo é um banquete amoroso. Toda separação, uma catástrofe. Há no viver do poeta, uma plenitude em tudo: no que o faça sorrir, no que o leve ao choro incontrolável. É nesse desregramento que se reconhece um legítimo sacerdote da poesia. Este descontrole está latejante nos poemas em prosa de Heralda Victor. Desde o apaixonar-se pela “Lua Nova”, que todos sabem transitória, menos a poetisa, que pede ao astro noturno que fique com ela: “Dorme aqui...Não vá embora...” até cada poema que o leitor mereça desvendar. Sacerdotisa do amor – sabe-se lá qual amor, que importa isso, se é amor? – imola-se em cada beijo, sofre com cada até já – “É um estrondo enorme dentro do peito” (Saudade). “Até logo, até depois, até nunca mais, quem sabe?” (Até).E então, a poeta transforma essa angústia em beleza: “Faço poema, crio ilusão, invento história”(Poemando). Heralda aceitou a crisma com que o anjo protetor a bendisse: “Como é sublime, forte, supremo,simples e tão difícil o ato de amar...”(Sem Saída) e nos oferece cálices transbordantes do belo que sua sensibilidade transubstanciou em poemas. Acompanhemos, esperançosos, os vôos dessa jovem águia poética.Júlio de Queiroz, da Academia Catarinense de Letras. 5 Entrevista Licinho Campos A cada revista estamos, através de simples questionamento, apresentando a alma de cada membro do Grupo de Poetas Livres. Desta feita, Adelício Manoel Campos, ou Licinho Campos, título mais carinhoso para chamar este autodidata, este poeta que canta o amor-paixão, em suas simples palavras carregadas de emoção, revelando sua alma sensível. Licinho nasceu em Florianópolis, em 4 de setembro de 1952. Atua no ramo de comercio. É 2º. Tesoureiro do GPL. Participa de todos os seus projetos. Poeta/ator das produções do GPL: “Balada dos já-com-terra” e “A utilidade da utopia”. Detentor de vários Troféus de Assiduidade instituídos pelo GPL, agora intitulado Troféu Garapuvu. FORMOSOS RVS - Conte-nos quando começou o seu interesse pela poesia? LICINHO - Já na adolescência, inspirado na beleza da natureza, do amor, pois sempre fui um sentimental. Arfantes no recôndito do peito Como dardos em riste Do corpo da mulher o parapeito E fazem lembrar, o perfeito existe RVS – O que a poesia significa para você? LICINHO – O ápice da inspiração, e que atua em mim como um lenitivo, fazendo fluir meus pensamentos e sentimentos. Lábaros ostentados em um corpo Belas esculturas Em tão belas criaturas É do Criador, divino gosto. RVS- Você impregna seus poemas com temas românticos. É uma linha em que você mais se identifica? LICINHO – Com certeza, pois como um eterno sentimental, me identifico muito com o romântico, o sensual, com tudo que traz felicidade. Diamantes já lapidados Beleza divina De eterna ninfa De cerne da mulher, Seios, manjar cobiçado. RVS – Como você se sente participando de um grupo literário? LICINHO – Muito feliz. É a realização de um dos meus sonhos e fazendo parte de uma grande família literária, como o GPL, vou atrás do meu outro sonho, a publicação de um livro de poesia. LICINHO CAMPOS RVS – Além da publicação de seus poemas nas obras editadas pelo GPL, você está também em outras edições? Quais? LICINHO – Sim, tenho poesias publicadas na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos(da Câmara Brasileira de Jovens Escritores); Jornal Folha de Coqueiros, Jornal Vozes de Canelinha; Jornal A Hora de Santa Catarina e Jornal de Santa Catarina. 6 É tudo verdade! Carta de Geraldo Pereira Lopes a Sérgio da Costa Ramos, do DC, contrapondo a crônica do Jornalista publicada no jornal Diário Catarinense de 22 de agosto de 2007 Os meus respeitos e aplausos ao grande e competente cronista! Eu sei que é tudo verdade. Não deveríamos precisar de um documentário, por sinal justo e excelente trabalho, (Ieda Beck e o s filmakers do impar documentário Luiz Henrique no Balanço do Mar), para nos posicionarmos em elogios teóricos rasgados à vida e obra de Luiz Henrique Rosa e de tantos outros artistas – talentos catarinenses , que por aqui passaram, passam e vão sempre continuar a passar. O que é que nos falta ainda? Personalidade? Alfabetização poética – musical – cultural? Para acordarmos e reconhecermos em tempo e espaço hábil, os talentos desse solo? Todo show aqui, para ser show, ainda tem que vir só de fora salvo, raríssima exceção, que parece querendo, precisando e merecidamente por questão de justiça tardia, hoje timidamente a aflorar. Temos aqui e no RS, o maior evento poético musical do Sul desse país, acontecendo todos os anos, e perguntem-se: A partir de que edição, um Talento Catarinense passou a ser convidado a participar? E quando isso muito tardiamente passou a acontecer? Vê se não foi só com pequeníssima participação, para só fazer o esquenta às 5 horas da tarde, para depois os Talentos de outros eixos entrarem, deitarem e rolarem, uma vez que o público presente, já estava fisgado na veia, com a agulha da emoção. Foi, tem sido assim ou não? Não sou homem de querer dizer, eu digo: O Evento? Planeta Atlântida! A quem eu tiro o chapéu e rendo as minhas homenagens, mas, é urgente, urgentíssimo, direcionarmos o nosso olhar poético – empresarial – musical, num percentual bem mais elevado, aos artistas – talentos da região Sul. Tanto daqui, como do Estado vizinho e da sua capital POA! Reflitam, como viveram, vivem, e como ainda vão continuar a viver, infelizmente, os nossos Talentos, se rapidamente e com Consciência aflorada, este estado, esta capital não despertar com ousadia, competência, determinação e capacidade de superação, para os nossos saberes locais! Ah! Grande Antonieta de Barros, Ah! Grande Cruz e Sousa, Ah! Grande Martinho de Haro, Ah! Grande Willy Zumblick, Ah! Grande Zininho, Ah! Grande Neide Maria Rosa, Ah!..., Ah!..., Ah!..., Ah!...!!! Vou fincar, pautar, concentrando toda a minha posição - indignação Consciente, nesse momento, homenageando a todos, no Talento de Luiz Henrique Rosa: Como se nada disso bastasse, trouxe ele ao Brasil – Floripa – nada mais nada menos que a internacional Lisa Minnelli, quando o mundo a queria, a quer e sempre há de querer por questões óbvias. A Rio de Janeiro de olho, era carnaval! Sabem como ele nasceu, viveu e partiu? Infelizmente, sem o nosso reconhecimento em vida, a altura da nobreza e da grandeza da sua magnífica obra e dos seus maravilhosos feitos. Sim, esquecido, trabalhando no Armazém Vieira, e nesse trajeto acidentou-se e veio infelizmente a falecer, numa Brasília usada! Hipócritas...! Quando há tempos atrás, foi promovido no Teatro do C.I.C., um magnífico espetáculo, intitulado: A bossa nova de Luiz Henrique Rosa, eu estava lá. Reconheço e aplaudo toda a mega produção. Apenas, faço um registro muito lamentável: Luiz Henrique Rosa, o homenageado, o Nosso Talento, não estava lá, não foi convidado. (Chame-me para o debate, uma entrevista, que responderei e comprovarei cientificamente essa Tese!) Todo Artista é um trabalhador, o que ele precisa? É do reconhecimento – aplauso do público no seu tempo e espaço vivido, e que possa ele (a) viver com dignidade. Caso contrário, comecem a rever os seus, os nossos conceitos de reconhecimento! Haja Plasil, Pimenta e Espelhos!! Geraldo Pereira Lopes - Simplesmente Poeta o Poeta do SER 7 Concurso On-Line “Água, fonte de vida” CATEGORIA: 7 A 21 ANOS 1º LUGAR: Esta foi a primeira experiência do Grupo em concurso ON-LINE, embora já tivesse participado como apoiadora em concurso no mesmo módulo instituído pela RBS-Rádios, cujo resultado foi surpreendente, pois através da Rádio Atlântida, os ouvintes e internautas participaram em grande número. Agora, é o GPL que lança seu próprio concurso com o Tema “Água, fonte de vida”. De junho a outubro de 2007, sem o GPL ter feito propaganda intensiva, internautas de diversas localidades brasileiras e de Buenos Aires, acessaram o site e participaram. O perfil dos internautas está no site do GPL. A Comissão Julgadora foi formada por EUNICE LEITE DA SILVA TAVARES, GERALDO PEREIRA LOPES, ROSE NILVA SIMÃO e MAURA SOARES. Três classificados com idades de 7 a 21 anos e três, de 22 anos em diante, conforme o Regulamento. Ressalte-se que publicamos no site do GPL a relação dos finalistas. Ante tantas boas produções, foi difícil chegar a um consenso. Procuramos fazer o melhor e o resultado segue: ESSÊNCIA SECRETA Por entre nuvens descanso calmo e sereno E quando desperto faço surgir A beleza nas cores de um arco-íris Com um acordar cheio de esplendor Por entre as margens de um rio Vou traçando o meu caminho Faço da terra seca um grande oceano E onde não há mais cor Trago um límpido azul Para colorir esse meu mar Os meus filhos nascerão verdes E darão beleza a essa paisagem E repleta de riquezas serão as minhas florestas Com a minha criação dou existência a essa gente Que cega de ignorância não percebeu o que é vida Onde tudo começa e tudo termina Estou eu presente Porque sou a fonte dessa nação sem clareza Sou a resposta dos homens sem luz Que buscam por ambição e satisfação O meu nome não se revela, mas sei que se faz entender Quem sou eu então?! Se você busca por respostas então não demore a procurar Porque talvez quando encontrar Não possa mais me achar E só então entenderá que sou eu a sua essência. ELISA HARUMI MUSHA – 17 anos Santo André, São Paulo 8 Concurso On-Line 2º. LUGAR 3º. LUGAR QUANDO A POÉTICA É ÁGUA PLANETA TERRA Permita que nesse muro de palavras magras permita que no abraçar de letras secas teça-se um caminho azul (do mesmo azul que o sonho adormece) entre a tarde e o mar entre a água e a prece Procuras no céu uma estrela Verás a fumaça que o obscurece. Tuas inúteis crendices e opulências Cegam-te a percepção e consciência De que, a tua volta, a vida se desvanece. verter entre (meus versos fios de água fios de vida) e levar minha poética ao mesmo horizonte que o rio parece engolir os azuis da existência sem receio (apenas o recreio da vida flutuando algo nas águas algas de Poseidon) permita, sim permita e depois dance entre as chuvas e as fontes sorria sorrisos azuis nas agruras do tempo e do vento e da vida noutros Netunos sorria depois E enquanto o mundo cai E todas as coisas mudam Gastas totalmente teu tempo Ocupado em descobrir Porque teus sapatos te afundam. E quando as chuvas tornam-se lágrimas De um planeta que arde em dor Tu, ente desatento e mesquinho, Bradas em meio a tua insensatez. A Terra perdeu seu esplendor! Mas enquanto tua avareza for satisfeita Pisarás num solo de frutos pútridos, Fingindo não sentir a fundo A morte de teu próprio Deus Que se corrói em teus resíduos. Mas quando a voz da Terra for calada E toda a vida nela secar e morrer Perceberás que ela foi envenenada Por tua indolência inválida, E então, não restará mais nada a fazer... trago nas mãos um oceano de versos diversos anos que as águas navegam Uranos e Gaias se tecem entre os dias e a vida entre o mar e o azul da palavra da lida JULIANA BERNARDO – 18 anos SÃO PAULO, SP que meu canto (como água) mescle-se ao canto das sereias para ser espuma entre as serpentes da poética Oceânica nas entranhas do pensamento canto o encanto de uma ária talássica (da mesma água que nasceram os deuses nascem os motivos da rosa e da vida). RENAL ALVES MELO – 20 anos Inhumas, Goiás 9 Concurso On-Line Sócios Correspondentes CATEGORIA: 22 A 80 ANOS 2º. LUGAR 1º. LUGAR NÃO DEIXE A NATUREZA MORRER TERRA SECA Ah! Os rios claros e piscosos do passado Plenos de vida, estonteantes de beleza, Vão morrendo aos poucos, sufocados, Ante a invasão de tanta impureza. Terra seca, olha para o céu cinzento E ora, clamando por água; Não lembras do que é a água? Então chora e observa as lágrimas Que lembram da vida de outrora Quando esse solo continha água; Quando da água jorrava vida. E este solo fértil e que por certo Aguarda a semente que irá desabrochar Poderá ser amanhã um mísero deserto Se o homem só usá-lo e dele não cuidar. Terra seca, olha para os galhos da árvore morta E lembra da vida que ela abrigava Ouve o silêncio que um dia era canto Ouve o encanto que quebrou, Destroçado pela lâmina fria De uma serra mentirosa Que prometia fortuna Mas só morte semeou. E as matas verdejantes ao raiar da aurora Cobertas de mil flores orvalhadas Serão apenas lembranças de outrora, Em telas e em paredes retratadas. É a subserviência ao cofre recheado, Ao mando, o poder e a glória vã. O futuro cobrirá com juros redobrados Se não despertarmos, hoje, para o amanhã. Terra seca, ora pelos homens sedentos Que trocaram a vida e a água Por um punhado de ouro Por um futuro de enganos Por uma vida de sede Por um planeta sem cor. É o homem da argamassa e calculista Que se ergue estrutural, mas cheio de incerteza, Porque frio inconseqüente e egoísta Esqueceu o bem maior A própria Natureza. Terra seca, chora lágrimas de amor, Rega o coração dos homens Que hoje, sedentos na dor, Trocariam toda fortuna, Por um planeta com água Por água, vida e amor. MANOEL ANTONIO MARRANQUIEL – 79 anos SANTA MARIA - RS 3º. LUGAR LENTAMENTE NADA CLAUDIA ZIPPIN FERRI – 41 anos DOIS VIZINHOS - PR O líquido que pulsa lentamente da terra forma uma retina fina, limpa, pequenina sai de forma mansa no primeiro valado descansa nada nos rios cheios de nada. Assim nasceu também em mim a água da vida desviada, retirada, sumida deslocada, desalojada, perdida soterrada, escavada, poluída. E ninguém se deu conta que secou e ninguém se de conta que parou e ninguém se deu conta que sumiu morreu em mim a água do mundo na última gota de lágrima que derramei. DANIELA BUNN – 28 anos ALFREDO WAGNER - SC 10 3º Concurso “Liberte-se... Nas asas da poesia” Este concurso é totalmente dedicado ao público carcerário, com tema livre. O detentos do Presídio Regional de Tijucas, alunos do Curso CEJA, comparecem pela terceira vez. A coordenação é da sócia Márcia Reis Bittencourt, que também é professora do CEJA, naquele presídio. O tema é livre e esta terceira etapa foi solicitada pelos próprios detentos. Os poemas foram examinados pela Comissão Julgadora composta por Zeula Soares, Eunice Leite da Silva Tavares e Maura Soares. Do 1º. ao 5º. Lugar, assim temos: 1º LUGAR 2º LUGAR A HORA DE AMAR EU SOU Passeio os dedos pela tua suave pele, voando entre as formas da tua tipografia sem rumo, sem pressa. Vibrante teu corpo, reage e aceita minha carícia; invólucro divino que contém a alma da pessoa amada. O que aqui está escrito, A mente me inspirou, Transformei pensamentos Em palavras, escrevi O que o coração ditou Transmito-me, ultrapasso O limite, o espaço Vou além da minha imaginação, Sou poeta, minha alma Não se cansa, meu peito Não se aquieta, penso, Escrevo, leio, dito, Tiro de mim o mais bonito Reflito, medito, o melhor de mim Aqui está escrito, O lamento escondido Sai do peito dorido do poeta, E transforma-se. A caneta célere escreve, Ficando aqui inseridas Suas palavras escritas: Benditas gotas, manancial De luz nas trevas refletida Prenúncio de nova vida Vida bandida não é vida. Não quero, não desejo a ninguém. Vivo a vida real Sou poeta do bem e não do mal Sou um humano ser E não um animal. Os olhos são as janelas, a pele é o muro que, trêmulo, se funde sob meu toque. Caem as muralhas e então, nus, sem proteção, mas sem medo, dançamos sem música ao compasso dos nossos corações. No frenesi palpitante do encontro vejo na tua face as razões que me levam a buscar-te, cada momento perfeito. Cada segundo no outro, um gemido, um suspiro. Amor, canção , só nós no eterno celebrar a dois. Olho no olho, peito no peito. Apertadas as mãos, não querem soltar esticando o tempo a hora de amar. GERARDO OMAR ABBAS SURAIM DOS REIS 11 3º Concurso “Liberte-se... Nas asas da poesia” 3º LUGAR 4º LUGAR QUANDO EU NÃO MAIS EXISTIR O VENTO QUE PASSA! Quando seus olhos não puderem mais me ver Olhe para o céu e sinta o vento tocar em uma flor. Fale com os pássaros, Conte a eles suas angústias, suas saudades, sua dor. Diga a eles o quanto você me ama, por certo ouvirão. Derrame uma lágrima para desabafar. Pense em mim, por certo sonhará comigo Todas as noites e acordará chorando. Você sentirá falta do meu sorriso, do meu toque, Da minha voz e do meu carinho. E, quando finalmente compreender que Estará só e que isso é irreversível, Cairá em lágrimas e irá gritar com as paredes Porque estará só outra vez e ninguém Dará atenção à sua dor... E quando encontrar um amigo Você irá conversar e este Enjoará de tédio ao ouvir seus lamentos. Converse com a Lua, ela lhe dirá Que estará só, com seu amor... Então você irá me buscar nas estrelas, Nos mares, no universo, Mas não irá me encontrar... Se você realmente me ama, não chore. Você não conhece o mistério insondável Do céu onde me encontro. E, se me ama de verdade, não chore, Afinal estou aqui e estou em paz... Procuro olhos que me entendam, Palavras que me confortem e Um peito que me acolha nas horas difíceis... Procuro alguém que não se acovarde Nas desilusões do passado Alguém que se permita amar... Mas, infelizmente, é uma busca em vão, Pois só tenho você no meu coração... Terei que lhe esquecer e eu até me iludi, Pois é impossível compartilhar tanto afeto Dedicado a uma só pessoa, sem acabar ferindo as outras... Passo vários dias de tristeza, solidão e muitas lágrimas. Tantos que já não posso mais suportar, Mas continuo a lhe amar e nunca o esquecerei. Aprenderei a viver com isto, Apesar de sempre lhe amar. Existe um Deus no céu que é todo poderoso... Mas existe na Terra você, que para mim É só você, sempre você!! Maria olha o tempo O tempo que passa Apenas o vento passa! Maria magrinha que dá dó Tem medo Medo do tempo Que não passa e Do vento que passa. Se Maria não vê O tempo e nem o vento Que passa ou não passa... O que não está passando É o medo do vento que passa E do tempo que não passa Mas se passasse o tempo Talvez parasse o vento. MARILENE BECKER 12 DALVA MANGELA FERREIRA 5º LUGAR HOJE EU QUERIA APENAS... Hoje eu queria apenas Estar junto com minha mãe... Estar junto com minha família Apesar da distância... Hoje eu queria apenas estar trabalhando Para ajudar minha mãe... Ela precisa de mim e eu dela... A união é a chave da conquista... Sei que ainda tenho a minha família Não estou sozinho Lembrar que não estou sozinho Me traz conforto... Hoje eu queria apenas estar longe deste lugar Construindo Um novo caminho... VILBERTO LOPES BARRIOS Sócios correspondentes SÚPLICA FELICIDADE Meu amor, Não fecha todas as portas Não corta todos os vínculos Deixa uma fresta, um “gancho”. Existem milagres “Coisas inesperadas acontecem e mudam rápida e definitivamente nossas vidas”, Além do que um “gancho”... É uma criança brincando, Segura e confiante. CARLIMPIM (Carlos de Lima Pinheiro) Rio de Janeiro - RJ RIO Um rio que transborda Um passarinho que te acorda Com uma simples canção. O perfume que a flor te oferece O sol que te aquece E ilumina teu coração. Quem é o autor Desse mundo imenso? Eu paro e penso: Quanto amor existe! Por que o egoísmo persiste, Quem é o seu cultivador? Será que não seria melhor, Se todos praticassem a caridade Transformando ódio e rancor Em felicidade e mais felicidade Deixa que as águas Do rio da serenidade Que rumam para a eternidade Tragam paz e amor. JANETE VEIGA Poço Claro, Itaiópolis - SC É o retorno dos estudantes pela rua, Alegres e barulhentos. É a volta do trabalhador ao lar, Cansado, mas sereno. É o pai que abraça o filho, Protetor e exemplar. É a mãe que acolhe a ambos, Generosa e amável. É o Sol que nasce e se põe a cada dia, Necessário e lindo. É a Lua que ilumina cada noite, Bela e mansa. É a terra que acolhe a semente, Boa e profícua. É a chuva que cai sobre o solo, Calma ou torrencial. É a planta que nasce, cresce e frutifica, Útil e provedora. É o pássaro cortando o infinito, Livre e absoluto. É o rio que corta cidades, vilas, Ligeiro ou preguiçoso. É o convívio entre o homem e a natureza, Vulnerável e precioso. É a harmonia entre os povos, Diferentes, mas todos tão iguais. É o cotidiano de cada um, Simples e tão especial. A felicidade, enfim, está onde se encontra a paz! ILSE MARIA PAULINO GOMES Canelinha - SC 13 Sócios correspondentes A CAMINHO DO ENCONTRO ÉDEN- TERRA PROMETIDA A viagem é breve. Manhã cinzenta, na mansa baía a água se encrespa e dilata aos golpes dos bagos da chuva de prata. As montanhas, tantos bicos de seios erigidos pro alto, lançam de assalto lascivos anseios. E os eucaliptos serenos contritos candelabros apagados monges enclausurados, à luz argêntea do inverno, no horizonte rendilhado em suaves embalos mergulham na terra seus lúbricos falos. A natureza pulsa infrene, eu me aquieto e me acalmo: que o coração serene... LEATRICE MOELLMANN [In “Sedução”, p. 162] SEM POESIA Pende o lápis da mão enfastiada os olhos varam a janela entreaberta e vão descansar nos longes dos quintais. Foi-se a poesia em forma de palavras não sei onde andará neste momento. Faço força p´ra buscá-la, tento captá-la em meus canais mas a realidade é outra: triste e fria. Nas Malvinas existe a guerra, os pobres passam fome as crianças sentem frio o homem do campo está meio cético os políticos pronunciam seu discurso vão. Eu espero a poesia que não vem como se isto redimisse o mundo. Sendo Deus uma Criatura Única, em afetuosidade e ternura, Não poderia na vida, ter-nos herdado o sofrimento a amargura; O que nos leva a crer provenham estas de humanas condições, Subjetivas ao homem; das quais se originam nossas emoções. Contudo, o dia em que modelarmos nosso viver na reciprocidade, Tornar-nos-emos refratários à ambição, à cobiça, à deslealdade; Possibilitando sufocar o desconforto a solitude a acrimônia, Preenchendo com a afeição, o espaço de uma vida fútil e vazia. Banhando nosso “ser” na fonte da fraternidade e compreensão, Faremos com que na Terra não viceje o ódio o rancor à desilusão; Sufocando o tédio, a indiferença o egoísmo, a negligência, a lassidão. Desalojaremos do “eu os males que corrompem nosso coração”. Habitaremos o ÉDEN “Terra pelo Criador a nós prometida”. Onde em lugar do sofrimento físico e moral, viceja a vida; Pela fraternidade e união, afastaremos o insulamento, a dor, Semeando em nossa alma, a solidariedade, a coesão, o amor. ÁUREO CORRÊA DE SOUZA Bauru - SP BANDEIRANTES Bandeirantes eram homens, mulheres de coragem varonil, que procuravam ouro, pedras preciosas nos sertões do meu Brasil. Levavam à frente uma bandeira e nas mãos um arcabuz, um facão. De botas altas, roupas de couro, na cabeça um chapelão. Fernão Dias, caçador de esmeraldas que demonstrou grande heroísmo Antonio Raposo Tavares foi o rei do bandeirismo Borba Gato, Jorge Velho, Bartolomeu Bueno da Silva apelidado Anhangüera foram grandes bandeirantes que engrandeceram nossa Terra. O passado volta ao presente Vamos lembrar sempre as jóias que eles deixaram com nomes em muitas rodovias de nossa nação Viva os nossos Bandeirantes! DIRCE GONÇALVES FERREIRA Mairiporã - SP BERNADETE CAMPOS [In Sombras e fagulhas(1984), p.42] Virginópolis - MG 14 Sócios correspondentes ETERNIDADE LÁBIOS DESIGUAIS Dores e lágrimas avassaladoras soletrantes de desproporções. Na febre dos meus desejos, Fui à procura de beijos em lábios tão desiguais, E agora de beijos farto, afasto-me tristonho, Saio do quarto, quero chorar e nada mais. Alegrias: ainda mais fora de propósito: ondas empolgantes sem sentido ou nexo. Todas estalagmitadas em biografia. Agora o sei, passos do não-tempo dançando a vida, ensinando-me a esperar por uma outra dança, que lhe há de tomar o lugar. Terei aprendido a melodia? JÚLIO DE QUEIROZ [In Sementes do Tempo, p. 21] Hoje, em teu sorriso vejo a minha vida. Mas em minha vida uma eterna mágoa, De um coração sem carinho Como a ave que perdeu seu ninho. Na fúria de um vendaval. É tão triste sem o lar ficar chorando! Sem o ninho fica o passarinho cantando, Em busca de outro igual. NÉLSON CARNEIRO [in Devaneio, pág. 47] São José do Rio Preto - SP AO GPL DESCANSO NA PRAÇA Que bom, que me conhecem hoje Não me conheceram antes, Hoje eu não sou o que era antes Antes eu não era o que sou hoje Descanso na praça Sentado ao banco Me solto do silêncio Me agarro ao nada Vejo indiferente Figuras torpes Roupas toscas Gestos insanos Em rostos disformes Garrafas à boca Sorrisos frouxos Imagens tristes Para os olhos Alheios No silêncio dos agitados passos Me desperto Em música Me abraço na voz Da Mulher Que canta Na praça XV de Novembro Explicação existe, Mas somente entre eu e Deus Me sinto feliz por estar aqui Por fazer pequena parte Deste grande Grupo Estou feliz por sentir o calor amigo de vocês Quero guardar comigo este momento, mas... Aos poucos ir dividindo com todos que me são caros Agradecer a todos do Grupo e a Deus Que junto a nós, Está. LUCY GOLINO Belo Horizonte - MG UBIRAJARA DE MAGALHÃES BARBALHO Cuiabá - MT 15 Sócios correspondentes FAZER AMOR UMA MIGALHA DE AMOR Fazer amor não é simplesmente fazer sexo Sem ternura, sem carinho, sem pudor Sendo assim é ato sem sentido, sem razão, sem nexo Fazer amor é entregar a alma É viajar na magia das águas calmas No mar da poesia da tranqüilidade É descansar nos braços da própria liberdade Fazer amor é alcançar a libertação Nos libertarmos das correntes da razão Para sermos puro sentido, pura emoção Nos entregarmos a nossa primitividade Bêbados em busca da sobriedade. (À Márcia, adorada companheira) Sou, hoje, um pedinte contumaz, não NEGO. Por favor, não me censure a FRANQUEZA Se peço, é por uma causa justa: Sou CEGO Cego de amor, de mágoa, paixão e TRISTEZA. Quem pede tem fome, está NECESSITADO É simples, é humilde, pouco AUDAZ Pedir não é crime e, tampouco, é PECADO Já que qualquer quantidade SATISFAZ. Sou, hoje, um peregrino ERRANTE Que traz nos braços a marca das ARGOLAS Enquanto, ontem, era o adorado AMANTE, Hoje, apenas alguém que pede ESMOLA. JOÃO BIRICO FILHO Floresta - PE [In: Gotas de reflexão, p. 128] Se quem pede é bem dotado de HUMILDADE Entende-se que também de GRATIDÃO Mas, quem dá nem sempre faz por CARIDADE Nem sempre faz por amor ou DEVOÇÃO. AH! SE TU SOUBESSES... Quanta coisa gostaria de PEDIR Quanta coisa gostaria de GANHAR Gostaria, meu bem, de em seus braços DORMIR Gostaria, amor, de em seus braços SONHAR. Ah! Se tu soubesses da saudade enorme que de ti eu sinto. Do pranto triste que por ti eu choro... Gostaria de que me ouvisse a voz da ALMA De que me ouvisse a voz do CORAÇÃO Pedindo-lhe que, terna, segura e CALMA, A mim dedicasse amor e PAIXÃO. Ah! Se tu soubesses do vazio imenso que deixaste em mim. Da lágrima pura que não teve fim... Na verdade, sou um pedinte OUSADO Que, triste, pede além da IMAGINAÇÃO Pobre diabo que, embora ADVOGADO No amor, perdeu o direito de AÇÃO. Ah! Se tu soubesses tu chorarias então, não pelo amor que não existe em ti, mas pela mágoa que causaste em mim! Inda que sem direito peço ao SENHOR Que me dê hoje, por inteiro, o UNIVERSO Peço que me venha ele com você, AMOR Doce e cálida inspiração destes VERSOS. ARITA DAMASCENO PETTENÁ [in Nas asas do sonho, p. 161] Campinas - SP Não me envergonho, entretanto de PEDIR Porque peço o que de melhor VALOR Doce sensação que possamos sentir Carinho, afeto, UMA MIGALHA DE AMOR. Prof. ADELINO CARLOS B. DE ALCÂNTARA (Dr. Brito) SÃO PAULO - SP 16 De braços abertos, Estamos! INVEJA E MÁGOA POR QUERER Faz hoje muitos anos que eu, descrente, sem ao menos saber porque vivia, os caminhos da vida percorria, desventurado, só, quase demente... Fui chamado de tolo por querer ser justo, de arrogante por querer ser feliz, de imbecil por querer ser poeta. Fiquei feliz porque despertei a inveja e a admiração de tantos hipócritas que querem ter tudo o que quero, mas são fracos para serem justos, felizes ou Poetas. Quando, sem rumo à toa e descontente, pela roça vagava certo dia, dois beija-flores vi (quem diria?) unidos pelo amor num beijo ardente... Anoitecera... e eu, pálido de dor, quis esquecer o mundo do meu leito... - E o fantasma, talvez do beija-flor, fez-me pensar com mágoa e com despeito: “como pode caber tão grande amor na caixinha de tão pequeno peito?” ANTONIO PEREIRA MELLO Santa Maria - RS S. SILVA BARRETO – São Paulo - SP Membro do Movimento Poético Nacional (in Poemas de Ouro, capa, da Ordem da Confraria dos Poetas - RS) QUINTANARES À VISTA DE TI Nunca te vi, melhor que seja assim. Teus cabelos seriam trinados ao vento? Poderia eu dizer “treinados”, eles seriam – porque ali corre o vento da tardinha – sempre me dizes do vento. Guardo teus papéis eu guardo. Perco-os, justo que me percam. Um cartãozinho..., teu, a te encontrar, azul..., azul seria a saia de sair? Ou, haverias de preferir uma roupinha amarela e os olhos vagos de nenhuma palavra? O que poderei dizer quando te encontrar?... se. Nestes tempos modernos, teria lugar para um silêncio? Falarias? De que nos diríamos? Melhor que teus cabelos fiquem ao vento. Ah, vento doce, da noite, como me perfumas o hálito desta noite cedo. SOARES FEITOSA (Salvador, 06/05/1997) Editor do Jornal de Poesia - CE O pão para a fome (a outra fome) nasceu de lua in(esperada), da solidão nas esquinas, de um felino na varanda. Nasceu de lâmina cálida como, sempre, foi acesa no hotel Majestic, a madrugada. Dessa matéria in(visível) de silêncio que não cala de sapato velho de criança, de frágeis flores, entre sal e pedras, de um copo d´água, às pressas, na Selva, às seis da tarde são teus filhos, sempre, aurora no espelho das águas do Guaíba e o pôr-do-sol, do mesmo rio, o fogo das pa(lavras). E se Alegrete é um trem que ficou na curva da estrada, agora, somos nós, Quintana que tomamos chá com teus fantasmas. Há um louva-a-deus no parapeito da janela, indisfarçavelmente verde. É preciso ver com os olhos da alma e ter fome, sempre! LARI FRANCESCHETTO (Poema premiado) Veranópolis - RS 17 De braços abertos, Estamos! DOS CARAS ACRÓSTICO (Lorquiano) Vamos...payaso cambia tu rostro, con esse máquillage tan gracioso, y que tus ademanes y caidas os hagan reir... A veces me pregunto por qué Amparo, Mas fue antes de cantar una elegia, Por eso te explico vida mia Amparo ya era como un toro, Rabioso de sangre por las venas O canto de alborada y sementera, Quién puede descubrir que detras de esa máscara, escondes el dolor y la tristeza que tienes en tu alma, por un ser querido que partio a la eternidad. Pero tú tienes esa misión como payaso, que aún con el alma entristecida, tienes esa fuerza para darnos alegria. Tú recompensa, son las risas y los aplausos, que te brindamos, ignorando tu tristeza, pero al lograr los aplausos y ver caras felices, son las que alivián tu pena que llevas en el alma, vamos.. payaso. DONATO PERRONE Buenos Aires - Argentina Gritando al viento Primavera Olor de nardo y azucenas, Naciste saltando en mis jardines Zoraida no habría nacido tan hermosa Á caballo de fuego y negras crines, Lugar de helecho y mariposa. El alma me llenaste de violines Zaguán en calma de olor a rosa. MANUEL GONZALEZ ALVAREZ Diretor do Grupo “Ritus Senior” Madrid – Espanha MAIS QUE SIMPLES NOME YO TAMBIÉN Mais que simples nome no viver nutrido é esta minha fome; Yo también he tenido 35 años e incluso, menos Yo también he lucido mis pectorales en la playa e incluso mis abdominales Yo también he seducido a Libertad Leblanc e incluso la he complacido nem mais tem sentido o que me consome ou jaz esquecido. Tenho vida enquanto em versos sei no mundo esta lei no que me causa espanto. Yo también me he frotado contra colegialas en [los colectivos e incluso contra profesoras O que zelo tanto no afã deste treino é a força do reino do mais puro canto. Yo también he reventado de envidia e incluso he envidiado sin reventar Yo también he sistematizado mis avances a mujeres en la vía pública e incluso mis avances a hombres en la vía [privada ARTEMIO ZANON (membro da ACL, ADL e ASAJOL) Florianópolis e São José - SC (In Arca de salvação, p. 45) Yo también he sido sobreestimado e incluso, sobreseído. ROLANDO REVAGLIATTI Buenos Aires - Argentina http://www.revagliatti.com.ar/ra24.html 18 De braços abertos, Estamos! O AMOR É COMPLICADO AMIZADE Muitas pessoas podem dizer Que o amor só foi feito para a gente sofrer, Mas dele você tem muito o que aprender, Pois é com amor que aprendemos a viver. A amizade não se compra nem se vende, só se faz igual a Paz. Porém se amizade não se fizer a consciência o vai prender. Amar é sentir algo inexplicável dentro do coração É estar perto da pessoa amada e sentir carinho e atração É pensar nela e imaginar mil e uma ilusão Amar é mergulhar no mar da paixão. LUISA DE LARA DUTRA, 11 anos FINAL DA COPA Para encontrar o verdadeiro amor Antes de tudo, compreende o que é amar Sinta aquele ardor Que ao mesmo tempo nos faz rir e chorar. Bola rolando Tempo passando Quem irá mudar o triste placar? Jogo que vai do Ocidente ao Oriente Com jogadores de suor quente Quando está perdendo, tem ira na mente Quando a gente está ganhando, a adrenalina toma conta da gente O jogo que representa muita gente. O amor é mesmo complicado Muito difícil de se entender Por isso vá com cuidado Para a pessoa amada não sofrer Amar não é só sentir paixão Nem uma simples atração carnal, Mas, sim, uma relação de respeito e dedicação É um elevado sentimento espiritual. LAURA EMERIM SILVA - 8 anos Palhoça - SC Resumindo tudo que lhe digo Saberá o que é amar Quando viver como grande amigo E a todos ajudar. MARCELO VEIGA EEB Virgilio Várzea, Itaiópolis - SC 19 Aos Poetas mortos... Esta página é dedicada aos grandes poetas catarinenses já falecidos. João da Cruz e Sousa CRUZ E SOUSA nasceu em 24 de novembro de 1861, em Desterro, SC, filho de escravos libertos do Marechal Guilherme Xavier de Sousa. Estudou no Ateneu Provincial, onde logo se destacou de seus companheiros de estudo. Alma amorável, delicada, sensível, vibrando numa sensibilidade quase doentia, que ele encobria com um exagerado ar de afetação e frieza com que parecia olhar para tudo. Sensibilidade que era sofrer e que o levava ainda nos virados e primeiros tempos de vida, a compor o seu “Num campo santo”. Pela mocidade continuou a ser o mesmo inquieto, o mesmo irritável, o mesmo romântico, o mesmo impulsivo, mas ainda e sempre sentimental. Era dispersivo, instável. Ora aqui, ora li, ora acolá, numa agitação e mesmo falta de estabilidade que o levam do jornal da Província, a ponto de teatro, a viagens fora da terra natal, para onde retorna, para de novo excursionar, sem uma segura orientação. Parece que há dentro dele uma névoa que o obriga a se movimentar assim. É uma contínua agitação e inquietação, num quase delírio ambulatório. É como se seu espírito, sua alma fosse uma massa de águas tangidas por forças secretas, mas que ao menor toque se arrepiavam, ondulavam, fremiam, se agitavam até extravasar... Redatoriava jornais humorísticos e de crítica, entre os quais “Moleque”, onde suas sátiras eram como setas de veneno, que feriam certeiramente aqueles que o hostilizavam. Seus artigos eram ferinos e cheios de acidez. De suas idas e vindas ao Rio, retorna à Ilha influenciado por Arthur de Oliveira, Eugênio de Castro, Verlaine e outros autores. Abandona o lirismo e abraça com entusiasmo de cristão novo, a Nova Escola. Seus versos começam a ser reconhecidos, lidos, recitados nos salões, admirados mas não compreendidos, por enevoados herméticos. Como a sua prosa, encantam pela musicalidade, pela onomatopéia, pela maneira porque repete as palavras, pela extravagante forma porque se liga, às vezes com significação disparatada. Abraça o Simbolismo, movimento iniciado na arte pois a pintura nada mais era do que um flagrante de vida, enclausurado no dourado da moldura. Foi um movimento de reação ao Parnasianismo. Os simbolistas quiseram com sua nova forma estrutural, pinturesca, apreender, fixar, o reflexo, o sentido e a expressão das coisas, no momento alígero e fugaz da hora que passava em sua correspondência com o ritmo da vida, o incomensurável e incontido do movimento de composição e decomposição das coisas e a sua impressão e projeção no ambiente que as cercava. No Brasil o movimento foi trazido da França por Arthur de Oliveira em 1875 ou 1880. Cruz e Sousa destacou-se no Simbolismo. Escreveu “Missal”, “Evocações”, “Broquéis”. Faleceu e foi enterrado como indigente em 1898. Fonte: Revista ACL 13, 1995. Conferência proferida pelo Acadêmico Carlos José da Motta de Azevedo Corrêa, no Clube 12 de Agosto, Florianópolis em 24 de novembro de 1941. 20 JOÃO DA CRUZ E SOUSA “Tu és o poeta, o grande assinalado”. IMUTÁVEL Morrem as virgens nos seus leitos castos entre a mole e finíssima cambraia... E a lua fria nos espaços vastos serenamente d´entre nuvens raia. O acaso da velhice a fronte enturva e faz entristecer como um outono... E o sol na doce e fulgurante curva surge acordando os vegetais do sono. A Dor lanceia os peitos lutadores e rasga fundo a carne nas entranhas... Pelas campinas vão brotando flores, brotam flores pelo alto das montanhas. Brilha o sorriso Candido da infância na pequenina boca perfumada... O espinho, o cardo, as urzes sem fragrância brilham também aos cantos da alvorada. As lágrimas rebentam-nos dos olhos em turvos rios de atro sentimento... O mar bravio ruge nos escolhos e estoura sob as convulsões do vento. As mães, no berço, embalam docemente os filhos, com os mais íntimos carinhos... Nas árvores do campo rescendente vão as serpentes devorando os ninhos. Passa na estrada um límpido noivado cheiroso à rosa e à flor de laranjeira... O coveiro já velho, encarquilhado abre uma cova à sombra da nogueira. Ó profundo contraste incomparável, eterna lei, ciclópica ironia... Como tu és estranha e formidável Força impassível! Natureza fria! CRUZ E SOUSA Poetas do Grupo SARAU DO AMOR ROTEIRO No cálido sarau do amor brindemos ao deleite saboreando o desejo com fervor em que beijos são manjares e bocas cálices Sino bate Tempo voa Falta pouco Para o GPL Tomo um banho Tô pronto Para apresentar Uma poesia Chego lá Pessoal legal A alegria é geral No maior astral Carinhos servidos em taças são mais fortes que vinho trazem tonturas e murmurinhos e a gente se abraça Doses e goles de paixão elevam o grau etílico de dois corações embriagados e sem sentidos. Começou a reunião Todo mundo Na maior concentração Porque ninguém brinca Com a Maura, não! LICINHO CAMPOS (Adelício Manoel Campos) BUSCA Depois é só relaxar Com as poesias de arrasar Como tudo que é bom dura pouco O GPL acaba também No adiantado das horas te busco sobre os lençóis ainda em desalinho. Só encontro o travesseiro vazio que ainda tem teu cheiro, fazendo com que em minha mente todos os instantes fiquem cada vez mais marcados. E assim vou deixando O roteiro do GPL E eu vou pra casa Com sorriso na cara. ALAN RUTKOWSKI BERNARDES Pedaço de poeta 15 anos em outubro/07 ADRIANA CRUZ O GRITO LUA NOVA Essa atmosfera acusa desalento Nesse destino ausentando condições, Todo fantasma desse mundo violento Grita confuso e ofusca emoções. A lua nova brilha E invade meu quarto Com seu brilho e beleza Me leva a tempos Passados quando Dormíamos de Janela aberta Nos perdíamos Na imensidão Viajando pela Via Láctea Percorrendo os Caminhos do infinito Mas sentindo-nos parte Integrante deste todo De repente uma estrela Cadente risca o céu Numa explosão de alegria Na festa de viver! Alguém calando nessa trágica agonia, Nesse cenário a personagem é fatal, A cumplicidade amargando tirania No calabouço desse ato tão mortal. É temerosa a desumana degradação Publicitária deprimente da indolência, Equivocada a premissa sem solução Deixa mais surdo todo grito de clemência. ALZEMIRO LIDIO VIEIRA [In Mutação, p. 75] ALCITA VARELA LEITE 21 Poetas do Grupo TEMPO DE CRIANÇA UFANISMO Tem coisas que não se esquece Permanece na lembrança Mesmo que fique velhinho Sempre lembra da infância Tá gravado na memória O seu tempo de criança Há pessoas de todos os quilates. Há também as que mordem seus louvores: -Que eu isso, que eu aquilo – e em seus arvores, constroem, de si mesmos, seus apartes. Criança brinca com perigo Parece até aventura Não tem noção do seu erro Sua mente é muito pura Pra criança o céu é perto E o mar não tem fundura Criança é curiosa E muito inteligente Quer saber se o gato morde Saber se o fogo é quente Porque o cachorro late E não anda como gente Muitos dizem que criança Gosta muito de aprontar Na verdade a criança Gosta mesmo é de brincar E com suas brincadeiras Quer sua atenção chamar Tem pessoas que ignoram E não gostam de meninos Pois não sabem que Jesus Abraçou os pequeninos Chamou-os de humildes E que são inocentinhos Toda criança no mundo Tem algo que é incomum Seja rico ou seja pobre Ela não faz caso algum Seja preto ou seja branco Ela abraça a qualquer um. ANTONIO CELISMAR DA ROCHA E já que ninguém, gaba os seus pendores, os seus ditames e os seus disparates, fazem dos dentes, dentes de alicates, mordicando suas línguas indolores. Não perdem tempo e as oportunidades aos elogios com glórias ao currículo e suas folhas corridas – vida a esmo. São carentes, os tais, que sem maldade, só faltam completar num tom ridículo, Êta! Como eu me ufano de mim mesmo! CACILDO SILVA O ÍNDIO Índio, saudável dono das terras, Das florestas, águas límpidas, minerais Até a chegada do homem branco das guerras, Das doenças, infectando-os sem tratamentos, nem hospitais. Dizimando-os a qualquer preço, Desumanos, destruidores, avarentos Enganadores desde o descobrimento, no começo Com único objetivo, riquezas e domínios, insensíveis e lamentos A Justiça Divina tarda mas não falha quem conservava a natureza está desaparecendo sumindo também árvores, pássaros como araucárias e gralhas. Água e sementes reprodutivas se extinguindo Recuperemos enquanto estamos podendo Justifiquemos nossa vida, enquanto estamos existindo CARLOS PICCOLI 22 Poetas do Grupo O ANJO NO SONHO TEMPO Esta noite eu tive um sonho que achei muito engraçado Um anjo veio do Céu para me dar um recado. Tudo tem seu tempo. Vivemos momentos bons e ruins. Hoje temos o que nos faltava ontem. Ontem tínhamos o que nos falta hoje. Assim, vivemos e progredimos. Conquistar o que nos falta é da natureza humana. Viver bem com o que temos é sabedoria. O ser e o ter são aspirações de todos nós. Ser é conquista infinita, ter é passageiro. Por isso, devemos ter sem ser possuídos. Cuidar e preservar os bens ao nosso redor é recomendável pela prudência. Sonhei que o anjo era lindo e que ele me dizia “Fala da tua saudade em forma de poesia”. “E faz também poesia falando da tua infância. Conta a todos as histórias do teu tempo de criança”. Quando acordei de manhã lembrei o que o anjo me dizia Peguei papel e caneta e fiz esta poesia. DORALICE ROSA DE SOUZA SILVA SENTIMENTO Olho em teus olhos e me vejo, em teu sorriso, me enleva a ternura. Sacio minha sede, nas doces palavras que tua boca murmura. Nas tuas mãos encontro a cumplicidade e o confronto entre o amor e a amizade. Ausente e inatingível... negá-lo não posso... cresce o sentimento impossível, por certo, maior o sofrimento. EDMAR ALMEIDA BERNARDES NAS ONDAS DA VIDA! Navega meu barco nas ondas serenas do mar, onde o sonho é o enredo, e a sereia vem cantar! Leva-me a um porto seguro, lá poderei descansar! O sol que já vai se pondo cria cores tão serenas, como as flores, as verbenas, no jardim a perfumar! Vem o sono lá escurece e a primeira estrela no céu aparece, meu barco vai navegando e ponho-me a meditar, são lindas as andorinhas que estão a sobrevoar. Meu trajeto é tão longo, o tempo vai me levar quanto mais vou navegando, em meu porto vou chegar. As horas vão se passando, e o mar começa a se agitar, de medo não tenho nada pois “DEUS” irá me guiar, em breve estarei chegando, dando-me conta que a vida é uma passagem linda. O sonho vai terminando, pois então vou me acordando e continuo lutando pra minha meta alcançar!. Quer seja convidado ou não, Deus estará presente. FRANCIANE MACIEL DUTRA Esquecer-te não consigo, e nem sei se desejo... Guardo ainda nos lábios o calor do último beijo. EUNICE LEITE DA SILVA TAVARES 23 Poetas do Grupo CAÇADA O OLHAR Eu procuro na claridade do escuro As aracnídeas teias que mantém o mundo no prumo Teu sono chegou Me leva que eu vou Prometo não decepcionar Só vou te deixar dormir Depois de te amar Tudo deve ser gostoso como foi o nosso primeiro olhar Por aqui já passaste e chegamos a nos apresentar Não nos cruzamos mais mas podes crer: não vou te deixar escapar Eu procuro nos prédios e nos muros As indeléveis inscrições que apontam pra tudo Eu procuro na imensidão da folha que vai ao chão A conserva que conserva o Bem tão bem guardado Eu procuro, então, todos os lados do dado consagrado e ao me ver do todo despido concluo num grito: eu não tenho nada daquilo que encontrei escrito. Preciso urgentemente curtir bem de pertinho esse teu olhar GEAN CARLOS GONÇALVES MENDONÇA GERALDO PEREIRA LOPES [In Para se(r) encontrar, p.42] FELINO Deslizas, sedutor, na minha sala, Pedinte, vadio, esmolando, te insinuas, Queres prender-me nestas garras de felino, Mas recebes tão somente um olhar de soslaio... Irritado, arranhas meu sofá, Meu cetim, meu destino... Comovida, nos teus braços, caio! Nos enlaçamos... Mas eu te domino. QUERIA EU Queria eu saber Guiar meu coração No momento do sim E na hora do não Guiá-lo nos lugares De sombra e escuridão Libertá-lo do caminho Da luz e ao respingo da constelação Queria eu ensinar Meu coração A saber perdoar E a pedir perdão A resistir ao inverno E a saciar o verão. E no mesclar do amor, O cheiro feminino exala No amálgama do homem, Do gato, do menino, Escorrega no tapete e explode Na paixão que nada fala... Queria eu Entender meu coração Que quando se apaixona Parece estar acorrentado A um grilhão E se sente um passarinho Preso em um alçapão. HERALDA VICTOR PRAIA BRAVA Praia Brava Tu me encantas Pelo teu mar bravo Mar gelado e ao mesmo tempo quente Sim, tu me deixas quente Tu me deixas viva e com vontade de viver Sim, me sinto assim meio brava como tu Quando estou caminhando por tua areia Me sinto livre como o vento que toca a minha pele Praia Brava, tu me fascinas. JOSÉ LUIZ AMORIM IONARA REGINA VERZOLA 24 Poetas do Grupo REVOLTO QUEM ÉS TU... O mar insatisfeito demonstra seu nervosismo empurrando e puxando vagas ondas e ondas vagas. Parece irracional porque trata mal a todos indistintamente: navios, peixes e marinheiros de máquinas ou de convés. Não é clara a linguagem do Mar; nota-se que ele, às vezes, batendo insistentemente no cais, poderá estar cantando as quengas portuárias que não têm cultura suficiente para decodificar o extinto primitivo do mar. Ouvi um marinheiro dizer para seu colega: O Mar hoje está de sacanagem; está lambendo até o cais; duas “mocinhas” estavam molhadas dos peitos para baixo. O outro disse: Onde...onde? Vamos lá, cara! Estou com grana hoje! – Salgadinhas é dez vezes melhor! Tu que chegas de tão longe, sem dizer o quê ou porquê. Diante de ti sou muda! Tu simplesmente me inibes. Perante meus astros, perco minhas forças... as batalhas já não mais existem... Sou fraca! A mulher tem todo o ser e se diz derrotada... por suas forças malignas. Quem és tu, solidão!? Por que invades o meu ser tão frágil, sabendo que vou fraquejar? A caminhada é longa “ O ar a sufocar” aquele que diz ajudar um ser tão dependente. E, um simples toque de tuas mãos, me perco debilmente nas tuas garras. Quem és tu, Solidão!?... IVAN ALVES PEREIRA ADIANTE (II) LEINIR MARIA CORREIA [Lili Maria] Nunca duvide de um amor por causa de seus atos Nunca duvide do sentimento amor Duvide do ódio, que é um estado passageiro. O amor e o ódio estão a um centímetro de distância, e de serem confundidos. Não deixe subentendido um sentimento, uma ocasião que possa resolver agora. O amor verdadeiro não vira ódio e o ódio que é apenas um estado passageiro... Pode se transformar aos poucos em amor. Tudo se transforma, tudo se cria Tudo que fazemos com amor dá certo O amor, a amizade é a comunicação entre dois corações. E o ódio, a vingança são estados passageiros... Em que a vida se encarrega de nos fazer mudá-los e transformar os nossos erros em aprendizado. O ser humano está sempre em evolução Para seguir mais adiante e encontrar a felicidade! VIVER Ao amanhecer o dia caminhava no campo cheia de alegria, contemplando os raios do sol que no céu aparecia. Embriaguei-me dos perfumes das flores. A vida cheia de amor Com experiência, rezei ao Senhor. MARIA DA ANUNCIAÇÃO PEREIRA SEM QUERER Sem querer pensei em te ver Sem querer pensei em te conquistar Sem querer não quero te perder Sem querer quis te amar Sem querer não paro de sonhar Sem querer apenas sem querer Não consigo te deixar. JENIFFER FLORES [16 anos em outubro/2007] MARCOS AURÉLIO PEREIRA 25 Poetas do Grupo A GAIVOTA MIL ANOS VISITA À INFÂNCIA! Passarinho na gaiola, Está sempre a cantar, Com saudade da floresta, E vontade de voar. Mil anos me separam da menina franzina, que me ninava os sonhos... hoje, corroídos, desvanecidos! Passarinho quando te escuto, Sinto grande emoção, Relembro a minha infância, E o meu querido sertão. Me separam da viçosa cerca viva, que me abrigava a infância... na fortaleza amiga! O sabiá da laranjeira, Canta alegre e mansinho. O sabiá da gaiola, Canta triste e baixinho. Me separam dos verdes canteiros, que enunciavam frescor de manhãs lá no fundo do quintal! Pra gente aqui da cidade, Paz não se tem, não. De dia ou de noite, É o mesmo barulhão. Me separam das noites enluaradas, que recendiam como se agora... à flor das laranjeiras! Aqui no sertão é mais bonito, O sol que nos dá calor, Debaixo das grandes árvores, Sentimos muito frescor. Me separam das múltiplas roseiras, cujos botões atrevidos me vigiavam... os melindres através das janelas! MAURILIA FREITAS Me separam das afáveis hortências, que me acobertavam os ninhos nos Sábados de Aleluia! ASPIRAÇÃO Na busca de um sonho de amor Fiquei perdida num labirinto de desilusão Desencontro de alma em conflito No anseio de viver uma paixão MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS (Fundadora e Presidente Perpétuo do GPL) DOIS AMORES Quanto amor ficou no tempo Foi levado pelas asas do vento Pelos vales e campinas Ao som do campanário Retinindo no interior das matas No silêncio da saudade Quantos corações ali calaram Suas histórias de amor Que por algum motivo Não deram certo Amores, desencontrados, inacabados Adeus sem despedidas Que levou pra eternidade O segredo De suas vidas. O tempo negou sua cumplicidade Permitindo apenas um vislumbre de felicidade, Mas compartilhou a dor da saudade MARIA DE LOURDES TEIXEIRA MARINÊS POTÓSKÊI 26 Poetas do Grupo COM AS LETRAS (I) PROCURA Com as letras do meu nome escrevo RUA dos sem-teto das prostitutas dos bêbados dos desocupados dos perdidos dos mal-amados mas, também, dos que protestam dos que trabalham dos que riem dos que dançam dos que passeiam dos que plantam dos que estudam dos que namoram dos que amam. RUA lugar de ir e vir de sorrir de bendizer e, sobretudo, de reunir para louvar, na procissão, o bendito nome do SENHOR. Nas estradas da vida Passei a te procurar Na exaustiva procura Foi difícil te encontrar Procurei por entre espinhos Entre flores do jardim Mas nessa longa procura Tu te escondias de mim Voei nas asas da mente E no galope do vento Voei na lágrima perdida Me perdi no pensamento Pousei no raio do sol E orei com devoção Descobri que estavas perto Dentro do meu coração NEUSITA LUZ DE AZEVEDO CHURKIN [In Cantando meu chão, p. 79] POESIA AO VENTO Sinto a brisa a me tocar De uma nova estação Que está para chegar MAURA SOARES Os pássaros a cantar O Bem-te-vi a beijar A mais bela flor Num só olhar PAISAGENS Paisagens que inspiram cenários Ao longe o cantar dos canários A sombra de enormes árvores Iluminadas pelo sol... Paisagens da natureza Paisagens de rios das cidades Paisagens do homem Em busca da felicidade... O vento a embalar O girassol a direcionar O flamboyant frutificar A poesia que está no ar Vejo a natureza Que estou a contemplar Assimetria em harmonia A nos brindar MÁRCIA REIS BITTENCOURT São belas artes Que devemos preservar Para que nossas raízes Possam também desfrutar RODRIGO SILVEIRA LOPES 27 Poetas do Grupo LUZ ÁGUA, FONTE DE VIDA Brilho fugaz Por entre sombras a refletir Apenas o olhar por entre a bruma. Espectro, não solar, Mas em densa neblina a ofuscar. És nossa companheira vital. És poderosa em qualquer situação. Saciando sede, alimentando, lavando, desinfetando, refrescando, és indispensável, és primordial. Vens de puras fontes e sempre encantando, formas rios, cachoeiras, lagos... alimentas mares e oceanos. És a maior parte do nosso mundo e até de cada um de nós. Sem ti tudo adoece, vira pó, fenece... Somos muitos a depender de ti. Máximo cuidado devemos ter para conservar-te, para poupar-te Poluir-te é atitude proibida, pois és nossa fonte de vida!... Sufocar em solidão O coração esquecido de dar Brilho esfumaçado Em sintonia com o passado. Lânguida noite que se desfaz Numa centelha que produz vida. Destruindo a frieza da obscuridade, No despontar da alva que se aproxima. Raio estonteante, aquecedor Quebrando cadeias, dissipando trevas, Penetrando no noturno interior. SUELI RODRIGUES BITTENCOURT Rompendo, entre as montanhas, a alma Iluminando, em conhecimento, o coração. Ó Criador, és Tu a luz, fonte de redenção. CARA OU COROA Todos nascem com um destino Como se jogassem cara ou coroa Isto é: Quem ganha, quem perde Quem tem sorte e quem não tem Uns abriram os olhos Já ganharam tudo de bom Que o mundo tem Amor, felicidade Sorte, riqueza Morrem, é verdade Mas viveram, Curtiram a vida! Outros, ao contrário, Ao abrir os olhos Só fazem chorar Nada têm, Nada vêem A única coisa que os aguarda É a miséria, A escravidão Que os acompanharão Até a morte Das coisas boas da vida Só ouve comentar Esses passaram pelo mundo E não viveram Somente sofreram Pois já nasceram mortos Nasceram sem sorte. ROSEMARI VIEIRA MACHADO SEJA UM MOMENTO Seja um momento Seja uma luz Que escuridão, por que age assim. Tua luz está fosca Nem a trilha consegue iluminar Quem dera ser o sol Em minha vida. Subestimas-me achando Que tudo sabes Mas na real, és escravo da tua dor. Por achar que só tu És o centro do universo. A tua realidade Vive à procura Da tua própria essência Para amenizar a dor Por ti provocada. ROSE NILVA SIMÃO TEREZINHA H. S. RIBEIRO 28 Poetas do Grupo NEM TUDO É COMO IMAGINAMOS AMOR MAIOR A Bela Adormecida mal acordou e, o “feliz para sempre”, já acabou. Sou o Amor maior que move o mundo, a Arte que envolve a todos, a Alegria de viver e a Felicidade. Sou o Suporte da vida! Apesar de tudo isto, fui desprezado, pior ainda, crucificado! No novo milênio que se aproxima não em abandone mais. Eu peço: Deixa-me entrar em teu coração e nele fazer minha morada, iluminar tua estrada. Sou Jesus, o Espírito que se fez Homem em nome de Deus, meu Pai. (Aos 27/9/1999) O príncipe encantado deu bobeira, só queria brincadeira. Bela, chegou a amá-lo, mas, outro chegou em sua vida... E mostrou que, para o futuro, não precisa apenas de uma carinha bonita. THAIS TAVARES (Thais Verena Borges Scheffmacher Tavares) (13 anos) ZEULA SOARES VETORES POESIA LÍRICA De um ponto qualquer observamos Olhando a trezentos e sessenta graus De qualquer linha reta estamos Partindo de um ponto principal Minha poesia é tirada Da lágrima que se multiplica À procura do teu olhar É das palavras que rastejam Enquanto teus passos se distanciam... Pensa e liga os vetores Assim terás outra saída Deste ponto de partida Como fazem os autores Minha poesia é caminho Sem alternativa, onde o meu Suspiro se fecha na minha Ilusão De qualquer segmento de uma reta Pode ser observado o ponto final Na dúvida volte ao ponto inicial Encontrando um labirinto de desejos Acalantados pelo meu soluço. Seguindo do mesmo ponto Liga os vetores ao alvo Assim terás o que procuras são o salvo ZELI MARIA DORCINA VALTER OSVALDO SANT´ANA 29 Biblioteca dos Poetas 16) doação do Jornal Letras Santiaguenses, ano XI, n. 69, maio/junho, 2007. 17) doação da sócia Maura Soares, do livreto “Evocação”, de Manoel Jover Teles. 18) do editor Abel B. Pereira, a Revista A Figueira, ano XVII, n. 142, março/abril/maio/07. 19) do editor Ricardo Mesquita, a Revista SENAC n. 1 e 2 de 2007, ano I, com enfoque nos cursos oferecidos pelo SENAC na área de Informática. 20) da sócia Maura Soares doação da Revista da Comissão Catarinense de Folclore ano XXXIX, n. 55/56, anos 2004/2005. 21) da sócia Maura Soares doação da Revista Metamorfose, USP, ANO i , N. 01. 22) da sócia Márcia R. Bittencourt, o Jornal Vozes de Canelinha ano I, n. 11 julho 2007 e o Ano I, n. 9 maio 2007. 23) do escritor Robson Achiamé, Rio, doou a Revista Letralivre ano 12, n. 47/2007. 24) da poetisa Arita Damasceno Pettená,Campinas, SP, doou sua obra “Entre quatro paredes” – textos e poesias. 25) do escritor Soares Feitosa obra de sua autoria com artigos de amigos comentando suas obras e um estudo sobre a semente de imburana-de-cheiro. 26) doação do escritor Soares Feitosa de obra de Rodrigo Marques “Fazendinha”, ilustrada com fotos de trabalhos das artesãs Maria Vitória e Vó Maria. Bela obra desse jovem poeta cearense “bom cavalheiro e fino conversador”. 27) da sócia Heralda Victor doação de sua obra “Travessia de ilusões”. 28) da Associação de Magistrados Catarinenses, a Revista da ESMESC, v. 13, n. 19/2006. 29) de Manuel Gonzalez Alvarez, Madri-Espanha, encarte do Jornal El País – El Viajero – com assuntos literários e poesias de autores espanhóis, n. 456, de 21/7/07. 30) do sócio Júlio de Queiroz, sua obra “Nas dobras do tempo”. 31) da ASAJOL – Academia São José de Letras, o Boletim O Trinta Réis, junho/julho/2007, ano XII, n. 40. 32) Jornal Letras Santiaguenses ano XI, n. 67, jan/fev 2007. 33) do sócio Marcos Aurélio, doação da Revista Cartum n. 29, ano VII, julho 2007. 34) do poeta Rennée Fontenelle, Parnaíba, PI, o Alternativo Alcancarfi(Alternativo Cultural Antero Cardoso Filho), ano III, n. 8 julho/2007. 35) do escritor S. Silva Barreto, separata do livro “A viagem de uma lágrima” e outros poemas e o drama “Jeroma e o fim do mundo”. 36) da sócia Márcia R Bittencourt, Jornal Vozes de Canelinha, ano I, n. 12, agosto/2007. 37) da sócia Márcia R Bittencourt, a obra de Jussara B. de Sá “Cazuza no vídeo o tempo não pára”. 38) Boletim do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina ano X, n. 114 setembro/2007. 39) doação do poetamigo Antonio Pereira Melo, de Santa Maria, RS, o Jornal Letras Santiaguenses, Ano XI, n. 70 julho/agosto/07. 40) números de O Casulo Jornal de Literatura, n. 6 agosto 2007, enviados pelo poetamigo Eduardo Lacerda, editor. Os números foram distribuídos aos sócios e acervo do GPL. 41) doação da sócia Márcia R Bittencourt, da obra Garimpo de Palavras, antologia organizada por Clarisse Mais Guedes, com o poema de Manoel Mário Reis Bittencourt, “Pingüim de neve”. 42) do escritor S. Silva Barreto, SP, o Jornal A Voz da Poesia, ano XXX, julho a setembro de 2007, n. 78 (publicação do Movimento Poético Nacional. 43) doação de Fernando Machado da obra II Concurso Literário, do Tribunal Regional do Trabalho, 12ª. Região, 2000 – Antologia Poética. Desde a sua fundação, em 1998, o GPL tem sempre recebido obras de seus poetamigos nos vários lugares do Brasil e exterior. Sempre encaminhamos agradecimentos pessoalmente aos remetentes. Recebemos as seguintes publicações, com registro de recebimento para efeito da Revista até 21 de outubro. As obras recebidas após esta data sairão relacionadas na próxima edição. 1) de Eduardo Lacerda, São Paulo, números da Revista “O Casulo”, Jornal de Literatura, n. 05, março/abril/07. 2) do sócio Ubirajara de Magalhães Barbalho, de Cuiabá. MT, doação para o GPL da obra de Lucinda Nogueira Persona, “Ser cotidiano”. O mesmo sócio enviou obras para os poetas Sueli, Jeniffer, Licinho, Alan e Carlos, com quem teve contato direto em recente visita ao Grupo. 3) o sócio Antonio Celismar Rocha, recentemente incorporado ao GPL, ele que é do Piauí e reside em Florianópolis, doou suas obras “O passado e o presente” e “Adão e a Serpente”. 4) doação de Cristiano Debiasi de vários exemplares da Biblioteca do Cidadão – “Livro na Rua” – Série Escritores Portugueses/ Portugueses Clássicos/Escritores Brasileiros/ Contemporâneos, para distribuição entre os membros do Grupo. 5) do poetamigo Harley Meirelles, São Paulo, Informativo Cultural NAU, ano II, n. 10. 6) do sócio Ubirajara M Barbalho, Cuiabá, MT, a obra “Setecontos, Setecantos” , de José Afrânio Moreira Duarte, que contém entrevista com o escritor catarinense Salim Miguel. 7) doação do sócio Alzemiro Lídio Vieira da Antologia Del´Secchi(antologia internacional) volume XVII. Esta antologia pode ser acessada pela Internet, através do Google. 8) doação da sócia Maria de Lourdes Teixeira do Jornal Amigos do Poeta – O jornal da Galera, 1ª. Ed. dezembro 2006. 9) do escritor e poeta Silva Barreto, São Paulo, o Jornal A Voz da Poesia, edição do Movimento Poético Nacional, ano XXX, janeiro a março/2007, n. 76. 10) do escritor e poeta Silva Barreto, São Paulo, a Antologia Poemas de Ouro, da Ordem da Confraria dos Poetas(RS), com seu poema na capa e nas páginas 40 e 41. Esta antologia teve edição internacional. 11) do escritor e poeta Artemio Zanon doação de sua obra Arca de Salvação(poemas) e também o ensaio “Octacílio Schüler Sobrinho, cidadão exemplar”. 12) da Associação dos Amigos do Arquivo Público do Estado de Santa Catarina, a Revista Agora, ano XIX, n. 40, 2º. Semestre 2004 e o Boletim Informativo n.59, v.24, abril/junho/2007. Enviamos a obra do GPL, “Folhetim”. 13) da sócia Márcia Reis Bittencourt o Jornal Vozes de Canelinha, ano I, n. 9/2007, do Grupo de Poetas e Escritores Sol Nascente. 14) doação do sócio Geraldo Pereira Lopes, pasta contendo texto e poesia/música “As lágrimas que eu choro”, apresentada na sessão de saudade de Octacílio Schüler Sobrinho, dia 6 de junho, no TCE. 15) do sócio José Luiz Amorim a Revista Drama n. 1 Tema Ultra-Futurismo, edição da UFSC-Imprensa Universitária, abril 2007. 30 Aconteceu... - Edição de maio de 2007 do Jornal Folha de Coqueiros registra os 9 anos do Grupo na Coluna Cultura, assinada pela presidente do GPL, Maura Soares. Fala sobre a história do Grupo e o lançamento da obra “Folhetim – cada causo, um caso”. - Em 19 de junho, nos estúdios da TV COM, no Programa Estúdio 36, compareceram Maura, Edmar e Alan. Os três membros do GPL foram entrevistados e comentaram sobre o Grupo e sobre o Concurso Online de poesia – “Água, fonte de vida”. - De 2 a 12 de maio aconteceu a Feira de Rua do Livro e no Recital de Poesia da ACPCC, Alcita comentou sobre o GPL. Carlos e Sueli estiveram presentes autografando suas obras e foram entrevistados pelos estudantes presentes à referida feira. - Em 19 de junho, José Luiz compareceu na UBRO, ocasião na apresentação do Projeto da Fundação Franklin Cascaes – Terça com Poesia – em que se apresentou o poeta Marco Vasquez. - Em maio, Carlos teve a oportunidade de conversar com o exministro Cristóvão Buarque, falando-lhe sobre os movimentos literários em Florianópolis, após a palestra do ex-ministro na Faculdade Estácio de Sá. - Em 22 de junho, a presidente do GPL, Maura Soares, apresentou panegírico sobre a vida e a obra de Manoel Jover Teles, membro do GPL, recentemente falecido. Veja em pagina especial nesta Revista. A sessão da saudade contou com comentários de todos sobre o homenageado, num clima tocante em que Heralda declamou a poesia que Manoel havia feito para ela quando a mesma lançou a obra “Quando as estrelas mudam de lugar”. Ivan deu seu testemunho, pois ambos sempre estiveram presentes quando das sessões do projeto “Um dedo de prosa”, da UFSC e uma amizade sincera uniu os dois poetas. - Em 25 de maio, dentro do Projeto O Escritor e Sua Obra, Geraldo Pereira Lopes discorreu sobre a vida e a obra de Jerônimo Francisco Coelho, fundador da imprensa catarinense e da primeira loja maçônica, patrono de cadeira na Academia Desterrense de Letras, foi deputado em várias legislaturas, Ministro da Marinha, Engenheiro, tendo inventado um aparelho de medir de terras, Comandante de Armas, Diretor da Escola de Aplicação do Exército, Presidente das Províncias de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pará. No Brasil Império foi figura marcante. Deixou discursos e conferências. Geraldo, após a palestra, colocou sua música “Fique”. - Em 29 de junho, dentro do Projeto O Escritor e Sua Obra, Edmar Almeida Bernardes, em belo texto apresentou a vida e a obra do escritor catarinense, nascido em São Francisco do Sul, Arnaldo Claro de S. Thiago. Filho do professor Joaquim S.Thiago(Santiago), que desde cedo incutiu nos filhos o amor pela literatura. Arnaldo foi poeta, deputado, fazia palestras sobre temas filosóficos. Escreveu obras, discursos e monografias históricas. Sua obra “Primórdios da criação planetária” foi apreciado pela NASA e cogitada para o Prêmio Nobel de Literatura. Escreveu sobre o escritor italiano Dante Aleghieri e sobre a história de Santa Catarina. Escreveu para jornais do Brasil e do exterior, principalmente na Itália. Membro da Academia Catarinense de Letras, ocupou a cadeira n. 19. Faleceu em 19/4/1979, no Rio de Janeiro. - Dia 06 de junho aconteceu a Sessão da Saudade em homenagem a Octacílio Schüler Sobrinho, escritor presidente da Academia Desterrense de Letras. Numa promoção do Tribunal de Contas, ADL e Grande Oriente de Santa Catarina, a sessão teve como orador o acadêmico escritor Artemio Zanon que lançou a obra “Octacílio Schüler Sobrinho, cidadão exemplar”. Compareceram pelo GPL e Academia Maura, Alzemiro, Geraldo, Cacildo. Pelo GPL Edmar, e pela ACLA, Manoel Jover Teles(também do GPL). - Em junho, na edição do Jornal Folha de Coqueiros, a coluna do Barão comenta o concurso On-line do GPL – “Água, fonte de vida”. - Dia 5 de junho aconteceu a instalação da Academia de Letras de Tijucas, comunicado de Márcia na reunião do GPL de 15 de junho. - Dia 30 de junho, registro de Alzemiro Lídio Vieira a respeito da reunião da Academia São José de Letras, quando seu presidente, Artemio Zanon, comentou sobre o GPL e o lançamento da obra “Folhetim-cada causo, um caso”. - Dia 7 de junho, a Academia de Letras de Governador Celso Ramos completou 3 anos de fundação. Neusita Luz de Azevedo Churkin, do GPL, é membro daquela Academia. Márcia representou o GPL. - Dia 2 de julho aconteceu na Academia Santoamarense de Letras, a apresentação do panegírico de Luiz Gonzaga Ramlow em saudação ao patrono de sua cadeira José Ventura. Valter e Maurília, membros da ASL e do GPL, compareceram. Maurília declamou poesias. - Dia 16 de junho de 2007, o Grupo de Poetas Livres perdeu um dos seus sócios efetivos. MANOEL JOVER TELES, vítima de AVC, deixou o GPL. Mas, temos certeza que a sua voz não se calará. Em outro plano ele olhará por nós. Plantou sua semente de poeta lutador, de denunciador da política sem escrúpulos que grassa em nosso país. Ao seu enterro, dia 17, compareceram os poetas do GPL Geraldo, Rodrigo, Maura, Edmar, Cacildo, José Luiz, Licinho, Alzemiro, Eunice, Heralda, Márcia, Ivan, Maria de Lourdes e Doralice. Na última homenagem, os membros do GPL apresentaram poesias emocionantes e o aplauso final àquele que fecha a cortina da vida terrena e abre sua participação no palco da eternidade. - Em 3 de julho, por e-mail, a ex-sócia do GPL, Angelita Queiroz, comunicou o falecimento de seu pai, Joel Queiroz. Tendo exercido as funções de Diácono da Catedral e sendo muito conhecido, o enterro contou com mais de 500 pessoas.O GPL enviou condolências à família enlutada. - Em 6 de julho, na reunião do GPL, a presidente doou aos membros do GPL, números da Revista CULT, de seu acervo, com vistas a difusão cultural, sugerindo que lessem e tecessem comentários em reuniões futuras. - Em carta de 8 de junho, o poetamigo Manuel Gonzalez Alvarez, Madri-Espanha, comunica haver recebido prêmio literário em que foi agraciado na cidade de Perpinang. Manuel tem estado sempre presente nesta Revista. 31 Aconteceu... - Em 6 de julho, a presidente Maura comunicou ter sido eleita para a vice-presidência da Comissão Catarinense de Folclore que tem como presidente o Prof.Dr. Nereu do Vale Pereira. A eleição ocorreu em 29 de junho, para um mandato de quatro anos. - Dia 2 de agosto Maura e Edmar representaram o GPL na Audiência Pública da Câmara de Vereadores com o objetivo de discutir a restauração e ocupação do Palácio Dias Velho, antiga sede da Câmara. - Em 6 de julho de 2007, o poetamigo Lari Franceschetto, de Veranópolis, RS, envia Folhetim Poético, dezembro 2006, dando conta que seu poema “Quintanares” em homenagem a Mário Quintana foi premiado em São Paulo,SP, Taquara,RS, Santos,SP, Rio de Janeiro,RJ, Araguari,MG, Nova Friburgo, RJ, e Bragança Paulista,SP. Leia o poema nesta edição. Parabéns ao nobre vate. Igualmente seu poema “Mutação” recebeu o 1º. Lugar no concurso Nacional de Poesia 2001, Jornal de Noticias, RJ, e o poema Libélula, recebeu Menção Honrosa no 10º Prêmio Literário Missões, Roque Gonzáles, RS, dia 29 de junho de 2007. - Dia 3 de agosto, tendo por local a sede do BRDE, aconteceu o lançamento da obra de Heralda Victor, “Travessia de Ilusões”, com a presença de seleta platéia, amigos, familiares e com os membros do GPL – Licinho, Alzemiro, Maura, Carlos, Leinir, Alan, Eunice, Alcita, Viviane, Maurília, Zeli, Doralice, Maria de Lourdes, Márcia, José Luiz, Sueli, Geraldo e Thais Tavares. Maura fez o cerimonial. Presença do escritor e sócio do GPL Júlio de Queiroz e Vicente Pascale, da Aliflor. Janice Pavan declamou poesia de Heralda. Alzemiro e Licinho declamaram poesias. Momento emocionante para Heralda que lança com sucesso sua segunda obra poética. - Dia 14 de julho, na Livraria Paulus, em comemoração ao mês de aniversário daquela Livraria, o GPL apresentou Recital Poético, Heralda e Sueli autografaram suas obras. Um delicioso coquetel foi oferecido pela livraria. Compareceram: Heralda, Sueli, Maura, Carlos, Geraldo, Edmar, Ivan, Alzemiro, Doralice, José Luiz, Maria de Lourdes, Alcita, Adir, Eunice, Thais, Viviane, O GPL doou para a Livraria a sua Revista e a obra “Folhetim”. - Dia 9 de agosto, Heralda representou o GPL no lançamento da obra “Relatos de sonho e de lutas”, de Amilcar Neves, na Livraria Livros & Livros. - Dia 10 de agosto, na ASAJOL, São José, sessão da saudade em memória do Monsenhor Agenor Neves. Pelo GPL e Acadêmicos Alzemiro e Geraldo. - Dia 14 de julho, em Festa Italiana, em viagem da 3ª. Idade, em Brusque, Maurília apresentou poesias. - Registro em 10 de agosto da premiação em concurso de poesia do poetamigo Lari Franceschetto, de Veranópolis, RS, com seus poemas Quintanares e Libélula. - Dia 13 de agosto, Heralda foi entrevistada na TV COM(RBS/ TV), no Programa Estúdio 36, a respeito de sua obra “Travessia de Ilusões”. - Em julho, na Academia de Letras de Governador Celso Ramos, a acadêmica Neusita, também do GPL, apresentou-se ao acordeom. - Em 15 de julho, na Catedral Metropolitana, aconteceu a Missa de saudade de Manoel Jover Teles, com trabalhos de base de Heralda Victor. - Dia 17 de agosto aconteceu a formatura da ex-sócia Renata Soares Cardoso no Curso de Música da UDESC. Geraldo representou o GPL eis que as turmas que se formaram levaram o seu nome. - Dia 23 de julho, na Assembléia Legislativa, “As vozes da Poesia”, com exposição de obras de Vera Sabino sobre poemas de Artemio Zanon, Alcides Buss, Lindolf Bell, Júlio Queiroz, Péricles Prade e outros e lançamento das obras “Cadernos da noite” (Alcides Buss); Arca de salvação(Artemio Zanon); Extraviário e Livro de Mercúrio(Dennis Radunz); O preço da madrugada(Júlio de Queiroz); De senectude e O sol caía no Guaíba(Leonor ScliarCabral); Pantera em movimento(Péricles Prade); Mistérios de Santa Catarina(Rodrigo de Haro). Geraldo, Maura e Rodrigo compareceram pelo GPL. Geraldo declamou poesias de sua autoria. - Dia 21 de agosto, Geraldo representou o GPL na audiência pública na Câmara de Vereadores, sobre o Palácio Dias Velho, antiga sede da Câmara. - Dia 22 de agosto, na Biblioteca Pública Municipal Prof. Barreiros Filho, apresentação da palestra “Folclore catarinense – do Boi-de-Mamão”, promoção da Academia Desterrense de Letras. Presenças de Maura, Geraldo, Cacildo e Alzemiro, pela Academia. Presenças de Licinho e Maria de Lourdes, pelo GPL. - Dia 30 de julho, no Sitio da Alegria, em Cacupé, Florianópolis, a sócia Maria de Lourdes Teixeira, a convite do grupo de professores do Colégio Hilda Teodoro, participou do Trabalho de Valorização, pois sua poesia “Saber viver” (publicada na 4ª. Antologia do GPL) foi analisada e Maria de Lourdes, no espaço da poesia, declamou seus versos. - Dia 29 de agosto, no Palácio Cruz e Sousa, Sessão conjunta Academia Catarinense de Filosofia e Instituto Histórico, pelos 57 anos de fundação da Academia com palestra do acadêmico Edy Leopoldo Tremel, com o tema “Questionamento sobre a vida”. Maura representou o GPL. - Dia 31 de agosto, aconteceu reunião festiva do GPL na residência da sócia Maurília Freiras, no bairro Forquilhas, São José. Residência aprazível que recebeu com carinho os sócios Maura, Edmar, Licinho, Maria de Lourdes, Franciane e sua mãe Maria Aparecida, Doralice, Rose Nilva, Heralda e sua filha Nadine, Eunice, Thais e o poetamigo Sinval. Em ambiente alegre com salgadinhos e refrigerantes, Maurília e Doralice apresentaram números musicais. - de 1º. a 3 de agosto, em Palhoça, SC, aconteceu a Feira do Livro. Dia 1º. Cacildo Silva, do GPL, com Brazilio Machado(voz e violão) se apresentaram. Dia 3, o sócio Júlio de Queiroz autografou seu livro “Encontro de Abismos”, que foi escolhido para o vestibular de 2008. - Dia 1º. de agosto, na Assembléia, Geraldo e José Luiz representaram o GPL na Audiência Pública sobre Cultura. Geraldo usou da palavra solicitando atenção à cultura e declamou poesia. 32 Aconteceu... - Na 2ª. quinzena de agosto, José Luiz apresentou-se no Sarau de Poesia, promovido pela UFSC. - De 21 a 23 de setembro de 2007, aconteceu o 1º. CONGRESSO CATARINENSE DE GENEALOGIA, em Lages, numa promoção do INGESC- Instituto de Genealogia de Santa Catarina. Importante encontro em que participaram historiadores e genealogistas do Brasil e de Santa Catarina, numa tentativa de resgatar a história das famílias que formam os diversos núcleos de imigrantes brasileiros. A presidente do GPL foi uma das fundadoras do INGESC-SC. Embora não atue diretamente na área, reconhece o grande esforço dos pesquisadores que, de peça em peça, de documento em documento, comprovam as ascendências de todas as famílias que constituem este mosaico de etnias do povo brasileiro. Destaque para um dos organizadores e do sucesso do evento: o genealogista e membro/fundador do INGESC, Fernando Machado. - Edição de Agosto/Setembro do Jornal Folha de Coqueiros n. 106, com coluna Cultura – p.3 - de Maura Soares, enfocando o aniversário da Biblioteca, dando seu histórico. O referido jornal deu mais um destaque em outra página sobre o aniversário. - Dia 6 de setembro, na II Feira do Livro do SENAC, o GPL foi representado por Geraldo Pereira Lopes que declamou poesias e autografou suas obras. - Dia 7 de setembro aconteceu a festa de aniversário da sócia Maria da Anunciação Pereira. Maura compareceu pelo GPL. Num ambiente festivo, com a família reunida, Maria celebrou a vida, pois esteve afastada do GPL por motivo de doença. - Dia 25 de setembro, a direção da Biblioteca Pública Municipal Prof. Barreiros Filho organizou festividade para todo o dia, com coral, street dance, dança cigana, teatro e poesia. Novamente o GPL apresentou, à noite, o Recital Poético “A utilidade da utopia”, com lotação na platéia(destaque-se a presença do presidente de honra do GPL, Manoel Philippi) . No período da tarde, com a presença do Prefeito Dário Berger, vereadores, lideranças comunitárias e membros do GPL(Maura, Eunice, Edmar, Geraldo, Marcos, Alcita, Rose Nilva, Leinir, Ivan), foi assinada pelo Prefeito, a ordem-de-serviço que visa reformas na estrutura da Biblioteca, com o objetivo de tornar o ambiente um centro cultural do continente. A Biblioteca ofereceu doces e salgadinhos para todos, num ambiente alegre. De parabéns a direção da Biblioteca na pessoa do senhor Emerson Martins e de todos os funcionários que não mediram esforços para uma grande festa acontecesse. - Dia 8 de setembro, na Lagoa da Conceição, aconteceu a festa de aniversário do Presidente de Honra do GPL, Manoel Philippi(que aniversaria dia 14). Em alegre almoço e lanche da tarde, num dia ensolarado, mais de 300 pessoas compareceram, dançaram e se divertiram com um conjunto musical. Pelo GPL Maura, Heralda, Rodrigo e Geraldo. Heralda e Geraldo apresentaram poesias em homenagem ao aniversariante. Destaca-se as presenças do ex-governador Esperidião Amin e da deputada federal Angela Amin, amigos pessoais do aniversariante, além de ex-colegas da CASAN, Secretaria do Continente e Associação dos Engenheiros e familiares(mais de 100). - Dia 13 de setembro, numa promoção da Associação Catarinense de Professores, o 1º. Sarau Lítero-Musical em homenagem ao escritor Miguel Russowsky, tendo por local o Auditório do Palácio Cruz e Sousa. Grupo de Chorinho da Fundação Franklin Cascaes, declamação de poesias do autor interpretadas por Mario Fumagalli e Zenilda Nunes Lins. Pelo GPL compareceram Cacildo, Maura, Neusita, Maria Vilma e a ex-sócia Maria Jarlete. - Dia 28 de setembro, em reunião festiva do GPL e dentro do Projeto O Escritor e Sua Obra, Maura apresentou um Panorama da Literatura Catarinense enfocando o trabalho exercido pelo Grupo Sul. Esse Grupo reunia cineastas, artistas plásticos, poetas, cronistas e contistas, teatrólogos. Fez o filme “O preço da ilusão”, editou a Revista Sul, promoveu peças teatrais e foi um marco na literatura em Florianópolis com repercussão no Brasil. - Dia 14 de setembro, no Auditório Abelardo Sousa, da Biblioteca Pública Municipal Prof. Barreiros Filho, em comemoração ao aniversário de 51 anos de criação da Biblioteca, o GPl fez sua homenagem com o Recital Poético “A utilidade da utopia”, agora com nova roupagem. Participaram Heralda, Licinho, Alzemiro, Geraldo e José Luiz. Maura apresentou a história da criação da Biblioteca e o quanto melhorou desde a sua criação em 1956. Cada poeta apresentou suas próprias criações. O público presente, membros do GPL, convidados e amigos da poesia, tiveram momentos de puro deleite. Após a apresentação, foi serviço bolos e refrigerantes aos presentes. - Registro na reunião de 28 de setembro: 1)que a sócia correspondente Ilse Maria Paulino Gomes foi selecionada para participar da obra “Poesias, Crônicas e Contos!, do 3º. Concurso Literário da 8ª. Semana do Servidor Público estadual; 2) que o sócio Antonio Celismar da Rocha ganhou o 1º. Lugar no Concurso Dia dos Pais, da empresa de perfumaria Natura, com o poema “O meu pai”. - Dia 4 de outubro, sessão de abertura da 1ª. Feira Intermunicipal do Livro, no Shopping Itaguaçu. Geraldo representou o GPL. Presentes, também, José Luiz e Carlos Piccoli. - Dia 15 de setembro, na sede da Fecomércio, Sessão da Saudade em memória de Manoel Jover Teles, pela Academia Catarinense de Letras e Artes. Ivan, do GPL e da ACLA apresentou panegírico. Heralda representou o GPL. Presentes pelo GPL Maria Vilma, Doralice, Ivan, Heralda e Alcita. Presença da Camerata Florianópolis. - Dia 5 de outubro, durante a 1ª. Feira Intermunicipal do Livro, no Shopping Itaguaçu, Heralda Victor fez pré-lançamento da 2ª. Edição de sua obra “Quando as estrelas mudam de lugar” e autografou “Travessia de Ilusões”. O GPL, no palco interno do Shopping apresentou seus poetas. Presentes à Feira: a sócia correspondente acadêmica Leatrice Moellmann, Maura, Heralda, Alcita, Geraldo, Rodrigo, Eunice, Licinho, Maria Vilma, Thais, Maria da Anunciação, Carlos Piccoli, Sueli, Doralice, Jeniffer, Zeli, Neusita, Antonio, Leinir, Alzemiro, Maria de Lourdes, Maurília, Márcia, Edmar e Franciane. O GPL distribuiu a Revista Ventos do Sul n. 28. - Dia 15 de setembro, Geraldo esteve em Laguna a convite da Associação Mamãe Bebê que atua junto a Maternidade Ludmila Carneiro. Geraldo levou cerca de 400 livros de diversos autores catarinenses, inclusive de membros do GPL e sua antologia, fez entrega das obras para angariar fundos para a Associação.Geraldo teve oportunidade de falar do GPL e declamar suas poesias. 33 Aconteceu... - Dia 6 de outubro, Doralice e Maurília se apresentaram com a dança folclórica Pau-de-Fita, no Centro Multiuso de São José. - Dia 26 de outubro, com uma platéia lotada, os membros do GPL, integrantes da Escola de Pais, membros da Associação de Funcionários da Polícia Federal e a presença do vice-presidente da Academia Sul-Brasileira de Letras, Joaquim Moncks, tiveram a grata satisfação de assistir ao vídeo-documentário com roteiro e direção de Edmar Almeida Bernardes – “Os pais dos meus pais” em que conta a história da família Bernardes, no agreste cearense e apresenta a família da esposa Lúcia, filha imigrantes ucranianos e poloneses. A luta pela sustentação da família Bernardes, o desespero com a seca, mas o desejo de dar aos filhos o estudo, a educação, fizeram com que os irmãos Bernardes pudessem estudar e se formar em faculdade e estarem agora numa situação privilegiada, diferente daquela, da pobreza do sertão. Após a projeção, aconteceram depoimentos de Maria da Anunciação Pereira, Maura e Carlos Piccoli, além do presidente da Escola de Pais, de Joaquim Moncks e amigos de Edmar com declamação de poesia. Uma noite emocionante, tendo Edmar recebido o carinho de todos. - Dia 7 de outubro, Doralice e Rose Nilva estiveram presentes na apresentação folclórica do boi-de-mamão, no Centro Multiuso de São José. -Dia 14 de outubro Maurília e Doralice apresentaram-se com o Grupo Sinhazinha na festa da 3ª. Idade, com a apresentação do quadro Maria Chiquinha. - Dia 16 de outubro presença de Geraldo, representando o GPL na audiência pública na Câmara de Vereadores, sobre a utilização do antigo prédio da Câmara – Palácio Dias Velho. - Dia 19 de outubro, no jornal JC Notícias da TV Câmara de Florianópolis, Alan Rutkowsky Bernardes, Sueli Bittencourt e Maria da Anunciação Pereira foram entrevistados pelo jornalista Caê Martins, pelo Dia do Poeta, comemorado dia 20 de outubro. Com bastante desenvoltura, cada qual falou sobre seu trabalho e como sente a poesia. - Dia 27 de outubro, em Canelinha,SC, aconteceu um Encontro Cultural no Salão Paroquial de Canelinha, ocasião em que participaram poetas, escritores, cantores e dançarinos. A promoção foi da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo e do Grupo de Poetas e Escritores Sol Nascente, daquela cidade. - Dia 20 de outubro, numa promoção da AME-Associação dos Moradores do Estreito, aconteceu na Praça Nossa Senhora de Fátima, no Estreito, Festa em comemoração ao mês da criança, com a parceria do Colégio Nossa Senhora de Fátima, Colégio Criativo, Biblioteca Pública Municipal Prof. Barreiros Filho e outros. Várias atrações envolvendo crianças aconteceram no palco da Praça: dança cigana, teatro de bonecos, capoeira, corais, balé infantil, dança com arco e fitas, street dance, conjunto de crianças tocando violão, dança do boi-de-mamão, atração com a presença de grupo de escoteiros, enfim, uma festa de criança para crianças e adultos se divertirem. Ressalte-se o esforço do senhor Jorge Amorim que comanda vários grupos de coral e dança e é o presidente da Associação de Amigos da Biblioteca Pública Municipal Prof. Barreiros Filho. A presidente do GPL, Maura Soares, esteve presente desde o início da festa e preparou um Varal Literário com poesias suas e números da Revista Ventos do Sul. Registre-se as presenças de Ivan Alves Pereira, Alan R Bernardes e Edmar Almeida Bernardes. - Dia 30 de outubro foi aberta a 26ª. Edição da Exposição de Artes Plásticas com trabalhos dos servidores da Universidade Federal de Santa Catarina. ALZEMIRO LIDIO VIEIRA, do GPL, expôs suas obras. Alzemiro foi o mentor dessa exposição que ocorre há 26 anos. - Dias 9 e 10 de novembro, Carlos Piccoli, Geraldo Pereira Lopes e José Luiz Amorim, estiveram na 53ª. Feira do Livro de Porto Alegre, RS participando do Projeto 24 HORAS DE POESIA – Pela Paz e Justiça Social, projeto que pretende utilizar 250 poetas de várias localidades em sessões ininterruptas para figurar no GUINESS BOOK. Geraldo e Carlos autografaram suas obras em stand cedido pela Feira para autores catarinenses. - Dia 10 de novembro, nas dependências do CATI- Centro de Atenção à Terceira Idade, em São José, aconteceu Sessão Solene da Academia São José de Letras, ocasião em que a nossa sócia LEATRICE MOELLMANN tomou posse. Leatrice foi recepcionada pela ex-presidente daquela Academia Zoraida H. Guimarães. - Dia 20 de outubro, no Centro Multiuso de São José, Zeli apresentou-se com seus alunos em evento musical. - De 22 a 26 de outubro aconteceu a Semana do Servidor Público Estadual. Dia 24 no Clube 12 de Agosto, Palestra com o médico geriatra Rogério Viotti. Sueli Bittencourt, Heralda Victor e Carlos Piccoli participaram no Varal Literário com produções dos servidores que ficaram expostos em salas anexas ao Café Matisse, dia 25 de outubro, às 19 horas, no CIC-Centro Integrado de Cultura. - Dias 21 e 22 de novembro, na sede da Academia Catarinense de Letras, o Encontro de Academias e Associações Literárias de vários municípios. O GPL foi convidado a participar da MESA REDONDA para divulgação de seu trabalho e do trabalho de seus sócios. - Dia 25 de outubro, a poetisa Deyse de Abreu Teodoro, genitora do poetamigo Augusto de Abreu, lançou sua obra Fragmentos de Emoções, no espaço Jerônimo Coelho, da ALESC-Assembléia Legislativa de Santa Catarina. - Dia 15 de dezembro na Feira de Rua do Livro, acontecerá debate mediado pelo poeta RODRIGO CAPELLA, sobre a divulgação de poesias na internet. O GPL foi convidado para participar nesse dia. 34 O Grupo de Poetas Livres (GPL) é uma entidade privada, sem vínculos partidários ou religiosos e sem fins lucrativos, fundada em 13 de abril de 1998 por Maria Vilma Campos e alguns abnegados interessados em divulgar poesia. Considerada de Utilidade Pública Municipal pela Lei 5671 de 2000 possui atualmente cerca de 40 membros efetivos com idades de 12 a 84 anos. Possui projetos que garantem a credibilidade do grupo perante a comunidade da Capital: Viajando com poesia, Doce poema, Antologias, Revista Ventos do Sul, Liberte-se... nas asas da poesia, além do projeto interno O escritor e sua obra. O GPL se reúne todas as sextas-feiras (exceto feriados), a partir das 20 horas, na Biblioteca Pública Municipal Prof. Barreiros Filho - Rua João Evangelista da Costa, 1160 - Esquina com o Colégio Nossa Senhora de Fátima, bairro Estreito. Endereço eletrônico: www.poetaslivres.com.br MANTENHA EM DIA SUAS MENSALIDADES, ASSIM VOCÊ ESTARÁ AJUDANDO O GPL A LEVAR ADIANTE SUA MENSAGEM POÉTICA. O GPL NÃO RECEBE SUBVENÇÃO SOCIAL. SUA ÚNICA RECEITA É A CONTRIBUIÇÃO DOS SÓCIOS. COLABORE COM A BIBLIOTECA DOS POETAS ENVIANDO UM EXEMPLAR DE SUA AUTORIA OU NÃO, SEJA CONTO, CRÔNICA, POESIA, ROMANCE, NOVELA, ENSAIO, DE AUTORES BRASILEIROS OU ESTRANGEIROS. AGRADECEMOS DE CORAÇÃO! DIRETORIA DO GRUPO DE POETAS LIVRES BIÊNIO 2006 / 2008 Presidente: Maura Soares Vice-Presidente: Zeula Soares 1º Secretário: Heralda Victor 2º Secretário: vago 1º Tesoureiro: Adriana Cruz 2º Tesoureiro: Licinho Campos (Adelicio Manoel Campos) Relações Públicas: Edmar Almeida Bernardes Presidente Perpétuo: Maria Vilma Nascimento Campos Presidente de Honra: Manoel Philippi Ventos do Sul Ventos do Sul Presidente: Maura Soares Editoração: Jorge Luiz Wagner Behr Digitação: Maura Soares Endereço: Av. Patrício Caldeira de Andrada, 581 / 306 – Abraão – 88085-150 – Florianópolis, SC Fone: (48) 3249-6082 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] homepage: www.poetaslivres.com.br 35
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