Hermes de Souza Magalhães Junior e Jõao Francisco Previtali Von
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Hermes de Souza Magalhães Junior e Jõao Francisco Previtali Von
Opinião Diretor Presidente Sylvino de Godoy Neto Diretor Superintendente Adhemar J. de Godoy Jacob CORREIO POPULAR Publicado por Correio Popular S/A - Fundado em 4/9/1927 O NOSSO OBJECTIVO “Seremos na imprensa vigilantes fiscaes da administração publica e zeladores intransigentes do direito collectivo” - (Nº 1, Anno 1) EDITORIAL Campanhas milionárias e transparência Os preparativos para a campanha eleitoral deste ano já começaram e os candidatos começam a se deparar com os primeiros embaraços para viabilizar suas candidaturas. A arregimentação de colaboradores, a montagem da estratégia de abordagem dos eleitores, o levantamento de fundos para custear o trabalho e a preparação do discurso movimentam uma legião incontável de pessoas envolvidas com a política, entre veteranos que tentam se manter ou voltar aos cargos, e os novatos que experimentam a primeira viagem, muitos sem supor a Correio do Leitor AS CARTAS DEVEM SER ENVIADAS PARA: Rua 7 de Setembro, 189, Vila Industrial CEP 13035-350 e-mail: [email protected] Diretor de Planejamento Marco Aurélio Matallo Pavani Diretor Tesoureiro Luiz E. Nogueira Porto Diretor Comercial Eduardo S. Porto Filho dificuldade a ser superada. É de se observar O sistema democrático que o custo da prevê a ampla liberdade de candidaturas e permite a to- campanha chega dos os eleitores o exercício lia ser maior que a vre do voto, o que cria um remuneração universo específico a ser abordado, exigindo um pla- prevista para cada nejamento acurado, que se vereador ao longo torna mais técnico quanto de todo o maior o número de eleitores. Nos grandes municípios, a mandato abordagem é muito ampla e exige investimentos que superam em muito a capacidade pessoal de bancar os custos de campanha. Estima-se que, para eleger um vereador em um município como Campinas, o total desembolsado pode atingir entre R$ 300 mil a R$ 500 mil, numa estimativa absolutamente técnica, prevendo a utilização de recursos de marketing (Correio Popular, 17/6, A6). Por óbvio, é possível elegerse apenas com a midiatização de um momento ou de uma projeção pessoal realmente influente, mas a regra CORREIO POPULAR A3 Campinas, terça-feira, 19 de junho de 2012 Diretor Industrial Amim Ali Filho Diretor Adm. Financeiro Moacir Teixeira Dias Diretor de Tecnologia Luiz Sérgio Vieira Dutra Diretor Editorial Nelson Homem de Mello Editores Executivos Luis Cesar de Souza Pinto Marcelo Pereira é que a maioria depende, e muito, de apoio e dinheiro da iniciativa privada. É de se observar que o custo da campanha chega a ser maior que a remuneração prevista para cada vereador ao longo de todo o mandato. Neste sentido, cabe colocar em discussão o financiamento público das campanhas, que cria uma equiparação de vantagens entre os candidatos, eliminando a barreira financeira para que todos tenham a oportunidade de colocar propostas e ideias ao julgamento popular. Como está, o sistema privilegia a força do suporte financeiro e abre espaço para que as contribuições tenham mais que a intenção de financiar projetos focados no interesse maior da sociedade. Ao eleitor cabe questionar a transparência e as intenções dos candidatos. Desde que as contribuições à campanha sejam devidamente enumeradas e justificadas, não há restrição moral quanto ao financiamento. Ceder à força da comunicação mercadológica, que propõe vender candidatos como vende sabonete, é renunciar ao propósito da democracia e do legítimo direito cívico de expressar sua vontade. O Correio Popular publica as opiniões de seus leitores sobre temas de interesse coletivo. As cartas devem conter no máximo 15 linhas, cerca de 700 caracteres com espaços, medidos pelo Microsoft Word. A Redação se dá o direito de publicar os textos parcial ou integralmente. Fica a critério do jornal a seleção de cartas para ilustração com fotos, que serão produzidas exclusivamente pelos fotógrafos do Correio. As cartas para o Correio do Leitor devem ser enviadas para Rua 7 de Setembro, 189 - Vila Industrial - CEP 13035-350 ou por e-mail: [email protected] = Cartas devem ser acompanhadas de: nome completo, endereço, profissão e telefone de modo a permitir prévia confirmação. = Opinião dos colunistas não reflete a opinião do jornal. CORREIO .COM.BR @correiopontocom facebook.com/CPopular Aposentados políticos? José Carlos Mazzotini Assessor comercial, Campinas Saúde 2 Tenho acompanhado pelo noticiário a ira política contra os aposentados. Se analisarmos a situação do ponto de vista político, o mal do Brasil situa-se na classe dos aposentados. Sim, aqueles que trabalharam 35 anos ou mais, que contribuíram durante todo esse período com uma porcentagem sobre o salário mínimo e que, quando se aposentam, recebem sobre um salário de referência escorchantemente transformado em lei pelos que mais achacam os cofres públicos. Se um cidadão tem que contribuir pelo período acima, por que não os políticos que se aposentam com prazos bem inferiores e que nunca fazem nada a não ser legislar em causa própria? (…) Sabem por que, senhores? É mais fácil mexer no bolso dos outros do que no próprio. Como diz o dito popular: “o que é seu é meu e o que é meu é meu”. Saúde 1 Jefferlhe Barbosa da Silva Servidor público, Campinas Quem acha que a saúde de Campinas vai melhorar com a criação de uma nova autarquia para gerir o Hospital Ouro Verde está enganado! Basta ver a situação do Hospital Mário Gatti. Autarquia significa mais cargos comissionados, apadrinhados políticos e por aí afora. O mais incrível é que, por exemplo, a Unicamp, através da Funcamp, fundação que gerencia vários hospitais no Estado, nem sequer foi citada. (...) A pergunta é qual é o melhor modelo para a população, uma gestão que já se provou falida e cria mais custos para a cidade, ou gestão mais enxuta que no caso das fundações se mostra mais eficiente e, claro, sem a ingerência de Há 50 anos ● APOTEÓTICA RECEPÇÃO AOS JOGADORES BRASILEIROS Delirante manifestação popular Luiz Nicolau Teixeira Aposentado, Campinas Achei muito inteligente a decisão tomada em 14/6, com relação à administração do Complexo Hospitalar do Ouro Verde ficar sob responsabilidade da Prefeitura Municipal de Campinas, assim como já vem sendo realizado no Hospital Dr. Mário Gatti, que sem dúvida é uma boa referência no que diz respeito ao atendimento e serviços prestados à população de Campinas e região. (...) Tanto a PUC-Campinas como a Unicamp podem, se formado um acordo, ceder médicos (residentes) para atender à demanda nesse período, enquanto a Prefeitura promove concursos públicos para contratar os profissionais nas diversas especialidades médicas que estejam carentes no Complexo Hospitalar Ouro Verde e assim dar um atendimento melhor à população. (...) Rio+20 José Henrique Antunes Produtor visual, Campinas O que dizer da Rio+20 e outros movimentos dessa nova moda e febre chamada “sustentabilidade”? Ah, conscientização! O futuro da humanidade. A natureza está em perigo. O povo que habita esta natureza, este mundão, tá tudo certo, não é? Tudo bonitinho, sem estresse, todos alimentados, vendendo saúde, diplomados, seguros. Leitores, mais uma jogada de marketing. Vamos vender “sustentabilidade”, essa é a ordem agora. Vamos iniciar a construção pelo acabamento, o alicerce depois a gente dá um jeito. devemos ter cuidado nesta época de festas juninas, pois há pessoas que soltam fogos, rojões e balões, sem pensar nas tragédias que podem acontecer. Devemos curtir as festas com responsabilidade e aproveitar os jogos e tradições, como danças, comidas, decorações etc. Vamos curtir o mês dessa grande festa no Brasil inteiro! Casa de Saúde Carlos Augusto Coppola Aposentado, Campinas Fundada com o nome de Circuli Italiano Unit, sendo alterado pós-II Guerra Mundial para Casa de Saúde de Campinas, destaco que os fundadores foram os drs. Mário Gatti e Cremente de Toffoli, com importante papel para a saúde de Campinas. Esses dois médicos italianos devem ser reconhecidos por suas iniciativas e preocupações com a população da cidade. Com recursos próprios e trabalho construíram um hospital, que até hoje é considerado por sua excelência no atendimento. Sacolinhas João Hambruck Filho Aposentado, Campinas (…) Em nossa opinião, Tenho lido diversas manifestações neste espaço, a respeito da abolição das sacolinhas de supermercados. Gostaria, dos que são a favor, que apresentassem uma solução para o destino do lixo doméstico. Que as sacolinhas causam impacto no meio ambiente concordo plenamente. Mas ninguém fala de sua utilidade como receptora do lixo ou para guardarmos nossas tralhas, sem contar a propaganda que fazemos de graça, quando a colocamos em frente ao nosso portão. Pressionem os responsáveis para, ao proibir, apresentarem solução para o caso. Sem elas, adivinhem foi prestada na noite de hoje aos jogadores da Seleção Brasileira que conseguiram o Bicampeonato Mundial de Futebol, realizado no Chile. Somente o desembarque dos craques durou 30 minutos e foi feito debaixo de indescritível manifestação popular. Ouviam-se o espocar dos fogos em todos os pontos da Ilha do Governador, enquanto que milhares de carros se colocavam em posição para companhar o cortejo, que somente ● FORMAÇÃO DO NOVO GABINETE ESSA SEMANA Deverão estar contornadas ainda esta semana, todas as dificuldades para a formação do novo Gabinete, na parte que diz respeito aos entendimentos entre os partidos, ficando o presidente João Goulart à vontade para indicar o nome do sr. San Thiago Dantas como primeiro-ministro, Festa junina Hermes de Souza Magalhães Junior João Francisco Previtali von Zuben Estudantes, Campinas às 21h30 chegou à Av. Brasil. aonde vai o lixo? Usar sanito, esse comprado, não é a mesma coisa do que as sacolinhas que recebíamos de graça? Trânsito Edinei Mello Jornalista e locutor, Campinas Obras do prolongamento de 9 quilômetros da Av. Mackenzie, ligando a Vila Brandina ao distrito de Sousas, iniciarão no máximo dentro de dois meses e consumirão R$ 66 milhões, enquanto que a Avenida Jonh Boyd Dunlop, que liga a região central ao Campo Grande, complexo formado por mais de 20 bairros, com população estimada em 200 mil moradores, necessita há tempos de melhorias para amenizar o sufocado trânsito da via. E a Prefeitura vem com essa fábula de Bus Rapid Transit colombiano para iludir o Campo Grande. Por que a indiferença? Bandeiras guerras. Cadê o patriotismo minha gente?! André Rieu Alencar Castro Scafi Executivo, Campinas Realmente, a Orquestra André Rieu é no momento a melhor orquestra do mundo. Por todos os continentes, seus espetáculos são sempre sucesso pela qualidade de seus intérpretes (...). Em todos os países em que se apresentou, Rieu sempre programou músicas locais, o que não ocorreu em São Paulo. Nada de músicas de Vanzolini (Ronda), nada de Adoniran, que sem dúvida seriam motivos de empolgação dos paulistanos (…) Essa é a opinião de fã da orquestra com mais de 30 DVDs de André Rieu. Você é a favor de terceirização de serviços públicos de saúde? SIM 92,5% NÃO 7,5% PERGUNTA DE HOJE Você foi surpreendido com a volta do funcionamento de radares? O vídeo do dia Supersalários Jayme de Almeida Rocha Netto Aposentado, Campinas Quando chega a data da Independência temos a oportunidade de notar a presença das bandeiras brasileiras nos desfiles por todo nosso País. Mas infelizmente é apenas nessa data que temos essa visão patriótica, o que dá a impressão de que temos vergonha de nossa bandeira. Diferente, por exemplo, é o povo americano com sua bandeira listrada, pois ela é desfraldada em todo lugar possível e imaginável – em momentos tristes, alegres, de desespero, enfim, ela está sempre lá. Por que os brasileiros, que a tudo gostam de imitar, não procedem dessa mesma maneira, pois a bandeira é um símbolo que revigora o senso patriótico do povo para com seu País de origem. Através da história das civilizações ela sempre ocupou seu lugar, quer seja em momentos de paz ou de Dinheiro público parece que não tem dono. A Prefeitura de Campinas está pagando a seus funcionários, indevidamente, em valores de hoje, cerca de R$ 26 milhões por ano. Descumpriram decisão judicial transitada em julgado em 2009, que acabou com a farra das incorporações indevidas de vantagens salariais. Por omissão, desídia ou negligência, a decisão judicial que deveria ser cumprida ficou na gaveta dos gabinetes. Em valores de hoje, em três anos, sangraram indevidamente os cofres públicos em R$ 78 milhões. Os funcionários atingidos pelo corte, que não têm culpa, terão que devolver o que foi pago indevidamente, a menos que se apure qual foi a autoridade pública que descumpriu o determinado pela justiça, responsabilizando-a pela omissão. É o que se espera. uma vez que o sr. Tancredo Neves já acertou para o dia 26 a sua desincompatibilização. Logo depois da façanha dos brasileiros, o torcedor pagou a promessa. ● DE JOELHOS ANDOU 7 KM PARA PAGAR PROMESSA Um fato curioso ocorreu à noite passada no luxuoso bairro do Leme, vizinho de Copacabana. Um cidadão uruguaio fez promessa de andar de joelhos do Leme ao Posto Shell, em Copacabana, se o Brasil se sagrasse bicapeão de futebol. ● QUASE MATOU O FILHO AO FESTEJAR Em Santo André, quando comemorava a vitória do Brasil sobre o selecionado de futebol da Checoslováquia, João Krasnojau, de 60 anos, disparou vários tiros no quintal. Um deles atingiu seu filho, de 24 anos, que está em estado grave. Washington S. Castro Aposentado, Campinas Enquete PERGUNTA DE ONTEM Assista ao vídeo com repórter do Grupo RAC que cobrirá a Rio+20. ZEZA AMARAL A goleada da Ponte Preta “Futebol não é um caso de vida ou morte. É coisa muito mais séria”. Com esta frase, seu Flávio, um turco e corintiano de setenta e cinco anos de torcida, deu a entender que era chegada a hora da família se preparar para a Copa da África do Sul. GUSTAVO MAZZOLA Doses doces de ternura Correio Popular do dia 10 de junho, domingo. Num canto da página 9, um texto “matéria paga” em letras miúdas, enquadrado em duas colunas, me chama a atenção: “Uma denúncia ao Centro Médico Campinas”. SESSÃO DE CINEMA À Espera de Turistas Há duas cenas emblemáticas em À Espera de Turistas, de Robert Thalheim (2007), que só agora chega ao Brasil.