RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2012

Transcrição

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2012
UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR GRÃO VASCO
(ACES Dão – Lafões I)
RELATÓRIO DE ACTIVIDADES
2012
1
Introdução
1 - Caracterização da USF………………………………………………………...6
1.1 - Área geográfica da USF…………………………………………………………………….6
1.2 - População Inscrita…………………………………………………………………………...7
1.3 - Recursos Humanos………………………………………………………………………….8
1.4 - Oferta e Disponibilidade de Serviços…………………………………………………….8
1.4.1 - Carteira Adicional……………………………………………………………………………9
1.4.2 - Alargamento de Horário…………………………………………………………………….9
2 - Contratualização e Resultados…………………………………………… .10
2.1 - Cobertura Assistencial…………………………………………………………..………..10
2.2 - Indicadores Institucionais………………………………………………………………...10
2.2.1 - Indicadores de Acessibilidade……………………………………………………………10
2.2.2 - Indicadores de Desempenho Assistencial………………………………………………12
2.2.3 - Indicadores de Qualidade Percepcionada………………………………………………13
2.2.4 - Indicadores de Eficiência…………………………………………………………………14
2.3 - Situações com impacto nos resultados……………………………………………….16
2.3.1 - Ausências Prolongadas ………………………………………………………………….16
2.3.2 - Médicos Prescritores na USF………………………………………………….…………16
2.3.3 - Outras situações para análise……………………………………………………………17
2.4 - Indicadores Financeiros…………………………………………………………………..18
2.5 - Carteira Adicional de Serviços…………………………………………………………..21
2.6 - Alargamento de Horário………………………………………………………………..…23
3 - Avaliação do Plano de Acção……………………………………………….24
2
3.1 – Programas da Carteira Básica………………………………………………………..…24
3.1.1 – Saúde da Mulher………………………………………………………………………….24
3.1.2 – Saúde Materna……………………………………………………………………………24
3.1.3 – Saúde Infantil e Juvenil…………………………………………………………………..25
3.1.4 – Diabetes……………………………………………………………………………………25
3.1.5 – Hipertensão Arterial……………………………………………………………………….25
3.1.6 – Vigilância a Doentes Dependentes Crónicos…………………………………..………26
3.1.7 – Plano Nacional de Vacinação……………………………………………………………26
3.1.8 – Rastreio do Cancro do Colon e Recto………………………………………………….26
3.2 – Programas da Carteira Adicional……………………………………………….………27
3.2.1 – Consulta do Pé Diabético…………………………………………………………..…….27
3.2.2 – Consulta de Alcoologia…………………………………………………………………...28
4 - Reuniões do Conselho Geral………………………………………………..29
5 - Desenvolvimento de Competências e Formação Contínua…………...31
5.1 - Plano Anual de Formação Contínua…………………………………………………….31
5.2 - Formação pré e pós graduada……………………………………………………...……32
5.3 - Produção científica e de investigação………………………………………………….33
5.4 - Plano de Acompanhamento Interno…………………………………………………….34
5.4.1 - Descrição do tema ………………………………..………………………………………34
5.4.2 – Análise da implementação……………………………………………………………….34
5.4.3 - Avaliação …………………………………………………………………………………..38
5.4.4 – Medidas Correctivas/Não conformidades ..……………………………………………39
5.4.5 – Acções de melhoria……………………………………………………………………….40
5.4.6 – Medidas correctivas………………………………………………………………………42
3
6- Avaliação da satisfação dos profissionais e utentes…………………..43
6.1 – Avaliação da Satisfação dos utentes ……………………………………………………43
6.2 – Avaliação da Satisfação dos profissionais……………………………………………....43
6.3 – Gabinete do Cidadão ……………………………………………………………………...44
7- Outras Actividades……………………………………………………………45
7.1 - Educação para a Saúde…………………………………………………………………..45
7.2 - Protocolos/Articulação com outras Instituições…………………………………….45
7.3 - Outras actividades…………………………………………………………………………46
8 – Conclusão……………………………………………………………………...48
Anexos
1 - Comprovativo da alínea 2.2.2
2 - Mapa de Actividades/Formação da USF
4
Introdução
Pretende-se, mais uma vez, que este relatório seja o espelho das actividades
desenvolvidas na USF durante o ano civil de 2012.
Continuando a manter a percepção de que este deve ser mais que um somatório de actos,
vamos tentar ser mais abrangentes na sua redacção e dar conta dos sentimentos,
vontades, determinação, frustrações e desalentos de uma equipa, no desafio de prestar os
melhores cuidados aos seus utentes, criar condições de harmonia no seu seio e responder
aos desafios que lhe foram, e continuam a ser, colocados.
São já passados 6 anos, desde o início da actividade da USF Grão Vasco (23 de Outubro
2006), e continuamos como então, decididos a dar aos nossos utentes a excelência dos
cuidados de saúde que merecem. Procuramos contudo, manter-nos focados e continuar a
reflectir sobre os ganhos em saúde que temos vindo, consecutivamente, a conseguir para
a população que servimos.
O percurso efectuado ao longo destes seis anos, com o atingir em anos consecutivos dos
objectivos institucionais e financeiros vem consolidando a nossa prática clínica e relacional.
Poderemos assim continuar a afirmar que os valores QUALIDADE, EMPENHO, PROACTIVIDADE, SATISFAÇÃO, FORMAÇÃO, EXCELÊNCIA… continuam a fazer parte do
presente desta USF.
5
1 - Caracterização da USF
A USF Grão Vasco situa-se nas instalações do Centro de Saúde Viseu-3, ocupando a ala
esquerda do mesmo, faz parte do ACES Dão Lafões e pertence à ARS do Centro.
Endereço postal: Rua Madre Rita de Jesus, Jugueiros, 3500 – 467 Viseu
Telefones: 232 467298 ou 232 467290
Fax: 232 467299
E-mail: [email protected]
1.1 - Área geográfica da USF
A área geográfica de actuação da USF Grão Vasco estende-se a várias freguesias do
concelho de Viseu: Abraveses, Santa Maria, S. José, Coração de Jesus, Ranhados, Rio de
Loba, Campo, Repeses, Vila Chã de Sá, S. João de Lourosa, Fail e outras. Como
podemos constatar, a área de influência da USF Grão Vasco estende-se a freguesias das
outras Unidades de Saúde de Viseu, devendo-se ao facto de os nossos utentes residirem
nessas freguesias, e terem acompanhado o médico de família (do Centro de Saúde Viseu
1) aquando da criação do Centro de Saúde Viseu 3, em cujas instalações físicas se
encontra a nossa USF.
Em Janeiro de 2012, o então ACES Dão Lafões I publica as áreas de influência das várias
unidades de Saúde, o que, sem prejuízo dos utentes já pertencentes à USF delimita as
futuras afectações de utentes. Assim, actualmente, as freguesias afectas á USF Grão
Vasco são, Fail, Ranhados, Repeses, S. João de Lourosa e Vila Chã de Sá, como
freguesias rurais e Coração de Jesus e Santa Maria de Viseu, sendo estas estritamente
urbanas.
Apesar de mantermos uma área geográfica dispersa, comprometemo-nos a assegurar os
domicílios a todos os utentes da USF, residentes no concelho de Viseu.
1.2 - População Inscrita
Em termos populacionais, a USF Grão Vasco abrange 14.335 utentes inscritos (SINUS em
31.12.2012), distribuídos conforme figura 1 e quadro 1:
6
Figura1- Pirâmide etária em 31.12.2012
Fonte: Sinus 2012
A pirâmide etária é um instrumento que permite obter uma visão global da representação
gráfica dos utentes da USF, em função da idade e do sexo, numa data determinada.
Analisando a pirâmide etária da USF Grão Vasco podemos constatar a grande diminuição
da natalidade, sendo a população predominantemente activa, entre os 20 e os 64 anos
(com um grande realce para a população idosa feminina).
O quadro abaixo ( quadro n.º 1), representa a distribuição de utentes actualmente inscritos,
na USF considerando os grupos etários definidos no Dec. Lei nº298/2007.
Grupo etário
Nº
Ponderação
UP
<6
1.032
1.5
1.548
6-64
11.167
1
11.167
65-74
1.173
2
2.346
>=75
963
Total
14.335
2.5
2.407,5
17.468,5
7
1.3 - Recursos Humanos
A equipa da USF Grão Vasco é composta por 20 elementos. Desses, 8 são médicos, todos
detentores de Especialidade em Medicina Geral e Familiar, 7 são enfermeiros, tendo três
vínculo definitivo e quatro CTTC, e 5 secretários clínicos, todos com vínculo definitivo. No
grupo de enfermeiros um é Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica e outro é detentor
de especialidade em Saúde Comunitária.
1.4 - Oferta e Disponibilidade de Serviços
A USF Grão Vasco funciona das 8 às 22h nos dias úteis, e aos sábados das 9h às 13h e
das 14h às 18h. Durante o seu horário de funcionamento a USF disponibiliza aos seus
utentes todos os serviços da carteira básica, através das seguintes consultas:
- Consulta Aberta;
- Consulta de Intersubstituição;
- Encaminhamento de situações Urgentes/Emergentes;
- Consulta Programada de Medicina Geral e Familiar;
Para que esta consulta pudesse estar disponível por cada médico de família em todo o
horário de funcionamento da USF, ao longo da semana, os horários dos médicos foram
ajustados ainda em 2011, permitindo que durante todo o ano de 2012, este serviço
estivesse já disponível aos utentes, com consequentes ganhos em acessibilidade.
-Consulta Programada de Vigilância Saúde da Mulher (planeamento familiar e climatério;
vigilância
da
gravidez);
Saúde
Infantil
e
Juvenil.
Consulta
Programada
de
Acompanhamento Clínico a Doenças Crónicas: Diabetes mellitus e Hipertensão Arterialde
- Contactos Indirectos;
-Visitas Domiciliárias;
-Atendimento telefónico;
-Medidas Terapêuticas e Vacinação
Todo o utente tem a possibilidade de obtenção de atendimento pela sua equipa de saúde
(médico ou enfermeiro de família e secretário clínico), no próprio dia. O agendamento de
consultas pode ser efectuada de forma presencial, em todo o horário de funcionamento da
USF e telefonicamente das 15 às 16 horas diariamente.
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1.4.1 - Carteira Adicional
A carteira adicional de serviços, disponibilizada pela USF abrange a Consulta de
Problemas Ligados ao Álcool, e a Consulta do Pé Diabético.
Estas consultas destinam-se a todos os utentes da USF referenciados pelo médico de
família, e ainda a utentes referenciados pela equipa de saúde da USF Viriato.
A Consulta de Problemas Ligados ao Álcool abrange ainda os utentes da UCSP D. Duarte
devidamente referenciados pelo seu médico de família, em que tenham sido identificadas
alterações comportamentais ou outras, que indiciem problemas ligados ao álcool. O
processo de adesão à consulta implica vontade e/ou receptividade do utente para o
tratamento.
1.4.2 - Alargamento de Horário
O alargamento de horário da USF verifica-se das 20 às 22h, nos dias úteis e aos
sábados das 9h às 13h e das 14h às 18h.
Durante esse horário estão disponíveis aos utentes, todos os serviços da carteira básica,
mediante agendamento prévio ou o atendimento a situações agudas em regime de
intersubstituição.
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2 - Contratualização e Resultados
2.1. Cobertura Assistencial
Quando foi realizada a contratualização, referente ao ano de 2012, o número de inscritos
na USF (31.12.2011) era de 13.831 (SINUS), sendo que a disponibilidade de inscrições iria
até 14.000 utentes.
Embora a funcionar com oito médicos, um destes profissionais esteve sempre a trabalhar a
tempo parcial, pelo que lhe estavam atribuídos sensivelmente metade do número de
utentes dos restantes profissionais do mesmo grupo.
A partir de Setembro de 2012, e com a notícia do seu regresso à USF a tempo inteiro por
ter pedido para ser substituído nas funções até aí desempenhadas, surgiu a necessidade
de fazer uma afectação de mais utentes, sendo que de 25 de Setembro a 21 de Dezembro,
foram afectos mais 413 utentes àquele ficheiro. O horário foi reajustado e adaptado a estas
alterações, mas de novo se verificou, que o profissional em causa continuaria a exercer a
tempo parcial na USF. Isto porque, em Dezembro de 2012, foi convidado para assumir
outras funções, com o aval do conselho geral da USF, que o ocupam no restante horário.
Dentro da mobilidade normal da unidade, foram integrados, nos restantes ficheiros, 91
utentes. Assim, a USF tem actualmente 14.335 utentes inscritos (SINUS 31.12.2012) ou
seja, excede em 335 utentes a oferta assistencial inicialmente prevista, pelo que as
inscrições de utentes se encontram suspensas e apenas autorizadas em casos de
nascimentos e casamentos.
2.2. Indicadores Institucionais
Num total de 14 indicadores institucionais, 4 são de acessibilidade, 8 de desempenho
assistencial e 2 de eficiência.
2.2.1 – Indicadores de Acessibilidade
Dos quatro indicadores de acessibilidade, o da percentagem de consultas ao utente pelo
seu médico de família, é o único que ultrapassou a meta contratualizada, denotando a
preocupação da equipa, em que o utente seja atendido pelo seu próprio médico de família.
Em todos os restantes, foi atingido o contratualizado.
10
Justificamos a baixa de visitas domiciliárias de enfermagem, pelos bons cuidados
preventivos que têm vindo a ser prestados em continuidade, o que permitiu a diminuição
de tratamentos curativos, muito mais penosos e consumidores de recursos. Por outro lado,
viu-se a equipa confrontada com grandes constrangimentos e dificuldades dada a
inconstância na cedência de transporte e motoristas por parte do ACES, ao longo do ano.
Para uniformização de critérios médicos de visitas domiciliárias, foi revisto e relembrado
em Conselho Geral o Procedimento sobre este tema, atribuindo-se a este facto a baixa
ligeira de percentagem atingida, devendo no entanto ser ressalvado o facto de nunca
termos descurado, ou negado a assistência pedida, ou prevista, a este tipo de utentes,
mesmo na ausência do seu Médico de Família. (Plano de Acção – Serviços Mínimos).
Quanto à taxa de utilização global de consultas, e embora esteja a ser realizado para todos
os médicos o rastreio do Cancro do Cólon e Recto, que convoca á USF alguns utentes
menos utilizadores, continuamos a ter algumas dificuldades em cumprir o contratualizado.
Justificamos esta falha pela circunstância de estarmos inseridos num meio urbano, com
acesso fácil a outros recursos e serviços afins, mas também, conforme explicado
anteriormente, pelo recente acréscimo de cerca de 413 utentes num dos ficheiros, sendo
provável e natural que alguns elementos dessas famílias, ainda não tenham tido tempo de
necessitar de consulta no seu novo médico.
No quadro seguinte, apresenta-se um estudo comparativo 2011/2012, relativamente a
estes indicadores:
N.º
Indicador
Atingido 2011
Atingido 2012
Contratualizado/12
3.12
% cons. ao utente pelo seu
próprio médico família
87.1 %
90.1 %
85 %
3.15
Taxa de utilização global de
consultas
67.8 %
67.4 %
72 %
4.18
Taxa de visitas domicil.
médicas p/ 1000 inscritos
35.3 %o
28.3 %o
30 %o
4.30
Taxa de visitas domic. de
enf. p/ 1000 inscritos
169 %o
142 %o
145 %o
Quadro nº 2 – Indicadores de Acessibilidade
11
2.2.2 – Indicadores de Desempenho Assistencial
Foram alcançadas as metas nos seis primeiros indicadores. Quanto aos dois restantes,
6.12 e 6.9M, procuraremos justificar as falhas detectadas, colocando em anexo (Anexo 1)
as evidências assinaladas. Assim:
- Indicador 6.1Md1:
NOP 3246899 – Criança inscrita/seguida em consultas de vigilância de Saúde Infantil na
USF e com quadro vacinal cumprido, até ao primeiro ano de vida. Só faltou à vacinação
aos 15 meses, mas aos 17 foi inscrita como esporádica/emigrante (email da Agille e nota
de situação na informação pessoal), sendo provável que ao faltar à consulta e vacina aos
15, já estivesse emigrada.
NOP 565991 – Criança proveniente da Suíça (afectação em 13.11.2012 já com 2 anos e
10 meses) com vacinas introduzidas conforme calendário vacinal suíço. Sem vacinas
administradas na USF, por quadro vacinal cumprido.
- Indicador 6.1Md2:
NOP 2740503 – Criança com vacinas em dia. Houve um engano no registo da Vacina
VASPR, uma vez que foi administrada no mesmo dia da DTPaVIP.
NOP 1241299 – Criança a residir com a mãe na Madeira, conforme está escrito na
consulta de S. Infantil – Exame Global de Saúde em consulta oportunista - realizada em
17.08.2011. Tem feito lá as vacinas, que estão actualizadas, mas que só foram registadas
mais tarde, por contacto telefónico, em virtude da mãe se ter esquecido do Boletim no dia
da consulta.
NOP 2860004 – Contra-indicada VASPR, por transplante hepático.
NOP 2805603 – 2805603 – Ninguém conhece este agregado conforme V.D. feita em
22.11.2012.
12
O quadro que se segue, representa o estudo comparativo dos indicadores desempenho
assistencial 2011/2012:
N.º
5.2
Indicador
Atingido 2011
Atingido 2012
55.1%
Contratualizado/12
% mulheres 25-64 anos c/
colpocitologia actualiz.
56.7%
60%
5.1M
%mulheres 50-69 c/ reg
mamog nos últimos 2 anos
74.6%
74.1%
75%
5.4M
%diabéticos >=2HbA1c
registadas últimos 12 m
91%
88.4 %
92%
5.10M
%hipertensos c/ registo de
PA em cada semestre
88.1%
89.2%
92%
6.1Md1 % crianças c/ PNV
actualizado aos 2 anos
97.7%
96.9 % *
98%
6.1Md2 % crianças c/ PNV
actualizado aos 7 anos
99.4%
94.3% *
97%
6.12
% 1ªs consultas na vida
efectuadas até aos 28d
97.1%
92.6%
92%
6.9M
% 1ªs consultas de
gravidez no 1º trimestre
93.6%
98.8%
90%
(?)
Quadro nº 3 – Indicadores de Desempenho Assistencial (* - a justificar)
Importa salientar, que o indicador 5.2 em que temos uma meta atingida de 55.1%, não
corresponde ao valor real, em virtude deste dado não ter sido actualizado com os registos
de citologias de Janeiro de 2013, conforme está estipulado (tabela SIARS saída em
20.01.2013 manteve-se em 20.02.2013).
Será portanto um resultado a rever e a actualizar.
2.2.3 – Indicadores de Qualidade Percepcionada
Embora a nível nacional, mais uma vez não se tenha concretizado a avaliação da
satisfação dos utilizadores das USF, como tinha vindo a ser anunciado, em 2012
13
realizamos um Inquérito de Satisfação aos nossos utentes, utilizando um inquérito
adaptado do utilizado em 2009 e 2010, do Centro de Estudos e Investigação em Saúde da
Universidade de Coimbra.
Assim, durante dois dias do mês de Maio de 2012 e com a colaboração do Gabinete do
Cidadão (Assistente Social e estagiária do serviço social), foram aplicados 133
questionários a utentes na sala de espera.
Dos utentes que acederam responder a estes inquéritos, 63% eram do sexo feminino, 32%
tinham idades compreendidas entre os 35 e os 44 anos e 42 % responderam ter o ensino
superior.
Embora não seja uma área contratualizada, considera-se de bastante importância para a
percepção da qualidade dos serviços prestados, pelos utentes, pelo que os resultados são
apresentados no quadro que se segue. Pareceu-nos também pertinente comparar com os
resultados conseguidos na USF, nos três anos em que realizamos estes inquéritos, do
indicador “Percentagem de utilizadores satisfeitos/muito satisfeitos”.
N.º
-----
Indicador
% de utilizadores satisfeitos
/ muito satisfeitos
Atingido 2009
92.3%
Atingido 2010
Atingido 2012
97 %
93 %
Quadro nº 4 – Indicador de Qualidade Percepcionada
2.2.4 – Indicadores de Eficiência
Embora tenham sido dois indicadores difíceis de avaliar ao longo dos anos, os valores
contratualizados pela USF nunca foram excedidos, denotando-se o constante apelo à
contenção de despesas.
Mais uma vez conseguimos atingir os objectivos, o indicador 7.6d4, mas muito
contidamente no 7.7d1, por nele estarem agora abrangidos os tratamentos de Medicina
Física e de Reabilitação, que, pela primeira vez e ao longo de todo o ano, fomos podendo
autorizar, e para os quais não sabíamos prever o “peso” na despesa total.
14
N.º
Indicador
Atingido / 2011
Atingido / 2012
Contratualizado/12
7.6 d4
Custo médio de medic.
facturados (PVP) por
utilizador
116,86€
95.01€
111,17€
7.7d1
Custo médio de MCDT
facturados, por utilizador
-----------
28€
31.37€
Quadro nº 5 – Indicadores de Eficiência
No quadro seguinte faz-se a análise conjunta, de todos os indicadores institucionais com
descriminação do numerador, denominador, resultado do indicador e meta de 2012.
N.º
Indicador
3.12
% consultas ao utente
pelo seu próprio M F
3.15
Taxa de utilização global
de consultas
4.18
Taxa de visitas domic.
médicas/1000 inscritos
4.30
5.2
Numerador
Denominador
Resultado
Contratual/12
28818
31706
90.9%
85%
9833
14581
67.4%
72%
413
14581
28.3%o
30%o
Taxa de visitas domic. de
enferm/1000 inscritos
2070
14581
141.97%o
145%o
% mulheres 25-64 A. c/
colpocitologia actualizada
2360
4283
55.1%
60%
5.1M
%mulheres 50-69 A c/
registo de mamografia
nos últimos 2 A
1296
1748
74.14%
75%
5.4M
%diabéticos >=2HbA1c
registadas últimos 12 M
373
422
88.4%
92%
5.10M
% hipertensos c/ registo
de P. A. em cada sem.
1332
1493
89.2%
92%
6.1M d1
% crianças c/ PNV
actualizado aos 2 anos
125*
129
96.9% *
98%
6.1M d2
% crianças c/ PNV
actualizado aos 7 anos
134*
142
94.4% *
97%
6.12
% 1ªs consultas na vida
efectuadas até aos 28d
100
108
92.6%
92%
(?)
(?)
15
6.9M
% 1ªs consultas de
gravidez no 1º trimestre
7.6 d4
Custo/Utilizador para
medic.prescritos (PVP)
7.7 d1
Custo/Utilizador para
MCDT prescritos (PVP)
81
82
98.8%
90%
934.255
9833
95.01€
111.17€
275.354
9833
28.00€
31.37€
Quadro nº 6 – Indicadores Institucionais 2012 (* - a justificar na alínea 2.2.2)
2.3 – Situações com Impacto nos Resultados
2.3.1 – Ausências prolongadas
Durante o ano de 2012 e no período de 01.01.2012 a 29.02.2012, tivemos uma enfermeira
ausente em gozo de licença por maternidade. Esta ausência foi colmatada pelas restantes,
em ajuste de horário e mesmo em horas acrescidas com distribuição do esforço pela
equipa. Neste período, as restantes colegas foram autorizadas a fazer 23 horas semanais
extraordinárias.
2.3.2 – Médicos Prescritores na USF
Durante o ano de 2012, foram os seguintes os médicos prescritores na USF:
- António Lemos
- Dora Alves
- Graça Maria Martins
- Joaquim Sanches
- Lino Ministro Esteves
- Maria de Lurdes Nery
- Maria José Barradas
- Maria Teresa Ministro
16
Médicos no internato de MGF:
- Ana Sofia Carvalho
- Inês Coelho
- Susana Silva
2.3.3 – Outras situações para análise
Conforme já referimos anteriormente, embora a funcionar com oito médicos, um destes
profissionais manteve a sua actividade em tempo parcial, pelo que lhe estavam atribuídos
sensivelmente metade do número de utentes dos restantes profissionais do mesmo grupo.
A partir de Setembro, e com a notícia do seu regresso à USF, a tempo inteiro, por ter
pedido para ser substituído nas funções até aí desempenhadas, surgiu a necessidade de
fazer afectação de utentes, incorporando todos os que aguardavam vaga e mais alguns,
dos muitos que entretanto ficaram sem médico de família, e que pertenciam à nossa área
de influência, conforme regulamentação em vigor.
Assim, de 25 de Setembro a 21 de Dezembro, mais 413 utentes vieram a ser integrados,
neste ficheiro, o que veio dar um acréscimo de trabalho aos secretários clínicos, com a
gestão de pedidos, admissões e gestão de processos; também à equipa de enfermagem,
com utentes desconhecidos e maior número de consultas nos diversos programas de
saúde, mais consultas de enfermagem, mais medidas terapêuticas e vacinas; e por fim, ao
próprio médico, com a gestão assistencial de utentes novos e aos restantes colegas pelo
consequente acréscimo de doentes em consultas de intersubstituição e em serviços
mínimos.
A tudo isto acresce-se o facto de o profissional em causa ter continuado a exercer a tempo
parcial na USF, por, em Dezembro, ter sido convidado para assumir novas funções, que o
ocupam nas restantes horas.
17
2.4 – Indicadores Financeiros
Em número de dezasseis, e segundo os resultados SIARS, conseguimos atingir as metas
contratualizadas em catorze destes indicadores.
Procurarei, de seguida, justificar os restantes dois:
Indicador 4.9M 1m - % de crianças com 6 ou mais consultas de vigilância de Saúde Infantil
dos 0-11 meses – Em virtude de ter sido identificado erro no registos Vitacare, que foi
assumida por aquela empresa, foi pedida recontagem que até á data não foi feita.
Assim, às 94 crianças que cumpriam este indicador, devem ser acrescidas 7 (NOP
2999904, NOP 3228504, NOP 3223504, NOP 3060503, NOP 3192803, NOP 3211503 e
NOP 3011304) em que, tendo sido feitas as seis ou mais consultas até aos 11 meses, o
registo/gravação não ficou correcto, por ocultação da codificação (ICPC).
Adicionado este valor, este indicador passará para 82.8%.
Indicador 6.1 Md1 – procuro justificar as falhas detectadas, na alínea 2.2.2, e no Anexo 1.
Relativamente ao indicador 5.2M - % mulheres c/ colpocitologia actualizada (1 em cada
3A), mais uma vez, tal como no indicador 5.2, terei que focar
que este dado não
corresponde ao valor real, em virtude de não ter sido actualizado com os registos de
citologias de Janeiro de 2013, conforme está estipulado (valores da tabela SIARS saída
em 20.01.2013 manteve-se em 20.02.2013).
Será portanto mais um resultado a rever e a actualizar.
18
No quadro seguinte faz-se o estudo comparativo 2011/2012, destes indicadores:
N.º
Atingido2011
Indicador
Atingido2012
Contratualiz/12
3.22M
Taxa de utilização de consultas de
enfermagem em PF
43.4%
44.4 %
44%
5.2M
% mulheres c/ colpocitologia actualizada
(1 em cada 3A)
90.8%
86.3%
93%
4.22M
% grávidas c/ >=6 consulta
enfermagem em S. Materna
de
93.2%
96.2%
93%
6.4
% grávidas c/ revisão de puerpério
efectuada
100%
92.6%
90%
4.33
% visitas domiciliárias
vigiadas na USF
a puérperas
94.2%
88.9%
85%
6.13
%diagnósticos precoces realizados até
7º dia vida
97.0%
95.3%
99%
4.34M
% visitas domiciliárias a RN até aos 15
dias de vida
94.3%
92.8%
90%
4.9M1m
% crianças c/ >= 6 consultas de
vigilância em SI dos 0-11m
85.4%
77.1(?)
86%
4.10M1m % crianças c/ >= 3 consultas de
vigilância em SI no 2º ano
91.5%
82.8 %
87%
5.13M2
% inscritos (12-23m) c/ registo de peso e
altura - últimos 12m(2A)
97.7%
92.2%
95%
6.1Md1
% de crianças c/ PNV actualizado aos 2
anos
97.7%
96.9% **
98%
6.19M
% de diabéticos (18-75) c/ consulta de
enfermagem
96%
97.5%
94%
5.7
% diabéticos c/ pelo menos 1 exame de
pés registado no ano
95%
96.2%
95%
5.10Mf
% de hipertensos c/ registo de P.A. em
cada semestre
88.1%
89.2%
92%
5.13M1
% de hipertensos c/ IMC registado nos
últimos 12M
91.8%
96.6%
92%
6.2 M
% hipertensos (>=25 anos) c/ vacina
antitetânica actualizada
97.9%
98.5%
98%
(?)
(82.8%) *
Quadro n.º 7 – Indicadores Financeiros 2011/2012 (* - valor corrigido, contabilizando as 7 crianças)
(** - a justificar na alínea 2.2.2 e anexo I)
19
A análise conjunta, de todos os indicadores financeiros com descriminação do numerador,
denominador, resultado do indicador e meta 2012, será feita no quadro que se segue:
N.º
Numerador
Indicador
Denominador
Resultado
Contrat/12
3.22M
Tx de utilização de consulta
de enfermagem em PF
1665
3749
44.4%
44%
5.2M
%mulheres
c/
colpocitol.
actualizada (1 cada 3 A)
1334
1546
86.3%
93%
4.22M
% grávidas c/ >=6 cons.
enfermagem em S. Materna
50
52
96.2%
93%
6.4
% grávidas c/ revisão de
puerpério efectuada
50
54
92.6%
90%
4.33
% visitas domiciliárias
a
puérperas vigiadas na USF
48
54
88.9%
85%
6.13
% diagnósticos precoces
realizados até 7º dia vida
102
107
95.3%
99%
4.34M
% visitas domiciliárias a RN
até aos 15 dias de vida
90
97
92.8%
90%
4.9M
%crianças c/ >= 6 cons de
vigilância em SI - 0 -11 M
94 (?)
77.1%(?)
86%
1m
(?)
(?)
122
(101) *
(82.8%) *
4.10M
1m
% crianças c/ >= 3 cons de
vigilância em SI no 2º ano
82
99
82.8%
87%
5.13M
2
% inscritos(12-23m) c/ reg.
peso/altura-últimos 12m (2A)
119
129
92.3%
95%
6.1Md
1
% de crianças c/
actualizado aos 2 anos
125**
129
96.9% **
98%
6.19M
% de diabéticos (18-75) c/
consulta de enfermagem
431
442
97.5%
94%
5.7
%diabéticos c/ pelo menos 1
exame pés registado no ano
425
442
96.2%
95%
5.10M
f
% de hipertensos c/ registo de
P.A. em cada semestre
1332
1493
89.2%
92%
5.13M
1
% de hipertensos c/ IMC
registado nos últimos 12M
1487
1539
96.6%
92%
6.2 M
%hipertensos (>=25 A) c/ vac.
antitetânica actualizada
1515
1538
98.5%
98%
PNV
Quadro n.º 8 – Indicadores Financeiros 2012 (* - valor corrigido, contabilizando as 7 crianças)
(** - a justificar na alínea 2.2.2 e anexo I)
20
2.5 – Carteira Adicional de Serviços
2.5.1 – Consulta do Pé Diabético
A consulta do Pé Diabético é realizada mensalmente por 2 profissionais com formação
específica para o efeito, nas áreas médica e de enfermagem (8 horas por grupo
profissional) e conta com o apoio do secretariado clínico (2 horas). Dá apoio aos utentes
da nossa Unidade e da USF Viriato.
Contratualizaram-se assim 192 consultas. Conforme demonstrado em quadro em anexo,
esta meta foi atingida.
Indicador de produção
Número de consultas de pé diabético
Resultado
212
Meta
192
Quadro n.º 9 – Consulta do pé diabético
2.5.2 – Consulta de Alcoologia
A consulta de Alcoologia, é garantida mensalmente por 1 profissional com formação
específica para o efeito, na área médica (7 horas) e conta com o apoio do secretariado
clínico (1.75 horas) e da Assistente Social do ACES que colabora na consulta dentro do
seu horário de trabalho.
Esta consulta, dá apoio aos utentes da nossa Unidade, à UCSP D Duarte e à USF Viriato.
Contratualizaram-se 168 consultas.
Conforme demonstrado em quadro anexo, realizaram-se 156 consultas individuais. Em
reunião/consulta de grupo dos doentes alcoólicos em seguimento, que faz parte integrante
do tratamento dos doentes e também realizada no período de consulta de alcoologia,
foram observados 19 utentes.
21
Indicador de produção
Resultado
Meta
175
Número de consultas de alcoologia
156 – registo Vitacare
168
19 – em reunião de grupo
Quadro n.º10 – Consulta de alcoologia
2.6 – Alargamento de Horário
2.6.1 – Alargamento de horário em dias úteis
O alargamento de horário em dias úteis, é feito das 20 às 22 horas, e é desenvolvido
diariamente por uma equipa constituída por médico, enfermeiro e secretário clínico.
Constitui requisito desta actividade que 50% do número de consultas contratualizadas,
sejam programadas.
Conforme quadro em anexo, esta meta foi atingida tanto no total, como na percentagem de
programadas.
Indicador de produção
Número de consultas (20-22 horas)
Resultado
1558, das quais 1038
foram programadas
Meta
1518
Quadro n.º 11 – Consulta das 20-22 horas
22
2.6.2 – Alargamento de horário aos sábados
O alargamento de horário aos sábados, é feito das 09 às 13 e das 14 às 18 horas e é
desenvolvido por uma equipa constituída por médico, enfermeiro e secretário clínico.
Também aqui, constitui requisito desta actividade, que 50% do número de consultas
contratualizadas, sejam programadas.
Tal como nas consultas em dias úteis e conforme quadro em anexo, esta meta foi atingida,
tanto no total, como na percentagem de programadas.
Indicador de produção
Número de consultas aos sábados
Resultado
1426, das quais
foram programadas
Meta
831
1200
Quadro n.º 12 – Consulta aos sábados
23
3 – Avaliação do Plano de Acção
Como os indicadores do Plano de Acção, tanto na carteira básica como na adicional, são
em grande número coincidentes com os da contratualização, optou-se, para não tornar
mais longo este relatório, por não repetir os já analisados anteriormente, apenas
apresentando referências e quadros, nos restantes, ou seja, nos indicadores não
contratualizados.
3.1 – Programas da Carteira Básica
3.1.1 – Saúde da Mulher
Estão englobados neste programa, as actividades de Planeamento Familiar, Rastreio do
Cancro da Mama e Colo do Útero e abrange todas as mulheres entre os 15 e os 69 anos,
inscritas na USF. Tem quatro indicadores de execução.
3.1.2 – Saúde Materna
Tendo como população alvo, as grávidas vigiadas, até ao termo da gravidez na USF, este
programa tem quatro indicadores de execução, todos contratualizados.
3.1.3 – Saúde Infantil e Juvenil
Abrangendo todas as crianças/jovens inscritas na USF, este programa, tem sete
indicadores de execução.
O quadro seguinte refere-se ao estudo comparativo 2011/2012 e meta proposta para 2012,
do indicador - percentagem de exames globais a crianças com 6 anos completos.
Da sua análise conjunta se deduz, que em 2012 houve uma melhoria significativa deste
indicador, tendo quase sido atingido o objectivo proposto.
N.º
Indicador de execução
4.16
% de exames globais de
saúde em crianças com 6
anos completos
Atingido 2011
79.3 %
Atingido 2012
Meta 2012
82.98%
85%
Quadro n.º 13 – Indicador de execução de S. Infantil
24
3.1.4 – Diabetes
Tendo como população alvo, todos os diabéticos seguidos na USF, este programa tem
cinco indicadores de execução.
Dos restantes dois, com a referência 5.5 e 5.6, mais uma vez se faz estudo comparativo
2011/2012, com meta proposta para 2012.
Da análise deste quadro se deduz que a meta proposta para o indicador 5.6 não foi
atingida.
N.º
Indicador de execução
5.5
5.6
Atingido 2011
Atingido 2012
Meta 2012
% diabéticos c/ pelo
menos um registo de
colest. total, HDL e LDL
(últ.12 meses)
84.3%
84.8%
84%
% diabéticos c/ pelo
menos uma avaliação de
microalb ou prot. (últimos
12 meses)
81%
77%
89%
Quadro n.º 14 – Indicadores de execução da Diabetes
3.1.5 – Hipertensão Arterial
Este programa, abrange todos os hipertensos seguidos na USF e tem três indicadores de
execução.
Do estudo comparativo, 2011/2012 e meta proposta para 2012 do indicador 5.16, se deduz
que o objectivo foi cumprido.
N.º
Indicador de execução
5.16
% hipertensos c/ uma
avaliação da microalb.. ou
prot. (últimos 12 M)
Atingido 2011
Atingido 2012
Meta 2012
54.5%
50%
55.2%
Quadro n.º 15 – Indicador de execução de Hipertensão Arterial
25
3.1.6 – Vigilância a doentes dependentes crónicos
Tendo como população alvo os utentes inscritos na USF, em situação de dependência
física e funcional que os incapacita de se poderem deslocar à USF, tem dois indicadores
de execução.
3.1.7 – Plano Nacional de vacinação
Abrange todos os utentes da USF e tem cinco indicadores de execução.
Do estudo comparativo, 2011/2012 e meta proposta para 2012 dos indicadores 6.2 e 6.1,
se deduz que o objectivo foi cumprido, tendo melhorado muito o primeiro indicador em
relação ao ano transacto.
Embora não estando englobado no Plano de Acção 2012, podemos acrescentar que a taxa
de cobertura vacinal com HPV - Gardasil nas crianças com 13 anos, foi de 83%.
N.º
Indicador de execução
6.2
% de inscritos c/ 25 anos e
com a vacina antitetânica
actualizada
80.8%
88%
85%
% de crianças c/ 13 anos
de idade c/ PNV completo
ou actualizado
99.4%
99%
96%
6.1
Atingido 2011
Atingido 2012
Meta 2011
Quadro n.º 16 – Indicadores de execução do PNV
3.1.8 – Rastreio do Cancro do Cólon e Recto
Também não fazendo parte do Plano de Acção em análise, mas sendo que para o do
próximo triénio já estará contemplado, não poderemos deixar de mencionar esta actividade
até para enfatizar todo o trabalho desenvolvido e o envolvimento de toda a equipa. Assim,
dos 1830 utentes elegíveis para o ano de 2012, foram marcadas 1428 consultas, tendo
sido entregues 1282 kits, sendo que os restantes não tinham critérios de inclusão. Destes,
apenas 1052 concretizaram o envio.
O quadro abaixo evidencia a percentagem de utentes que realizaram o rastreio.
26
Indicado de execução
Atingido em 2012
% de utentes elegíveis em 2012 com idades
entre os 50 - 70 anos com teste PSOF
58%
realizado
3.2 – Programas da Carteira Adicional
3.2.1 – Consulta do Pé Diabético
Tem como objectivo conseguir que 100% dos diabéticos com patologia do pé, relacionada
com a diabetes, sejam observados nesta consulta, e os que necessitem, sejam
referenciados para a consulta do Pé Diabético do CHTV. Tem três indicadores de
execução.
Num total de 1398 diabéticos das USF Grão Vasco e Viriato, foram seguidos 124 utentes
(8.9%), tendo sido realizadas 212 consultas. Todos os pedidos foram satisfeitos, mediante
avaliação em primeira consulta.
Sendo
essencialmente
seguidos,
pés
neuropáticos,
neuro
isquémicos
e
alterações/deformidades, durante o ano de 2012, três diabéticos foram transferidos para a
consulta de referência do CHTV, devido a patologia apresentada.
Em seguida, apresenta-se quadro comparativo entre 2011, 2012 e meta proposta para
2012 de dois indicadores de execução. Em ambos a meta foi atingida.
Indicador de execução
% de diabéticos c/ patologia do pé
observados
Atingido 2011
100%
% de diabéticos c/ patologia do pé
100%
observados e referenciados ao
(3 c/ patologia/3
CHTV
enviados)
Atingido 2012
Meta 2012
100%
100%
100%
100%
Quadro n.º 18 – Indicadores de execução da consulta do Pé Diabético
27
3.2.2 – Consulta de Alcoologia
Tinha como objectivo conseguir que até 2012, 20% dos utentes com problemas ligados ao
álcool que realizaram tratamento, se mantivessem abstémicos ao fim de 1 ano. Tem dois
indicadores de execução.
Como se pode ver no quadro n.º 19, houve um grande aumento da percentagem de
abstémicos, tanto em relação ao ano transacto, como em relação à meta pretendida .
Indicador de execução
Atingido 2011
Atingido 2012
Meta 2012
% de utentes c/ problemas
ligados ao álcool que se
mantêm abstémicos ao fim de
1 ano
37%
49%
20%
Quadro n.º 19 – Indicador de execução da consulta de Alcoologia
28
4- Reuniões do Conselho Geral
A reunião de equipa da USF Grão Vasco tem lugar regularmente, às sextas-feiras, entre as
12 e as 14 horas, excepto nos dias que coincidam com a ausência da Coordenadora, ou
no período de 15 de Julho, a 15 de Setembro, e têm lugar na sala de reuniões do Centro
de Saúde Viseu III. Para todas as reuniões, e com pelo menos 48 horas de antecedência,
é elaborada uma ordem de trabalhos e divulgada a todos os elementos da equipa, via
mensagem interna, através do sistema informático Vitacare
Pretende-se que este seja um momento de reflexão e crescimento em equipa pelo que têm
uma grande componente formativa e participativa e representa momentos privilegiados de
discussão de aspectos importantes para o desenvolvimento organizacional da USF. É
ainda da semana em que a equipa, no seu todo, se manifesta e interage, podendo efectuar
de forma agradável a gestão da agenda emocional, tão necessária à harmonia da equipa.
Quando faz parte da ordem de trabalhos um tema médico/história clínica, a reunião de
Conselho Geral terá início no final, ou antes da apresentação. No caso de se tratar de uma
apresentação/actualização de Boas Práticas, nos diversos programas (sempre feita por um
secretário clínico, um enfermeiro e um médico), a presença dos restantes grupos
profissionais é obrigatória, para que todos se inteirem das suas competências e deveres.
A acta do Conselho Geral foi sempre redigida pelo elemento de enfermagem do Conselho
Técnico, e é lida, na reunião seguinte à que se refere, sendo assinada por todos. Aos
ausentes, é solicitada tomada de conhecimento.
A cada uma destas actas, a Coordenadora anexa um resumo esquematizado, onde consta
a identificação do problema, a resolução, o prazo, e quem é o responsável pela
implementação da solução. Esta foi a forma encontrada para diminuir vazios na resolução
de problemas e/ou constrangimentos, e para a atribuição de responsabilidades.
No final, as atas são guardadas em pasta própria, ficando acessíveis para consulta a toda
a equipa, no gabinete de coordenação.
Durante o ano de 2012 realizaram-se 27 reuniões de Conselho Geral, das quais 25
incluíram uma componente formativa, quer pela apresentação de casos clínicos, quer pela
apresentação e discussão de Normas da DGS, ou apresentação de partilha ou de
trabalhos em prol da qualidade assistencial da USF. Este foi, aliás, um ano reservado
essencialmente á divulgação e implementação das Normas da DGS na sua maioria
29
emitidas no final de 2011 e apresentadas e discutidas em reunião de Conselho Geral, num
total de 15 normas em 10 reuniões.
Assim e esquematicamente, apresentamos os grandes momentos formativos
- Partilha de formação externa – 4;
- Discussão de casos clínicos – 8;
- Apresentação e discussão de normas da DGS – 10;
- Apresentação de resultados de Auditorias Internas – 2;
- Apresentação de temas/procedimentos no âmbito da Qualidade – 7;
- Apresentação/discussão de resultados de indicadores – 12;
- Agenda Emocional – 4;
- Análise de reclamações/ sugestões e elogios – 6
A diversidade de temas abordados nas reuniões torna-as momentos de discussão e de
coesão, são disso exemplo as reuniões onde fizemos a avaliação dos indicadores de
eficiência, analisámos os gastos com medicamentos e MCDTs, a gestão das listas de
utentes e as várias atitudes e consensos gerados no intuito de se alcançarem os objectivos
traçados no início do ano, sem nunca pôr em causa a qualidade e eficiência do
atendimento aos nossos utentes, as intersubstituições em período de férias, etc.
Para além destas reuniões, houve ainda Reuniões Parcelares dos vários grupos
profissionais, algumas, para debater problemas específicos de cada grupo profissional.
30
5 - Desenvolvimento de Competências e Formação Contínua
5.1 - Plano Anual de Formação Contínua
Como já foi referido a Formação na USF é aspecto privilegiado, quase sempre dando início
às reuniões de sexta-feira. Aqui se apresentam e discutem casos clínicos, se efectuam
revisões teóricas e temáticas, discutem e aprovam Boas Práticas (Saúde Materna,
Planeamento Familiar, Saúde Infanto - Juvenil, Diabetes e Hipertensão), se discutem
aspectos relacionados com os Indicadores e se estudam estratégias para as atingir, se
apresentam ciclos da qualidade e normas da DGS, se apresentam e discutem
Procedimentos novos, se faz a gestão da agenda emocional…
O Plano de Formação resulta das necessidades sentidas e identificadas pelos profissionais
da USF, não só em termos técnico-científicos, mas também relacionais entre os próprios
profissionais. Essas necessidades são identificadas através da aplicação de questionário
bianual tendo ocorrido o último em Abril de 2012.
Algumas das formações identificadas tiveram lugar no decurso de 2012, sendo que outras
fazem parte do Plano de Formação para o ano em curso. Em Abril de 2014 será aplicado,
novo questionário para identificação de necessidades formativas, tendo-se optado por ser
bianual, dada a diversidade e quantidade da formação a ser programada.
Tendo o nosso Plano de Acção como objectivo que em 25% das reuniões semanais
houvesse discussões de casos clínicos e que 35% fossem de formação externa partilhada,
em ambas conseguimos atingir os objectivos programados. Também, relativamente ao
objectivo de conseguir que em pelo menos 55% das reuniões semanais ocorram acções
de formação interna, podemos afirmar com grande satisfação que ela ocorreu em 25 das
27 reuniões de Conselho Geral, o que faz superar em larga margem o inicialmente
proposto como objectivo.
Para além destas formações internas conseguiu finalmente a USF ser detentora de
Formação em Suporte Básico de Vida em todos os seus profissionais sem excepção. Tal
foi conseguida com um empenho de todos, tendo a formação decorrido nos dias 25 e 26
de Maio de 2012. Para que tal tivesse lugar a equipa dividiu-se em dois grupos e fez
formação em 2 dias consecutivos, de modo que um grupo assegurava o serviço, enquanto
o outro realizava a formação. Os nossos agradecimentos à empresa Med First – Soluções
Globais de Emergência e aos seus formadores, e ao laboratório Abbott.
31
Também no dia 24 de Fevereiro teve lugar a segunda parte da formação em Diabetes com
o apoio do núcleo de Diabetologia do Centro Hospitalar Tondela Viseu na pessoa da Dr.ª
Edite e da sua equipe, a quem também não podemos deixar de agradecer pelo contributo
formativo dado.
Continuamos a aguardar a formação em Infecção e Higiene Hospitalar tantas vezes já
solicitada ao ACES, mas até à data, sem resposta…
Mantivemos, durante 2012, actualizado o Manual da Qualidade, com a elaboração de
alguns novos procedimentos, considerados pertinentes pela equipa.
Também a necessidade de manter actualizada a informação que oferecemos aos nossos
utentes levou a que, durante 2012 fosse feita a revisão e actualização dos folhetos de
Saúde Materna e Planeamento Familiar tendo sido iniciada a revisão dos panfletos de
Saúde Infantil. A sua finalização está apenas dependente da aprovação do Programa
nacional de Saúde Infanto-juvenil que se afigura para breve.
Para terminar, não poderemos deixar de referir que a USF por diversas vezes tem sido
chamada a dar a sua colaboração em Jornadas e Congressos, oportunidade esta que
aproveitamos para evidenciar a nossa realidade/vivência.
Em anexo apresenta-se o resumo da formação efectuada na USF, interna e externamente
e as Jornadas e Congressos em que colaboramos (Anexo 2).
5.2 - Formação pré e pós graduada
A USF Grão Vasco é uma USF onde a palavra Formação tem, como esperamos ter já
demonstrado ao longo dos anos, lugar privilegiado. Continuamos a dar continuidade à
formação de médicos e enfermeiros, pondo ao seu dispor, a nossa prática, a nossa
vontade e principalmente o gosto com que gostamos de partilhar tudo o que fazemos para
aumentar o nível de saúde dos nossos utentes.
Assim durante o ano de 2012 a USF colaborou na formação de dois alunos do Curso de
Medicina da Universidade de Lisboa, primeiro ano, e quatro internos do ano comum (IAC).
Também durante o ano em apreço terminaram dois médicos o seu Internato
Complementar em Medicina Geral e Familiar na USF (Susana e Ana Sofia). Outros dois
aqui iniciaram a sua formação (Liliana e Ana Margarida), tendo-se juntado a mais duas
internas que aqui se mantém (Inês e Catarina).
32
Dando seguimento à prática já implementada, continuará a USF a dar continuidade à
formação de Alunos Medicina, Médicos Internos do Ano Comum e Internos do Internato
Complementar de Medicina Geral e Familiar e de Pediatria, proporcionando-lhes as
condições desejadas para o conhecimento da Medicina Geral e Familiar.
Também na área de enfermagem, temos disponibilidade e interesse em continuar a
formação de base a alunos da Escola de Enfermagem (pública ou privada), assim como
dar formação, no âmbito do estágio da especialidade de Saúde Infantil e Pediátrica e
Enfermagem na Comunidade.
Assim, durante o ano de 2012, e em colaboração com o Instituto Politécnico de Viseu/
Escola Superior de Saúde, proporcionamos ensino clínico a oito alunos do 4º ano do Curso
de Enfermagem Geral (7º e 8º semestre) e a dois alunos do II Mestrado em Saúde Infantil
e Pediatria.,
Também em colaboração com a Escola Superior de Saúde Jean Piaget, proporcionamos
estágio no âmbito da integração à vida profissional a três alunos do 4º ano do curso de
enfermagem, e a dois alunos do 2º ano. Recebemos ainda, sete alunas de ERASMUS
provenientes de Angola, todas do 4º ano do curso de enfermagem.
Pela primeira vez, em 2012, colaboramos com a Escola Superior de Saúde da Guarda no
ensino clínico de uma aluna do 4º ano (8ª semestre) do curso de enfermagem.
5.3 - Produção científica e de investigação
A USF Grão Vasco demonstra desde sempre a sua vertente inovadora, de produção
científica e investigação, sem contudo esquecer que é, na sua essência, uma unidade
prestadora de cuidados aos utentes que serve. Assim, procura, colaborando com os alunos
e Internos da Especialidade, produzir, divulgar e implementar alguns trabalhos aqui
produzidos e de interesse para a comunidade científica e geral.
Durante o ano de 2012, e baseados nas normas da DGS, foram feitos e apresentados em
reunião de conselho geral, dois trabalhos de investigação:
- Avaliação da Qualidade de Aplicação da norma n.º 15/2011 - terapêutica das infecções
do aparelho urinário. Esta avaliação irá ser repetida em 2013, com estudo comparativo;
- Avaliação da Qualidade de Aplicação da norma n.º 60/2011 - “PSA”- Esta avaliação irá
ser repetida em 2013, com estudo comparativo.
33
5.4 – Plano de Acompanhamento Interno ao Diabético
5.4.1 – Descrição do tema
As Boas Práticas na Consulta de Diabetes foram apresentadas e aprovadas pela 1.ª vez,
em Maio de 2010, em reunião do Conselho Geral, e revistas, por novas orientações e
normas da DGS, em Março de 2012. Após esta apresentação e discussão, foram
aprovadas, como as novas Normas de Orientação Clínica de Acompanhamento do Doente
Diabético na Consulta de Diabetes da USF Grão Vasco.
Porque, nas avaliações anteriores, os critérios em acompanhamento ainda não estavam
com valores desejáveis, foi aprovado também em Conselho Geral manter em 2012, o
Plano de Acompanhamento Interno de 2011, esperando-se que esta nova avaliação,
revele uma melhoria nos resultados.
Para avaliar este acompanhamento, foi efectuada uma avaliação inicial em Dezembro de
2011, seguindo-se uma intermédia em Julho de 2012 e uma final em Dezembro do mesmo
ano.
5.4.2 - Análise da implementação
- Critério 1 – Adesão à consulta:
Definição – Nº de consultas médicas de Diabetes agendadas e não realizadas por não
comparência do utente.
Cumprimento – Considerado cumprido quando a percentagem de consultas médicas
agendadas e não efectuadas for inferior a 15%.
Critério 1
“Adesão à Consulta”
Nº de Consultas
Programadas
Nº de Consultas
Efectuadas
% de Adesão à
Consulta
DEZEMBRO/2011
2216
84.8
JULHO/2012
1128
1879
1067
DEZEMBRO/2012
2284
2108
92.3
94.6
Quadro n.º 20 – Adesão á consulta
34
Em 31 de Dezembro de 2012, verificou-se que 92.3% das consultas de Diabetes,
marcadas, foram efectuadas. Este valor é superior ao registado no ano anterior. Continua
contudo a verificar-se que os utentes diabéticos nem sempre comparecem ás consultas
agendadas. O valor da abstenção foi inferior a 15% pelo que, o critério foi cumprido. A
diminuição ocorrida no 2º semestre poderá explicar-se pela ocorrência do período de
férias.
- Critério 2 – Registo do valor de HbA1c:
Definição – Registo do valor de HbA1c, na ficha clínica informatizada do Diabético.
Cumprimento – Considerado cumprido quando existir registo da HbA 1c, no ano de 2012,
na ficha clínica informatizada de 90% dos diabéticos diagnosticados.
Critério 2
Registo da HbA1c
Nº de Utentes
Registo da
HbA1c
% de Registos
DEZEMBRO/2011
554
534
96.4
JULHO/2012
564
542
96.1
DEZEMBRO/2012
578
541
93.6
Quadro n.º 21 – Registo da HgA1c
O registo dos valores de HbA1c, na ficha clínica informatizada é de 93.6%, verificando-se
uma ligeira diminuição, relativamente ao ano de 2011.
- Critério 3 – Controle da Diabetes:
Definição - Registo de valores de HbA1c inferiores a 7, na ficha clínica informatizada do
Diabético.
Cumprimento – Considerado cumprido quando os valores de HbA1c inferiores a 7,
constituam 60% da totalidade dos Diabéticos.
35
Critério 3
Diabéticos controlados
Nº de Utentes
Registo de
HbA1c<7
% de Registos
de HbA1c<7
DEZEMBRO/2011
554
386
69.7
JULHO/2012
564
353
62.6
DEZEMBRO/2012
578
360
62.3
Quadro n.º 22 – Diabéticos controlados
A percentagem de diabéticos controlados, sofreu uma ligeira diminuição em relação ao ano
de 2011. Observou-se também um aumento dos diabéticos diagnosticados.
- Critério 4 – Avaliação dos factores de risco/Registo do Índice de Massa Corporal:
Definição – Registo do valor do IMC, na ficha clínica informatizada do Diabético.
Cumprimento - Considerado cumprido quando existir registo do IMC, no ano de 2012, na
ficha clínica informatizada de 90% dos diabéticos diagnosticados.
Critério 4
Registo do Índice de Massa Corporal
Nº de Utentes
Registo de IMC
% de Registo de
IMC
DEZEMBRO/2011
554
542
97.8
DEZEMBRO/2012
578
568
98.3
Quadro n.º23 – Registo do IMC - Contempla apenas a existência ou não de registo na ficha clínica
informatizada do diabético, pelo que não irá constar na avaliação intermédia efectuada em Julho (semestral).
A quase totalidade de diabéticos tem registo do Índice de Massa Corporal, observando-se
uma melhoria dos registos, em relação ao ano de 2011.
- Critério 5 – Avaliação das complicações/Registo da Microalbuminúria:
Definição – Registo do valor do microalbuminúria, na ficha clínica informatizada do
Diabético.
36
Cumprimento – Considerado cumprido quando existir registo da microalbuminúria, no ano
de 2012, na ficha clínica informatizada de 90% dos diabéticos diagnosticados.
Critério 5
Registo da Microalbuminúria
Nº de Utentes
Registo de
Microalbuminúria
% de Registo de
Microalbuminúria
DEZEMBRO/2011
554
447
80.7
DEZEMBRO/2012
578
444
76.8
Quadro n.º 24 – Registo de microalbuminúria - Avaliada anualmente pelo que não vai constar
na avaliação intermédia efectuada em Julho (semestral).
Continua a observar-se uma descida da percentagem dos registos da microalbuminúria, na
ficha clínica informatizada, muito provavelmente devido ao facto de existirem na ficha dois
locais para o registo da microalbuminúria – ocasional e das 24 horas, que ainda aguardam
correcção, por parte dos técnicos informáticos.
- Critério 6 – Avaliação dos factores de risco/Registo da Tensão Arterial:
Definição – Registo do valor da tensão arterial, na ficha clínica informatizada do Diabético.
Cumprimento - Considerado cumprido quando existir registo da tensão arterial, no ano de
2012, na ficha clínica informatizada de 90% dos diabéticos diagnosticados.
Critério 6
Registo da Tensão Arterial
Nº de Utentes
Registo da T.
Arterial
% de Registo da
T. Arterial
DEZEMBRO/2011
554
546
98.6
DEZEMBRO/2012
578
571
98.8
Quadro n.º 25 – Registo de T.A.- Contempla apenas a existência ou não de registo na ficha
clínica
informatizada do diabético, pelo que não irá constar na avaliação intermédia efectuada em Julho (semestral).
Observa-se uma ligeira subida da percentagem dos registos da Tensão Arterial, na ficha
clínica informatizada, atingindo quase os 100%.
37
- Critério 7 – Avaliação dos factores de risco/Registo do Colesterol Total:
Definição – Registo do valor do colesterol total, na ficha clínica informatizada do Diabético.
Cumprimento - Considerado cumprido quando existir registo do colesterol total, no ano de
2012, na ficha clínica informatizada de 90% dos diabéticos diagnosticados.
Critério 7
Registo do Colesterol Total
Nº de Utentes
Registo do
Colesterol Total
% de Registo do
Colesterol Total
DEZEMBRO/2011
554
467
84.3
DEZEMBRO/2012
578
490
84.8
Quadro n.º 26 – Registo do Colesterol total
- Avaliada anualmente pelo que não vai constar na
avaliação intermédia efectuada em Julho (semestral).
Observa-se uma ligeira subida da percentagem dos registos do colesterol total, na ficha
clínica informatizada. Apesar da ligeira melhoria dos registos, o resultado ficou aquém do
valor pretendido. Parece pouco provável que numa média de 4 consultas anuais, não haja
pelo menos um registo do valor de colesterol total. Poderá dever-se a deficiência nos
registos, ou a irregularidade da sua contabilização informática.
5.4.3 - Avaliação
O quadro seguinte permite uma avaliação mais fácil da totalidade dos resultados obtidos e
da sua evolução ao longo da monitorização:
DEZEMBRO/2011
JULHO/2012
DEZEMBRO/2012
Critério 1
“Adesão à
Consulta”
Critério
cumprido
84.8%
94.6%
92.3%
Critério 2
Registo da
HbA1c
Critério
cumprido
96.4%
96.1%
93.6%
Critério 3
Diabéticos
controlados
(HbA1c<7)
AVALIAÇÃO
Critério
cumprido
69.7%
62.6%
62.3%
38
Critério 4
Registo do
Índice de Massa
Corporal
97.8%
_
98.3%
Critério
cumprido
80.7%
_
76.8%
Critério não
cumprido
98.8%
Critério
cumprido
84.8%
Critério não
cumprido
Critério 5
Registo da
Microalbuminúria
Critério 6
Registo da
Tensão Arterial
98.6%
_
Critério 7
Registo do
Colesterol Total
84.3%
_
Quadro n.º 27 – Avaliação geral dos resultados
A análise dos resultados mostra que se mantêm semelhantes os valores dos critérios 6 e
7, com aumento do critério 1, com ligeiro aumento do critério 4, ligeira descida nos critérios
2 e 5 que é mais acentuada no caso do critério 3.
Deve haver um maior cuidado no registo dos vários parâmetros, para a sua melhoria em
futuras avaliações, o que será possível com a correcção de algumas falhas ainda
existentes, sobretudo no registo da microalbuminúria e do colesterol total.
5.4.4 –Medidas correctivas/Não conformidades
A avaliação efectuada em Dezembro de 2012, por comparação com a avaliação do ano
anterior, permitiu o levantamento das não conformidades seguintes:
Não
Apesar de uma razoável melhoria continuam a haver utentes
conformidade
codificados como diabéticos que não são acompanhados na USF
1
e não estão classificados como não acompanhados, apesar de
faltarem sistematicamente á consulta.
Não
Continua a verificar-se a presença de alguns utentes codificados
conformidade
como Diabéticos e registados como acompanhados na USF, sem
2
39
registo do valor da HbA1c.
Não
Verificou-se a existência duma baixa percentual no registo dos
conformidade
valores da microalbuminúria e do colesterol total, levando ao não
3
cumprimento dos critérios. A diminuição destes registos, levanta
a suspeita de falha informática, dada a improbabilidade de em
quatro consultas, ao longo do ano, não ser registado nenhum
valor do colesterol total nem da microalbuminúria.
5.4.5 – Acções de melhoria
Após avaliação dos dados obtidos foram propostas as seguintes acções de melhoria:
Deve insistir-se em registar como não acompanhados todos os
utentes que faltem á consulta, por serem seguidos noutro local.
Nº 1
Esta
actualização
deve
ser
efectuada
periodicamente,
nomeadamente quando o utente recorrer á USF, por outro motivo
de consulta. Aos utentes registados como não acompanhados,
só deverão ser marcadas consultas programadas (CP) e não
consultas de Diabetes.
Nº 2
Confirmação obrigatória, na consulta de Diabetes, da existência
de registo do valor da HbA1c.
Nº 3
Deve ser confirmada a existência do registo da Microalbuminúria
e do Colesterol total, na ficha clinica informatizada.
Ocorreu um aumento do número de Diabéticos acompanhados na consulta durante o ano
de 2012, em comparação com o ano de 2011, verificando-se o diagnóstico desta patologia
em mais 68 utentes. Este aumento poderá ser responsável pelas variações percentuais
ocorridas em alguns dos critérios avaliados.
A análise dos valores obtidos, relativamente aos critérios em avaliação, permite as
seguintes conclusões :
40
• Critério 1 – CUMPRIDO – O número de consultas médicas de Diabetes agendadas e não
realizadas é inferior a 15% (7.7%).
• Critério 2 – CUMPRIDO – O valor da HbA1c, está registado em 541 fichas clínicas
informatizadas, de um total de 578 utentes diabéticos, o que corresponde a 93.6%.
• Critério 3 – CUMPRIDO – O valor da HbA1c é inferior a 7, em 360 de um total de 578
utentes diabéticos, o que corresponde a 62.3% de diabéticos controlados.
• Critério 4 – CUMPRIDO – O valor do Índice de Massa Corporal, está registado na quase
totalidade (98.3%) das fichas clínicas informatizadas dos utentes diabéticos.
• Critério 5 – NÃO CUMPRIDO – O valor da Microalbuminúria, está registado em 444
fichas clínicas informatizadas, de um total de 578 utentes diabéticos, o que corresponde
apenas a 76.8%, valor que diminuiu em relação ao ano de 2011.
• Critério 6 – CUMPRIDO - O valor da Tensão Arterial, está registado na quase
totalidade(98.8%) das fichas clínicas informatizadas dos utentes diabéticos.
• Critério 7 – NÃO CUMPRIDO – O valor do Colesterol total, está registado em 490 fichas
clínicas informatizadas, de um total de 578 utentes diabéticos, o que corresponde apenas a
84.8%.
Constatamos que a “qualidade” do acompanhamento dos utentes diabéticos, traduzida
pela percentagem de valores de HbA1c inferiores a 7, registados, mantém valores muito
aceitáveis (62.3%).
Continua a observar-se um aspecto negativo, que irá exigir uma análise mais aturada, que
é a falta de um registo anual dos valores de Colesterol total e da Microalbuminúria em
utentes de risco e que têm consulta com uma periodicidade trimestral.
Continua a verificar-se o registo dos valores da microalbuminúria no mesmo local na ficha
informatizada, aguardando a colocação deste local a seguir á HbA 1c, o que irá melhorar a
sua visibilidade e aumentar o número de registos.
A percentagem de adesão á consulta, aumentou significativamente os valores em relação
a 2011 e poderá ainda continuar a aumentar se forem tomadas algumas medidas entre as
quais podemos destacar:
- Excluir da consulta os utentes diagnosticados e não acompanhados;
41
- Realizar avaliações, periódicas, por ficheiro clínico, para pesquisar os utentes que estão
não acompanhados e para avaliar o estado de acompanhamento dos acompanhados.
5.4.6 - Medidas correctivas - Conclusões:
- Reforçar a importância do correcto preenchimento da Ficha Clínica informatizada, com
monitorização sistemática do cumprimento desse registo.
- Sensibilizar os utentes diabéticos para a importância de comparecerem nas consultas
marcadas.
- Assumir como “não acompanhados” os que continuam a ser seguidos fora da USF.
- Insistir na importância do autocontrole da glicemia.
- Educar para a prática de uma alimentação saudável, de uma actividade física regular e
para o cumprimento rigoroso da terapêutica prescrita.
42
6 - Avaliação da satisfação dos profissionais e utentes
6.1 - Avaliação da satisfação dos utentes
Embora a nível nacional, mais uma vez não se tenha concretizado a avaliação da
satisfação dos utilizadores das USF, em 2012 realizamos um Inquérito de Satisfação aos
nossos utentes, utilizando o mesmo inquérito utilizado em 2009 e 2010 do Centro de
Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra.
Assim, durante dois dias do mês de Maio de 2012 e com a colaboração do Gabinete do
Cidadão (Assistente Social e estagiária do serviço social), foram aplicados 133
questionários a utentes na sala de espera.
Porque são respondidos de uma forma anónima e livre, traduzem o que cada utente pensa
da nossa relação/envolvência com as suas necessidades, cuidados médicos prestados,
competência, cortesia e carinho pessoal e ainda organização geral e oferta de serviços.
Globalmente, os resultados foram muito satisfatórios, tornando-se animador e gratificante
para a equipa esta evidência.
Dos resultados dessa avaliação demos conhecimento em Junho à equipa da D.G.S. que
nos fez a auditoria para renovação aos dois anos da Acreditação e a todos os membros da
USF, em reunião de Conselho Geral.
6.2 - Avaliação da satisfação dos profissionais
Embora consideremos muito importante esta avaliação, durante o ano de 2012 não
fizemos a aplicação de nenhum questionário de satisfação aos profissionais.
Temos em vista, caso esta avaliação não venha a ser feita pela ACSS, adaptar o
questionário do Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra
de 2009 e aplicá-lo durante o ano de 2013.
43
6.3 – Gabinete do Cidadão
As exposições em Gabinete de Cidadão, estão representadas no quadro abaixo, num
estudo comparativo 2011/2012.
Ano
Reclamações
Elogios
Sugestões
2011
2
7
3
2012
2
4
---
Quadro nº 28 - Exposições em gabinete do cidadão
Às reclamações, foi-lhes dada a seguinte classificação:
1 médica – 1 doente sem cuidados médicos – utente não quis sair da Unidade, tendo-lhe
sido atribuído novo médico de família.
1 secretários clínicos – sistema de informação - utente pretendia lhe fosse atribuída
isenção de taxa moderadora e, na sua perspectiva, a culpa era da unidade.
Para todas as reclamações, é sempre pedida uma informação escrita ao profissional em
causa, e é feita análise em reunião sectorial/Conselho Geral, para, caso seja adequado,
haver introdução de medidas correctivas.
Quanto aos elogios, são sempre tratados em gabinete do Cidadão e enviados ao ACES
que, por sua vez, envia carta com agradecimento ao utente.
44
7- Outras Actividades
7.1 - Educação para a Saúde
Porque a USF tem de estar interligada com os restantes elementos da sociedade civil,
principalmente a comunidade escolar, foi com muito gosto que médicos e/ou enfermeiros
da USF, foram até várias escolas da nossa região e fizeram sessões de educação para a
saúde sobre temas que eles próprios tinham seleccionado e nós considerámos pertinentes,
como:
- Alcoolismo, Sexualidade e Afectos, a sexualidade da pré-adolescência - dirigidas aos
alunos;
- Sexualidade - dirigidas aos pais. (Anexo 2)
7.2 - Protocolos/Articulação com outras Instituições
No âmbito das parcerias com a comunidade participamos activamente com o “ Banco
Alimentar contra a Fome” na campanha de recolha de alimentos que este ano aconteceu
em Maio. Neste espírito de colaboração e de solidariedade demos cobertura contínua no
decorrer das actividades, prestando ainda assistência médica e de enfermagem em
permanência, nas situações de traumatismo ou mal-estar súbito aos voluntários de serviço
ao armazém. Também em colaboração com a mesma instituição, aderimos à campanha “
Papel por alimentos” tendo a USF colaborado com os objectivos destra instituição solidária
e em simultâneo efectuado a reciclagem de resíduos tão necessária ao bem estar do
nosso planeta.
Como referido, a USF e os seus profissionais colaboram com as escolas superiores de
saúde
na
formação
dos
seus
profissionais,
conforme
protocolos
previamente
estabelecidos.
Apesar de não existir protocolo escrito, damos o nosso apoio às crianças que frequentam o
Jardim de Infância Creche e ATL Jesus Maria e José, situado mesmo em frente ao edifício
da Unidade, prestando-lhes apoio clínico numa situação aguda, mesmo não sendo
médicos de família dessa criança.
45
É com satisfação que estas crianças nos retribuem em épocas festivas cantando as
Janeiras, celebrando o nosso aniversário e proporcionando aos nossos utentes momentos
de ternura.
7.3 - Outras actividades...
7.3.1 - Projecto de Acreditação
O ano de 2012 foi, tal como o de 2010, marcado pela Auditoria do Projecto da Acreditação
da USF Grão Vasco. Conforme referido anteriormente, desde 2010 somos uma USF
Acreditada com GRAU AVANÇADO, tendo nós adoptado o Modelo da Agencia de Calidad
Sanitária de Andaluzia, patrocinado pela MCSP e pelo Ministério da Saúde. Junho de 2012
foi o mês destinado a uma nova visita de acompanhamento da Equipa de Acreditação da
DGS.
Já como preparação para esta visita, actualizamos todos os processos de gestão,
realização e suporte e ainda elaboramos novos processos e procedimentos considerados
pertinentes e de interesse para o bom funcionamento da USF. Actualizamos ainda as Boas
Práticas em Planeamento Familiar e Diabetes, já aplicadas em 2010.
A nível da aplicação (@Qredita), efectuamos a nossa autoavaliação de acompanhamento,
acrescentando aos standards obrigatórios as evidências positivas novas e suas datas.
Dos temas abordados foco:
1 – Utentes, participação e direitos
2 – Acessibilidade e continuidade na assistência
3 – Documentação clínica
4 – Gestão de processos assistenciais
5 – Actividades de promoção e programas de Saúde
6 – Direcção da Unidade de Gestão Clínica
7 – Profissionais, desenvolvimento e formação
8 – Estrutura e equipamento
9 – Sistemas de informação e tecnologia da informação
46
10 – Sistema de Qualidade
11 – Resultados da Unidade de Gestão Clínica.
Todo este processo ocupou um tempo significativo, sem prejuízo do compromisso
assistencial assumido, mas sempre procurando ir um pouco mais além, na tentativa de
prestar cuidados de excelência aos utentes que, na USF, nos comprometemos a servir.
O dia 25 de Junho de 2012 foi o dia marcado para a Avaliação de Acompanhamento dos 2
anos, constando esta visita de uma entrevista com a equipa directiva, de uma visita à
unidade e de uma revisão documental.
A 3 de Julho de 2012 recebemos, do Presidente do Comité de Certificação da Junta de
Andaluzia, a notícia de que tínhamos mantido a certificação de GRAU AVANÇADO,
prevendo-se a próxima visita de seguimento para Junho de 2014.
Apraz-nos verificar que o caminho que ajudamos a desbravar, já foi seguido por outras
USF de reconhecido mérito, que poderão assim ver reconhecido o seu nível de
desempenho.
7.3.2 - Jornal da USF
Finalmente concretizado, durante o ano de 2012 foram realizadas três edições do “Grão de
Informação”.
Em todos eles se deu oportunidade aos nossos utentes de dar o seu contributo com artigos
de opinião, ou de interesse geral. Para os profissionais, tem servido como fonte de
divulgação de temas de educação para a saúde.
Estão disponíveis nos expositores de acesso directo ao público.
E porque uma USF realizada celebra a sua vivência, continuamos a reunir – nos para
celebrar o nosso Aniversário, o Natal, a “ Feira de S. Mateus”…
47
8 – Conclusão
“Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti”.
Tendo como mote o lema da USF, este é o nosso contributo para a reforma dos cuidados
de saúde primários. Sendo uma das primeiras USF da região centro, orgulhamo-nos desde
sempre do nosso percurso. As necessidades dos nossos utentes são o nosso “motor” e, a
sua satisfação, o que nos motiva a continuar a melhorar o nosso desempenho.
No actual contexto socioeconómico não é fácil perspectivar o futuro. No entanto é com
olhos postos nessa incerteza que vamos continuar a colocar os utentes em primeiro lugar
no contexto organizacional da USF Grão Vasco.
48
ANEXOS
49

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