Metodologia de Grupos Operativos de Enrique Pichon
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Metodologia de Grupos Operativos de Enrique Pichon
Metodologia de Grupos Operativos de Enrique Pichon-Rivière Pichon – Vida e influências Maria Leila Palma Pellegrinelli Módulo 4 – 29 de Março de 2016 Psicologia Social Ciência que estuda a inserção social. Trabalha para que o sujeito se integre a si mesmo e constitua a sua identidade, em uma relação criativa com o meio mutuamente modificante. O foco é a relação, a condição social humana. Psicologia dos sujeitos + Psicologia das interações (vínculo é a chave) Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivère – Vida e Influências Médico, Psicanalista, Psicólogo Social 1907/1977 Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivère – Vida e Influências Psicologia Social de Enrique Pichon-Rivière -teórico dos vínculos e criador da técnica de grupo operativo Estuda os vínculos interpessoais e outras formas de interação. Como as pessoas se tornam significativas umas para as outras: Como se comunicam Como se conflitam Como concordam Como discordam Como se acham Como se perdem e se redescobrem Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivère – Vida e Influências Nasceu em Genebra. Filho caçula de uma família que tinha 6 filhos. Pai militante socialista, esportista, de personalidade reservada. Mãe de família de classe aristocrática e muito culta. Gostava de canto, literatura e teatro. Vida marcada por constantes exigências adaptativas, pelos segredos familiares e pela convivência com três culturas: aristocracia francesa (mãe), socialista (pai), indígena e negra (Chaco/Argentina). Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivère – Vida e Influências Influência da cultura Guarani em sua teoria O modo como se agrupavam para viverem cooperativamente. O trabalho em comunidade. Seus sentidos de ordem primitiva, mas de raízes profundas. Sua fama de violentos, mas que não se justificava no real. Mais tarde classificou como um clássico preconceito racial e como a atuação do mecanismo psicanalítico da projeção (o homem branco projetava sua própria violência no índio, no diferente de si). Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivère – Vida e Influências O ambiente de diversidade cultural em que cresceu tem reflexo em sua vida acadêmica, buscando sempre a articulação de diferentes pontos de vista de um mesmo fenômeno. Ainda estudante de medicina, inclui duas concepções modernas à época: a Psicossomática e a Psiquiatria Dinâmica. Buscou a Psiquiatria porque queria entender os homens e a tristeza, intuindo que nela estava a origem de todos os males psíquicos. Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivère – Vida e Influências Embrião da teoria Vida: sequência adaptativas. ininterrupta de exigências Em Conversaciones (1995) diz que na infância se deu a origem do papel de observador não participante, que no futuro desenvolveria para a sua técnica de grupo operativo. Os segredos familiares despertaram o interesse pelo “grupo familiar”, com o que acontece nos grupos e nasceu daí o interesse pela medicina e pela psiquiatria. Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivère – Vida e Influências Durante o secundário, teve o primeiro contato com a obra de Freud. Torna-se psicanalista, além de ter sido casado com uma psicanalista. No contexto psiquiátrico nasce a hipótese de que a doença mental é aclimatada no ambiente familiar. A partir disto faz uma ruptura epistemológica com a Psicanálise. A partir disto faz uma ruptura epistemológica com a Psicanálise. Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivère – Vida e Influências Oferece as suas vivências pessoais para a sua elaboração teórico-metodológica. Exemplos: são as experiências concretas de existência que constroem a subjetividade; o homem situado em um contexto: não seríamos quem somos se não tivéssemos nos relacionado com o nosso grupo familiar - saúde mental/adaptação ativa/criação. Capacidade de imersão no concreto, sua possibilidade de transitar pelas crises e de assumir verdades novas mostram o perfil de alguém a quem impactou fortemente as perdas, mas também como uma pessoa que tinha o valor de olhar a loucura nos olhos. Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivère – Vida e Influências Influências teóricas Pensamento de Hegel Psicanálise de Freud Teoria da comunicação de Bateson Teoria da aprendizagem de Gastón Bachelard A tele de Moreno A teoria do campo de Kurt Lewin A teoria interacionista de George Mead A filosofia da práxis baseada no materialismo dialético Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivère – Vida e Influências Grupo operativo Técnica que pode ser aplicada a qualquer contexto, desde que se respeite o que lhe é essencial: procurar desvendar o fazer das pessoas nos aspectos explicito e implícito. Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivière - Tarefa e Vínculo Técnica de Grupo Operativo Instrumento de intervenção grupal SUJEITO APRENDIZAGEM Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivière – Escala de Avaliação do Processo Grupal Técnica de Grupo Operativo Instrumento de intervenção grupal SUJEITO APRENDIZAGEM Rede de vínculos Emergente Relações sociais Historicamente produzido, em constante relação com o ambiente. Constrói o mundo e nele se constrói. Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivière – Escala de Avaliação do Processo Grupal Técnica de Grupo Operativo Instrumento de intervenção grupal APRENDIZAGEM Leitura crítica da realidade Adaptação ativa à realidade Apropriação ativa Capacidade de compreensão e de ação transformadora de uma realidade Saúde mental Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivière – Escala de Avaliação do Processo Grupal Técnica de Grupo Operativo Grupo Unidade básica de interação Grupo em ação – pessoas aprendendo a pensar juntas, a sentir juntas e a agir juntas para produzirem algo de interesse comum. O Grupo operativo não está centrado nas pessoas individualmente, nem no grupo, mas no sistema de ações que surge quando os integrantes se articulam para alcançarem os objetivos comuns . Metodologia de Grupos Operativos de Pichon-Rivière – Escala de Avaliação do Processo Grupal