T D T O n lin e M a ga zin e tdtonline.org

Transcrição

T D T O n lin e M a ga zin e tdtonline.org
TDTOnline
Magazine
tdton
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Sumário
Nova imagem da TDTOnline Magazine
Ao Serviço da Saúde
de em Portugal,
todos os dias!
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5|
|6
11 |
Evidência do Exercício Físico na
Obesidade Infantil
| 25
26 |
Tuberculose/Tuberculose
Multirresistente/CDPGaia
tente/CDPGaia
Tópico “quente” desta edição
| 28
TDTOnline
Magazine
Normas para a publicação de artigos
científicos na TDTOnline Magazine
gazine
Em defesa
fesa do aleitamento materno
| 13
20 |
Estatísticas TDTOnline
Actividade do Fórum
órum
TDTOnline Magazine
Administração: Marlene Brandão e Carolina Gasiba
Design: Henrique Pimenta
Responsável de Conteúdo: Vítor Paiva
Colaboração Geral: Sílvia Sílva
Colaboração por área profissional:
Anatomia Patológica: Marta Ribeiro,
ibeiro, Nuno Silva
Neurofisiologia: Daniel F. Borges, Joana Ribeiro
Dietética: Cecília Santos
Ortoprotesia: Ana Vinagre, Cátia Frade
Farmácia: David Estêvão, Nuno Marques
Ortóptica: Luís Martins,
artins, Andreia Guerreiro
Higiene Oral: Ricardo Pingo
Terapia Ocupacional: Juliana,, D
Diana
Todos os artigos publicados na TDTOnline Magazine são da total e exclusiva responsabilidade dos seus autores.
É interdita a reprodução total ou parcial
ial do conteúdo da TDTOnline Magazine.
Contacto Tecnologias da Saúde Online: [email protected]
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Nova
ova imagem da TDTOnline Magazine
Dentro daquilo
aquilo que vem sendo a filosofia da
d equipa
do Tecnologias da Saúde Online,, temos vindo a
dedicar esforços na melhoria contínua nos nossos
meios de comunicação e interacção com os nossos
utilizadores.
Desta vez, e tal como em edições anteriores,
melhoramos o aspecto de apresentação da TDTOnline
Magazine.
Mudamos tudo, passamos a dispor de um documento
único, onde
de são inseridos todos os dados,
dados num
formato que faz lembrar uma revista.
Assim continuamos a ter o devido destaque para as
actividades do fórum,
rum, os artigos de utilizadores, e as
parcerias também por nós estabelecidas.
Foi também possível, através das alterações
introduzidas, uniformizar a disposição dos conteúdos
de forma a facilitar a leitura.
Optámos por escolher uma interface amigável, com
cores agradáveis à vista. Tornar-se-àà um ficheiro um
pouco pesado. No entanto, assim acontece porque
em vez de termos ficheiros desagrupados, passamos
agora a ter tudo num só.
Acreditamos que é uma boa alternativa, não só
porque melhora os aspectos para tratamento da
informação e publicação da TDTOnline Magazine, mas
porque terá mais impacto em criar oportunidades de
contacto com os utilizadores, tais como páginas
dedicadas a anúncios do fórum, ou outras actividades.
É a primeira vez que utilizamos um tal modelo. No
entanto, não pretendemos
demos parar por aqui. Vamos,
certamente, continuar a inovar, com o objectivo de
tornar a leitura da TTDTOnline Magazine uma
actividade cada vez mais agradável, cativante e
interessante.
Esperemos que as alterações efectuadas sejam do
agrado dos
os leitores da TDTOnline Magazine
Magazine. No
entanto, não vivemos isolados das dúvidas ou
sugestões de terceiros. Se tiver uma dúvida, uma
sugestão, ou um comentário em relação ao novo
aspecto da TDTOnline
DTOnline Magazine
Magazine, faça-o no lugar
indicado, na secção SUGESTÕES E NOVIDADES SOBRE
O FÓRUM, no TDTOnline.
No entanto, melhor do que ler as considerações de
quem fez as alterações, é mesmo construir a sua
opinião.
Desfrute
te do conteúdo da newsletter, p
porque
independentemente do formato, o que não
queremos é perder a oportunidade de contacto com
os utilizadores!
A Equipa do Tecnologias da Sa
Saúde Online
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Actividade do Fórum
Eventos científicos:
cient
Consulte os eventos em agenda
Reportagens
eportagens TDTOnline:
TDTOnline
Magazine
IV Jornadas Técnicas
écnicas de Imagiologia da Universidade de Aveiro
Emprego
mprego:
Consulte as ofertas de emprego dispon
disponíveis
5
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Magazine
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Ao Serviço da Saúde
aúde em Portugal, todos os dias!
CDP – Gaia | Centro Diagnóstico Pneumológico de Gaia
Temos criado inúmeras rúbricas desde que iniciamos a
publicação das newsletters, agora TDTOnline Magazine.
Magazine
Numa tentativa de melhorar os conteúdos que nela são
abordados, e para tentar servir melhor uma comunidade
crescente de utilizadores, surge esta nova rúbrica: Ao
Serviço
viço da Saúde em Portugal, todos os dias! Para que
possamos levar até aos profissionais de saúde e
comunidade em geral, e dar a conhecer exemplos de
referência, do que se faz pela saúde em Portugal, em
termos institucionais!
Introdução
A História da Tuberculose
é longa e apaixonante e
de
certa
forma
acompanha a história do
pensamento humano. Ao
longo de milénios teve
interpretações
obscurantistas
e
sobrenaturais.
Provavelmente
o
testemunho mais antigo é o esqueleto de um jovem, com
alterações sugestivas de Mal de Pott, datado de há cerca de
5000 anos.
Com o advento da escola Hipocrática, a tuberculose passa a
ser conhecida de uma forma mais metódica e racional,
destacando-se
se também, as contribuições de Celsio e Galeno
com o conceito de contagiosidade, mais recentemente, no
final do século XIX, a descoberta dos raios X por Roentgen e
sobretudo a identificação por Koch do bacilo que viria a ter
o seu nome.
A descoberta da estreptomicina, em 1943, por Waksmann,
logo seguida por outros antibacilares, tudo revolucionou,
revolu
em particular a terapêutica com progressiva desactivação
dos Sanatórios e menor incidência de cirurgias mais ou
menos
mutilantes
(pneumotorax,
toracoplastia,
plumbagem extrapleural, etc.).
Assim, e até à década de 70, assistiu-se
se com a ajuda de
programas
gramas oficiais, à forte diminuição dos números desta
doença, sobretudo nos países mais desenvolvidos.
forte crescimento do número de doentes com SIDA,
migrações, prisões sobrelotadas, envelhecimento das
populações, alcoolismo, toxicodependência, etc.
Aspecto importantíssimo
mportantíssimo é a fraca adesão à terapêutica em
muitos destes grupos e o aparecimento de novas estirpes
multirresistentes aos antibacilares, com repercussões
sociais importantes, nomeadamente a necessidade de
isolamento destes doentes e novas indicações p
para cirurgia.
O presente panorama é grave e aponta para a existência de
dois biliões de pessoas com tuberculose, sete a nove
milhões de novos
casos e três milhões
de mortos por ano.
Particularmente grave
e preocupante, é a
associação da SIDA
com a tuberculose
multirresistente,
devido
à
elevada
mortalidade, sendo necessário e essencial para controlar
estas potenciais epidemias, o diagnóstico precoce e as
medidas de isolamento e de suporte.
O DIA MUNDIAL DA TUBERCULOSE
TUBERCULOSE, é uma oportunidade
para alertar o poder
er político, os cientistas, e a sociedade
civil, para a epidemia da Tuberculose e para a congregação
de esforços a fim de se eliminar a doença. Todos e cada um
de nós pode fazer alguma coisa para eliminar a
Tuberculose.
In Sousa, Luís Aires de; Pisco, João Martins. Noções Fundamentais de
Imagiologia – Introdução à Imagiologia do Tórax pág. 111-112; Edições
LIDEL, Outubro de 1999;
Dia Mundial da Tuberculose (TB) 2008 – Notas prévias; Programa Nacional
da Luta Contra a Tuberculose.
Revisão
Histórica
Da
Tuberc
Tuberculose
Pulmonar (TP) em Portugal
A Tuberculose (TB) ou Tísica é uma doença infecto
infectocontagiosa provocada pelo Mycobacterium tuberculosis,
cuja evolução se faz para a cronicidade, acarretando uma
elevada invalidez ou para a morte.
De referir, que o tratamento implica o recurso à associação
de vários antibacilares, exigindo a adesão à terapêutica por
um período de vários meses.
Antes da descoberta dos anti
antibacilares a sua elevada
morbilidade e mortalidade tornaram
tornaram-na conhecida pela
“Peste Branca” por oposição à “Peste Negra”, cujas
epidemias ficaram na memória dos Homens.
No entanto, na última década dá-se
se um marcado
recrudescimento, que é devido entre outros factores, ao
Nos finais do século passado, e à semelhança de outros
países europeus, a Tuberculose eem Portugal era uma
6
TDTOnline
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importante causa de morte. Em 1898 calculava-se
calculava
entre
15000 e 20000 o número de mortes causadas anualmente
por esta doença.
Já a partir de 1856, aquando da publicação dos trabalhos de
Brehmer sobre a cura de ar, repouso e super alimentação,
alimentaç
começaram a surgir em Portugal instituições hospitalares
para doentes tuberculosos.
A primeira foi criada na cidade do Funchal em 1856, pela
viúva de D. Pedro IV, ex-imperatriz
imperatriz do Brasil, em memória
de sua filha falecida por Tuberculose, e os primeiros
doentes em 1862.
Alguns anos mais tarde, em 1881, Sousa Martins fomenta o
interesse pelo
Sanatório de
montanha:
este
movimento
levará
à
construção do
Hospital
Príncipe
da
Beira
na
cidade
da
Guarda, posteriormente encerrado por decreto
governamental devido
do a questões económicas.
Também no Porto e em Coimbra se verificou a
necessidade da criação de enfermarias
exclusivamente destinadas a doentes tuberculosos, as quais
começaram a funcionar em 1886, no Hospital da
Misericórdia e no da Marinha.
Em Lisboa funcionava
cionava já nessa altura um posto de
desinfecção para todos os materiais que estivessem em
contacto com tuberculosos e era obrigatória a notificação
dos casos de doença.
No ano seguinte, em 1901, surgiu o 1º Dispensário de
Lisboa na Rua do Alecrim: posteriormente
rmente com a
colaboração do Instituto Bacteriológico de Câmara Pestana,
à data um dos laboratórios mais bem organizados da
Europa, passaram a efectuar-se
se no Dispensário colheitas de
expectoração para pesquisa de BK, serodiagnósticos da
Tuberculose sem manifestações
festações clínicas e tratamento com
soros específicos.
Durante um período de 20 anos, a Tuberculose, que tanto
se tinha pretendido combater, não cessou de se expandir e
em 1930 ela era responsável por uma taxa de mortalidade
de 216 mortes/100 000 habitantes.
Desde há muito tempo, o Sanatório ocupava o papel central
na luta contra a Tuberculose; Lopo de Carvalho teve o
mérito de introduzir uma nova abordagem ao tratamento e
controlo desta doença, ao considerar que a peça
fundamental para o combate á Tubercul
Tuberculose era o
Dispensário. O Sanatório destinava
destinava-se não a doentes em
fase avançada ou considerados incuráveis, mas sim àqueles
que pudessem beneficiar ou curar
curar-se com esse regime. Para
os doentes graves haveria nas capitais de distrito Hospitais
exclusivamente vocacionados para aquelas situações e nas
outras cidades, serviços ou pavilhões nos Hospitais já
existentes, desde que devidamente isolados. Todos os
doentes que manifestassem possibilidades de cura ou
franca melhoria seriam transferidos para o Sanatório.
Ao Dispensário caberiam as funções mais importantes no
combate á Tuberculose: a Profilaxia, o Diagnóstico e a
Terapêutica. Equipas constituídas por médicos e
enfermeiras visitadoras intervinham a nível das
condições higiénicas e da habitação dos doentes.
No Dispensário existiriam meios para realizar exames
laboratoriais
e
radiológicos, além da
terapêutica dos casos
que
não
necessitassem
internamento.
A
reorganização
administrativa e de
equipamentos
existentes impôs-se e
foi concebida uma
vasta rede nacionall de Dispensários de 3 tipos:


Grandes Dispensários equipados com laboratório
de bacteriologia, análises clínicas e radiologia.
Pequenos Dispensários tipo A e B, nas localidades
mais populosas e pequenas e pequenas vilas
respectivamente. Os Dispensários tip
tipo A
dispunham de radiologia e análises clínicas; nos
tipo B efectuava-se
se apenas radioscopia.
O antigo sanatório do barro, em Torres Vedras é o único
Hospital Português, com uma unidade de internamento
prolongado para doentes com Tuberculose
Tuberculose.
No ano de 2004 verifica-se
se que Portugal apresenta um
decréscimo lento mas constante desde a década de 80, a
taxa de incidência é de 34,3/100 000 habitantes. Este
decréscimo, associado a uma boa taxa de detecção de
casos (95% em 2004) e a uma rede eficaz de informação,
significa
gnifica assim que se está a preceder correctamente,
embora de forma mais lenta que o desejável.
Um problema já nesta altura é a falta de estruturas de
internamentos para doentes com Tuberculose.
Texto gentilmente cedido por trabalhos e artigos da autoria da Técnica
Olga Bastos.
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CDP
–
Gaia
|
Centro
Diagnóstico
Pneumológico de Gaia
As Unidades
des de Saúde responsáveis pelo diagnóstico,
tratamento e rastreio dos contactos são os Centros de
Diagnóstico Pneumológico em associação
ciação com os Centros
de Saúde e a Saúde Pública.
A construção do
edifício data de
1955,
quando
ainda era o IANT, o
Instituto
responsável e em
vigor.
Só
em
meados de 1970, é que se deu inicio à construção do
Serviço de Radiologia, terminando
o em finais do mesmo ano,
onde apenas dois Técnicos de Radiologia serviam as
necessidades do concelho e arredores. O 1º Director, do
agora CDP, foi o Dr. Gomes Nobre.
Os doentes provenientes do concelho de Gaia e arredores
tinham também ao seu dispor, uma Unidade
nidade Móvel de
Rastreio, cujo equipamento permitia a realização de
microrradiografias, RX Tórax e Tomografia Linear, sendo
que em média chegava a realizar cerca de 150 exames por
dia.
A unidade de Gaia, cooperava directamente com o antigo
Sanatório D. Manuel
el II, agora Hospital de V.N. Gaia, no
entanto, também recebiam doentes das “camadas jovens
do desporto”, funcionários públicos, trabalhadores das
caves do Vinho do Porto, que necessitavam do Boletim de
Sanidade, assim como dos estudantes que pretendiam
aceder
eder ao Ensino Superior. No período de acesso ao Ensino
Superior este Centro chegava a realizar, em apenas 3
meses, uma média de 45 000 microrradiografias do Tórax,
chegando mesmo às 70 000.
No gráfico que se segue podemos ver qual o fluxo de
trabalho normal,
al, nas diferentes modalidades de imagem,
realizadas no antigo Dispensário.
Nos dias de hoje, os
doentes chegam ao
CDP
de
Gaia,
referenciados do Hospital ou médico de família do concelho
de Vila Nova de Gaia, têm consulta de Pneumologia, fa
fazem
a prova de Mantoux, radiografia pulmonar e colheita de
baciloscopia. Se o diagnóstico for positivo o doente inicia
medicação conforme
estratégia da DOT, e
referencia os seus
contactos. Todos os
contactos fazem prova
de
Mantoux
e
radiografia pulmonar e
repetem a radiografia
ao fim de 3 meses.
O serviço de radiologia realiza exames radiológ
radiológicos a
clientes internos e externos. Aquando da realização do
exame radiológico, alguma imagem que levante suspeita de
TB o cliente marca consulta e faz colheita de 3 amostras
para baciloscopia.
Toda a terapeutica e diagnóstico são gratuitos, uma vez que
a tuberculose se trata de um
problema de Saúde Publica. A
medicação é dada, diariamente
aos doentes na sala de TOD,
onde
os
doentes
são
supervisionados
por
uma
enfermeira, para efectuar o
controlo
da
toma
da
medicação. Neste momento
recebem
40
doentes,
diariamente,
ariamente, para realizar a toma de medicação.
Mediante apresentação de pedido, é cobrado 1,70
1,70€ por
exame ou então 11,50€€ a todos os exames realizados sem
pedido.
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TDTOnline
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TDTOnline: Realizam tomografia linear a doentes com
tuberculose? Com que frequência?
OB: Uma a duas vezes por mês.
Estes são os últimos dados referentes aos casos de TB
detectados no CDP Gaia, gentilmente cedidos pela Dr.ª
Aurora Carvalho, que esteve à conversa com o TDT online.
Segundo
gundo a Dr.ª Aurora, o CDP de Gaia colabora com
inúmeras instituições e associações, nomeadamente,
Samaritanos, Associação RETO, Sol por Hoje e a GIRU –
GAIA. O próprio CDP realiza rastreios de doenças CATs
(tuberculose activa e infecção) e tem uma Consulta
Consult Aberta,
que realiza atendimento específico para Pediatria, uma vez
que as crianças são uma população mais vulnerável e
susceptível à TB.
Neste momento o CDP Gaia é o Centro de Referência para a
orientação da TB multirresistente na Zona Norte, sendo a
Dr.ª Raquel Duarte a responsável.
Entrevista
O TDTOnline foi até Vila Nova de Gaia, e aproveitou para
conhecer o CDP e ficar a conhecer as instalações, os
profissionais de saúde
úde e um pouco mais sobre o trabalho
que aqui é desenvolvido diariamente em prol de uma
comunidade crescente.
Estivemos à conversa com a Directora do CDP, Drª Aurora
Carvalho e com a Responsável pelo Serviço de Imagiologia,
Técnica de Radiologia Olga Bastos.
Técnica
Olga
Bastos,
responsável do Serviço de
Imagiologia,
frequentou
a
Escola de Tecnologias de Saúde
do Porto, onde tirou o curso de
Radiologia em 1987, tendo mais
tarde concluido a licenciatura
em 2004. Exerce há 21 anos,
tendo iniciado a sua carreira
ra no Hospital de Chaves, passou
tambem pelo Hospital de Santo António, tendo ingressado
no CDP em 2001. Em 2007 realizou uma pós-graduação
pós
em
gestão e administração em saúde.
TDTOnline: Quantos doentes recebe diariamente o RX?
OB: Cerca de 10 doentes, 10 contactos, 2 cats e 10 doentes
externos.
A tomografia linear perdeu o interesse clínico com o
aparecimento da tomografia computorizada (TC) sendo que
a TC de alta resolução
esolução nas patologias pulmonares é do
maior interesse clínico; o CDP de Gaia não possui
equipamento de TC e os doentes são encaminhados para o
exterior para realizar TC de alta resolução. Quem sabe um
dia o CDP Gaia irá ter equipamento de TC
TC.
TDTOnline: Qual a regularidade do doente no Serviço de
Imagiologia, para realização de exames radiológicos?
OB: Uma no início tratamento, outra 15 dias após
tratamento, aos 2 meses e fim de tratamento mas se surgir
alguma duvida ou complicação durante o tratamento faz
nessa altura. Os contactos fazem uma quando é
diagnosticado um caso de TB e outra ao fim de 3 meses.
TDTOnline: Quais as patologias mais frequentes que
encontram, para além da TP?
OB: Neoplasia pulmonar.
Em que ano foi inaugura o Serviço de Radiologia no CDP?
Em finais do ano de 1970.
TDTOnline: Fale-nos
nos um pouco sobre este novo projecto
ligado à Radiologia e da renovação dos serviços.
OB: No ano de 1945, através do Decreto
Decreto-lei nº 35198 de 7
de Novembro é extinta a ANT e é criado o Instituto de
Assistência Nacional aos Tuberculosos (IANT), deixando de
ter actividade particular e passando a ser financiado pelo
Orçamento Geral do Estado. O CDP Gaia é inaugurado em
1955, mas a radiologia foi construída mais tarde. Desde
essa época até ao ano de 2007 o CDP pouco evoluiu, a
razão dessa não evolução por um lado foi a diminuição do
nº de casos de TB na década de 80 e o consequente
desinvestimento, entretanto a TB aumentou e o interesse
politico pelo investimento em estrutura
estruturas que combatem a
TB não aumentou e em 2000/2001 o nº de casos era
preocupante e o interesse no investimento aumentou um
tanto ao quanto timidamente.
Em 2003, o Drº Eduardo Coutinho é nomeado Coordenador
da TB da região norte e começa a mostrar interesse e tomar
medidas para alterar a situação que nessa altura estava
estagnada, as estruturas muito degradadas e mal
equipadas para o combate á TB. É também nomeado um
Técnico Coordenador de Radiologia, e nessa altura
elaboram um projecto para a remodelação dos serviços de
radiologia de nove CDPs, um dos quais Gaia, a ARS procede
á candidatura do Projecto ao Programa Saúde XXI que é
aprovado e assim tem inicio a remodelação dos serviços de
9
TDTOnline
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radiologia dos nove CDPs, a inauguração foi no ano de
2007, desde essa altura
ura que os serviços realizam um
trabalho mais eficiente e mais eficaz sendo que os
resultados começam a surgir, e estes são o nº de casos de
TB está a diminuir.
TDTOnline: De que forma é que este CDP se articula com
os restantes?
OB: Os CDPs trocam informação
ção de doentes entre si quando
é necessário. Quando é diagnosticado um doente que tenha
residência de Gaia e é necessário transferir para fazer
tratamento na residência.
Os CDPs enviam muita informação é para o CDP Porto
sendo que este concentra a informação
ão que é enviada
posteriormente para a DGS.
TDTOnline: De que forma é que os CDPs estão integrados
e o que é que o doente beneficia com isso?
OB: Os CDPs são instituições que realizam o diagnóstico,
tratamento e rastreio de contactos de doentes conforme
directrizes
rectrizes que emanam da DGS. Os CDPs põem em prática
o plano nacional de luta contra a tuberculose.
tuberculose Todos eles
praticam mais ou menos os mesmos procedimentos, os
benefícios dos mesmos praticarem os mesmos
procedimentos é a cura da doença e a diminuição da
incidência e prevalência da TB.
O CDP Gaia faz um rastreio de contactos que consiste na
realização de RX, prova de Mantoux e consulta médica, o
que permite despistar possíveis doentes que sejam
contactos ou melhor que tenham sido contagiados pelo
caso índice (doente).
Também existe um protocolo com Hospital de Gaia sendo
que o CDP Gaia envia doentes para o hospital que
necessitem de internamento e também broncoscopia e
tratamento em ambulatório.
Todos os doentes só iniciam tratamento depois de
realizarem BK e o resultado das mesmas ser positivo, todas
essas análises à expectoração são realizadas no laboratório
do CDP Porto e no laboratório do Hospital de Gaia.
Temos protocolo com os Centros de Apoio á Toxicodepência
(CAT) sendo que todos os doentes dos CATs efectuam
rastreio (RX+Mantoux+Consulta), assim como a associações
privadas que prestam apoio á toxicodepencia.
Temos ainda protocolo com farmácias, que nos enviam
clientes com sintomas de possível TB para fazermos o
despiste.
Fazemos consulta médica a doen
doentes com psoriase uma vez
que eles fazem uma medicação que predispõem o
desenvolvimento de TB.
O CDP Gaia foi nomeado Centro de Referência para a TB
multirresistente do Norte e como tal é das suas funções
orientar clínicamente ( medicação e vigilância e co
consultas)
em toda a região Norte a doentes com TB multirresistencia.
TDTOnline: Qual tem sido a evolução da doença no
Concelho?
OB: A TB tem diminuído nestes últimos anos mas não tenho
um valor concreto em referência.
A TB diminuiu nestes últimos anos devid
devido às medidas que
têm sido tomadas e postas em prática como por exemplo o
rastreio de contactos de doentes, a implementação da TOD,
o rastreio a toxicodependentes e uma forte articulação com
a saúde pública.
Conclusão
A Tuberculose é um problema global, afectando milhões de
pessoas, sem controlo em muitos países, inclusive na
Europa, onde a TB multirresistente ameaça tornar
tornar-se uma
nova epidemia potencialmente intratável.
Em Portugal, a “TB banal”, como um ffenómeno de cariz
social, está a diminuir a bom ritmo, tendo já baixa
incidência na maior parte do território. Também está em
franco declínio a TB associada à emigração e a co
co-infecção
TB/VIH. Contudo, a TB multirresistente e a sua forma mais
temível, a XDR,, que são o produto de mau uso de
antibióticos específicos para esta doença, tem ainda uma
forte expressão, particularmente na área metropolitana de
Lisboa.
Considerando a ameaça que constitui para a Saúde Publica,
o PNT elegeu a TB MR a área de maior prio
prioridade no seu
plano de acção a curto e médio prazo (2007
(2007-2015).
Dia Mundial da Tuberculose (TB) 2008 – Notas prévias; Programa Nacional
da Luta Contra a Tuberculose
O TDT online gostaria de fazer um agradecimento especial por
toda a disponibilidade, interesse
se e contribuição na realização deste
artigo, dadas pelo Téc. Augusto Peneda, Ex
Ex-Técnico de Radiologia
do CDP Gaia, à Dr.ª Aurora Carvalho, Directora do CDP de Gaia, e
à Técnica Olga Bastos, responsável do Serviço de Imagiologia
desta Instituição.
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Em defesa do aleitamento materno
Carolina Carriço, 2008
Em vésperas de mais uma Semana Mundial
da Amamentação:
Amamentar é estabelecer as bases de um bom
desenvolvimento
para
o
bebé.
Nutricional
e
emocionalmente, o acto de amamentar cria um elo de
ligação entre a mãe e o filho em que o pai tem também o
seu papel. Criar um ambiente
iente seguro e calmo, apoiar
emocionalmente a mãe e ajudar em tarefas como as mudas
de fralda e adormecer o bebé podem ser decisivos neste
processo.
Figura 1 - O leite materno é o primeiro “antibiótico” do bebé e
uma verdadeira “injecção”de amor.
Com a evolução dos conhecimentos acerca dos benefícios
do aleitamento materno, a OMS (Organização Mundial de
Saúde) defende hoje a amamentação exclusiva durante os
seis primeiros meses de vida, e como complemento até
pelo menos aos dois anos. Esta recomendação aplica-se
aplica
também aos bebés alimentados com suplemento de leite
modificado.
A actual legislação vai ser alterada, as mães poderão ficar
mais tempo com os seus filhos, o que se espera venha a
facilitar a adesão a este projecto.
Mas o incentivo à amamentação deve começar desde o
primeiro minuto, quer através do aconselhamento
informado dos diversos profissionais de saúde, quer através
da forma como as instituições de saúde e de apoio se
podem organizar.
Surgiu assim um novo conceito, o de “Hospital Amigo dos
Bébés”, que começa agora a desenvolver-se,
se, bem como a
criação dos “Cantinhos da Amamentação” e de grupos
como o “SOS Amamentação”, com atendimento telefónico
24horas e via internet.
Figura 2 - Critérios para
ra atribuição do título “Hospital Amigo dos
1
Bebés”
Amamentar pode e deve ser um prazer, mas nem sempre é
fácil. O aparecimento de gretas e fissuras, provenientes na
maior parte das vezes de uma pega errada por parte do
bébé, as dores e desconforto na subi
subida do leite, a falta de
confiança e de apoio da sociedade em geral bem como os
falsos mitos podem levar ao abandono precoce do
aleitamento materno.
Não existem leites fracos nem o tamanho do peito é
importante neste processo. A maioria das vezes associa
associa-se
erradamente ao choro do bebé a fome e
consequentemente, a falta de leite. Ainda assim, é possível
aumentar a produção de leite materno com o auxílio das
bombas saca-leite.
leite. Mesmo quando a mãe necessita de
tomar medicamentos, na maioria dos casos eles podem ser
prescritos ou trocados por uns que não interfiram com a
amamentação.
11
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O aleitamento materno deve ser
praticado em regime livre, mesmo
durante a noite e nos primeiros 6
meses sem suplementos de outro leite
e sem outro tipo de alimentos.
alimentos
O aleitamento materno obedece à lei da oferta e da
procura, pelo que quanto mais se der de mamar, mais leite
se terá. Por isso, deve ser praticado em regime
reg
livre
(sempre que o bebé peça), mesmo durante a noite, o que
estimula ainda mais a produção. Não devem haver horários
fixos das tomas nem dos intervalos.
A produção pode ser estimulada ao ponto de uma mãe
conseguir amamentar gémeos (e trigémeos!) e inclusive
in
filhos adoptados. Existem para isso técnicas e material de
apoio especial, como sejam os sistemas de nutrição
complementar que utilizam uma sonda junto ao mamilo
para que o peito seja estimulado ao mesmo tempo que o
bebé toma de um recipiente o leite
te materno ou artificial.
Para a mãe:




Mais rápido regresso à forma física (o útero
retoma o seu tamanho normal mais rapidamente)
Redução dos riscos de cancro da mama pré
prémenopausa e cancro do ovário
Redução dos riscos de certos problemas ósseos
inactivação das respostas de stress da mãe, pois a
produção de prolactina e occitocina oferece uma
sensação
ção de tranquilidade
Para além disto, é mais económico, seguro (não é
necessário esterilizar e está sempre à temperatura
adequada) e prático do que o uso de leite artificial.
A Semana Mundial da Amamentação irá decorrer de 1 a 7
de Agosto. Este ano com o lema “Se o assunto é
amamentar, apoio à mãe em primeiro lugar - Com a
amamentação todos ganham”, inspirado no ano Olímpico.
Referências bibliográficas:

São inúmeros os benefícios decorrentes do processo de
amamentação tanto para a mãe como para o bebé,
nomeadamente:


Para o bebé:







Favorecimento do desenvolvimento neurológico
Protecção contra alergias e intolerâncias
alimentares
Protecção contra infecções respiratórias e
urinárias
Protecção contra infecções respiratórias
Protecção contra problemas gastrointestinais
Prevenção da diabetes
Melhor saúde dentária


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Carolina Carriço


Área TDT - Farmácia
Unidade Local de Saúde do Norte
Alentejano (ULSNA)
12
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Evidência do Exercício Físico na Obesidade Infantil
Paula Oliveira, 2008
Resumo
A elevada prevalência da obesidade em Portugal, a sua taxa
de crescimento anual, a morbilidade e mortalidade muito
altas que, directa ou indirectamente a acompanham, a
diminuição da qualidade de vida
ida e os elevados custos que
determina, bem como a dificuldade do seu tratamento,
fazem com que este tema constitua cada vez mais uma
preocupação social.
As intervenções, devem ser multidisciplinares e dirigidas a
nível individual, na mudança de comportamentos,
comportame
nos
grupos de influência, nas instituições e na comunidade,
num contexto de suporte não estigmatizante, que tenha
em consideração as influências sociais, culturais,
económicas e ambientais.
Quanto menor for o gasto calórico de um indivíduo,
maiores serão
erão as oportunidades de se obter um equilíbrio
energético positivo e um consequente aumento de peso
corporal, mais especificamente da massa adiposa.
Existem muitos factores que agravaram essa situação,
tendo um maior peso o sedentarismo (exemplo: televisão,
televisã
jogos de computador) e a má alimentação. Comidas com
excesso de gorduras e açúcares estão cada vez mais
presentes nas nossas refeições e somado ao sedentarismo,
gera-se
se um constante aumento ponderal na população
criando novas gerações de pessoas obesas.
O exercício físico é um factor de eleição integrado nos
programas multidisciplinares pelos efeitos benéficos em
crianças obesas.
Palavras-Chave:
Obesidade infantil, Consequências da Obesidade Infantil,
Educação Escolar / Suporte Social, Exercício Físico.
Físico
Definição de Obesidade Infantil
A obesidade é definida como um excesso de gordura
corporal quer pelo aumento da gordura total quer pela
proporção da massa gorda em relação a massa total (1, 2),
que pode atingir graus capazes de afectar a saúde (3).
Epidemiologia
Tem-se
se verificado um aumento dramático da obesidade
infantil na última década (4, 5).. A prevalência da obesidade,
a nível mundial, é tão elevada que a Organização Mundial
de Saúde (OMS) considerou esta doença como a epidemia
global do século XXI (3).
Segundo vários autores, a obesidade infantil está a ser
reconhecida como um grande problema de saúde pública
em países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento (6).
Portugal é o segundo pais europeu com maior prevalência
de excesso de peso e obesidade em crianças. Um estudo
realizado na Universidade d
de Coimbra concluiu que 31,5%
das crianças portuguesas entre os 7 e os 9 anos têm
excesso de peso ou obesidade (7). Estes resultados vão de
encontro com as conclusões do estudo de Carmo, I. et al
(2006) (8).
Etiologia
O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços
energéticos positivos, em que a quantidade de energia
ingerida é superior à quantidade de energia dispendida. Os
factores
res que determinam este desequilíbrio são complexos
e incluem factores genéticos, metabólicos, ambientais,
comportamentais, e a interacção entre estes (3, 9-12). Este
desequilíbrio tende a perpetuar
perpetuar-se, pelo que a obesidade é
uma doença crónica (3, 4).
A maioria das crianças obesas têm obesidade nutricional ou
exógena, e a explicação para a recente subida é sem dúvida
resultado das mudanças na soci
sociedade (5).
Diagnóstico
O diagnóstico da obesidade pode ser feito por métodos
antropométricos, que são de fácil manuseio, inócuos,
relativamente baratos e ideais para a prática diária.
Também podem ser usadas as pre
pregas cutâneas e algumas
circunferências (13).
Com os valores do peso e da altura faz
faz-se o cálculo do
Índice de Massa Corporal (IMC), que mede a corpulência e
determina-se
se dividindo o peso em q
quilogramas, pela altura
em metros elevada ao quadrado (3, 13).
Contudo, alguns estudos demonstram limitações na
aplicação do IMC quando aplicado em populações
pediátricas (9, 14, 15). Pode levar a uma interpretação
errada em crianças activas, especialmente em rapazes.
Sendo que a capacidade cárdio
cárdio-respiratória é um factor
importante que afecta o IMC (9, 14, 16).
Consequências
Toda a sintomatologia que se inicia na criança obesa tende
a complicar-se com o passar dos anos (1, 9, 10, 13, 17, 18).
13
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A obesidade está associada a complicações de saúde como
diabetes tipo II, hipertensão, anormalidades de lipídicas, e
problemas pulmonares que incluem apneia de sono e
exacerbação de asma (9, 10, 14, 19-22).
Existe uma associação entre obesidade e hipertensão
arterial, tanto a pressão sistólica como a diastólica
aumentam com o aumento do IMC. Os estudos
hemodinâmicos
dinâmicos têm demonstrado que na obesidade há um
aumento do débito cardíaco (DC) em repouso que
possivelmente se deve ao aumento da pressão arterial. Há
uma estreita relação entre a pressão arterial e o peso
corporal, ocorrendo a redução da pressão arterial
arteria com a
perda de peso (13, 23).
A hipertensão arterial em crianças e adolescentes, favorece
complicações cérebro-vasculares
vasculares e cardiovasculares futuras
(13, 15).
A hiperinsulinémia é uma das alterações metabólicas
encontradas
na
obesidade,
relacionando
relacionando-se
significativamente com a percentagem de gordura corporal
(13).
Shea, S., et al (2003) examinaram a relação da
hiperinsulinémia com o aumento da proteina C-reactiva
C
em
crianças saudáveis entre os 2 e 3 anos de idade,
confirmando a relação entre a hiperinsulinémia e a
obesidade (24).
Outra alteração metabólica importante está relacionada
aos níveis adversos de lípidos. Vários estudos demonstram
a associação entre obesidade e aumento dos níveis de
colesterol total e LDL, com maior risco para o
desenvolvimento de doença aterosclerótica e baixos níveis
de HDL, aumentando ainda mais este risco (13). A
aterosclerose pode iniciar-se
se na infância, e os níveis
elevados de colesteroll nesta fase têm um papel importante
no estabelecimento da aterosclerose do adulto (13, 24).
As complicações ortopédicas são bastante frequentes na
obesidade, devido ao trauma provocado nas articulações
pelo excesso de peso. As articulações dos joelhos são as
mais envolvidas, e o deslizamento da cabeça do fémur
também é comum em obesos (1, 13, 25).
As alterações físicas derivadas da obesidade encontram-se
encontram
associadas a problemas psicossociais, quadro psicológico
conturbado, diminuição da auto-estima,
estima, depressão e
distúrbio da auto-imagem (1, 5, 26).
Tratamento da Obesidade Infantil
O tratamento deve ser precoce pelo facto de
d que, quanto
mais idade tiver a criança e maior for o excesso de peso,
mais difícil será a reversão do quadro. O tratamento deve
intervir em diferentes dimensões sendo de grande enfoque
os hábitos alimentares e a prática do exercício físico (9, 13,
17, 27).
Hábitos Alimentares
A obesidade na infância é consequência do excesso de
calorias ingeridas quando comparado com a energia gasta.
É importante desde do primeiro ano de vida programas de
educação alimentar entre outros (1, 9, 14, 28-30).
O papel da família na alimentação e na educ
educação alimentar
das crianças e jovens é portanto inquestionável. Mas, para
além da família, a escola assume uma particular
importância, na medida em que pode oferecer um contexto
de aprendizagem formal sobre esta e outras matérias,
complementando o papel familiar
miliar (14, 31, 32).
Toschke, A. M., et al (2005) que tiveram como objectivo de
estudo avaliar a relação entre a frequência das refeições e a
obesidade infantil, verificaram um efeito de protecção no
aumento da frequência das refeições, parecendo ser
independente de outros factores de risco. A modulação das
respostas hormonais como a insulina pode ser de grande
importância (33).
Epstein, L. H., et al (2001) que estudaram a relação entre o
aumento da fruta e vegetais e diminuição de gordura e
açúcar em famílias
lias em risco de obesidade infantil,
verificaram que uma intervenção no comportamento
alimentar dos pais, permite uma maior facilidade na
integração de um novo comportamento na criança em risco
de obesidade. Contudo, o estudo mostra algumas
limitações para além de ter uma amostra pequena, a
intervenção visa apenas um indivíduo na família, tornando
tornandose mais fácil a alteração do comportamento (34).
Exercício Físico na Obesidade Infantil
Educação Escolar e Suporte Familiar
Para além da promoção da saúde, um melhor suporte
familiar e educação escolar são estratégias promissoras
para as intervenções
tervenções de sucesso na obesidade infantil (18,
35-39).
Hesketh, K., et al (2005) verificaram que a percepção das
crianças sobre hábitos alimentares e actividade física,
apresentam mensagens contraditórias sendo uma barreira
para um estilo de vida saudável. Contudo, a percepção dos
pais é consistente e importante na promoção e prevenção
da saúde das suas crianças (40)
(40).
No estudo de Gordon-Larsen,
Larsen, P., et al (2004) sobre as
barreiras da actividade
ade física em relação às percepções e
práticas de cuidador - filha, verificaram que há uma
preferência das raparigas no sedentarismo em vez de
comportamentos activos. Os cuidadores/pais, não estavam
cientes do tempo dispendido a ver televisão pelas suas
14
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filhas,
lhas, mas acham positivo que estas o façam com
supervisão. As grandes barreiras referidas à actividade física
são: Os custos, as acessibilidades (facilidades), a falta de
actividades recreativas e a baixa motivação dos cuidadores
(41).
A obesidade da criança nestas circunstâncias, está
associada a crianças que assistam 4 ou mais horas de
televisão por dia (21).. As meninas têm um nível de
actividade fica menor que os meninos (21,
1, 42).
42)
Crespo, C. J., et al (2001) avaliaram a relação entre o tempo
de televisão / jogos, alimentação, actividade física, e estado
de obesidade em meninos dos EUA com idades
compreendidas entre os 8 a 16 anos (7),, e concluíram que é
importante encorajar estilos de vida activos (7, 21).
Contudo, o uso do computador pode ser benéfico. Goran,
M. I., et al (2005) desenvolveram e examinaram a eficácia
de um programa de computador com o objectivo de
promover
over a actividade física em crianças do 4º ano.
Observaram que durante os 8 meses de aplicação, o
programa favoreceu uma melhoria em índices de obesidade
em meninas e era associado a mudanças subtis e melhoria
geral dos resultados psicossociais relacionados
relacionado com a
actividade física (43).
Várioss estudos demonstram que a melhor forma de prever
tanto a curto como a longo prazo a regulação do peso em
crianças entre os 8 e 12 anos é o envolvimento dos pais.
Visivelmente para a criança, os pais são os principais
mediadores da mudança e é essencial uma
um intervenção
baseada na família. O desenvolvimento de aptidões dos
pais na facilitação de atitudes e interacção com a comida e
actividade física ajuda a aumentar o sucesso (18, 22, 34,
38).
Golan, M., et al (2004) que estudaram a mudança a longo
prazo do peso das crianças pela intervenção
intervenç centrada na
família – pais, verificaram que a longo prazo têm resultados
superiores quando comparados com uma intervenção
convencional (26).
Contraditoriamente
iamente Robinson, T. N., et al (2001)
observaram que a relação é complexa entre
comportamentos parentais e o peso da criança sendo
necessário dados longitudinais para clarificar a influência
(positiva/negativa) dos pais (44).
Em relação à educação escolar Yin, Z., et al (2005)
defendem que para a implementação de um programa para
evitar a obesidade nas crianças é importante que as escolas
dêem um maior contributo na prevenção / redução da
obesidade infantil, pela qualidade dos alimentos vendidos
nas cantinas e da actividade física realizada (45).
(45)
Segundo Pate, R.R., et al (2004) que estudaram a actividade
física na pré-escola,
escola, concluíram que os níveis de actividade
física eram altamente variáveis entre pré
pré-escolas o que
sugere que as politicas e práticas na pré
pré-escola têm uma
grande influência nos níveis de actividade física das ccrianças
(46).
Também Veugelers, P.J.; Fitzgerald,
zgerald, A.L. (2005) realizou um
estudo sobre a efectividade de um programa escolar na
prevenção da obesidade infantil com comparação a vários
níveis. Retiraram como conclusão que os programas
escolares são eficazes na prevenção da obesidade infantil o
que suporta o alargamento da implementação deste tipo
de programa que, a longo prazo, reduz a comorbilidade e
os custos dispendidos nos cuidados de saúde (47).
Yin, Z., et al (2005) aplicaram um programa de actividade
física dee 2 horas de exercício de intensidade moderada a
alta, durante 8 meses após a escola em crianças da 3ª
classe, tendo verificado (follow
(follow-up de 1 ano) valores
positivos contra a obesidade infantil (48).
Indicações e Benefícios ge
gerados pela Actividade
Física na Infância
O exercício físico desempenha um importante papel na
prevenção de doenças frequentes no adulto, estes dados
demonstram a necessidade da educação para a saúde
desde a infância (49).
Estudos experimentais sugerem que a prática de
actividades de intensidade moderada actua na redução de
taxas de mortalidade e de risco de desenvolvimento de
doenças
degenerativas
como
as
patologias
cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, diabetes,
patologias respiratórias, entre outras (50).
É importante compreender os fac
factores de risco biológico
inerentes ao estilo de vida. É o que estuda o artigo de
Ribeiro, J.C., et al (2004) que conclui que crianças e
adolescentes com grandes índices de actividade física têm
um menor número de factores de risco biológico para o
aparecimento
ento de doença cardiovascular (51).
Nantel, J., et al (2006) que estudaram as estratégias de
locomoção em crianças
as obesas e não obesas, verificaram
que crianças obesas são mecanicamente menos eficientes
para transferir energia, ao caminhar a uma cadência
natural. O caminhar constitui desta forma um exercício
apropriado para reduzir peso em crianças obesas (25)
sendo que tal exercício é defendido por outros autores (41,
52).
Num estudo sobre a avaliação da actividade física em
adolescentes com excesso de peso e obesos realizados por
Lazzer, S.; Meyer, F.; Meyer, M., et al (2004), verificaram
através de um questionário e de um “step
“step-test”, que as
15
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crianças com excesso de peso e obesidade têm maior
dificuldade em manter-se
se no teste até ao fim com aumento
da frequência
requência cardíaca, concluindo que a actividade física é
recomendada para estas crianças sendo importante
actividades físicas familiares adaptadas para as capacidade
físicas da criança (53).
Segundo Planinsec, J.; Matejek, C. (2004) que pretendia
averiguar diferenças na actividade física entre peso normal,
excesso de peso e crianças obesas, concluíram que rapazes
obesos e com excesso de peso assim
im como as raparigas
com excesso de peso, encontram-se
se menos predispostos
para a realização de actividade física (54).
Kohtaro, A., et al (2003) concluíram que pela perda de peso
o nível
ível de adiposidade diminui em crianças obesas,
dependendo da acumulação de gordura visceral (55).
Segundo Montgomery, C. et al (2004) que estudaram a
relação entre actividade física e a energia dispendida,
verificaram que pode ser um contributo para as crianças
que têm uma moderada
rada ou elevada intensidade física na
diminuição total de energia dispendida como para o nível
de actividade física (56).
Woo, K. S., et al (2004) demonstraram que a obesidade está
relacionada com disfunção vascular e em crianças é
praticamente reversível com uma dieta ou a combinação
desta com o exercício físico durante 6 semanas,
seman
com o
melhoramento substancial após um ano em crianças com
dieta mais exercício físico regular (57).
Gutin, B., et al (2000) estudaram a pressão arterial em
crianças obesas e verificaram que o exercício regular (8
semanas) influência positivamente a composição corporal,
o fitness e a actividade parassimpática do coração em
crianças obesas (58).
Um outro estudo sobre as mudanças na actividade física e
nos determinantes psicossociais em crianças e adolescentes
obesos realizado por Deforche,B., et al (2004) em 24
indivíduos que participaram em actividades de moderada a
alta
ta intensidade durante 6 meses, verificaram que após o
tratamento os valores diminuíram para os níveis de prépré
tratamento. Concluíram que a intervenção foi um sucesso
em activar as crianças obesas que se modificaram para o
exercício de intensidade e frequência
cia desejável, contudo a
manutenção desse hábito após tratamento não teve
qualquer sucesso (59).
Num estudo realizado por Lazzer, S.; Boirie, Y.; Poissonnier,
C. et al (2005) sobre as alteraçõess longitudinais na
actividade, capacidade física, energia dispendida e
composição corporal em adolescentes com obesidade
severa durante um programa multidisciplinar de perda de
peso, verificaram que num tempo de 9 meses ocorreu uma
diminuição do peso corporal
ral e da massa gorda, a massa
isenta de gordura diminui apenas nas raparigas (60).
Davis, C. L., et al (2006) tiveram como objectivo determinar
se exercício aeróbio regular melhora alterações da
respiração durante o sono como foi mostrado em adultos.
Concluíram que o exercício regular de intensidade elevada
pode melhorar essas alterações, confirmando que os
programas de exercício aeróbico podem ser valiosos para
prevenção e tratamento de alterações respiratórias em
crianças com sobrepeso (20)
(20).
Ara, L., et al (2007) tiveram como objectivo de estudo
determinar a relação entre os níveis de exercício físico e a
adiposidade,
iposidade, tal como verificar o efeito do exercício físico
no local da adiposidade. Verificaram que uma participação
regular de pelo menos duas horas por semana em
actividades físicas, inserido num programa educacional,
está associado a uma melhoria do fit
fitness e diminuição da
adiposidade em todo o corpo. O estudo refere também a
necessidade de se avaliar os diferentes factores do estilo de
vida (16).
Contra-indicações
indicações à prática de Actividade Física na
Infância
Williams, J., et al (2005) não encontrou efeitos negativos
muito significantes no estudo da obe
obesidade infantil e
qualidade de vida (61).
No entanto Levent, E., et al (2005) que estudaram o efeito
do exercício físico na função vascular na criança obesa,
verificaram que num programa de 8 semanas de exercício
em 14 crianças obesas, o exercício não alterou a massa
subcutânea
tânea gorda, peso corporal, índice de massa corporal
e a dilatação da artéria braquial aumentou em resultado do
exercício físico. Este estudo suporta que o programa de
exercícios físicos no tratamento da criança obesa deve ser
feito no âmbito da prevenção primária, tomando em
consideração os efeitos nefastos de uma intervenção
quando não adaptado à criança (62).
Segundo Hills, A. P., et al (2007) níveis moderados de
exercício físico não causam problemas, porém exercício
continuo de treino intensivo po
pode criar susceptibilidade de
aumento de lesões junto com o risco de osteopénia e de
fracturas (63)
Características do Exercício Físico
A aplicação do programa de exercício físico difere de
estudo para estudo, contudo é enfatizado em relação ao
tipo de exercício a aplicação do exercício aeróbico com
intensidade moderada a elevada
evada (14, 20, 50, 63-72). Em
relação à duração do exercício é defendido um tempo de 30
a 60 minutos (14, 20, 65, 67, 71, 73)
73)com uma frequência de
3 a 5 vezes semana (20, 64, 67, 71, 73, 74)
74).
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Evidências
A prevalência da obesidade nas crianças tem aumentado
mundialmente. Muitos são os planos de intervenção que
têm como objectivo a perda de peso, porém após o
término destes verifica-se um ganho do peso perdido. É
desta forma defendido uma intervenção multi-dimensional
multi
enfatizando o papel/cooperação dos pais e da escola na
mudança do estilo de vida das crianças para que esta
integre novos hábitos.
As intervenções devem enfatizar os hábitos alimentares
alimentare e o
programa de exercício físico. Estes devem ser ajustado a
cada criança com o objectivo de a motivar, tendo em conta
a idade da criança, o grau da obesidade e a presença de
comorbilidades.
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Tuberculose/Tuberculose Multirresistente/CDPGaia
Olga Bastos, 2008
A Tuberculose é uma doença causada pelo Mycobacterium
tuberculosis.
O bacilo de Kock é um microrganismo aeróbio que se
desenvolve a uma pressão de oxigénio entre 120 e 140 mm
Hg e num meio com pH próximo de 7,40, o que explica
parcialmente a grande quantidade de bacilos existentes nas
paredes das cavidades e o menor número e mais fraco
desenvolvimento no interior dos
macrófagos e nas lesões caseosas.
Em condições óptimas o bacilo
multiplica-se cada 16 a 20 horas;
daí o carácter indolente e crónico
da evolução natural da infecção
tuberculosa e por outro lado a
possibilidade da toma única diária da medicação. Alguns
estudos verificaram que após um contacto de 6 a 24 horas
com antibacilares, os bacilos só recomeçam a multiplicar-se
multiplicar
2 a 10 dias após o medicamento
dicamento nas lesões. Este dado está
na base não só da toma diária da medicação assim como
dos tratamentos intermitentes.
A TB usualmente atinge os pulmões causando a
pulmonar, mas pode atingir outros órgãos causando a
extrapulmonar, como por ex: TB osteoarticular (Mal
Potts),TB meningea, TB cerebral, TB abdominal,
pericárdica, TB geniturinária e outras. A incidência de
Pulmonar é mais elevada porque este bacilo necessita
grandes quantidades de oxigénio para se desenvolver.
TB
TB
de
TB
TB
de
A tuberculose pulmonar é dividida em primária
(primoinfecção) e secundária. A forma primária é a que
ocorre em indivíduos que ainda não tiveram contacto com
o bacilo, sendo, portanto, mais comum em crianças. A
forma secundária desenvolve-se
se a partir de uma nova
infecção (reinfecção exógena) ou da reativação de bacilos
latentes (reinfecção endógena).
A doença primária evolui a partir do foco
pulmonar
(processo
pneumónico
parenquimatoso) ou, com maior frequência, do
foco ganglionar. Esses gânglios podem
fistulizar-se para um brônquio adjacente e
determinar a disseminação broncogênica da
tuberculose. Com a expansão das lesões
destrutivas, os bacilos atingem os vasos
sanguíneos e disseminam-se
se para o pulmão e
outros órgãos.
A lesão inicial parenquimatosa ou uma nova
infecção
o originam a necrose central, liquefação e
eliminação do material por um brônquio de drenagem com
a formação da cavitação. A partir da cavitação, os bacilos
disseminam-se
se pelo pulmão por via brônquica
(disseminação broncogênica) e, tal como na forma
progressiva
ssiva da infância, por via hematogênica (tuberculose
miliar).
A Tuberculose é disseminada por via aérea. Portanto, o
modo como ela se espalha é parecido com o do resfriado
comum ou da gripe, e diferente da forma de transmissão da
SIDA por exemplo. Somente as pessoas que estão doentes
com tuberculose pulmonar podem transmitir a doença.
Quando estas pessoas tossem, espirram, falam, cantam ou
escarram, os bacilos da tuberculose de dentro dos pulmões
são lançados fora, para o ar, onde podem ficar suspensos
por horas.
Estatisticamente, observou-se
se um aumento desde o início
da década de 90, de casos de co
co-infecção por M.
tuberculosis e HIV, de cerca de 315.000 em 1990,para mais
de 1 milhão de casos no final da década. Actualmente,
estima-se
se que a TB seja respons
responsável por um terço das
causas de morte por SIDA, e que a co
co-infecção por VIH seja
responsável por cerca de 14%das mortes por TB. Esta era
moderna da TB surge associada a um outro problema, que
contribui para a dificuldade no seu controlo: o aumento do
número
o infecções por M
M. tuberculosis resistente aos
antibacilares de primeira linha – isoniazida (H), rifampicina
(R), estreptomicina (S), etambutol (E) e Pirazinamida(Z). A
resistência aos antibacilares nada mais é do que a
amplificação (induzida pelo Homem) d
do fenómeno natural
das mutações espontâneas a nível dos genes do M.
tuberculosis.. Esta resistência é resultado de erros humanos
na prescrição de quimioterapia (monoterapia, etc.), no
fornecimento de medicamentos, e no processo de
distribuição dos medicamen
medicamentos aos doentes. Porém, mais
20
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importante é a fraca adesão à terapêutica, especialmente
em toxicodependentes. Também existem fármacos de 2ª
linha que são introduzidos no tratamento em caso de
resistência aos de 1ª linha,
Normalmente o tratamento da TB vai de 6 meses a 9 meses
com os seguintes fármacos (1ª Linha), estes fármacos têm
acções especificas e actuam em tempos também
espicificos.
Isoniazida
Bactericida+bacteriostática
Rifampicina
Antibacteriana+bactericida
Pirazinamida
Bactericida
Estreptomicina
Bactericida
Etambutol
Tuberculostático
Métodos de diagnóstico de TB
Prova de Mantoux
Dentro da gama de testes disponíveis para avaliar a
possibilidade de TB, o teste de Mantoux envolve injecção
subcutânea de tuberculina e a medição do tamanho de
qualquer reacção após três dias.
5 mm ou mais
10 mm ou mais
15mm
mais
Pacientes positivos para
o HIV
Pessoas
as
recém
recém-chegadas
(menos de 5 anos) de países
com alta incidência da
doença
Pessoas sem
factores
de
risco
conhecidos
para a TB
Contactos com casos
recentes de TB
Utilizadores
injectáveis
Pessoas com mudanças
nodulares ou fibróticas
em raios-x do tórax,
consistentes com casos
antigos de TB curada
Residentes e empregados de
locais de aglomerações de
alto risco (ex.: prisões,
enfermarias, hospitais, sem
abrigo, etc.)
Pacientes com órgãos
transplantados e outros
pacientes
imunodeprimidos
Crianças com menos de 4
anos de idade, ou crianças e
adolescentes expostos a
adultos nas categorias de
alto risco
de
ou
drogas
(Nota: programas de testes cutâneos normalmente são
conduzidos entre grupos de alto risco para a doença)
Um teste negativo não exclui tube
tuberculose activa,
especialmente se o teste foi feito entre 6 e 8 semanas após
adquirir-se
se a infecção; se a infecção for intensa, ou se o
paciente tiver comprometimento imunológico.
Não há relação entre a eficácia da vacina BCG e um teste de
Mantoux positivo.
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Após uma vacinação por BCG, um teste de Mantoux não é
inútil nem desnecessário. Uma BCG é suficiente; a
revacinação não é útil. Uma vacinação prévia por BCG dá,
por vezes, resultados falso-positivos.
positivos. Isto torna o teste de
Mantoux pouco útil em pessoas vac
vacinadas por BCG.
Radiografia Pulmonar
O teste de Mantoux deve ser feito em todos os casos de
suspeita de tuberculose, apesar de que seus resultados
devem ser interpretados com cuidado. O derivado de
proteína purificada (ou PPD), que é um precipitado obtido
de culturas
as filtradas e esterilizadas, é injectado de forma
intradérmica (isto é, dentro da pele) e o exame é feito entre
48 e 72 horas depois. Um paciente que foi exposto à
bactéria deve apresentar uma resposta imunológica na
pele.
Em TB pulmonar activa, infiltrações ou consolidações e/ou
cavidades são frequentemente vistas na parte superior dos
pulmões com ou sem linfadenopatia (doença nos nódulos
linfáticos) mediastinica ou hilar. No entanto, as lesões
podem aparecer em qualquer lugar nos pulmões. Em
pessoas com HIV e outras imuno
imuno-depressões, qualquer
anormalidade pode indicar a TB, ou o raio
raio-x dos pulmões
pode até mesmo parecer inteiramente normal.
Classificação da reacção à tuberculina
Um endurecimento de mais de 5-15
15 mm (dependendo dos
factores de risco da pessoa) a 10 unidades de Mantoux é
considerado um resultado positivo, indicando infecção por
TB.
21
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Em geral, a tuberculose anteriormente tratada aparece no
raio-xx como nódulos pulmonares na área hilar ou nos
lóbulos superiores, apresentando ou não marcas fibróticas
e perda de volume. Bronquiectastia (isto é, dilatação dos
brônquios com a presença de catarro) e marcas pleurais
podem estar presentes.
Nódulos e cicatrizes fibróticas podem conter bacilos de
tuberculose em multiplicação lenta, com potencial para
progredirem para uma futura tuberculose activa. Indivíduos
com estas características em seus exames, se tiverem um
teste positivo de reacção subcutânea
bcutânea à tuberculina, devem
ser consideradas candidatos de alta prioridade ao
tratamento da infecção latente, independente de sua
idade. De modo oposto, lesões granulares calcificadas
(granulomas calcificados) apresentam baixíssimo risco de
progressão para uma tuberculose activa.
Anormalidades detectadas em radiografias do tórax podem
sugerir, porém, nunca são exactamente o diagnóstico, de
uma TB. Entretanto, estas radiografias podem ser usadas
para descartar a possibilidade de tuberculose pulmonar
numa pessoa
essoa que tenha reacção positiva ao teste de
tuberculina mas que não tenha os sintomas da doença.
Em nosso meio, a tomografia computadorizada do tórax é
mais efectiva na avaliação da extensão da doença
parenquimatosa, embora a radiografia do tórax seja um
método diagnóstico eficiente na detecção de actividade da
(11)
tuberculose .
Os
achados
tomográficos
mais
frequentemente
encontrados na tuberculose pulmonar estão representados
no quadro seguinte.
Achados Tomogràficos na Tuberculose Pulmonar
Sugestivos de Actividade
Cavidades de parede espessas
Nódulos centrolobulares
res de distribuição confluentes
Nódulos
Consolidações
Espessamento
Espessamento das paredes bronquicas
Espessamento bronquiolar
Bronquiectasias
Massas
Sugestivos de inactividade (Sequela)
TAC Pulmonar
A tomografia computadorizada do tórax é um recurso
utilizado na suspeita clínica de tuberculose pulmonar,
especialmente nos casos em que a radiografia
radio
inicial é
normal, ou quando se pretende definir a extensão das
lesões e onde se localizam ou ainda quando há discordância
entre os achados clínicos e radiográficos.
Cavidades de paredes finas
Bronquiectasias de tracção
Estrias
Enfisema
Padrão em mosaico
Nódulos
Baciloscopia
A tomografia computorizada na sua variante de alta
resolução(TCAR) é extremamente sensível na detecção das
formas miliares de TB pulmonar. Os micronódulos de 1 a
2mm, são identificados em topografia peri--vascular e periseptal.
.
Apesar da alta acurácia da tomografia computadorizada, a
avaliação inicial no diagnóstico da tuberculose deve
dev incluir,
sempre que possível.
A baciloscopia é o único meio de diagnóstico, se positivo,
sendo que o Rx, Tac e prova de Mantoux só levantam
suspeitas. A baciloscopia é:
● O exame directo dos produtos obtido (expectoração,
lavado bronco-alveolar,
veolar, líquor, urina, pús de abcessos,
biopsias (brônquicas, ganglionares, hepáticas ou esplénicas)
feito por métodos convencionais: observação microscópica
(técnica de auramina e coloraçãode Ziehl
Ziehl-Neelsen).
22
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● Cultura dos produtos obtidos em meio de LowensteinLowen
Jensen
● Identificação da espécie e testes de sensibilidade aos
antibacilares.
O agravamento da TB tem sido atribuído,
atribuído em parte, ao
aumento da pobreza, a situações de exclusão social como a
toxicodependência, a movimentos migratórios a partir de
regiões
giões com índices de TB muito elevados, à desactivação
parcial de medidas de luta antituberculosa, à transmissão
dentro de instituições como hospitais, prisões. No entanto,
o factor mais importante é a pandemia VIH/SIDA.
Actualmente a TB mata no mundo aproximadamente
oximadamente três
milhões de pessoas por ano, incluindo mais adultos que a
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA), a malária e
as doenças tropicais combinadas. Este quadro irá ficar mais
negro, a não ser que o mundo faça melhor uso dos
instrumentos disponíveis para lutar contra essa doença.
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489-500.
Olga Bastos
Área TDT – Radiologia
CDP Gaia
TDTOnline
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As armas disponíveis mais eficazes e eficientes no combate
a TUBERCULOSE/TUBERCULOSE MULTIRRESISTENTE são a
DOT (directly
directly observed treatment short course)
course e o
RASTREIO DE CONTACTOS.
Bibliografia:
23
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Estatísticas TDTOnline
Neste espaço, pretende-se
se publicar e divulgar os
resultados das estatísticas obtidas, relativamente aos
inquéritos feitos na página principal do Tecnologias da
Saúde Online.
Em quantos eventos participa por ano (média)?
Inquéritos de Maio/Junho de 2008
Continua a dar importância aos Congressos,
Congressos
Seminários e outros eventos Científicos ( área TDT )?
No que toca á comunidade que frequenta o TDTOnline,
pode-se
se inferir que a maior parte dos elementos gostam e
têm interesse em continuar a frequentar actividades que
promovam o enriquecimento intelectual
tual e curricular.
O interesse em participar neste tipo de eventos é notório,
sendo o resultado bastante relevante. Afinal de contas,
expressam a opinião de 90% dos utilizadores.
Não deixa de ser relevante notar que numa área em
constante desenvolvimento,, de surgimentos de novos
conhecimentos e tecnologias, os profissionais que
desempenham o papel de relevo nas distintas profissões
TDT encarem com bons olhos a oportunidade de reciclarem
conhecimentos, e de irem eles próprios á procura de
obterem mais e melhor formação
Fica por aferir se muitas daqueles que votaram, não serão
também elementos formadores, ou organizadores deste
tipo de actividades
Praticamente um terço dos utilizadores participa em 3
actividades
des do género durante o ano. Isso significa que não
estão focados apenas numa área de conhecimento, tendo
interesse em diversificar e aumentar os conteúdos de
conhecimento numa ou em mais do que uma área de
conhecimento, não ficando limitados ao que aprend
aprenderam
durante o tempo de licenciatura.
É de louvar o esforço de auto
auto-aprendizagem e de busca de
conhecimento, já que muitas das vezes há um sacrifício
pessoal laboral ou escolar para poder marcar presença
nestas actividades formativas. No entanto, o interes
interesse em
melhorar o desempenho, em aprofundar conhecimentos,
em conhecer novos métodos ou novas tecnologias, assim o
exigem, a bem de um melhor serviço prestado na área dos
cuidados de saúde.
Em termos de interesse para quem organiza este tipo de
eventos fica o desafio de nivelarem por cima o carácter
formativo deste tipo de eventos, aumentando, ano após
ano, a a qualidade dos apresentadores, e das
apresentações, promovendo mais e melhor interacção
entre audiência e interlocutor, para que um dia possam
também ser estes a terem a oportunidade de ocuparem o
lugar de palestrantes e de divulgadores de conhecimento.
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TDTOnline
Magazine
tdtonline.org
Tópico “quente” desta edição
ediç
“Manifesto anti
nti pseudo-técnicos”
pseudo
Nos últimos tempos, tem-se
se procedido, no TDTOnline, à
redacção de uma pequena declaração “anti pseudotécnicos”.
Por outras palavras, trata-se
se de uma pequena declaração
de manifesto, efectuado por técnicos de saúde, pelos
técnicos de saúde, para combater um daqueles que é por
vezes um factor de desequilíbrio no mercado de trabalho.
No caso, a contratação, por parte das entidades patronais,
de profissionais não qualificados para exercerem funções
na área da saúde. Isto, claro, em detrimento de
profissionais acreditados, e com competências, técnicas e
científicas, adquiridas em estabelecimentos de ensino
superior um pouco por todo o país.
Estando o modelo final de declaração finalizado, procedeuprocedeu
se ao levantamento de uma lista geral de contactos, que
deveriam também ser adicionados, aquando do envio da
mensagem por todos os utilizadores, como forma
fo
de fazer
pressão, e de não deixar tudo nas mãos de um ou dois
elementos. Esse levantamento é um processo sem fim,
apesar de já se encontrar uma lista apreciável de contactos
que deverão ser adicionados aquando do envio, a nível
individual, da declaração
o redigida, para todos os contactos
pessoais de email.
Por todos aqueles que trabalham na área da saúde, por
todos aqueles que se esforçaram para poderem exercer a
profissão TDT que escolheram, por respeito à saúde dos
utentes, e para que não seja em vão todo
t
o esforço
dispendido, adere a este movimento.
Faz o envio, para todos os teus contactos de email, da
Declaração “anti pseudo-técnicos”,, com o sugestivo título
de “Reenvie e-mail pela sua saúde”” e, quando o fizeres,
adiciona também os contactos abaixo indicados, para que,
todos juntos, possamos fazer pressão mediática, para
demonstrarmos o valor dos TDT, e o seu interesse na
dignificação dos cuidados de saúde, e das suas carreiras
profissionais.
Pelo desenvolvimento e dignificação da carreira de Técnico
Técnic
de Diagnóstico e Terapêutica, contamos contigo!
contigo
Manifesto anti pseudo-técnicos:
Já certamente realizou pelo menos um exame
complementar de diagnóstico como é o caso das analises ao
sangue, urina, fezes, electrocardiogramas, provas de
esforço, acuidade visual,
isual, ou então tratamentos como
sessões de fisioterapia, entre muitos outros. Estes exames
ou tratamentos são realizados por Técnicos de Diagnóstico
e Terapêutica, uma área da saúde que abraça 18
especialidades: ANÁLISES CLÍ
CLÍNICAS E SAÚDE PÚBLICA,
ANATOMIA
PATOLÓGICA,
AUDIOLOGIA,
CARDIOPNEUMOLOGIA,
DIETÉTICA,
FARMÁCIA,
FISIOTERAPIA, HIGIENE ORAL, MEDICINA NUCLEAR,
NEUROFISIOLOGIA, ORTOPROTESIA, ORTOPTICA, PROTESE
DENTÁRIA,
RADIOLOGIA,
RADIOTERAPIA,
SAÚDE
AMBIENTAL, TERAPIA DA FALA e TERAPIA OCUPACIONAL
Estess são os profissionais que estão à sua espera nos
hospitais bem como nas diversas clínicas, laboratórios e
farmácias, à sua disposição pelo país, sejam eles privados
ou públicos.
Quando vai fazer algum destes diversos exames ou
tratamentos, do lado de lá, espera alguém competente,
profissional, para realizar o seu exame ou tratamento, com
a certeza de saber fazer o que é melhor para si.
Anualmente, no ensino superior português, são formados os
futuros profissionais da área que, mais tarde, o irão servir
nos diversos estabelecimentos de saúde. Todos os anos, o
estado português investe milhares de euros, na criação de
profissionais da saúde altamente especializados, que são
preparados para melhor o diagnosticar, melhor o tratar,
com qualidade e segurança.
No entanto, a qualidade, a segurança de diagnóstico e o
profissionalismo têm um preço. Por causa disso, muitas
unidades de saúde optam, ao contrário do superior
interesse do utente, por contratar pessoal sem
qualificações, sem preparação, e sem sentido de cau
causa,
para a realização dos diferentes exames de diagnóstico.
Diariamente, no ramo da saúde em Portugal, são vários os
casos onde a pessoa que se encontra do lado de lá, não é a
mais indicada para fazer aquele exame ou tratamento que
você necessita. Como consequência,
sequência, o utente fica numa
situação de insegurança, de risco e de falta de fiabilidade
dos exames realizados. Este erro acarreta custos
económicos e pessoais, que advêm de um diagnóstico mal
realizado ou de um tratamento mal efectuado.
Saiba que quando for realizar um dos vários exames
complementares de diagnóstico, têm o DIREITO DE EXIGIR
que quem o atende é alguém COMPETENTE E HABILITADO
PARA A TAREFA, alguém com CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
e o qual você sabe que foi preparado, durante vários anos,
nas escolas
scolas portuguesas, para o EXERCÍCIO PROFISSIONAL
daquela função. Como tal, você tem o DIREITO A EXIGIR A
IDENTIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL QUE VAI REALIZAR O SEU
EXAME.
26
TDTOnline
Magazine
tdtonline.org
Como? Através da cédula profissional, único documento
existente (um pequeno cartão, em tudo
do semelhante a um
cartão de crédito ou no caso das antigas, semelhante às
antigas cartas de condução antigas) que identifica e
acredita o profissional à sua frente para realizar o seu
exame ou tratamento.
A entidade responsável pela emissão das diferentes cédulas
é a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), um
organismo nacional, pertencente ao Ministério da Saúde,
que regula e acredita os profissionais da área para a
realização de exames complementares de diagnóstico e
terapêutica.
Por lei (Decreto-Lei
Lei nº 320/99, de 11 de Agosto), os únicos
profissionais habilitados para a realização dos diferentes
exames complementares de diagnóstico, são apenas os
portadores de uma cédula profissional cuja a obtenção está
definida por lei e é necessário um curso do ensino superior.
No entanto, fruto do desrespeito e total incumprimento das
leis instituídas (Decreto-Lei
Lei nº 320/99, de 11 de Agosto),
muitas clínicas e laboratórios privados (no caso destes
violam também o Decreto-Lei
Lei 111/2004 de 12 de Maio de
2004), públicos e cooperativos continuam a apostar em
mão-de-obra
obra barata, contratando directamente mão-demão
obra não qualificada, com 12º ano ou mesmo com outro
curso qualquer, mas sem qualquer tipo de formação na
área, habilitação ou conhecimentos de áreas do foro clínico.
Infelizmente, à custa dessa situação, muitos profissionais
capacitados e legalmente habilitados acabam por trabalhar
em empresas ou serviços cujos postos de trabalho apenas
requerem o 12º ano. Ou ainda pior, ficam no desemprego
por longos meses, frustrados e desiludidos.
E assim vai o país, gastando recursos vitais a formar
profissionais que não são rentabilizados, e que alguns vão
mesmo ingressar em instituições no estrangeiro, que lhes
acabam por dar as condições e as capacidades que muitas
das vezes não conseguem ou lhes negam a encontrar por
cá.
Quem fica a ganhar com isto são várias entidades donas de
várias unidades de saúde privadas ou cooperativas, pois
metem ao bolso o dinheiro do bom ou mau
diagnóstico/tratamento do utente, bem como ren
rendimentos
extra que não pagam por terem alguém a ganhar o
ordenado mínimo. Quem fica a perder com isto? O utente,
com um mau diagnóstico, o país, pela constante sangria de
profissionais capacitados e competentes para o estrangeiro
à procura daquilo que não encontram por cá, e o
contribuinte, que vê assim o dinheiro dos seus impostos
serem desbaratados, acabando por pagar a formação de
profissionais, dos quais outros países vão usufruir, sem
custos associados à sua formação.
Os sindicatos há muito que já se q
queixam disto, mas a
Inspecção Geral das Actividades de Saúde (IGAS) continua a
fazer orelhas moucas ao lado do Governo.
Já quantos de vocês terão sido vitimas de maus
diagnósticos por exames complementares estarem errados
ou terem sido mal realizados? Muit
Muitos e outros nunca
saberão!
A negligência médica e a usurpação de funções ainda
constituem crimes na lei portuguesa e não há nada mais
precioso que a nossa saúde! Portanto não seja conivente
com esta situação. Denuncie sempre todas estas situações,
pois as coisas só mudam quando houver queixas suficientes.
A sua denúncia pode ser apresentada junto do IGAS
(Inspecção Geral das Actividades de Saúde), ACT
(Autoridade para as Condições do Trabalho) ou na policia
local (PSP ou GNR).
Faça circular a mensagem para que no futuro todos
possamos beneficiar duma saúde melhor, através de
técnicos qualificados e reconhecidos pelo Estado.
Reenvie este email pela sua Saúde e a de todos nós por
favor.
Consulte o Manifesto, a sua evolução e a lista de contactos gerais em:
http://www.tdtonline.org/forum/viewtopic.php?t=2524
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TDTOnline
Magazine
tdtonline.org
Normas para a publicação de artigos científicos
científicos na TDTOnline
Magazine
Com a finalidade de uniformizar os artigos
recebidos pela Equipa do Tecnologias da
Saúde
Online
e
consequentemente
divulgados
dos na TDTOnline Magazine,
Magazine torna-se
necessária a definição de normas próprias
para a publicação de artigos científicos,
científicos de
forma a estimular o interesse e curiosidade
dos visitantes/leitores.
Selecção de Artigos
1. Serão aceites os temas que se enquadrem
no âmbito de cada publicação e da temática
do site “Tecnologias da Saúde Online”, após
avaliação pelos
elos membros designados pela
administração do supracitado site..
Apresentação e Estruturação
de Artigos
1. Os artigos devem ser redigidos em português,
no formato .doc (Microsoft Office W
Word™), letra
tipo Arial, tamanho 12 com um espaçamento de
1,5 linhas.
2. A extensão máxima do artigo será de 10
páginas, incluindo espaços, figuras, tabelas,
quadros, gráficos, notas, bibliografia e
fotografias, todos devidamente legendados e
identificados.
3. Na primeira página e depois do título do artigo,
deverá constar a identificação de todos os
autores (máximo 6) de acordo com o formato
seguinte:
Título do trabalho
Autor 1 (Instituição); Autor 2 (Instituição)
2. O envio de um trabalho/artigo
/artigo implica o
compromisso por parte dos autores em como
todas as declarações nele constantes são da
sua exclusiva responsabilidade.
4. Os artigos deverão respeitar a estrutur
estrutura geral:
introdução, desenvolvimento, conclusão e
referências bibliográficas.
3. Qualquer texto deve respeitarr os princípios
éticos aceites, nomeadamente no que diz
respeito à confidencialidade.
1. Os artigos devem ser enviados por correio
electrónico
(com
aviso
de
leitura)
para
[email protected],, com os seguintes dados de
identificação:
4. Serão aceites para publicação monografias,
cujas regras de selecção, apresentação e
estruturação deverão obedecer ao que aqui é
pré-estabelecido,
estabelecido,
salvaguardando
as
características
acterísticas inerentes ao tipo de
publicação a que nos referimos, com
excepção para o limite do número de páginas
que não se aplica.
Envio de Artigos
- Nome completo
- Morada
- Nº Cédula Profissional
2. Todos os artigos apresentados na TDTOnline
Magazine
gazine serão devidamente certificados, sendo os
certificados enviados para a morada de um dos
autores referenciados, após lançamento da TDTOnline
Magazine em questão.
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