Mata Verde é Tricampeã

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Mata Verde é Tricampeã
ANO 1 - Nº 4 • Edição Mensal - Agosto/2013 • O Jornal de Santa Rosa de Lima
•
Distribuição gratuita. Venda Proibida.
Mata Verde é Tricampeã
Depois de intermináveis 120 minutos de partida, equipe
venceu Nova Fátima e fez jus ao título. Pág. 26
Caminho da Escola:
três novos ônibus para SRL
Pág. 2
Agricultura Familiar
é Patrimônio
Pág. 12
Município terá nova
unidade de saúde
Pág. 7
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Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Reportagem ESPECIAL
Mariza Vandresen
Para o banco da escola,
antes e depois tem o banco do ônibus
Graças ao Programa Caminho da Escola do Governo Federal, crianças e
adolescentes de SRL terão transporte mais seguro e confortável.
de educação e do seu ministério. O PAR
de 2011 tem validade até 2014.
A liberação dos ônibus foi anunciada nos primeiros dias de dezembro
de 2012 e a confirmação do empenho
à prefeitura ocorreu no dia 7 daquele
mês. Serão três unidades “zero quilômetro” a compor a frota municipal do
transporte escolar: dois ônibus da Mercedes Bens do Brasil (um no valor de
R$240.500,00 e outro, R$250.500,00) e
um micro da Marco Polo (no valor de
R$ 196.500.00).
Assim, as viagens escolares de Igor,
Douglas, Daniel e tantos outros estudantes de Santa Rosa de Lima poderão
ser mais seguras e confortáveis.
Não se dormiu
no ponto
Micro-onibus, modelo da Marco Polo, foi o primeiro a chegar renovando a frota municipal.
Faça chuva ou sol, frio ou calor, às
5h45min da manhã Igor Bonetti se levanta. Todos os dias, de segunda a
sexta. Ele tem 16 anos e estuda na segunda série do ensino médio na E.E.B.
Professor Aldo Câmara. Conforme informações dos motoristas do transporte escolar, é o aluno que reside mais
afastado nas rotas realizadas pela frota
que serve às redes municipal e estadual de ensino. Em Santa Bárbara, a 24
quilômetros do “colégio”, ele embarca as 6h20min num dos ônibus mais
antigos da frota escolar, com 21 anos
é um modelo Nielson 1992, fabricado
pela Marco Polo. Com Igor, embarcam,
ao longo da linha até o centro, cerca de
sessenta alunos. Ademar Heidemann,
o motorista, diz que eles percorrem
sessenta quilômetros, “todos os dias, é
trinta pra ir, trinta pra voltar”. Em boas
condições de tráfego, chegam à escola
às 7h30min. Depois das aulas, Igor almoça por volta das 13h20min, quanto
retorna a sua casa.
No outro extremo de Santa Rosa de
Lima, os irmãos Douglas Guilherme e
Daniel Alberto Israel também acordam
às 5h45min. Tomam café e se encaminham para o “ponto”, onde embarcam,
Serão três unidades “zero
quilômetro” a compor a
frota municipal do transporte escolar, recursos na
ordem de R$ 685.500,00.
às 6h10min. A distância entre o Campo
do Rio Bravo e o centro é menor, são
cerca de 19 quilômetros. A logística do
transporte, porém, faz com que o tempo de percurso seja igual ou até maiordo que aquele do Igor. A primeira parte
da viagem é percorrida em uma Kombi.
Douglas explica que o trajeto demora,
pois eles precisam pegar mais alunos
em outros lugares. Na cabeceira do Rio
Bravo, os dois e mais uma dezena alunos trocam de veículo e embarcam no
mais antigo ônibus em operação na frota. O modelo é o mesmo que o ônibus
de Igor, mas esse é ainda um ano mais
velho. Com esse veículo escolar de 22
anos, eles chegam ao Centro educacional também por volta das 7h30min.
Preocupada com esta situação, que
à época era quase geral, a administração municipal conseguiu que, em
novembro de 2008, o município fosse
contemplado com dois ônibus. São os
“Mercedes” que, hoje, atendem às linhas da Mata Verde e da faculdade.
E, em 2011, a secretaria municipal de
educação fez mais uma solicitação de
três ônibus novos ao Governo Federal.
O pedido se deu via Plano de Ações Articuladas (PAR), que é um instrumento
de planejamento do sistema nacional
Salésio Wiemes, secretário municipal de educação à época, esclarece
que se os ônibus estavam previstos no
Plano de Ações Articuladas, Santa Rosa
de Lima foi contemplada graças a atuação do deputado federal Décio Lima e
da bancada catarinense do Partido dos
Trabalhadores no Congresso Nacional.
“Por isso, foi do gabinete do deputado Décio que, no final de março deste
ano, recebemos o comunicado de que
uma ordem bancária no valor de R$
687.500,00 havia sido depositada, no
dia 23 do mesmo mês, em uma conta
da prefeitura de Santa Rosa de Lima.” O
Canal SRL tentou contato com o gabinete do deputado para que ele esclarecesse o porquê dessa opção por Santa
Rosa de Lima, a princípio distante de
sua base eleitoral e área de ação mais
direta. Infelizmente, apesar da insistência da reportagem, não se conseguiu
um retorno do parlamentar.
Como consta no Portal da transparência, em 24 de abril a prefeitura
realizou o empenho para a aquisição
das três unidades. Rudinei Pacheco, o
atual secretário de educação, informa
que o micro já chegou e que ele e sua
equipe aguardam ansiosos pela chegada dos outros dois. “Os ônibus antigos
devem ser substituídos, pois eles causam transtornos e muitos gastos em
manutenção”. Segundo a própria secretaria, hoje os veículos de transporte
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
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Comunidade RIO BRAVO ALTO
Karla Folster | Ana Paula Vanderlinde | Júnior Alberton
da educação têm idade média de 10.9 anos e com a
chegada das novas unidades a média passará a ser
de seis anos e meio. “Com estes três ônibus novos,
economizaremos muito e, por isso, esperamos que
eles venham logo. Queremos fazer um ato solene de
entrega e convidar o deputado Décio Lima, em reconhecimento ao empenho dele para beneficiar o nosso município. Como disse a prefeita, quem ajudar o
município será valorizado”, afirmou o secretário.
As linhas a serem
servidas
Com relação às linhas que serão atendidas pelas
novas unidades, Rudinei Pacheco garante que serão
O programa
Caminho da Escola
Em Santa Rosa de Lima, três em cada quatro estudantes das nossas escolas residem em áreas rurais
(fora do perímetro urbano).
No Brasil, são cerca de 8,4 milhões de estudantes na educação básica nesta condição. O Programa
Caminho da Escola faz parte das ações do Plano de
Desenvolvimento da Educação (PDE) do Ministério da
Educação.
Com recursos do FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação) e do PAR, o programa
permite a renovação e a padronização da frota escolar, para assegurarmais qualidade e segurança no
transporte escolar.
Ônibus antigos serão substituídos.
respeitados os critérios de localização, do número de
alunos e do tempo de serviço dos funcionários que
operam no transporte escolar. Com base nisso, julga que um dos ônibus maiores será para a linha da
Santa Bárbara. “O micro, por ser tracionado, poderia
fazer a linha da Nova Esperança, pois foi o único lugar
em que, este ano, tivemos problemas de transporte
por causa das condições da estrada. No entanto, o
número de alunos desta linha é maior que o número
de lugares do veículo”.
Entre os motoristas a expectativa é grande. Segundo Leandro Leeser, coordenador do transporte
escolar, todos os motoristas gostariam de dirigir os
ônibus novos. Especula-se entre eles que as linhas de
Santa Bárbara, do Rio Bravo e do Rio do Meio serão
as contempladas, mas ainda não há nada oficial.
Os estudantes Igor, Douglas e Daniel, por sua vez,
se mostraram esperanços os de que os novos ônibus
sejam usados por eles.
As projeções do secretário de educação são bastante otimistas. Considerando que foram realizadas
algumas adequações e atualizações no PAR do município, ele diz pretender renovar toda frota escolar em
dois anos. “Até porque isso faz parte da política do
governo federal”, alega Pacheco.
Diretor: Sebastião Vanderlinde
Diretora: Mariza Vandresen
Estrada Geral Águas Mornas, s/n.
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Santa Rosa de Lima - SC.
Tel. (48) 9944-6161 / 9621-5497
E-mail: [email protected]
Os ônibus
Os ônibus são fabricados com especificidades e
adequados às condições em que trafegam em áreas
rurais: tração 4x4, melhor vedação para evitar a entrada de poeira, maior isolamento térmico nos vidros
laterais, reposicionamento do filtro de ar, engates
para reboque externos.
A segurança também é garantida com cintos de
segurança em todas as poltronas e compartimento
superior para mochilas. O corredor é estreito para
que os alunos permaneçam sentados.
Ao mesmo tempo, é assegurada maior acessibilidade a pessoas
com deficiência.
Um dos ônibus
virá na versão com
plataforma elevatória
(elevador).
Fundado em 10 de maio de 2013,
dia do 51º aniversário de Santa Rosa de Lima
Jornalista Responsável: Mariza Vandresen
Diretor-executivo (Circulação, Comercial, Financeiro, Publicidade e
Planejamento): Sebastião Vanderlinde
Revisor e editor (voluntário): Wilson (Feijão) Schmidt.
Primeiro Encontro da Família de Bernardo Eller
No dia 20 de julho, nossa comunidade foi sede do
primeiro encontro da família dos descendentes de
Bernardo Eller. O evento iniciou com uma missa na capela Nossa Senhora da Piedade, celebrada pelo padre
Marcelo Buss e cantada pelos netos e bisnetos de Seu
Bernardo: Anita, Delmo, Patrícia e Leandro Eller. Durante o ato religioso, foram apresentados no altar diversos objetos e alimentos que faziam parte da vida e
do cotidiano dos tempos idos desta família. Após a celebração, todos foram recepcionados no salão comunitário Princesa Isabel, para um típico almoço colonial.
Com o auxílio de um projetor, Patrícia Eller Wiggers,
da quarta geração, realizou uma apresentação sobre
a história desta família, desde a saída da Alemanha do
pai de Seu Bernardo até os dias atuais. Foram onze os
filhos de Bernardo e todos já estão falecidos. As três
noras ainda vivas foram homenageadas: Mota Berta,
Mota Adelina e Mota Matilde.
Como forma de propagar e resguardar os documentos, fotos e dados coletados na elaboração da história de vida dos ascendentes e descendentes de Bernardo Eller, todas as famílias participantes receberam
em mãos um livreto e um CD contendo as diversas
informações e imagens resgatadas.
Para os organizadores, o evento superou as expectativas. Estima-se que cerca de quatrocentas pessoas tenham participado da confraternização. Também
os descendentes dos irmão de Bernardo, Henrique e
Antônio Eller tomaram parte do evento. A bisneta Patrícia Eller declarou que foi um momento muito emocionante. “Familiares que não se viam há mais de vinte
anos puderam se reencontrar. Os parentes que moram longe também vieram. Com este encontro, pudemos estreitar muitos laços com nossos familiares”. Por
isso, ela registra um grande agradecimento a cada um
dos que estiveram presentes e, principalmente àqueles que se dedicaram à realização do evento. Parece
que ficou em todos um desejo de, em breve, realizar e
participar de um segundo encontro.
Nosso estudante na Agronomia da “Federal”
A partir de 12 de agosto, teremos um morador do
Rio Bravo “ralando” no Centro de Ciências Agrárias da
UFSC. Luis Henrique Bonetti Vanderlinde vai continuar
seus estudos de Agronomia, mas agora na Federal. A
UFSC, além de ser uma das melhores universidades
do Brasil, é pública e gratuita. Entretanto, é preciso,
morar, pagar transporte e se alimentar em uma das
cidades mais caras do Brasil. Por isso, Luis pretende
conciliar seus estudos com um trabalho. Para ele, sucesso e muito tempo de pé nas filas do RU e muitas
horas sentado nos espaços de estudo da BU (respectivamente, Restaurante Universitário e Biblioteca Universitária).
O Canal SRL é uma publicação mensal da Editora O ronco do
bugio. Só têm autorização para falar em nome do Canal SRL os
responsáveis pela Editora que constam deste expediente.
Diagramação e Arte: Qi NetCom - Anselmo Dandolini
Distribuição: Editora O ronco do bugio
Tiragem desta edição: 1000 exemplares
Circulação: Santa Rosa de Lima (entrega gratuita em domicílio).
Dirigida, também, a prefeituras, câmaras e veículos de comunicação do Território das Encostas da Serra Geral e a órgãos do
Executivo e Legislativo estadual e federal.
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Tensão na Praça
Inquérito Civil é instaurado para apurar possibilidade da instalação da nova rede de energia
elétrica no perímetro urbano de SRL estar em
desrespeito à legislação.
A promotora Júlia Wendhausen Cavalazzi, da Comarca de Braço do Norte, instaurou o Inquérito Civil número
66/2013, com a finalidade de apurar
eventuais irregularidades na instalação
dos postes para a passagem da nova
rede de energia no perímetro urbano
de Santa Rosa de Lima. A ação foi movida depois que moradores locais realizaram um abaixo assinado solicitando
esclarecimentos e garantia de acessibilidade e segurança. O Ministério Público
(MP) afirma que buscará promover todas as diligências necessárias para que
os direitos e garantias dos moradores
não sejam violados, para evitar novos
desrespeitos às normas constitucionais
e legais e para apurar a responsabilidade de quem, por ação ou omissão, tenha cometido irregularidades.
No inquérito o MP usa como base,
entre outras leis e argumentos, o Código Brasileiro de Trânsito, que assegura
ao pedestre a utilização dos passeios
ou passagens apropriadas nas vias urbanas; a norma da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas), que
estabelece as especificações técnicas
de acessibilidades em calçadas, passeios e vias de pedestres; o Decreto
5.296/2004 que dispõe sobre as regras
previstas para a promoção da acessibilidade. A promotora Júlia Wendhausen
Cavalazzi determinou que o município
de Santa Rosa de Lima e a empresa PCH
Santa Rosa S.A. fornecessem informações acerca da implantação de postes
de transmissão de energia e da observância das legislações referidas.
Permanece o “curto-circuito” de
informações
Em resposta à diligência, a empresa
PCH Santa Rosa e a Ceral encaminharam documentos comprobatórios ao
MP. Segundo Luciano Quadros, diretor
da PCH, foi realizada, em seguida, uma
audiência com a promotora. Na ocasião,
ela teria informado que a instalação da
nova rede se encontraria juridicamente correta. “Hoje o único impedimento
para darmos continuidade à instalação
da rede é o embargo realizado pela
prefeitura municipal. Já encaminhamos
todas as solicitações e esperamos que
em breve o executivo municipal retire o
embargo”, declarou Quadros.
A prefeitura, notificada pelo MP por
deter a responsabilidade da promoção
da política de desenvolvimento urbano,
enviou cópia do embargo, justificando
que a empresa, até aquele momento,
não havia formalizado nenhum pedido
para a realização da obra. “O embargo
está valendo”, confirmou o assessor jurídico da prefeitura Sandro Volpato, “vamos analisar os documentos [de defesa
encaminhada pela PCH Santa Rosa e
pela Ceral] e só assim poderemos emitir
algum parecer”. Luciano afirma que tal
documentação já foi enviada à prefeitura e que aguarda a decisão. Até o fechamento desta edição, não havia deliberação sobre o levantamento do embargo
da obra pelo executivo municipal.
Representantes da sociedade civil
que assinaram o abaixo assinado se
mostram satisfeitos com o encaminhamento feito pelo Ministério Público.
Para o vereador Luiz Schmidt, um dos
participantes da mobilização dos moradores, a reivindicação era que fossem
garantidos os direitos à acessibilidade
e ao conforto por parte dos moradores,
“acreditamos que sem a interferência
do MP esses nossos direitos não teriam
sido assegurados”.
Um dos postes que deverá ser removido.
Comissão deve acompanhar instalação da rede
Uma comissão foi estruturada para acompanhar a
execução, no centro de Santa
Rosa de Lima, de rede compartilhada entre a Ceral e a
empresa PCH Santa Rosa.
Ela é composta por Wanio
Lemkuhl (moradores), Salésio Wiemes e Edna Bonetti
(Câmara de Vereadores), Ralf
Ballmann e Siuzete Vandresen Baumann (Ceral), Luciano
Quadros (PCH Santa Rosa) e
Edson José Vandresen (Prefeitura Municipal). Na reunião realizada no dia 19 de
julho, ficou acertado que tal
comissão tem poderes para
decidir pois é representativa
dos segmentos envolvidos.
Segundo Luciano Quadros, a
decisão dos membros da comissão pela continuidade da
obra foi unânime, desde que
seja assegurado um diálogo
contínuo com a comissão e
com os moradores. “Sugeriuse ainda uma reunião com a
participação do Ministério Público e que a prefeitura fosse
incumbida de fazer o convite
à promotora ou ao seu representante”, informou Quadros.
Wanio Lemkuhl, representantes dos moradores, disse
que muitas informações que
chegaram a eles estavam distorcidas ou pouco fundamentadas e que houve falta de
comunicação com a comunidade. “Seria bom se os moradores proprietários de locais
onde serão substituídos os
postes no passeio pudessem
sugerir adequações para melhoria da acessibilidade”. Já o
representante da prefeitura solicitou que a empresa,
juntamente com a Ceral, se
empenhasse no sentido de
melhorar a acessibilidade na
frente do Centro educacional
e do Centro de convivência
dos idosos (salão velho). A
PCH assumiu o compromisso
de melhorar a acessibilidade
e informou que vai melhorar
a estrutura da rede elétrica
próxima a esses locais que,
atualmente, estariam em situação de risco.
Município realiza
festa em homenagem
ao Dia do Colono
A festa reuniu centenas de pessoas. Estiveram
presentes agricultores e também muitos moradores
da “praça”. O evento foi uma realização da Prefeitura com apoio do comércio, da indústria e de entidades do município.
Foi um dia com diversas atividades. Pela manhã,
o público deu risadas com as provas da gincana,
com um monte de crianças correndo atrás de coelhos e leitões, com casais disputando corridas em
carrinhos de mão. No almoço, foram servidos carnes, saladas, pães e roscas para os adultos e ainda
cachorro quente e pastel para as crianças. Em seguida, a atração foi um jogo de futebol entre moradores da margem direita e da margem esquerda do
rio Braço do Norte. E a Banda Fandango na Brasa
animou a tarde dos dançadores.
Nova edição
Segundo informações da assessoria de imprensa
da administração municipal, a prefeita considerou a
festa um sucesso e já está pensando na próxima
edição em 2015. “Estava faltando que o nosso agricultor voltasse e ser lembrado e homenageado. Ele
é a figura mais importante da nossa economia, portanto, nada mais justo que um evento como esse.
No ano que vem, estaremos envolvidos na realização da Gümese Fest, mas em 2015 vamos realizar
novamente a Festa do Colono”, destacou a chefe do
executivo.
Fotos: André Bianchini.
ENERGIA ELÉTRICA
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Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
ZELAR
Comunidade RIO DO MEIO
Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente de SRL
Ana Beatriz Kulkamp | Diana Kulkamp | Karine Neckel
Nesta edição, a coluna busca homenagear o colono.
Pensamos que uma forma de fazer isso seria ouvir jovens da nossa comunidade, para conhecer suas experiências e expectativa em relação à agricultura, à educação, a suas famílias, seus projetos e sonhos. Essa é
uma maneira de apreciar o sentimento de pertencer ao
campo que nossos bisavós, avós e pais deixaram para
as novas gerações.
Trocar o campo pela cidade nunca mais
“Para mim, morar no campo e estudar é uma grande batalha. Tenho filho
e pais que precisam muito da minha
atenção. Também trabalho alguns dias
“na praça”, mas não troco o campo
por nada. Quero estudar para eu poder investir meus conhecimentos aqui
mesmo. Já troquei, anteriormente, o campo pela cidade.
Mas me arrependo muito. Hoje, estou feliz morando com
minha família e no interior. Depois que comecei a estudar
no curso de Educação do Campo pela UFSC tudo mudou.
Antes disso, eu não tinha muitas expectativas para o futuro, mas agora, depois de ter completado um ano de curso,
já penso muito diferente. Quero fazer algo para aprimorar
o futuro das novas gerações de Santa Rosa de Lima. E para
torná-las melhores.” Solange Roecker.
É aqui que eu quero viver
“Moro na localidade de Santa Catarina com meus pais e irmãos. Gosto de morar no campo. Aqui, posso
fazer muitas coisas e tenho bastante
liberdade. Também tenho água direto
da nascente, ar puro, pouca poluição,
muita mata nativa e posso ouvir todos
os dias o canto dos pássaros. Sei que
a vida nas cidades anda cada vez mais agitada e mais poluída. Eu estou no nono ano da escola Aldo Câmara e pretendo continuar meus estudos. Quero cursar uma universidade e gostaria de fazer Agronomia ou Veterinária, mas
ainda não decidi qual das duas. Ainda tenho tempo para
pensar. Mas uma coisa é certa: pretendo morar sempre no
campo, mesmo tendo que sair para fazer faculdade ou outros cursos. É aqui que eu quero viver”. Daniela Külkamp.
Aqui me criei e aqui quero ficar
“Afirmo com muito orgulho que sou
uma jovem do campo. Já “trilhei” vários
lugares, participando de competições
de atletismo e de futebol. Conclui o
ensino médio aqui em Santa Rosa de
Lima e frequentei durante um ano o
Cedejor – Centro de desenvolvimento
do jovem rural, em Lauro Müller. Nele,
meu projeto teve como base o agroturismo. Fiz meu estágio no município de Atalanta, na propriedade de dona Úrsula Berschinock. Na minha formação, também participei
de cursos voltados para o agroturismo e o cicloturismo.
Minha escolha nesta área se deu por Santa Rosa de Lima
ser capital da agroecologia e crescer, a cada dia, no agroturismo, assim como por morar perto da igreja Santa Catarina, um grande atrativo turístico. A minha proposta de
empreendimento ainda não foi colocada em prática porque comecei a cursar a faculdade de Educação do Campo,
na UFSC, aqui em Santa Rosa de Lima. Minha meta agora
é me formar e contribuir para formar pessoas melhores
para nossa sociedade. Como trabalho com meus pais na
lavoura de fumo e na criação de gado de leite, sobra pouco tempo para fazer todas as coisas, para realizar de uma
vez todos meus objetivos. Assim, meu empreendimento
vai ficar para daqui a alguns anos. Porque pretendo ficar
morando no interior. Nunca pensei em morar no centro
de Santa Rosa de Lima, o que dirá em uma cidade. Foi aqui
na Santa Catarina (localidade) que eu me criei e é aqui que
quero colocar em prática os meus projetos. Acredito muito no potencial da minha comunidade e do meu município, por terem uma riqueza imensa por natureza”. Diana
Külkamp.
Conselho Tutelar tem papel importante
na proposta orçamentária do município.
Uma das mais importantes atribuições conferidas ao Conselho Tutelar é a de assessorar o Poder Executivo na elaboração
da proposta orçamentária do seu município.
Uma municipalidade pobre
em programas de atendimento dos Direitos da Criança e do
Adolescente ou que não possui
políticas públicas para a infância
e juventude verdadeiramente
eficazes, provavelmente possui
um Conselho Tutelar que não
está fazendo valer esta atribuição, seja por negligência, seja
por desconhecer os mecanismos de construção e aprovação
da proposta orçamentária.
Se o Conselho Tutelar (CT)
buscar entender tais mecanismos, se basear em dados concretos das demandas não atendidas ou atendidas de forma
deficiente no município e realmente assessorar o Poder Público, poderá interferir de forma
definitiva na história da infância
e juventude local.
Ninguém melhor do que o
colegiado do Conselho Tutelar
para indicar as lacunas na rede
de atendimento. Esse órgão é
quem conhece direta e pessoalmente as demandas e é quem
gera os dados, por isso a importância de sua participação
na elaboração do orçamento
público. Assim, o Conselho Tutelar não precisa e não deve
esperar por um “convite” para
participar das reuniões para
preparar ou deliberar sobre a
proposta orçamentária. Ele tem
a obrigação legal de se impor
como peça fundamental deste
processo. Ou seja, o “convite”
já está feito pela Lei Federal.
Nº 8069/90. Basicamente, esta
assessoria do Conselho Tutelar precisa acontecer em três
momentos distintos: discussão
do plano municipal; elaboração
do projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentária; e elaboração da
Proposta Orçamentária.
Lamentavelmente, em nosso país, a maior parte das decisões políticas referentes aos
direitos das crianças e dos adolescentes e às práticas necessárias para assegurá-los continua
sendo tomada em gabinetes e
com pouco ou nenhum conhecimento prático da área. Esse é
um dos motivos de tantos desacertos e de vermos o dinheiro
público gasto sem resultado
significativo.
Rede AGRECO
Volnei Luiz Heidemann | Adilson Maia Lunardi
Rede Agreco amplia quadro
de associados certificados
Um núcleo de produtores orgânicos de
Paulo Lopes está se integrando a Rede Agreco. São três agroindústrias: um laticínio, uma
de panificados, com
destaque na produção
de bolachas, e um engenho de farinha de
mandioca.
A novidade foi a
adesão de quatro produtores de leite orgânico, o que pode reanimar os debates sobre
a conversão e certificação da pecuária leiteira dentro da Rede.
Na agricultura, aderiram duas famílias de
Imbituba e no setor de
comercialização temos
um novo associado em
Garopaba.
As discussões no
núcleo Paulo Lopes
continuam e novos
CooperAgreco alerta mudanças
nos procedimentos do PAA
A Conab (Companhia Nacional de
Abastecimento), que
opera o Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA), comunicou
as alterações ocorridas
nos
procedimentos
para acesso dos mecanismos de apoio aos
agricultores de base
familiar.
A partir de agora,
todos os projetos deverão ser aprovados
e referendados pelo
Conselho
Municipal
de Assistência Social
(CMAS), conforme prevê o termo de Cooperação entre o Ministério
do Desenvolvimento
Social e a Conab.
Desde 1º de ju-
nho de 2012, as
liberações de pagamento de parcelas à Cooperativa
estão condicionados à apresentação
de comprovantes de
pagamento a cada beneficiário fornecedor
(produtor inscrito no
projeto) do valor acumulado por ele até entrega anterior.
Para os projetos em
andamento
(renovação) e a serem aprova-
agricultores poderão
se integrar a nossa
Rede.
Agradecemos aos
novos companheiros
e companheiras pela
confiança e desejamos
a eles muito sucesso
nessa caminhada que,
agora, faremos juntos.
dos (novos), a partir de
1º de janeiro de 2014
a comprovação de pagamento aos beneficiários fornecedores
será realizada exclusivamente via cópia de
recibo de depósito em
conta corrente. Outra
mudança importante
foi o aumento no valor
do limite para comercialização de cada família ou DAP: passou
de R$ 4.800,00 para R$
6.500,00.
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
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Comunidade SANTA BÁRBARA
SAÚDE
A notícia foi dada, no dia cinco de julho, pelos vereadores Salésio
Wiemes e Luiz Schmidt, que, por sua vez, receberam a informação
diretamente do deputado federal Décio Lima (PT). “O deputado
Décio Lima esteve com o ministro da saúde, Alexandre Padilha,
que garantiu estes recursos para o município”, afirmou o vereador
Salésio Wiemes.
Como havia sido previsto pelos meteorologistas, no dia 23 de julho, fomos contemplados por
um espetáculo raro, mas de grande encantamento:
nossa linda Serra Geral ficou coberta pela neve. O
frio era demais, mas compensado pela beleza da
paisagem. Quem mora ou esteve por aqui pode
ver nossa Santa Bárbara toda branquinha.
No dia seguinte, ainda era possível ver neve nos
topos do paredão. E a sensação de frio era ainda
maior. Congelante, literalmente congelante. As
mangueiras de água, o sereno nas pastagens, arbustos, árvores e telhado, tudo amanheceu congelado. Até as águas de diversos açudes. Se a geada
é comum nesta época, desta vez ela foi mais forte
e cobriu praticamente toda a paisagem. Meu pai
costuma dizer que o termômetro dele para medir
o frio são as ovelhas. Como até elas ficaram branquinhas, ele afirmou: “isso sim é frio de verdade”.
É, fazia tempo que não acontecia uma “friaca” tão
grande.
Se as baixas temperaturas deixaram a paisagem
espetacular, prejudicaram, por outro lado, as pastagens e as plantações. A maioria das propriedades
teve todo o seu pasto comprometido pela geada e
pouco sobrou para alimentar os animais.
Sem contar também que o frio glacial tornou
muito mais difícil a lida diária no campo. A vontade
é de ficar dentro das nossas casas, aquecidos em
nossos “cantinhos” aconchegantes e quentinhos
próximos ao fogão a lenha. Sim eles funcionam “a
todo vapor”. Mas precisamos seguir. Mesmo com
este frio cortante, não podemos parar ou ficar abalados. O trabalho deve ser feito aqui neste pé de
serra e, nestas condições, é necessário um cuidado
redobrado com os animais e com as plantações.
Foto: André Bianchini
Vereadores do PT confirmam repasse de
R$ 659 mil do Governo Dilma para construção de nova Unidade de Saúde em SRL
Igor Bonetti
A prefeita Dilcei Heidemann recebeu a confirmação de repasse pelo
Ministério da Saúde e,
acompanhada da secretária municipal de saúde
e assistência social, Graziela Schmidt, comemorou a informação repassada pelos vereadores.
“Ficamos felizes com
essa notícia. Foi uma iniciativa muito importante
dos vereadores de PT,
que demonstraram interesse em trabalhar pelo
bem do município como
um todo, deixando de
lado, neste momento,
questões políticas e partidárias”, destacou a prefeita.
André Bianchini, do
Departamento de Imprensa da Prefeitura de
Santa Rosa de Lima, lembra que a liberação destes recursos é resultado
de viagem a Brasília realizada em abril. “Na ocasião, vereadores tanto
de oposição quanto de
situação acompanharam
a prefeita e puderam reivindicar recursos junto a
parlamentares e ministros de seus respectivos
partidos”.
As origens e o projeto
Em 2011, a então
administração
municipal presentou proposta
para o Ministério da Saúde, visando à construção
de uma Unidade Básica
Saúde. A UBS foi projetada para ser construída
onde hoje se localiza a
garagem municipal, ao
lado da prefeitura. Agora
que os recursos foram
anunciados, segundo o
secretário de planejamento, Edson Vandresen, “a expectativa é que
em dois meses se possa
dar início ao processo licitatório e seguir os procedimentos”.
O repasse dos recursos é feito fundo [nacional] a fundo [municipal],
sem precisar de convênio com a Caixa ou outro
tipo de contrato.
As unidades são projetadas para que os usuários possam receber
atendimentos básicos e
gratuitos em pediatria,
ginecologia, clínica geral,
enfermagem e odontologia.
Os principais serviços
oferecidos pelas UBS são
consultas médicas, inalações, injeções, curativos,
vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico,
encaminhamentos para
especialidades e fornecimento de medicação
básica.
Especificações
técnicas
Segundo a secretária de saúde Graziela Schueroff, o projeto
deve seguir o manual de
estrutura física das unidades básicas de saúde
do Ministério da Saúde.
O manual sugere especificações em relação a
ambientes e números de
salas.
Conforme informações buscadas com o engenheiro da Amurel, João
Cataneo, que já realizou
alguns destes projetos, o
município pode interferir
conforme regulamentações próprias na elaboração do projeto arquitetônico, mas deve seguir
as especificações mínimas para construção da
unidade. “Os projetos
variam conforme a capacidade de atendimento e
suas complexidades.
No caso de Santa
Rosa de Lima, a UBS tem
capacidade para uma
equipe de estratégia de
saúde da família (ESF) e
atendimentos de baixa
complexidade. Projetos
neste valor costumam
ter cerca de 400 metros quadrados em área
construída”.
O frio veio com força total aqui na
nossa comunidade. Agora sim podemos dizer que o inverno realmente chegou. Fazia muito tempo que não víamos
uma frente tão gelada.
Ovelhas cobertas de geada: termômetro para medir frio.
8
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Turismo de Aventura
Festival de Rafting incentiva a prática da
canoagem e indica a importância da
mobilização em defesa do rio Braço do Norte.
Serpenteando pelo município, o rio Braço do Norte
será mais uma vez o cenário para o Festival de Rafting Santa Rosa de Lima –
Encostas da Serra Geral. A
quarta edição acontecerá
nos dias 24 e 25 de agosto.
O evento é promovido pela
empresa de turismo de aventura
Trekking das Águas Rafting & Expedições – TDA, de Santo Amaro da Imperatriz e tem como objetivo incentivar
a prática da canoagem, em especial
o rafting. Ao mesmo tempo, em parceria com o Movimento a favor do rio
Braço do Norte, outras ações pretendem alertar a população, lideranças e
autoridades sobre as consequências
negativas da instalação de pequenas
centrais hidrelétricas (PCH), com destaque para os prejuízos à dinâmica
turística, cultural e econômica do rio.
Para Eleazar Garbeloto, o Keko,
empreendedor no setor de turismo
de aventura, Santa Rosa de Lima é
um município com rios e paisagens
de grande beleza. “A canoagem, em
especial o rafting, com seu dinamismo ecológico, contempla este tesouro da bacia hidrográfica do Complexo
Lagunar, incentiva a preservação e incrementa o lazer e o turismo. O turismo de aventura integra as comunidades ao rio e desperta nas populações
locais, em especial nos jovens, o encantamento por esse recurso natural
e por atividades junto à natureza”.
Com relação à instalação de diversas pch’s na calha do Braço do Norte,
Keko avalia que vários pontos do rio
já foram comprometidos. “Resta um
último trecho, que corta o coração do
município, do antigo Quedas d’Água
até a curva atrás da prefeitura. Nessa
parte do curso d’água ainda encontramos ótimas condições para diversas práticas de lazer, além da canoagem. Precisamos salvar o que resta
deste maravilhoso rio”.
O festival
O rafting é uma técnica de descida em
corredeiras em equipe, utilizando botes
infláveis e equipamentos de segurança.
Estudantes, instituições, empresas, famílias, grupos de amigos, clubes de canoagem, todos podem participar do festival,
desde que formem uma equipe com 4,
5 ou 6 membros, todos maiores de 12
anos. Quem não tem grupo completo,
a TDA ajuda a formar um. Haverá limite
de inscrições para 20 equipes por dia. A
empresa oferece equipamentos, guia de
rafting e transporte local para os participantes.
Serão duas categorias: competitiva e
não competitiva.O percurso de descida
do rio é de cerca de cinco quilômetros e
os níveis de dificuldade das corredeiras
variam entre II e III. A Federação Interacional de Rafting classifica de I a VI o grau
de dificuldade das corredeiras e os níveis I, II e III são indicados para iniciantes.
As inscrições estão sendo realizadas
pelo site www.tdarafting.com.br ou pelos
telefones (48) 32457279 / 99724417. Elas
precisam ser feitas antecipadamente.
PROGRAMAÇÃO
24/08/2013 - Provas de Rafting
08h30min – Início das reuniões com
chefes de equipe “guias”.
09h00min– Início das descidas.
14h30min – Provas finais e premiação.
25/08/2013 - Rafting “livres”, moradores e turistas com preço especial.
09h00 – Início.
O local de chegada e saída para as
competições será na praça da igreja
de Santa Rosa de Lima. A premiação,
em troféu e medalhas, conta com o
apoio da prefeitura municipal.
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
ARTIGO
Deixem o Rio Braço do Norte
voltar a correr livre.
Apenas 24 horas por mês!
Geoffrey Steeves, norte-americano e aluno de doutorado em
economia da Universidade Federal de Santa Catarina
Eu descobri Santa Rosa de Lima e o Rio Braço do Norte
em setembro de 2012, apenas dois meses após me mudar
para o Brasil.Foi durante uma viagem com meus parceiros de
caiaque e guias de rafting. Desde aquele dia, eu já voltei para
Santa Rosa de Lima diversas vezes para aproveitar esse lugar
tão especial. É claro que os moradores locais e leitores do Canal SRL já sabem por que este lugar é fora do comum e único.
Mas acho importante explicar o porquê de eu considerar esse
pequeno município o meu lugar favorito desse país.
A primeira razão é o povo de Santa
Rosa de Lima, extremamente acolhedor. Todas as pessoas que eu encontrei
quiseram compartilhar seu município
com este estrangeiro vindo dos Estados
Unidos. O dono duma pousada mostrou seu alambique para mim e para
meus amigos do exterior. Mais do que
isso, compartilhou conosco a cachaça
que produz. Na piscina do Paraíso das
Águas, pessoas que eu não conhecia
(e que não eram empregados daquele empreendimento, mas estavam lá,
como eu, para o lazer) cuidaram da minha filha de três anos, brincando com
ela o dia inteiro. Muita gente se mostrou
disposta e mesmo empolgada a me
mostrar cachoeiras, trilhas e, é claro, o
seu rio.
A segundo razão é a maravilhosa natureza de Santa Rosa de Lima, principalmente o Rio Braço do Norte. Eu tenho
14 anos de experiência em canoagem.
Já “remei” em incontáveis rios em mais
de vinte estados dos Estados Unidos,
assim como em mais sete países. Posso dizer com convicção que o trecho do
Rio do Braço do Norte entre a Varginha
e o centro da cidade é um dos melhores
eu conheço. Ele tem água clara, natureza exuberante e corredeiras incríveis.
Meus parceiros de canoagem gostaram
tanto do seu rio que pretendem voltar
ao Brasil no ano que vem para uma
nova descida.
Entretanto, esse plano tem um grande problema. Pelo menos, é o que eu
ouvi dizer: com a PCH Santa Rosa de
Lima o rio vai secar para sempre. No
futuro, não haverá água suficiente na
calha do rio para fazer flutuar botes,
canoas, rafts e caiaques. No mês passado, já senti na pele esse quadro. Voltei
a Santa Rosa de Lima para mais uma
vez descer o rio Braço do Norte. E fiquei
triste quando vi, ali no Quedas d’água, a
barragem quase completa e o desmatamento nas margens. Só pude pensar:
talvez esta seja a minha última viagem
para Santa Rosa de Lima e para desfrutar deste rio tão maravilhoso.
Depois, eu refleti melhor: não precisa
ser assim. Temos outras opções, outras
possibilidades. Os exemplos são muitos, tanto nos Estados Unidos, quanto
aqui no Brasil. Há várias lições de que é
possível usuários do rio e empresas geradoras de energia compartilhá-lo, usálo em comum. Um caso mais próximo
é o do Rio das Antas, no Rio Grande do
Sul. Nele, usuários do rio, empresas de
rafting, caiaquistas, pescadores, e todas
as pessoas na indústria de turismo têm
alguns dias por mês para desfrutar daquele recurso natural que é de todos.
Para isso, há um acordo com a empresa
de energia.
Seria muito bom e justo seguirmos
esse modelo de compartilhamento. Seria ótimo podermos reafirmar que o rio
Braço do Norte também pertence ao
povo de Santa Rosa de Lima, que ele e
suas histórias não foram completamente apropriados por empresários do setor energético. Que o rio continua a ser
importante para a indústria turística da
região. Que ele continuará sendo uma
referência para as próximas gerações.
Se os dirigentes da PCH Santa Rosa
de Lima, os responsáveis pela administração municipal e alguns moradores
têm alguma dúvida sobre o potencial
do Rio Braço do Norte, sintam-se convidados para o Festival rafting, nos dia
24 e 25 de agosto. Vamos descer juntos o rio Braço do Norte, mostrando
que o turismo e os rios são importantes
para a nossa vida e para o nosso futuro.
Queremos um acordo, um meio termo.
Pedimos, simplesmente, para compartilhar o rio depois que a PCH Santa Rosa
de Lima estiver funcionando. Dois finais
de semana por mês. Seis horas no sábado e seis horas no domingo. Ou seja,
que o rio corra livre 24 horas por mês.
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Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Meine Meinung Minha Opinião
Wilson Feijão Schmidt
Você leitor tem o seu epaço
de expressão direta com nosso
jornal. Envie seus comentários.
Email: [email protected]
Parabéns pelo brilhante artigo “Minha
vida de estudante” assinado por Solange Roecker. (Estudantina, Canal SRL Nº 03). Fiquei
muito emocionada ao ler essa história de
vida. Inclusive, lágrimas me vieram aos olhos.
Conheço a Solange há muitos anos e sempre
converso com ela. Às vezes ela passa correndo aqui na farmácia dizendo que tem mil e
uma coisas para resolver. Mas, sinceramente, nunca pensei que ela já tivesse passado
por todas as experiências que relatou. A sua
trajetória de vida é um verdadeiro exemplo
de luta, coragem e persistência. E como dizia
José de Alencar, “o sucesso nasce do querer,
da determinação e persistência em se chegar
a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo,
quem busca e vence obstáculos, no mínimo
fará coisas admiráveis.”
Suziane Baumann – Farmacêutica - SRL
Mais recursos
externos captados
em 2012 chegam
a SRL
Corrupção; “os gritos
por justiça continuam ainda hoje”
Depois das grandes manifestações de rua pelo Brasil, a Confederação Nacional
da Indústria e o Ibope realizaram uma pesquisa na qual perguntaram aos entrevistados sobre as razões que os levariam a novos movimentos de protesto. A primeira
resposta foi por maiores investimentos em saúde (43%) e, logo em seguida, “contra
a corrupção”, com 35%. Os cidadãos pesquisados em Santa Catarina indicaram
números parecidos para os três maiores problemas do estado; o principal continua
sendo a saúde, com 68%, na segunda colocação está a educação com 38%, seguida da corrupção com 29%.
Por que a corrupção ganha tanto
destaque? Alguns dizem que a luta
contra a corrupção é sempre uma
bandeira das elites, apenas para
deixar tudo como está. Outros afirmam que é um lema da classe média que não entende ou evita tratar
das grandes injustiças da sociedade
brasileira, especialmente o abismo
existente entre ricos e pobres.
Não se pode deixar de considerar, contudo, que como afirma a jornalista Eliane Catanhêde “muitos políticos jogaram a imagem pela janela
por pequenas grandes coisas que
revelam ganância, vaidade e desrespeito à barreira entre o público e o
privado”. Ela completa que essa postura indecente é “fruto da sensação
de impunidade, da cultura de levar
vantagem em tudo e da síndrome
dos políticos no poder: acreditar
que a casa é minha”. Ou seja, que se
ganharam uma eleição – e para eles
não importa como – podem fazer
dos poderes executivo e legislativo
e do dinheiro e dos bens públicos o
que bem entenderem.
Recentemente, causaram nojo as
informações de governador que usa
o helicóptero do governo para que
levem seu cachorro à casa de sítio;
ou de senadores e deputados que
usam aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para participar de casamentos ou para assistir partidas de
futebol.
Vai de cima até embaixo
Nos pequenos municípios, é claro, a escala é outra. Mas não é difícil
constatar o uso indevido de diárias
e de carros públicos. Ou a utilização
de verbas de gasolina das câmaras
de vereadores ou das prefeituras
para abastecer carros particulares.
Há ainda aqueles que mesmo tendo
uma renda familiar significativa, por
serem base dos governos, consigam
contornar os critérios estabelecidos
pela assistência social e não compram mais remédios para si e para
seus familiares. Tudo é pago pela administração municipal ou pelo fundo
municipal de saúde. É claro que esse
dinheiro vai fazer falta em outro lugar, por exemplo, para pagar o piso
dos professores.
E ainda existem as “caixinhas”.
Aí o problema não está apenas nos
políticos, mas também nos empresários, que agem como corruptores,
ao realizarem pressões e oferecerem propinas para obter vantagens,
normalmente passando por cima
das leis e dos interesses dos cidadãos. Muitas dessas transferências
são feitas em períodos eleitorais e
o retorno vem depois, ao longo do
mandato, seja com reajustes e aditivos de contratos, aumentando o valor pago pelas prefeituras, seja com
a criação de outras facilidades.
E há também o maldito “por fora”,
ou seja, as comissões em atos de
compra. Administradores escolhem
e pagam fornecedores com dinheiro
público se, e somente se, houver um
retorno previamente acertado para
o bolso particular. As taxas variam
conforme a sem-vergonhice dos políticos e dos comerciantes. As formas
de burlar as contabilidades e fiscalizações também são diversas.
Reflexão e ação
Na visita ao Brasil, o Papa Francisco citou um trecho do profeta
Amós para criticar a corrupção: “Eles
vendem o justo por dinheiro, o indigente por um par de sandálias; esmagam a cabeça dos fracos no pó
da terra e tornam a vida dos oprimidos impossível”. E concluiu: “Os gritos de justiça continuam ainda hoje”.
É preciso refletir sobre essas palavras. E seria possível acrescentar: e
os nossos corruptos fazem tudo isso
como se estivessem fazendo favores
aos que precisam e como se “a casa”
fosse mesmo deles.
Por tudo isso, é preciso fortalecer
o controle sobre as administrações
dos poderes executivo e legislativo
nos municípios. É indispensável cobrar transparência e a disponibilização de informações a todo cidadão.
E que esses dados sejam apresentados de uma forma acessível, que
possa ser entendida por todos. Isso
inclui todas as compras, todas as
vendas ou leilões, todas as obras
contratadas pelas administrações
municipais, seus custos efetivos e
suas prestações de conta reais.
EDUCAÇÃO
Obras da quadra poliesportiva coberta.
Mais um projeto anunciado em 2012 teve o
início da sua realização. Uma emenda parlamentar do deputado federal João Pizzolatti no valor
de cerca de 195 mil reais visou a reparar a comunidade do Rio Bravo Alto que tinha visto o seu
ginásio simplesmente desabar. O valor total da
obra é de R$ 213. 643,49 e o restante será assegurado por contrapartida do município.
A vereadora Edna Bonetti vistoriou as obras
no dia 24 de julho, quando estavam sendo realizados trabalhos de estaqueamento pela empresa Base Firme.
“Trânsito: conhecer e saber conviver” foi
tema de palestra realizada no Aldo Câmara
Atendendo solicitação da diretora Eliete May da Rosa e do Conseg
Amigos da Paz de Santa Rosa de
Lima, a Polícia Militar designou o soldado Ronaldo Michels para ministrar uma palestra a estudantes da
EEB Professor Aldo Câmara. Foram
abordados assuntos como condução de veículo automotor sem a devida habilitação; entrega de veículo
à pessoas não habilitadas; embriagues ao volante e lei seca; infrações
penais e administrativas; cuidados
básicos que devem ser tomados
por motoristas, passageiros, ciclis-
tas, motociclistas, pedestre, entre
outros.
O soldado Michels tem formação
em Educação para o Trânsito pela
Secretaria Nacional de Segurança
(SENASP) e desenvolve este trabalho em diversas escolas da região.
Segundo ele a polícia militar busca,
sobretudo, promover a prevenção.
Preocupa na região o crescimento
do número de vitimados por acidentes de trânsito, principalmente
em Braço do Norte. “As estatísticas
daquele município indicam um número maior de acidentes do que
cidades como Tubarão, Laguna e
Imbituba. Embora Santa Rosa de
Lima tenha uma frota reduzida de
veículos e o numero de acidentes
seja pequeno, sempre é importante
conscientizar os jovens. Nossa meta
mais importante é preservar vidas”.
A palestra foi proferida para
alunos do nono ano e de todas as
séries do ensino médio do período
matutino. Em breve outras palestras
serão realizadas, desta vez para os
alunos do período noturno e para
os pais de estudantes.
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Vitrine CDL/NDL
Comunidade NOVA ESPERANÇA
Anitápolis / Santa Rosa de Lima
Dia dos Pais
Comércio espera o pior resultado dos últimos três anos.
A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas - CNDL e o Sistema
de Proteção ao Crédito – SPC acreditam que a baixa empregabilidade e a
queda da renda real do consumidor
devem ser as grandes responsáveis
pela desaceleração do setor.
As vendas a prazo do comércio
brasileiro na semana que antecede
o Dia dos Pais devem passar por
uma desaceleração e crescer 4%
em relação ao ano passado. Nos
anos anteriores, as expansões foram de 4,75% (2012); 6,86% (2011)
e 10% (2010), segundo dados SPC e
da CNDL. Se as expectativas se confirmarem, será o pior resultado dos
últimos três anos.
Na avaliação do presidente da
CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o varejo este ano não conta com fatores
macroeconômicos que ajudavam a
aquecer o setor no passado, como
os altos índices de empregabilida-
de e a larga oferta de crédito a juros baixos. “O cenário econômico é
desfavorável. A inflação e a alta dos
juros inibem o poder de compra do
brasileiro. Prova disso é a queda de
praticamente todos os índices de
confiança do consumidor”, diz Pellizzaro. Além disso, na avaliação dos lojistas, o ato de presentear no Dia dos
Pais representa uma homenagem e
não tem o mesmo apelo emocional
de datas como o Dia das Mães ou o
Natal, quando há um compromisso
do consumidor com gastos maiores.
Fonte: Assessoria de Imprensa da
CNDL.
Itens do vestuário são os preferidos para presentear os pais
Se depender da vontade da maioria dos consumidores, o presente do
Dia dos Pais vai ser uma peça do
vestuário, comprada em lojas de rua
e paga à vista, em dinheiro. Os dados fazem parte da pesquisa Mapa/
FCDL/SC que apurou as preferên-
Janqueline Tonn
cias nas compras para a data de 504
entrevistados nos 20 municípios de
maior Índice de Potencial de Consumo (IPC) em Santa Catarina. Este
grupo de cidades concentra 3,3 milhões de pessoas, ou seja, 51,6% da
população catarinense. De acordo
com o levantamento, itens do vestuário são os preferidos de 50,4%
dos pesquisados, seguidos por perfumaria e cosméticos (29,2%), livros,
CD, DVD, jogos e games (18,7%) e
eletroeletrônicos (13,7%). Com relação ao número de presentes, 57,3%
dos entrevistados pretendem dar
apenas um, 28,4% dois, e 8,8% têm
a intenção de comprar até três presentes. O tíquete médio (valor gasto
com presentes) apurado foi de R$
201,00, o que representa um aumento de 9,7% sobre os R$ 183,20
de 2012.
Entre os produtos mais procurados estão os itens de vestuário, calçados, perfumes, bebidas e artigos
eletrônicos. Fonte: Palavracom.
Nosso Chão
Luiz Schmidt
Conselho Monetário Nacional altera normas para a emissão da DAP
O Conselho Monetário Nacional determinou que o Manual Crédito Rural passe a vigorar com mudanças quanto à análise de emissão de Declarações de
Aptidão ao Pronaf (DAP). Isso aconteceu em 18 de Junho de 2013, por meio da
Resolução n° 4.228. A DAP é utilizada como instrumento de identificação do agricultor familiar para acessar políticas públicas e é um documento obrigatório para
financiamentos no âmbito do Programa nacional de agricultura familiar – Pronaf.
Quem pode obter uma
DAP
Agricultores familiares
que explorem a terra na
condição de proprietário,
posseiro,
arrendatário,
comodatário,
parceiro,
concessionário do Programa Nacional de Reforma
Agrária (PNRA), ou permissionário de áreas públicas.
A grande novidade
para os agricultores familiares com a Resolução de
julho último é que agora
para obter a DAP é necessária a comprovação de
que, no mínimo, 50% da
renda bruta familiar seja
originada da exploração
agropecuária e não agropecuária (como o agroturismo) realizada dentro
da propriedade. Antes da
resolução, esta participação mínima tinha que ser
de 70%. É preciso também
demonstrar que predomina o trabalho familiar.
Os agricultores familiares
que utilizam mão de obra
de terceiros de acordo
com as exigências sazonais da atividade e que
mantenham empregados
permanentes,
também
podem ser enquadrados
e receber a DAP. Mas o
número de trabalhadores
tem que ser menor do que
o número de pessoas da
família.
Exista, da mesma forma, um limite para a renda bruta familiar, que é
calculada
considerando
os últimos 12 meses de
produção normal que antecedem a solicitação da
DAP. Esse “teto” é de R$
360.000,00 (trezentos e
sessenta mil). Para chegar
ao valor da renda bruta familiar deve se somar 100%
11
do Valor Bruto de Produção (VBP), 100% do valor
da receita recebida de entidade integradora e das
demais rendas provenientes de atividades desenvolvidas no estabelecimento
e fora dele, recebida por
qualquer componente familiar. Ficam excluídos da
soma somente os benefícios sociais e os proventos
previdenciários decorrentes de atividades rurais.
Três alertas importantes feitos pela Corregedoria Geral da União
O primeiro é que a
DAP deve ser fornecida
gratuitamente e nenhuma
forma de retribuição pode
ser exigida dos agricultores familiares pelas entidades emissoras, nem pelos
seus dirigentes. Emitir DAP
não é favor! Exigências de
filiação ou de pagamento
de anuidades atrasadas,
no caso dos sindicatos,
são
terminantemente
proibidas e devem ser denunciadas.
O segundo alerta é que
a DAP serve para garantir
que os recursos de crédito do Pronaf, que são de
controle público, não sejam acessados por pessoas que não se enquadram
nas normas do programa,
tirando a chance de quem
realmente deveria receber
o crédito.
O terceiro é que acontecendo irregularidades
no fornecimento de DAP a
quem não atende às normas do Pronaf, do Conselho Monetário Nacional e
do Manual de Crédito Rural, qualquer cidadão deve
denunciar.
Era uma vez... uma escolinha
É muito bom morar na Nova Esperança, uma
comunidade que sempre foi humilde e pequena,
mas muito acolhedora. Até há alguns anos, nossa
referência era a nossa escola. Nela, foram muitas
diversões e brincadeiras, que compartilhávamos interagindo com todos. Nosso professor era um importante membro da comunidade. Hoje, ele já não
mora mais aqui, mas o nosso querido José Pacheco
continua sendo muito bem visto por todos. Nós o
chamávamos de Tio Zeca e ele sempre foi competente e dedicado ao que fazia. Apoiava seus alunos
e demonstrava, a cada dia, ser muito preocupado
com o nosso futuro.
Não havia muitos recursos didáticos à disposição do Tio Zeca e de nós, seus alunos, mas éramos
muitos felizes, porque nossa escola estava, ali, bem
pertinho de nós e porque nossa vontade de aprender só aumentava.
O tempo foi passando e as dificuldades foram
se tornando cada vez maiores. Veio, então, a ideia
de fechar as “escolinhas” multisseriadas do interior.
A proposta era que fossemos todos estudar na
“praça”. Na época, muitos pais não queriam aceitar essa proposta. Outros já pensavam que seria
melhor para a gente ser deslocado até o centro
para estudar. Acreditamos que pouco se pensou
no desgaste que os alunos teriam. A alternativa da
“nucleação”, como foi chamado o processo, foi finalmente aceita pela comunidade e, assim, fecharamse as portas de nossa tão querida e aconchegante
“escolinha”.
Saudades e orgulho
Com o passar do tempo, o imóvel onde tínhamos estudado foi caindo no esquecimento. Então,
veio a ideia: reformá-lo para ser transformado na
nossa igreja, pois a comunidade não possuía uma.
Os cultos eram feitos, todos, no salão.
Foi a única forma que encontramos para valorizar o que consideramos muito importante para
os habitantes aqui da Nova Esperança. Sempre trabalhamos em conjunto, pois um povo unido nunca
será esquecido. E nosso esforço é em prol da comunidade, nunca contra ela. Perdemos nossa escola, mas conquistamos outras coisas. E sabemos
valorizar muito bem aquilo que obtemos. Os jovens
que estudaram na Nova Esperança, tanto os que
aqui permaneceram quanto os que acabaram indo
embora atrás de ofertas de emprego, têm muitas
saudades dos velhos tempos e de sua escolinha. E
sentem orgulho da educação que nela tiveram.
Antiga escola transformada em Igreja. Foto: Jaqueline
Tonn
12
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Patrimônio Santarosalimense
É, eu sou Colono... Com muito orgulho! Com muito amor!
A adaptação da música de torcida, que se ouve nos estádios de
futebol do Brasil, poderia ser cantada pelos agricultores santarosalimenses. Perguntados sobre o que eles são, quase todos se dizem
agricultores ou colonos; colonos ou agricultores. “É a mesma coisa.
Colono é quem trabalha na roça! E eu tenho orgulho de ser colono!”,
afirmaram os entrevistados. Um deles completou: “me criei nisso e
é o que eu sei fazer”.
Santa Rosa de Lima tem a marca da
agricultura familiar colonial. Nossos bisavós e avós quando aqui chegaram, derrubaram a mata e começaram a plantar
um pouco de tudo. Cultivavam todas as
plantas que podiam, para garantir comida
à mesa. E também criavam vários animais,
para assegurar a proteína. Faziam o que os
técnicos chamam de policultura e criação
animal diversificada. E usando apenas a
mão de obra da família. Primeiro era só o
casal. Depois, com os filhos e filhas crescendo, tinha reforço. Até que “as crianças”
fossem, elas mesmas, constituir suas próprias famílias. Assim se deu a reprodução
da agricultura familiar em nosso município.
E por que colono? Em Santa Catarina,
boa parte das terras agrícolas foi loteada
por companhias colonizadoras, para ser
vendida aos imigrantes europeus ou a
seus descendentes. Essas empresas chamaram os lotes que demarcaram de “uma
colônia de terra”. E, depois, aquele que trabalhava na sua colônia se disse “colono”.
E o lugar onde viviam passaram a chamar
de colônia. “Moro na colônia, sou colono,
trabalho na roça...” era a forma como nossos ancestrais diziam de onde eram, o que
eram e o que faziam. Por isso, hoje, se fala
de uma agricultura colonial, de um produto colonial, de um almoço ou café colonial
e, até, de quartos coloniais. E esse adjetivo
está associado, por quem nos visita, a boa
qualidade, a coisa feita com cuidado e carinho, com tradição e, é claro, com agricultura familiar.
Estamos terminando o “mês do colono”. O dia 25 de julho aparece no calendário como dia do agricultor. Na região
das Encostas da Serra Geral, é o “dia do
colono”. Para homenageá-lo, o Canal SRL
entrevistou quatro famílias de gerações diferentes. Iniciamos as histórias delas pelos
casamentos, momentos em que uma nova
família de colonos procura se estabelecer
para “fazer a vida”. “Aí nós casamos e começamos a trabalhar pra nós”, foi uma expressão usada pelos entrevistados.
A escolha da sessão do jornal é óbvia.
Afinal, eles são o maior patrimônio de San-
ta Rosa de Lima. As histórias e o saber-fazer que os colonos acumularam são a boa
herança que precisamos valorizar e transmitir a nossos filhos, netos e bisnetos. Para
isso, acima de tudo, os colonos precisam
ser respeitados todos os dias. Não é suficiente fazer uma festinha ou um festão no
dia do colono. É indispensável vê-los como
cidadãos santarosalimenses a cada dia do
ano, em cada ação pública, em cada gesto. É esse respeito que eles conquistaram
por ter construído, com seu trabalho e sua
produção, o nosso município. É tal consideração que eles merecem e que vai dar
condições para que eles participem ativa
e efetivamente da concepção do nosso futuro. Não é demais lembrar que umas das
palavras que os colonos mais associam à
vantagem de ser o que são é “liberdade”.
Eles dizem que gostam de ser colonos
porque, nesta condição, ninguém manda
neles.
As práticas de todos deveriam levar
isso mais em consideração.
Jovens colonos, com metas claras
para o futuro e com perfil no facebook
Difícil é se a gente está fazendo o que não gosta, o que não
quer fazer. Daí, tudo fica difícil. Agora, se a gente faz o que a gente
gosta, aí se supera as dificuldades. E eu gosto e sempre gostei do
que faço. Aqui nasci e aqui e pretendo ficar.
A cerimônia foi em 2007. Depois do namoro que começou
em uma festa na comunidade
de Rio do Bugres, Cristiano Bloemer casou com Marina Boeing,
que também passou a ser Bloemer. Hoje, o casal com, respectivamente, 26 e 29 anos, já tem o
Willian como possível sucessor.
Sucessão que Cristiano assegurou muito precocemente,
considerada a maioria das propriedades do município. Com o
falecimento da mãe, as terras
de praticamente 27 hectares
ficaram para ele, que tinha, então, apenas nove anos. A família
decidiu que cabia ao mais jovem
ficar com a terra e cuidar do pai,
Lauro Evaldo Bloemer.
Quando Cristiano casou,
Seu Lauro achou melhor passar
a direção para o filho e a nora.
Os jovens tocariam a propriedade e, tiradas as despesas, o
ganho seria dividido pelos três.
Uma associação que se mostrou
vantajosa para todas as partes,
porque desde lá, foram melhorando e investindo. Cristiano fez
curso de inseminador artificial e
participam de muitas palestras.
Passaram a praticar o controle
leiteiro e um programa de gestão, que os levou a obter uma
das melhores produtividades na
pecuária leiteira do município. O
pastoreio racional Voisin (pique-
tes) já vinha sendo executado
na propriedade desde janeiro
2002, apenas seis meses depois
dos pioneiros no município. Ou
seja, cinco anos antes de assumirem o leme Cristiano e a esposa Marina que, destaque-se,
também vinha de uma família de
produtores de leite.
Durante a conversa, o casal
demonstra muita harmonia. Marina, que participou ativamente
da entrevista, diz que também
toma parte das decisões de investimento. Ela explica: “Aqui,
todo mundo manda e a gente
chega a um acordo. Para investir é só conosco. O seu Lauro
diz que não quer mais saber de
Cristiano e Marina.
investir e não participa dessas
decisões”. Sobre a divisão das
tarefas, também é Marina quem
descreve: “o serviço é apertado
e onde tiver serviço a gente vai.
A gente se ajuda em tudo. Se
um precisa ir pra lá, vai pra lá.
Se um tá precisando aqui, vai
aqui. Onde tem serviço a gente
vai. Não tem um serviço certinho
pra cada um.” E Cristiano acrescenta: “difícil é se a gente está
fazendo o que não gosta, o que
não quer fazer. Daí, tudo fica difícil. Agora, se a gente faz o que
a gente gosta, aí se supera as dificuldades. E eu gosto e sempre
gostei do que faço. Aqui nasci e
aqui e pretendo ficar.” E Marina
conclui: “é só a gente conseguir
botar o pão de cada dia à mesa
que a gente dá um jeito. Só tem
que cuidar com o sol. Agricultora, com sol forte, tem que botar
o “chapeuzão” para se proteger
e poder trabalhar. O chapéu é
para proteger, para evitar problemas de pele. Agora, é chapéu
e protetor solar...”
E a vida do colono de hoje é
só trabalho?
Inicialmente, destacam que o
trabalho do colono hoje é muito
mais fácil do que no tempo dos
pais e dos avós. Para eles, o principal responsável pelo trabalho
menos penoso é a “tecnologia”
O jovem casal com seu filho Willian e o Seu Lauro Bloemer.
(trator, equipamentos e insumos) e a produtividade dela resultante.
O casal diz que o lazer são
as festas de comunidade, os
passeios, geralmente para visitar parentes, e a participação na
organização da comunidade em
que vivem. Atualmente, Cristiano
é o tesoureiro da Caep da Nova
Fátima. Os dois dizem quase
fazendo coro: “não tem sentido
ficar isolado. Tem que ter uma
amizade com os outros. Não tem
graça ficar sozinho”. Mas isso
ocorre nos finais de semana. De
segunda à sexta, em casa, à noite, o programa é ver um pouco
de TV e “mexer no computador”,
para ler notícias, jogar videogame ou entrar nas redes sociais.
Cristiano tem um perfil atualizado no facebook, no qual mostra
sua paixão pelo Palmeiras, seu
desempenho em alguns videogames e seu posicionamento
em relação a questões ligadas
ao país e à agricultura.
Na entrevista, com relação
às condições para ser colono,
afirmam que do jeito que está,
não tem muito do que reclamar.
Julgam que o acesso ao crédito
está até fácil demais. E ponderam: “Para alguns, essa facilida-
de é um problema, porque tem
quem invista em coisa que não
tem retorno e acaba ficando...
Vendedor, toda hora aparece...
e se cair na bobagem... Porque
como tem financiamento à vontade, eles tentam te empurrar
de goela abaixo. Mas depois
tem que pagar. Não adianta só
botar a culpa nos políticos, o
próprio agricultor tem que saber administrar”. Perguntados
se não há nada que se possa
fazer para melhorar a situação
do agricultor familiar, eles dizem
que sentem falta de uma organização dos próprios colonos que
possibilitasse comprar insumos
com um melhor preço. Cristiano considera que “de um colono
pro outro, é difícil de se ir conversar... Mas se viesse alguém
para motivar o pessoal para se
organizar melhor, seria uma coisa boa”.
E quais seriam os sonhos
desse casal tão “pé no chão”?
A resposta é ao mesmo tempo
surpreendente e evidente: “Temos metas que queremos atingir. Vamos trabalhar pra ir pra
frente, para ter maior produção
e maior rendimento. Vamos ampliar um pouco o rebanho e bastante produtividade”.
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
13
segue
Continuamos colonos iguais,
mas melhoramos de vida
Quando solteiro, Adenei da Silva
“ajudava” o pai no plantio de fumo.
Aos vinte anos, ele e Ivonete Boing
se casaram (os dois têm apenas
dois meses de diferença na idade)
e a renda era pouca para a nova
vida e para os planos dos dois.
Foram embora para o Pinheral (Braço
do Norte), onde trabalharam como empregados por dois anos e meio. Adenei
com suínos e Ivonete com vacas de leite.
Como eles lembram, “dava dinheiro”, mas
“eram mandados”, tinham que fazer tudo
como os patrões ordenavam. Quase num
jogral, eles se completam: “Aqui a gente
pode até passar mais trabalho , só que o
que nós fazemos, nós fazemos para nós.
Se estamos plantando um pé de fruta,
estamos plantando no que é nosso. O colono é assim. O que tu plantar no que é
teu, é teu. Amanhã ou depois, tu colhes.
O que tu fazes, o que tu gastas encima da
tua propriedade é pra ti. Aqui tem muita
coisa pra fazer ainda, mas dá pra ir fazendo aos poucos”.
O aqui é uma área de 19,2 hectares,
no Rio do Meio, que eles financiaram pelo
projeto “Banco da Terra”, há treze anos.
Mesmo com os “apuros” enfrentados em
alguns momentos para pagar as prestações da terra, nunca se arrependeram de
ter voltado. Neste momento, estão até
mais aliviados, porque conseguiram renegociar essa dívida, estão “em dia” com
ela e ainda vão conseguir uma baixa nos
juros.
O começo
Quando começaram a vida de colonos não tinham nenhuma capacidade de
investimento. Dizem que não queriam,
mas quase se obrigaram a plantar fumo,
a botar uma estufa, porque “a firma” oferecia a possibilidade de investir. E plantaram fumo por nove anos. Contudo, seja
por produções baixas em alguns anos,
seja por classificações desfavoráveis em
outros, mal conseguiam sobreviver na
propriedade. “Nós fazíamos uma lavoura
de fumo e no final do ano não conseguíamos pagar nem a prestação da estufa e
para sobreviver até a safra seguinte tínhamos que comprar no mercado a prazo e
com juros altos. E assim a gente ia cada
vez mais acumulando dívidas”, descreve
Adenei. Decidiram que não plantariam
mais em uma safra que, segundo eles, a
firma classificou tão mal o fumo que produziram que “não dava mesmo para continuar”. “Aí, eu decidi que não iria plantar
mais. E não tinha quem teimasse comigo.
Eu disse e cumpri: não vou plantar mais e
tá acabado”.
A esse respeito, o casal avalia criticamente uma posição muito frequente entre os colonos. “A gente começa a plantar
uma coisa e acha que não vai sobreviver
de outra. Isso é a pior coisa que se bota
na cabeça. Quando plantava fumo, achava que não poderia sobreviver sem ele. A
gente achava que era obrigado a plantar
porque não tinha outro meio de viver. Ao
final de uma safra, não sobrava grandes
coisas pra nós e nós pensávamos: nós
não vamos plantar mais. Mas depois
achávamos que não iríamos sobreviver
sem plantar fumo”, lembram Ivonete e o
marido. Todavia, avaliam que depois que
pararam de plantar fumo e passaram
para “a vaca de leite e o frango orgânico” perceberam uma grande melhoria
de vida. Estão conseguindo equilibrar as
finanças, mesmo ainda tendo que pagar
prestações do tempo que plantavam
fumo. E julgam que o trabalho é muito
Anderson, Samara, Adenei, Michael e Ivonete.
mais tranquilo. “O aviário dá bastante serviço, mas é um serviço leve. O leite tem
alguns serviços pesados, como fazer silagem, mas muitos dias o trabalho é leve.
“E a gente enjoava muito com o fumo [o
“porre” ou doença do tabaco verde]. Teve
um ano que fui parar no hospital. Quando era solteiro, também tive uma intoxicação com agrotóxico” relembra Adenei.
E ele conclui: “Acho que, agora, continuamos colonos iguais, mas melhoramos de
vida”.
Os filhos e a continuidade
Com relação aos filhos Anderson, 16
anos, Samara da Silva, 11, e Michael, 7, o
casal tem duas perspectivas diferentes.
Anderson afirma gostar da agricultura,
quer ficar na propriedade, mas deseja
ter uma renda dele. Senão, pretende sair
para ter um emprego e salário. Depois de
muitas conversas, a família decidiu “botar
mais um aviário” para que o filho tenha
a metade da renda. E Anderson “topou”!
Para a proposta, Adenei ponderou a importância do trabalho do filho, mesmo
que em meio período, porque Ivonete
tem um problema de saúde (coração) e
ele analisa: “Nós não tivemos essa chance, mas acho que ele está certo. Ele tem
que começar a vida dele devagarzinho. Se
ele cuidar, trabalhar e constatar que tem
retorno, mesmo que de pouco a pouco,
ele vai se interessar mais”. Já a filha Samara diz que não vai ficar “na roça”, que
não gosta “de roça” e que quer estudar
e “sair da propriedade pra trabalhar pra
ela”. A esse respeito, os pais dizem orgulhosos que todos os filhos estão bem na
escola e que irão “pelo menos concluir o
ensino médio” e que respeitam a posição
de Samara.
Voltando ao perfil do colono, a família Silva planta “de tudo um pouquinho”:
feijão, batatinha, batata doce, aipim, verduras, alho, cebola. Também produzem
a carne e a banha que consomem. Da
comida, dizem que dão conta. Só compram trigo, arroz, açúcar, sal e as “miudezas”. Isso é ser colono, segundo eles.
E há, ainda, a liberdade: “tu sais na hora
que queres. Voltas na hora que queres.
Os teus compromisso é tu que indicas.
É uma vida que tu levas tranquilo numa
propriedade, assim no interior”. Coerente com essa perspectiva ele fala de suas
expectativas e de seus sonhos. Daqui a
cinco anos você vai nos encontrar “no
mesmo lugarzinho e um pouco melhor”
e meu sonho é “trabalhar com gado de
leite, criar frango e viver tranquilo no meu
cantinho”.
Um casal “colono-agricultor”
e fumicultor
“A vantagem de ser colono é que na hora em que tu estás dentro do que é teu, tu trabalhas do teu jeito. Não tem ninguém pra te
atrapalhar ou mandar”
Omério Gonçalves e Nilza Oenning
se uniram em matrimônio há vinte e um
anos. “Quando casamos, perguntaram se
era comunhão ou separação de bens e
dissemos: põe em comunhão porque
ninguém tem nada mesmo (risos). Se separássemos, só saía cada um com a sua
roupa”, ela relembra sorrindo. Hoje, aos
46 e 43 anos, respectivamente, Omério e
Nilza se orgulham de ter construído, com
muito trabalho, um belo patrimônio e um
exemplo de vida e honestidade para os
filhos Mayara (20 anos), John Leno (18) e
Maicon (17).
A trajetória
Nos dois primeiros anos de vida de
“colono-agricultor”, como eles dizem, moraram e trabalharam no fumo, “à meia”,
com o pai de Omério. No ano seguinte,
fizeram uma safra boa, “na porcentagem”, na propriedade “de uma família
muito boa”. E, depois, mais três safras
em outra propriedade, essas, “na base da
meia”. Procurando fugir do pagamento
“da renda” compraram “um terreninho,
no valor de uma moto zero”, no Rio dos
Índios. Como essa terra “era muito pequena para trabalhar”, Omério precisou
manter suas atividades no Rio do Meio.
“Eu fiquei um ano ‘de a pé’, trabalhando
lá aqui, andando três quilômetros pra ir e
três pra voltar. Ia de manhã e voltava de
noite”, ele recorda, para mostrar que “naquele tempo as coisas eram bem mais difíceis”. Em seguida, o casal adquiriu uma
área pelo programa “Banco da terra”, mas
dizem que era um terreno difícil, porque
O caçula Maicon com seus pais Nilza e Omério.
“era tudo mais mato”. Finalmente, “há uns
quinze anos”, compraram a área de 14
hectares onde vivem atualmente e onde
pretendem continuar. Omério calcula:
são 28 anos trabalhando com fumo. Afinal, trabalha desde os 18 anos com essa
cultura. Quando solteiro, “ajudava” o pai,
depois, como colono, sempre continuou
na atividade. Ele considera que, também
na produção, o tabaco é uma espécie de
vício: “o fumo, na verdade, se tu começas
a plantar um ano e dá boa produção, tu
vicias. Tu começas a fazer aquilo ali. Tu
gostas e dá resultado. Aí, continua...”
O peso da lida, a união e as conquistas
Perguntado sobre o trabalho penoso
e o uso de agrotóxicos na cultura do tabaco, o casal relativiza, dizendo
segue
14
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
segue
Patrimônio Santarosalimense
que as coisas melhoraram muito ao longo do tempo. “Nosso uso de agrotóxicos
sempre foi só no fumo. E [esse uso] foi
baixando, baixando. Antes era de quinze
em quinze dias. Hoje, não! Diminuiu uma
barbaridade. O trabalho também é bem
melhor. No começo, as ferramentas principais eram machado, foice e enxada. Depois, o boi era o principal. Hoje, nem uso
mais boi, porque o trator faz tudo o que o
boi fazia. No começo, a gente era fraco e
não tinha dinheiro pra contratar camarada. Aí tinha que trabalhar até meia noite.
E não tinha o apito que tem hoje, pra chamar a gente [para manter a temperatura
no interior da estufa]... O cara levantava,
assim, que parecia um zumbi”, descreve
Omério. E Nilza completa: “Tinha que colher fumo até de noitezinha. Aí, tinha que
ir pra casa dar banho e de comer pras
três crianças, botava eles na cama pra
dormir e voltava pra amarrar fumo. Ficava
até meia noite. Só então tomava banho,
jantava e ia pra cama. De madrugada, já
tinha que levantar de novo. E pra carregar e descarregar a estufa nós dois sozinhos, quantas vezes...”
Questionados sobre o peso desse tra-
balho, Nilza destaca que isso fortaleceu o como colonos, o que vocês deixaram
relacionamento do casal: “o par, quando para os filhos? Nilza inicia respondendo:
casa, tem que ser unido e se ajudar. Por- “A gente fez deles boas pessoas. Nós
que, se não são os dois juntos a batalhar, sempre fomos justos para pagar as coisas e também estamos ensinando para
não se adquire nada”.
E Omério pondera: “só pra comer, os filhos que nunca fiquem devendo nada
um colono não precisa trabalhar tanto. pra ninguém. Eles são educados e demos
o estudo que eles quiMas se quiser adquirir
seram. Além disso, eles
alguma coisa, ter uma
o par, quando casa, tem não precisarão começar
boa casa, aí ele precisa trabalhar. Se quiser que ser unido e se ajudar. a vida do nada”. Omério
adquirir terra, tem que Porque, se não são os dois prossegue: “A educação
juntos a batalhar, não se é tudo. Ter filhos que
trabalhar”.
adquire nada”
obedecem a gente, que
entendem a gente e que
Ser colono
A pergunta se impôs: se é para traba- vão estar no caminho que a gente está...
lhar tanto, então qual a vantagem de ser Não sei se a gente está tão certo, mas é
colono? As respostas são rápidas e afir- mais ou menos por aí que nós achamos
mativas: “A vantagem de ser colono é que que eles devam ir...” Para Nilza concluir
na hora em que tu estás dentro do que sem rodeios: “Eu acho que nós estamos
é teu, tu trabalhas do teu jeito. Não tem certos! Nunca mexemos em nada que
ninguém pra te atrapalhar ou mandar”, era dos outros. Nunca roubamos. O que
replicou Omério. “Cada um é livre... se tu a gente tem, construiu mesmo. Eu penso
quiseres sair tu sais... Já se tu és emprega- que é preciso ensinar aos filhos que nundo, tu és mandado pelo patrão. Colono, ca se mexe em coisas dos outros e que
cada um é dono do seu nariz”, garante não se faça coisa ruim pra ninguém. Que
não desviem pelo caminho errado. E, no
Nilza.
Fizemos uma nova pergunta: Então, nosso caso, o Omério e eu, como pai e a
“
mãe, demos o exemplo pra eles”.
O presente e o futuro
Omério diz que sonhava “quando era
pequeno”, que um dos seus filhos iria
estudar. E diz com orgulho que a “mais
velha”, Mayara, está estudando Direito.
Nilza, visivelmente emocionada, afirma
que pretende ver a filha se formar, afinal
“ela está estudando muito, está gostando
e está passando”. Em relação aos rapazes, dizem que se um voltar (John Leno
trabalha atualmente em Rio Fortuna com
construção civil) e o outro permanecer
(Maicon conclui o ensino médio no próximo ano) e os dois quiserem plantar fumo,
irão passando pra eles. Nilza considera
que “daqui a um tempo, já serão os filhos
que estarão comandando a propriedade”. De qualquer forma, Omério dá a entender que daqui a dois ou três anos vai
abandonar o vício de plantar fumo. Quer
se dedicar mais às nogueiras pecans que
plantou e passar mais tempo dentro das
suas áreas de reflorestamento, apenas
vendo que os eucaliptos estão lá e crescendo. E o casal se sentindo mais tranquilo para dançar um pouco mais.
Uma história de trabalho para os filhos
“Na nossa época não tinha máquina. Era enxada, foice, picareta e cavadeira.
Estrada na propriedade, pra passar com cargueiro e carro de boi, a gente tinha
que abrir a muque. E éramos nós dois pra fazer...”
“O que eu mais gostei na minha
vida foi de cuidar dos filhos. Eu
sempre falava: vamos nos ajudar, vamos trabalhar, vamos
poupar e vamos caprichar para
depois ter o que dar para os filhos e para os netos”. Cinquenta
e seis anos depois, eles se consideram colonos bem sucedidos,
porque “trabalharam para os filhos” e cumpriram tal meta. São
eles que dizem que a alegria que
tiveram ao longo da vida foi “ter
saúde, poder trabalhar, criar os
filhos e colocar os filhos”.
Seu Roberto e Dona Hilda.
Roberto Assing, 83 anos, e
Hilda Buss Assing, 75 anos, têm
56 de casados e, de pois que estão juntos, sempre viveram na
mesma área, no Rio do Índios.
Eles contam “os muitos sacrifícios” que passaram quando
começaram a vida. “Tudo o que
você vê aqui, tudo o que foi feito aqui, foi nós dois juntos que
fizemos. Antes era tudo mato.
Quando ela chegou, vinda do
Rio Bravo Baixo, aqui só tinha
um paiolzinho e um pasto. Nós
casamos e fizemos a casa, quando já estávamos aqui”, conta Seu
Roberto. E detalha: “Fui tirar madeira do mato a boi. Levei pra
serraria pica-pau do Gregório
Oenning. E isso tudo era durante à noite. De manhã no clarear
do dia e à noite enquanto ainda
tinha algum claro. Durante o dia,
tinha que trabalhar na roça. Levei a madeira na marcenaria na
Santa Rosa e mandei plainar,
aprontar a madeira lá. Levava
uma carrada de madeira de noite e, de manhã, um dia depois,
trazia de volta”. Dona Hilda relembra como “pegava junto”:
“Depois que nós casamos, eu
acompanhava ele todo dia na
roça. Em tudo eu ajudava. Até
para topear tora com serrote.
Tirar madeira, fazer cerca, tudo.
Aqui, em redor de tudo, eu que
soquei os moirões. Ele fazia o
buraco, botava o moirão dentro
do buraco e eu socava, pra ficar
firme no chão. E depois, a esticar
o arame, tudo, tudo”.
Perguntados sobre o que os
motivava e quais eram os sonhos que tinham, eles falam em
dueto que era “trabalhar, pra ir
pra frente e pra comprar terra
para que os filhos tivessem onde
morar”. E Dona Hilda não poderia ser mais colona e maternal:
A produção, o consumo e o
dinheiro
Eles contam que quando iniciaram a vida de colonos, plantavam batata, mandioca, aipim,
e milho para engordar “porco
comum”. Naquela época, o que
se comercializava era o porco e
a banha. Além disso, só se vendia algumas dúzias de ovos e alguns quilos de manteiga. “O que
eu arrumei na vida foi do porco.
O meu pai trabalhava com isso
e eu aprendi com ele. E naquele
tempo se vendia bem o porco.
Depois, quando surgiu a soja,
aí caiu. Daí não adiantou mais
criar” relembra Seu Roberto.
Para “o gasto”, eles “plantavam de tudo”: “não é como hoje,
que só dependem do mercado.
A gente tirava tudo da roça. E fazia farinha, fazia açúcar e todas
essas coisas”. Para o casal, esta
é a grande vantagem de ser colono: “tirar da terra a comida que
come”.
Comparando com o passado,
dizem que “hoje se faz dinheiro
de qualquer coisinha”: “se tem
machuchu se vende, se tem la-
ranja, se vende, toda coisa se
vende...”. Há 50 anos era diferente. Por exemplo, não se vendia um boi: “se tinha um boi pra
matar, emprestava um pedaço
pra um, um pedaço pra outro.
Pra depois eles devolverem. Não
tinha comércio de vender gado”.
Em compensação, só compravam fora o sal e a querosene:
“era uma lata de querosene
pra volta do ano e um saco de
sal pra volta do ano. E a roupa.
Calçado pouco, porque a gente
andava descalço. Eu colhi milho
com geada, aquilo branco e a
gente descalço”.
As mudanças
Eles julgam que a maior mudança no campo foi passar a ter
“bastante estudo” (ele esteve na
escola até o segundo ano e ela,
até o quarto). Seu Roberto medita alto: “a educação aumentou
muito, mas eu não sei se ela é
muito aproveitada (risos). Porque com este negócio de tanto
estudo, quando esses velhos se
acabarem, eu não sei se não vai
faltar comida nas mesas. Porque da cidade ninguém virá pro
interior pra trabalhar na roça.
E hoje, no interior, só querem
estudo, só querem estudo... Na
roça, humm humm!... (fazendo
sinal de negativo) Só mesmo na
marra”.
Para o entrevistado, com as
máquinas, o trabalho dos colonos ficou mais fácil: “Na nossa
época não tinha máquina. Era
enxada, foice, picareta e cavadeira. Estrada na propriedade,
pra passar com cargueiro e carro de boi, a gente tinha que abrir
a muque. E éramos nós dois pra
fazer...” Se hoje as dificuldades
são menores, eles julgam que “o
colono não quer mais trabalhar
no pesado”. E voltam a mencionar que “se os velhos se acabam,
as roças se acabam também. Lá
pra fora, onde é plano, onde se
pode trabalhar tudo com máquina, aí sim, aí vai. Mas aqui, pelo
interior, nessas terras dobradas...” Eles explicam dessa forma que a paisagem esteja sendo
dominada pelo eucalipto (“tá virando tudo em eucalipto, eucalipto, eucalipto. Até nas áreas
que tinha roça e pasto já estão
plantando eucalipto”).
A vida na colônia
Mesmo lembrando que para
eles “o trabalho começava na
segunda feira de manhã e ia
até sábado à noite” e que “o divertimento era trabalhar”, Seu
Roberto e Dona Hilda julgam
que antes havia relações mais
intensas entre os colonos: Para
os jovens, “o lazer era domingo
de tarde fazer uma domingueira
e dançar. Um domingo na casa
de um, outro domingo na casa
de outro. Tinha também as festinhas de aniversário. Tinha com
o que se divertir”. Os casados da
vizinhança também se juntavam
todos, nos domingos: “Ia um passear na casa do outro. Conversavam, contavam as novidades um
pro outro”. Ao mesmo tempo,
“lavavam um pouco de roupa e
cuidavam das crianças”. E eles
constatam pesarosos que, “hoje,
ninguém se visita mais”. Nem os
jovens falam em sair: “Ficam na
TV e no computador. Passam
o tempo ali. Nem eles vão nos
vizinhos, nem os vizinhos vêm
aqui”. Por isso, eles têm saudades de colonos mais unidos e
solidários. É Seu Roberto quem
finaliza: “No meu tempo, se um
agricultor se machucasse e não
pudesse trabalhar, a vizinhança
ia lá ajudar a fazer roça dele. Ia lá
e trabalhava de graça para aquele. Hoje, tá difícil isso acontecer.
Tá quase, como eles dizem: cada
um pra si”.
ANO 1 - Nº 4 • Edição Mensal - Agosto/2013 • Jornal da Criança de Santa Rosa de Lima
Distribuição gratuita. Venda Proibida.
No dia 22 de agosto é dia do folclore
a edição inteirinha deste mês vai comemorar este dia
e o rico patrimônio popular que temos no Brasil!
Mas antes de mais nada: você sabe o que é folclore?
A palavra Folclore vem do inglês Folklore. Naquela língua, “folk” significa “povo”, e “lore” significa
“conhecimento”, “sabedoria”. Folk + lore, que aqui é folclore, quer dizer então o conhecimento popular,
aquilo que os povos vão passando de geração em geração. Ou seja, folclore são histórias, lendas,
brincadeiras, adivinhas, receitas... e tantas outras coisas!
O folclore é patrimônio de um povo, é uma das riquezas que herdamos das gerações passadas. Quando
falamos em herança, muitas vezes pensamos em coisas materiais, como casas e objetos, não é? Mas também
existe um patrimônio imaterial, a herança que recebemos quando nossos pais e avós nos ensinam uma
cantiga, o jeito de construir um objeto ou fazer uma comida, uma história que explica algo que a ciência
não consegue explicar...
No Brasil, o folclore é muito rico, pois somou diversas heranças: a dos indígenas, primeiros povos a viver
aqui + a dos europeus, que colonizaram nosso país + a dos africanos que foram escravizados e trazidos para
cá... e ainda, em menor grau, a de muitos outros imigrantes de todos os lugares do mundo que escolheram
viver em nosso país.
ADIVINHAS
(respostas na última página!)
O que é, o que é...
1 ... que tem coroa, mas não é rei, e
tem espinho, mas não é peixe?
2 ... que cai em pé e corre deitada?
3 ... que tem barba, mas não é homem,
e tem dente, mas não é boca?
4 ... que tem casas sem ser bairro, tem
casa no nome e protege seu dono?
5 ... que quem tem procura, e quem
não tem não quer?
6 ... que quando a gente fica em pé, ele
fica deitado, e quando a gente fica
deitado, ele fica em pé?
7 ... que de dia tem quatro pés e de
noite tem seis?
8 ... que está no início da rua, no fim
do mar e no meio da cara?
9 ... que tem no pomar e no paletó?
10 ... que quanto mais se tira, mais se
tem?
CONTOS POPULARES
Contos populares são aqueles que são passados oralmente (ou seja, pela fala) pelos povos. Não se sabe
ao certo quando o homem começou a contar histórias, mas sabe-se que há milênios as histórias são uma
forma de passar ensinamentos e códigos morais.
Nas sociedades que têm uma cultura mais oral e entraram em contato com a escrita mais tarde, as
histórias contadas são ainda mais importantes, e há grande respeito por elas e por seus contadores. Para
os Kaingang, indígenas que moram no sul do Brasil, por exemplo, há histórias que só podem SER contadas
se todos estiverem deitados. Na África, há a figura do Griot, que é o contador de histórias, e é muito
respeitado.
Conheça agora um conto popular africano:
Foi no tempo de uma grande seca. Em toda aquela região, só havia uma árvore viva, cheia de suculentos
frutos que nenhum animal conhecia. Apesar da enorme fome, todos temiam comer os frutos daquela
árvore e morrer envenenados. Só havia um jeito: falar com a guardiã da árvore, uma senhora idosa, uma
Gogo, que vivia a certa distância dali. A lebre foi a primeira a procurá-la em nome dos outros animais. A
Gogo disse:
- Você deve chegar perto da árvore e dizer o nome dela em voz alta: Uwungelenyense. Ela soltará os
frutos no chão para que você e todos os outros animais da floresta se alimentem.
A lebre agradeceu e rapidamente correu até a árvore. Quando estava perto, tropeçou e caiu no chão. Ao
se levantar, percebeu que havia esquecido o nome da árvore, Todos os animais ficaram muito chateados
e resolveram enviar um casal de búfalos novamente até a Gogo. Na volta, o mesmo aconteceu com eles:
tropeçaram e esqueceram o nome. Depois foi a vez do antílope, do merkat e até do rei leão. Mas todos,
ansiosos por voltar rapidamente, sempre tropeçavam e esqueciam o nome da árvore.
Então a tartaruga decidiu se candidatar.
- Agora é que vamos morrer de fome mesmo – cochichou a hiena para a coruja, gozando da tartaruga.
Como nos casos anteriores, a Gogo deu à tartaruga o nome da árvore. Cuidadosa, a tartaruga voltou
lentamente, prestando atenção em cada passo. Quando chegou perto, gritou:
- Uwungelenyense!
As frutas caíram no chão e todos pularam de felicidade. Naquele dia os animais se fartaram, Pela sua
sabedoria a tartaruga foi escolhida para ser a líder dos animais.
(Este reconto foi escrito por Denise Carreira e está no livro
“Lendas Africanas: e a força dos tambores cruzou o mar”)
Desenhe as
frutas da árvore
Uwungelenyense
Gogo é uma
palavra da língua
zulu que pode ser
traduzida para o
português como
“avó” ou “vovó”.
Esta língua é
falada na África
pela etnia Zulu,
principalmente
nos países: África
do Sul, Suazilândia
e Moçambique.
LIGUE OS PONTOS - ANIMAIS
Lebre
Búfalo
Antílope
Merkat
Coruja
Leão
Tartaruga
Hiena
apesar de ser enorme – posso chegar a
900 quilos! – só como vegetais, sobretudo
grama. Gosto de dormir perto da água,
que tomo duas vezes ao dia: de manhã e à
noite. Eu sou o...
Gosto de dormir durante o dia e passar
a noite acordada, voando em busca de
alimento. Faço ninhos na árvores ou no
chão, onde o macho fica cuidando dos
filhotes. Eu sou a...
No Brasil, costumam me chamar de
Suricato. Sou pequenino e leve: 22
centímetros e 700 gramas, e o que
mais gosto de comer são aranhas e
escaravelhos. Vivo no deserto e gosto
de andar em grandes grupos, de até 40
amigos. Eu sou o...
sou pequena, me desloco em saltos e posso
ser muito rápida: chego a 65 quilômetros
por hora! Como tenho patas traseiras
fortes, consigo fazer isso em zigue-zague,
o que despista meus predadores. Eu sou a...
Costumam dizer que sou o rei da selva.
Tenho juba por ser macho: as fêmeas não
têm. Para sobreviver, preciso comer pelo
menos cinco quilos de carne por dia, mas
se eu puder chego a comer 30 quilos em
uma única refeição. Por isso, caço muito.
Eu sou o...
Sou considerada símbolo de longevidade:
posso viver até quase 300 anos! Boto ovos,
e meus filhotes nascem pequeninos, com
cinco centímetros, mas ficarão como eu:
com quase um metro e cerca de 100 quilos.
Pudera, tenho um pesado casco! Eu sou a...
Tenho chifres, que podem ser menores ou
maiores, lisos ou todos retorcidos. Dou
saltos muito altos: podem chegar a quase
dois metros de altura! Eu sou o...
sou um animal muito agressivo, apesar
de dizerem que parece que estou sempre
rindo. É que sou carnívora e preciso caçar
muito. Eu sou a...
UMA COISA PARA FAZER VOCÊ MESMO
COMO FAZER
1 – o abacaxi
2 – a chuva
3 – o alho
4 – o casaco
5 – piolho
6 – nosso pé
7 – a cama
8 – a letra “r”
9 – manga
10 – fotografia
O pião é um brinquedo muito antigo: não se sabe desde quando ele existe, mas pesquisadores dizem que já havia piões 6.000 anos atrás! Naquela época, eles seriam feitos de argila. Mais
tarde, a versão em madeira se popularizou na mão da criançada. Hoje existem modelos de
plástico, com luzinhas... mas o mais importante é sempre o mesmo: que o pião rode muito. Quer
construir um pião de papel pra você? Vamos lá!
- um palito de madeira grande, tipo de churrasquinho
- uma folha de jornal velho
- cola branca
- tinta guache e pincel (opcional).
RESPOSTAS DAS
ADIVINHAS
2
1
pegue a folha de jornal e faça uma
dobra horizontal de 2 centímetros
(mais ou menos)
dobre todo o jornal desta forma,
até ter uma tira única, com várias
camadas, da largura da primeira
dobra.
3
caso tenha tinta e pincel, esta é a
hora de pintar o palito e a tira da
forma que você quiser! Senão, pule
para o passo 4
UMA POESIA
OS SONHOS DO SACI ( Elias José)
4
cole a ponta da tira de jornal no
palito, deixando um espaço entre a
ponta e a tira. Enrole a tira sobre
ela mesma, sempre colocando
pontinhos de cola para fixar bem.
Quando chegar no final, coloque
um pouquinho mais de cola!
Saci-Pererê
saracoteia na mata.
Saci-Pererê
só assusta, não mata.
5
pronto, pode sair girando seu
pião por aí!
Saci sirigaita,
solitário e sabichão.
Saci agarra a gaita
e toca uma canção.
(...)
Saci, em seu sonho,
é mais serelepe.
Saci, em seu sonho,
é bem mais risonho,
é bem mais moleque.
Saci, lá na selva,
salta e samba só.
Saci, lá na relva,
sonha que dá dó.
Com quem sonha o saci?
Saci, com que será?
– Eu sonho com duas pernas,
saltando de lá para cá...
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Comunidade MATA VERDE
Família SRL
Kátia Vandresen | Ronaldo Michels
Adolfo Wiemes
Viver plenamente como casal
O que está acontecendo, nos dia de hoje, é falta de conhecimento e
de amadurecimento do casal que vai viver junto. A incompatibilidade entre o par, a imaturidade e até os ciúmes são fatores que podem causar a
separação.
Por isso digo: uma boa preparação é mais do que necessária para o
casal. Mas se, enquanto adolescentes, os jovens não se interessam e
não aprofundam bem o estudo do
catecismo, dificilmente mais adiante
vão entender o que é proposto no
curso de noivos.
Jesus um dia disse: “Ai do mundo
por causa dos escândalos! É inevitável que aconteçam escândalos, mas
ai do homem e da mulher que causam escândalos!” (Mt 18,7).
Uma psicóloga afirma que nem
todas as mulheres traem seu esposo e nem todos os homens traem
sua esposa por estarem insatisfeitos
com a relação. Tem quem traia pelo
simples prazer de trair. Neste caso,
a questão é puramente sexual. Simplesmente não se saciam com uma
única pessoa. Eles acham que precisam ser infiéis e gostam de praticar
a infidelidade. Não buscam o amor
e a felicidade com o cônjuge e em
Deus.
Para ser um casal bom e cristão
é preciso um fundamento sólido.
Todos sabem que quando se quer
construir uma casa, em primeiro lugar é preciso fazer a escolha de um
terreno apropriado. Depois é indispensável um alicerce forte. Senão, é
certo que a casa vai desmoronar. Assim é a religião e o casamento. Sem
fundamento, não vai bem. A vaca vai
para o brejo. E com corda e tudo...
E aí, como fica a situação do casal? E, principalmente, dos filhos?
Quantas crianças e adolescentes
ficam na rua por não terem mais o
pai e a mãe juntos. Olha a responsabilidade! Não seria melhor aprender
primeiro como se vive e como Deus
quer que vivamos neste mundo tanto social, como religiosamente? Eu
acho que sim! É para o bem e para a
felicidade de todos.
Um aprendizado indispensável
Nós nascemos para sermos felizes e livres. Portanto, vamos aprender aquilo que nos faz felizes e livres. E deixar de lado tudo aquilo
que nos prejudica e nos leva ao mal.
O bem e a felicidade foram criados
por Deus, mas dependem de nós
mesmos. A opção é sua. Mas saiba
que Deus não quer a sua perdição e
a sua desgraça.
Na Bíblia, São Paulo fala o seguinte a respeito do matrimônio:
“Todavia, para evitar a imoralidade,
cada homem tenha a sua esposa, e
cada mulher o seu marido. O marido
cumpra o dever conjugal para com
sua esposa, e a esposa faça o mesmo com o marido. A esposa não é
dona de seu próprio corpo, e sim o
marido. Do mesmo modo, o marido
não é dono do seu próprio corpo, e
sim a esposa. Não se recusem um
ao outro, a não ser que estejam de
acordo e por algum tempo, para se
entregarem à oração; depois disso,
voltem a unir-se, a fim de que satanás não os tente por não poderem
dominar-se. Digo isso por concessão, e não como ordem. Eu gostaria
que todos os homens fossem como
eu. Mas cada um recebe Deus com
o seu dom particular; um tem este
dom e outro tem aquele. Aos solteiros e as viúvas, digo que seria melhor que ficassem como eu. Mas, se
não são capazes de dominar seus
desejos, então se casem, pois é melhor casar-se do que ficar fervendo.
Aos que estão casados, tenho uma
ordem. Aliás, não eu, mas o Senhor:
a esposa não se separa do marido; e
caso venha a separar-se não se case
de novo, ou então se reconcilie com
o marido. E o marido não se divorcie
de sua esposa.” (Co 7,2-11).
Só assim construiremos um
mundo novo, onde todas as famílias
possam viver em paz. Amém!
EDUCAÇÃO
Funcionários públicos municipais aguardam
decisão do MP sobre reajuste salarial
Na primeira quinzena de junho
deste ano, o Sindicato dos Funcionários Públicos da Comarca de
Braço do Norte (Siscob) requereu,
junto à 1ª Vara Cível, um mandado
de segurança coletivo. A solicitação
era para que a justiça determinasse liminarmente que a prefeitura
de Santa Rosa de Lima efetuasse
os repasses de reajustes salariais:
7,97 % referentes ao piso salarial
dos professores da rede municipal
de ensino e 7.16% relativo ao INPC
para os demais funcionários públicos de Santa Rosa de Lima.
No dia 13 de junho, o juiz substituto Rodrigo Fagundes Mourão
indeferiu a liminar. Isso significa
apenas que ele decidiu não antecipar os efeitos do que foi pedido
pelo Siscob e que aguardará e encaminhará o julgamento de mérito.
Assim, seis dias depois, mandou
que um oficial de justiça efetuasse
a notificação à prefeitura para que
em dez dias a administração municipal prestasse informações sobre
o não cumprimento da lei.
No dia quatro de junho, a notificação expedida pelo juiz foi entregue à prefeita municipal Dilcei
“Não
temos dinheiro para
pagar, pois a folha de pagamento já está dentro do limite prudencial.” Sandro Volpato.
Heidemann, pelo oficial de justiça
da comarca, Jacob E.P. Cândido.
Segundo o assessor jurídico da
prefeitura, Sandro Volpato, a resposta da administração municipal foi enviada à justiça dentro do
prazo determinado. “Prestamos as
informações e o motivo principal é
que a prefeitura não tem espaço fi-
15
nanceiro. Não temos dinheiro para
pagar, pois a folha de pagamento
já está dentro do limite prudencial. Não fizemos uma defesa e sim
apresentamos os motivos pelos
quais não concedemos nenhum
reajuste. Se o juiz entender que
deve ser dado [o reajuste], é uma
ordem judicial e nós vamos cumprir”, afirmou Volpato.
Para Wilson Althof, presidente
do Siscob, a determinação do juiz
já é um ponto positivo. “Queríamos
a liminar, não conseguimos. Mas,
com o pedido de esclarecimento
da justiça à prefeitura, esperamos
que a decisão seja positiva. O juiz
deve analisar alegação da prefeitura e encaminhar à promotoria. Aos
funcionários resta agora aguardar
a determinação”. A assessoria jurídica da prefeitura informou que
no prazo de trinta dias deverá sair
o parecer da promotoria.
Na raça, na vontade e na superação, S.E.R. Mata
Verde conquista o tricampeonato municipal de
campo.
No final de um excelente e emocionante jogo contra a boa equipe da Nova Fátima, a S.E.R. Mata Verde pode soltar o grito de tricampeão do Campeonato Municipal de Futebol de Campo de Santa Rosa de
Lima. Para os jogadores foi preciso muita raça e o que
não faltou foi vontade para correr em busca do título.
A superação se deu por conta dos mais de 120 minutos de jogo, sem contar três importantes desfalques
(Xande e Charles, que estavam suspensos, e Eduardo,
lesionado). Foi maravilhoso chegar à final do campeonato enfrentando uma equipe qualificada como a
Nova Fátima (apontada pela maioria como a grande
favorita ao título). Vencer o jogo e conquistar o título
foi magnífico.
Gostaríamos, em primeiro lugar, de relatar o quão
emocionante foi ver que a grande maioria dos torcedores presentes na final estava torcendo pela nossa
querida Mata Verde. Isso é realmente muito vivaz. Um
[Ronaldo] dentro do campo e outro [Kátia] na torcida, nós ficamos muito contentes em sentir a energia
da galera. Ver todos os moradores da Mata Verde e
outros santarosalimenses sempre incentivando e
apoiando o esporte é algo maravilhoso.
O destaque também fica para o sentimento de
amizade que existe entre os membros da equipe,
atletas e equipe técnica. Nossos jogadores mostraram o quanto são amigos e unidos. Independente de
quem estivesse jogando ou no banco de reservas, foram diversas as provas de amizade e de sermos de
fato um time. Outro fato que queremos engrandecer
e que nos orgulha é ter em nossa equipe jogadores
que fizeram parte da história do time do 4S da nossa
comunidade. Citamos aqui o “incansável” Rudi Siebert,
que mostrou muito de sua habilidade e compartilhou
sua experiência. Mais uma prova de que o esporte
é saúde. Nossa gratidão também vai para os amigos
de fora da Mata, que aceitaram o convite para jogar
com nosso grupo e mostraram que sempre estiveram
conosco. Por fim, destacamos algo julgado inusitado: nossa equipe teve como “treinador” uma mulher,
a técnica Ana Maria Vandresen. Que o respeito que
nossos jogadores tiveram por ela sirva de exemplo.
Queremos reconhecer a competência de suas orientações táticas e o estímulo que ela sempre soube dar
à beira do gramado.
Foram muitas emoções e alegrias na conquista
deste título. Depois do apito final, fizemos uma grande
festa. Começamos no próprio campo, com a entrega
da premiação e uma simbólica volta olímpica. A comemoração continuou com uma carreata pelo centro da
cidade em direção a nossa Mata Verde. Aqui, saboreamos um churrasco acompanhado de muitas “geladas”.
Torcedores, jogadores e amigos, todos se confraternizaram. Afinal, é título marcante na história futebolística de nossa comunidade. É... isto tudo é Mata Verde.
“Tonho Kunha”
Ao final, queremos fazer uma homenagem especial
ao nosso grande amigo Antonio Kunhen, ou simplesmente “Tonho Kunha”. Ele foi “o tudo” no nosso time.
Mesmo com 53 “aninhos”, foi um jogador de destaque.. Quando foi preciso entrar em campo para cobrir
os desfalques, lá estava ele fazendo belas jogadas. Foi,
também, massagista. E olha que teve trabalho, pois o
time só tinha jogadores lesionados. Um jogador pedia
água, era ele quem estava com a garrafa na mão. Foi,
ainda, auxiliar técnico da Ana Maria. E quando precisava reclamar com a arbitragem, adivinha quem estava
lá? O próprio! Para chamar a atenção dos jogadores,
eram seus gritos que ecoavam pelo gramado. Por isso,
“Tonho Kunha”, foi muito gratificante ver a sua grande
alegria de estar no time, de ser campeão e de receber a sua medalha de ouro. Receba, também, o nosso
agradecimento pela sua fundamental contribuição.
Confira as fotos na coluna Esporte Total.
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Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
SRL: Eu conheço e Valorizo!
TRANSPARÊNCIA
Alvaro T. Prata é Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. É professor e foi Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina. No mês de julho Prata esteve em missão oficial no
oriente, mas para alegria do Canal SRL escreveu esta coluna em
Istambul (Turquia) e a enviou de Kuala Lumpur (Malásia). Uma
grande demonstração de carinho por Santa Rosa de Lima.
“Um exemplo a ser seguido”
A primeira vez
Estive pela primeira vez em Santa Rosa de Lima na Gemüse Fest de
2010. Era início de maio e a cidade
era só animação. Era impressionante a alegria contagiante de todos e o
clima de cordialidade e hospitalidade.
Eu já conhecia muitos dos projetos
que a Universidade Federal de Santa
Catarina tinha na região envolvendo
agricultura sustentável e minha visita possibilitou conhecer de perto o
grande compromisso da cidade com
a agricultura orgânica. Meu anfitrião
foi o Prof. Wilson Schmidt, filho da
terra, e na época Diretor do Centro
de Educação da UFSC. Ele me mostrava tudo e me apresentava a todos,
cheio de orgulho de sua terra natal.
Na minha opinião, o Prof. Wilson foi
uma das figuras fundamentais para
que este belo município nas encostas
da Serra Geral se tornasse uma referência em agricultura orgânica e um
lugar onde os jovens pudessem trabalhar e seguir uma carreira promissora, sem precisar se deslocar para
centros urbanos com oportunidades
mais diversificadas. Impressionei-me
de saber que Santa Rosa de Lima é
um dos poucos municípios da região
onde o êxodo rural não existe; pelo
contrário, a população tem aumentado ao longo dos anos, sobretudo
pelas oportunidades associadas à
agricultura orgânica e familiar. Lembro-me de ficar hospedado na pousada da Leda e do Valnério e de ter
me deliciado com a paisagem e com
a bela acolhida. A filha do casal havia estudado na UFSC e já estava de
volta, agora ajudando os pais a tocar
a pousada e agregando qualidade e
conhecimento ao agroturismo na região. O Prof. Wilson Schmidt fez questão de me levar para conhecer sua
mãe e irmãos e cheio de entusiasmo
me contava sobre as grandes transformações que a região estava experimentando sem perder sua vocação
para a agricultura sustentável.
O primeiro retorno
Voltei a Santa Rosa de Lima em
abril de 2012 para dar início ao Curso de Licenciatura em Educação do
Campo. Foi uma cerimônia belíssima
que contou com a presença de toda
a comunidade local e muita gente vinda dos municípios vizinhos, inclusive
prefeitos e outras autoridades municipais. O prefeito Celso Heidemann
era só alegria e recebia a todos com
muita cordialidade e simpatia. Afinal a
UFSC estava lançando um curso com
uma proposta inovadora no qual os
alunos se dividiam entre um “Tempo
Universidade”, onde as aulas acontecem na sala de aula, e o “Tempo
Comunidade”, onde os graduandos
seguem para suas comunidades ou
para a escola e lá pesquisam e trabalham os conhecimentos. É claro
que como parte da formação acadêmica os alunos também têm aulas e
realizam atividades na sede da UFSC
em Florianópolis. Meu anfitrião desta vez foi o Professor Wilson “Feijão”
Schmidt, figura carismática e o responsável pela implantação do curso.
Conheci o local onde o curso iria se
instalar; tudo preparado com muito
carinho e eficiência pelos parceiros
da administração municipal. Avalio
que iniciativas como esta da UFSC
sempre requerem uma liderança
comprometida e dinâmica. Apesar do
envolvimento de muitos, a presença
do “Feijão” me dava a garantia de que
tudo iria dar certo.
Santa Rosa de Lima impressiona
pelo seu elevado espírito comunitário e sua hospitalidade
Em todas as experiências que
presenciei e em todos os lugares
que visitei em Santa Rosa de Lima,
este espírito comunitário sempre
esteve presente e de maneira muito
marcante. Outra característica a ser
destacada desta gente é a hospitalidade. Nada se compara à acolhida
do Egídio Locks, por exemplo. Seja
nas suas águas termais ou mesmo
para um farto café na sua morada. O
Egídio nos ofereceu um fim de tarde
maravilhoso onde confraternizamos
e nos reunimos para relaxar após
um intenso dia de atividades. Dentre os presentes a Profa. Vera Bazzo,
Decana do Centro de Educação da
UFSC, e o Prof. Antonio Munarim, figura destacada no cenário nacional
e grande defensor da Educação do
Campo. Lembro também da atenção
da querida Vanice Bazzo para comigo; chegou a me presentear com um
livro sobre a biografia do meu conterrâneo Juscelino Kubitschek, como
que para me lembrar que na vida
devemos ser ousados e perseguir
nossos sonhos. Foi a Vanice quem
me levou para conhecer a lojinha da
Agreco (Associação dos Agricultores
Ecológicos das Encostas da Serra Geral), onde comprei coisas deliciosas e
mesmo retornando para Florianópolis pude dividir com minha esposa e
filhos os produtos da região.
Retornarei
Quero voltar a Santa Rosa de
Lima muitas vezes e sempre retornar contagiado pela alegria e espírito
trabalhador deste povo encantador,
e sempre ficar maravilhado com a
beleza de seus córregos e de suas
montanhas.
O que foi transferido
ao município
O Portal das Transferências constitucionais
que apresenta um resumo para os municípios
de Santa Catarina está disponível no site na
internet da Federação Catarinense dos Municípios (http://receitas.fecam.org.br).
Para Santa Rosa de Lima os dados apresentados são os seguintes.
Eles deixam claro que as principais transferências, o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e o ICMS (Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação)
cresceram respectivamente 5,0% e 7,9%. As
transferências totais entre 1º de janeiro e 2 de
agosto de 4,65 milhões em 2012 para 4,89 milhões em 2013, uma elevação de 5,1%, ou diferença favorável ao município de R$ 238.796,36.
Essa tendência fica clara na visualização do
gráfico a seguir.
Ou seja, se março foi praticamente igual
(aproximadamente – 7 mil), assim como em
abril e julho os valores de 2013 são menores
do que 2012 (aproximadamente – 40 mil em
cada), essas diferenças são compensadas pelos valores maiores em janeiro (aproximadamente + 50 mil), fevereiro (aproximadamente +
127 mil), maio (aproximadamente + 100 mil) e
junho (aproximadamente + 57 mil).
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Para relembrar
O caderno Criança SRL em sua última edição (Canal SRL n° 03) lançou uma pergunta para seus leitores
mirins. Pergunte para seus avós se já nevou em Santa
Rosa de Lima. Choveram e-mails à redação. Leitores,
que eram crianças naquele tempo, outros nem tanto,
nos enviaram registros fotográficos da nevasca que
aconteceu em Santa Rosa de Lima em 20 de julho de
1990. Para relembrar e sentir saudades...
Primeiros flocos de neve foram avistados no morro da antena.
Fridiane e Fredy Eller, brincando na neve.
Da esquerda para direita: Valberto, Patricia, Fabiana, Leandro, Meri, Suely e Nana. Agachadas: Nair e Mariza. Na praça
15 de novembro.
Gilmara e Rafael com seu boneco de neve.
Vista parcial da comunidade Dois Irmãos (ponte do marcolino) coberta por neve.
VAGA
17
18
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Comunidade NOVA FÁTIMA
Alexandre Oenning Bittencourt | Valesca Weber
Neste mês, nossa comunidade iniciou a reforma do nosso antigo salão,
o “salão velho” como é chamado por
todos.
Quando tudo começou
Em 1969, foi dado início à construção do salão
comunitário da capela Nossa Senhora de Fátima,
aqui na nossa comunidade. Manoel Tártare, conhecido como Canelinha, foi quem cortou manualmente todas as pedras do fundamento. A construção
foi realizada por uma equipe de pedreiros de Rio
Fortuna. Naquele tempo não existiam essas máquinas de agora, era tudo braçal, o que exigia muito
esforço. Os pedreiros pernoitavam e faziam suas
refeições na casa do senhor Martinho A. Oenning e
da dona Elizabete Weber. Na época, ele era o fabriqueiro, termo usado para designar os membros da
comissão de pastoral. E ela era parteira conhecida
em toda a região. Dona Eliza, como era conhecida,
era quem fazia a comida para toda a equipe de
trabalhadores da obra. Os alimentos eram fornecidos pelos moradores. A cada dia, um membro de
uma das famílias da comunidade chegava a cavalo
à casa do seu Martinho, trazendo no cargueiro a
combinada “ajuda” em mantimentos.
Todos foram muito solidários para a construção do nosso primeiro salão. Além da doação de
comida, uns doaram madeira e outros, horas de
trabalho. As famílias também fizeram doações em
dinheiro para que a obra fosse concluída. Nossos
avós contam que, em um determinado momento
da construção, o dinheiro simplesmente acabou.
Já tinham sido gastos 14 contos de réis, a moeda
na época, e ainda faltava muito para a conclusão
da obra. Os fabriqueiros convidaram todos os moradores para uma reunião. A comunidade precisava, unida, tomar uma decisão: parar ou continuar
a construção. E, se a opção de prosseguir fosse a
escolhida, como viabilizá-la. O consenso foi que todos, tendo em conta suas possibilidades e suas reservas, ajudariam financeiramente para que o salão
fosse concluído. E foram precisos mais 3 contos, ficando o custo final em 17 contos. Assim, em 1970,
ele foi inaugurado.
Local de encontros e “baladas”
O salão passou a ser o grande ponto de encontro da Nova Fátima. Naquela época, existiam em
torno de 30 a 40 jovens na comunidade e eles se
reuniam, todos, aos domingos, para as famosas
domingueiras. Pela manhã, os jovens, muito participativos, iam para a igreja. Em seguida, voltavam
as suas casas para o almoço. E lá pelas duas da tarde, retornavam ao salão, colocavam discos de vinil
dos cantores da época na vitrola, dançavam e se
divertiam a tarde toda. Dizem os “antigos jovens”
que aquela era uma época muito boa e que ainda
deixa saudades.
Reformar e dar nova vida
Os anos passaram e com a construção do novo
centro comunitário, o “salão velho” ficou um tanto
abandonado. Como consequência, ocorreram sérios problemas de infiltração e goteiras, que comprometeram bastante as partes em madeira, como
a base do telhado e o chão de taco. Por isso, decidiu-se por uma reforma. Muitas pessoas que ajudaram naquela época já estão falecidas, mas a comunidade continua viva e muitos ajudantes da primeira
obra estão novamente engajados nas obras do salão. Repetindo o mesmo sentimento comunitário,
alguns moradores da comunidade doaram parte
do que recebem, agora como aposentados, para a
compra de telhas. A empresa Eletrosul, que possui
uma PCH (pequena central hidrelétrica) aqui, fez a
doação da tinta. Estamos todos mobilizados e contribuindo. Esperamos que em breve possamos usar
este espaço novamente. Agora, como nosso centro
de pastoral e para reuniões, catequeses, clube de
mães e aniversários, entre outros eventos.
Circuito CERAL
Laudir Coelho - Presidente
A nossa cooperativa de distribuição de energia elétrica aposta
na melhoria da qualidade
A Ceral firmará, em breve, um acordo com a PCH Santa Rosa S.A. O
objetivo é o compartilhamento do uso das estruturas da linha de média
tensão (34,5 Kv) daquela empresa. Tal rede está sendo construída para
conduzir o fluxo da energia, a ser gerada na localidade de Quedas d’Água,
ao sistema interligado.
Essa operação conjunta resultará num extraordinário ganho patrimonial e operacional para a Ceral e
seus associados. Além do compartilhamento em si, que já é muito interessante, a PCH disponibilizará um
“módulo de acesso” a sua subestação, tecnicamente chamado de
bay. Com esse kit de equipamentos
e instrumentos de medição, nossa
cooperativa terá mais essa alternativa de suprimento energético.
A rede atual de 13.800 volts, que
tem como permissionária a cooperativa e que passa pelo perímetro
urbano de Santa Rosa de Lima receberá uma melhoria significativa.
Seus condutores passarão a ser
constituídos de cabos isolados e
todos os ramais de ligação em baixa tensão (220 Volts) serão substituídos para um atendimento mais
seguro ao consumidor. O aspecto
visual com o novo conjunto das
redes a serem isoladas e compactadas ficará muito melhor, embelezando e humanizando o ambiente
urbano, deixando as fachadas dos
prédios comerciais com uma aparência mais limpa. Todas essas melhorias serão efetuadas sem custo
para a Ceral. Os materiais e a mão
Redução
na tarifa
de obra necessários serão integralmente assumidos pela PCH Santa
Rosa S.A.
A cooperativa se fortalece com
esse aumento de capacidade de
manobra, de segurança das instalações e de aumento do potencial
de atendimento a grandes consumidores que vierem a se instalar na
região. Tudo isso torna o futuro da
nossa Ceral ainda mais promissor.
A pioneira na eletrificação rural se
esforça, dia após dia, para melhor
atender o associado e visar ao amanhã.
No próximo mês, a Ceral
repassará a todos os seus
clientes e associados o desconto na tarifa de energia
aprovado pela ANEEL.
Este ganho foi possibilitado pela dispensa de recolhimento dos encargos
setoriais. São tributos pesados, que vinham onerando em muito as permissionárias e concessionárias de
distribuição de energia.
A Ceral cumpre com
o seu dever de fornecer
energia de qualidade, ao
mesmo tempo que pratica
preços menores que a média do setor elétrico nacional.
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Espaço d’Acolhida
Leda e Valnério Assing
A pousada do Doce Encanto
“Acreditamos e apostamos no agroturismo. Entendemos que a
sustentabilidade na prática da agroecologia é necessária para atrair
cada vez mais visitantes que buscam aqui o contato com a natureza, a tranquilidade e o sossego do modo de vida no interior”.
Um pouco da nossa história
Nossa vida sempre teve relação com a terra, com
as plantas e os animais. Somos filhos de agricultores
e desde a infância aprendemos a lidar com estes elementos. Não tivemos a oportunidade de seguir os
estudos e, como nos conhecíamos desde pequenos,
nos apaixonamos e bem cedo nos casamos. A propriedade onde vivemos foi uma herança familiar. Nossa
alternativa de vida estava aqui, queríamos consolidar
nossa família e viver com os frutos do nosso trabalho
na agricultura.
No início, não foi nada fácil. Foram diversas tentativas frustradas: produção de leite, de fumo, de carvão,
de ovos... Tentamos de tudo, mas era muito difícil tirar
nosso sustento da terra. Surgiu então uma vontade de
abandonar tudo e rumar para São Paulo, o sonho de
cidade grande. Iríamos trabalhar de caseiros em uma
mansão da grande metrópole. Mas Deus sabe o que
faz e o comunicado de que não poderíamos levar nossos filhos fez que mudássemos de ideia.
Mais uma aposta em mais uma alternativa
Em 1998, com a então recém criada Associação dos
Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral, a
Agreco, fomos motivados a fazer parte de um sistema
de agroindústrias modulares em rede. Era um projeto inovador, diferente de tudo aquilo que já havíamos
tentado, mas com algo em comum, continuaríamos fazendo o que sempre soubemos fazer, a lida no campo.
Juntamente com a família de Romeu Assing nos associamos à Agreco e construímos uma agroindústria
de processamento da cana de açúcar. Este foi o nosso
passaporte para a agroecologia e, logo em seguida,
para o agroturismo. Depois disso, nossa vida começou
a mudar, foram centenas de reuniões, cursos, oficinas,
viagens de intercâmbio. Conseguimos, inclusive, completar o ensino médio através do projeto Terra Solidária.
O agroturismo em nossas vidas
Por estarmos associados à Agreco, que passou a
ser um projeto de referência, começamos a receber
muitos visitantes em busca de informações sobre
este modo de associativismo. Nestas visitas técnicas,
as pessoas precisavam se alimentar e, muitas vezes,
pernoitar. Foi então que surgiu a ideia da Acolhida na
Colônia. Apostando nela, participamos do grupo de
fundadores da associação de agroturismo, no ano de
1999, e começamos atender no antigo galpão da estufa de fumo, onde servíamos cafés, almoços e jantares
coloniais.
Com a demanda de visitantes aumentando cada
vez mais, em 2005, resolvemos transformar nossa
estufa de fumo desativada em uma estrutura para
hospedagem. Surgia então a Pousada Doce Encanto.
Hoje, estamos muito contentes com a atividade. Nossa
capacidade atual é de hospedar 15 pessoas e servir
refeições para 50 pessoas. Como perseguimos sempre a melhoria do nosso espaço e o atendimento aos
visitantes, estamos no grupo do SC Rural e vamos ampliar o número de apartamentos e faremos melhorias
no restaurante.
Além de receber turistas, diversificamos e ampliamos nossa produção. Em nosso engenho produzimos
melado, açúcar mascavo e também cachaça, tudo no
sistema de produção orgânico. Além da cana e derivados, produzimos geleias, licores, doces e conservas,
que servimos e comercializados aos visitantes.
Atrativos: Trilha ecológica, pescaria, parquinho
infantil, engenho de cana, horta orgânica, ponto devendas de produtos coloniais, passeios a cavalo e turismo pedagógico.
19
Comunidade RIO SANTO ANTÔNIO
Marileia Torquato | Carol Rodrigues
Se o terno dele não está na moda, não
é motivo pra dar gargalhada.
Este colono que ali vai passando é um
brasileiro da mão calejada.
Se o seu chapéu é da aba comprida,
ele comprou e não te deve nada.
É um roceiro que orgulha a pátria, que
colhe o fruto da terra lavrada.
E se não fosse este colono forte, tu ias
ter que pegar na enxada.
(Trecho da música O colono -Teixeirinha)
Nesta edição, vamos falar sobre os colonos, que
foram, são e serão tão importantes para a nossa
comunidade. Mas que, infelizmente, por “serem da
roça”, ainda acabam sendo desvalorizadas por algumas pessoas e foco de muitos preconceitos de
parte de outras.
Nós entendemos que eles são verdadeiros
guerreiros e que detêm uma grande sabedoria. E
que lutam, desde que nestas terras chegaram, pelo
desenvolvimento do Rio Santo Antônio. Mesmo
com todas as dificuldades que enfrentaram e ainda
enfrentam, formaram e desenvolveram esse lugar
em que vivemos.
Sabemos todos que na época da colonização a
principal economia estava na extração de madeira e na venda de porcos. Foi com estas atividades
que nossos agricultores constituíram suas famílias,
construíram suas casas e adquiriram seus bens.
Seu Walmor Torquato, entre tantos outros, é exemplo destes colonos. Já bem vivido, afirma que, hoje,
a vida na roça está um pouco melhor e que antigamente, para ele, nada foi fácil. Tudo era muito árduo. “Às vezes comparando com as facilidades que
se tem atualmente, penso em como conseguimos
sobreviver e criar nossos filhos”, diz Seu Walmor.
Graças aos diversos projetos desenvolvidos
em nosso município, hoje as atividades dos colonos são mais diversificadas. Eles trabalham com a
produção de leite, produção orgânica, queima de
carvão, extração de madeira, agroturismo, abelhas nativas, entre tantas outras atividades. Neste
contexto, podemos dizer que nossos agricultores
são um exemplo de garra e de determinação, pois
muitos poderiam ter ido tentar a vida nas cidades,
tão exaltadas por serem mais modernas e gerarem
mais empregos. Das ilusões dos centros urbanos e
das desilusões de quem foi pouco se fala.
Somos muito gratas pelo trabalho de nossos
colonos e achamos que as felicitações a eles não
devem ser dadas apenas no dia 25 de julho, mas,
sim, em todos os dias do ano. Pois, para quem vive
da agricultura, não existe sequer um feriado ou domingo de folga. A lida é diária e nos 365 dias do
ano. Parabéns aos nossos agricultores!
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Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
DESENVOLVIMENTO
SRL mais desenvolvida
Desde que foi criada como município até hoje, Santa Rosa
de Lima passou de um Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDH-M) “muito baixo” (0,427 em 1970) para “alto”
(0,757) em 2010.
Os dados de 2010 foram divulgados Lima fica na 81ª posição entre os munina última semana de julho no Atlas de De- cípios catarinenses e o 427º dos 5.561
senvolvimento Humano no Brasil 2013. O municípios brasileiros. Ele subiu alguns
IDH-M varia de zero a um: quanto mais degraus no desenvolvimento humano,
próximo de zero, pior o desenvolvimento porque em 2000 era o 147º no estado e
humano do município; quanto mais pró- o 667º no país.
ximo de um, melhor.
Esse índice foi criado para, como o Viver mais e melhor
nome diz, indicar que tão importante
Um dado que chamou a atenção do
quanto a renda e o crescimento econô- Brasil foi a longevidade e a expectativa de
mico gerados, normalmente apropriados vida em Santa Catarina. Os dez municípor poucos, está a qualidade de vida da pios com IDH-M Longevidade (L) no país
maioria da população. Para isso, são usa- são catarinenses.
dos três pilares: a vida longa e saudável,
No caso do nosso município, os sano acesso ao conhecimento e o padrão de tarosalimenses ganharam, entre 2000
vida. A longevidade
e 2010, meio ano de
é medida pela exO conceito de desenvolvimento hu- vida. Ou seja, a espectativa de vida.
mano nasceu definido como um pro- perança de vida para
O conhecimento
uma criança que nascesso de ampliação das escolhas das
é medido pela méce aqui passou de 75
dia de anos de edu- pessoas para que elas tenham capa- para 75,5 anos. O IDH
cação dos adultos e cidades e oportunidades para serem -M L de Santa Rosa de
pela expectativa de aquilo que desejam ser.” PNUD
Lima é de 0,843, conanos de escolaridasiderado “muito alto”.
de para as crianças na idade de começar Para considerar o que isso significa, saiba
a vida escolar. O padrão de vida é veri- que em Balneário Camboriú, Blumenau,
ficado pela renda bruta por pessoa em Brusque e Rio do Sul (empatados são os
poder aquisitivo constante.
quatro maiores IDH-M-L), uma criança
Com o IDH-M de 0,757, Santa Rosa de que nasce tem a expectativa de viver 78,6
“
anos Praticamente três anos a mais do
que uma nascida aqui. O índice longevidade destas quatro cidades é 0,894. O do
Estado é 0,860.
Ter mais conhecimento
Já o IDH-M Educação foi de 0.710,
considerado “alto”. Nesse caso são levados em conta fatores como quantidade
de estudantes frequentando sem atraso
os ensinos fundamental e médio, mas
também o grau de escolaridade da população adulta. Para se ter um comparação
o IDH do estado foi de 0,697, considerado “médio desenvolvimento”.
E padrão de vida
O IDH-M Renda de Santa Rosa de Lima
é de 0,726, também considerado “alto” e,
da mesma forma, superior ao índice para
o estado, que é de 0,648.
Comparação com a vizinhança
Embora o IDH-M deva servir mais
para pensarmos o que temos que melhorar em nosso município para proporcionar o efetivo desenvolvimento social e
econômico de todas e de cada uma das
pessoas que aqui moram, a comparação
com os vizinhos é inevitável e pode ser
importante.
Rio Fortuna obteve destaque por ter
o sexto IDH-M (0,806) no estado e o 25º
no Brasil. São Bonifácio é o 156º no estado com 0,731. Todos eles, assim como
SRL têm IDH-M “altos”. Já o de Anitápolis
é considerado “médio” e coloca o município na 266º posição do total de 293 no
estado.
O sentido do IDH-M
Como destaca o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), o IDH pretende ser uma medida geral do desenvolvimento humano.
O PNUD pondera ainda que apesar de
ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange
todos os aspectos de desenvolvimento e
não é uma representação da “felicidade”
das pessoas, nem indica “o melhor lugar
no mundo para se viver”. Para alertar em
seguida que democracia, participação,
equidade, sustentabilidade são outros
dos muitos aspectos do desenvolvimento
humano que não são contemplados no
IDH.
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
A PEDIDO
Celita Schmidt e Eraci Defrein Batista
Presidente da Câmara de Vereadores de Santa Rosa de Lima não
cumpriu sua palavra em compromisso assumido
Dona Celita Schmidt e Eraci Defrein Batista.
Depois de ouvirmos muitas “conversas pelas ruas”, resolvemos nos manifestar neste conceituado canal de comunicação para apresentar nossa versão de um fato que
para nós tem muito significado. Tudo começou quando nosso clube de mães resolveu
fazer um bingo beneficente. Para o sucesso do evento, fizemos uma ampla campanha
de arrecadação de brindes junto a instituições, empresas e pessoas do município. O
principal prêmio, uma televisão, decidimos solicitar à Câmara Municipal. Para isso,
procuramos o seu presidente, Vereador Leonizio Laurindo.
Numa terça feira à noite, dia de sessões, fomos à sede da Câmara para realizar a
solicitação. Conversamos com a secretária e em seguida o presidente nos atendeu
fora do prédio. Ele nos disse que não precisávamos ir à Câmara e pedir em reunião
porque ele próprio resolveria. Mais do que isso, nos deu a garantia de que a Câmara
doaria a televisão. Metade do valor seria pago pelo próprio poder legislativo e outra
metade seria coberta com um rateio entre os vereadores. Recomendou, ainda, que
fizéssemos a encomenda na Agropecuária Tenfen.
Tendo sido informadas de que os vereadores tinham feito suas contribuições, consideramos que o acordo havia sido cumprido e a televisão estaria paga. Durante o bingo, anunciamos a todos os presentes que o prêmio maior havia sido uma contribuição
da Câmara Municipal de Vereadores.
A enrolação
Semanas depois, uma de nós (Eraci) foi até a Agropecuária Tenfem para comprar
trato para os animais e foi informada que o seu limite de débito naquela casa comercial estava estourado porque faltava pagar a televisão. Fomos novamente à Câmara
e mais uma vez recebemos a garantia de que o pagamento seria honrado e que ele
ocorreria na semana seguinte. A secretária da Câmara fez naquele momento um telefonema para a Agropecuária e deu essa informação ao responsável. Para liberar a
compra do trato foi necessário um cheque pessoal. Quinze dias depois, a situação
se repetiu: novo bloqueio para compra de trato porque a televisão continuava sem
pagamento. E dessa vez, a Câmara nos pediu “apenas uma hora” para honrar o compromisso que havia assumido quase dois meses antes: pagar a televisão. O que mais
uma vez acabou não acontecendo. Passada aquela hora, percebemos que estávamos
sendo enroladas e que só nos restava pagar nós mesmas a TV.
O que nos deixou mais indignadas não foi o dinheiro, é a humilhação. Por que o
presidente da Câmara prometeu e garantiu e depois fez tudo isso?
Esclarecimentos finais
Deve ficar claro que o que foi combinado foi que a Câmara faria o pagamento
direto à Agropecuária Tenfen. Nunca nos foi dito que deveríamos passar na Câmara
para pegar o dinheiro correspondente ao valor da TV. O presidente da Câmara nunca
nos chamou para conversar ou para nos dar qualquer explicação. Os vereadores cumpriram a parte deles, mas o presidente da Câmara não honrou o compromisso que
assumiu conosco e com nosso clube de mães. O que mais nos deixou indignadas é
que o Presidente da Câmara, mesmo com a posição que ocupa, tenha debochado de
nós na rua. Ele falou que tínhamos dito que iríamos botar o caso no jornal e que não
tivemos coragem de fazê-lo. Pois bem, caro senhor sem palavra, nós somos mulheres
de coragem.
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Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Comunidade RIO DOS ÍNDIOS
Promoção da SAÚDE
Kelin Dutra | Ivonete Walter Dutra
Murilo Leandro Marcos
A festa aqui em nossa comunidade foi
um sucesso. Muita gente bonita, trilheiros
com motos, gaiolas e jeeps deram um colorido especial ao evento.
Confira alguns momentos clicados por
Didio Fotografia.
Saúde do homem: o machismo é
a principal causa de morte
Assim como em maio as mães são homenageadas, o mês de agosto é dedicado
aos pais. Nesse mês que passou, no dia 15 de julho, comemorou-se o dia nacional
do homem, data que ainda passa despercebida por homens e mulheres. No contexto da saúde, lembramos dos homens principalmente quando as secretarias de
saúde e as entidades médicas decidem fazer os mutirões de prevenção do câncer
de próstata. Afinal, o que se quer dizer com “Saúde do Homem”?
No Brasil, os homens morrem
em média sete anos antes do que
as mulheres. Doenças do coração,
infarto, AVC (derrame), pneumonia, cirrose e diabetes matam mais
homens que mulheres. Considerando as mortes por causas externas (acidentes, homicídios), temos
o dobro de mortes masculinas. Em
Santa Rosa de Lima, nos últimos
dez anos, segundo informações
do Ministério da Saúde, 60% das
mortes foram de homens. Diante
desses dados, surge a pergunta:
por que os homens morrem “mais”
e mais cedo do que as mulheres?
A resposta é complexa, depende de muitos fatores e tem raízes
culturais profundas. Volto um pouco no tempo para me fazer entender. O filósofo grego Aristóteles,
que viveu há cerca de 2.400 anos,
dizia que as mulheres eram “deformidades naturais e homens imperfeitos”. Reza a lenda bíblica que
Eva fora criada a partir da costela
de Adão. Na Idade Média, havia a
crença de que as mulheres eram
por natureza “frívolas, avarentas e
de inteligência limitada”. No Brasil,
a mulher só teve direito ao voto na
década de 1930. A história das sociedades que nos antecederam relaciona-se fortemente com o ideal
de superioridade masculina.
Essa constatação, porém, parece gerar uma carga pesada demais
para ser sustentada pelos homens.
Na medida em que necessitam
afirmar sua força e superioridade
(mesmo que inconsciente), os homens não conseguem expor suas
fraquezas, cuidam-se menos e não
se permitem ser cuidados. Acumulam diversas tensões que, ou
geram infartos do coração e derrames cerebrais, ou acabam em discussões no trabalho, no trânsito e
na rua. Educados a não expressar
seus sentimentos e a “engolir em
seco” as angústias, ou batem em
suas mulheres, ou abusam do álcool e outras drogas. Como se
acham imortais, cuidam pouco da
sua saúde, não procuram médicos regularmente e, muitas vezes,
quando procuram já é tarde de-
mais. A saída para mudar a saúde
dos homens é aprender a viver
diferente e educar os filhos para
crescerem com uma nova mentalidade. Deixemos os meninos chorar e usar roupas de qualquer cor
para que se libertem dos preconceitos e possam expressar seus
sentimentos. Deixemos o homem
limpar a casa, cuidar dos filhos...
Só assim, os homens aprenderão
o real sentido de cuidar de si.
E as próstatas? Estudos recentes confirmam: a maneira mais
efetiva de reduzir a incidência do
câncer de próstata é orientar os
homens saudáveis a não fazer o
exame de PSA. Dessa forma, os
homens mantêm sua expectativa
de vida, têm pouca ou nenhuma
diferença no risco de morrer de
câncer de próstata e evitam os danos associados aos exames e tratamentos.
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
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Estudantina
O TERÇO
Janaína Dutra
Da vontade de aprender
ao aprender com vontade.
Pe. Pedrinho
Jornada Mundial
da Juventude
Sempre achei que aprender era incrível. Nunca me
esqueço da emoção que senti quando aprendi a
escrever a palavra “oi”, aos quatro anos, no “jardim”, com a “tia Marlene”.
Desde então, com as historinhas que a mãe contava, eu fui alimentando essa vontade de ler e
escrever. Eu pedia para ela repetir
a mesma história umas cinco vezes
por dia. Coitada! Lembro também
de quando eu troquei meu bico por
uma revistinha do Dragon Ball Z.
Consegui ficar sem a chupeta até ler
toda a revistinha. Depois, o pai teve
que me dar um bico novo.
Na escola, sempre tive facilidade. Mas nunca fui daquelas alunas
exemplares. Até porque falo demais. Só que as minhas notas sempre foram boas. Hoje, estou cursando o terceiro ano do ensino médio e
tenho que agradecer a minha família pelo enorme incentivo.
Desde que entrei no ensino médio estou me preparando para os
temidos vestibulares e para o Enem
[Exame Nacional do Ensino Médio].
Pretendo dar muito orgulho para
meus pais. Foi maravilhoso ver os
olhos da minha mãe se encherem
de lágrimas, quando ela viu meu
nome na lista de aprovados para
odontologia, no final do ano passado. E isso comigo fazendo o vestibular só por experiência...
Sempre achei muito importante
ter uma formação, aprender conti-
nuamente. E, até agora, está dando
tudo certo. A maioria dos jovens
da minha idade está quebrando a
cabeça para definir seu futuro. Eu,
porém, sempre soube o que quero
fazer: fonoaudiologia. Ser fonoaudiólogo é incrível, já que esse profissional ajuda seu paciente a adquirir,
restabelecer ou aperfeiçoar a comunicação humana. E nada pode pagar
a emoção de ouvir a primeira palavra de uma pessoa que acabou de
conseguir um aparelho auditivo, a
primeira sílaba de alguém que teve
sua fala interrompida, ou, ainda, a
alegria de uma mãe que consegue
ouvir, mesmo que tardiamente, seu
filho dizer a palavra “mãe”. Como
disse Mara Behlau, “ser fonoaudiólogo é ouvir uma lágrima; articular
uma emoção; vocalizar um desejo;
ler a alma; escrever um sorriso”. E
foi por esses e outros motivos que
eu não escolhi fazer odontologia, direito ou alguma engenharia.
Nova etapa à frente
Só que, para isso, vou ter que
deixar Santa Rosa de Lima, minha
família e meus amigos. Isso só se
torna menos difícil porque foram
eles que sempre me apoiaram e
que me ensinaram a seguir meus
Anote aí
sonhos. Por isso, estou lutando e
estudo muito. Em agosto, começo
o curso do Pró Universidade em Tubarão. Vai ser corrido estudar pela
manhã na escola, trabalhar à tarde
e fazer o pré-vestibular à noite. Mas
vale a pena quando é para fazer o
que se gosta.
Hoje em dia temos tantas oportunidades. Está muito mais fácil
seguir nossos sonhos e fazer uma
faculdade. É só ter determinação,
“correr atrás” e estudar muito.
Aquelas dúvidas, contudo, permanecem: será que vai dar certo? Será
que é isso mesmo o que quero para
o meu futuro? É uma fase complicada em nossas vidas. Mas, também,
não passa de uma fase.
Sei que é fácil falar que precisamos estudar intensamente, que necessitamos nos dedicar muito. Compreendo por mim mesma que, na
prática, não é tão simples assim. São
tantas as distrações... Tudo parece
ser bem mais interessante ou mais
divertido. Como passar horas no facebook ou ir a festas. Tenho certeza,
todavia, que quem trocar o “face” ou
algumas festas por se dedicar aos
estudos não vai se arrepender. Afinal, o que está em jogo são nossos
sonhos, é o nosso futuro.
!
Feijoada e bingo beneficente da Apae
No dia 23 de agosto, a Apae SRL – Associação de pais
e amigos do excepcionais de Santa Rosa de Lima,
promoverá um bingo beneficente no salão comunitário de igreja matriz.
Com início às 19 horas, o jogo será acompanhado por
uma suculenta feijoada.
Segundo Norma Oenning Feldhaus, mãe e voluntária
na Apae, cerca de 70 brindes já foram arrecadados.
As cartelas para o bingo e os ingressos para a feijoada, no valor de R$5,00, já podem ser adquiridos antecipadamente com os membros da diretoria da Apae,
com vereadores e com membros do Lions Clube.
3ª Conferência Municipal de Assistência Social
Dia 5 de agosto de 2013
Local Salão Velho
12:30h - Credenciamento;
13:30h - Abertura com palestra de Francisca Leonel.
Torneio de Bocha no bar do Jundiá – Rio do Meio
Dia 3 e 4 de Agosto de 2013.
Durante o torneio haverá serviço de bar e cozinha.
No domingo, serão servidos almoços por encomenda. Reservas pelo fone: (48) 3654-0185 – Ramal 24.
Valor da inscrição: R$100,00
Premiação:
1º lugar: Um boi de 130kg e mais R$200,00
2º lugar: Um boi de 110kg e mais R$100,00
3º lugar: Um suíno de 130Kg e mais R$100,00
Venham disputar, torcer, conversar, comemorar e
“bebemorar”.
Festa em honra a padroeira Santa Rosa de Lima
Dias 30 e 31 de agosto e 1 de setembro.
Procissão, missa, almoço colonial, bailes e trilha de
moto são alguns dos atrativos na programação.
O almoço e o baile ocorrerão no salão comunitário de
Santa Rosa de Lima
“Ide e fazei discípulos entre todas
as nações!”(Mt 28,19)
Com este lema, jovens de todo o mundo foram convocados para participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, entre os dias
23 e 28 de julho de 2013. Foram dias de muita
alegria e engajamento entre todos, não apenas
dos jovens, mas de milhões de pessoas que se
deixaram tocar por esse apelo de Jesus. Assumir
a missão de convocar irmãos e irmãs para o seguimento do Salvador. A missão de ir ao encontro dos afastados.
Tive a alegria de acompanhar um grupo de
peregrinos. Éramos em 42 no mesmo ônibus,
representantes das Paróquias de Rio Fortuna,
Orleans, Braço do Norte e Rio Bonito. Da Diocese de Tubarão foram mais de 800. Muito antes
da realização da jornada, fizemos uma grande
caminhada de preparação para esse momento
tão importante. Nós, peregrinos, tivemos oportunidade de participar de momentos de formação,
de visita às comunidades e famílias, de envio diocesano e paroquial.
O que trazemos da Jornada Mundial da Juventude?
Foi uma extraordinária missão. Aprendemos
muitas lições. Podemos destacar principalmente a integração, a alegria, a fé, a entreajuda dos
jovens que nos acompanharam, desde a viagem
como em todos as atividades que participaram:
via-sacra, peregrinação, vigília, missas e tantas
outras. A Jornada nos mostrou o que foi o Pentecostes (At 2,1ss), e com certeza, podemos
comparar a JMJ a um novo Pentecostes: “povos
de diferentes raças e línguas que se entendiam,
unidos pela mesma fé em Jesus Cristo”.
Todos ficamos muito encantados com o Papa
Francisco. Sua simplicidade, a profundidade de
suas palavras, sua forma pessoal de ser cativaram a todos. Usando expressões e comparações
simples, deixou a grande mensagem de esperança no agir dos jovens. Recordou a todos que
“o campo da fé é o coração dos próprios jovens
onde a semente do Evangelho é lançada e mesmo que haja espinhos e pedras, há um pouco de
terra boa e é nesse pouco que Deus fará germinar a semente”.
Não podemos deixar de agradecer e enobrecer a acolhida do povo carioca. Ficamos hospedados em casas de famílias na Paróquia Nossa
Senhora do Desterro, no bairro Campo Grande.
Fomos tratados como membros dessas famílias.
Fica a grande lição da acolhida.
A semente foi lançada. Depende de todos nós
darmos espaço para que essa semente dê seus
frutos.
A bênção do Senhor seja derramada sobre
todos!
Pe. Pedrinho
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Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
M&M Maratcha e Mentira
Edésio Willemann
Edson Baumann
Muitas felicidades à gatíssima Apoliana Vandresen
Weber, que completou seus 15 anos no dia 24 de julho. Sucesso! São os votos de todos os familiares e
amigos.
Jonas e Alfonso Külkamp festejaram juntos, no dia 16 de julho, a passagem de seus aniversários. Como
de costume os Külkamp reuniram a família para a comemoração. Parabéns aos dois e que muitas novas
reuniões alegres como essa possam ocorrer no futuro.
Vó Augusta, no dia 9 de agosto, completa seus 73
anos de vida. “Que você tenha muita saúde. Desejamos muitas felicidades”. São os votos de sua bisneta,
netos, filhos, noras e genros.
A APP da EEB Professor Aldo Câmara agradece a participação de todos na festa julina realizada no último
dia 20. Graças a vocês todos a festa foi um sucesso.
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Parabéns ao João Vitor da Silva, que
comemorou seus nove aninhos no último dia 16 de julho. A homenagem é de
seus pais, Alexandre e Marlete.
Karoline Beckhauser recebe os cumprimentos de seus pais Remi e Celene
e de seu irmão Guilherme. Ela completou mais um ano de vida no dia 22 de
julho.
Diego Külkamp comemorou mais um
aniversário no dia 22 de julho. Os votos de felicidade são de sua irmã Diana
e toda sua família.
Parabéns a nossa amiga Marieta que, no dia
15 de agosto, completa mais um ano de vida.
Desejamos muita saúde, paz, amor e felicidade,
é o que dizem seu filho Alexandre, seu esposo
Vilson e seu pai Martinho.
Nivaldo Roberto Baumann
aniversariou no dia 31 de
julho. Sua esposa Adema e
seus filhos Edson e Mateus
sentem muito orgulho pelo
marido e pai que você é. “Te
desejamos muita saúde, felicidade, amor e sucesso”.
25
Felicidades à Jean Carlos, que no dia
09 de agosto completa 17 anos . “ Estudioso e educado, você é um orgulho para sua família em espacial para
seus pais”.
Bertino Dutra soprou velinhas. Quem presta
homenagem é sua filha Denise e seu neto Enzo.
“Queremos agradecer a Deus por ter você em
nossas vidas, Que tenhas em dobro tudo o que
já fizeste por sua família”.
Deivid e Samara comemoraram seus aniversários no mês de julho.
Ela, no dia 1º e ele, no dia 11. Parabéns ao jovem casal. A homenagem
é de Letícia e Dilnei.
Felicidades a Maria Aparecida Medeiros, a Cida.
Uma leitora assídua do nosso jornal lá na capital. Parabéns pelo seu aniversário, são os votos
de seu marido Gilmar e seu filho Arthur!
Uma homenagem especial a nossa inesquecível professora Siuzete
Vandresen Baumann. Feliz da vida, ela comemorou com amigos e familiares seus 50 anos de vida. Ao som de gaitas, pandeiro e violas, a
festa foi um sucesso. Felicidades!
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Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Esporte Total
Ana Maria Vandresen
Mata Verde
Disputa pelo terceiro
lugar, goleiro menos
vazado e artilheiro
Jogadores comemoram primeiro gol da Mata Verde na final
Goleiro do Guerreiros defende dois penaltis e garante o 3º lugar.
A final do Campeonato Municipal de Futebol de Campo 2013 foi emocionante. De
tirar o folego, com 7 gols. O equilíbrio foi
tanto que o título foi disputado na prorrogação, após um empate em 3 a 3 no tempo
normal. Mata verde saiu na frente, logo aos
cinco minutos de jogo. Após um escanteio
pelo lado direito, Teco concluiu de cabeça
e abriu o marcador. Nova Fátima não demorou muito para reagir e, aos 18 minutos,
Roberto mandou um belo chute de fora da
área, a bola bateu no travessão, resvalou
no pé do goleiro Eberson e entrou. No segundo tempo, a Nova Fatima virou o placar,
com Ricardo, aos 16 minutos. Logo depois,
Fernando de cabeça igualou novamente a
partida. O 2 a 2 prosseguiu até os 44 minu-
Guerreiros e Bela Vista empataram em 1 a 1 no tempo
normal e fizeram uma prorrogação sem gols. Assim, a disputa do terceiro lugar foi para
os pênaltis. E os Guerreiros levaram a melhor. Interessante
que os troféus de goleiro me-
comemora o tri-campeonato
tos finais. As equipes pareciam já se preparar para a prorrogação quando Mauricio
mandou um “pombo sem asa” de esquerda e parecia ter selado o resultado. Mata
Verde parecia campeã. Mas como “jogo
de futebol só acaba quando termina”, nos
acréscimos, Leandro empatou para Nova
Fatima. As duas equipes foram para mais
30 minutos de confronto. O cansaço pesava para todos e a equipe da Mata Verde fez
entrar Luiz Miguel para dar um pouco mais
de movimentação. E foi ele que, pouco depois de ter entrado, fez o gol que deu o tricampeonato a Mata Verde.
Leia a Coluna da Comunidade Mata Verde para ver mais detalhes da festa que se
seguiu.
Equipe da Nova Fátima que fez um ótimo campeonato e foi vice-campeã.
nos vazado e de artilheiro ficaram com o quarto colocado, a
equipe do Bela Vista. Chico foi
o arqueiro que tomou menos
gols em todo o campeonato e
Graziane foi quem mais balançou as redes dos adversários.
Parabéns a todas as equipes.
Estadio Municipal Flávio José Dutra em noite de final.
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
27
Registramos
Torcida compareceu em peso na final do campeonato.
Equipe feminina de futebol de campo defendia a bandeira
de SRL em diversos campeonatos.
Campeonatos
Veterano
e Feminino
Coluna Mata Verde homenageia Tonho
Kunha o “Tudo” do time.
A mulherada pode começar a se aquecer, pois
os próximos campeonatos a movimentar o Ginásio Municipal de Santa
Rosa de Lima serão os
de futsal feminino e de
veteranos.
Motocross
movimenta Pinheiral
Dobradinha Germano e Dudu no podium.
SRL no campeonato da ADESC
Equipe feminina de Futsal no campeonato ADESC.
Na quinta rodada do campeonato das
categorias inferiores da Associação Desportiva Sul Catarinense (ADESC), no naipe
masculino, Santa Rosa enfrentou a forte
equipe de Braço do Norte. E o visitante
favorito fez jus às expectativas. Na Categoria sub 11, ganhou de 5 x 2; no sub 13,
sapecou 13 x 1 e no sub 15, 8 x 2.
Os meninos de Santa Rosa vão ter
tempo para se recuperar e acertar os
ponteiros. Descansam nos jogos de 3 de
agosto e só voltam à quadra em 31 de
agosto, em Grão Pará.
Também pela quinta rodada, nossas
meninas enfrentaram o time de Siderópolis. A sub 12 não jogou porque os ad-
versários não têm equipe nessa categoria. Na sub 14, Santa Rosa goleou: 5 x 0. Já
na sub 16, o jogo foi equilibrado e disputado até o final, fechando em 6 x 5 para
Santa Rosa.
E já pela sexta rodada as santarosalimense enfrentaram, em casa, Urussanga.
Na categoria sub 12, uma bela vitória por
7 x 2. No sub 14, mais um placar elástico
favorável de 3 x 0. O que não aconteceu
no sub 16. As visitantes pressionaram durante todo o tempo e acabaram conquistando a vitória: 2 x 0 para Urussanga.
O próximo confronto é com Tubarão,
dia 10 de agosto, lá na cidade azul.
28
Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL
Safra 2012
A colheita referente aos projetos
“semeados” no ano passado continua.
Neste último final de semana (3 de
agosto), Santa Rosa de Lima recebeu
do Governo Federal uma retroescavadeira. O maquinário obtido faz parte
da segunda fase do PAC 2, Plano de
Aceleração do Crescimento. Os investimentos são realizados pelo Ministério
do Desenvolvimento Agrário. Em Santa
Catarina, agora em agosto, serão entregues 225 retroescavadeiras. Ainda
como resultado de demanda apresentada ao governo federal pela administração municipal anterior, em outubro
próximo chega uma motoniveladora e
em janeiro de 2014, um caminhão. No
total, serão 810 máquinas entregues
pelo Governo Dilma às prefeituras catarinenses.
Modos “diferentes” de agir
Interessante observar como as pessoas agem para resolver problemas e
conflitos. Será que é uma questão de
educação? Há os que serenamente
reúnem boas informações sobre possíveis “derrapagens” ocorridas, com
elas tomam as decisões corretas e resolvem, onde devem fazê-lo, os conflitos e impasses surgidos. Há também
aqueles que preferem não fazer isso
e se apresentar em uma tribuna para
“posar” de ofendidos e indignados, apelando para um inútil blá-blá-blá . Agindo
assim, apenas criam mais conflitos e, é
claro, nada resolvem. Diferentes práticas, diferentes resultados.
Comunidade premiada
O Centro Comunitário Santa Izabel
da comunidade do Rio Bravo Alto foi o
ganhador de uma carta de crédito no
valor de R$ 50.000,00, no último sorteio da Campanha Premiada Cresol. O
Presidente do Centro Comunitário está
vibrando com a premiação. “O prêmio
veio em boa hora e vai ser muito bem
aplicado. Vai gerar um bom resultado,
vamos fazer melhorias tanto no salão,
quanto na igreja e nos arredores”, declarou. Parabéns a toda a comunidade.
Reunião da Câmara Técnica de
PCH
A Câmara Técnica de PCH do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão
e complexo Lagunar teve sua primeira
reunião no último dia 23 de julho. Na
reunião começaram a ser dados os primeiros passos para a sua estruturação.
É um espaço de discussão e elaboração de políticas e estratégias para mi-
nimizar os impactos das PCH na nossa
região. Santa Rosa de Lima está representada pelo vereador Luiz Schmidt.
Planilhas divergentes
Recentemente, a administração municipal apresentou à Câmara de Vereadores uma planilha com as receitas
recebidas por SRL durante o ano de
2013. Até aí tudo bem, informação é
sempre importante. Estranho é que
os números expostos à casa legislativa não confiram com as informações
disponíveis, por exemplo no próprio
portal da transparência. Os números
apresentados pela contabilidade da
prefeitura apontam que o município estaria recebendo menos recursos neste
ano, comparado ao ano de 2012. Fica a
pergunta: por que a discrepância? Por
que a tentativa de fazer parecer que
o município teria recebido menos recursos do que no mesmo período em
2012?
Números reais e confiáveis
Para tirar qualquer dúvida e conferir o que realmente o município recebe
de recursos é fácil, é só acessar o site:
http://receitas.fecam.org.br Acesse e
acompanhe as informações prestadas
pela Federação Catarinense dos Municípios. (veja página 10)
Papagaios de pirata
O significado mais comum para essa
expressão é pessoa que gosta de aparecer à custa de outras. E ela é muito
usada para fotografias. Afinal, o papagaio de pirata sempre apareceria nas
fotos por estar pousado no ombro do
seu dono. Políticos de todos os níveis
adoram isso.
O uso e o abuso dessa prática impressionam a quem visita os bancos
de imagens de alguns sites oficiais ou
a quem recebe releases de assessorias
de comunicação pagas com o dinheiro
público. Claro que isso não reflete o desejo de quem prepara sites e releases,
mas a postura dos “papagaios”. Você
vai ver as fotos de uma premiação e
pouco vê dos premiados. Ou o pobre
“medalhado” sempre aparece ladeado
por secretários ou vereadores. Pelas
caras, parece que quem realizou a conquista são os que estão nos ombros.
Pode ser uma boa dica
No mês passado foi lançado em
Santo Amaro e Caldas da Imperatriz um
novo jornal, que tem o nome de Mídia
Live. Ele dá uma indicação útil aos poderes públicos e aos empresários daquela região. “Um dos maiores problemas para um anunciante é estar num
veículo de comunicação totalmente
poluído e cheio de anúncios. Anunciar
num local assim é jogar dinheiro fora,
pois o leitor praticamente não prestará
a atenção na sua mensagem.”
O que vale lá parece também valer por aqui. Você não concorda, caro
anunciante-leitor?

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