MS Clipping - Moore Stephens

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MS Clipping - Moore Stephens
03 de abril de 2013
MS Clipping
Moore Stephens
PRECISE. PROVEN. PERFORMANCE.
Edição Diária
ÍNDICE
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .....................................................................................................................................................................2
Governo zera IOF para financiamento de infraestrutura (O Estado de S. Paulo) ...............................................................................2
Governo estuda desonerar tributos que possam ajudar a aliviar inflação (Valor Econômico).........................................................2
Declaração CBE deverá ser apresentada até sexta-feira, dia 5-4 (Sescon – SP)................................................................................3
ICMS e ISS - Fornecimento de materiais e prestação de serviços (Portal Tributário) .......................................................................3
RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA ...............................................................................................................................................4
Fazenda tenta suspender decisão de tribunal (Valor Econômico) ......................................................................................................4
Ministro do Trabalho acredita que os patrões vão se adequar à nova realidade com facilidade (Sescon – SP) ............................4
Empresas criam jogos para atrair e selecionar jovens (Valor Econômico) ........................................................................................5
CONTABILIDADE / AUDITORIA ...............................................................................................................................................................6
Exame de Suficiência testa futuros profissionais (Jornal do Comércio – RS) ..................................................................................6
'Efeito estatal' afeta os lucros em 2012 (Folha de SP) ..........................................................................................................................8
OUTROS ASSUNTOS ...............................................................................................................................................................................8
Indústria tem pior mês em 4 anos e anula ganho de janeiro (O Estado de SP) ..................................................................................8
Quais são as contradições da crise do Euro? (Instituto Fernand Braudel) ........................................................................................9
Emprego reage nos EUA, mas nível continua baixo (Valor Econômico) ..........................................................................................12
BB pode comprar banco na Flórida (Valor Econômico) .....................................................................................................................12
Sobre a Moore Stephens Auditores e Consultores
A Moore Stephens é uma das maiores redes de auditoria, consultoria e outsourcing contábil do mundo. A empresa é formada por aproximadamente 630
escritórios e está presente em mais de 100 países. Está entre as 12 maiores posições no ranking mundial, com faturamento anual de mais de US$ 2
bilhões.
A Moore Stephens Auditores e Consultores presta serviços em auditoria, consultoria tributária e empresarial, tecnologia de informação, outsourcing de
serviços contábeis, tributários e administrativos, e corporate finance. Há ainda determinadas divisões, com estruturas próprias, criadas para
atendimento de interesses específicos, como a Divisão de Auditoria Interna e a Divisão de Small Business, entre outras.
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(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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03/04/2013
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Governo zera IOF para financiamento de infraestrutura
MS News - Abril de 2012
A possibilidade de o banco repassar a operação para o
BNDES torna o processo mais rápido, de acordo com o
secretário. "Essa sistemática é mais célere", afirmou. Ele
falou ainda que o BNDES terá interesse em assumir
porque "tem metas a cumprir e recursos a aplicar".
Medida tem como objetivo atrair capital privado de longo
prazo e impulsionar o crescimento econômico do País
Bancos
O governo federal zerou nesta terça-feira a alíquota do
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para
financiamento a projetos de infraestrutura, na medida mais
recente para tentar atrair capital privado de longo prazo e
impulsionar o crescimento econômico.
Na semana passada, o vice-presidente de Finanças da
Caixa, Marcio Percival, disse à Reuters que o banco
federal já está em negociação avançada para liberar R$
45 bilhões dos R$ 70 bilhões previstos em financiamentos
à infraestrutura em 2013.
O governo tem se esforçado para atrair investimentos
privados para infraestrutura, o que pode ajudar a atividade
econômica após dois anos de expansão modesta do
Produto Interno Bruto (PIB) e quatro trimestres
consecutivos de queda na taxa de formação bruta do
capital fixo.
Já o diretor da área de banco de investimento do
Bradesco BBI, Renato Ejnisman, disse que um salto na
captação de recursos privados para projetos de
infraestrutura só tende a acontecer no Brasil a partir de
2014, com investidores aguardando os resultados dos
leilões de concessões de rodovias e aeroportos pela União
nos próximos meses.
A medida publicada no Diário Oficial da União desta terçafeira zera o IOF no financiamento para o setor de energia
elétrica, projetos de engenharia, logística e aos planos de
concessão do governo federal, entre outros.
Investidores do mercado de capitais e grandes bancos
brasileiros têm manifestado interesse em canalizar
recursos para infraestrutura, mas por enquanto apenas os
estatais Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica
Federal estão participando de forma mais decisiva nesse
sentido.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a
medida anunciada nesta manhã vai tornar o crédito mais
competitivo e o investimento, mais barato.
"Nós liberamos o compulsório para os bancos com essa
finalidade, para emprestar para investimento de longo
prazo, e nós tiramos o IOF para ficar mais barato", disse
Mantega a jornalistas, sobre a medida que entra em vigor
imediatamente.
De acordo com o secretário executivo adjunto do
Ministério da Fazenda, Dyogo de Oliveira, a retirada do
imposto busca dar aos bancos as mesmas condições do
BNDES. "O decreto publicado hoje iguala as condições
que venham a ser realizadas com recursos do compulsório
a ações realizadas com recursos do BNDES", explicou.
Segundo o secretário, ele tem informações de que já há
operações nesse modelo sendo prospectadas nos bancos.
Sobre a renúncia fiscal, o secretário disse que é "teórica".
Segundo ele, é uma arrecadação que não existia, já que
era mais vantajoso fazer a operação com o BNDES.
"A gente estima que os bancos vão usar esse recurso,
contratar a operação e depois transferir para o BNDES",
afirmou. Segundo ele, as operações com recursos do
compulsório têm uma fase a menos. "O banco já contrata
e já libera. A empresa já começa a receber o dinheiro do
financiamento do projeto."
Antes da isenção do IOF, o governo já tinha reduzido os
juros para financiamentos voltados à infraestrutura no
âmbito do Programa de Sustentação do Investimento
(PSI), do BNDES, cuja taxa é de 3% ao ano neste primeiro
semestre e de 3,5% a partir de julho. O prazo de
financiamento do programa é de 20 anos, com carência de
até 36 meses.
Fonte: O Estado de S. Paulo (03/04/2013).
Governo estuda desonerar tributos que possam ajudar
a aliviar inflação
O aumento da inflação acrescentou um novo componente
às discussões oficiais sobre as desonerações tributárias:
que impostos podem ser reduzidos e ao mesmo tempo
baixar preços.
Oficialmente, a área econômica insiste que as
desonerações tributárias tratam de aumentar a
competitividade da economia brasileira. Reconhece, no
entanto, que há um efeito de curto prazo sobre a inflação.
O peso de um e outro, no entanto, pode ser demonstrado
na frase de um integrante da área econômica: "Manter o
IPI reduzido para automóveis pode até não ajudar muito,
mas para que o governo iria atrapalhar?"
O governo aceitou abrir mão de R$ 2,2 bilhões em
arrecadação neste ano para evitar qualquer pressão
altista. Já há sinais de que o mesmo será feito no caso do
IPI da linha branca, que vence no meio do ano. A lista de
desonerações feitas inclui só no IPI material de
construção, bens de capital e até papel de parede, entre
outros.
Em outros casos, a decisão do governo será muito mais
de natureza fiscal. A redução da Cide- combustível, por
exemplo, não tem data para acabar. Neste ano custará R$
11,37 bilhões. No momento em que decidir retomar a
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cobrança, se isso acontecer, o preço dos combustíveis
sobe e a inflação vai junto.
Na área econômica, há uma clara percepção de que a
renovação do IPI reduzido para automóveis não será um
estímulo tão forte às vendas como em 2012, mas a
avaliação é de que a situação neste ano poderia piorar
com a tributação mais elevada.
Há também um estoque de alternativas em estudo pelo
governo que se propõe a unir competitividade e inflação.
O Ministério da Fazenda vem olhando com atenção o
setor de transportes. O projeto relatado pelo deputado
Carlos Zarattini (PT-SP), que cria um regime especial para
o setor de transporte urbano vem sendo citado entre
modelos interessantes.
A ideia é que governo federal, assim como Estados e
municípios, firmem um acordo para desoneração de
impostos, que viabilizaria a queda de preços das tarifas de
ônibus, metrô e trens. "Essa desoneração se refletiria
diretamente na tarifa", explicou Zarattini.
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A falta de apresentação da Declaração CBE ou a sua
apresentação com incorreções acarretará as seguintes
penalidades:
a) prestação da declaração fora do prazo: multa de R$
25.000,00, ou 1% do valor sujeito a declaração, o que for
menor;
b) prestação de declaração contendo informação incorreta
ou incompleta: multa de R$ 50.000,00, ou 2% do valor
sujeito a declaração, o que for menor;
c) não prestação da declaração ou não apresentação da
documentação comprobatória das informações fornecidas:
multa de R$ 125.000,00, ou 5% do valor sujeito a
declaração, o que for menor;
d) prestação de declaração falsa ou de informação falsa
sobre os valores sujeitos à declaração: multa de R$
250.000,00, ou 10% do valor sujeito a declaração, o que
for menor.
Fonte: Sescon – SP (03/04/2013).
Esse projeto já foi aprovado na Câmara e aguarda
apreciação, em caráter terminativo, na Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Outros pleitos ganham força neste contexto. No mês
passado, segundo o diretor da Associação Brasileira de
Supermercados (Abras) João Carlos Coutinho Devens,
houve uma reunião com o presidente do Banco Central,
Alexandre Tombini, para apresentação das demandas
para reduzir o custo das empresas para o uso de cartão
de crédito, débito e tíquete refeição e de alimentação.
Hoje deverão ser conhecidos os vetos à MP 582, que
ampliava a desoneração da folha para 15 segmentos. Os
parlamentares aplicaram o benefício para mais 33 setores
e boa parte deve ser vetados pela presidente Dilma
Rousseff.
ICMS e ISS - Fornecimento de materiais e prestação de
serviços
Prestar serviços é executar, de forma habitual, a venda
onerosa de qualquer serviço, com ou sem fornecimento de
material, pouco importando a designação dada ao
contrato.
Para a incidência do ISS, basta à transferência do bem
imaterial (serviços), a título oneroso, de uma pessoa para
outra.
Em direito pressupõe um compromisso de fazer. Neste
tópico estaremos tratando da prestação onerosa de
serviços com aplicação de materiais e da venda de
materiais com prestação de serviços.
Fonte: Valor Econômico (03/04/2013).
Declaração CBE deverá ser apresentada até sextafeira, dia 5-4
A Declaração CBE (Capital Brasileiro no Exterior) deve ser
apresentada pelas pessoas físicas ou jurídicas residentes,
domiciliadas ou com sede no País, detentoras de valores
de qualquer natureza, de ativos em moeda, de bens e
direitos mantidos fora do território nacional, cujos valores
somados totalizaram, em 31-12-2012, montante igual ou
superior ao equivalente a US$ 100.000,00 (cem mil
dólares dos Estados Unidos), ou o seu equivalente em
outras moedas.
A declaração deve ser preenchida e enviada
eletronicamente ao Banco Central por meio da versão online disponibilizada na página www.bcb.gov.br >> Câmbio
e Capitais Internacionais >> CBE - Capitais Brasileiros no
Exterior.
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Prestação de serviços com fornecimento de mercadoria
Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa à Lei
Complementar 116/2003, os serviços nela mencionados
não ficam sujeitos ao ICMS, ainda que sua prestação
envolva fornecimento de mercadorias.
A regra da LC 116/2003 (artigo 1º, parágrafo 3º) é a de
que os serviços listados ficam sujeitos apenas e tão
somente ao ISS, salvo se a própria lista contiver exceção
no sentido de que o ICMS seja devido sobre o
fornecimento de mercadorias, em cada caso.
Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços
não especificados na lista
O fornecimento de mercadoria com prestação de serviços
não especificados na lista fica sujeito ao ICMS.
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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Geralmente no preço de venda da mercadoria já está
contemplado também o valor do serviço, o qual, via de
regra, é meramente acessório.
Fonte: Portal Tributário (03/04/2013).
RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA
Fazenda tenta suspender decisão de tribunal
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) pediu
a suspensão da decisão do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) que afastou a incidência da contribuição
previdenciária sobre férias e salário-maternidade. A
questão foi analisada em fevereiro, a partir de um recurso
da Globex, controladora do Ponto Frio.
A discussão é relevante para os cofres da União. De
acordo com o relatório de "Riscos Fiscais", previsto na Lei
de Diretrizes Orçamentárias, o impacto de uma decisão
favorável às empresas é de R$ 5,57 bilhões em relação ao
terço constitucional de férias, aviso prévio indenizado e
auxílio-doença.
Advogados afirmam que o relator do caso da Globex,
ministro Napoleão Nunes Maia Filho, deve levar o pedido
da Fazenda para análise na sessão do dia 10.
Na medida cautelar, apresentada na segunda-feira, a
Fazenda Nacional afirma que os efeitos da decisão devem
ser suspensos até que um recurso repetitivo sobre o tema
seja analisado pela 1ª Seção do STJ. Pelo Código de
Processo Civil, enquanto o repetitivo não é julgado, os
processos com discussão idêntica devem ser sobrestados,
ou seja, ter o trâmite suspenso.
Para a PGFN, a anulação dos efeitos é uma questão de
lealdade processual. Isso porque os próprios ministros
haviam garantido, na sessão do dia 4 de fevereiro, que o
caso da Globex seria julgado depois do recurso repetitivo.
Naquela data, a 1ª Seção iniciou a análise do recurso
repetitivo, da empresa Hidro Jet Equipamentos
Hidráulicos, mas o julgamento foi suspenso por um pedido
de vista.
No dia 27 de fevereiro, porém, o caso da varejista foi
julgado. Por unanimidade, os ministros afastaram a
incidência da contribuição previdenciária sobre as férias e
o salário-maternidade. Para a Fazenda, a decisão é
inválida porque contraria a "lealdade processual, a boa-fé
objetiva, a ampla defesa e o contraditório".
No pedido de medida cautelar, a PGFN afirma que "a
confiança gerada na 1ª Seção impediu que a Fazenda
Nacional sustentasse oralmente suas razões para o
desprovimento do recurso especial, posto que não
informada de que o feito iria a julgamento".
Ainda segundo a PGFN, o STJ deveria suspender os
efeitos da decisão porque a Globex já está liberada de
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recolher os valores ao INSS. Além disso, diz que o
entendimento da Corte poderá ser usado como
precedente em decisões de casos semelhantes em
andamento na primeira e na segunda instâncias da
Justiça.
O advogado Leandro Daroit, que representa a Globex no
caso, afirma que já levou argumentos contrários à
anulação da decisão. "O julgamento foi público e realizado
com a composição completa da seção. Se os
procuradores se calaram quando apregoado o julgamento
ou se ausentaram do plenário, não podem atribuir a outros
sua própria omissão", diz o advogado do escritório Nelson
Wilians & Advogados Associados.
No caso da Hidro Jet, discute-se a incidência da
contribuição previdenciária sobre cinco tipos de verbas
pagas ao trabalhador: salário-maternidade, paternidade,
férias, aviso prévio indenizado e auxílio-doença. O relator
do caso, o ministro Mauro Campbell, votou no sentido de
exigir a cobrança da contribuição previdenciária sobre o
salário-maternidade e o paternidade. Para ele, as verbas
são remunerações aos funcionários pelo período de
afastamento, o que implicaria recolhimento ao INSS. No
caso da Globex, porém, votou pela exclusão do saláriomaternidade do cálculo da contribuição.
Fonte: Valor Econômico (03/04/2013).
Ministro do Trabalho acredita que os patrões vão se
adequar à nova realidade com facilidade
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias,
comentou na última quinta-feira (28-3) sobre a extensão
dos direitos trabalhistas aos empregados domésticos,
prevista na Proposta de Emenda Complementar (PEC) nº
66. Aprovada pelo Congresso Nacional as mudanças
começam a valer na próxima quarta-feira, após a
promulgação da PEC.
Para o ministro, a PEC é um avanço histórico e dará mais
dignidade aos trabalhadores domésticos, pois garante
direitos antes a eles negados, como jornada de trabalho
de 8 horas diárias e 44 semanais, hora-extra, adicional
noturno, além de vários outros direitos previstos na
Legislação Trabalhista.
Manoel Dias não acredita que a extensão dos direitos
previstos na PEC nº 66 vá acarretar em demissão ou
informalidade. "As pessoas vão se adequar a nova
realidade. O que mudou foi que o empregado doméstico
passou a ser um trabalhador como todos os outros e não
acredito que por isso a dona de casa vai demitir seu
empregado doméstico".
Com relação à desoneração fiscal, o ministro foi enfático
em direcionar o assunto para a área econômica do
governo. "Caberá aos órgãos da área econômica avaliar o
quanto os empregadores domésticos serão onerados com
a mudança e analisar essa questão", explicou.
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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A fiscalização dessa mudança foi também comentada pelo
ministro. "A auditoria do ministério está a disposição do
empregado que se sentir prejudicado. Apesar de
legalmente o MTE não poder entrar na casa das pessoas,
o empregador será chamado a superintendência para se
explicar", esclareceu.
Quanto
aos
direitos
que
ainda
carecem
de
regulamentação, o ministro afirmou que uma comissão foi
criada especialmente para estudar a normatização desses
itens. "Vamos verificar como esse dispositivos serão
regulamentados e colocá-las em prática o mais rápido
possível", disse o ministro.
São direitos como Seguro-Desemprego, FGTS, trabalho
noturno e auxílio creche que ainda dependem de
mudanças, seja na forma da lei ou na norma técnica, para
entrar em vigor.
Fonte: Sescon – SP (03/04/2013).
Empresas criam jogos para atrair e selecionar jovens
Em 2009, quando ainda cursava a faculdade de
propaganda e marketing na ESPM do Rio de Janeiro,
Renan Tavares participou do Brandstorm, uma competição
entre universitários organizada pela fabricante de
cosméticos LOréal. O bom desempenho de seu grupo no
desafio proposto - criar o primeiro perfume para a linha
Maybelline, apenas de maquiagem - abriu as portas da
multinacional francesa para ele.
Foram quase quatro meses de trabalho na competição,
com direito a uma intensa busca de informações sobre o
mercado de perfumes, pesquisas de campo e, finalmente,
a consolidação do material e a criação do produto.
Tavares e seu grupo conquistaram o primeiro lugar na
etapa Brasil e o terceiro na competição mundial, que reúne
cerca de 40 países. Com o resultado, foi chamado para
participar do processo de seleção de estagiários da LOréal
e conseguiu uma vaga no marketing no escritório do Rio
de Janeiro da empresa.
De acordo com Tavares, a decisão de se inscrever se deu
em razão de o desafio abranger suas áreas de interesse.
"Com o jogo, passei a conhecer melhor a cultura da
empresa. Quando entrei como estagiário, já havia passado
por alguns dos processos, ainda que com menos pressão
e em um contexto diferente". Para ele, que hoje ocupa o
cargo de gerente de desenvolvimento de produto capilar
da LOréal, a participação na competição facilitou seu
desenvolvimento profissional. "Os outros funcionários
sabiam que eu tinha um conhecimento prévio do negócio",
afirma.
Competições como o Brandstorm são cada vez mais
usadas pelas multinacionais com o objetivo de recrutar
talentos em início de carreira para o programa de estágio.
"O processo todo permite analisar o candidato por três
meses, inclusive em duas apresentações formais", afirma
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Juliana Bonomo, diretora de recrutamento da LOréal
Brasil.
As duas apresentações às quais Juliana se refere
acontecem na final nacional, que inclui a presença do
presidente da companhia no país, e na mundial, que deve
ser feita em inglês a um grupo de executivos de fora. Para
Tavares, apresentar um produto para diretores e o
presidente da multinacional é um aprendizado e também
um privilégio. "O nervosismo é inevitável, mas o
amadurecimento que essa experiência traz para um jovem
universitário é incrível."
Neste ano, estudantes de quatro escolas brasileiras PUC-Rio, ESPM Rio e São Paulo e Ibmec Rio - participam
do desafio, que consiste na criação de um produto para o
sudeste asiático. Pela primeira vez, a multinacional abriu
uma participação paralela para universitários de todo o
país, por meio de uma competição on-line. Além da
possibilidade de conquistar uma vaga de estágio na
empresa, o Brandstorm vai premiar as equipes
vencedoras com viagens nos valores de u20ac 10 mil para
o primeiro colocado, u20ac 5 mil para o segundo e u20ac
2,5 mil para o terceiro.
Juliana diz que entre 50% e 60% dos finalistas da etapa
nacional são contratados pela LOréal Brasil. Desde 2004,
cerca de 60 já ingressaram na companhia após
participarem da competição e quase todos permanecem
até hoje. Já entre aqueles que ingressam pelo programa
tradicional de estágio, apenas metade segue carreira na
multinacional.
A também multinacional de bens de consumo P&G
oferece um programa similar para jovens estudantes que
muitas vezes resulta no recrutamento de alguns deles. No
Megacase, que surgiu em 2007 e foi uma iniciativa da
unidade brasileira, o objetivo inicial era ter mais contato
com os universitários. "Queríamos fazer com que os
alunos se interessassem em trabalhar na empresa", diz
Thaís Simão, gerente de recursos humanos da P&G
Brasil.
No fim da competição, alguns universitários podem ser
chamados para participar de um processo diferenciado de
seleção de estagiários. Thaís explica que, ao contrário do
caminho normal que leva de um a dois meses, todas as
etapas dessa seleção especial se concentram em um
único dia. "O time de lideranças da P&G que participa da
competição faz algumas avaliações dos jovens, mas não é
só isso que define a contratação. É preciso estar dentro do
perfil desejado pela empresa", afirma.
Segundo a gerente da P&G, mais de 80% dos
participantes terminam a competição dispostos a trabalhar
na multinacional. Por ano, cerca de 400 universitários
competem no desafio, mas em 2013 o número vai dobrar.
Isso porque a competição, antes restrita a faculdades de
São Paulo, vai incluir oito escolas do Rio de Janeiro neste
ano. Segundo Thaís, essa mudança está relacionada à
construção já em andamento de uma fábrica da empresa
no Estado fluminense.
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03/04/2013
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A Chemtech, empresa de tecnologia e engenharia do
grupo Siemens, é mais uma adepta das competições entre
universitários para recrutar estagiários. Gildeon Filho,
presidente da companhia, diz que a Maratona de
Engenharia, criada em 2004, tem como objetivo promover
e acelerar o desenvolvimento dos jovens, além de
descobrir novos talentos. Os desafios propostos durante
as etapas on-line da competição trazem aos universitários
desafios reais enfrentados por uma empresa de
engenharia. "Esses jogos aproximam o estudante da
realidade do mercado", afirma Filho.
Na final presencial no Rio de Janeiro chegam oito duplas que podem ser de qualquer parte do país. Não há,
contudo, um número definido de vagas para serem
preenchidas. "Trazemos para o processo seletivo as
pessoas que mais se destacam", diz o presidente da
Chemtech.
Até agora, mais de 1.300 universitários já participaram da
Maratona de Engenharia, e 60 foram contratados. A
retenção dos que participam da competição, segundo a
empresa, é maior do que a de quem entra pelo programa
tradicional de estágio. Entre todos que ingressaram em
2011, 71% dos "maratonistas" continuam na companhia,
ante 41% dos outros estagiários.
Durante a maratona, os executivos da Chemtech podem
avaliar o conhecimento técnico dos participantes na
resolução
de
problemas
e
também
questões
comportamentais, como trabalho sob pressão, em equipe
e liderança. Por dois anos, em 2009 e 2010, a competição
se tornou internacional, abrindo espaço para universitários
da Argentina, Peru, Colômbia, México, Chile e Venezuela.
A empresa, no entanto, decidiu nacionalizar novamente a
maratona em 2011. "Havia muitas questões impeditivas
para a contratação dos jovens de outros países, como o
reconhecimento do diploma", diz Filho.
A multinacional francesa de gestão de energia Schneider
Electric estreou em 2011 uma competição para estudantes
de negócios e de engenharia - universitários, alunos de
MBA e de mestrado. O objetivo da "Go green in the city",
que acontece atualmente em 11 países onde a empresa
atua, é levar ao conhecimento dos jovens a missão de
sustentabilidade da organização, além de trazer inovação
e estimular o equilíbrio de gênero - as duplas que
competem precisam ter, ao menos, uma mulher.
Cada equipe, necessariamente formada por dois alunos
de mesma nacionalidade, ainda que de escolas diferentes,
precisa desenvolver uma ideia inovadora sobre gestão
inteligente de energia na cidade. Os finalistas - 25 equipes
de quaisquer países participantes - viajam para a final em
Paris e entram para o banco de currículos da Schneider
Electric, com direito a uma entrevista de trabalho. Já a
dupla campeã garante um estágio, se ainda for estudante,
ou um emprego.
A equipe vencedora na edição de 2012 foi brasileira, com
um projeto sobre edifício sustentável. Os dois
participantes, de Minas Gerais, trabalham hoje no
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escritório da Schneider Electric no Estado. Rosana
Martins, diretora de recursos humanos da empresa
francesa no Brasil, diz que durante a competição é
possível avaliar nos participantes características como
inovação e criatividade, aplicabilidade do projeto e a forma
como a ideia é apresentada. "São competências que
precisam ser desenvolvidas ao longo da carreira", diz ela.
Rosana cita como exemplo a apresentação final do
projeto, que é feita a executivos na França. "Além da
viagem internacional, essa fase gera aprendizado também
por exigir capacidade analítica e sintética ao mesmo
tempo."
Fonte: Valor Econômico (03/04/2013).
CONTABILIDADE / AUDITORIA
Exame de Suficiência testa futuros profissionais
Calculadora,
lápis,
borracha
e
muita
atenção
acompanharam os mais de 44 mil profissionais, entre
contadores e técnicos, que prestaram o Exame de
Suficiência no domingo, dia 24 de março, em todo o País.
No Rio Grande do Sul, 2.600 foram inscritos. A aprovação,
que exige acerto de pelo menos 50% da prova, é requisito
para obter o registro profissional nos Conselhos Regionais
de Contabilidade. No Brasil, somente os cursos de Direito
e Contabilidade se utilizam desse recurso para medir o
conhecimento e nivelar o mercado. Instituída em setembro
de 2010, pela Lei nº 12.249/2010, a avaliação vem
demonstrando um índice muito baixo de aprovações. A
segunda edição do ano de 2012 reprovou 70% dos
inscritos, segundo o presidente da Fundação Brasileira de
Contabilidade (FBC), José Martonio Alves Coelho. As
provas são elaboradas e coordenadas pela entidade. O
presidente espera que, a partir deste ano, o nível de
aprovação cresça. “A expectativa é de que melhore”,
reforça, ao atribuir os baixos índices de aprovação à fraca
qualidade do ensino.
Com o resultado, a entidade realiza uma avaliação que é
enviada para as universidades sobre a performance de
cada instituição, as faculdades e as escolas podem,
assim, ter um feedback da qualidade do que transmitem
aos seus estudantes. “A gente manda individualmente
para eles saberem como estão se saindo e avaliarem o
grau de dificuldade que os alunos tiveram”, comenta.
Preocupado com os índices anteriores, Coelho diz que
isso é um retrato da educação no Brasil. Recentemente o
Ministério da Educação (Mec) assinou acordo de
cooperação técnica com a Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) a fim de estabelecer novas regras de política
regulatória do ensino jurídico, visando à melhoria dos
cursos de Direito no País. Feliz com a decisão do
ministério, o presidente adiantou que o órgão também está
em tratativas com o Mec para realizar a mesma parceria, o
que poderá, segundo ele, contribuir ainda para a melhoria
do ensino. “Hoje já temos um convênio com Ministério,
mas queremos sentar e conversar para que possamos dar
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03/04/2013
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a nossa contribuição”, disse ele. O Brasil possui hoje mais
de 1.100 escolas de Ensino Superior em Ciências
Contábeis. A preocupação, segundo ele, não é com a
quantidade, mas com a qualidade dessas instituições.
Otimista com a edição de 2013, o presidente do Conselho
Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul
(CRCRS), Zulmir Breda, acredita num aumento do índice
de aprovação. “Na última edição já tivemos uma queda de
reprovados, mas o aluno tem que procurar melhorar sua
formação”, acrescenta.
Contadores tiveram dificuldades com questões conceituais
Todo exame de contabilidade exige cálculos e
conhecimentos teóricos da matéria. Para a bacharel Carla
Goulart, a prova não estava difícil, mas cansativa, pelo
excesso de leitura. Em sua primeira vez no exame, Carla
já trabalha há 10 anos na área e considera necessário
qualificar o mercado, pois as mudanças exigem muito
estudo e preparo. Apesar disso, ela reclama que a
valorização dos contadores ainda não é adequada. “Nossa
remuneração ainda está inferior ao que deveria”, reclama,
mas aposta na campanha do Conselho Federal de
Contabilidade que elegeu o ano de 2013 como o ano da
Contabilidade.
O bacharel Felipe Spolavori fazia o teste pela primeira vez
e, para ele, o nível de dificuldade mereceu nota sete.
Trabalhando a dez anos na área, considera importante o
Exame de Suficiência para nivelar a concorrência.
“Contabilidade é divertido, pois só tem encrencas”,
satiriza. Já a colega Milene Selau atribui nota oito para a
prova. Ela se forma no final de 2013 e ainda não tem
planos de entrar no mercado, pois no momento prefere
continuar no trabalho em que está como bancária.
Para o diretor-técnico do Conselho Regional de
Contabilidade (CRCRS), Décio Neves, as provas estão
realmente mais trabalhosas, mas acredita que é
necessário exigir cada vez mais, pois o próprio mercado
fará isso. “A aprovação tem sido abaixo de 50%”, reclama.
Esse resultado, diz ele, é bem mais profundo do que
atribuir somente às faculdades. Em sua opinião, o
problema está no ensino básico. “A educação tem sido
relegada a um segundo plano, infelizmente”, lamenta.
Quem prestou exame para o técnico, teve que estudar
contabilidade geral, contabilidade de custos, Direito;
matemática financeira; legislação e ética profissional;
princípios de contabilidade e normas brasileiras de
contabilidade e língua portuguesa. Já para os contadores,
as provas eram acrescidas de contabilidade aplicada ao
setor público; contabilidade gerencial; controladoria; teoria
da contabilidade; legislação e ética profissional; auditoria
contábil; perícia contábil; matemática financeira e
estatística.
MS News - Abril de 2012
atenção e o cansaço mental. Mas para a técnica em
Contabilidade, Milene de Oliveira, a prova não foi uma
surpresa. “Estava dentro do que eu estudei”, comenta
satisfeita. Ela mal encerrou o segundo grau e já fez o
vestibular para Ciências Contábeis, na Cesuca - Complexo
de Ensino Superior em Cachoeirinha. Para ela, o
embasamento que o ensino técnico lhe proporcionou está
facilitando seus estudos na faculdade. “Tem muita gente
que entra sem noção alguma”, comenta ao explicar o grau
de dificuldade de alguns colegas de profissão.
“Achei essa prova mais fácil”, expressou o técnico contábil
Julcemar Sangalli Costa, que fazia o exame pela segunda
vez e está cursando nível superior na Faculdade São
Judas Tadeu. “Da outra vez esqueci a máquina de calcular
e não consegui fazer os cálculos”, justifica. Costa já
trabalha em escritório de contabilidade e já está
acostumado à linguagem da profissão. Apesar de tê-la
escolhido por acaso, pois na escola em que estava o
segundo grau oferecia essa opção, ele está satisfeito com
a decisão tomada.
Com a voz roca, Elise Rench saiu da sala muito mais
cansada do que imaginava. Formada em técnico contábil
na noite anterior ao exame, ela não quis esperar as provas
de setembro, quando acontece a segunda edição do
exame deste ano, preferiu fazer logo para testar seus
conhecimentos. “Passei a semana em função dos
preparativos para a formatura e não consegui estudar”,
conta com dificuldade de encontrar a voz. “Nunca fiz nem
concursos”, brinca. Otimista ela diz que o mercado está
em alta e já chegou a recusar propostas de emprego.
“Acho que esse é um ano bom para a contabilidade”,
reforça. Em razão disso, ela já está se preparando para
fazer o curso superior.
Édina Rodrigues de Borba veio de Capão da Canoa
prestar o exame. “É a terceira vez que faço”, diz, um
pouco desanimada. Na primeira prova, conta que teve 17
acertos de um total de 50 questões, mas precisava de 25
para passar. Na segunda, acertou 23. “Errei duas
questões de juros simples”, lamenta. A diferença é que,
nessa terceira tentativa, ela fez cursinho preparatório e o
estresse diminuiu. Mas Édina prestou exame para garantir
carteira profissional como técnica, embora já seja
bacharel. Ela trabalha na área em um escritório de
contabilidade em sua cidade e, dessa vez, achou que
havia menos cálculos a fazer. “Achei mais fácil”, diz.
Para Jessica Agostinho Guedes, formada no curso técnico
em administração e contabilidade, pela SEG - Escola de
Educação Profissional Cecília Meireles, a contabilidade
ainda não é a primeira opção. Fez a prova porque o curso
que fez lhe propicia atuar nas duas áreas, mas seu
coração bate mais forte pela área administrativa. “Uma
profissão agrega a outra, mas se eu for fazer faculdade
vou fazer de administração”, justifica.
Prova foi considerada mais fácil
Na Capital, no dia 24 de março, na Faculdade Dom Bosco,
o clima era tenso. Em meio aos cálculos e rabiscos, as
mãos que apoiavam a cabeça deixam transparecer a
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Graças a experiência do dia a dia na empresa, Gibran
Oliveira, técnico em contabilidade, acredita que tirou de
letra a prova do domingo. “Tinha algumas questões
conceituais que a gente tem que saber e estudar mais,
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mas a prova estava adaptada ao que se usa diariamente”,
garante.
Apesar de parecer mais fácil, o presidente do Conselho
Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul
(CRCRS), Zulmir Breda, disse que as provas continuam
com o mesmo rigor, mas acredita que os alunos
estudaram mais, devido ao resultado dos últimos exames.
“Acho que eles se preparam melhor”, avaliou.
MS News - Abril de 2012
segundo o índice oficial (IPCA). "É razoável, dado o
crescimento do PIB de 0,9%", afirma Michael Viriato, do
Insper.
Apesar do aumento, a receita não foi suficiente para
manter o patamar de lucro da maioria das empresas. O
Lajir (lucro antes de juros e IR), que exclui influências do
crescimento da dívida ou do pagamento de impostos
sobre o resultado final, caiu 51% para as empresas do
Ibovespa no ano passado.
Fonte: Jornal do Comércio – RS (02/04/2013).
'Efeito estatal' afeta os lucros em 2012
Empresas que sofrem ingerência política, como Petrobras
e Eletrobras, derrubam resultados da 'elite' da Bolsa
O lucro das principais empresas brasileiras com ações
negociadas na Bolsa paulista caiu 45% em 2012,
influenciado principalmente por aumento de custos e por
retração na demanda externa.
Os dados, que consideram as 64 empresas do Ibovespa principal índice da Bolsa -, são de levantamento feito a
pedido da Folha por Michael Viriato, professor de finanças
do Insper, a partir de informações da consultoria
Economatica.
Houve uma forte influência das empresas que têm algum
tipo de ingerência política no resultado geral. Retirando a
Petrobras, a Eletrobras e a Vale do cálculo, o lucro do
"grupo de elite" da Bolsa tem queda menos acentuada, de
apenas 12%.
No ano passado, a Petrobras amargou retração de 36%
no lucro, impactado pelo aumento das importações de
combustíveis e pela defasagem entre os preços desses
produtos no país e os praticados no mercado externo.
Já a Eletrobras, que teve prejuízo de R$ 6,8 bilhões -o
maior de sua história-, foi prejudicada pelas novas regras
do setor elétrico, que obrigaram a empresa a reduzir
tarifas para antecipar a renovação de suas concessões.
No caso da Vale, pesou o pagamento extra de R$ 3
bilhões em tributos que eram contestados na Justiça.
Apesar de não ser mais estatal, o bloco de controle da
mineradora é formado por acionistas que estão na esfera
de influência do governo, como o fundo de pensão Previ
(dos funcionários do Banco do Brasil) e a BNDESPar
(braço do BNDES).
Também explicam a queda de 74% no lucro da Vale a
revisão no valor de ativos e a retração na demanda da
China, seu principal cliente.
Custos
A receita das empresas subiu 9% em 2012 -acima,
portanto, da inflação, que avançou 5,8% no período,
Segundo Viriato, a piora no desempenho operacional
indica que os custos relevantes, como o de mão de obra,
subiram mais do que a inflação.
O gerente da equipe de pesquisas do BB Investimentos,
Nataniel Cezimbra, lembra que a mudança no patamar do
câmbio também afetou o resultado de empresas que têm
produtos importados na composição dos custos. O real se
desvalorizou em 17% em relação ao dólar em 2012.
"Provavelmente as empresas não conseguiram repassar
todo o aumento de custo para os preços, diz Viriato.
Fonte: Folha de S. Paulo (03/04/2013).
OUTROS ASSUNTOS
Indústria tem pior mês em 4 anos e anula ganho de
janeiro
Depois de um início de ano vigoroso, a indústria voltou a
decepcionar em fevereiro. A queda na produção foi de 2,
5%, devolvendo praticamente todo o crescimento de
janeiro (2,6%), informou ontem o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
A retração, o pior resultado desde dezembro de 2008, foi
puxada pela menor produção de automóveis, mas as
perdas foram disseminadas, atingindo 15 dos 27 ramos
investigados. Porém, a categoria de bens de capital
avançou pelo segundo mês consecutivo, o que pode
apontar uma retomada dos investimentos.
O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial
(Iedi) comparou a oscilação da produção neste início de
ano a um a "efeito gangorra". Se por um lado o aumento
na fabricação tanto de automóveis quanto de caminhões
impulsionou o desempenho da indústria em janeiro, a
mesma atividade derrubou o resultado em fevereiro.
A queda na produção de veículos automotores foi de 9,1%
no mês. Os caminhões mantiveram a tendência de
recomposição de estoques, mas os automóveis
sucumbiram ao ligeiro aumento do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI), que pode ter ocasionado
antecipação de compras nos meses anteriores. "Há
fatores pontuais que, em boa medida, tornaram mais
volátil a série de dados da produção industrial neste início
de ano", avalia o Iedi.
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IPI Informações das montadoras ao IBGE mostraram
paralisações por férias coletivas e ampliação de
capacidade produtiva em fevereiro. "A produção de bens
de consumo está com comportamento menos dinâmico.
Você pode ter maior importação (atendendo à demanda
interna), claro, mas também algum esgotamento. Quando
você fala de automóveis, você tem algum tempo com
redução de IPI. Claro que os efeitos vão sendo cada vez
menos intensos", diz André Macedo, gerente da
Coordenação de Indústria do IBGE.
Macedo salientou, porém, não ser possível prever o
impacto sobre a indústria da prorrogação do IPI menor
para automóveis até o fim do ano. O retorno gradual do
imposto pode ter influenciado ainda a queda na produção
de artigos de mobiliário e de eletrodomésticos em
fevereiro.
Embora o resultado da indústria tenha aspectos negativos,
o aumento de 1,6% na produção de bens de capital pode
indicar recuperação dos investimentos. Enquanto o índice
de difusão da indústria - que mostra o porcentual de
produtos com expansão na produção - ficou em 38,4% em
fevereiro, o mesmo indicador n a categoria de bens de
capital foi de 61,9%.
Houve aumento na produção de caminhões, mas também
de bens de capital para a construção, para a ampliação de
parque industrial e para o setor agrícola. "Foi um
movimento espalhado de crescimento nesse segmento de
bens de capital", diz Macedo.
A economista-chefe Solange Srour Chachamovitz, do
Bank of New York Mellon ARX Investimentos, acredita que
a continuidade da alta na produção de bens de capital
mostra que os investimentos começam a se recuperar. "O
desempenho do setor está mostrando que a parte de
investimentos, finalmente, está começando a se
recuperar."
No primeiro bimestre, a produção de bens de capital
acumula ganho de 13,3%. Segundo o economista-chefe
do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, a
recuperação dos bens de capital pode significar um
ambiente mais favorável ao investimento, mas é preciso
cautela.
Fonte: O Estado de S. Paulo (03/04/2013).
Quais são as contradições da crise do Euro?
Logo após o colapso financeiro dos subprimes nos EUA
em 2008, foi deflagrada a crise europeia. Essa última,
entretanto, tem suas origens bem antes da crise imobiliária
americana e, ainda, pode ser ramificada em dois pontos
centrais. Em primeiro lugar, o design institucional
deficiente da zona do Euro, o qual desde a criação da
União Monetária não foi capaz de centralizar as políticas
fiscais dentro do bloco e tampouco garantir estabilidade
fiscal entre os países, especialmente durante uma crise.
Em segundo plano, mas não menos importante,os altos
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MS News - Abril de 2012
níveis da dívida pública, concentrados inicialmente na
Grécia, mas também presentes nos países periféricos da
zona do Euro. Neste sentido, o deficiente quadro
institucional e o instável nível da dívida pública são
interdependentes e juntamente compõe a crise vivida pela
Europa.
No âmbito institucional, a teoria econômica é bem clara
sobre as precondições para se formar uma União
Monetária ótima. Os países que a formam devem ser
dotados de livre mobilidade de capital, serviços e trabalho,
ou seja, livre circulação não só de bens, como também de
fatores de produção. Tais variáveis em comum são
fundamentais, pois permitem a existência de um nível
similar de produtividade, de competitividade e de
ocorrência de oscilações econômicas semelhantes entre
os Estados membros. Ainda, na existência de tais fatores,
as respostas das políticas monetárias e fiscais aos
choques externos serão as mesmas para todos os países.
Nesse sentido, a política fiscal e/ou monetária em comum
não implicaria prejuízo a um determinado país, enquanto
beneficiasse a outro. A Zona do Euro, entretanto, é
atualmente o resultado de vários atalhos tomados para
sustentar um objetivo: uma União Monetária composta por
uma série de países diferentes, nem mesmo com variáveis
macroeconômicas convergentes e, ainda,sem um agente
central fiscal capaz de implantar disciplina fiscal (o Pacto
de Estabilidade e Crescimento – PEC, que visava propiciar
a disciplina fiscal nos países do Bloco, foi reiteradamente
descumprido).
Além
disso,
uma
União
Monetária
implica
necessariamente: ausência de política monetária
independente, “taxa de câmbio fixa” e intensificação do
comércio entre os seus países membros. Nesse sentido,
todos os Estados que compõem a zona do Euro cedem
sua política monetária independente em prol de vantagens
como redução dos custos de transação para os
investimentos, comércio, e viagens entre os seus
integrantes. Ainda, a União Monetária Europeia (UME)
permite um maior poder de barganha internacional para a
Europa com o mundo, ou seja, o Euro integra o continente
e o faz mais forte diplomaticamente.
Entretanto, nem tudo são flores. Desde a criação da zona
do Euro em 1999, países como Portugal, Itália, Grécia e
Espanha (PIGS) vinham evitando baixo crescimento,
perda de competitividade e outras pressões sociais como
o alto desemprego através de déficit fiscais. Neste
contexto, esses países periféricos da zona do Euro
estavam em uma situação em que não podiam
desvalorizar a moeda visando aumentar a competitividade
das exportações e nem mesmo incorrer em expansões
monetárias para estimular a economia, já que estas são
de responsabilidade exclusiva do Banco Central Europeu
(BCE).
Desta maneira, lhes restava apenas a política fiscal como
alternativa. Houve, então, um aumento dos déficits fiscais
para que se mantivesse o crescimento e a
competitividade, ou seja, os governos estimulavam a
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03/04/2013
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economia aumentando os gastos governamentais. A
ausência de um agente fiscal central que monitorasse
estes elevados níveis de déficits e forçasse o cumprimento
do Tratado de Maastricht, que estabeleceu um nível
máximo de 60% da relação dívida/PIB e 3% de déficit, foi
uma das razões para que as políticas fiscais divergissem
consideravelmente dentro do bloco.
É também nesse sentido que a crise europeia se
correlaciona à crise dos subprimes nos EUA. Os altos
níveis de dívida até 2008 eram sustentáveis na medida em
que a taxa de juro incidente sobre a dívida era baixa,os
governos podiam emitir títulos de longo prazo e a
capacidade de se pagar a dívida era alta, já que estes
países contavam com razoáveis níveis de crescimento e
estabilidade econômica. Entretanto, logo após a crise de
2008, o novo governo grego anunciou que seu déficit
orçamentário era muito maior que o divulgado
anteriormente.
Assim, a crise dos subprimes aliada aos elevadíssimos
níveis de déficit orçamentário e relação dívida pública/PIB
geraram dúvidas em relação à capacidade do governo
grego arcar com suas obrigações.
Houve, a partir de então, um grande aumento da aversão
ao risco nos mercados, principalmente em relação aos
títulos de alguns governos europeus. De fato, a aversão
ao risco foi refletida como um aumento da taxa de juro nos
PIGS, principalmente na Grécia.
Em outras palavras, o prêmio de risco para que o governo
grego pudesse seguir rolando sua dívida aumentou
significativamente. Como a dívida grega corresponde
atualmente a mais de 160% e, na época, a 140% do PIB,
e seus detentores são, como também na maioria dos
PIGS, residentes estrangeiros, o aumento da taxa de juro
implica em uma situação em que mais de 20% do PIB é
transferido ao exterior somente para servir à dívida
pública. Essa situação é claramente instável e apresenta
um alto risco de moratória.
Outro fator que põe em cheque a capacidade dos PIGS
cumprirem com suas obrigações é o baixo crescimento
recentemente vivenciado. Em 2011, a Grécia teve uma
contração de 15%, a Irlanda, de 13%, Itália, de 7% e
Portugal e Espanha, de 5% do PIB. Neste sentido, quando
a dívida cresce a uma taxa maior que oda taxa de
crescimento econômico, a relação dívida/PIB aumenta,
elevando não só a dívida pública em termos absolutos,
mas também a sua proporção em relação ao tamanho da
economia.
Ainda, em períodos de recessão, as transferências
governamentais como seguro desemprego e previdência
social aumentam, enquanto as receitas diminuem, já que a
produção é menor e, portanto, o lucro tributável também.
Assim, uma recessão implica pressões para que se eleve
o déficit público, dificultando a capacidade de o governo
pagar a dívida.
MS News - Abril de 2012
Mesmo com a dificuldade de se reduzir o déficit fiscal em
meio à recessão atual, muitos governos têm adotado
medidas de austeridade fiscal para recuperar a
estabilidade de suas contas. Vale ressaltar que muitas
destas medidas também são tomadas para que os
governos possam receber resgates externos, mas
focaremos nessas condicionalidades dos resgates um
pouco mais adiante. A Grécia, por exemplo, diminuiu seu
déficit orçamentário de -11,7% para – 8,3% do PIB de
2011 para 2012. O país também diminuiu os salários do
serviço público, congelou as aposentadorias, aumentou a
fiscalização de impostos, reformou a administração pública
dos municípios e privatizou algumas empresas. Portugal e
Espanha vêm adotando medidas que aumentam a
produtividade e flexibilidade do mercado de trabalho, além
de também diminuírem seus gastos. A Itália, por sua vez,
focou na reestruturação do sistema de previdência social e
também no corte de gastos.
Nesse sentido, as medidas de austeridade são muito
importantes para a recuperação da estabilidade fiscal nos
países problemáticos. Em primeiro lugar, elas diminuem
diretamente o montante da dívida pública e o déficit
orçamentário. Ainda, essas medidas ajudam a restaurar a
confiança nos países, permitindo assim uma maior liquidez
de seus títulos e menor prêmio de risco para sua
solvência, facilitando a rolagem da dívida pelo governo.
Finalmente, a redução dos gastos permite que os PIGS
convirjam os seus déficits para os parâmetros préestabelecidos pelo Trado de Maastricht da zona do Euro.
Entretanto, apesar de serem essenciais, as medidas de
austeridade, especialmente em um período de
recessão,podem apresentar seu lado negativo.
Quando a economia está em recessão, uma resposta
contra cíclica bem comum é o aumento dos gastos
governamentais, ou seja, um aumento do déficit fiscal,
pois tal medida permite um estimulo à produção via
aumento da demanda agregada. Entretanto, como os
PIGS, estão adotando contrações fiscais sem nenhuma
política monetária para contrabalanceá-las, o resultado
pode ser um período de recessão mais prolongado que o
esperado. Ainda, se analisarmos a relação Dívida/PIB,
podemos ver que se o período de recessão é mais longo e
o PIB decresce a uma taxa menor que a dívida pública
diminui via medidas de austeridade, a relação dívida/PIB
aumenta. Neste caso, as medidas de austeridade, além de
acarretarem um período mais longo de recessão, pioram
os resultados orçamentários do governo.
Então, as medidas de austeridade devem ser adotadas ou
não? A resposta, como em muitas análises econômicas, é:
depende. Caso se acredite que uma expansão fiscal via
aumento da demanda agregada é capaz de estimular a
produção e que o aumento desta, por sua vez, aumenta a
renda disponível das famílias, o que geraria um consumo
ainda maior, que também estimula ainda mais a produção,
gerando uma espécie de efeito multiplicador na produção
da economia; então, as medidas de austeridade não
deveriam sem implantadas.
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Entretanto, caso se acredite que um aumento dos gastos
governamentais afeta, mas pouco, a taxa de crescimento
da economia, devido a esta expansão fiscal ser refletida
também em um aumento da inflação e/ou em um aumento
da poupança das famílias, já que estas são racionais e
sabem que tal expansão será refletida em maiores
impostos e em menor renda disponível no futuro; as
medidas de austeridade fiscal devem ser implantadas.Por
fim, quando se acredita que expansões de gastos públicos
reduzirão ainda mais a percepção de solvência do
governo, estimulando os credores a se desfazerem dos
títulos soberanos, políticas de austeridade são não
somente desejáveis, como altamente recomendáveis.
Deixando a divagação teórica das medidas de austeridade
à parte, o fato é que, como dito antes, Itália, Portugal,
Grécia e Espanha vêm adotando sim cortes
orçamentários, aumentando impostos e implantando
medidas que restaurem a competitividade.Além disso,
apesar da adoção de tais políticas, os PIGS tiveram de ser
resgatados por fundos externos. A Grécia, por exemplo,
receberá, em um prazo de três anos, o valor total de 170
bilhões de Euros. Os bancos espanhóis receberam cerca
de 37 bilhões de Euros em Novembro de 2012, Portugal e
Irlanda também receberam montantes significativos de
resgates.
Os empréstimos foram em sua maioria concedidos por
uma parceria entre o FMI, União Europeia e BCE. Ainda,
na agenda institucional europeia, foi criado o Fundo
Financeiro Europeu de Estabilidade (EFSF em inglês) e o
Mecanismo de Estabilidade Europeu (EMS em inglês),
assim estes resgates foram sistematizados através desses
fundos financeiros dentro da União Europeia, porém com
participação do FMI e supervisão do BCE. Neste contexto,
o EMS é um fundo permanente para providenciar
assistência financeira para os países altamente
endividados.
O problema de prover empréstimos sempre que
necessários, no contexto da União europeia, é que podem
surgir incentivos perversos entre os agentes. Em outras
palavras, o resultado pode ser um considerável grau de
risco moral. Neste sentido, Estados-membros confiantes
de que receberão resgates externos ficarão tentados à
adotarem políticas econômicas e fiscais que farão novos
resgates ainda mais prováveis.Afinal,para que incorrer nos
altos custos das medidas de austeridade, se haverá
fundos disponíveis sempre que necessários?
Similarmente, os credores não serão tão criteriosos em
conceder crédito a governos soberanos, cientes da
possibilidade de resgate.Portanto, estes resgates
sistematizados tendem a estimular a procrastinação da
adoção de disciplina fiscal nos países endividados. Surge,
então, do problema de risco moral, a necessidade de
aplicar condicionalidade aos empréstimos realizados.
Neste contexto, a condicionalidade aliada à prestação de
contas dos resgates são elementos que garantem o seu
completo pagamento e evitam o risco moral que poderia
ser gerado.
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MS News - Abril de 2012
Em outras palavras, condicionalidade e prestações de
contas significam que os países endividados só receberão
os resgates, caso adotem a disciplina fiscal e
providenciem informações sobre seus cortes e
orçamentos, provando sua capacidade de pagá-los. De
fato, isso vem ocorrendo nos PIGS (como ocorreu por
diversas vezes nas crises da dívida da América Latina,
dos anos 1980 aos 2000), o que por sua vez, ressalta o
caráter positivo dos fundos que providenciam a
estabilidade fiscal para estes países, o ESM e o EFSF.
Neste contexto, os fundos de estabilização financeira são
de extrema importância para a zona do Euro.
Primeiramente, a disponibilidade de uma reserva oficial e
segura reduz o risco de uma moratória, até porque os
investidores não temeriam a possibilidade de o governo
ser pressionado involuntariamente em uma moratória
devido a sua incapacidade de rolar as dívidas.
Em segundo plano, as externalidades negativas de um
colapso financeiro de uma instituição pública ou privada
são neutralizadas através deste fundo. Nesse sentido, há
a responsabilidade de cada Estado-membro evitar criar
dificuldades para os países endividados, portanto, é de
interesse de toda a comunidade europeia administrar a
sustentabilidade da dívida pública de todos os países.
Assim, os fundos de estabilização financeira exercem um
papel necessário, mas não suficiente para a estabilização
financeira da União Europeia.
Concluindo, a crise da dívida pública na zona do Euro
expôs os desequilíbrios fiscais entre seus países
membros. Destacou também as disparidades nos
fundamentos macroeconômicos em toda a área,
principalmente quando considerados a desintegração das
políticas fiscais, o spread entre os países e os diferentes
níveis de estabilidade fiscal. Em resposta à instabilidade
fiscal, os países endividados da região adotaram medidas
nacionais no formato de disciplinas fiscais rígidas e
supranacionais no formato de resgates externos visando o
cumprimento de suas obrigações. Além disso, os
benefícios de uma moeda comum vieram com o custo de
ajustar a política fiscal para os padrões da União
Monetária.
A crise atual, ainda, tem mostrado o quão complexo é o
design institucional da zona do Euro. Assim, as condições
para o funcionamento de uma União Monetária vão muito
mais longe do que geralmente havia sido pensado. Neste
sentido, o quadro institucional, evidentemente, tem de ser
mais dirigido à coordenação e convergência de políticas
fiscais. Além disso, as negociações e discussões atuais
refletem a complexidade do arranjo institucional da União
Monetária como uma moeda única, políticas fiscais à nível
nacional e uma autoridade monetária comum para 17
países diferentes. Esta crise mostrou as deficiências, mas
também representa uma oportunidade para criar um
design institucional mais seguro para o futuro.
Fonte: Instituto Fernand Braudel (03/04/2013).
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Emprego reage nos EUA, mas nível continua baixo
Os empregadores de todo o território dos Estados Unidos
estão mostrando maior agilidade em contratar. No entanto,
apenas 14 das 100 maiores áreas metropolitanas do país
contabilizam mais postos de trabalho atualmente do que
antes da recessão de 2008-09.
Seis delas se situam no Estado do Texas, segundo
pesquisadores da Brookings Institution, centro de análise e
pesquisa sediado em Washington, que analisaram
recentemente as condições econômicas das cidades até o
fim de 2012.
Todas as 14 parecem ter-se beneficiado, de alguma
forma, de uma base estável de criação de postos de
trabalho, escorada por universidades, órgãos do governo
ou centros de distribuição de alta tecnologia. Essas
instituições ajudaram os habitantes a evitar a pior fase de
fechamentos de postos de trabalho sofridos em outras
áreas.
No total, disse o Brookings, 78 áreas metropolitanas dos
EUA aumentaram o número de postos de trabalho no
quarto trimestre de 2012; quase 75% tiveram um
crescimento mais acelerado da abertura de vagas no fim
do ano do que no terceiro trimestre.
O sólido nível de emprego no setor de petróleo e gás
ajudou as cidades do Texas, embora dados da Comissão
de Força de Trabalho do Estado sugiram que a
recuperação das contratações foi gerada por uma série de
setores. Austin, San Antonio, El Paso, McAllen, Dallas e
Houston compuseram o rol, juntamente com Oklahoma
City, outra cidade voltada para o setor energético.
As demais cidades da lista de 14 são: Omaha (Nebraska),
Salt Lake City (Utah), Pittsburgh (Pensilvânia), San Jose
(Califórnia), Knoxville (Tennessee), Washington (Distrito
de Colúmbia) e Charleston (Carolina do Sul).
Em nível nacional, houve uma perda de 3 milhões de
vagas em fevereiro, ou 2% menos do que na época do
pico do nível de emprego, em janeiro de 2008.
MS News - Abril de 2012
Austin criou mais vagas, em termos percentuais, do
qualquer outra área metropolitana, ajudada pelo nível
estável de contratações no governo estadual e na
Universidade do Texas, bem como da aberturas de vagas
em alta tecnologia.
O crescimento do setor de assistência médica e dos
postos de trabalho na universidade ajudou Knoxville. "Não
tivemos de suportar qualquer revés durante a recessão e,
no setor educacional como um todo, tivemos crescimento",
disse Matt Murray, diretor associado do Centro de
Pesquisa Econômica e Empresarial da Universidade de
Tennessee. Alguns condados perto de Knoxville também
foram ajudados pelas vendas de fornecedores a uma
fábrica da Volkswagen em Chattanooga, disse ele.
Apesar de ostentarem um sólido crescimento do nível de
emprego, algumas áreas metropolitanas poderão ser
desproporcionalmente atingidas pelos cortes automáticos
de gastos a serem promovidos pelo governo nos próximos
meses. Washington e Charleston, em especial, poderão
ser prejudicadas por fechamentos de vagas, por abrigarem
muitas famílias militares e empresas fornecedoras de
produtos e serviços para esse setor. O Estado de Virgínia
estimou que poderá perder mais de 160 mil vagas em
decorrência dos cortes de gastos do governo e da área
militar dos próximos anos.
O Departamento do Trabalho informou na sexta-feira que
as taxas de desemprego caíram em fevereiro, em relação
aos níveis de janeiro, em 22 Estados, aumentaram em 12
e permaneceram inalteradas em 16 e no Distrito de
Colúmbia. O nível de emprego aumentou em 42 Estados e
caiu em 8 e no Distrito de Colúmbia.
O relatório sobre as folhas de pagamento de março, que
sai na sexta-feira, revelará se o nível de contratações
manteve o impulso de fevereiro. A mediana das previsões
captada numa pesquisa da Dow Jones aponta um
aumento de 200 mil vagas no mês passado, que se
somaram às 236 mil novas contratações de fevereiro.
Prevê-se que a taxa de desemprego de março
permanecerá em 7,7%.
Fonte: Valor Econômico (03/04/2013).
"O Texas foi um raro caso de sucesso na recessão. Seu
mercado de imóveis residenciais não sofreu um impacto
tão forte", disse Alec Friedhoff, analista-sênior de pesquisa
do Brookings. "O setor de petróleo e gás foi uma grande
bênção para essa região do país."
O Texas aumentou o número de vagas todos os meses
desde janeiro de 2010, segundo a Comissão de Força de
Trabalho. Na sexta-feira o órgão disse que o Texas criou
um total sazonalmente corrigido de quase 360 mil postos
de trabalho não rurais desde fevereiro de 2012, com altas
de vagas no setor de turismo, hotelaria e restaurantes, no
governo e na indústria de transformação, entre outros.
A taxa de desemprego de fevereiro foi de 6,4% no Texas,
significativamente menor que a média nacional, de 7,7%.
BB pode comprar banco na Flórida
Entre as opções de crescer por meio de aquisições nos
Estados Unidos, o Banco do Brasil analisa a compra do
City National Bank of Florida, unidade americana do
espanhol Bankia, que recebeu o maior socorro do governo
na reestruturação bancária do país. Não há, entretanto,
uma definição sobre o futuro das negociações.
O Valor PRO, serviço em tempo real do Valor, apurou que
o banco público brasileiro avalia comprar o banco com
sede em Miami. No entanto, essa aquisição não estaria
sendo colocada como prioritária pelo BB em relação às
demais que pretende fazer para atingir o objetivo de
ampliar sua rede nos Estados Unidos.
(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
12
MS Clipping
Moore Stephens
03/04/2013
Moore Stephens
"Está em análise assim como outras negociações. Não
quer dizer que esse negócio vai ser colocado à frente dos
demais", disse uma fonte a par do assunto.
MS News - Abril de 2012
O diretor de atacado, negócios internacionais e private
bank do BB, Paulo Rogério Caffarelli, já disse
publicamente que o BB tem interesse em ampliar as
agências nos Estados Unidos, com foco em New Jersey e
na Flórida.
O banco brasileiro só tem três agências naquele país e
pretende ampliar a rede para atender à demanda de
serviços dos brasileiros que moram nos Estados Unidos.
Tal expansão pode ser tanto via crescimento orgânico
como por meio da aquisição de outros bancos, sendo a
última opção a mais rápida.
Além dos Estados Unidos, o BB também tem interesse em
aumentar sua atuação em países da América do Sul, com
Chile, Peru e Colômbia.
A venda do City National Bank of Florida foi anunciada
pelo Bankia como parte do esforço de reestruturação. O
Goldman Sachs, contratado para vender o banco, estaria
pedindo algo entre US$ 900 milhões e US$ 1 bilhão, mas
fontes do mercado dizem que o valor pode baixar para a
casa dos US$ 600 milhões. O National City tem US$ 4,8
bilhões em ativos e 26 agências
O BB é o maior banco da América Latina em ativos e
reúne cerca de US$ 15 bilhões nos EUA.
Fonte: Valor Econômico (03/04/2013).
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(Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)

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