Crashing - Spider Project Team
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Crashing - Spider Project Team
The Spider Team Reference Library Artigo: Reduzindo a duração de projeto com “crashing” em atividade não crítica (tópico abordado na E-Plan) Por Peter Mello, PMP, PMI-SP, SpS Crashing O “Crashing” é uma técnica de aceleração de cronogramas através da redução da duração de atividades mediante a colocação de recursos extras ou uso de horas extras. Se uma atividade de alvenaria leva 6 dias para ser realizada com uma produtividade de 1m2 por hora e um pedreiro, podemos aumentar as horas de trabalho diárias ou somar um novo pedreiro a equipe para reduzir o prazo. A noção que temos derivada da aplicação do Método do Caminho Crítico é de que só adianta reduzir a duração de atividades que estejam no caminho crítico. Isso de fato é verdade em cronogramas que não estejam levando em consideração o uso de recursos, mas a transposição da regra para cronogramas baseados em corrente crítica é uma falácia. Quando falamos em corrente crítica, não importa se estamos falando da aplicação do Método da Corrente Crítica ou do Success Driven Project Management ou de qualquer cronograma baseado em restrições (aplicação do RCP – Resource Critical Path). O “Crashing” em cronogramas adequadamente construídos com a aplicação do RCP e a adequada distribuição dos recursos disponíveis pode ser feito tanto em atividades críticas como em atividades não-criticas, podendo resultar em redução da duração do projeto em ambos os casos. Nota: não confundir redução da duração do projeto e da atividade com carga de trabalho. Eventualmente a troca de recursos de maior produtividade por recursos de menor produtividade irá significar um aumento no total de horas realizadas pelos recursos, sem necessariamente significar aumento na duração da atividade (Um recurso que produz 1m2 por hora realiza 48m2 de alvenaria em 6 dias; um recurso que produz 0,8m2 por hora e realiza 4 horas extras diárias realiza o mesmo trabalho em 5 dias. No entanto, o recurso mais produtivo tem uma carga total de 48 horas e o de menor produtividade tem uma carga total de 60 horas). Na ilustração acima, o recurso A trabalha um total de 180 horas distribuídos em pouco mais de 5 semanas. O recurso C totaliza 240 horas e o recurso B totaliza 130 horas. Nas primeiras duas semanas, todos os recursos trabalham praticamente o mesmo número de horas (as horas acumuladas de A,B,C tem a mesma distribuição no tempo). [email protected] - +55 61 3244-2510 (1) The Spider Team Reference Library As horas acumuladas acima são resultado do seguinte cronograma: Os recursos A,B,C estão distribuídos em atividades críticas (em vermelho) e não-críticas (em verde). O objetivo do exercício é demonstrar que o “crashing” em uma única atividade não-crítica pode proporcionar uma redução no tempo total do projeto. Neste exercício, A e B são recursos do mesmo tipo, mas eventualmente em um tipo de atividade o recurso B tem menor produtividade (o recurso A possui maior especialização na atividade e por isso é capaz de realizá-la com maior produtividade). Para demonstrar o crashing, vamos alterar o calendário de uma atividade (Atividade 14) para permitir que se possa realizar horas-extras. Na programação original, 60 unidades eram realizadas em 8 dias. A atividade em relação a outras atividades do cronograma tinha uma folga total de 30 horas e não pertence ao caminho crítico. Na nova programação, a carga diária de trabalho é aumentada de 8 para 14 horas e o trabalho e então concluído em 5 dias. Como o cronograma foi otimizado em função da nova situação de planejamento, a atividade continua fora do caminho crítico, mas sua folga total foi reduzida de 30 para 16 horas. Nota: A folga total não depende neste caso da duração da atividade (ou teria aumentado a folga ao invés de reduzir), mas sim da nova seqüência de atividades que foi criada em função da entrega antecipada daquela atividade. [email protected] - +55 61 3244-2510 (2) The Spider Team Reference Library O novo cronograma criado em função do “crashing” em atividade não crítica é o seguinte: A antecipação de três dias em uma atividade não-crítica reduziu o projeto em três dias. Comparando o cronograma com a linha de base (atividades em laranja), podemos perceber que a redução da duração da atividade 14 proporcionou alterações no seqüenciamento e duração das atividades 4, 5, 6, 12 e 15. Pelo gráfico de horas de trabalho acumulada, podemos perceber que o Recurso A trabalhou mais nas duas primeiras semanas que o restante da equipe pois estava executando horas extras. O novo cronograma reduziu a carga total de horas de trabalho para o recurso B (redução de 130 para 20 horas) e também do recurso A (redução de 180 para 170 horas). Resultados: A carga horária total de todos os recursos foi reduzida em 20 horas, embora o Recurso A tenha feito horas extras durante cinco dias; O tempo total do projeto foi reduzido em 3 dias; Se a empresa tiver banco de horas, o custo final do projeto com o “crashing” foi reduzido; Se a empresa não trabalhar com banco de horas, o custo final do projeto deverá ser calculado em função do custo extra dos 5 dias com carga de trabalho expandida (20 horas extras) e da economia global (10 horas do Recurso B e 10 horas do Recurso A) [email protected] - +55 61 3244-2510 (3) The Spider Team Reference Library Como isso é possível? Em cada situação, diversos eventos podem acontecer para favorecer situações em que um cronograma tem reduções por conta da aplicação do “crashing”, seja em atividades críticas ou nãocríticas. No caso particular deste cronograma, utilizamos um recurso especial encontrado em softwares de aplicação profissional como o Primavera e o Spider: Nivelamento de Recursos por HABILIDADE. O segredo da redução deste projeto em função do tempo total de horas trabalhadas e da duração total do projeto está no fato de que o Recurso A é capaz de realizar a atividade 3 com uma produtividade de 1.3 unidades por hora e o Recurso B é capaz de realizar a atividade 3 com uma produtividade inferior (0.8 unidades por hora). No cenário original, o Recurso A estava ocupado na realização de atividades de projeto que não lhe permitiam trabalhar na atividade 3. Ao antecipar a entrega da atividade 14, o recurso estava então “livre” para realizar a atividade 3 no lugar do recurso B e todo o reagendamento das atividades subseqüentes foi otimizado para aproveitar a maior produtividade de A. Isso fica visível se compararmos o cronograma individual de cada recurso em ambos os cenários: Nota: O campo Duração Horas [Restante] acumulado não é o somatório da carga individual de cada recurso e sim a carga diária acumulada entre o primeiro e último dia do projeto. Podemos perceber na carga individual de cada recurso uma redução de 20 horas (10h em A e 10h em B). [email protected] - +55 61 3244-2510 (4)
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