Página 11 - Racionalismo Cristão

Transcrição

Página 11 - Racionalismo Cristão
A RAZÃO
JANEIRO / 2016
PÁGINA 11
Artigos
forno e fogão
comentário internacional
MARIA TEREZA GOMES
CLECY RIBEIRO
Secretária da Casa-Chefe
Jornalista, professora das Faculdades Integradas Hélio Alonso, RJ
Peixe à francesa
Ingredientes
Uma tainha (ou pescada) de
2kg
3 dentes de alho amassados
Suco de 3 limões
Sal e pimenta-do-reino
Sálvia, coentro e cheiroverde picados
1kg de camarão
Duas cebolas e três tomates
cortados em rodelas
Molho de pimenta
4 colheres de sopa de azeite
de oliva
Modo de fazer
Abra o peixe pelo dorso
e retire a espinha e as vís ceras. Lave bem, enxugue e
tempere com alho, suco de
limão, sal e pimenta-do-reino, sálvia e coentro. Coloque
o peixe em uma assadeira
grande. Arrume sobre ele os
camarões, a cebola, o tomate
e o cheiro-verde. Regue com
azeite. Cubra a assadeira
com papel-alumínio e leve
ao forno preaquecido por 30
minutos. Retire então o papel-alumínio para corar o
peixe e apurar o molho.
Musse de chocolate
Ingredientes
3 folhas de gelatina incolor
1 xícara (chá) de água
quente
3 ovos
Uma xícara (chá) de açúcar
140g de chocolate meio
amargo picado
Modo de fazer
Corte as folhas de gelatina com tesoura e coloque na
água quente para dissolver.
Bata as gemas até fi-
carem com consistência de
creme. Junte o açúcar e continue batendo.
Derreta o chocolate em
banho-maria e incorpore às
gemas com açúcar.
Acrescente a gelatina
com a xícara de água. Bata
um pouco mais.
Bata as claras em neve
firme e incorpore à musse,
mexendo cuidadosamente,
sem bater. Coloque em taças
e leve à geladeira.
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Uma arapuca de fanáticos
rapuca afegã. Assim
Noam Chomsky, escritor e ativista político
(11 de Setembro, Bertrand
Brasil, 2002), refere-se à política externa ocidental no
Afeganistão. Todos caíram, nos
anos 1980. Primeiro, a Rússia
enviando forças em apoio do
governo contra os mujahedin.
Depois, Estados Unidos e aliados (Arábia Saudita, Inglaterra, serviços secretos paquistaneses etc.), com um exército
mercenário de 100 mil homens (islamitas radicais, na
maioria) para expulsar o invasor soviético. Resultado: criação de um regime fanático
no país, o Talibã; surgimento
de Osama bin-Laden.
Na analogia, arapuca
iraquiana e agora síria – a
guerra assimétrica. Ou a continuação da “guerra imbecil”
de que fala Serge Halimi
(Diplo, dezembro 2015), citando o presidente Barack
Obama e suas contradições, já
que, em outubro 2002, novamente eleito senador em
Illinois, dizia-se contra a guerra imbecil, irrefletida, fundamentada na cólera. Ora, os
Estados Unidos põem-se à
frente da aliança contra AlBaghdadi e sua Organização
do Estado Islâmico, nascida da
invasão ao Iraque.
“A França está em guerra”, anuncia o presidente
François Hollande aos parlamentares reunidos no Congresso, em 16 de novembro,
três dias depois dos atentados
em Paris. A pressão aumenta.
Uma aliança de países dos
Estados Unidos à Rússia, do
Irã à Turquia – a ‘frente cristã’
ou ‘cruzados/sionistas’, depende do lado –, parece prestes a ceder à nova armadilha,
na Síria, onde se enfurnou
Abu Bakr Al-Baghdadi. Seu
autoproclamado califado, em
julho 2014, parece aceitável
apenas para um punhado de
fanáticos, espalhados pelo
mundo.
Na análise do think tank
Stratfor, o movimento jihadista
transnacional encara um desafio severo, doravante. O extremismo aliena a Organização
do Estado Islâmico do mundo
muçulmano. A própria AlQaeda o denuncia como força
desviadora; os mais radicais
sequer aceitam seu status de
califado. Vários grupos disputam os mesmos espaços nos
A
campos de batalha de hoje, e
em outras regiões.
O teólogo e autor suíço
Hans Küng explica a violência
no Islã também pelo fato de o
próprio Maomé ter sido, além
de profeta, um bem-sucedido
general. Também explica a jihad não como guerra santa,
mas, no sentido literal, “esforço”; esforço rumo a Deus,
contra as próprias imperfeições. Só em casos extremos,
esse esforço seria entendido
como “obrigação de lutar contra os inimigos infiéis”. A
mesma representação faz o
economista, ex-ministro das
Finanças do Líbano e autor,
George Corm. Jihad, em árabe, expressão que deriva de
djihad, implica esforço intelectual que, entre suas numerosas conotações, inclui a
da guerra.
Um inimigo que se faz
por si só, mas também
se fabrica no Ocidente.
Eis o terrorismo em ação.
A crença de uma longa
guerra em marcha afirma-se a
partir mesmo da “fabricação”
do inimigo. Conjeturas precipitadas quanto a um choque
de civilizações (teoria de
Samuel Huntington e outros)
estão nos bastidores de massacres e expurgos na BósniaHerzegovina. A guerra nos
Bálcãs retratou os muçulmanos bósnios como conspiradores para criar um estado
islâmico na Bósnia e, em
seguida, a islamização de toda
a Europa. Daí a campanha de
limpeza étnica contra os muçulmanos bósnios, feita pela
Croácia e Sérvia. Disseminamse ideias de que os muçulmanos são obrigados, pela religião, a trabalhar pela dominação do mundo. V. S. Naipaul, Prêmio Nobel de Literatura 2001, tem também uma
visão negativa do islamismo: a
própria natureza da religião,
fundamentalista por definição,
hostil. Ataca os progressistas e
defende os fanáticos. A leitura
de Naipaul leva à ansiedade,
dizem os analistas.
A violência, em nome da
religião, não tem dono. Ecoou
em nome do budismo, cristianismo, hinduísmo, islamismo, judaísmo e sikhismo.
Conflitos envolvendo muçul-
manos ocorreram no Sudão,
Índia, Chechênia, Caxemira,
Afeganistão, Bósnia, Kosovo,
Iraque, Palestina. A ideologia
religiosa militante serviu como
substituto parcial da Guerra
Fria e como conduto para
conflito. Muçulmanos contra
muçulmanos, alimentados com
armas ocidentais, lutaram na
guerra Irã-Iraque (oito anos) e
na Guerra do Golfo. Hoje,
sete países (Afeganistão, Iraque, Síria, Paquistão, Líbano,
Iêmen e Bahrein) vêm sendo
lacerados por conflitos.
Segundo Fatema Mernissi,
socióloga e autora, Ocidente e
Islã não são entidades distintas. As relações ocidentais
com a Arábia Saudita demonstrariam interdependência
e interpenetração de países islâmicos e ocidentais. Desde os
anos 1930, o Ocidente apoia o
regime saudita do wahhabismo, ideologia rigorosa, que
domina muitas organizações
islâmicas mundo afora. Bin
Laden só lhe voltou as costas
por causa da permanência
consentida de bases americanas ali, após a Guerra do
Golfo. Como, agora, volta as
costas a Al-Baghdadi, que inspira grupos locais em diferentes países.
Batem na tecla alguns
teóricos clássicos muçulmanos:
só pode haver um califado
para toda a comunidade
mundial, ou Ummah. Contudo, a história do Islã registra
múltiplos califados rivais competindo e a emergência de
múltiplos emirados e sultanatos. Dentre os de maior
destaque, o Abbasid, em Bagdá (749-1258), Umayyad, na
Península Ibérica (929-1031) e
Fatimid, no Cairo (909-1171).
“Ainda assim, enquanto esse
fenômeno moderno de concorrentes califados, emirados ou
estados islâmicos servir para
enfraquecer os grupos jidahistas, a ideia de califado continuará uma questão insolúvel”,
constata a análise de Stratfor.
Porque imagem simbólica da
cooperação pan-muçulmana,
sob a forma de um regime
supranacional.
O Ocidente também fabrica o inimigo fundamentalista involuntariamente, inclusive pela “excepcionalidade”
de seu desenvolvimento econômico (nada a ver com religião). Na linha de pensamento de George Corm, “... é
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a ‘ocidentalização’ do Irã e
Iraque que, no século XIX,
mobilizará no combate po lítico o xiismo, quietista durante séculos, e produzirá a
novidade ‘detonante’ de uma
república islâmica, onde os religiosos alçam-se a censores
do poder político pelo sistema
de ‘wilayet fakih’ (tutela do
sábio religioso), novidade total
nas tradições xiitas. Da mesma forma, a constituição de
um ‘Partido de Deus’ (Hezbolá) é, na verdade, incompatível com a doutrina da espera do ‘Iman oculto’, no
próprio centro da doutrina religiosa xiita tradicional. O
wahhabismo saudita será também uma novidade moderna,
longo tempo combatida pelas
correntes principais do sunismo, que não admitem uma
interpretação tão rigorosa da
religião. O poder petrolífero
do reino e sua aliança estreita com os Estados Unidos lhe
permitirão, contudo, exportar
vitoriosamente o wahhabismo
para todas as sociedades islâmicas... É, pois, a ocidentalização dos regimes políticos nas sociedades muçulmanas que levanta o ferrolho
do debate pouco pertinente
sobre o temporal e o espiritual, dando-lhe uma estatura
passional...”
Ele conclui, ainda, que a
predominância do Islã político,
de um lado, as vitórias israelenses e a cultura do Holocausto, de outro, desempenham papel relevante. “Eis a
torquês que o Ocidente político, desencantado, mas inconscientemente cínico, usa nos
anos da Guerra Fria”.
Voltamos a Künt. O islamismo atual rejeita a ocidentalização, mas também a secularização, e aceita o desenvolvimento e a modernização.
Quem sairá vencedor? “Quem
serão os herdeiros dessa religião e cultura que já tem
1.300 anos? Ou, antes, quem
serão os construtores de pontes, com olhos para ver o que
é comum a todos, sobretudo
na ética? Nosso planeta não
irá sobreviver, se não houver
um etos global, uma ética para
o mundo inteiro”.
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