FLASH! 414 - Inspirarte
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FLASH! 414 - Inspirarte
FLASH! LIFESTYLE Manual para um casamento perfeito OS CONVITES Tal como nos marcadores ou nas ementas, a simplicidade impera quando chega a hora de convidar a família e os amigos. Os convites podem ter uma imagem-chave ou um monograma que, segundo Tânia Martins, não saíram de moda. Susana Abreu refere que o estilo ‘vintage’ está a chegar em força, com pequenos apontamentos mais requintados. Outro pormenor é o convite ser feito em nome dos noivos. FIQUE A SABER OS TRUQUES PARA QUE O DIA DO “SIM” RESULTE COMO SEMPRE SONHOU... O QUE NEM SEMPRE É FÁCIL... TEXTO: HÉLDER RAMALHO FOTOS: GETTY IMAGES E DR É o dia mais importante na vida de muitas pessoas. Na grande maioria das vezes é o culminar de uma bela história de amor. O dia do casamento é o de todas as ansiedades, há muito pensado, há muito sonhado. Para evitar imprevistos de última hora, convém começar a organi- zar a cerimónia com antecedência. Para não ter dores de cabeça, existem no mercado várias empresas que tratam de tudo, desde a concepção dos convites, escolha do local, à decoração do espaço, o ‘catering’, a música, o fotógrafo, num serviço “chave na mão”. QUANTO CUSTA Este item está muito dependente do gosto e da bolsa dos noivos. “O céu é o limite”, refere Tânia Martins, da Greenleaf. Num casamento organizado em Lisboa (mais caro), a média de preços ronda os 90 e os 120 euros por pessoa – apenas decoração e ‘catering’, os restantes serviços são pagos à parte. Na região do Porto, o ‘catering’ anda pelos mesmos valores, a que se deve acrescentar 8 a 13 euros por pessoa na decoração. A tudo isto, há que juntar aluguer do espaço, fotógrafo, música e tudo o mais que se lembrar. Mas também, só se casa uma vez e viver o dia mais feliz da sua vida não tem preço. CONVIDADO por Vasco Aragão EMPRESÁRIO CERIMÓNIA PERFEITA A APRESENTAÇÃO DA MESA No copo-d’água, os mariscos estão a perder protagonismo. Nos ‘cocktails’ de entrada são os ‘shots’ de sopas frias que marcam a tendência e o bolo de noiva ganha notoriedade. É cada vez mais habitual partir o bolo logo após a cerimónia, num brinde a este momento solene. Há quem o guarde também para a sobremesa e assim controlar o orçamento. No entanto, o mais procurado é a diferença. Os pratos elaborados, o empratado e os individuais conquistam o gosto a norte, segundo Susana Abreu. Há também quem opte pelo ‘sushi’, mas aqui “há que ter atenção ao tipo de convidados”, alerta Tânia Martins. Nos casamentos mais tradicionais, os croquetes e as chamuças mantém as preferências para abrir as hostilidades. A ESCOLHA DO ESPAÇO Este deve ser o primeiro passo. Depois do espaço escolhido tudo se encaixa. De oito meses a um ano é o prazo mais razoável. Na região de Cascais, a Greenleaf sugere o Hotel Farol Design para casamentos mais pequenos – cerca de 30 pessoas –, o Vila Itália para casamentos maiores, ou o Farol da Guia, com preços mais acessíveis. No Porto, a Inspirarte refere a Companhia Velha como um dos locais de eleição. Também aqui, a nobreza e a qualidade são tendência e, por isso, o Convento do Beato, em Lisboa, tem sido um local muito requisitado para as festas maiores – com cerca de 300 convidados. Na decoração, usam-se os tons suaves com apontamentos fortes de cor. Um dos mais conceituados organizadores de eventos em Portugal, deixa aqui algumas sugestões do que fazer e do que evitar para que a sua festa de casamento seja memorável e um sucesso a toda a prova. Para o empresário, “noventa por cento dos casamentos apostam em decorações discretas, mas com muita qualidade nos materiais escolhidos. Há uma preocupação em apostar-se em coisas boas e materiais nobres, ou seja, está a canalizar-se o dinheiro que se gastava em tecnologia para a qualidade dos materiais. E está a apostar-se outra vez nas flores”. A tendência é para um certo requinte discreto. “Há uma tendência novamente para um espírito britânico. Voltou-se ao casamento ‘chic’ e discreto. Acabou o folclore, as decorações são cada vez mais ricas.” Também nas cores, o empresário elege as mais suaves. “Os tons vão do branco à camurça e há uma tendência para os tons cinzentos claros. Por vezes, utilizam-se em algumas peças ou em flores num apontamento de cor, mas sempre minimalista.” Também os locais eleitos reflectem a sumptuosidade das decorações. “O Convento do Beato, a Tapada da Ajuda e o Museu da Carris têm sido muito requisitados este ano”, refere Vasco Aragão. Nos erros a evitar, o empresário do Tamariz destaca “a decoração tecnológica. Os tampos em vidro, as cadeiras transparentes, as mesas de luz. Isso é uma tendência de há dez anos, hoje é um erro. Casamentos a horas erradas, por volta das três ou quatro da tarde. Pior no Verão com o calor. O aconselhável é a Igreja à uma e o almoço às duas, ou então às seis da tarde. Também – e isto é uma experiência pessoal – ter muito cuidado com o transporte dos convidados. Ter a atenção de levar os convidados a casa quando necessário no final da festa é imperioso. Também porque tive algumas más experiências”.