Nelas homenageia “Escanção”

Transcrição

Nelas homenageia “Escanção”
w w w. g a z e t a r u r a l . c o m
Nelas
homenageia
“Escanção”
Director: José Luís Araújo | N.º 230
15 de Agosto de 2014 | Preço 2,00 Euros
Sumário
04 Festas de S. Bernardo com muitos ingredientes
atractivos
20 Sousacamp - Produção e comercialização de cogumelos
05 Feira promove o mel da Serra do Caramulo
21
06 Expodemo já tem programa fechado
07
Vila Verde vai “circular” até Novembro “Na Rota
das Colheitas”
08
Festas dos Remédios atraem milhares de forasteiros
09 TerraFlor mostra produtos e sabores locais
Fumeiro Florindo quem apostar no “mercado da
saudade”
22
Freixo de Espada à Cinta quer transformar seda
artesanal na sua imagem de marca
24 Milhares de pessoas subiram até à Senhora da
Ouvida
25 Oleiros poderá ser caso piloto no cadastro florestal
10 Festival do Crato junta artesanato, gastronomia e
deportos radicais
26
11 Vindouro já tem programa definido
27
12 Toy e “Dão de Penalva” são cabeças de cartaz das
Festas do Concelho
13 Nelas presta homenagem pública ao Escanção
15 Adega do Fundão apresentou novos vinhos
16 II ‘Encontro com o Vinho e Sabores - Bairrada’ de
3 a 5 de Outubro
17 Produção de vinho deverá recuar 5,7% este ano
Oliveira do Bairro melhora caminhos florestais
para prevenir incêndios
Águeda integra projecto europeu para criar emprego em zonas rurais
29 Governo antecipa para Outubro pagamento das
ajudas directas aos agricultores
30 Início de mais uma época de caça insustentável
32 Nova federação associativa tem sede em Viseu
33 Pateira de Frossos na rota do EuroBirdwatch 2014
'14
5 SETEMBRO sexta
feira
17:30 / Inauguração oficial da
12ª edição da Vindouro – Festa
Pombalina
LOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES
17:30 - 20:00 / Prova livre
com produtores da região
LOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES
18:30 / “Marketing de vendas
no setor dos vinhos: ferramentas
essenciais”
LOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL
20:00 / Jantar Pombalino
(Chefe Rui Paula / DOC)
6 SETEMBRO sabado
7 SETEMBRO domingo
10:00 - 12:00 / “Vinho: o mercado
interno e o mercado canadiano”
Workshop para profissionais do
setor
12:00 / Missa das vindimas
LOCAL: AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL
LOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES
16:00 - 16:30 / Conversas sobre o
vinho: vinhos do Douro para o dia
a dia
LOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES
LOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL
22:00 / Concerto Cuca Roseta
(fadista)
LOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL
00:00 / After Hours: Dj Cherry
Chick
LOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL
00:00 / After hours: Dj Su
14:00 - 20:00 / Prova livre
com produtores da região
LOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES
14:00 - 20:00 / Prova livre
com produtores da região
22:00 / Concerto: “Sons Ibéricos”,
José Cid e Zé Perdigão ao vivo
LOCAL: JARDIM DO CABO
LOCAL: JARDIM DA DEVESA
15:00 - 15:30 / Conversas sobre
o vinho: como harmonizar vinhos
do Porto
LOCAL: SALÃO DE EXPOSIÇÕES
16:30 / Desfile Pombalino
LOCAL: AVENIDA MARQUÊS DE SOVERAL,
RUA DA FIGUEIRA E PRAÇA DA REPÚBLICA
18:30 / Leilão de vinhos
Generosos
LOCAL: PRAÇA DA REPÚBLICA
www.vindouro.com
LOCAL: ANFITEATRO MUNICIPAL
Em vésperas de vindima, três dias intensos de descoberta,
partilha de conhecimentos e experiências.
CONVERSAS SOBRE VINHO | MERCADO POMBALINO | EXPOSIÇÕES | LEILÃO DE VINHOS
JANTAR POMBALINO | MÚSICA AO VIVO | PROVA LIVRE COM PRODUTORES DO DOURO
Celebre o Douro, a paisagem, a história e a influência decisiva do Marquês de Pombal no desenvolvimento de uma região com vinhos únicos no Mundo!
ORGANIZAÇÃO
PRODUÇÃO
REVISTA OFICIAL
CO-FINANCIAMENTO
De 16 a 20 de Agosto, em Sátão
No próximo dia 31 de Agosto
Festas de S. Bernardo
com muitos ingredientes atractivos
Feira promove o mel da Serra do Caramulo
AV: Sim, o festival começou há cerca
de meia dúzia de anos e de ano para ano
tem vindo a crescer. Teremos 11 sopas diferentes, na Escola EB1 do Satão, o que dá
a conhecer um pouco da nossa gastronomia, contando que seja muito concorrido.
Esperamos cerca de 800 pessoas, o que é
bastante bom.
GR: Todos os anos lamenta a falta
de adesão ao concurso de gado, por
razões que já referiu várias vezes,
nomeadamente o abandono da actividade. O que espera este ano?
AV: Não espero grandes alterações.
Conheço bem o concelho, já que estive
ligado à actividade dos lacticínios, e as
pessoas que têm e não vacarias. Já são
poucas as pessoas que ainda têm algum
gado como antigamente, provavelmente
porque a actividade deixou de ser rentável.
Portanto, o concelho de Satão continua
como anteriormente. Ainda há vacarias,
algumas bastantes grandes, mas a maior
parte dos pequenos agricultores desistiu
ou deixou de ter gado. Esperamos que as
coisas modifiquem, que o leite dê mais dinheiro e que as rações desçam, para que
as pessoas possam voltar à actividade,
como noutros tempos.
Um Festival da Sopa, uma gincana de
automóveis, a feira anual e concurso de
gado e uma peça de teatro, são alguns
dos ingredientes que se juntam ao cartaz
de artistas, em que se destacam Leandro
e Santamaria, nas tradicionais Festas de S.
Bernardo, em Sátão, que decorrem de 16 a
20 de Agosto.
O presidente da Câmara de Sátão diz
que as festas serão semelhantes aos anos
anteriores, deixando antever que daqui a
dois anos, quando a dívida da autarquia for
reduzida a 0, “poderemos pensar noutro
tipo de festas”, afirmou Alexandre Vaz à
Gazeta Rural. O autarca destaca o Festival
da Sopa e espera uma boa adesão os criadores de gado ao concurso, numa altura
em que o sector pecuário do concelho se
mantem estável. Alexandre Vaz realça ainda os investimentos nos pequenos frutos
e cogumelos, assim como a produção de
vinho, nas freguesias do sul do concelho.
Alexandre Vaz (AV): Serão semelhantes aos anos anteriores. O município
continua a promover as festas, mas olhando também para o aspecto económico.
Provavelmente, daqui a dois anos as festas
serão melhores. A Câmara de Satão encontra-se numa situação económica estável e daqui a dois anos teremos a dívida
quase reduzida a 0. A partir daí poderemos
pensar noutro tipo de festas.
Este ano vão ser, com certeza, muito
animadas. Teremos no Largo de S. Bernardo um conjunto de expositores, nomeadamente de artesãos, na sua maior parte do
concelho, e contamos com bastantes visitantes, fazendo jus à máxima que é “a arte
de bem receber”. Gostaríamos que as pessoas viessem conhecer melhor o concelho
e as suas gentes nestes quatro dias de
festas, que são sempre muito concorridas.
GR: Há novos investimentos noutras áreas?
AV: Sim. Há alguns novos agricultores,
pessoas com formação e algumas com
cursos superior, nomeadamente no sector
dos pequenos frutos e nos cogumelos. No
concelho temos duas explorações de cogumelos e há, neste momento, mais um
pedido na Câmara Municipal. Digamos que
nos cogumelos e nos frutos vermelhos há
um aumento e por aí, digamos, começa a
haver o regresso a terra.
GR: O sul do concelho está mais
virado para a vinha?
AV: Sim, sobretudo as freguesias de
Rio de Moinhos, Silva de Cima e Romãs,
com Silva de Baixo e São Miguel de Vila
Boa. Houve uma situação em Rio de Moinhos, com a Casa Meneses Xavier, que era
um dos maiores produtores do concelho,
que, pelo que sei, tem parte das vinhas por
cultivar. Outras foram vendidas e estão a
ser bem tratadas pelos novos proprietáGR: Uma das referências do prorios. De qualquer maneira, é de deferir que
grama é o Festival das Sopas, que é,
cerca de 35% das uvas que Adega de PeGazeta Rural (GR): Que festas há também, uma mostra da gastronomia
nalva do Castelo recebe são do concelho
do concelho?
este ano?
de Sátão, o que é muito significativo.
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Vai decorrer no próximo dia 31 de
Agosto mais uma edição da Feira do Mel
do Caramulo, evento que visa promover e
divulgar o mel produzido na Serra com o
mesmo nome.
O presidente da Associação de Produtores de Mel do Caramulo adiantou à
Gazeta Rural que este ano há um aumento
significativo de expositores, numa altura
em que há novos projectos num sector
que, diz Isidro Ferreira, “tem muito para
crescer”.
Gazeta Rural (GR): Porquê a realização da Festa do Mel no Caramulo
no final de Agosto?
Isidro Ferreira (IF): Sempre se realizou no último domingo de Agosto. É uma
boa altura para os apicultores, pois é o fim
da cresta e já têm a sanidade apícula feita.
É um momento em que os apicultores se
juntam, mostram os seus produtos e trocam ideias.
Para além de tudo isso, é uma forma
de promover o mel produzido na serra do
Caramulo, que tem, como é reconhecido,
grande qualidade.
Neste momento, por exemplo, não
estamos a angariar novos clientes, porque
temos que satisfazer, até à nova cresta, os
já existentes. Isto do mel não é uma coisa
que se decida produzir atempadamente.
Só passados dois anos, após a instalação
das colmeias, é que se pode aumentar a
produção. É isso que estamos a fazer.
GR: O que há de novo em relação a
Feiras anteriores?
IF: Nos anos anteriores tínhamos 15 a
16 expositores e neste momento temos já
cerca de 25. Por isso, estamos a crescer,
pois há mais produtores a quererem expor
os seus produtos. Temos também produtos
locais e artesanato, para além dos produtos cosméticos apículas, como o própolis,
estratos de própolis, ceras, entre outros.
Do programa faz parte um almoço,
com porco no espeto com arroz de feijão,
para além da animação musical, este ano
mais vocacionada para a música tradicional, com o grupo Andarilhos, que faz uma
recolha das tradições durienses. Temos o
Sebastião Antunes, que dispensa apresentação e que é o mentor e vocalista do grupo Quadrilha, que se apresentará em trio
com música popular celta. Pensamos que
serão espectáculos muito bons.
novas candidaturas e há muitos jovens
que estão a apostar no mel, porque isto
da crise, como diz um ditado chines, ‘é
perigo e oportunidade’. Muitos jovens estão a aproveitar essa oportunidade para se
agarrarem ao mel, um produto que ainda
tem muito por explorar.
investir numa melaria, num projecto para
500 colmeias.
GR: Havendo falta de mel na Europa, a exportação é uma boa aposta?
IF: Naturalmente. Faço parte de uma
empresa fundada no ano passado, a BiCaramulo, e estamos a tratar da licença
GR: É uma boa aposta?
industrial, pois queremos apostar no mel
GR: Como está o sector do mel?
IF: Penso que sim, não só com o mel de excelente qualidade e a exportação
IF: Está em crescimento, com os vá- mas também os derivados. Sou apicultor é um objectivo a curto prazo. Para o ano
rios projectos do ProDeR. Foram abertas de part time e neste momento estou a pretendemos produzir 10 toneladas de mel.
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Em Moimenta da Beira, de 19 a 21 de Setembro
De 25 de Agosto a 4 de Setembro
Expodemo já tem programa fechado
Feira Franca mostra Sabores de Valpaços
os produtos da terra produzidos neste concelho transmontano,
com destaque para o vinho e o azeite, mas também a gastronomia nas tasquinhas e, ainda, o artesanato nos Paços do Concelho.
Ao final da tarde, das 19 horas até à meia-noite, o evento
é motivo para reunir amigos e familiares à mesa, enquanto se
partilham os sabores tradicionais de Valpaços. Conviver em boa
companhia e saborear o que de melhor a nível gastronómico o
concelho tem para oferecer é o mote para duas semanas de animação com ranchos folclóricos do concelho, bandas musicais,
fados, apresentações de livros, entre muitas outras actividades
em simultâneo.
O evento de natureza sociocultural, agrega dezenas de
stands de venda e exposição dos produtos. Desde folar, vinho,
azeite, fumeiro, queijos, mel, gelados de sabores transmontanos
e outros produtos de marca valpacense, tudo com garantia da
melhor qualidade.
Uma Feira do Livro, que irá promover os autores locais e provas de vinhos, ministradas pelas entidades competentes e pelos
vários vitivinicultores do concelho, terão destaque durante o
evento.
A Feira Franca é um evento promovido pela Câmara de
Valpaços vai receber de 25 de Agosto a 4 de Setembro a Feira
Franca – Sabores de Valpaços, evento que coloca em destaque Valpaços, que conta com o apoio da EHATB - Empreendimentos
Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso.
Agosto é dedicado aos arraiais e práticas agrícolas
Um fim-de-semana alargado em cheio, com
milhares de pessoas na rua, é o que volta a prometer a “Expodemo - Mostra de Produtos, Actividades e Serviços da Região”. Que vai decorrer de
19 a 21 de Setembro, um evento organizado pela
de Moimenta da Beira pelo terceiro ano consecutivo, que é já uma marca e um símbolo forte do
município.
O programa, todo ele desenvolvido em redor
dos Paços do Concelho, espaço nobre e histórico
do centro da vila, com o Jardim do Tabolado e o
Largo das Tílias como áreas de referência, volta a
ter características distintivas, com espectáculos
de cunho alternativo, arte urbana de rua e manifestações culturais do agrado do grande público.
No primeiro dia, (dia 19, às 22 horas), o concerto com os “For Pete Sake” é o ponto alto. A banda é um sexteto de músicos de Lisboa que toca e
interpreta universos musicais próximos do folk, do
indie rock e surf-pop, numa mistura que é receita
para ritmos contagiantes e harmonias de voz bem
trabalhadas. Os “For Pete Sake” actuaram este
ano nos principais festivais de rock portugueses:
Rock in Rio, Nos Alive e Super Bock Super Rock. A
seguir; às 24 horas, a fechar o cartaz de sexta-feira, sobem ao palco os “SuperNova”, uma banda
de rock português formada em Moimenta da Beira
em 2008, que tem actuado em festivais de verão e
espectáculos indoor. Sucesso garantido.
No segundo dia, sábado (20), o apogeu acontece também à noite, pelas 22 horas, com um es6
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pectáculo multimédia produzido pela companhia
de teatro “Artelier” que concebe para a Expodemo
um projecto em dois actos: o primeiro fará alusão
metafórica à criação do universo e do homem, com
recurso à metáfora da maçã; o segundo à vida enquanto elemento sagrado. Os dois momentos incluirão artes de rua e videomaping, onde o tema
da arte sacra se cruza com elementos contemporâneos de grande espectacularidade, máquinas de
cena, projecções de vídeo aéreas sobre a audiência
(público) numa procissão em telas gigantes suspensas por balões, torres de vedeomaping, ópera de rua, com teatro circo e elementos voadores
(técnica de slide), além da presença de actores e
músicos locais em evidência.
Ainda no sábado, mas de manhã, destaque
também para as III Jornadas Cartageno Ferreira, que
celebram a obra do técnico e investigador homónimo, há mais de 50 anos em Moimenta da Beira.
No terceiro e último dia, domingo (21), o sublinhado vai por inteiro para a transmissão em directo
do “Somos Portugal”, da TVI. Seis horas de reportagens no espaço da feira e a actuação de dezenas
de artistas portugueses no palco grande instalado
em frente aos Paços do Concelho. À margem do
programa, haverá em simultâneo e permanentemente espectáculos de rua com estátuas vivas,
Dj´s, artes circenses, música, cuspidores de fogo,
teatro, magia, grafites, exposições, espaço infantil,
etc. E ainda tasquinhas, provas de vinho e muita
gastronomia regional.
Vila Verde vai “circular”
até Novembro “Na Rota das Colheitas”
A quinta edição do “Na Rota das Colheitas” arrancaram em
Vila Verde e vão prolongar-se até Novembro, com um total de 29
iniciativas a desenvolver em 16 freguesias do concelho.
Mostrar e reviver costumes e tradições do concelho e proporcionar aos produtores locais oportunidade de venda do “melhor
que a terra dá” são os principais objectivos. O primeiro fim-de-semana foi preenchido com um arraial do melão casca de carvalho.
Uma das principais novidades da edição deste ano da “Rota”
é a Festa do Sarrabulho, a 8 e 9 Novembro, na freguesia de Coucieiro. A outra novidade é a extensão da Festa das Colheitas para
10 dias (3 a 12 Outubro), a pedido dos próprios expositores, que
assim terão mais tempo para escoarem os seus produtos, mas
também para fazer crescer o festival gastronómico que decorre
simultaneamente. “Quatro dias mostravam-se escassos para experimentar todas as especialidades dos restaurantes presentes”,
justificou a vereadora Júlia Fernandes.
O mês de Agosto será dedicado aos arraiais e práticas agrícolas e em Setembro os destaques vão para o primeiro aniversário
do Museu do Linho e para fim-de-semana do Dia Mundial do Turismo, a 27 de Setembro), que conta com três festas.
Em Novembro, em destaque estará novamente a Gastronomia destaca-se entre as temáticas das actividades. “Esta programação atinge vários propósitos, desde a promoção de um ‘modus vivendi’ antigo e que queremos preservar, até à oportunidade
gerada para que os produtores possam escoar directamente os
seus produtos, nas diversas feiras e festas ao longo destes quatro
meses”, referiu o presidente da Câmara, António Vilela. O autarca
sublinhou ainda o impulso que estas iniciativas dão à actividade
das unidades de alojamento e restaurantes do concelho.
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De 22 a 24 de Agosto, em Vila Flor
XI TerraFlor
mostra produtos e sabores locais
De 21 de Agosto a 9 de Setembro
Festas de Nossa Senhora dos Remédios
atraem milhares de forasteiros em busca
de fé e animação
Lamego vai estar em festa, de 21 de Agosto a 9 de Setembro, período em que se revivem as tradições d’ “A Romaria de
Portugal”: as Festas em Honra de Nossa Senhora dos Remédios.
Naqueles dias a cidade de Lamego promete oferecer aos lamecenses e aos milhares de forasteiros que a visitam um conjunto
de manifestações populares e religiosas verdadeiramente ímpar,
favorável à renovação do diálogo e do fervor religioso entre os
crentes.
De características únicas no mundo, o ponto alto dos festejos volta a ser a Majestosa Procissão do Triunfo, na qual os
andores são puxados por juntas de bois, segundo uma tradição
muito antiga, sancionada, em 1952, pela Sagrada Congregação
dos Ritos. Lamego é mesmo o único local do mundo católico
onde a imagem da Virgem é transportada por animais.
Mas há muito mais para ver e ouvir. Ao longo de três semanas, o Município de Lamego apresenta uma programação de
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excepcional valor, assente sobretudo na actuação de grupos e
artistas locais, que vão dignificar o historial das Festas dos Remédios. Entre os motivos de atracção, os romeiros vão poder assistir
no palco montado na Av. Dr. Alfredo de Sousa ao espectáculo da
cantora Aurea (4 de Setembro) e à transmissão em directo dos
programas “Aqui Portugal”, da RTP e “Somos Portugal”, da TVI,
respectivamente, a 23 e 31 de Agosto. Inteiramente dedicados a
esta romaria, proporcionarão um grande impacto mediático com
milhões de espectadores a verem em casa aquilo que de melhor
este concelho tem para oferecer – um destino turístico de excelência com um património histórico e cultural valioso.
Destaque ainda para a “Marcha Luminosa”, a 6 de Setembro,
e para a “Batalha das Flores”, no dia seguinte, bem como para a
iluminação das principais ruas e avenidas da cidade e para o deslumbrante fogo de artifício que prometem emprestar um brilho
muito especial a estes festejos.
É já no próximo dia 22 de Agosto que arranca a XI edição
da “TerraFlor – Feira de Produtos e Sabores”, um evento que, a
cada ano que passa, se afirma como uma feira de excelência na
divulgação e promoção dos produtos locais, nomeadamente,
azeite, vinho, queijo, cogumelos, frutícolas, hortícolas, mel, enchidos, etc.
A edição 2014 da TerraFlor surge, por mais um ano, da criação de um protocolo de cooperação entre o Município de Vila
Flor, a Associação Cultural e Recreativa de Vila Flor e a Desteque – Associação para o Desenvolvimento da Terra Quente. Um
evento marcado pela gastronomia e pela cultura da região, mas
sobretudo do concelho de Vila Flor.
Com um cartaz diversificado, a “Terraflor” alia os produtos da
terra às mais diferentes actividades agrícolas e culturais durante
os três dias.
Para este ano a feira, conta com a presença de cerca de 100
stands dos mais diversos produtos e serviços, divididos pela gastronomia, artesanato além de outros produtos.
A anteceder a XI edição, dia 21 de agosto, é aguardada uma
noite cultural totalmente dedicada à dança, com as actuações
dos grupos: “Escola de Ballet Ana Pinto”, “Grupo de Danças e
Cantares de Vila Flor”, “Rancho Folclórico de Freixiel” e “Grupo
de Música Tradicional da ACR de Vila Flor a ter lugar no anfiteatro
ao ar livre.
A inauguração da feira está agendada para as 17,30 horas do
dia 22 de agosto, com a animação da noite a cargo dos grupos
“Troika” e “Sons do Minho”.
A manhã do dia 23 de Agosto, sábado, é dedicada ao mundo
rural com a VII edição do Concurso da Ovelha Churra e da Cabra Serrana, a Mostra da raça “Cão de Gado Transmontano”, e
a Mostra/Exposição “Burro de Miranda”. Actividades que surgem
com a necessidade de promover e divulgar estas raças autóctones presentes na região e que têm, no concelho, uma forte representação. A música da noite fica a cargo dos “Brass Gang Band”
e de João Pedro Pais.
O dia 24 de agosto é de festa para todos os vilaflorenses que
dão graças ao Santo Padroeiro, “S. Bartolomeu”. No último dia
de actividades, a feira decorre a par com as diversas celebrações
religiosas, tendo como ponto alto da tarde a grandiosa procissão
pelas principais artérias de Vila Flor, já caracterizada pela beleza
dos andores e pelo grande número de pessoas que os acompanha.
Durante todos os dias de feira, de destacar a participação de
vários grupos do concelho, como o Grupo de Bombos de Freixiel
e o Grupo de Gigantones de Valtorno, entre tantos outros já referidos anteriormente.
De 22 a 24 de Agosto, Vila Flor é palco de mais um evento de
excelência, com actividades que se esperam de sucesso junto de
todos os visitantes.
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De 27 a 30 de Agosto
De 5 a 7 de Setembro, em S. João da Pesqueira
Festival do Crato junta artesanato,
gastronomia e deportos radicais
Chefe Rui Paula e Cuca Roseta e José Cid
entre os destaques da Vindouro 2014
O Festival do Crato, que se realiza de 27 a 30 de agosto,
distingue-se mais uma vez no âmbito da programação cultural a nível regional e nacional. A par de um cartaz musical
de excelência, que conta com espectáculos de The Hives,
Natiruts, Aloe Blacc, Anselmo Ralph, Inner Circle, entre outros, o Festival do Crato envolve também um vasto rol de actividades complementares relacionadas com animação de
rua, artesanato, gastronomia e deportos radicais.
No dia 26 de Agosto, no dia anterior à abertura do festival, no Parque de Campismo, realiza-se a recepção ao campista que contará com a presença dos brasileiros DJ Patife e
DJ João Dinis, a partir das 23,30 horas.
Entre 27 a 30 de Agosto a animação será a palavra de
ordem. Às 21h30 sobe ao palco a primeira banda de cada
noite (Ar de Bluesy, Dengaz, Capitão Fausto e The Happy
Mess), seguindo-se outra actuação às 22h45 (Gisela João,
Inner Circle, Miguel Araújo e We Trust). Todos os dias, às 00,15
horas sobem, então, ao palco os cabeças de cartaz do Festival do Crato: Aloe Blacc, Natiruts, Anselmo Ralph e The Hives.
De destacar igualmente a atuação da Filarmónica do Crato,
no dia de abertura do Festival, às 20h30, para dar as boas
vindas a todos os festivaleiros. Para terminar a noite, sempre
às 2 horas, estão previstos DJ’s sets com DJ Chumbo, DJoana
O encerramento de portas faz-se às 4h00, nos dias 27 e 28, e às
e algumas das vozes mais conhecidas da Rádio Comercial:
6h00, nos dias 29 e 30.
Nuno Luz, Ana Isabel Arroja Wilson Honrado e João Vaz.
São João da Pesqueira prepara-se para receber a XII edição
da VINDOURO – Festa Pombalina, que vai decorrer no fim-de-semana de 5 a 7 de Setembro. O programa é muito abrangente
e inclui prova livre de vinhos com produtores DOC Douro e Porto,
workshops dirigidos ao público em geral e também a profissionais do sector, sem esquecer os já tradicionais desfile e jantar
pombalinos.
Desta vez, o chefe de cozinha Rui Paula vai preparar o jantar
pombalino que será realizado logo no primeiro dia, 5 de Setembro, sexta-feira, pelas 20 horas, no Jardim da Mata do Cabo. O
menu e as inscrições para o jantar encontram-se disponíveis online, no sítio oficial do evento, www.vindouro.com.
Em matéria de vinhos, o Salão de Exposições de S. João da
Pesqueira acolherá dezenas de produtores de vinhos da região,
que aproveitarão para apresentar os mais recentes lançamentos
sem esquecer as referências incontornáveis. Para o público que
quiser melhorar conhecimentos sobre vinho haverá conversas,
em tom informal, que ajudarão a perceber como seleccionar vinhos do Douro para um consumo quotidiano e como harmonizar
Vinho do Porto e gastronomia. À atenção dos profissionais, dia 5
de Setembro realiza-se um workshop sobre marketing de vendas
de vinho e no dia 6 serão analisados os mercados português e
canadiano, perspectivando-se tendências de consumo e novas
oportunidades de negócio. O já habitual leilão de vinhos generosos do Douro culminará o programa, domingo, 7 de Setembro.
atmosfera do século XVIII pelas ruas do centro histórico de S. J.
da Pesqueira.
Como também tem sido hábito, o evento apresenta um cartaz de espectáculos musicais com nomes de primeira grandeza
do panorama nacional. Sempre às 22h, no Anfiteatro Municipal,
atuam a fadista Cuca Roseta, no dia 5, e José Cid e Zé Perdigão,
dia 6. Ao final da noite ouvem-se as batidas dos Dj’s Su (dia 6) e
Cherry Chick (dia 7).
A VINDOURO – Festa Pombalina é uma organização do Município de S. João da Pesqueira, com produção da EV – Essência
do Vinho.
Cuca Roseta, José Cid e o desfile pombalino
No município que possui a maior área vinhateira classificada como Património Mundial da Unesco, a VINDOURO – Festa
Pombalina sublinha a importância decisiva do Marquês de Pombal que fez do Douro a primeira região demarcada de vinhos do
mundo. O desfile pombalino, na tarde de domingo, recuperará a
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De 22 e 25 de Agosto, em Penalva do Castelo
No âmbito da XXIII Feira de Vinho do Dão
Toy e “Dão de Penalva” são cabeças
de cartaz das Festas do Concelho
Nelas presta
homenagem pública ao Escanção
No dia 25 de Agosto, feriado municipal, a noite inicia-se com
a actuação da Banda Musical e Recreativa de Penalva do Castelo, seguindo-se a Tuna de São Martinho de Pindo, Grupo Concertinas do Dão e ainda o grupo musical INNEM, que prometem
encerrar em grande as Festas do Concelho/2014. No antigo edifício dos Paços do Concelho vai estar patente uma exposição de
artesanato, artes decorativas e produtos endógenos.
Para o presidente da Câmara de Penalva, Francisco Lopes
Carvalho, com estas iniciativas a autarquia “pretende fomentar momentos de cultura e fruição de agradáveis momentos de
convívio entre os penalvenses e os forasteiros e contribuir, ao
mesmo tempo, para a divulgação das potencialidades e dos produtos endógenos do concelho”.
Feira do Vinho “Dão de Penalva”
Penalva do Castelo prepara-se para receber milhares de
visitantes, de 22 e 25 de Agosto, com as tradicionais Festas do
Concelho, uma iniciativa da Câmara local, em conjunto com a
Associação Cultural e Recreativa Rancho Folclórico de Penalva
do Castelo.
As Festas do Concelho, englobam um programa diversificado,
com estilos musicais diferenciados, que procuram corresponder
às preferências do público de diversas idades.
No dia 22 de Agosto vai actuar o Grupo de Cantares “Pena
Alba”, João Carvalho e Pés no Chão, e, a fechar a noite, o Grupo
Musical Alta Frequência. No dia 23, a animação musical da noite
estará a cargo da Tuna Realense, Grupo Musical AS BAND e Toy,
com a sua banda.
No dia 24 de agosto, terá lugar a Feira do Vinho “Dão de Penalva”, entre as 14 e as 21.00 horas, no Largo do Pelourinho. Durante a tarde, sobem ao palco a Associação Cultural Recreativa
e Desportiva “Os Melros”, uma aula de Zumba; Rancho Folclórico
da Matela; Rancho Folclórico de Penalva do Castelo e o Grupo de
Concertinas do Dão que animarão todos os presentes. À noite
actuam o Grupo de Cantares de Pindo e com o Grupo TZ Music.
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A Câmara de Penalva do Castelo vai realizar, a 24 de Agosto,
a Feira do Vinho “Dão de Penalva, Esta iniciativa tem como objectivo divulgar e potenciar o produto com maior peso na economia local e um dos mais genuínos produtos do concelho – o Vinho Dão de Penalva do Castelo, ao mesmo tempo que potencia
também Queijo Serra da Estrela DOP, produzido no concelho, o
artesanato local e o fumeiro também estão patentes no certame.
O evento conta com a presença os produtores-engarrafadores do concelho, como a Adega Cooperativa de Penalva do
Castelo, Adega da Corga, Casa da Ínsua, Quinta da Rebôtea,
Quinta de Serrado (FTP Vinhos), Quinta da Vegia e Terras de Tavares. Pelas 18 horas terá lugar a entrega de prémios do Concurso “La Selezione del Sindaco”, promovido pela Associação de
Município Produtores de Vinho.
A Câmara de Penalva do Castelo pretende com a realização
da Feira do Vinho dar maior visibilidade a um dos produtos de excelência, divulgando as suas potencialidades bem como fomentar momentos de cultura e fruição de agradáveis momentos de
convívio entre os penalvenses e visitantes.
O clima das encostas do rio Dão apresenta extremos, com
invernos frios e chuvosos e verões quentes e secos, aliadas à
riqueza dos solos permitem a produção de vinhos de alta qualidade que são um produto de alto valor acrescentado para o
concelho. O vinho do “Dão de Penalva” constitui uma das potencialidades endógenas de Penalva do Castelo, apresenta uma
especificidade própria e uma qualidade que tem vindo a ser reconhecida através da atribuição de diversos prémios nos mais
diversos certames nacionais e estrangeiros.
No âmbito da XXII Feira de Vinhos do Dão, que irá decorrer na
Praça do Município, de 5 e 7 de
Setembro, a Câmara de Nelas irá
prestar uma merecida homenagem
ao Escanção. A vila de Nelas é o
único local do país – e que se saiba,
no mundo – que tem uma estátua
dedicada à figura do escanção, o
profissional encarregue de sugerir
vinhos (entre outras bebidas) e do
seu serviço. Adicionalmente, cuida
da compra, armazenamento e rotação dos mesmos na cave, além de
elaborar cartas de vinho em restaurantes.
Situada no Largo General José de Tavares, em Nelas, a estátua foi encomendada ao escultor Domingos Soares Branco pelo
então presidente da Junta de Turismo das Caldas de Felgueiras,
Eurico de Amaral, que desde sempre reconheceu na figura do escanção o profissional por excelência para promover o vinho da
sua região, o Dão.
Inaugurada no ano de 1966, a estátua foi inspirada na figura
do escanção Fernando Ferramentas, que na época trabalhava no
Hotel Aviz, em Lisboa, onde Eurico de Amaral ia almoçar algumas
vezes. Daí nasceu uma boa amizade e a certeza de que a figura
do escanção era fundamental para sugerir e vender bons vinhos.
“Já nessa época o meu pai tinha a noção da importância que o
escanção tinha na restauração. Logicamente, percebeu que a
promoção do vinho da região do Dão teria de passar por estes
profissionais”, afirmou o filho do então presidente da Junta de Turismo, também ele de nome Eurico de Amaral e actual proprietário
da Quinta da Fata, em Nelas. “A estátua foi uma forma de prestar
a justa homenagem pelo que os escanções fizeram pelo vinho do
Dão”, rematou.
A cerimónia está marcada para as 9 horas do dia 6 de Setembro (Sábado), no Largo Tavares, e terá a presença de Eurico Amaral, que ainda hoje tem na sua posse a prova de autor da estátua
do escanção que o escultor ofereceu a seu pai, da vereadora da
Câmara de Nelas, Sofia Relvas; e do presidente da Associação dos
Escanções de Portugal, Rodolfo Tristão, entre outras personalidades e escanções convidados.
O escultor Domingos Soares Branco (1925 – 2013)
Nascido em Lisboa, entra em 1944 para a Escola de Belas Artes de Lisboa tendo como mestres Simões de Almeida (sobrinho)
e Leopoldo de Almeida, vindo a concluir o curso de escultura em
1953. Inicia uma carreira docente na mesma escola em 58, terminando esse percurso em 1996 como professor jubilado. Em 1951
obteve o segundo Prémio de Escultura Soares dos Reis do SNI.
Escultor com uma vasta obra espalhada por todo o país, produzindo numerosas peças de estatuária, bustos, relevos esculpidos
para fachadas de edifícios e medalhística.
Em Mafra a Oficina-Museu Soares Branco aberta ao público
em 1991, surge como uma homenagem à sua obra. Sob encomenda do então presidente da Junta de Turismo das Caldas de
Felgueiras, é o autor da estátua dedicada ao Escanção, em Nelas, inspirada na figura do escanção Fernando Ferramentas, que
trabalhava então no Hotel Aviz, em Lisboa.
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Nas comemorações dos 65 anos
Adega do Fundão apresentou novos vinhos
Nas comemorações dos 65 anos, a Adega do Fundão apresentou dois novos vinhos, sendo um uma edição limitada de
2500 garrafas, comemorativas do 65º aniversário. Pedra Dera
é a nova marca e o Alcambar aparece com uma imagem renovada.
“O Alcambar Tinto tem uma imagem nova e o vinho é completamente diferente do anterior”, diz o enólogo da Adega, pois
“quisemos recuperar o vinho regional da Beira Interior, com as
castas base da região, como Jaen, Rufete, Bastardo e com um
toque de Tinta Roriz” acrescentou Ricardo Clode Botelheiro.
Segundo o enólogo, o novo Alcambar Tinto “teve uma vinificação muito simples, diria humilde, com um estágio em inox
e colocado na garrafa o mais puro possível, pois quisemos dar
fruta ao consumidor e, ao mesmo tempo, a estrutura dos vinhos
da região. É, por isso, um vinho regional, típico e tradicional, um
pouco diferente do anterior, diria mais moderno, comercial e ao
jeito do consumidor final”.
O novo Pedra Dera Tinto DOC 2011 foi feito com Touriga Nacional, Tinta Roriz e Trincadeira, três castas nobres portuguesas,
estagiou seis meses em madeira e outros seis em garrafa. “O
conceito é simples: juntar o sul com o norte da Gardunha. Fizemos um blend com as uvas das duas zonas, o calor do sul, com
a frescura do norte”, explicou Ricardo Botelheiro, afirmando que
“está um vinho muito interessante, com frescura no nariz, compota na boca e um toque de baunilha”.
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A edição comemorativa do 65º Aniversário “é um vinho tradicional da região, que quando colocado no copo cheira pouco,
mas que cresce com o tempo e na boca é explosivo”, refere o
enólogo da Adega, que espera seja “uma agradável surpresa para
os sócios, ao nível dos 65 anos desta casa”.
Vindimas devem começar no início de Setembro
O início da campanha das vindimas ainda não tem data definida, mas a Adega do Fundão deverá começar a receber as primeiras uvas no início de Setembro. “Já achei que a maturação das
uvas estivesse mais adiantada”, refere Ricardo Botelheiro, adiantando que, neste momento, há um trabalho continuo de acompanhamento de campo, pelo que ainda não decidimos quando
vamos começar a receber uvas, nomeadamente as brancas, o
que só deverá ocorrer no início de Setembro”.
O enólogo da Adega do Fundão não antecipa o que poderá
ser a próxima vindima. “Costumo dizer que é uma selecção natural, pois quem tratou bem as vinhas, no momento certo, vai ter
boas uvas e acredito que, com estas temperaturas, a maturação
seja mais homogénea do que o ano passado”, diz Ricardo Botelheiro, admitindo que “quem não tratou na altura certa tem problemas e um ano muito interessante para quem tratou a vinha no
tempo certo”. O técnico realçou ainda o “excelente trabalho” da
APIZEZERE no acompanhamento aos associados da Adega.
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O melhor da região volta a mostrar-se no Velódromo de Sangalhos
II edição do ‘Encontro com o Vinho
e Sabores - Bairrada’ de 3 a 5 de Outubro
Depois do sucesso da primeira edição, decorrida em meados
de Setembro de 2013, a Turismo do Centro de Portugal, a Comissão Vitivinícola da Bairrada e o Município de Anadia anunciam a
realização do ‘Encontro com o Vinho e Sabores - Bairrada 2014’
(EVS-B), que este ano decorre nos dias 3, 4 e 5 de Outubro no
mesmo local: Centro de Alto Rendimento - Velódromo de Sangalhos, Anadia. Um evento que volta a contar com a produção
da Revista de Vinhos e com o apoio da Rota da Bairrada, do Instituto da Vinha e do Vinho.
Com o objectivo de potenciar as fileiras da vinha, do vinho,
da gastronomia e do turismo da região da grande Bairrada, o
‘Encontro com o Vinho e Sabores - Bairrada 2014’ vai ser palco
da exposição de produtores de vinhos e sabores da região com
degustação livre, provas comentadas por especialistas da Revista de Vinhos (entre € 10,00 e € 25,00) e jantares temáticos
(€ 35,00). Um ‘Concurso de Vinhos Engarrafados da Bairrada’ é
a novidade deste ano, tendo lugar na sexta-feira e os resultados
anunciados durante o evento.
O Velódromo de Sangalhos vai reunir uma mostra de produtos, de onde se destacam os espumantes, os vinhos (tintos,
brancos e rosés), as aguardentes, as águas, o leitão da Bairrada,
o pão da Mealhada, os ovos moles de Aveiro, os Amores da Curia,
as queijadas de Águeda, o Folar de Vale de Ílhavo, entre muitos
outros. Vai ainda haver espaço para a divulgação da oferta turística: enoturismo, turismo termal, hotelaria e restauração.
A entrada na feira é gratuita, sendo que a prova de vinhos
implica a compra de um copo. Os horários variam consoante as
datas: das 17 às 22 horas na sexta-feira (3); das 15 às 22 horas
no Sábado (4); e entre as 15 e as 20 horas no Domingo (5).
O warm up para o ‘Encontro com o Vinho e Sabores - Bairrada 2014’ começa no dia 26 de Setembro com uma acção de
promoção em cerca de quinze restaurantes de Coimbra e Aveiro.
Os clientes destes espaços vão ser brindados com um flute de
espumante Bairrada e um convite para o evento, convite esse
que dá acesso à compra do copo por € 2,50. Quem entrar no
evento com convite – devidamente preenchido – habilitar-se-á a um fim-de-semana num hotel da região, uma iniciativa
da Rota da Bairrada. No fim-de-semana que precede o EVS-B estão igualmente previstas acções de animação de rua nas
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cidades de Coimbra e Aveiro, acompanhada da distribuição de
informação sobre o evento.
PROGRAMA:
Sexta-feira, 3 de Outubro
09h30 ‘Concurso de Vinhos Engarrafados da Bairrada 2014’
17h00 Inauguração do ‘Encontro com o Vinho e Sabores Bairrada 2014’
Abertura da Feira
18h00 Prova de Vinhos ‘Bairrada de Excelência | Espumantes’
por João Paulo Martins (Preço: € 10,00)
20h00 Jantar Temático ‘Sabores do Mar’ pelo restaurante Rei
dos Leitões (Preço: € 35,00)
22h00 Encerramento da Feira
Sábado, 4 de Outubro
10h30 Visita e Almoço na Quinta do Produtor Campolargo
(jornalistas, bloggers e representantes do comércio)
15h00 Abertura da Feira
16h00 Entrega de Prémios do ‘Concurso de Vinhos Engarrafados da Bairrada’
18h00 Prova de Vinhos ‘Bairrada de Excelência | Os Baga que
fizeram história (1985-2009)’
por Luís Lopes no Museu do Vinho Bairrada (Preço: € 25,00)
20h00 Jantar Temático ‘Sabores da Terra’ pelo restaurante
Mugasa (Preço: € 35,00)
22h00 Encerramento da Feira
Domingo, 5 de Outubro
10h30 Visita e Almoço no Produtor Vinhos Messias
(jornalistas, bloggers e representantes do comércio)
15h00 Abertura da Feira
16h00 Prova de Vinhos ‘Bairrada de Excelência | Brancos e Tintos’
por Nuno Oliveira Garcia (Preço: € 10,00)
20h00 Encerramento da Feira e do ‘Encontro com o Vinho e
Sabores - Bairrada 2014’
Antecipa o Instituto da Vinha e do Vinho
Produção de vinho
deverá recuar 5,7% este ano em Portugal
A produção de vinho em Portugal deverá
diminuir este ano 5,7% face à campanha passada, para cerca de 5,9 milhões de hectolitros,
devido a quebras de quantidade na maioria das
regiões, antecipou o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).
Em comunicado, o IVV prevê uma quebra de
produção na maioria das regiões com excepção
da Península de Setúbal, dos Açores, das Terras
de Cister e do Algarve, “onde pode haver aumentos entre 10 e 20%, motivados por condições climatéricas favoráveis a um bom desenvolvimento vegetativo das videiras”.
Já na região do Alentejo, a previsão aponta
para uma produção semelhante à da campanha passada, apresentando as uvas “um bom
aspecto sanitário”, enquanto a quebra de produção mais acentuada deverá acontecer na região das Terras do Dão, com uma estimativa de
menos 25% face à campanha anterior.
Na Madeira, no Minho, no Douro e Porto e
nas regiões da Beira Atlântico e Terras da Beira
é esperada uma redução de 10% na produção,
sendo que em Trás-os-Montes a quebra poderá
chegar aos 15% e nas regiões do Tejo e de Lisboa deverá ficar-se pelos 5%.
Segundo o IVV, na maioria das regiões onde
se perspectiva uma quebra de produção as vinhas foram “afectadas por vários agentes, destacando-se o míldio e o oídio, que se desenvolveram devido a condições climáticas adversas”.
Tutelado pelo Ministério da Agricultura e do
Mar, o IVV é um instituto público cuja missão é
controlar a organização institucional do sector
vitivinícola, auditar o sistema de certificação de
qualidade, acompanhar a política comunitária e
preparar as regras para a sua aplicação, além
de participação na coordenação e supervisão
da promoção dos produtos vitivinícolas.
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Na 52ª Festa das Vindimas
Palmela celebra tradição vitivinícola
A 52ª edição da Festa das Vindimas de
Palmela vão decorrer de 4 a 9 de Setembro, numa organização da Associação das
Festas de Palmela, com o apoio da Câmara
Municipal. Fortemente ligada à tradição vitivinícola do concelho e, em geral, à celebração do trabalho na terra, a Festa continua a integrar no seu programa momentos
de grande simbolismo, como a Pisa da Uva
e Bênção do Primeiro Mosto, o Cortejo dos
Camponeses e os Cortejos Alegóricos, que
atraem, anualmente, milhares de visitantes.
A feira de vinhos da Península de Setúbal,
no Largo de S. João, onde o Moscatel de Setúbal é rei, continua a ser, também, um dos
principais atractivos desta festividade, local
privilegiado de encontro e convívio na recta
final do verão. Muita música, gastronomia,
desporto, animação e exposição e venda de
produtos regionais são mais alguns dos motivos de interesse para uma visita.
A anteceder a Festa, no dia 3 de Setembro, Palmela elege a sua Rainha das Vindimas 2014, numa Gala que terá lugar no Cineteatro S. João, a partir das 21,30 horas. Na
ocasião, será, também, apresentada a Marcha das Vindimas 2014.
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Adianta Elói Gouveia, Chefe do Gabinete de Comunicação
Empresa sedeada em Oliveira de Frades
“Para se manter no topo
a Sousacamp teve que acompanhar
a realidade e antecipá-la”
Fumeiro Florindo
querem apostar no “mercado da saudade”
Sedeada em Vila Flor, a Sousacamp é
hoje uma das mais importantes empresas
na área da produção e comercialização de
cogumelos. Além de manter o seu centro
nevrálgico no interior, lutando contra as
assimetrias geradas pela litoralização do
país, a empresa tem cerca de 500 colaboradores o que dá uma ideia da sua dimensão.
Numa dinâmica de crescimento sustentável, a empresa programou a sua expansão para outras latitudes, nomeadamente a nível internacional, com especial
destaque para Espanha, onde é um importante player no mercado.
Elói Gouveia, chefe do Gabinete de
Comunicação, referiu à Gazeta Rural que
a Sousacamp “para se manter no topo da
produção de excelência, teve que acompanhar a realidade e, algumas vezes, antecipá-la”
Gazeta Rural (GR): Desde que
foi criada em 1989, o que mudou no
mundo dos cogumelos?
Elói Gouveia (EG): Passou um quarto de século e, naturalmente, houve uma
evolução que alavancou simultaneamente um maior conhecimento do produto e
também um maior controlo de qualidade.
O facto de a informação e o conhecimento se terem democratizado, tornou
possível que uma maior variedade de cogumelos e utilizações fosse conhecida.
Um outro factor interessante e que teve
influência no que chama o “mundo dos
cogumelos” foi o relevo que o denominado
gourmet e a culinária têm vindo a ganhar
no espaço mediático. Também este factor
constituiu uma alteração no modo de consumo de cogumelos.
Estes foram os factores exogéneos.
É certo que a evolução se fez, no nosso
caso, sobretudo através de factores endógenos, que passaram por uma aposta
na qualificação dos recursos. Esta aposta
incidiu, no nosso caso, no domínio de todo
o ciclo produtivo, desde a produção, passando pela logística própria até chegar ao
consumidor final.
GR: O que é hoje a Sousacamp?
EG: Num mundo em constante mutação, a Sousacamp para se manter no
topo da produção de excelência teve que
acompanhar a realidade e, algumas vezes,
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antecipá-la. Hoje a Sousacamp é mais do
que uma empresa à escala nacional. Além
de manter o seu centro nevrálgico no interior, lutando contra as assimetrias geradas pela litoralização do país, a empresa
tem cerca de 500 colaboradores o que dá
uma ideia da dimensão que temos neste
momento. Numa dinâmica de crescimento sustentável, programamos a expansão
para outras latitudes. Ou seja, temos implementação a nível internacional, com
especial destaque para Espanha, onde
somos um importante player no mercado.
GR: Que tipos de produtos oferecem ao mercado?
EG: Os produtos que oferecemos ao
consumidor são muito diversificados e
vão desde cogumelos frescos (cogumelo
branco, marron, portobello, shitake, pleurotus, enoki …), cogumelos enlatados, hortícolas como endívia e pimento-padrão e
também substrato orgânico de comprovados resultados. Valorizamos a variedade,
embora a nossa prioridade esteja focada
na qualidade do produto que oferecemos
ao consumidor.
GR: Qual a realidade do consumo
em Portugal? A exportação é, como
noutros sectores, a tábua de salvação?
EG: Há ainda muito por fazer na divulgação do produto. Não só do cogumelo
mas, sobretudo, de como consumir e preparar o produto. Encaramos esta tarefa
como uma obrigação, diria, pedagógica.
Quanto à exportação, a resposta só pode
ser no sentido de sublinhar a importância
da mesma, tendo em conta o mundo global em que vivemos em pleno século XXI.
Permite que trabalhemos numa escala
maior e com uma exigência que nos faz
evoluir constantemente, orientando-nos
para a satisfação dos anseios dos nossos
consumidores. Relativamente à expressão
“tábua de salvação”, parece-me depreciativa para com a importância que o mercado nacional tem, porque realmente tem. E
apraz-nos muito servir o consumidor nacional.
Situada na Zona Industrial de Oliveira
de Frades, a Fumeiro Florindo tem procurado estar na linha da frente na produção
de enchidos de forma tradicional, procurando sabor de outros tempos e aproveitando o know-how adquirido ao longo dos
anos. António Manuel Florindo herdou o
“saber fazer” do pai, dando sequência ao
negócio de exploração de talhos, investindo numa moderna unidade industrial.
A empresa, que compra toda a matéria-prima em Portugal, tem os seus principais clientes no norte e centro do país,
estando também na exportação através
de parceiros. António Manuel Florindo diz a
próxima aposta é “trabalhar mais a área da
exportação”, principalmente o chamado
mercado da saudade, onde já foram dados
alguns passos.
Gazeta Rural (GR): Como iniciou a
actividade?
António Manuel Florindo (AMF): O
início na actividade de transformação de
carnes teve como base um historial familiar de exploração de talhos e onde foi sendo adquirido o “Saber Fazer” na produção
de enchidos. Tudo começou pela mão do
meu pai, que ia fazendo enchidos de forma tradicional para venda no talho. Com o
andar dos anos foram aparecendo novas
exigências legais e foi então que surgiu a
oportunidade de investir numa unidade in-
dustrial construída de raiz, tendo em vista
estar na linha da frente na área da salsicharia tradicional e preenchendo todos os
requisitos legais.
GR: Onde se abastecem de matéria-prima?
(AMF): De momento todas as matérias-primas para transformação (carne,
condimentos, tripas, etc.) são adquiridas
no mercado nacional, procurando sempre
fornecedores que nos ofereçam garantias
da qualidade, que sempre procurámos.
GR: O que, na sua opinião, diferencia o fumeiro que produzem do de
outras regiões?
(AMF): O nosso fumeiro tem como
mais-valia o “Saber Fazer” típico desta região e a forma como procuramos sempre
manter a tradição, realizando os produtos
da forma o mais tradicional possível, fazendo perdurar os tempos antigos. Tudo
isto, aliado aos níveis de garantia de qualidade, conseguidos através de sistemas de
controlo recentes, como é o HACCP.
GR: Quais os principais mercados?
(AMF): Em termos de mercado ainda
não estamos onde queremos, muito por
culpa da actual conjuntura que se vive no
país e um pouco por todo o mundo. Vamos
dando pequenos passos de conquista de
mercado, mas sempre de forma racional
não querendo dar “um passo maior que
a perna”. A nível nacional já abrangemos
norte e centro do país.
Em relação a exportação de momento
não fazemos de forma directa mas trabalhamos com alguns exportadores nacionais que fazem chegar o nosso produto
além-fronteiras. Num futuro próximo temos como objectivo trabalhar mais a área
da exportação, principalmente o chamado
“mercado da saudade”. Já demos alguns
passos para que possa vir a ser uma realidade em breve.
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É a nova imagem corporativa do concelho
Freixo de Espada à Cinta
quer transformar seda artesanal
na sua imagem de marca
A Câmara de Freixo de Espada à Cinta está apostada em revitalizar “a curto prazo” todo o ciclo de produção de seda em
modo artesanal e fazer do produto a imagem de “marca e económica” do concelho nordestino.
O primeiro passo para a divulgação do produto passou pela
criação de uma nova imagem corporativa do concelho, onde
todo o material promocional e de divulgação englobará um
novo logótipo acompanhado da frase “Terras de Seda - Freixo
de Espada à Cinta” e será apresentado ao executivo municipal
na próxima terça-feira.
“A nova imagem corporativa assenta na produção de seda
em modo artesanal, para assim mantermos viva esta actividade
ancestral. Freixo de Espada à Cinta é o único território da Península Ibérica que obedece ao método artesanal”, disse a presidente da Câmara do Freixo de Espada à Cinta, Maria do Céu
Quintas.
Para além da promoção dentro e fora do país, o município
pretende criar uma estrutura de retaguarda que tenha a seu cargo a parte da produção e confecção de peças em seda pura para
serem comercializadas. “A seda é um produto que ao longo dos
anos teve uma grande importância económica no concelho, já
que daqui saíram peça de seda artesanal que se encontram em
vários pontos do mundo”, acrescentou.
A autarca mostra-se convicta de que a seda será “a muito
em breve prazo” um verdadeiro símbolo de Freixo de Espada à
Cinta que se junta assim à arquitectura Manuelina que opera na
vila trasmontana.
Para além de parte da tecelagem e confecção de peças em
seda, haverá ainda a criação de museu dedicado a esta activi22
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dade, um equipamento que está concluído e que custou cerca
de 500 mil euros, tendo sido financiado por fundos comunitários.
“Somos únicos na produção de seda artesanal, por este motivo
temos que aproveitar e fazer renascer esta mais-valia e transformá-la num produto capaz de ajudar a potenciar a ecomimia
local e regional “, frisou.
Maria do Céu Quintas mostra-se confiante, afirmando mesmo que para além da confeição das tradicionais colchas, almofadas ou panos de mesa é preciso apostar num design inovador
capaz de captar a atenção das gerações mais novas. “Quem
sabe se alguns dos jovens do concelho não terão aqui uma oportunidade criar um negócio através de um produto reconhecido
mundialmente”, observou.
Por seu lado, Susana Martins, uma artesã que ao longo de
oito anos trabalhou todo o ciclo da seda e que agora se encontra
num situação de desemprego, refere que está é a oportunidade “rainha” para relançar de novo a sua vida. “Mesmo estando
desempregada não deixei de criar o bicho-da-seda de forma
voluntaria, o que acontece em Maio, para assim haver matéria-prima para fazer a extracção do fio da seda”, enfatizou.
A título de curiosidade, uma colcha de seda produzido pelo
método utilizado em Freixo de Espada à Cinta poderá chegar aos
10 mil euros, enquanto um conjunto de panos de mesa andará
pelos 650 euros. A peça mais em conta são as toalhas de baptismo que andam na casa dos 160 euros e que são muito procuradas. Apesar dos preços, há quem tenha de esperar por uma
colcha cerca de um ano e encomendas não faltam, falta sim, uma
unidade produtiva.
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Em Monteiras, Castro Daire
Afirmou Castro Neto, na abertura da Feira do Pinhal
Milhares de pessoas
subiram até à Senhora da Ouvida
Oleiros “poderá
ser caso piloto” no cadastro florestal
Ano após anos o espectáculo repete-se e o recinto em torno
da capela de Nossa Senhora da Ouvida, na freguesia de Monteiras, Castro Daire, enche-se milhares de pessoas, numa das maiores feiras tradicionais que se realizam no centro norte do país.
A Feira Anual, que se realizou nos dias 2 e 3 de Agosto, voltou
a atrair centenas de feirantes a um espaço onde tudo se vende.
Se dia 3 foi de enchente e dia da festa da padroeira, a noite
anterior foi de festa e muita animação pela noite dentro. Os cantares ao desafio foram, como habitualmente, a grande atracção,
juntando cantadores de vários pontos do centro e norte do país.
O dia seguinte começou cedo, com centenas de feirantes e
montarem as suas tendas. À chegada dos primeiros visitantes o
reboliço já é mais que muito e os pregões ecoam de vários lados.
De tudo se vende, ou não fosse esta uma das mais tradicionais
feiras, como noutros tempos.
Com o sol a subir no horizonte, chega a hora de aconchegar
o estômago, com muitas famílias a juntarem-se para o repasto.
Muitos são emigrantes que, de regresso à terra natal, não perdem a oportunidades de ir à feira e reencontrar amigos. A Senhora da Ouvida é o ponto de encontro, sendo esse um dos ex-libris
da Festa. Para além do lado religioso, há também os reencontros
de gente que não se via há muitos meses.
Com a tarde chegam as lutas de bois, o ponto mais alto da
festa, com milhares de pessoas em volta dos animais e que, cornada após cornada, vão levando o público à exaltação suprema,
quando um desiste, por sentir que o outro é mais forte.
Para o presidente da Junta de Monteiras os cantares ao desafio são “uma tradição desta zona serrana”, e as lutas de bois
são “o grande chamariz das festas”. Américo Silva destaca a
colaboração e apoio da autarquia de Castro Daire na realização
desta iniciativa.
Agora resta esperar por Agosto de 2015, para mais uma
grande feira e um novo reencontro das gentes que resistem na
Serra de Montemuro e de muitos amigos.
‘’Com Sentidos’’ decorreu em Manteigas
Festival Transfronteiriço juntou municípios
e produtos da Beira Interior Norte e Salamanca
Decorreu na Relva da Reboleira, em Manteigas, o Festival
Transfronteiriço “Com Sentidos”, que surgiu na sequência da colaboração entre os municípios da Beira Interior e Salamanca, de
modo a promover um “território que é comum e que enfrenta os
mesmos problemas”.
O festival foi um espaço onde as famílias puderam usufruir
das mais variadas actividades e experiencias, desde a degustação de vinhos da região, passando pela gastronomia, onde os
expositores espanhóis puderam dar a conhecer os seus produtos
tradicionais, como os enchidos, doces e licores até às diversões
para toda a família.
Na sexta-feira a troca de experiencias musicais, com um
concerto de música tradicional portuguesa ‘’os Narcisos’’, contrastaram com o concerto de música tradicional espanhola os
“Manantial Folk”. No sábado os ABBA Mia deliciaram todos os
presentes com uma brilhante actuação.
José Manuel Biscaia, presidente da Associação de Municípios
da Cova da Beira, referiu que ‘’o orçamento foi muito cauteloso e
contido, mas mesmo assim passaram pelo espaço cerca de 5000
pessoas’’ e ‘’todas as famílias se divertiram e puderam passar um
dia diferente do que é habitual’’. ‘’O intercâmbio cultural é importantíssimo e a parceria existente com a Diputacion de Salamanca
contribuiu para o sucesso desta iniciativa’’ referiu este respon24
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sável.
‘’A área kids foi a mais concorrida’’ e ‘’o concerto dos ABBA
Mia foi brilhante’’ foram algumas das frases que mais se ouviram
no recinto da Relva da Reboleira no Sameiro.
O modelo do festival foi também muito bem acolhido por outros representantes dos municípios que estiveram presentes na
abertura, e ao longo do evento, tendo inclusivamente alguns demonstrado interesse em que fosse realizada uma próxima edição
nos seus concelhos.
Oleiros “poderá ser caso piloto em termos de cadastro florestal”, afirmou o secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza na sessão de abertura da
XIV edição da Feira do Pinhal que decorreu em Oleiros.
Castro Neto adiantou ainda que “com a aprovação deste diploma, vamos poder dar passos importantes para a realização de
cadastros”, enquanto sublinhava o facto de se terem conseguido
alocar verbas para isso. “Assim que a Lei seja aprovada, Oleiros
até pode ser um caso piloto”, disse o governante.
Na ocasião, o presidente da Câmara de Oleiros referiu que o
cadastro florestal é necessário e que “se quisermos ser competitivos no sector primário, o emparcelamento das terras é fundamental, como indispensável é o aproveitamento dos recursos
que temos”. É que, acrescentou Fernando Marques Jorge, “sem
o emparcelamento a mão-de-obra é cara e o uso de equipamentos que as novas tecnologias nos proporcionam, impedem-nos de as utilizar, continuando a praticar-se uma agricultura de
subsistência”.
Segundo o autarca de Oleiros, “para podermos emparcelar,
necessitamos de ter o cadastro desta Região do Pinhal”. Com
isso, acrescenta o edil, “beneficiam as populações e ajudam o
Estado. O cadastro é um desejo de há muitos anos destas gentes”, afirmou Fernando Marques Jorge, que colocou nas mãos de
Castro Neto “iniciar este processo que permitirá alargar horizontes e criar mais riqueza para a população e para o País”.
O governante concordou com o autarca oleirense e referiu
que “a revisão do regime do cadastro é um constrangimento de
décadas. Só conhecendo o território se pode agir. Por isso temos
uma proposta de Lei para simplificar os processos e dotar o país
de um sistema ágil e de acesso ao cidadão”.
A edição deste ano da Feira do Pinhal, que foi um verdadeiro sucesso, teve como mote a inovação associada a reafectação dos recursos florestais, sensibilizando para novas formas de
exploração florestal, como é o caso de mobiliário feito a partir
de paletes. Este ano houve um esforço por parte da Câmara de
Oleiros, entidade que promoveu o certame, em ter no evento os
diversos agentes ligados ao sector florestal, nomeadamente, as
empresas locais.
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A operação já começou
Por despacho do Ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares
Oliveira do Bairro melhora caminhos
florestais para prevenir incêndios
ADRITEM é instituição de utilidade pública
A Câmara de Oliveira do Bairro vai proceder
à limpeza e melhoria de dezenas de quilómetros
de caminhos florestais, em colaboração com as
Juntas de Freguesia. O plano de requalificação,
regularização e limpeza dos caminhos florestais em todo o concelho insere-se no âmbito do
Plano Municipal de Defesa da Floresta e é organizado pelo pelouro das Florestas, em parceria
com as Juntas de Freguesia.
A operação já começou pela União de Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa, e vai
continuar pelas restantes freguesias, durante o
mês de agosto e Setembro, com a afectação
diária de pessoal e equipamento da autarquia.
“No âmbito desta acção serão tratadas várias
dezenas de quilómetros de caminhos, para criar
melhores acessos às zonas florestais, sobretudo
nas áreas onde a mancha florestal é mais densa”, explica a Câmara de Oliveira do Bairro.
Segundo o vereador do pelouro, António
Mota, a autarquia pretende com esse plano “reforçar a aposta na preservação do ambiente,
melhorar as condições de acesso às áreas florestais e prevenir o flagelo dos incêndios” florestais. “Entendemos que esta aposta permite uma
melhor requalificação da floresta, bem como a
sua vigilância preventiva. Trata-se de um investimento num bem inestimável, para o qual nem
sempre a população está consciente. Há demasiados caminhos intransitáveis e susceptíveis de
colocarem em risco a vida dos bombeiros, numa
situação de emergência, e isso pode vir em prejuízo de todos nós e do concelho que representamos, em caso de fogo”, justificou.
A Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria (ADRITEM) foi declarada instituição de utilidade pública devido aos “relevantes e continuados serviços à
comunidade”, um anúncio recebido com contentamento pelo
presidente da instituição, que considerou “um reconhecimento
do Governo”.
Um despacho do Ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, publicado no passado dia 13
de Agosto, em Diário da República, declara a utilidade pública da
associação, destacando o percurso da sua actividade.
“A ADRITEM vem prestando, desde a constituição em 2007,
relevantes e continuados serviços à comunidade em geral, no tocante ao desenvolvimento local e regional, particularmente dos
municípios de Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Gondomar, Valongo e Albergaria-a-Velha, nas áreas da protecção do
património natural, do empreendedorismo, do desenvolvimento
económico e da preservação do património cultural, promovendo e participando em numerosas actividades e iniciativas de interesse local que visam o desenvolvimento destes municípios a
nível económico, social e cultural”, sublinha Luís Marques Guedes
no despacho.
Para o presidente da ADRITEM, Emídio Sousa, esta decisão
é “um reconhecimento do Governo ao papel importante da associação no seu território de intervenção”, dando como exemplo o pacote financeiro disponibilizado através do Programa de
Desenvolvimento Rural (PRODER) que “tem alavancado novos
investimentos e projectos em terras de Santa Maria, criando riqueza e novos postos de trabalho”.
Por sua vez o presidente da Assembleia Geral da ADRITEM,
Hermínio Loureiro, vê nesta resolução governamental “mais um
passo importante” na história da associação. “É uma estrutura
que funciona, agiliza processos, conhece as realidades à sua volta
e, consequentemente, a sua acção só pode ser reconhecida por
todos”, vincou.
A ADRITEM foi criada em 2007 pelas câmaras de Oliveira de
Azeméis e de Santa Maria da Feira, tendo em vista o desenvolvimento sustentável dos dois municípios através da valorização
dos seus recursos endógenos. A operacionalização do desenvolvimento local no âmbito do então QREN (2007/2013) e a
necessidade de uma entidade de base territorial alargada para
responder aos desafios rurais sustentaram, na altura, a criação
da estrutura que ser viria a alargar mais tarde aos municípios de
Albergaria-a-Velha, Valongo e Gondomar. Tem sede em Cesar,
Oliveira de Azeméis.
Opinião
Governo fecha porta a empresários do sector florestal
Foi publicada, através do Despacho nº 10009/2014, a constituição do Conselho Consultivo do ICNF, IP. O principal objectivo
do presente Conselho é, segundo o próprio texto publicado, de
funcionar “como órgão de consulta, apoio e participação na definição das linhas gerais de actuação do ICNF, I.P. e no processo
de tomada de decisão do Conselho Directivo.
O Conselho Consultivo é uma estrutura de debate e participação relativamente a todas as matérias da responsabilidade
do ICNF, I.P., estimulando e promovendo a participação pública
e apoiando mesmo a definição de políticas, estratégias e instrumentos de planeamento imprescindíveis à gestão activa da conservação da natureza e biodiversidade e das florestas”.
Não deixa de ser estranho todavia que tenham ficado de
fora do referido Conselho os representantes das empresas que
prestam serviços técnicos aos proprietários florestais, dos viveiristas florestais, das empresas que fazem plantações e a manutenção das matas, das empresas que gerem património flores26
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tal, das empresas que cortam e entregam os produtos florestais
nas fábricas, para além da indústria do sector. Tratando-se de
um órgão destinado a apoiar a definição estratégica do sector,
não tem presente quem planeia a floresta, produz planta florestal, realiza plantações, mantem e explora a floresta portuguesa.
Como pode o ICNF ter em conta o que se passa no terreno se
desconhece o que lá acontece e o que se anda a fazer?
Será isto que o Governo chama de participação pública? Afinal quem gera emprego no sector florestal deste país? Não são
as empresas florestais? Ou não serão as empresas do sector suficientemente grandes para serem ouvidas? Como é possível definir uma estratégia para a floresta sem a participação de quem
a faz e nela trabalha?
ANEFA - Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente
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Por Viseu
Nata Rainha mudou de gerência mas mantem o conceito
A Pastelaria Nata Rainha, na Urbanização da Misericórdia, em
Cabanões, à entrada de Viseu, reabriu com nova gerência e onde
o pastel de nata é a referência da casa. Nuno Santos, um dos
três novos responsáveis da Nata Rainha, diz que “o conceito da
pastelaria continua o mesmo – padaria e pastelaria com fabrico
próprio. Apostámos no pastél de nata, que se tornou o ex-libris da
casa, além do nosso pão. Há pessoas que vêm à pastelaria para
saborear as nossas natas, ou deliciar-se com o nosso pão
caseiro, muito procurado, nomeadamente nas torradas que
aqui oferecemos”.
O espaço foi remodelado, oferecendo um ambiente agradável, além de uma magnífica esplanada, numa zona tranquila e com facilidade de estacionamento.
Por Cinfães
Quinta da Ventuzela: Agroturismo à beira do Douro
Rui Vicente Lucas, após alguns anos na capital, apaixonou-se
pelas paisagens idílicas que Cinfães oferece sobre o Douro. Adquiriu há quatro anos a Quinta da Ventosela, um magnifico espaço
que decorou de forma a dar maior conforto aos seus clientes.
“A minha casa é exatamente como tal: é a minha casa onde
recebo as pessoas, logo, tem todas as comodidades que eu
gosto e que quero dar às pessoas, como por exemplo o silêncio que se sente e uma vista maravilhosa”, refere Rui Lucas.
Como se trata de uma quinta enorme, Rui Lucas quer
rentabilizá-la ao máximo e, desta forma, iniciou este ano um
novo projecto de plantação de mirtilos, com cerca de dois
hectares. Pretende de seguida fazer o aproveitamento do
restante espaço, com o cultivo de outros frutos e depois proporcionar aos clientes os vários produtos que se podem obter
na transformação da fruta, como compotas e licores caseiros, transformando a quinta num espaço de agroturismo.
A Quinta da Ventuzela possui oito quartos, dos quais quatro são suites dentro da casa principal. Noutras duas casas,
separadas da casa principal, há mais dois quartos, uma sala e
uma cozinha, em cada uma.
Segundo Rui Lucas, em Cinfães faltavam algumas actividades e algumas casas de restauração, (com pratos típicos, a
aproveitar a excelente gastronomia local) para fixar os turistas por mais alguns dias, pois estes chegavam do Porto e ao
fim de dois dias, como não encontravam actividades para os
prender, seguiam para a Régua e o Douro Vinhateiro. Neste
momento, na sua opinião, o município está a trilhar um novo
caminho e já se notam algumas actividades que trarão mais
pessoas por mais tempo a Cinfães.
“Sabores de Bestança”
é uma referência gastronómica em Cinfães
O restaurante “Sabores de Bestança”, situado no centro da
Vila de Cinfães, assume-se como uma referência na gastronomia
desta região duriense. António Saraiva, o proprietário, diz que é
“um restaurante de caris tradicional, com pratos regionais e com
capacidade para efectuar banquetes. Temos também serviços de
caterings e take away, hoje em dia tão procurado”.
O “Sabores de Bestança” oferece também uma versatilidade
de pratos na área da pizzaria tradicional “e não o chamado fast
food”, refere António Saraiva, pois “tentamos abranger várias faixas etárias e as várias classes sociais com poderes económicos
diferenciados, onde conseguimos proporcionar pratos para todas
as carteiras, gostos ou paladares diferentes”.
Com capacidade para 120 lugares sentados, a referência gastronómica do “Sabores de Bestança”, é a carne arouquesa. “Temos também carnes brancas e de caça, peixes e alguns mariscos”,
explica o proprietário, salientando que “obviamente, tudo isto se
for devidamente planeado para grupos, terá um impacto que ira
surpreender o nosso visitante”. Fica o convite.
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Anunciou o secretário de Estado da Agricultura
Governo antecipa pagamento
das ajudas directas aos agricultores
O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo
Albuquerque, anunciou a antecipação para Outubro do
pagamento de 284 milhões de euros de ajudas directas
aos agricultores, previstas para Dezembro, proporcionando-lhes liquidez para viabilizar investimentos.
“Os controlos das ajudas comunitárias estão a
decorrer bem e, pela terceira vez consecutiva, vamos
fazer esta antecipação que é muito importante para
os agricultores”, pois, dá-lhes “liquidez praticamente
três meses antes” do previsto, revelou.
O secretário de Estado explicou que o pagamento representa a antecipação de 50% das ajudas do
Regime de Pagamento Único (RPU) e do prémio aos
ovinos e caprinos e 80% do prémio às vacas aleitantes. “São 284 milhões de euros” que se antecipam,
disse José Diogo Albuquerque, acrescentando que a
medida do Governo incide sobre os “cerca de 150 mil
agricultores que são beneficiários do RPU”.
Esta antecipação das ajudas directas, insistiu o
governante, é feita pelo executivo pelo terceiro ano
consecutivo, depois de, em 2012 e 2013, a seca e as
chuvas e inundações, respectivamente, terem motivado autorizações a Portugal por parte da Comissão
Europeia. “Este ano, estamos em transição para a
próxima Política Agrícola Comum (PAC) e, portanto,
não é necessário fazer um pedido à Comissão Europeia”, mas o Governo entendeu antecipar à mesma
os apoios, referiu.
Para tal poder acontecer, sublinhou, “é necessário ter os controlos feitos mais atempadamente,
entre agora e até Outubro, e estão todos a decorrer
muito bem”.
Os últimos três anos têm, por isso, sido marcados
pela “previsibilidade aos agricultores e pelos pagamentos a tempo e horas”, realçou o secretário de Estado da Agricultura. “Isso é importante porque é o que
traz fiabilidade para o agricultor começar a investir”,
ou seja, “é saber que aquele pagamento comunitário
vai chegar no dia em que lhe foi dito”, afirmou.
Os agricultores, afiançou, têm hoje “uma relação
com a banca completamente diferente do que era no
passado porque podem assegurar a quem lhes dá crédito que os pagamentos chegam naquele momento”.
A ocasião José Diogo Albuquerque disse ter “duas
boas notícias” para os agricultores, a segunda delas
direccionada para os criadores de ovinos e caprinos
e relacionada com o Registo de Existências e Deslocações (RED). “Vamos ver-nos livres do chamado
RED. Estamos a regularizar toda a base de dados informatizada de ovinos e caprinos para conseguirmos,
para o ano, acabar com um elemento totalmente
burocrático de que os agricultores não gostam e de
que a administração também não gosta”, o que significa “acabar com uma data de papelada”, anunciou.
O Governo pretende “dar início, a seguir ao verão, a
um decreto-lei” para acabar com o RED, prevendo o
secretário de Estado que, a partir de Janeiro de 2015,
o mesmo possa entrar em vigor.
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OPINIÃO
OPINIÃO
Início de mais uma época de caça insustentável
Ética e responsabilidade social na certificação
abate no campo;
• Também o controle de predadores
deixou de ser uma medida extraordinária.
Todas as zonas de caça o praticam, sem
saber ao certo se as populações de raposas e de saca-rabos têm algum impacto
negativo sobre as espécies cinegéticas, e
se a implementação desta medida traz de
facto algum benefício;
• Os gestores de caça continuam a
não ser responsáveis pelos crimes contra a natureza cometidos dentro das suas
propriedades, muitas vezes vedadas ao
público. Os casos conhecidos de espécies
protegidas mortas a tiro, em armadilhas ou
envenenadas são graves, preocupantes e
terminaram invariavelmente sem consequências para a zona de caça;
• Em Portugal as decisões em matéria
de gestão cinegética estão a ser tomadas
com base numa lei da caça obsoleta. O
nosso país passou à margem da iniciativa
europeia para a Caça Sustentável. O MAM
insiste em tomar decisões sobre gestão da
caça sem considerar o estado das populações em Portugal e na Europa e sem tornar
pública qualquer estatística de abate.
No próximo domingo abre mais uma
época venatória, em que serão permitidas
estas práticas nocivas. A SPEA apela aos
caçadores, gestores de zonas de caça e
aos cidadãos que façam a sua parte e que
sejam mais responsáveis do que a própria
lei.
Na opinião de Domingos Leitão, Coordenador do Departamento Terrestre da
SPEA, “os caçadores e suas associações devem ser os primeiros a não utilizar cartuchos com chumbo em qualquer
zona húmida e podem, voluntariamente,
abster-se de caçar a rola-brava. Os bons
gestores de caça fazem bem em identificar e proteger as espécies ameaçadas que
dependem das suas áreas, contribuindo
para a qualidade dos produtos e serviços
que vendem.”
Domingos Leitão alerta ainda que “todos os cidadãos devem denunciar junto
do Serviço de Protecção da Natureza e do
Ambiente (SEPNA) da GNR os crimes de
caça que detectarem e devem manifestar
a sua indignação junto da Ministra da Agricultura e do Mar, por exemplo, assinado a
petição pública actualmente on-line”.
A SPEA acredita que só com a eliminação das actuais práticas nocivas e com
uma gestão responsável da caça será
possível garantir a sustentabilidade deste
recurso a médio/longo prazo.
Noutros países, a certificação também é uma realidade nova
no mundo agrícola, com não mais de uma década de implementação. É significativo verificar que hoje o papel da certificação é,
sem dúvida, dos mais importantes no processo de produção. Ele
está a mudar mentalidades, conceitos e rotinas. A certificação
tem acompanhado a par e passo a introdução na realidade agrícola de novos conceitos como a sustentabilidade ambiental e a
preservação socio-ambiental.
Isso impõe que as empresas certificadoras se devem reger por normas éticas, de responsabilidade social e pública, de
transparência e rigor. É que a certificação não apela apenas a um
atestado de boas práticas, ela impõe um processo contínuo de
melhoramento, garante elevados padrões de qualidade, maior
sustentabilidade ambiental e é um instrumento de gestão socio-ambiental e agronómico.
Quando aplicada pelos produtores de produtos agrícolas, a
certificação incorpora na produção benefícios económicos tangíveis e intangíveis: o acesso aos mercados, a melhoria da gestão,
o uso racional dos recursos, a diminuição dos custos, melhorias
nas condições de crédito, mais garantias para os investidores, aumento da reputação e a valorização da marca.
É por isso, importante, investir na informação e sensibilização
dos produtores. Uma empresa certificadora deve ter ética e responsabilidade pública e social e prestar mais que um simples serviço de emitir certificados.
No próximo dia 17 de Agosto, abre mais
uma época venatória. O sector da caça e
a tutela mantêm práticas ultrapassadas
e nocivas para a caça e para o ambiente,
colocando em causa o interesse público e
o futuro da actividade cinegética. A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
(SPEA) pede aos caçadores maior rigor e
responsabilidade na prática e gestão da
caça e pede ainda a todos os cidadãos que
manifestem a sua indignação perante esta
situação.
A SPEA entende que a caça é um recurso natural, que gerido de uma forma
responsável pode gerar benefícios económicos e sociais. A gestão da caça é muito
importante para a protecção das aves e
dos seus habitats. Neste sentido, a SPEA
tem alertado e pressionado o Ministério da
Agricultura e do Mar para uma mudança
na legislação que possibilite uma prática
de uma caça mais responsável.
A legislação da caça em Portugal permite uma série de práticas nocivas, que
ameaçam as espécies, o ambiente e até a
saúde humana:
• Portugal é dos poucos países europeus onde ainda é possível caçar com munições de chumbo. Este metal tóxico contamina a água, os solos, as aves aquáticas
e as pessoas que consomem essa caça.
Actualmente a proibição da utilização de
munições de chumbo vigora apenas nas
zonas húmidas dentro de áreas protegidas.
No restante território, os caçadores continuam legalmente a contaminar albufeiras,
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açudes, rios e ribeiras, numa prática que
não é digna duma sociedade informada;
• Continua a ser possível abater espécies de patos com populações invernantes
diminutas (menos de 1000 indivíduos),
como o zarro e a negrinha, e outras espécies cujas populações residentes estão
ameaçadas de extinção, como a frisada e
o pato-trombeteiro;
• Quanto às aves migradoras, em Portugal é permitido abater espécies que se
encontram em decréscimo acentuado,
como a narceja, a rola-brava e o estorninho-malhado, todas com mais de 50% de
diminuição de efectivos na Europa nos últimos trinta anos;
• O caso mais dramático é o da rola-brava, uma espécie, cujas populações
europeias diminuíram 74% desde 1980, e
que enfrenta um sério risco de extinção
em vários países da Europa. Em Portugal,
a rola-brava pode ser caçada durante seis
semanas e cada caçador pode matar seis
aves por dia de caça, num total superior
a 150000 rolas abatidas por época. Isto
pode simplesmente significar o colapso da
espécie, se nada for feito;
• A gestão das zonas de caça continua
a ser feita sem ter em conta os parâmetros
populacionais das espécies e as suas taxas
de reprodução. Abatem-se indivíduos em
demasia, não permitindo a recuperação
natural e motivando o recurso sistemático aos repovoamentos com animais de
cativeiro. Na maioria das zonas de caça
pratica-se uma espécie de avicultura, com
Sociedade Portuguesa
para o Estudo das Aves (SPEA)
A evolução que o mundo agrícola sofreu nesta última década foi acompanhada pelo aparecimento de novos instrumentos
de gestão, destinados a melhorar a produção de produtos agrícolas e elevar a sua qualidade intrínseca.
Um desses instrumentos, talvez dos mais recentes e complexos, é o da certificação. Não é só em Portugal que a certificação
de produtos agrícolas ainda é uma actividade recente e lentamente a ser incorporada no processo de produção.
Liliana Perestrelo | Gerente da Naturalfa
Aderiram à campanha 11 empresas regionais
Produtos dos Açores
promovidos nos barcos da Atlânticoline
O Governo Regional, através da Sociedade
para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores
(SDEA) e em parceria com a Atlânticoline, está a
promover a realização de uma acção de promoção
de produtos regionais a bordo dos navios ‘Santorini’ e ‘Hellenic Wind’. Esta campanha de promoção
dos produtos açorianos vai decorrer até finais de
Setembro, com a presença de um promotor a bordo de cada navio, incentivando as vendas e realizando degustações dos produtos.
Aderiram a esta campanha 11 empresas regionais, sendo comercializados e promovidos mais de
três dezenas de produtos, entre os quais compotas, queijos, biscoitos, licores e doces, mas também
artesanato, além da promoção de serviços.
Esta iniciativa inseriu-se no Plano de Promoção dos Produtos Açorianos, no âmbito da XV Feira
de Gastronomia do Atlântico, integrada nas Festas
da Praia da Vitória, que decorreu no início deste
mês, estando também prevista uma iniciativa de
promoção de produtos regionais no Aeroporto de
Lisboa, a realizar no final deste mês.
O Governo Regional tem promovido e incentivado cada vez mais acções nos mercados externo e interno, apostando no aumento das vendas
de produtos agro-alimentares, com o objectivo de
alavancar o tecido empresarial da região.
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ÚLTIMAS
Nova estrutura associativa tem sede em Viseu
Federação Associativa da Diáspora quer
“partilhar a cultura portuguesa no mundo”
A ideia de criar uma federação já era antiga e tomou forma
durante o Curso Mundial de Dirigentes Associativos da Diáspora,
organizado pela Confraria dos Saberes e Sabores da Beira – Grão
Vasco. A Federação Associativa da Diáspora foi formalmente instituída em Viseu e pretende reunir associações das comunidade
portuguesas para partilhar os saberes, as tradições e a cultura
portuguesa no mundo, afirmou um dos seus fundadores.
“Esta federação pretende ser uma estrutura autónoma do
Governo ou de movimentos políticos, procurando partilhar os
saberes, as tradições, a cultura portuguesa no mundo, desenvolvendo projectos que promovam o trabalho em rede das associações e o reforço da participação cívica”, disse José Ernesto Silva,
almoxarife da Confraria dos Saberes e Sabores da Beira – Grão
Vasco, que está a liderar e intermediar o processo.
De acordo com José Ernesto Silva, os estatutos foram constituídos em ato público, através de registo num notário, e agora vai
ser indicada uma comissão para organizar eleições e criar os órgãos sociais previstos estatutariamente. “A federação terá sede
em Viseu”, referiu, acrescentando que 26 associações já fazem
parte desta plataforma interassociativa.
A ideia de criar uma federação já era antiga e tomou forma
durante o Curso Mundial de Dirigentes Associativos da Diáspora,
organizado pela Confraria dos Saberes e Sabores da Beira – Grão
Vasco, que reuniu 26 dirigentes associativos da diáspora portuguesa espalhados pelo mundo, em Março, em Lisboa.
Será uma estrutura extremamente importante e que pretende agarrar novos desafios e sinergias, trabalhar em prol e representação das associações da diáspora, sendo ainda uma voz
junto das várias instituições portuguesas e do Governo, potenciado a acção e dinâmica das associações, além de permitir uma
maior proximidade e ligação a Portugal”, sublinhou ainda.
Ano X - N.º 230
Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.
Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena Morais
Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo
Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320
E-mail: [email protected] | Web: www.gazetarural.com
ICS - Inscrição nº 124546
Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís Araújo
Sede Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu
Delegação Edifício Vouga Park, Sala 42 - Sever de Vouga
Capital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04
Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores | Telf. 232 422 364 | E-mail: [email protected] | Zona Industrial de Coimbrões, Lote 44 - 3500-618 Viseu
Tiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplares
Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
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Em parceria com Confederação
dos Agricultores de Portugal
A 4 de Outubro,
no concelho de Albergaria-a-Velha
ACOS inicia em Setembro
novas acções de formação
Pateira de Frossos na rota
do EuroBirdwatch 2014
O Departamento de Formação profissional da ACOS – Associação de Agricultores do Sul vai iniciar em Setembro várias
acções de formação. De entre as acções que vão ocorrer na
ACOS até ao final do ano, e para as quais já estão abertas as
inscrições, destaca-se a de Formação Pedagógica Inicial de
Formadores. Esta acção, com duração de 90 horas, é dirigida a todas as pessoas que pretendam obter acesso ao CCP
– Certificado de Competências Pedagógicas (antigo CAP) ou
que pretendam aperfeiçoar conhecimentos relacionados com
a formação profissional.
O Departamento de Formação Profissional da ACOS tem
ainda uma série de acções financiadas pelo POPH. Mecanização Básica e Condução de Veículos Agrícolas é uma das
acções com financiamento do POPH. Esta formação confere
licença de condução de veículos agrícolas de categoria II ou III
e cartão de aplicador de produtos fitofarmacêuticos.
Ainda na formação financiada pelo POPH, a ACOS vai arrancar em breve com mais cursos: Protecção de Ruminantes
e Equinos em Transporte de Curta Duração; Técnicas de Socorrismo – Princípios Básicos e ainda Segurança, Higiene e
Saúde no Trabalho. Estão também abertas as inscrições para
Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. Com uma duração
de 50 horas, esta acção confere cartão de aplicador de produtos fitofarmacêuticos.
Além destas formações a ACOS tem ainda abertas inscrições para Formação Especializada para Jovens Agricultores.
Esta é uma formação financiada pelo PRODER e realizada em
parceria entre a ACOS e a CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal.
Todos os interessados deverão contactar a ACOS – Associação de Agricultores do Sul, dirigindo-se às suas instalações,
na Rua Cidade S. Paulo, em Beja, por email para formacao@
acos.pt ou por telefone ligando o número 284 310 350.
No dia 4 de Outubro e no âmbito do fim-de-semana Europeu de Observação de Aves, a Câmara de Albergaria-a-Velha,
em parceria com o Clube de Albergaria, vai dinamizar um evento de promoção do birdwatching que pretende dar a conhecer a riqueza da avifauna e a beleza paisagística da Pateira de
Frossos, enquadrada no sítio classificado do Baixo Vouga Lagunar, importante espaço natural a conhecer e valorizar.
O EuroBirdwatch14 é uma organização da BirdLife International, que em Portugal tem a coordenação da SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves). Com este evento, que
tem lugar na Europa e na Ásia Central, procura-se aumentar a
consciencialização sobre as questões relativas à migração das
aves e promover esforços para salvaguardar espécies ameaçadas e os seus habitats.
Tendo em conta a aposta estratégica no Turismo de Natureza como factor de desenvolvimento sustentável e valorização de alguns espaços naturais do Concelho, neste caso a
Pateira de Frossos, o município de Albergaria-a-Velha e o Clube de Albergaria uniram esforços para levar a cabo este evento
integrado nesta iniciativa a nível europeu, a qual regista todos
os anos a adesão de milhares de participantes. Para tal contam
com o apoio de algumas entidades, como sejam o Núcleo de
Fotografia Albergariótipos e o Núcleo de Aveiro da Quercus,
além da colaboração de representantes de algumas marcas de
equipamento ligado à prática de observação e fotografia de
aves.
Do programa constará uma recepção e apresentação do
evento da parte da manhã (9h00), a ter lugar na Biblioteca
Municipal de Albergaria-a-Velha, onde também estará patente
uma exposição alusiva ao tema. Da parte da tarde (14h00), os
participantes terão a oportunidade de efectuar uma saída de
campo na Pateira de Frossos, percorrendo um percurso com
um guia especializado, em que tanto os mais ou os menos experientes nesta temática terão a oportunidade de observar e
porventura fotografar a avifauna aí existente.
Águeda integra projecto europeu para criar emprego em zonas rurais
Com o objectivo de desenvolver e criar emprego nas zonas
rurais, o Município de Águeda passou a integrar o projecto europeu PARNET-TIC 2, que decorre no âmbito do Programa de
Cooperação Territorial SUDOE, com a duração de um ano e um
orçamento total de 651 mil euros.
O programa tem como objectivo democratizar a utilização
das tecnologias da informação e comunicação (TIC), incentivando o seu uso como ferramenta de procura de emprego e canal de
informação para o empreendedorismo, com especial relevância
para a área rural e as suas actividades agrícolas e pecuárias.
A acção conjunta dos aderentes vai criar uma lista das
melhores práticas para a empregabilidade e aproveitar a rede
transnacional de áreas rurais para estimular a sociedade da informação, fazendo a conexão com o mundo empresarial.
Para além de Águeda, este projecto europeu conta com
como parceiros espanhóis a Diputación de A Coruña, que lidera
o projecto, Diputación de Alméria e Diputación de Huesca, bem
como a Câmara Agrícola de Lot-et-Garrone, de França.
A primeira reunião da parceria foi realizada em Agen, França
e estão previstas actividades de formação online e em sala-de-aula em agricultura, ecologia, desenvolvimento sustentável, gestão agrícola, técnicas de marketing, ecodesign e gestão ambiental
sustentável.
No quadro da parceria irão ser organizados seminários debruçados sobre a aplicação das TIC como uma resposta para os
problemas do mundo do trabalho e do emprego e será lançado
também um projecto de criação de uma aplicação electrónica
móvel, para reunir os parceiros envolvidos no PARNET-TIC 2 e os
agentes socioeconómicos do meio rural (vendas agrícolas, cooperativas, etc).
O projecto nasceu da necessidade de reduzir a taxa de desemprego que afecta principalmente as cidades em áreas rurais,
a fim de colocar as TIC ao serviço da investigação e da criação de
emprego.
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Com a presença do ministro Poiares Maduro
Rota do Pastel de Vouzela já foi inaugurada
Vouzela inaugurou a Rota do
Pastel de Vouzela, iniciativa que
contou, para além das autoridades locais, com a presença do
ministro Miguel Poiares Maduro.
Estiveram presentes centenas de
pessoas, garantindo o sucesso do
evento, pois a Rota é uma oferta
turística de excelente qualidade.
No dia da inauguração não
foi possível fazer todo o percurso
da Rota, “mas valeu a pena, porque pelos pontos onde passamos
as pessoas abriram as portas de
suas casas e contaram mais um
bocadinho da História do Pastel
de Vouzela”, revelou Maria Celeste Carvalho, uma das grandes
impulsionadoras da iniciativa.
Seguiu-se a degustação do
pastel e uma prova de vinho da
região de Lafões (Quinta da Moitinha - S. Frei Gil Lafões e Chão
do Vale), no Mercado Municipal,
onde estiveram presentes os três
produtores de pasteis: Terezinha
Castanheira, Fernando Cardoso e
Vítor Correia.
A apresentação da rota foi
feita por António Morais Carvalho
e sua esposa, personagens que
viveram no séc. XIX.
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