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COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº 001/2008/AFFEGO Ilmo. Sr. Admar Otto DD Presidente da AFFEGO Tendo aceitado a incumbência proposta por Vossa Senhoria através da Portaria n° 001/2008, no sentido de apurar as responsabilidades sobre os desvios financeiros ocorridos na gestão 2005/2006 comprovados por auditorias e perícias realizadas pela AFFEGO e de propor as sanções compatíveis aos responsáveis, passamos a apresentação do trabalho por esta Comissão realizada, com os devidos resultados. Goiânia, 24 de abril de 2008. Atenciosamente, Gérson Bosco Júnior Presidente Leane Leal Coelho de Morais Rubens Batista Ferreira Rauil Lincoln Soares Secretário Thelma Florence Afonso Jayme José Luiz Lopes da Silva Maria Geralda Naves Amaral Rua Henrique Silva (ant. 83), nº312 – Setor Sul Fones: (0xx62) 3218-5435/ 3218-5051/3218-5455 CEP 74.083-020 – Goiânia - GO 1 COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº 001/2008/AFFEGO I – APRESENTAÇÃO De acordo com o Estatuto Social da AFFEGO, a responsabilidade pela sua gestão administrativa, econômica e financeira da associação é do presidente e do tesoureiro. No biênio 2005/2006 foram eleitos o presidente Valdir José do Prado, o vice-presidente Ricardo Tavares Pacheco que também ocupou a presidência no período de 01/02/2006 a 13/03/2006 por motivo de afastamento do seu titular, e o tesoureiro Jacinto Barbosa Flores, sendo que esse cargo também foi ocupado interinamente pelo vice-presidente, sem previsão estatutária, no período de 06/09/2005 a 05/12/2005. Assim, podem ser penalizados por irregularidades cometidas na gestão da entidade, nos períodos que foram gestores da mesma, os associados supra citados. II – CONVOCAÇÕES Como parte do nosso trabalho de apuração e tendo em vista que a presidência da AFFEGO contratou trabalhos de auditoria contábil e perícias no seu sistema de informática, nas obras realizadas no Clube Campestre em Trindade, na sede administrativa e no Thermas Caldas em Caldas Novas, resolvemos convocar os ex-diretores para prestar esclarecimentos sobre as irregularidades apuradas. Nenhum deles, todavia, compareceu. O Sr. Valdir José do Prado enviou ofício a essa comissão lamentando a contratação de “auditoria e perícias pagas com o dinheiro do associado” para apurar irregularidades que, segundo ele, não existiram na sua gestão. Reclama o fato das perícias não abrangerem a obra de reforma do clube de Itumbiara, que teria ficado “mais cara que a construção do SPA em Trindade”. Valdir José afirma ainda que os custos praticados nas obras realizadas em sua gestão ficaram abaixo do valor dos índices da AGETOP, “que Rua Henrique Silva (ant. 83), nº312 – Setor Sul Fones: (0xx62) 3218-5435/ 3218-5051/3218-5455 CEP 74.083-020 – Goiânia - GO 2 COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº 001/2008/AFFEGO regula os valores praticados pela construção civil em nosso Estado”. Entende que é desta comissão a “responsabilidade de apontar quem teria desviado dinheiro da AFFEGO, dizer como foi desviado e quais as pessoas que dele se beneficiaram”. O ex-dirigente afirma também ser o maior interessado em “saber que desviou dinheiro da nossa entidade”. Enfatiza ainda que seus esclarecimentos “estão nos documentos que integram os 24 balancetes, principalmente os contratos de obras e serviços, todos pagos a preço de mercado e que se encontram nos anais da AFFEGO...”. Sugere, por fim, que essa comissão recomende “ampla auditoria nas contas da primeira gestão do atual presidente da AFFEGO...”, o que não é de nossa alçada. Já o associado Ricardo Tavares Pacheco, enviou ofício ao presidente da AFFEGO, discordando da criação desta comissão, já que, segundo ele, a atual presidência da Associação já “alardeou, através de seus periódicos e em seu site, que a antiga administração – mencionando nominalmente a minha pessoa – havia praticado malversação financeira”. Estranha ainda “o fato desta presidência primeiro praticar os crimes de calúnia e difamação contra a minha pessoa, para depois criar uma comissão para apurar os fatos a ela imputados”. Afirma que a comissão não possui previsão regimental e que não a atenderia. Esclarece, por fim que ocupou interinamente a presidência da AFFEGO no período de 01/02/2006 a 13/03/2006, quando renunciou e afirma que nesse período não contratou serviços ou obras, as quais foram contratadas pelo então presidente Valdir José do Prado, e que apenas deu cumprimento às obrigações já assumidas. O ex tesoureiro Jacinto Barbosa Flores, não foi encontrado para ser notificado, o que motivou sua convocação por edital. Não compareceu nem apresentou qualquer justificativa. III - AS APURAÇÕES DO CONSELHO FISCAL Embora seja subordinado à AFFEGO, o Affego-Saúde tem custeio, quadro associativo e objetivo inteiramente próprio. No entanto, uma atitude muito marcante na atuação da ex-diretoria da AFFEGO no biênio 2005/2006 foi a Rua Henrique Silva (ant. 83), nº312 – Setor Sul Fones: (0xx62) 3218-5435/ 3218-5051/3218-5455 CEP 74.083-020 – Goiânia - GO 3 COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº 001/2008/AFFEGO continua utilização dos recursos do AFFEGO-SAÚDE, para o pagamento de despesas da Associação. Tal fato ocorreu, reiteradas vezes, em valores substanciais, sem que houvesse qualquer aval político, seja do Conselho de Administração, seja dos associados através das assembléias ordinárias ou extraordinárias. Segundo os planos de atividades da AFFEGO do referido biênio, o custeio e investimentos da Associação deveriam ter sido arcados com recursos próprios da associação, mas o que se viu foi que grande parte desses recursos foram originados do plano de saúde. Essa prática foi denunciada várias vezes pelo Conselho Fiscal da AFFEGO. Na reunião ordinária de 14/01/2006 o Conselho, além de reclamar da falta de acesso à boa parte da documentação necessária para o cumprimento da sua missão, apontou esse desvio dando como exemplo o pagamento de funcionária que prestava serviço exclusivamente na AFFEGO, pagamento de obras no edifício sede e ainda dos encargos das folhas de pagamento como, por exemplo, o FGTS de todos os funcionários, incluídos os do Thermas Caldas. O Conselho Fiscal apontava ainda, transferências para o consórcio de veículos, conta contribuição, conta pecúlio, conta seguro, ticket refeição, Sindifisco e até para o PSP – Partido do Servidor Público, num total de R$ 363.900,00. Tais transferências além de afrontarem o regulamento do AFFEGO-SAÚDE, geravam aumento no valor da cota paga pelos associados do plano. Com base nesse e outros fatos o Conselho Fiscal rejeitou as contas da AFFEGO no primeiro semestre de 2005. Já na reunião de 08/04/2006, o Conselho Fiscal rejeitou novamente as contas da AFFEGO no terceiro trimestre de 2005, apontando novamente o pagamento de salários de funcionários da associação pelo AFFEGOSAÚDE. O Conselho relacionou ainda 15 (quinze) pagamentos diversos, tais como 28 (vinte e oito) barris de chope, compra de veículos novos para a presidência e a vice-presidência, cartão refeição, combustível, matéria paga em jornal, consultorias, materiais para clubes, entre outras despesas, além de encargos das folhas de pagamentos de toda a associação, como já vinha sendo feito. Rua Henrique Silva (ant. 83), nº312 – Setor Sul Fones: (0xx62) 3218-5435/ 3218-5051/3218-5455 CEP 74.083-020 – Goiânia - GO 4 COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº 001/2008/AFFEGO Em nova reunião em 13/05/2006, o Conselho rejeitou novamente as contas da AFFEGO para o restante do exercício de 2005 e citou 40 (quarenta) pagamentos realizados com dinheiro do plano de saúde, alguns significativos como o referente à construção do prédio do arquivo da AFFEGO com 70m², no valor de R$ 70.199,80 (setenta mil cento e noventa e nove reais e oitenta centavos) ou ainda pagamento pelo serviço de CPD na AFFEGO no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Em 12/08/2006, com a repetição destes fatos, novamente o Conselho Fiscal rejeitou as contas da AFFEGO relativas ao primeiro trimestre do ano de 2006. O Conselho Fiscal da AFFEGO fez ainda uma última reunião em 08/12/2006, em que deixou de dar parecer sobre as contas do restante do exercício já que não foram entregues os documentos para o desenvolvimento dos trabalhos. Em Assembléia Geral Ordinária realizada em 29/04/2006 foram rejeitadas as contas relativas ao exercício de 2005. Já em nova Assembléia Geral Ordinária realizada em 28/04/2007 foram também rejeitadas as contas relativas ao exercício de 2006. IV - PERÍCIAS E AUDITORIAS A presidência da AFFEGO diante da suspeita de inúmeras irregularidades ocorridas na gestão anterior, que inclusive ocasionaram demandas judiciais contra a associação, contratou auditorias e perícias com o intuito de verificar a lisura e o cumprimento de alguns contratos de maior monta firmados entre a Associação e algumas prestadoras de serviços. Os resultados completos estão anexados a este documento e vamos resumir seus resultados a seguir: 1. AUDITORIA DE SOFTWARE E SERVIÇOS DE INFORMÁTICA PRESTADOS PELA RADDAR ONLINE Rua Henrique Silva (ant. 83), nº312 – Setor Sul Fones: (0xx62) 3218-5435/ 3218-5051/3218-5455 CEP 74.083-020 – Goiânia - GO 5 COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº 001/2008/AFFEGO Essa auditoria realizada pelo Analista de Sistemas e Bacharel em Engenharia Elétrica George Alexandre P. de Andrade verifica os serviços prestados na área de informática pela empresa Radar Online, contratada pela AFFEGO no período 2005/2006. Segundo a auditoria, o contrato foi asssinado com valor inicial de R$142.000,00 ( cento e quarenta e dois mil reais) e teve sua execução dividida em diversas etapas e que abrangiam a análise e desenvolvimento de vários softwares. Embora o valor tenha sido integralmente pago, os serviços foram apenas parcialmente executados. De acordo com levantamento feito pela auditoria, se a AFFEGO tivesse realizado o pagamento somente dos serviços executados, o valor repassado a Radar Online, deveria ser de apenas R$ 20.875,00 (vinte mil oitocentos e setenta e cinco reais). No entanto, além do valor total do contrato, foram feitos pagamentos em duplicidade, como é o caso do desenvolvimento do site da AFFEGO, em que contam dois pagamentos. Além disso, os valores cobrados estavam claramente acima do mercado, como por exemplo o custo calculado de R$ 90,00 (noventa reais) por hora/homem para o serviço inicial de “apenas entrega de relatórios e documentos”, “que gerou um custo de R$ 45.000,00, sem que qualquer documento válido fosse entregue”. Foram pagos ainda R$ 91.512,00 (noventa e um mil quinhentos e doze reais) por serviço de digitalização de documentos, sendo que apenas 5% (cinco por cento) dos serviços fora concluídos. Em sua conclusão, a auditoria apresentou uma avaliação negativa dos serviços prestados pela Radar Online, bem como do controle da AFFEGO sobre este serviços. Embora não tenha prestado todos os serviços contratados, no dia 28/12/2006, praticamente o último dia da gestão da antiga diretoria, foram emitidos ainda quatro cheques em favor da empresa, no valor total de R$ 121.964,90 (cento e vinte e um mil novecentos e sessenta e quatro reais e noventa centavos), cheques esses assinados pelo Sr. Valdir José do Prado e que foram sustados pela atual diretoria, mas que estão sendo cobrados judicialmente pela empresa. A Radar Rua Henrique Silva (ant. 83), nº312 – Setor Sul Fones: (0xx62) 3218-5435/ 3218-5051/3218-5455 CEP 74.083-020 – Goiânia - GO 6 COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº 001/2008/AFFEGO Online, ainda se negou a devolver os documentos pertencentes a associação e que ainda estavam seu poder, obrigando a AFFEGO a entrar na justiça para reavê-los. 2. LAUDO DE AVALIAÇÃO DE OBRAS A Presidência da AFFEGO contratou o engenheiro Leonardo Oliveira Metran para a elaboração de Laudo de Avaliação de Obras executadas no Edifício Sede da AFFEGO, no Clube Campestre Affego (CCA) em Trindade, e no Thermas Caldas Affego (TCA), em Caldas Novas. Segundo Engenheiro, embora estivesse previsto, não foi feito o laudo referente ao Clube Petronio de Carvalho de Itumbiara devido a total falta de projetos e contratos que pudessem embasar seu trabalho. De acordo com seus laudos (em anexo), a obra executada no edifício sede da AFFEGO, ocorrida apenas em parte do primeiro andar, deveria ter custado aos cofres da associação o valor de R$ 61.774,86 (sessenta e um mil setecentos e setenta e quatro reais e oitenta e seis centavos). Já no Thermas Caldas, a obra deveria ter custado R$ 39.459,25 (trinta e nove mil quatrocentos e cinqüenta e nove reais e vinte e cinco centavos) e, finalmente, as obras do Clube Campestre deveriam ter custado R$ 1.111.987,07 (hum milhão, cento e onze mil, novecentos e oitenta e sete reais e sete centavos). Estes são os valores orçados pelo Engenheiro. As obras do Clube de Trindade foram realizadas em sua maior parte pela Construtora Mar Ltda. Pela análise dos documentos contábeis da AFFEGO, verificou-se que foram gastos na reforma do seu Edificio Sede o valor de R$ 115.612,91 (Cento e quinze mil seiscentos e doze reais e noventa e um centavos), ou seja, 87% (oitenta e sete por cento) a mais do que o valor calculado pela perícia. Já no Thermas Caldas a despesa com reformas foi de R$ 84.885,66 (oitenta e quatro mil oitocentos e oitenta e cinco reais e sessenta e seis centavos), 115% (cento e quinze por cento) a mais sobre o orçamento feito. Já no clube Campestre, onde a antiga diretoria resolveu construir o “Spaceaffego”, foram gastos R$ 1.483.615,16 (hum milhão, Rua Henrique Silva (ant. 83), nº312 – Setor Sul Fones: (0xx62) 3218-5435/ 3218-5051/3218-5455 CEP 74.083-020 – Goiânia - GO 7 COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº 001/2008/AFFEGO quatrocentos e oitenta e três mil, seiscentos e quinze reais e dezesseis centavos), uma diferença de mais de R$ 370.000,00 (trezentos e setenta mil reais) com relação ao valor orçado, ou seja, 33% (trinta e três por cento) a mais que o valor periciado. Em Itumbiara, na reforma do Clube da AFFEGO, foram gastos R$ 348.090,88 (trezentos e quarenta e oito mil e noventa reais e oitenta e oito centavos). Os valores pagos pelas obras estão subestimados, já que os pagamentos à Construtora Mar Ltda., totalizam R$ 1.060.677,76 (hum milhão, sessenta mil, seiscentos e setenta e sete reais e setenta e seis centavos) , mas nem sempre foi possível identificar as obras para as quais os pagamentos foram destinados. É curioso notar que boa parte dos serviços realizados por essa construtora, no período de julho de 2005 a dezembro de 2006, foram pagos em dinheiro (!) e que as notas fiscais emitidas pela Construtora Mar, são quase sempre em números seqüenciais. Parece a AFFEGO era o único cliente da construtora. Também a Construtora Mar Ltda. recebeu cheques da AFFEGO no dia 28/12/2006, no valor total de R$ 98.595,00 (noventa e oito mil quinhentos e noventa e cinco reais), cheques esses também assinados pelo Sr. Valdir José do Prado. 3. DVN ENGENHARIA A AFFEGO, em 10 de setembro de 2006, firmou contrato com a DVN Engenharia, no valor de absurdos R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais) para que esta elaborasse projeto para um clube campestre a ser implantado em uma chácara adquirida nas imediações do município de Anápolis, bem como para outro clube a ser edificado em Rio Verde, em terreno do Sindifisco. Nenhum projeto foi entregue, mas ainda assim a empresa recebeu R$ 90.000,00 (noventa mil reais) e ainda protestou duplicata referente ao restante do valor do contrato, o que obrigou a AFFEGO propor ação judicial para a anulação da duplicata. 4. FARMAFFEGO Rua Henrique Silva (ant. 83), nº312 – Setor Sul Fones: (0xx62) 3218-5435/ 3218-5051/3218-5455 CEP 74.083-020 – Goiânia - GO 8 COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº 001/2008/AFFEGO Em 05/01/2006, a antiga diretoria assinou contrato com a ABMEDH (Associação Brasileira dos Usuários de Medicamentos e Produtos Médicos Hospitalares), firmando uma parceria e deu a entender a todos que estava inaugurando uma farmácia da AFFEGO, a FARMAFFEGO. Por esse contrato, que está arquivado na contabilidade da AFFEGO, sem registro em cartório e com validade de três anos, não havia previsão de multa rescisória. Estipulava uma taxa de adesão de R$ 30,00 (trinta reais) anuais ou 12 (doze) parcelas de R$ 3,00 (três reais) por cada associado, independente dele vir a ser ou não consumidor dos produtos da farmácia. Foram pagas cinco parcelas de R$ 3,00 (três reais) por cada associado, totalizando o valor de R$ 36.870,00 (trinta e seis mil oitocentos e setenta reais). Após as eleições na qual foi derrotada, a antiga diretoria fez novo contrato, para substituir o anterior, datado do mesmo dia, 05 (cinco) de janeiro, mas com registro em cartório de 07 (sete) de dezembro de 2006, com validade de 05 (cinco) anos e multa de rescisão no valor de R$ 150.000,00 (Cento e cinqüenta mil reais). Nesse período o nome FARMAFFEGO seria de uso exclusivo da ABMEDH. A AFFEGO assumiria também o pagamento de todos os medicamentos adquiridos por seus associados, independente da adimplência. A atual Diretoria Executiva sustou cheques de mais de R$ 130.000,00 (Cento e trinta mil reais) e cancelou o contrato com a ABMEDH, deixando de assumir o pagamento da taxa de adesão e se negando a lançar descontos nas contas correntes de seus associados relativos a medicamentos adquiridos na farmácia. A rescisão do contrato com a ABMEDH é objeto de 06 ações judiciais. 5. AFFEGO-SAÚDE O déficit deixado pela antiga administração no plano de saúde foi enorme. A nova Diretoria recebeu o AFFEGO-SAÚDE em janeiro/2007 com um valor Rua Henrique Silva (ant. 83), nº312 – Setor Sul Fones: (0xx62) 3218-5435/ 3218-5051/3218-5455 CEP 74.083-020 – Goiânia - GO 9 COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº 001/2008/AFFEGO acumulado de contas atrasadas superior a R$ 3 milhões de reais, sendo mais de R$ 2 milhões de reais devidos aos prestadores de serviços, médicos, hospitais e laboratórios conveniados. O dinheiro arrecadado pelos usuários do AFFEGOSAÚDE e o valor que deveria compor o Fundo de Reserva, como já afirmamos, foram utilizados para cobrir despesas e gastos com obras da AFFEGO, o que gerou o descontrole nas contas do plano. Além dessas despesas que deveriam ser custeadas pela associação e não pelo plano de saúde, o “spaceaffego”, projeto de benefício altamente duvidoso para os associados, consumiu recursos que o plano não dispunha. Outra despesa absolutamente dispensável foi a propaganda na TV às vésperas das eleições da AFFEGO para dizer que o plano estava adimplente com os prestadores de serviço, o que não era absolutamente verdade. Nesse episódio foram gastos R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais). A situação pré-falimentar em que se encontrava o plano após o término do mandato da antiga diretoria obrigou a cada associado a um aporte financeiro de R$ 1.000,00 (hum mil reais), num total de mais de R$ 2 milhões de reais apenas para colocar em dia o pagamento dos prestadores de serviço do plano. Esse prejuízo, é importante ressaltar, não se dá apenas no aspecto financeiro, mas também e igualmente importante, na credibilidade do plano. No período desse descompasso financeiro, muitos prestadores se descredenciaram do plano de saúde deixando de atender os seus usuários. Também o fundo de reserva, que deveria ser de aproximadamente de R$ 1.400.000,00 (hum milhão e quatrocentos mil reais), de acordo com o regulamento do plano, foi entregue com cerca de R$ 89.000,00 (oitenta e nove mil reais), o que vem obrigando os cooperados a novos aportes financeiros na forma de prestações mais elevadas. 6. DÍVIDAS DA AFFEGO Além das contas atrasadas deixadas no plano Affego-Saúde, a antiga diretoria deixou ainda uma dívida de aproximadamente R$ 950.000,00 Rua Henrique Silva (ant. 83), nº312 – Setor Sul Fones: (0xx62) 3218-5435/ 3218-5051/3218-5455 CEP 74.083-020 – Goiânia - GO 10 COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº 001/2008/AFFEGO (novecentos e cinqüenta e nove mil reais), o que causa até hoje dificuldade para a administração da Associação. Os encargos sociais e trabalhistas (INSS, FGTS) deixaram de ser pagos a partir de agosto/2006, gerando uma dívida de R$ 401.605,38 (quatrocentos e um mil seiscentos e cinco reais e trinta e oito centavos). Também não estava sendo feito o repasse à seguradora da AFFEGO. No dia 28/12/2006, último dia da gestão Valdir do Prado foram emitidos cheques no valor de R$ 220.559,90 (duzentos e vinte mil quinhentos e cinqüenta e nove reais e noventa centavos), sem qualquer provisão de fundos, para pagamento de serviços que, como vimos, em sua maioria, sequer foram prestados. Também, nos últimos dias de sua gestão o Sr. Valdir José do Prado concedeu significativo aumento salarial aos funcionários, em alguns casos superior a 200%, fora da realidade do mercado e da capacidade financeira da AFFEGO. Esse ato teve que ser desfeito na Justiça. V - CONCLUSÃO Por tudo aquilo que foi exposto, verificamos o quanto desastrosa foi a gestão da AFFEGO no exercício 2005/2006. Todavia, dizer apenas que a gestão foi desastrosa não basta, é preciso verificar se nas atitudes, ainda que erradas, foram respeitadas as normas da entidade. Salta aos olhos em qualquer análise, o descaso da antiga diretoria em relação aos associados, à entidade, seu estatuto, suas normas, seus órgãos de análise e deliberação, seu patrimônio, enfim, agiram como se fossem donos da associação não prestando contas da suas atividades, não consultando seus associados, usando e abusando da entidade. Obras pelo estado afora com empresas sem qualificação, quase sempre muito acima do valor de mercado, compras em firmas de “ponta de rua” e que hoje são objeto de autuação pelo Fisco, pagamentos vultuosos em dinheiro, geraram enormes dúvidas sobre a idoneidade desses procedimentos. Além disso, a conduta irresponsável da antiga diretoria quase pôs a perder nosso maior patrimônio que, para a maioria dos associados é um bem insubstituível, o AFFEGO-SAÚDE, nosso plano de assistência médico-hospitalar. Rua Henrique Silva (ant. 83), nº312 – Setor Sul Fones: (0xx62) 3218-5435/ 3218-5051/3218-5455 CEP 74.083-020 – Goiânia - GO 11 COMISSÃO INSTITUÍDA PELA PORTARIA Nº 001/2008/AFFEGO No mínimo, pela condução irresponsável, antidemocrática e incompetente, existem motivos suficientes para que os associados busquem junto aos responsáveis por esses atos, um ressarcimento ainda que moral. O descaso em relação à vontade dos associados e as normas democráticas da entidade também fica patente quando uma vez derrotada na sua intenção de reeleger-se, a antiga diretoria age com vingança, gastando irresponsavelmente, praticando atos notoriamente lesivos à entidade, criando embaraços para aqueles que foram legitimamente eleitos, enfim, praticando uma política de ‘terra arrasada’. Pela evidência do dolo que caracteriza muitas das irregularidades cometidas ao longo de sua gestão, entendemos ser o caso de perguntar aos associados da nossa AFFEGO se esses administradores que não honraram a confiança neles depositada merecem continuar no nosso convívio. Goiânia, 24 de abril de 2008. Gérson Bosco Júnior Presidente Leane Leal Coelho de Morais Rubens Batista Ferreira Rauil Lincoln Soares Secretário Thelma Florence Afonso Jayme José Luiz Lopes da Silva Maria Geralda Naves Amaral Rua Henrique Silva (ant. 83), nº312 – Setor Sul Fones: (0xx62) 3218-5435/ 3218-5051/3218-5455 CEP 74.083-020 – Goiânia - GO 12