Radar de Notícias – Final de Semana, 5 e 6 de

Transcrição

Radar de Notícias – Final de Semana, 5 e 6 de
Radar de Notícias – Final de Semana, 5 e 6 de fevereiro de 2011
Arquivo com as principais notícias do meio político, publicadas na imprensa
DOMINGO
Diário Catarinense
Informe Político
Dilma na visão de Ubiratan
Na condição equidistante em que se coloca em relação à cena política brasileira, o secretário da Fazenda,
Ubiratan Rezende, acredita que os movimentos políticos e os cortes processados no orçamento pela presidente
Dilma Rousseff indicam que ela pretende fazer, de forma rápida, uma mexida estrutural no país. A inflação em
alta, o freio na fartura econômica dos últimos oito anos e a necessidade de reagrupamento das forças políticas
são os motivadores da afirmação de Ubiratan, um teólogo, sem filiação partidária e PhD em Administração
Pública, que, por ora, trocou a vida de professor titular da Universidade Ave Maria, em Naples, Flórida (EUA),
pela carga de comandar a chave do cofre do governo do Estado.
Na opinião dele, a atual conjuntura não deixa margens para a administração federal. Dilma terá que exercer forte
controle monetário, além da diminuição da máquina estatal e do ataque direto ao déficit público. Para realizar
todos esses objetivos, a presidente terá que alterar o convívio com os partidos da base do governo e buscar o
apoio, também, entre uma nova força, menos fisiológica, que reuniria descontentes de várias siglas para fazer o
contraponto ao PMDB, seu maior aliado. Quem sabe este parceiro não seria o PDB, agremiação que abrigará as
pretensões eleitorais do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, com um pé fora do DEM.
– Ela precisa ter algum tipo de âncora partidária, que irá encontrar em setores do próprio PT, em pequenos
setores do PMDB e em setores cooptados da própria oposição, no Democratas e no PSDB – argumenta
Ubiratan.
O raciocínio do secretário está baseado no fecho de uma fase onde os recursos captados com a exportação do
setor primário eram transferidos para a sociedade e o governo aumentou sua participação como intermediário
desta operação. Ubiratan até questiona o governo federal neste papel, mas, no caso do Brasil, não vê outra
alternativa. A síntese disso, adverte Ubiratan, está na relação simbiótica entre o Estado e as classes política,
empresarial e sindical.
Reforma estrutural no país significa incomodar a base no Congresso ou, em casos extremos, a perda de aliados.
O perfil de Dilma, assegura Ubiratan, é a garantia de que negociará menos do que irá impor o discurso político,
que ficou reduzido ao econômico.
BANCADA ROSA CHOQUE
Nunca a Assembleia Legislativa teve
tantas mulheres em plenário, quatro delas
titulares e uma suplente. Nem a saída de
Ada de Luca (PMDB), mapeada para
assumir a Secretaria da Justiça e
Cidadania, que será desmembrada até
abril pelos deputados, diminuirá a
representatividade de pouco mais de 10%.
É pouco para um Estado onde a maioria
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da população é feminina. Mais longe ainda do que a lei sugere, uma participação de 30% na composição das
chapas, uma eterna dor de cabeça para os partidos. O grupo da foto, homenageado por antecipação pela
passagem do Dia Internacional da Mulher, na próxima terça, pretende ir mais longe e oficializar a atuação da
bancada rosa choque no parlamento na defesa de políticas públicas para o gênero. Da esquerda para a direita:
Ada, Ana Paula Lima (PT), Dirce Heiderscheidt (PMDB), Angela Albino (PC do B) e Luciane Carminatti (PT).
As duas Anas (1)
No retorno de Brasília para Florianópolis, na última quinta-feira, o deputado federal Esperidião Amin (PP) teve
uma conversa pra lá de descontraída com a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS).
Ele resgatou aquela manjada provocação dos moradores do Estado vizinho de que o único “homem” na história
de Santa Catarina é Ana Maria de Jesus Ribeiro (Anita Garibaldi). A lagunense lutou ao lado do companheiro
Giuseppe Garibaldi em batalhas em sua terra natal – durante a formação República Juliana –, na Revolução
Farroupilha – em pagos rio-grandenses –, no Uruguai e até na unificação da Itália, por isso é conhecida como
heroína de dois mundos. Mas o sentido levantado por Amin era dar o troco nos gaúchos.
As duas Anas (2)
Conta Amin que convenceu os colegas da bancada do Estado vizinho, na Câmara, de que, depois da votação do
novo valor do salário mínimo, Ana Amélia conquistou o título de único “homem” do Rio Grande do Sul, pelo
menos no Senado.
É que Ana Amélia votou pelos R$ 545, enquanto os colegas de bancada Pedro Simon (PMDB-RS) e Paulo Paim
(PT-RS) se posicionaram contrários à posição defendida pelo Planalto. Para Amin, o comentário é justo.
Esperem pela repercussão.
Parlatório Luiz Henrique
O senador Luiz Henrique (PMDB) quer
que o cidadão não pressione o Senado
durante os debates sobre a reforma
política. Otimista, o peemedebista
assegura que o relógio corre para o
parlamento, pois se nada for aprovado
este ano, as eleições municipais de 2012
impedirão o avanço na aprovação da
matéria.
O cidadão pode confiar que a reforma
política sai?
Luiz Henrique – O problema não é o cidadão confiar. O importante é o cidadão pressionar. Hoje tem meios de se
fazer uma pressão muito forte sobre o Congresso. Afinal de contas, temos 40 milhões de internautas. Se é difícil
vir a Brasília para pressionar, acho que, cada um, com seu tablet ou com o seu i-phone ou microcomputador
pode exercer pressão ao Senado para que, finalmente, saia essa reforma, que é fundamental para o
aprimoramento da democracia e das instituições democráticas.
Quais os pontos que são os pilares desta reforma?
Luiz Henrique – Os pilares são o financiamento público das campanhas, o voto em lista fechada – para
vereadores, deputados estaduais e deputados federais –, a duração do mandato, eu entendo que deva ser de
seis anos para todos; o fim da reeleição, a fidelidade partidária e a cláusula de barreira, reduzindo o número de
partidos. Estas são questões básicas. Há outras menores, como sobre a suplência do Senado, se vai ficar como
está; se a posse deve continuar no dia 1º de janeiro ou deve passar para o dia 10 ou dia 15. Mas isso são
assuntos laterais.
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As liminares do STF para definir qual o suplente assume na Câmara (do partido ou da coligação) é uma
antecipação da reforma?
Luiz Henrique – Na verdade, a judicialização da política foi condenada pelo próprio ministro Dias Toffoli no
Senado, quando da instalação da comissão de alto nível para a analisar a reforma política. Mas a judicialização
se dá porque falta uma reforma política. O Congresso não definiu, claramente, todos os contornos da legislação
eleitoral e partidária. Na omissão dele, o STF e o TSE têm atuado.
Existe muita pressão no Congresso sobre a reforma?
Luiz Henrique – Há um pensamento coletivo de que temos que fazê-la. E só poderemos fazê-la agora. Não
podemos retardá-la, porque no ano que vem já tem eleição municipal. E quanto mais nós nos aproximamos de
uma eleição, mais difícil é a aprovação. Veja o que aconteceu em 2006: a reforma política só não foi aprovada
porque o processo de votação coincidiu com a proximidade das eleições.
Dois ex-presidentes e vários ex-governadores na comissão do Senado é a segurança para aprovar a reforma?
Luiz Henrique – Não digo que seja a segurança, mas é um bom ponto de partida. Por outro lado, o presidente
(da comissão) Francisco Dornelles (PP-RJ) está imprimindo um ritmo muito veloz e, também, muito pragmático.
Ele selecionou os itens fundamentais, estabeleceu um cronograma, que aprovamos na última reunião, e, agora,
até o dia 4 de abril, nós vamos votar estes itens na comissão, e vamos, a partir daí, elaborar um projeto de lei,
em regime de urgência, que consolida mais de uma centena de projetos que existem sobre o tema e que
representa um amadurecimento do que vem sendo debatido há pelo menos três décadas.
Mas a força da reforma política não atrapalhará outras, como a tributária?
Luiz Henrique – É o que eu digo: se nós conseguirmos viabilizar a reforma política, nós viabilizaremos também a
reforma tributária, na direção daquilo que nós fizemos em Santa Catarina, a redução da carga fiscal.
Informe Econômico
Elas negociam com o mundo
A área de comércio exterior, normalmente dominada por homens, tem, em Santa Catarina, uma empresa
competitiva comandada por duas mulheres inteligentes e belas, a Interseas, de Florianópolis. Csele Braga
fundou a empresa há 10 anos com outros sócios. Sua irmã, Sheine Braga, começou como estagiária e, anos
depois, se tornou sócia. Graças ao empenho em oferecer excelência e sempre superar as expectativas dos
clientes, as duas jovens conquistaram uma sólida reputação nos serviços de importação e exportação de
máquinas, equipamentos e matérias primas. Como a economia brasileira entrou em ciclo de crescimento e os
negócios com o exterior continuarão sólidos, especialmente em Santa Catarina, que tem cinco portos, as irmãs
veem um cenário promissor para a atividade. Elas falaram com a coluna para este domingo que antecede o Dia
Internacional da Mulher, que será terça-feira. A propósito, a equipe da Interseas é composta por 16 pessoas,
sendo 14 mulheres.
Como vocês entraram nesse setor empresarial?
Csele Braga – Eu comecei a empresa como sócia, e a Sheine era estagiária na ocasião. Esses sócios eram mais
investidores e deixaram a empresa. Então a Sheine se tornou sócia. A Interseas tem 10 anos. Antes, trabalhei
cinco anos em outra empresa, e chegou um momento em que concluí que não tinha possibilidade de
crescimento profissional. Alguns colegas sugeriram abrir a empresa e eu comecei a pensar: por que que não?
Quem que faz as conexões com o outro lado do mundo?
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Csele – Nós duas. Tem projeto que eu toco, tem projeto que a Sheine toca, e outros que são em conjunto. Os
processos não param e navios não têm Natal e Páscoa.
Sheine – Quando a gente tem projeto grande, um navio inteiro de um cliente, não temos hora para trabalhar. Às
vezes, a gente está passeando em Balneário Camboriú e tem que ir até o Porto de Imbituba para acompanhar a
descarga ou ver se todos os processos estão de acordo. Carga parada é prejuízo. Já tivemos que acompanhar
procedimentos em portos à meia-noite de domingo.
Quais são as operações que a Interseas faz com o exterior?
Sheine – A Interseas é uma prestadora de serviços. A gente trabalha com consultoria e assessoria em negócios
internacionais, despachos aduaneiros. O que a gente faz é tirar a carga da empresa do exportador e colocar lá
no exterior, cuidando de todos os trâmites. A gente ajuda, por exemplo, na questão da embalagem,
documentação, despacho aduaneiro, frete, seguro, até chegar à empresa que está importando. No caso da
importação, cuidamos desde a compra do produto no exterior até trazer para o Brasil. A gente trabalha com
carga-projeto. Algumas mineradoras são nossos clientes e precisam importar máquinas que não têm similar
nacional. A gente faz todo o processo. Muitas vezes, contratamos um navio inteiro de matéria-prima.
Como são os contratos?
Csele – A gente faz toda a assessoria para executar o projeto porta a porta. Dependendo da necessidade. Os
nossos clientes terceirizam o seu departamento de comércio exterior para a gente. A gente lê muita lei. É um
processo muito dinâmico. A legislação de comércio exterior é muito ampla. A gente tem parcerias com empresas
de outros países que têm um fluxo maior de comércio com o Brasil.
O que vocês importam e exportam?
Csele – Nos últimos dois anos importamos muito maquinário para as indústrias plásticas, têxteis e de mineração.
Exportamos pisos, roupas, calçados, mosaicos, alimentos congelados. Tudo isso é feito em nome dos nossos
clientes, não da nossa empresa.
Sheine – Trabalhamos com a importação também de soda cáustica, matéras-primas para indústrias têxteis e do
plástico, pisos cerâmicos, material médico-hospitalar, borracha, tinta e outros.
Qual é o foco da Interseas?
Csele – A nossa empresa procura fazer importação para a indústria, priorizando máquinas, equipamentos,
peças, matérias-primas e produtos semiacabados. Isto porque acho que a importação de produto acabado tem
um risco muito grande de ter um corte, uma retaliação,ou até a necessidade de o governo dificultar um pouco as
compras lá fora. A gente prefere trabalhar com a indústria.
Como você vê o futuro do comércio exterior no país?
Csele – Sou bem otimista. O Brasil se inseriu no comércio internacional, respeita as leis da Organização Mundial
do Comércio (OMC). Além de todo o supérfluo que o país importa da China, estamos importando muitos
equipamentos, maquinário e outros bens que agregam à produção daqui e favorecem as exportações.
Como é, para mulheres, atuar nessa área?
Csele – Até 10 anos atrás era uma profissão de homens. Temos muitas responsabilidades. A gente cuida da
chegada de navios inteiros. São valores altos envolvidos. É pesado.
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Sheine – Um dia parado de um navio custa pelo menos menos R$ 50 mil. Se for nossa culpa, a gente tem que
pagar. A gente não paga porque não deixa acontecer. A gente trabalha com muita responsabilidade. Em
comércio internacional não pode ter erro. Os maiores contratos, de R$ 5 milhões, envolvem fretamento de
navios.
Sheine Braga e Csele Braga
Sócias e diretoras da Interseas Comércio Exterior, empresa de Florianópolis que presta serviços na área
internacional para empresas, especialmente indústrias. Csele (nome de origem húngara que pronuncia-se
Tchele) Braga (D), 38 anos, natural de Florianópolis, é fundadora da Interseas. Graduada em Comércio Exterior
pela Univali, de Itajaí, tem pós-graduação em Comércio Internacional e MBA em Comércio Internacional pelo
Instituto Nacional de Pós-Graduação, em Joinville. Sheine Braga (E), 31 anos, natural de Rio do Sul, é formada
em Administração com habilitação em Comércio Exterior pela Univali São José, e tem MBA em Comércio
Exterior e Negócios Internacionais pela FGV. As irmãs são filhas do médico oftalmologista e artista plástico Semy
Braga e da servidora pública Maria da Graça Braga. Csele é divorciada e tem uma filha de 16 anos. Sheine é
casada há sete anos.
Excelência
As empresárias Csele e Sheine Braga afirmam que conciliar a vida familiar com o trabalho é bem corrido, mas é
possível. Na atividade de comércio exterior há peculiaridades porque, muitas vezes, é preciso começar antes do
horário normal do Brasil e encerrar depois ou trabalhar à noite, em fução da chegada de navios ou contatos com
países da Ásia. São vários fusos.
Cliente
A Interseas tem clientes no Brasil inteiro. A lista de estados inclui Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná,
São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Ceará. Essa expansão está ligada ao crescimento dos clientes. Os benefícios
oferecidos pelo governo catarinense também colaboram para a expansão dos negócios porque muitas
empresas, de fora abrem unidades, em Santa Catarina.
Empresas
A mudança cambial que provocou maior impacto no setor foi a desvalorização de 1999. Segundo Csele Braga,
muitas empresas quebraram naquela época. Na crise que teve o ponto alto em setembro de 2008, os clientes da
Interseas sentiram menos o impacto. Tiveram dificuldades alguns meses, mas depois conseguiram se recuperar.
Reputação
Csele e Sheine Braga afirmam que o segredo de sucesso da Interseas é manter a essência, a dedicação que
colocaram no trabalho desde o início da empresa.
– Nossos concorrentes perguntam qual é o segredo de vocês, porque onde eu bato e vocês estão não consigo
entrar. Amamos o que fazemos. A gente vibra quando um negócio dá certo – diz Csele Braga.
Moacir Pereira
Mutações no Carnaval
Maior espetáculo da Terra, o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro continua representando o que de
mais criativo e autêntico um batalhão de artistas populares pode oferecer ao Brasil e ao mundo nestes dias de
Carnaval. Reunir 4 mil pessoas sem um único ensaio, sem a tecnologia própria dos palcos teatrais e com
disciplina, unidade, roteiro, enredo e vibração, é feito exclusivo dos brasileiros. Um acontecimento mágico que,
acompanhado em todos os seus detalhes, com anotação do significado de cada carro alegórico, cada ala, traz
um enriquecimento pessoal e coletivo de grande valor artístico-cultural.
Florianópolis entrou no modelo do Rio. No passado, seu Carnaval era considerado o terceiro melhor do Brasil,
superado apenas pelo carioca e pelo baiano. Hoje em dia nem se sabe qual a colocação.
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E por que a perda de posição no ranking nacional? Primeiro, pela ausência dos carros de mutação, que faziam o
diferencial em relação a qualquer outro Estado. Eram marca registrada da Ilha carros que se abriam e subiam
em caixas sucessivas, bem decoradas, até a altura da sacada do Palácio Cruz e Sousa. Ali, o governador do
Estado recebia a homenagem de uma criança fantasiada, surpresa do interior que surgia radiante. Carros de
madeira com molinetes, caprichosamente confeccionados nos galpões dos Granadeiros da Ilha, junto à Avenida
Mauro Ramos, e dos Tenentes do Diabo, nos altos da Felipe Schmidt, perto do atual Lindacap.
A decoração dos carros era uma maravilha. Os artistas populares levavam meses para a sua execução, valendose de “grude” doméstico e de papel comum. Mas, no final, um primor exibido para o público. Abriam os carros em
quatro pontos: no antigo Lux Hotel da Felipe Schmidt, na frente do Palácio do Governo, depois na Catedral, onde
ficava o povão, e finalmente na antiga Telesc, hoje Bradesco. Defeitos não constituem privilégio das escolas do
Rio e de Florianópolis. Todo ano era a mesma choradeira. Faltavam tratores para puxar os gigantescos carros e
eles sempre acabavam quebrando. E quebrando junto o brilho da exibição, para a frustração das torcidas.
AUTÊNTICOS
O desfile era mais monótono, ainda que durante a abertura dos carros fosse animado por bandinhas
endiabradas. Mas era um trabalho autêntico, sem recursos públicos. As sociedades carnavalescas trabalhavam
o ano inteiro para conseguir recursos da iniciativa privada. Famílias simples tocavam os galpões com uma paixão
comovente.
Os blocos de sujos eram mais fortes do que as escolas, que estavam apenas na adolescência. E os que queriam
brincar mascarados eram submetidos a uma exigência ridícula. Iam à delegacia de polícia requer autorização
especial. Encapuzado sem autorização, cana.
Seguindo também o Rio, Florianópolis tinha seu Baile Municipal, com desfile de fantasias de luxo e originalidade,
realizado no 12 de Agosto, e sempre prestigiado pelo governador, prefeito e as principais lideranças políticas e
empresariais. Era lá que a elite da cidade de encontrava. E celebrava com lança-perfume, totalmente liberado. E,
estranho, não se registrava nenhuma ocorrência grave pelo uso do líquido gelado e perfumado dos tubos
metálicos dourados da Rhodia.
O Carnaval girava, com espontaneidade e com vibração popular, sem malícia e sem violência, ao redor da Praça
XV de Novembro até o dia terminar. O 12 de Agosto e Lira Tênis Clube realizavam as melhores festas de salão.
A festa de Momo só terminava quando os foliões das duas sociedades se encontravam na figueira da Praça XV.
Quase sempre por volta das 9h ou 10h da manhã de Quarta-feira de Cinzas, para a indignação dos devotos da
Quaresma. Na periferia, o destaque ficava com o Limoense e o Ipiranga, no Saco dos Limões. O Continente
despontava com o Clube 6 de Janeiro. Tudo na harmonia da convivência das famílias e dos amigos.
Mudou tudo. Agora, o Carnaval é mais profissional, mais comercial e muito mais violento. Mesclou dinheiro com
drogas e sexo. Na devassidão dos tempos modernos, eliminou o público infantil, outrora presença marcante. Não
é para menos. Com desfile começando depois das 22h não há criança que resista. Virou programa de coruja.
Visor
NASCE O BLOCO DO BATOM
As mulheres na Assembleia Legislativa resolveram criar, pela primeira vez, o bloco do batom. Juntas, serão
recebidas pelo governador Raimundo Colombo, na próxima quarta-feira, para tratar da implementação da Lei
Maria da Penha em Santa Catarina. A agenda faz parte do calendário para marcar 8 de março, Dia Internacional
da Mulher.
-------------------------------------------------------------------------------Ana Paula Lima (PT), que ajudou a articular a bancada do batom, defende ações como a criação de novas casas
de abrigo especializadas no atendimento à mulher vítima de violência. Atualmente, a bancada de saias ocupa
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cinco das 40 cadeiras do Parlamento. São as deputadas Ada de Luca (PMDB), Angela Albino (PC do B), Dirce
Heiderscheidt (PMDB) e Luciane Carminatti (PT), além de Ana Paula.
SOB CUSTÓDIA
Os problemas são tantos no sistema para adolescentes infratores em Santa Catarina que até a escolta e
custódia de uma jovem em tratamento de saúde no Hospital Universitário, em Florianópolis, está sendo feito, há
uma semana, por monitores masculinos.
A legislação diz que esse procedimento só poderia ser feito por servidor do mesmo sexo ao do infrator, no caso,
monitores femininas. Mas diante da falta de estrutura, o negócio é improvisar.
SC Planalto
Provocação
Frase ouvida durante uma reunião da cúpula do PMDB, em Brasília:
– Raimundo Colombo afirma que não vai sair do DEM porque sabe que o partido vai acabar logo, logo.
Passado é passado
O vice-presidente da República, Michel Temer, entrou no circuito para acertar a vida do PMDB no Estado. Com o
início da distribuição dos cargos de segundo escalão, João Matos deve ser escalado para a Eletrosul, abrindo
caminho para que Eduardo Pinho Moreira volte ao comando do partido no Estado.
Profundo conhecedor dos meandros do partido, Temer quer enterrar as velhas agruras eleitorais:
– No partido, quem não votou comigo na última eleição foi porque não pôde – afirmou Temer, na reunião com
Pinho Moreira.
Contato
Mesmo sem mandato, o ex-deputado
Eliseu Padilha (RS), à esquerda,
intermediou o encontro entre Moreira e
Temer. Envolvido nas costuras para as
eleições municipais de 2012, ele
participou da reunião em Brasília. Longe
do Congresso, Padilha foi indiciado pela
Polícia Federal por suspeita de
irregularidades em licitações do PAC.
Política
PEDRO IVO CAMPOS
Os 20 anos da outra ponte polêmica
Na próxima terça-feira, a Ponte Pedro Ivo Campos completa 20 anos. Poucas obras em Santa Catarina foram
tão cercadas de polêmicas quanto a terceira ligação Ilha-Continente.
Se teve uma ponte tão polêmica em Santa Catarina quanto a Hercílio Luz, esta é a Pedro Ivo Campos, que
completa 20 anos na terça-feira. Foi a ligação entre a Ilha e Continente que levou mais tempo para ser
construída – nove anos – e ainda foi inaugurada incompleta em 8 de março de 1991, sem a pintura externa e as
passarelas.
A construção foi cenário de um dos maiores escândalos do Estado: a suspeita de superfaturamento de US$ 27
milhões pelo último superintendente da obra, o engenheiro Miguel Orofino, uma história que ainda não chegou
ao fim.
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A ponte, batizada em homenagem ao governador morto um ano antes da conclusão, começou a ser construída
em 1982. O então governador Jorge Bornhausen assinou contrato com a Usiminas Mecânica (Usimec) em 13 de
maio.
A ponte não era prioridade do governo, que planejava continuar o Aterro da Baía Sul até o aeroporto. Segundo
Bornhausen, a interdição da Ponte Hercílio Luz, que dividia o tráfego de 60 mil veículos por dia com a Colombo
Salles, mudou o foco para a nova ligação.
– Ficamos só com uma ponte e tivemos que direcionar os recursos para a obra – diz.
Esperidião Amin, secretário de Transportes na gestão de Bornhausen e governador de 1983 a 1987, lembra que
a nova ponte foi baseada no projeto da Colombo Salles, mas com o vão central metálico. Isso para obter
recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE, atual BNDES), que buscava abrir mercado
para o aço da estatal Usimec. Embora a contratação da Usimec sem licitação tenha sido legal – por se tratar de
empresa pública –, houve polêmica por ela ter subcontratado empreiteiras.
O financiamento saiu em 1984. A demora na aprovação dos recursos paralisou as obras até 1986, quando
chegou o material para prosseguir.
– Na época havia grande restrição ao crédito. O Estado não tinha recursos e o governo federal estava às voltas
com a inflação – recorda Amin.
Pedro Ivo Campos tomou posse em março de 1987 e deu prazo de 20 meses para a conclusão – que não foi
cumprido. Em 1989, as empreiteiras não estavam recebendo e pararam a obra, só voltando em 1990, quando o
governador morreu.
Casildo Maldaner assumiu e retomou os pagamentos, mas a um custo alto. Como a maior parte dos U$S 55
milhões veio dos cofres públicos, os salários do funcionalismo atrasaram e os servidores protestaram em frente à
obra, na véspera da inauguração, que aconteceu uma semana antes de Maldaner entregar o cargo.
CONSTRUÇÃO ARRASTADA
Barreira política no caminho
Além da demora na assinatura para autorizar a construção da Ponte Pedro Ivo, sucessivos entraves políticos
arrastaram o processo por cinco governos até a finalização do projeto
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A construção da Ponte Pedro Ivo atravessou cinco governos, quatro planos econômicos e um período marcado
por uma inflação inimaginável nos dias de hoje. Estes são, segundo alguns dos envolvidos, os ingredientes que
tornaram a obra tão problemática. Quando o contrato para a construção da terceira ligação Ilha-Continente foi
assinado, o Brasil ainda vivia sob o regime militar, no governo de João Figueiredo. Em Santa Catarina, o
governador era Jorge Bornhausen (1979-1982), que se preparava para deixar o mandato e concorrer ao Senado.
Mas, antes de deixar o Palácio Cruz e Sousa, então sede do governo, Bornhausen foi surpreendido com um
laudo que condenava a Ponte Hercílio Luz. Com apenas a Ponte Colombo Salles em operação, a construção de
uma nova ligação passou a ser prioridade.
– Procurei o ministro do Planejamento Delfim Netto, conseguimos os primeiros recursos e assinamos o contrato
com o governo federal – lembra o ex-governador.
Com a renúncia de Bornhausen, assumiu o vice Henrique Córdova, mas o projeto só voltou a ganhar viabilidade
no governo de Esperidião Amin (1983-1987). Segundo ele, o grande desafio na época era conseguir
financiamento para a obra. O Estado, que se recuperava das enchentes do ano anterior, não tinha condições de
arcar sozinho com um projeto daquele porte. Já o governo federal, às voltas com a inflação, não liberava
recursos. A saída foi buscar uma linha de financiamento com o BNDE (atual BNDES).
– Então propusemos uma linha de financiamento de pontes urbanas montadas em concreto e estrutura metálica
ao BNDE – lembra Amin.
Para conseguir os recursos, o projeto precisava da autorização do Ministério do Planejamento e aprovação do
Senado. Nesta época, o Brasil vivia o movimento das Diretas, Já. Mas, em Brasília, o governo articulava a
derrota da emenda no Congresso Nacional para manter as eleições indiretas, pelo Colégio Eleitoral, com Paulo
Maluf como candidato da situação.
– O problema era que o governador Amin, embora fosse do mesmo partido de Maluf, tinha simpatia pelas
Diretas. E toda vez que ele dava uma declaração a favor disso, o processo do financiamento emperrava – conta
Marcos Rovaris, secretário de Transportes da época.
Mesmo com as dificuldades, o governo conseguiu aprovar a linha de financiamento e obter a autorização do
Ministério do Planejamento. Então surgiu um novo obstáculo. O senador Moacyr Dalla (ES) foi eleito presidente
do Senado. Segundo Rovaris, quando o projeto chegou ao Senado, Dalla se interessou.
– Ele disse que aprovaria a proposta, desde que antes fosse feito um projeto semelhante para o Espírito Santo.
Na época, todos os equipamentos da Usimed, que estavam aqui, foram transferidos lá. Eles fizeram o mesmo
projeto e acabaram assinando antes do nosso, o que atrasou a nossa ponte. Não conseguimos implantar um
prego antes que a ponte do Espírito Santo fosse finalizada – afirma Rovaris.
CONSTRUÇÃO ARRASTADA
A inauguração em 8 de março de 1991
Quando Pedro Ivo Campos (1987-1990) assumiu o governo, apenas 29% estava concluída. O novo governador
elegeu a ponte como prioridade, e as obras ganharam visibilidade. Na época, foram feitos os pilares e instalada a
estrutura metálica. Mas os problemas técnicos e a falta de recursos faziam os prazos de conclusão serem
sucessivamente adiados. Pedro Ivo não viveu para ver a ponte pronta. Morreu no dia 27 de fevereiro de 1990. O
vice Casildo Maldaner (1990-1991) assumiu o governo e estabeleceu como “ponto de honra” inaugurar a
esperada obra.
– Foi uma decisão forte do Pedro Ivo em tocar a obra e, com a falta dele, se tornou a prioridade das prioridades –
afirma Maldaner.
Novamente, a falta de recursos dificultou o processo. O país se recuperava do Plano Collor.
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– A economia estava parada, a arrecadação caiu. Fazíamos leilões de carros velhos na Secretaria de
Administração para fazer caixa – conta o ex-governador.
Apesar de tudo, na noite de 8 de maio de 1991, Maldaner inaugurou a Ponte Pedro Ivo Campos. Daquele dia, o
hoje senador não esquece duas frases. Uma é dele mesmo, no discurso de inauguração: “Neste instante,
estamos retirando a Ponte Colombo Salles da UTI”. A outra é do deputado Ulysses Guimarães, que esteve em
Florianópolis para a solenidade:
– Ele (Ulysses) olhou para o mar e disse que tinha que estar presente na homenagem a Pedro Ivo. Ele disse que
tinha que vir, nem que fosse a nado. Havia milhares em cima da ponte, parecia uma via sacra.
CONSTRUÇÃO ARRASTADA
Engenheiro quer provar inocência
Passados 20 anos da inauguração da ponte Pedro Ivo Campos, um mistério ainda ronda a polêmica estrutura:
para onde foram U$ 27 milhões, supostamente desviados da construção? O personagem central desta trama, o
engenheiro Miguel Orofino, último superintendente da obra, foi condenado a 10 anos e quatro meses de prisão,
em três processos nos quais foi acusado pelo desvio.
De superintendente e principal porta-voz das obras da Ponte Pedro Ivo, passou a suspeito de envolvimento em
um esquema milionário de desvio de recursos e acabou se tornando procurado número um da Justiça
catarinense, após fugir para o exterior. Localizado em Portugal, foi preso e extraditado para cá, onde foi julgado e
cumpriu sua pena.
Atualmente, Orofino mora com a mulher, Meire Mendes Ouriques, em um sítio em Rancho Queimado, na Grande
Florianópolis. Engenheiro reconhecido, continua atuando na área de cálculo estrutural.
Ele quer provar na Justiça que não desviou os US$ 27 milhões. No total, o engenheiro respondeu a 39
processos, entre inquéritos, ações civis e criminais. Ficou preso por três anos e dois meses, até receber o
benefício do regime semiaberto. O perdão judicial veio em 2004.
Segundo seu advogado, Leoberto Caon, 11 processos ainda estão em aberto, alguns tendo Orofino como autor.
Desde 1999, o engenheiro pede na Justiça a realização de uma nova perícia técnico-contábil nas obras da
ponte.
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– Queremos provar que a acusação é uma loucura. Ninguém discute que a ponte custou US$ 55 milhões, como
ele teria desviado quase a metade? Esta perícia não é verdadeira. Refizemos conta por conta e não tem como
chegar ao valor de US$ 27 milhões .
Para o senador Casildo Maldaner, governador no último ano de construção da ponte, o grande erro de Orofino foi
fugir do país.
– Por uma questão pessoal, ele acabou saindo da forma como saiu. Se ele tivesse ficado, tudo teria se
esclarecido melhor – avalia.
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CONSTRUÇÃO ARRASTADA
Cinco anos de sumiço na Europa
Além do escândalo político, o caso Orofino se tornou uma das histórias com maior repercussão da crônica
policial catarinense. Às vésperas de prestar depoimento em um inquérito aberto para investigar denúncias de
superfaturamento nas obras da ponte, em março de 1992, Orofino e Meire Mendes Ouriques, ex-secretária do
Sistema Catarinense de Informações, desapareceram. Alguns dias depois, a família do engenheiro registrou
queixa na delegacia. Na época, a família levantou a hipótese de sequestro ou morte.
O mistério do sumiço começou a ser desvendado a partir de um flagrante de uma câmera de televisão. Durante
um jogo de vôlei entre as seleções do Brasil e da Holanda, nas Olimpíadas de Barcelona, em 30 de julho
daquele ano, o casal foi localizado. A primeira a ser identificada foi Meire, que aparecia vestida com um top azul
marinho, camiseta enrolada na cabeça e um copo plástico nas mãos. Em seguida, Orofino também foi visto,
vestindo camiseta azul marinho, em meio à torcida brasileira.
As imagens tinham poucos segundos de duração, mas foram suficientes para mobilizar as famílias e a polícia do
Estado. Logo após assistir às imagens, o então secretário de Segurança Pública, Sidney Pacheco, encaminhou
pedido aos ministérios da Justiça e Relações Exteriores para que solicitassem ao governo espanhol a prisão e
extradição de Orofino.
Cinco dias depois, os delegados Acioni de Souza Filho e Wanderley Redondo embarcaram para a Espanha para
tentar localizar o engenheiro. Os policiais ficaram uma semana em Barcelona, mas acabaram retornando ao
Brasil sem pistas do casal. Orofino torna-se então procurado pela Interpol. Ele foi o primeiro a ter imagens
divulgadas na internet por meio do site da polícia internacional.
Apesar das buscas, o engenheiro seria localizado somente cinco anos depois, em Portugal. A operação de sua
prisão teria começado com um telefonema anônimo da Espanha. Miguel Orofino foi detido no dia 15 de outubro
de 1997, na casa em que morava em Sintra, a 25 quilômetros de Lisboa. O casal desembarcou em Florianópolis,
escoltado pelo delegado da Polícia Federal, Roberto Schweitzer.
CONSTRUÇÃO ARRASTADA
As imagens contundentes
A imagem de Miguel Orofino, até então dado como desaparecido, na torcida que assistia aos jogos da seleção
de vôlei masculino na Olimpíada de Barcelona, transformou a RBS TV, no Morro da Cruz, em ponto de romaria
no dia 1º de agosto de 1992. Pela manhã, o delegado Aciony de Souza Filho confirmara que a imagem era de
Orofino e de Meire Ouriques, sua ex-secretária. Dois dias antes, Meire foi a primeira a ser identificada por
conhecidos. Faltava Orofino. Uma ligação ao jornalista José Luiz Chiarelli, à época produtor de telejornais da TV
Globo, no Rio de Janeiro, garantiu a imagem.
À tarde, a então mulher de Orofino, acompanhada de um casal de irmãos do engenheiro, foi ao estúdio da RBS
TV. No estacionamento, ficou acertado que o que deduzissem das imagens poderia ser divulgado, mas nenhum
integrante da família apareceria ou daria entrevista. A ex-mulher aparentava um abatimento sem igual. Estava
pálida e nervosa. Calada, assistiu às imagens sem emitir um som ou esboçar uma reação mais forte. Arrasada,
deixou que um dos seus acompanhantes desse a versão oficial: “É muito parecido”, disse o irmão, na saída. Era
a senha de uma história que, por um lado, aliviava a família. No dia 21 de março daquele ano, ela e os cunhados
haviam registrado um BO pelo desaparecimento de Orofino. A suspeita era de sequestro ou morte. A dedução de
quem acompanhou a reação é de que Orofino queria aparecer. Para dizer que estava bem e vivo ou para
mandar um recado a quem o acusava ou aos que lhe haviam deixado só, diante das acusações. Por isso, não se
importou em ficar frente as câmeras, com camisa escura, entre muitos de amarelo. Queria ser notado.
* Colunista de Política do DC e, à época do caso, coordenador de telejornais da RBS TV
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INICIATIVA PRIVADA
Vem aí a legenda “sem políticos”
Partido Novo tem a eficiência como principal plataforma de campanha
Com a promessa de levar práticas da iniciativa privada para o governo, um grupo de executivos desiludidos com
siglas como PSDB e DEM está articulando o lançamento de uma legenda “sem políticos”. O projeto já tem nome,
Partido Novo, e teve o seu estatuto publicado no Diário Oficial da União no dia 17.
Desde então, empresários e profissionais liberais têm recebido e-mails com um resumo das propostas e um
anexo com fichas de adesão.
– Podíamos ter criado uma ONG, mas achamos que um partido teria capacidade de ação muito maior – diz o
presidente da futura legenda, o economista carioca João Dionísio Amoêdo, de 48 anos.
Integrante do conselho de administração do Itaú BBA e ex-vice-presidente do Unibanco, ele já promoveu
reuniões no Rio e em São Paulo para catequizar aliados. O discurso liberal parece ter inspiração tucana, mas o
fundador rejeita comparações com siglas tradicionais.
– Existem 27 partidos aí, mas nenhum deles defende a eficiência e a redução de impostos como principal
bandeira – diz Amoêdo, que afirma nunca ter se filiado antes e não revela o voto em eleições passadas.
– A eficiência é a nossa principal plataforma. Os candidatos do Novo terão metas de gestão e serão cobrados
para cumpri-las – promete.
O fundador é sócio da Casa das Garças, centro de estudos que reúne economistas como Edmar Bacha e André
Lara Resende, pais do Real, e o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. O vice-presidente da sigla,
Marcelo Lessa Brandão, é executivo do grupo BFFC, que controla marcas como Bob’s, KFC e Pizza Hut.
Sem garantia de que a ideia sairá do papel, os fundadores já gastaram cerca de R$ 200 mil com consultoria
jurídica e outros serviços.
Publicitários produziram o site, perfis em redes sociais e um vídeo promocional, que repete lemas como “Pense
no Brasil como uma empresa” e “Se o Brasil fosse uma empresa, você seria o cliente”. Falta reunir as 500 mil
assinaturas exigidas pelo TSE para registrar a sigla.
– Não será fácil, mas sempre gostei de desafios – anima-se Amoêdo, ex-triatleta que no ano passado venceu um
dos maiores de sua vida, ao se curar de um linfoma.
TROCA DE PARTIDO
PC do B defende Kassab
O mais novo ataque contra o domínio político dos tucanos em São Paulo partiu do PC do B: um artigo no site do
partido, escrito pelo secretário de Organização, Walter Sorrentino, apoia e considera “importante e positivo” o
movimento do prefeito Gilberto Kassab (DEM) rumo a um novo partido e, no mercado eleitoral, para o vasto
grupo de aliados do governo Dilma Rousseff (PT).
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Sorrentino vê o projeto como meio de “abrir uma terceira via forte em São Paulo”. Esse passo inicial, diz, “é uma
exigência se quer pôr fim ao domínio tucano que completará 20 anos em 2014”. A crise no DEM foi instalada
depois das eleições de outubro do ano passado. A divisão interna de líderes motivou a saída do prefeito de São
Paulo, que pode fundar um novo partido ou aceitar o convite de outra sigla para se filiar.
Kassab, segundo ele, é “um político que age com determinação” e sua saída do DEM “é uma questão de
sobrevivência”. Mas o articulista adverte: “Ninguém pode dispensar Kassab e, ao mesmo tempo, há uma luta
para não fortalecê-lo demasiado”.
PÚBLICAS
Adaptações para receber a presidente
A presidente Dilma Rousseff (PT) desembarcou está em Natal, no Rio Grande do Norte, onde dever passar o
feriado de Carnaval com a família. Ela está hospedada no hotel de trânsito do Centro de Lançamento da Barreira
do Inferno, que pertence à Aeronáutica. O local passou por adaptações para acomodar a presidente da
República. As modificações estão dentro de uma reforma maior de caráter técnico, com gasto estimado em R$
7,9 milhões.
PÚBLICAS
Dossiê contra FHC será arquivado
Terminará sem condenados a investigação criminal aberta em 2008 para apurar a responsabilidade pelo
vazamento do dossiê montado contra o governo Fernando Henrique Cardoso. Instaurado em 2008, o inquérito
será arquivado a pedido do Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF). No entendimento do MP, os
dados vazados pela Casa Civil durante o governo Lula não eram sigilosos e por isso, não seria possível
caracterizar como crime.
SERVIDORES
Corrupção motiva expulsões, diz CGU
Nos últimos oito anos, um total de 3.022 servidores públicos federais foi expulso devido a envolvimento em
práticas ilícitas. Esse balanço foi divulgado pela Controladoria-Geral da União e considera o período entre janeiro
de 2003 e fevereiro de 2011.
Na contabilização dessas mais de 3 mil expulsões estão incluídos 2.589 casos de demissões; 252 destituições
de cargos em comissão e 181 cassações de aposentadorias.
Segundo a CGU, o uso do cargo para obter vantagens foi o principal fator que motivou as expulsões, somando
1.604 casos. A improbidade administrativa ocupou o segundo lugar, com 959 casos.
O terceiro motivo das expulsões envolve situações de recebimento de propina, com 294 casos. O balanço da
CGU consolida informações sobre demissões, destituições de cargos comissionados e cassações de
aposentadorias aplicadas a servidores públicos do Poder Executivo Federal.
O Ministério da Previdência Social teve a maior quantidade de expulsos entre 2003 e fevereiro de 2011, com 750
casos. Em segundo lugar ficou o Ministério da Educação, com 502 expulsões. Na terceira posição figura o
Ministério da Justiça, com 399.
Em 2011, considerando os números de janeiro e fevereiro, já há um saldo de 53 expulsões, em uma conta que
considera 45 demissões, três cassações de aposentadorias e cinco destituições de cargos em comissão. Em
comparação, no primeiro bimestre de 2010 foram 60 expulsões. Em todo o ano passado, foram 521 expulsões,
divididas entre 433 demissões, 53 destituições de cargos em comissão e 35 cassações de aposentadorias.
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DEBATE ANTIGO
A reforma que não sai
Propostas de mudança no sistema político-eleitoral voltam à pauta com a instalação de duas comissões no
Congresso Nacional
São duas décadas de discussão e quase nenhum avanço. A cada novo escândalo ou a cada nova eleição, ela
entra na pauta como necessidade “urgente”. A tão esperada reforma política volta ao centro das atenções com a
instalação de duas comissões, uma na Câmara dos Deputados e uma no Senado.
Foram listados 11 pontos centrais de debate no Senado. Grande parte dos temas já foi alvo de centenas de
projetos de lei de deputados federais e senadores no Congresso Nacional ao longo dos anos. Numa breve
pesquisa ao site da Câmara apenas com o tópico “financiamento de campanha” são encontrados 64
documentos. Desde o início da década de 1990, só entre os deputados, pelo menos sete comissões foram
instituídas para discutir a reforma política.
Na avaliação do doutor em Ciência Política e professor da UFSC, Yan Carreirão, a reforma tem dificuldade de
prosperar pela ausência de consenso sobre o diagnóstico de problemas e de soluções para o sistema político e
pelo receio, por parte dos parlamentares, de que as mudanças prejudiquem eles próprios.
– A quantidade de temas é grande e há muitos atores de peso envolvidos, como o Senado, a Câmara dos
Deputados e a comissão de juristas presidida por um ministro do STF. É difícil encontrar consenso – pondera.
Para o mestre em Sociologia Política e professor da Univali, Eduardo Guerini, não é possível esperar uma
mudança significativa porque isso não é desejo dos partidos. Ele critica a forma como o debate está sendo
conduzido, afirmando que a sociedade está à margem do processo de discussão.
– Essa comissão do Senado é uma comissão de notáveis, alinhada pelos caciques dos partidos. Não há um
amplo debate, por referendo ou consultas populares – diz Guerini.
Algumas das mudanças propostas geram polêmica tanto entre os estudiosos quanto na classe política. No item
financiamento público de campanha, por exemplo, há quem argumente que a alteração traria mais igualdade à
disputa e há quem diga que distanciaria ainda mais os políticos da população.
– O financiamento público tornaria a classe política ainda mais independente dos eleitores, já que não seria
necessário buscar apoio na sociedade. É um processo semelhante ao que acontece nos sindicatos, que têm sua
sobrevivência garantida pelo imposto sindical e podem se dar ao luxo de não representar os interesses dos
trabalhadores – afirma o professor Carreirão.
A Secretaria de Pesquisa e Opinião do Senado criou um espaço em sua página na internet para que os cidadãos
possam enviar sugestões para a discussão da reforma. As propostas podem ser feitas em www.senado.gov.br .
A Notícia
AN Portal
FOLHA MAIS PESADA
Nas dez maiores cidades do Norte de Santa Catarina, apenas três administrações do Planalto Norte e Jaraguá
do Sul estão conseguindo controlar o avanço proporcional da folha de pagamento. A base de comparação é
entre 2008, último ano dos mandatos anteriores, e o ano passado. Mafra, a única das dez que passa de 50% de
comprometimento, baixou de 53,1% para 50,2%. Ainda no Planalto Norte, Canoinhas e Rio Negrinho também
conseguiram reduzir sensivelmente o comprometimento da folha. Jaraguá do Sul baixou de 43,4% para 42,8%.
As outras seis subiram. Joinville, São Francisco, São Bento do Sul, Porto União e Araquari cruzaram pela
primeira vez a barreira dos 45%. A outra cidade que também elevou a despesa com pessoal no Norte,
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Guaramirim, cresceu de 32,7% para 41,9%. Ainda assim, a cidade de 23 mil moradores do Vale do Itapocu é que
a menos despende, proporcionalmente, com pagamento de servidores. Como o limite de despesa é de 54%, a
capacidade de investimento ficou ainda mais limitada na maioria dos municípios.
Mesmo entre o pessoal que conseguiu evitar o avanço, o comprometimento é alto: das dez maiores cidades do
Norte, apenas Jaraguá do Sul e Guaramirim gastam menos de 45% com o pagamento dos salários do
funcionalismo. Confira os números na tabela abaixo, montada com base em dados da Secretaria do Tesouro
Nacional e Tribunal de Contas.
Há 20 anos
Em março de 1991, quando Joinville completou 140 anos, investimento na Expoville para atrair mais eventos
estava na lista de principais reivindicações. Também aparecia a cobrança por melhorias no aeroporto. Mas a
maioria, Hospital Infantil, asfalto, etc., saiu do papel.
Até o dia 20
Marco Tebaldi reforça a promessa do PSDB em apresentar um pré-candidato a prefeito até o dia 20. “Estamos
preparando um nome. Repito: não sou candidato, só em último caso. E o PSDB não pode disputar outra eleição
a prefeito sem ter candidato próprio”.
Cada um por si
O ex-prefeito e atual secretário de Educação não acredita em tríplice aliança no primeiro turno. “Claro que seria
melhor, mas cada partido, seja PSDB, DEM ou PMDB, quer ter seu candidato. E acho que vão ter”, diz Marco
Tebaldi. O DEM vai de Darci.
-------------------------------------------------------------------------------Como não foi definido quem assume, o gabinete de Marco Tebaldi (licenciado) foi fechado pela presidência da
Câmara dos Deputados. Os assessores foram exonerados. “É normal, regra da Casa”, diz o tucano. A vaga seria
de Gean Loureiro (PMDB), que não quis arriscar e não renunciou ao mandato de vereador em Florianópois.
Assim, Romanna Remor (DEM) está cotada. Gervásio Silva (PSDB) luta pelo cargo na Justiça.
Papel de LHS
Discreto, Luiz Henrique nem apareceu ao encontro do PMDB de segunda, quando foi decidida a saída da
administração municipal. Nem precisava. Publicamente, o senador até tem sido polido com o PT, não critica e
aponta a saída como necessária para quem quer ter candidato a prefeito. Mas há muito tempo LHS queria a
saída.
Coincidência
Foi de LHS a ideia de consultar o diretório sobre a saída. Dias antes da reunião decisiva, ele recebeu
peemedebistas em casa, inclusive Tânia e Osmari. Em uma coincidência incrível, a partir dali os vereadores
passaram a defender a saída de forma veemente – a alegação oficial foi o caso do IPTU das calçadas.
Espera
O PMDB deu uma chance para Carlito, pedindo a Seinfra, mas o prefeito achava que ninguém sairia. Perdeu.
Depois Carlito até se acalmou, afinal o PMDB terá candidato próprio e é mais fácil enfrentar a tríplice dividida.
Mas alguma o LHS está aprontando, não vai querer perder de novo, como ocorreu em 2008.
Não será moleza
As multas deverão estar presentes na campanha eleitoral. Pode ser que o futuro presidente da Conurb,
Francisco de Assis, queira mudar algo já agora. É provável que o próximo prefeito, seja Carlito ou não, também
queira mudar tudo. Vai ter de rebolar e talvez seja melhor examinar os números antes de se aventurar a
prometer o impossível. A folha da Conurb aumentou com a contratação de agentes, e o aluguel de equipamentos
eletrônicos é uma fortuna.
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DUAS DÉCADAS
Ao fundo do monumento em homenagem aos colonizadores, o mastro da praça da Bandeira. Com mais de 50
metros de altura, o mastro foi inaugurado em março de 1991.
Quem pagará a conta?
De algum lugar o dinheiro tem de sair. O debate sobre as blitze é interessante: se todos estiverem em dia, nada
acontece. Mas não deixa de ser espantoso a máquina da fiscalização funcionar tão bem enquanto outros
serviços vão tão mal (buraqueira nas ruas, por exemplo). Mas uma vez montada uma máquina, é difícil
desmanchar.Dá para dar uma segurada nas blitze, mas as multas vão continuar, de outra forma.
Barra do Sul
Três apostas alimentam o otimismo em Balneário Barra do Sul. Ainda neste semestre, a Justiça Federal deverá
decidir sobre o embargo de vários loteamentos. O MP concordou com o acordo e só falta o ok do Ibama
nacional. Se o embargo for levantado, volta a segurança jurídica e as construções. “Vamos crescer como antes”,
diz o prefeito Antônio Rodrigues (PT). Essa é a aposta a curto prazo.
Novo acesso
A médio prazo, a cidade acredita que os R$ 48 milhões a serem investidos pela Casan vão levar a rede de
esgoto a 70% de Barra do Sul. A longo prazo, o asfaltamento do acesso pela BR-101 (hoje é só pela 280) pode
multiplicar o número de turistas. A obra faz parte do Costa do Encanto e custa mais de R$ 20 milhões. A
Prefeitura quer arrancar a promessa de construção de Raimundo Colombo.
-------------------------------------------------------------------------------A contaminação do lençol freático (espaço subterrâneo de escoamento d’água) em Joinville anda assustando a
Fundema. Pesquisa da Amae apontou detritos em análises feitas em poços artesianos. A maioria estava
contaminada. Exames do solo também têm apontado o problema. A fundação quer endurecer na fiscalização.
Segurando a maré
O empresário Udo Döhler ficou impressionado com um estudo para conter as cheias no rio Cachoeira. Em
simplificação grosseira, grandes estruturas (espécies de reservatórios) ajudariam a “segurar” a água na entrada
da Lagoa do Saguaçu, impedindo a subida da maré no rio e os consequentes alagamentos. Seriam barreiras
hidráulicas.
Claro que são estruturas imensas para armazenar, ainda que temporariamente, tamanha volume de água.
Para os barcos
Com essa estrutura, já usada no Chile, será possível manter o rio sem transbordar e em nível mais ou menos
constante, facilitando a navegação. Os custos do projeto, desenvolvido há algum tempo em Joinville, ainda não
foram calculados, diz Udo Döhler.
Canal Aberto
PROJETO DA REELEIÇÃO DE COLOMBO
Como é natural em todo governador que cumpre o primeiro mandato, a reeleição entra na ordem do dia. Quando
tomou posse em 1º de janeiro, Raimundo Colombo decidiu que iria buscar a recondução em 2014. Se o
expediente for fulminado de morte no embalo da reforma política, já em discussão tanto no Senado quanto na
Câmara, só o será a partir de 2016 ou 2018, não comprometendo assim os planos dos atuais detentores de
mandato no Executivo: prefeitos, governadores e presidente.
Reunido no meio da semana, em Florianópolis, os principais dirigentes do DEM catarinense decidiram que vão
continuar firmes no partido, descartando qualquer debandada na direção da sigla a ser formada pelo prefeito
Gilberto Kassab (São Paulo). Pelo menos até segunda ordem. Na hipótese de uma reacomodação partidária no
Brasil, aí tudo é possível.
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Parlamentares e prefeitos foram unânimes em declarar que o comando do processo caberá a Raimundo
Colombo, não apenas por ser o governador de Santa Catarina, mas também porque hoje desfruta de liderança
nacional, ao governar o principal Estado pilotado pelo DEM. Principalmente a bancada estadual, que faz reparo
ao ex-senador Jorge Konder Bornhausen como condutor das negociações da legenda na esfera federal.
-------------------------------------------------------------------------------Para Raimundo Colombo, o futuro de seu grupo político estará associado ao posicionamento partidário e ao grau
de relacionamento que manterá com a União nos dois próximos anos. Neste contexto, há atenção a ser
dispensada aos pleitos do Estado. Assim como JKB jantou na última quarta-feira com o ministro forte da
presidente Dilma Rousseff, o governador também deverá se avistar com Antonio Palocci (Casa Civil) no curto
prazo. Na vertente presidencial, Raimundo Colombo considera momentaneamente apenas dois
encaminhamentos concretos: o governador Eduardo Campos (Pernambuco) e o senador Aécio Neves (Minas
Gerais).
Calibrando
Ser governo ou oposição quando for buscar o segundo mandato, eis a questão para Raimundo Colombo.
Dificilmente Eduardo Campos romperá os laços com o Palácio do Planalto, considerando que administra um
paupérrimo Estado nordestino. De outro lado, é improvável que Aécio Neves deixe a trincheira de combatividade,
até porque nenhum outro nome hoje agrega tanto valor quanto ele.
Hoje, o principal desafio de Raimundo Colombo é garantir conquistas administrativas, no que depende da boa
vontade do governo federal. Neste primeiro momento, leia-se a primeira metade do mandato, não conseguirá
reverter a restrição financeira, já que a arrecadação estadual não tem correspondido a ponto de assegurar
investimentos. Como noiva cobiçada pela União pela juventude e Estado que administra, Raimundo Colombo vai
apostar tudo nesta interlocução com o Planalto, acenando nos bastidores com a possibilidade de aderir ao PSB.
Afinal, Dilma Rousseff também tem projeto de reeleição e a derrota do PT em SC foi acachapante.
Radiografia das urnas
Somente com a parceria federal é que haveria a viabilidade para entraves históricos, cujas situações são críticas,
como as BRs 470, 280 e 282, além da SC-401, apenas para ficar no plano rodoviário. Se nada ou pouco
acontecer entre os exercícios de 2011 e 2012, aí Raimundo Colombo terá que aproveitar a radiografia das urnas
municipais para redefinir o discurso para 2014, bem como as bandeiras a serem desfraldadas.
Não conseguindo implementar volume de obras compatível com a expectativa da população de SC, Raimundo
Colombo necessariamente terá que acionar a tesoura, sacramentando os cortes para diminuir o elevado custo e
peso do Estado sobre a sociedade. Ele chegou a avaliar a possibilidade de proceder os ajustes já no início deste
primeiro mandato, mas não encontrou condições políticas.
SINTONIA FINA
É assim que se pode definir a convivência
política e partidária entre Raimundo
Colombo (E) e Jorge Konder Bornhausen,
que se conhecem desde 1979, quando
JKB governava o Estado.
Eleito por uma coligação de dez partidos,
liderada por três siglas de grande porte,
um profundo enxugamento na estrutura do
Estado seria incompatível com a
necessidade de Raimundo Colombo
construir uma ampla base de sustentação
na Assembleia, sob pena de acabar
encurralado na arrancada de sua gestão.
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Em conversas reservadas, Colombo chegou a avaliar a redução das secretariais setoriais para apenas nove,
além da Procuradoria-geral do Estado: Saúde, Educação, Segurança Pública, Justiça e Cidadania, Agricultura,
Infraestrutura, Fazenda, Administração e Casa Civil.
Quanto ao colegiado regional, o seu papel seria redefinido. Das 36 secretarias, sobraria talvez 1/3 delas, mas
como agências de desenvolvimento, com a missão de apontar e supervisionar as obras, mas não executá-las,
circunstância que concorreu para inchá-las, exigindo uma estrutura funcional de que as secretarias centrais já
dispõem.
Redundâncias
Raimundo Colombo também identificou redundâncias na máquina estatal, como a SC Parcerias, Secretaria de
Desenvolvimento Econômico Sustentável, Codesc e secretarias executivas criadas ao longo do tempo. A
Codesc, agora encarregada de liquidar com a Bescor e a ZPE de Imbituba, poderia perfeitamente atuar como
agência única de desenvolvimento, extinguindo coordenadorias, diretorias e o penduricalho afim no primeiro
escalão.
Em Minas, Aécio Neves reduziu drasticamente o tamanho do Estado enquanto máquina, também para uma
dezena de secretarias de ponta. Três colaboradores desempenharam papel determinante para provocar a virada,
considerando a situação pré-falimentar que recebeu do antecessor Itamar Franco. Se Antonio Anastasia, atual
governador, ficou encarregado da gestão, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Sidney Sanches, da parte
jurídica e a irmã, Andréa Neves, das relações de marketing e comunicação.
POLÍTICA
Aécio Neves conseguiu enxugar a estrutura do governo de MG graças a parceria com o Legislativo. Nenhuma lei
foi aprovada, mas tudo se deu pela via da negociação informal.
CAMINHO
Determinado volume de recursos foi destinado aos deputados estaduais, que passaram a ter voz ativa em suas
respectivas comunidades. Tipo as emendas parlamentares destinadas aos congressistas.
GARANTIA
As verbas reservadas aos deputados mineiros não se constituem em promessas. São revertidas em obras
executadas pelo orçamento mineiro.
SOLUÇÃO
Com essa estratégia, Aécio Neves levou os parlamentares a abrirem mão das indicações para cargos, acabando
com as pressões marcadas pelo perfil fisiológico desgastantes.
FÓRMULA
É com base nesta receita que Raimundo Colombo pretende operar a transição entre os dois mandatos,
enxugando a máquina de SC, sem se atritar com a base governista que lhe dá sustentação na Assembleia.
Livre Mercado
UM OLHAR DAQUI ATÉ DEZEMBRO
São Paulo, Londres, Nova York, Antuérpia, Paris, Luanda e, agora, Joinville. O mundo parece ser bem pequeno
para Ricardo della Santina Torres, que é economista, gestor de fundo de investimentos, consultor financeiro e
escritor. O objetivo dele, agora, é analisar a cabeça dos empresários do Norte do Estado. O que eles pensam, o
que estão planejando, que decisões eles vão tomar. E passar isto para o mundo dos números.
Torres é um dos responsáveis pela elaboração de um indicador que vai medir a confiança empresarial no Norte
do Estado. É um dos primeiros índices regionais deste tipo a ser desenvolvido. “Isto ajuda a balizar o
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empresariado na tomada de decisões”, diz. Os números só devem sair em abril, mas ele adianta diz que a região
vai ter um ano tão bom quanto 2010, mesmo com inflação e juros em alta, e a economia crescendo a um ritmo
menor do que os empolgantes 7,5% do ano passado.
Vamos crescer
A situação neste ano promete ser extremamente favorável para o Brasil. A expectativa é de um crescimento de
5,2%. Estamos em um bom momento. O aumento no preço das commodities está beneficiando o País, que é
grande exportador de matérias-primas metálicas.
Há uma grande demanda por investimento produtivo no Brasil. É mais emprego a caminho. Os estrangeiros
estão fortemente interessados. Tem muito recurso externo chegando. O rendimento que eles levam para
conseguir em 48 anos nos Estados Unidos, conseguem em muito, mas muito menos tempo por aqui.
Juros em alta
Os juros devem continuar subindo. Para quem está endividado, a alternativa é apelar para o crédito consignado
(a taxa média é de 2% ao mês). Outra alternativa é refinanciar a casa própria ou o carro para pagar o rombo no
cheque especial ou do cartão. O efeito é o de trocar uma dívida mais cara – que chega a custar até 12% ao mês
– por outra bem mais barata (com juros de 2% ao mês. Fazer dívida que não tenha finalidade um investimento
ou um projeto pessoal – como carro, casa própria, educação, viagem ao exterior – é uma besteira.
Bolha imobiliária
O primeiro sinal de que estamos perto do estouro de uma bolha imobiliária é a redução do volume de dinheiro
destinado ao programa Minha Casa, Minha Vida. Mesmo assim, comprar um imóvel é um negócio bom. Tenha
um bom dinheiro em mãos antes de fazer o negócio. Preferencialmente pague à vista. Mas pechinche muito. Há
muita margem para negociação por parte das empresas. Você pode garantir uma economia que pode chegar a
20%.
Fuja da poupança
Fuja da caderneta de poupança. A facilidade oferecida pela mais tradicional das aplicações financeiras tem o seu
preço: os baixos juros. Tesouro Direto é bom negócio. As aplicações podem ser feitas a partir de R$ 100. A
rentabilidade é de 12%, chega a ser o dobro da poupança. Mesmo com o imposto cobrado, é compensador.
Quanto mais tempo deixar o dinheiro guardado, menor será a alíquota do IR.
Outra boa alternativa são os fundos imobiliários, disponíveis em muitos bancos. O rendimento vem de aluguéis
pagos por inquilinos de grandes projetos imobiliários. E pode chegar a 1,3% ao mês. Não é momento de investir
em ações, porque os juros estão aumentando. Enquanto houver muita incerteza, o ouro vai se valorizar.
Consumo consciente
O motivo do aumento dos preços no Brasil está mudando. Estamos passando de uma inflação de demanda,
motivada pelo aquecimento da economia, por uma de oferta, causada pelo aumento nos preços de importantes
commodities e matérias-primas. O governo está atacando o problema da inflação de forma errada.
Mas também não dá para deixar de depender só dos instrumentos de política monetária para conter a alta nos
preços. O consumidor brasileiro precisa ser mais consciente. Ele tem de dizer não. Não pode ficar no
comodismo, aceitando preços absurdos. Tem de parar de achar que é bonito pagar caro. Ele precisa se
preocupar mais em encontrar preços honestos.
É preciso seguir o exemplo do consumidor europeu: ele se defende, não compra produtos caros. Ele não
necessita de instrumentos de política monetária para proteger o seu bolso.
-------------------------------------------------------------------------------SALÁRIOS
21
O salário médio na região de Joinville cresceu muito no ano passado. Foram 10%, segundo os números do
Ministério do Trabalho. E deve continuar se expandindo. As empresas estão bem preparadas para buscar novos
mercados, tanto interna, quanto externamente.
PROFISSIONAL
Há demanda para todo tipo de profissional, principalmente em Joinville. A cidade tem uma grande oferta de
vagas e falta demanda para preenchê-las. Vai haver necessidade de trazer gente de fora.
DÓLAR BAIXO
O dólar deve continuar barato, mas abaixo de R$ 1,60 cria um grave problema: o Brasil passaria a exportar
empregos. Isto cria um dilema para o Brasil: ou emite moeda para absorver esta entrada de dólares, o que
acaba, de certa forma, estimulando o consumo e resultando em inflação, ou emite títulos da dívida para proteger
a economia da alta nos preços.
Política
FRANCISCO DE ASSIS
DISCRETO. E INFLUENTE
Chico, como é conhecido na Câmara de Vereadores, é o responsável pela articulação do governo Carlito Merss
Quem não acompanha a política e nem circula pelos corredores da Câmara de Joinville dificilmente vai ter
oportunidade de ver Francisco de Assis Lucas da Rosa em outro lugar, além dessas páginas. Afinal, o “Chico”,
como é popularmente conhecido, raramente aparece em reportagens em jornal, rádio ou televisão.
O curioso é que, apesar do anonimato, é dele a responsabilidade de ser uma das principais peças de articulação
na administração de Carlito Merss (PT). Seu trabalho é acompanhar tudo o que interessa ao prefeito. Chico
analisa e sugere mudanças em projetos, opina nas votações e dá conselhos sobre qualquer decisão que envolva
os políticos do PT e dos aliados.
É como se fosse o quinto vereador do PT, o quinto homem de confiança de Carlito na Câmara. A diferença é que
Chico não tem mandato e faz tudo nos bastidores. Fala sem microfone, escreve sem assinar, opina sem
discursar. Essa discrição, que o leva a ser praticamente um homem invisível, é o segredo para circular com certa
tranquilidade entre a oposição e fazer a diferença na base governista.
No papel, Chico é gerente de Articulação Política, cargo que não existia na gestão do ex-prefeito Marco Tebaldi
(PSDB). Carlito Merss ressuscitou a função, usada pela última vez no governo de Luiz Henrique da Silveira
(PMDB). Pesou na decisão o fato de ter minoria no Legislativo. Sem contar que dois dos quatro vereadores eram
“marinheiros de primeira viagem”. Era necessário ter um aliado a mais nos corredores da casa. E surgiu o
mediador.
Apesar de estar lotado na Prefeitura de Joinville, passa boa parte do dia na Câmara de Vereadores. Tem até
uma área reservada no gabinete do líder do governo Manoel Bento (PT). “Meu trabalho é subjetivo. Não tenho o
poder de decidir, não crio matérias, não assino parecer. Só oriento”, resume. Mesmo tendo o papel de
intermediar as negociações, não fala diariamente com o prefeito. E a conversa geralmente é motivada por
questões pontuais. “Temos um convívio político”, resume Chico.
Pé do ouvido
A arte de aconselhar com sussurros ao pé do ouvido nem sempre passa despercebida. Os cochichos, que se
repetem com os vereadores durante sessões e comissões, já deram até confusão com o ex-presidente Sandro
Silva (PPS). “É o meu trabalho: não consigo discordar da situação sem fazer nada”, brinca.
Orientação
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Quando um secretário é convocado para dar esclarecimentos em alguma comissão, é Chico quem coloca a
cabeça para pensar em todas as perguntas que virão. Também antecipa as melhores respostas. Sem falar que
ainda sussurra conselhos de última hora no ouvido de quem está no interrogatório.
Analista
Ninguém duvida que Chico tem um “olhar treinado” para analisar projetos. Lê uns 20 por semana e sabe que
uma vírgula pode mudar interpretações. Não é à toa que toda papelada importante passa pelas mãos dele. A
missão dele é prestar atenção em trechos capazes de derrubar a proposta.
Profeta
Na votação da polêmica alíquota que aumentou o IPTU 2011 de quem não tem calçada, Chico conta que alertou
a Secretaria da Fazenda (na época com Márcio Florêncio) de que a medida causaria problemas. “Todo mundo
no Centro tem calçada: a pegadinha estava na periferia”, fala.
Palpites
Os palpites de Chico não são baseados somente na experiência de 13 anos de política. Nas situações mais
complicadas, o jeito é sair buscando informação. “Fiz muitas amizades nesse tempo de política. São vereadores,
assessores, funcionários... Alguém sempre deixa a informação vazar.”
Espião
Na eleição da mesa-diretora que garantiu a vitória de Odir Nunes (DEM), em 15 de dezembro, coube a Chico a
missão de descobrir entre os vereadores qual era a contagem de votos. E descobriu que a estratégia tinha de
mudar. “A sondagem mudou o rumo das coisas, senão o PSDB levaria”, fala
Faltou voz
Nem sempre os conselhos de Chico são ouvidos. Em 2009, logo depois de Carlito Merss (PT) assumir o
governo, defendeu que os protestos contra o aumento da tarifa de ônibus seriam menores se o reajuste ficasse
na média da inflação. Mas o prefeito deu 12,2% de aumento. “Foi uma decisão dele”, revela.
Confiança
Reza a lenda que os vereadores confiam mais em Chico do que em alguns secretários. O petista desconversa,
dá risada e não gosta de falar no assunto, até para não criar nenhum mal-estar no próprio governo. “Diferente de
um secretário, eu não tenho vínculo eleitoral. Só penso no efeito que a coisa vai ter”, fala.
Derrota
Não é todo dia que a articulação de Chico resolve o problema. Exemplo foi a viagem internacional que o prefeito
Carlito Merss planejava realizar à França ao lado de alguns secretários. O tour não foi rejeitado, mas ninguém
voou. “A votação não aconteceu a tempo”, relembra.
Futuro
Embora não queira largar o emprego atual tão cedo, Chico tem planos de criar uma consultoria política no futuro.
Vai aproveitar a experiência que adquiriu ao longo dos anos nos bastidores. Mas não tem planos de sair do
anonimato. “Já pensei em ser candidato, mas não tenho perfil. Não viro nem síndico de prédio”, brinca.
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SÁBADO
Diário Catarinense
Informe Político
Ajuste de mira
Recém-empossado secretário estadual do Desenvolvimento Econômico Sustentável, o deputado Paulo
Bornhausen (DEM) defende uma política de trabalho baseada no mérito e na medição de resultados da pasta.
Não por acaso, estas linhas, importadas da iniciativa privada, estão identificadas em um dos pontos
considerados chaves por Bornhausen, que é o foco da pasta.
Uma das primeiras ações, “a curtíssimo prazo”, segundo o secretário, é o atendimento a 30 mil trabalhadores
informais do Estado que se transformaram em empresas individuais. Bornhausen prega a parceria do Sebrae, do
Badesc e da Secretaria da Fazenda para criar uma situação favorável através de um cadastro moderno e
atualizado.
O que causou estranheza ao parlamentar, investido de secretário, é que a pasta não tem um convênio
internacional sequer, apesar do setor que atende estar ligado, de forma direta, ao processo de competitividade
com o mercado empresarial mundo afora.
A área ambiental ganhará destaque. Bornhausen recebeu sinal “verde” de Raimundo Colombo para que seja
procedido um projeto para medir a emissão provocada pelo governo do Estado, dentro de um conceito bem mais
amplo do que o carbono zero.
O trabalho de Bornhausen é dar visibilidade à secretaria que assumiu. Interessa à gestão pública, mas também
ao projeto político do demista, por enquanto envolto em especulações sobre uma vaga ao Senado. Uma das
razões da vinda da Câmara dos Deputados ao Estado foi estar identificado com um governo que tenha
resultados positivos. Bornhausen deixou longe a batalha da água contra o rochedo no Congresso, onde fazia
parte de uma oposição que precisa se reinventar.
Ambiental
Ainda na área ambiental, Paulo Bornhausen valoriza o retorno ao projeto do Jardim Botânico de Florianópolis,
que chegou ter parte da verba garantida pelo empresário Eike Batista – quando da discussão de uma possível
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compensação pela instalação do estaleiro OSX, em Biguaçu –, gerou uma promessa de aporte financeiro para a
implantação, que é calculada em mais de R$ 20 milhões, e nada se concretizou.
Bornhausen defende, ainda, uma política estadual com um planejamento estratégico ambiental. Quer o
envolvimento máximo da Fapesc no processo, trazer a academia para atuar nas empresas e gerar “inteligência
pura”. Em síntese, propõe atuação “holística” da pasta que passou a comandar.
MESA DE CATARINENSES
A instalação da Frente Parlamentar de
Aquicultura e Pesca no Congresso
Nacional parecia mais um evento
catarinense. À mesa, estavam o deputado
federal Odacir Zonta (PP), o ex-ministro
da Pesca, Altemir Gregolin, e o exministro da Agricultura, deputado Reinhold
Stephanes (PMDB-PR), nascido em Porto
União. A justificativa para tanta presença
está na liderança do Estado na produção
de pescado. Zonta foi escolhido o primeiro
vice-presidente. Da esquerda para a
direita: Zonta, deputado Cleber Verde (PRB-MA), presidente da Frente; Gregolin e Stephanes.
Regional
Raimundo Colombo até surpreendeu em divulgar, ontem, o nome de mais um secretário regional. Argos Burgardt
(PMDB) foi confirmado na pasta de Canoinhas, uma indicação com o aval do deputado Antônio Aguiar.
Como o roteiro está sendo seguido, entre os que não estão em áreas de conflito, faltam ser anunciados os
tucanos de Jaraguá do Sul, Lio Tironi; e de Joaçaba, Jair Antonio Lorensetti. Para Caçador, Laguna e Ibirama,
entre as mais problemáticas, o problema persiste. Peemedebistas, demistas e tucanos, que não se acertaram,
aguardam a decisão de Colombo e do vice Eduardo Pinho Moreira.
“A própria cidadania expurgou aqueles que não tinham bons antecedentes.”
RICARDO LEWANDOWSKI, ministro do STF e presidente do TSE, sobre a validade da Lei da Ficha Limpa, que
deve ser julgada pelo Supremo com a posse do ministro Luiz Fux.
A crítica
Ao avaliar a minirreforma do governo do Estado, enviada à Assembleia, a bancada do PT também se disse
preocupada com o desenvolvimento industrial do Estado, e sugeriu que temas pontuais ficaram de fora da
matéria.
A observação tem alvo certo, o Programa Pró-Emprego, cuja renúncia fiscal afeta a atividade empresarial,
segundo os petistas. Enquanto a importação paga somente 3% de ICMS, quem produz no Estado tem que arcar
com o pagamento de 17% do imposto.
No PP
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Na linha da provocação, pepistas comemoram o almoço da bancada do partido na Assembleia Legislativa,
durante a semana, que contou com a presença do secretário Antônio Ceron (Casa Civil).
Fazem questão de afirmar que Ceron se sentia em casa e não fez apenas uma visita protocolar ao grupo do PP.
Buraqueira
O secretário da Infraestrutura, Valdir Cobalchini, irá atrás de financiamento de R$ 150 milhões junto ao BNDES
para recuperar e revitalizar rodovias catarinenses. Um levantamento da Polícia Rodoviária Estadual apontou que
cerca de 840 quilômetros de estradas precisam passar por consertos emergenciais urgentes.
Cobalchini é do PMDB e sabe o quanto se falou nas maravilhas das estradas nos últimos anos. Agora, justifica
que o problema é que a prioridade foi dada aos acessos aos municípios, que dos 58 não pavimentados só faltam
sete, que estão em obras. Parece um contrassenso se privilegiar a chegada ao município e não dar a mesma
atenção ao caminho que leva à localidade.
Feito
A falta de um suplente empossado deputado em plenário fez o presidente Marco Maia (PT-RS) mandar lacrar o
gabinete de Marco Tebaldi (PSDB), que reassumiu a Secretaria Estadual de Educação durante a semana, e
exonerar os funcionários.
Maia chamará Gean Loureiro (PMDB), que tem 30 dias para dizer que não assume, pois irá para a Secretaria de
Governo da prefeitura de Florianópolis. Como Gervásio Silva (PSDB) ainda não teve o mandado de segurança
julgado pelo STF para assumir na vaga do partido, fica no aguardo da manifestação do Judiciário. A vaga, por
enquanto é de Romanna Remor (DEM), suplente que pediu liminar para ficar no cargo.
Na surdina
Como procedeu Valdir Colatto (PMDB), suplente da coligação que assumiu na vaga de Paulo Bornhausen
(DEM), Carmen Zanotto (PPS) o fez sem muita divulgação.
Pode ser uma tática diante da insegurança jurídica provocada pela chuva de liminares e a antecipação, por
decisão do Supremo, do fim da coligação nas eleições proporcionais.
Informe Econômico
Hering fatura R$ 1,235 bi
A blumenauense Cia Hering entrou no clube das empresas bilionárias com louvor no ano em que completou 130
anos de atividades. A companhia obteve, em 2010, receita bruta de vendas de R$ 1,235 bilhão, 40,8% maior do
que no ano anterior, quando faturou R$ 876,9 milhões. A receita líquida de vendas alcançou R$ 1,013 bilhão,
40,57% maior do que a registrada em 2009. O lucro líquido do ano passado chegou a R$ 212 milhões,
superando em 54% o do ano anterior, de R$ 137,5 milhões. O sucesso da Hering, nos últimos anos, sob o
comando do presidente Fábio Hering, resulta, principalmente, dos maiores investimentos em marketing, adoção
do sistema fast fashion (moda rápida, com várias coleções anuais), preços mais acessíveis e condições de
venda a prazo, especialmente com o cartão próprio Hering Store, além de cartões de crédito.
Segundo Fábio Hering, os investimentos deste ano serão focados exclusivamente na expansão da rede do
grupo, que conta com as lojas Hering Store e as marcas PUC, Hering Kids e Dzarm. Ele explicou que a
capacidade de produção e o sistema de logística estão de acordo com as necessidades do grupo que investiu
R$ 71 milhões no ano passado.
71 novas lojas
A Hering planeja abrir, este ano, 71 novas lojas, atenta ao potencial do mercado brasileiro. No ano passado,
segundo o presidente da companhia, Fábio Hering (foto), a meta era fechar com 325 unidades da rede Hering
Store, mas encerrou com 20 a mais, 345. Além dessa expansão, a empresa pretende ampliar as lojas já em
operação, para oferecer mix maior de produtos. Entre as estratégias está aumentar os preços, porque, os custos
estão sendo pressionados pelo algodão mais caro.
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Frente têxtil
Preocupado com o alto custo do algodão, o setor têxtil começa a se mobilizar para retomar os trabalhos da frente
parlamentar em defesa do segmento, criada há pouco mais de um ano. No comando da frente, a Associação
Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) convidou o deputado federal Henrique Fontana, do PT do Rio Grande do Sul,
que lidera os pleitos da moda. A intenção dos empresários e trabalhadores do setor, mais os fashionistas, é
mobilizar o Congresso Nacional dia 5 de abril.
Carnaval
A rede de varejo Havan é patrocinadora da Escola Unidos da Coloninha, de Florianópolis, que vai contar na
Passarela Nego Quirido os ciclos da economia brasileira, desde o pau-brasil até a globalização. A empresa
acaba de construir sua nova loja no Centro de Florianópolis, onde era o Shopping Entrelaços.
Melhor rendimento
O Tesouro Direto foi a melhor modalidade de investimento no Brasil nos últimos 10 anos, com rendimento real
acumulado de 164%. Segundo levantamento do Instituto Assaf, as Notas do Tesouro Nacional (NTNs)
proporcionaram ganhos de 164% a investidores entre 2001 e 2010, superando outras modalidades, incluindo a
Bolsa. Como os juros estão em alta, a opção segue atrativa. É uma alternativa segura de investimento em renda
fixa porque garante quase a totalidade da remuneração da Selic. As aplicações de bancos remuneram menos
porque as taxas de administração são maiores. O investimento no Tesouro Direto deve ser feito via corretora de
valores ou por bancos, com um cadastro especial.
Integração agroindustrial
O futuro das integrações agrícolas, que garantiram o sucesso de um dos maiores polos de produção de carnes
de frango e suíno do mundo, o Oeste catarinense, pode mudar de rumo com mudanças na legislação. Para o
presidente da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Clever Pirola Ávila, o projeto de lei para
regulamentar a produção agroindustrial integrada, que está em discussão na Câmara dos Deputados, não pode
inviabilizar a atividade com exigências irrealizáveis e engessamentos que anulem o dinamismo produtivo.
Burocrático
A Acav, que reúne as principais empresas da avicultura brasileira, está preocupada com o formato muito
burocrático do Projeto de Lei 8023/10. A entidade entende que a regulamentação para tipificar as relações
contratuais de integração e estabelecer as regras gerais para o sistema deve melhorar a relação entre
agroindústrias e produtores e não criar novos encargos e embaraços de ordem formal.
Relógios iluminados
Tendência na Europa, a Blink Watches acaba de lançar no Brasil os relógios de silicone, com visor quadrado ou
redondo, e pulseiras em 14 tonalidades. Além do colorido, há modelos enrolados (foto). É possível fazer trocas,
tanto de pulseiras quanto das molduras do visor. A linha de relógios Blink será lançada em Santa Catarina hoje,
na multimarcas Shop In and Friends em Jurerê, Florianópolis. A novidade sai por R$ 70.
Dior sem Galliano
A Christian Dior, grife mais valiosa do maior grupo de moda do mundo, o LVMH, apresentou ontem a sua
coleção inverno 2011 sem um estilista para ser aplaudido no final. É que o britânico John Galliano foi demitido
esta semana após declarações antissemitas gravadas em vídeo, no qual declarou até admiração por Adolf Hitler.
A empresa realizou o desfile para não perder uma temporada de vendas. As peças apresentadas seguem o
estilo de Galliano e estão dentro das tendências da moda, com preto, veludo, pele artificial, vestidos com
babados e outros detalhes (foto). O executivo da marca, Sidney Toledano, lamentou o ocorrido.
Pelo ar
A Infraero recebeu solicitação para pousos e decolagens de 25 aviões executivos, no aeroporto da Capital, neste
Carnaval.
27
Moacir Pereira
Desordem federal
Santa Catarina passa a contar, a partir deste Carnaval e por tempo indeterminado, com apenas 15 dos 16
deputados federais. O gabinete 483, que pertence ao deputado federal Marco Tebaldi, do PSDB, foi lacrado pelo
presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS). Deveria ser ocupado pelo suplente do PSDB, Gervásio
Silva, se fossem seguidas as cinco decisões do Supremo Tribunal Federal que mandam assumir o suplente do
partido e não o suplente da coligação. A situação que se registra amplia a instabilidade jurídica e política.
O suplente da coligação é o vereador Gean Loureiro, do PMDB. Ele tem 30 dias, a partir da comunicação da
vacância, para tomar uma decisão. Como há expectativa de definição pelo Supremo Tribunal Federal quanto ao
mérito do titular – se suplente da coligação ou do partido –, Gean Loureiro decidiu esperar a orientação judicial.
Há informações de que o STF definirá a matéria na segunda quinzena de março.
O vereador decidiu assumir a Secretaria de Governo do prefeito Dário Berger, o que vai acontecer no próximo
dia 11 de março. Se o Supremo deliberar que deve assumir o suplente da coligação, Gean Loureiro examinará o
cenário. Neste caso, pretende assumir como deputado federal, lá permanecendo por um período e depois
retornando à equipe de Dário Berger. Quer a experiência federal para fortalecer seu projeto político e se
credenciar como candidato a prefeito em 2012. Havendo decisão pela promoção do suplente do partido,
permanecerá na Secretaria de Governo.
CONFUSÕES
O cenário inédito que se criou na bancada catarinense enquadra-se no clima da semana: um verdadeiro
carnaval. A vaga do deputado Paulo Bornhausen (DEM), que assumiu a Secretaria do Desenvolvimento
Econômico e Sustentável, já está ocupada pelo suplente do PMDB, Valdir Colatto, que é o primeiro na lista da
coligação. Marco Maia ignorou as decisões do Supremo. Os suplentes Gervásio Silva (PSDB) e Romanna
Remor (DEM) entraram com mandados de segurança no Supremo. Querem as vagas de Marco Tebaldi e Paulo
Bornhausen, respectivamente. Outra suplente da coligação, Carmem Zanotto, do PPS, já assumiu na Câmara
Federal, no lugar de João Rodrigues. A Mesa da Câmara descumpriu, outra vez, a jurisprudência do Supremo.
A confusão que se estabeleceu poderá ter uma solução se o ministro Celso de Mello decidir sobre vários
mandados de segurança de suplentes de partidos que tem para relatar, entre eles, os do catarinense Gervásio
Silva, de outros dois suplentes de São Paulo e um da Bahia. Cinco ministros já mandaram assumir os suplentes
dos partidos. Se Celso de Mello seguir a mesma linha, no julgamento de mérito em plenário haverá maioria para
decisão definitiva. Outro processo que envolve a representação parlamentar de Santa Catarina também depende
do Supremo Tribunal Federal. O ex-deputado João Pizzolatti (PP) entrou com recurso da decisão que “congelou”
os votos que recebeu na última eleição. A votação está empatada no Supremo. A posse do ministro Luiz Fux
permite, agora, que o tribunal tome uma posição. Se o novo ministro entender que a lei do ficha suja só vale para
as próximas eleições, dará ganho de causa a João Pizzolatti, que poderia, teoricamente, assumir na Câmara.
Estaria criado outro dilema jurídico-político, pois a vaga já está ocupada pelo deputado Odacir Zonta, também do
PP. Eleito, diplomado pela Justiça Eleitoral e empossado, Zonta entende que está consagrado o ato jurídico
perfeito.
Visor
GUGA NO SÃO LUCAS?
Dona Alice, o irmão Rafael e Guga Kuerten estiveram reunidos ontem
com o governador Raimundo Colombo. Foram apresentar alguns
projetos do Instituto Guga Kuerten (IGK). Durante o bate-papo, o
senador Paulo Bauler deu uma sugestão que animou a todos na
hora: uma futura parceria entre o Estado e o instituto para levar
algumas ações para dentro do São Lucas, um dos mais
problemáticos centros de reabilitação de menores infratores no
Estado. Baita sacada. Tomara que decole.
28
Política
DINHEIRO NA MOCHILA
Vídeo complica Jaqueline Roriz
Filha do ex-governador do DF teria participado de um esquema de recebimento de dinheiro em campanha
eleitoral de 2006
Vídeo em análise no Ministério Público mostra a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), filha do exgovernador do Distrito Federal Joaquim Roriz, junto com o marido, Manoel Neto, recebendo um maço de dinheiro
das mãos do ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa. O vídeo foi obtido pelo jornal O
Estado de S. Paulo. Ela nega qualquer participação no caso.
O vídeo foi gravado na campanha eleitoral de 2006, na sala de Barbosa, delator do escândalo de corrupção
conhecido como “mensalão do DEM”. O esquema foi desmantelado pela operação Caixa de Pandora, da Polícia
Federal, e acabou derrubando o governador José Roberto Arruda, na época alojado no DEM.
As imagens mostram que, depois de guardar o maço na mochila, o casal queixa-se do valor, supostamente
abaixo do combinado, e negocia novas contribuições para a campanha de Jaqueline, que então disputava seu
primeiro mandado parlamentar.
“Rapaz, não é fácil ser candidato. Resolve isso para mim cara!”, apela Neto, ao ser avisado de que a quantia
ficaria entre três e cinco remessas e não cinco ou mais, como supostamente combinado.
Reclamação com o baixo valor entregue pelo ex-secretário
Jaqueline e o marido demonstram satisfação quando veem Barbosa colocar o maço fornido de notas de R$ 100
sobre a mesa. O total seria de R$ 50 mil. Mas, com certa arrogância, reclamaram do baixo valor e tratam
Barbosa como um empregado relapso. “Ela (Jaqueline) tem razão”, diz Neto. “Com isso aí não vai dar para a
gente pagar tudo”. Mais adiante, Jaqueline explica as dificuldades de campanha e indaga: “Tem possibilidade de
você aumentar (o valor) para mim?” O ex-secretário é sucinto: “Vamos ver”, responde.
No momento que a conversa começou a ficar tensa, Neto quebrou o clima com uma observação prosaica:
“Posso roubar um chicletinho aí?”, perguntou, apontando para um tablete na estante lateral de Barbosa.
Até a descoberta do novo vídeo, Jaqueline sempre negou com veemência qualquer envolvimento dela e do pai
no esquema. Em discurso, em abril passado, ela chamou de “cara de pau” a deputada distrital Eurides Brito
(PMDB), cassada após a divulgação de vídeo em que aparece recebendo propina de Barbosa e enfiando o
dinheiro em uma bolsa de couro.
Rotulado como “o 31º vídeo da coleção da corrupção no DF”, o flagrante tem 2 minutos e 50 segundos e foi
gravado na campanha eleitoral de 2006. A deputada traja um conjunto branco de blazer e calça listrada. O
marido veste camisa social branca de mangas compridas e calça jeans.
Após os cumprimentos, os três caminham em direção à mesa de Barbosa. Neto coloca sobre a mesa uma
mochila escura. Barbosa levanta-se e abre a porta de um cofre, de onde retira um maço de dinheiro. Neto abre a
mochila e arremessa para dentro o pacote de com as notas.
PLANEJAMENTO
SC avalia atuação das estruturas
29
O governador Raimundo Colombo (DEM) vai avaliar o desempenho das secretarias de Estado a partir do dia 17
de março. A ação faz parte do planejamento estratégico do governo que apontará as prioridades de
investimentos e redefinirá o foco de atuação das estruturas.
O planejamento começou no dia 7 de fevereiro, com a análise das 28 autarquias, empresas e fundações, tendo a
presença de Colombo e do vice Eduardo Pinho Moreira (PMDB) nas reuniões com os órgãos. Esta etapa foi
concluída no dia 3 de março. Algumas alterações na atuação das instituições e até extinções de cargos e órgãos
foram encaminhadas no projeto de minirreforma, que aguarda votação da Assembleia Legislativa.
A coordenação do planejamento está sendo feita em conjunto pelos secretários Filipe Mello (Planejamento),
Ubiratan Rezende (Fazenda), Milton Martini (Administração), Derly Massaud de Anunciação (Comunicação) e
pelo procurador-geral do Estado, Nelson Serpa.
Na avaliação de Mello, a realização de reuniões com cada estrutura de governo para conhecer o seu
funcionamento está proporcionando ao secretariado ter uma visão mais completa do governo. Ele destacou a
participação dos servidores efetivos nos encontros de avaliação.
– Eles têm a memória da secretaria e mais informações que os próprios secretários. Estamos percebendo as
dificuldades de cada estrutura e os pontos em que é preciso desburocratizar o processo – afirmou.
Ao final da avaliação das secretarias centrais e empresas do governo haverá um seminário no Centro
Administrativo, onde será apresentado um balanço sobre as estruturas. Em seguida, Colombo inicia o roteiro de
visitas às 36 regionais.
O secretário disse que as regionais terão sua função reavaliada para atuar na condição de agência de
desenvolvimento. Além disso, haverá regionais que terão cortes na folha de pessoal e outras que terão
contratação de funcionários.
Planejamento
O grupo gestor é responsável pela realização do planejamento estratégico
ETAPAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:
- 1º Avaliação das estruturas de governo: secretarias de Estado e regionais; empresas, fundações, autarquias
e sociedades de economia mista
- 2° Realização de seminário para apresentação dos resultados da primeira fase da avaliação
- 3º Elaboração de um diagnóstico absoluto do governo
- 4º Execução das ações emergenciais
POR QUE O GOVERNO ESTÁ FAZENDO UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO?
Para definir as prioridades que serão executadas durante o ano. Além de reavaliar as funções e o
desempenho das estruturas do governo.
O QUE O GOVERNO JÁ FEZ?
No dia 3 de fevereiro, encerrou a rodada de reuniões com as 28 empresas, fundações, autarquias e
sociedades de economia mista.
EM QUE ETAPA DO PLANEJAMENTO O GOVERNO ESTÁ?
Na fase de avaliação das secretarias de Estado.
ONDE O GOVERNO VAI PRIORIZAR INVESTIMENTOS?
- 1º Saúde
- 2° Infraestrtutura: pavimentação e revitalização das rodovias estaduais
- 3º Segurança: aumento do efetivo da Polícia Militar e do aparelhamento das forças armadas
- 4º Educação: valorização do professor e melhoria das escolas
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PÚBLICAS
Governador anuncia mais um secretário
O governador Raimundo Colombo confirmou Argos Burgardt como secretário regional de Canoinhas, ontem, via
Twitter. Na lista das nomeações, 24 das 36 regionais já estão sob o comando dos novos secretários.
Burgardt era o atual secretário de Administração e Finanças da prefeitura de Canoinhas e foi indicado pelo
deputado estadual Antônio Aguiar (PMDB). Com a nomeação confirmada por Colombo, o PMDB abocanha 15
regionais. O PSDB ficou com 5 e o DEM com 4 secretarias.
PÚBLICAS
Lacrado o gabinete de Marco Tebaldi
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, lacrou o gabinete do deputado Marco Tebaldi (PSDB) e
exonerou os funcionários. A vaga fica em aberto com o retorno do tucano ao comando da Secretaria da
Educação. Maia tem 30 dias para fazer a convocação do suplente. A vaga estava assegurada ao vereador da
capital, Gean Loureiro (PMDB), terceiro mais votado da coligação. Ele desistiu da suplência e vai assumir uma
secretaria na Capital.
Economia
ECONÔMICAS
Produção catarinense fica abaixo da média
A produção industrial cresceu em sete dos 14 locais pesquisados pelo IBGE de dezembro para janeiro. Na média
nacional, a indústria apresentou alta de 0,2%. Com desempenho abaixo da média, SC apresentou queda de
0,4%. Na comparação de janeiro com o mesmo mês de 2010, a produção da indústria catarinense aumentou
2,4%. Na mesma base, o ganho foi de 2,5% em todo o país. No acumulado dos 12 meses, os resultados
positivos atingiram todos os locais pesquisados – em SC, foi de 6%, abaixo da média de 9,4%.
A Notícia
AN Portal
R$ 1 POR DIA
Com o reajuste do Bolsa-família, a média mensal por beneficiado passa de R$ 25 para R$ 30 em Joinville. É
uma aproximação. Na cidade, o cadastro aponta 5,3 mil famílias inscritas. Mas seja por isso ou por aquilo, a
Caixa está pagando para 4.995. O restante está fora por problemas no cadastro. Com os dependentes, essas
quase 5 mil famílias (a maioria chefiada por mulheres) somam 16,8 mil pessoas. Pelas contas da Prefeitura,
serão pagos, a partir do reajuste, R$ 512 mil mensais pelo governo federal. É só dividir esse montante pelos
beneficiados e dependentes e se chega aos R$ 30 mensais em Joinville. É uma média, uns vão ganhar mais,
outro menos. Assim, dá R$ 1 por dia. Não tira ninguém da pobreza, mas ajuda a comprar algo (para comer,
espera-se). Se alguém deixou de trabalhar por causa disso, imagina-se quanto não ganhava antes.
-------------------------------------------------------------------------------Leitora moradora de Joinville há 48 anos escreve para parabenizar a Prefeitura pelas obras de saneamento. Mas
pede mais atenção aos buracos. Ela cita dois na Dona Francisca: um seria já uma vala perto da Casa da Cultura
e outro, no semáforo próximo à Casa Amarela, de Nilson Gonçalves.
COM PALMEIRAS
Com o ferryboat ao fundo, a praia do Vigorelli, também ornamentada com palmeiras.
Complexo
A proximidade com o complexo intermodal, o popular aeroporto de Araquari, já rendeu alguma coisa para
Balneário Barra do Sul (45% da área do empreendimento de logística fica na cidade litorânea): empresários
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deram uma perguntada sobre investimentos. Há áreas para grandes investimentos, mas é preciso acordo com os
donos privados (não são do município), como a região onde tinha uma fazenda de camarão e a da Tupy.
Sem assinatura
Só que a parte mais fácil do complexo, a desapropriação da área de 26 milhões de metros quadrados ainda não
saiu porque o governo do Estado não tem dinheiro para pagar os donos. A Prefeitura de Araquari jura que os
proprietários nada querem em dinheiro, só sonham em ser sócios do complexo – cuja fonte de financiamento
ainda não foi definida.
Sem inaugurações
A falta de inauguração de obras na agenda de aniversário de Joinville foi lembrada pela Prefeitura. Uma
lembrança pertinente, afinal, mal ou bem as administrações municipais guardavam algumas obras para o 9 de
Março. O Parque da Cidade estava mapeado, mas ficou para depois.
ESCONDIDA
No zoológico do Bronx, em Nova York, réptil se prepara para sair. O bicho é uma espécie de iguana nativa da
Austrália.
Outros carnavais
Se Luiz Henrique da Silveira, que tanto dizia que o verdadeiro Carnaval de Joinville era em São Francisco,
aparecesse agora pela praça Dario Salles, talvez mudasse de ideia. E foi com Rodrigo Bornholdt, afilhado dele,
que a festa recomeçou, sendo também prestigiada pelo governo Carlito.
-------------------------------------------------------------------------------O sistema de som da Arena Joinville levou uma comissão da Câmara de Vereadores, a de Finanças, a fazer
perguntas à Felej, responsável pelo estádio. As indagações são para saber como funciona o serviço nos jogos
do JEC. O prazo para a fundação encaminhar as respostas ainda não acabou.
Para concorrer em 2012
Nas tratativas que tem feito com o pessoal do PP, Kennedy Nunes nem tem insistido no desembarque da
Prefeitura de Joinville. Acha que não é coisa para falar agora. O deputado só não quer é ser surpreendido nas
convenções de junho do ano que vem, com o PP negando registro de sua candidatura e preferindo apoiar o PT.
Kennedy quer uma composição que lhe assegure o direito de concorrer, só isso.
Vice-versa
Em caso de contato com o pessoal do DEM – ou com quem quer que o DEM ganhe – se houve que Raimundo
Colombo vai querer uma candidatura do seu partido a prefeito de Joinville. Seria uma forma de se reforçar para
2014. Já pelas bandas do PMDB, a crença é de que Colombo vai retribuir o apoio de LHS e levará o DEM a
apoiar o PMDB. Pois é.
Como faz
Uma discussão interessante será aberta com a ação do MPF pela preservação do bosque Schmalz, em Joinville.
O MPF quer que os governos colaborem na preservação do espaço tombado em 1965 no bairro América, hoje
abandonado.
O debate será como deve ser preservado um espaço natural.
Ainda
Segue a avalanche de ações questionando a aplicação do Código Florestal na área urbana de Joinville. Talvez
em abril o Conselho do Meio Ambiente venha a se posicionar sobre o pedido de flexibilização na aplicação da lei
– seria adotada outra legislação.
Depois da folia
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Ficou para depois do Carnaval o anúncio dos novos secretários municipais. Faltariam ajustes entre os partidos
aliados Por enquanto, apenas o ex-deputado Francisco de Assis está praticamente garantido na Conurb, no
lugar de Tufi Michreff, que deixa o cargo no dia 14. Embora queira ficar no comando da Águas de Joinville,
Atanásio Pereira deve ser exonerado porque é uma figura muito ligado ao PMDB – embora tenha pedido
desfiliação do partido.
Mais espaços
Ontem foi a vez de Carlito Merss ouvir o PDT. Ouviu o óbvio – ou já aconteceu de algum partido procurar
governante para dizer que está satisfeito com os cargos?. Os pedetistas querem mais espaço no governo, em
especial no primeiro escalão, especificamente em algumas das pastas que estão sendo deixadas pelo PMDB. O
prefeito de Joinville ficou de pensar.
-------------------------------------------------------------------------------O vice-prefeito Ingo Butzke (PR) ligou ontem para o ex-deputado José Carlos Vieira, também do PR, para
reunião na segunda. Ingo não adiantou assunto, mas pode ser maior participação do PR no governo Carlito.
Vieira diz que “pessoalmente” não quer cargos, mas considera que o PR está mal representado na Prefeitura.
Vieira vai levar o irmão José Aluísio para a conversa. Claro se Vieira fosse ser convidado, isso já teria
acontecido.
Fiscais, unidos
Foi criada em Joinville uma associação dos fiscais municipais. Por ora, fazem parte o pessoal da Seinfra,
Procon, Fundema e Vigilância Sanitária. O principal objetivo é defender os fiscais de eventuais ameaças ao
trabalho, como interferências partidárias, por exemplo. A fundação da associação foi no final do ano passado,
mas agora as ações vão começar.
“Não estou sabendo”
Sobre a possibilidade de se filiar ao PMDB ainda março, o empresário Udo Döhler ironiza. “Se tem algo disso,
ainda não me avisaram. Mas não tem nada não”. Mais sobre o assunto, ele nada fala.
Canal Aberto
GORDURA PARA INVESTIMENTOS
O governador Raimundo Colombo pretende anunciar até o fim da próxima semana todos os secretários de
Desenvolvimento Regional. Já orientou o secretário Filipe Mello (Planejamento) a concluir a agenda de visitas às
SDRs, englobando mais de uma em alguns casos, a fim de racionalizar o tempo e acelerar o ritmo de trabalho.
Assim como Colombo já tem noção das obras prioritárias na Grande Florianópolis (sede do governo) e algumas
consagradas em outras regiões, quer detalhar as demandas mais reclamadas em todos os pontos geográficos. A
intenção é anunciar o pacote de investimentos a ser atacado na primeira semana de junho. Portanto, ainda no
primeiro semestre. Outra novidade: a contenção de despesas não será mais de quatro meses e sim de 150 dias.
O governador decidiu incluir maio, a fim de assegurar aquele R$ 1 bilhão de economia prognosticado em janeiro.
Disfarce
Vários dos secretários regionais já anunciados e dos que ainda serão divulgados talvez possam ter atuação
curta. Pode ser que nem ultrapasse um ano. Em 30 de março de 2012, termina o prazo de desincompatibilização
para quem pretende concorrer ao pleito municipal.
Apoio
Ex-presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador aposentado João José Ramos Schaefer foi um dos
magistrados da velha guarda que referendou o nome do advogado Ronei Danielli. Também ex-presidente da
OAB-SC, Schaeffer conhece Danielli desde o tempo em que cursava direito na Furb, em Blumenau.
TÚNEL DO TEMPO
33
Em 1995, o desembargador João José
Ramos Schaefer (D), observado pelo
colega Nelson Schaefer Martins,
condecorou o advogado Sérgio Bermudes
(E), em nome do Centro Acadêmico de
direito da Furb, à época presidido por
Ronei Danielli, 20 anos.
No planejamento estratégico do PT, a
direção estadual estabeleceu quatro
pontos de atuação. O primeiro será a
oposição ao governo Raimundo Colombo, “que herdou de LHS um Estado falido, com problemas nas áreas de
saúde, educação, segurança pública e infraestrutura”, observou o presidente José Fritsch, deixando claro que
“combateremos os liberais”. O segundo ponto diz respeito à defesa e à relação do PT de SC com as ações do
governo Dilma Rousseff no Estado. “Devemos estar atentos às políticas públicas implementadas também no
nosso Estado”, ponderou. E falou do terceiro: ampliação da relação do PT com os movimentos sociais e sindicais
e com a juventude e as mulheres. O último ponto da pauta é a eleição de 2012.
Só no macro
Luiz Henrique da Silveira antecipou, na quarta à noite e na quinta à tarde, no plenário do Senado, as propostas
que fará no dia 15, na primeira reunião de trabalho da Comissão da Reforma Política. Destaque para o fim da
reeleição para cargos executivos, com mandato de seis anos, eleição proporcional com lista fechada e
financiamento público de campanha. Empolgado com a repercussão dos pronunciamentos sobre a reforma
política e satisfeito com a receptividade da mídia nacional, LHS decidiu que não vai tratar de temas do “varejo”
ou “paroquiais” no Senado.
APARÊNCIAS ENGANAM
A partir da esquerda, Fabrício de Oliveira,
Nilson Gonçalves, Doia Guglielmi, Leonel
Pavan, Dado Cherem, Maurício Eskudlark,
Marcos Vieira e Gilmar Knaesel reunidos
na AL, em clima de descontração. Em
discussão, o futuro do PSDB em SC.
Posição
O prefeito Saulo Sperotto (Caçador)
decidiu ontem pela permanência do seu
chefe de gabinete, Munir Bittar. Ele estava cotado para assumir a SDR, caso a vaga seja do PSDB. Bittar é seu
braço direito dentro da Prefeitura de Caçador e responsável pelo bom andamento da parte operacional na sua
ausência. Saulo Sperotto entende que não seria bom para o andamento dos trabalhos esta mudança.
Só em abril
Dificilmente a AL aprovará ainda em março a minirreforma do governo, que chegou ao conhecimento dos
parlamentares no início da semana, pelas mãos do secretário Ubiratan Rezende (Fazenda).
Não bastasse o Carnaval, que comprometeu as atividades legislativas da primeira quinzena do mês, o presidente
Gelson Merísio segue na Quarta-feira de Cinzas para o exterior. Acompanhado dos deputados Kennedy Nunes
(PP) e Jailson Lima (PT), o liberal vai à China e ao Japão. Entre os compromissos, encontros com empresários
do setor de importação de soja, decididos a realizar investimentos no Porto de São Francisco do Sul. Mais uma
vez, a Assembleia será pilotada pelo deputado Moacir Sopelsa (PMDB).
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34
Primeiro levantamento da Secretaria de Infraestrutura, baseado nos dados da Polícia Rodoviária Estadual,
apontou que pelo menos 840 quilômetros de rodovias, em todas as regiões do Estado, precisam ser atacadas
como prioritárias no Programa de Recuperação e Revitalização, que será lançado no final de abril.
O secretário Valdir Cobalchini (PMDB) já teve autorização para iniciar a negociação de R$ 150 milhões no
BNDES exclusivos para esse programa. A justificativa de Cobalchini para o grande número de rodovias que
precisam ser recuperadas é que nos dois últimos governos a prioridade foi a pavimentação dos acessos aos
municípios. Eram 58 municípios sem acesso quando LHS assumiu em 2003. Hoje, são apenas sete e todos em
obras.
ASCENSÃO
O PT conta hoje com três integrantes no diretório nacional: Ideli Salvatti, José Fritsch e Marinete Merss. Luciane
Carminatti será indicada para preencher a quarta vaga destinada ao Estado.
COMPOSIÇÃO
O governo definiu que o titular da SDR de Laguna pertencerá ao DEM do deputado José Nei Ascari. Em
compensação, o PSDB ficará com Braço do Norte, além de Tubarão.
DUPLA
Para fechar o Sul do Estado, o PMDB continuará pilotando as SDRs de Criciúma e Araranguá.
DIVISÃO
Quanto à SDR de Caçador, também deverá ficar na cota do PSDB, já que Romildo Titon não abre mão da de
Videira para o PMDB.
FECHADO
Respaldado por Antonio Aguiar, Argos Burgardt foi confirmado para a SDR de Canoinhas.
HOMENAGEM
Na missa de despedida de dom Murilo Krieger, dia 18, em Florianópolis, o governador vai lhe conceder a
Medalha Anita Garibaldi, mais alta condecoração do Estado de SC.
Livre Mercado
TERMÔMETRO PARA AS EMPRESAS DO NORTE
O ânimo e a confiança dos empresários do Norte do Estado vão começar a ser medidos ainda neste semestre
pela Sustentare Escola de Negócios. Um levantamento trimestral vai avaliar o andamento dos negócios das
pequenas, médias e grandes empresas e as perspectivas em relação ao futuro.
A pesquisa, vai abranger as expectativas de executivos empresariais e empreendedores sobre o mercado de
trabalho, investimentos, desempenho setorial, custos, vendas, exportações e nível de acesso a recursos
provenientes dos agentes financeiros. E dará uma grande ideia de como está situação de aproximadamente 30
mil empresas das regiões de Joinville, Jaraguá e São Bento. O indicador foi desenvolvido pelo economista
Ricardo Della Santina Torres, que foi diretor da área internacional do BMG, com apoio do consultor Célio
Valcanaia, ex-executivo da Datasul, e foi coordenado pelo professor Wilmar Cidral, da Sustentare. “Vai ajudar na
tomada de decisões por parte das empresas.”, diz Torres.
Cenários joinvilenses para 2011
Os primeiros resultados da pesquisa de confiança empresarial do Norte do Estado só devem ser divulgados na
primeira quinzena de abril. Mas Torres projeta um bom desempenho para a economia da mais populosa cidade
catarinense em 2011. “As empresas da cidade estão bem preparadas para conquistar novos mercados.” Apesar
da tendência do dólar permanecer estável em 2011, as maiores exportadoras da cidade começaram com o pé
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direito. Juros mais elevados, tanto para as pessoas físicas, quanto para as empresas, não devem afetar os
negócios.
O cenário também é bem favorável para o mercado de trabalho, mesmo após as mais de 11 mil novas
oportunidades que surgiram no ano passado. Os salários devem continuar subindo. No ano passado, o aumento
médio foi de 10% “Há demanda por profissionais em todas as áreas”, diz Valcanaia. Há um excesso de oferta de
vagas e as empresas não descartam a possibilidade de trazer gente de fora para preenchê-las.
FUNERAL CARINHO
Um milionário chinês gastou US$ 770 mil nos funerais de sua mãe, realizados ontem no Leste da China. A
situação expõe ainda mais o fosso existente entre a minoria de milionários na segunda maior economia mundial
e as centenas de milhões de pessoas que vivem na pobreza.
A Weg assinou memorando de entendimento e o acordo de transferência de tecnologia com o grupo espanhol
MTOI. O acordo resultará na criação de uma joint-venture para a fabricação de aerogeradores. Os equipamentos
para energia eólica começarão a ser produzidos ainda neste ano em Jaraguá, e deverão envolver 250 pessoas.
Rodovia a caminho
A Corporación Andina de Fomento (CAF) concluiu missão ao Estado na quinta. Os técnicos da instituição estão
analisando a possibilidade de financiar US$ 50 milhões para a implantação de 80 quilômetros de rodovia entre
Itaiópolis e Doutor Pedrinho. As chances são grandes. Um pré-contrato deve começar a ser discutido nas
próximas semanas.
-------------------------------------------------------------------------------INDÚSTRIA
2011 começou bem para a indústria de SC. A produção cresceu 2,39% em janeiro, comparativamente ao mesmo
mês de 2010. Mas o ritmo da expansão vem perdendo força. Nos últimos 12 meses, foi de 6,02%, o pior
resultado em seis meses.
JOINT-VENTURE
A Wetzel inaugurou ontem, no Perini Business Park, em Joinville, a unidade da joint-venture com a austríaca
Ditzel.
FRIGORÍFICO
A BRF Foods aprovou, em reunião do conselho de administração, a ratificação do aval dos financiamentos para
construção de frigorífico para abate de 7 mil suínos por dia em Campos Novos junto ao BNDES/BRDE, referente
a contrato firmado entre a empresa e a Coopercampos. Até R$ 40 milhões devem ser liberados neste ano.
EXCELÊNCIA
Médias empresas de SC vão compartilhar suas experiências de gestão no 15º Seminário Anual do Paex, que
acontece em 22 e 23 de maio, em Balneário Camboriú.
Política
GOVERNO DO ESTADO
É hora de avaliar a máquina
Planejamento deve apontar o que é prioridade para a administração
de SC
O governador Raimundo Colombo (DEM) vai avaliar o desempenho
das secretarias a partir do dia 17 de março. A ação faz parte do
planejamento estratégico do governo que apontará as prioridades de
investimentos e redefinirá o foco de atuação.
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O planejamento iniciou-se em 7 de fevereiro, com a análise das 28 autarquias, empresas e fundações. A rodada,
concluída no último dia 3, contou com a participação de Raimundo Colombo e Eduardo Pinho Moreira. Algumas
alterações na atuação das instituições e até extinções de cargos e órgãos já foram encaminhadas na
minirreforma que aguarda votação da Assembleia. “A competência apresentada pelas instituições, aliada à
motivação e unidade, irá produzir bons efeitos na administração estadual”, disse o governador.
A coordenação do planejamento é do grupo gestor, que reúne os secretários Filipe Mello (Planejamento),
Ubiratan Rezende (Fazenda), Milton Martini (Administração), Derly Anunciação (Comunicação) e o procuradorgeral Nelson Serpa.
Ao final da avaliação é que vem o balanço. É somente então que o governador Raimundo Colombo inicia o
roteiro de visitas às 36 secretarias regionais, que terão sua função reavaliada para atuar na condição de agência
de desenvolvimento. Algumas SDRs terão cortes na folha de pessoal e outras terão contratação de funcionários.
Colunas
Bolg Exxtra
Nem só de uma data vive a mulher
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Nesta terça-feira (8) comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Como sempre, nesta data, são fartas as
homenagens, principalmente nas esferas políticas. Na maioria das vezes são preparadas e executadas pelos
homens, já que são eles que dominam a maioria da cena de poder no país, na condição de atores principais de
todas as eleições. Consequência disso é sobra para a mulher, quase sempre, o papel de coadjuvante nos
enredos eleitorais. Mas, felizmente no roteiro dessas histórias começam a ganhar maior espaço e visibilidade,
não pela vontade masculina, mas pela determinação feminina.
A força que a mulher tem na política brasileira é grande, capaz de fazer transformações significativas e elas têm
feito. O eleitorado feminino é maioria. O engajamento da mulher na vida política do Brasil e do mundo demonstra
a capacidade delas no comando de um cargo público. Mesmo com a lei que obriga os partidos a estabelecerem
cota mínima de 30% de participação de mulheres candidatas em eleições proporcionais, a participação da
mulher na política ainda é tímida. Faltam incentivos para que a mulher esteja engajada no cenário político.
O Brasil tem 5.565 municípios, na última eleição municipais, apenas 6.498 vereadoras foram eleitas e 503
prefeitas eleitas ou reeleitas. No ano passado, apesar de o Brasil eleger a primeira mulher presidenta da história,
só duas comandarão um estado do país. Com o resultado, o consecutivo aumento de mulheres eleitas
governadoras nas últimas eleições é interrompido.
Em 2006, foram eleitas três mulheres – o recorde. Em 2002, foram duas; em 1998, uma. Em 1990, só homens
foram eleitos para o cargo. Neste ano, entre as duas eleitas está Roseana Sarney (PMDB-MA), justamente a
primeira mulher a ocupar o cargo no Brasil, ao vencer a eleição em 1994. A outra governadora eleita é Rosalba
Ciarlini (DEM-RN). Em Santa Catarina, nem Angela Amin (PP) nem Ideli Salvatti (PT) conseguiram levar a
disputa para o segundo turno. No Pará, Ana Julia (PT) perdeu a corrida à reeleição.
A participação das mulheres na política nacional também não irá se alterar significativamente. Na Câmara dos
Deputados, haverá o mesmo número de mulheres em comparação com 2006: serão 45. Para o Senado, foram
eleitas sete mulheres – uma pequena queda. Na última vez em que foram escolhidos 54 senadores (em 2002),
oito mulheres conseguiram sair vitoriosas das urnas.
Está evidente que a mulher precisa de mais espaço na política para que ressalte o potencial que ela tem na
sociedade. Só assim, será capaz de termos uma sociedade justa e igualitária. A mulher tem determinação e não
deixa se abater com obstáculos que o dia a dia impõe, são mulheres assim, de fibra, coragem, vontade, sonhos,
esperanças e capacidade para lutar por uma sociedade onde todos tenham oportunidades iguais e com
históricos de perseverança que serão homenageadas neste 8 de março, no Dia Internacional da Mulher.
Adelor Lessa
Na negociação por Laguna, DEM e PSDB mudam diretor da Regional de Criciúma
Na quinta-feira, o presidente do DEM de Criciúma, Celso Menezes, procurou a imprensa para assegurar que o
Diretório do Partido em Criciúma e mais o deputado estadual José Nei Ascari respaldam a nomeação de Júlio
Remor para a direção geral da Secretaria Regional de Criciúma. No mesmo dia, final da tarde, em Florianópolis,
foi encaminhado um acordo político entre DEM e PSDB, com a participação do deputado Ascari, que trocou
Remor por Valter Tiscoski, PSDB.
A principal motivação do acordo era resolver o impasse de Laguna. Pelo que foi negociado, o DEM ficará com a
Regional de Laguna e com a diretoria da Casan em Criciúma ( José“Neguinho”Gonçalves), o PSDB com a
Regional de Braço do Norte (Gelson Padilha) e o PSDB com a diretoria geral da Regional de Criciúma (Valter
Tiscoski).
O acordo foi tratado como "martelo batido", já que teve o aval de um Secretário de Estado que participou das
conversações, como representante do governador Raimundo Colombo. Ontem, o acordo foi tratado pelo
governador com outros líderes de DEM, PSDB e PMDB. Eduardo Moreira foi ouvido, o senador Paulo Bauer,
PSDB, também. Por sinal, Bauer rea-giu. Não concorda com a Regional de Laguna fique com o DEM.
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A vereadora Romanna Remor, DEM, disse ontem à noite que não vai mais tratar do assunto, e que as
nomeações são pessoais do governador, e ele deve nomear quem considera melhor.
Depois do Carnaval
Apesar dos acordos encaminhados, as nomeações que faltam para as Regionais do Sul catarinense só vão para
o papel na quarta-feira. Raimundo Colombo e Eduardo Moreira marcaram uma "conversa derradeira" para
quarta, antes do almoço.
Candidatos
Eduardo Moreira vai ouvir uma proposta dos vereadores do PMDB, quando aterrissar na cidade em missão
política, na próxima se-mana. A bancada vai se oferecer para assumir o comando do partido, com o
compromisso de fazer o processo de reorganização e mobilização nos bairros.
Na luta
Romanna Remor reage às especulações que vai se afastar das discussões locais quando assumir como
deputada federal. "Pelo contrário, vou continuar com as mesmas lutas, só que a partir dali com um mandato de
deputada", disse.
Boeira sinaliza
Quem estava na reunião de cúpula do PT de Criciúma, ontem, saiu convencido que o deputado federal Jorge
Boeira é "candidatíssimo" a prefeito. As suas manifestações foram muito evidentes. Mas ontem ainda não foi
feita discussão sobre candidaturas, nem critérios. Foi só "quebra gelo". Nova reunião ficou marcada para a
próxima semana.
Milton chamado
Décio Góes informou que fez uma "conversa prévia" com o ex-deputado Milton Mendes sobre sua possível
candidatura a prefeito, e defendeu que ele seja incluído na discussão, nem que seja apenas para "contribuir".
Ficou acertado que Milton será chamado para a reunião da próxima semana.
Registrado
A sugestão foi feita por um ouvinte da Rádio Som Maior FM, ontem cedo. O vereador Douglas Mattos, PC do B,
aprovou e se articulou rápido com o presidente da Câmara, Toninho da Imbralit, PMDB. À tarde, um helicóptero
já sobrevoava a BR-101 Sul para filmar o "congestionamento gigante" de ontem. Tudo será entregue para o
Ministro dos Transportes, na audiência do dia 16. Boa iniciativa. Afinal, como dizia o fotógrafo Ezequiel Passos,
"boas imagens valem mais, e convencem mais que longos discursos".
Lançamento
Na quarta-feira de cinzas, 17h, a agência de publicidade que atende a Câmara, Shopping de Ideias, vai
apresentar aos vereadores (em privado) a campanha que desenvolveu sobre a duplicação da BR-101. Na
segunda-feira, dia 14, a campanha será apresentada às entidades e ao público. O principal "mote" será o abaixoassinado que deverá correr o Sul. A intenção é conseguir 200 mil assinaturas.
Terminou
Está liberada a última ponte construída na duplicação da BR-101 no Rio Grande do Sul. Agora, o trecho do lado
dos gaúchos está 100% pronto. Começou na mesma época de Santa Catarina, também teve problemas
ambientais, empreiteira foi trocada, mas o que tinha que ser feito, foi feito. Obra pronta e entregue. Do lado
catarinense, vai pelo menos mais cinco anos.
Na rede
Cidadão-Eleitor pagador de impostos contou, por e-mail, que, de tão insatisfeito que estava com a falta de
atenção da prefeitura para suas reclamações sobre problemas na sua rua, acabou criando um blog sobre isso.
Em menos de 24 horas, teve mais de 200 acessos, foi procurado por um "alto escalão" da prefeitura, e o
problema foi resolvido rápido como um raio.
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A mostrar a força e utilidade destas redes sociais.
Cada vez mais, estes instrumentos são porta de saída para manifestações, insatisfações, protestos daqueles
que não podem, ou não querem dar a cara, nem deixar a di-gital. Mas, que não aceitam que prosperem os
equívocos, e as maldades. Nem que o poder de pressão, ou opressão, vença a liberdade e o direito à
manifestação.
Novo prazo
Os vereadores já sabem que não vão conseguir cumprir até abril o cronograma para votação do novo Plano
Diretor. Os técnicos da empresa de consultoria que assessora a Câmara fez projeção para meados de maio. Se
não tiver nenhum acidente de percurso!
Previsão
Moacir Pereira previu ontem no DC: "Clésio Salvaro enfrentará em 2012 três adversários: Romana Remor, do
DEM, Jorge Boeira, do PT, e Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, Secretário Regional, pelo PMDB". Se
realmente for este o quadro, com a oposição dividida em três candidatos, Salvaro nem vai precisar investir muito
na campanha. É só registrar a chapa, e mandar encomendar o terno!
Pense Nisso
"Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor à água".
Thomas Fuller
Pelo Estado
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41
Jornal da Capital – Florianópolis – COLUNAS
Paulo Alceu
Lá e cá
O secretário de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, recebeu um trabalho da Polícia Rodoviária Estadual destacando
que 840 quilometros da malha estadual necessitam de obras urgentes. Sendo assim está sendo lançado um
Programa de Recuperação e Revitalização agora em abril onde o governador Raimundo Colombo autorizou a
negociação de um financiamento de R$ 150 milhões, no BNDES, para esse programa. Pois é, e o que fez o
governo passado que durante oito anos comandou o processo? É inevitável esta pergunta, já que uma das
bandeiras foi a malha rodoviária. O secretário Cobalchini, que também integrou a gestão passada, tenta justificar
que a prioridade foi a pavimentação dos acessos aos municípios. Tudo bem, dos 58 municípios sem acesso em
2003, 51 tiveram as obras concluídas, os sete restantes estão em fase de conclusão. Parabéns, mas em
detrimento do abandono das demais estradas?
Vergonha
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De Porto Alegre a Florianópolis são 40 minutos. Na semana passada um vôo da TAM chegou ao Hercílio Luz e
ficou parado na pista por 20 minutos esperando vaga no estacionamento. Não se trata de privilégio do
"Internacional" Hercílio Luz, mas será que em menos de três anos da Copa de 2014 vão resolver a situação
precária e vergonhosa dos nossos aeroportos, principalmente, o daqui? Ouvi de uma autoridade que já participou
de quatro reuniões sobre a ampliação do Hercílio Luz e deu a entender que pelo visto será convocado para
outras mais, e nada. Daqui a pouco darão a desculpa de que a prioridade será atender os aeroportos sede da
Copa. E a gente fica esperando mais um longo e estagnado período. É só o que está faltando...
Postura
O PT de Santa Catarina tem claro que atuará
como oposição ao governo Raimundo Colombo
que segundo o presidente da sigla, José Fritsch,
"herdou de Luiz Henrique da Silveira, um Estado
falido com enormes problemas nas áreas da
saúde, educação e segurança pública, sem
excluir a infraestrutura e outros pontos." O PT
também pretende ampliar suas relações com
movimentos sociais e sindicais privilegiando a
juventude e as mulheres. Fritsch evidenciou que
nos próximos quatro anos serão intensificadas
campanhas de filiações. No dia 16 de abril o
diretório estadual estará reunido para definir
estratégias visando as eleições de 2012.
Esqueceu
Perguntado sobre o resultado do jogo entre os
deputados que participou na última terça-feira o
progressista Esperidião Amin disse que "acha
que empataram". No mais relatou que calça 42 e recebeu uma chuteira 40, o que ocasionou a perda de dois
gols. Então ta...garantiu que vai levar a própria chuteira da próxima vez. Não jogou com o Romário, mas estava
em campo o Danrley, que ajudou no ataque mostrando que também é bom além de goleiro.
Detalhe
Sobre as novas exigências da Caixa Econômica Federal para financiamento do programa "Minha Casa, Minha
Vida," o deputado Mauro Marini destacou que Joinville, por exemplo, 43% das ruas não são pavimentadas. Um
dos pré-requisitos é a existência de vias de acesso e de circulação segura e transitável. Interessante, pois se
trata da maior cidade do Estado e uma das mais ricas do País.
Opiniões
Ainda há um longo caminho a perseguir, mas nestes dois meses no poder a presidente Dilma Rousseff começa a
conquistar a simpatia inclusive de fortes opositores ao governo. Já tem gente amansando a voz ao citá-la.
Começa a surpreender os incautos.
Mobilidade
O problema, que vem se agravando, de mobilidade urbana não está exclusivamente em obras de viadutos, além
de alargamento de avenidas e novas opções de tráfego, mas muitas vezes no motorista. Tem gente
definitivamente que se desentende com a direção do carro.
Interessante
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O ex-comandante da PM, cel. Walmor
Backes, esteve ontem com o secretário de
Segurança, César Grubba, tratando de um
convênio para a criação de um centro de
recuperação de dependentes de drogas, em
Porto União. Backes preside a Fundação
Hermon que atua em 50 municípios
catarinenses nas áreas de educação, saúde
e assistência social contando com a
participação de 4 mil associados voluntários.
A volta
Lula prometeu ficar longe da política por
algum tempo. Disse que voltará depois do
Carnaval. Não será novidade se de repente o
criador se opor a criação, embora a quem
afirme que ações da gestão Dilma parecem o Lula.
Provocação
Sobre a intenção do governo do Estado de estender às Organizações Sociais a administração de hospitais
públicos em Santa Catarina há quem exponha que o ponto de partida para qualquer tipo de análise está no
repasse da Secretaria de Saúde às OS comparado aos hospitais públicos, que recebendo o mesmo quem sabe
superariam os problemas, claro que paralelo a um gerenciamento diferenciado. Quem merece, segundo
avaliações, todos os elogios são os servidores que apesar das adversidades conseguem num ambiente de
sucateamento e sem investimentos manter um atendimento.
Fato
Durante encontro na Casa da Agronômica o
governador Raimundo Colombo enalteceu a
importância de Guga Kuerten e destacou que
"ninguém divulga melhor o Estado do que o
nosso sempre nrº 1 do tênis mundial." E é
fato. Guga enquanto conquistava títulos
evidenciava Santa Catarina. Foi um dos
responsáveis por recolocar Florianópolis na
rota do turismo. Junto com a mãe Alice
Kuerten e do irmão Rafael conversaram
sobre programas de educação esportiva um
dos focos do IGK. Guga, que foi cogitado
como candidato a prefeito da Capital,
sublinhou que seu partido é Santa Catarina e
seu trabalho está concentrado em projetos de
inclusão social por meio do esporte.
A vida segue
Não seria interessante maior transparência na aplicação de multas de trânsito. Para onde vai exatamente todo
esse dinheiro? Virou caixa preta...
Folha de São Paulo
Painel
Espera aí
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Já descontentes com a lipoaspiração do Orçamento de 2011, deputados e senadores preparam uma nova frente
de batalha com o Palácio do Planalto. O motivo é o cancelamento, marcado para 30 de abril, de convênios
firmados em anos anteriores cujos contratos ainda não foram assinados.
A medida, fruto de decreto editado no apagar das luzes do governo Lula, atinge em cheio as emendas dos
parlamentares. Há forte pressão, inclusive do PT, para que Dilma Rousseff prorrogue esse prazo. Prefeituras, em
geral as maiores beneficiadas pelas emendas, prometem reforçar o lobby contra a tesoura.
-------------------------------------------------------------------------------Memória Em 2006, Lula também tentou encurtar o prazo para a quitação dos chamados "restos a pagar".
Acabou recuando.
Em festa Estão previstos dois eventos no Planalto, na semana posterior ao Carnaval, alusivos ao Dia da Mulher,
que neste ano cai na "terça-feira gorda".
No pincel À exceção da Bahia, lideranças do PT dos demais Estados do Nordeste continuam reclamando por se
considerarem "subrepresentadas" no governo Dilma.
Ampulheta Obrigados, logo no primeiro mês da legislatura, a analisar medidas provisórias em cima do prazo de
expiração, senadores voltaram a fazer pressão para que a Câmara aprove mudança constitucional de modo a
haver mais tempo para a apreciação das MPs.
À mesa com Dilma Tal como fez com o PC do B nesta semana, a presidente receberá em breve para jantar
representantes de outros partidos aliados. O próximo deve ser o PP. O ministro da sigla, Mário Negromonte
(Cidades), foi um dos mais afetados pelo anunciado corte de R$ 50 bilhões no Orçamento.
Regional A ex-governadora Wilma de Faria (PSB-RN) deve ser indicada para a presidência da Sudene.
No balcão A procura por medicamentos para diabetes e hipertensão nos primeiros 18 dias de vigência do
programa federal que prevê gratuidade na rede do "Aqui tem farmácia popular" aumentou 76% em relação ao
mesmo período de janeiro, quando os usuários ainda tinham de arcar com parte do custo.
Temático A ministra da Pesca, Ideli Salvatti (PT), dará o ar da graça em dois blocos no Carnaval de Santa
Catarina: "Marisco da Maria" e "Baiacu de Alguém".
Frevo ideológico O PSTU distribuirá leques contra o que classifica de "exacerbação do machismo" durante a
folia de rua em Aracaju, Recife, São Luís e Salvador. O material, que tem como slogan "Neste Carnaval, respeite
as mulheres", será entregue até terça-feira.
Refúgio Avesso à folia, Geraldo Alckmin descansará no seu sítio em Pindamonhangaba, de onde só deve sair
na terça-feira, quando visitará a vizinha São Luís do Paraitinga. A cidade retomará o tradicional "Carnaval das
Marchinhas" depois das enchentes que arrasaram seu centro histórico em janeiro do ano passado.
Laboratório Ex-secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Moisés Goldman foi escalado para
dirigir o reativado setor de pesquisas e inovação das áreas médica e hospitalar no governo de São Paulo.
Na avenida Orlando Morando será líder do PSDB na Assembleia paulista na nova legislatura. E Ênio Tatto
comandará o bloco petista a partir do dia 15.
-------------------------------------------------------------------------------com LETÍCIA SANDER e FABIO ZAMBELI
tiroteio
"O PDB será o primeiro partido brasileiro a anunciar, na mesma data, sua escritura de fundação e seu inventário
de extinção."
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DO DEPUTADO FEDERAL EDUARDO GOMES (PSDB-TO), sobre o estatuto da nova legenda, que abrigaria
Gilberto Kassab para em seguida se fundir com o PSB.
contraponto
Luxo e originalidade
A Comissão de Relações Exteriores do Senado sabatinava, anteontem, dois indicados ao posto de embaixador.
Sendo ambos do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB-RJ) aproveitou para louvar a "terra da alegria", "da
contemplação da natureza", da "fraternidade". Sobre um deles, André Amado, o senador foi além, dizendo que o
escolhido para representar o país na Bélgica o fazia lembrar de um carioca célebre:
-Clóvis Bornay!
O discreto Amado foi ficando vermelho até estourar de rir -o que liberou a plateia para fazer o mesmo.

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