Processamentos de Imagens em

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Processamentos de Imagens em
COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
“Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
PROCESSAMENTO DE
IMAGENS EM
RADIODIAGNÓSTICOS
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
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Sumário
Filme Radiológico......................................................................................................01
Placa Fotográfica........................................................................................................01
Filme Radiográfico.....................................................................................................04
Estrutura do Filme.......................................................................................................07
Elemento sensível à Radiação....................................................................................08
Processamento de Sensibilização...............................................................................10
Processamento e Filmes Radiológicos.......................................................................12
Cuidados com o Filme Radiográfico..........................................................................13
A resposta do Filme....................................................................................................13
Tela Intensificadora (ÉCRAN) – Introdução.............................................................14
Estrutura dos Écrans de reforço.................................................................................14
Esquema básico de uma exposição com uso de Écran..............................................16
Câmara Escura...........................................................................................................19
Equipamentos necessários da Câmara Escura...........................................................20
Processos de Revelação Automática e Manual.........................................................21
Processamento Automático de Filmes......................................................................22
Processadora Automática.........................................................................................24
Preparação da Solução Reveladora e Fixadora........................................................26
Referências Bibliográficas e Agradecimentos.........................................................29
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Filme Radiográfico
Atualmente, a radiografia convencional pode ser considerada quase como um tipo de
fotografia, já que utiliza um material sensível à luz para fazer o registro da imagem. Assim, a
radiografia e a fotografia caminharam juntas desde o início do século 20. Isto inclui o início
de tudo, com as placas fotográficas úmidas que foram substituídas pelas placas secas. Porém,
no início da utilização da radiologia como meio de diagnóstico médico, o filme foi pouco
utilizado, pois não era eficiente na captura da imagem radiográfica. Na realidade, o que mais
se praticou durante os primeiros anos da radiologia médica foi a fluoroscopia, visualização
instantânea da anatomia humana. O filme radiográfico era apenas uma forma de preservar a
imagem para que pudesse ser avaliado mais tarde, o próprio Roentgen via nas placas
fotográficas secas um meio interessante para o registro das imagens mais significativas
geradas com a radiação X durante o exame fluoroscópico.
Em 1896, no entanto, as placas fotográficas secas que eram fabricadas não conseguiam
absorver o feixe de raios X. Assim, qualquer imagem só era obtida a partir dc uma hora dc
exposição à radiação. Apesar disso, a imagem possuía pouca densidade ótica e baixo
contraste. Por isso, era comum na época a realização de uma fotografia da imagem
radiográfica, já que o papel fotográfico possuía maior contraste. Assim, a imagem ficava
invertida em termos de tons de cinza (os ossos eram negros e as partes moles, brancas). Mas o
que deixava dúvida entre os radiografistas da época era o real efeito dos raios X sobre a
emulsão fotográfica. Fosforescência da substância, ação direta dos raios X sobre a prata ou
uma reação desconhecida? Durante muito tempo estas foram a dúvidas que cercaram os
cientistas da época. Alguns chegaram a sugerir a utilização do Celulóide (marca registrada do
composto de piroxilin com cânfora) por possuir maior fluorescência que a placa de vidro.
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Placa Fotográfica
A primeira placa, ou chapa, feita especialmente para o propósito radiográfico foi
provavelmente produzida por ‘Carl Schleussner’, um fabricante alemão de placas
fotográficas, Estas placas foram feitas a pedido do próprio Roentgen, que solicitou uma
quantidade maior de emulsão de brometo de prata. Estas placas logo se tornaram populares
tanto nos Estados Unidos quanto na Europa pela sua grande densidade fotográfica. A primeira
placa feita na América para uso radiográfico foi fabricada pela cooperação de dois
pesquisadores: John Carbutt e Arthur Goodspeed, em fevereiro de 1896. O produto era
conhecido como a placa de raios X de Roentgen e possuía uma emulsão de prata mais grossa
e concentrada do que os filmes convencionais. Este detalhe permitia a redução drástica do
tempo de exposição. Uma radiografia de mão passou a ser realizada em 20 minutos, contra
mais de uma hora com os filmes fotográficos típicos. Passados alguns meses, inovações
técnicas nos equipamentos radiográficos, juntamente com a melhoria das placas radiográficas,
fez com que este tempo se reduzisse para alguns poucos segundos. Com um tempo entre 30 e
60 segundos, algumas anatomias espessas do corpo podiam ser radiografadas. Porém, as
emulsões e as placas ainda eram consideradas muito lentas (pouca sensibilidade). Segundo o
fabricante John Carbutt, as características que uma placa radiográfica deveria ter eram:
• uma sensibilidade média
• um bom corpo de emulsão
• a capacidade de absorver os raios X, contudo, dando maior detalhamento e
perspectiva para os ossos.
Uma grande quantidade de experimentos foi realizada em cima de métodos
concebíveis para o incremento da velocidade das emulsões. As placas secas eram imersas,
antes da exposição, em soluções de cloreto de ferro ou nitrato de urânio, porém sem
resultados efetivos nas imagens. O aquecimento das placas ou sua imersão em soluções de
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sais fluorescentes apenas resultaram na perda de sensibilidade e produção de um véu
(borramento), desqualificando as placas.
Na Inglaterra, Alan Archibald Campbell Swinton misturou tungstato de cálcio (Cal e
fluorspar em pó na emulsão de prata, porém, só obteve uma imagem muito mais granulada e
sem melhoria na velocidade da placa radiográfica. Já em 1896, aqueles que se aventuravam
em trabalhar com os raios X possuíam uma série de placas radiográficas, pois cada fabricante
reivindicava para si a emulsão com melhor sensibilidade. Alguns chegavam a afirmar que se
uma placa era pouco sensível à luz, então seria muito sensível à radiação, e vice-versa, mesmo
quando a convicção na época era a de que emulsões rápidas (sensíveis) para luz, também
seriam rápidas para os raios X.
Os tipos predominantes de emulsões recomendadas e utilizadas nos primórdios da
radiografia eram as ortocromáticas, úteis por causa da sua sensibilidade a fluorescência verdeamarelada da tela de platino-cianureto de bário;
• o colódio, uma emulsão úmida, que era pouco afetado pelos raios X.
• misturas de emulsões gelatinosas de brometo de prata com pequenas
quantidades de cloreto ou iodeto de prata.
• emulsões puras de cloreto de prata, sem utilidade.
O único consenso que havia na época era que a espessura da emulsão, independente da
cor que era sensível, deveria ser mais grossa que a utilizada em fotografia e conter mais prata.
O maior problema no processamento do filme exposto era obter uma adequada densidade
ótica.
As radiografias naquele tempo eram finas e com pouco contraste. Para superar esta
dificuldade e diminuir o tempo de exposição, para tornar esta nova fotografia de valor prático,
placas e gelatinas ou imescelulóides eram cobertos com várias emulsões. Esta técnica permitia
aumentar o nível de detalhamento e contraste da imagem em relação ao filme placa de
emulsão simples. Algumas placas e filmes eram manufaturados com emulsão nos dois lados
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da base. Os raios passavam através da base e, no verso dos filmes, afetavam a emulsão em
ambos dos lados com a intensidade dc forma que a imagem de um lado era reforçada pela
imagem do outro lado. Assim, a densidade da imagem era dobrada e melhorava o valor
diagnóstico da radiografia. No tanto, com as placas, a absorção dos raios X pelo vidro
produzia uma densidade menor no lado oposto do tubo, se comparada com a maior densidade
do lado que recebia primeiro a radiação. Apesar de todos os problemas, as placas de vidro
eram muito populares. A própria fragilidade do vidro dificultava o manejo, empacotamento e
transporte, além do seu peso. Uma placa (de 14 x 17,56 cm x 43,1 cm) pesava quase 1 Kg.
Comparada com um filme atual de mesmo tamanho, cerca de 40 gramas, houve uma redução
de mais de 20 vezes. O preço das placas também não era barato. (Uma placa com estas
dimensões custava na época US$ 1,00 mais de USS 100,00 nos dias de hoje), um bom terno
masculino custava US$ 7,00, um par de sapatos por US$3,00 e a carne era vendida a US$
0,33.
Os defeitos durante a manufatura das placas eram um problema crítico porque
afetavam diagnóstico médico. Durante um encontro da Sociedade Americana dos Raios
Roentgen, em 1902, e com Wolfram Fuchs, discursando sobre o diagnóstico do cálculo renal,
afirmou: “Eu ainda não encontrei um fabricante de placas cujos produtos não tenham qualquer
defeito. Após o negativo ser processado, nós encontramos manchas em todo lugar. As pedras
mais difíceis de serem localizadas são as menores. As grandes você as vê à distância. Pegue
uma pedra muito pequena, por exemplo, nesta radiografia. Você pode ver nitidamente o
contorno do rim e a sombra mais escura no centro, com muitas manchas mais escuras
espalhadas. Elas são visíveis até pelo paciente e isto não é bom. Eu normalmente uso duas
placas, uma em cima da outra, e exponho-as ao mesmo tempo com o envelope envolta delas.
Desta forma, embora as manchas (artefatos) ainda irão aparecer na placa, mesmo assim as
manchas não estão no mesmo lugar em ambas as placas. Desse jeito, você pode superar as
dificuldades dos defeitos das placas. Eu já falei com fabricantes de placas experientes sobre
isto e eles reconhecem, tentam remediar o problema, mas não conseguiram, pelos menos
ainda, superá-lo.”
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As placas fotográficas para radiologia inicialmente eram inseridas em envelopes a
prova de luz e seladas. No entanto, descobriu-se que as placas se deterioravam pela interação
entre os químicos do papel e da emulsão. Isto levou ao desenvolvimento de envelopes duplos
separados, com o operador carregando a placa radiográfica de acordo com a necessidade,
primeira num envelope preto e depois num envelope de cor laranja ou vermelha para
proteção. Na realidade, a qualidade diagnóstica da maioria destas radiografias era
simplesmente confinada a descrição de aparências grosseiras. A presença do borramento
devido à radiação secundária e a granularidade da quando as telas intensificadoras eram
utilizadas sempre desencorajaram o registro fotográfico das imagens radiográficas. Isto
resultou na crescente aceitação da fluoroscopia e influenciou muito no atraso da produção de
materiais fotográficos mais sensíveis. Já em 1901, como 3 milhões de placas foram utilizadas
para radiografias, porém, a produção de placas especialmente manufaturadas para o
radiodiagnóstico era limitada e cerca de 75% do volume de radiografias foram realizadas com
placas fotográficas comuns.
Filme Radiográfico
Quando Roentgen escreveu seu artigo descrevendo a descoberta dos raios X, já citou a
utilização de placas ou filmes para o registro das imagens produzidas pela radiação. No
entanto, inicialmente o filme radiográfico foi muito pouco utilizado. Em 1896, o “Transparent
Film - New Formula da Eastman (Kodak)” com base celulósica ainda era fabricado e
ocasionalmente utilizado na radiografia. Na Inglaterra, outro fabricante de filmes
radiográficos, “San Dell Plate Company” desenvolveu dois filmes cuja base era gelatinosa, ao
invés de usar celulóide. Eles eram feitos com duas camadas de emulsão, uma rápida e outra de
velocidade normal, que eram depositadas sobre vidro e depois retiradas. Os filmes eram
fornecidos em pacotes de envelopes escuros, difíceis de processar e muito lentos
(sensibilidade) se comparado às placas rápidas. Nem o filme à base de gelatina quanto o de
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celulóide eram aceitos por causa de suas tendências em enrolar e riscar, porém tinham a
vantagem de serem finos e poderem ser utilizados com uma ou duas telas intensificadoras,
com a conseqüente redução na exposição.
Deve-se lembrar que os filmes não quebravam como as placas de vidro. Antes da 1ª
Guerra Mundial, o vidro utilizado nas placas fotográficas era obtido da Bélgica. O ataque
alemão à marinha mercante Aliada e a invasão da Bélgica logo cortaram esta fonte. A procura
por vidro para os propósitos fotográficos tornou-se um problema sério. A demanda por placas
radiográficas nos hospitais do Exército tornou-se tão grande que era impossível atendê-los.
Mesmo quando se conseguiam as placas, seu tamanho e fragilidade faziam nas de difícil
transporte sem quebra. Com este cenário à frente, fez-se necessário obter uma solução que
utilizasse outra base para a emulsão em substituição ao vidro. A nova base deveria suportar a
película de emulsão sem deformar e ser flexíveis transparentes como o vidro. A única solução
era adaptar a base de nitrato celulósico utilizado na manufatura de filmes fotográficos.
Conseqüentemente, em 1914, a empresa Kodak lançou um filme radiográfico de face simples
com uma sensibilidade maior que qualquer outro filme ou placa radiográfica até então
disponível. Entre tanto, este filme não era ainda o ideal, pois facilmente enrolava-se e era
difícil de ser processado em bandejas.
O uso de equipamentos radiográficos portáteis em campo durante a 1ª Guerra Mundial
demandou uma grande eficiência e velocidade dos filmes radiográficos. Esta necessidade
acelerou o trabalho de pesquisa de um filme com emulsão em ambos os lados e de base
transparente que tornasse possível o uso da técnica de duas telas intensificadoras.
Finalmente, em 1918, o filme radiográfico “Dupli-Tize” (dupla emulsão) da Kodak
estava disponível. A técnica da tela dupla usando filmes com dupla emulsão soltou um
aumento enorme na velocidade e tornou possível o uso do diafragma de “Poner-Bucky” no
controle da radiação espalhada. A melhoria na qualidade diagnóstica das radiografias
resultantes foi um fator insignificante no crescimento da radiologia neste período. Os filmes
radiográficos cobertos em ambos os lados de uma base transparente transformou todas as
outras formas de registro da imagem radiográfica obsoletas da noite para o dia. Apesar disso,
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a introdução do filme não era tarefa fácil, pois havia anos de preconceito a ser superado. Os
radiografistas estavam tão acostumados com as placas de vidro que levou tempo para
convencê-los que o filme oferecia algumas vantagens significativas. Novos chassis e outros
tipos de acessórios tiveram que ser inventados. A prática corrente de processamento em
bandejas era um empecilho a rápida adoção dos filmes de dupla- face. Poucos laboratórios
usavam tanques profundos para o processamento vertical de placas e estavam habilitados a
mudar rapidamente logo que se tornassem disponíveis presilhas (colgaduras) para os filmes.
Em 1923, um filme radiográfico mais rápido (sensível) foi desenvolvido. Ele permitia a
redução radical do tempo de exposição ou a diminuição da tensão com conseqüente desgaste
menor e fissuras nos tubos e demais acessórios. A base deste filme, como seus predecessores,
era o nitrato celulósico. Contudo, o nitrato celulósico era uma base de filme que sempre
apresentava um grande risco de incêndio. Os próprios hospitais e laboratórios reconheciam o
perigo devido aos vários incêndios causados pelo manejo descuidado e armazenagem
incorreta dos filmes. Apesar de esforços intensos, a pesquisa por um material menos
inflamável foi infrutífera até 1906, quando foi descoberto que o acetato celulósico poderia
servir como base para filmes seguros, especialmente para uso no cinema. O valor de se
fabricar filmes radiográficos a partir desta substância não foi considerado seriamente naquele
tempo devido ao uso universal das placas de vidro. A produção real da base de acetato
celulósico útil requeria muitos anos de pesquisa e desenvolvimento. Problemas que tinham de
ser solucionados incluíam a eliminação de impurezas, redução da fragilidade, melhoria da
claridade e aumento da resistência. Grandes passos foram dados no processo de recuperação
dos subprodutos gerados pela reação química de produção do acetato celulósico, o que
permitiu que o preço se mantivesse baixo, Além disso, a 1ª Guerra Mundial providenciou um
grande incentivo para a produção de acetato celulósico para usos além dos propósitos
fotográficos.
Este grande consumo tornou possível o aumento acentuado do conhecimento em
relação à manufatura eficiente do acetato celulósico. Finalmente, um filme radiográfico em
base segura de acetato celulósico foi produzido e vendido pela Kodak em 1924, No entanto,
por que este novo filme ainda tinha tendências de enrugar-se e mofar, além do preço maior, os
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filmes inflamáveis continuaram a ser amplamente utilizados e acumulando-se em grandes
quantidades nos hospitais e clínicas radiológicas. Em 1929, um desastre ocorreu com o
incêndio nos filmes da Clínica Cleveland onde matou 124 vidas. Desde então, um filme de
acetato celulósico melhor ficou disponível e o uso da base de nitrato foi logo descontinuado.
No inicio dos anos 30, foi introduzido o filme Dk2phax, que era constituído de uma base
translúcida com uma emulsão rápida que permitia a visualização da radiografia frente a
qualquer fonte luz. Até então, todos os filmes radiográficos eram incolores. Em 1933, a
Companhia Produtora de Filmes “Dupon” adicionou tinta azul a sua base, o que melhorou a
qualidade diagnóstica de seus filmes. Esta prática, desde então, tornou-se padrão por todos os
fabricantes de filmes. O primeiro filme para exposição direta de raios X (sem tela
intensificadora) foi vendido em 1936 pela “Ansco”, depois comprada pela “Agfa”. Idealizado
para ser utilizado em exposições sem telas fluorescentes, este filme tinha velocidade,
contraste e definição melhores que os filmes que utilizavam telas e foi primeiramente
designado para as radiografias de extremidades. Quatro anos mais tarde, a Kodak introduziu
os filmes radiográficos “Blue Drand’ que eram revestidos com um novo tipo de emulsão que
lhe conferia maior velocidade e contraste e podia ser utilizado tanto para exposição direta
quanto com telas.
Em 1960, 10 anos após sua introdução na fotografia geral, o polietileno teratalato foi
introduzido pela “Dupon” como uma nova base para filmes de raios X médico, comparado
com os ésteres celulósicos, este novo material possui:
• maior rigidez
• maior estabilidade dimensional
• baixa absorção de água e grande resistência a rasgos. A rigidez do polietileno
teratalato melhora a segurança no transporte em processadoras automáticas de rolo e a baixa
absorção de água simplifica a secagem das radiografias. Ainda na década de 60, as bases de
poliéster substituíram os filmes de base celulósica para todos os exames radiográficos
comuns.
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Estrutura do Filme
Ao analisarmos a estrutura de um filme radiográfico, notamos que este é composto por uma
emulsão fotográfica muito fina (aproximadamente 10 nm) e uma base plástica transparente (poliéster
ou acetato de celulose) que serve para dar sustentação à emulsão. Esta emulsão está em suspensão em
gelatina fotográfica, o que permite uma melhor distribuição da mesma, não deixando que ela se
deposite na base plástica do filme. A gelatina também protege a emulsão do contato humano enquanto
a imagem não processada. Base A base, ou suporte é o componente que dá sustentação ao material que
será sensibilizado e armazenará a imagem radiográfica. Possui uma espessura em torno de 180 nm.
Deve ter algumas características físicas que se referem à resistência mecânica para atuar como
base para a emulsão, possuir boa estabilidade dimensional (baixa dilatação), além de adequada
absorção de água, facilitando o processo de revelação. Também é importante que a base seja
transparente, pois a imagem é visualizada pela relação de sombras que ficam configuradas a partir da
iluminação colocada por trás do filme. Um corante é adicionado à base, em tom azulado, para diminuir
o cansaço visual, além de melhorar a percepção dos contrastes pelo olho humano.
Substrato
É o elemento de ligação entre a base e a gelatina. Uma vez que a base é feita de poliéster ou
celulóide, que são elementos muito lisos e escorregadios, a gelatina não teria como aderir a estes
materiais. Assim, é colocada uma fina camada de uma substância que funciona como cola entre a
gelatina e a base.
Gelatina
É um composto químico que possui a função principal de manter os grãos de haletos de prata em suas
posições fixas e uniformemente distribuídas. Outra característica é a de permitir a passagem de água e
dos produtos da revelação por entre os microcristais.
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Elemento sensível à radiação
Este é o elemento principal, pois é o que absorve a radiação e a converte em imagem,
constituída de uma gama de tons escuros e claros que contêm informação útil para diagnóstico. Os
haletos de prata mais utilizado são os brometos. Eles são depositados em forma de microcristais (da
ordem de 1 nm de diâmetro) sobre a base, misturados à gelatina que os mantém em suas posições
relativas. Aos microcristais de brometo de prata é adicionada uma pequena quantidade de iodeto de
prata (até 10%), o que serve para aumentar a sensibilidade em relação ao uso de qualquer uma das
duas substâncias puras.
Os átomos de prata, bromo e iodo formam uma molécula a partir de ligações atômicas entre si.
A prata possui um elétron na sua última camada (O). O bromo e o iodo possuem 7 elétrons nas suas
últimas camadas (N e O, respectivamente). Porém, os átomos são mais estáveis se possuírem 8
elétrons na última camada. Então, a prata cede seu elétron para o bromo ou o iodo, que se completam.
Assim surgem, na molécula do haleto, íons positivos (Ag+) e íons negativos (Br- ou I-). Como a
estrutura cristalina dos haletos não é rígida, estes íons negativos têm uma tendência a se localizarem
na periferia da molécula, forçando os íons de prata a se deslocarem para o centro. Por causa disto, a
superfície dos microcristais torna-se ligeiramente negativa. Para que os fótons possam ser realmente
capturados pelos haletos de prata, é misturada uma impureza durante a confecção dos microcristais.
Esta impureza tem por função atrair os elétrons liberados do bromo e do iodo pela incidência do fóton,
dando início à formação da imagem.
Existem algumas teorias sobre como o fóton é capturado e como a informação da radiação é
transformada em imagem. A teoria de “Gurney” baseia-se na retirada dos elétrons da estrutura atômica
dos cristais pelos fótons incidentes e conseqüente absorção desses elétrons pelos íons livres de prata
no cristal. Esta teoria será mais bem descrita no próximo item.
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Capa protetora
Trata-se de uma película que cobre a gelatina a fim de protegê-la contra a abrasão ou o atrito
causado pela manipulação do Técnico ou quando em contato com os rolos da processadora
automática, além de evitar que o contato dentro da caixa de filme cole uma película à outra.
Corante anti-halo
Nos filmes de dupla camada de emulsão, é utilizado um corante especial na base do filme para
evitar o efeito halo. O efeito halo ocorre quando um fóton de luz além de interagir com os haletos de
prata na camada anterior do filme, também interage com a camada posterior. Ou seja, há uma
duplicação da imagem. Com o corante misturado à base, após o fóton de luz interagir, ou não com
uma camada de emulsão do filme, este não atingirá a camada oposta, pois o corante irá absorvê-lo.
Processamento de Sensibilização
Como referido antes, o filme radiográfico possui microcristais que são sensíveis à
radiação X e principalmente á luz produzida pelo écran, os micro cristais desse elemento,
colocados sobre a base do filme com ajuda da gelatina, irão reagir à passagem da luz e
transformar a imagem aérea, definida anteriormente, em uma imagem gravada pontualmente
em cada um dos próprios cristais. Este processo de sensibilização começa quando um fóton de
luz oriundo da tela intensificadora interage com a gelatina e com os microcristais. Se o fóton
de luz perder totalmente sua energia, então ocorrerá uma interação fotoelétrica. Se apenas
parte da energia do fóton for transferida para os átomos do filme, então ocorrerá uma
interação por efeito Compton. Tanto na interação fotoelétrica quanto no efeito Compton, um
elétron do átomo atingido é liberado, e com muita energia. Geralmente, o átomo de bromo ou
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iodo, por possuírem um elétron a mais, são os que mais facilmente liberam elétrons. Este
elétron, agora livre, poderá circular pelas moléculas dos haletos e então se ligar a qualquer
outro átomo. Porém, a inclusão da impureza tem justamente o objetivo de atrair este elétron
livre. Em sua trajetória, o elétron livre poderá colidir com outros átomos e criar outros
elétrons livres. Ao chegarem próximos da impureza, os elétrons livres acabam criando uma
região negativa dentro do microcristal. O bromo ou iodo, que cedeu seu elétron extra, volta a
ser um átomo neutro. Como a ligação iônica que existia entre a prata e o bromo, ou iodo,
deixou de existir, este átomo, Br ou I, está livre para deixar a estrutura do haleto dc prata e se
misturar com a gelatina.
Com a formação de uma região eletricamente negativa, os íons de prata, Ag+ que
estão livres, pois perderam a ligação iônica com os íons de Br e I, são atraídos para esta
região. Ao chegarem nesta região, os íons Ag-+ se juntam com os elétrons livres e voltam a
ser prata neutra (Ag°), ou prata metálica. Assim, há uma degradação do microcristal pela
dissociação dos haletos de prata. Esta degradação é tão maior quanto forem os elétrons livres
que o microcristal conseguir liberar, fruto dos fótons que interagiram. A intensidade da
degradação, maior ou menor, é que cria os diferentes níveis de cinza da imagem, além de
facilitar o processo de revelação. Imagem Latente Quando o feixe de radiação emerge do
paciente e interagem com os elementos sensíveis presentes no filme ocorre um fenômeno
físico que faz com que a estrutura física dos microcristais de haletos de prata seja modificada,
formando o que se conhece como IMACEM LATENTE. A visualização somente será
possível pelo processo de revelação, que fará com que aqueles microcristais que foram
sensibilizados sofram uma redução de maneira a se transformarem em prata metálica
enegrecida. É importante lembrar que a imagem já está formada, porém não pode ser
visualizada, por isso deve-se ter cuidado na sua manipulá-la. Apenas quando a prata for
enegrecida, suspensa na gelatina, é que será a imagem visível na radiografia e se supõe conter
as informações acerca das estruturas irradiadas.
Os filmes são vendidos em caixas de papelão com 100 folhas. O custo varia de US$
30,00 para os filmes de menor tamanho, até US 250,00 para os maiores. No entanto, por
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dificuldade de manipulação durante a fabricação (realizada totalmente no escuro), o fabricante
pesa a caixa para ter certeza de que ela contém o número certo de folhas. Por isso, é comum
entre os fabricantes, já que todas as películas são iguais, independente do tamanho, se referir
ao custo de fabricação por peso de filme radiográfico, ou por valor de área, ao invés do valor
unitário por folha ou por caixa.
Desenho de filme com uma e duas emulsões.
Super coating – revestimento superficial
Emulsion
- Emulsão
Adhesive layer – Camada adesiva
Simulação de sensibilização de haletos, conforme tamanho, velocidade do filme e quantidade ou
qualidade da radiação.
Tamanhos de Filmes
Por uma questão de facilidade de manuseio e confecção de telas intensificadoras, chassis,
porta - chassi, etc., o tamanho dos filmes radiográficos foi padronizado. Atualmente, existem 10
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tamanhos distintos de filmes, a saber: 13 cm x 18 cm, 15 cm x 30 cm, 15 cm x 40 cm, 18 cm x 24 cm,
20 cm x 25 cm, 24 cm x 30 cm, 25 cm x 30 cm, 30 cm x 40 cm, 35 cm x 35 cm e 35 cm x 43 cm.
Processamento e Filmes Radiológicos Classificação quanto à sensibilidade
aos Fótons
O filme radiográfico pode ser classificado quanto à sensibilidade a luz filmes Não
cromatizados em não-cromatizados e cromatizados.
• Filmes ortocromáticos = sensíveis a todas as cores exceto o vermelho.
• Filmes cromatizados = sensíveis ao verde
• Filmes pancromáticos = sua sensibilidade abrange todo o espectro de luz.
Filmes rápidos ou quanto ao tamanho dos cristais fotossensíveis. Camada cristalina
mais espessa ou maiores alta velocidade FAV (filmes de alta velocidade) cristais; Requer
metade do tempo de exposição do FMV (filmes de média velocidade) Radiografias com
aspecto granuloso, Ideal para aparelho de baixa potencia < 60 mA.
De uso mais geral excelente filme de media velocidade (FMV) resultados associados a
écran de detalhe; Menor tempo de exposição do paciente.
Possuem camada filmes de baixa velocidade (de detalhe) cristalina muito fina, ou
pequeníssimos cristais de haletos de prata; Uso especializado – estruturas finas – Requer o
dobro do tempo de exposição que FMV.
Cuidados Com o Filme Radiográfico
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Devido à sensibilidade do filme radiográfico não exposto (virgem) a fatores físicos,
químicos e biológicos, alguns cuidados devem ser observados na armazenagem. As caixas
devem ser armazenadas na vertical, em caixas fechadas, local impermeável (blindado) a
radiação. A umidade relativa do ar do local da armazenagem deve estar entre 30 e 50%; A
temperatura do local de armazenagem não deve sofrer variações bruscas e deve estar entre 10
e 21°C. As caixas não podem ter contato com nenhum tipo de liquido (água ou quaisquer
substancia química).
A Resposta do Filme
Sensitometria - É o estudo e a medição da resposta do filme quanto às mudanças nas
condições de exposição e revelação que afetam a aparência de uma radiografia. A
sensitometria permite traçar a curva característica que representa as características
sensitometricas (velocidade) de um filme.
Densidade Fotográfica (óptica) - A densidade fotográfica é a medição do
enegrecimento do filme. Em outras palavras, a área do filme de maior exposição á radiação ou
luz terá um aspecto mais enegrecido ou de maior densidade, enquanto a área do filme de
menor exposição à radiação ou luz apresentara um aspecto mais transparente ou acinzentado,
ou ainda de menor densidade.
Curva característica - È um gráfico que mostra uma
escala de densidades resultante de uma serie de exposições de diferentes intensidades em um
filme radiográfico. A curva característica pode ser usada para fornecer informações sobre
sensibilidade relativa, velocidade do filme e sobre seus contrastes.
Véu de base - É a densidade mínima de um filme radiográfico que não foi exposto à
radiação ou a luz dos écrans. O véu ou véu de base refere-se à densidade do suporte do filme
mais a densidade das camadas de emulsão que não receberam nenhuma exposição intencional.
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Tela Intensificadora (ÉCRAN)
Introdução
Certas substâncias, se submetidas a algum estímulo externo (tais como: calor,
ionização, reações químicas), podem converter a energia absorvida em radiação
eletromagnética no intervalo da luz visível. Essa conversão de energia é chamada de
Luminescência. A luminescência é chamada Fluorescência quando a emissão de radiação
ocorre num intervalo de tempo de até 10-8 segundos, se esse fenômeno se der num tempo
maior, tem o nome de Fosforescência. Algumas substâncias, como o tungstato de cálcio
(CaWO4) e oxisulfato de gadolíneo (Gd2O2S), tornam-se fluorescentes à ação dos RX.
A quantidade de luz emitida é proporcional à quantidade de RX absorvida e, portanto,
proporcional à dose recebida. Na radiologia convencional o receptor radiográfico consiste de
um filme em contato com uma ou duas telas intensificadoras, já na mamografia o filme esta
em contato com apenas uma tela intensificadora. As telas intensificadoras, os chamados
écrans reforçadores, são acessórios usados em conjunto com os filmes radiográficos como um
artifício para a melhoria do nível de sensibilização do filme, já que as películas usadas para
registro de imagens radiográficas são muito pouco sensíveis aos raios X. A vantagem do uso
dos écrans é evidente pela grande redução da dose no paciente, ao borramento por
movimento, quando em exposições muito longas e o aumento da vida útil do tubo, por causa
da aplicação de cargas menores a ampola.
São constituídos por uma substância química, os écrans de reforço fósforo que tem a
propriedade de absorver fótons de alta energia (rx) e de transformá-los e devolver como
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fótons de luz visível. Este processo é o écran atua como um amplificador conhecido como
Fluorescência na imagem convertendo a imagem de radiação numa imagem composta por
fótons. Fator de reforço de um écran traduz a relação que existe de luz entre exposição à
radiação sem écrans, em relação à que é requerida com a utilização de ecrans para obter a
mesma densidade na película.
Estrutura dos Écrans de Reforço
1 → Base poliéster ou cartão
2→ Camada refletora
3→ Camada Ativa
4→ Camada protetora
1 → Base poliéster.
Branca ou Constituída em dióxido de titânio.
2→ Camada refletora.
Reflete a luz da camada ativa quando o écran é irradiado. 3→Camada ativa.
Constituída por pequenos cristais de fósforo suspensos numa substância gelatinosa
4→ Camada protetora.
Sulfureto de Zinco o Utilizado em radioscopia, Classes de Fósforo emite uma luz
amarelo-esverdeada.
Atualmente é proibida a sua utilização o Tungstato de Cálcio emite fótons nas zonas
violetas e utilização azul do espectro, as películas são bastante sensíveis a este comprimento
Terras raras o Flurocloreto de bário, Sulfato de Bário. Oxibrometo de lantânio o Oxisulforeto
de Terras raras (gadolínio e lantânio, ítrio)
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Alto poder de absorção dos raios-x características dos fósforos cujo espectro de
emissão rendimento na conversão (radiação x → radiação luminosa). Tolerância a uma
concordante com a sensibilidade espectral da película livre de variedade de condições
ambientais calor, umidade fosforescência (luminescência) e de acumulação de fluorescência.
Tipos que diferem nas suas características de absorção aos raios-x. Dois requisitos que
o tornam altamente absorventes são o Número atômico (Z) elevado e a alta densidade física
(massa por unidade de volume). A densidade é importante para determinar a espessura do
écran. Quantidade e aumentar à espessura do écran a quantidade de fósforo aumentam o seu
poder de absorção e conseqüentemente a emissão de luz.
Os microcristais mais afastados da película são absorvidos antes de alcançar o écran e
devera possuir uma espessura suficiente da superfície do écran para que a luz emitida pelo
fósforo seja toda aproveitada. Fatores que alteram a absorção dos raios x são:
-Quantidade de fósforo (espessura e densidade do aglomerado).
- Qualidade do feixe de imagem de radiação.
- Combinação da película com capas refletoras.
-Tamanho da partícula de fósforo ou uso de dois écrans
-Eficácia da conversão do
écran.
-Qualidade do feixe absorvente de luz.
Tem influência na quantidade de energia absorvida de radiação. A qualidade do feixe
de rx esta inerente ao poder de luminescência pelo écran, penetração do feixe incidente sobre
o receptor de imagem, o kV e filtração do feixe e a parte do corpo examinada.
Uso de grade anti-difusora a partir de uma determinada espessura, a quantidade de luz
emitida pelos cristais e tamanho da partícula de fósforo. O tamanho dos cristais de fósforo
tende a aumentar o brilho da luz emitida pelo écran.
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Capas refletoras
Aumentam as capacidades refletoras ou absorventes da luz intensidade luminosas
emitida pela camada ativa. A película da camada ativa a combinação das películas com um
ou dois écrans A absorção de rx por monoemulsionada com um só écran. Ex: mamografia.
A fim de produzir um efeito de enegrecimento similar em ambos os lados da película,
o écran anterior (mais próximo da ampola de Rx) devera ser mais fino que o posterior e a
eficácia da conversão do écran interação de um só fóton de Rx com uma partícula de fósforo,
podem traduzir a relação entre a tela intensificadora e gerar milhares de fótons de luz visível
em energia total de luz emitida pelo écran e a energia de radiação A eficácia desta conversão
depende do tipo de fósforo utilizado. Os écrans classificam-se em três categorias de acordo
com a velocidade:
Médios.
Média velocidade.
Alta resolução.
Esquema básico de uma exposição com uso de écran
Para execução de um exame radiográfico, é necessário que o filme radiográfico esteja
dentro de um recipiente completamente vedado à entrada de luz. Esse recipiente pode ser um
invólucro plástico flexível, como o utilizado nos exames radiográficos odontológicos, ou um
chassi, também denominado cassete, comumente utilizado nos exames radiográficos médicos.
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Chassis – caixa hermética vedada à luz, com uma das faces articulares e de dimensões
ligeiramente superiores às da película, é necessário proteger os écrans de reforço impedir a
entrada de luz e de quebras ao manuseio.
Tipos de Chassis:
1. Plano - em forma de livro, retangular: Face anterior: (a que fica virada para a
ampola durante a exposição ao RX) que se domina ás vezes de fundo de caixa deve ser de
material permeável aos RX a face posterior ou tampa que é impermeável à radiação
secundária, mas é parcialmente permeável à radiação primária. Possui no seu interior uma
almofada de feltro para se assegura um contato perfeito dos écrans de reforço com a película.
Os chassis, com o fim de evitar a troca apresentam na face posterior uma cor e outra na face
anterior.
2. Chassis curvos: tem a sua superfície anterior convexa. O seu propósito é manter
uma relação estreitas entre o filme e a região anatômica a estudar (18X24).
3. Chassis flexíveis: é um simples envelope de material de plástico, dobrado num lado
e fixado por molas.
O lado que fica voltado para o tubo de raios-x, normalmente vem identificado com a
inscrição “tube side” e/ou em cor cinza com superfície homogeneamente radiotransparente,
como bakelite, magnésio ou alumínio, para minimizar a absorção do feixe de radiação e evitar
o aparecimento de artefatos na radiografia.
Cuidados com o chassi e écran:
- Nos modelos em forma de livro ao higienizá-lo ou durante o carregamento não abrilo totalmente a fim de não romper a película que protege contra a entrada indesejada de luz.
- Manter a superfície do écran sempre limpa e seca, não permitindo a presença de
resíduos (fios de cabelo, cascas de esmalte de unha, pedaços de plástico ou papel, etc.) para
não impedir a total fluorescência durante a interação dos fótons e que não forme artefatos na
imagem.
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- Limpar o écran periodicamente com solução anti-estática.
- Ao higienizar as partes externas, não despejar o líquido para limpeza sobre o chassi,
e sim, umedeça um tecido ou papel toalha para não permitir a infiltração nas estruturas
internas do chassi.
Chassi 18x24, 24x30, 30x40, 35x35 e 35x43
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Chassi aberto totalmente (não recomendado) e superfícies dos écrans
Chassi aberto
parcialmente
(maneira adequada)
sem écran, somente
com a espuma para
colocação do écran.
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Chassi Periapical para radiologia odontológica
Câmara Escura
A câmara escura é onde se processa todo o tratamento radiofotografico. Uma boa
câmara escura deve satisfazer as seguintes recomendações:
• Deve poder tratar de forma satisfatória, todas as exigências: películas que recebe
(tanto antes da exposição e depois da exposição).
• Deve proporcionar ótimos resultados fotográficos.
• Melhores condições de trabalho possíveis.
Tipos de Câmara escura
Dependendo do tipo de processamento, a câmara escura pode ser basicamente de dois
tipos:
• Molhada: No processamento manual do filme radiográfico, que é realizado dentro da
câmara escura.
• Seca: No processamento automático do filme radiográfico, que é realizado dentro da
processadora.
A câmara escura ideal deve apresentar: Espaço amplo, a prova de luz, bem ventilado e
confortável, onde devem estar dispostos os tanques para as soluções de processamento, com
água corrente, exaustor (para a renovação do ar) e climatizado (em regiões frias com
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aquecimento e em locais muito quentes com ar refrigerado) Conter uma mesa de trabalho
sempre limpa e organizada para a manipulação de filmes.
Equipamentos necessários da câmara escura
Conforme Portaria /MS/SVS/ 453, de 01 de junho de l998
Publicado no Diário Oficial da União 02/06/1998
No artigo 4.9 refere-se às exigências para instalação da câmara escura
para fins Radiológicos.
4.9 A câmara escura deve ser planejada e construída considerando-se os seguintes requisitos:
a) Dimensão proporcional à quantidade de radiografias e ao fluxo de atividades previstas no
serviço.
b) Vedação apropriada contra luz do dia ou artificial. Atenção especial deve ser dada à
porta, passa chassis e sistema de exaustão.
c) O (s) interruptor (es) de luz clara deve (m) estar posicionado (s) de forma a evitar
acionamento acidental.
d) Sistema de exaustão de ar de forma a manter uma pressão positiva no ambiente.
e) Paredes com revestimento resistente à ação das substâncias químicas utilizadas, junto aos
locais onde possam ocorrer respingos destas substâncias.
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f) Piso anticorrosivo, impermeável e antiderrapante.
g) Sistema de iluminação de segurança com lâmpadas e filtros apropriados aos tipos de
filmes utilizados, localizado a uma distância não inferior a 1,2 m do local de manipulação.
4.10 A câmara escura para revelação manual deve ser provida de cronômetro, termômetro e
tabela de revelação para garantir o processamento nas condições especificadas pelo
fabricante dos produtos de revelação.
4.11 Deve ser previsto local adequado para o armazenamento de filmes radiográficos, de
forma que estes filmes sejam mantidos:
a) Em posição vertical.
b) Afastados de fontes de radiação.
c) Em condições de temperatura e umidade compatíveis com as especificações do fabricante.
4.12 A iluminação da sala de interpretação e laudos deve ser planejada de modo a não
causar reflexos nos negatoscópios que possam prejudicar a avaliação da imagem.
Processos de Revelação automática e manual
Atualmente no Brasil, é pouco utilizada na radiologia convencional a revelação
manual sendo, mais comum, em radiologia odontológica, seguindo basicamente as etapas a
seguir:
• O preparo das substâncias revelador e fixador deve ser preparado separadamente
conforme orientações técnicas do fabricante.
• A etapa de revelação inicia-se após de protegido contra o contato com luz artificial
ou natural o filme seja retirado do chassi então será imerso nas etapas.
1- Identificação fotossensível (se necessário)
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2- Imersão em liquido revelador.
3- Imersão em água para lavagem.
4- Imersão em liquido fixador.
5- Imersão em água para lavagem.
6- Secagem da película.
Processamento Automático de
Filmes
Primeira Processadora Automática 1942
A utilização das processadoras
automáticas na Técnica Radiográfica
tornou-se possível, com o
aperfeiçoamento das propriedades e
características dos filmes radiográficos os
tornando capazes de suportar as
condições de processamento mais
energéticas, inclusive mecânicas, com
tempos menores de revelação e sob condições de temperatura aceitáveis.
O maior desafio foi o entumescimento da gelatina das camadas de revestimento das
películas. Ocorre que quando o filme é submerso nas soluções, ele absorve os líquidos,
aumentando a espessura e volume da emulsão e,
conseqüentemente, provocando um amolecimento da
mesma. O grau de entumescimento é tanto maior quanto
maior for à temperatura de revelação e a alcalinidade da
solução reveladora.
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O uso do agente endurecedor visa justamente controlar este amolecimento.
Quando o filme é transportado pelos da processadora, através dos tanques as
soluções, as camadas intumescidas correm o risco de serem danificadas, provocando
danos à imagem. O problema foi contornado com o desenvolvimento de soluções
reveladoras contendo agentes mais ativos, temperaturas médias em torno de 35°C e
agentes endurecedores para o adequado controle do entumescimento.
O processamento automático da revelação de filmes radiográficos trouxe grandes
vantagens para os serviços radiológicos, como a importante diminuição dos tempos,
índices de eficiência maiores, aumento do trabalho na câmara escura, condições
operacionais padronizadas e mais estáveis, bem como a melhoria das condições de
limpeza do ambiente. Proc. Kodak M-35
Como conseqüência dessas e de outras vantagens, o emprego das Processadoras
Automáticas vem crescendo significativamente.
Vantagens do Processamento Automático
Das muitas vantagens que o processamento automático acarreta, justificando
seu uso generalizado nos Serviços de Radiodiagnóstico, podemos destacar:
Significativa melhora na qualidade das radiografias.
1- Significativa melhora na qualidade das radiografias.
2- Maior rapidez na obtenção dos filmes processados, economizando tempo
precioso na espera dos resultados.
3- Diminuição das possibilidades de contaminação por soluções químicas na
câmara escura, bem como diminuição de erros devidos a manipulação inadequada, muito
comuns nos processo manual.
4- Treinamento dos operadores mais simples e rápido, o que diminui custos.
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5- Aumento da produtividade do serviço radiológico.
Cuidados com o processo automático
Existem algumas diferenças a serem consideradas quando se fala em revelação
automática no que se refere aos produtos químicos usados no processo. Isto se deve ao
fato de que as características desse processo, com relação á velocidade, fixação da
imagem, dilatação da emulsão e secagem mais rápida diferem um pouco do processo
manual.
Quando em processo de revelação automática, o filme fica sujeito a
circunstâncias de umidade que o torna escorregadio, podendo provocar um atraso no
dispositivo de transporte (rolos de tracionamento) e permitindo que haja a superposição de
outros filmes que estejam na seqüência de revelação. Pode ainda ocorrer de o filme tornarse pegajoso em excesso e ficar aderido nos rolos, além da possibilidade de surgir danos à
emulsão (no caso desta estar muito macia) pela ação de transporte dos mesmos.
Uma diferença das substâncias químicas utilizadas na revelação automática é a
utilização de uma química endurecedora tanto no revelador quanto no fixador para que se
mantenha a espessura e aderência dentro de limites aceitáveis para que não interfiram no
processo de transporte. Além disso, o filme de ser revelado rapidamente para que o
processo não seja um fator de atraso no departamento de radiologia, isto é obtido pelo
aquecimento da solução do revelador endurecedor.
De grande influência no processo é a etapa de fixação, que interfere na
qualidade da imagem gerada, considerando que a ação do fixador é responsável pela
retirada dos grãos não revelados, devendo ser muito rápida. Ao fixador é adicionado um
produto endurecedor para que, durante o processo de lavagem, não haja dano físico à
emulsão.
No que se refere à vida útil das soluções, esta é afetada por vários fatores tais
como: temperatura, exposição ao ar e ritmo de consumo. Em serviços que trabalham com
um grande volume de revelação diária, a solução tende há durar mais tempo.
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Processadora Automática
Uma processadora automática típica é basicamente constituída por conjunto de tanques
seqüenciais de processamento, através dos quais as películas são transportadas, por meio de 4
conjuntos de rolos, chamados Racks, uma para cada tanque. Os rolos podem ser acionados
eletricamente ou por meio de engrenagens ou fusos sem fim. Os quatro racks correspondem
as 4 fases de processamento do filme radiográfico: revelação, fixação, lavagem e secagem.
Acima: em vermelho esta o percurso realizado pela pelícu
À esquerda: Vista superior de uma
processadora automática, de baixo para
cima a seqüência de processamento de
filmes: Revelação, Fixação e Lavagem e na
parte tampada esta o secador.
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É importantíssima a lavagem periódica da processadora para manter a qualidade da
revelação e imagem ótimas.
Alimentação do Filme
Cada filme deve ser colocado na processadora de acordo com o diagrama
fornecido pelo fabricante do equipamento. Isto é importante para garantir a melhor tração
do filme, sem perigo de haver o engasgamento do filme nos rolos.
Preparação da Solução Reveladora e Fixadora
As soluções concentradas para a preparação do revelador automático são
fornecidas comumente em 3 frascos para a obtenção final de 38 litros. Os frascos são
divididos em três partes distintas (3 produtos):
Parte A – Volume de 9,5 litros
Parte B – Volume de 0, 950 litros
Parte C – Volume de 0, 950 litros
“Para a preparação da solução reveladora ou fixadora é imprescindível a
utilização dos Epi’s necessários”.
Inicia-se a preparação da solução reveladora em três etapas:
1-
Despeje o volume da parte A totalmente em seguida coloco em
média 10 litros de água, faça agitação e durante adicione a parte
B da solução.
2-
Adicione mais 10 litros de água, faça agitação da solução e
durante adicione a parte C
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3-
Adicione 6,7 litros de água, faça nova agitação.
A solução Fixadora, normalmente é encontrada também em 3 frascos sendo
Uma (1) parte A e duas (2) partes B, o processo de preparação é idêntico ao da solução
reveladora, Lembrando que, os utensílios utilizados para a preparação de uma das
soluções jamais deverão entrar em contato com o corpo e não podem ser utilizadas
para o preparo de ambas as soluções, para que não haja contaminação da solução e
comprometer a qualidade da imagem.
Imagem Digital
Considerada a evolução mais recente na radiologia as imagens geradas nos
diferentes equipamentos de diagnóstico por imagem podem ser reconstruídas a partir da
transformação de um número muito grande de correntes elétricas em dígitos de
computador formando uma imagem digital.
A imagem digital é apresentada em uma tela de computador ou filme
radiográfico na forma de uma matriz formada pelo arranjo de linhas e colunas. Na
intersecção das linhas com as colunas forma-se a unidade básica da imagem digital, o
Pixel (picture element).
Para que a imagem digital possa interpretada como a imagem de um objeto ou
de uma estrutura anatômica os dígitos de cada pixel da imagem são convertidos em tons
de cinza numa escala proporcional a seus valores.
A imagem digital final será o resultado do arranjo de uma grande quantidade de
pixels apresentando tonalidades diferentes de cinza e formando no conjunto uma imagem
apreciável.
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O receptor de imagem pode ser no formato de chassi convencional, porém, não
há filme, ou detectores estacionários que enviam os dados após a exposição diretamente
para o computador que irá compilar os dados dando origem a imagem.
Características
Pixel
O arranjo de linhas e colunas forma a matriz da imagem digital. Quanto maior
a quantidade de linhas e colunas menor será o pixel e conseqüentemente a imagem final
apresentará melhor resolução, no entanto, não necessariamente melhor qualidade, pois os
sinais provenientes de pixels de pequenas dimensões apresentam grande quantidade de
ruído eletrônico, prejudicando as imagens que passarão a se apresentar com aspecto
granulado.
As imagens digitais poderão ainda se apresentar com resolução diferente da
que foi adquirida. Com ajuda do computador e pela técnica de interpolação de dados, uma
imagem inicialmente adquirida com matriz 192 x 192 poderá ser apresentada como de
matriz 256 x 256. Neste caso o preenchimento dos pixels será calculado com base nas
informações disponíveis na memória do computador.
Voxel
Em tomografia computadorizada e ressonância magnética nuclear as imagens
representam as estruturas anatômicas em “cortes” ou “fatias”. A espessura do corte está
relacionada com a profundidade da imagem. O cubo de imagem formado pelo pixel mais
a espessura do corte que representa (profundidade) é denominado VOXEL (Elemento de
volume).
O voxel poderá ser isotrópico, quando apresentar as mesmas dimensões entre a
sua largura, altura, e profundidade ou, anisotrópico, quando essas medidas forem
diferentes.
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Voxel Isotrópico
Voxel Anisotrópico
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Referências Bibliográficas
Curry TS, Dowtey JI, Murry RC. Christensen`s Physics of Diagnostic radiology. 4a edição.
Filadélfia: Lea & Febiger 1990.
Friedman M, Friedland GW. As Dez Maiores Descobertas da Medicina. São Paulo:
Companhia das Letras 2000: 170-194.
Paul LW, Juhl JH. Interpretação Radiológica 6 a edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara
1996.
Agradecimentos
Agradecemos a toda equipe do Colégio Técnico São Bento e em especial ao Professor
Marciel Pereira de Oliveira que participou da revisão desta apostila.
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