Acesse aqui o programa completo! - Programa Viver a Vida

Transcrição

Acesse aqui o programa completo! - Programa Viver a Vida
Temporada 2015
Orquestra Sinfônica do Paraná
CONCERTO DA ORQUESTRA SINFÔNICA DO PARANÁ
Guarnieri
Scriabin
Villa-Lobos
TEATRO GUAÍRA
Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto - Guairão
14 de Junho às 10h30
PROGRAMA DE CONCERTO
Guarnieri, Camargo
Encantamento
Scriabin, Alexander
Concerto para piano e orquestra, em fá sustenido menor
1. Allegro
2. Andante
3. Allegro moderato
Piano solo: Olga Kiun
Intervalo
Villa-Lobos, Heitor
Bachianas brasileiras n°2
Duração 70’
ORQUESTRA SINFÔNICA DO PARANÁ
MAESTRO CONVIDADO RICARDO BOLOGNA
CAMARGO GUARNIERI (1907-1993)
Mozart Camargo Guarnieri nasceu no dia 1 de fevereiro de 1907, na cidade de Tietê,
no estado de São Paulo. Filho de músico, iniciou seus estudos de teoria musical aos 10
anos de idade com o professor Virgínio Dias, a quem dedicou “Sonho de Artista”, sua
primeira composição.
Em 1923 a família mudou-se para São Paulo. A partir de 1924 Guarnieri passou a
estudar piano com Sá Pereira e Ernani Braga. De 1926 a 1930 estudou composição e
direção de orquestra com o italiano Lamberto Baldi.
Camargo Guarnieri começou a escrever música regularmente após a Semana de Arte
Moderna, iniciando-se como compositor essencialmente brasileiro em 1928, aos 21
anos, quando compôs a Dança Brasileira e a Canção Sertaneja. Chegou a submeter
essas duas obras a Mário de Andrade, então o mais importante intelectual da época,
que tornou-se mestre de Guarnieri. Essa relação mestre-discípulo se alongou por
muitos anos.
O maestro foi contratado em 1937 pelo Departamento de Cultura da Cidade de São
Paulo, dirigido, na época, por Mário de Andrade. Em 1938 recebeu uma viagem para a
Europa do Conselho de Orientação Artística do Estado de São Paulo. Em Paris estudou
contraponto, fuga, composição e estética musical com Charles Koechlin, regência de
orquestra e de coros com François Rühlmann, maestro da Orquestra da Ópera de Paris
na época, além de realizar uma audição de suas obras na série Revue Musicale,
retornando ao Brasil em 1939, em decorrência da II Guerra Mundial.
Em 1942 fez sua primeira viagem aos Estados Unidos, onde realizou um concerto com
a Orquestra League of Composers of New York e dirigiu a Orquestra Sinfônica de
Boston a convite de Sergey Koussevitzky.
De 1955 a 1960 foi assessor técnico de assuntos musicais do Ministério da Educação e
Cultura.
Durante toda sua vida Guarnieri acumulou prêmios e ocupou altos cargos no cenário
da música nacional e internacional.
Diferenciando-se de seus antecessores e mesmo de contemporâneos, Camargo
Guarnieri não “veio” da música européia para a brasileira, pelo contrário, iniciou-se já
envolvido em música brasileira. Compôs vasta obra em todos os gêneros, atingindo um
número de mais de setecentas peças.
Grande apreciador da música de Brahms, devoto de Bach, além de admirar Mozart de
tal maneira que deixou de assinar seu primeiro nome em respeito ao mestre. Ficava
furioso quando alguém o chamava de Mozart ou cometia o "crime" de colocar seu
nome completo em um programa de concerto ou capa de disco.
Foi criador e diretor do Coral Paulistano, idealizou o 1º Festival de Campos do Jordão,
foi diretor da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, regente titular e diretor
artístico da Orquestra Sinfônica da USP desde a sua criação, em 1975, e membro
fundador da Academia Brasileira de Música, da qual foi presidente.
Regeu as mais importantes orquestras estrangeiras. Foi membro do júri dos mais
importantes concursos internacionais, além de ter sido agraciado com inúmeros
prêmios, condecorações e medalhas, somando mais de cem títulos nacionais e
estrangeiros, e ainda premiado em mais de 10 concursos nacionais e internacionais de
composição.
Camargo Guarnieri faleceu em 13 de janeiro de 1993, aos 85 anos, em São Paulo, logo
após ter sido agraciado com o prêmio “Gabriela Mistral”, pela OEA (Washington), com
o título de “Maior Compositor Contemporâneo das Três Américas”.
Encantamento
Encantamento foi composto em 1941, originalmente para violino e piano e transcrita
posteriormente para grande orquestra. Tal obra foi escrita a partir de uma encomenda
por parte da Divisão de Música da União Pan-americana de Washington D.C. e
dedicada a Louis Charles Seeger, então chefe de tal divisão.
ALEXANDER SCRIABIN (1872-1915)
Nascido em Moscou a 6 de janeiro de 1872; morreu em Petrogrado a 27 de abril de
1915. Com a idade de dez anos começou a tomar aulas de piano, que continuou no
Conservatório de Moscou com Safonov, e onde veio a estudar teoria musical com
Taneiev e composição com Arenski. Começou a seguir uma carreira de virtuose na
Rússia e no estrangeiro (primeira turnê em 1896). De 1898 a 1905 ensinou piano no
Conservatório, e, a partir de 1894, suas obras passaram a ser editadas por Belaiev. Até
1900, sua obra se limita quase que a poucas coisas para o piano. Suas três sinfonias
são compostas nos primeiros anos do século – de 1900 a 1903. Casado uma primeira
vez com Vera Issakovitch, em 1897, ele a deixa em 1905 por Tatiana de Schloezer. De
1904 a 1908 vive no estrangeiro – Suíça, EUA, França, Bélgica. Em Bruxelas, Scriabin
frequenta os meios teosóficos, nos quais se encontra em comunhão de ideias; no
entanto jamais ficou provado que ele tenha sido sócio da Sociedade Teosofica. Em
1907 ele participa dos concertos de Diaghilev em Paris; em 1908, seu Poema do êxtase
é tocado em Noca Iorque. Retornando a Moscou em 1909, trabalha em sua ultima
grande obra sinfônica, Prometeu (ou Poema do Fogo), na qual ele aplica sua teoria
sobre o relacionamento entre sons e cores. Depois disso não comporá mais senão para
o piano, sempre continuando a excursionar como virtuose. Ele esboçaria igualmente o
Ato preparatório, do qual ele desejava fazer o apogeu musical e filosófico de sua obra.
Podemos distinguir três períodos criativos em Scriabin. O primeiro, que vai até o fim
do século XIX, é marcado por Chopin e Liszt; segundo, até o Poema do êxtase, assume
a influencia de Wagner e, em certa medida, só impressionismo francês; e o terceiro,
finalmente, a partir de Prometeu, ao longo do qual Scriabin cria uma linguagem atonal
baseada nas superposições dos intervalos de quarta. Representante típico do
simbolismo na música, adepto das doutrinas místicas derivadas das filosofias orientais,
Scriabin procura atingir em sua musica os limites da densidade sonora e de suas
potencialidades expressivas, afim de cria um estado de êxtase espiritual e estético. As
críticas e o ceticismo que essas ideias poderão sscitar não devem fazer esquecer que
elas são indissociáveis da evolução de seu estilo. Tendo sempre se recusado, por outro
lado, a recorrer ao folclore, Scriabin aparece, ao lado de seis co-irmãos nacionalistas,
como “ uma outra maneira de ser russo”, Embora não tenha formado discípulos
diretos, nem po isso deixou ele de anunciar o universo sonoro do século XX, tendo
servido de modelo musical e filosófico a compositores com Obouhov e
Wyschnegradski, e até mesmo a certa parte da vanguarda soviética dos anos 20.
Concerto para piano e orquestra, em fá sustenido menor
Estreado em São Petersburgo, a 28 de novembro de 1898 pelo autor, sob a regência de
Safonov. Datando ainda da “primeira maneira” de Scriabin (1897), seu concerto oferece
bem pouco interesse. Os temas são pouco caracterizados, A parte pianística, em bora
brilhante e ligeira, não apresenta quase nenhuma originalidade, e a orquestração não
apresenta maior relevo. A popularidade da obra também sempre foi muito reduzida.
HEITOR VILLA-LOBOS(1887-1959)
A 5 de março de 1887, nascia Heitor Villa-Lobos, na Rua Ipiranga, bairro de
Laranjeiras, Rio de Janeiro. Sua mãe, Noêmia Villa-Lobos, cuidava dos filhos e da casa.
Seu pai, Raul Villa-Lobos, era funcionário da Biblioteca Nacional e dedicava-se à
música, como amador.
Na casa dos Villa-Lobos, todos os sábados, nomes respeitados da época reuniam-se para
tocar até altas horas da madrugada. Esse hábito, que durou anos, influiu decisivamente
na formação musical de Villa-Lobos que, logo cedo, iniciou-se na música. Aos seis anos
de idade, aprendeu a tocar violoncelo com o pai, em uma viola especialmente adaptada.
Foi também nessa época - e graças à sua tia Fifinha que lhe apresentou os Prelúdios e
Fugas do "Cravo Bem Temperado" - que "Tuhú" (seu apelido de infância) fascinou-se
pela obra de Johann Sebastian Bach, compositor que acabou por lhe servir de fonte de
inspiração para a criação de um de seus mais importantes ciclos, o das nove "Bachianas
Brasileiras".
Além da cidade do Rio de Janeiro, Villa-Lobos residiu com a família em cidades do
interior do Estado e também de Minas Gerais. Nessas viagens, entrou em contato com
uma música diferente da que estava acostumado a ouvir: modas caipiras, tocadores de
viola, enfim, uma parte do folclore musical brasileiro que, mais tarde, viria a
universalizar-se através de suas obras.
Ao voltar ao Rio de Janeiro, a música praticada nas ruas e praças da cidade também
passou a exercer-lhe um atrativo especial. Era o "choro", composto e executado pelos
"chorões", músicos que se reuniam regularmente para tocar por prazer e, ainda, em
festas e durante o carnaval. Tal interesse levou-o a estudar violão escondido de seus
pais, que não aprovavam sua aproximação com os autores daquele gênero, pois eram
considerados marginais.
Com a morte de Raul Villa-Lobos, em 1899, D. Noêmia não conseguiu mais conter o
filho. No início dos anos 20, como conseqüência desse envolvimento com o choro,
começaria a compor um ciclo de quatorze obras, para as mais diversas formações,
intitulado "Choros"; nascia aí uma nova forma musical, onde aquela música urbana se
mesclava a modernas técnicas de composição.
Em l905, Villa-Lobos partiu em viagens pelo Brasil. Visitou os estados do Espírito
Santo, Bahia e Pernambuco, passando temporadas em engenhos e fazendas do interior,
em busca do folclore local. Tempos depois, seguia para outra viagem - uma excursão
pelo interior dos estados do Norte e Nordeste - que se estenderia por mais de três anos.
Foi nesse momento que teria conhecido a Amazônia - fato ainda não comprovado - o
que teria marcado profundamente sua obra.
Por onde passava, Villa-Lobos ia recolhendo temas folclóricos que utilizaria em suas
composições, como no "Uirapuru", e em seu futuro trabalho de educação musical,
através da coleção "Guia Prático".
O ano de 1915 marca o início da apresentação oficial de Villa-Lobos como compositor,
com uma série de concertos no Rio de Janeiro. Na época, casado com a pianista Lucília
Guimarães, ganhava a vida tocando violoncelo nas orquestras dos teatros e cinemas
cariocas, ao mesmo tempo que escrevia suas obras. Os jornais publicavam críticas
contra a modernidade de sua música. Anos mais tarde, o compositor fez questão de
explicar:
"Não escrevo dissonante para ser moderno. De maneira nenhuma. O que escrevo é
conseqüência cósmica dos estudos que fiz, da síntese a que cheguei para espelhar uma
natureza como a do Brasil. Quando procurei formar a minha cultura, guiado pelo meu
próprio instinto e tirocínio, verifiquei que só poderia chegar a uma conclusão de saber
consciente, pesquisando, estudando obras que, à primeira vista, nada tinham de
musicais. Assim, o meu primeiro livro foi o mapa do Brasil, o Brasil que eu palmilhei,
cidade por cidade, estado por estado, floresta por floresta, perscrutando a alma de uma
terra. Depois, o caráter dos homens dessa terra. Depois, as maravilhas naturais dessa
terra. Prossegui, confrontando esses meus estudos com obras estrangeiras, e procurei
um ponto de apoio para firmar o personalismo e a inalterabilidade das minhas idéias".
No Brasil do início do século, a influência européia e a permanência do espírito
conservador do fim de século incomodavam a juventude, que começava a reagir a tudo
isso. Surgiu, então, um movimento chamado Modernista que, em fevereiro de l922, foi
oficializado em São Paulo, através da Semana de Arte Moderna. Atividades de vários
campos da arte foram apresentadas no Teatro Municipal daquela cidade. Convidado por
Graça Aranha, Villa-Lobos aceitou participar dos três espetáculos da "Semana",
apresentando, dentre outras obras, as "Danças Características Africanas".
Já bastante conhecido no meio musical brasileiro, alguns de seus amigos começaram a
incentivá-lo a ir à Europa, e apresentaram à Câmara dos Deputados um projeto para
financiar sua ida a Paris. A proposta foi aprovada e Villa-Lobos partiu, em l923, para o
que seria sua primeira viagem ao Velho Continente. Chegou com mentalidade própria e
se impôs em menos de um ano. Um grupo de amigos ajudou-o nas despesas e
apresentou-o aos editores Max-Eschig, enquanto o pianista Arthur Rubinstein - que já o
conhecia do Brasil - e a soprano Vera Janacópulus divulgavam suas obras em recitais
por vários países.
De volta ao Rio de Janeiro, em 1924, Villa-Lobos foi assim saudado pelo poeta Manuel
Bandeira:
"Villa-Lobos acaba de chegar de Paris. Quem chega de Paris espera-se que chegue
cheio de Paris. Entretanto, Villa-Lobos chegou cheio de Villa-Lobos. Todavia uma
coisa o abalou perigosamente: a "Sagração da Primavera", de Stravinsky. Foi,
confessou-me ele, a maior emoção musical da sua vida.(...)".
Em l927, o compositor retornou a Paris para organizar concertos e publicar várias obras.
Fez amigos, e muitos artistas de renome freqüentavam sua casa e participavam das
feijoadas dos domingos. A partir dessa segunda temporada na capital francesa, ganhou
prestígio internacional, apresentando suas composições em recitais e regendo orquestras
nas principais capitais européias, causando forte impressão, ao mesmo tempo em que
provocava reações por suas ousadias musicais.
No segundo semestre de 1930, Villa-Lobos - a convite - retornava provisoriamente ao
Brasil para a realização de um concerto em São Paulo. Contudo, não previa que, neste
seu retorno, estaria inaugurando um novo capítulo em sua biografia.
Villa-Lobos preocupava-se com o descaso com que a música era tratada nas escolas
brasileiras e acabou por apresentar um revolucionário plano de Educação Musical à
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. A aprovação do seu projeto levou-o a
mudar-se definitivamente para o Brasil.
Em 1931, reunindo representações de todas as classes sociais paulistas, organizou uma
Concentração Orfeônica chamada "Exortação Cívica ", com a participação de cerca de
12 mil vozes.
Após dois anos de trabalho em São Paulo, Villa-Lobos foi convidado oficialmente pelo
Secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro - Anísio Teixeira - para organizar e
dirigir a Superintendência de Educação Musical e Artística (SEMA), que introduzia o
ensino da Música e o Canto Coral nas escolas.
Como conseqüência do seu trabalho educativo, viajou de Zeppelin, em 1936, para a
Europa, representando o Brasil no Congresso de Educação Musical em Praga.
Com o apoio do então Presidente da República, Getúlio Vargas, organizou
Concentrações Orfeônicas grandiosas que chegaram a reunir, sob sua regência, até 40
mil escolares e, em 1942, terminou por criar o Conservatório Nacional de Canto
Orfeônico, cujo objetivo era formar candidatos ao magistério orfeônico nas escolas
primárias e secundárias, estudar e elaborar diretrizes para o ensino do Canto Orfeônico
no Brasil, promover trabalhos de musicologia brasileira, realizar gravações de discos,
etc.
O compositor das Américas chega aos Estados Unidos:
"Irei aos Estados Unidos somente quando os americanos quiserem me receber como
eles recebem a um artista europeu, isto é, em razão das minhas próprias qualidades e
não por considerações políticas..."
Apesar dessa resistência inicial (era o momento da chamada "política da boa
vizinhança" praticada pelos EUA com aliados na 2ª Guerra Mundial), Villa-Lobos,
convencido pelo Maestro Leopold Stokowski, seu amigo desde Paris, aceitou o convite
do Maestro norte-americano Werner Janssen para uma turnê pelos EUA, em 1944.
A partir daí, retornou àquele país várias vezes, onde regeu e gravou suas obras, recebeu
homenagens e encomendas de novas partituras, além de ter travado contato com grandes
nomes da música norte-americana, fechando, assim, o ciclo de sua consagração
internacional.
Villa-Lobos morreu de câncer em 17 de novembro de 1959, no Rio de Janeiro.
Bachianas brasileiras n°2
Composta em 1930 e estreada no Festival de Veneza a 3 de setembro de 1938 sob a
regência de Dimitri Mitropoulos. É uma peça complexa, versátil, a mais contrastada da
serie. O primeiro movimento – “Canto do Capadócio”- forme um prelúdio Adagio que
traça o retrato de um habintante do Rio popular, pobre e matreiro. Sucede-se a Aria –
“Canto de Nossa Terra”, que faz penetrar no ambiente do Brasil profundo, com
evocação sonora de cenas de fetichismo na Bahia – enquanto na Dança (“Lembrança do
Sertão”) o tema melódico se apresenta no trombone. Com a Toccata concludente (“O
Trenzinho do caipira”) temos finalmente as impressões de uma viagem pelo interior do
país, apimentadas pelo humor e por espontâneas explosões de alegria. Uma
instrumentação original, eloquência melódica e perfeita continuidade rítmica fizeram da
obra uma das mais tocadas do compositor.
Ricardo Bologna
Maestro
Ricardo Bologna é timpanista solista da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
(OSESP), professor do Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes da
Universidade de São Paulo e regente principal da Orquestra Sinfônica da USP.
Dirigiu as Orquestras Sinfônicas do Conservatório de Genebra, de Minas Gerais , São
Bernardo do Campo , Jovem do Estado de São Paulo ,Coro da Camerata de
Curitiba ,Orquestra de Câmara de Curitiba, Banda Jovem do Estado de São Paulo,
Orquestra de Câmara do Amazonas, Filarmônica de Minas, Camerata Aberta e OSESP.
Foi vencedor do II Concurso Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes (2002).
Nesse mesmo ano, fundou o Percorso Ensemble, grupo especializado na execução do
repertório dos séculos XX e XXI, que realiza vários concertos pelo
Brasil e que gravou três CDs: Berio +, Musica Plural e Ligeti +
Em 1989 funda o Duo Contexto de percussão com o percussionista Eduardo Leandro,
premiado no VI Prêmio Eldorado de Música (1991) e no Festival de Música de Câmara
de Dusseldorf-Alemanha (1996). Concertos em vários Festivais pela Europa, Estados
Unidos e Japão.
Recentemente foi diretor musical do espetáculo “The Seasons”, com coreografia de
Edouard Lock e música de Gavin Bryars realizado pela São Paulo Comapnhia de Dança.
Bacharelado na Unesp, Mestrado na "Haute École de Musique de Genève" e "Artist
Diploma" no "Rotterdam Conservatorium".
Seus principais professores foram Elizabeth del Grande, John Boudler, William Blank,
Yves Brustaux e Robert Van Sice. Tem como mentor na regência o Maestro Kenneth
Kiesler.
Olga Kiun
Piano solo
Descendente de uma tradicional família de músicos, a pianista Olga Kiun iniciou seus
estudos de piano aos 6 anos de idade, com sua mãe e sua avó, ambas professoras do
Conservatório Musical de Chisineu (Moldávia).
Aos 17 anos, ingressou no Conservatório Tchaikóvski, em Moscou, na classe do
consagrado pianista e professor Lev Obórin. Ainda como aluna do Conservatório, foi
laureada no Concurso Internacional George Enescu, na Romênia. Após graduar-se com
distinção no Conservatório ? nota máxima em todas as disciplinas ?, partiu para
Leningrado (hoje São Petersburgo), onde se doutorou sob a orientação de Pavel
Serebriakov. Terminado o Doutorado, integrou o ?Mosconcert?, sociedade artística
estatal, junto da qual realizou diversos recitais, concertos com orquestra e gravações
para o rádio e a televisão por toda a ex-União Soviética. Após um desses concertos o
jornal ?Daguestánskaia Pravda? publicou: ?Quando Olga toca, parece que não é o
piano que soa, mas sim uma rica voz humana que sussurra algo extremamente
pessoal.
Ao longo de sua carreira, apresentou-se em países como Romênia, Bulgária, Polônia,
Uruguai, Paraguai e Peru. No Brasil, apresentou-se pela primeira vez em 1991, em
Curitiba. Na ocasião, recebeu do jornal Gazeta do Povo a seguinte crítica: ?Olga Kiun
mostra musicalidade imensa e uma maneira emocional e apaixonada de tocar,
necessárias a quem se dedica ao repertório romântico (...) uma das melhores pianistas
que já pousaram em terras tupiniquins?. No Brasil, atuou como solista junto aos mais
conceituados grupos sinfônicos do país, tais como a Orquestra Sinfônica do Estado do
Paraná, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, a Orquestra Sinfônica Municipal de São
Paulo, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Orquestra Nova Filarmônica
(SP), a Orquestra Sinfônica de Campinas, a Camerata Antiqua de Curitiba, a Orquestra
Sinfônica Paulista e a Orquestra Sinfônica Brasileira, tendo trabalhado com regentes
como Alceo Bocchino, Benito Juarez, Paulo Torres, Adriano Machado, Roberto Duarte,
Lutero Rodrigues, Osvaldo Colarusso, Roberto Minczuk, Osvaldo Ferreira e Roberto
Tibiriça.
Desde 1993 leciona na Escola de Musica e Belas Artes do Paraná (EMBAP), em Curitiba,
onde tem formado uma geração de pianistas atuantes no panorama musical brasileiro
e internacional. Além disso, suas atividades pedagógicas incluem ainda participações
como professora convidada em festivais de música por todo o país. , Em 2010 gravou
CD com obras de compositores russos e brasileiros. Olga Kiun atuou como jurada em
inúmeros concursos de piano do Brasil e como diretora artística do 1° Concurso
Internacional de Piano de Santa Catarina.Em 2012 trabalhou como jurada no Concurso
Internacional Maria Canals em Barcelona. Em 2014 realizou com muito sucesso Festival
Olga Kiun onde entre outros foram apresentados todos 5 Concertos para piano e
orquestra de Beethoven.

Documentos relacionados