Desenvolvimento ninfal de Tingis americana Drake, 1922

Transcrição

Desenvolvimento ninfal de Tingis americana Drake, 1922
Desenvolvimento ninfal de Tingis americana Drake, 1922
(Hemiptera: Tingidae) sobre mudas de ipê-roxo
Daiane C. Moreira1; Luiza R. Redaelli1; Aline Barcellos2
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, PPG Biologia Animal, Av. Bento Gonçalves
9500, CEP 91501-970 Porto Alegre, RS, [email protected]; [email protected];
2
Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Rua Dr. Salvador
França, 1427, CEP 90690-000 Porto Alegre, RS, [email protected]
Tingídeos são insetos fitossuccívoros que vivem principalmente na face abaxial
das folhas dos hospedeiros, podendo causar lesões, redução da taxa
fotossintética, queda de folhas e muitas vezes a morte da planta. No Jardim
Botânico de Porto Alegre (JB), ninfas e adultos de Tingis americana Drake,
1922 têm sido encontrados alimentando-se em folhas de ipê-roxo,
Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos (Bignoniaceae). Sob infestação de
tingídeos, esta planta, bastante utilizada no paisagismo urbano, apresenta
sintomas como pontuações e esbranquiçamento nas folhas. Visando contribuir
para o conhecimento deste percevejo, estudou-se o desenvolvimento ninfal de
T. americana em plantas de ipê-roxo em laboratório. As mudas foram obtidas
no viveiro do JB e da Secretaria Municipal do Meio-Ambiente de Porto Alegre.
A criação de T. americana foi estabelecida a partir da coleta de folhas
infestadas no viveiro do JB e mantidas posteriormente em sala climatizada (25
± 1 ºC; fotofase de 16 horas; 60 ± 10% U.R.). Ninfas de primeiro instar recémeclodidas foram individualizadas em placas de Petri com uma folha de ipê,
cujos pecíolos eram inseridos em substrato de água e ágar para a manutenção
da sua turgidez. As folhas eram trocadas, em média, a cada dois dias.
Diariamente os indivíduos eram observados, sendo registrada a duração dos
instares até a emergência. Foi acompanhado um total de 117 indivíduos de T.
americana, com duração média do período ninfal de 12,69 ± 0,075 dias,
semelhante entre os sexos (U = 1199,5; P = 0,8329), e viabilidade de 93,17%.
A proporção sexual foi de 1,46 fêmeas para cada macho. A duração (média ±
EP), em dias, respectivamente, do 1º, 2°, 3º, 4º e 5º instar foi 2,84 ± 0,037; 1,89
± 0,035; 1,94 ± 0,040; 2,25 ± 0,051e 3,74 ± 0,052.
Palavras-chave: ciclo biológico; Handroanthus heptaphyllus; percevejos-derenda.
Apoio: CNPq/CAPES.

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