2. Função dos esquemas - ICTC - Instituto Catarinense de Terapia

Transcrição

2. Função dos esquemas - ICTC - Instituto Catarinense de Terapia
1
2
o Karen Horney (1885-1952)
o TEORIA DO DESENVOLVIMENTO FEMININO
o Constelação fatores interpessoais (excessiva proteção, pessoas
exigentes demais, irritáveis, indiferentes, etc.) fazem com que
a criança desenvolva grande insegurança.
o ANGÚSTIA BÁSICA : “a sensação de estar isolada e desamparada em um
mundo potencialmente hostil” leva a tornar rígidas e extremadas as
atitudes de se aproximar das pessoas, rebelar-se contra elas ou afastar-se
(afeição = dependência e obediência = sujeição)
o CONFLITOS indivíduo sinta-se menos equipado do que os outros =
isolado e cercado = ambiente hostil lançar mão de estratégias artificiais
para lidar com os outros, passando por cima de seus sentimentos genuínos.
o “EU REAL” vai se desvanecendo = suj. não sabe + quem realmente é = a
prioridade = construir uma identidade que possa diminuir angústia.
o “EU IDEALIZADO” com o tempo, torna-se mais importante do que o “eu
real”, numa mudança profunda do centro de gravidade psicológico do
indivíduo transforma-se em um ponto de referência para o indivíduo se
observar, em um padrão com que o indivíduo se compara.
3
o Albert Ellis (1913-2007)
o TERAPIA RACIONAL EMOTIVA
o A 1ª psicoterapia contemporânea com clara ênfase cognitiva,
tomando os construtos cognitivos como base dos transtornos
psicológicos.
o CRENÇAS IRRACIONAIS baseadas em conclusões errôneas, ilógicas e sem
base em evidências objetivas = modelo simples e pragmático.
o MODELO ABC os acontecimentos ativadores (A) passam pelo sistema de
crenças (B) do sujeito antes de despertarem as consequências (C)
emocionais ou a conduta.
o DIÁLOGO SOCRÁTICO o terapeuta questiona o paciente por meio de
perguntas engenhosas que estimula a pessoa a perceber mais claramente
suas distorções = sobre a real validade das crenças e sobre as evidências de
que o sujeito dispõe para acreditar nelas.
o CRENÇAS BÁSICAS EXIGÊNCIAS ABSOLUTISTAS (“tenho que”) e DEVERES
IRRACIONAIS (“devo”) que ocasionam uma série de SUPOSIÇÕES ILÓGICAS
ou DISTORÇÕES COGNITIVAS.
4
o
o
o
o
o
o
Dr. Beck é
considerado
uma das 10
pessoas que
mudaram o
rumo da
psiquiatria
americana e o
psicoterapeuta
mais
importante
entre os
psicólogos
americanos.
5
o
o
o
o
o
Aaron Temkin Beck (1921- )
Nasceu em Providence, Rhode Island, EUA.
Pais judeus, imigrantes da Rússia, filho caçula entre 4.
É casado, tem 4 filhos e 8 netos.
1942 – Graduação magna cum laude na Brown University.
1946 – Yale Medical School – residência em patologia,
psiquiatria e neurologia.
É professor emérito no Depto de Psiquiatria da
Universidade da Pensilvânia.
Professor honorário da Academia de Terapia Cognitiva.
Inúmeras pesquisas em Psicoterapia, Psicopatologia, Suicídio
e Psicometria, criação de várias escalas - depressão (BDI) e
ansiedade (BAI).
Fundou o BECK INSTITUTE, na Filadélfia e trabalha com
sua filha Judith.
A Terapia Cognitiva foi desenvolvida inicialmente para
tratamento da pacientes com depressão, mas é também
eficazmente utilizada para pessoas com Transtornos de
Ansiedade, Esquizofrenia e outros.
o Tratamento psicodinâmico - pacientes com depressão
análise de sonhos, verbalizações e associações livres.
o Psicanálise depressão = raiva inconsciente e inaceitável
contra pessoas próximas que, reprimida, era redirecionada ao
self = hostilidade retrofletida (que não era confirmado nos
relatos dos sonhos dos pacientes).
o Anomalias nos sonhos, os pacientes eram rejeitados, abandonados ou
frustrados = nas experiências do cotidiano, idem.
o Identificação tipos específicos de pensamentos, que os pacientes
não percebiam claramente e não relatavam na associação livre.
o Visão negativista identificada na auto avaliação do paciente =
autocríticas, baixa autoestima, culpas, previsões e interpretações
negativistas e memórias desagradáveis.
o Temas negativistas presentes em todos os tipos de depressão:
reativa, endógena, orgânica ou bipolar.
o Temas negativistas idiossincráticos questões sociais vitais paciente:
fracasso sucesso, aceitação rejeição, respeito desdém.
6
o TC – TERAPIA COGNITIVA (Cognitive Therapy)
o ESQUEMAS (significado)
o DISTORÇÃO COGNITIVA (Erros Pensamento)
o TRÍADE COGNITIVA
BECK
7
o MODELO COGNITIVO
Situação
Antes
Crença
Central
Estratégias
Não termina o que começa.
Repetiu 7ª série
“Eu sou incompetente”
DESVALOR
Crenças
Intermediárias
“Se eu não entendo algo,
então eu sou burro”
“É horrível ser
sempre o pior”
Corporal
Sudorese
Situação
Agora
Aula TCC
8
Pensamentos
Automáticos
“Isso é difícil demais...
Eu jamais vou aprender...”
Reações
Comportamental
Sai da sala
Emocional
Tristeza
Situação
Antes
Crença
Central
Estratégias
Não interage com colegas.
Bullying na escola
“Eu sou incapaz
de ser amado”
DESAMOR
Crenças
Intermediárias
“Se eu interagir com as
pessoas elas não vão me
aceitar como sou”
Situação
Agora
Festa de
um colega
9
“Devo me
isolar”
Pensamentos
Automáticos
“Não vou ter assunto
para conversar na festa
Corporal
Taquicardia
Reações
Comportamental
Fica isolado
Emocional
Medo,Tristeza
COMPORTAMENTALISMO
BECK
COGNITIVISMO
10
Epíteto (130-50 a.C.)
"Não são as coisas em si
mesmas que perturbam
os homens, mas os juízos
que eles fazem sobre as
coisas."
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Beck (1964)
“Não é uma situação por si só
que determina o que as
pessoas sentem, mas, antes, o
modo como elas interpretam
uma situação”
“Não busque a felicidade fora, mas sim dentro
de você, caso contrário nunca a encontrará.”
BECK, J. S. Terapia
prática.
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Cognitiva: teoria e
Porto Alegre: Artmed,1997.
História de
Aprendizagem
Organização
Cognitiva
SITUAÇÃO
ATUAL
(componentes
experienciais)
(componentes
estruturais)
CRENÇAS
CENTRAIS
Comportamento
(de significado)
ESQUEMAS
Ativação de
sistemas
(Cognitivos,
Motivacionais,
Afetivos,...)
13
Processamento
esquemático
Interpretação
A teoria cognitiva considera a cognição a chave para os
transtornos psicológicos.
“Cognição” é a função que envolve deduções sobre
nossas experiências e sobre a ocorrência e o controle de
eventos futuros.
Karl Popper (1959) = poucos ramos da ciência tem um
sist. teórico elaborado e bem construído = legitimidade =
“sistema axiomatizado”.
Axioma = postulado = pressuposto = hipóteses
É uma sentença/proposição/enunciado/regra que não é provada ou
demonstrada. É considerada como óbvia ou como um consenso inicial
necessário para a construção de uma teoria.
É aceito como verdade e serve como ponto inicial para dedução ou
inferências de outras verdades.
Fonte: https://www.facebook.com/pages/Axioma/109604129058944
14
Axiomatizar um sistema é mostrar que suas inferências
podem ser derivadas a partir de um pequeno e bemdefinido conjunto de sentenças.
Os axiomas devem estar livres de contradição;
Devem ser independentes;
Devem ser suficientes para permitir a dedução de todas as
afirmações pertencentes à teoria;
Devem ser necessários para a derivação das afirmações
pertencentes à teoria.
Vamos então conhecer os 10 AXIOMAS...
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1) Esquemas
2) Função dos esquemas
3) Interação entre sistemas
4) Especificidade do conteúdo cognitivo
5) Distorção cognitiva
6) Vulnerabilidade cognitiva
7) Tríade cognitiva
8) Significado público e privado
9) Há 3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivo
10)Estruturas teleonômicas
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1) Esquemas
O principal caminho do funcionamento ou da adaptação
psicológica consiste de estruturas de cognição com
significado, denominadas esquemas.
Significado = interpretação da pessoa sobre um
determinado contexto e da relação daquele contexto com o
self.
Os esquemas precedem, selecionam e acionam estratégias
comportamentais relevantes e moldam profundamente o
funcionamento emocional e comportamental dos indivíduos.
Esquema é um subconjunto da estrutura cognitiva.
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A estrutura cognitiva é formada por vários esquemas
(significados e crenças) Teorias Pessoais maneira
peculiar de interpretação do mundo.
1) Esquemas
2) Função dos esquemas
A função da atribuição de significado (tanto a nível
automático ou deliberativo) é controlar os vários
sistemas psicológicos.
Sistemas psicológicos (p.ex. comportamental, emocional,
motivacional, atenção, memória...).
O significado ativa estratégias para adaptação.
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1) Esquemas
2) Função dos esquemas
3) Interação entre sistemas
As influências entre sistemas cognitivos e outros sistemas
são interativas.
Outros sistemas psicológicos = percepção, emocional,
motivacional, memória, comportamental, ...
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1)
2)
3)
4)
Esquemas
Função dos esquemas
Interação entre sistemas
Especificidade do conteúdo cognitivo
Cada categoria de significado tem implicações que são
traduzidas em padrões específicos de emoção, atenção,
memória e comportamento;
Isto é denominado especificidade do conteúdo cognitivo
(determinados padrões de interpretação).
Relação entre determinados padrões cognitivos X emoção
(o que penso X o que sinto)
20
1)
2)
3)
4)
5)
Esquemas
Função dos esquemas
Interação entre sistemas
Especificidade do conteúdo cognitivo
Distorção cognitiva
Embora os significados sejam construídos pela pessoa (em
vez de serem componentes preexistentes da realidade) eles são
corretos ou incorretos em relação a um determinado
contexto ou objetivo;
Quando ocorre distorção cognitiva (preconcepção), os
significados são disfuncionais ou maladaptativos patologia;
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As distorções cognitivas incluem erros no conteúdo cognitivo
(significado), no processamento cognitivo (elaboração do
significado) ou ambos.
1)
2)
Esquemas
Função dos esquemas
3)
4)
5)
Interação entre sistemas
Especificidade do conteúdo cognitivo
Distorção cognitiva
6) Vulnerabilidade cognitiva
Os indivíduos são predispostos a fazer construções
cognitivas falhas específicas (distorções cognitivas);
A predisposição a distorções específicas são
denominadas vulnerabilidade cognitivas;
As vulnerabilidades cognitivas específicas predispõem as
pessoas a síndromes específicas;
Especificidade cognitiva e vulnerabilidade cognitiva estão
interrelacionadas.
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1)
2)
Esquemas
Função dos esquemas
3)
4)
5)
6)
Interação entre sistemas
Especificidade do conteúdo cognitivo
Distorção cognitiva
Vulnerabilidade cognitiva
7) Tríade cognitiva
A psicopatologia resulta de significados maladaptativos
construídos em relação ao self, ao contexto ambiental
(experiência) e ao futuro (objetivos), que juntos são
denominados de a tríade cognitiva.
Cada síndrome clínica tem significados maladaptativos
característicos associados com os componentes da tríade
cognitiva.
Tríade cognitiva = self (eu), ambiente (outros), meus objetivos (futuro).
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1)
2)
3)
Esquemas
Função dos esquemas
Interação entre sistemas
4)
5)
6)
7)
Especificidade do conteúdo cognitivo
Distorção cognitiva
Vulnerabilidade cognitiva
Tríade cognitiva
8) Significado público e privado
Há dois níveis de significado: a) o significado público ou
objetivo, que pode ter poucas implicações significativas
para o indivíduo; e b) o significado privado ou pessoal.
O significado pessoal, ao contrário do significado público,
inclui implicações, significação ou generalizações extraídas
da ocorrência do evento = corresponde ao conceito de
“domínio pessoal” = rege todos sistemas psicológicos.
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1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
Esquemas
Função dos esquemas
Interação entre sistemas
Especificidade do conteúdo cognitivo
Distorção cognitiva
Vulnerabilidade cognitiva
Tríade cognitiva
Significado público e privado
9) Há 3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivo
Há três níveis de cognição: a) o pré-consciente = nãointencional = automático (“pensamentos automáticos”);
b) o nível consciente; e c) o nível metacognitivo, que inclui
respostas “realísticas” ou “racionais” (adaptativas).
Os níveis conscientes são de interesse primordial para a
melhora clínica em psicoterapia.
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1)
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4)
5)
6)
7)
8)
9)
Esquemas
Função dos esquemas
Interação entre sistemas
Especificidade do conteúdo cognitivo
Distorção cognitiva
Vulnerabilidade cognitiva
Tríade cognitiva
Significado público e privado
Há 3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivo
10)Estruturas teleonômicas
Os esquemas evoluem para facilitar a adaptação da
pessoa ao ambiente, e são neste sentido teleonômicas.
Portanto, um determinado estado psicológico (constituído
pela ativação de sistemas) não é nem adaptativo ou
maladaptativo em si, apenas em relação a ou no contexto do
ambiente social e físico mais amplo no qual a pessoa está.
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1. Esquemas: estruturas cognição com significado subcj. estrutura cognitiva.
2. Função dos esquemas: A função da atribuição de significado é controlar os
vários sistemas psicológicos. O significado ativa estratégias para adaptação.
3. Interação entre sistemas: Sistemas cognitivos e outros sistemas.
4. Especificidade do conteúdo cognitivo: Cada categoria de significado
são traduzidas em padrões específicos de emoção, atenção, memória e
comportamento (padrões de interpretação)
5. Distorção cognitiva: Os significados (construídos pela pessoa) são corretos
ou incorretos em relação a um contexto/objetivo. Incluem erros no conteúdo
cognitivo (significado), no proc. cognitivo (elaboração do significado) ou ambos.
6. Vulnerabilidade cognitiva: Os indivíduos são predispostos a fazer
construções cognitivas falhas específicas (distorções cognitivas);
7. Tríade cognitiva: self (eu), ambiente (outros), meus objetivos (futuro).
8. Significado público e privado: Significado pessoal inclui implicações,
significação ou generalizações = “domínio pessoal” = rege todos sistemas
psicológicos.
9. Há 3 níveis de cognição: Pré-consciente (PA), Consciente e Metacognitivo.
10. Estruturas teleonômicas: Os esquemas evoluem para facilitar a adaptação
da pessoa ao ambiente.
27
TCC a cognição é a chave para os transtornos
psicológicos.
Conceitualização cognitiva fornece a estrutura para o
entendimento de um paciente pelo terapeuta cognitivo.
Terapeuta Cognitivo hipóteses sobre como o paciente
desenvolveu essa desordem psicológica em particular =
começa a construir uma conceitualização cognitiva durante
seu 1º contato (continua a refinar até a última sessão).
A TCC levanta hipóteses de que os comportamentos e as
emoções das pessoas são influenciados por sua percepção
dos eventos (modificação no pensamento melhora no
humor e no comportamento).
Vamos então entender o MODELO COGNITIVO...
28
Crença
Central
Crenças
Intermediárias
Corporal
Situação
Agora
Pensamentos
Automáticos
Reações
Comportamental
Emocional
29
Durante a aula Você pode perceber alguns níveis no
seu pensamento. Você pode estar tendo alguns
pensamentos avaliativos rápidos... Não decorrentes de
deliberação ou raciocínio...
Esses pensamentos são chamados de PA, pois eles
parecem surgir automaticamente, de repente, e são, com
frequência, bastante rápidos e breves.
Você pode aprender a identificar seus PA prestando
atenção às suas mudanças de afeto.
Tendo identificado seu PA, você pode avaliar a validade dos
seus pensamentos.
Em termos cognitivos, quando pensamentos disfuncionais
são sujeitos à reflexão racional, nossas emoções, em geral,
mudam.
Vamos entender de onde vem os PA’s...
30
Ei, isso faz sentido...
Finalmente uma aula
interessante!
Isso é difícil
demais... Eu
nunca vou
aprender essa
TCC...
31
Ah! Isso é
ridículo... Nunca
vai funcionar...
Eu preciso mesmo
aprender tudo isso?
E se eu não conseguir?
Essa aula tá
muito chata!
Que desperdício
de dinheiro...
Arrrgh...
essa aula
*$%@#*...
Desde a infância, as pessoas desenvolvem determinadas
crenças sobre si mesmas, outras pessoas e seus mundos.
CC são entendimentos que são tão fundamentais e
profundos, que as pessoas frequentemente não os articulam,
sequer para si mesmas. São idéias consideradas (pela
pessoa) como verdades absolutas, é o nível mais fundamental
de crença; elas são globais, rígidas e supergeneralizadas.
Isso é difícil
demais... Eu
nunca vou
aprender essa
TCC...
32
CC = “Eu sou incompetente”
CC = é ativada na aula = autocrítica =
interpretação da situação negativada.
Viés confirmatório = desconsidera /
desconta as evidências contrárias à CC.
Manutenção da CC = mesmo que seja
imprecisa, não verdadeira, disfuncional.
Eu não sou capaz de ser amado.
Eu sou indesejável.
Eu não sou atraente.
Eu não tenho valor.
Eu não sou capaz de ser querido.
Eu não sou bom o suficiente.
Eu sou imperfeito.
Eu sou diferente.
Ninguém me quer.
Ninguém liga para mim.
Eu sou mau.
33
Crenças Centrais de DESAMOR
Eu
Eu
Eu
Eu
Eu
Eu
34
Eu sou desamparado.
sou impotente.
sou Eu
desamparado.
Eu estou fora de controle.
sou impotente.
Eu sou fraco.
estou
de controle.
Eu fora
sou vulnerável.
Eu sou carente.
sou fraco.
Eu estou sem saída.
souEu
vulnerável.
sou inadequado.
sou ineficiente.
sou Eu
carente.
Eu sou incompetente.
Eu sou um fracasso.
Eu sou desrespeitado.
Crenças Centrais de DESAMPARO
Crenças Centrais de DESVALOR
Eu sou um Eu
fracasso.
sou desamparado.
Eu sou incompetente.
Eu sou impotente.
Eu não tenho valor.
fora de controle.
Eu não sou bomEu
o estou
suficiente.
Eu sou fraco.
Eu sou inadequado.
Eu sou ineficiente.
Eu sou vulnerável.
Eu sou desrespeitado.
Eu sou carente.
35
As CC influenciam o desenvolvimento de uma classe
intermediária de crenças: atitudes, regras e suposições.
As crenças intermediárias (CI) influenciam como a pessoa
pensa, sente e se comporta.
Isso é difícil
demais... Eu
nunca vou
aprender essa
TCC...
ATITUDE
REGRA
“é horrível ser
incompetente”
“Se eu estudar o
mais que puder,
posso ser capaz
“Eu devo
estudar
muito, o
tempo todo”
36
de ser tão bom
SUPOSIÇÃO
como os meus
colegas”
Situação
Antes
Crença
Central
Estratégias
Não termina o que começa.
Repetiu 7ª série
“Eu sou incompetente”
DESVALIA
Crenças
Intermediárias
“Se eu não entendo algo,
então eu sou burro”
“É horrível ser
sempre o pior”
Corporal
Sudorese
Situação
Agora
Aula TCC
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Pensamentos
Automáticos
“Isso é difícil demais...
Eu jamais vou aprender...”
Reações
Comportamental
Sai da sala
Emocional
Tristeza
Situação
Antes
Crença
Central
Estratégias
Não interage com colegas.
Bullying na escola
“Eu sou incapaz
de ser amado”
DESAMOR
Crenças
Intermediárias
“Se eu interagir com as
pessoas elas não vão me
aceitar como sou”
Situação
Agora
Festa de
um colega
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“Devo me
isolar”
Pensamentos
Automáticos
“Não vou ter assunto
para conversar na festa
Corporal
Taquicardia
Reações
Comportamental
Fica isolado
Emocional
Medo,Tristeza
TCC atualmente sendo aplicada no mundo inteiro,
como o único tratamento ou como um tratamento adjuntivo
para outros transtornos.
O terapeuta busca, de uma variedade de formas, produzir
a mudança cognitiva – mudanças no pensamento e no
sistema de crenças do paciente – visando promover
mudança emocional e comportamental duradoura.
Intervenção TCC um problema importante para o
paciente é especificado, uma idéia disfuncional é
identificada e avaliada, um plano razoável é delineado e a
efetividade da intervenção é avaliada.
Vamos então conhecer os 10 PRINCÍPIOS da TCC...
39
Princípio nº 1: Formulação do problema em termos
cognitivos
A TC se baseia em uma formulação em contínuo
desenvolvimento do paciente e de seus problemas em
termos cognitivos.
1º) Desde o início, identifica o pensamento atual da paciente e
seus comportamentos problemáticos.
2º) Identifica fatores precipitantes que influenciaram as
percepções da paciente no início da depressão.
3º) Levanta hipóteses sobre eventos desenvolvimentais chaves
e padrões duradouros de interpretação desses eventos.
[entender a Q.P. e “traduzir” em termos cognitivos sentimento,
emoção, comportamento = PA’s e Crenças = distorções cognitivas]
40
Princípio nº 2: Aliança terapêutica segura
A TC requer uma aliança terapêutica segura: cordialidade,
empatia, atenção, respeito genuíno e competência.
Boa aliança de trabalho = colaborativa.
[ter atitude “rogeriana”: acolhimento genuíno, empatia]
41
Princípio nº 3: Colaboração e Participação Ativa
A TC enfatiza a colaboração e participação ativa.
Na TC há um trabalho em equipe: terapeuta + paciente.
A princípio, o terapeuta é mais ativo em sugerir uma direção
para as sessões de terapia.
A medida que a paciente torna-se menos deprimida e mais
socializada na terapia = crescentemente mais ativa.
[ser inicialmente + ativo motivar o paciente a trazer +
contribuições na sessão]
42
Princípio nº 4: Orientada em meta e focalizada em
problemas
A TC é orientada em meta e focalizada em problemas = 1ª
sessão = enumerar problemas e estabelecer metas
específicas.
O terapeuta presta atenção particular aos obstáculos que
impedem a paciente de resolver problemas e atingir metas
por si mesmo.
O terapeuta precisa conceituar as dificuldades da paciente e
avaliar o nível apropriado de intervenção.
[auxiliar o paciente a ser + objetivo, para ele poder identificar e
focar na meta]
43
Princípio nº 5: Enfatiza o presente
A TC inicialmente enfatiza o presente (os problemas do
aqui-e-agora).
O tratamento da maioria dos pacientes envolve um forte
foco sobre problemas atuais e sobre situações específicas
que são aflitivas para o paciente.
Passado = 3 situações = 1) predileção da paciente; 2) não
há mudanças focando o presente; 3) entender origens das
ideias disfuncionais e como afetam a paciente hoje.
[ser acolhedor e objetivo ao ouvir “tudo”, mas repetir e anotar
frases do paciente sobre o momento presente]
44
Princípio nº 6: É educativa
A TC é educativa, visa ensinar a paciente a ser seu próprio
terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída.
O terapeuta educa sobre a natureza e trajetória do seu
transtorno, sobre o processo da TC e sobre o modelo
cognitivo (como os pensamentos influenciam as emoções e
comportamentos).
Ensina a estabelecer metas, identificar e avaliar
pensamentos/crenças, e assim, mudar comportamentos.
[dar ao paciente um “caderninho” para ele se habituar a registrar
as situações + suas reações + seus pensamentos... aprende que
a sua forma de pensar é que rege seus sistemas psicológicos psicoeducação é mais eficaz do que só medicamento]
45
Princípio nº 7: Tempo limitado
A TC visa ter um tempo limitado.
O terapeuta busca prover alívio dos sintomas da paciente,
facilitar uma remissão do transtorno, ajudá-la a resolver seus
problemas mais prementes e ensinar-lhe o uso de
ferramentas para que ela seja mais propensa a evitar a
recaída.
A modificação de crenças disfuncionais muito
rígidas/padrões de comportamento = leva mais tempo.
[perguntar qual a prioridade da terapia o que é factível em “x”
sessões: manter expectativas realistas apenas]
46
Princípio nº 8: Sessões estruturadas
A TC tem as suas sessões estruturadas (há uma estrutura
estabelecida em cada sessão).
O terapeuta: 1) verifica o humor; 2) solicita breve revisão
da semana; 3) agenda da sessão; 4) feedback da sessão
anterior; 4) tarefa de casa; 5) resumo da sessão.
Foco no que é mais importante para o paciente, maximiza o
uso do tempo da terapia.
Promove = autoterapia.
[estruturar a sessão para manter o foco: um modelo estruturado
>eficácia >garantia > segurança]
47
Princípio nº 9: Identificar, Avaliar e Responder
A TC ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder a
seus pensamentos e crenças disfuncionais.
focalizar um problema específico;
identificar o pensamento disfuncional;
avaliar a validade do pensamento;
projetar um plano de ação.
TC = descoberta orientada.
[orientar o paciente a ser seu próprio terapeuta >autopercepção:
se ele aprende a identificar e avaliar PA’s, ele é capaz de responder
a esses PA’s de forma mais adaptativas]
48
Princípio nº 10: Várias técnicas
A TC utiliza uma variedade de técnicas para mudar
pensamento, humor e comportamento.
Estratégias cognitivas: questionamento socrático,
descoberta orientada, teste de realidade...
Outras técnicas: comportamental, gestalt...
O terapeuta seleciona técnicas com base na formulação de
caso e seus objetivos, em sessões específicas.
[ensinar os pacientes a utilizarem algumas técnicas se ele
aprender a fazer um RPD na sessão, ele fará um RPD mental nas
várias situações “gatilho” e será capaz de pensar e agir melhor]
49
1) Formulação do problema em termos cognitivos
2) Aliança terapêutica segura
3) Colaboração e Participação Ativa
4) Orientada em meta e focalizada em problemas
5) Enfatiza o presente
6) É educativa
7) Tempo limitado
8) Sessões estruturadas
9) Identificar, avaliar e responder
10) Utiliza várias técnicas
50
O modelo cognitivo, de que os nosso pensamentos
influenciam as nossas emoções e comportamento, é bastante
direto, porém, enganosamente simples.
Comece aplicando as ferramentas que aprendeu na aula a si
mesmo.
Releia a apostila Aprenda a identificar seus próprios
pensamentos automáticos e crenças.
Faça a pergunta: “O que estava passando pela minha
cabeça ainda agora?”
Ensinar a si mesmo as habilidades básicas da TCC, usando
você mesmo como sujeito, aumentará a sua habilidade de
ensinar essas mesmas habilidades aos seus pacientes.
Saber TCC é saber ensinar o paciente a encontrar um
PA alternativo para o PA disfuncional...
51
Isso é
difícil
demais...
ATITUDE
REGRA
“é horrível ser
incompetente”
“Se eu estudar o
mais que puder,
“Eu devo estudar
muito, o tempo
todo”
posso ser capaz de
SUPOSIÇÃO
ser tão bom como
os meus colegas”
PA: “Eu não entendo isso... Eu jamais entenderei isso...”
PA’s ALTERNATIVOS (mais realistas, mais funcional):
“Ei, eu só estou tendo alguma dificuldade agora...”
“Se eu reler com calma em casa, entenderei...”
“É só mais uma matéria nova ...”
“Se cheguei até aqui, com certeza irei até o final...”
“No começo é assim mesmo... Depois fica mais fácil...”
Profª Lina Sue – [email protected] – celular (11) 9866.01234

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