- Centro Empresarial de São Paulo

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- Centro Empresarial de São Paulo
SETEMBRO-OUTUBRO-NOVEMBRO/009
Lições da Crise
Ivan Zurita, presidente da Nestlé: “Sem riscos não há oportunidades”
Operação Limpeza
A opção da indústria
pela produção mais limpa
‘Vale do Silício’ brasileiro
Região de Petrópolis (RJ) desponta
como polo de tecnologia
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| SET/OUT/NOV – 2009
A força da combinação
educação e tecnologia
Recentemente, um grupo de empresas lançou um compromisso
com a prática de produção sustentável. Para reduzir a emissão de
poluentes, elas concordaram em assumir uma série de procedimentos
unindo os conceitos de desenvolvimento e sustentabilidade.
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
não assinou o documento, mas, com a antecedência de meses,
promoveu a Conferência de Produção Mais Limpa, com base nessa
consciência que vem contaminando (no bom sentido) o mundo empresarial. Para falar sobre o assunto, entrevistamos nessa edição
Paulo Skaf, o presidente da federação.
Skaf e as indústrias associadas da Fiesp chamaram as universidades para se empenharem no esforço pela pesquisa de novas
tecnologias e uso de fontes de energia renovável.
Também peso-pesado da indústria, nosso outro entrevistado
é o presidente da Nestlé do Brasil, Ivan Zurita, que veio repassar
uma lição de casa aos atuais e aos aspirantes capitães de empresas: como se comportar em tempos de crise.
Experiente timoneiro, ele adotou a prática de manter os tri-
pulantes calmos e de conservar todos a bordo do navio, até a
tempestade passar. Notem que não estamos nos referindo à formação de marola, mas da intempérie financeira que envolveu o
Planeta, cujos efeitos ainda não foram totalmente absorvidos.
Assim, quando tudo voltar ao normal, a nave que se mantiver
intacta estará em posição de vantagem em relação às demais.
Ainda sobre desenvolvimento, a combinação educação e tecnologia é essencial para o crescimento das nações. Nunca é demais
bater nessa tecla. Os países que adotaram essa estratégia lograram alcançar um índice invejável de bem-estar para seus concidadãos. Como acreditamos nessa premissa, fomos buscar em algumas
cidades-polo de tecnologia os nossos “Vales do Silício”, regiões que
vêm se firmando no campo da pesquisa tecnológica do País.
Os homens sérios deste País têm que assumir, assim como
fizeram as empresas que nos referimos acima, um pacto sério de
compromisso com a educação e com o desenvolvimento tecnológico. Esse é o caminho, e os exemplos começam a pipocar aqui e
acolá. Vamos lutar para que se espalhem pelo Brasil inteiro.
Orestes Quércia
Presidente da Panamby Empreendimentos e Participações Ltda.
SET/OUT/NOV – 2009 |
| NOTAS |
Cultura, imagem, música e boa alimentação. Características peculiares de um restaurante aniversariante que propõe dedicação e bom
atendimento aos seus clientes
Em meio ao formalismo e a rigidez do ambiente corporativo, há um espaço onde os domiciliados do Centro Empresarial de São Paulo
podem fazer as suas refeições no Restaurante
Cult em um ambiente descontraído que comemora um ano neste mês de setembro.
A administração fica por conta do empresário Marcelo Porto, formado em Comércio Exterior
e gastronomia com o Chef Nicolau Rosa. Com
o objetivo de atender melhor as exigências de
seus clientes e aperfeiçoar seus conhecimentos,
ele decidiu fazer o MBA em gastronomia na
Universidade Anhembi Morumbi.
Segundo Marcelo, o Restaurante Cult é uma
extensão do Café Cultura, localizado no bairro do
Itaim Bibi, que pertence à sua família, atuante na
área de gastronomia há mais de 0 anos. A proposta do Cult é oferecer ao público do Centro Empresarial um momento de “cultuar as coisas boas
da vida”. Entre elas, o prazer de se alimentar.
O restaurante oferece aos clientes um menu
diversificado e elaborado cuidadosamente com
carnes, frutos do mar, especiarias e sobremesas,
a um custo super acessível, tornando o momento de almoço um verdadeiro prazer.
Arte e Gastronomia
em um só lugar
Os frequentadores do restaurante ainda
“Há quem frequente o restaurante pela enpodem desfrutar de um ambiente cultural com tradinha, oferecida ao sentar à mesa”, acrescenexposição de fotografias de pontos turísticos da ta o empresário.
cidade de São Paulo, boa música e referências
Para festejar e presentear os clientes do Cult
cinematográficas.
em comemoração de 1 ano de existência, Marcelo e a direção de marketing do restaurante
preparam atividades especiais e diferenciadas,
que acontecem em todo o mês de setembro.
Visite o site http://www.culgastronomia.com.br/
e conheça um pouco mais das novidades da
casa. •
Marcelo Porto
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Automação
e eficiência energética
O Centro Empresarial de São Paulo contratou a Johnson Controls para uma reforma em
sua central de água gelada. Foram instalados
três Chillers YK, marca YORK, fabricados pela
Johnson Controls, que operam com gás refrigerante ecológico e geram 3100 TR´s de refrigeração, resultando na redução dos gastos com a
produção de frio em cerca de 40 a 50%.
A instalação de modernos chillers otimizaram o sistema de ar condicionado, garantindo
maior eficiência energética. Foi atualizado o
gerenciamento da operação das controladoras dos fan-coils, sistema de automação que
condiciona a temperatura dos ambientes de
escritórios e lojas, espalhados nos andares dos
edifícios.
Com esse sistema, ao invés de os operadores circularem pelos andares para alterar a
temperatura manualmente a cada mudança
climática, o controle será feito de uma sala
que supervisiona todo o sistema do Centro
Empresarial, fazendo a alteração de maneira
rápida e eficiente.
O novo sistema começou a operar em
abril de 2009. Ele coordena a operação das
mais de 500 controladoras de fan-coils e permite que toda a programação do sistema de
ar-condicionado seja feita numa tela de computador. Assim, os ajustes de temperatura
são imediatos e eliminam o serviço manual,
proporcionando redução de gastos e tempo
de manutenção.
“O sistema Metasys de gerenciadoras
NAE e controladoras de fan-coil regulam com
maior eficiência a temperatura nos ambientes
de trabalho e escritórios, possibilitando maior
conforto térmico para as pessoas e melhor
gestão da temperatura pela central de água
gelada. O Centro Empresarial elimina custos
desnecessários, otimiza tempo e gera eficiência energética, em função da gestão integrada
das unidades instaladas, além de aumentar
a satisfação de seus usuários”, explica Emílio
Miranda, gerente de Contas da área de Sistemas, da Johnson Controls. •
Empresas do Grupo GE têm novo endereço
A GE Enterprise Solutions reuniu cinco unidades de negócios em um único local: o Centro Empresarial de São Paulo. Segundo Karla
Cheli, do Departamento de Marketing da GE
FanucSolutions, “a idéia do grupo de usar um
endereço único é para gerar sinergia, escala e
padronizar processos”.
Na nova sede estão as unidades GE Fanuc,
Digital Energy, Inspection Tecnologies, Security
e Sensing. “Temos um espaço maior e bem
planejado, com sala de demonstração das soluções aos clientes, laboratórios por equipamento
e sala de treinamento. Os colaboradores estão
trabalhando lado a lado, o que facilita a inte-
gração entre as diversas áreas, desde a cotação
da solução, suporte técnico e comercial, até a
entrega do pedido ao cliente”, diz Karla.
A GE Fanuc opera há 14 anos no mercado brasileiro como fornecedora de soluções de
automação industrial. A companhia atende
indústrias dos segmentos de celulose e papel,
siderúrgico, tratamento de águas, geração de
energia, farmacêutica, petrolífero, açúcar e álcool, utilidades, tais como Vale do Rio Doce, Cia.
Suzano, Petrobras, Grupo Nova América, além
de outros setores. As unidades GE Corporate e
GE Health Care permanecem no prédio da avenida das Nações Unidas, 8501. •
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EMPRESA
32
18
O3 EDITORIAL | 13 QUALIDADE DE VIDA | 22 ECONOMIA | 34 TI
EXPEDIENTE
Panamby Empreendimentos e Participações Ltda.
PRESIDENTE: Orestes Quércia DIREÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Alvino José de Oliveira e Sidnei Bertazzoli CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS: SETEMBRO-OUTUBRO-NOVEMBRO/2009 EDIÇÃO, PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Diferencial Assessoria & Comunicação JORNALISTA RESPONSÁVEL: Lucimar Franceschini (MTb. 889/5/137 DF) EDITOR CHEFE: Silvano Tarantelli (MTb 14.492) REDAÇÃO: Fernando Caldas COLABORADORES:
Rita Gallo, Davi Brandão e Roberto Shinyashiki COMERCIALIZAÇÃO: Mart Bureau e Editora Tel.: 3815-5566 ramal: 27 FOTOS: Paulo Bareta e
Márcia D’Ambrósio IMPRESSÃO: Arvato Digital Services CONDOMÍNIO CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO: Av. Maria Coelho Aguiar, 215 Bloco B ASSESSORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Patrícia De La Sala Tel.: (11) 3741-6685 /Fax: (11) 3741-5152. CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS
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CULTURA
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TURISMO
16
ESPECIAL
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TELECOMUNICAÇÕES
ENTREVISTA
SUMÁRIO
FINANÇAS
Educação financeira é fundamental
para as empresas crescerem
REINALDO DOMINGOS
A crise financeira já teve reflexos no país.
Até mesmo os que acreditavam que seria apenas uma “marola” já afirmaram que o reflexo na
economia será muito maior, como é o caso do
ministro da Fazendo, Guido Mantega. Apesar de
já haver consultores que afirmam que os efeitos
já passaram, é cedo para afirmar que isso realmente aconteceu. Assim, o que os empresários
devem fazer nesse momento? É hora de investir
ou de ficar quieto esperando a crise passar? Essa
resposta dependerá da situação que sua empresa se encontra nesse momento. Mas uma coisa é
certa, isso mostra como é fundamental a educação financeira para os empresários.
O problema é que muitos empresários ficam acuados pela falta de perspectiva financeira de seus negócios e param de investir,
porque não sabem a forma adequada de gerir
o dinheiro do caixa da empresa. Mas sempre
observo que em momento de crise é que se
constrói grandes impérios. Isso porque as oportunidades aparecem nestes momentos já que
repensamos muitos dos nossos negócios, abrindo nossa visão para oportunidades que antes
não conseguíamos observar, além de passarmos a respeitar mais as finanças.
Assim, para o empresário sair das dificuldades fortalecido, a dica é muito simples: reforce
sua gestão financeira. E o primeiro passo é fazer um diagnostico da atual situação da empresa, ou seja, fazer uma análise aprofundada do
caixa, do que receberá e do que pagará. Sempre observando essa situação em curto, médio
e longo prazo.
É importante ressaltar que a aplicação dos
recursos disponíveis nesse momento vai depender das ações e metas que serão traçadas a
partir do diagnóstico da empresa. Por exemplo,
Reinaldo Domingos
se o dinheiro é para capital de giro, este valor
deverá ser aplicado em tipos de investimento
com disponibilidade imediata, como fundo DI. Já
para aqueles objetivos e projetos de médio prazo, o dinheiro deve ser aplicado em investimentos com prazos maiores, que pagam melhores
taxas, já que o mercado oferece boas taxas, visto que as instituições financeiras buscam fidelidade. Para o longo prazo, a dica é a mesma.
Mas um alerta se faz necessário, essa é a
pior hora para o empresário que não possui capital realizar empréstimos para investimentos,
uma vez que a tendência é que os juros subam,
fazendo com que essa ação se torne uma “bola
de neve” nos próximos meses. O que levará a
empresa a rumos perigosos, podendo ocasionar
até mesmo a falência.
Empréstimos só devem ser feitos em casos
de retorno garantido. E, mesmo assim, negociando taxas de juros para índices muito abai-
xo do mercado. Caso não se tenha certeza do
retorno rápido para o dinheiro emprestado, o
melhor a fazer é manter a situação da empresa
sem alterações. Esperar o fim da crise para investir em novas idéias.
São nos momentos de crise que o mercado abre novas frentes para serem trabalhadas.
O empresário empreendedor deve observar o
que está interferindo neste momento de crise
em seu negocio e combater com alternativas
inovadoras, mantendo o ânimo de toda equipe. É muito importante que a insegurança do
mercado não reflita nas lideranças da empresa,
pois isso poderá ser fatal para a sua saúde financeira. O momento é de assumir a liderança
com atitudes positivas.
Motivar e mostrar o verdadeiro momento vivido são importantes, sem pessimismo, mostrando que a estabilidade dependerá muito do empenho de todos para melhorar a produtividade.
Também é importante mostrar a importância de
novas ideias dos colaboradores, mostrando opções para a empresa crescer nesse momento de
crise, pois, muitas vezes, eles conhecem melhor
o mercado e os riscos do ramo em que a atuam.
Infelizmente, o momento não é de contratações.
Assim, os problemas devem ser resolvidos por
seus próprios líderes e colaboradores.
Empreender, ser empresário no Brasil ou
em qualquer lugar do mundo é correr risco, ser
flexível nos momentos difíceis, vibrar pelas conquistas e, principalmente, combater de frente
os obstáculos, buscando alternativas e novas
opções de negócios, porque onde existe crise
existe oportunidade e lucros.
Reinaldo Domingos, consultor e terapeuta financeiro, presidente do DiSOP Instituto de Educação Financeira (www.disop.com.br), autor dos Livros
Terapia Financeira e O Menino do Dinheiro (Editora
Gente) e presidente do Grupo Confirp, referencia em
contabilidade no Brasil
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| TELECOMUNICAÇÕES
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Eficiência e tecnologia de ponta
Serviço de telecomunicações do Centro Empresarial de São Paulo se reinventa permanentemente
Por Fernando Caldas
Foto: Paulo Bareta
Instalar uma empresa exige, quase sempre, gastos em infraestrutura de telecomunicações. As empresas que funcionam no Centro
Empresarial de São Paulo, no entanto, podem
se dedicar exclusivamente ao seu negócio
principal sem precisar se preocupar com esse
requisito.
A Associação dos Usuários do Sistema de
Telecomunicações e Afins do Centro Empresarial de São Paulo (Austacem) garante para todo
o complexo de escritórios o fornecimento de
sistemas completos de telefonia, com ramais
analógicos, digitais e a base de IPs, infraestrura de dados, acesso a internet, soluções de
multimídia e de call centers.
O modelo de serviços de telecomunicação
da Austacem é um diferencial do Centro Empresarial de São Paulo. Ele constitui uma marca do
empreendimento desde sua origem, em 1977.
A criação de uma associação que provê todos
os recursos de telecomunicações aos condôminos foi uma solução original que acabou se
reinventando ao longo de sua existência. Hoje,
essa entidade, sem fins lucrativos, apresenta
aos usuários os mais variados recursos e o que
há de mais novo no mundo nas telecomunicações.
Flexibilidade
A Austacem cobra pelos serviços que as
empresas demandam. Se a necessidade é,
por exemplo, de 50 ramais, serão fornecidos
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os 50. Se a empresa quiser ampliar ou reduzir,
conforme sua necessidade de expansão ou de
redução, basta redimensionar. Há total flexibilidade para obtenção da quantidade de ramais
desejada, pelo prazo que for necessário, inclusive inferior a um mês.
Profissionais treinados e capacitados atendem todas as demandas dos usuários. Com 50
funcionários, a Austacem dispõe de equipes
que cuidam da programação, da administração
de call centers, da tarifação, das redes corporativas, do tráfego com as operadores, além de
desenvolverem projetos e instalações.
O chefe da Seção de Telecomunicações da
Austacem, Renato Marquart, explica que a manutenção é gratuita, sem ônus para o cliente,
e feita de forma imediata. “Quando solicitada,
a equipe de manutenção se apresenta em até
45 minutos no local de onde foi feito o chamado para a realização dos serviços requisitados,
seja troca de fiação ou de aparelhos ou reprogramação na central telefônica.”
Tarifas e controles
As empresas têm à sua disposição equipamentos e facilidades como aparelhos analógicos e digitais, correio de voz, desvio de
chamada, identificador, transferência, audioconferência, videoconferência, entre outros.
Tudo isso com tarifas diferenciadas.
Como o Centro Empresarial é grande e
absorve muitas empresas num único espaço,
ele tem um poder de barganha junto às operadoras. A Austacem trabalha hoje com 11 delas. Pode, portanto, negociar preços com elas
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e obter valores bem mais baixos do que se
cada empresa negociasse isoladamente. “Todo
esse poder de negociação e os benefícios advindos dele são revertidos para o usuário, que
passa a dispor de tarifas bastante atraentes”,
diz Marquart.
Toda a tarifação é realizada pela própria
Austacem. Isso permite que os usuários possam controlar via internet as tarifas incidentes
em cada ramal. Todas as ligações ficam disponíveis on line no máximo 48 horas após serem
efetuadas. Esse modelo foi implantado há três
anos e é um sucesso para o controle e racionalização das contas telefônicas.
Redes corporativas
Para as empresas que têm várias unidades e precisam mantê-las constantemente
interligadas, as redes corporativas, formadas
por links digitais ou analógicos, oferecem vantagens de comunicação, economia, rapidez e
eficiência. A Austacem fornece uma série de
serviços capazes de integrar diversas unidades
das empresa em todo o Brasil e no mundo,
por meio de comunicações de voz, fax, dados
e videoconferência, com grande variedade de
alternativas tecnológicas.
“As empresas que desejam facilitar os
contatos internos entre suas unidades têm à
disposição sistemas que permitem o funcionamento de redes corporativas, nas quais a
comunicação entre as diversas unidades, situadas em diferentes locais, podem ser feitas sem
custos. Essa comunicação pode ser feita como
se fosse de ramal a ramal”, explica Marquart.
Recentemente, foram instalados circuitos
de fibra ótica em todo o condomínio. A Rede
Backbone interliga todos os blocos do Centro
Empresarial de São Paulo. Sua arquitetura foi
baseada no padrão 10 Gigabit Ethernet entre os
ativos da rede tendo Switch´s de acesso Gigabit
Ethernet nas pontas (1 Gbps).
“Hoje em dia, essa conexão é muito utilizada para o acesso a internet. As empresas que
contratam Austacem só precisam de um cabo
conectado a essa rede para acessar a banda de
internet que ela desejar”, completa o gerente
da Seção de Telecomunicações.
Tecnologia de ponta
A tecnologia empregada no sistema de comunicação do Centro Empresarial de São Paulo
representa o que existe de mais avançado no
mundo, tanto em termos de equipamentos
quanto de técnicas e soluções.
Desde a construção do complexo, em 1977,
existe uma parceria com a Siemens, que vem
permitindo a constante atualização tecnológica da plataforma de comunicação. Segundo
Marquart, a empresa alemã tem o comprometimento de oferecer ao Centro Empresarial o que
existe de mais avançado em tecnologia. “Tudo
que está sendo lançado na Europa, assim que
começa a ter a linguagem em português, a
Siemens nos traz para que possamos fazer a
demonstração ou utilizar o produto. Se for um
produto de fácil comercialização ou que caia no
gosto do Brasil, nós o trazemos e implantamos
no Centro Empresarial.”
A Austacem tem capacidade para atender
empresas de todos os portes. Ela dispõe sempre
de uma quantidade de ramais em estoque, parados e prontos para serem ativados, além de capacidade excedente de infraestrutura. “Podemos
oferecer até 100 mil ramais, o que demonstra nossa capacidade de fornecimento para um grande
parque de instalações”, completa Marquart. •
Renato Marquart, chefe da Seção de
Telecomunicações da Austacem
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| ENTREVISTA |
Operação Limpeza
Paulo Skaf, presidente da Fiesp, diz como a indústria brasileira está aderindo a novas práticas de produção
O que é exatamente o programa “Produção
Mais Limpa” ou “P+L”?
PAULO SKAF: Sempre costumo dizer que,
mais do que industriais, somos cidadãos brasileiros. E mais do que brasileiros, somos seres
humanos. Assim, temos consciência da importância de promover o desenvolvimento econômico aliado ao equilíbrio ambiental. E foi perseguindo esse lema que conheci o programa
Produção Mais Limpa, ainda lá atrás, quando
a Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental (Cetesb), inspirada em práticas internacionais de produção limpa, buscou setores
produtivos para realizar projetos pilotos. Naquela época, eu presidia a Associação Brasileira da
Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), e fizemos
um movimento para que o setor fosse o primeiro a se engajar e colaborar com o programa para desenvolver uma gestão ambiental
consciente e responsável. Mais tarde, à frente
da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), busquei incrementar essa parceria
e envolver toda a indústria paulista no programa, uma ação que promove tecnologias e processos que possibilitam a fabricação de bens e
a prestação de serviços com menor consumo
de material e de energia e geração mínima ou
nula de poluentes. Hoje, a meu ver, a indústria
já está preparada para produzir sem poluir, preservando o meio ambiente.
Quais objetivos a Fiesp pretende alcançar?
Qual é o principal ganho que o programa “Produção Mais Limpa (P+L)” oferece? Já há resultados concretos de redução de resíduos com o programa?
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Paulo Skaf, presidente da Fiesp
PAULO SKAF: Todos ganham com a produção mais limpa: o meio ambiente, porque há
economia de recursos naturais e menor descarga de poluentes; a indústria, com mais produtividade, retorno financeiro e o valor agregado
da cidadania empresarial; o trabalhador, com
mais segurança e salubridade no ambiente
profissional; e, por fim, toda a sociedade. Afinal,
mitigar os impactos ambientais da produção
melhora a qualidade de vida, economiza água,
energia e reduz o uso de matérias-primas tóxicas. Diversos programas vencedores, que economizaram energia e ainda geraram empregos, foram apresentados durante a Conferência
Paulista de Produção Mais Limpa, que a Fiesp
realizou em março deste ano. Além disso, no
mesmo evento, assinamos um acordo com 17
instituições paulistas de ensino superior para
promover e difundir ações de cooperação que
buscam a conscientização de profissionais do
setor produtivo e do meio acadêmico sobre a
importância de práticas relevantes no uso racional dos recursos naturais.
O que é exatamente o Guia Técnico Ambiental da Indústria Têxtil – Série P+L, produzido pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e pelo o Sindicato
das Indústrias Têxteis do Estado de São Paulo
– Sinditêxtil?
PAULO SKAF: O Guia condensa práticas positivas aplicadas pelas empresas engajadas no
projeto e foi lançado durante a Conferência Paulista de Produção Mais Limpa, a qual sediamos
na Fiesp. É um material bastante útil, que contempla um conjunto de soluções significativas
para os aspectos primordiais no relacionamento
entre meio ambiente e indústria e que, tenho
certeza, terá um bom efeito multiplicador.
Fale sobre o protocolo assinado entre a
Fiesp e universidades paulistas, visando ações
de cooperação mútua para inserir o tema da
P+L nas universidades?
PAULO SKAF: Nos países desenvolvidos, as
pesquisas e a inovação tecnológica se concentram nas universidades. Aqui no Brasil, a universidade ainda participa pouco desse processo. O fundamento deste acordo é disseminar
o conceito de produção mais limpa e integrar
os estudantes que hoje estão nos centros de
formação e que, dentro de pouco tempo, estarão no mercado de trabalho. Com o protocolo,
vamos realizar ações de cooperação mútua entre as universidades como Unicamp, FGV, USP,
Mackenzie, entre outras. Isto porque a produção
mais limpa só funcionará em sua plenitude se
houver um modo de pensar diferente, uma cultura nova por parte das novas gerações, que,
atentas a essas questões, vão acrescentar ao
que já se faz no setor produtivo.
Todos ganham com a
produção mais limpa: o meio
ambiente, a indústria, o trabalhador e toda a sociedade.
Afinal, mitigar os impactos
ambientais da produção
melhora a qualidade de vida
particulados, hidrocarboneto, óxidos de enxofre e nitrogênio, entre outros poluentes, foram
drasticamente reduzidas ao longo dos anos e
hoje são comparáveis às emissões industriais
dos países desenvolvidos. Muitas empresas até
extrapolam as exigências legais e investem
em práticas ambientais mais amplas, voltadas
à economia de recursos hídricos e energéticos,
por exemplo. Para a redução das emissões de
CO2, a Fiesp lançou, no ano passado, uma ampla campanha chamada “Menos Carbono Mais
Sustentabilidade”. A idéia é promover encontros
públicos e envolver todos os setores da sociedade no esforço de compreender e amenizar os
impactos ambientais provocados não apenas
pelas atividades produtivas, mas, também, pela
simples existência cotidiana.
Quais os segmentos privados e públicos e
as entidades técnicas ligados ao “Produção Mais
Limpa”?
PAULO SKAF: A produção mais limpa permeia todos os setores da sociedade, o setor
produtivo industrial, as universidades e a Cetesb, como órgão de controle ambiental.
Como o senhor analisa as potencialidades
do Brasil no campo do desenvolvimento das
energias alternativas? E qual o modelo de financiamento de pesquisas ideal para que o
país possa ingressar definitivamente na era da
economia do carbono?
PAULO SKAF: O Brasil possui condições
inigualáveis para a produção de energias alternativas. Temos uma matriz energética reconhecidamente limpa e que possui potencial de
desenvolvimento em várias frentes. No campo
da energia solar, nosso país é privilegiado. Já
a expansão das energias de biomassa, eólica
e das marés deverá ter grande incremento
num futuro próximo. Outra alternativa é a produção de energia proveniente do lixo. Com a
crescente urbanização, áreas disponíveis para
novos aterros sanitários são cada vez mais difíceis, o que nos impele a criar soluções para
aproveitamento energético do lixo.
No Brasil, as empresas preocupadas com a
emissão de gases de efeito estufa ainda são
minoria. O desenvolvimento de tecnologias limpas depende, em sua opinião, da ampla conscientização do empresariado?
PAULO SKAF: O empresariado já está consciente da necessidade de utilizar mecanismos
de produção mais limpa e tem se esforçado
bastante para diminuir emissões poluentes
de um modo geral. As emissões de materiais
O programa norte-americano de estímulo à
utilização de tecnologia limpa envolve gastos diretos do governo e créditos fiscais. As companhias
que lidam com tal tecnologia também têm sido
ajudadas por empresários de investimentos de risco. No caso do Brasil, como devem atuar os agentes públicos e privados para enfrentar os desafios
do desenvolvimento de novas tecnologias?
PAULO SKAF: O setor produtivo não pode esperar o público para fazer investimentos em novas
Paulo Skaf, presidente da Fiesp
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ENTREVISTA
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vemos melhora. As exportações continuam desaquecidas, com nível que regrediu ao de 2007.
Ainda por cima, outros fatores, como imposição
de barreiras ao comércio e câmbio depreciado,
castigam setores como a indústria de aviões,
máquinas, têxteis, calçados e móveis. Neste
cenário, o que tem sustentado nosso saldo comercial são as commodities.
Qual o peso das exportações para a indústria brasileira?
PAULO SKAF: As últimas análises da Fiesp
mostram que aproximadamente 23% do que é
produzido pela indústria brasileira é vendido ao
exterior – uma parcela considerável e que não
deve ser menosprezada, em especial pela capacidade de gerar empregos de qualidade e em
grande quantidade.
tecnologias. Estímulos e iniciativas em conjunto são
Existe certo consenso de que alguns probem-vindos, mas a indústria precisa realizar ações cedimentos tomados pelo governo, como a
por conta própria, o que, apesar dos percalços buro- formação de reservas financeiras, ajudaram o
cráticos, tem feito com muita diligência.
país a absorver melhor os impactos da crise
financeira internacional. Assim mesmo, o FMI
A crise econômica mundial pode prejudicar projeta um PIB negativo para este ano com reos projetos da indústria de estimular esse tipo cuperação em 2009. Projeta-se também uma
de procedimento, de aumentar a produtivida- acentuada retração no comércio internacional,
de e ao mesmo tempo economizar recursos embora isso deva afetar mais a exportação de
naturais utilizados na produção e não poluir o produtos primários. Como essa situação irá se
ambiente?
refletir na indústria brasileira?
PAULO SKAF: O setor industrial, assim como
PAULO SKAF: Não há dúvidas de que a crise
toda sociedade brasileira, já enfrentou diversas internacional afeta todos os países, em menor
crises econômicas, externas e internas, como o ou maior grau, e o Brasil não é exceção. Nosso
esmagador período de inflação galopante, e país foi atingido, principalmente, com quedas
sempre soube buscar alternativas para produ- na demanda interna, no comércio exterior, no
zir. Os novos tempos compelem o industrial ao crédito e na confiança. Destes aspectos, as vendesenvolvimento sustentável, ou seja, deve-se das internas têm respondido positivamente e
buscar produzir cada vez mais com menos. E apresentaram crescimento, principalmente com
a questão ambiental pode ser um bom fator o auxílio fiscal dado a determinados setores. A
de competitividade, neste momento de crise. falta de confiança, embora ainda não totalmenResíduos são desperdícios que devem ser evi- te mitigada, parece dar sinais de que o pior já
tados ao máximo; efluentes líquidos lançados passou. As taxas de juros e o spread bancário
em padrões melhores que a qualidade dos rios começam a retornar aos patamares pré-crise
podem e devem ser reusados. Tudo isto já faz e há espaço para o governo derrubar a Selic,
parte da rotina do setor industrial, mas a busca melhorando ainda mais o panorama. No entanpor melhoria deve ser contínua.
to, quando falamos da demanda externa, não
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A Fiesp critica os juros altos, contemplando
assim a questão dos spreads bancários. Qual é a
consequência dessa política monetária para o país e
para o desenvolvimento da indústria, em particular?
PAULO SKAF: O medo do Banco Central em
fazer cortes que levem a taxa básica de juros a
patamares condizentes com o momento econômico em que vivemos e o alto custo do crédito
no país são extremamente nocivos à atividade
produtiva no Brasil. Cada redução na taxa de
juros leva seis meses para produzir efeito, isso
significa que a morosidade do Comitê de Política Monetária do Banco Central não atende
à urgência de reação que o país precisa dar
em resposta a crise econômica. Se tivéssemos
baixado os juros em outubro do ano passado,
em abril estaríamos sentindo seus reflexos. A
demora contribuiu para quedas do PIB e do
emprego. O ideal é termos taxa de juros de 7%
ao ano, número compatível com uma inflação
sob controle. Além disso, nosso spread bancário
é o maior do mundo, o que é um absurdo. É
necessário promover a concorrência dos bancos
com a adoção do cadastro positivo de clientes.
O Banco Central também precisa pressionar
o setor financeiro, principalmente os grandes
bancos, a emprestar dinheiro ao mercado e, ao
mesmo tempo, reduzir os juros. Já o governo
tem que dar o exemplo, fazendo com que os
bancos públicos cobrem taxas mais baixas. •
| SAÚDE
Saúde em gotas
Por Rita Gallo
Fotos: Paulo Bareta
Em busca da paz interior
Nos grandes centros urbanos, é impossível
fugir dos problemas. Nossa cabeça parece uma
floresta onde as preocupações são como macaquinhos pulando de galho em galho. Uma
boa indicação para tornar a mente mais forte
para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia é
a meditação. Mas fica a dúvida: será que é
possível meditar no trânsito caótico das cidades ou no ambiente competitivo do trabalho?
À primeira vista, parece difícil silenciar a mente
diante das atribulações, em busca da paz anterior. Mas para a Brahma Kumaris, organização
que trabalha com o desenvolvimento de valores espirituais em 120 países e tem cursos gratuitos de meditação raja ioga, é possível compatibilizar a vida urbana com a meditação.
Segundo Luciana Ferraz, coordenadora nacional da organização, é possível meditar no
relacionamento com o mundo. Ela diz que em
cada ação do dia é possível meditar. “Ao realizar cada ação do seu dia, o indivíduo deve se
concentrar e realizar da melhor maneira possível cada uma das suas tarefas, meditando
através dela.”
Ponderar e refletir antes de cada ação
também é um meio de meditar: “Temos que
conectar mente e espírito, o que nos deixará
em estado de meditação”. Esse treinamento diário dará habilidade para iniciar o processo de
meditação tradicional. “Ao nos preencher com
pensamentos positivos e elevados, automaticamente vamos silenciando a mente”, explica
Luciana. Mas todo esse processo é gradativo,
pois é “impossível frear um carro a 200 quilômetros por hora”.
Luciana Ferraz, coordenadora
nacional da Brahma Kumaris
SET/OUT/NOV –- 2009 |
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g
otas
SAÚDE |
em
Saude
Vazio espiritual
Luciana diz que ao nos concentrarmos em
nossas tarefas vamos ganhando gradativamente o “estado de silêncio”. Muitas vezes, a pessoa
está presa em um turbilhão de ideias negativas
e sente um vazio espiritual. “A meditação é um
estado de limpeza espiritual, onde o medo e a
confusão cessam e o homem ganha luz internamente”, afirma a coordenadora do Brahma
Kumaris. Ela acrescenta ainda que “com a meditação devemos buscar a matriz original interna
de amor e paz que todos nós, seres humanos,
carregamos, o que nos transporta para uma
experiência de encontro com Deus”. Segunda a
filosofia de Luciana, Deus é como um sol espiritual, que nos toca com raios de luz qualificados, repletos de amor e compreensão. “Com a
meditação, é possível criar um sintonia com a
luz divina e com a nossa verdade interna.” A
Brahma Kumaris foi fundada na Índia em 1936
com o propósito de resgatar valores espirituais.
Mais informações no site www.bkwsu/brasil.org.
“A raja ioga é a arte de viver em equilíbrio, ser
feliz e pacífico”, diz Luciana.
Sem pressão
Um estudo publicado recentemente pelo
American Journal of Epidemiology demonstrou
a relação direta entre o ganho de peso e o estresse no trabalho. Durante nove anos, 1,3 mil
pessoas foram acompanhadas e conseguiu-se
demonstrar que a falta de desafios no trabalho,
falta de poder de decisão e dificuldade em pa-
14 |
gar as contas foram os fatores relevantes para
o ganho de peso nos homens. Para as mulheres, as dificuldades de conciliar o trabalho com a
vida pessoal e também a dificuldade de pagar
as contas provocaram o aumento do peso. O
estudo revela ainda que o estresse pode dificultar o controle de peso, especialmente quando
já se está acima do peso.
Alimentos versus estresse
Regina Célia Pereira, em seu livro “Dieta
dos 7”, indica sete alimentos que devem ser
consumidos regularmente para combater o estresse. Segundo ela, um desses alimento é o
açaí, fonte de carboidrato. Já o arroz integral
é cheio de vitaminas do complexo B e a carne
vermelha dá energia por combinar vitamina
B12 e ferro.
Outros alimentos que devem estar no cardápio diariamente são a castanha, rica em cobre, e a mandioca, como fonte de vitamina C e
fósforo. Os sucos de frutas nos oferecem frutose e a semente de abóbora fornece potássio.
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Tetris
Jogar Tetris pode combater o estresse póstraumático. Uma pesquisa publicada no periódico Public Library of Science One mostra a boa
evolução em 40 voluntários saudáveis que
testaram o jogo. Todos assistiram a vídeos que
continham imagens traumáticas de ferimentos. Os voluntários foram, então, divididos em
dois grupos de 20. Após 30 minutos, o primeiro
grupo jogou Tetris por 10 minutos, enquanto o
outro não realizou atividade alguma.
Os cientistas mediram, na semana seguinte, a quantidade de flashbacks (visões, sons ou
aromas percebidos durante o incidente traumático que voltam frequentemente à mente da
vítima), e constataram que os voluntários que
jogaram Tetris tiveram um número menor dos
episódios do que o segundo grupo.
Os pesquisadores afirmam que o Tetris ajuda a bloquear a formação de memórias dolorosas, caso seja jogado imediatamente após o
evento traumático. Para eles, o Tetris interfere
na forma como as memórias sensoriais são registradas no período depois do trauma e, assim,
reduz o número de flashbacks.
Estresse animal
Os seres humanos têm pelo menos uma
coisa em comum com os animais: ambos sentem estresse. No processo de domesticação,
os animais perderam os desafios e oportunidades que tinham na vida selvagem. Segundo a veterinária Isabella Vincoletto, os
www.garfield.com
animais domesticados não podem mais formar bandos, correr em grandes espaços, mas
têm de conviver com a solidão, principalmente
nas cidades. “É muito comum, as pessoas que
moram em apartamentos comprarem cachorrinhos, que passam o dia sozinhos à espera
do dono”, diz a veterinária. Essa solidão causa
atitudes como cavar, morder, arranhar portas
e janelas, uivar, latir, chorar e urinar e defecar
em lugares impróprios, sintomas diretamente
relacionados com o estresse. “Normalmente, o
dono acredita que o animal é desobediente
ou mal-educado, mas o que pode estar acontecendo são sintomas diretamente relacionados ao estresse”, afirma Isabella.
Os cachorros de pequeno porte têm uma
relação de dependência muito intensa com o
dono e costumam enfrentar problemas psicológicos, diferente dos animais de grande
porte. Os sintomas surgem com a falta ou excesso de exercícios, mudanças na rotina, entre
outros fatores. Animais estressados podem
desenvolver problemas gástricos ou até tornarem-se agressivos. Para combater a doença, o
dono precisa identificar a fonte do problema
e propor mudanças na rotina do animal. “É
necessário que o dono se coloque no lugar do
seu cachorrinho e entenda que ele precisa sair
de casa, pelo menos, uma vez por dia”, explica
a veterinária.
mais independentes e conseguem se adaptar
com mais facilidade ao meio ambiente, mas
podem ser acometidos de estresse”, explica a
veterinária Isabella Vincoletto.
A veterinária diz ainda que o gato estressado se assemelha muito ao personagem de desenho animado Garfield, gordo e pesado, com
sintomas como recusa em beber água e olhar
apático. “Esse tipo de animal também precisa
de brincadeiras, pois ele é um caçador nato”,
conta a veterinária.
Em relação aos peixinhos ornamentais,
o principal cuidado para evitar o estresse é a
manutenção permanente do aquário. Já os
pássaros devem ter apenas um tratador, evitando que as aves se assustem com estranhos
Gatos e outros bichos
em contato com a sua gaiola. Finalmente, os
Como os cachorros, os gatos domésticos cavalos também sofrem estresse, que pode ser
também apresentam manifestações de estres- evitado se forem respeitados os calendários de
se, mas em escala menor. “Os gatos são ani- provas equestres e férias desse calendário. •
SET/OUT/NOV – 009 |
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ESPECIAL |
Universidade do Café
UniOctavio promove cursos para difundir conhecimentos e novas tecnologias de produção do café
Por Rita Gallo
O consumo de café no Brasil cresce a cada
ano, principalmente entre os maiores de 15 anos. O
ritmo é tão acelerado que o consumo do produto
perde apenas para a água e já está à frente dos
refrigerantes. Estudos realizados pela empresa de
pesquisa Interscience revelam que nove em cada
dez brasileiros consomem café, diariamente.
Minas Gerais é o principal estado produtor
de café, Espírito Santo é o segundo e São Paulo
aparece em terceiro lugar. O Brasil é o segundo mercado consumidor de café do mundo. A
meta brasileira é chegar a 2011 e 2012 com um
consumo interno de 21 milhões de sacas, passando a ser o maior consumidor do planeta.
Hoje, o país se destaca como o maior produtor e
exportador do grão. Para suprir as necessidades
de conhecimento deste mercado em constante
crescimento e com o objetivo de difundir novas
tecnologias, foi criada a Universidade do Café
Octavio, ou simplesmente a UniOctavio. A coordenadora da UniOctavio é Silvia Magalhães,
uma das baristas mais renomadas do Brasil.
A UniOctavio tem como diferencial direcionar seus cursos a baristas, donos de cafeterias,
donas-de-casa, amantes do café, estudantes e
consumidores que apreciam café de alta qualidade, oferecendo aulas que abordam temas
como a colheita do café, o processo de torra
e o momento do preparo da bebida. Segundo
Silvia Magalhães, na Universidade do Café Oc16 |
tavio existem cursos básicos, intermediários e
avançados, inclusive para leigos. “Nosso objetivo é levar amplo conhecimento sobre a bebida,
desde a lavoura até a obtenção da xícara do
café, divulgando esse produto tão precioso para
o brasileiro”, afirma Silvia.
Os cursos também servem para a formação
de mão-de-obra especializada para o mercado
de cafés especiais, além de ofertar conhecimento
sobre o universo do café para “apaixonados” pela
bebida, abastecer o mercado com novidades e oferecer workshops com profissionais internacionais.
Cafés especiais
O consumo de cafés gourmet, que até 2001
praticamente inexistia no Brasil, tem crescido em
média 15% ao ano. Assim como na Europa e Argentina, os brasileiros das grandes cidades começam a frequentar cafeterias para experimentar
os chamados cafés especiais, feitos com processos, grãos e blends – mistura de vários tipos de
grãos– de alta qualidade. O boom de novas cafeterias no Brasil e o lançamento de cafés especiais
no varejo colaboram para a criação de uma nova
safra de profissionais, os chamados baristas.
A profissão, que existe há mais de 70 anos
na Europa, recentemente começou a crescer no
Brasil. Considerados os “sommeliers” do café, os
baristas não preparam apenas bons expressos
e capuccinos, como também criam drinques
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gelados da bebida. Um bom profissional ainda
pode dar treinamentos, cursos, palestras ou até
participar de campeonatos.
Outro curso oferecido pela UniOctavio é o
destinado aos “coffee lovers”. “Esse público não
pretende se tornar profissional da área, mas
adora um bom café”, explica Silvia. Ela conta ainda que o curso tem duração de duas noites.
A UniOctavio conta com forte estrutura oferecida pelo Café Octavio, totalmente produzido,
processado e embalado na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, que faz parte da região da
Alta Mogiana, em São Paulo, e possui certificações internacionais, como a da ONG Rainforest
Alliance. A universidade conta ainda com a estrutura do Octavio Café, uma cafeteria localizada na avenida Faria Lima, em São Paulo, com
ambiente moderno, conceito inovador, prêmios
conquistados e um café especial e sofisticado.
Nesse local, são realizados os cursos destinados
aos “coffee lovers”.
A UniOctavio usufrui também da estrutura
da Dallis Coffe, empresa de torrefação com sede
na cidade de Nova York (EUA), especializada em
cafés especiais. Desde 1913, ela importa grãos
de café de diversas partes do mundo, inclusive do Brasil, para compor seus famosos blends,
hoje presentes em hotéis, restaurantes, lojas e
butiques de café de 35 estados norte-americanos e em 12 países do mundo.
Localizada no Centro Empresarial de São Paulo,
a UniOctavio possui três salas que comportam até
12 alunos cada. Há ainda a possibilidade de ampliar esse espaço e contar com uma sala para aula
prática com capacidade de até 20 alunos. Nessas
salas estão instaladas TVs de última geração para
projeção das aulas e apresentações.
A universidade conta ainda com sala de torra,
que possui um probatino (torrador de até 1 kg) para
as aulas de torra de café. A UniOctavio disponibiliza também para seus alunos três máquinas de
café diferentes: a máquina La Cimbali e moinhos,
sendo um konico; a máquina La Spaziale e moinhos; e uma máquina Nuova Simonelli, modelo
Aurelia (máquina oficial do campeonato mundial
de baristas) e moinho. Os alunos contam também
com uma máquina de água quente e moinho de
prova da Bunn, fogão vitrocerâmico, máquina de
lavar louça e todos os utensílios de uma cafeteria
completa. Mais informações sobre os cursos podem
ser obtidas no link: http://www.unioctavio.com.br/
cursos/ . •
Octavio Café lança blends internacionais
Casa é a primeira no Brasil a produzir cafés especiais com grãos de outros países
O tradicional cafezinho deixou de ser um ritual do brasileiro
para se tornar uma verdadeira experiência gustativa. O Octavio Café,
centro de referência desde que foi inaugurado em 2007, acaba de
lançar cinco blends internacionais provenientes de fazendas na Colômbia, Quênia, Etiópia, Costa Rica e Papua Nova Guiné. “Todos são
produzidos com grãos da espécie arábica e são importados já torrados a partir da subsidiária do grupo em Nova York, a Octavio Inc.”,
explica Mario Chierighini, diretor comercial. “A ideia é trazer características e notas de cafés de outros países para que o brasileiro conheça
e tenha acesso”, informa Cristiane Quércia, diretora de marketing da
marca Octavio.
O blend Costa Rica traz grãos provenientes da fazenda Don
Mayo Beneficio, na região de Tarrazu. O café apresenta um toque
de chocolate, com notas doces de mel e frutas tropicais, sabor balanceado e bem equilibrado. É aromático e possui corpo intenso.
De pequenas fazendas na região de Wagih Valley, na distante
Oceania, o exótico Papua Nova Guiné conta com quatro diferentes
variedades. O café apresenta aroma de marzipan, sabor amanteigado,
com toques de caramelo e chocolate, corpo médio e acidez agradável.
Com aromas e sabores muito diversificados, os cafés da Etiópia
são considerados os mais distintos e vibrantes do mundo. O blend Etiópia vem de múltiplas plantações em Ayinage, uma região de Harrar,
considerada a Meca dos cafés. Este blend tem aroma floral, corpo leve
pronunciado e doçura acentuada com agradável acidez cítrica.
O Colômbia possui grãos das regiões central e leste do país e das
encostas dos montes andinos. Com reconhecimento internacional, o
café colombiano é controlado rigidamente por entidades federais.
A versão produzida pelo Octavio apresenta aroma complexo, com
notas de chocolate, corpo médio e equilibrado e acidez agradável.
Já o café queniano é um dos mais apreciados do mundo. O blend
Quênia, trazido agora pelo Octavio, incorpora grãos de diversos produtores regionais. O solo vulcânico dá ao café notas incomparáveis, como
aroma de cassis com frutas vermelhas, corpo intenso, acidez pronunciada e refinada, sabor que lembra vinho e uma doçura acentuada.
Os novos blends podem ser degustados na cafeteria ou levados
para casa, em grãos torrados ou torrados e moídos. Uma forma de
ter os cafés mais exclusivos do mundo ao alcance de uma xícara.
Além dos novos blends, o Octavio Café segue oferecendo seu
blend original, de origem nacional, chamado Alta Mogiana. Os grãos
vêm da fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Pedregulho (SP), localizada na região mais alta do Estado a produzir café, a 1.050 m
de altitude. A fazenda possui certificações de qualidade (Utz Kapeh),
certificações de qualidade socioambiental (Rainforest Alliance) e certificação de denominação de origem controlada (AMSC). Seu café
apresenta um corpo intenso, acidez equilibrada e notas de chocolate,
caramelo suave, baunilha e nozes.
SET/OUT/NOV – 2009 |
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EMPRESA |
Lições a tirar da crise
Por Rita Gallo
“Não se pode restringir
investimentos em períodos
de turbulência”, afirma Ivan
Zurita. O presidente da
Nestlé opta por uma saída
diferente dos concorrentes
18 |
O presidente da Nestlé do Brasil, Ivan Zurita, decidiu ignorar a estratégia adotada pela
grande maioria das empresas diante do agravamento da crise econômica, em setembro do
ano passado. A companhia não cortou os investimentos previstos para o país em 2009 – ao
contrário, manteve o plano de fazer aportes de
R$ 350 milhões no período. Também se recusou a fazer demissões e manteve seus planos
de aquisições, incluindo a entrada em novos setores (a Nestlé já atua em 28 segmentos). Para
completar, não mexeu em sua meta de dobrar
de tamanho no Brasil até 2012, depois de já
ter duplicado suas vendas no país nos últimos
oito anos.
“Não se pode restringir investimentos em
períodos de turbulência”, afirma Zurita ao justificar sua estratégia diante da crise. “Sem riscos
não há oportunidades”, resume. Para ele, a ousadia de continuar investindo durante a crise
deu resultado: “Nossas vendas estão a todo
vapor, continuamos a fazer lançamentos e estamos fechando novas aquisições. O consumidor
não se intimidou diante da crise, nem mesmo
os que compõem as classes C, D e E”. A empresa
calcula que seu produto de maior sucesso – o
Leite Moça – tenha registrado vendas de sete
latas por segundo no primeiro semestre.
Com os resultados positivos, a Nestlé do
Brasil vai manter o segundo lugar no ranking
mundial de vendas do Grupo Nestlé, com faturamento em torno de R$ 12 bilhões. Para ocupar essa posição de destaque na corporação,
Zurita aposta na agressividade comercial e se
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mantém sempre atento a novos segmentos do
mercado: “É preciso ser veloz e ter capacidade
para enfrentar e gerenciar os riscos”.
Para o presidente da Nestlé, a busca por
novos mercados não deve significar que as
áreas tradicionais de atuação devam ser negligenciadas: “Deve-se estar sempre atento,
porque os mercados são dinâmicos e a concorrência também está atenta. Vejam o caso
do setor de leite. Várias empresas entraram
nesse segmento nos últimos anos com planos
ambiciosos, mas depois tiveram que abandonar o setor. Se não tivéssemos nos mantido atentos, poderíamos ter reduzido nossa
presença na área de leite, talvez de maneira
irreversível. Felizmente, isso não aconteceu,
porque nossa equipe continuou a atuar no
aperfeiçoamento desse mercado”.
Com essa visão, ele garante não temer
iniciativas da concorrência, como a fusão entre
Perdigão e Sadia. “Concorrência faz bem para os
negócios”, assegura. Zurita, no entanto, faz uma
ressalva nesse caso: lembra que os órgãos que
acompanham a concorrência empresarial, como
o Cade, devem usar na avaliação da união Sadia-Perdigão os mesmos critérios utilizados para
julgar a compra da Garoto pela Nestlé. “Não se
pode ter dois pesos e duas medidas em uma
economia como a brasileira”, ressalta. No caso
da Garoto, o Cade julgou a transação como
um risco para a concorrência – decisão que não
teve resultados práticos porque a aquisição foi
adiante e se concretizou, com o suporte de uma
decisão judicial a favor da Nestlé.
Ivan Zurita, presidente da Nestlé do Brasil
No mercado interno, Ivan Zurita lembra
que as empresas devem dar importância às
classes de renda mais baixa. Essa estratégia foi
adotada pela Nestlé com resultados positivos.
“Estudamos durante anos os consumidores de
menor poder aquisitivo para atendê-los de maneira adequada”, recorda. “Chegamos à conclusão, por exemplo, que a venda porta a porta
funciona muito para essas faixas da população
e hoje temos 6 mil vendedoras fazendo esse
tipo de trabalho para as classes C, D e E.” As
vendas da Nestlé para esse público já somam
atualmente R$ 1 bilhão.
Outro foco de atenção para as empresas
terem sucesso no mercado interno é a regio-
nalização, garante Zurita. A Nestlé tinha 80%
de suas vendas concentradas no Sul e no Sudeste, e em cinco anos reduziu esse peso para
67%, desbravando novos mercados nas outras
regiões. “Nossas vendas crescem no Nordeste o
dobro da média brasileira”, afirma.
No front externo, o presidente da Nestlé diz
que o Brasil precisa abrir seu mercado. “O país está
condenado ao sucesso, mas falta abrir o mercado”, ressalta Zurita. “Precisamos, por exemplo, de
acordos bilaterais no comércio exterior, para impulsionar nossa presença no mercado internacional.
Um exemplo: poderíamos fazer um acordo com a
China que incluísse a venda de leite para aquele
gigantesco mercado.”
O crescimento da presença brasileira no
mercado externo, afirma Ivan Zurita, é uma tarefa a ser tocada pela iniciativa privada: “Não
faz sentido querer que o governo brasileiro venda nossos produtos lá fora. Essa é uma tarefa
das empresas. O governo ajuda, sim, ao abrir a
possibilidade de mais países comprarem nossos produtos. É o trabalho de abrir as portas
das outras nações – o restante é trabalho das
empresas”. Confiante, ele assegura que o Brasil ganhará espaço rapidamente na economia
mundial se adotar essa estratégia: “Se abrirmos
nossas fronteiras, ninguém consegue concorrer
conosco. Somos muito competitivos em todas
as áreas”. •
SET/OUT/NOV – 2009 |
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NOTAS |
Atração virtual
O site do Centro Empresarial de São Paulo
ganhou novas cores, novo formato, conteúdos
variados e muitas informações sobre o condomínio e as empresas instaladas. A nova apresentação está mais leve e com visual mais moderno.
“A ‘reconstrução’ do site teve como proposta a apresentação do Centro Empresarial de
São Paulo ao mercado imobiliário e às empresas com perfil para ocupação de seus espaços
locáveis”, explica Alvino José de Oliveira, diretor
da Panamby Empreendimentos e Participações
Ltda, empresa que administra o condomínio.
A criação e o projeto visual do novo site
foram desenvolvidos por programadores e
webdesign da agência Estúdio Copacabana
(www.estudiocopacabana.com.br). De acordo
com o diretor de negócios da agência, Nicholas Sales, o projeto perseguiu o propósito de
criar um site mais bonito, agradável e com informações bem organizadas.
20 |
As mudanças foram muitas. Porém, o
mais importante são as melhorias na usabilidade. O site do Centro Empresarial pode ser
encontrado com mais facilidade nos sites de
busca. Ou seja, ele está melhor ranqueado em
buscadores como Google e Yahoo.
“O visual ficou mais clean e o foco principal foi dirigido para o negócio do Centro Empresarial”, avalia Sidnei Bertazzoli, diretor da
Panamby Empreendimentos e Participações
Ltda. Ele destaca que os internautas podem
acessar os conteúdos com muita facilidade.
Podem assistir ao vídeo do Centro Empresarial e fazer um tour virtual pelos espaços do
condomínio, conhecer as empresas que funcionam dentro do complexo – todas elas classificadas por nome e localização –, consultar
os classificados, anúncios internos e todas as
ofertas de serviços das lojas e restaurantes do
Shopping Panamby.
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Foto; Paulo Bareta
Imagem: Estúdio Copacabana
O Centro Empresarial renova seu site (www.centroempresarial.com.br) para atrair novos negócios
Alvino José de Oliveira, diretor da Panamby
”
Foto; Luiz Paulo Alexo
O novo site tem apresentação bilíngue.
“Uma novidade é a versão em inglês, que antes não existia. Pelo próprio perfil dos clientes
do Centro Empresarial, era inevitável que o site
tivesse essa opção”, acrescenta Bertazzoli.
Voltado para o público que tem interesse
em conhecer e alugar espaços no conjunto, há
uma página específica com o título “Tenha seu
espaço”, onde estão elencadas as principais vantagens do condomínio: flexibilidade, tecnologia,
segurança, qualidade de vida e serviços.
O Centro de Eventos Panamby–Cenesp
tambem ganhou uma apresentação especial.
Uma série de fotos e a planta baixa mostram
todas as suas instalações, o auditório, nove salas, área para almoços e exposições, além de
informações sobre a realização de reservas.
Para quem deseja obter mais informacões
e notícias sobre o condomínio e as empresas,
o site oferece várias edições da revista Centro
Empresarial SP News, cujos arquivos em PDF
estão disponíveis para download.
Em pouco tempo, todas essas mudanças feitas
já surtiram efeito sensível. De acordo com Alvino
Segundo Sidnei Bertazzoli, uma das novidades é a versão em inglês do site
José de Oliveira, a proposta do novo site conseguiu
atingir plenamente o objetivo. Isso se comprova
facilmente pelos acessos registrados já no primeiro
mês, quando se atingiu aproximadamente 10 mil
visitas, com tempo médio superior a 3 minutos.
“O novo site contempla todas as facilidades
que os usuários encontram no seu ambiente de
trabalho, como a magnífica área verde, o shopping
e sua enorme variedade de lojas e ótimos restau-
rantes, o Centro de Eventos e uma academia de
primeira linha. Seguramente, o empenho e dedicação dos profissionais que trabalharam no desenvolvimento do site estudando novas cores, fotografias
e matérias contribuíram para que atingíssemos o
nível de qualidade pretendida e, por consequência,
o excelente número de visitas. Estimulado por este
sucesso, estamos trabalhando agora no desenvolvimento do site da Austacen”, completa Alvino. •
SET/OUT/NOV – 2009 |
| 21
Imagem; SXC 277077_4713
ECONOMIA |
O ‘Vale do Silício’
brasileiro
O município de Petrópolis tem
65 empresas de tecnologia,
cerca de 30 delas instaladas
nos últimos quatro anos
22 |
A cidade de Petrópolis, na região serrana do
Rio de Janeiro, tem uma meta ambiciosa: tornar-se
o “Vale do Silício” brasileiro. Com o movimento Petrópolis-Tecnópolis, já foi possível viabilizar a instalação na cidade da multinacional Orange, do Grupo
France Telecom, que formalizou a decisão de levar
para a cidade um centro de trabalho onde empregará até 2010 cerca de 400 pessoas.
Outro grande trunfo obtido pelo movimento foi fazer parte da criação da primeira
empresa de bioengenharia de células e tecidos do Brasil: a Excellion Serviços Médicos.
“O Brasil tem um potencial absurdo para criar
soluções na área de tecnologia”, afirma a
gerente do Movimento Petrópolis-Tecnópolis,
Ana Hofmann. Segundo ela, as iniciativas vêm
crescendo. Hoje, a cidade já é reconhecida internacionalmente por suas atividades na área
da tecnologia da informação.
“Nosso trabalho permanente é que o movimento atraia empresas e instituições de base
tecnológica”, conta Ana. Para a gerente, o Brasil
tem competência para desenvolver soluções
próprias. “Nós não temos apenas um perfil
programador (ou seja, voltado para softwares),
como é o caso da Índia”, diz ela.
Para a gerente do Movimento PetrópolisTecnópolis, o Brasil tem um perfil produtor criativo de softwares. “Veja, por exemplo, a possibilidade da Petrobras de prospectar em águas
| SET/OUT/NOV – 2009
profundas. É produto de desenvolvimento de
softwares específicos feitos por brasileiros, o
que também já acontece em outros grandes
projetos de empresas como a Vale do Rio Doce
e outras do mercado financeiro”, afirma Ana.
Não é de hoje a ideia de tornar Petrópolis
uma “tecnópolis”. A cidade precisava de uma
nova vocação desde meados do século XX,
quando houve um esvaziamento econômico
provocado pelo fechamento de inúmeras indústrias do setor têxtil, tradicional base econômica
do município. “A primeira iniciativa para a construção de um polo de tecnologia foi a criação
do curso de Ciência da Computação da Universidade Católica de Petrópolis, em 1984”, diz Ana.
Três anos depois, foi criada a Fundação Parque
de Alta Tecnologia de Petrópolis (FUNPAT), com
o objetivo de fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico da região.
Mas foi há 10 anos que o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(FIRJAN) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ) contrataram os
serviços da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para
fazer um estudo que deveria avaliar as potencialidades de oito regiões do Estado do Rio de
Janeiro. ”Para a região serrana, o estudo mostrou
que haveria ali espaço para um polo de alta tecnologia”, explica a gerente. E desde aquela época
a ideia vem se tornando realidade.
Atualmente, existem 65 empresas de base tecnológica por lá, principalmente nas áreas de desenvolvimento de software e telecomunicações – cerca
de 30 delas se instalaram nos últimos quatro anos.
“O objetivo principal do nosso projeto é tornar Petrópolis um portal de entrada para investimentos
em tecnologia, longe dos grandes centros, o que é
uma tendência nessa área”, diz Hofmann. A estratégia é investir em ações de infraestrutura para as
empresas e no incentivo à pesquisa na área.
No ano passado, Petrópolis sediou o 1o Festival de Tecnologia de Petrópolis (FTP), com o
objetivo de reunir estudiosos da área de tecnologia da informação para discutir de maneira
ampla temas que vão desde a robótica à medicina, passando pela arte digital.
O evento teve a participação de palestrantes de centros como o Instituto de Tecnologia
de Massachusetts (MIT) e das universidades de
Harvard, de Paris, de Londres e de Cambridge.
Os organizadores do evento, capitaneado pelo
Movimento Petrópolis-Tecnópolis, afirmam que o
principal diferencial do festival é a aposta na
transmissão de conhecimento, sem atividades
comerciais – não há venda ou apresentação de
produtos. “O encontro foi um sucesso e deveremos repeti-lo em 2010”, prevê Ana.
“O Brasil tem um potencial
absurdo para criar soluções
na área de tecnologia”,
avalia Ana Hofmann
Outras tecnópolis brasileiras
Centro Empresarial de
São Paulo abriga
cerca de 15 empresas da área de TI
Petrópolis não é a única cidade brasileira
que conta com o projeto batizado de Tecnópolis. A cidade paranaense de Cascavel é outro exemplo de desenvolvimento de projetos
focados em tecnologia. Segundo a Fundação
para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundetec), situada em Cascavel, a tecnópolis
local começará a mostrar resultados no longo
prazo, mas consolidará a cidade como um polo
de desenvolvimento regional. Inciativas semelhantes também podem ser encontradas em
outras cidades do Paraná, de Minas Gerais e
de Santa Catarina. Os polos tecnológicos visam
atender a expansão digital do planeta.
Dentro desta visão, as tecnópolis são
unidades territoriais (cidade, região ou estado) com abundante capital humano e social,
contendo estruturas, organizações e pessoas
ativamente engajadas em gerar desenvolvimento social e econômico através da ciência,
tecnologia e inovação e cuja interação proporciona a alta concentração de empresas
baseadas em tecnologia e no conhecimento
de empreendores altamente qualificados. As
tecnópolis trabalham em cidades ou regiões
que se preparam para enfrentar os desafios
da sociedade do conhecimento.
Conexão digital
Inserido em um contexto de acelerado
desenvolvimento digital, o Centro Empresarial
de São Paulo abriga hoje cerca de 15 empresas da área de Tecnologia da Informação (TI).
Essas empresas atuam nas áreas de Outsourcing (serviços, processos e infraestrutura)
e especializadas em consultorias, ERP, BI e
fábricas de software. “O Centro Empresarial
de São Paulo conta com modernos sistemas
de informática, que operam pela internet
para oferecer maior mobilidade e conforto
aos usuários”, afirma Eduardo Castro da Silva,
gerente de Tecnologia da Informação.
“Hoje, todas as empresas que se instalam no Centro Empresarial de São Paulo, inclusive as da área de TI, podem contar com
diversos serviços via web, como instalação e
manutenção civil, hidráulica, elétrica e de telecomunicações, além de cadastro e liberação
de acesso ao empreendimento para funcionários, visitantes e veículos em seu estacionamento”, conta Castro da Silva.
Eduardo Castro da Silva explica que a
área de TI do Centro Empresarial de São
Paulo também atua na administração e suporte dos sistemas de automação predial
do empreendimento, além de fazer toda
gestão tecnológica do Cenesp. Por meio da
Austacem, o Centro Empresarial oferece um
sistema de telecomunicações que reúne chamadas de voz, e-mail, fax e Internet a partir
das redes de computadores das próprias empresas. Também oferece uma rede Wi-Fi aos
usuários e às empresas, que podem se conectar à Internet banda larga por palm-tops
e notebooks em uma área de aproximadamente 36 mil metros quadrados. •
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Assuma o que
é importante
para você
POR ROBERTO SHInYASHIKI
Você já parou para pensar que a cada minuto do seu dia você escolhe como vai ser a sua vida? Seu destino é criado com base em cada
decisão tomada. No entanto, muita gente tem medo de decidir e de
assumir as consequências de seus atos. Fica com medo de arriscar e não
acredita na própria capacidade de realizar a vocação.
Geralmente, são pessoas que, na infância, escutaram muitos nãos:
“Não se atreva! Não dê palpites em assuntos que você não conhece”. Mais
tarde, só sabem reconhecer o que não querem fazer.
— Eu só sei que não quero lidar com números...
— Eu só sei que não quero ninguém mandando em mim...
— Eu só sei que não quero trabalhar com meu pai...
São firmes no que não querem fazer, mas completamente indecisas
sobre o caminho a seguir. Vivem se torturando, sempre insatisfeitas, reclamando de tudo. Falam que vão mudar, mas jogam seu tempo fora
reafirmando apenas o que não querem. Outras não conseguem decidir
porque se mobilizam com base apenas no que os outros pensam. Querem agradar aos outros, mas não conseguem agradar a si mesmas.
Não desperdice sua vida procurando a aprovação alheia. Descobrir o
que se quer fazer é fundamental. E assumir as perdas que essa decisão
representa, também.
Você quer ser treinador de futebol. Tudo bem, mas saiba que isso vai
prejudicar a sua convivência com a família. Você gostaria de ser gerente.
Ótimo, mas vai ter de aprender a lidar com as pessoas.
Definir o que se quer facilita a vida.
Há muita gente também que não define o que quer porque pensa
que, para realizar um sonho, precisa abdicar de outro: trabalho ou casamento, filhos ou carreira, viver bem ou guardar dinheiro.
Ao contrário dos nossos avós imigrantes, que tinham de decidir entre
comer no almoço ou no jantar, hoje raramente precisamos eliminar coisas
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gente que não define o
“ Háquemuita
quer porque pensa que, para
realizar um sonho, precisa abdicar
de outro. Reveja suas crenças.
”
importantes de nossa vida para realizar algo. Porém, muitas mulheres
ainda abrem mão de ter filhos para se dedicar à vida profissional. Muitos homens ainda abrem mão do casamento para fazer carreira. Muitas
pessoas ainda abrem mão dos prazeres da vida para acumular dinheiro.
Não deixe de dar atenção ao que é importante para você.
O campeão nunca dirá: esse projeto é demais para mim. Ao contrário, vai pensar no que precisa aprender para realizar o seu sonho, no
que precisa mudar para conseguir o que quer. Está sempre se fazendo
perguntas: “O que preciso fazer para desenvolver bem este projeto?”, “O
que preciso mudar para conseguir ficar mais tempo na companhia dos
meus filhos?”
O campeão sabe que as novas conquistas são resultado de novos aprendizados. Claro, você pode optar por uma vida tranquila. Pode montar uma pequena pensão numa praia deserta e enfrentar poucos riscos, poucos desafios.
A escolha é sua. O importante é saber como quer viver a sua vida.
Roberto Shinyashiki é psiquiatra, palestrante e autor de 14 títulos, entre eles: Sempre em Frente, Os Segredos dos Campeões, Tudo ou Nada,
Heróis de Verdade, Amar Pode Dar Certo, O Sucesso é Ser Feliz e A Carícia
Essencial www.clubedoscampeoes.com.br)
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ACESSIBILIDADE |
Novo controle de acesso
Seis novos anexos, 14 elevadores, substituição de duas escadas rolantes e novo sistema
de controle de acesso vão facilitar a circulação no Centro Empresarial de São Paulo
Por Fernando Duarte Caldas
Fotos: Paulo Bareta
A circulação no Centro Empresarial de São
Paulo ficará mais fácil. Os prédios que compõem
o conjunto do empreendimento ganharão seis
anexos dotados, cada um deles, de dois elevadores, que permitirão mais fluidez na circulação
e contribuirão para o controle de acesso dos
usuários aos blocos de escritórios.
O novo sistema de controle de acesso, instalado nos níveis dos jardins, do shopping e do
piso Panamby, será formado por catracas e sistema de circuito fechado de televisão (CFTV). Nas
entradas de cada bloco serão colocados totens,
onde pessoas pré-autorizadas poderão fazer a
emissão de crachás para a entrada nos prédios,
principalmente os visitantes autorizados.
Todo o sistema será dotado de muita automação, segundo o gerente de Segurança do
Centro Empresarial de São Paulo, Adauto Luiz
Silva. “Preocupamo-nos, fortemente, em não
aumentar o efetivo de mão-de-obra para fazer
esses controles, de modo a obter custos operacionais adequados.”
além de segurança, maior conforto aos usuários”, completa Adauto.
Todas as modificações foram longamente
estudadas por uma equipe de funcionários das
áreas de Manutenção/Obras, de Segurança, de
Administração e de Tecnologia da Informação.
Durante meses, uma equipe de profissionais
Acesso
Nos anexos haverá estações de parada de
elevadores nos pisos Panamby, Shopping e Jardim, incluindo os estacionamentos intermediários. Isso permite interligar diretamente as áreas de conveniência e lazer, Shopping e Jardim,
com os estacionamentos internos e pontos de
entrada e saída dos blocos. “A circulação também fica muito facilitada para as pessoas com
deficiência, uma vez que barreiras arquitetônicas serão eliminadas. O objetivo é proporcionar,
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Em cima: controle de acesso na recepção
do Piso Jardins. Embaixo: visão do anexo e
de sua platafroma de acesso entre as
garagens e o Piso Shopping
Hall de entrada do Piso Shopping
terá controle de acesso, com
catracas e sistema de circuito
fechado de televisão (CFTV)
discutiu a logística de circulação no condomínio,
que resultou na concepção dos novos controles
de acesso.
“Estudamos as alternativas capazes de
agregar vários benefícios e de trazer mais valor
para os usuários. As obras para o novo sistema
de acesso abarcam um conjunto de inovações
que vão facilitar a circulação e promover uma
vivência diferente na utilização do Centro Empresarial”, sintetiza Marcos Maran, gerente de
Manutenção e Obras.
Controles de acesso
Os usuários poderão entrar nos prédios
normalmente com o porte de crachás. “Para
facilitar, iremos integrar nosso sistema web
atual (SASWeb), que as empresas instaladas no
condomínio já estão acostumadas a utilizar, ao
novo sistema de controle de acesso, tornando
funcional para nossos usuários, as operações
de cadastro e de liberação de seus funcionários ou de visitantes para acesso aos blocos”,
informa Eduardo Castro da Silva, gerente do
Departamento de Tecnologia da Informação
do Centro Empresarial de São Paulo.
Castro da Silva explica que serão utilizados
crachás com tecnologias diferentes para o público interno e visitantes. Para os visitantes, serão
emitidos cartões descartáveis com código de
barras, enquanto para o público interno serão
crachás de proximidade. Todas as barreiras eletrônicas para acesso aos blocos estarão adaptadas para as duas tecnologias.
No sistema de CFTV, serão implantandas
modernas câmeras IP com recursos de análise
de comportamento que, integradas ao sistema
de controle de acesso, vão facilitar a administração e operação diária da área de Segurança.
Novas escadas rolantes
As entradas e saídas pelos níveis Panamby,
Shopping e Jardim continuarão a ser franqueadas ao público em geral. O acesso para quem
vem da rua também será facilitado com a substituição das duas escadas rolantes que ligam os
pisos Panamby e Shopping por outras, novas
e com maior capacidade de transporte de pessoas. Como complemento ao uso das escadas
rolantes, também está previsto a implantação
de uma escada fixa entre esses dois pisos.
O piso Panamby será utilizado também
para as operações de carga, que terão dois elevadores exclusivos para utilização dos lojistas
do piso Shopping. Esses dois elevadores serão
instalados nos blocos A e B.
Cronograma
O condomínio já está dando andamento a um programa de comunicação para esclarecer ao público e às empresas sobre o
conjunto de mudanças. Esse programa inclui
sinalização e treinamento para o uso das
novas instalações, do sistema de cadastramento de funcionários e de autorização de
acesso, informam Patrícia De La Sala e Márcia D´A mbrosio, da Assessoria de Relações
Institucionais.
Marcos Maran finaliza informando que o
cronograma de obras prevê que os anexos do
Blocos A e B, além dos dois elevadores de carga, entrem em operação em janeiro próximo.
Os demais anexos devem ser entregues numa
sequência linear, tão logo fiquem prontos. Todos devem estar concluídos até o final de junho
de 2010.
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OPINIÃO |
Porque eu gosto do Centro Empresarial de São Paulo
Ele pintou paredes, fez instalações de tomadas, puxou cabos e fios, trocou lâmpadas,
fez desenhos, viu a primeiras empresas se instalarem, participou da inauguração, desenhou
o traçado das vagas dos estacionamentos e fez
locações. Já foi até içado em uma cestinha do
Corpo de Bombeiros por um helicóptero num
treinamento da brigada de incêndio. Uma história de 33 anos e uma convicção: “o Centro Empresarial de São Paulo é a minha vida”.
Quando José Aurélio Françoso chegou ao Centro Empresarial, em 1976, este se encontrava ainda
em fase de obras. Ele participou da construção
como contratado pela Carneiro Monteiro Engenharia, empresa prestadora de serviços de instalações,
na qual trabalhava como desenhista.
Seu primeiro local de trabalho foi o canteiro
de obras, instalado onde hoje está o estacionamento 18. “Quando cheguei para trabalhar
como desenhista, não havia ainda um local
para eu desenvolver minha função. Então fui
designado a coordenar a instalação de tomadas, com dez eletricistas”, lembra Aurélio.
Somente após cumprir essa tarefa inicial,
pôde se dedicar ao seu ofício de desenhista,
participando do projeto da cozinha central, na
área de alimentação da empresa Lubeca.
Quando o condomínio começou a funcionar de fato, Aurélio foi contratado pelo Departamento de Manutenção como desenhista. Fazia
plantas com a atualização de todas as novas
instalações. Chamaram-no logo para fazer o
controle de qualidade e, em seguida, para ser
chefe da seção que cuidava das ordens de serviços executados pelo departamento.
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José Maria Marin
Foto: Paulo Bareta
José Aurélio Françoso tem uma
história de amor com o Centro
Empresarial de São Paulo. Ele
conta como esse sentimento foi
construído ao longo de 33 anos
José Aurélio Françoso
Em 1994, foi convidado por uma das diretorias para cuidar da locação dos andares vagos
do Centro Empresarial. “Como eu conhecia muito
bem o empreendimento, todas as instalações e
as facilidades, sabia que era muito fácil alugar
os espaços. No final daquele ano, quase todos
os andares já estavam ocupados.”
Aurélio sempre soube demonstrar para as
empresas as vantagens do Centro Empresarial.
Seus espaços, o tamanho dos andares, 2.844,05
m2, as facilidades das instalações graças aos interandares, o paisagismo com seus lindos jardins.
“A beleza do empreendimento está na sua
arquitetura. Há facilidade para se deslocar de um
bloco para outro, as comodidades oferecidas pelo
shopping e a segurança incomparável do empreendimento. Sempre digo para as empresas com
as quais faço contato que posso sair do meu andar, ir até o banco, sacar dinheiro e voltar contan-
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do as notas, sem qualquer preocupação. Pois sei
que não existe nenhum risco aqui dentro.”
Nesses 33 anos, Aurélio fez muitos amigos
no Centro Empresarial. Sabe que é muito querido, pois não há lugar por onde passe que não
tenha sempre alguém que o cumprimente. Por
tudo isso, se lhe perguntam por que ele gosta
do Centro Empresarial, a resposta vem fácil:
– Eu não gosto, eu amo o Centro Empresarial. Foi toda uma vida aqui. Cheguei garoto, aos
20 anos. Nunca trabalhei em outro lugar. Aqui
passei alguns momentos tristes e muitos outros
felizes. O prazer, o amor, a felicidade de trabalhar neste empreendimento, o querer bem, o
gostar, o interesse por tudo que lhe diz respeito
e o cuidado com ele continuam como sempre.
O empreendimento faz parte de mim e eu faço
parte dele. Eu vivo aqui e tenho uma história
toda que não se apaga. •
Fotos: Divulgação
| TURISMO
Diversão em alto mar
Em constante ascensão, segmento de cruzeiros manterá temporada com
excelentes opções aos viajantes, tanto nacional quanto internacionalmente
Texto: Davi Brandão
Fotos: Divulgação
Uma categoria que se mantém em ascensão no setor de turismo. Deste modo se apresenta o segmento de cruzeiros marítimos, tradicional entre os europeus e que nos últimos
anos entrou no gosto também dos brasileiros.
Prova disso é que, a cada temporada, o número de navios que ancoram na Costa do Brasil é
crescente. Para este verão estima-se mais de
15 opções, além das sugestões internacionais.
Segundo especialistas, essa “onda” foi impulsionada, em especial, pela crise aérea eclodida no período de 2007 e 2008 e que, até os
dias atuais —principalmente nas datas festivas
e temperadas—, se coloca presente nos aeroportos do país e, por vezes, transforma a chamada viagem dos sonhos em pesadelo. Outro
fator ponderável para tal elevação da demanda
de passageiros nos últimos anos foi a elevação
do dólar perante o real, tendo em vista que
os turistas que optavam pelos destinos aéreos
internacionais passaram a frequentar os navios
da costa brasileira.
Para atender tantos novos visitantes, as
empresas especializadas neste segmento de
viagem apresentam, a cada temporada, uma
série de novidades. Nos últimos anos, a proposta dos cruzeiros temáticos foi a mais observada
entre os turistas. Hoje, é possível fazer pacotes
especiais para encontros de qualidade de vida,
enogastronomia, dança e, mais recentemente,
para curtir em alto mar o seu cantor predileto.
Pois, outra explosão marítima são os shows em
alto mar.
Após o sucesso de Roberto Carlos, cantores
como Fábio Junior, Zezé di Camargo e Luciano,
Bruno e Marrone e outros apostaram na proposta e já confirmaram apresentações do tipo
para a temporada de 2010.
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TURISMO |
Boas novidades
Para marcar sua estreia na temporada
brasileira, a Ibero Cruzeiros oferecerá duas opções de cruzeiros, o “Anos Dourados” e o “Movida Latina”, ambos a bordo do navio Grand
Celebration. A primeira opção promoverá uma
viagem pelo túnel do tempo, tendo em vista
que os participantes podem recordar momentos inesquecíveis que marcaram os anos 50,
como a boa música das orquestras americanas.
Ao todo, nove noites, com partida do porto de
Santos e passagem pelo Rio de Janeiro, Buenos
Aires, Punta del Leste e Porto Belo.
Muitos afirmam que dançar faz bem para
o corpo e para a mente. E se a ideia for essa,
o Movida Latina, ao longo de suas sete noites,
fará os participantes se revelarem verdadeiros
“pés de valsa”. Para animar a galera, destaques
para os estilos salsa, samba e zouk, que estarão presentes na programação. Com partida do
Porto de Santos, o navio passará pelo Rio de
Janeiro, por Salvador e por Búzios.
Restaurante do Costa Victória
Cassino Costa Victória
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Tradição em alto mar
Uma das empresas de referência no
mercado, a Costa Cruzeiros, promete mais
uma temporada de animação para a sua
clientela, que ao longo dos anos se tornou
habitué das opções ofertadas pela empresa.
Entre as opções estão os cruzeiros “Fitness”
e “Bem-Estar”, que valorizam a qualidade
de vida, a alegria e a boa forma. A bordo
do navio Concórdia, os participantes terão a
oportunidade de buscar uma sintonia entre
corpo e mente. Para a primeira opção, cinco noites, com saída de Santos e passagem
pelo Rio de Janeiro, Búzios e Porto Belo. E a
segunda dica são as sete noites, com saída
do porto de Santos e passagem pelo Rio de
Janeiro, Salvador, Ilhéus e Ilhabela.
Outro temático da empresa é o “Dançando a Bordo”, no dia 7 de fevereiro, tendo
passagem pelo Rio de Janeiro, Salvador e
Ilhéus. A bordo do navio Concórdia, os viajantes participarão de uma grande festa
dançante. A dança de salão será predominante, com ritmos como bolero, samba, forró, tango, salsa, country, valsa, zouk, danças
gaúchas, merengue, soltinho, chá-chá-chá e
pagode fazendo parte da programação.
Música e gastronomia estarão presentes
no “Prata All’ Italiana”, durante nove noites,
no navio Costa Mágica. Em sua décima edição, o cruzeiro terá um programa culinário
regado de aromas e sabores, no qual estão
previstos jantares temáticos, que apresentarão a cozinha de diferentes régiões italianas,
como Napoli, Firenze, Milano e Bologna, entre outras. No quesito musical, os viajantes
terão o prazer de ouvir do lírico ao popular.
Com o tema “Tango e Milonga”, o Costa Mágica também apresentará a emoção e
sensualidade do ritmo portenho, ao longo
de nove noites. No pacote, aulas da dança
que encanta o mundo e alguns dos principais nomes do tango argentino.
Exóticos
Requinte e sofisticação são garantidos nas
opções de viagem dos cruzeiros ofertadas pela
Silversea, com seus seis navios, para até 500
passageiros: Silver Cloud, Silver Wind, Silver Shadow, Silver Whisper, Prince Albert II e o novo
Silver Spirit. Todos os pacotes da empresa oferecem o sistema de “all inclusive”, ou seja, com
todas as refeições e gratificações incluídas.
Com saída marcada para o próximo mês de
novembro, o cruzeiro Amazônia fará o trecho
Manaus–Rio de Janeiro. Ao todo 14 noites, tendo como destaque a passagem pelo coração da
Amazônia, com destaque ainda para as visitas
a Natal, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Também em novembro, o navio Silver Wind fará o
trajeto Egito–Dubai, com viagem iniciando em
Port Said, no Egito, cruzando o Canal de Suez,
com paradas em Sharm-El-Sheikh (Egito), Agaba (Jordânia), Safaga (Egito), Salalah e Muscat,
em Oman. Ao todo, são 15 dias de puro luxo
e glamour.
Os demais temáticos da empresa serão:
“Cingapura a Sidney”, com passagem pela Samarang (Indonésia), chegando até Darwin, na
Austrália, por onde percorrerá várias cidades.
Fechando as saídas, o “Índias e Ilhas Seichelles”,
com partida de Mumbai, na Índia, passará por
Cochin (Índia), Colombo (Sri Lanka), Male (Maldivas), até chegar as Ilhas Seichelles, onde fará as
Ilhas Curie, La Dique, Praslin e Mahé. Serão 12
dias de aventura e culturas exóticas. •
Cruzeiros oferecem gastronomia sofisticada e variada
Vista Suite
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Fotos: Divulgação
CULTURA |
Agenda
Cultural
Dicas de atrações culturais que
acontecem bem próximo ao
Centro Empresarial de São Paulo
HSBC BRASIL
R. Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antônio – São Paulo, SP
Tel: 4003-1212
LULU SANTOS
Dias 11 e 12 de setembro - sexta e sábado
Horário: 22h
Show Longplay
JOJO
Dia 3 de outubro - sábado
Horário: 22h
Jojo Brasil Tour
UMA NOITE NA ÍNDIA
Dias 18 e 19 de setembro - sexta e sábado
Horário: 22h
VÍDEOS GAMES LIVES
Dia 7 de outubro - quarta-feira
Horário: 20h30
O maior show da game music
INIMIGOS DA HP
Dia 25 de setembro - sexta-feira
Horário: 22h
Show de aniversário de 10 anos
DIOGO NOGUEIRA
Dia 2 de outubro - sexta-feira
Horário: 22h
De volta a São Paulo
TONY BENNETT
Dia 26 de outubro - segunda-feira
Horário: 22h
In Concert
ANAHI
Dia 3 de novembro - terça-feira
Horário: 20h30
World Tour 2009
Diogo Nogueira
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Anahi se apresenta em novembro no HSBC Brasil
Tony Bennett
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Bailarinas do Pina Bausch Tantztheater Wuppertal
Sarah Brightman
CREDICARD HALL
Av. Nações Unidas 17.955 (Marginal Pinheiros), entre
as pontes João Dias e Transamérica. Ao lado do
Hotel Transamérica. Acesso à ponte Transamérica.
Tel: (11) 2846-6000
BLUE MAN GROUP
Dias 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12 e 13 de setembro
Horário: diversos
TEATRO ALFA – TEMPORADA
DE DANÇA 2009
o
o
Endereço: R. Bento Branco de Andrade Filho, n 722, Santo Amaro. (Altura do n 18.591 da Avenida das
Nações Unidas. O Teatro Alfa localiza-se anexo ao Hotel Transamérica.) Tel: (11) 5693-4000 ou 0300 789 3377
PINA BAUSCH TANTZTHEATER WUPPERTAL
A Sagração da Primavera
Direção artística e coreografia: Pina Bausch
Coreografias: Café Müller
Dias 24 a 26 de setembro.
Horários: 21h (quinta) e 21h30 (sábado)
BALLET NATIONAL DE MARSEILLE
Métamorphoses
Direção artística e coreografia: Frédéric Flamand / Cenário e Figurinos: Humberto e
Fernando Campana
Dias 2 a 4 de outubro
Horários: 21h30 (sexta), 21h (sáb.) e 18h (dom.)
CIA. DE DANÇA QUASAR
Céu na Boca
Direção artística e coreografia: Henrique
Rodovalho
Dias 17 e 18 de outubro
Horários: 21h (sábado) e 18h (domingo)
SÃO PAULO CIA. DE DANÇA
Coreografia inédita ainda sem título, de Daniela Cardim; Gnawa (2005), de Nacho Duato, para 14 bailarinos; e Polígono (2008),
coreografia de Alessio Silvestrin, Ricardo
Scheir e Maurício de Oliveira
Direção artística: Iracity Cardoso
Direção Artística Adjunta: Inês Bogéa
Dias 22 a 25 de outubro
Horários: 21h (quinta e sábado), 21h30 (sexta)
e 18h (domingo)
BALLET PRELJOCAJ
Blanche Neige
Direção artística e coreografia: Angelin Preljocaj
Música: Gustav Mahler
Figurinos: Jean Paul Gaultier
Cenário: Thierry Leproust
Dias 6 a 8 de novembro
Horários: 21h30 (sexta), 21h (sáb.) e 18h (dom.)
JERRY LEE LEWIS
Rock
Dia 18 de setembro
Horário: 22h
LAURA PAUSINI
Pop Internacional
Dias 6 e 7 de outubro
Horário: 21:30h
RITA LEE
Dias 9 e 10 de outubro
Horário: 22h
PALAVRA CANTADA
Infantil
Dias 12 de outubro
Horário: 18h
ANA CAROLINA
Dias 16, 17, 18, 23, 24 e 25 de outubro
Horário: 22h/22h/20h
SARAH BRIGHTMAN
Pop Internacional
Data: 20 e 21 de outubro
Horário: 21:30h
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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO |
Um novo modelo de governança de TI
Área de TI do Centro Empresarial de São Paulo adota novos processos de gerenciamento
Foto: Paulo Bareta
O Centro Empresarial está implantando um
novo modelo de gerenciamento de serviços de
TI. Para atender às necessidades do condomínio, o Departamento de Tecnologia de Informação escolheu o Information Technology Infrastructure Library (ITIL), biblioteca de boas práticas
nos serviços de tecnologia da informação.
Eduardo Castro da Silva, Gerente de TI do Centro Empresarial de São Paulo, explica que não se
pode confundir boas práticas com burocracia. Melhor seria falar em espírito de colaboração. Desse
modo, todos tiveram que documentar com detalhes o próprio trabalho. Hoje, após a implantação,
todos analistas e os usuários colaboram com as
novas regras de atendimento dos serviços de TI.
Em agosto de 2008, O Centro Empresarial
contratou a empresa Kalendae & FoxIT, que realizou um diagnóstico de maturidade dos proEduardo Castro da Silva, Gerente de TI do Centro Empresarial de São Paulo
cessos adotados. Foi definido, então, um plano
listas de TI e usuários finais mais satisfeitos.
de implementação. Uma equipe de projeto Service desk
O service desk centraliza o fluxo de atendi- Nosso objetivo é reduzir falhas, evitar surprecomposta por consultoras Kalendae e analistas
internos de TI começou a desenhar os proces- mento, ou seja, é um ponto único de contato sas; melhorar a detecção automática dos prosos, apresentando fluxos detalhados, descrição entre clientes e a área de TI do Centro Empresa- blemas; reduzir tempo médio de manutenção;
rial. O service desk realiza o atendimento inicial melhorar a produtividade do usuário final; e a
das atividades, papéis, responsabilidades etc.
Após um ano de trabalho, foram definidos (nível 1), resolvendo os incidentes e as solicita- disponibilidade dos sistemas”, diz Silva.
Ainda este ano, o gerenciamento da cone implementados os processos de gerencia- ções mais comuns. Somente quando o service
mento de incidentes, problemas, cumprimento desk não consegue encontrar uma solução a figuração será concluído. Em 2010, serão imde solicitações, catálogo de serviços e mudan- esses pedidos, o atendimento é passado para a plementados os outros processos do ITIL. O
treinamento de toda a equipe de TI do Centro
ças, além da função service desk, que opera os equipe de analistas de TI (nível 2).
A maioria dos atendimentos é remota. O Empresarial em ITIL Foundations V3 deve ser
processos com ferramenta ITIL. Algumas lições
foram apreendidas nesse processo, avalia Edu- usuário só deve receber a visita de um analista concluído até o inicio de 2010.
“Começamos o projeto em 2008 com apeardo Castro da Silva. Uma delas é não imple- quando todas as tentativas falharem e o prazo
para resolução do chamado começar a compro- nas dois colaboradores treinados. Hoje, temos
mentar todas as boas práticas de uma vez.
quatro e, até o final do ano, mais quatro serão
“Realizar o Outsourcing de nosso primeiro nível meter a operação da empresa.
O usuário sabe o que pode solicitar a TI, treinados. Para não haver aumento dos gastos
(service desk) foi uma decisão fundamental, pois,
apesar de reduzirmos o quadro interno, nossos ana- através do catálogo de serviços. Há diversos in- de TI, conseguimos treinamentos sem custos,
listas agora ficam totalmente focados em soluções dicadores diários, o que permite uma atuação através de acordos de troca de benefícios com a
de TI para a operação da empresa, aproximando-se rápida sobre a causa-raiz e a redução de custos empresa Kalendae. Posso dizer que o processo
muito mais do negócio. Para o service desk, contra- operacionais. “Hoje, o usuário solicita serviços, é complexo, mas o resultado final traz benefítamos os serviços de Call Center da Austacem, com acompanha, aprova o fechamento e tem um cios relevantes para a empresa e para os colafeedback. Tudo via web. Resultado disso é ana- boradores”, conclui Eduardo Castro da Silva. •
três posições de atendimento”, explica Silva.
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