Mata Verde é Tricampeã
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Mata Verde é Tricampeã
ANO 1 - Nº 4 • Edição Mensal - Agosto/2013 • O Jornal de Santa Rosa de Lima • Distribuição gratuita. Venda Proibida. Mata Verde é Tricampeã Depois de intermináveis 120 minutos de partida, equipe venceu Nova Fátima e fez jus ao título. Pág. 26 Caminho da Escola: três novos ônibus para SRL Pág. 2 Agricultura Familiar é Patrimônio Pág. 12 Município terá nova unidade de saúde Pág. 7 2 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Reportagem ESPECIAL Mariza Vandresen Para o banco da escola, antes e depois tem o banco do ônibus Graças ao Programa Caminho da Escola do Governo Federal, crianças e adolescentes de SRL terão transporte mais seguro e confortável. de educação e do seu ministério. O PAR de 2011 tem validade até 2014. A liberação dos ônibus foi anunciada nos primeiros dias de dezembro de 2012 e a confirmação do empenho à prefeitura ocorreu no dia 7 daquele mês. Serão três unidades “zero quilômetro” a compor a frota municipal do transporte escolar: dois ônibus da Mercedes Bens do Brasil (um no valor de R$240.500,00 e outro, R$250.500,00) e um micro da Marco Polo (no valor de R$ 196.500.00). Assim, as viagens escolares de Igor, Douglas, Daniel e tantos outros estudantes de Santa Rosa de Lima poderão ser mais seguras e confortáveis. Não se dormiu no ponto Micro-onibus, modelo da Marco Polo, foi o primeiro a chegar renovando a frota municipal. Faça chuva ou sol, frio ou calor, às 5h45min da manhã Igor Bonetti se levanta. Todos os dias, de segunda a sexta. Ele tem 16 anos e estuda na segunda série do ensino médio na E.E.B. Professor Aldo Câmara. Conforme informações dos motoristas do transporte escolar, é o aluno que reside mais afastado nas rotas realizadas pela frota que serve às redes municipal e estadual de ensino. Em Santa Bárbara, a 24 quilômetros do “colégio”, ele embarca as 6h20min num dos ônibus mais antigos da frota escolar, com 21 anos é um modelo Nielson 1992, fabricado pela Marco Polo. Com Igor, embarcam, ao longo da linha até o centro, cerca de sessenta alunos. Ademar Heidemann, o motorista, diz que eles percorrem sessenta quilômetros, “todos os dias, é trinta pra ir, trinta pra voltar”. Em boas condições de tráfego, chegam à escola às 7h30min. Depois das aulas, Igor almoça por volta das 13h20min, quanto retorna a sua casa. No outro extremo de Santa Rosa de Lima, os irmãos Douglas Guilherme e Daniel Alberto Israel também acordam às 5h45min. Tomam café e se encaminham para o “ponto”, onde embarcam, Serão três unidades “zero quilômetro” a compor a frota municipal do transporte escolar, recursos na ordem de R$ 685.500,00. às 6h10min. A distância entre o Campo do Rio Bravo e o centro é menor, são cerca de 19 quilômetros. A logística do transporte, porém, faz com que o tempo de percurso seja igual ou até maiordo que aquele do Igor. A primeira parte da viagem é percorrida em uma Kombi. Douglas explica que o trajeto demora, pois eles precisam pegar mais alunos em outros lugares. Na cabeceira do Rio Bravo, os dois e mais uma dezena alunos trocam de veículo e embarcam no mais antigo ônibus em operação na frota. O modelo é o mesmo que o ônibus de Igor, mas esse é ainda um ano mais velho. Com esse veículo escolar de 22 anos, eles chegam ao Centro educacional também por volta das 7h30min. Preocupada com esta situação, que à época era quase geral, a administração municipal conseguiu que, em novembro de 2008, o município fosse contemplado com dois ônibus. São os “Mercedes” que, hoje, atendem às linhas da Mata Verde e da faculdade. E, em 2011, a secretaria municipal de educação fez mais uma solicitação de três ônibus novos ao Governo Federal. O pedido se deu via Plano de Ações Articuladas (PAR), que é um instrumento de planejamento do sistema nacional Salésio Wiemes, secretário municipal de educação à época, esclarece que se os ônibus estavam previstos no Plano de Ações Articuladas, Santa Rosa de Lima foi contemplada graças a atuação do deputado federal Décio Lima e da bancada catarinense do Partido dos Trabalhadores no Congresso Nacional. “Por isso, foi do gabinete do deputado Décio que, no final de março deste ano, recebemos o comunicado de que uma ordem bancária no valor de R$ 687.500,00 havia sido depositada, no dia 23 do mesmo mês, em uma conta da prefeitura de Santa Rosa de Lima.” O Canal SRL tentou contato com o gabinete do deputado para que ele esclarecesse o porquê dessa opção por Santa Rosa de Lima, a princípio distante de sua base eleitoral e área de ação mais direta. Infelizmente, apesar da insistência da reportagem, não se conseguiu um retorno do parlamentar. Como consta no Portal da transparência, em 24 de abril a prefeitura realizou o empenho para a aquisição das três unidades. Rudinei Pacheco, o atual secretário de educação, informa que o micro já chegou e que ele e sua equipe aguardam ansiosos pela chegada dos outros dois. “Os ônibus antigos devem ser substituídos, pois eles causam transtornos e muitos gastos em manutenção”. Segundo a própria secretaria, hoje os veículos de transporte Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL 3 Comunidade RIO BRAVO ALTO Karla Folster | Ana Paula Vanderlinde | Júnior Alberton da educação têm idade média de 10.9 anos e com a chegada das novas unidades a média passará a ser de seis anos e meio. “Com estes três ônibus novos, economizaremos muito e, por isso, esperamos que eles venham logo. Queremos fazer um ato solene de entrega e convidar o deputado Décio Lima, em reconhecimento ao empenho dele para beneficiar o nosso município. Como disse a prefeita, quem ajudar o município será valorizado”, afirmou o secretário. As linhas a serem servidas Com relação às linhas que serão atendidas pelas novas unidades, Rudinei Pacheco garante que serão O programa Caminho da Escola Em Santa Rosa de Lima, três em cada quatro estudantes das nossas escolas residem em áreas rurais (fora do perímetro urbano). No Brasil, são cerca de 8,4 milhões de estudantes na educação básica nesta condição. O Programa Caminho da Escola faz parte das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do Ministério da Educação. Com recursos do FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação) e do PAR, o programa permite a renovação e a padronização da frota escolar, para assegurarmais qualidade e segurança no transporte escolar. Ônibus antigos serão substituídos. respeitados os critérios de localização, do número de alunos e do tempo de serviço dos funcionários que operam no transporte escolar. Com base nisso, julga que um dos ônibus maiores será para a linha da Santa Bárbara. “O micro, por ser tracionado, poderia fazer a linha da Nova Esperança, pois foi o único lugar em que, este ano, tivemos problemas de transporte por causa das condições da estrada. No entanto, o número de alunos desta linha é maior que o número de lugares do veículo”. Entre os motoristas a expectativa é grande. Segundo Leandro Leeser, coordenador do transporte escolar, todos os motoristas gostariam de dirigir os ônibus novos. Especula-se entre eles que as linhas de Santa Bárbara, do Rio Bravo e do Rio do Meio serão as contempladas, mas ainda não há nada oficial. Os estudantes Igor, Douglas e Daniel, por sua vez, se mostraram esperanços os de que os novos ônibus sejam usados por eles. As projeções do secretário de educação são bastante otimistas. Considerando que foram realizadas algumas adequações e atualizações no PAR do município, ele diz pretender renovar toda frota escolar em dois anos. “Até porque isso faz parte da política do governo federal”, alega Pacheco. Diretor: Sebastião Vanderlinde Diretora: Mariza Vandresen Estrada Geral Águas Mornas, s/n. CEP 88763-000 Santa Rosa de Lima - SC. Tel. (48) 9944-6161 / 9621-5497 E-mail: [email protected] Os ônibus Os ônibus são fabricados com especificidades e adequados às condições em que trafegam em áreas rurais: tração 4x4, melhor vedação para evitar a entrada de poeira, maior isolamento térmico nos vidros laterais, reposicionamento do filtro de ar, engates para reboque externos. A segurança também é garantida com cintos de segurança em todas as poltronas e compartimento superior para mochilas. O corredor é estreito para que os alunos permaneçam sentados. Ao mesmo tempo, é assegurada maior acessibilidade a pessoas com deficiência. Um dos ônibus virá na versão com plataforma elevatória (elevador). Fundado em 10 de maio de 2013, dia do 51º aniversário de Santa Rosa de Lima Jornalista Responsável: Mariza Vandresen Diretor-executivo (Circulação, Comercial, Financeiro, Publicidade e Planejamento): Sebastião Vanderlinde Revisor e editor (voluntário): Wilson (Feijão) Schmidt. Primeiro Encontro da Família de Bernardo Eller No dia 20 de julho, nossa comunidade foi sede do primeiro encontro da família dos descendentes de Bernardo Eller. O evento iniciou com uma missa na capela Nossa Senhora da Piedade, celebrada pelo padre Marcelo Buss e cantada pelos netos e bisnetos de Seu Bernardo: Anita, Delmo, Patrícia e Leandro Eller. Durante o ato religioso, foram apresentados no altar diversos objetos e alimentos que faziam parte da vida e do cotidiano dos tempos idos desta família. Após a celebração, todos foram recepcionados no salão comunitário Princesa Isabel, para um típico almoço colonial. Com o auxílio de um projetor, Patrícia Eller Wiggers, da quarta geração, realizou uma apresentação sobre a história desta família, desde a saída da Alemanha do pai de Seu Bernardo até os dias atuais. Foram onze os filhos de Bernardo e todos já estão falecidos. As três noras ainda vivas foram homenageadas: Mota Berta, Mota Adelina e Mota Matilde. Como forma de propagar e resguardar os documentos, fotos e dados coletados na elaboração da história de vida dos ascendentes e descendentes de Bernardo Eller, todas as famílias participantes receberam em mãos um livreto e um CD contendo as diversas informações e imagens resgatadas. Para os organizadores, o evento superou as expectativas. Estima-se que cerca de quatrocentas pessoas tenham participado da confraternização. Também os descendentes dos irmão de Bernardo, Henrique e Antônio Eller tomaram parte do evento. A bisneta Patrícia Eller declarou que foi um momento muito emocionante. “Familiares que não se viam há mais de vinte anos puderam se reencontrar. Os parentes que moram longe também vieram. Com este encontro, pudemos estreitar muitos laços com nossos familiares”. Por isso, ela registra um grande agradecimento a cada um dos que estiveram presentes e, principalmente àqueles que se dedicaram à realização do evento. Parece que ficou em todos um desejo de, em breve, realizar e participar de um segundo encontro. Nosso estudante na Agronomia da “Federal” A partir de 12 de agosto, teremos um morador do Rio Bravo “ralando” no Centro de Ciências Agrárias da UFSC. Luis Henrique Bonetti Vanderlinde vai continuar seus estudos de Agronomia, mas agora na Federal. A UFSC, além de ser uma das melhores universidades do Brasil, é pública e gratuita. Entretanto, é preciso, morar, pagar transporte e se alimentar em uma das cidades mais caras do Brasil. Por isso, Luis pretende conciliar seus estudos com um trabalho. Para ele, sucesso e muito tempo de pé nas filas do RU e muitas horas sentado nos espaços de estudo da BU (respectivamente, Restaurante Universitário e Biblioteca Universitária). O Canal SRL é uma publicação mensal da Editora O ronco do bugio. Só têm autorização para falar em nome do Canal SRL os responsáveis pela Editora que constam deste expediente. Diagramação e Arte: Qi NetCom - Anselmo Dandolini Distribuição: Editora O ronco do bugio Tiragem desta edição: 1000 exemplares Circulação: Santa Rosa de Lima (entrega gratuita em domicílio). Dirigida, também, a prefeituras, câmaras e veículos de comunicação do Território das Encostas da Serra Geral e a órgãos do Executivo e Legislativo estadual e federal. Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Tensão na Praça Inquérito Civil é instaurado para apurar possibilidade da instalação da nova rede de energia elétrica no perímetro urbano de SRL estar em desrespeito à legislação. A promotora Júlia Wendhausen Cavalazzi, da Comarca de Braço do Norte, instaurou o Inquérito Civil número 66/2013, com a finalidade de apurar eventuais irregularidades na instalação dos postes para a passagem da nova rede de energia no perímetro urbano de Santa Rosa de Lima. A ação foi movida depois que moradores locais realizaram um abaixo assinado solicitando esclarecimentos e garantia de acessibilidade e segurança. O Ministério Público (MP) afirma que buscará promover todas as diligências necessárias para que os direitos e garantias dos moradores não sejam violados, para evitar novos desrespeitos às normas constitucionais e legais e para apurar a responsabilidade de quem, por ação ou omissão, tenha cometido irregularidades. No inquérito o MP usa como base, entre outras leis e argumentos, o Código Brasileiro de Trânsito, que assegura ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas nas vias urbanas; a norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que estabelece as especificações técnicas de acessibilidades em calçadas, passeios e vias de pedestres; o Decreto 5.296/2004 que dispõe sobre as regras previstas para a promoção da acessibilidade. A promotora Júlia Wendhausen Cavalazzi determinou que o município de Santa Rosa de Lima e a empresa PCH Santa Rosa S.A. fornecessem informações acerca da implantação de postes de transmissão de energia e da observância das legislações referidas. Permanece o “curto-circuito” de informações Em resposta à diligência, a empresa PCH Santa Rosa e a Ceral encaminharam documentos comprobatórios ao MP. Segundo Luciano Quadros, diretor da PCH, foi realizada, em seguida, uma audiência com a promotora. Na ocasião, ela teria informado que a instalação da nova rede se encontraria juridicamente correta. “Hoje o único impedimento para darmos continuidade à instalação da rede é o embargo realizado pela prefeitura municipal. Já encaminhamos todas as solicitações e esperamos que em breve o executivo municipal retire o embargo”, declarou Quadros. A prefeitura, notificada pelo MP por deter a responsabilidade da promoção da política de desenvolvimento urbano, enviou cópia do embargo, justificando que a empresa, até aquele momento, não havia formalizado nenhum pedido para a realização da obra. “O embargo está valendo”, confirmou o assessor jurídico da prefeitura Sandro Volpato, “vamos analisar os documentos [de defesa encaminhada pela PCH Santa Rosa e pela Ceral] e só assim poderemos emitir algum parecer”. Luciano afirma que tal documentação já foi enviada à prefeitura e que aguarda a decisão. Até o fechamento desta edição, não havia deliberação sobre o levantamento do embargo da obra pelo executivo municipal. Representantes da sociedade civil que assinaram o abaixo assinado se mostram satisfeitos com o encaminhamento feito pelo Ministério Público. Para o vereador Luiz Schmidt, um dos participantes da mobilização dos moradores, a reivindicação era que fossem garantidos os direitos à acessibilidade e ao conforto por parte dos moradores, “acreditamos que sem a interferência do MP esses nossos direitos não teriam sido assegurados”. Um dos postes que deverá ser removido. Comissão deve acompanhar instalação da rede Uma comissão foi estruturada para acompanhar a execução, no centro de Santa Rosa de Lima, de rede compartilhada entre a Ceral e a empresa PCH Santa Rosa. Ela é composta por Wanio Lemkuhl (moradores), Salésio Wiemes e Edna Bonetti (Câmara de Vereadores), Ralf Ballmann e Siuzete Vandresen Baumann (Ceral), Luciano Quadros (PCH Santa Rosa) e Edson José Vandresen (Prefeitura Municipal). Na reunião realizada no dia 19 de julho, ficou acertado que tal comissão tem poderes para decidir pois é representativa dos segmentos envolvidos. Segundo Luciano Quadros, a decisão dos membros da comissão pela continuidade da obra foi unânime, desde que seja assegurado um diálogo contínuo com a comissão e com os moradores. “Sugeriuse ainda uma reunião com a participação do Ministério Público e que a prefeitura fosse incumbida de fazer o convite à promotora ou ao seu representante”, informou Quadros. Wanio Lemkuhl, representantes dos moradores, disse que muitas informações que chegaram a eles estavam distorcidas ou pouco fundamentadas e que houve falta de comunicação com a comunidade. “Seria bom se os moradores proprietários de locais onde serão substituídos os postes no passeio pudessem sugerir adequações para melhoria da acessibilidade”. Já o representante da prefeitura solicitou que a empresa, juntamente com a Ceral, se empenhasse no sentido de melhorar a acessibilidade na frente do Centro educacional e do Centro de convivência dos idosos (salão velho). A PCH assumiu o compromisso de melhorar a acessibilidade e informou que vai melhorar a estrutura da rede elétrica próxima a esses locais que, atualmente, estariam em situação de risco. Município realiza festa em homenagem ao Dia do Colono A festa reuniu centenas de pessoas. Estiveram presentes agricultores e também muitos moradores da “praça”. O evento foi uma realização da Prefeitura com apoio do comércio, da indústria e de entidades do município. Foi um dia com diversas atividades. Pela manhã, o público deu risadas com as provas da gincana, com um monte de crianças correndo atrás de coelhos e leitões, com casais disputando corridas em carrinhos de mão. No almoço, foram servidos carnes, saladas, pães e roscas para os adultos e ainda cachorro quente e pastel para as crianças. Em seguida, a atração foi um jogo de futebol entre moradores da margem direita e da margem esquerda do rio Braço do Norte. E a Banda Fandango na Brasa animou a tarde dos dançadores. Nova edição Segundo informações da assessoria de imprensa da administração municipal, a prefeita considerou a festa um sucesso e já está pensando na próxima edição em 2015. “Estava faltando que o nosso agricultor voltasse e ser lembrado e homenageado. Ele é a figura mais importante da nossa economia, portanto, nada mais justo que um evento como esse. No ano que vem, estaremos envolvidos na realização da Gümese Fest, mas em 2015 vamos realizar novamente a Festa do Colono”, destacou a chefe do executivo. Fotos: André Bianchini. ENERGIA ELÉTRICA 5 6 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL ZELAR Comunidade RIO DO MEIO Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente de SRL Ana Beatriz Kulkamp | Diana Kulkamp | Karine Neckel Nesta edição, a coluna busca homenagear o colono. Pensamos que uma forma de fazer isso seria ouvir jovens da nossa comunidade, para conhecer suas experiências e expectativa em relação à agricultura, à educação, a suas famílias, seus projetos e sonhos. Essa é uma maneira de apreciar o sentimento de pertencer ao campo que nossos bisavós, avós e pais deixaram para as novas gerações. Trocar o campo pela cidade nunca mais “Para mim, morar no campo e estudar é uma grande batalha. Tenho filho e pais que precisam muito da minha atenção. Também trabalho alguns dias “na praça”, mas não troco o campo por nada. Quero estudar para eu poder investir meus conhecimentos aqui mesmo. Já troquei, anteriormente, o campo pela cidade. Mas me arrependo muito. Hoje, estou feliz morando com minha família e no interior. Depois que comecei a estudar no curso de Educação do Campo pela UFSC tudo mudou. Antes disso, eu não tinha muitas expectativas para o futuro, mas agora, depois de ter completado um ano de curso, já penso muito diferente. Quero fazer algo para aprimorar o futuro das novas gerações de Santa Rosa de Lima. E para torná-las melhores.” Solange Roecker. É aqui que eu quero viver “Moro na localidade de Santa Catarina com meus pais e irmãos. Gosto de morar no campo. Aqui, posso fazer muitas coisas e tenho bastante liberdade. Também tenho água direto da nascente, ar puro, pouca poluição, muita mata nativa e posso ouvir todos os dias o canto dos pássaros. Sei que a vida nas cidades anda cada vez mais agitada e mais poluída. Eu estou no nono ano da escola Aldo Câmara e pretendo continuar meus estudos. Quero cursar uma universidade e gostaria de fazer Agronomia ou Veterinária, mas ainda não decidi qual das duas. Ainda tenho tempo para pensar. Mas uma coisa é certa: pretendo morar sempre no campo, mesmo tendo que sair para fazer faculdade ou outros cursos. É aqui que eu quero viver”. Daniela Külkamp. Aqui me criei e aqui quero ficar “Afirmo com muito orgulho que sou uma jovem do campo. Já “trilhei” vários lugares, participando de competições de atletismo e de futebol. Conclui o ensino médio aqui em Santa Rosa de Lima e frequentei durante um ano o Cedejor – Centro de desenvolvimento do jovem rural, em Lauro Müller. Nele, meu projeto teve como base o agroturismo. Fiz meu estágio no município de Atalanta, na propriedade de dona Úrsula Berschinock. Na minha formação, também participei de cursos voltados para o agroturismo e o cicloturismo. Minha escolha nesta área se deu por Santa Rosa de Lima ser capital da agroecologia e crescer, a cada dia, no agroturismo, assim como por morar perto da igreja Santa Catarina, um grande atrativo turístico. A minha proposta de empreendimento ainda não foi colocada em prática porque comecei a cursar a faculdade de Educação do Campo, na UFSC, aqui em Santa Rosa de Lima. Minha meta agora é me formar e contribuir para formar pessoas melhores para nossa sociedade. Como trabalho com meus pais na lavoura de fumo e na criação de gado de leite, sobra pouco tempo para fazer todas as coisas, para realizar de uma vez todos meus objetivos. Assim, meu empreendimento vai ficar para daqui a alguns anos. Porque pretendo ficar morando no interior. Nunca pensei em morar no centro de Santa Rosa de Lima, o que dirá em uma cidade. Foi aqui na Santa Catarina (localidade) que eu me criei e é aqui que quero colocar em prática os meus projetos. Acredito muito no potencial da minha comunidade e do meu município, por terem uma riqueza imensa por natureza”. Diana Külkamp. Conselho Tutelar tem papel importante na proposta orçamentária do município. Uma das mais importantes atribuições conferidas ao Conselho Tutelar é a de assessorar o Poder Executivo na elaboração da proposta orçamentária do seu município. Uma municipalidade pobre em programas de atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente ou que não possui políticas públicas para a infância e juventude verdadeiramente eficazes, provavelmente possui um Conselho Tutelar que não está fazendo valer esta atribuição, seja por negligência, seja por desconhecer os mecanismos de construção e aprovação da proposta orçamentária. Se o Conselho Tutelar (CT) buscar entender tais mecanismos, se basear em dados concretos das demandas não atendidas ou atendidas de forma deficiente no município e realmente assessorar o Poder Público, poderá interferir de forma definitiva na história da infância e juventude local. Ninguém melhor do que o colegiado do Conselho Tutelar para indicar as lacunas na rede de atendimento. Esse órgão é quem conhece direta e pessoalmente as demandas e é quem gera os dados, por isso a importância de sua participação na elaboração do orçamento público. Assim, o Conselho Tutelar não precisa e não deve esperar por um “convite” para participar das reuniões para preparar ou deliberar sobre a proposta orçamentária. Ele tem a obrigação legal de se impor como peça fundamental deste processo. Ou seja, o “convite” já está feito pela Lei Federal. Nº 8069/90. Basicamente, esta assessoria do Conselho Tutelar precisa acontecer em três momentos distintos: discussão do plano municipal; elaboração do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária; e elaboração da Proposta Orçamentária. Lamentavelmente, em nosso país, a maior parte das decisões políticas referentes aos direitos das crianças e dos adolescentes e às práticas necessárias para assegurá-los continua sendo tomada em gabinetes e com pouco ou nenhum conhecimento prático da área. Esse é um dos motivos de tantos desacertos e de vermos o dinheiro público gasto sem resultado significativo. Rede AGRECO Volnei Luiz Heidemann | Adilson Maia Lunardi Rede Agreco amplia quadro de associados certificados Um núcleo de produtores orgânicos de Paulo Lopes está se integrando a Rede Agreco. São três agroindústrias: um laticínio, uma de panificados, com destaque na produção de bolachas, e um engenho de farinha de mandioca. A novidade foi a adesão de quatro produtores de leite orgânico, o que pode reanimar os debates sobre a conversão e certificação da pecuária leiteira dentro da Rede. Na agricultura, aderiram duas famílias de Imbituba e no setor de comercialização temos um novo associado em Garopaba. As discussões no núcleo Paulo Lopes continuam e novos CooperAgreco alerta mudanças nos procedimentos do PAA A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que opera o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), comunicou as alterações ocorridas nos procedimentos para acesso dos mecanismos de apoio aos agricultores de base familiar. A partir de agora, todos os projetos deverão ser aprovados e referendados pelo Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), conforme prevê o termo de Cooperação entre o Ministério do Desenvolvimento Social e a Conab. Desde 1º de ju- nho de 2012, as liberações de pagamento de parcelas à Cooperativa estão condicionados à apresentação de comprovantes de pagamento a cada beneficiário fornecedor (produtor inscrito no projeto) do valor acumulado por ele até entrega anterior. Para os projetos em andamento (renovação) e a serem aprova- agricultores poderão se integrar a nossa Rede. Agradecemos aos novos companheiros e companheiras pela confiança e desejamos a eles muito sucesso nessa caminhada que, agora, faremos juntos. dos (novos), a partir de 1º de janeiro de 2014 a comprovação de pagamento aos beneficiários fornecedores será realizada exclusivamente via cópia de recibo de depósito em conta corrente. Outra mudança importante foi o aumento no valor do limite para comercialização de cada família ou DAP: passou de R$ 4.800,00 para R$ 6.500,00. Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL 7 Comunidade SANTA BÁRBARA SAÚDE A notícia foi dada, no dia cinco de julho, pelos vereadores Salésio Wiemes e Luiz Schmidt, que, por sua vez, receberam a informação diretamente do deputado federal Décio Lima (PT). “O deputado Décio Lima esteve com o ministro da saúde, Alexandre Padilha, que garantiu estes recursos para o município”, afirmou o vereador Salésio Wiemes. Como havia sido previsto pelos meteorologistas, no dia 23 de julho, fomos contemplados por um espetáculo raro, mas de grande encantamento: nossa linda Serra Geral ficou coberta pela neve. O frio era demais, mas compensado pela beleza da paisagem. Quem mora ou esteve por aqui pode ver nossa Santa Bárbara toda branquinha. No dia seguinte, ainda era possível ver neve nos topos do paredão. E a sensação de frio era ainda maior. Congelante, literalmente congelante. As mangueiras de água, o sereno nas pastagens, arbustos, árvores e telhado, tudo amanheceu congelado. Até as águas de diversos açudes. Se a geada é comum nesta época, desta vez ela foi mais forte e cobriu praticamente toda a paisagem. Meu pai costuma dizer que o termômetro dele para medir o frio são as ovelhas. Como até elas ficaram branquinhas, ele afirmou: “isso sim é frio de verdade”. É, fazia tempo que não acontecia uma “friaca” tão grande. Se as baixas temperaturas deixaram a paisagem espetacular, prejudicaram, por outro lado, as pastagens e as plantações. A maioria das propriedades teve todo o seu pasto comprometido pela geada e pouco sobrou para alimentar os animais. Sem contar também que o frio glacial tornou muito mais difícil a lida diária no campo. A vontade é de ficar dentro das nossas casas, aquecidos em nossos “cantinhos” aconchegantes e quentinhos próximos ao fogão a lenha. Sim eles funcionam “a todo vapor”. Mas precisamos seguir. Mesmo com este frio cortante, não podemos parar ou ficar abalados. O trabalho deve ser feito aqui neste pé de serra e, nestas condições, é necessário um cuidado redobrado com os animais e com as plantações. Foto: André Bianchini Vereadores do PT confirmam repasse de R$ 659 mil do Governo Dilma para construção de nova Unidade de Saúde em SRL Igor Bonetti A prefeita Dilcei Heidemann recebeu a confirmação de repasse pelo Ministério da Saúde e, acompanhada da secretária municipal de saúde e assistência social, Graziela Schmidt, comemorou a informação repassada pelos vereadores. “Ficamos felizes com essa notícia. Foi uma iniciativa muito importante dos vereadores de PT, que demonstraram interesse em trabalhar pelo bem do município como um todo, deixando de lado, neste momento, questões políticas e partidárias”, destacou a prefeita. André Bianchini, do Departamento de Imprensa da Prefeitura de Santa Rosa de Lima, lembra que a liberação destes recursos é resultado de viagem a Brasília realizada em abril. “Na ocasião, vereadores tanto de oposição quanto de situação acompanharam a prefeita e puderam reivindicar recursos junto a parlamentares e ministros de seus respectivos partidos”. As origens e o projeto Em 2011, a então administração municipal presentou proposta para o Ministério da Saúde, visando à construção de uma Unidade Básica Saúde. A UBS foi projetada para ser construída onde hoje se localiza a garagem municipal, ao lado da prefeitura. Agora que os recursos foram anunciados, segundo o secretário de planejamento, Edson Vandresen, “a expectativa é que em dois meses se possa dar início ao processo licitatório e seguir os procedimentos”. O repasse dos recursos é feito fundo [nacional] a fundo [municipal], sem precisar de convênio com a Caixa ou outro tipo de contrato. As unidades são projetadas para que os usuários possam receber atendimentos básicos e gratuitos em pediatria, ginecologia, clínica geral, enfermagem e odontologia. Os principais serviços oferecidos pelas UBS são consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica. Especificações técnicas Segundo a secretária de saúde Graziela Schueroff, o projeto deve seguir o manual de estrutura física das unidades básicas de saúde do Ministério da Saúde. O manual sugere especificações em relação a ambientes e números de salas. Conforme informações buscadas com o engenheiro da Amurel, João Cataneo, que já realizou alguns destes projetos, o município pode interferir conforme regulamentações próprias na elaboração do projeto arquitetônico, mas deve seguir as especificações mínimas para construção da unidade. “Os projetos variam conforme a capacidade de atendimento e suas complexidades. No caso de Santa Rosa de Lima, a UBS tem capacidade para uma equipe de estratégia de saúde da família (ESF) e atendimentos de baixa complexidade. Projetos neste valor costumam ter cerca de 400 metros quadrados em área construída”. O frio veio com força total aqui na nossa comunidade. Agora sim podemos dizer que o inverno realmente chegou. Fazia muito tempo que não víamos uma frente tão gelada. Ovelhas cobertas de geada: termômetro para medir frio. 8 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Turismo de Aventura Festival de Rafting incentiva a prática da canoagem e indica a importância da mobilização em defesa do rio Braço do Norte. Serpenteando pelo município, o rio Braço do Norte será mais uma vez o cenário para o Festival de Rafting Santa Rosa de Lima – Encostas da Serra Geral. A quarta edição acontecerá nos dias 24 e 25 de agosto. O evento é promovido pela empresa de turismo de aventura Trekking das Águas Rafting & Expedições – TDA, de Santo Amaro da Imperatriz e tem como objetivo incentivar a prática da canoagem, em especial o rafting. Ao mesmo tempo, em parceria com o Movimento a favor do rio Braço do Norte, outras ações pretendem alertar a população, lideranças e autoridades sobre as consequências negativas da instalação de pequenas centrais hidrelétricas (PCH), com destaque para os prejuízos à dinâmica turística, cultural e econômica do rio. Para Eleazar Garbeloto, o Keko, empreendedor no setor de turismo de aventura, Santa Rosa de Lima é um município com rios e paisagens de grande beleza. “A canoagem, em especial o rafting, com seu dinamismo ecológico, contempla este tesouro da bacia hidrográfica do Complexo Lagunar, incentiva a preservação e incrementa o lazer e o turismo. O turismo de aventura integra as comunidades ao rio e desperta nas populações locais, em especial nos jovens, o encantamento por esse recurso natural e por atividades junto à natureza”. Com relação à instalação de diversas pch’s na calha do Braço do Norte, Keko avalia que vários pontos do rio já foram comprometidos. “Resta um último trecho, que corta o coração do município, do antigo Quedas d’Água até a curva atrás da prefeitura. Nessa parte do curso d’água ainda encontramos ótimas condições para diversas práticas de lazer, além da canoagem. Precisamos salvar o que resta deste maravilhoso rio”. O festival O rafting é uma técnica de descida em corredeiras em equipe, utilizando botes infláveis e equipamentos de segurança. Estudantes, instituições, empresas, famílias, grupos de amigos, clubes de canoagem, todos podem participar do festival, desde que formem uma equipe com 4, 5 ou 6 membros, todos maiores de 12 anos. Quem não tem grupo completo, a TDA ajuda a formar um. Haverá limite de inscrições para 20 equipes por dia. A empresa oferece equipamentos, guia de rafting e transporte local para os participantes. Serão duas categorias: competitiva e não competitiva.O percurso de descida do rio é de cerca de cinco quilômetros e os níveis de dificuldade das corredeiras variam entre II e III. A Federação Interacional de Rafting classifica de I a VI o grau de dificuldade das corredeiras e os níveis I, II e III são indicados para iniciantes. As inscrições estão sendo realizadas pelo site www.tdarafting.com.br ou pelos telefones (48) 32457279 / 99724417. Elas precisam ser feitas antecipadamente. PROGRAMAÇÃO 24/08/2013 - Provas de Rafting 08h30min – Início das reuniões com chefes de equipe “guias”. 09h00min– Início das descidas. 14h30min – Provas finais e premiação. 25/08/2013 - Rafting “livres”, moradores e turistas com preço especial. 09h00 – Início. O local de chegada e saída para as competições será na praça da igreja de Santa Rosa de Lima. A premiação, em troféu e medalhas, conta com o apoio da prefeitura municipal. Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL ARTIGO Deixem o Rio Braço do Norte voltar a correr livre. Apenas 24 horas por mês! Geoffrey Steeves, norte-americano e aluno de doutorado em economia da Universidade Federal de Santa Catarina Eu descobri Santa Rosa de Lima e o Rio Braço do Norte em setembro de 2012, apenas dois meses após me mudar para o Brasil.Foi durante uma viagem com meus parceiros de caiaque e guias de rafting. Desde aquele dia, eu já voltei para Santa Rosa de Lima diversas vezes para aproveitar esse lugar tão especial. É claro que os moradores locais e leitores do Canal SRL já sabem por que este lugar é fora do comum e único. Mas acho importante explicar o porquê de eu considerar esse pequeno município o meu lugar favorito desse país. A primeira razão é o povo de Santa Rosa de Lima, extremamente acolhedor. Todas as pessoas que eu encontrei quiseram compartilhar seu município com este estrangeiro vindo dos Estados Unidos. O dono duma pousada mostrou seu alambique para mim e para meus amigos do exterior. Mais do que isso, compartilhou conosco a cachaça que produz. Na piscina do Paraíso das Águas, pessoas que eu não conhecia (e que não eram empregados daquele empreendimento, mas estavam lá, como eu, para o lazer) cuidaram da minha filha de três anos, brincando com ela o dia inteiro. Muita gente se mostrou disposta e mesmo empolgada a me mostrar cachoeiras, trilhas e, é claro, o seu rio. A segundo razão é a maravilhosa natureza de Santa Rosa de Lima, principalmente o Rio Braço do Norte. Eu tenho 14 anos de experiência em canoagem. Já “remei” em incontáveis rios em mais de vinte estados dos Estados Unidos, assim como em mais sete países. Posso dizer com convicção que o trecho do Rio do Braço do Norte entre a Varginha e o centro da cidade é um dos melhores eu conheço. Ele tem água clara, natureza exuberante e corredeiras incríveis. Meus parceiros de canoagem gostaram tanto do seu rio que pretendem voltar ao Brasil no ano que vem para uma nova descida. Entretanto, esse plano tem um grande problema. Pelo menos, é o que eu ouvi dizer: com a PCH Santa Rosa de Lima o rio vai secar para sempre. No futuro, não haverá água suficiente na calha do rio para fazer flutuar botes, canoas, rafts e caiaques. No mês passado, já senti na pele esse quadro. Voltei a Santa Rosa de Lima para mais uma vez descer o rio Braço do Norte. E fiquei triste quando vi, ali no Quedas d’água, a barragem quase completa e o desmatamento nas margens. Só pude pensar: talvez esta seja a minha última viagem para Santa Rosa de Lima e para desfrutar deste rio tão maravilhoso. Depois, eu refleti melhor: não precisa ser assim. Temos outras opções, outras possibilidades. Os exemplos são muitos, tanto nos Estados Unidos, quanto aqui no Brasil. Há várias lições de que é possível usuários do rio e empresas geradoras de energia compartilhá-lo, usálo em comum. Um caso mais próximo é o do Rio das Antas, no Rio Grande do Sul. Nele, usuários do rio, empresas de rafting, caiaquistas, pescadores, e todas as pessoas na indústria de turismo têm alguns dias por mês para desfrutar daquele recurso natural que é de todos. Para isso, há um acordo com a empresa de energia. Seria muito bom e justo seguirmos esse modelo de compartilhamento. Seria ótimo podermos reafirmar que o rio Braço do Norte também pertence ao povo de Santa Rosa de Lima, que ele e suas histórias não foram completamente apropriados por empresários do setor energético. Que o rio continua a ser importante para a indústria turística da região. Que ele continuará sendo uma referência para as próximas gerações. Se os dirigentes da PCH Santa Rosa de Lima, os responsáveis pela administração municipal e alguns moradores têm alguma dúvida sobre o potencial do Rio Braço do Norte, sintam-se convidados para o Festival rafting, nos dia 24 e 25 de agosto. Vamos descer juntos o rio Braço do Norte, mostrando que o turismo e os rios são importantes para a nossa vida e para o nosso futuro. Queremos um acordo, um meio termo. Pedimos, simplesmente, para compartilhar o rio depois que a PCH Santa Rosa de Lima estiver funcionando. Dois finais de semana por mês. Seis horas no sábado e seis horas no domingo. Ou seja, que o rio corra livre 24 horas por mês. 9 10 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Meine Meinung Minha Opinião Wilson Feijão Schmidt Você leitor tem o seu epaço de expressão direta com nosso jornal. Envie seus comentários. Email: [email protected] Parabéns pelo brilhante artigo “Minha vida de estudante” assinado por Solange Roecker. (Estudantina, Canal SRL Nº 03). Fiquei muito emocionada ao ler essa história de vida. Inclusive, lágrimas me vieram aos olhos. Conheço a Solange há muitos anos e sempre converso com ela. Às vezes ela passa correndo aqui na farmácia dizendo que tem mil e uma coisas para resolver. Mas, sinceramente, nunca pensei que ela já tivesse passado por todas as experiências que relatou. A sua trajetória de vida é um verdadeiro exemplo de luta, coragem e persistência. E como dizia José de Alencar, “o sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.” Suziane Baumann – Farmacêutica - SRL Mais recursos externos captados em 2012 chegam a SRL Corrupção; “os gritos por justiça continuam ainda hoje” Depois das grandes manifestações de rua pelo Brasil, a Confederação Nacional da Indústria e o Ibope realizaram uma pesquisa na qual perguntaram aos entrevistados sobre as razões que os levariam a novos movimentos de protesto. A primeira resposta foi por maiores investimentos em saúde (43%) e, logo em seguida, “contra a corrupção”, com 35%. Os cidadãos pesquisados em Santa Catarina indicaram números parecidos para os três maiores problemas do estado; o principal continua sendo a saúde, com 68%, na segunda colocação está a educação com 38%, seguida da corrupção com 29%. Por que a corrupção ganha tanto destaque? Alguns dizem que a luta contra a corrupção é sempre uma bandeira das elites, apenas para deixar tudo como está. Outros afirmam que é um lema da classe média que não entende ou evita tratar das grandes injustiças da sociedade brasileira, especialmente o abismo existente entre ricos e pobres. Não se pode deixar de considerar, contudo, que como afirma a jornalista Eliane Catanhêde “muitos políticos jogaram a imagem pela janela por pequenas grandes coisas que revelam ganância, vaidade e desrespeito à barreira entre o público e o privado”. Ela completa que essa postura indecente é “fruto da sensação de impunidade, da cultura de levar vantagem em tudo e da síndrome dos políticos no poder: acreditar que a casa é minha”. Ou seja, que se ganharam uma eleição – e para eles não importa como – podem fazer dos poderes executivo e legislativo e do dinheiro e dos bens públicos o que bem entenderem. Recentemente, causaram nojo as informações de governador que usa o helicóptero do governo para que levem seu cachorro à casa de sítio; ou de senadores e deputados que usam aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para participar de casamentos ou para assistir partidas de futebol. Vai de cima até embaixo Nos pequenos municípios, é claro, a escala é outra. Mas não é difícil constatar o uso indevido de diárias e de carros públicos. Ou a utilização de verbas de gasolina das câmaras de vereadores ou das prefeituras para abastecer carros particulares. Há ainda aqueles que mesmo tendo uma renda familiar significativa, por serem base dos governos, consigam contornar os critérios estabelecidos pela assistência social e não compram mais remédios para si e para seus familiares. Tudo é pago pela administração municipal ou pelo fundo municipal de saúde. É claro que esse dinheiro vai fazer falta em outro lugar, por exemplo, para pagar o piso dos professores. E ainda existem as “caixinhas”. Aí o problema não está apenas nos políticos, mas também nos empresários, que agem como corruptores, ao realizarem pressões e oferecerem propinas para obter vantagens, normalmente passando por cima das leis e dos interesses dos cidadãos. Muitas dessas transferências são feitas em períodos eleitorais e o retorno vem depois, ao longo do mandato, seja com reajustes e aditivos de contratos, aumentando o valor pago pelas prefeituras, seja com a criação de outras facilidades. E há também o maldito “por fora”, ou seja, as comissões em atos de compra. Administradores escolhem e pagam fornecedores com dinheiro público se, e somente se, houver um retorno previamente acertado para o bolso particular. As taxas variam conforme a sem-vergonhice dos políticos e dos comerciantes. As formas de burlar as contabilidades e fiscalizações também são diversas. Reflexão e ação Na visita ao Brasil, o Papa Francisco citou um trecho do profeta Amós para criticar a corrupção: “Eles vendem o justo por dinheiro, o indigente por um par de sandálias; esmagam a cabeça dos fracos no pó da terra e tornam a vida dos oprimidos impossível”. E concluiu: “Os gritos de justiça continuam ainda hoje”. É preciso refletir sobre essas palavras. E seria possível acrescentar: e os nossos corruptos fazem tudo isso como se estivessem fazendo favores aos que precisam e como se “a casa” fosse mesmo deles. Por tudo isso, é preciso fortalecer o controle sobre as administrações dos poderes executivo e legislativo nos municípios. É indispensável cobrar transparência e a disponibilização de informações a todo cidadão. E que esses dados sejam apresentados de uma forma acessível, que possa ser entendida por todos. Isso inclui todas as compras, todas as vendas ou leilões, todas as obras contratadas pelas administrações municipais, seus custos efetivos e suas prestações de conta reais. EDUCAÇÃO Obras da quadra poliesportiva coberta. Mais um projeto anunciado em 2012 teve o início da sua realização. Uma emenda parlamentar do deputado federal João Pizzolatti no valor de cerca de 195 mil reais visou a reparar a comunidade do Rio Bravo Alto que tinha visto o seu ginásio simplesmente desabar. O valor total da obra é de R$ 213. 643,49 e o restante será assegurado por contrapartida do município. A vereadora Edna Bonetti vistoriou as obras no dia 24 de julho, quando estavam sendo realizados trabalhos de estaqueamento pela empresa Base Firme. “Trânsito: conhecer e saber conviver” foi tema de palestra realizada no Aldo Câmara Atendendo solicitação da diretora Eliete May da Rosa e do Conseg Amigos da Paz de Santa Rosa de Lima, a Polícia Militar designou o soldado Ronaldo Michels para ministrar uma palestra a estudantes da EEB Professor Aldo Câmara. Foram abordados assuntos como condução de veículo automotor sem a devida habilitação; entrega de veículo à pessoas não habilitadas; embriagues ao volante e lei seca; infrações penais e administrativas; cuidados básicos que devem ser tomados por motoristas, passageiros, ciclis- tas, motociclistas, pedestre, entre outros. O soldado Michels tem formação em Educação para o Trânsito pela Secretaria Nacional de Segurança (SENASP) e desenvolve este trabalho em diversas escolas da região. Segundo ele a polícia militar busca, sobretudo, promover a prevenção. Preocupa na região o crescimento do número de vitimados por acidentes de trânsito, principalmente em Braço do Norte. “As estatísticas daquele município indicam um número maior de acidentes do que cidades como Tubarão, Laguna e Imbituba. Embora Santa Rosa de Lima tenha uma frota reduzida de veículos e o numero de acidentes seja pequeno, sempre é importante conscientizar os jovens. Nossa meta mais importante é preservar vidas”. A palestra foi proferida para alunos do nono ano e de todas as séries do ensino médio do período matutino. Em breve outras palestras serão realizadas, desta vez para os alunos do período noturno e para os pais de estudantes. Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Vitrine CDL/NDL Comunidade NOVA ESPERANÇA Anitápolis / Santa Rosa de Lima Dia dos Pais Comércio espera o pior resultado dos últimos três anos. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas - CNDL e o Sistema de Proteção ao Crédito – SPC acreditam que a baixa empregabilidade e a queda da renda real do consumidor devem ser as grandes responsáveis pela desaceleração do setor. As vendas a prazo do comércio brasileiro na semana que antecede o Dia dos Pais devem passar por uma desaceleração e crescer 4% em relação ao ano passado. Nos anos anteriores, as expansões foram de 4,75% (2012); 6,86% (2011) e 10% (2010), segundo dados SPC e da CNDL. Se as expectativas se confirmarem, será o pior resultado dos últimos três anos. Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o varejo este ano não conta com fatores macroeconômicos que ajudavam a aquecer o setor no passado, como os altos índices de empregabilida- de e a larga oferta de crédito a juros baixos. “O cenário econômico é desfavorável. A inflação e a alta dos juros inibem o poder de compra do brasileiro. Prova disso é a queda de praticamente todos os índices de confiança do consumidor”, diz Pellizzaro. Além disso, na avaliação dos lojistas, o ato de presentear no Dia dos Pais representa uma homenagem e não tem o mesmo apelo emocional de datas como o Dia das Mães ou o Natal, quando há um compromisso do consumidor com gastos maiores. Fonte: Assessoria de Imprensa da CNDL. Itens do vestuário são os preferidos para presentear os pais Se depender da vontade da maioria dos consumidores, o presente do Dia dos Pais vai ser uma peça do vestuário, comprada em lojas de rua e paga à vista, em dinheiro. Os dados fazem parte da pesquisa Mapa/ FCDL/SC que apurou as preferên- Janqueline Tonn cias nas compras para a data de 504 entrevistados nos 20 municípios de maior Índice de Potencial de Consumo (IPC) em Santa Catarina. Este grupo de cidades concentra 3,3 milhões de pessoas, ou seja, 51,6% da população catarinense. De acordo com o levantamento, itens do vestuário são os preferidos de 50,4% dos pesquisados, seguidos por perfumaria e cosméticos (29,2%), livros, CD, DVD, jogos e games (18,7%) e eletroeletrônicos (13,7%). Com relação ao número de presentes, 57,3% dos entrevistados pretendem dar apenas um, 28,4% dois, e 8,8% têm a intenção de comprar até três presentes. O tíquete médio (valor gasto com presentes) apurado foi de R$ 201,00, o que representa um aumento de 9,7% sobre os R$ 183,20 de 2012. Entre os produtos mais procurados estão os itens de vestuário, calçados, perfumes, bebidas e artigos eletrônicos. Fonte: Palavracom. Nosso Chão Luiz Schmidt Conselho Monetário Nacional altera normas para a emissão da DAP O Conselho Monetário Nacional determinou que o Manual Crédito Rural passe a vigorar com mudanças quanto à análise de emissão de Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAP). Isso aconteceu em 18 de Junho de 2013, por meio da Resolução n° 4.228. A DAP é utilizada como instrumento de identificação do agricultor familiar para acessar políticas públicas e é um documento obrigatório para financiamentos no âmbito do Programa nacional de agricultura familiar – Pronaf. Quem pode obter uma DAP Agricultores familiares que explorem a terra na condição de proprietário, posseiro, arrendatário, comodatário, parceiro, concessionário do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA), ou permissionário de áreas públicas. A grande novidade para os agricultores familiares com a Resolução de julho último é que agora para obter a DAP é necessária a comprovação de que, no mínimo, 50% da renda bruta familiar seja originada da exploração agropecuária e não agropecuária (como o agroturismo) realizada dentro da propriedade. Antes da resolução, esta participação mínima tinha que ser de 70%. É preciso também demonstrar que predomina o trabalho familiar. Os agricultores familiares que utilizam mão de obra de terceiros de acordo com as exigências sazonais da atividade e que mantenham empregados permanentes, também podem ser enquadrados e receber a DAP. Mas o número de trabalhadores tem que ser menor do que o número de pessoas da família. Exista, da mesma forma, um limite para a renda bruta familiar, que é calculada considerando os últimos 12 meses de produção normal que antecedem a solicitação da DAP. Esse “teto” é de R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil). Para chegar ao valor da renda bruta familiar deve se somar 100% 11 do Valor Bruto de Produção (VBP), 100% do valor da receita recebida de entidade integradora e das demais rendas provenientes de atividades desenvolvidas no estabelecimento e fora dele, recebida por qualquer componente familiar. Ficam excluídos da soma somente os benefícios sociais e os proventos previdenciários decorrentes de atividades rurais. Três alertas importantes feitos pela Corregedoria Geral da União O primeiro é que a DAP deve ser fornecida gratuitamente e nenhuma forma de retribuição pode ser exigida dos agricultores familiares pelas entidades emissoras, nem pelos seus dirigentes. Emitir DAP não é favor! Exigências de filiação ou de pagamento de anuidades atrasadas, no caso dos sindicatos, são terminantemente proibidas e devem ser denunciadas. O segundo alerta é que a DAP serve para garantir que os recursos de crédito do Pronaf, que são de controle público, não sejam acessados por pessoas que não se enquadram nas normas do programa, tirando a chance de quem realmente deveria receber o crédito. O terceiro é que acontecendo irregularidades no fornecimento de DAP a quem não atende às normas do Pronaf, do Conselho Monetário Nacional e do Manual de Crédito Rural, qualquer cidadão deve denunciar. Era uma vez... uma escolinha É muito bom morar na Nova Esperança, uma comunidade que sempre foi humilde e pequena, mas muito acolhedora. Até há alguns anos, nossa referência era a nossa escola. Nela, foram muitas diversões e brincadeiras, que compartilhávamos interagindo com todos. Nosso professor era um importante membro da comunidade. Hoje, ele já não mora mais aqui, mas o nosso querido José Pacheco continua sendo muito bem visto por todos. Nós o chamávamos de Tio Zeca e ele sempre foi competente e dedicado ao que fazia. Apoiava seus alunos e demonstrava, a cada dia, ser muito preocupado com o nosso futuro. Não havia muitos recursos didáticos à disposição do Tio Zeca e de nós, seus alunos, mas éramos muitos felizes, porque nossa escola estava, ali, bem pertinho de nós e porque nossa vontade de aprender só aumentava. O tempo foi passando e as dificuldades foram se tornando cada vez maiores. Veio, então, a ideia de fechar as “escolinhas” multisseriadas do interior. A proposta era que fossemos todos estudar na “praça”. Na época, muitos pais não queriam aceitar essa proposta. Outros já pensavam que seria melhor para a gente ser deslocado até o centro para estudar. Acreditamos que pouco se pensou no desgaste que os alunos teriam. A alternativa da “nucleação”, como foi chamado o processo, foi finalmente aceita pela comunidade e, assim, fecharamse as portas de nossa tão querida e aconchegante “escolinha”. Saudades e orgulho Com o passar do tempo, o imóvel onde tínhamos estudado foi caindo no esquecimento. Então, veio a ideia: reformá-lo para ser transformado na nossa igreja, pois a comunidade não possuía uma. Os cultos eram feitos, todos, no salão. Foi a única forma que encontramos para valorizar o que consideramos muito importante para os habitantes aqui da Nova Esperança. Sempre trabalhamos em conjunto, pois um povo unido nunca será esquecido. E nosso esforço é em prol da comunidade, nunca contra ela. Perdemos nossa escola, mas conquistamos outras coisas. E sabemos valorizar muito bem aquilo que obtemos. Os jovens que estudaram na Nova Esperança, tanto os que aqui permaneceram quanto os que acabaram indo embora atrás de ofertas de emprego, têm muitas saudades dos velhos tempos e de sua escolinha. E sentem orgulho da educação que nela tiveram. Antiga escola transformada em Igreja. Foto: Jaqueline Tonn 12 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Patrimônio Santarosalimense É, eu sou Colono... Com muito orgulho! Com muito amor! A adaptação da música de torcida, que se ouve nos estádios de futebol do Brasil, poderia ser cantada pelos agricultores santarosalimenses. Perguntados sobre o que eles são, quase todos se dizem agricultores ou colonos; colonos ou agricultores. “É a mesma coisa. Colono é quem trabalha na roça! E eu tenho orgulho de ser colono!”, afirmaram os entrevistados. Um deles completou: “me criei nisso e é o que eu sei fazer”. Santa Rosa de Lima tem a marca da agricultura familiar colonial. Nossos bisavós e avós quando aqui chegaram, derrubaram a mata e começaram a plantar um pouco de tudo. Cultivavam todas as plantas que podiam, para garantir comida à mesa. E também criavam vários animais, para assegurar a proteína. Faziam o que os técnicos chamam de policultura e criação animal diversificada. E usando apenas a mão de obra da família. Primeiro era só o casal. Depois, com os filhos e filhas crescendo, tinha reforço. Até que “as crianças” fossem, elas mesmas, constituir suas próprias famílias. Assim se deu a reprodução da agricultura familiar em nosso município. E por que colono? Em Santa Catarina, boa parte das terras agrícolas foi loteada por companhias colonizadoras, para ser vendida aos imigrantes europeus ou a seus descendentes. Essas empresas chamaram os lotes que demarcaram de “uma colônia de terra”. E, depois, aquele que trabalhava na sua colônia se disse “colono”. E o lugar onde viviam passaram a chamar de colônia. “Moro na colônia, sou colono, trabalho na roça...” era a forma como nossos ancestrais diziam de onde eram, o que eram e o que faziam. Por isso, hoje, se fala de uma agricultura colonial, de um produto colonial, de um almoço ou café colonial e, até, de quartos coloniais. E esse adjetivo está associado, por quem nos visita, a boa qualidade, a coisa feita com cuidado e carinho, com tradição e, é claro, com agricultura familiar. Estamos terminando o “mês do colono”. O dia 25 de julho aparece no calendário como dia do agricultor. Na região das Encostas da Serra Geral, é o “dia do colono”. Para homenageá-lo, o Canal SRL entrevistou quatro famílias de gerações diferentes. Iniciamos as histórias delas pelos casamentos, momentos em que uma nova família de colonos procura se estabelecer para “fazer a vida”. “Aí nós casamos e começamos a trabalhar pra nós”, foi uma expressão usada pelos entrevistados. A escolha da sessão do jornal é óbvia. Afinal, eles são o maior patrimônio de San- ta Rosa de Lima. As histórias e o saber-fazer que os colonos acumularam são a boa herança que precisamos valorizar e transmitir a nossos filhos, netos e bisnetos. Para isso, acima de tudo, os colonos precisam ser respeitados todos os dias. Não é suficiente fazer uma festinha ou um festão no dia do colono. É indispensável vê-los como cidadãos santarosalimenses a cada dia do ano, em cada ação pública, em cada gesto. É esse respeito que eles conquistaram por ter construído, com seu trabalho e sua produção, o nosso município. É tal consideração que eles merecem e que vai dar condições para que eles participem ativa e efetivamente da concepção do nosso futuro. Não é demais lembrar que umas das palavras que os colonos mais associam à vantagem de ser o que são é “liberdade”. Eles dizem que gostam de ser colonos porque, nesta condição, ninguém manda neles. As práticas de todos deveriam levar isso mais em consideração. Jovens colonos, com metas claras para o futuro e com perfil no facebook Difícil é se a gente está fazendo o que não gosta, o que não quer fazer. Daí, tudo fica difícil. Agora, se a gente faz o que a gente gosta, aí se supera as dificuldades. E eu gosto e sempre gostei do que faço. Aqui nasci e aqui e pretendo ficar. A cerimônia foi em 2007. Depois do namoro que começou em uma festa na comunidade de Rio do Bugres, Cristiano Bloemer casou com Marina Boeing, que também passou a ser Bloemer. Hoje, o casal com, respectivamente, 26 e 29 anos, já tem o Willian como possível sucessor. Sucessão que Cristiano assegurou muito precocemente, considerada a maioria das propriedades do município. Com o falecimento da mãe, as terras de praticamente 27 hectares ficaram para ele, que tinha, então, apenas nove anos. A família decidiu que cabia ao mais jovem ficar com a terra e cuidar do pai, Lauro Evaldo Bloemer. Quando Cristiano casou, Seu Lauro achou melhor passar a direção para o filho e a nora. Os jovens tocariam a propriedade e, tiradas as despesas, o ganho seria dividido pelos três. Uma associação que se mostrou vantajosa para todas as partes, porque desde lá, foram melhorando e investindo. Cristiano fez curso de inseminador artificial e participam de muitas palestras. Passaram a praticar o controle leiteiro e um programa de gestão, que os levou a obter uma das melhores produtividades na pecuária leiteira do município. O pastoreio racional Voisin (pique- tes) já vinha sendo executado na propriedade desde janeiro 2002, apenas seis meses depois dos pioneiros no município. Ou seja, cinco anos antes de assumirem o leme Cristiano e a esposa Marina que, destaque-se, também vinha de uma família de produtores de leite. Durante a conversa, o casal demonstra muita harmonia. Marina, que participou ativamente da entrevista, diz que também toma parte das decisões de investimento. Ela explica: “Aqui, todo mundo manda e a gente chega a um acordo. Para investir é só conosco. O seu Lauro diz que não quer mais saber de Cristiano e Marina. investir e não participa dessas decisões”. Sobre a divisão das tarefas, também é Marina quem descreve: “o serviço é apertado e onde tiver serviço a gente vai. A gente se ajuda em tudo. Se um precisa ir pra lá, vai pra lá. Se um tá precisando aqui, vai aqui. Onde tem serviço a gente vai. Não tem um serviço certinho pra cada um.” E Cristiano acrescenta: “difícil é se a gente está fazendo o que não gosta, o que não quer fazer. Daí, tudo fica difícil. Agora, se a gente faz o que a gente gosta, aí se supera as dificuldades. E eu gosto e sempre gostei do que faço. Aqui nasci e aqui e pretendo ficar.” E Marina conclui: “é só a gente conseguir botar o pão de cada dia à mesa que a gente dá um jeito. Só tem que cuidar com o sol. Agricultora, com sol forte, tem que botar o “chapeuzão” para se proteger e poder trabalhar. O chapéu é para proteger, para evitar problemas de pele. Agora, é chapéu e protetor solar...” E a vida do colono de hoje é só trabalho? Inicialmente, destacam que o trabalho do colono hoje é muito mais fácil do que no tempo dos pais e dos avós. Para eles, o principal responsável pelo trabalho menos penoso é a “tecnologia” O jovem casal com seu filho Willian e o Seu Lauro Bloemer. (trator, equipamentos e insumos) e a produtividade dela resultante. O casal diz que o lazer são as festas de comunidade, os passeios, geralmente para visitar parentes, e a participação na organização da comunidade em que vivem. Atualmente, Cristiano é o tesoureiro da Caep da Nova Fátima. Os dois dizem quase fazendo coro: “não tem sentido ficar isolado. Tem que ter uma amizade com os outros. Não tem graça ficar sozinho”. Mas isso ocorre nos finais de semana. De segunda à sexta, em casa, à noite, o programa é ver um pouco de TV e “mexer no computador”, para ler notícias, jogar videogame ou entrar nas redes sociais. Cristiano tem um perfil atualizado no facebook, no qual mostra sua paixão pelo Palmeiras, seu desempenho em alguns videogames e seu posicionamento em relação a questões ligadas ao país e à agricultura. Na entrevista, com relação às condições para ser colono, afirmam que do jeito que está, não tem muito do que reclamar. Julgam que o acesso ao crédito está até fácil demais. E ponderam: “Para alguns, essa facilida- de é um problema, porque tem quem invista em coisa que não tem retorno e acaba ficando... Vendedor, toda hora aparece... e se cair na bobagem... Porque como tem financiamento à vontade, eles tentam te empurrar de goela abaixo. Mas depois tem que pagar. Não adianta só botar a culpa nos políticos, o próprio agricultor tem que saber administrar”. Perguntados se não há nada que se possa fazer para melhorar a situação do agricultor familiar, eles dizem que sentem falta de uma organização dos próprios colonos que possibilitasse comprar insumos com um melhor preço. Cristiano considera que “de um colono pro outro, é difícil de se ir conversar... Mas se viesse alguém para motivar o pessoal para se organizar melhor, seria uma coisa boa”. E quais seriam os sonhos desse casal tão “pé no chão”? A resposta é ao mesmo tempo surpreendente e evidente: “Temos metas que queremos atingir. Vamos trabalhar pra ir pra frente, para ter maior produção e maior rendimento. Vamos ampliar um pouco o rebanho e bastante produtividade”. Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL 13 segue Continuamos colonos iguais, mas melhoramos de vida Quando solteiro, Adenei da Silva “ajudava” o pai no plantio de fumo. Aos vinte anos, ele e Ivonete Boing se casaram (os dois têm apenas dois meses de diferença na idade) e a renda era pouca para a nova vida e para os planos dos dois. Foram embora para o Pinheral (Braço do Norte), onde trabalharam como empregados por dois anos e meio. Adenei com suínos e Ivonete com vacas de leite. Como eles lembram, “dava dinheiro”, mas “eram mandados”, tinham que fazer tudo como os patrões ordenavam. Quase num jogral, eles se completam: “Aqui a gente pode até passar mais trabalho , só que o que nós fazemos, nós fazemos para nós. Se estamos plantando um pé de fruta, estamos plantando no que é nosso. O colono é assim. O que tu plantar no que é teu, é teu. Amanhã ou depois, tu colhes. O que tu fazes, o que tu gastas encima da tua propriedade é pra ti. Aqui tem muita coisa pra fazer ainda, mas dá pra ir fazendo aos poucos”. O aqui é uma área de 19,2 hectares, no Rio do Meio, que eles financiaram pelo projeto “Banco da Terra”, há treze anos. Mesmo com os “apuros” enfrentados em alguns momentos para pagar as prestações da terra, nunca se arrependeram de ter voltado. Neste momento, estão até mais aliviados, porque conseguiram renegociar essa dívida, estão “em dia” com ela e ainda vão conseguir uma baixa nos juros. O começo Quando começaram a vida de colonos não tinham nenhuma capacidade de investimento. Dizem que não queriam, mas quase se obrigaram a plantar fumo, a botar uma estufa, porque “a firma” oferecia a possibilidade de investir. E plantaram fumo por nove anos. Contudo, seja por produções baixas em alguns anos, seja por classificações desfavoráveis em outros, mal conseguiam sobreviver na propriedade. “Nós fazíamos uma lavoura de fumo e no final do ano não conseguíamos pagar nem a prestação da estufa e para sobreviver até a safra seguinte tínhamos que comprar no mercado a prazo e com juros altos. E assim a gente ia cada vez mais acumulando dívidas”, descreve Adenei. Decidiram que não plantariam mais em uma safra que, segundo eles, a firma classificou tão mal o fumo que produziram que “não dava mesmo para continuar”. “Aí, eu decidi que não iria plantar mais. E não tinha quem teimasse comigo. Eu disse e cumpri: não vou plantar mais e tá acabado”. A esse respeito, o casal avalia criticamente uma posição muito frequente entre os colonos. “A gente começa a plantar uma coisa e acha que não vai sobreviver de outra. Isso é a pior coisa que se bota na cabeça. Quando plantava fumo, achava que não poderia sobreviver sem ele. A gente achava que era obrigado a plantar porque não tinha outro meio de viver. Ao final de uma safra, não sobrava grandes coisas pra nós e nós pensávamos: nós não vamos plantar mais. Mas depois achávamos que não iríamos sobreviver sem plantar fumo”, lembram Ivonete e o marido. Todavia, avaliam que depois que pararam de plantar fumo e passaram para “a vaca de leite e o frango orgânico” perceberam uma grande melhoria de vida. Estão conseguindo equilibrar as finanças, mesmo ainda tendo que pagar prestações do tempo que plantavam fumo. E julgam que o trabalho é muito Anderson, Samara, Adenei, Michael e Ivonete. mais tranquilo. “O aviário dá bastante serviço, mas é um serviço leve. O leite tem alguns serviços pesados, como fazer silagem, mas muitos dias o trabalho é leve. “E a gente enjoava muito com o fumo [o “porre” ou doença do tabaco verde]. Teve um ano que fui parar no hospital. Quando era solteiro, também tive uma intoxicação com agrotóxico” relembra Adenei. E ele conclui: “Acho que, agora, continuamos colonos iguais, mas melhoramos de vida”. Os filhos e a continuidade Com relação aos filhos Anderson, 16 anos, Samara da Silva, 11, e Michael, 7, o casal tem duas perspectivas diferentes. Anderson afirma gostar da agricultura, quer ficar na propriedade, mas deseja ter uma renda dele. Senão, pretende sair para ter um emprego e salário. Depois de muitas conversas, a família decidiu “botar mais um aviário” para que o filho tenha a metade da renda. E Anderson “topou”! Para a proposta, Adenei ponderou a importância do trabalho do filho, mesmo que em meio período, porque Ivonete tem um problema de saúde (coração) e ele analisa: “Nós não tivemos essa chance, mas acho que ele está certo. Ele tem que começar a vida dele devagarzinho. Se ele cuidar, trabalhar e constatar que tem retorno, mesmo que de pouco a pouco, ele vai se interessar mais”. Já a filha Samara diz que não vai ficar “na roça”, que não gosta “de roça” e que quer estudar e “sair da propriedade pra trabalhar pra ela”. A esse respeito, os pais dizem orgulhosos que todos os filhos estão bem na escola e que irão “pelo menos concluir o ensino médio” e que respeitam a posição de Samara. Voltando ao perfil do colono, a família Silva planta “de tudo um pouquinho”: feijão, batatinha, batata doce, aipim, verduras, alho, cebola. Também produzem a carne e a banha que consomem. Da comida, dizem que dão conta. Só compram trigo, arroz, açúcar, sal e as “miudezas”. Isso é ser colono, segundo eles. E há, ainda, a liberdade: “tu sais na hora que queres. Voltas na hora que queres. Os teus compromisso é tu que indicas. É uma vida que tu levas tranquilo numa propriedade, assim no interior”. Coerente com essa perspectiva ele fala de suas expectativas e de seus sonhos. Daqui a cinco anos você vai nos encontrar “no mesmo lugarzinho e um pouco melhor” e meu sonho é “trabalhar com gado de leite, criar frango e viver tranquilo no meu cantinho”. Um casal “colono-agricultor” e fumicultor “A vantagem de ser colono é que na hora em que tu estás dentro do que é teu, tu trabalhas do teu jeito. Não tem ninguém pra te atrapalhar ou mandar” Omério Gonçalves e Nilza Oenning se uniram em matrimônio há vinte e um anos. “Quando casamos, perguntaram se era comunhão ou separação de bens e dissemos: põe em comunhão porque ninguém tem nada mesmo (risos). Se separássemos, só saía cada um com a sua roupa”, ela relembra sorrindo. Hoje, aos 46 e 43 anos, respectivamente, Omério e Nilza se orgulham de ter construído, com muito trabalho, um belo patrimônio e um exemplo de vida e honestidade para os filhos Mayara (20 anos), John Leno (18) e Maicon (17). A trajetória Nos dois primeiros anos de vida de “colono-agricultor”, como eles dizem, moraram e trabalharam no fumo, “à meia”, com o pai de Omério. No ano seguinte, fizeram uma safra boa, “na porcentagem”, na propriedade “de uma família muito boa”. E, depois, mais três safras em outra propriedade, essas, “na base da meia”. Procurando fugir do pagamento “da renda” compraram “um terreninho, no valor de uma moto zero”, no Rio dos Índios. Como essa terra “era muito pequena para trabalhar”, Omério precisou manter suas atividades no Rio do Meio. “Eu fiquei um ano ‘de a pé’, trabalhando lá aqui, andando três quilômetros pra ir e três pra voltar. Ia de manhã e voltava de noite”, ele recorda, para mostrar que “naquele tempo as coisas eram bem mais difíceis”. Em seguida, o casal adquiriu uma área pelo programa “Banco da terra”, mas dizem que era um terreno difícil, porque O caçula Maicon com seus pais Nilza e Omério. “era tudo mais mato”. Finalmente, “há uns quinze anos”, compraram a área de 14 hectares onde vivem atualmente e onde pretendem continuar. Omério calcula: são 28 anos trabalhando com fumo. Afinal, trabalha desde os 18 anos com essa cultura. Quando solteiro, “ajudava” o pai, depois, como colono, sempre continuou na atividade. Ele considera que, também na produção, o tabaco é uma espécie de vício: “o fumo, na verdade, se tu começas a plantar um ano e dá boa produção, tu vicias. Tu começas a fazer aquilo ali. Tu gostas e dá resultado. Aí, continua...” O peso da lida, a união e as conquistas Perguntado sobre o trabalho penoso e o uso de agrotóxicos na cultura do tabaco, o casal relativiza, dizendo segue 14 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL segue Patrimônio Santarosalimense que as coisas melhoraram muito ao longo do tempo. “Nosso uso de agrotóxicos sempre foi só no fumo. E [esse uso] foi baixando, baixando. Antes era de quinze em quinze dias. Hoje, não! Diminuiu uma barbaridade. O trabalho também é bem melhor. No começo, as ferramentas principais eram machado, foice e enxada. Depois, o boi era o principal. Hoje, nem uso mais boi, porque o trator faz tudo o que o boi fazia. No começo, a gente era fraco e não tinha dinheiro pra contratar camarada. Aí tinha que trabalhar até meia noite. E não tinha o apito que tem hoje, pra chamar a gente [para manter a temperatura no interior da estufa]... O cara levantava, assim, que parecia um zumbi”, descreve Omério. E Nilza completa: “Tinha que colher fumo até de noitezinha. Aí, tinha que ir pra casa dar banho e de comer pras três crianças, botava eles na cama pra dormir e voltava pra amarrar fumo. Ficava até meia noite. Só então tomava banho, jantava e ia pra cama. De madrugada, já tinha que levantar de novo. E pra carregar e descarregar a estufa nós dois sozinhos, quantas vezes...” Questionados sobre o peso desse tra- balho, Nilza destaca que isso fortaleceu o como colonos, o que vocês deixaram relacionamento do casal: “o par, quando para os filhos? Nilza inicia respondendo: casa, tem que ser unido e se ajudar. Por- “A gente fez deles boas pessoas. Nós que, se não são os dois juntos a batalhar, sempre fomos justos para pagar as coisas e também estamos ensinando para não se adquire nada”. E Omério pondera: “só pra comer, os filhos que nunca fiquem devendo nada um colono não precisa trabalhar tanto. pra ninguém. Eles são educados e demos o estudo que eles quiMas se quiser adquirir seram. Além disso, eles alguma coisa, ter uma o par, quando casa, tem não precisarão começar boa casa, aí ele precisa trabalhar. Se quiser que ser unido e se ajudar. a vida do nada”. Omério adquirir terra, tem que Porque, se não são os dois prossegue: “A educação juntos a batalhar, não se é tudo. Ter filhos que trabalhar”. adquire nada” obedecem a gente, que entendem a gente e que Ser colono A pergunta se impôs: se é para traba- vão estar no caminho que a gente está... lhar tanto, então qual a vantagem de ser Não sei se a gente está tão certo, mas é colono? As respostas são rápidas e afir- mais ou menos por aí que nós achamos mativas: “A vantagem de ser colono é que que eles devam ir...” Para Nilza concluir na hora em que tu estás dentro do que sem rodeios: “Eu acho que nós estamos é teu, tu trabalhas do teu jeito. Não tem certos! Nunca mexemos em nada que ninguém pra te atrapalhar ou mandar”, era dos outros. Nunca roubamos. O que replicou Omério. “Cada um é livre... se tu a gente tem, construiu mesmo. Eu penso quiseres sair tu sais... Já se tu és emprega- que é preciso ensinar aos filhos que nundo, tu és mandado pelo patrão. Colono, ca se mexe em coisas dos outros e que cada um é dono do seu nariz”, garante não se faça coisa ruim pra ninguém. Que não desviem pelo caminho errado. E, no Nilza. Fizemos uma nova pergunta: Então, nosso caso, o Omério e eu, como pai e a “ mãe, demos o exemplo pra eles”. O presente e o futuro Omério diz que sonhava “quando era pequeno”, que um dos seus filhos iria estudar. E diz com orgulho que a “mais velha”, Mayara, está estudando Direito. Nilza, visivelmente emocionada, afirma que pretende ver a filha se formar, afinal “ela está estudando muito, está gostando e está passando”. Em relação aos rapazes, dizem que se um voltar (John Leno trabalha atualmente em Rio Fortuna com construção civil) e o outro permanecer (Maicon conclui o ensino médio no próximo ano) e os dois quiserem plantar fumo, irão passando pra eles. Nilza considera que “daqui a um tempo, já serão os filhos que estarão comandando a propriedade”. De qualquer forma, Omério dá a entender que daqui a dois ou três anos vai abandonar o vício de plantar fumo. Quer se dedicar mais às nogueiras pecans que plantou e passar mais tempo dentro das suas áreas de reflorestamento, apenas vendo que os eucaliptos estão lá e crescendo. E o casal se sentindo mais tranquilo para dançar um pouco mais. Uma história de trabalho para os filhos “Na nossa época não tinha máquina. Era enxada, foice, picareta e cavadeira. Estrada na propriedade, pra passar com cargueiro e carro de boi, a gente tinha que abrir a muque. E éramos nós dois pra fazer...” “O que eu mais gostei na minha vida foi de cuidar dos filhos. Eu sempre falava: vamos nos ajudar, vamos trabalhar, vamos poupar e vamos caprichar para depois ter o que dar para os filhos e para os netos”. Cinquenta e seis anos depois, eles se consideram colonos bem sucedidos, porque “trabalharam para os filhos” e cumpriram tal meta. São eles que dizem que a alegria que tiveram ao longo da vida foi “ter saúde, poder trabalhar, criar os filhos e colocar os filhos”. Seu Roberto e Dona Hilda. Roberto Assing, 83 anos, e Hilda Buss Assing, 75 anos, têm 56 de casados e, de pois que estão juntos, sempre viveram na mesma área, no Rio do Índios. Eles contam “os muitos sacrifícios” que passaram quando começaram a vida. “Tudo o que você vê aqui, tudo o que foi feito aqui, foi nós dois juntos que fizemos. Antes era tudo mato. Quando ela chegou, vinda do Rio Bravo Baixo, aqui só tinha um paiolzinho e um pasto. Nós casamos e fizemos a casa, quando já estávamos aqui”, conta Seu Roberto. E detalha: “Fui tirar madeira do mato a boi. Levei pra serraria pica-pau do Gregório Oenning. E isso tudo era durante à noite. De manhã no clarear do dia e à noite enquanto ainda tinha algum claro. Durante o dia, tinha que trabalhar na roça. Levei a madeira na marcenaria na Santa Rosa e mandei plainar, aprontar a madeira lá. Levava uma carrada de madeira de noite e, de manhã, um dia depois, trazia de volta”. Dona Hilda relembra como “pegava junto”: “Depois que nós casamos, eu acompanhava ele todo dia na roça. Em tudo eu ajudava. Até para topear tora com serrote. Tirar madeira, fazer cerca, tudo. Aqui, em redor de tudo, eu que soquei os moirões. Ele fazia o buraco, botava o moirão dentro do buraco e eu socava, pra ficar firme no chão. E depois, a esticar o arame, tudo, tudo”. Perguntados sobre o que os motivava e quais eram os sonhos que tinham, eles falam em dueto que era “trabalhar, pra ir pra frente e pra comprar terra para que os filhos tivessem onde morar”. E Dona Hilda não poderia ser mais colona e maternal: A produção, o consumo e o dinheiro Eles contam que quando iniciaram a vida de colonos, plantavam batata, mandioca, aipim, e milho para engordar “porco comum”. Naquela época, o que se comercializava era o porco e a banha. Além disso, só se vendia algumas dúzias de ovos e alguns quilos de manteiga. “O que eu arrumei na vida foi do porco. O meu pai trabalhava com isso e eu aprendi com ele. E naquele tempo se vendia bem o porco. Depois, quando surgiu a soja, aí caiu. Daí não adiantou mais criar” relembra Seu Roberto. Para “o gasto”, eles “plantavam de tudo”: “não é como hoje, que só dependem do mercado. A gente tirava tudo da roça. E fazia farinha, fazia açúcar e todas essas coisas”. Para o casal, esta é a grande vantagem de ser colono: “tirar da terra a comida que come”. Comparando com o passado, dizem que “hoje se faz dinheiro de qualquer coisinha”: “se tem machuchu se vende, se tem la- ranja, se vende, toda coisa se vende...”. Há 50 anos era diferente. Por exemplo, não se vendia um boi: “se tinha um boi pra matar, emprestava um pedaço pra um, um pedaço pra outro. Pra depois eles devolverem. Não tinha comércio de vender gado”. Em compensação, só compravam fora o sal e a querosene: “era uma lata de querosene pra volta do ano e um saco de sal pra volta do ano. E a roupa. Calçado pouco, porque a gente andava descalço. Eu colhi milho com geada, aquilo branco e a gente descalço”. As mudanças Eles julgam que a maior mudança no campo foi passar a ter “bastante estudo” (ele esteve na escola até o segundo ano e ela, até o quarto). Seu Roberto medita alto: “a educação aumentou muito, mas eu não sei se ela é muito aproveitada (risos). Porque com este negócio de tanto estudo, quando esses velhos se acabarem, eu não sei se não vai faltar comida nas mesas. Porque da cidade ninguém virá pro interior pra trabalhar na roça. E hoje, no interior, só querem estudo, só querem estudo... Na roça, humm humm!... (fazendo sinal de negativo) Só mesmo na marra”. Para o entrevistado, com as máquinas, o trabalho dos colonos ficou mais fácil: “Na nossa época não tinha máquina. Era enxada, foice, picareta e cavadeira. Estrada na propriedade, pra passar com cargueiro e carro de boi, a gente tinha que abrir a muque. E éramos nós dois pra fazer...” Se hoje as dificuldades são menores, eles julgam que “o colono não quer mais trabalhar no pesado”. E voltam a mencionar que “se os velhos se acabam, as roças se acabam também. Lá pra fora, onde é plano, onde se pode trabalhar tudo com máquina, aí sim, aí vai. Mas aqui, pelo interior, nessas terras dobradas...” Eles explicam dessa forma que a paisagem esteja sendo dominada pelo eucalipto (“tá virando tudo em eucalipto, eucalipto, eucalipto. Até nas áreas que tinha roça e pasto já estão plantando eucalipto”). A vida na colônia Mesmo lembrando que para eles “o trabalho começava na segunda feira de manhã e ia até sábado à noite” e que “o divertimento era trabalhar”, Seu Roberto e Dona Hilda julgam que antes havia relações mais intensas entre os colonos: Para os jovens, “o lazer era domingo de tarde fazer uma domingueira e dançar. Um domingo na casa de um, outro domingo na casa de outro. Tinha também as festinhas de aniversário. Tinha com o que se divertir”. Os casados da vizinhança também se juntavam todos, nos domingos: “Ia um passear na casa do outro. Conversavam, contavam as novidades um pro outro”. Ao mesmo tempo, “lavavam um pouco de roupa e cuidavam das crianças”. E eles constatam pesarosos que, “hoje, ninguém se visita mais”. Nem os jovens falam em sair: “Ficam na TV e no computador. Passam o tempo ali. Nem eles vão nos vizinhos, nem os vizinhos vêm aqui”. Por isso, eles têm saudades de colonos mais unidos e solidários. É Seu Roberto quem finaliza: “No meu tempo, se um agricultor se machucasse e não pudesse trabalhar, a vizinhança ia lá ajudar a fazer roça dele. Ia lá e trabalhava de graça para aquele. Hoje, tá difícil isso acontecer. Tá quase, como eles dizem: cada um pra si”. ANO 1 - Nº 4 • Edição Mensal - Agosto/2013 • Jornal da Criança de Santa Rosa de Lima Distribuição gratuita. Venda Proibida. No dia 22 de agosto é dia do folclore a edição inteirinha deste mês vai comemorar este dia e o rico patrimônio popular que temos no Brasil! Mas antes de mais nada: você sabe o que é folclore? A palavra Folclore vem do inglês Folklore. Naquela língua, “folk” significa “povo”, e “lore” significa “conhecimento”, “sabedoria”. Folk + lore, que aqui é folclore, quer dizer então o conhecimento popular, aquilo que os povos vão passando de geração em geração. Ou seja, folclore são histórias, lendas, brincadeiras, adivinhas, receitas... e tantas outras coisas! O folclore é patrimônio de um povo, é uma das riquezas que herdamos das gerações passadas. Quando falamos em herança, muitas vezes pensamos em coisas materiais, como casas e objetos, não é? Mas também existe um patrimônio imaterial, a herança que recebemos quando nossos pais e avós nos ensinam uma cantiga, o jeito de construir um objeto ou fazer uma comida, uma história que explica algo que a ciência não consegue explicar... No Brasil, o folclore é muito rico, pois somou diversas heranças: a dos indígenas, primeiros povos a viver aqui + a dos europeus, que colonizaram nosso país + a dos africanos que foram escravizados e trazidos para cá... e ainda, em menor grau, a de muitos outros imigrantes de todos os lugares do mundo que escolheram viver em nosso país. ADIVINHAS (respostas na última página!) O que é, o que é... 1 ... que tem coroa, mas não é rei, e tem espinho, mas não é peixe? 2 ... que cai em pé e corre deitada? 3 ... que tem barba, mas não é homem, e tem dente, mas não é boca? 4 ... que tem casas sem ser bairro, tem casa no nome e protege seu dono? 5 ... que quem tem procura, e quem não tem não quer? 6 ... que quando a gente fica em pé, ele fica deitado, e quando a gente fica deitado, ele fica em pé? 7 ... que de dia tem quatro pés e de noite tem seis? 8 ... que está no início da rua, no fim do mar e no meio da cara? 9 ... que tem no pomar e no paletó? 10 ... que quanto mais se tira, mais se tem? CONTOS POPULARES Contos populares são aqueles que são passados oralmente (ou seja, pela fala) pelos povos. Não se sabe ao certo quando o homem começou a contar histórias, mas sabe-se que há milênios as histórias são uma forma de passar ensinamentos e códigos morais. Nas sociedades que têm uma cultura mais oral e entraram em contato com a escrita mais tarde, as histórias contadas são ainda mais importantes, e há grande respeito por elas e por seus contadores. Para os Kaingang, indígenas que moram no sul do Brasil, por exemplo, há histórias que só podem SER contadas se todos estiverem deitados. Na África, há a figura do Griot, que é o contador de histórias, e é muito respeitado. Conheça agora um conto popular africano: Foi no tempo de uma grande seca. Em toda aquela região, só havia uma árvore viva, cheia de suculentos frutos que nenhum animal conhecia. Apesar da enorme fome, todos temiam comer os frutos daquela árvore e morrer envenenados. Só havia um jeito: falar com a guardiã da árvore, uma senhora idosa, uma Gogo, que vivia a certa distância dali. A lebre foi a primeira a procurá-la em nome dos outros animais. A Gogo disse: - Você deve chegar perto da árvore e dizer o nome dela em voz alta: Uwungelenyense. Ela soltará os frutos no chão para que você e todos os outros animais da floresta se alimentem. A lebre agradeceu e rapidamente correu até a árvore. Quando estava perto, tropeçou e caiu no chão. Ao se levantar, percebeu que havia esquecido o nome da árvore, Todos os animais ficaram muito chateados e resolveram enviar um casal de búfalos novamente até a Gogo. Na volta, o mesmo aconteceu com eles: tropeçaram e esqueceram o nome. Depois foi a vez do antílope, do merkat e até do rei leão. Mas todos, ansiosos por voltar rapidamente, sempre tropeçavam e esqueciam o nome da árvore. Então a tartaruga decidiu se candidatar. - Agora é que vamos morrer de fome mesmo – cochichou a hiena para a coruja, gozando da tartaruga. Como nos casos anteriores, a Gogo deu à tartaruga o nome da árvore. Cuidadosa, a tartaruga voltou lentamente, prestando atenção em cada passo. Quando chegou perto, gritou: - Uwungelenyense! As frutas caíram no chão e todos pularam de felicidade. Naquele dia os animais se fartaram, Pela sua sabedoria a tartaruga foi escolhida para ser a líder dos animais. (Este reconto foi escrito por Denise Carreira e está no livro “Lendas Africanas: e a força dos tambores cruzou o mar”) Desenhe as frutas da árvore Uwungelenyense Gogo é uma palavra da língua zulu que pode ser traduzida para o português como “avó” ou “vovó”. Esta língua é falada na África pela etnia Zulu, principalmente nos países: África do Sul, Suazilândia e Moçambique. LIGUE OS PONTOS - ANIMAIS Lebre Búfalo Antílope Merkat Coruja Leão Tartaruga Hiena apesar de ser enorme – posso chegar a 900 quilos! – só como vegetais, sobretudo grama. Gosto de dormir perto da água, que tomo duas vezes ao dia: de manhã e à noite. Eu sou o... Gosto de dormir durante o dia e passar a noite acordada, voando em busca de alimento. Faço ninhos na árvores ou no chão, onde o macho fica cuidando dos filhotes. Eu sou a... No Brasil, costumam me chamar de Suricato. Sou pequenino e leve: 22 centímetros e 700 gramas, e o que mais gosto de comer são aranhas e escaravelhos. Vivo no deserto e gosto de andar em grandes grupos, de até 40 amigos. Eu sou o... sou pequena, me desloco em saltos e posso ser muito rápida: chego a 65 quilômetros por hora! Como tenho patas traseiras fortes, consigo fazer isso em zigue-zague, o que despista meus predadores. Eu sou a... Costumam dizer que sou o rei da selva. Tenho juba por ser macho: as fêmeas não têm. Para sobreviver, preciso comer pelo menos cinco quilos de carne por dia, mas se eu puder chego a comer 30 quilos em uma única refeição. Por isso, caço muito. Eu sou o... Sou considerada símbolo de longevidade: posso viver até quase 300 anos! Boto ovos, e meus filhotes nascem pequeninos, com cinco centímetros, mas ficarão como eu: com quase um metro e cerca de 100 quilos. Pudera, tenho um pesado casco! Eu sou a... Tenho chifres, que podem ser menores ou maiores, lisos ou todos retorcidos. Dou saltos muito altos: podem chegar a quase dois metros de altura! Eu sou o... sou um animal muito agressivo, apesar de dizerem que parece que estou sempre rindo. É que sou carnívora e preciso caçar muito. Eu sou a... UMA COISA PARA FAZER VOCÊ MESMO COMO FAZER 1 – o abacaxi 2 – a chuva 3 – o alho 4 – o casaco 5 – piolho 6 – nosso pé 7 – a cama 8 – a letra “r” 9 – manga 10 – fotografia O pião é um brinquedo muito antigo: não se sabe desde quando ele existe, mas pesquisadores dizem que já havia piões 6.000 anos atrás! Naquela época, eles seriam feitos de argila. Mais tarde, a versão em madeira se popularizou na mão da criançada. Hoje existem modelos de plástico, com luzinhas... mas o mais importante é sempre o mesmo: que o pião rode muito. Quer construir um pião de papel pra você? Vamos lá! - um palito de madeira grande, tipo de churrasquinho - uma folha de jornal velho - cola branca - tinta guache e pincel (opcional). RESPOSTAS DAS ADIVINHAS 2 1 pegue a folha de jornal e faça uma dobra horizontal de 2 centímetros (mais ou menos) dobre todo o jornal desta forma, até ter uma tira única, com várias camadas, da largura da primeira dobra. 3 caso tenha tinta e pincel, esta é a hora de pintar o palito e a tira da forma que você quiser! Senão, pule para o passo 4 UMA POESIA OS SONHOS DO SACI ( Elias José) 4 cole a ponta da tira de jornal no palito, deixando um espaço entre a ponta e a tira. Enrole a tira sobre ela mesma, sempre colocando pontinhos de cola para fixar bem. Quando chegar no final, coloque um pouquinho mais de cola! Saci-Pererê saracoteia na mata. Saci-Pererê só assusta, não mata. 5 pronto, pode sair girando seu pião por aí! Saci sirigaita, solitário e sabichão. Saci agarra a gaita e toca uma canção. (...) Saci, em seu sonho, é mais serelepe. Saci, em seu sonho, é bem mais risonho, é bem mais moleque. Saci, lá na selva, salta e samba só. Saci, lá na relva, sonha que dá dó. Com quem sonha o saci? Saci, com que será? – Eu sonho com duas pernas, saltando de lá para cá... Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Comunidade MATA VERDE Família SRL Kátia Vandresen | Ronaldo Michels Adolfo Wiemes Viver plenamente como casal O que está acontecendo, nos dia de hoje, é falta de conhecimento e de amadurecimento do casal que vai viver junto. A incompatibilidade entre o par, a imaturidade e até os ciúmes são fatores que podem causar a separação. Por isso digo: uma boa preparação é mais do que necessária para o casal. Mas se, enquanto adolescentes, os jovens não se interessam e não aprofundam bem o estudo do catecismo, dificilmente mais adiante vão entender o que é proposto no curso de noivos. Jesus um dia disse: “Ai do mundo por causa dos escândalos! É inevitável que aconteçam escândalos, mas ai do homem e da mulher que causam escândalos!” (Mt 18,7). Uma psicóloga afirma que nem todas as mulheres traem seu esposo e nem todos os homens traem sua esposa por estarem insatisfeitos com a relação. Tem quem traia pelo simples prazer de trair. Neste caso, a questão é puramente sexual. Simplesmente não se saciam com uma única pessoa. Eles acham que precisam ser infiéis e gostam de praticar a infidelidade. Não buscam o amor e a felicidade com o cônjuge e em Deus. Para ser um casal bom e cristão é preciso um fundamento sólido. Todos sabem que quando se quer construir uma casa, em primeiro lugar é preciso fazer a escolha de um terreno apropriado. Depois é indispensável um alicerce forte. Senão, é certo que a casa vai desmoronar. Assim é a religião e o casamento. Sem fundamento, não vai bem. A vaca vai para o brejo. E com corda e tudo... E aí, como fica a situação do casal? E, principalmente, dos filhos? Quantas crianças e adolescentes ficam na rua por não terem mais o pai e a mãe juntos. Olha a responsabilidade! Não seria melhor aprender primeiro como se vive e como Deus quer que vivamos neste mundo tanto social, como religiosamente? Eu acho que sim! É para o bem e para a felicidade de todos. Um aprendizado indispensável Nós nascemos para sermos felizes e livres. Portanto, vamos aprender aquilo que nos faz felizes e livres. E deixar de lado tudo aquilo que nos prejudica e nos leva ao mal. O bem e a felicidade foram criados por Deus, mas dependem de nós mesmos. A opção é sua. Mas saiba que Deus não quer a sua perdição e a sua desgraça. Na Bíblia, São Paulo fala o seguinte a respeito do matrimônio: “Todavia, para evitar a imoralidade, cada homem tenha a sua esposa, e cada mulher o seu marido. O marido cumpra o dever conjugal para com sua esposa, e a esposa faça o mesmo com o marido. A esposa não é dona de seu próprio corpo, e sim o marido. Do mesmo modo, o marido não é dono do seu próprio corpo, e sim a esposa. Não se recusem um ao outro, a não ser que estejam de acordo e por algum tempo, para se entregarem à oração; depois disso, voltem a unir-se, a fim de que satanás não os tente por não poderem dominar-se. Digo isso por concessão, e não como ordem. Eu gostaria que todos os homens fossem como eu. Mas cada um recebe Deus com o seu dom particular; um tem este dom e outro tem aquele. Aos solteiros e as viúvas, digo que seria melhor que ficassem como eu. Mas, se não são capazes de dominar seus desejos, então se casem, pois é melhor casar-se do que ficar fervendo. Aos que estão casados, tenho uma ordem. Aliás, não eu, mas o Senhor: a esposa não se separa do marido; e caso venha a separar-se não se case de novo, ou então se reconcilie com o marido. E o marido não se divorcie de sua esposa.” (Co 7,2-11). Só assim construiremos um mundo novo, onde todas as famílias possam viver em paz. Amém! EDUCAÇÃO Funcionários públicos municipais aguardam decisão do MP sobre reajuste salarial Na primeira quinzena de junho deste ano, o Sindicato dos Funcionários Públicos da Comarca de Braço do Norte (Siscob) requereu, junto à 1ª Vara Cível, um mandado de segurança coletivo. A solicitação era para que a justiça determinasse liminarmente que a prefeitura de Santa Rosa de Lima efetuasse os repasses de reajustes salariais: 7,97 % referentes ao piso salarial dos professores da rede municipal de ensino e 7.16% relativo ao INPC para os demais funcionários públicos de Santa Rosa de Lima. No dia 13 de junho, o juiz substituto Rodrigo Fagundes Mourão indeferiu a liminar. Isso significa apenas que ele decidiu não antecipar os efeitos do que foi pedido pelo Siscob e que aguardará e encaminhará o julgamento de mérito. Assim, seis dias depois, mandou que um oficial de justiça efetuasse a notificação à prefeitura para que em dez dias a administração municipal prestasse informações sobre o não cumprimento da lei. No dia quatro de junho, a notificação expedida pelo juiz foi entregue à prefeita municipal Dilcei “Não temos dinheiro para pagar, pois a folha de pagamento já está dentro do limite prudencial.” Sandro Volpato. Heidemann, pelo oficial de justiça da comarca, Jacob E.P. Cândido. Segundo o assessor jurídico da prefeitura, Sandro Volpato, a resposta da administração municipal foi enviada à justiça dentro do prazo determinado. “Prestamos as informações e o motivo principal é que a prefeitura não tem espaço fi- 15 nanceiro. Não temos dinheiro para pagar, pois a folha de pagamento já está dentro do limite prudencial. Não fizemos uma defesa e sim apresentamos os motivos pelos quais não concedemos nenhum reajuste. Se o juiz entender que deve ser dado [o reajuste], é uma ordem judicial e nós vamos cumprir”, afirmou Volpato. Para Wilson Althof, presidente do Siscob, a determinação do juiz já é um ponto positivo. “Queríamos a liminar, não conseguimos. Mas, com o pedido de esclarecimento da justiça à prefeitura, esperamos que a decisão seja positiva. O juiz deve analisar alegação da prefeitura e encaminhar à promotoria. Aos funcionários resta agora aguardar a determinação”. A assessoria jurídica da prefeitura informou que no prazo de trinta dias deverá sair o parecer da promotoria. Na raça, na vontade e na superação, S.E.R. Mata Verde conquista o tricampeonato municipal de campo. No final de um excelente e emocionante jogo contra a boa equipe da Nova Fátima, a S.E.R. Mata Verde pode soltar o grito de tricampeão do Campeonato Municipal de Futebol de Campo de Santa Rosa de Lima. Para os jogadores foi preciso muita raça e o que não faltou foi vontade para correr em busca do título. A superação se deu por conta dos mais de 120 minutos de jogo, sem contar três importantes desfalques (Xande e Charles, que estavam suspensos, e Eduardo, lesionado). Foi maravilhoso chegar à final do campeonato enfrentando uma equipe qualificada como a Nova Fátima (apontada pela maioria como a grande favorita ao título). Vencer o jogo e conquistar o título foi magnífico. Gostaríamos, em primeiro lugar, de relatar o quão emocionante foi ver que a grande maioria dos torcedores presentes na final estava torcendo pela nossa querida Mata Verde. Isso é realmente muito vivaz. Um [Ronaldo] dentro do campo e outro [Kátia] na torcida, nós ficamos muito contentes em sentir a energia da galera. Ver todos os moradores da Mata Verde e outros santarosalimenses sempre incentivando e apoiando o esporte é algo maravilhoso. O destaque também fica para o sentimento de amizade que existe entre os membros da equipe, atletas e equipe técnica. Nossos jogadores mostraram o quanto são amigos e unidos. Independente de quem estivesse jogando ou no banco de reservas, foram diversas as provas de amizade e de sermos de fato um time. Outro fato que queremos engrandecer e que nos orgulha é ter em nossa equipe jogadores que fizeram parte da história do time do 4S da nossa comunidade. Citamos aqui o “incansável” Rudi Siebert, que mostrou muito de sua habilidade e compartilhou sua experiência. Mais uma prova de que o esporte é saúde. Nossa gratidão também vai para os amigos de fora da Mata, que aceitaram o convite para jogar com nosso grupo e mostraram que sempre estiveram conosco. Por fim, destacamos algo julgado inusitado: nossa equipe teve como “treinador” uma mulher, a técnica Ana Maria Vandresen. Que o respeito que nossos jogadores tiveram por ela sirva de exemplo. Queremos reconhecer a competência de suas orientações táticas e o estímulo que ela sempre soube dar à beira do gramado. Foram muitas emoções e alegrias na conquista deste título. Depois do apito final, fizemos uma grande festa. Começamos no próprio campo, com a entrega da premiação e uma simbólica volta olímpica. A comemoração continuou com uma carreata pelo centro da cidade em direção a nossa Mata Verde. Aqui, saboreamos um churrasco acompanhado de muitas “geladas”. Torcedores, jogadores e amigos, todos se confraternizaram. Afinal, é título marcante na história futebolística de nossa comunidade. É... isto tudo é Mata Verde. “Tonho Kunha” Ao final, queremos fazer uma homenagem especial ao nosso grande amigo Antonio Kunhen, ou simplesmente “Tonho Kunha”. Ele foi “o tudo” no nosso time. Mesmo com 53 “aninhos”, foi um jogador de destaque.. Quando foi preciso entrar em campo para cobrir os desfalques, lá estava ele fazendo belas jogadas. Foi, também, massagista. E olha que teve trabalho, pois o time só tinha jogadores lesionados. Um jogador pedia água, era ele quem estava com a garrafa na mão. Foi, ainda, auxiliar técnico da Ana Maria. E quando precisava reclamar com a arbitragem, adivinha quem estava lá? O próprio! Para chamar a atenção dos jogadores, eram seus gritos que ecoavam pelo gramado. Por isso, “Tonho Kunha”, foi muito gratificante ver a sua grande alegria de estar no time, de ser campeão e de receber a sua medalha de ouro. Receba, também, o nosso agradecimento pela sua fundamental contribuição. Confira as fotos na coluna Esporte Total. 16 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL SRL: Eu conheço e Valorizo! TRANSPARÊNCIA Alvaro T. Prata é Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. É professor e foi Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina. No mês de julho Prata esteve em missão oficial no oriente, mas para alegria do Canal SRL escreveu esta coluna em Istambul (Turquia) e a enviou de Kuala Lumpur (Malásia). Uma grande demonstração de carinho por Santa Rosa de Lima. “Um exemplo a ser seguido” A primeira vez Estive pela primeira vez em Santa Rosa de Lima na Gemüse Fest de 2010. Era início de maio e a cidade era só animação. Era impressionante a alegria contagiante de todos e o clima de cordialidade e hospitalidade. Eu já conhecia muitos dos projetos que a Universidade Federal de Santa Catarina tinha na região envolvendo agricultura sustentável e minha visita possibilitou conhecer de perto o grande compromisso da cidade com a agricultura orgânica. Meu anfitrião foi o Prof. Wilson Schmidt, filho da terra, e na época Diretor do Centro de Educação da UFSC. Ele me mostrava tudo e me apresentava a todos, cheio de orgulho de sua terra natal. Na minha opinião, o Prof. Wilson foi uma das figuras fundamentais para que este belo município nas encostas da Serra Geral se tornasse uma referência em agricultura orgânica e um lugar onde os jovens pudessem trabalhar e seguir uma carreira promissora, sem precisar se deslocar para centros urbanos com oportunidades mais diversificadas. Impressionei-me de saber que Santa Rosa de Lima é um dos poucos municípios da região onde o êxodo rural não existe; pelo contrário, a população tem aumentado ao longo dos anos, sobretudo pelas oportunidades associadas à agricultura orgânica e familiar. Lembro-me de ficar hospedado na pousada da Leda e do Valnério e de ter me deliciado com a paisagem e com a bela acolhida. A filha do casal havia estudado na UFSC e já estava de volta, agora ajudando os pais a tocar a pousada e agregando qualidade e conhecimento ao agroturismo na região. O Prof. Wilson Schmidt fez questão de me levar para conhecer sua mãe e irmãos e cheio de entusiasmo me contava sobre as grandes transformações que a região estava experimentando sem perder sua vocação para a agricultura sustentável. O primeiro retorno Voltei a Santa Rosa de Lima em abril de 2012 para dar início ao Curso de Licenciatura em Educação do Campo. Foi uma cerimônia belíssima que contou com a presença de toda a comunidade local e muita gente vinda dos municípios vizinhos, inclusive prefeitos e outras autoridades municipais. O prefeito Celso Heidemann era só alegria e recebia a todos com muita cordialidade e simpatia. Afinal a UFSC estava lançando um curso com uma proposta inovadora no qual os alunos se dividiam entre um “Tempo Universidade”, onde as aulas acontecem na sala de aula, e o “Tempo Comunidade”, onde os graduandos seguem para suas comunidades ou para a escola e lá pesquisam e trabalham os conhecimentos. É claro que como parte da formação acadêmica os alunos também têm aulas e realizam atividades na sede da UFSC em Florianópolis. Meu anfitrião desta vez foi o Professor Wilson “Feijão” Schmidt, figura carismática e o responsável pela implantação do curso. Conheci o local onde o curso iria se instalar; tudo preparado com muito carinho e eficiência pelos parceiros da administração municipal. Avalio que iniciativas como esta da UFSC sempre requerem uma liderança comprometida e dinâmica. Apesar do envolvimento de muitos, a presença do “Feijão” me dava a garantia de que tudo iria dar certo. Santa Rosa de Lima impressiona pelo seu elevado espírito comunitário e sua hospitalidade Em todas as experiências que presenciei e em todos os lugares que visitei em Santa Rosa de Lima, este espírito comunitário sempre esteve presente e de maneira muito marcante. Outra característica a ser destacada desta gente é a hospitalidade. Nada se compara à acolhida do Egídio Locks, por exemplo. Seja nas suas águas termais ou mesmo para um farto café na sua morada. O Egídio nos ofereceu um fim de tarde maravilhoso onde confraternizamos e nos reunimos para relaxar após um intenso dia de atividades. Dentre os presentes a Profa. Vera Bazzo, Decana do Centro de Educação da UFSC, e o Prof. Antonio Munarim, figura destacada no cenário nacional e grande defensor da Educação do Campo. Lembro também da atenção da querida Vanice Bazzo para comigo; chegou a me presentear com um livro sobre a biografia do meu conterrâneo Juscelino Kubitschek, como que para me lembrar que na vida devemos ser ousados e perseguir nossos sonhos. Foi a Vanice quem me levou para conhecer a lojinha da Agreco (Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral), onde comprei coisas deliciosas e mesmo retornando para Florianópolis pude dividir com minha esposa e filhos os produtos da região. Retornarei Quero voltar a Santa Rosa de Lima muitas vezes e sempre retornar contagiado pela alegria e espírito trabalhador deste povo encantador, e sempre ficar maravilhado com a beleza de seus córregos e de suas montanhas. O que foi transferido ao município O Portal das Transferências constitucionais que apresenta um resumo para os municípios de Santa Catarina está disponível no site na internet da Federação Catarinense dos Municípios (http://receitas.fecam.org.br). Para Santa Rosa de Lima os dados apresentados são os seguintes. Eles deixam claro que as principais transferências, o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e o ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) cresceram respectivamente 5,0% e 7,9%. As transferências totais entre 1º de janeiro e 2 de agosto de 4,65 milhões em 2012 para 4,89 milhões em 2013, uma elevação de 5,1%, ou diferença favorável ao município de R$ 238.796,36. Essa tendência fica clara na visualização do gráfico a seguir. Ou seja, se março foi praticamente igual (aproximadamente – 7 mil), assim como em abril e julho os valores de 2013 são menores do que 2012 (aproximadamente – 40 mil em cada), essas diferenças são compensadas pelos valores maiores em janeiro (aproximadamente + 50 mil), fevereiro (aproximadamente + 127 mil), maio (aproximadamente + 100 mil) e junho (aproximadamente + 57 mil). Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Para relembrar O caderno Criança SRL em sua última edição (Canal SRL n° 03) lançou uma pergunta para seus leitores mirins. Pergunte para seus avós se já nevou em Santa Rosa de Lima. Choveram e-mails à redação. Leitores, que eram crianças naquele tempo, outros nem tanto, nos enviaram registros fotográficos da nevasca que aconteceu em Santa Rosa de Lima em 20 de julho de 1990. Para relembrar e sentir saudades... Primeiros flocos de neve foram avistados no morro da antena. Fridiane e Fredy Eller, brincando na neve. Da esquerda para direita: Valberto, Patricia, Fabiana, Leandro, Meri, Suely e Nana. Agachadas: Nair e Mariza. Na praça 15 de novembro. Gilmara e Rafael com seu boneco de neve. Vista parcial da comunidade Dois Irmãos (ponte do marcolino) coberta por neve. VAGA 17 18 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Comunidade NOVA FÁTIMA Alexandre Oenning Bittencourt | Valesca Weber Neste mês, nossa comunidade iniciou a reforma do nosso antigo salão, o “salão velho” como é chamado por todos. Quando tudo começou Em 1969, foi dado início à construção do salão comunitário da capela Nossa Senhora de Fátima, aqui na nossa comunidade. Manoel Tártare, conhecido como Canelinha, foi quem cortou manualmente todas as pedras do fundamento. A construção foi realizada por uma equipe de pedreiros de Rio Fortuna. Naquele tempo não existiam essas máquinas de agora, era tudo braçal, o que exigia muito esforço. Os pedreiros pernoitavam e faziam suas refeições na casa do senhor Martinho A. Oenning e da dona Elizabete Weber. Na época, ele era o fabriqueiro, termo usado para designar os membros da comissão de pastoral. E ela era parteira conhecida em toda a região. Dona Eliza, como era conhecida, era quem fazia a comida para toda a equipe de trabalhadores da obra. Os alimentos eram fornecidos pelos moradores. A cada dia, um membro de uma das famílias da comunidade chegava a cavalo à casa do seu Martinho, trazendo no cargueiro a combinada “ajuda” em mantimentos. Todos foram muito solidários para a construção do nosso primeiro salão. Além da doação de comida, uns doaram madeira e outros, horas de trabalho. As famílias também fizeram doações em dinheiro para que a obra fosse concluída. Nossos avós contam que, em um determinado momento da construção, o dinheiro simplesmente acabou. Já tinham sido gastos 14 contos de réis, a moeda na época, e ainda faltava muito para a conclusão da obra. Os fabriqueiros convidaram todos os moradores para uma reunião. A comunidade precisava, unida, tomar uma decisão: parar ou continuar a construção. E, se a opção de prosseguir fosse a escolhida, como viabilizá-la. O consenso foi que todos, tendo em conta suas possibilidades e suas reservas, ajudariam financeiramente para que o salão fosse concluído. E foram precisos mais 3 contos, ficando o custo final em 17 contos. Assim, em 1970, ele foi inaugurado. Local de encontros e “baladas” O salão passou a ser o grande ponto de encontro da Nova Fátima. Naquela época, existiam em torno de 30 a 40 jovens na comunidade e eles se reuniam, todos, aos domingos, para as famosas domingueiras. Pela manhã, os jovens, muito participativos, iam para a igreja. Em seguida, voltavam as suas casas para o almoço. E lá pelas duas da tarde, retornavam ao salão, colocavam discos de vinil dos cantores da época na vitrola, dançavam e se divertiam a tarde toda. Dizem os “antigos jovens” que aquela era uma época muito boa e que ainda deixa saudades. Reformar e dar nova vida Os anos passaram e com a construção do novo centro comunitário, o “salão velho” ficou um tanto abandonado. Como consequência, ocorreram sérios problemas de infiltração e goteiras, que comprometeram bastante as partes em madeira, como a base do telhado e o chão de taco. Por isso, decidiu-se por uma reforma. Muitas pessoas que ajudaram naquela época já estão falecidas, mas a comunidade continua viva e muitos ajudantes da primeira obra estão novamente engajados nas obras do salão. Repetindo o mesmo sentimento comunitário, alguns moradores da comunidade doaram parte do que recebem, agora como aposentados, para a compra de telhas. A empresa Eletrosul, que possui uma PCH (pequena central hidrelétrica) aqui, fez a doação da tinta. Estamos todos mobilizados e contribuindo. Esperamos que em breve possamos usar este espaço novamente. Agora, como nosso centro de pastoral e para reuniões, catequeses, clube de mães e aniversários, entre outros eventos. Circuito CERAL Laudir Coelho - Presidente A nossa cooperativa de distribuição de energia elétrica aposta na melhoria da qualidade A Ceral firmará, em breve, um acordo com a PCH Santa Rosa S.A. O objetivo é o compartilhamento do uso das estruturas da linha de média tensão (34,5 Kv) daquela empresa. Tal rede está sendo construída para conduzir o fluxo da energia, a ser gerada na localidade de Quedas d’Água, ao sistema interligado. Essa operação conjunta resultará num extraordinário ganho patrimonial e operacional para a Ceral e seus associados. Além do compartilhamento em si, que já é muito interessante, a PCH disponibilizará um “módulo de acesso” a sua subestação, tecnicamente chamado de bay. Com esse kit de equipamentos e instrumentos de medição, nossa cooperativa terá mais essa alternativa de suprimento energético. A rede atual de 13.800 volts, que tem como permissionária a cooperativa e que passa pelo perímetro urbano de Santa Rosa de Lima receberá uma melhoria significativa. Seus condutores passarão a ser constituídos de cabos isolados e todos os ramais de ligação em baixa tensão (220 Volts) serão substituídos para um atendimento mais seguro ao consumidor. O aspecto visual com o novo conjunto das redes a serem isoladas e compactadas ficará muito melhor, embelezando e humanizando o ambiente urbano, deixando as fachadas dos prédios comerciais com uma aparência mais limpa. Todas essas melhorias serão efetuadas sem custo para a Ceral. Os materiais e a mão Redução na tarifa de obra necessários serão integralmente assumidos pela PCH Santa Rosa S.A. A cooperativa se fortalece com esse aumento de capacidade de manobra, de segurança das instalações e de aumento do potencial de atendimento a grandes consumidores que vierem a se instalar na região. Tudo isso torna o futuro da nossa Ceral ainda mais promissor. A pioneira na eletrificação rural se esforça, dia após dia, para melhor atender o associado e visar ao amanhã. No próximo mês, a Ceral repassará a todos os seus clientes e associados o desconto na tarifa de energia aprovado pela ANEEL. Este ganho foi possibilitado pela dispensa de recolhimento dos encargos setoriais. São tributos pesados, que vinham onerando em muito as permissionárias e concessionárias de distribuição de energia. A Ceral cumpre com o seu dever de fornecer energia de qualidade, ao mesmo tempo que pratica preços menores que a média do setor elétrico nacional. Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Espaço d’Acolhida Leda e Valnério Assing A pousada do Doce Encanto “Acreditamos e apostamos no agroturismo. Entendemos que a sustentabilidade na prática da agroecologia é necessária para atrair cada vez mais visitantes que buscam aqui o contato com a natureza, a tranquilidade e o sossego do modo de vida no interior”. Um pouco da nossa história Nossa vida sempre teve relação com a terra, com as plantas e os animais. Somos filhos de agricultores e desde a infância aprendemos a lidar com estes elementos. Não tivemos a oportunidade de seguir os estudos e, como nos conhecíamos desde pequenos, nos apaixonamos e bem cedo nos casamos. A propriedade onde vivemos foi uma herança familiar. Nossa alternativa de vida estava aqui, queríamos consolidar nossa família e viver com os frutos do nosso trabalho na agricultura. No início, não foi nada fácil. Foram diversas tentativas frustradas: produção de leite, de fumo, de carvão, de ovos... Tentamos de tudo, mas era muito difícil tirar nosso sustento da terra. Surgiu então uma vontade de abandonar tudo e rumar para São Paulo, o sonho de cidade grande. Iríamos trabalhar de caseiros em uma mansão da grande metrópole. Mas Deus sabe o que faz e o comunicado de que não poderíamos levar nossos filhos fez que mudássemos de ideia. Mais uma aposta em mais uma alternativa Em 1998, com a então recém criada Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral, a Agreco, fomos motivados a fazer parte de um sistema de agroindústrias modulares em rede. Era um projeto inovador, diferente de tudo aquilo que já havíamos tentado, mas com algo em comum, continuaríamos fazendo o que sempre soubemos fazer, a lida no campo. Juntamente com a família de Romeu Assing nos associamos à Agreco e construímos uma agroindústria de processamento da cana de açúcar. Este foi o nosso passaporte para a agroecologia e, logo em seguida, para o agroturismo. Depois disso, nossa vida começou a mudar, foram centenas de reuniões, cursos, oficinas, viagens de intercâmbio. Conseguimos, inclusive, completar o ensino médio através do projeto Terra Solidária. O agroturismo em nossas vidas Por estarmos associados à Agreco, que passou a ser um projeto de referência, começamos a receber muitos visitantes em busca de informações sobre este modo de associativismo. Nestas visitas técnicas, as pessoas precisavam se alimentar e, muitas vezes, pernoitar. Foi então que surgiu a ideia da Acolhida na Colônia. Apostando nela, participamos do grupo de fundadores da associação de agroturismo, no ano de 1999, e começamos atender no antigo galpão da estufa de fumo, onde servíamos cafés, almoços e jantares coloniais. Com a demanda de visitantes aumentando cada vez mais, em 2005, resolvemos transformar nossa estufa de fumo desativada em uma estrutura para hospedagem. Surgia então a Pousada Doce Encanto. Hoje, estamos muito contentes com a atividade. Nossa capacidade atual é de hospedar 15 pessoas e servir refeições para 50 pessoas. Como perseguimos sempre a melhoria do nosso espaço e o atendimento aos visitantes, estamos no grupo do SC Rural e vamos ampliar o número de apartamentos e faremos melhorias no restaurante. Além de receber turistas, diversificamos e ampliamos nossa produção. Em nosso engenho produzimos melado, açúcar mascavo e também cachaça, tudo no sistema de produção orgânico. Além da cana e derivados, produzimos geleias, licores, doces e conservas, que servimos e comercializados aos visitantes. Atrativos: Trilha ecológica, pescaria, parquinho infantil, engenho de cana, horta orgânica, ponto devendas de produtos coloniais, passeios a cavalo e turismo pedagógico. 19 Comunidade RIO SANTO ANTÔNIO Marileia Torquato | Carol Rodrigues Se o terno dele não está na moda, não é motivo pra dar gargalhada. Este colono que ali vai passando é um brasileiro da mão calejada. Se o seu chapéu é da aba comprida, ele comprou e não te deve nada. É um roceiro que orgulha a pátria, que colhe o fruto da terra lavrada. E se não fosse este colono forte, tu ias ter que pegar na enxada. (Trecho da música O colono -Teixeirinha) Nesta edição, vamos falar sobre os colonos, que foram, são e serão tão importantes para a nossa comunidade. Mas que, infelizmente, por “serem da roça”, ainda acabam sendo desvalorizadas por algumas pessoas e foco de muitos preconceitos de parte de outras. Nós entendemos que eles são verdadeiros guerreiros e que detêm uma grande sabedoria. E que lutam, desde que nestas terras chegaram, pelo desenvolvimento do Rio Santo Antônio. Mesmo com todas as dificuldades que enfrentaram e ainda enfrentam, formaram e desenvolveram esse lugar em que vivemos. Sabemos todos que na época da colonização a principal economia estava na extração de madeira e na venda de porcos. Foi com estas atividades que nossos agricultores constituíram suas famílias, construíram suas casas e adquiriram seus bens. Seu Walmor Torquato, entre tantos outros, é exemplo destes colonos. Já bem vivido, afirma que, hoje, a vida na roça está um pouco melhor e que antigamente, para ele, nada foi fácil. Tudo era muito árduo. “Às vezes comparando com as facilidades que se tem atualmente, penso em como conseguimos sobreviver e criar nossos filhos”, diz Seu Walmor. Graças aos diversos projetos desenvolvidos em nosso município, hoje as atividades dos colonos são mais diversificadas. Eles trabalham com a produção de leite, produção orgânica, queima de carvão, extração de madeira, agroturismo, abelhas nativas, entre tantas outras atividades. Neste contexto, podemos dizer que nossos agricultores são um exemplo de garra e de determinação, pois muitos poderiam ter ido tentar a vida nas cidades, tão exaltadas por serem mais modernas e gerarem mais empregos. Das ilusões dos centros urbanos e das desilusões de quem foi pouco se fala. Somos muito gratas pelo trabalho de nossos colonos e achamos que as felicitações a eles não devem ser dadas apenas no dia 25 de julho, mas, sim, em todos os dias do ano. Pois, para quem vive da agricultura, não existe sequer um feriado ou domingo de folga. A lida é diária e nos 365 dias do ano. Parabéns aos nossos agricultores! 20 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL DESENVOLVIMENTO SRL mais desenvolvida Desde que foi criada como município até hoje, Santa Rosa de Lima passou de um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) “muito baixo” (0,427 em 1970) para “alto” (0,757) em 2010. Os dados de 2010 foram divulgados Lima fica na 81ª posição entre os munina última semana de julho no Atlas de De- cípios catarinenses e o 427º dos 5.561 senvolvimento Humano no Brasil 2013. O municípios brasileiros. Ele subiu alguns IDH-M varia de zero a um: quanto mais degraus no desenvolvimento humano, próximo de zero, pior o desenvolvimento porque em 2000 era o 147º no estado e humano do município; quanto mais pró- o 667º no país. ximo de um, melhor. Esse índice foi criado para, como o Viver mais e melhor nome diz, indicar que tão importante Um dado que chamou a atenção do quanto a renda e o crescimento econô- Brasil foi a longevidade e a expectativa de mico gerados, normalmente apropriados vida em Santa Catarina. Os dez municípor poucos, está a qualidade de vida da pios com IDH-M Longevidade (L) no país maioria da população. Para isso, são usa- são catarinenses. dos três pilares: a vida longa e saudável, No caso do nosso município, os sano acesso ao conhecimento e o padrão de tarosalimenses ganharam, entre 2000 vida. A longevidade e 2010, meio ano de é medida pela exO conceito de desenvolvimento hu- vida. Ou seja, a espectativa de vida. mano nasceu definido como um pro- perança de vida para O conhecimento uma criança que nascesso de ampliação das escolhas das é medido pela méce aqui passou de 75 dia de anos de edu- pessoas para que elas tenham capa- para 75,5 anos. O IDH cação dos adultos e cidades e oportunidades para serem -M L de Santa Rosa de pela expectativa de aquilo que desejam ser.” PNUD Lima é de 0,843, conanos de escolaridasiderado “muito alto”. de para as crianças na idade de começar Para considerar o que isso significa, saiba a vida escolar. O padrão de vida é veri- que em Balneário Camboriú, Blumenau, ficado pela renda bruta por pessoa em Brusque e Rio do Sul (empatados são os poder aquisitivo constante. quatro maiores IDH-M-L), uma criança Com o IDH-M de 0,757, Santa Rosa de que nasce tem a expectativa de viver 78,6 “ anos Praticamente três anos a mais do que uma nascida aqui. O índice longevidade destas quatro cidades é 0,894. O do Estado é 0,860. Ter mais conhecimento Já o IDH-M Educação foi de 0.710, considerado “alto”. Nesse caso são levados em conta fatores como quantidade de estudantes frequentando sem atraso os ensinos fundamental e médio, mas também o grau de escolaridade da população adulta. Para se ter um comparação o IDH do estado foi de 0,697, considerado “médio desenvolvimento”. E padrão de vida O IDH-M Renda de Santa Rosa de Lima é de 0,726, também considerado “alto” e, da mesma forma, superior ao índice para o estado, que é de 0,648. Comparação com a vizinhança Embora o IDH-M deva servir mais para pensarmos o que temos que melhorar em nosso município para proporcionar o efetivo desenvolvimento social e econômico de todas e de cada uma das pessoas que aqui moram, a comparação com os vizinhos é inevitável e pode ser importante. Rio Fortuna obteve destaque por ter o sexto IDH-M (0,806) no estado e o 25º no Brasil. São Bonifácio é o 156º no estado com 0,731. Todos eles, assim como SRL têm IDH-M “altos”. Já o de Anitápolis é considerado “médio” e coloca o município na 266º posição do total de 293 no estado. O sentido do IDH-M Como destaca o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o IDH pretende ser uma medida geral do desenvolvimento humano. O PNUD pondera ainda que apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da “felicidade” das pessoas, nem indica “o melhor lugar no mundo para se viver”. Para alertar em seguida que democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH. Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL A PEDIDO Celita Schmidt e Eraci Defrein Batista Presidente da Câmara de Vereadores de Santa Rosa de Lima não cumpriu sua palavra em compromisso assumido Dona Celita Schmidt e Eraci Defrein Batista. Depois de ouvirmos muitas “conversas pelas ruas”, resolvemos nos manifestar neste conceituado canal de comunicação para apresentar nossa versão de um fato que para nós tem muito significado. Tudo começou quando nosso clube de mães resolveu fazer um bingo beneficente. Para o sucesso do evento, fizemos uma ampla campanha de arrecadação de brindes junto a instituições, empresas e pessoas do município. O principal prêmio, uma televisão, decidimos solicitar à Câmara Municipal. Para isso, procuramos o seu presidente, Vereador Leonizio Laurindo. Numa terça feira à noite, dia de sessões, fomos à sede da Câmara para realizar a solicitação. Conversamos com a secretária e em seguida o presidente nos atendeu fora do prédio. Ele nos disse que não precisávamos ir à Câmara e pedir em reunião porque ele próprio resolveria. Mais do que isso, nos deu a garantia de que a Câmara doaria a televisão. Metade do valor seria pago pelo próprio poder legislativo e outra metade seria coberta com um rateio entre os vereadores. Recomendou, ainda, que fizéssemos a encomenda na Agropecuária Tenfen. Tendo sido informadas de que os vereadores tinham feito suas contribuições, consideramos que o acordo havia sido cumprido e a televisão estaria paga. Durante o bingo, anunciamos a todos os presentes que o prêmio maior havia sido uma contribuição da Câmara Municipal de Vereadores. A enrolação Semanas depois, uma de nós (Eraci) foi até a Agropecuária Tenfem para comprar trato para os animais e foi informada que o seu limite de débito naquela casa comercial estava estourado porque faltava pagar a televisão. Fomos novamente à Câmara e mais uma vez recebemos a garantia de que o pagamento seria honrado e que ele ocorreria na semana seguinte. A secretária da Câmara fez naquele momento um telefonema para a Agropecuária e deu essa informação ao responsável. Para liberar a compra do trato foi necessário um cheque pessoal. Quinze dias depois, a situação se repetiu: novo bloqueio para compra de trato porque a televisão continuava sem pagamento. E dessa vez, a Câmara nos pediu “apenas uma hora” para honrar o compromisso que havia assumido quase dois meses antes: pagar a televisão. O que mais uma vez acabou não acontecendo. Passada aquela hora, percebemos que estávamos sendo enroladas e que só nos restava pagar nós mesmas a TV. O que nos deixou mais indignadas não foi o dinheiro, é a humilhação. Por que o presidente da Câmara prometeu e garantiu e depois fez tudo isso? Esclarecimentos finais Deve ficar claro que o que foi combinado foi que a Câmara faria o pagamento direto à Agropecuária Tenfen. Nunca nos foi dito que deveríamos passar na Câmara para pegar o dinheiro correspondente ao valor da TV. O presidente da Câmara nunca nos chamou para conversar ou para nos dar qualquer explicação. Os vereadores cumpriram a parte deles, mas o presidente da Câmara não honrou o compromisso que assumiu conosco e com nosso clube de mães. O que mais nos deixou indignadas é que o Presidente da Câmara, mesmo com a posição que ocupa, tenha debochado de nós na rua. Ele falou que tínhamos dito que iríamos botar o caso no jornal e que não tivemos coragem de fazê-lo. Pois bem, caro senhor sem palavra, nós somos mulheres de coragem. 22 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Comunidade RIO DOS ÍNDIOS Promoção da SAÚDE Kelin Dutra | Ivonete Walter Dutra Murilo Leandro Marcos A festa aqui em nossa comunidade foi um sucesso. Muita gente bonita, trilheiros com motos, gaiolas e jeeps deram um colorido especial ao evento. Confira alguns momentos clicados por Didio Fotografia. Saúde do homem: o machismo é a principal causa de morte Assim como em maio as mães são homenageadas, o mês de agosto é dedicado aos pais. Nesse mês que passou, no dia 15 de julho, comemorou-se o dia nacional do homem, data que ainda passa despercebida por homens e mulheres. No contexto da saúde, lembramos dos homens principalmente quando as secretarias de saúde e as entidades médicas decidem fazer os mutirões de prevenção do câncer de próstata. Afinal, o que se quer dizer com “Saúde do Homem”? No Brasil, os homens morrem em média sete anos antes do que as mulheres. Doenças do coração, infarto, AVC (derrame), pneumonia, cirrose e diabetes matam mais homens que mulheres. Considerando as mortes por causas externas (acidentes, homicídios), temos o dobro de mortes masculinas. Em Santa Rosa de Lima, nos últimos dez anos, segundo informações do Ministério da Saúde, 60% das mortes foram de homens. Diante desses dados, surge a pergunta: por que os homens morrem “mais” e mais cedo do que as mulheres? A resposta é complexa, depende de muitos fatores e tem raízes culturais profundas. Volto um pouco no tempo para me fazer entender. O filósofo grego Aristóteles, que viveu há cerca de 2.400 anos, dizia que as mulheres eram “deformidades naturais e homens imperfeitos”. Reza a lenda bíblica que Eva fora criada a partir da costela de Adão. Na Idade Média, havia a crença de que as mulheres eram por natureza “frívolas, avarentas e de inteligência limitada”. No Brasil, a mulher só teve direito ao voto na década de 1930. A história das sociedades que nos antecederam relaciona-se fortemente com o ideal de superioridade masculina. Essa constatação, porém, parece gerar uma carga pesada demais para ser sustentada pelos homens. Na medida em que necessitam afirmar sua força e superioridade (mesmo que inconsciente), os homens não conseguem expor suas fraquezas, cuidam-se menos e não se permitem ser cuidados. Acumulam diversas tensões que, ou geram infartos do coração e derrames cerebrais, ou acabam em discussões no trabalho, no trânsito e na rua. Educados a não expressar seus sentimentos e a “engolir em seco” as angústias, ou batem em suas mulheres, ou abusam do álcool e outras drogas. Como se acham imortais, cuidam pouco da sua saúde, não procuram médicos regularmente e, muitas vezes, quando procuram já é tarde de- mais. A saída para mudar a saúde dos homens é aprender a viver diferente e educar os filhos para crescerem com uma nova mentalidade. Deixemos os meninos chorar e usar roupas de qualquer cor para que se libertem dos preconceitos e possam expressar seus sentimentos. Deixemos o homem limpar a casa, cuidar dos filhos... Só assim, os homens aprenderão o real sentido de cuidar de si. E as próstatas? Estudos recentes confirmam: a maneira mais efetiva de reduzir a incidência do câncer de próstata é orientar os homens saudáveis a não fazer o exame de PSA. Dessa forma, os homens mantêm sua expectativa de vida, têm pouca ou nenhuma diferença no risco de morrer de câncer de próstata e evitam os danos associados aos exames e tratamentos. Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL 23 Estudantina O TERÇO Janaína Dutra Da vontade de aprender ao aprender com vontade. Pe. Pedrinho Jornada Mundial da Juventude Sempre achei que aprender era incrível. Nunca me esqueço da emoção que senti quando aprendi a escrever a palavra “oi”, aos quatro anos, no “jardim”, com a “tia Marlene”. Desde então, com as historinhas que a mãe contava, eu fui alimentando essa vontade de ler e escrever. Eu pedia para ela repetir a mesma história umas cinco vezes por dia. Coitada! Lembro também de quando eu troquei meu bico por uma revistinha do Dragon Ball Z. Consegui ficar sem a chupeta até ler toda a revistinha. Depois, o pai teve que me dar um bico novo. Na escola, sempre tive facilidade. Mas nunca fui daquelas alunas exemplares. Até porque falo demais. Só que as minhas notas sempre foram boas. Hoje, estou cursando o terceiro ano do ensino médio e tenho que agradecer a minha família pelo enorme incentivo. Desde que entrei no ensino médio estou me preparando para os temidos vestibulares e para o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]. Pretendo dar muito orgulho para meus pais. Foi maravilhoso ver os olhos da minha mãe se encherem de lágrimas, quando ela viu meu nome na lista de aprovados para odontologia, no final do ano passado. E isso comigo fazendo o vestibular só por experiência... Sempre achei muito importante ter uma formação, aprender conti- nuamente. E, até agora, está dando tudo certo. A maioria dos jovens da minha idade está quebrando a cabeça para definir seu futuro. Eu, porém, sempre soube o que quero fazer: fonoaudiologia. Ser fonoaudiólogo é incrível, já que esse profissional ajuda seu paciente a adquirir, restabelecer ou aperfeiçoar a comunicação humana. E nada pode pagar a emoção de ouvir a primeira palavra de uma pessoa que acabou de conseguir um aparelho auditivo, a primeira sílaba de alguém que teve sua fala interrompida, ou, ainda, a alegria de uma mãe que consegue ouvir, mesmo que tardiamente, seu filho dizer a palavra “mãe”. Como disse Mara Behlau, “ser fonoaudiólogo é ouvir uma lágrima; articular uma emoção; vocalizar um desejo; ler a alma; escrever um sorriso”. E foi por esses e outros motivos que eu não escolhi fazer odontologia, direito ou alguma engenharia. Nova etapa à frente Só que, para isso, vou ter que deixar Santa Rosa de Lima, minha família e meus amigos. Isso só se torna menos difícil porque foram eles que sempre me apoiaram e que me ensinaram a seguir meus Anote aí sonhos. Por isso, estou lutando e estudo muito. Em agosto, começo o curso do Pró Universidade em Tubarão. Vai ser corrido estudar pela manhã na escola, trabalhar à tarde e fazer o pré-vestibular à noite. Mas vale a pena quando é para fazer o que se gosta. Hoje em dia temos tantas oportunidades. Está muito mais fácil seguir nossos sonhos e fazer uma faculdade. É só ter determinação, “correr atrás” e estudar muito. Aquelas dúvidas, contudo, permanecem: será que vai dar certo? Será que é isso mesmo o que quero para o meu futuro? É uma fase complicada em nossas vidas. Mas, também, não passa de uma fase. Sei que é fácil falar que precisamos estudar intensamente, que necessitamos nos dedicar muito. Compreendo por mim mesma que, na prática, não é tão simples assim. São tantas as distrações... Tudo parece ser bem mais interessante ou mais divertido. Como passar horas no facebook ou ir a festas. Tenho certeza, todavia, que quem trocar o “face” ou algumas festas por se dedicar aos estudos não vai se arrepender. Afinal, o que está em jogo são nossos sonhos, é o nosso futuro. ! Feijoada e bingo beneficente da Apae No dia 23 de agosto, a Apae SRL – Associação de pais e amigos do excepcionais de Santa Rosa de Lima, promoverá um bingo beneficente no salão comunitário de igreja matriz. Com início às 19 horas, o jogo será acompanhado por uma suculenta feijoada. Segundo Norma Oenning Feldhaus, mãe e voluntária na Apae, cerca de 70 brindes já foram arrecadados. As cartelas para o bingo e os ingressos para a feijoada, no valor de R$5,00, já podem ser adquiridos antecipadamente com os membros da diretoria da Apae, com vereadores e com membros do Lions Clube. 3ª Conferência Municipal de Assistência Social Dia 5 de agosto de 2013 Local Salão Velho 12:30h - Credenciamento; 13:30h - Abertura com palestra de Francisca Leonel. Torneio de Bocha no bar do Jundiá – Rio do Meio Dia 3 e 4 de Agosto de 2013. Durante o torneio haverá serviço de bar e cozinha. No domingo, serão servidos almoços por encomenda. Reservas pelo fone: (48) 3654-0185 – Ramal 24. Valor da inscrição: R$100,00 Premiação: 1º lugar: Um boi de 130kg e mais R$200,00 2º lugar: Um boi de 110kg e mais R$100,00 3º lugar: Um suíno de 130Kg e mais R$100,00 Venham disputar, torcer, conversar, comemorar e “bebemorar”. Festa em honra a padroeira Santa Rosa de Lima Dias 30 e 31 de agosto e 1 de setembro. Procissão, missa, almoço colonial, bailes e trilha de moto são alguns dos atrativos na programação. O almoço e o baile ocorrerão no salão comunitário de Santa Rosa de Lima “Ide e fazei discípulos entre todas as nações!”(Mt 28,19) Com este lema, jovens de todo o mundo foram convocados para participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, entre os dias 23 e 28 de julho de 2013. Foram dias de muita alegria e engajamento entre todos, não apenas dos jovens, mas de milhões de pessoas que se deixaram tocar por esse apelo de Jesus. Assumir a missão de convocar irmãos e irmãs para o seguimento do Salvador. A missão de ir ao encontro dos afastados. Tive a alegria de acompanhar um grupo de peregrinos. Éramos em 42 no mesmo ônibus, representantes das Paróquias de Rio Fortuna, Orleans, Braço do Norte e Rio Bonito. Da Diocese de Tubarão foram mais de 800. Muito antes da realização da jornada, fizemos uma grande caminhada de preparação para esse momento tão importante. Nós, peregrinos, tivemos oportunidade de participar de momentos de formação, de visita às comunidades e famílias, de envio diocesano e paroquial. O que trazemos da Jornada Mundial da Juventude? Foi uma extraordinária missão. Aprendemos muitas lições. Podemos destacar principalmente a integração, a alegria, a fé, a entreajuda dos jovens que nos acompanharam, desde a viagem como em todos as atividades que participaram: via-sacra, peregrinação, vigília, missas e tantas outras. A Jornada nos mostrou o que foi o Pentecostes (At 2,1ss), e com certeza, podemos comparar a JMJ a um novo Pentecostes: “povos de diferentes raças e línguas que se entendiam, unidos pela mesma fé em Jesus Cristo”. Todos ficamos muito encantados com o Papa Francisco. Sua simplicidade, a profundidade de suas palavras, sua forma pessoal de ser cativaram a todos. Usando expressões e comparações simples, deixou a grande mensagem de esperança no agir dos jovens. Recordou a todos que “o campo da fé é o coração dos próprios jovens onde a semente do Evangelho é lançada e mesmo que haja espinhos e pedras, há um pouco de terra boa e é nesse pouco que Deus fará germinar a semente”. Não podemos deixar de agradecer e enobrecer a acolhida do povo carioca. Ficamos hospedados em casas de famílias na Paróquia Nossa Senhora do Desterro, no bairro Campo Grande. Fomos tratados como membros dessas famílias. Fica a grande lição da acolhida. A semente foi lançada. Depende de todos nós darmos espaço para que essa semente dê seus frutos. A bênção do Senhor seja derramada sobre todos! Pe. Pedrinho 24 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL M&M Maratcha e Mentira Edésio Willemann Edson Baumann Muitas felicidades à gatíssima Apoliana Vandresen Weber, que completou seus 15 anos no dia 24 de julho. Sucesso! São os votos de todos os familiares e amigos. Jonas e Alfonso Külkamp festejaram juntos, no dia 16 de julho, a passagem de seus aniversários. Como de costume os Külkamp reuniram a família para a comemoração. Parabéns aos dois e que muitas novas reuniões alegres como essa possam ocorrer no futuro. Vó Augusta, no dia 9 de agosto, completa seus 73 anos de vida. “Que você tenha muita saúde. Desejamos muitas felicidades”. São os votos de sua bisneta, netos, filhos, noras e genros. A APP da EEB Professor Aldo Câmara agradece a participação de todos na festa julina realizada no último dia 20. Graças a vocês todos a festa foi um sucesso. Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Parabéns ao João Vitor da Silva, que comemorou seus nove aninhos no último dia 16 de julho. A homenagem é de seus pais, Alexandre e Marlete. Karoline Beckhauser recebe os cumprimentos de seus pais Remi e Celene e de seu irmão Guilherme. Ela completou mais um ano de vida no dia 22 de julho. Diego Külkamp comemorou mais um aniversário no dia 22 de julho. Os votos de felicidade são de sua irmã Diana e toda sua família. Parabéns a nossa amiga Marieta que, no dia 15 de agosto, completa mais um ano de vida. Desejamos muita saúde, paz, amor e felicidade, é o que dizem seu filho Alexandre, seu esposo Vilson e seu pai Martinho. Nivaldo Roberto Baumann aniversariou no dia 31 de julho. Sua esposa Adema e seus filhos Edson e Mateus sentem muito orgulho pelo marido e pai que você é. “Te desejamos muita saúde, felicidade, amor e sucesso”. 25 Felicidades à Jean Carlos, que no dia 09 de agosto completa 17 anos . “ Estudioso e educado, você é um orgulho para sua família em espacial para seus pais”. Bertino Dutra soprou velinhas. Quem presta homenagem é sua filha Denise e seu neto Enzo. “Queremos agradecer a Deus por ter você em nossas vidas, Que tenhas em dobro tudo o que já fizeste por sua família”. Deivid e Samara comemoraram seus aniversários no mês de julho. Ela, no dia 1º e ele, no dia 11. Parabéns ao jovem casal. A homenagem é de Letícia e Dilnei. Felicidades a Maria Aparecida Medeiros, a Cida. Uma leitora assídua do nosso jornal lá na capital. Parabéns pelo seu aniversário, são os votos de seu marido Gilmar e seu filho Arthur! Uma homenagem especial a nossa inesquecível professora Siuzete Vandresen Baumann. Feliz da vida, ela comemorou com amigos e familiares seus 50 anos de vida. Ao som de gaitas, pandeiro e violas, a festa foi um sucesso. Felicidades! 26 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Esporte Total Ana Maria Vandresen Mata Verde Disputa pelo terceiro lugar, goleiro menos vazado e artilheiro Jogadores comemoram primeiro gol da Mata Verde na final Goleiro do Guerreiros defende dois penaltis e garante o 3º lugar. A final do Campeonato Municipal de Futebol de Campo 2013 foi emocionante. De tirar o folego, com 7 gols. O equilíbrio foi tanto que o título foi disputado na prorrogação, após um empate em 3 a 3 no tempo normal. Mata verde saiu na frente, logo aos cinco minutos de jogo. Após um escanteio pelo lado direito, Teco concluiu de cabeça e abriu o marcador. Nova Fátima não demorou muito para reagir e, aos 18 minutos, Roberto mandou um belo chute de fora da área, a bola bateu no travessão, resvalou no pé do goleiro Eberson e entrou. No segundo tempo, a Nova Fatima virou o placar, com Ricardo, aos 16 minutos. Logo depois, Fernando de cabeça igualou novamente a partida. O 2 a 2 prosseguiu até os 44 minu- Guerreiros e Bela Vista empataram em 1 a 1 no tempo normal e fizeram uma prorrogação sem gols. Assim, a disputa do terceiro lugar foi para os pênaltis. E os Guerreiros levaram a melhor. Interessante que os troféus de goleiro me- comemora o tri-campeonato tos finais. As equipes pareciam já se preparar para a prorrogação quando Mauricio mandou um “pombo sem asa” de esquerda e parecia ter selado o resultado. Mata Verde parecia campeã. Mas como “jogo de futebol só acaba quando termina”, nos acréscimos, Leandro empatou para Nova Fatima. As duas equipes foram para mais 30 minutos de confronto. O cansaço pesava para todos e a equipe da Mata Verde fez entrar Luiz Miguel para dar um pouco mais de movimentação. E foi ele que, pouco depois de ter entrado, fez o gol que deu o tricampeonato a Mata Verde. Leia a Coluna da Comunidade Mata Verde para ver mais detalhes da festa que se seguiu. Equipe da Nova Fátima que fez um ótimo campeonato e foi vice-campeã. nos vazado e de artilheiro ficaram com o quarto colocado, a equipe do Bela Vista. Chico foi o arqueiro que tomou menos gols em todo o campeonato e Graziane foi quem mais balançou as redes dos adversários. Parabéns a todas as equipes. Estadio Municipal Flávio José Dutra em noite de final. Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL 27 Registramos Torcida compareceu em peso na final do campeonato. Equipe feminina de futebol de campo defendia a bandeira de SRL em diversos campeonatos. Campeonatos Veterano e Feminino Coluna Mata Verde homenageia Tonho Kunha o “Tudo” do time. A mulherada pode começar a se aquecer, pois os próximos campeonatos a movimentar o Ginásio Municipal de Santa Rosa de Lima serão os de futsal feminino e de veteranos. Motocross movimenta Pinheiral Dobradinha Germano e Dudu no podium. SRL no campeonato da ADESC Equipe feminina de Futsal no campeonato ADESC. Na quinta rodada do campeonato das categorias inferiores da Associação Desportiva Sul Catarinense (ADESC), no naipe masculino, Santa Rosa enfrentou a forte equipe de Braço do Norte. E o visitante favorito fez jus às expectativas. Na Categoria sub 11, ganhou de 5 x 2; no sub 13, sapecou 13 x 1 e no sub 15, 8 x 2. Os meninos de Santa Rosa vão ter tempo para se recuperar e acertar os ponteiros. Descansam nos jogos de 3 de agosto e só voltam à quadra em 31 de agosto, em Grão Pará. Também pela quinta rodada, nossas meninas enfrentaram o time de Siderópolis. A sub 12 não jogou porque os ad- versários não têm equipe nessa categoria. Na sub 14, Santa Rosa goleou: 5 x 0. Já na sub 16, o jogo foi equilibrado e disputado até o final, fechando em 6 x 5 para Santa Rosa. E já pela sexta rodada as santarosalimense enfrentaram, em casa, Urussanga. Na categoria sub 12, uma bela vitória por 7 x 2. No sub 14, mais um placar elástico favorável de 3 x 0. O que não aconteceu no sub 16. As visitantes pressionaram durante todo o tempo e acabaram conquistando a vitória: 2 x 0 para Urussanga. O próximo confronto é com Tubarão, dia 10 de agosto, lá na cidade azul. 28 Santa Rosa de Lima, Agosto/2013, Canal SRL Safra 2012 A colheita referente aos projetos “semeados” no ano passado continua. Neste último final de semana (3 de agosto), Santa Rosa de Lima recebeu do Governo Federal uma retroescavadeira. O maquinário obtido faz parte da segunda fase do PAC 2, Plano de Aceleração do Crescimento. Os investimentos são realizados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Em Santa Catarina, agora em agosto, serão entregues 225 retroescavadeiras. Ainda como resultado de demanda apresentada ao governo federal pela administração municipal anterior, em outubro próximo chega uma motoniveladora e em janeiro de 2014, um caminhão. No total, serão 810 máquinas entregues pelo Governo Dilma às prefeituras catarinenses. Modos “diferentes” de agir Interessante observar como as pessoas agem para resolver problemas e conflitos. Será que é uma questão de educação? Há os que serenamente reúnem boas informações sobre possíveis “derrapagens” ocorridas, com elas tomam as decisões corretas e resolvem, onde devem fazê-lo, os conflitos e impasses surgidos. Há também aqueles que preferem não fazer isso e se apresentar em uma tribuna para “posar” de ofendidos e indignados, apelando para um inútil blá-blá-blá . Agindo assim, apenas criam mais conflitos e, é claro, nada resolvem. Diferentes práticas, diferentes resultados. Comunidade premiada O Centro Comunitário Santa Izabel da comunidade do Rio Bravo Alto foi o ganhador de uma carta de crédito no valor de R$ 50.000,00, no último sorteio da Campanha Premiada Cresol. O Presidente do Centro Comunitário está vibrando com a premiação. “O prêmio veio em boa hora e vai ser muito bem aplicado. Vai gerar um bom resultado, vamos fazer melhorias tanto no salão, quanto na igreja e nos arredores”, declarou. Parabéns a toda a comunidade. Reunião da Câmara Técnica de PCH A Câmara Técnica de PCH do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e complexo Lagunar teve sua primeira reunião no último dia 23 de julho. Na reunião começaram a ser dados os primeiros passos para a sua estruturação. É um espaço de discussão e elaboração de políticas e estratégias para mi- nimizar os impactos das PCH na nossa região. Santa Rosa de Lima está representada pelo vereador Luiz Schmidt. Planilhas divergentes Recentemente, a administração municipal apresentou à Câmara de Vereadores uma planilha com as receitas recebidas por SRL durante o ano de 2013. Até aí tudo bem, informação é sempre importante. Estranho é que os números expostos à casa legislativa não confiram com as informações disponíveis, por exemplo no próprio portal da transparência. Os números apresentados pela contabilidade da prefeitura apontam que o município estaria recebendo menos recursos neste ano, comparado ao ano de 2012. Fica a pergunta: por que a discrepância? Por que a tentativa de fazer parecer que o município teria recebido menos recursos do que no mesmo período em 2012? Números reais e confiáveis Para tirar qualquer dúvida e conferir o que realmente o município recebe de recursos é fácil, é só acessar o site: http://receitas.fecam.org.br Acesse e acompanhe as informações prestadas pela Federação Catarinense dos Municípios. (veja página 10) Papagaios de pirata O significado mais comum para essa expressão é pessoa que gosta de aparecer à custa de outras. E ela é muito usada para fotografias. Afinal, o papagaio de pirata sempre apareceria nas fotos por estar pousado no ombro do seu dono. Políticos de todos os níveis adoram isso. O uso e o abuso dessa prática impressionam a quem visita os bancos de imagens de alguns sites oficiais ou a quem recebe releases de assessorias de comunicação pagas com o dinheiro público. Claro que isso não reflete o desejo de quem prepara sites e releases, mas a postura dos “papagaios”. Você vai ver as fotos de uma premiação e pouco vê dos premiados. Ou o pobre “medalhado” sempre aparece ladeado por secretários ou vereadores. Pelas caras, parece que quem realizou a conquista são os que estão nos ombros. Pode ser uma boa dica No mês passado foi lançado em Santo Amaro e Caldas da Imperatriz um novo jornal, que tem o nome de Mídia Live. Ele dá uma indicação útil aos poderes públicos e aos empresários daquela região. “Um dos maiores problemas para um anunciante é estar num veículo de comunicação totalmente poluído e cheio de anúncios. Anunciar num local assim é jogar dinheiro fora, pois o leitor praticamente não prestará a atenção na sua mensagem.” O que vale lá parece também valer por aqui. Você não concorda, caro anunciante-leitor?
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