Caio Barsoti Mídia Impressa Fabra Neto Dicas

Transcrição

Caio Barsoti Mídia Impressa Fabra Neto Dicas
PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA APP CAPÍTULO UBERLÂNDIA
ANO 0 - N0 02 - NOV/DEZ/JAN 2010
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
Fabra Neto
Um dos criadores
da campanha mais
famosa da Brastemp
avalia a propaganda
atual e decreta: o
mercado emburreceu
Caio Barsoti
O profissional da
comunicação assume
o desafio de garantir
a qualidade dos
serviços publicitários
no país.
Mídia Impressa
Expansão do acesso
a internet exige
transformação
dos profissionais e
veículos.
Dicas
Parte do sucesso
de uma campanha
nasce nacoleta de
um bom briefing
Mauro Marques
PALAVRA DO PRESIDENTE
anaCleto neVeS
Presidente APP Uberlândia
Sobrevivemos ao primeiro round. E também ao segundo.
O resultado parcial desta luta está em suas mãos: a 2ª edição da Revista Canto do Galo.
Produzida por nossa Diretoria de Comunicação num trabalho conjunto com a Lead
Assessoria de Imprensa e tendo o apoio decisivo da Diretoria Social, esta revista tem a marca
dos campeões Gustavo Lazzarini, Janaina Depiné e Célio Cardoso. Afinal, não é sempre
que encontramos parceiros tão determinados a não se deixarem abater pelas adversidades e
permanecerem de pé nesta luta. Pois, se não sabem, editar uma revista no nosso mercado é quase
tão difícil quanto enfrentar um grande campeão. Juro que eu preferia enfrentar o Mike Tyson!
Em nome da atual Diretoria da APP gostaria de agradecer a dedicação dessas
pessoas. Se dizem que nós, os brasileiros, não podemos ver um brasileiro fazendo
sucesso que logo encontramos um jeito de desmerecer suas qualidades, queremos fugir à
regra. Ou melhor, reinventar uma nova prática, onde o reconhecimento possa ser efetivo,
nominal, direto e de coração.
E tudo isso foi feito para você, associado da APP e profissional do nosso mercado de
comunicação. Vale lembrar que outros rounds virão e como me disse o grande filósofo e
amigo, Celso Machado, quando vencemos uma luta apenas conquistamos o direito de lutar
com um adversário mais forte. Esta é a vida. E que bom que ela é assim!
Boa leitura!
diretoria aPP – Capítulo uberlândia – Biênio 2009/2010
Conselho de administração
Presidente: Anacleto Nogueira Neves
Primeiro Vice-presidente: Júlio
César M. de Paiva
segundo Vice-presidente: Adriano
G. Novaes
diretor: Gustavo Lazzarini
diretor: Renata M. C. Garcia
diretor: Nilson Damaceno
diretor: José Baptista de Moraes Neto
diretor: Sérgio Gouveia
diretor: Antônio Luis de Freitas
executivo Chefe: Tony Amaral
secretária executiva: Mariana Dias
dos Santos
diretoria executiva
diretor Financeiro: Rogério Peres
da Fonseca
diretor Primeiro secretário: Janaína
Depiné
diretor segundo secretário: Ricardo
Cunha
diretor: Rosane Lucho
diretor: Paulo Fernando B. Souza
diretor: Leonardo Cerqueira Melo
diretor: Noel Arantes
diretor: Daniel Labanca
diretor: Paula Bernardes
diretor: José Ferreira Neto
EXPEDIENTE
Revista Canto do Galo
Publicação trimestral da APP Uberlândia
Edição nº 02 – novembro / dezembro / janeiro
Conselho editorial:
Adriano Novaes
Anacleto Neves
Carlos Magno D’armada
Célio Cardoso
Fabiana Barcelos
Gustavo Lazzarini
Janaina Depiné
Luiz Antônio Batista Dias
Jornalista responsável: Janaína Depiné Mtb 6668
diretor responsável: Gustavo Lazzarini Mtb MG
05407 JP
Conteúdo e assessoria de imprensa:
Lead Assessoria
Colaboradores desta edição:
Aline Morais
Carolina Ikeda
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diretor: Jurema Martinez
diretor: Ana Carolina Almeida
diretor: Alvim F. Costa Neto
Conselho Fiscal
Presidente: Adalberto Silvio Deluca
Membro efetivo: Célio Cardoso dos
Santos
suplente: Marcelo Silva
suplente: Emerson Côrtes Carrijo
suplente: David Nunes
Conselho Consultivo
Luiz Antonio B. Dias
Rogério Nery
Carlos Roberto Viola
Pérola Novais
Rafael Cândido
Raphael Lalli
Jessica Block
Hanny Angele
Renato Cabral
Neto (NIdéias)
Aline Moraes
diretor Comercial:
Célio Cardoso
Fotógrafos colaboradores:
Mauro Marques
Capa:
Diferi Comunicação de Impacto
Marca:
Fórmula P
Produção e edição de arte:
Meio&Mídia Publicações
Revisão:
Lead
Pré-impressão:
CTP Registro Digital
Pedro José Lacerda do Nascimento
Eriberto Gussoni
Everton Machado
Zander Junior
Ettore Braia
José Reinaldo
Dimas Le Senechal
Paulo Zago
Hamilton Rocha
Roberto Paul Chacur
Eduardo Guaratto
Wladmir Marques Virote
impressão:
Gráfica Brasil
tiragem:
2000 exemplares
distribuição:
Conex Logística Integrada
Os anúncios e artigos publicados e assinados são de
responsabilidade de seus autores. É expressamente
proibida a reprodução, parcial ou total, sem autorização
prévia da APP Uberlândia. Críticas e sugestões:
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Nós também!
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Conheça os associados da aPP que fizeram as ações
e campanhas criativas no segundo semestre de 2010
Jornada APP 2010
agência: Ei!quanta
direção de Criação: Gilberto Gildo
Redação: Diana Almeida
atendimento: Renata Garcia
Produção de Vídeo: Imaginare Filmes
Produção de Áudio: A Voz da América
agência: know how
Peça: Campanha Churrasco APP
direção de Criação: Adalberto Deluca
direção de arte: Alessandra Carla Rocha Reis
Redação: Adriana Chuffi Rodrigues
Revisão: Augusta Deluca
atendimento: Antonio Freitas
Produção Gráfica: Ana Antonia
Produção de Vídeo: Cinefilmes
Áudio: Voz da América
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canto do galo
Mídia: TV Integração, TV Vitoriosa, Band,
TV Paranaíba, Canal da Gente
Produção de Camisetas: Chamativa
ilustrações: Guilherme Silva (Guideki)
assessoria de imprensa: Lead
Pré-impressão: Registro Digital
impressão: Gráfica Côrtes
evento: Meio&Mídia Eventos
diretor Responsável: Célio Cardoso
canto do galo
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divulgação
entrevista
JanaIna DePInÉ
Lead
É ASSIM UM...
FABRA NETO
um dos criadores da campanha mais famosa da Brastemp avalia a
propaganda atual e decreta: o mercado emburreceu
O sucesso do publicitário Pascoal Fabra Neto, sócio da renomada agência Fabra & Quinteiro e dono de reconhecido talento,
é resultado de muito trabalho, humildade e ousadia. Ele conversou com exclusividade com a Revista Canto do Galo. Conta como
criou célebres campanhas, o impacto das novas mídias e os rumos da propaganda.
Revista Canto do Galo - Como entrou no mercado de
publicidade? Como foi sua trajetória?
pesquisa, e o Planejamento detectou o sentimento de adquirir
um produto Brastemp, Ricardo Freire e eu saímos com o
Fabra Neto - Comecei em Arquitetura e logo vi que minha conceito de “Não é assim uma Brastemp” e fechando o conceito
paixão era Comunicação e Propaganda. Me formei nos Estados
que “Brastemp não tem comparação”.
Unidos, vendi muito pastel na 5ª avenida, fui salva-vidas na
St. Jonhs Beach e parquiei muito carro de madame, tudo para
RCG - Há muito tempo não vemos um slogan ser
custear a universidade. Acho que isso me deu uma dimensão do massificado assim (como o da Brastemp). Acha que a qualidade
valor da venda e da busca pelo ideal.
criativa da publicidade diminuiu ou o perfil das campanhas
mudou?
RCG - Você é presidente da Fabra & Quinteiro, mas o
FN - Acho que o mercado emburreceu nos dois sentidos.
vemos assinando várias campanhas, seja na criação, design ou
Tanto as agências ficaram medrosas e deixaram de ousar, como
projeto gráfico. Acha que o executivo de uma agência não deve
os cliente ficaram temerosos em arriscar. A história nos ensina
deixar o publicitário de lado?
que todas as grandes campanhas sempre tiveram ou terão,
FN - O título nunca foi importante. A liderança tem que
acredito eu, a responsabilidade de 50% do cliente e 50% da
ser conquistada ao invés de ser imposta, não sou burocrata.
agência, especificamente no case Brastemp, credito o sucesso
Amo o que faço e atuo em várias áreas. O meu pessoal tem um
da campanha na postura do cliente em acreditar na ousadia
lema aqui dentro “Se deixar, o Fabra vem e faz!”
da agência. Quando, há 20 anos, você imaginaria um líder de
mercado em eletrodoméstico pudesse colocar uma campanha
RCG - Uma das campanhas inesquecíveis que tem a sua
assinatura é “Não é assim uma Brastemp” que virou um jargão
no ar, nacional, assumindo que o consumidor comprou outra
marca ao invés da sua?
utilizado por muita gente até hoje. Como foi o processo de
criação da primeira campanha dessa série?
FN - Gostaria de deixar bem claro os créditos dessa
utilizavam a internet como carro-chefe, como foi o caso da
campanha: tenho muito orgulho de ter criado essa campanha
Epson. Como acredita que as novas mídias estão influenciando
junto com Ricardo Freire e no Planejamento Estratégico
a propaganda?
Fernando Quinteiro, hoje meu sócio, na Pesquisa Rita
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RCG - Em 2006 você já pensava em campanhas que
FN - Sim. Toda a estratégia da Epson foi baseada em uma
Almeida, e Julio Ribeiro sendo o maestro disso tudo. Diria
campanha viral, só que ficou tão boa que a Epson dos Estados
que o processo de criação foi um processo onde o consumidor
Unidos quis colocar na mídia convencional. Acredito que
já estava falando que o grande desejo era ter sua Brastemp,
estamos no momento das novas mídias e como diz o ditado
mas que na época não conseguia. Quando chegou à Criação a
temos que surfar com as ondas do mercado!
canto do galo
rua. Como um criador experiente, obedeço a um bom briefing,
RCG - A Fabra & Quinteiro atende o Bradesco e nas
últimas campanhas do banco o foco de “completo” mudou para
e como um bom criador, sempre ouço minhas sinalizações
internas, avanço um pouco o sinal.
“presença”. Acha que a globalização está exigindo uma postura
diferente nos produtos e na forma de comunicá-los?
FN - No caso do Bradesco, tenho particularmente uma
posição quanto ao conceito “Completo” para a época foi
boa porém, na minha opinião, uma das maiores instituições
financeiras do Brasil é pressuposto básico. Já o conceito
“Presença” é o grande asset da Organização Bradesco. Pois o
banco atende de A a Z e sua presença em território nacional
é comprovadamente verdadeira, ou seja, este conceito tem
melhor aderência à organização. Respondendo quanto à
globalização: uma ideia universal é sempre melhor aceita
porque é entendida por todos.
RCG - Muitos publicitários se sentem amarrados pelo
RCG - Para você criatividade nasce do ócio ou do trabalho duro?
FN - Já dizia Peter Drucker “Criatividade decorre do
aproveitamento das oportunidades e não da solução dos
problemas. Solução de problema só restaura normalidade e
oportunidade significa explorar novos caminhos”. Ou seja, é
osso duro de roer, é muito trabalho!
RCG - Qual campanha é seu grande orgulho?
FN - Várias campanhas que criei, ora participei como
autor, ora co-autor. Uma que me orgulho muito, quando
trabalhei com o Jornal da Tarde. Newton Pacheco e eu criamos
a campanha “Não deixe a CPI do Orçamento acabar em pizza”.
briefing ou pela verba restrita do cliente. Qual a importância de
se extrapolar as limitações na hora de pensar uma campanha?
FN - Muitas vezes na minha carreira profissional ouvi de
RCG - E qual gostaria de ter feito?
FN - São várias, mas como gráfico gostaria de ter feito
vários clientes “verba não tem, verba se cria”. O que isso quer
ABSOLUT. E outra campanha conceitual é a da Mastercard
dizer? Traga uma boa ideia que farei de tudo para colocá-la na
“Não tem preço”.
Carolina Ikeda
entrevista
CAIO
BARSOTTI
JanaIna DePInÉ
Lead
depois de 11 anos da gestão de Petrônio Côrrea no Cenp, o profissional
da comunicação assume o desafio de garantir a qualidade dos serviços
publicitários no país
Presidente do Cenp (Conselho Executivo das NormasPadrão), Caio Barsotti atuou em agências como Salles,
Almap, Colucci e DPZ e em veículos como Lance, Scala
FM, TV Sorocaba (SBT) e Yahoo. De 2003 a 2006 esteve no
Governo Lula, como secretário de Comunicação Integrada
da Presidência da República, exercendo as atividades de
coordenação e supervisão da publicidade dos órgãos federais.
Em 2006 assumiu a diretoria comercial das oito emissoras da
Rede Paranaense de Comunicação.
No comando do Conselho, desde o final de 2009,
Barsotti tem o desafio de garantir que as mais de duas mil
agências certificadas cumpram as Normas-Padrão em vigor
desde 98, mais do que isso ele tem o papel estratégico
de garantir a qualidade em serviços, sem barrar a livre
concorrência. Nessa entrevista exclusiva, ele trata do papel e
dos desafios do Cenp na nova gestão.
Revista Canto do Galo - Quantas agências são hoje
certificadas pelo Cenp no Brasil? E quantas você acredita que
atuem sem a certificação?
Caio Barsotti - Neste momento temos o registro de 2592
agências certificadas no Brasil, das quais 297 estão em Minas
Gerais, e 73 no Triângulo Mineiro. Desde o surgimento do
Cenp, há 11 anos, já recebemos mais de 10 mil solicitações para
certificação, este número é similar ao apontado pelo estudo
feito pelo IBGE para a ABAP, e também às informações da
Fenapro sobre o total de agências que cumprem a contribuição
sindical anual para a Federação. Observando estes números, me
parece que eles confirmam que por um lado os critérios e o rito
do processo para certificação é bastante rigoroso, assegurando
aos anunciantes e veículos que as agências certificadas possuem
condições que presumem uma qualidade superior em serviços
de publicidade, e por outro que a livre concorrência reina
plenamente em nosso país, pois demonstram que não há
barreiras na autorregulação comercial contidas nas Normas-
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canto do galo
Padrão da Atividade Publicitária que impeçam as empresas que
ainda não tenham obtido o certificado de qualificação técnica
expedido pelo CENP de operar no mercado.
RCG - O Conselho Executivo das Normas-Padrão tem
como objetivo cumprir as Normas-Padrão da Atividade
Publicitária. Como isso é assegurado?
Caio Barsotti - O funcionamento do CENP se dá por
meio de seus organismos, todos com representação equilibrada
de Anunciantes, Agências e Veículos, que são: Conselho
Executivo, Conselho de Ética, Conselho Fiscal, Diretoria
Executiva, Conselho Consultivo e Assembléia Geral. Nossa
estrutura administrativa, embora enxuta, consegue acompanhar
o que ocorre em nosso continental Brasil, graças à tecnologia,
mas fundamentalmente pela cooperação de todos os líderes
e profissionais que atuam no mercado, que nos informam
continuamente sobre acontecimentos que possam sugerir
comportamento anti-ético nas relações comerciais.Além
destas informações, temos uma área de vistoria que visita
regularmente as agências, observando de perto cada relação
comercial existente com seus respectivos anunciantes. Esta
agenda de visitas é formada tanto com base nas informações
a que me referi acima, como por nossa iniciativa. Este ano
realizamos até o momento aproximadamente 750 vistorias.
São estas as principais fontes para que seja aberto, ou não, um
procedimento no Conselho de Ética.
RCG - Qual o volume de denúncias de práticas ilegais
ou irregulares que chegam ao Cenp mensalmente? Quem
mais as faz, o cliente ou os próprios profissionais do
mercado da comunicação?
Caio Barsotti - O volume de denúncias é baixo, em torno
de três por mês e são, em quase sua totalidade, de agências
queixando-se da postura adotada por veículos.
RCG - Como é o cumprimento do mercado mineiro
em relação às normas-padrão? Existe algum dado específico
para o Estado?
Caio Barsotti - As Normas-Padrão tratam
fundamentalmente das relações éticas comerciais, e para
garantir segurança e tranqüilidade a todo o sistema, não existe
sequer a contabilização de casos que tenham sido objeto
de atenção no Conselho de Ética. Somente as partes e os
conselheiros deste organismo é que tem conhecimento dos
casos. No entanto posso afirmar que nestes 11 anos muito
já foi feito, mas ainda temos muito a fazer. Esta consciência
deve ser motivo de atenção e disposição de todos os líderes
e profissionais de nossa atividade, notadamente do mercado
mineiro de propaganda, uma vez que os fundamentos
da autorregulação pressupõem como condição básica o
compromisso de todos os agentes para a manutenção deste
modelo bem sucedido e cada vez mais reconhecido frente aos
mercados internacionais.
RCG - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou
este ano a lei 12.232 que regulamenta as licitações e contratos
administrativos para a escolha de agências de publicidade
em todas as esferas do poder público (incluindo a União,
Estados e Municípios e abrangendo o Executivo, Legislativo e
Judiciário). De que forma essa lei corrobora com as práticas já
adotadas pelo Cenp desde a sua fundação e como ela beneficia
o mercado?
Caio Barsotti - De várias maneiras. Esta lei conseguiu
reunir as melhores práticas existentes tanto na iniciativa
privada como na esfera pública. O Deputado José Eduardo
Cardozo soube ouvir todos os setores impactados por esta lei,
associar estas informações com as preocupações resultantes
tanto da CPMI dos Correios, como ficou conhecida, como
dos levantamentos realizados pelo TCU à época. A Câmara
e o Senado, por meio de suas comissões que analisaram a lei
compreenderam que se tratava de um avanço significativo
para as relações público-privadas na contratação e execução de
publicidade dos órgãos e, finalmente, o Presidente completou
este processo, reconhecendo, portanto, o valor que têm as
agências de publicidade para o serviço público, notadamente
para o cumprimento do artigo 37 de nossa Carta Magna.
RCG - A nova lei também institucionalizou o Conselho
Executivo das Normas-Padrão (Cenp) como órgão certificador
de qualidade do setor. De que forma isso ampliou a
legitimidade do Cenp no mercado?
Caio Barsotti - Para nós do CENP é motivo de orgulho
e muita responsabilidade o fato da entidade haver sido
reconhecida como certificadora da qualidade técnica das
agências de publicidade, tornando obrigatório que serviços
de publicidade, bem claros na lei, somente sejam contratados
em agências que possuam este certificado. Com relação à
legitimidade, minha opinião é que ela foi alcançada ao longo
de todos estes anos de trabalho, e principalmente pela nossa
história em implementação da autorregulamentação, que
começou há 30 anos com a fundação do CONAR. Assim, a
lei reconheceu que esta atividade realizada pelo CENP para
a iniciativa privada de certificação de qualidade técnica das
agências, reúne condições de oferecer ao Estado mais segurança
em suas contratações, o que como já disse, é motivo de orgulho
para todos nós que atuamos neste mercado, mas que trás
também uma grande responsabilidade.
RCG - Você assumiu a presidência do Cenp no final do
2009. Além da lei 12.232, quais as outras conquistas ocorreram
na sua gestão até o momento?
Caio Barsotti - Seguramente a maior de todas as conquistas
é termos conseguido concluir uma transição de forma serena e
segura para o sistema. Depois de 11 anos de gestão do Petrônio
Côrrea, a quem sempre serei grato por tudo que realizou em sua
trajetória por nossa atividade, e também pelo convite para assumir
este desafio, nosso foco tem sido o fortalecimento institucional
da entidade, garantindo o pleno funcionamento de seus
organismos, estimulando cada vez mais o interesse pela agenda
da autorregulação comercial. Tenho visitado muitos estados
e suas regiões econômicas mais importantes, principalmente
ouvindo, mas também levando informações que consideramos
relevantes para o aprimoramento das relações comerciais, para o
desenvolvimento de melhores práticas que tornem nosso negócio
cada vez mais promissor, notadamente neste mundo em constante
transformação em altíssima velocidade.
RCG - O CONAR e o CENP são órgãos distintos,
com funções distintas, mas ambos garantem para
consumidores e anunciantes um serviço de qualidade, tanto
pelo funcionamento das agências como nos trabalhos que
apresentam. Existe alguma ação feita em conjunto pelos dois
órgãos? Como é essa relação?
Caio Barsotti - A relação é de respeito e companheirismo.
Como você disse, são órgãos distintos, com agendas distintas.
Nossa luta, no entanto, é a mesma: garantir a liberdade com
responsabilidade, fortalecendo o modelo de autorregulação,
por considerarmos que ele tem fundamentos democráticos,
de elevada consciência cidadã e que tem se mostrado ao longo
da história, uma contribuição tanto para o Estado e sociedade,
como para toda nossa atividade publicitária.
canto do galo
11
inovação
raFael CÂnDIDo
Lead
A ERA DAS
REDES SOCIAIS
E MÍDIAS
ONLINE
Planejamento é o grande diferencial de uma comunicação bem sucedida nesse meio
A internet veio para romper barreiras e proporcionar
uma interação global. As redes sociais, por exemplo,
começaram tímidas e hoje já contam com um número
grande de pessoas que a utilizam, tornando-se até
ferramentas de publicidade de algumas empresas. Várias
delas já realizam campanhas em redes como Orkut,
Facebook e Twitter. Mas feita de forma aleatória e sem
planejamento não gera resultado, pois para algumas
empresas apenas esse tipo de comunicação não é o bastante.
É necessário planejamento com prazos, estratégias e
mensuração de resultados.
Existem grandes problemas com relação à empresa
e a participação na internet. Um deles é a falta de um
planejamento. Cada mídia tem sua personalidade e
característica, cabe à organização avaliar em qual rede seu
público está e como poderá interagir com ele. Mas, como uma
marca/organização pode medir seu conteúdo e verificar se sua
participação na rede é eficaz para o negócio da empresa? Para o
diretor do núcleo digital da APP, Felipe Garcia, “é preciso um
planejamento bem feito na hora da divulgação online. Pois sem
planejamento é impossível ter a certeza se uma campanha vai
ter resultados positivos”, diz.
Para o responsável pelo planejamento de mídia online
da Formula P, Bruno Figueredo, é preciso pensar no público
e como atingir o objetivo da campanha. “Antigamente
planejávamos campanhas para atingir uma massa. Você dava um
tiro de canhão e atingia milhares de pessoas. Hoje em dia você
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canto do galo
precisa suar a camisa e fazer várias ações. Afinal, hoje existem
vários grupos e segmentos. E para cada um deles é preciso
um esforço, linguagem, uma mídia, uma ação. A mídia online
permite a aferição em tempo real, o que proporciona você ir
melhorando ou alterando sua campanha dependendo do nível
de aceitação do pessoal na internet”, conta Bruno.
Ainda de acordo com Bruno Figueiredo, a internet
sai à frente das outras mídias quando o assunto é medir
o interesse do público pela propaganda. “Quando uma
emissora vem vender uma cota de patrocínio de uma
novela, jornal ou programa ela mostra os dados do IBOPE,
se é líder de audiência, quantos pontos e domicílios que
ela atinge. Mas nenhuma emissora consegue afirmar que
aquelas pessoas prestaram atenção no seu VT. Aliás, no
break comercial é a hora em que você vai na geladeira
pegar um sorvete, tomar uma água, dá uma zapeada e
confere a programação de outras emissoras, ou seja, o nível
de dispersão é altíssimo, diferente da internet, que você
consegue saber de que maneira o usuário reagiu frente a uma
mídia”, disse.
diFeReNÇa de Mídia oNliNe e Redes soCiais
Como em todos os outros setores, as crises acontecem, o
que não será diferente nas redes sociais, por isso é importante
saber como lidar com esse problema. Não só com relação ao
crescimento da rede, mas também com os comentários feitos.
Por esse motivo é preciso separar mídia online e redes sociais.
“A mídia online deve ser pensada como uma parte importante
de qualquer campanha publicitária, de maneira integrada e que
gere resultados positivos. Jamais deve ser apenas uma replicação de material feito para usar em TV, rádio ou revista. A mídia
online deve ser pensada, criada e planejada pensando na interação que o público pode vir a ter com a peça, com o vídeo, com
a ação, com o banner, o e-mail marketing ou qualquer outra
ação designada a uma plataforma que permite a interatividade”,
conta Bruno Figueredo.
As redes sociais já são um meio de se conectar a outras
pessoas na internet. Os sites de redes sociais geralmente
funcionam tendo como base os perfis de usuário uma
coleção de fatos sobre o que um usuário gosta, não gosta,
seus interesses, hobbies, escolaridade, profissão ou qualquer
outra coisa que ele queira compartilhar. Neles oferecem
vários níveis de controle de privacidade. Por exemplo, o
Orkut permite que outras pessoas encontrem o seu perfil,
procurando pelo seu nome ou endereço de email, mas você
pode proteger as informações particulares do seu perfil de
qualquer um que você não tenha aprovado especificamente.
No Twitter, você pode definir que suas atualizações sejam
particulares, podendo ser vistas apenas pelas pessoas que
você aprovar. O objetivo das redes sociais é juntar um grupo
de pessoas com quem você esteja interconectado por um ou
mais fatores.
Monitoramento das mídias
O monitoramento das mídias online é também um assunto
que está sendo disseminado constantemente e permite que
a empresa compreenda seu público, por meio das coletas de
dados, tendo em vista que, “as peças de redes sociais tem muita
liberdade e fogem de formatos já praticados pela propaganda
tradicional. A percepção é diferente por parte de quem é
impactado e a interatividade pode ser muito maior, já que
estamos falando de um ambiente em que o visitante é que faz a
demanda (on demand). Ele precisa ser envolvido”, afirma Felipe
Garcia.
As organizações buscam uma aproximação do seu público
e uma oportunidade para evitar danos à imagem e a reputação.
O monitoramento das mídias sociais permite isso, pois, se feito
de forma constante e com planejamento, os resultados auxiliam
na melhoria dos processos da empresa.
eventos
alIne MoraIS
Lead
JORNADA APP
É SUCESSO
Presidente do CeNP elogia evento realizado pela aPP
A Associação dos Profissionais de Propaganda - APP
Capítulo Uberlândia realizou no dia 26 de outubro a
Jornada APP, na Esamc. Com o objetivo de promover o
desenvolvimento sustentado do mercado de comunicação
regional, o evento que foi aberto ao público, teve ampla
programação e foi dividido em duas etapas.
Na primeira, pela manhã, os profissionais da comunicação
puderam conhecer o caminhão itinerante da “Votorantim”
FIBRA , equipado com sala para palestras e oficinas. Ele
mostrou processos de fabricação de papel com sustentabilidade
e ecoeficiência. Em seguida participaram do Workshop
de mídia on line, com Diego Daminelli, professor de Pós
Graduação em Marketing Digital na ESPM-RJ.
Já à noite, na segunda parte do evento, foi a vez das
palestras com Caio Barsotti, presidente do Conselho
Executivo das Normas - Padrão (CENP) e Paulo Gomes que
falou sobre a operação da Câmara Nacional de Arbitragem
na Comunicação.
De acordo com o palestrante Caio Barsotti, presidente
do CENP, que discutiu as relações de mercado entre
anunciantes, agências, veículos e fornecedores, foi muito
boa a conversa em Uberlândia. “Teve muita interação,
perguntas inteligentes e pertinentes. Parabéns à APP pelo
evento e aos participantes”, comenta.
A Jornada APP foi pensada para promover a capacitação
e o desenvolvimento profissional, e em conseqüência
fortalecer o mercado da comunicação da região.
De acordo com Tony Amaral, executivo da APP, “a
jornada proporcionou uma agenda de trabalho voltada
às questões de regulação do mercado de comunicação.
Envolvendo agências, veículos, fornecedores e anunciantes.
E principalmente, no que diz respeito às boas práticas e
aspectos legais envolvendo comunicação”, avalia.
Ainda segundo o executivo a APP a realização de
eventos de conteúdo como este, devem ser cada vez mais
frequentes, pois são ações amplas e eficazes.
Gustavo lazzarini, anacleto
neves e Célio Cardoso, todos da
diretoria da APP ao lado de César
dos Santos, gestor de contas da
KSR Distribuidora no caminhão
itinerante da empresa.
tony amaral, anacleto neves e Carlos Magno, respectivos executivo,
presidente e diretor da APP ao lado dos palestrantes Caio barsotti e Paulo
Gomes durante a programação da Jornada APP.
14
canto do galo
anacleto neves, presidente da APP, entre os palestrantes Caio barsotti,
presidente do CENP e do advogado da APP Brasil, Paulo Gomes.
Concorrência
em alta?
Falta de cliente?
Não sabe como planejar
sua comunicação?
Sem tempo para elab
orar
uma estratégia de ma
rketing?
Há 15 anos fazemos tudo isso para mais de 160 empresas.
Faça o planejamento estratégico de comunicação com a gente.
A diferença vai aparecer nos resultados.
Criação
Estratégia
Planejamento
Ética
canto do galo
tecnologia
REALIDADE
MUITO MAIS
VIRTUAL
JanaIna DePInÉ
Lead
tecnologia revoluciona a publicidade e se populariza
de medicina? Tudo isso parece impossível, mas serão cenários
ser o enredo da trilogia Matrix, mas é uma boa definição para a viáveis em um futuro bem próximo”, provoca Marlos.
Mas a popularização da Realidade Aumentada veio mesmo
Realidade Aumentada. Segundo o especialista Ronald Azuma,
quando ela passou a ser utilizada em peças publicitárias. O
a Realidade Aumentada (RA) “é um ambiente que envolve
tanto realidade virtual como elementos do mundo real, criando filme Avatar é um bom exemplo. Não só retrata o RA no futuro,
um ambiente misto em tempo real. Por exemplo, um usuário da em 2154 para ser exata, como o utilizou na campanha de
divulgação.
RA pode utilizar óculos translúcidos, e através destes, poderia
Entre as montadoras, por exemplo, a Mini foi a pioneira
ver o mundo real, bem como imagens geradas por computador
Um mundo dos sonhos gerado por computador. Poderia
projetadas no mundo”.
A prática já está repleta de exemplos concretos da RA .
Quem viu as imagens de patrocinadores e tira-teimas de lances
projetados nos campos de futebol durante a Copa do Mundo
na áfrica, conheceu a Realidade Aumentada, mesmo sem
saber que ela possuía esse nome. “A Realidade Aumentada (ou
Augmented Reality), definida de uma forma bem simples, é
a adição de elementos virtuais (imagens, vídeos, informações
e sensações) ao mundo real. Em pouco tempo a RA poderá
transformar diversas áreas do nosso universo – nossa educação,
construção, saúde,exército e, pricipalmente, a indústria de
games e entretenimento”, acredita Marlos Carmo, diretor da
agência 5 Cliks, de Belo Horizonte.
Com a tecnologia de Realidade Aumentada aplicada é
possível fazer coisas que até então eram inimagináveis. “Já
pensou em trocar o cabeçote do motor do seu carro, sem
divulgaçã
entender nada de mecânica? Ou ir para um grande gramado
sozinho e jogar futebol com seus amigos a distância, podendo
correr, chutar e até comemorar junto com a torcida? Ou fazer
uma cirurgia simples, sem ao menos ter frequentado uma aula
16
canto do galo
Marlo Carmo, da 5 Click
a usar essa tecnologia. Em uma peça numa revista alemã
havia um símbolo que direcionado para a webcam projetava
um modelo do Mini-Cooper em 3D na tela. Já no Brasil, a
primeira a fazer a experiência virtual foi a Chevrolet que lançou
um hotsite para a nova campanha do Vectra GT no qual o
visitante podia dirigir um modelo do automóvel através dos
movimentos da revista, na qual veio impresso um volante e
uma chamada para o site.
uBeRlÂNdia e a ra
tecnologia, que vão elevar ainda mais as possibilidades para muito
além das que temos disponíveis hoje. Imagine poder abrir um livro
qualquer e assistir à batalha do bandido contra o mocinho, naquela
história épica e sangrenta. Nenhum monitor seria necessário, pois
o livro viria com óculos especiais que criariam as imagens diante
dos seus olhos, a cada nova página aberta”, prevê a produtora.
Marlos Carmo concorda. “O mundo virtual cada vez mais se
confunde com o mundo real. Num futuro bem próximo, quando
vermos um sujeito de óculos escuros na rua, falando sozinho e
gesticulando, não vamos poder rotulá-lo de louco – ele pode estar
apenas em uma reunião importante bem longe dali. RoboCop
ainda está em um futuro distante, mas sua “visão além do alcance”
à moda Thundercats será possível em breve”.
Segundo a Dpi Filmes, pioneira em RA no mercado
de Uberlândia, apesar da Realidade Aumentada ainda
estar em uma fase inicial de
desenvolvimento, aplicações
CoMo FuNCioNa
incríveis já foram criadas
localmente. “Em parceria com
Marlos Carmo, da 5 Clik,
agências de propaganda como
explica que o funcionamento
a R&B e a Fórmula P temos
da Realidade Aumentada é,
desenvolvido programações
basicamente, uma sobreposição
de códigos de RA para os
de gráficos na esfera real sendo
clientes deles. Utilizamos
atualizados constantemente.
tecnologia que dispensa o
Em alguns casos, são
uso da internet para ver a
necessários três componentes
Realidade Aumentada, o que
para o seu funcionamento:
o que facilita a interação e
•
Vídeo-Capacete:
torna a aplicação mais atrativa
atualmente utilizam-se capacetes
e ágil”, informa a impresa.
com visores que captam a
Outra ação interessante
imagem que o usuário esta vendo
foi a da Feijoada APP, cujo
e a reproduzem em um visor com
1- Para conseguir visualizar, acesse: www.ideiasdpi.com.br/app e ligue sua webcam;
2 - Certique se o local onde você se encontra tem boa iluminação e se sua
convite possuía um código de
informações sobre o que está
webcam está ligada e funcionando perfeitamente;
3 - Posicione o símbolo da Realidade Aumenta que se encontra na revista em
RA para visualização do vídeo
sendo
observado.
frente a webcam, procure deixar a página sempre plano, sem dobras. Feito isso,
você conseguirá visualizar o conteúdo com sucesso.
da campanha. Recentemente a
•
Tecnologia de
Revista Cult também aderiu à
rastreamento e orientação:
novidade.
tecnologias de identificação de posicionamento de rastreamento
Quem também fez uma ação com RA foi o Grupo Algar.
do usuário. Essas informações devem ser muito mais precisas
“Fizemos para Algar Tecnologia uma RA para um folder
do que os GPSs que encontramos no mercado, pois este tipo
institucional que mostrava o novo vídeo da empresa ao ser
de tecnologia precisa de dispositivos que tenham precisão de
posicionado em frente à Webcam”, explica Bruno Figueiredo,
milímetros. A orientação é o que identifica de forma milimétrica
gestor da P Interactive, responsável pela ação.
o posicionamento do corpo, da cabeça e do olhar do usuário, para
que a experiência seja a mais próxima possível do real.
o FutuRo
•
Dispositivo de computação móvel: para captar a
visão, interpretar e gerar gráficos em tempo real é preciso que
Para conseguir
visualizar,
www.ideiasdpi.com.br/app
e ligue sua rápido
webcam;
Para a equipe
da Dpi,acesse:
as possibilidades
da RA são infinitas.
haja um processamento
e compacto. Muito tem se
“Estão sendo trabalhados novos estágios no desenvolvimento da
pesquisado sobre estes tipos de dispositivos.
Certifique se o local onde você se encontra tem boa iluminação e se sua webcam está ligada e
funcionando perfeitamente;
canto do galo
Posicione o símbolo da Realidade Aumenta que se encontra na revista em frente a webcam, procure deixar
17
tecnologia
Bons exemplos de ra
MiNi
CoCa­Cola ZeRo
Campanha da montadora de carros MINI sobre sua
versão Mini Cabrio, na qual você acessava o hotsite da
campanha, apontava a contracapa de uma revista para a
webcam e através da Realidade Aumentada é gerado uma
projeção 3D do carro que se movimenta de acordo com a
movimentação da revista.
toPPs 3d liVe CaRds
A Coca-Cola lançou uma embalagem promocional do
seu produto Coca-Cola Zero com uma etiqueta “AVTR”
(tag-3D) juntamente com uma URL para ativar a realidade
aumentada.
MaTTel
Ao comprar figurinhas do álbum da liga de baseball
americana, o usuário pode entrar no hotsite apontar as
“live cards” para a câmera e ver o personagem da figurinha
projetado em 3D sobre a figurinha real de forma animada e
interativa. É possível até jogar com as imagens geradas.
18
canto do galo
A Mattel, maior fabricante de brinquedos do mundo,
anunciou a nova linha de produtos vinculados a um filme.
Cada embalagem de brinquedo continha uma etiqueta
(tag-3D) para que, ao serem exibidas em frente a webcam,
dessem vida ao brinquedo no mundo on-line.
canto do galo
19
20
canto do galo
canto do galo
21
video
CINEMA
NACIONAL
CRESCE E
CONQUISTA
PÚBLICO
alIne MoraIS
Lead
as produções nacionais lotam as bilheterias. Na publicidade, bom
momento não é percebido
Desde que chegou ao Brasil o cinema encanta pessoas
em diversos estados. Mas, como produto nacional é sempre
como o inesquecível Glauber Rocha. Mas, nada de grandes
alvo de críticas e opiniões diversas, a produção local passou
investimentos nessa área, o que se agravou com os cortes de
por várias fases e tendências diferentes. A primeira sessão
verbas por causa da crise financeira pela qual o Brasil passava,
de cinema no país foi no Rio de Janeiro, na Rua do Ouvidor
especialmente na década de 80. Com isso, os filmes nacionais
em 1886, com a exibição de gala, de um filme que mostrava
se resumiam a alusões eróticas e sem grande expressão
cenas da cidade, dentre elas a baía da Guanabara. Nesse
cultural. Felizmente essa fase passou e hoje temos vários filmes
período as exibições eram precárias, devido o fornecimento
brasileiros que são muito melhores que diversas produções
de energia elétrica no país.
hollywoodianas. E em vários quesitos: produção, direção,
Mais de 100 anos se passaram depois dessa primeira
exibição, mas foi só a partir dos anos 50 e 60 que o cinema
fotografia, roteiro e interpretação”, afirma.
Depois dessa reestruturação do cinema, as salas de filmes
novo conseguiu introduzir temáticas e linguagens nacionais.
nacionais estão voltando a ganhar a presença do público. Antes
Com a chegada da década de 80, a crise nas artes atingiu o
com o declínio das produções nacionais o público exigia cada
cinema, que passou a registrar filmes de consumo fácil: as
vez mais filmes norte-americanos. Hoje esse cenário mudou e
chamadas pornochanchadas. A partir da década de 90, com
as produções estão cada vez melhores.
o ressurgimento do nosso cinema, as produções voltaram a
Segundo Sérgio Labruna, publicitário, diretor artístico
fazer sucesso tanto no Brasil, como no exterior. Hoje o país se
e professor, alguns fatores explicam a procura por filmes
destaca por suas produções que são sucesso de bilheterias.
nacionais. “Melhoramos em tecnologia, principalmente o som
O jornalista e crítico de cinema, Kelson Venâncio
22
na era do chamado "Cinema Novo" e grandes diretores
que foi sempre nosso calcanhar-de-aquiles. Melhoramos em
destaca essa mudança: “Acredito que o cinema brasileiro
distribuição e nas parcerias de produção com os exibidores.
nunca passou por uma fase tão boa quanto à atual. Nunca
As leis de incentivo ao audiovisual também ampliaram
tivemos tantos filmes bem produzidos como agora. É claro
as possibilidades de apoio e patrocínio e a captação tem
que no passado tivemos bons filmes nacionais, especialmente
aumentado em todo o país. É como já se sabe: quanto mais
canto do galo
Arquivo pessoal
Kelson Venâncio ainda dá a dica de como melhorar ainda
mais as produções nacionais. “Em minha opinião a única coisa
que falta é investirmos em histórias diferentes de tráfico de
drogas, favelas, corrupção policial, pobreza e violência que
é a fórmula mais explorada atualmente no cinema nacional.
Não que isso não esteja dando certo, mas acho que temos
capacidade de criar boas histórias diferentes dessas.”, sugere.
Para o publicitário
anacleto neves filmes
publicitários
pecam pela “estética da
internet”
Para o diretor
Daniel labanca,
melhoria nas produção
foi decisiva
O especialista
Kelson
Venâncio
comemora
bom momento
do cinema
nacional
Mauro Marques
Arquivo pessoal
democracia, mais tempo para o lazer e para a cultura”, conta.
Que o cinema brasileiro melhorou isso é fato, como
destaca Daniel Labanca, diretor da Cinefilmes, produtora
de filmes em Uberlândia. “A partir de filmes como Bicho de
sete cabeças, O Quatrilho e Central do Brasil, a diferença
das produções – e por consequência a percepção do público
– foi notável. Prova disto é que as filas e a expectativa diante
de lançamentos nacionais recentes eram inimagináveis
antigamente", afirma. Daniel ainda cita recentes lançamentos
nacionais que já estão causando imensas filas nos cinemas
brasileiros. “Veja o caso de Tropa de Elite 2, que na primeira
semana de exibição já encontra dificuldade para se comprar
ingressos dada a alta procura. E também no recente Nosso Lar
que bateu recordes de bilheteria e também de investimento
técnico na produção, utilizando recursos avançados de
produção e pós-produção para filmes nacionais”, cita.
O cinema nacional, se continuar neste mesmo perfil
citado por Labanca deve estimular investimentos e apoio
dos empresários brasileiros, pois este é um dos problemas
encontrados no ramo atualmente. Quando um produto é
bem trabalhado e sua qualidade técnica segue a excelência, o
retorno para empresários é certo, quando se associa uma marca
a uma produção cultural de qualidade.
Filmes publicitários não sentem impacto
Um dos ramos da produção de filmes no país é o
voltado para a publicidade. Não tão antigo quanto o cinema
tradicional, mas que também carrega uma bagagem grande
de produções que marcaram a história. Porém quando se
fala em premiação, a produção de filmes publicitários não
anda tão bem assim.
Neste ano, na 57ª edição do Festival Internacional
de Publicidade de Cannes, que é o maior festival da área,
sediado na Riviera Francesa, o Brasil teve um desempenho
histórico, alcançando a marca de 58 troféus. Mas apenas
um leão de prata foi destinado a categoria de filme, que foi
a peça da agência BorghiErh/Lowe com o comercial criado
para o detergente em pó Skip, da Unilever.
Quando se fala em filmes publicitários, Anacleto
Neves, presidente da Associação dos Profissionais de
Propaganda – APP Capítulo Uberlândia, não destaca
nenhuma produção. “Apesar de termos comerciais com
boas ideias criativas, sinto falta de um bom texto”, diz.
De acordo com Anacleto o desempenho do Brasil
em Cannes, na categoria de filmes, não mudou muito na
ultima década. “Grande parte do nosso reconhecimento
internacional está na alta qualidade dos materiais
produzidos para mídia impressa. Quanto aos filmes,
não acho que está faltando criatividade. A geração atual
é tão criativa quanto as que a sucedeu, o que faz nossa
propaganda uma das mais admiradas do mundo”, afirma.
Mas esse baixo reconhecimento tem explicação para o
publicitário: “Não gosto de filmes na TV com o que chamo
de “estética de internet”, ou seja, filmes feitos com pouco
acabamento. Na internet funciona, mas na TV soa como um
material mambembe e de qualidade duvidosa”, diz.
Durante o festival foram distribuídos 787 troféus
em forma de Leões de Ouro, Prata e Bronze ao melhor
da propaganda em 12 categorias. Ao todo 90 países
concorreram na competição. O Brasil teve ainda um leão
de ouro na categoria de agência do ano em Cannes Lions
2010, que foi para a agência de propaganda paulista,
AlmapBBDO.
canto do galo
23
tendência
OS NOVOS
CAMINHOS
DA MÍDIA
IMPRESSA
PÉRola noVaIS
Lead
expansão do acesso à internet exige transformação dos profissionais e veículos
A pergunta de 10 entre 10 profissionais da comunicação
é: num mundo tão virtualizado, qual será o futuro das
mídias impressas?
Sabe-se do poder da internet e da influência deste canal
de comunicação entre as pessoas do mundo todo por vários
motivos: maior interatividade, maior dinamismo e rápido
acesso às informações. A “mágica” da internet está em conectar
pessoas de todos os lugares do mundo instantaneamente.
Portanto, não há como comparar a agilidade própria
da internet com a da mídia impressa. Um fato que acontece
no momento em que você lê esta matéria será notícia
instantaneamente nos sites. Já o processo de impressão é mais
lento e burocrático para uma revista ou jornal.
Falar em um “desaparecimento” da mídia impressa pode
ser arriscado, mas quem atua na área é unânime em dizer que o
veículo vai passar por uma grande transformação, sim. E mais, o
processo já começou.
“Para sobreviver tem que se transformar urgentemente. O
que o leitor vai ler amanhã já está hoje nos sites informativos.
A mídia impressa precisa oferecer mais opiniões, levar à
reflexão, disponibilizar um viés diferente de texto puramente
informativo. Conteúdos com esse alinhamento são postados
imediatamente na rede”, afirma o jornalista e empresário na área
de comunicação há 10 anos, Gino Carneiro.
24
canto do galo
Empresas de veículos impressos, pensando nessa
competitividade com a mídia on line, têm procurado investir
em recursos e em talentos humanos que estejam aptos para
um trabalho que exige do profissional de comunicação mais
dinamismo e familiaridade com a tecnologia. “No Correio
(jornal) criamos o projeto de convergência de mídias
que visa envolver nossos profissionais na elaboração de
conteúdos jornalísticos para atender tanto à mídia impressa
quanto à virtual’, diz Cézar Honório, coordenador de
conteúdo da Algar Mídia.
a MoRte do JoRNal
Recentemente uma notícia abalou os veículos de
comunicação impressa e profissionais do meio. Com 119 anos
de tradição, o Jornal do Brasil (famoso JB) confirmava à todos
o fim de sua circulação impressa e manutenção no mercado
apenas por meio de versão on line.
Para os profissionais do meio o fim do JB foi um fato isolado.
“Foi uma aposta em um mercado ainda incipiente. O jornal
impresso, tamanho “standart” (tamanho padrão da maioria dos
jornais brasileiros), está sendo substituído para um formato mais
fácil de manusear e ler. Isso já é uma tendência mundial”, defende
Gregório José, diretor do Jornal Gazeta de Uberlândia.
PuBliCidade oN liNe
FutuRoloGia
A publicidade, sustentáculo dos veículos, mostra grande
Já em 2006, o tradicional The Economist trouxe uma
interesse na mídia on line, por isso os tradicionais impressos
estão correndo para se adaptar às exigências dos internautas.
Um exemplo é o Valor Econômico, considerado o maior
reportagem especial de capa: “Quem matou o jornal?”. A matéria
dizia que de todos os meios ‘antigos’, os jornais são os que têm
mais a perder para a internet. “A circulação tem caído nos Estados
Unidos, na Europa ocidental, na América Latina, na Austrália e
jornal de economia, negócios e finanças do país. Recentemente, na Nova Zelândia (nos outros lugares, as vendas sobem). Mas,
em parceria com a Aunica (uma companhia de métricas para
nos últimos anos, a web acentuou o declínio. Em seu livro The
mídias digitais), criou novos formatos de publicidade online
Vanishing Newspaper, Philip Meyer calcula que o primeiro
considerados de alta qualidade técnica e que permitem uma
trimestre de 2043 será o momento em que o jornal impresso
maior possibilidade de comunicação com o usuário, além de
morrerá nos Estados Unidos, quando o último leitor cansado
serem “peças” mais impactantes e mais interativas. “Apostamos
nesta fórmula que, ao longo do tempo, tem se provado muito
eficaz na mídia online”, diz Renata Aguiar, Gerente de Produtos
Digitais do Valor Econômico.
colocar de lado a última edição amarrotada”, dizia a reportagem.
De acordo com o estudo, as audiências mais jovens estão
sim interessadas em notícias, mas querem isto em novas
plataformas, com formatos que se encaixem melhor nos
conceitos destes consumidores.
Dos novos formatos apresentados como publicidade na
Tudo indica que muitos jornais estão acordando, depois
versão online do Valor Econômico, dois se destacam: o Super
de anos ignorando a realidade. “Muitos estão tentando
Pushdown e Arroba Pushdown que expandem sob demanda
atrair jovens leitores direcionando o conteúdo de suas
do usuário, dão maior destaque ao anúncio e oferecem recursos
diferenciados, como realidade aumentada, animações em
3D ou em flash, redes sociais e vídeos. “Além destes, teremos
o Arroba Vídeo, Vídeo Layer e Wallpaper que também
histórias para o entretenimento, estilos de vida e assuntos
que pareçam mais relevantes à vida diária das pessoas do que
as notícias internacionais e de política. Eles estão tentando
criar novos negócios dentro e fora da internet, além de
investir em jornais diários gratuitos, que não esgote nenhum
possibilitam uma maior interação do usuário com a marca do
de seus limitados recursos editoriais”, avalia o professor e
anunciante”, completa Aguiar.
publicitário Henrique Santos.
Arquivo pessoal
Gino Carneiro defende a
transformação urgente dos impressos
Cézar Honório
Jornal Correio
de Uberlândia já
começou o projeto de
convergência
Gregório José defende uma mudança
de formato
Florença Goulart
canto do galo
25
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canto do galo
canto do galo
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beneficios
ASSOCIADOS Já ESTÃO COM APP
CARD/POLICARD
Parceria entre Policard e aPP gera benefícios
Já são mais de 20 o número de associados APP que fizeram
o APP Card e o disponibilizaram aos colaboradores. O APP
Card/Policard é fruto de uma parceria entre a APP e a Policard,
formalizado no último trimestre, na Certificação Anual das
empresas associadas edição 2010.
Com o cartão os usuários podem realizar compras com
prazo de até 40 dias para pagar, fazer saques, pagar contas, entre
outros benefícios. Quem saiu a frete e se tornou o primeiro
associado a receber o APP Card/Policard foi à agência, Magno
Publicidade. A entrega dos cartões à equipe foi feita no dia 20
de agosto.
Para Carlos Magno, diretor da agência, o processo para
fazer o cartão foi simples. “Entrei em contato com o consultor,
recebia a visita onde todos os pontos foram esclarecidos. Então,
preenchemos a proposta e anexamos alguns documentos.
São inúmeras as vantagens, como o adiantamento salarial, a
segurança para saques e a praticidade de uso em toda a rede
credenciada”, explica.
Este benefício disponibilizado pela APP tem um valor
muito grande, de acordo com o publicitário. “Primeiro devemos
destacar a imagem da entidade, que representa o mercado
publicitário. O fortalecendo com atitudes e ações que são mais
importantes que discursos e belas palavras. Ter um cartão com
a marca APP é ter orgulho de pertencer a uma profissão que
ajuda no desenvolvimento do país. Devemos portar e usar o
cartão APP como um advogado faz com a carteira da OAB”,
afirma o publicitário.
PaRCeRia
De acordo com Anderson Oliveira, consultor da Policard,
“a parceria com a APP é de grande importância. Uma vez que
uniram duas marcas de grande representatividade em uma ação
inovadora, pela qual a APP oferece um grande diferencial aos
associados não só no ponto de vista de custos, mas também no
que se refere ao fortalecimento das duas instituições”, afirma.
Está parceria das instituições foi à primeira de outras,
que segundo o consultor já estão em desenvolvimento, como
Campinas, Ribeirão Preto, entre outras. Ele ainda garante que
as vantagens para os associados são ótimas, pois o APP Card
“não é cartão de crédito. Portanto, não gera cobrança de juros e
não induz os funcionários a endividamentos, ou seja, tudo que
ele adquirir será automaticamente descontado na sua folha de
pagamento do mês”, conta.
CoMo adQuiRiR o CaRtÃo?
Para quem não aderiu ao cartão e quer oferecer o
benefício aos funcionários é simples. Basta estar com o
cadastro regularizado na APP e ter empresa registrada.
O contato pode ser realizado com a secretaria da APP ou
com a equipe comercial da Policard no (34) 3233-3430 ou
3233-3426.
Arquivo pessoal
VaNtaGeNs do aPP CaRd
- Até 40 dias para pagar as compras realizadas;
- Pagamento de contas;
- Parcelamento de compras;
- Crédito automático;
- Desconto em folha;
- Sem consulta ao SERASA/SPC;
- Aceito em milhares de estabelecimentos.
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canto do galo
canto do galo
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dicas
CaRolIna IKeDa
Lead
DE HERÓI
A VILÃO, O
BRIEFING PEDE
PASSAGEM
Parte do sucesso de uma campanha nasce na coleta de um bom briefing
Completo, claro e objetivo. Estas são algumas características
de um bom briefing e o sucesso de um trabalho ou produto está
diretamente ligado a ele. Conjunto de informações do cliente
que possibilita a equipe de trabalho envolvida a compreender e
mensurar o projeto, o briefing tem o poder de evitar problemas
futuros numa campanha ou peça de comunicação.
Cada agência ou empresa possui estilos de briefing diferentes
de acordo com o seu modelo de negócio e estrutura interna.
Porém, o importante é que todos contenham especificações
básicas como o perfil do cliente, qual o produto a ser desenvolvido,
o conceito, para quem se destina e os recursos produtivos.
“O briefing é o guia que orienta o trabalho da agência de
forma alinhada com os objetivos do cliente. É uma ferramenta que
provoca o raciocínio crítico e a organização de todos. É a linha
mestre que une todas as partes. E é a parte mais interessante e
gostosa do trabalho do atendimento”, explica a executiva de contas
do Grupo Creative, Gisela Monteiro.
Segundo Alvim Fagundes, diretor da agência Hip
Comunicação, hoje o que diferencia uma agência sólida das
outras na hora de fechar novos negócios é o conhecimento total
da atividade do cliente o que só é permitido através da coleta do
briefing. “Para se ter um bom briefing é importante ser curioso
e paciente. Não é na primeira reunião com o cliente que você
sairá com todas as informações. Nem sempre o cliente tem o
conhecimento e os objetivos claros, portanto devemos também ser
assessores e não apenas fornecedor. Devemos ter a sensibilidade
em obter as informações e resumi-las de uma maneira clara e
objetiva”, pontua Alvim.
Gisela reforça ainda que além de se conhecer bem o cliente,
o profissional deve ser atualizado, alinhado com a equipe interna
30
canto do galo
da agência e com os fornecedores e ter boas noções de produção,
mídia e visão de longo prazo do mercado publicitário.
Convencer os clientes da importância do briefing, às vezes
pode ser uma tarefa difícil, uma vez que o mesmo é encarado
como uma ação simples e imediata. E é aí que mora o perigo, pois
um briefing ruim leva a um projeto ruim. As consequências, relata
Gisela, vão desde a refação de peças, perda de tempo e financeira e
até a mais grave de todas que é a insatisfação do cliente.
Alvim ressalta que um briefing dado ou coletado de forma
errada significa horas de trabalho jogadas no lixo. “Podemos
dizer que ele é o ‘caminho do tesouro perdido’. Quando uma
empresa nos contrata, na maioria das vezes, está claro o que o
cliente quer, porém ele não sabe como chegar lá. E quando não
temos as informações corretas, acabamos conduzindo toda a
campanha de maneira errada”.
Mas o errado “às vezes”, e com muita sorte, pode dar certo.
Fagundes conta que certa vez colheram um briefing incompleto
e no meio do processo a agência desenvolveu outro trabalho que
acabou aprovado.
O mais comum mesmo é um briefing errado levar ao
insucesso. “Houve uma concorrência em que participamos e
que não havíamos definido com o cliente o “tom da campanha”.
Definimos por conta própria considerando o perfil de compra
do público-alvo. No entanto, os empresários que iriam aprová-la
eram todos mais velhos e bem conservadores. Nós levamos uma
campanha com um excelente planejamento de mídia e criação, mas
a criação estava voltada para o lado cômico. Resultado: na hora em
que apresentamos as peças pude ver na expressão de cada um que
não tinham aprovado”, relembra Alvim.
significado
A palavra briefing vem do dicionário do inglês “to brief ”: resumir
os erros mais comuns
encontrados nos briefings :
Muito eXteNso
causando preocupações para os dois lados: a agência fica
Por ser excessivamente elaborado, abarrotado de todos
naturalmente aborrecida quando uma ideia brilhante tem
os fatos que possivelmente podem ser do uso de alguém,
que ser rejeitada porque a ênfase está errada ou porque
levam ao desperdício de tempo (e conseqüentemente
ela não considera uma parte importante da estratégia de
dinheiro) na sua preparação e leitura. Ele tende a confundir
marketing; e o anunciante – que é o responsável pelos
e não a esclarecer. Não é errado somente porque é longo,
custos – fica frustrado pelo atraso do processo, pois tudo
mas porque não é seletivo.
precisa ser refeito.
deMasiadaMeNte sisteMatiZado
Muito doGMÁtiCo
Aqui o perigo é que o sistema se torna mais
Isso pode ocorrer, por exemplo, quando alguém na
importante que a informação que deveria ser resumida e
transmitida. Consequentemente, ele tende a atrapalhar e
não a ajudar, a confundir e não a esclarecer. Um exemplo
típico é um questionário excessivamente elaborado que
tenta dar a todos os aspectos uma importância igual quer
sejam relevantes ou não.
CuRto deMais
Isso significa um briefing com deficiências de
informação, deixando muito espaço para o pensamento
ilimitado do pessoal criativo. Como resultado, suas
ideias podem não ser direcionadas para o foco correto,
Alvim Fagundes garante que um bom briefing nasce da curiosidade e paciência
organização do cliente tem ideias fortes, pré-concebidas
sobre qual deve ser o approach da propaganda. Pode
também ocorrer quando as conclusões da pesquisa são
interpretadas muito literalmente.
Na Hora e MaNeira eRrada
A falta de coordenação leva a idéias confusas e até
conflitantes. Muitas reuniões, poucas reuniões. Muito
tempo gasto com coisas secundárias. Pouquíssimo tempo
para o desenvolvimento criativo – ou talvez até muito,
tornando o interesse e o entusiasmo menores.
Fonte: “Propaganda de A a Z” de Rafael Sampaio
Gisela Monteiro defende o briefing como a melhor parte do atendimento
canto do galo
31
áudio
alIne MoraIS
Lead
POR TRáS
DOS JINGLES E
SPOTS
Produtoras de áudio se especializam e oferecem profissionalização ao
mercado publicitário
A produção de áudio na propaganda sempre foi importante numa
divulgação, seja no rádio, TV ou qualquer outro meio de comunicação.
Tanto que hoje produtoras trabalham para contribuir com o sucesso da
publicidade e propaganda e se especializaram na produção de áudio.
O rádio já em 1931 veiculava comerciais em sua
programação. Feitos, na grande maioria, por cantores, locutores
e artistas da época. Radialista, jornalista e publicitário, Jorge
Chamberlain começou a atuar no rádio na década de 70 e se
lembra como era a publicidade naquela época: “As publicidades
no rádio eram feitas por locutores e rádioatores, nos interprogramas ou espaços comerciais, com textos lidos ao vivo.
Com o passar do tempo foram acrescentados aos materiais
lidos, gravações”, afirma.
O profissional se recorda de que nessa mistura de ao
vivo e gravado passou por situações cômicas e até mesmo
constrangedoras. “Costumava-se nessa mistura de participações
ao vivo e gravada, utilizar o prefixo da emissora para separar
as notas de falecimento, frequentes nas rádios do interior até
hoje. Certo dia, um técnico de som (hoje operador de som)
cometeu um ligeiro engano. Colocou após a fala do locutor
um spot gravado de um produto novo no mercado. Quando a
voz pesarosa concluía: ‘... noticiamos o falecimento da Senhora
Maria das Dores Barata’. Veio logo o spot: ‘Aquela baratinha
morreu, Rodox mata mesmo’, propagava a alegre voz gravada.
Confusão à parte, os velhos jingles e spots fizeram muito
sucesso, curaram pessoas, mudaram hábitos e muito jingle
virou música de carnaval”, lembra Chamberlain.
Mas muita coisa mudou na propaganda e com a produção
e áudio não foi diferente. Empresas especializadas em áudio
32
canto do galo
para comerciais surgiram, como a Cia. Royal que em 1935
produzia spots e jingles, e se expandiram com o advento da
tecnologia. Hoje já estão consolidadas no mercado, sendo
responsáveis pela maioria das produções.
Hermes Negrão foi locutor de rádio e há 18 anos abriu a
própria produtora de áudio. “Percebi que havia uma procura
muito grande por produções de áudio profissional, então
comecei muito tímido no início 1989”. Para ele essa mídia
deveria ser mais explorada: “Apesar de alguns publicitários
considerarem a propaganda no rádio apenas como um
complemento de outras mídias é necessário destacar que
existem grandes anunciantes que vivem apenas de rádio. E boas
ideias criadas para o rádio, não apenas usando o áudio de um
VT, dão resultado”, afirma.
A má utilização das mídias é hoje um problema que, de
fato, afeta o bom resultado da propaganda. Márcio Alvarenga
é jornalista e trabalha em rádio desde 1964. Para ele a
publicidade é vital para a sobrevivência de um veículo, mas
que no caso do rádio, muitas vezes é mal usada. “Percebo na
grande maioria da publicidade veiculada uma total inadequação
à linguagem do rádio. O que vemos em muitas publicidades é
uma reprodução no rádio do material veiculado pela televisão.
O resultado disso é que muitas vezes o retorno comercial não se
dá na mesma proporção, o que leva em muitos casos, empresas
desistirem de investir”, diz.
Para ele a falta de especialização é a grande culpada pela
inadequação de linguagem. “As agências muitas vezes não têm
pessoal preparado para trabalhar com a linguagem do rádio.
Durante as décadas de 60 e 70, o rádio detinha uma grande fatia
do bolo publicitário, os jingles eram produzidos por cantores e
artistas que tinham uma real noção da linguagem. Hoje, quem
cuida da criação de jingles são, em grande parte, pessoas que
não vivenciaram o rádio e, por isso, o resultado muitas vezes
não é dos melhores. Mesmo assim, a publicidade do rádio tem
desafiado muito a criatividade e o viés do humor tem sido um
diferencial muito interessante”, conta.
Leonardo Cerqueira trabalha com produção de áudio há mais
de 20 anos. Ele observa que o número de produtoras de áudio
está aumentando, mas a qualidade das produções está caindo pela
falta de profissionais experientes. “Por mais que a tecnologia tenha
avançado e facilitado as produções não podemos esquecer que ela
depende da criatividade e do profissionalismo. O áudio publicitário
não se faz com texto “Ctrl C / Ctrl V”, músicas da moda e um
locutor de voz bonita”, afirma.
JiNGles Que FiCaM Na “CaBeÇa”
Os jingles sem dúvida são um dos mais importantes
instrumentos da propaganda. Feitos com duração pequena e
refrão simples são fáceis de memorizar e difíceis de esquecer.
Com uma melodia que cativa, são transmitidos em rádios, TVs,
carros de som, entre outros.
No Brasil o primeiro jingle foi criado em 1932, por Ademar
Casé para a padaria Bragança. Na frase bem rimada e cantada
com sotaque português dizia: “Oh, padeiro desta rua, tenha
sempre na lembrança, não me traga outro pão que não seja o
pão Bragança”.
Desde então o uso dos jingles cresceu no país, se tornando
essencial para o sucesso da propaganda de algumas empresas.
“O jingle é uma das peças mais importantes para a propaganda.
Mais que uma “musiquinha” é um tema desenvolvido para uma
ação de identificação do produto ou marca. De acordo com o
seu público alvo, partindo de uma análise de nível intelectual
e financeiro, um jingle produzido com a linguagem apropriada
pode ser comparado a um hit de sucesso. É aí que o objetivo
se transforma no que chamo de consequência de sucesso. As
técnicas de produção são diversas de acordo com o briefing da
agência”, conta Leonardo Cerqueira.
No Brasil alguns jingles marcaram a história. Entre
eles estão: Pernambucanas, Guaraná Antártica, Parmalat
Mamíferos, Maionese Hellmann´, entre vários outros. Em
Uberlândia alguns jingles fizeram tanto sucesso que são
lembrados pelo público até hoje como o da Via Rural (Paulo
Florentino) e Bom Jesus. Hermes Negrão destaca dois que
chamam atenção atualmente “Dos atuais, o do Guaraná
Mineiro e o do Café Cajubá se destacam”, afirma.
Márcio alvarenga
considera que o viés do
humor na publicidade
do rádio tem sido
um diferencial muito
interessante
leonardo Cerqueira começou na produção de áudio em 87. Para ele época
em que o áudio era tratado como arte.
Hermes negrão
destaca: “Propaganda
em rádio, pensada para
o meio rádio, criada por
gente que entende de
áudio, dá resultado”
canto do galo
33
qualificação
APP DISCUTE
PLANEJAMENTO
DE MÍDIA
associação promove qualificação dos profissionais no mercado
A Associação dos Profissionais de Propaganda (APP),
Belo Horizonte. Patrícia mostrou um planejamento de mídia
capítulo Uberlândia, realizou em novembro o curso
real desenvolvido para uma grande empresa, além de abordar
“Planejamento de Mídia – teoria, técnica e prática”.
temas como a expansão da internet, o surgimento de novas
Com o objetivo de apresentar as informações avançadas
da seleção de meios, as técnicas do planejamento de mídia,
as oportunidades de rentabilidade de compra de mídia e os
formatos de administração.
O curso teve como professora Patrícia Avellar, consultora
de mídia da Avellar MM, empresa de soluções em mídia de
mídias e as Mídias Tradicionais X Novas Mídias.
O curso contou com 33 alunos que participaram de
atividades durante todo o dia. Empresas de Uberlândia e de
Ituiutaba prestigiaram a iniciativa da APP. O curso também
pôde ser acompanhado via Twitter pelo @APPudi.
Profissionais participaram do curso
Patrícia avellar
34
canto do galo
Patrícia avellar e Rogério Fonseca
Profissionais do mercado fazem a foto oficial ao final do curso
canto do galo
35
certificados app
NúCleo de aGeNCias
Ação Propaganda
AGBRASILIS Comunicação
Blues Comunicação
Cannes Publicidade
Magno Publicidade
Diferi Comunicação
Ei!Quanta Comunicação Convergente
Engenho & Arte Comunicação
Fórmula P
G.A. Comunicação
Gente Que Atende Marketing e Publlicidade
Grafiti Comunicação Total
Grupo Creative
Hip Comunicação
Identifica Marketing e Comunicação
Attitude Inteligência Política
Interage Comunicação
N Idéias
Know How Comunicação
Loop Propaganda
Multiplica Propaganda e Marketing
Mundo Z Propaganda e Marketing
Olho Vivo Comunicação
OVNI Propaganda e Arquitetura de Marca
Players Comunicação & Marketing
R&B Propaganda e Marketing
Rfreitas Publicidade
RedHouse Comunicação
Sic Marketing e Comunicação
Simões Comunicação
Tree Comunicação
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Comunicação e assessoria
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Comunicação
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Agencia de Publicidade e propaganda
Comunicação e Eventos
A Voz da América Gravações
Ares Comunicação
Batuki Produções
Brascon Comunicação Visual
Breda Artes Gráfica
Center Shopping
Close Comunicação
Conex Logística Integrada
Damaceno Produções
dPi Filmes Produções
ESAMC - Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação
Graphix Locação
Gráfica Brasil
Registro Fotolito Digital
Imídia Comunicação e Marketing
Interpret Agencia de Atores e Modelos
Lead Assessoria de Imprensa
Leondor Paineis
Luder Brindes
Plamarc Ltda
Praia Clube
Imaginare Filmes Produções
RLG Comunicação Visual
Nonsense Filmes
Senechal Outdoor
Tony Amaral
Cinefilmes
Produtora de àudio
Assessoria de Imprensa
Produtora de áudio
Comunicação Visual
Gráfica
Entretenimento, hotelaria e turismo
Produtora de vídeo
Distribuição de Malas Diretas e Publicações
Produtora de vídeo e eventos
Produtora de vídeo
Faculdade de Administração em Marketing e Finanças e Comunicação Social
Informatica e Eventos
Gráfica
pré impressão e gráfica rápida
Assessoria de Comunicação e Marketing
Agência e escola de atores, modelos, recepcionistas e promotoras
Assessoria de Imprensa e produção de conteúdo
Produção e veiculação de painéis
Comunicação Visual e Brindes
Produção e veiculação de painéis
Lazer e entretenimento
Produtora de vídeo
Comunicação Visual
Computação gráfica
Produção e veiculação de painéis
Assessoria e Treinamento
Produtora de vídeo
AQUA interativa
Quipus
Fábrica Way Complexo Criativo
Comunicação digital
Comunicação digital
Comunicação digital
NúCleo de FoRNeCedoRes
NúCleo de Mídia diGital
36
novembro 2010
atiVidade PRiNCiPal
canto do galo
atiVidade PRiNCiPal
atiVidade PRiNCiPal
Na contratação de empresas de comunicação a APP recomenda seus associados
Núcleo de Veículos
Atividade Principal
Canal da Gente
Rádio América de Uberlândia
Meio&Mídia Publicações
Cultura HD
Tv Integração
Transamerica Uberlândia
Tv Paranaíba
Rádio Paranaíba
Vitoriosa - SBT
Band Triângulo
Jornal Correio
TV a cabo
Emissora de Rádio
Publicações e Assessoria de Imprensa
Emissora de Radio
Emissora de TV
Emissora de Radio
Emissora de TV
Emissora de Radio
Emissora de TV
Emissora de TV
Produção e veiculação de conteúdo
Anacleto Nogueira Neves
Felipe Oliveira Garcia
Gustavo Lazzarini
Lídia Parente Valente
Mauro Marques
Vitor Lima
Consultor
Programador web
Assessoria de comunicação e marketing
Eventos
Fotografias
Publicitário
Cecília Constantino
Eduarla Fhamily
Frederico Cardoso Oliva
Jéssica Gentile Baldijão
Leonardo Coelho Fernandes
Sirlei Oliveira de Souza Júnior
Vanoni Parreira de Freitas Junior
Estudante
Estudante
Estudante
Estudante
Estudante
Estudante
Estudante
Sócios Efetivos
Sócios Estudantes
Atividade Principal
Atividade Principal
anunciante
raFael CÂnDIDo
Lead
A IMPORTÂNCIA
DA AGÊNCIA DE
PUBLICIDADE
NA SUA
EMPRESA
Por que contratar um quebra-galho costuma ser um grande erro
Se você precisa operar o apêndice, irá procurar um
PoR Que uMa aGÊNCia?
médico, um dentista ou um filho de um amigo que acaba
de entrar na faculdade de medicina? A analogia é a mesma
na hora de anunciar um produto. Afinal, quem quer um
trabalho profissional precisa, obrigatoriamente, contratar
profissionais.
Muitas vezes, o empresário investe na loja, na decoração,
na mercadoria a ser comercializada, mas quer economizar na
As agências têm uma ampla visão de mercado,
dispondo de recursos, pesquisas, dados e informações
sobre diversos veículos de comunicação. Podem fazer
planejamentos de mídia mais eficientes e econômicos,
racionalizando investimentos publicitários.
Muitas empresas sabem disso. É o caso do Frigorífico
Mataboi S. A. Com a contratação de uma agência,
campanha publicitária. Outros a consideram mesmo um gasto o posicionamento do frigorífico mudou. Decidiram
criar produtos com valor agregado para potencializar o
desnecessário. Com isso, contratam o famoso quebra-galho
mercado de carnes nobres. Assim, lançaram a linha de
que possa criar um anúncio barato, porém sem conceito ou
novilho precoce Di Prima. “A comunicação é a maior
planejamento. Lembre-se: se a Nike, a Coca Cola ou outras
estratégia entre a empresa, o mercado e os consumidores
marcas gigantes pensassem assim, certamente não seriam o
e uma agência nos orientando e nos dando suporte
que são hoje.
38
canto do galo
facilita e encurtam os caminhos para atingir nossos
objetivos. A importância é total e necessária, pois somam
fogo, não liga para a eficiência da mensagem, muito menos
conhecimentos e agregam valor em serviços e produtos”,
para a eficácia das ações. Toda logística das operações fica
diz o diretor administrativo e financeiro da Mataboi,
por conta do cliente. O grande diferencial de uma agência
Rubens Vicente.
Para Fauser Ramos, diretor da OVNI a agência tem
uma importância fundamental nas empresas. “Só ela pode
saber o que realmente o cliente precisa. O diferencial
é reunir talentos das diversas áreas que um planejamento
de comunicação exige (mídia, redator, diretor de arte,
planejamento, orçamento, atendimento entre outros) e
da OVNI e de qualquer outra agência com profissionais
produzir resultados que, no mínimo, são esperados. Além
qualificados é enxergar o cliente como o todo. Um quebra-
disso, mostramos diretrizes e damos sugestões que muitas
galho vai fazer o trabalho que o cliente solicita, mas será
vezes o cliente nem havia pensado”, diz.
que realmente é isso que ele precisa? Uma agência tem
essa visão de necessidade do cliente. Já tive cliente que
solicitou apenas um trabalho, após a realização ele pôde
perceber a importância e a evolução que sua marca obteve.
A partir daí começamos a planejar o trabalho da agência
junto com a empresa”, conta.
Rafael Borges, da agência Hip!, ainda faz um alerta.
O publicitário lembra-se de um caso curioso. Em
2009, um empresário procurou a agência para que
pudessem ajudá-lo num processo começado por um
quebra-galho. “O projeto era muito interessante e do nosso
departamento de mídia surgiram inúmeras possibilidades
para serem exploradas. O resultado foi satisfatório e hoje,
“O profissional quebra-galho não se preocupa com o
além de atendermos o cliente, assumimos a conta de outra
resultado final das ações. Como ele está lá para apagar
empresa do grupo”, conta.
anunciante
Nova lei garante:
publicidade é assunto de agência
eNteNda a lei Nº12. 232/10
atividade publicitária, e que tenham obtido certificado
de qualificação técnica, emitido pelo Cenp (Conselho
No dia 29 de abril, foi sancionada a Lei nº12. 232/10
que regulamenta as licitações e contratos administrativos
para a escolha de agências de publicidade em todas as
esferas do poder público, incluindo a União, Estados
e Municípios e abrangendo o Executivo, Legislativo e
Judiciário. Além disso, a lei estabelece a certeza jurídica da
atividade publicitária, definindo-a de forma clara.
O documento unifica a visão da indústria da
comunicação sobre o tema. Os principais pontos da lei,
que muda o dia a dia das empresas de comunicação,
são: a definição de serviço de publicidade, as atividades
realizadas para o planejamento, a criação e a distribuição da
publicidade aos veículos.
Só poderão ser contratadas para prestar este tipo
Os contratos podem incluir planejamento e
execução de pesquisas e de outros instrumentos
de avaliação e de geração de conhecimento sobre o
mercado, o público-alvo, os meios de divulgação nos
quais serão difundidas as peças e ações publicitárias ou
sobre os resultados das campanhas realizadas.
Além, naturalmente, da produção e execução técnica das
peças e projetos publicitários e a criação e desenvolvimento de
formas inovadoras de comunicação, atendendo as exigências
das novas plataformas de comunicação.
Com essa nova lei, a administração pública reconhece
e incorpora o modelo brasileiro de negociação ancorado
de serviço agências de publicidade cujas atividades
pelo Cenp. Define de forma clara o que é a atividade
estejam descritas na Lei 4.680/65, que regulamenta a
publicitária e quem a exerce.
Rafael Tomé - Hip
40
Executivo das Normas-Padrão).
canto do galo
Fauser Ramos: “agência enxerga o cliente como o todo”
futuro
JanaIna DePInÉ
Lead
VOCÊ AINDA
VAI TER UM
CANAL DE TV
Videologs conquistam o público e prometem revolucionar o universo audiovisual
Roberto Marinho construiu o império da TV Globo
eXPliCaÇÕes Para o FeNÔMeNo
quando já tinha mais de 60 anos, mas você leitor não precisará
de tanto tempo para conquistar o seu espaço no mundo
audiovisual.
Se dúvida é porque ainda não conhece o fenômeno dos
videologs. Sim, a brincadeira começou em 2000, quando Adam
Kontras, criou o primeiro videolog da internet para mostrar sua ida
de Ohio à Califórnia, ao começar uma carreira no showbusiness
norte-americano. Quatro anos depois, o que é uma eternidade
para o mundo digital, foi lançado por Edson Mackenzie e Ariel
Alexandre, o Videolog, considerado o primeiro portal de vídeos do
mundo. “Tínhamos uma produtora de áudio e muitos problemas
de entrega de áudio. Queríamos resolvê-los, por isso criamos o
Videolog”, conta Mackenzie.
Quase um ano depois foi lançado o site americano You
Tube, que se tornou um estrondoso sucesso internacional e
teve grande impacto na popularização dos vlogs.
Para se ter uma ideia desse fenômeno, hoje o Videolog é
um dos canais mais usados para postar os videologs no mundo.
“Mensalmente recebemos seis milhões de visitas. Uma média
de 20 milhões de vídeos exibidos por mês. Só em 2009 tivemos
157 milhões de vídeos exibidos e um crescimento de 100% de
audiência”, diz o diretor do canal.
Mackenzie diz que o sucesso dos vídeos é facilmente
explicável. “Cerca de 40% da audiência do vídeo é gerada pelo
próprio usuário que sai mandando e-mail para os contatos, 35%
larga, a queda dos preços das câmeras digitais e o serviço
gratuito dos sites como Youtube e Videolog, os internautas
descobriram um novo hobby: os videoblogues.
Para a estudiosa Paula Sibilia, esse sucesso também teria
explicações sócio-psicológicas mais profundas. “Cada vez mais,
o que cada um é mostra-se na superfície visível do corpo, na
epiderme trabalhada como um objeto de design. E, também, na
auto-estilização inspirada nos personagens cinematográficos,
de preferência exposta em uma tela. Eis uma pista que talvez
possa explicar esse curioso “detalhe” dos novos diários
íntimos publicados na Internet, tão opostos a seus ancestrais
genuinamente privados: o fato de nascerem com vocação
exibicionista, para serem vistos e lidos por milhões de olhos
alheios nas infinitas telas da rede”, diz.
o FeNÔMeNo do FeNÔMeNo
Como toda a febre, os Vlogs também têm seus ídolos. Uma
das maiores estrelas da internet mundial chama-se Joe Penna,
conhecido no YouTube como MysteryGuitarMan (violonista
misterioso). Com vídeos divertidos e repletos de efeitos, o
rapaz de cabelos arrepiados e óculos escuro, interage com o
internauta.
O que nem todos sabem é que Joe é brasileiro. Nasceu em São
é reflexo dessa primeira audiência, como um fenômeno viral,
Paulo e, aos 12 anos, mudou-se para Boston, EUA, com a família.
amigos indicando amigos. Somente 20% vemdo portal onde
No tempo livre ele começou a “brincar” no computador.
está hospedado o vídeo.”
42
A facilidade do acesso à internet com conexão de banda
canto do galo
Chegou a cursar Medicina durante três anos, mas já era tarde
demais. MysteryGuitarman, a criatura, já havia engolido o
Quem vem trilhando os mesmos caminhos de PC é Victor
criador. “Comecei fazendo vídeos de mim mesmo indo a lojas,
Masson, conhecido como Barão. O Scriptease, comandado
conversando com a câmera.Depois comecei a aprender mais sobre
por ele, começou como uma tentativa dele e de dois amigos
edição de vídeos e truques. Hoje faço pequenos filmes de curta”,
publicitários de agitarem o mercado mineiro com um serviço
conta na entrevista que fizemos com ele direto de Los Angeles.
novo, mas o vlog ganhou fama e espaço. “Este mês vamos
Hoje Joe Penna vive do videolog. “Existem duas formas
completar um milhão de vídeos vistos”, conta Barão cujo
de comercializar. Com anúncios do site que hospeda seus
programa agora é exibido também na MTV brasileira.
vídeos (no caso dele o Youtube) e das companhias que têm um
produto e querem que ele associe sua imagem a ele”, explica.
VeRsÃo Brasileira
QuaNdo a BRiNCadeira Vira NeGóCio
Sim. É possível viver de videolog, mas engana-se que a vida
será de sossego e fama. O ritmo de produção, para um vlogger
Em menos de um ano, o ilustrador e colorista de histórias em
reconhecido, é quase industrial. “Levou três anos para eu começar
quadrinhos Paulo César Siqueira, o PC Siqueira, 24, “num dia que
a ganhar dinheiro com o vlog. Hoje ele me consome 80 horas por
não tinha nada muito importante para fazer, e queria me distrair”
semana. Toda terça e quinta baixo um novo vídeo e cobro a mim
começou a gravar um desabafo no videolog “Maspoxavida”. Seus
vídeos hoje já somam mais de 13 milhões de exibições.
A produção é simples: PC olhando para uma câmera e
tratando de assuntos aleatórios, sempre interrompidos por
análises e comentários divertidos sobre o comportamento
da cachorrinha Lola. “Nunca me preocupei com quem
iria ver o material. Ainda não me preocupo. A coisa sai
naturalmente, sempre falo coisas que acredito, afinal é tudo de
verdade”,comenta.
O público mudou ao longo do tempo. No início a maioria
era de vinte e poucos anos, como ele. “Agora a maioria é de 13
a 17 anos, sei lá por que. Os vídeos são feitos para a galera da
minha idade, porque falo de coisas que só quem teve a infância
nos anos 90 passou”, diz.
mesmo para surpreender o público”, conta Joe Penna.
Aliás, ele já ultrapassou a fronteira entre o virtual e o real.
Fez comerciais para o Mc Donald´s e, mais recentemente para a
Vivo, empresa brasileira de telefonia móvel e clipes de música.
PC Siqueira, que também está na MTV, é outro que
conseguiu transformar popularidade em rentabilidade “Você
pode usar o espaço no vídeo para merchandising. Existe muita
procura”, explica.
Barão explica que produz vídeos semanalmente e tem que
lidar com um público critico e exigente. “Se você atrasa a postagem
do vídeo eles reclamam, falam que você abandonou o canal.
Então, o desafio pra mim é, além de agradar, fazer com que tenham
vontade de mandar para os amigos o que acabaram de ver”, diz
Joe Penna (MysteryGuitarM
anMysteryGuitarMan)
Joe Penna
(MysteryGuitarM
anMysteryGuita
rMan)
PC Siqueira
Victor Masson (barão)
canto do galo
43
opnião
Autor Renato Cabral
Ilustração Neto
Publicitário
aos 40
Dizem que a crise da meia-idade não poupa homem algum.
Nem publicitários, que não são tão homens assim, mas também
merecem um pouco de misericórdia. É o meu caso. Mas eu
não chegarei aos 40. Uma porque não ando comendo brócolis,
deixei de fazer natação e abandonei o sexo tântrico, que evitava
que eu desperdiçasse minha energia vital numa ejaculação
melequenta e espalhafatosa. Outra porque incontinência
urinária, flacidez muscular e queda de cabelo (ou cabelo nas
orelhas) já me pegaram bem antes disso.
Dizem que é como um clique. Numa noite você é o
máximo, tem esperanças de
ainda conquistar um
leão em Cannes, mas ao acordar nem tem mais o velho tesão
de mijo; tiraram seu nome até da APP local. É como criar pra
varejo, não adianta piruetas, cambalhotas e fogos de artifícios.
Quanto mais você espernear para tentar ser criativo, pior a coisa
fica. E é quando você começa a fazer o básico. Para de arriscar.
A resposta a esse miserável destino é a amarga
consciência de que é preciso voltar ao que éramos: a autoafirmação a qualquer preço de quando tínhamos 17 e o
atendimento ainda não tinha meninas tão gordas. O pior é
chegar aos 40 sem ter alcançado muita coisa. O passado te
espreita. Na verdade, o passado pesa tanto que você se sente
como um estagiário de novo, com todas
as inseguranças. E é exatamente
nessa fase que a ex molecada da
agência, envolvidos com jobs
interativos, começam a te pedir
pra que busque um cafezinho
quando for até a cozinha.
Se você lê Darwin,
sabe que homens têm dois
instintos: sobreviver e
procriar, com uma tendência
avassaladora pelo segundo
item, o que é bom, mas
perigoso. Na busca da
próxima geração, você pode
ficar sem a atual. É nessa
idade que publicitários
quarentões passam a entender
que mulheres não nos
paqueram mais e para onde
você olha, está a consagração
da juventude, do Photoshop
e dos vegetais folhosos. Por
isso, você está decidido a
chamar a atenção (ou deixar de chamar; quem sabe uma
abrir as pernas antes que o sinal abra. Mas não se iluda, esse
peruca?) com a mesma disposição que esconde a barriga.
raciocínio só vale pro dono da agência que acumulou muita
Para alcançar seu objetivo de publicitário pseudo criativo
de meia-idade (aplacar a memória avassaladora de que você
desperdiçou toda sua existência com gibis e em um casamento
sem-graça com a zarolha da Mídia, em uma agência mesquinha
e tendo como máxima aventura as fritas do McDonalds) o
mundo te oferece algumas opções: piercing, tatuagem, largar
o emprego, fazer um fake no Twitter, um All Star novo ou
comprar um carrão esportivo e arrumar garotas de 18, mas
com corpinho de 25 (malditos carboidratos!).
Crises da meia-idade para publicitários são nossa
chance de se rebelar, de voltar à juventude perdida, só que
com mais dinheiro e jogando PS3. É como se trocássemos
as espinhas por brincos no mamilo. E, no caso do carrão, há
benefícios. Por terem bancos baixos, as meninas oferecidas
grana às suas custas nesses anos. Já você, ao invés do carrão,
talvez alcance uma boa cadeira reclinável aos 40.
O pior, confesso ainda aos 30, é que na meia-idade as
generosas doses de testosterona são trocadas pelo repugnante
estrógeno. Resultado: o cara tem um carrão, uma careca de
mau, tatuagem, se veste igual ao Jony Deep, mas fala manso,
é gentil e sensível. Ou seja, está a um passo de virar arquiteto,
designer de interiores ou arte finalista. Exatamente o oposto da
mulher, que aos 40 está mais durona, objetiva e com a energia
sexual no auge. Ah, e o pior: passou a dirigir melhor que você;
principalmente campanhas publicitárias.
E se não bastasse, o sujeito chega aos quarenta na mesma
época em que precisa ir aos médicos. É… o primeiro para
(geralmente as redatoras novas que entram em busca de
tirar coisas do seu corpo (colesterol, pedras nos rins, sapos
oportunidade), olham primeiro o carro e só depois o topo
dos clientes que ficaram no estômago); o segundo para
de sua careca reluzente. Pronto, a equação perfeita: poder,
pôr (alguém aí pensou em um dedo? Eu não falei nada).
dinheiro, “juventude” e uma careca fálica a refletir o seu
Coincidência ou sacanagem? E ainda tem cara que consegue
velho companheiro. Tudo o que uma mulher precisa para
achar o máximo em ser publicitário.
notas
NO MEIO DA MÍDIA
Comunicadores ganham espaço na tV
Prestes a completar um ano, o programa “No Meio da Mídia”
tem discutido temas importantes sobre a comunicação local.
Produzido pela Cinefilmes e a produtos Meio&Mídia, em
parceria com o Canal da Gente, o programa tem um formato de
bate-papo entre os personagens da mídia, sem amarras ou censura,
no qual são abordados temas variados e polêmicos conduzidos
pelos publicitários Célio Cardoso e Daniel Labanca.
Buscando total interação entre a mídia, conta com
participações pelo Twitter e por blogs relacionados à propaganda.
“A conexão com o mundo virtual não é só pela audiência. Como
o programa é antenado com relação ao que está acontecendo na
comunicação, essa interação se torna obrigatória”, afirma o diretor
da Cinefilmes e apresentador, Daniel Labanca.
O público-alvo são os estudantes de comunicação e
os profissionais do meio. “Os publicitários de Uberlândia
sempre combinam almoços e reuniões da classe. São os que
mais se expressam por meio das ferramentas que a internet
disponibiliza. Antes não existia na TV local nenhum espaço
para que eles pudessem trocar ideias e valorizar o trabalho.
Dessa necessidade surgiu o projeto”, garante publisher do
Grupo Meio & Mídia e também apresentador, Célio Cardoso.
Cardoso explica que o foco central é passar o conceito
de informalidade abrindo mão de roteiro, cenário e cortes.
“Sempre levamo polêmicas sobre algum assunto. O cenário é
o ambiente de estúdio, de bastidores, mostrando tudo que se
passa atrás das câmeras. O grande diferencial é a irreverência e a
liberdade de expressão, finaliza.”
seRViÇo:
Programa: No Meio da Mídia
Veículo: Canal da Gente – TV à cabo (canal 15)
Programação: www.canaldagente.com.br
www.netcult.com.br
PRÊMIO CARBORÉ
data: 6 de dezembro
local: Credicard Hall, em São Paulo –SP
Horário: 19h30
o evento: O Prêmio Caboré foi instituído pelo jornal
Meio & Mensagem em 1980 para homenagear profissionais e
empresas que se destacam em seus respectivos setores de atuação
e contribuem para o avanço da indústria da propaganda e o
desenvolvimento do marketing e da comunicação no mercado
brasileiro. Hoje é um dos mais importante e cobiçados prêmios do
mercado publicitário brasileiro.
http://www.cabore.com.br/
PRÊMIO CONTRIBUIÇÃO
PROFISSIONAL – TROFÉU
GARRA DO GALO
data: 16 de novembro
local: Fecomércio, em São Paulo – SP
Horário: 19h30
o evento: Cerimônia de Entrega do Troféu Garra do Galo
2010 aos profissionais que promoveram ou realizaram ações que
46
canto do galo
valorizam o nosso mercado e que também tenham apresentado
ideias inovadoras.
http://www.appbrasil.org.br
31º CONCURSO UNIVERSITáRIO
DE CAMPANHAS
PUBLICITáRIAS 2010
data: Inscrições até 18 de novembro
local: APP Brasil, São Paulo – SP
o evento: O Concurso Universitário de Campanhas
Publicitárias, há 31 anos destaca, anualmente, os melhores
Trabalhos de Conclusão de Curso - TCC entre as principais
faculdades de publicidade e propaganda de São Paulo e outras
localidades do Estado. É aberto à todas as Escolas que mantenham
regularmente o curso de Publicidade e Propaganda, possuam
turmas no último ano e promovam trabalhos de conclusão de
curso (TCC) ou monografias.
Outras informações:pelo telefone 11 3813-0188, com Jeni.
http://www.appbrasil.org.br
canto do galo
47
Ilustrações: Guideki
clipping
APP NO TOP 100
AITMAP
A APP Capítulo Uberlândia participou em outubro
deste ano, da entrega do Prêmio Melhores do Ano - Top
100 Aitmap, edição 2010. A associação foi responsável
pela indicação do melhor Profissional de Comunicação
de Uberlândia. A escolha foi feita de forma democrática
pelos associados, que indicaram Rosane Lucho, diretora do
Canal da Gente e associada certificada APP, para receber a
premiação. O prêmio Aitmap é feito todos os anos e presta
homenagem aos melhores profissionais de Uberlândia em
100 áreas diferentes.
APP EM DESTAQUE
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canto do galo
APP PARTICIPA
DO “PRÊMIO
EMPRESáRIO
HERÓI 2010”
Os representantes dos núcleos da APP (Agências,
Fornecedores, Veículos e Digital), foram convidados a
participar da elaboração dos critérios para julgamento
das peças inscritas no “Prêmio Empresário Herói 2010”.
Neste ano uma das categorias avaliadas será a de melhor
campanha publicitária. O Prêmio é anual e tem o objetivo
de reconhecer as empresas da região que se destacam em
critérios de sustentabilidade, gestão e na atuação no mercado.
É promovido pela FIEMG, CINTAP e pelo INDERC.
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Ilustrações: Guideki
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Agradecimentos:
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A Voz da América - Band - Canal da Ge
maceno
Chamativa Camisetas - Cinefilmes - Da
s - Guideki - Jornal Correio
Devassa - Gráfica Breda - Gráfica Côrte
ão - KSR Distribuidora
Jornal Tudo Já - know how comunicaç
Digital - RN Brindes
Policard - Rádio Cultura HD - Registro
a - TV Paranaíba
Revista Cult - TV Integração - TV Vitorios
Realização:
APP Uberlândia
Organização e Captação:
Meio & Mídia Eventos
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Ilustrações: Guideki
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Canto do Galo .indd de trabalho da APP, vale uma breve explicação. A entidade é constituída por núcleos setoriais formados de empresas e profissionais que representam veículos de comunicação, agências de publicidade, ...

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