junho/julho 2013

Transcrição

junho/julho 2013
junho/julho 2013
Jornal da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos
2
JORNAL
200 edições de
Jornal da APICCAPS
6
EXPORTAÇÕES
Fileira do calçado
com bons resultados
11
EMPREGO
Calçado mantem tendência
de crescimento
17
FEIRAS
theMICAM também
antecipa datas
junho/julho 2013
2
Ao longo de duas centenas de edições, o Jornal da
APICCAPS recolheu dezenas de depoimentos.
Nas próximas páginas, recordamos alguns dos
testemunhos mais marcantes.
E uma nova
indústria
nasceu
Duzentas edições.
200. Este é pecúlio
do Jornal da
APICCAPS até
agora . A primeira
edição foi publicada
em julho de 1990.
Passaram 23 anos.
Nesse período,
praticamente tudo
mudou. No mundo.
Em Portugal. Na
indústria de calçado.
Ainda se recorda
das transformações
ocorridas neste
período? O Jornal
da APICCAPS,
convida-o a uma
brevíssima viagem
no tempo.
Recuemos ao
início dos anos
noventa. No plano
internacional, foram
vários os aspetos
marcantes. Assistiu-se, por exemplo, ao
colapso da União
Soviética e ao fim
da Guerra Fria. Os
antigos países do
Pacto de Varsóvia
libertaram-se de
regimes totalitários.
A década fica
marcada pela
guerra nos Balcãs,
o genocídio do
Ruanda, a Batalha
de Mogadíscio e a
primeira Guerra do
Golfo.
No plano
tecnológico, os
anos 90 foram de
franco progresso,
nomeadamente
com o «boom» da
informática (com
o surgimento
do Processador
Pentium da Intel,
a popularização do
Microsoft Windows
e o crescimento
explosivo da
internet).
Já a década de
2000, a primeira
década do século
XXI, é marcada
pelos conflitos
militares entre os
Estados Unidos e
o Médio Oriente,
por via do ataque
terrorista ao World
Trade Center e ao
Pentágono. Nesta
década, a Internet
consolida a posição
como veículo de
comunicação em
massa. A expansão
da rede telefónica
fixa e o uso
(vulgarizado) dos
telemóveis e da
internet de banda
larga marcaram esta
década.
Na Europa, a
1 de Janeiro de
2002 processa-se a entrada em
circulação do Euro.
Foi um período de
forte estabilidade
e prosperidade da
economia mundial.
Que terminaria
em 2008. Com
a falência da
Lehman Brothers,
inicia-se uma fase
profundamente
recessiva. As
consequências finais
estão, ainda, por
apurar com detalhe.
Um outro
acontecimento
marcaria a década
passada. A 26
de dezembro
de 2004, um
violento terramoto
submarino ao
largo da Indonésia
provoca um tsunami
gigante no Oceano
Índico, com ondas
até 30 metros. A
tragédia vitima
220.000 pessoas,
uma das piores
catástrofes naturais
do último século.
Já no início desta
década dois assuntos
dominaram a agenda
mediática: os
desastres ecológicos
e a crise económica
mundial.
Um terramoto de
7,3 graus na escala
de Richter provoca
enorme destruição
no Haiti, país mais
pobre do Hemisfério
Norte, causando a
morte de mais de
200 mil pessoas.
Outro terramoto de
8,8 graus na escala
Richter ocorreu no
Chile, causando um
alerta de Tsunami
em todos os países
com costa no
Pacífico, desde a
América até à Ásia
e vitimando mais
de 300 pessoas.
No Brasil, o Rio de
Janeiro sofre pela
chuva forte, que
matou mais de 200
pessoas, e deixou
mais de 3.000
desabrigados. Na
Islândia, o vulcão
Eyjafjallajokull, a
120 km a sudeste
da capital,
Reiquiavique, entra
em atividade e as
cinzas são lançadas
na atmosfera,
causando o caos na
aviação europeia
apenas comparado
ao 11 de setembro.
Ocorre, ainda,
uma explosão
da plataforma
Deepwater Horizon,
no Golfo do México,
nos Estados Unidos
e ocorre um acidente
na mina San José de
2010, em Copiapó,
no deserto chileno
do Atacama. Trinta
e três mineiros
ficaram soterrados
a 700 metros da
superfície durante
várias semanas.
No plano
económico, a Grécia
entra em crise
interna alarmando
toda a Zona do Euro
e a China torna-se a
segunda economia
do mundo,
ultrapassando o
Japão. Nos EUA,
decorre a eleição
de Barak Obama,
o primeiro negro a
chegar à liderança da
Casa Branca.
O calçado
português
no mundo
Também a
indústria de calçado
mudou de forma
significativa no
plano internacional.
Nestes últimos vinte
anos, vários aspetos
marcaram o setor.
Desde logo, por via
da entrada da China
na Organização
Mundial do
Comércio (OMC),
o mundo do calçado
mudou radicamente.
O peso relativo da
Ásia na produção
de calçado passou,
em pouco mais de
vinte anos, de 45%
para 87% do total.
Só a China passou a
representar 61% da
produção mundial
de calçado (contra os
17% de duas décadas
antes). Já a Europa
(que assegurava,
no final da década
de oitenta, 34% da
produção mundial)
passou a assegurar
apenas 3% do total
produzido à escala
internacional.
No mundo
ocidental,
praticamente todos
os países sofreram
as consequências
do processo de
globalização. No
caso específico da
indústria portuguesa
de calçado, o
desinvestimento
direto estrangeiro,
traduzido na
deslocalização
de mais de uma
dezena de grandes
multinacionais
(que empregavam,
em média, 1.000
trabalhadores)
implicou uma
mudança profunda
em todo o setor.
O número de
empresas e postos
de trabalho recuou,
naturalmente. Mas
outras variáveis
mereceram os
maiores elogios. Para
começar, desde 1990
– altura em que foi
publicada a primeira
edição do Jornal
da APICCAPS
3
“Destaco o desempenho que o setor do calçado
vai revelando no plano internacional, onde se tem
afirmado como um dos principais exportadores
europeus e que tem vindo a conquistar quota de
mercado aos seus concorrentes.”
Cavaco Silva, Presidente da República
edições
calçado transfigurouse. De setor
tradicional, de mão
de obra intensiva,
transformou-se
numa indústria
moderna, técnica e
tecnologicamente
evoluída, voltada
para o exterior,
que alia o saber
fazer acumulado ao
longo de gerações
às mais modernas
tecnologias.
– a produção de
calçado aumentou
11% (de 67 para 74
milhões de pares)
e as exportações
cresceram 89%,
ultrapassando em
2012, pela primeira
vez, a barreira dos
1.600 milhões de
euros exportados.
Em resultado, as
empresas de capital
exclusivamente
português são,
hoje, a grande força
motora da indústria,
e superaram em
apenas uma década,
as consequências
negativas do
desinvestimento
direto estrangeiro.
Com efeito, a
indústria portuguesa
de calçado que
tem no mundo
o seu plano de
atuação, sofreu
uma verdadeira
metamorfose. Em
pouco mais de duas
décadas, o setor do
Hoje por hoje, a
indústria portuguesa
de calçado é
uma referência
internacional.
Pela qualidade,
design e serviço, o
calçado português é
comercializado em
132 países nos cinco
continentes.
Também a
reputação do
calcado português
melhorou de forma
significativa nas duas
últimas décadas.
Longe vai o tempo
em que o défice de
imagem do país e
do setor de calçado
em particular,
era apontado
como o principal
estrangulamento
das empresas. Fruto
de uma grande
aposta na promoção
comercial externa,
o calçado português
apresenta hoje o
segundo maior preço
médio de exportação
a nível mundial. O
grande desafio do
setor e das empresas
para as próximas 200
edições do Jornal
da APICCAPS é
superar…Itália.
Sempre a andar
Para alguém, como é o
meu caso, que há mais de
20 anos segue de perto
o que se passa no sector
do calçado, a atenção e
reconhecimento que tem
recebido nos últimos anos
causa um misto de sentimentos: parece merecido;
pode ser perigoso. Explico.
As chamadas indústrias tradicionais tiveram, durante
muitos anos, que suportar
uma espécie de preconceito ainda hoje patente em
alguns discursos em que se
misturavam dois tipos de
ideologias: havia quem as
visse como sendo expressão
e resultado da exploração,
a outrance, de mão-de-obra
barata e outros que, a partir
daí, concluíam pela sua
incompatibilidade com as
novas tecnologias e inovação que viam despontar.
Eram uma coisa do passado, com pouco presente e
nenhum futuro. A realidade
acabou por os desmentir.
No caso concreto da indústria do calçado, os seus
empresários conseguiram
perceber os desafios que
os esperavam e preparar-se adequadamente. Não
se limitaram a reagir, a ir
atrás das mudanças. Anteciparam-nas, fizeram-nas
reflectir nas suas organizações e integraram-nas nas
suas estratégias. A APICCAPS e o Centro Tecnológico desempenharam, nesse
processo, um papel crítico,
funcionando como centros
de racionalidade sectorial,
dotando as empresas com
informação e orientação
geral passível de ter uma
declinação específica em
função das características,
recursos e competências de
cada empresa. Desse modo,
foi possível desenvolver acções e projectos colectivos,
sempre que havia uma base
partilhável, e garantir uma
articulação entre as várias
estratégias empresariais
que permitiu encontrar
denominadores comuns
que se tornaram em prioridades perenes na actuação
do sector. Internacionalização e inovação são
referências base a que, em
última análise, se reconduz
toda uma série de iniciativas promovidas ao nível
sectorial ou empresarial.
Isso mesmo é evidenciado
pela afectação dos fundos
estruturais carreados para o
sector, numa dinâmica que
o diferenciou da média e
que, sem qualquer dúvida,
explica uma parte significativa do sucesso. Os agentes
da indústria do calçado
sempre souberam o que
queriam, o que era indispensável não apenas para
sobreviverem, mas também
para singrarem. Os últimos
25 anos viram crescer e
afirmar-se uma indústria
com uma base tecnológica
moderna, capaz de ter uma
postura inovadora desde os
equipamentos e materiais
até à imagem, em que a insatisfação com o status quo
é a sua palavra de ordem, a
sua forma de estar e de se
afirmar.
Dificilmente a afirmação
popular “parar é morrer” encontrará melhor
campo de aplicação que
na indústria do calçado.
Ou, mantendo-nos ainda
num registo popular, aqui
ninguém pode “dormir
à sombra da bananeira”,
dos louros conquistados.
É bom que haja elogios e
reconhecimento do trajecto havido, do que foi
alcançado. Porém, tal como
nos produtos financeiros,
resultados passados não são
garantia de sucesso futuro. O percurso feito prova
que a tradição já não é o
que era, que uma indústria
que por cá anda há largos
anos não é incompatível,
bem pelo contrário, com
modernidade e inovação.
Esse percurso trouxe-nos
até aqui. Permite antecipar
um futuro auspicioso mas
que tem de ser construído.
A complacência não pode
fazer parte da maneira de
estar dos actores económicos deste sector. Novos
desafios surgem todos os
dias, na qualificação dos
seus trabalhadores e na
capacidade de rejuvenescer,
atraindo os jovens mais
qualificados para esta indústria; na continuação da
dinâmica inovadora típica
da sociedade do conhecimento; no descobrir novas
formas organizativas, novos
modelos de negócio ou de
criar imagem e marcas; no
respeito pelo ambiente e
na promoção da responsabilidade social. Não são
devaneios mas imperativos.
Só assim todo o esforço
desenvolvido não terá sido
em vão. É isso que justifica
um novo plano estratégico
que oriente e organize os
esforços com que se há-de
fazer frente aos desafios
que o futuro coloca.
Alberto de Castro
5
“A indústria de calçado não tem cessado de se
reestruturar permanentemente e tem manifestado
iniciativa empresarial e associativa, bem como
capacidade de inserção no mercado internacional. É
um setor com pujança”,
Jorge Sampaio, antigo Presidente da República
edições
Presidente da República distingue APICCAPS
O Presidente da República Cavaco Silva
distinguiu, em 2009, a
APICCAPS como Membro-Honorário da Ordem do Mérito Agrícola,
Comercial e Industrial
(Classe de Mérito Industrial).
Na cerimónia, que decorreu no âmbito do encerramento da 1ª Jornada do
Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras,
realizada no Entre Douro
e Vouga, o Presidente da
República agraciou a Associação Portuguesa dos
Industriais de Calçado,
Componentes, Artigos de
Pele e Seus Sucedâneos
como agente inovador no
exercício da sua atividade.
Ainda no âmbito da primeira Jornada do Roteiro
das Comunidades Locais
Inovadoras, o Presidente
da República visitou o
Centro de Formação Profissional da Indústria de
Calçado, agora Academia
de Design e Calçado. Cavaco Silva defendeu que
“o CFPIC tem formado
excelentes profissionais
e desempenhado um
Portugal assume
presidência da CEC
Em 2000, pela primeira vez,
Portugal, através da APICCAPS, assume a presidência da
CEC, a Confederação Europeia
da Indústria de Calçado.
Numa altura em que a indústria
europeia estava a enfrentar um
processo profundo de reestruturação, Fortunato Frederico
lançou um conjunto de prioridades estratégicas. Desde logo, defendeu a abertura dos mercados
internacionais. “Há mercados
que estão ainda injustificadamente protegidos com barreiras
tarifárias e não tarifárias (China,
América Latina, etc.). Lutaremos
junto da Comissão Europeia, de
todas as instituições europeias
e na Organização Mundial do
Comércio no sentido de garantir a abertura desses mercados”,
defendeu na altura o Presidente
da APICCAPS e da CEC.
De igual forma, a CEC passou a
“lutar contra as práticas que distorcem a concorrência, muitas
delas de caráter social condenadas pela Organização Internacional do Trabalho”. O reforço
das atividades promocionais da
indústria europeia em mercados
terceiros passou a ser uma prioridade. Por fim, aprofundou-se o
progresso técnico e tecnológico
por forma a conquistar crescentes padrões de eficiência, tornar
a indústria ainda mais flexível e
de uma cada vez maior capacidade de resposta rápida às exigências dos mercados. Ambiente
“limpo”. Pela primeira vez, os
vários países que integravam a
CEC apresentaram, em conjunto, um programa de inovação à
escala europeia. Uma mudança
de fundo, que se seguiu a outras:
foi na presidência portuguesa da
CEC que foi lançado o primeiro
congresso mundial de calçado.
Uma iniciativa de grande significado que aproxima todos os
atores no plano internacional.
No próximo ano, o Congresso
Mundial deverá ter o México
como «pano de fundo».
papel determinante na
capacidade que o sector
de calçado vai revelando
no plano internacional,
onde se tem afirmado
como um dos principais
exportadores europeus,
que tem vindo a conquistar quota de mercado aos
seus concorrentes”.
Para o Presidente da
República, “o país precisa
de comunidades locais
inovadoras para recuperar economicamente”. A
inovação seja no domínio
ambiental, cívico ou local
é, de resto, “fundamental
para que nos possamos
afirmar internacionalmente”, pelo que se
impõe “intensificar os
impulsos de desenvolvimento”.
Novo modelo promocional
sem a MOCAP
No final de 2005, a
APICCAPS toma
uma das decisões de
maior importância,
mas simultaneamente de maior
coragem. A estratégia promocional do
setor assentaria, já a
partir do ano seguinte, no reforço das
ações no exterior.
Do novo figurino
promocional, era
excluída a MOCAP.
Ao fim de 25 anos de
existência, a Mostra
de Calçado Português chegava ao
fim. A decisão dos
Órgãos Sociais e do
Conselho Consultivo da APICCAPS
foi firme e consensual: a totalidade dos
recursos e energias
deveriam passar pelo
reforço da presença
em certames profissionais no exterior.
Em causa estava
não só o reforço da
presença nos certames habituais, como
investidas a outros
mercados de elevado
potencial de crescimento.
Na altura, o Presidente da APICCAPS sublinhava
que “a indústria
de calçado estava
a mudar de forma
muito significativa
nos últimos anos”,
não só na sequência
“da inovação técnica
e tecnológica capaz
de potenciar a capacidade de resposta
rápida”, como igual-
mente “na aposta
em novos produtos,
novos mercados e na
promoção de marcas
no plano internacional”. Nesse sentido,
para Fortunato Frederico “impunha-se
uma cada vez mais
forte presença em
eventos internacionais”, procurando
desse modo “atenuar
o consabido défice
de imagem estrutural de Portugal nos
mercados externos”.
Na ótica do Presidente da APICCAPS, “o novo
modelo promocional
era a melhor prova da evolução da
indústria de calçado
em Portugal”.
junho/julho 2013
6
“A indústria portuguesa de calçado merece a
homenagem dos portugueses, pois contribui para a
afirmação de Portugal no estrangeiro como um país
moderno, que foi capaz de enfrentar o desafio da
qualidade.” António Guterres, antigo Primeiro Ministro
Calçado cresce 4%
na primeira metade do ano
-artigos de pele e componentes também com bons desempenhos
As exportações portuguesas
de calçado voltaram a crescer no primeiro semestre de
2013. Na primeira metade
do ano, Portugal vendeu
para o exterior 35 milhões
de pares, no valor de 789
milhões de euros, o que
representa um acréscimo de
4% relativamente ao mesmo
período do ano anterior.
O calçado português está a
crescer mais do que a média
nacional (de 3%) e mantém
uma tendência clara de
afirmação nos mercados
externos. Trata-se do 3º ano
consecutivo de crescimento das exportações (desde
2010 as vendas para o exterior já aumentaram mais de
20%), não obstante o clima
de abrandamento económico à escala internacional.
Numa análise mais fina, é
perceptível que a aposta das
empresas em novos mercados ou, pelo menos, em
mercados de maior potencial de crescimento imediato começa a dar frutos.
Em termos práticos, são as
vendas em países extracomunitários – crescimento
de 37% na primeira metade
do ano - que sustentam a
atual trajetória de ascensão.
Destaque para o crescimento das exportações em
países como Rússia (mais
93% para 16 milhões de
euros), Angola (mais 113%
para 13 milhões de euros),
EUA (mais 24% para 10
milhões de euros), Canadá
(mais 25% para 7 milhões
de euros) e Austrália (mais
118% para 4 milhões de
euros). Realce ainda, nomeadamente pelo seu
simbolismo para os bons
desempenhos nos Emiratos
Árabes Unidos (mais 280%
para 2,5 milhões de euros)
e China mais 73% para 1,5
milhões de euros).
Na Europa, ainda que
modesto, o desempenho do
calçado português é igualmente positivo (mais 0,7%
para 698 milhões de euros).
Para esse desfecho foi fundamental o comportamento
do calçado português em
França (mais 0,7% para 195
milhões de euros), Alemanha (mais 2,4% para 153
milhões de euros), Holanda
(mais 13% para 107 milhões
de euros) e Reino Unido
(mais 2,3% para 54 milhões
de euros). Preocupante
foram os desfechos em
Espanha e na Dinamarca.
As vendas para o mercado
espanhol recuaram 4%
para 79 milhões de euros e
as exportações para o país
nórdico decresceram 26%
para 29 milhões de euros).
O preço do calçado português exportado aumentou
5,7% e situou-se, no primeiro semestre, nos 22,33 €
A outro nível, o calçado
voltou a reforçar o seu
contributo para a balança
comercial portuguesa (cerca
de 600 milhões de euros
neste primeiro semestre).
De janeiro a junho, as importações recuaram 9,3%
para 25 milhões de pares,
no valor de 200 milhões de
euros.
Artigos de pele
com bom
desempenho
A atravessar um bom desempenho, pelo menos nos
mercados externos, está o
setor de artigos de pele e
marroquinaria. No primeiro
semestre de 2013, as exportações aumentaram 29%
para 49,5 milhões de euros.
O setor está a crescer em
praticamente todos os
segmentos como “malas e
bolsas” (mais 19% para 25
milhões de euros), “vestuário e acessórios em pele”
(mais 11% para 5 milhões
de euros) e “outros artigos
em pele” (mais 52% para 20
milhões de euros).
Por mercado, destaque para
os bons desempenhos em
França (mais 89% para 9
milhões de euros), Espanha
(mais 19% para 8,9 milhões
de euros) e Angola (mais
34% para 4 milhões de
euros).
Componentes
também
em alta
Também o setor de componentes para calçado vislumbrou uma primeira metade
do ano positiva, com um
acréscimo das vendas de
11% para 25 milhões de
euros. Com efeito, ainda
que as vendas de “gáspeas”
tenham recuado 3% (para
3,8 milhões de euros) – o
que até pode ser interpretado como um bom sinal
– as exportações de “solas
e saltos” aumentaram 12%
para 14 milhões de euros e
os “outros componentes”
aumentaram 21% para 6,6
milhões de euros.
Por mercado, realce para
os bons desempenhos na
Espanha (mais 21% para
4 milhões de euros) e em
França (mais 19%% para
4,1 milhões de euros) e para
a estabilização nas exportações para a Alemanha
(em cerca de 7 milhões de
euros).
7
“O calçado é uma manifestação de capacidade
empresarial portuguesa e um caso de sucesso…O país
teria muito a ganhar se existissem outras associações
setoriais com o desempenho da APICCAPS”
Durão Barroso, antigo Primeiro Ministro
exportações
www.spedycargo.pt
SOLUTIONS THAT WORK.
exigências dos mercados nacional e internacional.
A SPEDYCARGO empenha-se em encontrar as soluções mais adequadas e melhor desenhadas
para os desafios da industria no presente e no futuro.
A SPEDYCARGO representa em Portugal o HTFN Global Logistics Partner. O HTFN é uma
associação de empresas transitárias privadas com representação mundial que permite
uma cobertura global através de parcerias com empresas congéneres de elevada reputação em
cada mercado. Como membro a SPEDYCARGO beneficia de parcerias com mais de 120 agentes
em cerca de 200 países servindo mais de 600 portos e aeroportos.
Aéreo
A Spedycargo oferece
gama de opções no
transporte de carga
aérea. Garantimos
uma operação bem
estruturada resultante
da criatividade e
experiência da nossa
equipa.
Marítimo
Rodoviário
Aduaneiro
A Spedycargo
assegura coordenação
total da operação
de transporte
seleccionando a opção
que melhor responda
às exigências de cada
embarque ao custo
mais competitivo.
Em parceria com
os seus agentes na
Europa, a Spedycargo
oferece serviço
regular de transporte
em Camião de e
para várias origens e
destinos.
A Spedycargo dedica
especial atenção a
este segmento para
o qual criou o seu
próprio departamento
aduaneiro no que
conta com pessoal
especializado e
licenciado.
Transportes
Especiais
A Spedycargo tem
uma vasta experiência
no segmento de:
· Feiras e Exposições
· Transportes Especiais
· Armazenagem e
Distribuição
SPEDYCARGO, TRANSITÁRIOS, S.A.
Via Central de Milheirós nº. 726 · 4475-330 Maia · Portugal
Head Office
Lisbon Office
Aeroporto da Portela Terminal de Carga · Edificio nº. 134 sala 2119/2120 · 1750-364 Lisboa · Portugal
Telf. +351 229 993 650 · Fax. +351 229 964 962
Tel. +351 218 480 369 / +351 218 487 683 · Fax. +351 218 480 370
TRANSITÁRIO
ESPECIALIZADO
EM FEIRAS
INTERNACIONAIS
9
“Tenho seguido com particular atenção o desempenho do
setor do calçado que é um orgulho para o país, que apostou
no conhecimento, no saber, na relação com a universidade
e na inovação e é por isso uma referência internacional.
(…) O setor do calçado é um exemplo a seguir.”
José Sócrates, antigo Primeiro Ministro
curiosidades
132
Número de países onde se
comercializa calçado português.
Em 2012 foram exportados cerca
de setenta milhões de pares de
sapatos para todo o mundo.
280.000
Número de pares que existe no
“shoe floor” dos armazéns novaiorquinos Macy’s. Este espaço
orgulha-se de ter a maior área de
exposição de sapatos do mundo.
9
Século em que foi produzida a
taça em cerâmica persa onde
estão representados os primeiros
sapatos de salto alto. O registo
foi feito por Elizabeth Semmelhack, responsável pelo Bata
Shoe Museum, no Canadá, onde
existe um espólio de 13000 artefactos, desde sapatos egípcios
com 4500 anos a modelos atuais.
42
Percentagem de mulheres que,
segundo um estudo da American
Podiatric Medical Association,
admite que usaria um par de
sapatos de que gostasse, mesmo
que estes fossem desconfortáveis.
Uma questão
de número
Uma viagem matemática pelo universo,
raso ou vertiginoso, dos sapatos
161.800
Preço em euros do par de sapatos mais caro do mundo. Produzidos por The House of Borgezie, cada sapato é feito à mão,
em ouro, e cravejado de 2000
diamantes.
6.000
Número de pares de sapatos que
a APICCAPS angariou junto de
marcas portuguesas para doar
à Caritas, associação que apoia
famílias carenciadas.
3.000
Quantidade de pares de sapato que Imelda Marcos, mulher
do ditador filipino Ferdinando
Marcos, guardava na sua coleção. Durante os últimos 26 anos
de exílio, o espólio de Imelda
esteve ao abandono e foi parcialmente destruído devido a inundações e térmitas.
20
Centímetros do salto do sapatoescultura, adornado com cristais Swarovski, que Christian
Louboutin criou para um leilão
de angariação de fundos para o
English National Ballet.
2.880
Valor em euros que Christian
Louboutin foi obrigado a pagar
à Zara quando iniciou uma ação
legal contra a marca espanhola
que, em 2011, também pintou as
solas dos seus sapatos de encarnado. Devido à forma vaga
como Louboutin patenteou as
suas solas, outras marcas têm
seguido o seu exemplo, como a
Saint Laurent Paris, com quem o
designer também está envolvido
numa batalha legal.
2014
Até ao dia 31 de março deste
ano poderá ver, em Florença, a
exposição que recorda o trajeto
brilhante de Salvatore Ferragamo, um dos mais conceituados
designers de sapatos do mundo.
A mostra “The Amazing Shoemaker - fairy tales and legends
about shoes and shoemakers” estará patente no museu da marca.
11
“É um setor exemplar. A forma como evoluiu e se
reposicionou nos mercados é um caso incontornável de
sucesso. Soube e conseguiu usar a estratégia correta para
enfrentar os grandes desafios da globalização.
Paulo Portas, Vice-Primeiro Ministro
indústria
Calçado mantem tendência de criar emprego
Contrariando a tendência
nacional, o setor do calçado
continuará a criar postos de
trabalho nos próximos meses.
De acordo com o inquérito de
conjuntura da APICCAPS, a
larga maioria das empresas da
indústria de calçado entendem
que o estado dos negócios
permanece suficiente, tendo
melhorado ligeiramente face
ao período homólogo do ano
anterior. No segundo trimestre de 2013, as principais variáveis (produção, encomendas,
preços) registaram evoluções
positivas, embora moderadas.
Na atual conjuntura da economia nacional, destaque para
os sinais favoráveis quanto à
evolução do emprego.
Com efeito, pelo segundo
trimestre consecutivo, as empresas que dizem ter aumentado o número de pessoas ao
seu serviço excederam as que
dizem tê-lo diminuído, sendo
o saldo de respostas extremas muito semelhante ao do
trimestre anterior (+5 p.p.).
Embora quatro em cada cinco
inquiridos digam que o emprego está estável, esta tendência
de crescimento verificou-se
em quase todas as categorias
de empresas, em termos de dimensão e orientação de mercado. Recorde-se que, desde o
início do ano, várias empresas
estão a investir no interior
do país, construíndo novas
unidades produtivas (algumas
das quais especializadas na
costura), de modo a contornar
a situação de escassez de mão
de obra que continua a afetar as empresas sedeadas nas
zonas de forte concentração
da indústria de calçado (como
Felgueiras). E novos postos
de trabalho serão criados nos
próximos meses. É o caso da
Carité (que emprega sensivelmente 200 pessoas em Felgueiras) que está a investir em
Celorico de Basto. “Iremos
criar algumas dezenas de postos de trabalho nos próximos
meses, de modo a reforçar a
capacidade produtiva naquela
região”, sublinhou Reinaldo
Teixeira. Ainda assim, para os
próximos meses, não se preveem – de acordo com o Boletim
de Conjuntura da APICCAPS
- alterações significativas no
número de pessoas ao serviço
da indústria, já que quatro em
cada cinco empresas dizem
não esperar alterações no seu
quadro de pessoal.
Num outro domínio, e confirmando as previsões do período anterior, no 2.º trimestre
houve uma tendência de crescimento da produção, com
as empresas que declararam
um aumento a excederem em
8 pontos percentuais as que
sofreram uma diminuição. No
entanto, este saldo de respostas extremas é decrescente
com a dimensão das empresas,
pelo que a evolução global da
indústria deverá ter sido mais
próxima da estabilização indicada pela maioria (56%) dos
inquiridos. Para o 3.º trimestre, as respostas das empresas
inquiridas apontam para que
a produção da indústria portuguesa de calçado continue a
evoluir favoravelmente: dois
terços das empresas preveem
que estabilize mas, entre as
restantes, as que acreditam
num aumento superam em
7 p.p. as que receiam uma
diminuição. Entre as empresas orientadas exclusivamente
para o mercado nacional este
saldo é, no entanto, negativo.
Ficha Técnica
Propriedade
APICCAPS-AssociaçãodosIndustriaisdeCalçado,Componentes,ArtigosdePele
eSeusSucedâneos
RuaAlvesRedol,372|4011-001Porto
Tel:225074150|Fax:225074179|[email protected]|www.apiccaps.pt
Director
FortunatoFrederico-PresidentedaAPICCAPS
Edição
GabinetedeImprensadaAPICCAPS
Conceção Gráfica e Execução
Distribuição
saltoaltoelaborpress
Tiragem
2000exemplares
GratuitaaosAssociados
[email protected]
junho/julho 2013
12
13
“O setor do calçado é o caso evidente de sucesso de
um setor tradicional. O calçado é um exemplo de que
ser tradicional não significa obsoleto mas sim que faz
parte da nossa tradição industrial.”
Mira Amaral, antigo Ministro da Indústria
comunicação
Empresas elogiam aposta na imagem
do calçado português
O preço médio
do calçado português disparou nos
últimos anos e é
já hoje o segundo
mais elevado a
nível internacional. Vários fatores
contribuíram para
esse registo, em
especial, o aumento das matériasprimas. Mas há
outro aspeto
igualmente determinante: a aposta
na modernização
da imagem institucional do setor.
Com efeito, a
perceção das potencialidades do
calçado português
mudou de forna
significativa desde
o lançamento da
campanha de imagem Portuguese
Shoes: Designed
by the future, em
2009. As empresas agradecem.
Na ótica de
Carlos Santos “os
investimentos na
promoção comercial externa
e valorização da
imagem do calçado português têm
um grande valor
acrescentado e
complementam
as ações individuais das empresas”.
E, resultado, “há
uma maior con-
fiança na divulgação da origem
portuguesa e
melhorou a recetividade por parte
dos clientes”. Há,
no entanto, que
“continuar este
esforço”.
André Fernandes, da Cohibas,
sublinha que “nos
últimos anos, Portugal passou a ser
muito solicitado
para o desenvolvimento (e não apenas produção) de
novos produtos”.
A aposta na valorização da imagem
do setor “tem
sido fundamental,
associada a uma
vontade muito
grande das empresas portuguesas
em progredirem.
Essa tem sido a
nossa fórmula de
sucesso”.
Pedro Ramos realça que “a aposta
no reforço da
imagem do calçado português nos
últimos anos tem
sido determinante”. O responsável
comercial da Ambitious destaca “o
papel de grande
importância da
APICCAPS na
divulgação e promoção do calçado
nacional”.
Já Ruben Avelar sublinha
que “ é notório
o crescimento
do prestígio do
calçado português no mundo.
Este crescimento
resulta de uma
campanha conjunta, em que todos
os intervenientes
do setor se uniram
para conquistar um lugar de
relevo no plano
internacional”.
O responsável da
Profession Bottier
destaca “o papel
dos empresários,
autênticos embaixadores de Portugal no mundo,
e da APICCAPS,
que foi capaz de
abrir as portas dos
maiores eventos
de moda internacionais aos empresários portugueses
e que tem criado
plataformas de
comunicação e
divulgação pelo
mundo do saber
fazer português
acumulado ao
longo de várias
gerações. Resta
continuar a apoiar
esta estratégia e
a lutar cada vez
mais por este
setor e pelo Made
In Portugal”.
15
“O setor do calçado tem evoluído de forma notável.
O tempo de investimento direto já passou. Quanto
maior for o grau de especialização, maior será o
potencial de crescimento.”
Daniel Bessa, antigo Ministro da Economia
news
Consumo no Reino Unido cai
Devido ao aumento do
custo de vida no Reino Unido, o poder de
compra dos súbditos
de Sua Majestade tem
vindo a cair. O setor
da moda é um dos mais
afetados e a grande
quebra sente-se junto
dos jovens com menos
de 35 anos.
Até maio passado, a
diferença registava-se
numa queda de 400
mil consumidores em
comparação com o ano
anterior. As áreas mais
afetadas são as mais
ligadas com o calçado, o
vestuário e os acessórios.
A gestora de clientes
da Kantar, Charlotte
Wilks, acredita que
esta tendência afeta
todas as áreas, uma vez
que “os consumidores
estão não só a reduzir
as compras no vestuário mais caro de marca,
mas também a reduzir
na roupa de marca
branca”. O vestuário de
marca representa 23%
do consumo dos que
têm menos de 45 anos e
as vendas recuaram 4%
desde o início do ano.
Já as marcas brancas
representam os restantes 76% do mercado e
têm registado quebras
na ordem dos 3%. Em
contrapartida, o mercado dos clientes com
mais de 45 anos cresceu
tanto nas marcas brancas como nas marcas de
prestígio (mais 5%).
As maiores quedas de
consumo sentiram-se
entre as camadas mais
jovens, com especial
incidência entre aqueles
que têm entre 25 e 35
anos. Estes dois segmentos são responsáveis por 34% de todas as
compras. No entanto,
os consumidores com
menos de 25 anos gastaram menos 6%, e os
consumidores na faixa
etária seguinte compraram menos 2,4%.
A maior queda registou-se nas compras de
vestuário masculino,
cerca de 8,6%. Os setores feminino e de criança também registaram
diminuições de 1,7% e
4,2% respetivamente.
EUA castigam o Bangladesh
O presidente Obama
cortou os benefícios
de comércio entre os
Estados Unidos e o
Bangladesh. Esta medida surgiu no seguimento das tragédias que
ocorreram no setor do
vestuário do país, e que
vitimizaram cerca de
1200 trabalhadores.
O presidente acredita
que o país não está
a seguir o caminho
necessário para garantir
a segurança e o cumprimento dos direitos dos
trabalhadores. «Determinei que é apropriado
suspender os apoios ao
Bangladesh porque não
estão a dar passos para
assegurar aos trabalhadores os direitos labo-
rais internacionalmente
reconhecidos», explicou Barack Obama.
O presidente da federação laboral AFL-CIO,
Richard Trumka, considera que esta tomada
de posição dos EUA
transmite uma mensagem aos países que
têm acesso ao mercado
americano sem suportarem taxas (possível
desde a implementação
do sistema Generalizado de Preferências
-GSP). “Os países que
toleram condições de
trabalho perigosas – e
até mortais – e negam
os direitos básicos dos
trabalhadores, sobretudo o direito à livre
associação, arriscam-
se a perder o acesso
preferencial ao mercado
dos EUA”. Recorde-se
que o sistema GSP foi
criado de forma a ajudar
no desenvolvimento dos
países mais pobres, reduzindo assim os custos
de importação para as
empresas americanas.
A suspensão do Bangladesh deste sistema poderá aumentar as taxas
nos diferentes produtos exportados para os
Estados Unidos, tais
como louça, equipamentos desportivos
e tabaco. Fora desta
lista estão os produtos
têxteis, pois segundo o
sistema GSP o vestuário não é elegível para
sofrer cortes nas taxas.
A Europa respondeu
aos acidentes com a
assinatura de um novo
acordo, com vista a
promover a segurança laboral no país.
No entanto, os EUA
recusaram o acordo,
tendo optado por uma
posição mais radical.
Os responsáveis americanos consideram
que esta será a última
alternativa para conseguirem que a situação
de segurança melhore.
A União Europeia continua em negociações
com o Bangladesh. No
entanto, esta medida
mais “radical” dos EUA
pode influenciar as
decisões da UE num
futuro próximo.
Zaha Hadid
cria sapato
A arquiteta iraquiana Zaha
Hadid, que em 2004 venceu o
Prémio Pritzker de arquitetura, criou um sapato limitado
para a marca de calçado United Nude.
A edição do sapato “Nova”
foi desenhada em colaboração
com Remm D. Koolhaas, e
apresenta novas considerações
de ergonomia, métodos de
fabrico inovadores, e novas
técnicas de modelagem.
A criação alia o dinamismo
estético e as práticas arquitetónicas de Zaha, ao futurismo
caraterístico da United Nude.
O sapato combina pele italiana, borracha, vinil, e fibra de
vidro, numa estrutura formada por uma justaposição de
estrias em zig-zag. “Sempre
apreciei aqueles que se atrevem
a experimentar com materiais
e proporções. A nossa colaboração com a United Nude
reinterpreta a tipologia do
sapato clássico, ultrapassando
os limites do que é possível”,
explicou Zaha Hadid.
A peça pode ser unicamente
encomendada na loja parisiense L’Eclaireur, e encontra-se
disponível em preto, dourado,
rosa e esmeralda.
17
“O setor do calçado tem um papel insubstituível na
economia portuguesa. “A internacionalização da
economia portuguesa assume, de resto, no setor do
calçado um grande grau de maturidade. ”
Pina Moura, antigo Ministro da Economia
feiras
MICAM também antecipa datas
Mudanças de fundo no
calendário internacional
de feiras e exposições
profissionais. Tal como a
GDS, também a theMICAM vai antecipar datas
já em 2014.
Assim, a primeira edição
do próximo ano da feira
de Milão mantém as datas
já anunciadas, realizandose de 2 a 5 de Março. A
partir dessa data, tudo
mudará. No segundo
semestre, a theMICAM
realizar-se-à de 31 de agosto e 3 de setembro e em
2015 iniciar-se-à a 15 e terminará a 18 de fevereiro.
Recorde-se que também
a GDS procedeu a alterações idênticas, a partir do
segundo semestre de 2014.
As próximas edições da
Feira de Dusseldorf estão,
agora, agendadas para 12 a
14 de março (como antes),
mas depois realizam-se
entre os dias 30 Julho e
1 de agosto (ambas em
2014) e 4 a 6 de fevereiro
de 2015.
A única declaração pública conhecida, Cleto
Sagripanti, presidente da
theMicam e da ANCI
(a Associação Italiana)
defendeu estas alterações
“como uma resposta às
necessidades do mercado”. Importa, ainda,
“aproveitar ao máximo
o evento no calendário
de feiras internacionais”,
sublinhou.
Ordem nos Formeiros
Encontre qualquer formeiro em 10 segundos!
vrc.pt/formeiro
Veja como a J. MOREIRA
armazena as suas formas
em apenas 4m2!
V R C
W A R E H O U S E
T E C H N O L O G I E S
Fale já com um dos
nossos especialistas
pelo 252 320 750 ou envie
um email para [email protected]
19
A indústria portuguesa do têxtil, vestuário e calçado
tem todas as condições para se posicionar na
primeira linha da competitividade internacional
Carlos Tavares, antigo Ministro da Economia
inovação
GDS acolhe Prémios GAPI
A GDS vai voltar a acolher os Prémios Inovação Design na Fileira do
Calçado. As empresas
que vão participar neste
certame, têm assim a
oportunidade de ver os
seus produtos distinguidos naquela que é uma
das mais prestigiadas feiras de calçado do Mundo. As candidaturas ao
concurso estão a decorrer até dia 6 de setembro
de 2013.
Os Prémios Inovação Design são já uma referência
no setor e visam distinguir
e promover o design e a
inovação nas empresas
portuguesas de calçado.
A atribuição dos prémios
será feita na GDS, em
Dusseldorf, que decorrerá de 11 a 13 de setembro
podendo candidatar-se
todas as empresas que
participem na feira com
stand próprio e coleções
próprias.
Os prémios serão atribuídos em seis categorias (
“Calçado Inovador - Segmento Homem”, “Calçado Inovador - Segmento
Senhora”, “Calçado Inovador - Segmento Criança”, “Prémio Revelação”
, “Coleção Prestígio” e
“Prémio Jovem Talento”.
As propostas de candidatura deverão ser entregues nas sedes da APIC-
www.slatel.com
Rua da Madeira – Zona Ind.nº 1 | Apartado 158 | 3700-176 S. João da Madeira
Tels. 256 822627 / 256 823042| Fax 256 827374 / Fax online 213 516768
E-mail: [email protected] / [email protected]
CAPS ou do CTCP,
através do preenchimento de um formulário de
candidatura e a entrega
da documentação obrigatória até às 17h00 do dia
6 de setembro de 2013.
Os “Prémios Inovação
Design na Fileira do
Calçado são uma iniciativa conjunta do INPI
– Instituto Nacional da
Propriedade Industrial
e do CTCP - Centro
Tecnológico do Calçado
de Portugal., ao qual se
associa, de novo, a APICCAPS e a Messe Dusseldorf, através da GDS
Este evento insere-se
no projeto GAPI HORIZON, no âmbito do
sistema de apoio a ações
coletivas SIAC, uma iniciativa QREN do financiamento UE/FEDER
através do COMPETE Programa Operacional de
Fatores Competitividade.
&
registe-se online
rátis!
g
t
e
k
ic
T
e
m
u
a
t
garan
11.-13.09.2013
düsseldorf, germany
www.gds-online.com
gds1302_H_HS_255x370_PT.indd 1
Informações:
Walter & Cia., Lda.
Largo de Andaluz, 15, 3º Dtº-4
1050-004 LISBOA
tel. 213 556 254
fax 213 539 311
e-mail: [email protected]
www.walter.pt
www.messe-duesseldorf.de
16.05.13 14:06
21
“A indústria do calçado é um setor que deve servir de
exemplo. É um setor resiliente, que teve a coragem
de apostar na inovação e na qualidade dos produtos
nacionais. É exatamente isso que esperamos dos
restantes setores da economia nacional.”
Álvaro Santos Pereira, ex-Ministro da Economia e do Emprego
empresas
Cubanas aposta em sapatos de cerimónia
Após ter lançado um modelo exclusivo de homenagem ao Fado; quando
considerado Património
Imaterial da Humanidade;
a marca portuguesa Cubanas, com sede em Alcanena, acaba de se lançar
agora na produção exclusiva de calçado de cerimónia. A estreia ocorreu com
a apresentadora de televisão, Carolina Patrocínio.
Com o objetivo de atingir
um nicho especial, que
tem maior incidência
nesta época do ano, a
marca dos irmãos António
e Mário Marques resolveu
ampliar o seu leque de
produtos orientando-se
para sapatos e sandálias de
cerimónia.
Dentro dos padrões mais
atuais da elegância e
“fashion design”, a Cubanas
concebeu um modelo de
sandália de casamento com
o desejo de aliar o design
ao conforto. A sandália de
cerimónia, com 20 cm de
altura, é forrada com pele
de camurça de cabra num
tom branco marfim.
O modelo exclusivo incluiu como pormenor uma
estrela metálica Cubanas,
aplicada na sola, com uma
gravação personalizada
com o nome e data de
casamento da noiva, e de
uma aplicação de brilhantes no interior do salto e
da sola dando um maior
destaque à sandália.
23
“O setor do calçado em Portugal é sinal de
esperança para o país. Passou de um setor sem
futuro, há 30 anos atrás, para um dos setores
basilares do sucesso das exportações portuguesas”
Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal
empreendorismo
A nova Oliva acaba
de abrir as portas
com 11 inquilinos.
A Oliva Creative
Factory é um projeto essencialmente
empresarial mas que
terá na formação
artística, bem como
na atividade cultural
e no lazer fatores
essenciais ao temperamento criativo
deste espaço.
Instalada no interior
da Oliva, em S. João
da Madeira, uma
das maiores e mais
inovadoras fábricas
da história industrial
portuguesa, a Oliva
Creative Factory
terá como lema
transformar a criatividade e o talento
em negócios. Para
tanto disponibilizará
uma incubadora para
empresas do setor
das indústrias criativas (design, moda,
software, design de
produto, webdesign, multimédia,
entre outras) e um
business centre para
empresas maduras.
Nova Oliva abre as portas
Porque existe vida
para além dos negócios, os futuros
empresários terão
também ao seu
dispor espaços
interdisciplinares de
encontro e de convergência criativa,
nomeadamente, espaços de produção,
fruição e consumo,
e de interligação e
sinergia entre subsetores criativos.
Destacam-se ainda
espaços multiusos,
áreas expositivas,
blackbox, estúdios,
oficinas, ateliers
(moda, design, decoração, joalharia,
restauro, música,
entre outros), e re-
sidências artísticas,
assim como uma ala
dedicada à arte contemporânea, a qual
contará com uma exposição permanente, com exposições
temporárias, com
uma escola de dança, com oficinas de
restauro e com uma
sala de ensaios para
outra inaugurará os
espaços comerciais
da Oliva. Tratam-se
de projetos nas áreas
da joalharia, design
de produto e de interiores, mobiliário
ecológico, calçado
customizado, consultadoria em saúde,
proteção rodoviária,
iluminação, artes
plásticas e produção
cinematográfica, que
vêm maioritariamente de S. João da Madeira, mas também
de Santa Maria da
Feira e do Grande
Porto. Os promotores têm idades entre
os 23 e os 50 anos.
as peças a apresentar
no grande teatro da
cidade, a Casa da
Criatividade.
Nove empresas
ocupam, agora, a
incubadora, uma
instala-se no Business Centre (destinado a empresas
já consolidadas) e
Para Ricardo Figueiredo, Presidente da
Câmara Municipal
de S. João da Madeira, a Oliva Creative Factory poderá
assim “colocar a arte
e a criatividade ao
serviço da economia,
trazendo a indústria
tradicional e as tecnologias ao encontro
das artes e da criatividade”.
Lugar da Cachada - Margaride | 4610-250 Felgueiras | Telefone:+351 255 318 220 | Fax:351 255 313 171 | E-Mail:[email protected] | www.cfpic.pt

Documentos relacionados