MS Clipping
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13 de agosto de 2013 MS Clipping Moore Stephens PRECISE. PROVEN. PERFORMANCE. Edição Diária ÍNDICE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .....................................................................................................................................................................2 Receita Federal passa a centralizar cálculo do impacto das desonerações (Valor Econômico) ......................................................2 Guerra fiscal traz prejuízo de R$ 500 milhões a São Paulo (Valor Econômico) .................................................................................2 Remessa ao exterior é isenta de IR (Valor Econômico) ........................................................................................................................2 Deduções no IR e malha fina para políticos na pauta da CAE (Agência Senado) ..............................................................................3 RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA ...............................................................................................................................................4 Projeto com aval do governo libera uso de terceirizadas (Folha de S. Paulo) ...................................................................................4 Não tem jeito, os abusos de linguagem vão durar para sempre (Valor Econômico) .........................................................................5 CONTABILIDADE / AUDITORIA ...............................................................................................................................................................6 Relatório integrado: O balanço mais completo e atrativo para o mercado (Revista Gestor Contábil) .............................................6 BB tem lucro líquido ajustado de R$ 2,634 bi no 2º tri, queda de 11,8% (Valor Econômico) ............................................................7 OUTROS ASSUNTOS ...............................................................................................................................................................................7 Para BC, inflação de julho foi "fora da curva" (Valor Econômico).......................................................................................................7 Crescimento, trabalho e inflação (Valor Econômico)............................................................................................................................8 Bancos vão fechar cerco à lavagem de dinheiro (O Estado de S. Paulo) ...........................................................................................9 Petrobras quer reajuste da gasolina até fim do ano (Valor Econômico) ...........................................................................................10 Sobre a Moore Stephens Auditores e Consultores A Moore Stephens é uma das maiores redes de auditoria, consultoria e outsourcing contábil do mundo. A empresa é formada por aproximadamente 630 escritórios e está presente em mais de 100 países. Está entre as 12 maiores posições no ranking mundial, com faturamento anual de mais de US$ 2 bilhões. A Moore Stephens Auditores e Consultores presta serviços em auditoria, consultoria tributária e empresarial, tecnologia de informação, outsourcing de serviços contábeis, tributários e administrativos, e corporate finance. Há ainda determinadas divisões, com estruturas próprias, criadas para atendimento de interesses específicos, como a Divisão de Auditoria Interna e a Divisão de Small Business, entre outras. 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Outros órgãos ou entidades poderão fazer essas estimativas, mas elas terão que ser avalizadas pela Receita, de acordo com a portaria. Quem perde com a decisão de Mantega é a Secretaria de Política Econômica (SPE), que estava sendo responsável, até agora, pelo cálculo do impacto fiscal da desoneração da folha de pagamento. A SPE chegou a desenvolver uma metodologia que foi considerada "mais acurada" do que a da própria Receita. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo de Oliveira, disse que essa metodologia será mantida. Para Dyogo, a portaria é apenas "uma norma de cunho interno", pois trata da "organização do fluxo de trabalho" do ministério. "O sistema já funciona desta maneira (com a Receita sendo responsável pelas estimativas), mas não havia uma regulamentação", disse. Ele informou que a portaria foi editada neste momento porque "não há previsão de novas desonerações". Assim, argumentou o secretário, o governo evita que haja dúvidas sobre a medida. A estimativa da desoneração a ser feita pela Receita Federal, de acordo com a portaria, deve abranger o impacto na arrecadação no exercício financeiro em que o dispositivo alterado iniciar sua vigência e nos dois anos seguintes. Os trabalhos de estimativa devem ser documentados, inclusive com explicitação da metodologia de cálculo. MS News - Abril de 2012 Guerra fiscal traz prejuízo de R$ 500 milhões a São Paulo A Prefeitura de São Paulo estima que deixa de arrecadar, anualmente, cerca de R$ 500 milhões por conta da guerra fiscal do Imposto sobre Serviços (ISS). O cálculo foi feito a pedido do Valor pela Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico do município. Em 2012, São Paulo arrecadou R$ 9,8 bilhões de ISS. O primeiro round dessa guerra já foi vencido pela Prefeitura de São Paulo. Recentemente, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) - que reúne 25 desembargadores - considerou inconstitucionais leis de Poá e Santana de Parnaíba que reduzem a base de cálculo do tributo. Uma terceira ação, contra Barueri, ainda não tem data para ser analisada. Nas ações, o município de São Paulo se baseou no artigo 88 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) para defender a inconstitucionalidade das normas. O artigo estabelece uma alíquota mínima de ISS de 2% para todo o país, além de afirmar que o imposto não poderá ser "objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais". O montante que não é arrecadado pela capital é equivalente ao ISS que deveria ser pago por empresas que atuam na cidade, mas instalaram suas sedes nos municípios vizinhos para pagar menos ISS. A Lei nº 3.269, que foi editada em 2007 pela Prefeitura de Poá, retira da base de cálculo do ISS o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), a CSLL, o PIS e a Cofins. Já a Lei nº 2.499, de 2003, de Santana do Parnaíba, estabelece que a base de cálculo do ISS de 67 itens da lista do imposto será correspondente a 37% do valor bruto do faturamento da empresa. Dentre os setores beneficiados estão o de suporte técnico em informática, hospitais, planos de saúde e publicidade. Dyogo informou que a Receita terá que apresentar à Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, bimestralmente, informações relativas aos incentivos ou benefícios instituídos no período, com as respectivas medidas de compensação. Esses relatórios, segundo ele, poderão se tornar públicos "a seu tempo". "O objetivo da portaria é tornar mais transparente o cálculo das renúncias de receitas", disse. A Prefeitura de Poá informou, por meio de nota, que vai recorrer da decisão por entender que a decisão é equivocada. Os contribuintes, por ora, não serão afetados pelo entendimento do TJ-SP, "pois estão dentro da legislação", de acordo com o município. Ele negou que a portaria autorize o governo a descontar as desonerações tributárias da meta fiscal deste ano. "A portaria diz apenas que as informações dos relatórios produzidos pela Receita Federal poderão ser utilizadas para efeito de comprovação do abatimento da meta fiscal", afirmou. Ele lembrou que o abatimento por conta das desonerações já está autorizado pela lei de diretrizes orçamentárias (LDO) deste ano. Remessa ao exterior é isenta de IR Fonte: Valor Econômico (13/08/2013). Fonte: Valor Econômico (13/08/2013). Empresas como Nestlé, Fibria, Veracel, Philips e Sodexo conseguiram recentemente nos Tribunais Regionais Federais (TRFs) decisões que as liberam de reter o Imposto de Renda (IR) na fonte sobre os valores remetidos ao exterior para pagar prestadores de serviço que não possuem representação no Brasil. A questão, discutida há mais de dez anos por contribuintes e Receita Federal, é milionária. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 2 MS Clipping Moore Stephens 13/08/2013 Moore Stephens Segundo advogados, as decisões indicam uma mudança de entendimento dos tribunais após a primeira manifestação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o assunto. "Até o STJ virar o jogo, a maioria dos tribunais era favorável à tese do Fisco, especialmente os da 1ª e 3ª regiões", diz o tributarista Alexandre Siciliano Borges, do Lobo & de Rizzo Advogados. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), responsável pela defesa da Receita Federal, tem recorrido dos casos. O julgamento da Corte, de acordo com advogados, também já alterou a postura das empresas em relação à exigência do tributo. "Com a sinalização do STJ, as companhias que recolhiam o imposto optaram por entrar com ações preventivas na Justiça para evitar novas cobranças e recuperar os valores já pagos", afirma Leonardo Augusto Andrade, do escritório Velloza & Girotto Advogados Associados, responsável pelo caso da Copesul - Companhia Petroquímica do Sul, julgado em maio de 2012 pelo STJ e encerrado em agosto. A empresa havia firmado contratos de assistência técnica com prestadores de serviços do Canadá e da Alemanha. Para os cinco ministros da 2ª Turma do STJ, a exigência do IR sobre as remessas é indevida. Os ministros consideraram o fato de o Brasil possuir tratados com 29 países para evitar a bitributação. Pelos acordos, o IR só seria retido no país-sede da empresa prestadora dos serviços. Os ministros pontuaram ainda que as companhias estrangeiras, por não possuírem estabelecimento fixo no Brasil, não apuram o IR aqui porque não há despesas e exclusões para auferir o lucro. O STJ deverá julgar em breve os casos da Iberdrola e da Shell, que contratam serviços da Espanha e da Holanda, respectivamente. A legislação do Imposto de Renda (Lei nº 9.779, de 1999) determina a aplicação da alíquota de 25% sobre a "prestação de serviços pagos ou remetidos a residentes ou domiciliados no exterior". A partir do Ato Declaratório Normativa nº 1, de 2000, a Receita Federal interpretou que o imposto deve ser pago sobre os rendimentos gerados pelos contratos de prestação de assistência e serviços técnicos sem transferência de tecnologia. MS News - Abril de 2012 A jurisprudência do tribunal, no entanto, ainda não é totalmente favorável aos contribuintes. Em fevereiro, a 4ª Turma permitiu que a Receita cobre o imposto de uma empresa de telecomunicações que havia contratado serviços da França. A maioria dos desembargadores considerou que os pagamentos não são lucro da empresa estrangeira, mas apenas uma parte desse lucro, que, segundo os tratados internacionais, são tributáveis. No TRF da 1ª Região, com sede em Brasília, a Veracel Celulose ganhou a causa em um julgamento encerrado em julho. A empresa havia contratado os serviços de uma companhia do Japão para implantar uma fábrica em Eunápolis, no sul da Bahia. A decisão da 7ª Turma, porém, não foi unânime. Para o relator, desembargador Luciano Tolentino, as verbas são receitas operacionais e, por isso, tributáveis. Os desembargadores Reynaldo Fonseca e o juiz convocado Rodrigo de Godoy Mendes citaram o precedente do STJ para discordar. "A Convenção NipoBrasileiro deve prevalecer sobre a legislação interna, não sendo o caso de tratar os pagamentos como rendimentos tributáveis", disse Fonseca no acórdão. No TRF da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul), grandes empresas como a Philips Medical Systems, a Nestlé e a Sodexo também obtiveram decisões favoráveis para dispensar o IR sobre remessas à Holanda, Canadá e França, respectivamente. Os desembargadores entenderam que a blindagem dos tratados contra a tributação dos lucros da empresa estrangeira "abrange os rendimentos auferidos em razão dos serviços prestados à empresa brasileira". Procuradas pelo Valor, a Nestlé Brasil e a Sodexo preferiram não comentar o assunto. A Philips Medical Systems, a Fibria, a Veracel e a PGFN não responderam até o fechamento da edição. Fonte: Valor Econômico (13/08/2013). Deduções no IR e malha fina para políticos na pauta da CAE Na mesma norma, o Fisco sustenta que essas receitas não são classificadas como lucro, mas sim como "rendimentos não expressamente mencionados" que, segundo os acordos de bitributação, sofrem a incidência do IR nos dois países. Dois projetos que alteram as regras para declaração de Imposto de Renda estão na pauta da reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) de terça-feira (13). O PLS 145/2008 eleva de 21 para 28 anos a idade permitida para dependentes na declaração do imposto e o PLS 99/2009 estabelece que todos os políticos com mandato eletivo devem passar pela "malha fina" da Receita Federal. No dia 6, a maioria dos desembargadores da 3ª Turma do TRF da 2ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo), porém, liberaram a Fibria de reter o imposto sobre as remessas enviadas para uma companhia da Finlândia. "Além de citar o precedente do STJ, os desembargadores entenderam que as remessas não são rendimentos operacionais, mas lucro da empresa estrangeira", diz o advogado Francisco Giardina, do Bichara, Barata & Costa Advogados, responsável pela defesa da produtora de celulose. O PLS 145/2008, do ex-senador Neuto de Conto, amplia de 21 para 28 anos a idade dos dependentes que podem ser declarados para fins de dedução no Imposto de Renda da Pessoa Física. A justificativa é de que é necessário adequar a legislação tributária à realidade, já que hoje a exigência de maior qualificação técnica do trabalhador obriga o jovem a estender sua vida acadêmica e retardar seu ingresso no mercado de trabalho. 3 (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 13/08/2013 Moore Stephens Aprovado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), o projeto teve a juridicidade questionada pelo senador Benedito de Lira (PP-AL), relator da matéria na CAE. Ele apresentou emenda retirando a exigência original de que o contribuinte tenha a “guarda legal” do dependente, observando que é juridicamente impossível deter a guarda de alguém maior de 18 anos, ainda que esta pessoa seja sustentada pelo contribuinte. Com a emenda do relator, o projeto passa a exigir apenas que o contribuinte comprove que detinha a guarda do dependente quando menor e sua dependência econômica ininterrupta. Já o PLS 99/2009 prevê a inclusão automática e obrigatória de políticos com mandato conquistado nas urnas na chamada "malha fina", regime mais rigoroso adotado pela Secretaria da Receita Federal para exame das declarações dos contribuintes. De acordo com o autor da proposta, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), o regime especial de fiscalização deve ser aplicado aos políticos porque eles estão investidos da função de administrador de bens coletivos e dispõem de poderes que, na ausência de controles, podem ser usados indevidamente. O voto do relator, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), é favorável ao texto, em desacordo com o parecer emitido antes pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Nesse colegiado, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), o relator, considerou a proposta inconstitucional por reservar aos "agentes públicos" tratamento desigual em relação aos demais contribuintes. Ainda de acordo com Dornelles, a proposta estabelece a presunção de que os agentes públicos são suspeitos, mesmo antes da apuração de irregularidades em sua situação patrimonial. Suplicy discorda e diz que o texto não adota o princípio de que todo ocupante de mandato eletivo seja um infrator em potencial, mas a ideia de que todo cidadão detentor de altas responsabilidades, no papel de agente político, deve se submeter a rigores maiores de fiscalização que os demais. Os dois projetos serão analisados em caráter terminativo na comissão. Auxílio aos idosos Também na pauta da CAE o Projeto de Lei do Senado 236/2010, que cria a Ajuda Especial de Mantença para famílias com renda mensal per capita igual ou inferior a um salário mínimo que mantenham sob seus cuidados pessoa com mais de 70 anos. O benefício será no valor de um salário mínimo por pessoa idosa, a ser pago mensalmente até a data de seu falecimento. Em contrapartida, a família beneficiada deve promover o bemestar do idoso assim como cuidados mínimos para que tenha uma vida digna. A proposta, de autoria do ex-senador Jefferson Praia, tem o senador Roberto Requião (PMDB-PR) como relator na comissão. Em seu relatório, Requião destacou que tem MS News - Abril de 2012 havido, nos últimos anos, um crescimento significativo do número de idosos pobres, que precisam de cuidados crescentes ao mesmo tempo em que “permanecem como a base econômica da vida familiar, especialmente em razão dos benefícios previdenciários e assistenciais que vem a receber”. O relator deu parecer favorável à matéria com duas emendas especificando a fonte dos recursos, a serem custeados pelo Fundo do Regime Geral da Previdência Social e assegurando que a lei só passe a valer no ano seguinte ao da sua publicação. A reunião da CAE terá início às 10h, na sala 19 da Ala Senador Alexandre Costa. Fonte: Agência Senado (13/08/2013). RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA Projeto com terceirizadas aval do governo libera uso de Terceirização pode ser estendida a todas as atividades da empresa, prevê texto O projeto de lei que regula a terceirização no país, o PL 4.330, deve entrar em votação amanhã na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara após empresários, governo e deputados chegarem a um consenso e modificarem pontos da proposta original feita em 2004 pelo deputado Sandro Mabel (PMDB-GO). O principal ponto do texto, que será apresentado à comissão no relatório feito pelo deputado Arthur Maia (PMDB-BA), é que a terceirização pode ser estendida para todas as atividades de uma empresa. As centrais sindicais defendem que o projeto proíba a contratação de terceiros na chamada atividade-fim (aquela considerada a principal de uma empresa). Ainda não há lei no país sobre terceirização no setor privado, mas a súmula 331 do TST (Tribunal Superior do Trabalho) proíbe a prática para atividades-fim. Exemplo: em uma fabricante de aparelhos eletroeletrônicos, a atividade-fim está relacionada à produção do produto (celular, TV, geladeira). Atividades como segurança, alimentação, vigilância, conservação e limpeza são chamadas de atividade-meio --e são terceirizadas na maior parte das empresas. "Acaba o conceito de atividade fim e meio. A terceirização pode ocorrer em qualquer etapa do processo produtivo, aumenta a competitividade das empresas. Entra o conceito de especialização. Mas a terceirizada tem de ser uma empresa que realize uma única atividade. Não será como hoje em que funcionam como intermediadoras de mão de obra", afirma Maia. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 4 MS Clipping Moore Stephens 13/08/2013 Moore Stephens Ainda, segundo o relator, as regras para uma empresa atuar como terceirizada serão mais rígidas. "Terá de comprovar que os funcionários têm qualificação técnica, terá de criar uma conta específica e depositar um valor mensal para garantir que no final do contrato irá pagar a rescisão dos terceirizados." O parlamentar também afirma que a nova lei trará segurança jurídica às empresas. "As empresas têm de pagar multas milionárias porque no entendimento dos tribunais terceirizam atividades que não poderiam. Hoje há uma grande confusão." O projeto voltou a ser discutido pela quinta vez ontem em Brasília em uma reunião que durou seis horas entre representantes das centrais sindicais, governo, parlamentares e empresários. Segundo integrantes das negociações, o texto tem apoio de três quartos dos participantes mesmo após trabalhadores e sindicalistas irem para as ruas contra o projeto. "Se o projeto for aprovado dessa forma, estará declarada guerra entre capital e trabalho no dia a dia das empresas. É preciso ter limites para a terceirização", diz Sérgio Luiz Leite, representante da Força Sindical na reunião. Para o sindicalista, se houver mais tempo para discussão do projeto, ele pode avançar. "Nós aceitamos discutir o conceito de especialização, mas é preciso tempo. Assim como aceitamos discutir quem tem o direito de representar nas negociações coletivas os terceirizados." As centrais prometem novas manifestações e iniciar uma vigília no Congresso na tentativa de impedir que o texto seja aprovado. Fonte: Folha de S. Paulo (13/08/2013). Não tem jeito, os abusos de linguagem vão durar para sempre Duas coisas ruins podem acontecer quando você volta a trabalhar depois das férias: uma pequena e outra grande. A pequena é quando a senha de seu computador expira, a segunda é quando o seu trabalho também expira. Na semana passada, as duas coisas aconteceram comigo quando voltei de uma semana de folga. A primeira era previsível, embora um pouco deprimente porque você fica tentando imaginar um monte de novas senhas que são recusadas pelo computador, que as classifica como insuficientes. Mas o fim do tipo de trabalho que faço não era algo esperado. Como correspondente de bobagens administrativas do "Financial Times", sempre imaginei que tinha a posição mais estável do jornalismo. O mercado de bobagens, 5 MS News - Abril de 2012 como sempre observei, tem apenas uma fase - a fase de alta -, de modo que nunca há falta de assunto. Ainda assim, no espaço de uma curta semana duas coisas perturbadoras aconteceram. Primeiro, foi a notícia de que os servidores públicos britânicos foram impedidos de usar 30 palavras feias. Não haverá mais "delivering" (entrega) - a menos que isso envolva pizzas; não haverá mais "empowerment" (empoderamento) ou "facilitation" (facilitação), e nada mais será "key" (chave), a não ser que se encaixe em uma fechadura. "Going forward" (seguindo adiante) - outro termo banido -, não haverá mais "driving" sem que isso signifique dirigir um automóvel. Dois dias depois, a "Harvard Business Review" publicou um artigo em seu blog com o título "Sua empresa é tão boa quanto a maneira como você escreve". Kyle Wiens, diretor-presidente da iFixit, afirma no texto que a boa escrita faz a diferença entre uma empresa boa e uma ruim, uma venda e uma não venda. Pela reação entusiasmada, seus leitores parecem concordar. Enquanto estava de folga, um movimento começou a se desenhar dos dois lados do Atlântico. Do lado do Reino Unido, a arma é a compulsão, enquanto que do lado dos Estados Unidos é um apelo ao bom senso. De qualquer maneira, para uma correspondente de bobagens administrativas, trata-se de notícias preocupantes. Imaginando o que faria com o resto de minha vida, comecei a vasculhar melancolicamente meus e-mails e quase que imediatamente surgiu algo encorajador. Perguntaram a Howard Schultz se a Starbucks pretende realizar mais aquisições, ao que ele respondeu: "Eu diria que temos o suficiente para digerir no curto prazo e, francamente, não há nada em nosso campo de visão sugerindo que estamos envolvidos em qualquer coisa que vamos adquirir." Isto é diabólico. São 31 palavras, sendo que apenas uma daria conta do recado. Trata-se de algo presunçoso e terrivelmente vago. Isso deveria ser usado não apenas como um lembrete de como no mundo dos negócios as pessoas estão viciadas em abusar do significado, da sintaxe e das metáforas, mas também para mostrar que Wiens está errado: não há ligação entre o sucesso das empresas e falar como um ser humano comum. A companhia que lançou o frappuccino de caramelo não tem problemas para vender coisas. Wiens não fornece provas de que palavras mal escolhidas significam negócios ruins. Em vez disso, o próprio texto mina essa teoria. Em desespero, ele cita o manual da torradeira que tem em casa, que chama o botão que ejeta as torradas de "extra-lift carriage control lever" (numa tradução livre, algo como alavanca especial de controle de suspensão). Mesmo assim, trata-se de sua torradeira: não importa o quanto ele lamenta essa linguagem, isso não o impediu de comprar o utensílio. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 13/08/2013 Moore Stephens A triste verdade é que as palavras têm importância apenas a alguns de nós que ficamos exageradamente agitados quando as pessoas as usam mal. Mas até mesmos os defensores de uma causa acabam comprando torradeiras que abusam do idioma por que: a) todas fazem isso, e b) a qualidade da torradeira triunfa sobre as palavras nela inscritas. Se não há nenhuma ligação de negócios entra o idioma e as vendas, a única maneira de melhorar as coisas é seguir o caminho estipulado para os servidores públicos e tornar ilegais as piores frases. Mesmo assim, a história nos mostra que proibir coisas com as quais as pessoas estão apegadas não funciona. No próprio setor público, o vício da linguagem inapropriada começa no topo. Nos blogs postados pelo chefe do funcionalismo público Sir Bob Kerslake, há orgias de "delivery" (entrega). Ele "entrega" resultados, cortes no orçamento e serviços com o mesmo desembaraço. Foi somente na última postagem - dois dias depois da proibição - que Sir Bob parou completamente de "entregar", embora não tenha resistido a uma "chave" ou duas. Ele começa seu texto mais recente da seguinte maneira: "Os benefícios colhidos com o investimento em meu desenvolvimento pessoal ao longo dos anos me deixaram apaixonadamente comprometido com o serviço público enquanto organização de aprendizado". O funcionalismo público pode ser uma organização de aprendizado (seja lá o que isso quer dizer). Mas aprender a não falar de modo vazio sobre comprometimento apaixonado será muito difícil. Qual será minha "lição-chave" com tudo isso? Eu diria, francamente, que não há nada em meu campo de visão sugerindo que meu trabalho acabou de uma vez por todas. Fonte: Valor Econômico (13/08/2013). CONTABILIDADE / AUDITORIA Relatório integrado: O balanço mais completo e atrativo para o mercado Mudar o pensamento da gestão é o objetivo da nova proposta de balanço, lançada para audiência pública, simultaneamente, em abril, em dez países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Índia, Japão, Reino Unido e Brasil. O lançamento brasileiro foi em São Paulo, na sede da BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo). O documento é fruto de um trabalho desenvolvido pelo IIRC (International Integrated Reporting Council – Comitê Internacional para Relatórios Integrados), organização que promove a integração das informações financeiras, sustentabilidade e governança, e pode ser acessado no portal da entidade – www.theiirc.org. MS News - Abril de 2012 Sugestões e críticas podem ser enviadas até 15 de julho de 2013. O IIRC foi criado em julho de 2010 pelo projeto A4S (Accounting for Sustainability – Contabilidade para a Sustentabilidade), liderado pelo príncipe Charles, da Inglaterra, em parceria com a ONG GRI (Global Reporting Initiative - Iniciativa Global para Relatórios). Com o aporte do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), o projeto pretende ser mais do que uma simples demonstração contábil. A proposta é de um “relatório integrado”, que traga não apenas informações financeiras, mas também apresente os informes estratégicos e de governança das empresas. O documento que apresenta o relatório integrado traz os seis princípios que deverão ser observados: foco estratégico e orientação para o futuro; conectividade das informações; capacidade de resposta dos skakeholders; confiabilidade e integridade; materialidade e concisão; coerência e comparabilidade. O relatório integrado foi formulado por um grupo de Profissionais da Contabilidade, acadêmicos, ONGs (organizações não governamentais), investidores e companhias, num total de 40 especialistas. Quatro são brasileiros: a presidente do IBGC, Sandra Guerra, o professor da FEA-USP, Nelson Carvalho, o diretor da Previ, Marco Geovanne, e o vice-presidente da Natura, Roberto Pedote. Um projeto piloto para testar o relatório integrado foi utilizado por cerca de 90 empresas do mundo todo. No Brasil, fizeram uso do novo modelo de balanço a AES, Petrobras, BNDES, Natura, Via Gutemberg e CCR. Essas empresas foram assessoradas pelo escritório de Londres do IIRC. “A proposta é de apresentar um relatório mais completo, com prestação de contas e transparência, que são os pilares da governança corporativa”, explicou o Auditor e membro do Conselho do IBGC, Carlos Biedermann. Ele disse que não é “um novo modelo de balanço, é uma demonstração contábil mais completa, que não aborda apenas os aspectos financeiros”. Uma perspectiva diferente de encarar o mundo dos negócios, o relatório integrado serve para medir novas informações sobre as empresas, com temas normalmente não focados nos balanços, como informações sobre os capitais intelectual (intangíveis baseados no conhecimento da empresa), físico (objetos usados na produção de bens e serviços), humano (competências, habilidades e motivações da equipe), social (relacionamento com a comunidade, clientes, fornecedores acionistas, reguladores) e natural (ativos ambientais). A transparência das informações integradas e o fácil acesso aos relatórios são os atrativos oferecidos às empresas e investidores para que tenham mais esta (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 6 MS Clipping Moore Stephens 13/08/2013 Moore Stephens ferramenta à mão para utilizá-la em suas decisões de investimento. Fonte: Revista Gestor Contábil (08/2013). BB tem lucro líquido ajustado de R$ 2,634 bi no 2º tri, queda de 11,8% O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,634 bilhões no segundo trimestre, com alta de 11,8% sobre o mesmo período do ano passado. O valor é um pouco menor daquele projetado por especialistas. Analistas consultados pelo Valor esperavam lucro ajustado de R$ 2,659 bilhões, segundo reportagem publicada em 22 de julho. Já o lucro líquido registrou um aumento extraordinário de 148,4% em 12 meses. Chegou a R$ 7,472 bilhões. Esse valor foi inflado por itens extraordinários, especialmente a alienação de ações da BB Seguridade, no valor de R$ 9,8 bilhões. A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 638,6 bilhões, com crescimento de 25,7% em 12 meses. A margem financeira bruta, diferença entre as receitas e as despesas de intermediação financeira, encerrou o segundo trimestre em R$ 11,7 bilhões, com elevação de 6,1% sobre o trimestre anterior. Segundo relatório do banco, o desempenho foi impactado, principalmente, pelo aumento da receita financeira com operações de crédito, aumento da recuperação de crédito e resultado de tesouraria. A taxa de inadimplência acima de 90 dias caiu para 1,87% no segundo trimestre, uma queda de 0,32 ponto percentual em relação ao segundo trimestre de 2012. A taxa era de 2% no primeiro trimestre deste ano. Carteira de crédito ampliada A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil, que inclui títulos privados, garantias e resultado das operações de crédito no exterior, avançou 25,7% em 12 meses, totalizando R$ 638,6 bilhões. Em relação a março de 2013, o crescimento é de 7,7%. Na análise por segmentos, os destaques de expansão ficaram por conta dos saldos de empréstimos a pessoas jurídicas, com alta de 28,8% em 12 meses, para R$ 300 bilhões, e de agronegócio, com aumento de 32,8%, chegando a R$ 127 bilhões. A carteira referente a pessoas físicas aumentou 15,9%, para R$ 161,55 bilhões. Vale destacar que houve desaceleração do ritmo de crescimento dos saldos de crédito de pessoas físicas e de empresas na comparação com igual período de 2012. No primeiro trimestre deste ano, essas carteiras tiveram expansão em 12 meses de 18,7% e 32,7%, respectivamente. 7 MS News - Abril de 2012 Ainda assim, o saldo total do banco praticamente repetiu o desempenho do primeiro trimestre - quando foi registrada alta de 25,6% em 12 meses. Isso ocorreu graças ao desempenho da carteira de agronegócio, cujo ritmo de expansão teve aceleração, passando de 19,5% de alta em março deste ano para 32,8% em junho. Na comparação com o resultado do primeiro trimestre deste ano, a carteira de crédito ampliada avançou 7,7%, puxada pelo crescimento do saldo de desembolsos no exterior, de 9,8%, de agronegócio (15% de alta) e de pessoas jurídicas (7%), enquanto a carteira de pessoas físicas cresceu 3,4%. Excluindo títulos privados, garantias e os resultados referentes às operações no exterior, a carteira de crédito país do Banco do Brasil avançou 25% em 12 meses, percentual superior aos 24,4% de expansão obtidos no primeiro trimestre. O resultado foi impulsionado pelo avanço de 33,2% da carteira de crédito do agronegócio e de 27,6% do saldo de empresas, enquanto o de pessoas físicas avançou 15,8%, menos que os 18,6% obtidos em março deste ano. Fonte: Valor Econômico (13/08/2013). OUTROS ASSUNTOS Para BC, inflação de julho foi "fora da curva" O melhor período da inflação deste ano já ficou para atrás e o Banco Central (BC), apesar da atividade econômica fraca, considera que os benefícios para o país decorrentes da atuação da autoridade monetária têm sido maiores do que os custos derivados da alta da taxa de juros. A dupla avaliação é do diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, e foi apresentada ontem, em Belém, no Pará, durante divulgação do boletim regional da instituição. A inflação de 0,03% medida em julho pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, segundo Hamilton, deve ser a menor taxa mensal do ano. "A inflação de julho foi de fato baixa, bastante baixa, mas é um ponto fora da curva. Inflação próxima de zero é exceção, não regra", disse Hamilton durante entrevista, completando que em agosto e nos próximos meses as taxas mensais serão mais elevadas. "Nossa visão é que as taxas mensais serão maiores a partir de agora, mas, apesar dessa expectativa, acreditamos que a inflação em 12 meses tende a recuar neste semestre." Para o diretor do BC, os benefícios trazidos pela ação da autoridade monetária - na forma de melhora da confiança dos agentes, redução nos prêmios de risco, aumento nos horizonte de financiamento e redução de perdas salariais por perda da inflação - suplantam o custo do aumento das taxas de juros decorrentes do aumento da Selic. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 13/08/2013 Moore Stephens A avaliação foi feita ao responder a pergunta sobre como o BC pretende elevar a confiança de famílias e empresas, se a alta de juros reduz a inflação ao deprimir o ritmo de atividade, aumento o desemprego e gerando redução de demanda. Segundo Hamilton, o BC tenta melhorar a confiança de um modo geral, tanto de empresas quanto de consumidores. MS News - Abril de 2012 ampliado e da produção industrial, também arrefeceu no trimestre finalizado em maio, com queda de 0,3%, após alta de 1,4% em fevereiro. Fonte: Valor Econômico (13/08/2013). Crescimento, trabalho e inflação "Conforme você aciona a política monetária, você sinaliza aos agentes uma redução do risco inflacionário e isso aumenta a confiança", disse. De acordo com o diretor do BC, é "ilusão" falar que não há repasse dos movimentos da taxa de câmbio para a inflação. O repasse "é fato", mas segundo o diretor a condução adequada da política monetária mitiga o risco inflacionário decorrente do movimento de depreciação do câmbio. Além de irregular, o crescimento econômico de cada região do país tem sido desigual, de acordo com análise feita no boletim regional do BC, divulgado ontem e com dados ainda relativos a maio. A autoridade monetária informou que a agropecuária tem contribuído para o bom desempenho do Sul, enquanto o Norte, por exemplo, registrou queda de atividade por conta da indústria extrativa. A região Sul, por sinal, foi a única a registrar aceleração do crescimento entre o trimestre encerrado em maio e aquele terminado em fevereiro. A alta foi de 6,5% no trimestre encerrado em maio, bem acima da expansão de 1,4% registrada em fevereiro. Para o BC, apesar dos percalços econômicos, o emprego deve continuar a puxar o consumo. "O mercado de trabalho, não obstante o ritmo mais moderado, segue em expansão e representa um suporte para o consumo." No Norte, segundo o BC, a atividade arrefeceu no trimestre encerrado em maio, em parte devido ao desempenho negativo da indústria extrativa. O Índice de Atividade Econômica Regional da região (IBCR-N) recuou 0,6% em relação ao trimestre finalizado em fevereiro, quando registrou estabilidade, considerados dados dessazonalizados. No Nordeste, o ritmo de crescimento também diminuiu avanço de 0,5% no trimestre terminado em maio, ante alta de 2% no período encerrado em fevereiro. A produção industrial da região recuou 0,3%, com destaque para a queda da atividade têxtil, 8,2%, e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, 3,1%. Houve crescimento em vestuário e acessórios, 9,1%, e calçados e artigos de couro, 5,4%. No Centro-Oeste, houve o mesmo movimento, com a expansão regional cedendo para 0,5% em maio, após alta de 1,3% em fevereiro. A atividade econômica do Sudeste, refletindo a acomodação das vendas do comércio Nos anos de 2012 e 2011 o PIB brasileiro apresentou uma taxa de crescimento média de 1,8%, número inferior às estimativas de PIB potencial que o mercado avalia estar entre 2,5% a 3,5% para os próximos anos. No entanto, um ponto pouco questionado é a dinâmica do emprego neste período. Afinal, se a economia cresce abaixo do seu potencial, seria natural observar uma elevação da taxa de desemprego resultante da elevação da ociosidade na utilização dos recursos da economia. No presente artigo, procuramos fazer uma breve análise sobre as causas de tal dinâmica e as implicações para o mercado de trabalho nos próximos anos. Nossa proposição sugere que para um mesmo nível de crescimento médio em 2013 e 2014, quando comparado aos dois últimos anos, será observado um impacto distinto sobre a taxa de desemprego dada a composição do PIB menos concentrada no setor de serviços, que, por sua vez, é mais intensivo no fator trabalho. O comportamento da expansão econômica agregada pode esconder dinâmicas diferenciadas entre os setores de serviços, indústria e agropecuária com consequências distintas sobre o desemprego. Para tanto, um simples exercício econométrico, com modelos da classe VAR, realizado internamente na Maua Sekular Investimentos levou em conta a relação histórica entre as taxas de crescimento trimestrais dos três componentes do PIB e o crescimento da população ocupada - os dados trimestrais são do IBGE de 2003 a 2013 e tratados para a extração dos componentes sazonais. Uma vez obtido o modelo, foram estimadas as respostas do crescimento da população ocupada a impulsos gerados nos três segmentos do PIB, controlando pelo tamanho de cada um dentro da economia. Ou seja, calculamos o impacto que cada segmento da economia tende a ter sobre o mercado de trabalho, para um mesmo nível de contribuição no crescimento econômico. Os resultados obtidos apontaram que choques no crescimento dos serviços, indústria e agropecuária que contribuam com um crescimento de 1 ponto percentual do PIB geram um crescimento acumulado da população ocupada nos 4 trimestres subsequentes de 0,5 pp, 0,1 pp e 0,3 pp, respectivamente. Ou seja, as evidências empíricas sugerem que para gerar um mesmo nível de crescimento, o setor de serviços necessita de mais trabalhadores. Em outras palavras, o setor de serviços é menos produtivo sob este ponto de vista. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 8 MS Clipping Moore Stephens 13/08/2013 Moore Stephens Um aumento moderado do desemprego traz um alívio para os custos das empresas, gerando ganho de produtividade. Uma vez feita essa constatação, foi possível inferir quais devem ser as implicações para o mercado de trabalho num contexto que aparenta ser o mais provável para 2013 e 2014, em vista das informações disponíveis até o momento: de um lado uma desaceleração mais intensa do segmento de serviços em função de condições financeiras mais apertadas, alto endividamento dos consumidores e consequente redução da confiança do setor. Do outro, a gradual recuperação da demanda internacional, aliada a um câmbio mais depreciado, tende a gerar um crescimento mais expressivo da indústria quando comparado aos últimos dois anos. Assim, nossas projeções pressupõem crescimento do PIB industrial médio de 2,7% em 2013/14 ante 0,4% em 2011/12. Já em relação ao setor de serviços, a projeção de crescimento para os próximos dois anos é de 1,6% ante 2,2% no biênio anterior. Tal dinâmica, apesar de gerar um crescimento médio de 2% nos próximos dois anos, tende a elevar a taxa de desemprego, que hoje se encontra em 5,8% para 7,3% no fim de 2014. Uma desaceleração mais expressiva do mercado de trabalho pode também ter implicações para a dinâmica inflacionária no médio prazo, uma vez que, apesar das taxas de crescimento muito similares do PIB nesse período, a menor utilização do fator trabalho aumentaria o poder de barganha dos empresários nas negociações salariais, reduzindo assim, as pressões salariais inflacionárias. Colocando o argumento em números, nossa projeção para a inflação dos preços livres do IPCA - aqueles mais suscetíveis a flutuações da oferta e demanda na economia - cai de 7,55% em 2013 para 5,4% em 2014. A desaceleração dos preços ao consumidor em 2014 não deve ser significativa por conta da dinâmica dos preços administrados, cuja taxa de inflação em 2013 deve ser atipicamente baixa dada a redução dos custos da tarifa de energia elétrica residencial, entre outros. Assim os preços administrados devem acelerar de 1% em 2013 para 5,5% em 2014, resultando num IPCA de 5,8% em 2013, caindo para 5,5% em 2014. É válido ressaltar que, no médio prazo, um aumento moderado do desemprego, que hoje se apresenta abaixo da neutralidade, traz um alívio para os custos das empresas gerando algum ganho de produtividade. Consequentemente pode aumentar a atratividade de investimentos para a economia. Com as evidências empíricas apresentadas acima, trazemos a discussão de que o crescimento potencial da economia deve levar em consideração a composição do PIB para que a dinâmica do mercado de trabalho resultante faça sentido econômico. 9 MS News - Abril de 2012 Afinal, se crescemos abaixo do PIB potencial nos últimos anos, por que o desemprego não se elevou? Em nossa visão, condicionar o crescimento à sua composição é parte relevante da resposta. Fonte: Valor Econômico (13/08/2013). Bancos vão fechar cerco à lavagem de dinheiro Instituições vão criar áreas de prevenção e identificar ‘pessoas politicamente expostas’ O sistema financeiro brasileiro vai fechar ainda mais o cerco à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo com base em um normativo aprovado no início deste mês pelos associados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O documento estabelece para todas as instituições que aderiram às normas de autorregulação bancária, entre outras regras, a criação de uma área de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD) e a identificação dos clientes considerados "Pessoas Expostas Politicamente (PEP)", o que engloba quase todos os ocupantes de cargos públicos do País. Segundo o presidente da Febraban, Murilo Portugal, apesar de o sistema de autorregulação contar com 18 bancos, as regras do normativo passam a ser obrigatórias para um total de 40 instituições, ou "mais de 90% do mercado", que aceitaram cumprir o que estabelecem as novas normas de procedimento para combate à lavagem de dinheiro. A Febraban tem 127 instituições associadas. "A nossa expectativa é que, além dos 40 bancos que aprovaram o normativo, todos os outros também sigam as regras do normativo. Não é que havia alguma instituição que descumpria a legislação, mas com o normativo todos vão seguir os procedimentos de quem fazia isso melhor", disse Portugal ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. O normativo será lançado oficialmente nesta quartafeira durante o 3.º Congresso de Combate e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, que será realizado pela Febraban em São Paulo. Com base na Lei 12.683, de julho de 2012, além de várias circulares do Banco Central, instruções da Comissão de Valores Mobiliários e resoluções do Conselho Monetário Nacional e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), entre outras resoluções, o documento teve também, na sua elaboração, a contribuição de juristas consultados pela Febraban. "O objetivo é melhorar a nossa atuação de combate e prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, criando um padrão comum e mínimo para todos os bancos em termos de práticas operacionais", disse Portugal. (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) MS Clipping Moore Stephens 13/08/2013 Moore Stephens Segundo o presidente da Febraban, os maiores bancos já adotam todas as recomendações e regras exigidas pela legislação brasileira, mas o normativo vai "harmonizar" os procedimentos para todo o sistema, pois interpretações e entendimentos diferentes da legislação em vigor podem levar a procedimentos também distintas entre os bancos. Entre as práticas que já eram adotadas apenas pelos maiores bancos brasileiros está a que o normativo estabelece como "estruturação institucional" de uma área de PLD coordenada por um diretor da instituição ou por uma pessoa com acesso direto ao conselho de administração, à presidência ou ao comitê especificamente designado para conhecer e apurar situações relacionadas à lavagem de dinheiro. Essa área de PLD poderá ter autonomia institucional ou ser integrada ao departamento de "compliance", o qual tem outras tarefas e atribuições para garantir que todas as normas de boa governança de um banco estão sendo cumpridas. Também passará a ser um procedimento comum a todas as instituições que cumprirem o normativo a adoção e atualização de um cadastro mais detalhado de clientes permanentes e eventuais. O objetivo é identificar as pessoas expostas politicamente (PEP). Agentes públicos. Conforme o texto do normativo ao qual o Broadcast teve acesso, as PEPs são "os agentes públicos que desempenham ou tenham desempenhado, nos últimos cinco anos, no Brasil ou em países, territórios e dependências estrangeiros, cargos, empregos ou funções públicas relevantes, assim como seus representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento próximo, nas condições indicadas pelo Banco Central, Coaf ou pelas autoridades normativas responsáveis pela regulação do setor". Também são PEPs, aqueles que exercem ou exerceram funções públicas proeminentes em um país estrangeiro ou função de alta administração em uma organização internacional. As instituições devem iniciar relação de negócio ou dar prosseguimento à relação já existente com o cliente PEP somente mediante aprovação mínima de pessoa detentora de cargo ou função de nível hierárquico superior ao daquele responsável pela autorização do relacionamento com o cliente, ou seja, o gerente de conta. Também caberá aos bancos signatários do normativo identificar o chamado beneficiário final, ou "a pessoa natural que possui ou controla um cliente e/ou a pessoa em nome de quem é feita uma transação, bem como a pessoa natural que exerce o controle efetivo sobre uma pessoa jurídica". Fonte: O Estado de S. Paulo (13/08/2013). MS News - Abril de 2012 Petrobras quer reajuste da gasolina até fim do ano O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, defendeu ontem o reajuste nos preços dos combustíveis como forma de garantir recursos para financiar os bilionários investimentos da empresa. Barbassa fez a defesa diante das perdas com a importação de combustíveis e a desvalorização do real, o que piorou os indicadores de alavancagem da companhia, que medem sua dependência de financiamento de terceiros e permitem que mantenha a classificação de grau de investimento. "Em condições estáveis é possível que até o fim do ano ainda tenhamos [um aumento do nível da alavancagem]. Isso na hipótese de não conseguirmos aumentar o preço dos derivados no mercado doméstico, atividade e assunto no qual estamos trabalhando intensamente", disse. Segundo o diretor, o objetivo é "buscar o ajuste ou o alinhamento dos preços domésticos aos internacionais". Assim, acredita Barbassa, mais recursos da área operacional serão usados para financiar o plano de negócios. Como é sabido, a companhia não tem liberdade para reajustar seus preços, dependendo de autorização do conselho de administração, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Considerando as preocupações do governo com inflação e o atual clima político, os analistas vêm pouco espaço para um aumento, apesar da piora dos números da maior estatal brasileira. O momento da Petrobras é de intensificação dos dilemas, situação que ficou clara com o resultado do trimestre. Ao reportar lucro de R$ 6,2 bilhões, a companhia informou que economizou R$ 2,9 bilhões em programas de redução de custos operacionais, mas o mercado não consegue enxergar isso. Os custos com a comercialização de produtos e serviços subiram 2,3% no segundo trimestre, para R$ 54,9 bilhões. Já o investimento de R$ 23,173 bilhões no trimestre ficou R$ 7 bilhões acima das receitas obtidas com suas atividades operacionais (R$ 16,19 bilhões), resultado que mede a chamada "queima de caixa". A companhia se prepara para o crescimento de sua produção de petróleo no momento em que também aumenta investimentos. Com isso passa a depender mais de financiamento externo. Completa o cenário o aumento do consumo de combustíveis, que levou ao uso de 99% sua capacidade de refino. A defasagem dos preços do diesel e da gasolina importados aumenta devido à desvalorização do real frente ao dólar. Pelos cálculos do mercado, a atual defasagem em relação ao mercado internacional é de 22% a 23,5% na gasolina e 18% a 24% no diesel. Ao admitir que os indicadores de alavancagem (que mede sua dependência de financiamento de terceiros) vão (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo) 10 MS Clipping Moore Stephens 13/08/2013 Moore Stephens continuar aumentando, Barbassa afirmou que a única forma de evitar esse efeito é não fazer mais nenhuma captação até dezembro e também não investir. Dessa forma, manteria intactos os US$ 32,8 bilhões que tinha em caixa. MS News - Abril de 2012 Pelo critério que considera a dívida líquida dividida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) anualizado pelos últimos 12 meses, a alavancagem está em 2,9 vezes. A companhia informa um indicador menor, de 2,57 vezes considerando o indicador do semestre anualizado. Mas ambos estão acima do limite de 2,5 vezes estabelecido pela Petrobras em seu plano de negócios. E chega a 3 vezes quando excluído o efeito da venda dos ativos na África, calcula o Itaú BBA. Já o indicador medido pela dívida líquida sobre o capital líquido atingiu 34%, também próximo do limite de 35% estabelecido pela própria Petrobras. Os analistas Luiz Carvalho e Filipe Gouveia, do HSBC, veem crescer o risco de a companhia precisar de um aumento de capital e de perder a classificação de "grau de investimento". Gustavo Gattass, do BTG Pactual, também vê o mesmo perigo. O analista calcula que a queima de caixa com a atividade, já descontados investimentos, é de US$ 5,6 bilhões no trimestre, o que segundo ele é apenas "mais uma confirmação do risco de a companhia precisar de um novo aumento de capital no futuro". Os analistas do HSBC se dizem preocupados com a capacidade da companhia reagir à tendência de aumento do consumo de combustíveis no país, observando que a utilização de 99% da capacidade instalada das refinarias é insustentável, mesmo considerando melhorias e investimentos adicionais no parque de refino. O banco espera aumento de 5% do consumo de combustíveis nos próximos anos e lembra que nenhuma das novas refinarias ficará pronta antes de 2015. A Petrobras informa que a primeira fase da refinaria de Pernambuco ficará pronta em novembro de 2014 e, a segunda, em maio de 2015. O Comperj, no Rio, virá depois, com a primeira unidade começando a produzir em agosto de 2016 e a segunda, ainda em fase de projeto, prevista para janeiro de 2018. O diretor de Exploração e Produção, José Formigli, garantiu que quatro novas plataformas entrarão em produção até dezembro, quando também serão perfurados 36 poços em várias áreas. A Petrobras não comentou as denúncias de corrupção envolvendo contratos da área internacional publicadas pela revista Época. Fonte: Valor Econômico (13/08/2013). **************************************************** 11 (Este boletim traz, diariamente, informações advindas das fontes mencionadas, não cabendo à Moore Stephens Brasil responsabilidade pelo seu conteúdo)
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